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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: CADERNO TEMÁTICO XADREZ: LUDICIDADE NAS ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM
PARANAGUÁ - PR 2010
DARCICLY DE SOUZA JUNQUEIRA
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: CADERNO TEMÁTICO XADREZ: LUDICIDADE NAS ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM
Trabalho apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Orientador Prof. Ms. Vidal Perez
PARANAGUÁ- PR 2010
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Tabuleiro de xadrez com respectivas peças ............................................ 12
Figura 2 – Movimentação do Rei no Xadrez ............................................................. 13
Figura 3 – Movimentação da Dama no Xadrez ......................................................... 14
Figura 4 – Movimentação da torre no xadrez ............................................................ 14
Figura 5 – Movimentação do bispo no xadrez ........................................................... 15
Figura 6 – Movimentação do cavalo no xadrez ......................................................... 15
Figura 7 – Movimentação do peão no xadrez ........................................................... 16
Figura 8 – Movimento especial dos peões chamado Tomada en passant ................ 16
Figura 9 – Movimento dos peões chamado Promoção ............................................. 17
Figura 10 – Roque é um lance especial em que o Rei e a Torre se movimentam
simultaneamente ...................................................................................... 18
Figura 11 – Quando o Rei está a ser atacado por uma peça inimiga diz-se que este
está em xeque .......................................................................................... 19
Figura 12 – Mate, situação do jogo de xadrez........................................................... 20
Figura 13 – Jogo terminando com empate ................................................................ 20
Fonte: WEB-DONKEY. Regras do xadrez. Disponível em:<htpp://WWW.web-
donkey.com/regrasxadrez>.
SUMÁRIO
1 IDENTIFICAÇÃO ..................................................................................................... 4
2 APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 5
3 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 7
4 XADREZ: LUDICIDADE NAS ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM.................... 8
5 REGRAS DO XADREZ .......................................................................................... 12
5.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 12
5.2 REI ...................................................................................................................... 13
5.3 DAMA .................................................................................................................. 14
5.4 TORRE ................................................................................................................ 14
5.5 BISPO ................................................................................................................. 15
5.6 CAVALO .............................................................................................................. 15
5.7 PEÃO .................................................................................................................. 16
5.8 TOMADA EN-PASSANT ..................................................................................... 16
5.9 PROMOÇÃO ....................................................................................................... 17
5.10 ROQUE ............................................................................................................. 18
5.11 XEQUE .............................................................................................................. 19
5.12 MATE ................................................................................................................ 20
5.13 EMPATE ............................................................................................................ 20
5.14 DESISTÊNCIA E PROPOSTA DE EMPATE ..................................................... 21
5.15 REPETIÇÃO DE POSIÇÕES ............................................................................ 21
5.16 REGRA DAS 50 JOGADAS .............................................................................. 21
5.17 TOCAR NAS PEÇAS ........................................................................................ 21
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 22
1 IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Darcicly de Souza Junqueira
Área PDE: Educação Física
NRE: Paranaguá
Professor da IES: Professor Ms Vidal Perez (Orientador)
IES Vinculada: FAFIPAR
Escola de Implementação: Colégio Estadual Rocha Pombo – E.F.M.
Público Objeto da Intervenção: 5ª série - Ensino Fundamental
5
2 APRESENTAÇÃO
O caderno temático, Xadrez: Ludicidade nas Estratégias de
Aprendizagem, tem como objetivo provocar algumas reflexões sobre o papel do
conhecimento na prática pedagógica em Educação Física escolar, como um esforço
de síntese desse ano de estudos, reflexões e debates.
Esse material preparado para a socialização com os professores e
professoras da Rede Estadual de Educação do Estado do Paraná e para
implementação na 5ª série do Ensino Fundamental, propõe-se apenas a tematizar
algumas questões sobre o conhecimento da Educação Física escolar e o tratamento
dado a esse nas escolas, nos documentos oficiais (Diretrizes Curriculares Estaduais
para a Educação Básica) e nas próprias produções dos professores e das
professoras (Livro Didático Público).
O caderno temático elaborado é para que haja uma compreensão mais
aprofundada em relação ao ensino do jogo de xadrez e suas múltiplas
possibilidades, nas instituições de ensino para as aulas de Educação Física, assim
como, a necessidade de se trabalhar com atividades mais recreativas, lúdicas e de
forma individual e coletiva, que motivam e vão ao encontro do interesse dos
educandos. O texto transparece o comprometimento com a reflexão profunda da
nossa própria prática pedagógica, o que significa tanto um mergulho profundo nas
teorias, como um envolvimento cotidiano na qualificação das aulas de Educação
Física na escola.
