Upload
duongtuyen
View
219
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2008
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-040-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
Secretaria de Estado da Educação
Superintendência da Educação
Departamento de Políticas e Programas Educacionais
Coordenação Estadual do PDE
Ciência, Tecnologia, Sociedade e Educação Ambiental: uma proposta
para a melhoria da qualidade de vida da comunidade escolar Itagiba
Fortunato, Cascavel- PR
CLAUDETE CARMO PEREIRA
PROFESSOR ORIENTADOR IES: IRENE CARNIATTO
Cascavel
2008
2
Secretaria de Estado da Educação
Superintendência da Educação
Departamento de Políticas e Programas Educacionais
Coordenação Estadual do PDE
PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA
Ciência, Tecnologia, Sociedade e Educação Ambiental: uma proposta
para a melhoria da qualidade de vida da comunidade escolar Itagiba
Fortunato, Cascavel- PR
Professor PDE: Claudete Carmo Pereira.
Área PDE: Ciências.
NRE: Cascavel.
Professor Orientador IES: Irene Carniatto.
IES vinculada: UNIOESTE.
Escola de Implementação: Colégio Estadual Itagiba Fortunato.
Público objeto da intervenção: Estudantes das primeiras séries do Ensino
Médio.
Cascavel
2008
3
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 6
EDUCAÇÃO AMBIENTAL .................................................................................... 6
ÉTICA UM PRINCÍPIO A RESGATAR ................................................................ 11
RELAÇÃO DO HOMEM COM A NATUREZA .................................................... 12
SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ....................... 17
Sugestões de Atividades .................................................................................... 18
Atividade 1 – Criando e recriando com palavras... .......................................... 19
Atividade 2 – Discutindo sobre o lixo ............................................................... 20
Atividade 3 - Confecção de cartões com sucata: .............................................. 21
Atividade 4 - Confecção de carimbos de cordão com restos de madeira......... 21
Atividade 5 – Confecção de máscaras com massa de papel ............................. 22
Atividade 7 – Confecção de mini-hortinhas com garrafas pet ......................... 23
Atividade 8 – Planejamento da EA integrado para Educação Infantil ........... 23
Atividade 9 – Apresentação de sugestões sobre confecção de materiais
diversos para Educação Infantil ....................................................................... 24
Atividade 10 - sugestões de materiais didáticos gerais com sucata: ................ 28
Atividade 11 – Atividade criadora - Confeccionar brinquedos com sucata .... 30
ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DE SEXTA À NONA SÉRIES DO
ENSINO FUNDAMENTAL ....................................................................................... 30
Sugestão de atividades ....................................................................................... 32
ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A PRIMEIRA A TERCEIRA
SÉRIES DO ENSINO MÉDIO ................................................................................... 36
LIXO E RECICLAGEM ............................................................................................. 38
E o Vidro, de Onde Vem????? ................................................................................ 39
Lixo Separado Pode Ser Transformado ................................................................... 39
A Reciclagem.......................................................................................................... 40
A reutilização .......................................................................................................... 40
Indicação de textos ............................................................................................ 41
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ........................................................................... 45
AGROECOLOGIA BASES ATUAIS PARA A AGRICULTURA SUSTENTÁVEL . 46
4
PRÁTICAS AMBIENTAIS .................................................................................. 51
Amigo da biodiversidade ..................................................................................... 52
JOGOS E PRÁTICAS AMBIENTAIS ............................................................. 52
Prática Ambiental nº1: Diagnóstico Local. ...................................................... 52
ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIOVISUAIS ......................... 55
INDICAÇÃO DE TEXTOS: ............................................................................ 57
FILME ............................................................................................................... 58
* Uma Verdade Inconveniente – ..................................................................... 58
CONTRIBUIÇÕES INDIVIDUAIS PARA A SUSTENTABILIDADE ............. 63
SUGESTÃO DE ATIVIDADES ........................................................................... 67
Sugestões para Pesquisa e Discussão ..................................................... 68
AS RELAÇÕES HOMEM X NATUREZA E HOMEM X HOMEM ....................... 69
Chuva Ácida .......................................................................................................... 70
POLUIÇÃO DO AR ................................................................................................... 71
Problematização nº 1 ......................................................................................... 72
Como a chuva ácida afeta o ambiente? ................................................................ 72
Experiência: Testando amostras de solo .......................................................... 73
Questionamentos ............................................................................................... 73
Revistas .............................................................................................................. 73
Sites .................................................................................................................... 73
Livros ................................................................................................................. 74
Problematização nº 2 ......................................................................................... 74
POLUIÇÃO ....................................................................................................... 74
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 76
5
LISTA DE FIGURAS
FIGURA Nº 1 – Foto do Centro de Educação Ambiental de Porto Seguro/Bahia ........ 17
FIGURA Nº 2 – Ilustração para uma discussão sobre situação ambiental ................... 19
FIGURA Nº 3 – Foto da atividade de prática pedagógica na Educação Infantil .......... 24
FIGURA Nº 4 – Foto ilustrativa- painel sobre papel pardo com colagens de gravuras 25
FIGURA Nº 5 – Foto de paisagem natural .................................................................. 26
FIGURA Nº 6 – Foto da reciclagem – separação do lixo ............................................ 27
FIGURA Nº 7 – Foto da gravura/ capa do livro de papelão ........................................ 29
FIGURA Nº 8 – Foto uso da água para o lazer ........................................................... 31
FIGURA Nº 9 – Foto da importância da Educação Ambiental para a Terra ................ 32
FIGURA Nº 10 – Foto da mata ciliar ......................................................................... 33
FIGURA Nº 11 – Foto da atividade de limpeza ambiental .......................................... 34
FIGURA Nº 12 – Foto de um painel com frases e figuras ........................................... 34
FIGURA Nº 13 – Foto da poluição e contaminação da água pelo lançamento de esgotos
................................................................................................................................... 35
FIGURA Nº 14 – Foto da problematização: o que fazer com o lixo? .......................... 35
FIGURA Nº 15 – Foto da observação do ciclo da água .............................................. 37
FIGURA Nº 16 – Foto da reciclagem ......................................................................... 39
6
CIÊNCIA, TECNOLOGIA, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL.
INTRODUÇÃO
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Educação Ambiental é uma práxis educativa e social que tem por finalidade a
construção de valores, conceitos, habilidades e atitudes que possibilitem o entendimento
da realidade de vida e a atuação lúcida e responsável de atores sociais individuais e
coletivos no ambiente. Contribuindo para a tentativa de implementação de um padrão
civilizacional e societário diferente do atual, fundamentado numa nova ética da relação
sociedade - natureza (LOUREIRO, 2005).
Em termos genéricos e conceituais, a educação é essencialmente política, pois
político é o espaço de atuação humana em que nos formamos e moldamos as
características objetivas que nos cercam (DEMO, 1998). No entanto, a atuação dos
educadores vem tornando as iniciativas educacionais ambientalistas, limitados a
instrumentalização e à sensibilização para a problemática ecológica, mecanismos de
promoção de um capitalismo que busca se afirmar como verde e universal em seu
processo de reprodução, ignorando-se, assim, seus limites a paradoxos na viabilização
de uma sociedade sustentável (LOUREIRO, 2005).
Capra (2002) esclarece que o conceito de sustentabilidade foi criado por Lester
Brown no início da década de 1980, que definiu como sociedade sustentável àquela que
é capaz de satisfazer suas necessidades sem colocar em risco a sobrevivência das futuras
gerações. Afirma ainda, que esse conceito foi posteriormente utilizado pela Comissão
para Desenvolvimento do Meio Ambiente da ONU, que em 1987 publicou o relatório
chamado de “Nosso Futuro Comum”, que posteriormente ficou conhecido por Relatório
Brundtland, que se tornou referência mundial sobre Desenvolvimento Sustentável. Tal
relatório parte de uma visão complexa das causas dos problemas socioeconômicos e
ecológicos da sociedade global, enfatiza a interligação entre tecnologia, economia,
sociedade e política; apresenta medidas a serem tomadas no nível estado nacional, como
a busca pelo desenvolvimento sustentável e define metas a serem realizadas a nível
7
internacional, em que as organizações devem adotar estratégias de sustentabilidade
como “aquele que atende as necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de
as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades”(CMMAD, 1991, p.46).
A Educação Ambiental estimula o exercício pleno e consciente da cidadania
(deveres e direitos) e fomenta o resgate e o surgimento de novos valores que tornem a
sociedade mais justa e sustentável. A sustentabilidade humana tornou-se cada vez mais
uma corrida entre a educação e o sofrimento. Não existirá uma sociedade humana
sustentável sem uma educação renovadora. A educação atual promove a desconexão,
“treina” as pessoas para que ignorem as conseqüências ambientais de seus atos.
O Brasil já possui uma Política Nacional para a Educação Ambiental, Lei
9.795/99(BRASIL, 1999). A temática Ambiental passa a ser obrigatória em todos os
níveis do processo educacional, de forma integrada e interdisciplinar. Para modificar
este quadro de insustentabilidade existente no planeta, será necessário assumir um novo
estilo de vida baseado em uma ética global, resgatar e criar novos valores e repensar e
modificar os seus hábitos de consumo (DIAS, 2002). Precisa-se viabilizar um novo
processo sustentável que contemple toda a comunidade de vida (BOFF, 2001).
Em uma perspectiva crítica, o melhor em termos ambientais é o resultado da
dinâmica social, não podendo ser confundido com uma construção idealmente
concebida por setores dominantes que falam genericamente em nome da “salvação do
planeta”.
As relações sociais que são estabelecidas na escola, na família, no trabalho ou
na comunidade possibilitam que o individuo tenha uma percepção crítica de si e da
sociedade, podendo, desta maneira, entender sua posição e inserção social e construir a
base de respeitabilidade para com o próximo. As relações estabelecidas em cada campo
educativas, formais ou não, constituem espaços pedagógicos de exercício da cidadania.
Pressupondo-se que a história das sociedades humanas não é precisamente determinada,
mas resultante de processos dinâmicos estabelecidos, construídos e transformados por
sujeitos históricos: os cidadãos, seja em suas ações individuais ou coletivas.
Segundo Lucci et al (2003), o homem primitivo para sobreviver em nosso
planeta precisou aprender a superar grandes desafios, afinal era pequeno demais para
enfrentar a força de grandes caçadores como o tigre e o leão. Assim, a saída encontrada
pela espécie humana foi viver em sociedade. A vida em grupo proporcionou-lhe
condições de realizar grandes caçadas e então sobreviver e evoluir até se tornar
dominante.
8
Entretanto, os problemas não terminaram com o crescimento do grupo, pois os
alimentos eram cada vez mais escassos. Esses foram apenas os primeiros problemas
ligados às questões ambientais, o homem evoluiu dominando o fogo, as técnicas de
plantio e inventou máquinas explorando a natureza e disseminando a poluição e a
exploração irracional dos recursos naturais.
Entre os problemas ambientais causados pela ação humana, Rocha (2001)
destaca:
a. a água potável está cada vez mais rara. A ausência de mecanismos de
conservação do solo deteriora os grandes mananciais e o desmatamento leva a seca às
nascentes. Além do assoreamento e da erosão, os rios transformam-se em gigantescos
esgotos a céu aberto;
b. a fauna brasileira com características endêmicas sofre efeitos do
desmatamento, o que reduz cada vez mais seu “habitat” natural para dar lugar à
pecuária, agricultura, áreas urbanas, extração de madeira entre outros; o ambiente
aquático também é afetado pela drenagem das áreas pantanosas, assoreamento de rios e
córregos, disposição de efluentes industriais e domésticos em corpos hídricos. Outro
problema enfrentado pela fauna brasileira é a caça predatória que, apesar de proibida,
ainda está sendo realizada e o comércio de animais silvestres praticado
clandestinamente.
c. a flora assim como a fauna está intensamente afetada com as alterações de seu
ecossistema, causadas pelas atividades humanas que resultam em poluição do solo, da
água e do ar, além do comércio ilegal.
Ainda Rocha (2001) afirma que a pior deterioração com relação aos vegetais é
encontrada no desmatamento indiscriminado (vegetações arbustivas e arbóreas) em
várias partes do mundo, especialmente no Brasil, que segundo dados da Organização
das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação - FAO (1993), no período de 1981
e 1990, foi o país mais afetado pelo desmatamento perdendo nesse período 3,6 milhões
de hectares de florestas.
Outro sério problema ambiental em relação à ação humana tem sido o
crescimento urbano, muitas vezes sem planejamento se dá de maneira desordenada. Em
todo planeta, segundo Franco (1999), a humanidade migrou para as cidades, passando
de menos de 5% de urbanos existentes no início do século XVIII para metade da
humanidade localizada nas pequenas e grandes cidades no início do século XX.
Segundo dados do IBGE (2001), mais de 80% da população brasileira reside em zonas
9
urbanas, que, por sua vez, não se estruturaram para recebê-la, formando assim as
periferias das cidades grandes, que não oferecem acesso ao mínimo de condições de
vida, trazendo conseqüências negativas aos biomas naturais.
Os problemas ambientais resultantes da aglomeração humana são interligados
e interdependentes e afetam as condições de sustentabilidade do planeta. A urbanização
desordenada há muito vem fazendo parte das pautas de diversos encontros ou reuniões
internacionais sobre meio ambiente e sustentabilidade, como na Conferência de
Estocolmo (1972), na Comissão de Brundtland (1983), na Rio 92(1992), na Conferência
Internacional Sobre População e Desenvolvimento e a Habitat II(1996). Entretanto o
problema continua assolando cidades de vários países. A realidade é que as cidades
continuam crescendo e com elas o aumento do consumo dos recursos naturais.
Segundo Dias (2002) as grandes cidades consomem 75% dos recursos naturais
do planeta. Como conseqüência contribui com a perda significativa da qualidade
ambiental, principalmente relacionado aos recursos hídricos, uma vez que o crescimento
das cidades vai “espremendo” os cursos d’água, poluindo e desprotegendo as nascentes
com o corte das árvores.
A urbanização desordenada se tornou um dos grandes problemas das grandes
cidades. Entretanto, nas pequenas cidades problemas semelhantes são também comuns,
tais como o crescimento desordenado, ocupação de espaços sem planejamento ou
avaliação dos possíveis impactos, empurrando as classes menos favorecidas para áreas
sem infra-estrutura adequada, acentuando cada vez mais as diferentes camadas sociais.
A falta de planejamento e avaliação na criação de áreas urbanas coloca em risco áreas
naturais, aguçando o desequilíbrio da relação homem-natureza.
Para Franco (1999), conflitos como estes em pequenas aglomerações ou em
megalópoles que se expandem cada vez mais, vão levar à necessidade de pensar,
conceber e operar sistemas de gestão ambiental dos espaços urbanos, para que cada
cidadão tenha seus direitos respeitados, como descritos no Artigo 225 da Constituição
Federal (1988):
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações”.
10
Para Minc (2008), a “cidade do cidadão” é o espaço do direito da vizinhança –
o morador é consultado sobre as intervenções que modifiquem seu bairro - , do direito
ao verde e ao ar puro. É a cidade arborizada, da ciclovia, dos transportes de massa
integrados, não poluentes e pontuais. Na cidade do cidadão pratica-se a coleta seletiva
do lixo e o tratamento do esgoto antes de seu lançamento nos corpos receptores.
A multiplicação dos centros culturais e comerciais propicia melhor
distribuição dos empregos no espaço, diminuindo a distância do itinerário casa-trabalho.
As horas economizadas deveria converter-se em tempo para lazer, atividades
comunitárias, prática esportiva e espaço afetivo e familiar. As rádios e televisões de
associações, sindicatos e universidades ampliam a comunicação e a consciência da
cidadania.
A prevenção, o policiamento comunitário, as delegacias de mulheres, os juizados
especiais e as penas alternativas trazem segurança, usando-se mais a inteligência que a
força bruta (MINC, 2008).
Ainda, conforme Minc, 2008, não basta pintar de verde a fachada do prédio do
sistema capitalista. Sem a descentralização do desenvolvimento e da rede urbana e a
transformação profunda das estruturas de produção e de propriedade nos campos,
legiões de despossuídos convergirão para as metrópoles, tornando inúteis os projetos de
reflorestamento de encostas (desmatadas com a favelização) e ridículas as guaritas dos
condomínios fechados.
O direito à moradia digna é à base da articulação da família com o meio
ambiente. As casas poderiam utilizar a ventilação, a energia solar, ter espaço para hortas
comunitárias e para árvores frutíferas, constituindo alternativas a favelização das
encostas.
Santos et al. (2002) afirmam que os problemas ambientais urbanos no Brasil
são mais acentuados por se tratar de um processo de urbanização rápido e desigual,
levando as populações de baixa renda a ocupar terras periféricas, geralmente
desprovidas de infra-estrutura ou a se instalar em áreas ambientalmente frágeis.
