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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · escolas públicas que atuam nas séries finais da educação básica (6º ao 9º ano), sobre o tema Astronomia. ... conteúdo e a sua integração

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

SANTA ELENI PAULINO

CADERNO PEDAGÓGICO

APUCARANA 2010

SANTA ELENI PAULINO

Figura 1

INSERÇÃO DA TEMÁTICA ASTRONOMIA NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS: UM

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Produção Didática-Pedagógica - Caderno Pedagógico apresentada ao Departamento de Biologia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito do Programa de Desenvolvimento (PDE, 2010) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, sob a orientação: Profª Ms Tania A. Silva Klein

APUCARANA

2010

2

SUMÁRIO

1 IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................ 1.1 TEMA: ASTRONOMIA NA FORMAÇÃO DOCENTE ................................................ 1.2 TÍTULO: INSERÇÃO DA TEMÁTICA ASTRONOMIA NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE

PROFESSORES DE CIÊNCIAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA...................................... 2 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 3 INTRODUÇÃO ...............................................................................................

4 OBJETIVOS ................................................................................................... 4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................. 5 UNIDADE 1...................................................................................................... 5.1 PROBLEMATIZAÇÃO......................................................................................... 5.1.1 ATIVIDADE: PROBLEMATIZANDO..................................................................... 6 UNIDADE 2 ..................................................................................................... 6.1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ASTRONOMIA – UNIVERSO .................................... 7 UNIDADE 3 .....................................................................................................

7.1 ESTRELAS, COMO SÃO FORMADAS? ................................................................ 7.1.1 ATIVIDADE: ORIGEM DO UNIVERSO ............................................................... 8 UNIDADE 4 ..................................................................................................... 8.1 SISTEMA SOLAR ............................................................................................. 8.1.1 ATIVIDADE: MONTAGEM DE MURAL SOBRE SISTEMA SOLAR ........................ 8.1.2 ATIVIDADE: MAPAS CONCEITUAIS .................................................................. 9 UNIDADE 5 MOVIMENTOS DA TERRA ................................................................ 9.1 ATIVIDADE 1 CONSTRUÇÃO DE UM MODELO DE SISTEMA SOLAR EM ESCALA........ 9.1.2 ATIVIDADE CARACTERÍSTICAS DOS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR.................. 10 UNIDADE 6 ESFERA CELESTE ........................................................................

10.1 EQUINÓCIOS E SOLSTÍCIOS ........................................................................... 10.2 ATIVIDADE EXPERIMENTAL MOVIMENTOS DE ROTAÇÃO TRANSLAÇÃO E

ESTAÇÕES DO ANO .............................................................................................. 10.3 COMPLEMENTAR: PALESTRA ..........................................................................

4 4 4 5 7 9 9 10 10 12 14 14 22 22 25 26 26 27 28 29 32 34 35 37 40 43

3

11 UNIDADE 7 CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTOS SIMPLES DE OBSERVAÇÃO..........

12 UNIDADE 8 ................................................................................................... 12.1 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – POEMA VIA LÁCTEA - OLAVO BILAC .................... 13 UNIDADE 9 ................................................................................................... 13.1 OBSERVAÇÕES VIRTUAIS DO CÉU NO HEMISFÉRIO SUL: UMA VIAGEM PELO CÉU. 13.2 ATIVIDADE COMPLEMENTAR: VISITA MONITORA AO OBSERVATÓRIO E

PLANETÁRIO ........................................................................................................ 14 UNIDADE 10 ................................................................................................. 14.1 ENSINO DO SISTEMA SOLAR SOB A PERSPECTIVA DA APRENDIZAGEM

SIGNIFICATIVA. ..................................................................................................... 14.2 ATIVIDADE COMPLEMENTAR .......................................................................... REFERÊNCIAS.................................................................................................. REFERÊNCIAS DE SITES ................................................................................

ANEXOS ............................................................................................................ APÊNDICE ........................................................................................................

45 47 47 49 49 50 52 52 54 55 57 60 65

4

1 IDENTIFICAÇÃO

Professora PDE autora: Santa Eleni Paulino

Escola de Atuação: Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo – Ensino

Fundamental Médio e Educação Profissional

Área de Estudos: Ciências

NRE: Apucarana

Orientadora: Professora Mestre Tânia A. Silva Klein

IES vinculada: Universidade Estadual de Londrina

Produção Didático-Pedagógica: Caderno Pedagógico

Relação interdisciplinar: Geografia, História e Matemática.