Havendo positivamente o estreitando destes relacionamentos para a
aprendizagem, como um diagnóstico e desafios para que possamos “reconstruir” e
inovar em nossa prática pedagógica, procurando mostrar a importância de se pensar
“ludicidade” em todos os momentos da escola, e da vida, e atenta às múltiplas
possibilidades, tornando uma escola fértil para novas produções e novos saberes.
A formação lúdica interdisciplinar se assenta em propostas que valorizam a
criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca da afetividade, a nutrição da alma,
proporcionando aos futuros educadores vivências lúdicas, experiências corporais e
intelectuais que se utilizam da ação do pensamento e da linguagem, tendo no jogo
de xadrez sua fonte dinamizadora.
6
A afetividade é estimulada por meio da vivência, a qual o educador
estabelece um vínculo de afeto com o educando. A criança necessita de estabilidade
emocional para se envolver com a aprendizagem. O afeto pode ser uma maneira
eficaz de se chegar perto do sujeito e a ludicidade, como estratégia de
aprendizagem, em pareceria, um caminho estimulador e enriquecedor para se atingir
uma totalidade no processo de aprender.
O ensino-aprendizagem precisa dar mais ênfase ao sensorial, ao
envolvimento de todos os sentidos e de todo o indivíduo. O conhecimento integral
depende cada vez mais da valorização do sensorial. Precisa da ação coordenada de
todos os sentidos, os caminhos externos para o conhecimento, que combinam o
tato, o toque, a pele, o movimento, o corpo, o olhar, o escutar.
O lúdico não se situa numa determinada dimensão do nosso ser, mas constitui-se numa síntese integradora. Ele se materializa no todo, no integral da existência humana. Da mesma forma que não existe uma essência humana divorciada da existência, também não existe um lúdico descolado das relações sociais. (ACORDI; SILVA; FALCÃO, 2005, p. 35)
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não
pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico como
estratégia facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural,
colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita
os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do
conhecimento.
7
3 JUSTIFICATIVA
A escola tradicional, centrada na transmissão de conteúdos, não comporta um
modelo de aprendizagem lúdica. Por isso é tão freqüente ouvirmos falas que apóiam
e enaltecem a importância do lúdico estar presente na sala de aula, e queixas dos
futuros educadores, como também daqueles que já se encontram exercendo o
magistério, de que se fala da importância do xadrez e da ludicidade na
aprendizagem, se discutem conceitos, mas não se vivenciam conteúdos
enxadrísticos com atividades lúdicas nas estratégias de aprendizagem. De fato não
é tão simples uma transformação mais radical pelas próprias experiências que o
professor tem ao longo de sua formação acadêmica.
O afetivo no conhecimento e na comunicação é um complemento do sensorial
e do intuitivo. O afetivo se manifesta no clima de acolhimento, de empatia,
inclinação, desejo, gosto, paixão, de ternura, de compreensão para consigo mesmo
e para com os outros. O afetivo dinamiza as interações, as trocas, a busca, os
resultados. Facilita a comunicação, toca os participantes, promove a união. O clima
afetivo prende totalmente, envolve plenamente, multiplica as potencialidades.
Trazendo ludicidade para a sala de aula é muito mais uma „atitude‟ lúdica do educador e dos educandos. Assumir essa postura implica sensibilidade, envolvimento, uma mudança interna, e não apenas externa, implica não somente uma mudança cognitiva, mas, principalmente, uma mudança afetiva. A ludicidade exige uma predisposição interna, o que não se adquire apenas com a aquisição de conceitos, de conhecimentos, embora estes sejam muito importantes. Uma fundamentação teórica consistente dá o suporte necessário ao professor para o entendimento dos porquês de seu trabalho. Trata-se de ir um pouco mais longe ou, talvez melhor dizendo, um pouco mais fundo (ALMEIDA, 2009, p 83).
8
4 XADREZ: LUDICIDADE NAS ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM
O ser humano obrigatoriamente possui duas funções: a lúdica e a
pedagógica. Deve-se primeiro trabalhar o lúdico e só depois promover as atividades
pedagógicas. O lúdico nem sempre é prazeroso. Quando perde, a criança
experimenta o sofrimento. Por isso, a palavra chave do lúdico é liberdade. Ao impor
o jogo, o adulto faz com que parte da ludicidade se perca, prejudicando a
aprendizagem. Uma vez que o lúdico é o meio para a aprendizagem potencialmente
significativa. Aprendizagem significativa não é aquela necessariamente importante,
mas sim a que faz conexão com conceitos ou habilidades pré-existentes. É
brincando que revelamos situações reais dentro da problematização real dos
impulsos pessoais.