O conceito de ambiente implica, pois além de um equilíbrio entre crescimento
econômico e conservação da natureza, a possibilidade de mobilizar o potencial
ecotecnológico, a criatividade cultural e a participação social para construir formas
diversas de um desenvolvimento sustentável, igualitário, descentralizado e
autogestionário, capaz de satisfazer as necessidades básicas das populações, respeitando
11
sua diversidade cultural e melhorando sua qualidade de vida. Isto implica a
transformação dos processos de produção, dos valores sociais e das relações de poder
para construir uma nova racionalidade produtiva com a gestão participativa da
cidadania, gerando uma consciência crítica a respeito das instituições que mantêm as
estruturas econômicas e de poder dominantes (LEFF, 2005).
ÉTICA UM PRINCÍPIO A RESGATAR
A ética é uma filosofia de vida, é a arte da vida, da boa vida, da qualidade de
vida, do sentido da vida. A ética da vida é dirigida à vontade de poder viver, de poder
desejar a vida, como a vontade de poder viver com graça, com gosto, com imaginação e
com paixão a vida neste planeta (LEFF, 2005).
Segundo Leff, 2005, a ética é o caminho para recriar sentidos existenciais, para
que o sentido volte a ser sentido, para que a razão se reconecte com a paixão e o
pensamento com o sentimento. Para tornar-nos irmãos con-sentidos, solidários de
nossos direitos de ser diferente, de serem únicos unidos em nossas especificidades.
Uma educação ancorada em princípios éticos refere-se ao conjunto de
princípios ou padrões de conduta que regulam as relações dos seres humanos com o
mundo em que vivem, de acordo com Puig (1998, p.15), deve converter-se em um
âmbito de reflexão individual e coletiva que permita elaborar racionalmente e
autonomamente princípios gerais de valor, princípios que ajudem a defrontar-se
criticamente com realidades como a violência, a tortura ou a guerra. De forma
específica, para esse autor, a educação ética e moral devem ajudar na análise crítica da
realidade cotidiana e das normas sociomorais vigentes, de modo que contribua para
idealizar formas mais justas e adequadas de convivência.
Ainda na linha de compreensão do papel da educação para a formação ética
dos seres humanos, Cortina (2003, p.113) entende que educação do cidadão e da cidadã
deve levar em conta a dimensão comunitária das pessoas, seu projeto pessoal e também
sua capacidade de universalização, que deve ser exercida dialogicamente, pois, dessa
maneira, elas poderão ajudar na construção do melhor mundo possível, demonstrando
saber que são responsáveis pela realidade social.
A grande cidade agoniza: asfixiada por monóxido de carbono, cercada de lixo
químico, sitiada pelos guetos que a desigualdade criou, vitimada pela leptospirose dos
12
ratos e picada pelos mosquitos da dengue. Essa doença fatal exige um choque de
cidadania. Ou criamos cidade e cidadania para todos ou em breve não haverá vestígio de
cidadania para ninguém (MINC, 2008).
De forma específica, lidar com a dimensão comunitária, dialogar com a
realidade cotidiana e as normas sociomorais vigentes nos remete ao trabalho com a
diversidade humana, á abordagem e ao desenvolvimento de ações que enfrentem as
exclusões, os preconceitos e as discriminações advindos das distintas formas de
deficiência, e pelas diferenças sociais, econômicas, psíquicas, físicas, culturais,
religiosas, raciais, ideológicas e de gênero. Conceber esse trabalho na própria
comunidade onde está localizada a escola, no bairro e no ambiente natural, social e
cultural de seu entorno, é essencial para a construção da cidadania efetiva (Secretaria de
Educação Básica/Brasil, 2007).
RELAÇÃO DO HOMEM COM A NATUREZA
Na obra de Marx, as condições naturais são abordadas enquanto recursos para a
vida humana, em seu envolvimento com os processos produtivos, e não em seu
movimento intrínseco. Os fenômenos naturais são considerados como pressuposto geral
de toda a produção (MORAES, 1994).
Ainda segundo Moraes, Marx considerou a produção como um processo pelo
qual se altera a forma da natureza: pelo trabalho o homem modifica as formas das
matérias naturais, de modo a satisfazer suas necessidades. Na compreensão da natureza
enquanto matéria reelaborada pelo trabalho humano, o conceito de trabalho é
fundamental.
Ao atuar sobre a natureza, o trabalho produz não apenas um a simples
mudança na forma da matéria, mas, também, um efeito simultâneo sobre o trabalhador.
Na concepção marxista, a relação do homem com a natureza é sempre dialética: o
homem enforma a natureza ao mesmo tempo em que esta o enforma. Com o conceito de
intercâmbio orgânico, Marx introduz uma concepção nova da relação do homem com a
natureza. O homem socialmente ativo (BERNARDES, 2003).
Nesse processo de metabolismo, a natureza se humaniza e o homem se
naturaliza e o homem se naturaliza, estando à forma historicamente determinada em
cada situação. Nesse nível, a troca material é uma relação do valor de uso e, desse
13
modo, a natureza entra em relação com os seres humanos. O fato de o homem viver da
natureza tem sentido biológico, mas, principalmente, social (BERNARDES, 2003).
A era moderna, fascinada pela produtividade com base na força humana,
assiste ao aumento considerável do consumo, já que todas as coisas se tornam objetos a
serem consumidos. Como membros de uma sociedade de consumidores, na atual fase
do capitalismo, vivem num mundo em que a economia se caracteriza pelo desperdício,
onde todas as coisas devem ser devoradas e abandonadas tão rapidamente como surgem,
em que as coisas surgem e desaparecem sem jamais durarem o tempo suficiente para
conter em seu meio o processo vital (ARENDT, 1997).
O processo que invadiu as ciências naturais no século XVII, prerrogativa dos
cientistas, fundamentado na experimentação, buscando imitar a forma como as coisas
naturais passaram a existir em condições artificiais, ampliou a ação na esfera da
produção e dos negócios de tal forma que levou à extinção da linha divisória entre a
natureza e o homem, implicando o aumento do ritmo das máquinas e do consumo
(ARENDT, 1997).
Na atual fase capitalista, as práticas econômicas, um aspecto particular das
demais práticas sociais, modificam o espaço físico na condição de valor de uso e de
valor de troca, gerando uma dinâmica de mercado em torno do próprio espaço, dinâmica
essa que inclui a produção de bens materiais e a adequação do meio ambiente
circundante às necessidades sociais. Na sociedade capitalista moderna, que é uma
estratificada, essa transformação se dá no contexto dos interesses dos grupos sociais que
dirigem uma forma de produção fundamentada no progresso técnico. Assim sendo,
tanto o sistema produtivo instituído, como a tecnologia e as adaptações ambientais são
orientadas para responder aos fins da acumulação (BERNARDES et al, 1997).
Até meados do século XX, conforme ressalta Kurz (2001), o complexo
econômico-científico limitou-se a consumir a matéria existente na natureza, tendo
efeitos destrutivos secundários; porém, após a Segunda Guerra Mundial, com o aumento
das forças produtivas, institucionalizado pelo progresso científico e técnico, rompeu as
proporções históricas. O complexo não se limitou a intervir na natureza, mas passou a
produzir uma outra natureza, na ânsia de se emancipar plenamente da mesma. Às
possibilidades de escassez de energia fóssil a resposta foi à tecnologia atômica; no plano
da transformação das matérias-primas, técnica e ciência se concentraram nas
transformações físicas e químicas da produção industrial; na agronomia, os métodos
tradicionais de criação de animais e plantas, por meio da tecnologia genética, tendem a
14
ser substituído por intervenções diretas no material biológico. Somente uma outra
ciência e outra forma de sociedade serão capazes de mudar os rumos atuais do
conhecimento científico. Dentro desse quadro, estamos convencidos, como Schimidt
(1976), que hoje, quando as possibilidades técnicas se viabilizam, parece mais provável
que se transformem em forças destrutivas (BERNARDES, 2003).
Um dos mais importantes movimentos sociais dos últimos anos, promovendo
significantes transformações no comportamento da sociedade e na organização política
e econômica, foi à chamada “revolução ambiental”. Com raízes no final do século XIX,
a questão ambiental emergiu após a Segunda Guerra Mundial, promovendo importantes
mudanças na visão do mundo. Pela primeira vez a humanidade percebeu que os recursos
naturais são finitos e que seu uso incorreto pode representar o fim de sua própria
existência. Com o surgimento da consciência ambiental, a ciência e a tecnologia
passaram a serem questionadas (BERNARDES, 2003).
Em seu balanço sobre a civilização capitalista, Wallerstein nos chama a
atenção para as questões científicas que não foram colocadas, para os riscos que não
foram admitidos e, por isso, não foram evitados e questiona dilemas ecológicos, que
poderiam ter sido menos graves: se tivéssemos desenvolvido uma abordagem científica
mais holística que incorporasse o estudo das estruturas dissipativas e das bifurcações
como elemento central de análise em vez da abordagem que leu esses dilemas à
categoria de obstáculos externos inerentemente suscetíveis de solução técnica, enquanto
supunha que as tendências lineares vigentes continuariam em vigor (BERNARDES,
2003).
Conforme Leff (2005), todo sistema econômico e social é construído sobre
pressupostos éticos, quer estejam incorporados ao aparelho instintivo da espécie como
nas doutrinas sociobiológicas, quer provenham do desenvolvimento da cultura e do
processo de assimilação-adaptação-transformação do meio através das práticas
produtivas, ou se concebam como princípios morais intrínsecos do ser humano. As
doutrinas econômicas são construídas de maneira explícita ou implícita, sobre teorias e
pressupostas morais. A racionalidade econômica fundou-se no pressuposto de agentes
econômicos que, conduzidos por uma “mão invisível”, traduzem suas condutas egoístas
num bem comum; e a ética do trabalho, a frugalidade e a poupança estiveram associadas
a reinversão de lucros e excedentes para acelerar a acumulação do capital. Ainda
assinala que esse processo gerou uma corrida desenfreada das forças produtivas,
ignorando as condições ecológicas de sustentabilidade de vida do planeta. Suas
15
conseqüências foram não só a devastação de vários setores da natureza, mas também a
transformação e destruição de valores humanos, culturais e sociais. Em torno do
princípio da igualdade dos direitos individuais, da poupança e do trabalho, do lucro e da
acumulação, do progresso e da eficiência, construiu-se uma ordem internacional que
levou à concentração do poder econômico e político, à homogeneização dos modelos
produtivos, dos padrões de consumo e dos estilos de vida. Isso levou a desestabilizar os
equilíbrios ecológicos, a desarraigar os sistemas culturais e dissipar os sentidos da vida
humana (LEFF, 2005).
A busca de status, de lucro, de prestígio, de poder, substituiu os valores
tradicionais: o sentido de enraizamento, equilíbrio, pertença, coesão social, cooperação,
convivência e solidariedade. Para os países industrializados, esta ordem global,
polarizada e desigual. Propõe-se uma nova ética frente à abundância, o desperdício e o
uso do tempo livre. No entanto, para os países “subdesenvolvidos” se traduz num
problema de sobrevivência, pobreza crítica, satisfação de necessidades básicas e
dignidade humana. Esta crise do crescimento econômico leva a fundar um
desenvolvimento alternativo sobre outros valores éticos, outros princípios de produção e
outros sentidos societários, sem os quais a vida humana não será sustentável (LEFF,
2005).
Deste modo, a racionalidade ambiental se funda numa nova ética que se
manifesta em comportamentos humanos em harmonia com a natureza: em princípios de
uma vida democrática e em valores culturais que dão sentido à existência humana. A
ética ambiental propõe um sistema de valores associados a uma racionalidade produtiva
alternativa, a novos potenciais de desenvolvimento e uma diversidade de estilos
culturais de vida. A ética ambiental reinvidica os valores do humanismo: a integridade
humana, o sentido da vida, a solidariedade social, o reencantamento da vida e a
erotização do mundo (LEFF, 2005).
A Educação realiza a sua função de transformar desde que estejamos
comprometidos com seu caráter crítico e emancipatória. A intervenção educacional
deve seguir uma abordagem relacional (MORAES, 2003) que fundamenta ações
pedagógicas baseadas no estudo das relações, para criação de condições que contribuam
para a construção de um conhecimento integrado do mundo, considerando a complexa
rede de conexões dos seus componentes físico-químicos, biológicos, socioeconômicos e
culturais.
16
É preciso como intervenção educacional, à construção de um ambiente
educativo de sensibilização, que se constitui nas relações que se estabelecem entre
escola e comunidade, entre comunidade e sociedade, entre seus atores, nos embates
ideológicos por hegemonia, que vá da denúncia à compreensão-construção de uma
realidade socioambiental em sua complexidade. Sensibilização como sendo um
processo do indivíduo, mas na relação com o outro, em que o que está interiorizado pela
razão e emoção, se exterioriza pela ação refletindo essa interioridade (FREIRE, 1998).
“Uma forma de construção desse ambiente educativo de sensibilização é
promovendo a reflexão crítica que se dá pela práxis segundo sentido freireano, que
implica a ação e a reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo” (FREIRE,
1992). Nesta perspectiva dialética de Marx com a dialógica de Freire ao compreender o
real, o indivíduo se transforma, transformando a sociedade e na sociedade em
transformação, reciprocamente, o indivíduo se transforma.
Uma intervenção educacional crítica e emancipatória assume sua dimensão
política. È uma Educação Ambiental comprometida com a transformação da realidade
rumo a sustentabilidade socioambiental e percebe o ambiente educativo como
movimento, mas um movimento aderido ao da realidade socioambiental, onde se
contextualiza. Essa adesão que possibilita à intervenção educacional transformar a
realidade socioambiental e isso se dá por uma práxis educativa (reflexão-ação) que
potencializa a ação cidadã de sujeitos individuais e coletivos, que resistem ao caminho
único imposto pela racionalidade dominante (GUIMARÃES, 2004).
Essa intervenção educacional rompe com o foco na particularização/
Individualização e se abre para vivência de que Educação se dá na relação do um com o
outro, do um com o mundo. Estimula a renúncia ao que está estabelecido e não deve ser
reproduzido e predispõe ao ousar pára a construção do novo, da construção de utopias
no sentido freireano do “inédito viável” (FREIRE, 1992).
Todos esses princípios educativos de intervenção podem ancorar e estar
ancorados por propostas de ações interdisciplinares em Educação Ambiental, quando
estas se propõem a promover a atitude interdisciplinar (FAZENDA, 1993), com
abertura ao outro e ao dialógo. Essa é uma estratégia de ação que na sua perspectiva
relacional, busca superar as fronteiras disciplinares e dos diferentes saberes, construindo
um conhecimento ampliado e mais complexo da realidade, para que a intervenção
educacional esteja apta a transformá-la. Desta maneira a intervenção educacional se
concretizará na forma de um projeto de intervenção comunitária, no qual as
17
metodologias participativas se coadunarão com os princípios aqui apresentados e seus
atores serão dinamizadores sociais que procurarão ampliar a participação do tecido
social, através de uma mobilização que colocará a ação em movimento.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Berenice Gehlen Adams
FIGURA Nº 1 – Foto do Centro de Educação Ambiental de Porto Seguro/Bahia
Foto: Claudete Carmo Pereira, 2008.
As práticas de Educação Ambiental são uma busca freqüente no Website do
Projeto Vida – Educação Ambiental (hoje Projeto APOEMA - Educação Ambiental).
Cabe esclarecer que estas práticas não podem ser estanques, determinando um período
específico para o seu desenvolvimento, mas devem estar inseridas nas diferentes formas
de trabalho na rotina escolar. Outro ponto fundamental é o de cada docente inserir a
18
visão ambientalista aos conteúdos e temáticas a serem desenvolvidos durante o período
letivo. Nesse sentido os conteúdos de Ciências e de Biologia podem ser estruturados
segundo os eixos estruturadores da Evolução ou da Ecologia. Adota-se neste trabalho o
pilar de estrutura do eixo Ecologia.
Muitos educadores apresentam dificuldades ou, até mesmo, uma certa resistência
quanto à inserção da Educação Ambiental em suas práticas educacionais, em suas
atividades rotineiras. Isto se deve ao fato de termos poucas referências sobre práticas
educativas ambientalistas. Com esta falta de referenciais, os/as professores/as, em geral,
sentem-se “perdidos/as” em relação à Educação Ambiental.
Inserir a Educação Ambiental às atividades escolares rotineiras nada mais é do
que tomar como foco principal de toda e qualquer atividade, a questão ambiental que
esteja inserida no contexto do conteúdo que está sendo desenvolvido. Não é necessário
ser um biólogo ou engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, cientista, para falar em
Educação Ambiental. Na verdade, todos nós somos (ou deveríamos ser) Educadores
Ambientais, só nos falta à prática. Esta prática vai adquirir na medida em que tivermos
coragem de ousar. Aquilo que não soubermos, iremos aprender junto com as crianças,
pois o nosso direcionamento é a curiosidade delas. Apontamos as temáticas para
despertar o interesse nos assuntos.
O nosso desafio maior é desafiarmos nossas crianças. São elas que nos levarão
às práticas seguras. Basta seguirmos na mesma direção despertando sempre o desejo do
aprender através de uma aprendizagem real e significativa.
As sugestões que serão apresentadas foram realizadas em atividades do “Projeto
Vida – Educação Ambiental” (hoje Projeto APOEMA - Educação Ambiental) e
obtiveram resultados muito positivos e satisfatórios. Cabe salientar que elas poderão ser
adaptadas para diferentes enfoques ou temas que aqui estão abordados.
Sugestões de Atividades
19
FIGURA Nº 2 – Ilustração para uma discussão sobre situação ambiental
Fonte: http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm/buscarImagens3.php.
Atividade 1 – Criando e recriando com palavras...
1. a) Levantar com os/as educandos/as uma listagem dos principais problemas
ambientais locais, com alguns comentários sobre os mesmos, diagnosticando o grau de
preocupação e esclarecimento dos mesmos;
1. b) Apresentar o quadro abaixo e propor o preenchimento com palavras, em grande
grupo: (preencher com palavras associadas à):
Problemas
ambientais Espaço Animais Plantas
Personagens
heróicos de
algum conto ou
lenda
Personagens
vilões de algum
conto ou lenda
Elementos
de cenário
Ex:Poluição Cidade Rato; Flores; Fada; Bruxa Castelo
(Esta atividade foi realizada no quadro “negro”, podendo ser em um painel de papel
pardo).
1. c) Depois de preenchido o quadro, dividir o grande grupo em pequenos grupos de no
máximo 5 participantes e propor elaboração de uma história utilizando 2 a 3 palavras de
20
cada quadro. Tempo estimado para a atividade: 20 minutos, com tolerância...
1. d) Depois de concluída a história, trocar as histórias entre os grupos;
1. e) Cada grupo deverá representar a história, utilizando materiais que estão à
disposição (sucata em geral) – tempo: 15 minutos;
1. f) Para fechamento, pedir que cada um relate o que foi trabalhado na atividade
desenvolvida e o que sentiu em relação a ela.
Atividade 2 – Discutindo sobre o lixo
2. a) Formação de um grande grupo em círculo;
2. b) Exposição de lixo seco no meio do grande grupo (o lixo deverá ter materiais que se
sub-agrupem e que contenham o mesmo número que os participantes, por exemplo: 5
tampas plásticas, 5 garrafas PET, 5 caixas de suco longa vida, 5 potes de vidro, 5 copos
descartáveis).
2. c) A sala já deverá estar previamente preparada como descrito anteriormente;
2. d) Inicia-se a aula com um texto reflexivo sobre lixo, de escolha do/a professor/a,
podendo ser uma notícia, artigo ou história sobre o assunto “Lixo”. Podemos fazer uso
de uma boa música para o fundo da leitura.
2. e) Propor a observação do lixo que está à frente, no centro do grupo;
2. f) Cada participante é convidado a escolher um dos elementos do lixo;
21
2. g) Distribuição em grupos de acordo com o lixo escolhido – o grupo das tampinhas, o
grupo das garrafas, etc...
2. h) Levantar as seguintes questões para análise em grupo:
- Tempo de decomposição;
- Impacto causado pela produção da embalagem;
- Análise do rótulo da embalagem;
- Qual o slogan do produto e apelo publicitário;
- Qual seria a opção para a reutilização do material.
2. i) Apresentação das análises ao grande grupo.
Atividade 3 - Confecção de cartões com sucata:
3. a) Apresentar diversos tipos de lixo de papel e papelão: revistas, jornais, caixas de
embalagens, caixas de papelão...
3. b) Cada participante escolhe materiais para elaborar um cartão ambiental utilizando
técnicas sugeridas pelo/a professor/a:
- Dobradura;
- Recorte e colagem;
- Rasgadura...
3. c) Confecção do cartão propriamente dita;
3. d) Exposição e relato da confecção do cartão ao grande grupo;
Atividade 4 - Confecção de carimbos de cordão com restos de madeira
22
4. a) Colocar à disposição dos/as educandos/as os materiais necessários para a
confecção dos
carimbos: tocos de madeira (que podem ser solicitados em madeireiras ou fábricas de
molduras, móveis) e cordão de algodão ou lã (o cordão é melhor).
4. b) Apresentar alguns modelos de carimbos com formatos variados (estrela, árvore,
sol, lua, etc.). 4. c.) Confecção dos carimbos propriamente ditos.
4. d) Confecção de um painel em grupos, utilizando os carimbos confeccionados.
Atividade 5 – Confecção de máscaras com massa de papel
5. a) Preparo da massa de papel para modelar: liquidificar o papel picado – para cada
três punhados de papel picado, meio copo do liquidificador com água – bater e despejar
em uma bacia e ir fazendo até ter bastante polpa. Espremer o excesso de água e
adicionar uma colher de sopa de cola ou grude para cada “bolo” de massa de papel
espremido e ir colocando em uma bacia. Quando tiver massa suficiente, é só começar a
confeccionar a máscara.
5. b) Para confeccionar a máscara, fazer uma bola de papel jornal amassando várias
folhas até formar uma esfera de forma ovalada. Sobre esta esfera, confeccionar a
máscara.
5. c) Dias depois a máscara estará seca e poderá ser pintada, de preferência com tinta
plástica ou acrílica.
5. d) Pode ser sugerida a confecção de potes, formas geométricas, além das máscaras,
com os mesmos procedimentos.
Atividade 6 – Confecção de um minhocário
23
Materiais necessários para cada minhocário: Uma garrafa pet de 2 litros e uma menor de
água mineral brita ou pedrinhas, terra, saco de lixo preto, minhocas.
Procedimentos: Corte a garrafa pet tirando o bocal. No fundo da garrafa pet coloque
brita (não há necessidade de furar o fundo da pet). Sobre a brita coloque a garrafa menor
(com água e tampa) dentro da garrafa pet. Ao redor, despeje a terra e largue as
minhocas. Após terminar, utilize um saco de lixo escuro para envolver a garrafa, pois as
minhocas não são acostumadas com claridade. Não é necessário molhar, pois a
garrafinha com água fornece umidade para a terra, a não ser que seja uma região de
excessivo calor, molhe de vez em quando, podendo colocar alguns lixos orgânicos sobre
a terra para alimento das minhocas. Depois de dias, ao tirar o saco de volta da garrafa
poderemos observar os caminhos das minhocas bem definidos. Volte a cobris com o
saco de lixo evitando a luz para as minhocas.
Atividade 7 – Confecção de mini-hortinhas com garrafas pet
Materiais necessários: garrafas pet, tesoura, terra, mudinhas ou sementes.
Procedimentos: Deite a garrafa pet e corte um dos lados da “barriga” da garrafa, sem
atingir o fundo nem a boca da garrafa. Faça pequenos furinhos no fundo e coloque terra.
Em seguida, plante as sementes ou as mudas e é só cultivar com cuidado. Como suporte
podemos usar caixas de ovos para que não fiquem diretamente no chão e, de tempos em
tempos, estes suportes poderão ser substituídos, pois podem apodrecer com a umidade
que escorre do excesso da água pelos furinhos da garrafa.
Atividade 8 – Planejamento da EA integrado para Educação Infantil
Exercício de estudo para o/a professor/a
8. a) Levantar a seguinte questão: Como globalizar a Educação Ambiental aos
conteúdos curriculares e às atividades desenvolvidas rotineiramente na escola?
Para professores da Educação Infantil poderemos apresentar alguns exemplos:
Exemplo 1: Quando trabalhamos o tema TERRA, poderemos trabalhar noções de
espaço, tamanho, cor, motricidade fina em atividades práticas com argila ou desenhos,
plantio, observação, expressão oral, etc, realizando atividades que envolvam e desperte
24
o interesse da criança sobre o assunto trabalhado. É importante disponibilizar materiais
como livros e revistas para manuseio das crianças, onde podem encontrar gravuras
referentes ao tema em questão.
Exemplo 2: Quando trabalhamos o tema NATUREZA poderemos realizar atividades
que desenvolvam noções de tamanho, forma, cor, espessura, sensibilidade - tato, olfato,
visão, audição, paladar...
8. b) Atividade: Com base nestes exemplos, escolha um assunto e elabore um
planejamento ou projeto para uma unidade de estudo (dependendo a denominação
referente em sua escola) a ser trabalhado num período de uma a duas semanas, de forma
a globalizar às diferentes áreas a serem trabalhadas na Educação Infantil.
FIGURA Nº 3 – Foto da atividade de prática pedagógica na Educação Infantil
Fonte: http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm/buscarImagens3.php.
Atividade 9 – Apresentação de sugestões sobre confecção de materiais diversos
para Educação Infantil
Sugestões de materiais confeccionados pelo professor ou pelas crianças, para
desenvolver atividades que possibilitem trabalhar as áreas (o ideal é trabalhar de forma
interdisciplinar onde diversas áreas são envolvidas nas atividades - os exemplos são
separados por área apenas por uma questão de classificação a qual estamos acostumados
e habituados - ao mesmo tempo: afetiva vivência em grupo, comunicação...):
Afetiva: Confecção de cartões para datas comemorativas utilizando: caixas de leite ou
suco e papelão de caixas enfeitando-os com cola e serragem, colam palitinhos, colagem
com papel de revista, colagem com retalhos de tecido, etc...
25
Fonte: Vitória Carmo Meireles.
Vivência em Grupo: Confecção de painéis sobre papel pardo utilizando colagens de
gravuras, confecção de quebra-cabeças e jogos de memória, bolas de meia para
brincadeiras de “ovo podre” ou “o limão entrou na roda...”.
FIGURA Nº 4 – Foto ilustrativa- painel sobre papel pardo com colagens de gravuras
Fonte: http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm/buscarImagens3.php.
Comunicação: Confecção de microfones, confecção de fichas com gravuras grandes de
pessoas realizando alguma tarefa, as quais as crianças deverão interpretar o que elas
estão fazendo e imita-las... Movimento: Confecção de paus com fitas de papel ou de
26
tecido, confecção de bambolês com pedaços de mangueira velha, confecção de pesos
com garrafas descartáveis cheias de areia para realizar diversas atividades de educação
Física, confecção de chocalhos e tambores com latas... Necessidades: Confecção de
cartazes que apresentem as necessidades básicas dos seres vivos: alimentação, moradia,
higiene.
Criatividade: Atividades artísticas utilizando sucata: forrar potes com materiais
variados, colagens em painéis, recorte de embalagens e montagem de álbum.
Área Cognitiva: Atividades de observação de elementos naturais com registro após
observação. Exemplo: observação de sementes germinando (utilizar sementes variadas
que poderão ser plantadas em potes de embalagens); observação da vegetação da escola
percebendo classificando quanto a grande/pequeno, alto/baixo, fino/grosso, liso/áspero -
o registro oral ou gráfico destas observações é muito importante.
FIGURA Nº 5 – Foto de paisagem natural
Fonte: http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm/buscarImagens3.php.
Área Sensorial: Confecção de saquinhos de pano contendo objetos diferentes para
brincar de descobrir - pelo tato - o que está no saquinho, confecção do livrinho do tato
(várias fichas de papelão com elementos colados), realizar atividades de mímicas
(imitando animais, profissões, atividades de higiene), colocar em potes alguns
elementos com cheiro para as crianças descobrirem o que está no pote (pote com café,
com vinagre, com ervas cheirosas).
Área Espacial: Confecção de fitas com unidades de medidas (ex: 10 palmas da mão) e
medir objetos diversos, medir crescimento de plantas com dedinhos, inventar mapas de
tesouro (esconder algo no pátio do colégio e apresentar o mapa previamente preparado
para as crianças procurarem o tesouro), contar quantos passos dados de um determinado
27
lugar até outro, deitar no chão da sala e desenhar com giz o perfil da criança e da
professora e medir...
Área Temporal: Atividades que utilizem ontem, hoje e amanhã - Confecção de cartazes
de como estava o tempo ontem, como está o tempo hoje e como as crianças acham que
estará o tempo amanhã. Confecção de um calendário mensal para ser apresentado a cada
início do mês. Observar a hora do relógio (confeccionado) quando as crianças entram
em sala de aula e como está o relógio na hora em que saem (a professora o modifica).
Área de Análise e de Síntese: Confecção de dobraduras simples e observar: “era assim e
ficou assim”, confeccionar um cartaz de animais filhotes e outro de animais adultos
observando como eram e como ficaram (pode ser com gravuras de crianças e de
adultos) e fazer comparações. Confeccionar jogos com seqüência lógica classificando
por tamanho, por fatos. Coletar sucata em geral e classificá-la quanto ao seu material:
plástico, papel, papelão, etc.
FIGURA Nº 6 – Foto da reciclagem – separação do lixo
Fonte: http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm/buscarImagens3.php.
Figura fundo: Confecção de um painel contendo diversas gravuras e brincar de procurar
um determinado elemento ou objeto.
Área Psico-Motora: Confeccionar jogos de memória, quebra-cabeças, realizar atividades
de recorte, colagens, montagens em espaços predeterminados pela professora,
confeccionar fichas com ordens esclarecidas às crianças e apresentá-las
seqüencialmente para que as crianças executem (ex: fichas de bater palmas, bater o pé,
28
piscar os olhos, emitir algum som pela boca, etc.).
Esquema Corporal: Confeccionar um boneco com roupas velhas preenchendo-as com
jornal, confeccionar máscaras de papel para a cabeça, confeccionar um grande quebra-
cabeça com as partes do corpo. Brincar, de dois a dois, de espelho (o que um faz o outro
imita).
Motricidade Ampla: Realizar atividades de corrida, competições, rodas cantadas,
utilizando objetos confeccionados com sucata: corrida com garrafas de peso leve
(dependendo o tamanho da criança por pouco peso na garrafa) - jogos com bolas de
meia.
Motricidade Fina: Confeccionar contas com canudinhos e enfiar em cordões para fazer
colares, rasgar e picar papel de revista colado-os em espaços pré-determinados, executar
bordados com retalhos de lã em cartões perfurados pela professora.
Atividade 10 - sugestões de materiais didáticos gerais com sucata:
Confecção do professor: - Fantoches com caixas, massa de papel jornal, bolas de jornal
forradas com meia de nylon, pés de meias velhas
Os fantoches podem ser confeccionados utilizando os materiais já citados para formar a
cabeça do personagem. Utilizam-se retalhos de tecido para o corpo dos fantoches.
Fantoches com vara utilizando copinhos de iogurte, sacos de papel, caixinhas.
- Livros com cartolina usada ou papelão de caixas contendo: gravuras, números e
respectivas quantidades, materiais naturais para tato (areia, folhas, raízes...), linhas e
formas geométricas.
29
FIGURA Nº 7 – Foto da gravura/ capa do livro de papelão
Fonte: Vitória Carmo Meireles.
- Brinquedos com caixas, garrafas plásticas, embalagens em geral - bilboquês,
carrinhos, chocalhos, caixas enfeitadas.
- Cartazes com cola (ou grude) com pó de café passado seco, areia, serragem.
- Quebra-cabeças com gravuras de jornais ou revista.
- Mini-hortinhas com garrafas descartáveis.
- Minhocário com garrafas descartáveis.
- Jogo de boliche com bolas de meia e garrafas descartáveis.
- Massinha de modelar caseira.
- Maquetes de casas.
- Pincéis com lã, corda, esponja, algodão, penas de galinha.
- Televisão de caixa de papelão.
- Quadrinhos “negros” para uso das crianças - são só pintar um retalho de chapa de
eucatex com tinta preta ou verde.
- Marionetes com a parte interna do rolo de papel higiênico.
- Carimbos com madeira e cordão; e móbiles com elementos naturais.
30
Atividade 11 – Atividade criadora - Confeccionar brinquedos com sucata
Disponibilizar para os/as educandos/as sucatas em geral (lixo seco limpo) bem como
materiais básicos como cola, tesoura, arame, cordão, etc., e deixa-los livres para criarem
brinquedos com sucata. Depois, realizar uma exposição.
- Estas atividades foram desenvolvidas em oficinas do Projeto Vida – Educação
Ambiental (hoje Projeto APOEMA - Educação Ambiental), quando a autora participava
de eventos e simpósios educacionais. Os resultados eram surpreendentes e animadores.