O homem como ser pensante, está cada vez mais em constante e infinito
desafio, os desafios se apresentam nas mais diversas formas, a Educação como um
todo deve dar ao indivíduo condições para superá-los, não importando o nível em
que se encontra.
Ensinar é muito difícil. Empolgar os jovens e transmitir-lhes o prazer por aprender e o quanto isso pode lhes ser bom para a vida íntima é algo que faz muito bem ao professor. A interação é riquíssima; ensinar é aprender; alimentar o outro é se sentir alimentado; dar é receber. A troca que se estabelece é de uma riqueza humana rara. Na verdade deveríamos apreciar perguntas que não sabemos responder, porque elas determinam uma inquietação que nos instiga a curiosidade e nos leva à busca do conhecimento novo. Agora transmitir com paixão é privilégio do professor que ama seu ofício e os assuntos em que se especializou. Transmitir valores é prerrogativa de quem os tem. Assim, o „bem‟ tenderá a vencer o „mal‟ pela mais inesperada das razões: o avanço tecnológico. Viver é mesmo uma aventura curiosa e fascinante! (GIKOVATE, 2001, p. 92).
A organização do trabalho pedagógico na Educação Física escolar, a
disciplina como mestra propulsora de todo desenvolvimento e trabalho escolar, deve
estar atenta a todos os aspectos envolventes dos educandos, auxiliando nas demais
áreas, no desenvolvimento integral, intelectual e corporal dos mesmos, tornando-os
9
capazes de discernir atividades e atitudes que venha de encontro à sua formação,
um ser útil a sociedade, com escolhas certas e direcionadas ao seu bem estar físico
e mental.
O lúdico é o melhor caminho para conseguir superar e ele deverá surgir de
modo descontextualizado, fazer parte integrante do cotidiano escolar, sendo assim,
o grande desafio da educação é, promover a socialização do saber, vinculado ao
contexto que se origina e se destina, para assim, ocorrer a transformação do
indivíduo, para um indivíduo pleno, com capacidade de inserção no mundo,
enquanto cidadão, tendo como foco a vida, no respeito à coletividade e a dignidade
humana. “A educação pela via da ludicidade propõe-se a uma nova postura
existencial, cujo paradigma é um novo sistema de aprender brincando inspirado
numa concepção de educação para além da instrução”. (SANTOS, 2001, p. 53).
O ensinar/aprender, na sua organização, planejamento e atuação deve estar
centrado numa práxis (relação teoria /prática) transformadora, buscar a autonomia
de um ser em movimento, tendo como objeto de estudo o próprio movimento
humano, o qual irá direcionar todos os saberes da educação física.
A articulação da ludicidade é essencial em todos os conteúdos estruturantes
porque ela nos proporciona prazer ao executá-la com motivação.
A ludicidade é qualquer atividade que nos dá prazer ao executá-la. Através da ludicidade a criança aprende a conviver, a ganhar e perder, a esperar sua vez, lidar com as frustrações, conhecer e explorar o mundo. Ela facilita a convivência entre a criança e o professor. A ludicidade se processa em torno do grupo como, das necessidades individuais, recrear é educar, pois permite criar a satisfazer o espírito estático do ser humano, oferece ricas possibilidades culturais (BRANDÃO, 2004, p.74).
Na organização do trabalho pedagógico devemos ter em mente que o
indivíduo se humaniza na convivência com outros seres humanos, nesta relação ele
aprende a colaborar, repartir, ceder, expor sua idéias e compartilhar sua
experiências.
Na convivência coletiva, tanto os tímidos quanto os agressivos podem ser
beneficiados com os aspectos sociais em que a ludicidade possibilita.
É relevante resgatar o lúdico nas aulas de educação física, de modo que esse processo trabalhe com a diversidade cultural e desperte a vontade e aprender nas crianças. Com isto aprendem a verdadeira finalidade da
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educação física, que é desenvolver e fortificar o corpo sob o ponto de vista estático e dinâmico, contribuir para o aperfeiçoamento total do indivíduo (BRANDÃO, 2004 ,p. 98).