É permitida a reprodução deste material desde que conste a fonte e a autoria.
Fonte: Projeto Apoema - Educação Ambiental. Disponível: www.apoema.com.br
ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
DE SEXTA À NONA SÉRIES DO ENSINO
FUNDAMENTAL
A principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é contribuir para a
formação de cidadãos participantes, aptos para decidirem e atuarem na realidade
socioambiental de modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da
sociedade, local e global. Para isso é necessário que, mais do que informações e
conceitos, a escola se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, com
ensino e aprendizagem de procedimentos. Comportamentos ”ambientalmente corretos”
serão aprendidos na prática do dia-a-dia na escola: gestos de solidariedade, hábitos de
higiene pessoal e dos diversos ambientes (RADESPIEL, 1998).
Segundo Radespiel (1998) o rádio, a tv e a imprensa, a sociedade vêm se juntar
à escola nessa tarefa, os padrões de comportamento da família e as informações
veiculadas pela mídia exercem especial influência sobre as crianças, há muitas
informações, valores e procedimentos que são transmitidos à criança pelo que se faz e
31
se diz em casa. Esse conhecimento deverá chegar até a escola para que se estabeleçam
as relações entre esses dois universos no reconhecimento dos valores que se expressam
por meio de comportamentos, técnicas, manifestações artísticas e culturais.
A mídia vem tratando de questões ambientais, embora muitas vezes aborde o
assunto de forma superficial ou equivocada e paralelamente, existe o discurso veiculado
pelos mesmos meios de comunicação que propõe uma idéia de desenvolvimento que
não raro conflita com a idéia a respeito ao meio ambiente. São propostos e estimulados
valores insustentáveis de consumismo, desperdícios, violência, egoísmo, desrespeito,
preconceito, irresponsabilidade e tantos outros (RADESPIEL, 1998).
Segundo Radespiel (1998):
“ É importante que o professor trabalhe com o objetivo de desenvolver nos
alunos, uma postura crítica diante da realidade, de informações e valores
veiculados pela mídia e daqueles trazidos de casa”.
Sendo assim, o professor precisa conhecer o assunto, em geral, buscar junto com
seus alunos mais informações em publicações, sites, documentários e outros. Desta
forma desenvolvendo procedimentos elementares de pesquisa e sistematização de
informações, medidas, considerações quantitativas, apresentação e discussão de
resultados.
FIGURA Nº 8 – uso da água para o lazer
Foto: Claudete Carmo Pereira, 2008.
32
Prosseguindo dentro do estudo de Educação Ambiental, teremos uma fase que
vai além do conhecimento vivenciado pelos alunos nas primeiras séries. Agora, os
alunos possuem condições cognitivas para refletir um pouco mais sobre as ações do
homem e seu meio e as formas de melhor conviver com este meio.
O ciclo da água merecerá maior e diferenciado enfoque a respeito dos seus
antigos e novos ritmos, isto porque, ao sofrer a ação humana (desmatamentos, desvios
de cursos de rios...), a água apresenta novas formas de relacionamento com os outros
elementos da natureza.
O que visamos nestas séries é, então, o aprofundamento da consciência
ecológica sobre a questão dos recursos hídricos e uma ação prática, por parte dos alunos
já sensibilizados, em direção à preservação desses recursos.
Pretende-se, com isso, propiciar aos alunos a aquisição de conhecimentos
básicos, no sentido de desenvolver a prática de trabalho de campo, para que tenham
subsídios para a participação nas transformações sócio-econômicas e políticas da
comunidade.
Sugestão de atividades
Como os alunos já possuem uma boa prática de leitura e de escrita, sugerimos as
seguintes atividades:
1) Elaboração de material didático (por professores e alunos) para uma aula preparatória
para o trabalho de campo. Dentro desta aula discutem-se conceitos, como: Educação
Ambiental e sua importância; poluição; contaminação; mata ciliar; papel da vegetação
na formação e manutenção do solo; importância da existência de vida na água dos rios;
causas da erosão; exploração dos recursos naturais predatórias versus sustentada; etc.
FIGURA Nº 9 – Foto da importância da Educação Ambiental para a Terra
Fonte: http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm/buscarImagens3.php.
33
2) Apresentação do vídeo “Terra das águas” (Fundação SOS Mata Atlântica, sobre as
águas do Vale do Ribeira), seguida de uma discussão sobre o tema, em forma de mesa
redonda ou seminário. Você pode fazer um dowloand do vídeo através do site:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/modules/conteudo_videos/conteud
o_videos.php?conteudo/videos=2.
3) Realização de Trabalho de campo. Selecionar o objeto temático, organizar as
atividades de campo, observar e fazer relatório. (Para isto seria interessante que cada
aluno possuísse um caderno para anotações ou folhas que pudessem ser apostiladas).
Na visita à área de nascentes do córrego local, mostrar aos alunos as evidências de
erosão; explicar que antes existia no local vegetação de brejo e mata ciliar protegendo o
solo e ajudando a reter a água no solo.
FIGURA Nº 10 – Foto da mata ciliar
Fonte: http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm/buscarImagens3.php.
É fundamental utilizar o mapa e ir mapeando os diversos usos e ocupações do solo, bem
como os impactos ambientais identificados,
Discutir a respeito de como evitar o solapamento dos barrancos; como diminuir a
velocidade e quantidade de água que desce pelo vale quando chove; quais seriam as
causas e que soluções poderiam ser apontadas.
3.4) Levar sacolas de lixo para recolher os resíduos como garrafas plásticas, sacos
plásticos, latas de refrigerantes... numa atividade de limpeza ambiental.
34
FIGURA Nº 11 – Foto da atividade de limpeza ambiental
Fonte: http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm/buscarImagens3.php.
3.5) Visitar um trecho do córrego (a jusante) para verificar a qualidade da água, assim
como a da área do entorno, podendo ser o trecho do próprio córrego próximo ao Jardim
Brasília I.
3.6) Coleta de água com o kit para exame laboratorial, fornecido pela Secretária Do
Meio Ambiente-Cascavel.
4) Elaborar cartazes, painéis com fotos, frases, figuras, experiência com plantas em
vários ambientes (os alunos podem anotar suas conclusões no mesmo caderno destinado
ao trabalho de campo).
FIGURA Nº 12 – Foto de um painel com frases e figuras
Fonte: http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm/buscarImagens3.php.
5) Feita à coleta de água, discutir, apontar soluções.
6) Convidar um médico ou enfermeira para falar sobre a importância da água em nosso
organismo; porque tomar água filtrada ou fervida; sobre as principais doenças
transmitidas pela água contaminada e como fazer para se prevenir; entre outros
assuntos.
35
7) Levantamento das doenças existentes no bairro, que sejam de veiculação pela água.
8) Produzir algum material escrito a partir dos trabalhos realizados pelos alunos e
divulgar os resultados através da TV, rádio, jornais... denunciando o lançamento de
esgoto do bairro em afluentes do córrego e outros impactos ambientais.
FIGURA Nº 13 – Foto da poluição e contaminação da água pelo lançamento de esgotos
Fonte: http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm/buscarImagens3.php.
9) Entregar cópia desses materiais produzidos para a Prefeitura Municipal, órgãos do
Estado e entidades civis com atuação na bacia hidrográfica do córrego.
Cobrar dos órgãos como SANEPAR, Prefeitura Municipal, entre outros, soluções para
os problemas como o esgoto, lixo, etc.
FIGURA Nº 14 – Foto da problematização: o que fazer com o lixo?
Fonte: http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm/buscarImagens3.php.
36
ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
PARA A PRIMEIRA A TERCEIRA SÉRIES DO ENSINO
MÉDIO
A Educação Ambiental nas séries mais avançadas, além da sensibilização, visa
desenvolver, também, um senso crítico nos alunos a partir do momento em que
vivenciam o conhecimento pela percepção e reflexão sobre a realidade vivida e
experimentada por eles.
Por estarem com uma capacidade de abstração mais desenvolvida, estes alunos
conseguirão com mais facilidade relacionar os conteúdos de Educação Ambiental
estudados na escola com sua vida em comunidade. Assim, aprenderão a buscar
subsídios para abraçar uma luta visando uma melhor qualidade de vida ambiental.
As sugestões, então, são as seguintes:
1) Levantamento de materiais sobre o tema Águas (pelos alunos) como jornais, revistas,
livros, vídeos, etc.
É desejável, de preferência, que estes materiais sejam reproduzidos ou expostos em
painéis (para serem lidos pelos alunos à medida que chegam na sala de aula) para que
todos recebam a informação e montem um arquivo próprio (pasta, caderno, apostila...).
2) Realização de Pesquisas de campo:
2.1) Discutir com os alunos o que é como proceder e por que fazer pesquisas de campo;
2.2) Levantamento de dados, realizado pelos alunos, com os agentes transformadores
integrantes do bairro (moradores, comerciantes, empresários, dirigentes de associação
de bairro) que possam qualificar as condições de vida no bairro;
2.3) Levantamento de dados quantitativos nos postos de saúde e escolas, para obter o
número de atendimento por tipo de doenças, número de alunos por escola...
2.4) Observar os resultados para, em seguida, transpor estes caminhos e anotações para
a planta do bairro, aproveitando para identificar os agentes transformadores deste
37
espaço e pontuá-los na planta (associação de bairro, escolas, igrejas, comércio,
indústria)...)
3) Análise dos dados:
3.1) Produzir cartogramas com os dados. Pode ser feito sobre uma base topográfica ou
sobre uma maquete;
3.2) Detectar pontos críticos e destacar áreas de risco para a saúde dos moradores.
4) Montar uma maquete geoambiental da bacia:
4.1) Reproduzir uma base topográfica e hidrográfica;
4.2) Sobrepor as informações já cartografadas.
5) Montar uma maquete sobre "O cíclo da Água". Seria interessante fazer uma
representação tridimensional de como ocorre o ciclo natural e artificial da água. Esta
ajudaria os alunos a entenderem quais os caminhos percorridos pela água, sua relação
com o relevo, solo, vegetação, energia solar e as ações antrópicas. Pode ser feita com
materiais simples e baratos (base de isopor e massa de farinha, sal e água pintada com
guache ou tinta para tecido; base de papelão, modelado com massa de papel velho
dissolvido em água e cola, ou ainda com base de argila).
“Se tens que lidar com água, consulta primeiro a experiência, depois a razão.”
Leonardo da Vinci.
FIGURA Nº 15 – Foto da observação do ciclo da água
Fonte: http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm/buscarImagens3.php.
6) Monitoramento:
Após comprovar a qualidade da água (com o uso do kit), o professor poderá realizar
debates com os alunos, convidar outras pessoas do bairro ou da comunidade para
38
fazerem outros debates (vários enfoques), além de orientar na elaboração dos resultados
finais.
7) Produção de textos:
7.1) Elaboração de um relatório. (Este pode ser feito em forma de artigo que possa ser
mandado para algum jornal, revista...)
7.2) Produção de material para divulgação à população como panfletos, jornais,
cartazes, etc.
7.3) Organizar um seminário com a participação dos alunos, dirigentes de associações,
médicos sanitaristas, imprensa, etc.;
7.4) Fazer a exposição dos trabalhos em forma de: painéis; teatro; poesia; gincanas;
desenhos e pinturas.
Fonte: http://educar.sc.usp.br/biologia/cp/PresPrudente/1a3cole.htm.
LIXO E RECICLAGEM
O crescimento econômico, o desperdício e o uso de descartáveis fazem com que
a produção de lixo no mundo seja enorme. Os Estados Unidos sozinhos geram 200
milhões de toneladas de lixo por ano, o que dá cerca de 725 quilos por habitante
(ALMANAQUE RECREIO, 2003).
Os ambientalistas alertam que é importante diminuir a produção de lixo. Um
jeito de fazer isso é preferir garrafas retornáveis e usar menos embalagens descartáveis.
Outra maneira de contribuir para a diminuição do lixo é reciclar, transformando
materiais usados em novos produtos (ALMANAQUE RECREIO, 2003).
A reciclagem ajuda a combater a poluição e a diminuir a destruição do meio
ambiente. Além do papel, o plástico, o vidro e o alumínio são os materiais mais
reciclados. O Brasil é o país que mais reaproveita o alumínio, principalmente o das latas
de refrigerante e cerveja. Essa reciclagem não exige cuidados especiais. Já no caso do
vidro, o processo é mais trabalhoso. O plástico pode ser reutilizado apenas para alguns
produtos, pois perde resistência e elasticidade ao ser reciclado (ALMANAQUE
RECREIO, 2003).
39
FIGURA Nº 16 – Foto da reciclagem
Fonte: http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm/buscarImagens3.php.
E o Vidro, de Onde Vem?????
Foram os fenícios que inventaram o vidro há milhares de anos ao misturar
areia quente com cinzas.
Atualmente, o vidro é feito basicamente de sílica, substância retirada da areia,
misturada com carbonato de sódio e carbonato de cálcio. Esta mistura é levada a
fornalhas com alta temperatura e transformada em líquido. Após, é resfriada e aquecida
novamente para ser moldada.
Apesar da matéria-prima para a produção não ser tão cara, sua exploração traz
sérios danos ao Meio Ambiente. Além disso, o consumo de energia e petróleo para
extração, transporte e aquecimento dos fornos para a produção do vidro é muito grande.
Lixo Separado Pode Ser Transformado
É só olharmos à nossa volta e vamos ver o vidro em algum lugar...ele está
presente nas janelas das casa e carros, nas embalagens de alimentos, de remédios e
bebidas, nas lentes de óculos e máquinas fotográficas, nos televisores, nas lâmpadas e
espelhos...em tantas coisas que é difícil contar. Mas por que ele é tão usado? Ele é
prático e resistente, não deforma, não enferruja, não se gasta, é transparente, higiênico e
fácil de lavar. ELE NÃO É DEMAIS?
Mesmo com tantas qualidades, todos os dias ele vai para o lixo em milhares de
casas e estabelecimentos comerciais.
O vidro corresponde a 3% do lixo residencial do nosso país
Esse dado mostra que cada vez mais Recursos Naturais precisam ser extraídos
do Meio Ambiente.
40
Ao reciclar ou reutilizar o vidro, estaremos preservando estes recursos e
evitando a superlotação dos lixões e aterros sanitários, pois as embalagens de vidro não
se decompõem, permanecem no Meio Ambiente por tempo indeterminado.
A Reciclagem
As embalagens são levadas para uma central de triagem onde são moídas em
pequenos cacos e enviados às fábricas de vidro.
Lá eles são lavados, misturados a areia, calcário, sódio e outros minerais.
Após, essa mistura vai para um forno a temperatura de 1300 graus Celsius.
Essa massa derretida é despejada nas formas e transformada em novos produtos.
A reutilização
As embalagens de vidro podem ser reutilizadas muitas vezes.
As garrafas retornáveis, por exemplo, passam por um processo de lavagem e
esterilização, recebem novo rótulo e conteúdo.
Em casa, podemos reaproveitar os vidros de conservas. Basta lavá-los com
cuidado e utilizar para guardar mantimentos, organizar materiais, entre outros.
Com a colaboração de todos, os produtos ficarão mais baratos, o Meio
Ambiente mais limpo e protegido, e a qualidade de vida no planeta vai melhorar. Faça
sua parte!
Justificativa
Lixo e reciclagem são um dos temas trabalhados pela Educação Ambiental.
Portanto, envolvem um processo permanente de reflexão e construção de novos
conhecimentos, atitudes e valores para a formação de cidadãos comprometidos com a
transformação das relações socioambientais, numa perspectiva sustentável.
Abordagem pedagógica, estratégias, instrumentos, recursos.
Pesquisem em jornais, revistas, enciclopédias ou nos livros didáticos utilizados
na escola mais informações sobre os problemas causados pela produção excessiva de
lixo no mundo moderno e as soluções possíveis para essa questão.
41
Perguntem a professores de Geografia e Ciências o que pensam a respeito do
problema. Conversem sobre as formas de reaproveitamento de materiais e sobre o
emprego da reciclagem para reduzir a produção de lixo. Conversem também com as
pessoas de casa, os vizinhos e as pessoas da comunidade para saber o que pensam sobre
o assunto. Façam anotações.
Conversem sobre o assunto com base no material pesquisado. Procurem falar
principalmente sobre os problemas que acontecem na sua comunidade: façam uma lista
dos problemas específicos do bairro ou da cidade. Cada um de vocês deve tentar
explicar seu ponto de vista sobre o assunto de maneira que os colegas o compreendam,
dizendo as razões que tem para pensar dessa maneira. Deve também dizer aos colegas
que soluções vêem para o problema do excesso de lixo.
Escolham um dos colegas para anotar as conclusões de vocês.
No dia marcado pelo professor, apresentem as conclusões do grupo e ouçam
com atenção as conclusões dos outros grupos.