Deve-se despertá-los para, com sabedoria, poder exteriorizá-los na sua vida
diária. Tendo como respaldo as DCES/SEED, se ganha mais força como projeto de
intervenção escolar, dentro de um trabalho pedagógico. Esse elemento articulador
ganha relevância porque, ao vivenciar os aspectos lúdicos que emergem das e nas
brincadeiras, o aluno torna-se capaz de estabelecer conexões entre o imaginário e o
real, e de refletir sobre os papéis assumidos nas relações em grupo.
Reconhece e valoriza, também, as formas particulares que os jogos,
brinquedos e as brincadeiras tomam em distintos contextos e diferentes momentos
históricos, nas variadas comunidades e grupos sociais.
Dessa maneira, a ludicidade, como elemento articulador, apresenta-se como
uma possibilidade de reflexão e vivência das práticas corporais em todos os
Conteúdos Estruturantes, desde que não esteja limitada a uma perspectiva
utilitarista, na qual as brincadeiras surgem de modo descontextualizado, em apenas
alguns momentos da aula, relegando o lúdico a um papel secundário.
Os aspectos lúdicos representam uma ação espontânea, de fruição, que
interfere sobre e na construção da autonomia, a qual é uma das finalidades da
escolarização. O jogo desperta nos participantes sentimentos e ações de
aprendizagem, superação, melhoria da autoestima, felicidade, socialização,
construção do caráter e, além de seu aspecto lúdico, pode servir de conteúdo para
que o professor discuta as possibilidade de flexibilização das regras e da
organização coletiva. É interessante reconhecer as formas particulares que os jogos
e as brincadeiras tomam em distintos contextos históricos, de modo que cabe à
escola e ao professor de Educação Física valorizar pedagogicamente as culturas
locais e regionais que identificam determinada sociedade.
Quando a criança joga, ela opera com significado das suas ações, o que a faz desenvolver sua vontade e ao mesmo tempo tornar-se consciente das suas escolhas e decisões. Por isso, o jogo apresenta-se como elemento básico para a mudança das necessidades e da consciência. (CASTELLANI FILHO et. al., 2009, p.65-66)
A Educação Física constitui-se numa atividade prazerosa, envolvente e de
movimentos, sendo fundamental para o desenvolvimento físico, social e mental do
ser humano, como parte da Educação Básica, deve priorizar uma proposta
11
pedagógica participativa, crítica e progressista, com atividades agradáveis,
recreativas e estimulantes, como as brincadeiras, jogos, dança, esportes, entre
outras, que levem em consideração a cultura, as características individuais e a
satisfação dos educandos, garantindo assim, o sucesso do processo de ensino e
aprendizagem.
A sociabilização é um processo de troca de experiências e um fenômeno
natural e típico dos grupos, onde as pessoas se sentem integradas e motivadas para
reflexão e ação.
O mundo nos oferece vários tipos de experiências, e toda a informação que adquirimos acrescenta conhecimento, que precisamos valorar de acordo com o que é bom e melhor para nossas vidas e coletividade. Os valores não são medida de comportamento, eles têm tarefa muito mais nobre que é a de formar caráter, desenvolver sentimento e conscientizar cada um de seu papel importante enquanto indivíduo capaz de mudar o seu ambiente ao qual pertence. (COSTA, 2006, p. 63-64)
A relação entre o educador e o aluno deve ser de interação. O educador não deve estar ausente do processo de desenvolvimento do aluno, nem se impor de forma autoritária. Ele é o responsável pela organização da relação com os educandos, cuidando para preservar sua espontaneidade. A ele compete ajudar o aluno a se livrar da dispersão que o contato com as coisas provoca em seus interesses ou em sua atividade. (BRASIL, 2006, p.48).
12
5 REGRAS DO XADREZ
5.1 INTRODUÇÃO
O jogo de Xadrez é jogado por dois jogadores. Um jogador joga com as peças
brancas o outro com as pretas. Cada um inicialmente tem dezesseis peças: Um Rei,
uma Dama, duas Torres, dois Bispos e oito Peões.
O posicionamento inicial das peças assim como o formato do tabuleiro é
como o que se mostra na figura seguinte:
Figura 1 – Tabuleiro de xadrez com respectivas peças Fonte: WEB-DONKEY. Regras do Xadrez
As peças na linha de baixo e da esquerda para a direita são: Torre, Cavalo,
Bispo, Dama, Rei, Bispo, Cavalo e Torre.
Os jogadores movimentam alternadamente uma das suas peças, sendo
sempre o jogador com as brancas o primeiro a começar. Um movimento consiste em
pegar numa peça e colocá-la numa nova casa respeitando as regras de movimento.