Indicação de textos
Livros
Vida de gente, de Fernando Bonassi. Editora Formato.
Coleção Reciclar! Editora Scipione.
Manifesto Verde, de Ignácio de Loyola Brandão. Editora Global.
Até mais verde, de Julieta de Godoy Ladeira. Editora Atual.
Sites
. www.uol.com.br/ecokids/hq.htm
. www.kidsplanet.org
. www.recicloteca.org.br
.www.ecoambiental.com.br/mleft/acrianca.htm
Filmes
Procurando Nemo (EUA, 2003). Desenho animado dos Estúdios Disney.
Roteiro de Discussão:
42
Autor: Tatiana de Carvalho Bastiani
Desde o primeiro desenho animado em um projetor de filmes, Fantasmagorie (1908),
do francês Èmile Cohl, com sua origem nos flip-books, o mundo das animações sofreu
várias transformações até chegar à computação gráfica e suas maravilhosas
contribuições. Assim, de 1908 damos um salto para o século XXI, mais precisamente
2003, ano do lançamento de “Procurando Nemo” (Finding Nemo), uma produção da
dupla Walt Disney Pictures e Pixar Animation Studios, considerado um marco da
animação digital.
“Procurando Nemo” começou a ser produzido em 2000, e o diretor Andrew Staton
conta, no making of, que muitas das idéias para o filme surgiram em viagens, que ele e o
co-escritor, Bob Peterson, faziam a Los Angeles de carro. O filme configurou um
desafio para os animadores. Segundo o diretor, não havia como fazer uma animação,
que tinha uma barreira de corais como cenário, sem conhecer o fundo do mar. Assim,
para oferecer uma maior verossimilhança, foram pagos cursos de mergulhos aos
envolvidos com a arte do longa-metragem.
Outra preocupação dos produtores era dar expressão facial aos peixes, para isso
estudaram um cachorro. Assim, criaram desenhos, para cada personagem, em vários
momentos: triste, feliz, preocupado... Os efeitos de luz e sombra e a paleta de cores
utilizada, tais como o laranja do peixe-palhaço e o azul vibrante de Dory, deslumbram
pela qualidade. Mesmo em cenas noturnas os dois peixinhos se destacavam no meio da
imensidão do oceano.
Marlin e Nemo são dois peixes-palhaço, respectivamente pai e filho. Nemo nasceu com
uma nadadeira menor que a outra e isso aumentava a preocupação de seu pai. Na
tentativa de provar ao pai sua capacidade de nadar, Nemo é capturado por
mergulhadores e levado a um aquário, em Sidney, Austrália. Desesperado, Marlin parte
em busca do filho e conhece Dory, que o acompanhará nessa aventura cheia de perigo e
magia. Depois da captura de Nemo, a história passa, simultaneamente, em dois
universos: o aquário, para onde o peixinho fora levado, e o oceano, por onde seu pai
viaja à procura do filho.
“Procurando Nemo” mantém o padrão Disney de animação, com sua narrativa
moralmente correta. O filme traz à tona discussões comuns na atualidade, tais como o
excesso de zelo de Marlin com seu filho, Nemo, ou seja, a superproteção dos pais diante
da violência do mundo que vivemos. Faz referência aos grupos de apoio, como os
43
Alcoólicos Anônimos, quando mostra três tubarões que fundaram o grupo dos não
comedores de peixe, com o seguinte lema “peixes são amigos, não comida”, com a
finalidade de mudar a imagem de predadores dos tubarões.
Além dos tubarões vegetarianos podemos encontrar outros personagens interessantes.
Um bando de tartarugas surfistas, um pelicano bêbado, uma peixinha que acredita que
sua imagem refletida na lateral do aquário é sua irmã gêmea.
De acordo com Pablo Villaça, editor do site Cinema em Cena, a “nadadeira da sorte” de
Nemo é uma clara referência aos deficientes físicos. E o filme mostra que, mesmo
possuindo essa nadadeira diferente, Nemo é capaz de enfrentar todos os obstáculos de
sua vida. Pois o que sobra em Nemo é o que falta em seu pai: coragem. E Marlin vai
aprender com Dory, a peixinha que sofre de amnésia recente, que a vida deve ser vivida
e que vale a pena correr os riscos. Dory ainda adverte o amigo sobre excesso de
preocupação em relação ao filho, “... se você insistir em protegê-lo desta maneira, nada
vai acontecer a ele. Por outro lado, nada vai acontecer a ele...” O que configura uma
mensagem bem útil aos pais.
A trama corre ainda por outros clássicos do cinema, tais como “Psicose” (Psycho,
1960), de Alfred Hitchcock, ao colocar a clássica música da cena da banheira no
momento da chegada de Darla, garotinha que já havia matado um peixe de tanto
balançar o saco plástico onde ele estava. E para quem Nemo seria dado como presente.
No quesito música, o longa segue os passos das demais animações e utiliza a música
como elemento narrativo. Ou seja, a trilha sonora serve também para marcar altos e
baixos da narração.
“Procurando Nemo” recebeu o Oscar de Melhor Filme de Animação, além de
indicações a outros prêmios, tais como Melhor Edição de Som, Melhor Trilha Sonora e
Melhor Roteiro Original. Enfim, o filme ficará muito tempo na memória de quem o
assistiu e, principalmente, a mensagem de Dory: “... continue a nadar, continue a
nadar,... para achar a solução”.
Vida de inseto (EUA, 1998). Desenho animado dos Estúdios Disney.
Roteiro de Discussão
44
Sinopse: No mundo dos insetos, as formigas são manipuladas pelos gafanhotos, que
todos os anos exigem uma quantia de comida. Se as formigas não cumprirem essa
exigência, os gafanhotos ameaçam atacar o formigueiro. Mas, em um certo ano, houve
um problema com a “oferenda”. É quando Flik, uma formiga cansada de ser oprimida,
sai em busca de outros insetos dispostos a ajudar o formigueiro a combater os
gafanhotos...
» Direção: John Lasseter
» Roteiro: John Lasseter, Andrew Stanton
» Gênero: Animação/Aventura/Comédia
» Origem: Estados Unidos
» Duração: 96 minutos
» Tipo: Longa
» Site: http://www.cineplayers.com/filme.php?id=488
Elenco ::.
- Ator/Atriz Personagem
- Kevin Spacey Hopper (voz)
- Dave Foley Flik (voz)
- Julia Louis-Dreyfus Atta (voz)
- Hayden Panettiere Dot (voz)
- Phyllis Diller Queen (voz)
- Richard Kind Molt (voz
45
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação terá num primeiro momento sua função diagnóstica, contínua e constante.
Será feita através de observação com roteiro e registro de acordo com:
1. Trabalhos diários, organização, participação contínua (oral ou escrita).
2. Apresentação de trabalhos (produzidos em casa ou na sala de aula).
3. Pesquisas individuais e em grupo.
4. Interpretação de textos.
5. Desempenho do aluno perante debate.
6. Interesse nos trabalhos desenvolvidos.
7. Desenvolvimento de trabalhos em grupo (exposição interativa dialogada).
8. Apontamento para solução de casos.
9. Crescimento individua no decorrer dos assuntos discutidos e trabalhados em sala.
Possíveis conclusões e resultados.
Que através deste trabalho os alunos reflitam sobre possíveis formas de diminuir a
quantidade de lixo que produzimos em casa, na escola, no trabalho e no lazer.
Apontando possíveis soluções para o problema.
46
AGROECOLOGIA BASES ATUAIS PARA A
AGRICULTURA SUSTENTÁVEL
A partir dos anos 60, vários países latino-americanos engajaram-se na
implantação da auto-intitulada Revolução Verde, um ideário produtivo proposto e
implementado nos países centrais após o término da Segunda Guerra Mundial, cujo
objetivo era o aumento da produção e da produtividade das atividades agropecuárias,
assentando–se no uso intensivo de insumos químicos, variedades geneticamente
melhoradas de alto rendimento, expansão dos sistemas de irrigação e intensa
mecanização das ações produtivas, ou seja, o “pacote tecnológico” da agricultura
contemporânea. Os objetivos, portanto almejados correspondiam à conjuntura e aos
cenários daqueles anos: uma viável crise de oferta no mercado de cereais, o aumento
inquietante do crescimento demográfico e a previsão neomalthusiana de uma iminente
“catástrofe alimentar”, com potenciais convulsões sociais e políticas (ALTIERI, 1998).
Mesmo não obtendo resultados tão expressivos em determinados cultivos e
atividades, a Revolução Verde, segundo Altieri (1998) pode ostentar alguns trunfos
relevantes como, o milho principal cultivo nos Estados Unidos, obteve uma elevação de
produtividade espetacular: sua média histórica de 1600 kg por hectare (entre 1866 e
1940) elevou-se para a média 7400kg(entre 1940 e 19850) por hectare. No entanto,
vários problemas e impasses começaram gradualmente a surgir, indicando crescentes
dificuldades de manutenção do padrão produtivo então implantado no período do pós-
guerra: o aprofundamento das desigualdades socioeconômicas em ambientes rurais,
claros limites aparentemente intransponíveis, de sustentabilidade (econômica e
ambiental), a crescente elevação dos custos de produção associada à queda real dos
preços pagos aos produtores, o desmatamento continuado, a redução dos padrões de
diversidade preexistentes, a intensa degradação dos solos agrícolas, a contaminação
química dos recursos naturais.
Segundo Altieri (1998), com a crise energética dos anos 70 e suas intensas
repercussões na economia mundial, bem como as reações crescentes externalidades
ambientais, o uso irrefreável de recursos naturais e energéticos demandados pelo
modelo da Revolução Verde, utilizando os recursos não - renováveis como se fossem
ilimitados, passou a encontrar um numeroso contingente de críticos, incentivando a
47
apresentação de propostas alternativas de organização tecnológica dos sistemas
produtivos agrícolas.
Sementes do poder
por Christina Palmeira, de Paris
Jornalista francesa narra, em livro e documentário, os desastres ambientais e sociais causados pela Monsanto. E sua influência sobre o governo dos Estados Unidos.
A Monsanto produz 90% dos transgênicos plantados no mundo e é líder no mercado
de sementes. Tal hegemonia coloca a multinacional norte-americana no centro do
debate sobre os benefícios e os riscos do uso de grãos geneticamente modificados. Para
os defensores da manipulação dos genes, a Monsanto representa o futuro promissor da
“revolução verde”. Para ecologistas e movimentos sociais ligados a pequenos
agricultores, a empresa é a encarnação do mal.
Esse último grupo acaba de ganhar um reforço a seus argumentos. Resultados de um
trabalho de três anos de investigação da jornalista francesa Marie-Monique Robin, o
livro Le Monde Selon Monsanto (O Mundo Segundo a Monsanto) e o documentário
homônimo são um libelo contra os produtos e o lobby da multinacional.
O trabalho cataloga ações da Monsanto para divulgar estudos científicos duvidosos de
apoio às suas pesquisas e produtos, a exemplo do que fez por muitos anos a indústria do
tabaco, relaciona a expansão dos grãos da empresa com suicídios de agricultores na
Índia, rememora casos de contaminação pelo produto químico PCB e detalha as
relações políticas da companhia que permitiram a liberação do plantio de transgênicos
nos Estados Unidos. Em 2007, havia mais de 100 milhões de hectares plantados com
sementes geneticamente modificadas, metade nos EUA e o restante em países
emergentes como a Argentina, a China e o Brasil.
Marie-Monique Robin, renomada jornalista investigativa com 25 anos de experiência,
traz depoimentos inéditos de cientistas, políticos e advogados. A obra esmiúça as
relações políticas da multinacional com o governo democrata de Bill Clinton (1993-
2001), e com o gabinete do ex-premier britânico Tony Blair. Entre as fontes estão ex-
48
integrantes da Food and Drug Administration (FDA), a agência responsável pela
liberação de alimentos e medicamentos nos EUA.
A repórter, filha de agricultores, viajou à Grã-Bretanha, Índia, México, Paraguai,
Vietnã, Noruega e Itália para fazer as entrevistas. Antes, fez um profundo levantamento
na internet e baseou sua investigação em documentos on-line para evitar possíveis
processos movidos pela Monsanto. A empresa não deu entrevista à jornalista, mas, há
poucas semanas, durante uma apresentação em Paris de outro documentário de Robin,
uma funcionária da multinacional apareceu e avisou que a companhia seguia seus
passos. Detalhe: a sede da Monsanto fica em Lyon, distante 465 quilômetros da capital
francesa.
Procurada por CartaCapital, a Monsanto recusou-se a comentar as acusações no
livro. Uma assessora sugeriu uma visita ao site da Associação Francesa de Informação
Científica, onde há artigos de cientistas com críticas ao livro de Robin. A revista,
devidamente autorizada pelo autor, reproduz na página 11 trechos do artigo de um
desses cientistas, Marcel Kuntz, diretor do Centro Nacional de Pesquisa Científica de
Grenoble.
Não é de hoje, mostra o livro, que herbicidas da Monsanto causam problemas
ambientais e sociais. Robin narra a história de um processo movido por moradores da
pequena Anniston, no Sul dos EUA, contra a multinacional, dona de uma fábrica de
PCB fechada em 1971. Conhecida no Brasil como Ascarel, a substância tóxica era
usada na fabricação de transformadores e entrava na composição da tinta usada na
pintura dos cascos das embarcações. Aqui foi proibida em 1981.
A Monsanto, relata a repórter, sabia dos efeitos perversos do produto desde 1937. Mas
manteve a fábrica em funcionamento por mais 34 anos. Em 2002, após sete anos de
briga, os moradores de Anniston ganharam uma indenização de 700 milhões de dólares.
Na cidade, com menos de 20 mil habitantes, foram registrados 450 casos de crianças
com uma doença motora cerebral, além de dezenas de mortes provocadas pela
contaminação com o PCB. Há 42 anos, a própria Monsanto realizou um estudo com a
água de Anniston: os peixes morreram em três minutos cuspindo sangue.
Robin alerta que os tentáculos da Monsanto atingem até a Casa Branca. A influência
remonta aos tempos da Segunda Guerra Mundial e ao período da chamada Guerra Fria.
Donald Rumsfeld, ex-secretário de Defesa do governo Bush júnior, dirigiu a divisão
49
farmacêutica da companhia. A multinacional manteve ainda uma parceria com os
militares. Em 1942, o diretor Charles Thomas e a empresa ingressaram no Projeto
Manhattan, que resultou na produção da bomba atômica. O executivo encerrou a
carreira na presidência da Monsanto (1951-1960).
Na Guerra do Vietnã (1959-1975), a empresa fornecia o agente laranja, cujos efeitos
duram até hoje. A jornalista visitou o Museu dos Horrores da Dioxina, em Ho Chi Minh
(antiga Saigon), onde se podem ver os efeitos do produto sobre fetos e recém-nascidos.
Alan Gibson, vice-presidente da associação dos veteranos norte-americanos da Guerra
do Vietnã, falou à autora dos efeitos do agente laranja: “Um dia, estava lavando os pés e
um pedaço de osso ficou na minha mão”.
Boa parte do trabalho de Robin é dedicada a narrar as pressões sofridas por
pesquisadores e funcionários de órgãos públicos que decidiram denunciar os efeitos dos
produtos da empresa. É o exemplo de Cate Jenkis, química da EPA, a agência ambiental
dos Estados Unidos.
Em 1990, Jenkis fez um relatório sobre os efeitos da dioxina, o que lhe valeu a
transferência para um posto burocrático. Graças à denúncia da pesquisadora, a lei
americana mudou e passou a conceder auxílio a ex-combatentes do Vietnã. Após longa
batalha judicial, Jenkis foi reintegrada ao antigo posto.
Há também o relato de Richard Burroughs, funcionário da FDA encarregado de
avaliar o hormônio de crescimento bovino da Monsanto. Burroughs diz ter comprovado
os efeitos nocivos do hormônio para a saúde de homens e animais e constatou que, com
o gado debilitado, os pecuaristas usavam altas doses de antibióticos. Resultado: o leite
acabava contaminado. Burroughs, conta a jornalista, foi demitido. Mas um estudo
recente revela que a taxa de câncer no seio entre as norte-americanas com mais de 50
anos cresceu 55,3% entre 1994, ano do lançamento do hormônio nos Estados Unidos, e
2002.
Segundo Robin, a liberação das sementes transgênicas nos Estados Unidos foi
resultado do forte lobby da empresa na Casa Branca, principalmente durante o governo
Clinton. Uma das “coincidências”: quem elaborou, na FDA, a regulamentação dos grãos
geneticamente modificados foi Michael Taylor, que nos anos 90 fora um dos vice-
presidentes da Monsanto.
50
A repórter se detém sobre o “princípio da equivalência em substância”, conceito
fundamental para regulamentação dos transgênicos em todo o mundo. A fórmula
estabelece que os componentes dos alimentos de uma planta transgênica serão os
mesmos ou similares aos encontrados nos alimentos “convencionais”.
Robin encontrou-se com Dan Glickman, que foi secretário de Estado da Agricultura
do governo Clinton, responsável pela autorização dos transgênicos nos EUA. Glickman
confessou, em 2006, ter mudado de posição e admitiu ter sido pressionado após sugerir
que as companhias realizassem testes suplementares sobre os transgênicos. As críticas
vieram dos colegas da área de comércio exterior.
Houve pressões, segundo o livro, também no Reino Unido. O cientista Arpad Pusztai,
funcionário do Instituto Rowett, um dos mais renomados da Grã-Bretanha, teria sido
punido após divulgar resultados controversos sobre alimentos transgênicos. Em 1998,
Pusztai deu uma entrevista à rede de tevê BBC. Perguntado se comeria batatas
transgênicas, disparou: “Não. Como um cientista que trabalha ativamente neste setor,
considero que não é justo tomar os cidadãos britânicos por cobaias”. Após a entrevista,
o contrato de Pusztai foi suspenso, sua equipe dissolvida, os documentos e
computadores confiscados. Pusztai também foi proibido de falar com a imprensa. No
artigo reproduzido à página 11, Kuntz afirma que o cientista perdeu o emprego por não
apresentar resultados consistentes que embasassem as declarações à imprensa.
Pusztai afirma que só compreendeu a situação, em 1999, ao saber que assessores do
governo britânico haviam ligado para a direção do instituto no dia da sua demissão. Em
2003, Robert Orsko, ex-integrante do Instituto Rowett, teria confirmado que a
“Monsanto tinha ligado para Bill Clinton, que, em seguida, ligou para Tony Blair”. E
assim o cientista perdeu o emprego.
Nas viagens por países emergentes, Robin colheu histórias de falta de controle no
plantio de transgênicos e prejuízos a pequenos agricultores. No México, na Argentina e
no Brasil, plantações de soja e milho convencionais acabaram contaminadas por
transgênicos, o que forçou, como no caso brasileiro, a liberação do uso das sementes da
Monsanto (que fatura com os royalties).
De acordo com a jornalista, o uso da soja Roundup Ready (RR), muito utilizada no
Brasil e na Argentina, acrescenta outro ganho à Monsanto, ao provocar o aumento do
51
uso do herbicida Roundup. Na era pré-RR, a Argentina consumia 1 milhão de litros de
glifosato, volume que saltou para 150 milhões em 2005. De lá para cá, a empresa
suprimiu os descontos na comercialização do pesticida, aumentando seus lucros.
Um dos ícones do drama social dos transgênicos, diz o livro, é a Índia. Entre junho de
2005 (data da introdução do algodão transgênico Bt no estado indiano de Maharashtra)
e dezembro de 2006, 1.280 agricultores se mataram. Um suicídio a cada oito horas. A
maioria por não conseguir bancar os custos com o plantio de grãos geneticamente
modificados.
Robin relata a tragédia desses agricultores, que, durante séculos, semearam seus
campos e agora se vêm às voltas com a compra de sementes, adubos e pesticidas, num
círculo vicioso que termina em muitos casos na ingestão de um frasco de Roundup.
A jornalista descreve ainda o que diz ser o poder da Monsanto sobre a mídia
internacional. Cita, entre outros, os casos dos jornalistas norte-americanos Jane Akre e
Steve Wilson, duramente sancionados por terem realizado, em 1996, um documentário
sobre o hormônio do crescimento. No país da democracia, a dupla se transformou em
símbolo da censura.
Os cientistas, conta o livro, são frequentemente “cooptados” pela gigante norte-
americana. Entre os “vendidos” está o renomado cancerologista Richard Doll,
reconhecido por trabalhos que auxiliaram no combate à indústria do tabaco. Doll
faleceu em 2005. No ano seguinte, o jornal britânico The Guardian revelou que durante
20 anos o pesquisador trabalhou para a Monsanto. Sua tarefa, com remuneração diária
de 1,5 mil dólares, era a de redigir artigos provando que o meio ambiente tem uma
função limitada na progressão das doenças. Foi um intenso arquiteto do “mundo
mágico” da Monsanto.
Fonte:Revista Carta na Escola. Maio de 2008, p. 42 a 46. Site:
www.cartanaescola.com.br.
PRÁTICAS AMBIENTAIS
52
Amigo da biodiversidade
Segundo Lopes (1997) “o ser humano que apreende através da emoção apreende os
ensinamentos transmitidos, ficando em harmonia no âmbito físico e emocional, e
sensibilizado em relação ao tema vivenciado”.
Habilidades
Através de práticas ambientais, os conteúdos podem ser trabalhados de modo
conceitual e dinâmico, empregando:
Lúdico - jogo, quebra-cabeças, recorte, colagens...
Arte - teatro, música, artesanato, concursos...
Esporte-para promover a psicomotricidade (trilhas...)
Cidadania – o respeito a si mesmo ao próximo e ao lugar onde se vive.
Adaptações
A construção de práticas inovadoras não se dá tanto pela reprodução de modelos
prontos, mas pela recriação e readaptação de um conjunto de princípios pedagógicos nas
diferentes realidades (Carvalho, 1998).
JOGOS E PRÁTICAS AMBIENTAIS
O jogo da memória
O jogo é formado por 11 pares de fotos de ambientes com paisagens de pinheirais,
unidades de conservação, mata ciliar, campos sulinos e animais de ecossistema floresta
Ombrófila mista: capivara, macaco prego, veado campeiro, gato Maracajá e outros
insetos.
Prática Ambiental nº1: Diagnóstico Local.
Quais são as principais causas da redução da Biodiversidade?
53
Interdisciplinariedade.
Modo de organizar e produzir conhecimento, buscando integrar as diferentes dimensões
dos fenômenos estudados, superando uma visão especializada e fragmentada do
conhecimento em direção à compreensão da complexidade e da interdependência dos
fenômenos da natureza e da vida (Carvalho, 1998).
Biodiversidade Humana.
Compreender o significado do conceito da biodiversidade e ressaltar diversidade
humana, através do estudo das etnias.
Conceito de Biodiversidade: Biodiversidade é a totalidade de vida na Terra em todas
as suas dimensões.
Elaborar um jogral sobre as etnias locais.
Compor um painel com fotos dos alunos e de seus familiares e buscar semelhanças:
cor dos olhos, cabelos, altura,...etc.
Efeito Dominó da Redução da Biodiversidade.
Identificar as principais causas e as conseqüências da redução da Biodiversidade e
sensibilizar para a importância da conservação da biodiversidade. Temas sugeridos:
explosão demográfica, escassez de recursos naturais, desmatamento, queimadas,
agrotóxicos, redução da mata ciliar, erosão, escassez de água, extinção, prejuízos,
resíduos, espécies exóticas e qualidade de vida. Confeccionar as peças do dominó.
Montar um glossário com as palavras escritas em cada peça de dominó.
Viver sem fronteiras nos corredores da Biodiversidade.
Demonstrar a interdependência dos seres vivos e as conseqüências de um a ação
predatória e despertar no aluno a preocupação com o processo de extinção de espécies e
a importância da conservação dos recursos naturais para a sobrevivência, sobretudo,
54
humana, temas: redução dos habitats, extinção das espécies, desmatamento, erosão,
caracterização dos diferentes ecossistemas( localização geográfica) e a biodiversidade.
Biodiversidade e a água limpa.
Contextualizar a importância de um rio saudável, através da representação de
diferentes realidades.
Utilizar a observação e as artes plásticas como instrumentos para sensibilização.
Ocupação humana próxima aos rios, êxodo rural, assentamentos, principais rios
paranaenses. Redação, música, paródia ou poesia sobre os rios e a mata ciliar.
Biodiversidade e a vida nos rios.
Possibilitar a representação de conceitos para o reconhecimento dos recursos hídricos
de uma região. Importância dos recursos hídricos. Montagem da maquete: quantificar
em porcentagem e gráficos os diferentes tipos materiais artificiais e encontrados as
margens dos rios: plástico, papel, isopor, pneus, etc, apresentando métodos de
reutilização e reciclagem para os mesmos. A partir destes dados, verificar o quanto pode
ser reaproveitado.
Biodiversidade e as matas ciliares.
Reforçar a importância das florestas as margens dos rios para a manutenção da
qualidade da água, retenção de resíduos, conservação do solo, equilíbrio do clima, etc.
Pesquisar as espécies pioneiras, secundárias, apropriadas para o plantio no rio mais
próximo.
Elaborar cartazes que demonstrem a importância das matas ciliares.
Biodiversidade e o solo Fértil
Caracterizar diferentes tipos de solos, possibilitar a compreensão sobre o processo de
infiltração em 3 tipos de solos; sensibilizar as causas da poluição de solos e de águas
subterrâneas.
55
ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIOVISUAIS
Filme: “A Era do gelo ll” Aquecimento global
ENUNCIADO:
Analisar o discurso incluso no longa de animação A Era do Gelo II, que tem como tema
principal a mudança climática, o aquecimento global, e também a extinção de animais
como os mamutes. Na apreciação do filme utilizam-se recursos da análise de discurso.
A nossa opção pela AD do filme deve-se a preocupação em torno da problemática
ecológica observada atualmente. E que relação há entre essa problemática e as
mudanças climáticas ocorridas no passado e a polissemia na imagem e no discurso.
Realizada a pesquisa teórica conclui-se que há uma lacuna ou omissão de fatos
relacionados a causas e conseqüências do aquecimento retratado na produção.
JUSTIFICATIVA:
Aquecimento global; mudança climática; longa e análise de discurso.
Não é de hoje que temas relacionados à situação do meio ambiente vêm sendo
discutidos nos mais variados segmentos da sociedade. Essa discussão se intensificou
nos últimos anos, provavelmente porque o ambiente está cada vez mais desprotegido
devido à ação humana, que busca desesperadamente o crescimento econômico, o status
de poder e com isso acaba por não priorizar o essencial à vida, o cuidado com o meio
ambiente.
São queimadas, desmatamento, poluição, desperdício dentre outros males que
atingem de forma cada vez mais agressiva ao ambiente em que vivemos.
A maneira como o homem vem acelerando processos naturais, tem apresentado
conseqüências nocivas para a humanidade. Um exemplo claro seria o Efeito Estufa.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA: (estratégias, instrumentos e recursos).
56
Objetivos
* Desenvolver a capacidade de pesquisar e procurar soluções para situações-problema.
* Desenvolver no aluno a noção de agente transformador do ambiente e mostrar a
possibilidade de discussão e intervenção nas ações humanas.
* Discutir os diversos pontos de vista e interesses de uma situação-problema.
* Perceber a internet como mais um instrumento pedagógico auxiliando a produção de
trabalhos em grupo.
Atividades após assistir o filme
Faz-se necessário, antes da proposta da atividade, ressaltar algumas premissas e
preparar os alunos para um debate. As premissas variam conforme a série utilizada.
O nosso aluno tem em geral a idéia de que toda floresta tem as características da floresta
amazônica ou da mata atlântica. Elas, na verdade, representam só 7% da cobertura
vegetal do planeta, mas quase a totalidade da diversidade vegetal. Falar dessa
diversidade e discutir os ecossistemas e suas relações como predatismo, parasitismo,
regulação dinâmica das espécies e sua importância para o equilíbrio do ecossistema
(comunidade clímax), as variações da biodiversidade conforme a latitude, entre outros,
são aspectos fundamentais para o ensaio da atividade.Prepare o aluno para que perceba
que quanto mais próximo dos pólos menor é a biodiversidade e que esta diminuição está
relacionada a quantidade de energia que a Terra recebe do Sol. Esta energia impõe
variações climáticas que em regiões equatoriais são mais brandas (principalmente no
inverno) determinando, assim, a biodiversidade.
Sugerir para os alunos que pesquisem (veja alguns sites abaixo) em um mapa-múndi
sobre a vegetação no mundo tendo uma noção de localização das principais florestas,
número de espécies (em grandeza) vegetais e animais, variação de temperatura ao longo
do ano, distribuição de água doce (noção dos rios) – fator muito importante para a
biodiversidade e para determinação climática por regulação do ciclo hídrico. Isto dará
embasamento para se entender como todo o processo de aquecimento global vem
ocorrendo.
Discutir, agora, o ciclo do carbono de uma forma mais simples mostrando o que produz
CO2 e como é consumida (seqüestro de carbono), dando noção dos processos de
57
fotossíntese, respiração, o que acontece com o seqüestro de carbono depois dos
desmatamentos e depois das queimadas, onde ocorre a interrupção do ciclo do carbono,
como entra o combustível fóssil no ciclo, qual a diferença entre a queima do
combustível fóssil e a queima do biocombustível, entre outras. Mostre que o
biocombustível é renovável enquanto que o combustível fóssil não será pelo menos no
período da existência humana.
Pode-se ainda abordar também a questão dos desmatamentos. Muitas madeiras são
usadas para construção de móveis, por exemplo, como podemos fazer isto de forma
sustentável (se é que é possível?)? Discuta com os alunos o que é floresta de manejo,
qual o preço de uma madeira com esse selo (algo em torno de 30% mais caro), compare
com a do mercado negro. O que você, aluno, pode então fazer no seu dia-a-dia?
INDICAÇÃO DE TEXTOS:
Sites e leituras iniciativas para discussão (a escolha deve ser feita de acordo
com a faixa etária)
* Sariego, J.S. “Educação Ambiental: As ameaças ao Planeta Azul”. Ed. Scipione, SP,
1994.
* Yahoo! Busca Educação
* CO2 Soluções
* Scientific American Brasil, nº 53, outubro de 2006. Ed. Ediouro. São Paulo. P. 30-
37. ”Um plano para manter o carbono sob controle”.
* Scientific American Brasil, nº 53, outubro de 2006. Ed. Ediouro. São Paulo. P. 60-
65. “Aposta no biodiesel”.
* Ciência Hoje, nº 224, março de 2006. São Paulo. P. 20-25. “A Amazônia e as
mudanças globais”.
* Jornal de Debates. “Aquecimento global já é realidade no Brasil”.
* ComCiência. “Dossiê - Aquecimento global”, nº 85, março 2007.
http://www.comciencia.br
* ComCiência. “Dossiê - Mudanças climáticas”, nº 34, agosto 2002.
* IBGE – Mapa de biomas e vegetação
58
FILME
* Uma Verdade Inconveniente –
Site do filme sobre o tema do aquecimento global (em inglês).
Uma Verdade Inconveniente (An Inconvenient Truth)
Elenco: Al Gore.
Direção: Davis Guggenheim
Gênero: Documentário
Distribuidora: UIP
Estréia: 03 de Novembro de 2006
Sinopse: Dirigido por Davis Guggenheim, mais conhecido pelo ficcional seriado de TV '24
Horas', o documentário traz dados científicos alarmantes, sugerindo o fim da civilização. Al
Gore mostra de forma didática, mas envolvente como o aquecimento global, confirmado com
as excepcionais subidas de temperatura, já está afetando todo o mundo. Isso inclui o degelo das
calotas polares, as secas prolongadas e a elevação do nível do mar. A tragédia do furacão
Katrina, que devastou Nova Orleans em agosto do ano passado, seria apenas uma amostra do
que pode acontecer no futuro.
Curiosidades:
» Apesar do título do documentário sugerir a omissão do governo, 'Uma Verdade
Inconveniente' não ataca diretamente a administração de Bush - como Michael Moore fez em
'Fahrenheit 11 de Setembro'.
Posters:
59
Fotos:
Fonte: http://www.metsul.com/secoes/visualiza.php?cod_subsecao=33&cod_texto=72.
VERDADE INCONVENIENTE Por Wagner Bento 05/11/2006 às 03:16
60
?Algumas verdades são difíceis de ouvir porque, se você realmente as ouvir, e entender
que elas são realmente verdade, então você tem que mudar. E mudar pode ser muito
inconveniente?. Assistir ao filme "Uma verdade inconveniente" é um dever ético para
todos os habitantes do planeta Terra. O filme é uma ótima e corajosa aula sobre
aquecimento global.
O trailer do filme encontra-se no link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=TUiP6dqPynE
Seu endereço oficial:
http://www.climatecrisis.net/
E a resenha resumida de René Capriles (editor da revista ECO 21):
"Lançado em fevereiro passado no Festival Sundance e celebrado como uma obra cult
no último Festival de Cinema de Cannes, o filme ?Uma Verdade Inconveniente? já foi
visto por milhões de pessoas, principalmente nos Estados Unidos. Protagonizado por Al
Gore, o filme é uma severa advertência para a Humanidade sobre a responsabilidade do
Homem nas mudanças climáticas. É um documentário ambientalista e, por isso mesmo,
político. As imagens, chocantes, mostram as atuais alterações que o nosso Planeta está
experimentando e elas são, também, a evidência da irresponsabilidade dos políticos que
se negam a reconhecer a urgência de tocar no assunto e o pouco tempo que resta para
evitar a catástrofe total.