Só o Cavalo é que pode passar por cima de outras peças.
Existe um movimento especial denominado Roque em que um jogador pode
movimentar duas peças simultaneamente.
13
Um jogador pode Capturar peças do adversário, para fazê-lo tem de
movimentar uma das suas peças para uma casa que contenha uma peça inimiga,
respeitando as regras de movimento. A peça capturada é retirada do tabuleiro. (A
captura não é obrigatória).
O jogo termina quando se atingir o mate ou uma situação de empate.
5.2 REI
O Rei pode mover-se uma casa na horizontal, vertical ou diagonal.
O Rei do lado a jogar nunca pode estar em xeque após a realização de uma
jogada. Se não for possível evitar que o Rei esteja em cheque a posição passa a ser
de mate e o lado do Rei que está a ser atacado perde.
Figura 2 – Movimentação do Rei no Xadrez Fonte: WEB-DONKEY. Regras do Xadrez
14
5.3 DAMA
A Dama pode movimentar-se em qualquer número de casas na horizontal,
vertical ou qualquer em uma das diagonais.
Figura 3 – Movimentação da Dama no Xadrez
Fonte: WEB-DONKEY. Regras do Xadrez
5.4 TORRE
A Torre pode movimentar-se em qualquer número de casas na horizontal ou
vertical.
Figura 4 – Movimentação da torre no xadrez Fonte: WEB-DONKEY. Regras do Xadrez
15
5.5 BISPO
O Bispo pode movimentar-se em qualquer número de casas em qualquer uma
das diagonais.
Figura 5 – Movimentação do bispo no xadrez Fonte: WEB-DONKEY. Regras do Xadrez
5.6 CAVALO
O Cavalo movimenta-se em forma de L, e é a única peça que pode "saltar"
por cima de outras. O movimento do cavalo define-se como: duas casas numa
direção e outra na perpendicular.
Figura 6 – Movimentação do cavalo no xadrez Fonte: WEB-DONKEY. Regras do Xadrez
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5.7 PEÃO
O peão move-se de formas distintas quer se esteja a mover ou a capturar
uma peça.
Quando um peão se move avança uma casa na vertical em direção ao lado
do adversário. Se ele ocupar a sua casa inicial pode avançar uma ou duas casas.
Para capturar o peão move-se uma casa na diagonal.
Figura 7 – Movimentação do peão no xadrez Fonte: WEB-DONKEY. Regras do Xadrez
5.8 TOMADA EN-PASSANT
Figura 8 – Movimento especial dos peões chamado Tomada en passant Fonte: WEB-DONKEY. Regras do Xadrez
Um movimento especial dos peões chama-se tomada en-passant. Nas três
figuras acima pode ver-se uma tomada en-passant. Esta é possível quando um peão
17
avança duas casas e quando simultaneamente um peão inimigo se encontra em
posição de ataque à casa por onde o peão que se move passa. Nesse caso o peão
atacante pode capturar o que se move movendo-se para a casa de passagem. Esta
tomada só pode acontecer no lance seguinte ao movimento.
5.9 PROMOÇÃO
Figura 9 – Movimento dos peões chamado Promoção Fonte: WEB-DONKEY. Regras do Xadrez
Outro movimento característico dos peões é a promoção. Esta acontece
quando um peão atinge a última linha, ou inversamente a primeira do adversário.
Quando isso acontece o jogador tem de converter o Peão numa Dama, Torre, Bispo
ou Cavalo.
18
5.10 ROQUE
Figura 10 - Roque é um lance especial em que o Rei e a Torre se movimentam simultaneamente Fonte: WEB-DONKEY. Regras do Xadrez
O roque é um lance especial em que o Rei e a Torre se movimentam
simultaneamente. Este só pode ser realizado uma vez por cada jogador.
Para o roque ser possível tem de se verificar as seguintes condições:
- O Rei que vai fazer o lance não se pode ter movido durante o jogo.
- A Torre vai fazer o lance não se pode ter movido durante o jogo.
- O Rei envolvido não está em xeque.
- Todas as casas entre o Rei e a Torre têm de estar desocupadas.
- O Rei não passa por uma casa atacada por uma peça inimiga durante o
movimento.
- A casa de destino do Rei não está a ser atacada.
- O Rei e a Torre têm de ser do mesmo lado.
O movimento de roque consiste no Rei movimentar-se duas casas na direção
da Torre e a Torre passar para a casa adjacente ao Rei do lado oposto ao que se
encontra inicialmente.