Em 2008, Al Gore fará 60 anos, quarenta deles dedicados à ecologia. Depois de ter
perdido a eleição presidencial do ano 2000 - mesmo tendo vencido no voto popular -, e
após ter sido defenestrado pelo seu próprio partido, Al Gore retirou-se para sua fazenda
no estado do Tennessee para repensar a vida. Foi ali, olhando o rio que corre ao longo
de sua fazenda, um rio similar àquele que desce mansamente no início de ?Uma
Verdade Inconveniente? que decidiu assumir definitivamente a sua condição de
ambientalista; uma filosofia de vida que começou quando era um universitário
contestador na Universidade de Vanderbilt, em Nashville, pátria da country music.
Da mesma forma que Sidarta, Al Gore iniciou a longa viagem para o conhecimento,
principalmente em auditórios universitários, como anos antes já o tinha feito no
Congresso dos EUA, quando era Senador na década de 70, convencendo seus pares
sobre o perigo do aumento do buraco da Camada de Ozônio, que culminou, felizmente,
na assinatura do Protocolo de Montreal. Naquela ocasião o inimigo principal era Bush-
61
pai, que o apelidara de ?Homem-Ozônio?. Por causa da veemência das suas palavras no
Congresso, os republicanos costumavam dizer que Gore injetava lítio nas veias para
ficar tão aceso.
Al Gore deixou de lado a sua frustração de ter sido ?o ex-próximo presidente dos
EUA? e partiu para a batalha contra as mudanças climáticas. Foi assim, com toda essa
bagagem, que decidiu fazer palestras ao longo dos EUA conscientizando a população,
principalmente universitária, sobre este grave problema planetário. Um fator decisivo
foi a devastação de Nova Orleans pelo furacão Katrina, que além do impacto climático,
revelou uma nação paralela vivendo com um estilo de vida até então desconhecido pelos
estadunidenses. A miséria social revelou-se a maior tragédia provocada por uma política
oficial que se nega a admitir a importância do Protocolo de Kyoto.
Com apoio da melhor tecnologia da Apple, combinando humor, desenhos animados e
tabelas com comprovados dados científicos, optou por uma apresentação multimídia
mediante a qual ele explica à platéia as graves conseqüências que o aquecimento global
está causando no nosso Planeta. Gore já fez sua apresentação mais de mil vezes em
auditórios de escolas e salas de conferência de hotéis em cidades grandes e pequenas.
O filme narra, em duas histórias paralelas, a vida de Al Gore e uma de suas palestras
perante um público principalmente jovem. Al Gore fala de sua vida simultaneamente
para Guggenheim e o público, revelando as surpreendentes e emocionantes etapas da
sua vida pessoal.
Uma Verdade Inconveniente? é o primeiro depoimento franco e aberto de um dos
protagonistas da política mundial das duas últimas décadas a reconhecer a possibilidade
da autodestruição do Planeta. Mesmo que o caminho tivesse sido aberto por Mikhail
Gorbatchov, que também está dedicando a sua vida ao meio ambiente, principalmente
às questões relativas à geopolítica dos recursos hídricos na Cruz Verde Internacional,
foi o ativismo de Al Gore que abriu o caminho para que a luta ambiental se instalasse
dentro do próprio Congresso dos EUA. Atualmente, nos mais altos estamentos políticos,
já se questiona abertamente o modo de vida das sociedades industrializadas.
No filme e nas suas palestras, Al Gore destrói com dados concretos os três grandes
mitos existentes sobre o aquecimento global:
Sobre as dúvidas quanto à realidade do efeito estufa, ele confirma que milhares de
estudos científicos provam que o aquecimento é real e que constitui uma séria ameaça
para a vida no Planeta.
62
? Sobre se as políticas ambientais afetam a economia dos países, ele demonstra com
modelos econômicos de autorizadas personalidades do mundo que as políticas públicas
baseadas num planejamento ambiental estimulam as economias dos países.
? Que o aquecimento global não é somente um ciclo natural da Terra, mas o resultado
das atividades humanas no campo industrial.
As informações que fornece são exaustivas e definitivas. Um dado concreto é que
quase todas as atividades industriais dependem do desflorestamento e da desidratação
da Terra. Além do corte das árvores para produzir madeira industrializada e carvão
vegetal, a construção de hidroelétricas para gerar energia elétrica com as suas
indispensáveis barragens é responsável pela inundação de enormes áreas emissoras de
gases de efeito estufa, reduzindo a camada atmosférica e aumentando o nível térmico
mundial. Algumas das conseqüências do desflorestamento são a desertificação, as secas,
as inundações e o incremento do número de furacões, tufões e outros tipos de
tempestades de grande dimensão. O aquecimento atmosférico que derrete as calotas
polares leva à dessalinização das águas oceânicas e a mudanças radicais nos
ecossistemas e na capacidade imunológica de todos os seres vivos.
Face a esse catastrófico cenário, Al Gore insiste em que ?a solução para a crise
climática global exige uma ação rápida, sábia e grande de nossa parte?. Na mensagem
aos empresários, ele lembra que ?se destruirmos o Planeta não haverá economia que
sobreviva?. E ataca frontalmente a causa principal: a cultura dos países industrializados
concentrada no consumo, na ganância e na expansão dos negócios em níveis
insustentáveis. Todos esses conceitos os ambientalistas do mundo inteiro conhecem de
longa data. O inédito é que um político do mais alto nível executivo e legislativo da
maior potência do mundo afirme, com todas as letras, que é necessário mudar de vida
para que o Planeta possa sobreviver".
Fonte: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2006/11/364747.shtml.
63
CONTRIBUIÇÕES INDIVIDUAIS PARA A SUSTENTABILIDADE
Seu voto é um poderoso instrumento de mudança. Escolha os governantes por
seu histórico. Devemos eleger pessoas honestas e competentes, que defendam nossos
direitos constitucionais e promovam ações em prol da manutenção e melhoria da
qualidade ambiental e, em conseqüência, da melhoria da qualidade de vida.
Expresse sua insatisfação sempre que os seus direitos de um ambiente
ecologicamente equilibrado forem desrespeitados; acione os órgãos ambientais locais e
federais. Tenha sempre, à disposição, os telefones dessas instituições. Telefone, envie
mensagens eletrônicas, cartas ou qualquer outro meio de comunicação. Manifeste seu
descontentamento.
Conheça a legislação ambiental distrital e federal. Ela é um poderoso
instrumento de ação, indispensável para exercermos nossos direitos. A legislação
brasileira favorece, em primeiro lugar, as reivindicações vindas de associações. Forme e
participe de associações comunitárias, que representam a forma mais eficaz de atuação
democrática.
As árvores de sua rua e cidade são um patrimônio público. Elas tornam o
microclima mais ameno, reduzem a poluição atmosférica e sonora, além de embelezar e
alegrar o ambiente. Para cortá-las, necessita-se de uma autorização especial. Exija a
apresentação dessa autorização, se alguém a estiver cortando. Caso não haja, comunique
o fato, imediatamente, aos órgãos ambientais e, em última instância, aos bombeiros e/ou
á polícia. Informe-se sobre as espécies de árvores mais adequadas a serem plantadas, em
ambiente urbano. Algumas possuem raízes que arrebentam tubulações e pavimentações,
outras liberam excesso de grãos de pólen (alergias). Ainda persiste o hábito errado de
pintar, de branco, o tronco das árvores, como um tipo de “ornamentação”. Além de ser
esteticamente discutível, a pintura impermeabiliza o tronco e prejudica sua transpiração.
Não permita que isso aconteça. Em sua associação, estimule as práticas d plantio em seu
bairro. Cadastre as árvores plantadas (uma pequena plaqueta de alumínio, como o nome
da árvore, quando foi plantada e quem plantou).
Depois do tráfico de drogas, o tráfico de animais silvestres movimenta somas
impensáveis de dólares, em todo o mundo. A maior parte dos animais traficados, morre.
Desestimule essas práticas criminosas, previstas no art. 29 da Lei dos Crimes
Ambientais (Lei 9.605/98 e Decreto 3.179/99). Não compre animais silvestres, peles ou
quaisquer produtos extraídos de animais silvestres. Quando, em viagem, encontrar
64
pessoas vendendo animais silvestres (micos, tatus, pacas, papagaios e outros), pare e
converse com as pessoas. Estimule-as a procurar outras formas de sobrevivência. A caça
esportiva não deixa de ser uma prática primitiva, cruel e desigual. Esse massacre,
disfarçado em “esporte”, não deve ser aceito. O animal não tem chances.
Precicle, sempre que fr possível. Preciclar é dar preferências a produtos que
exibam cuidados com o ambiente (como: sprays que não contenham CFCs, gases que
agridem a camada de ozônio que nos protege dos raios solares causadores de câncer de
pele, devem ser evitados). Ao deixar nas prateleiras aqueles produtos de empresas que
ainda não têm responsabilidade socioambiental, estaremos estimulando as empresas
responsáveis e punindo as desatualizadas. Geladeiras e aparelhos de ar-condicionado
velhos desprendem CFCs para a atmosfera. Substitua-os o mais breve possível.
O lixo representa um dos maiores problemas ambientais urbanos. A despeito dos
avanços em reciclagem e reutilização, a estratégia mais recomendada é a redução da
produção de resíduos. Reduza a produção de lixo. Dê preferência a produtos que não
tragam embalagens não recicláveis. Apóie iniciativas de preciclagem, reciclagem e
redução de uso dos recursos naturais. Cada item reciclado significa menos consumo de
água, energia elétrica, desflorestamento e matéria–prima, de uma forma geral.
As fraldas descartáveis poluem o ambiente por, no mínimo, 500 anos. Dê
preferência às fraldas de pano. Na cozinha, em vez de toalhas de papel (não recicláveis),
utilize panos. Esses, uma vez lavados, estão prontos para a reutilização.
Utilize o fogão racionalmente: fogo brando e panelas-de-pressão ajudam a
economizar gás. Utilize o forno, com moderação. Aproveite seu calor para assar/aquecer
coisas diferentes.
A água potável é um produto em escassez no mundo. Economizar esse recurso é
um dever de todos. Ao escovar os dentes, tomar banho, lavar louça, fazer a barba,
mantenha a torneira fechada enquanto não usa o fluxo de água.
Evite comprar produtos em embalagens de isopor. O polietileno permanece
poluindo o ambiente por mais de 500 anos.
Economize energia elétrica. Ao fazer isso, a demanda por energia elétrica será
contida e não precisaremos construir mais hidrelétricas (causam sérios danos
ambientais). Utilize os eletrodomésticos racionalmente. O chuveiro e o ferro de passar
são os maiores vilões. Instale lâmpadas fluorescentes compactas, mais modernas, que
iluminam da mesma forma e gastam até 80% menos.
65
Ao efetuar suas compras, reduza-as ao mínimo necessário. Todos os produtos
que você adquire geram impactos sobre o ambiente.
Passamos boa parte de nossas vidas no trabalho. Há necessidade de revermos
alguns hábitos: prefira copos de vidro, em vez de copos descartáveis, adote um copo
para o dia todo: utilize o verso dos papéis usados; dê preferência à lapiseira, em vez de
lápis; ao fazer cópias (tipo xerox ou outra), utilize os dois lados do papel; ao
microcomputador, só dê a ordem de imprimir quando tiver certeza de que o texto está
como você quer; faça sugestões para reduzir o impacto ambiental gerado em seu setor.
Contribua para que a coleta seletiva seja um sucesso.
Sobras de tintas não podem ser levadas ao lixo. Doe-as para serem utilizadas até
o fim.
Baterias de celulares e pilhas não podem ser dispostas no lixo. Possuem metais
pesados perigosos, como o chumbo e o cádmio que poluem as águas subterrâneas
(cancerígenos). Esses produtos devem receber uma destinação especial. Há leis que
obrigam os fabricantes a recolhê-las. Muitas empresas já dispõem de recipientes para
receber baterias descartadas.
O fumo é a maior fonte de poluição dos ambientes internos de trabalho. Não
fume e nem permita que seus colegas fumem no ambiente de trabalho. Aos viciados, as
áreas externas são as mais indicadas. Na verdade, o mais indicado seria parar de fumar.
Exija que a escola de seus filhos trate a questão ambiental. Participe das
atividades escolar-comunitárias. Incentive os jovens a seguir as novas carreiras criadas
na área ambiental.
Informe-se sobre o Plano Diretor de sua cidade. Participe das audiências
públicas que definem a viabilidade ambiental de obras urbanas.
Os transportes consomem 20% da energia gasta pelo ser humano. Os carros
representam a última solução de locomoção. O transporte individual, oneroso e
prejudicial ao ambiente, por interesses de grupos, tornou o lugar do transporte coletivo.
Enquanto esse quadro não muda, podemos adotar alguns cuidados para reduzirmos o
impacto negativo de seu uso: racionalize o uso do carro. A carona solidária é um bom
começo; adquira o hábito de calibrar os pneus de seu carro, no mínimo, uma vez por
mês. Pneus descalibrados são a maior fonte de desperdício de combustível. Sempre que
possível, substitua o uso do carro para ir a lugares mais próximos, por uma caminhada.
Não tem sentido deslocar uma tonelada de ferro para trazer 100 gramas de pão!
66
Leia atentamente as instruções do fabricante de seu carro. Os manuais atuais
trazem muitas recomendações a respeito de formas menos impactantes de se utilizar um
veículo:
- Evite arrancadas bruscas. Elas denotam nervosismo, arrogância e exacerbação
da competitividade. Causam desgaste prematuro de diversos componentes mecânicos,
além de contribuir para a poluição atmosférica e sonora, e somar-se a fatores que
tornam o ecossistema urbano estressante.
- Ao substituir os pneus, não os deixe expostos. Entregue-os para reciclagem
(são transformados em óleo combustível).
Em nenhuma hipótese permita a incineração de pneus ou plásticos. A queima
desses produtos libera gases tóxicos para o ar atmosférico (ácido clorídrico), muitos
deles cancerígenos (dioxinas). Essa incineração constitui-se em crime ambiental,
previsto em lei.
- Pneus ao ar livre terminam acumulando água, abrigando focos de insetos
transmissores de diversas doenças (dengue, por exemplo). Ao guardar pneus, faça-o a
fim de deixá-los protegidos.
- Comprar pneus usados, importados, significa comprar resíduos de outros
países. A forma que os países ricos encontraram para ficar livre dos pneus usados, cuja
reciclagem é complicada, foi transferi-los para os outros. Gaste mais um pouco e
compre um produto ambientalmente correto. A maioria dos pneus atuais já é reciclável e
reaproveitada.
- As brecadas bruscas poluem o ar (fumaça e emissão de partículas de desgaste,
tanto dos pneus e da pista, quanto das pastilhas e lonas de freio), assustam as pessoas e
tornam o ambiente mais estressado. Evite-as.
- As lonas e pastilhas de freio à base de asbestos (amianto), no atrito, produzem
um pó cancerígeno (pulmão). Ao trocar esses componentes, leia atentamente as
instruções e dê preferência a produtos que não incluam essas substâncias na sua
constituição.
- Ao trocar o óleo do motor, faça-o somente em locais adequados (postos de
serviços). Ali o óleo é reunido e levado para re-refino, transformado em óleo
combustível industrial e graxa. Óleos usados, despejados em vias públicas ou esgotos,
terminam poluindo os mananciais de água.
- Ao lavar seu carro, utilize apenas produtos biodegradáveis. Utilize baldes, em
vez de mangueiras ou, então, mangueira com controle de fluxo. Utitize a menor
67
quantidade de água possível. O Brasil é um dos poucos países que ainda utiliza água
tratada para lavar carros. Prefira lavar seu carro em lava-a-jatos. O custo termina sendo
menor. Dê preferência aos que não usam produtos químicos não-biodegradáveis ou à
base de petróleo. Certifique-se que a água utilizada vai para a rede de esgotos ou escorre
para corpos de água, sem tratamento. Caso afirmativo, troque de lava-a-jato e reclame.
- O sistema de exaustão de seu veículo (escapamento) não pode ter vazamentos.
O Código Nacional de Trânsito prevê multas pesadas para a poluição sonora, bem com
a Legislação Ambiental. Mantenha seu carro silencioso, em respeito ao próximo e à sua
própria saúde. Afinal, o barulho é um dos maiores estressores do ambiente urbano.