19
5.11 XEQUE
Figura 11 - Quando o Rei está a ser atacado por uma peça inimiga diz-se que este está
em xeque Fonte: WEB-DONKEY. Regras do Xadrez
Quando o Rei está a ser atacado por uma peça inimiga diz-se que este está
em xeque.
No final da jogada o Rei não pode ficar em cheque, se o jogador se enganar e
deixar o Rei nessa situação este terá de refazer o lance, neste caso a regra piece
tuche piece joue se possível tem de ser respeitada.
Caso não seja possível deixar o Rei sem estar em xeque a posição passa a
ser de mate e o jogo termina com derrota para o lado que se move.
20
5.12 MATE
O jogador que está em xeque não pode evitar que o seu Rei deixe de estar no
final do seu lance. Esta situação é designada mate e implica a derrota para o lado do
Rei que está em xeque vitória para o outro.
Figura 12 – Mate, situação do jogo de xadrez
Fonte: WEB-DONKEY. Regras do Xadrez
5.13 EMPATE
Quando o lado a mover não tem nenhuma jogada legal que possa realizar e
não está em xeque o jogo termina com empate.
Figura 13 – Jogo terminando com empate
Fonte: WEB-DONKEY. Regras do Xadrez
21
5.14 DESISTÊNCIA E PROPOSTA DE EMPATE
Um jogador pode desistir a qualquer momento, o que implica a sua derrota.
Após realizar uma jogada um jogador pode propor empate. O adversário pode
aceitar, o jogo termina com empate, ou recusar, o jogo continua regularmente.
5.15 REPETIÇÃO DE POSIÇÕES
Quando a mesma posição é atingida três vezes com o mesmo lado a jogar,
este pode optar por terminar o jogo com empate.
De notar que posições antes a após roque são consideradas diferente.
5.16 REGRA DAS 50 JOGADAS
Se existirem 50 jogadas consecutivas sem capturas ou movimentos de peões,
isto é 50 lances para as brancas e 50 lances para as pretas, qualquer dos jogadores
pode optar por terminar o jogo com empate.
5.17 TOCAR NAS PEÇAS
Esta regra diz que quando se toca numa peça esta tem de ser jogada, ou do
francês: "piece touche piece joue".
22
REFERÊNCIAS
ACORDI, Leandro de Oliveira; SILVA, Bruno Emmanuel Santana da; FALCÃO, José Luiz Cirqueira. As Práticas Corporais e seu Processo de Re-signficação: apresentado os subprojetos de pesquisa. In: SILVA, Ana Márcia; DAMIANI, Iara Regina (Org.). Práticas corporais: gênese de um movimento investigativo em educação física. 1.ed. Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2005, v. 01.
ALMEIDA, Anne. Recreação: ludicidade como instrumento pedagógico. 2009. In: COOPERATIVA DO FITNESS. Disponível em: <http://www.cdof.com.br/ recrea22.htm>. Acesso em: 10 out. 2009.
BRANDAO, Carlos Rodrigues. O que e educação. 43.ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.
CASTELLANI FILHO, Lino et. al. Metodologia do Ensino de Educação Física. 2.ed. rev. São Paulo: Cortez, 2009.
COSTA, Marília R. M. Valores: reflexões e práticas no dia-a-dia da sala de aula. 2.ed. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2006.
DIA-A-DIA-EDUCAÇÃO. Diretrizes da educação física. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/edfisica.pdf>. Acesso em: 27 jan. 2010.
GIKOVATE, Flávio. A arte de Educar. Curitiba: Nova Didática, 2001
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física para os Anos Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2008. Disponível em: <www.diaadia.pr.gov.br>. Acesso em: 27 jan. 2010.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Livro Didático Público: Educação Física Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2008. 232p.
PORTAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA. O que é Educação Física?. Disponível em: <http://www.educacaofisica.com.br/especiais/educacaofisica/definicao.asp>. Acesso em: 29 jan. 2010.
SANTOS, Santa Marli P. dos (Org.). A ludicidade como ciência. Petrópolis: Vozes, 2001.
23
VIÑAO FRAGO, Antonio. Espacio y Tiempo, Educación e Historia. Morelia: IMCED, 1996.
WEB-DONKEY. Regras do xadrez. Disponível em: <http://www.web-donkey.com/regrasxadrez>. Acesso em: 25 jun. 2010.
WIKIPÉDIA. Gincana. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/w/ index.php?title=Gincana&oldid=16490628>. Acesso em: 19 set. 2009.