Utilize a buzina apenas em caso de reconhecida necessidade (advertência,
segurança). Chamar alguém, buzinando, é descortês, além de poluir o ambiente.
Programe um fim-de-semana diferente. Leve seus familiares para um passeio ao
campo.
Participe das iniciativas em prol da construção de ciclovias em sua cidade.
Informe-se quanto às questões ambientais e divulgue seus novos conhecimentos;
ao ler jornais e/ou revistas, atente para os artigos da questão ambiental.
Cooper participe e envolva-se nas ações de proteção e melhoria da qualidade
ambiental; dê seu apoio às iniciativas das associações comunitárias; exerça seus deveres
e direitos de cidadania e principalmente...
Adote a não-violência. Trabalhe para a Paz e para a Solidariedade.
( texto extraído do livro” Iniciação à Temática Ambiental”, de Genebaldo Freire
Dias, São Paulo, 2002).
SUGESTÃO DE ATIVIDADES
Produção de texto em dupla que proponha ações no dia-a-dia que minimizem os gases
de efeito estufa.
Dividir a classe em dois grupos: um defenderá os paises desenvolvidos que mais
produzem CO2 e o outro os paises em desenvolvimento.
Levantar algumas questões que nortearão as pesquisas do grupo para que busquem
argumentos que defendam os seus propósitos.
68
Lembre o aluno que não importa se não está no grupo que concorda, faz parte da
atividade argumentar e perceber os diversos lados de uma mesma situação. A proposta é
que o aluno se aproprie de informações sobre este assunto e que perceba as divergências
científicas e políticas que envolvem a questão. Essas discussões deverão gerar muitas
polêmicas.
Sugestões para Pesquisa e Discussão
* Quais são os efeitos para o meio ambiente de um desmatamento? E de uma
queimada?O que acontece com o seqüestro de carbono nestes casos?
* Qual a porcentagem de gases de efeito estufa emitidos pelo Brasil que vem de
queimadas da Amazônia?
* Quanto de CO2 uma árvore de porte médio pode capturar por dia?
* Qual a média anual de desmatamento na Amazônia? Proponha medidas efetivas para
conter este desmatamento.
* Algumas empresas fazem propaganda de que fizeram reflorestamento. Isto é
suficiente para amenizar o impacto ambiental? Como fica a diversidade se quando
fazem reflorestamento usam em geral um único tipo de vegetação?
* Os maiores produtores de gases de efeito estufa estão na América do Norte e Europa
Ocidental e são paises com mais recursos financeiros e tecnológicos do que os em
desenvolvimento. Quais países serão mais afetados pelo aquecimento global?Lembre,
aqui, dos problemas causados por secas, inundações, surtos de doenças, entre outros.
Levante essas questões.
* Qual a importância do protocolo de Kyoto para conter o aquecimento global? O que
diz o acordo? Os EUA são responsáveis por 36% das emissões globais de gases que
contribuem para o aquecimento e não assinaram o acordo. O que isto implica?
* O governo brasileiro tem dito nas negociações internacionais que o país faz a sua
parte investindo em energias renováveis. O que são energias renováveis? Como sua
produção interfere no meio ambiente? Isto realmente é suficiente?
Feche a discussão lembrando do tema principal: “Aquecimento global: de quem é a
culpa?”. Será que há um? Proponha que escrevam coletivamente ações que os governos
69
dos paises desenvolvidos e em desenvolvimento deveriam fazer para diminuir as
emissões de gases e aumentar o seqüestro de carbono.
AS RELAÇÕES HOMEM X NATUREZA E HOMEM X
HOMEM
Os fenômenos físicos, químicos e biológicos que ocorrem na natureza,
demonstram a interação da matéria e energia. A transferência da matéria e o fluxo da
energia é uma constante - equilíbrio dinâmico. O homem ao relacionar-se com a
natureza interfere nessa dinâmica. É importante ressaltar que as conseqüências de
qualquer interferência se fazem notar no sistema como um todo numa reação em cadeia.
Desta forma, para compreender a relação homem X natureza é necessário, portanto que
se faça à interação entre os conceitos.
Uma sugestão para trabalhar a relação homem X natureza é através dos mapas
conceituais.
Mapas conceituais devem ser entendidos como diagramas bidimensionais que
procuram mostrar relações hierárquicas entre conceitos de um corpo de conhecimento e
que derivam sua existência da própria estrutura conceitual desse corpo de conhecimento
(Moreira, 2006).
Os mapas conceituais enfatizam o ensino e a aprendizagem de conceitos,
podendo ser usados tanto na análise e organização do conteúdo, como no ensino e na
avaliação de aprendizagens.
Como exemplo, o professor pode propor ao aluno a elaboração de um mapa
conceitual sobre o tema “Chuva Ácida”, estabelecendo todas as relações possíveis.
70
Chuva Ácida
Formação da chuva ácida e suas conseqüências
Veja como se forma a chuva ácida:
Agora, veja as reações envolvidas e suas conseqüências:
Fonte: Fhttp://library.thinkquest.org/C0126481/chuvac.html
71
Um dos aspectos ressaltados pelo currículo na educação de adolescentes,
jovens e adultos na disciplina de Ciências Físicas e Biológicas é ação transformadora do
homem sobre a natureza. Como conseqüências dessa ação observamos a poluição e
contaminação do ar, água e solo bem como outras alterações que podem afetar a saúde e
qualidade de vida do ser humano (BAINES, 1992).
A chuva ácida é um dos grandes problemas decorrentes da interferência do
homem nos ciclos da natureza – Ciclo da água. Com conseqüência vamos nos deparar
com o Ciclo de poluição de água.
O caminho percorrido pela água através do solo, ar, água torna-os ácidos e
afeta os seres vivos.
Qual a acidez da água da chuva?
Quando a água do mar, dos lagos ou do solo se evapora, o vapor não é ácido
nem alcalino. É neutro. Entretanto, esse vapor de água combina-se com gases como o
dióxido de carbono, encontrado na atmosfera, transformando-se num ácido fraco. A
chuva tem um pH entre 5 e 6 (o pH é neutro). Ela pode dissolver rochas e criar cavernas
calcárias espetaculares, desfiladeiros e formações rochosas, num processo que
normalmente leva milhares de anos.
Fenômenos naturais podem aumentar a acidez da chuva. Quando vulcões
entram em erupção violenta, lançam gases na atmosfera. Alguns deles se combinam
com o vapor de água e se precipitam sob forma de chuva ácida, entretanto o efeito das
erupções geralmente se faz sentir por pouco tempo.
POLUIÇÃO DO AR
A maior parte da poluição do ar e produzida como resultado da queima de
combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Esses combustíveis foram formados
durante milhares de anos a partir de plantas e animais mortos.
Quando o combustível é queimado, não libera apenas energia, mas muitos
produtos químicos, incluindo o enxofre e o nitrogênio contidos n o material orgânico.
Essas substâncias são dois dos mais importantes ingredientes na chuva ácida. Enxofre e
72
nitrogênio são subprodutos indesejáveis na queima dos combustíveis, sendo geralmente
lançados diretamente na atmosfera onde se acreditava que se dispersavam sem riscos.
Hoje sabemos que não é assim. Eles se convertem rapidamente em dióxido de
enxofre e óxido de nitrogênio, os quais podem ser julgados prejudiciais ao meio
ambiente.
O que acontece com a poluição do ar?
Uma parte da poluição rapidamente se precipita ao solo, antes de ser absorvida
pela umidade do ar. Depositam-se nas árvores, edifícios e lagos, geralmente na área que
foi produzida.
É a chamada precipitação seca. Esses depósitos se formam e mais tarde se
combinam com a água da chuva, transformando-se em ácidos.
O resto da poluição pode permanecer no ar por mais de uma semana e é
transportado pelo vento a longas distâncias. Durante esse período, as substâncias
químicas reagem na atmosfera, transformando-se nos ácidos sulfúrico e nítrico diluídos.
Estão prontos, então, para se transformar em chuva ácida. Esses ácidos também reagem
com outras sustâncias químicas na atmosfera.
A precipitação ácida ocorre sob a forma de neve, granizo e outras formas de
precipitação.
Problematização nº 1
Como a chuva ácida afeta o ambiente?
Qual o efeito da chuva ácida sobre os solos?
Depois de lançada a problematização conduzir através de questionamentos em
momentos coletivos ou por escrito, utilizando a investigação científica como princípio
educativo, á pesquisa e á experimentação.
Itens a serem abordados:
a) Aspectos socioeconômicos e políticos-culturais.
b) Poluição do ar, água e solo e ciclo de poluição da água.
c) Fenômenos químicos.
d) Ácidos e Bases (características).
e) Tipos de solo e pH.
73
f) Agricultura.
Experiência: Testando amostras de solo
Recolher algumas amostras de solo de diferentes locais.
Colocar um filtro de papel em um funil e encher com uma das amostras. Preparar uma
solução de água de vinagre com pH igual a 4,0. Despejar sobre a amostra de solo
contida no funil e coletar num frasco enquanto estiver gotejando. Medir o pH e anotar.
Repetir o experimento com diferentes amostras de solo para ver quanto cada um pode
neutralizar a acidez da solução de água e vinagre.
Questionamentos
O que é pH?
Como se mede o pH?
O que é solução ácida, básica e neutra?
O sol ácido prejudica a agricultura? Por quê?
Como neutralizar a acidez do solo?
A acidez do solo atinge vegetais, animais e o ser humano? De que forma?
Quais as conseqüências para os lagos, rios e mares?
A chuva ácida afeta as florestas? Os monumentos? Como e por quê?
Além destas atividades podem ser propostas outras: pesquisas em sites, revistas e
livros; observações; coleta e tabulações de dados, gráficos e respectivas interpretações.
Revistas
Ciências Hoje das crianças.
Amigos da natureza.
Globo Ciências.
Superinteressante.
Sites
http://www.youngreporters.org/article.php3?id_article=767- consequências da chuva
ácida nos monumentos.
74
http://www.nilsonantoniobrena.xpg.com.br/chuva_acida.html- a chuva ácida e seu
efeito sobre as florestas.
http://library.thinkquest.org/C0126481/chuvac.html- a formação da chuva ácida.
Livros
BRANCO, Samuel Murgel. Ecologia da cidade. São Paulo: Moderna, 1992.
DELIZOCOV, Demétrio: ANGOTTI, José André. Metodologia do ensino de Ciências.
São Paulo: Cortez, 1991.
LAMBERT, Mark. Agricultura e meio ambiente. São Paulo: Scipione, 1992.
LOPES, Plínio Carvalho. O ecossistema, fatores químicos e físicos. São Paulo: Saraiva,
1990.
Problematização nº 2
POLUIÇÃO
Você foi convidado para fazer parte de uma comissão que irá estudar a instalação de
uma indústria em sua cidade. Os dados referentes à produção da indústria entre outros
são:
Ela lançará pelas chaminés gases tóxicos como: dióxido de enxofre, floreto de
hidrogênio, cloreto de hidrogênio e outros.
Devido à circulação de um grande número de veículos, haverá o aumento de monóxido
de carbono no ar. Este gás é altamente tóxico.
Sabe-se, ainda, que estes gases, em contato com o vapor de água existente no ar,
formam ácidos que, quando inspirados, atacam as mucosas e os alvéolos pulmonares.
A fumaça e a poeira estarão sempre presentes no ar . Então você:
Será contra a instalação da indústria?
Será a favor da instalação, sem restrições?
Será a favor da instalação, com algumas restrições?
Qualquer que seja sua opção anterior, como a justificaria?
Para você, quais são os benefícios da instalação de uma indústria na cidade?
Quais são as desvantagens?
Você tem conhecimento de que algumas comunidades já foram consultadas sobre a
instalação de uma indústria na região?
75
Quais serão os motivos ou interesses que levam os empresários e industriais a
simplesmente instalarem as indústrias, sem consultar aqueles que vivem na região?
Você acha que o povo deveria manifestar-se? Por quê?
Como poderia ser esta manifestação?
O governo nas suas esferas: municipal, estadual ou federal poderia intervir entre os
industriais e o povo para solucionar da melhor maneira o problema?
O governo estabeleceu algumas obrigações, para os industriais, no que diz respeito a
poluição do ar , uma delas é o uso de filtros nas chaminés.
a) as indústrias obedecem a esta lei? Por quê?
b) e se a indústria não obedecer, quais serão as sanções?
Existe em sua cidade poluição atmosférica provocada por indústrias? Procure descobrir
se o nível de poluição tem se tornado nocivo à saúde da população.
Procure o presidente da associação de bairros de sua cidade e descubra: Que medidas
estão sendo adotadas para combater a poluição do ar?
Em caso de resposta negativa, alertá-lo sobre a necessidade de reivindicar às
autoridades competentes as devidas providências.
76
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988.
_______. Ministério do Meio Ambiente: Curso básico à distância – 2ª edição – Volume
1 e 2: Educação Ambiental. Brasília: MMA, 2001.
_______.Políticas Nacionais. Senado Federal Subsecretária de informações da
Educação Ambiental. De 27 de abril de 1999.
BAINES, John. Preserve a atmosfera. São Paulo: Scipione, 1992.
BOFF, Leonardo. Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres. Ática, S. Paulo, 1995.
CAPRA, F. A teia da vida: Uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São
Paulo: Cultrix, 1996. 256p.
________. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix,
2002. 256p.
COMISSÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO (CNUMAD). Agenda 21 Brasília: Senado
Federal/Subsecretária de Edições Técnicas, 1997.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO
(CMMAD). Nosso Futuro Comum. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio
Vargas, 1988.430p.
CORTINA, R.A. Personal vision f a good school. In: Phi Delta Kappan, 1990, n.71,
p.512-571.
DIAS, G. F. Pegada Ecológica e sustentabilidade Humana. São Paulo: Editora Gaia;
2002.
________.Educação Ambiental: Princípios e Práticas. São Paulo: Gaia, 1994, 400p.
________.Iniciação à temática Ambiental. São Paulo: Editora Gaia: 2002. 110p.
FAZENDA, I. C.A. (org.). Práticas Interdisciplinares na escola. São Paulo: Cortez,
1993.
FRANCO, R. M. Temas Relevantes para o Fortalecimento dos Municípios. In: Philipp
Jr., Arlindo et al. Municípios e Meio Ambiente: Perspectivas para a Municipalização da
Gestão Ambiental no Brasil. São Paulo: ANAMMA, 1999.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 2005.
77
GUERRA, F. Educação Ambiental, escola e transformação da realidade. In: Cadernos
de Fundamentação em Educação Ambiental. Ciclos de Consultoria Ambiental.
Fundação Vale do Rio Doce, 2004.
GUIMARÃES, M. A formação de educadores ambientais. Campinas: Papirus, 2004.
LEFF, Enrique. Saber Ambiental. Rio de Janeiro: Vozes, 1998.
LOUREIRO, Carlos F. B. et all. Educação Ambiental: repensando o espaço da
cidadania. São Paulo: Cortez, 2005.
LUCCI, E. A. et al. Geografia Geral e do Brasil – ensino médio. São Paulo: Editora
Saraiva, 2003.
MINC, Carlos. Ecologia e cidadania. 2ª edição - São Paulo: Editora Moderna, 2005.
MIRANDA, Cláudia et al. Pensar e Viver - Língua Portuguesa. São Paulo: Editora
Ática, 2004.
MOREIRA, Marco Antônio.Mapas conceituais e diagramas.Porto Alegre: Ed. Do autor,
2006.
PARANÁ. Diretrizes curriculares de biologia para a educação básica. Secretária de
Estado de Educação – SEED. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ. Diretrizes curriculares de ciências para a educação básica. Secretária de
Estado de Educação – SEED. Curitiba: SEED, 2008.
PUIG, J. M. A construção da personalidade moral. São Paulo. Ática, 1998.
RADESPIEL, Maria. Alfabetização sem segredos: Temas Transversais. Contagem,
MG: Editora IEMAR, 1998.
ROCHA, J. S. M. Educação Ambiental Técnica para os Ensinos Fundamental, Médio e
Superior. Brasília: ABEAS. 2001.
SANTOS, A.R. Metodologia Científica: a construção do conhecimento. 2ª edição. Rio
de Janeiro: DP & A Editora, 1999.
SANTOS, C. R. dos et all. Meio Ambiente Urbano. In: CAMARGO, A;
CAPOBIANCO, J. P.R.; OLIVEIRA, J. A, P. de. Meio Ambiente Brasil: avanços e
obstáculos pós – Rio – 92. São Paulo: Estação Liberdade: Instituto Socioambiental; Rio
de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2002.
SANTOS, M. T.C.T. et all. Ética e Cidadania. Construindo Valores na Escola e na
Sociedade. Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação, Brasília, 2007.
78