Público de Intervenção: Professores de Ciências da rede Pública Estadual

Escola de Implementação: Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo –

Ensino Fundamental Médio e Educação Profissional

Endereço: Rua: Elídio Stábile n°379 - Bairro: 28 de Janeiro

Fone: (43) 3423-1299 - E-mail: [email protected]

CEP: 86800-130

Apucarana – Paraná

1.1 TEMA:

ASTRONOMIA NA FORMAÇÃO DOCENTE

1.2 TÍTULO: Inserção da temática Astronomia na formação continuada de

professores de Ciências: Um relato de experiência

5

2 APRESENTAÇÃO

A Produção Didática Pedagógica referente ao projeto desenvolvido no PDE

2009 consiste na produção de um Caderno Pedagógico, destinado a professores de

escolas públicas que atuam nas séries finais da educação básica (6º ao 9º ano),

sobre o tema Astronomia.

Os conteúdos selecionados para compor esse caderno pedagógico foram

selecionados de forma a facilitar sua implementação e utilização pelos professores

em seu trabalho de sala de aula.

O desenvolvimento da unidade será sob a ótica das teorias educacionais que

sustentam as Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ciências do Paraná; que

defende a incursão pela história da ciência que permite identificar que não existe um

único método científico, mas a configuração de métodos científicos que se

modificaram com o passar do tempo.

As unidades do caderno iniciam com uma abordagem problematizadora de

forma que tanto os professores quanto os alunos sintam a necessidade do

conhecimento científico para resolver os problemas apresentados em sala de aula. A

aprendizagem significativa permeará as conceituações e atividades pedagógicas

desse trabalho.

O problema principal da aprendizagem consiste na aquisição de um corpo organizado de conhecimentos e na estabilização de idéias interrelacionadas que constituem a estrutura desse conhecimento. O problema, pois, da aprendizagem em sala de aula está na utilização de recursos que facilitam a captação da estrutura conceitual do conteúdo e a sua integração a estrutura cognitiva do aluno, tornando

o material significativo. (AUSUBEL, apud MOREIRA, 2009. p.47).

A aprendizagem necessita da construção de uma rede de significados ligados

ao objeto de estudo, partindo dos conhecimentos prévios do alunado que ao longo

do processo educativo necessita elaborar conceitos escolares sobre o

conhecimento.

O que torna fundamental a utilização de diferentes encaminhamentos

metodológicos para ampliar e atender as diversas formas de aprender de cada

indivíduo.

6

Em Astronomia a observação é fundamental na elaboração das leis, teorias e

conceitos que fundamentam essa ciência.

Aristóteles, discípulo de Platão, um empirista achava que sem a observação

não se chegava à verdade. A ciência atual é impulsionada pela observação. As

asserções devem ser sustentadas por evidências, compartilhadas e comprovadas

por outros cientistas. (IMPEY, 2009, Pág. 29)

A metodologia da observação de acordo com as diretrizes curriculares precisa

fazer parte do trabalho docente, pois como afirmou Platão há tantos séculos atrás a

importância da observação até hoje ela ainda é usada na Ciência.

A observação, a experimentação e a abordagem problematizadora

aproximam o objeto de estudo do estudante tornando a aprendizagem mais

significativa, fato que motivou a produção do caderno pedagógico com atividades

envolvendo esses aspectos metodológicos para o ensino de Astronomia em

ciências.

7

3 INTRODUÇÃO

A finalidade desse trabalho é desenvolver um estudo sobre o conteúdo

estruturante Astronomia através de um mini-curso para professores que atuam em

escolas públicas do Paraná. As pesquisas apontaram que muitos docentes que

lecionam ciências no ensino fundamental apresentam uma lacuna em sua formação

sobre os conteúdos de Astronomia, o que despertou o interesse para a escolha do

tema do projeto PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional.

A Astronomia é tão antiga quanta as civilizações que se desenvolveram na

Terra, pode ter surgido quando os humanos perceberam que com ela poderiam

melhor se orientar em suas excursões de caça ou na busca de alimentos. Também

dela fizerem uso para contar o tempo construir seus calendários e melhor se orientar

na prática da agricultura escolhendo a estação do ano mais adequada para o plantio

e colheita, garantindo alimentação ao grupo familiar. Foi indispensável às grandes

navegações marítimas, impulsionou as viagens de longa duração e ajudou, na

ampliação do comércio e das relações interculturais.

É uma Ciência que esteve presente em todo processo sócio histórico da

humanidade e até hoje continua a contribuir com a ciência, tecnologia e o

desenvolvimento.

Apesar de toda sua importância ela pouco esteve presente no currículo das

escolas brasileiras. Relatos de Langhi e Nardi, 2009 apontam que o ensino de

Astronomia ainda não se consolidou no currículo de Ciências. Há evidências de

dificuldades no seu ensino devido a fatores como a sua recente inclusão no currículo

de ciências, a partir da aprovação da Lei de Diretrizes e Bases nº. 9394 de 1996; a

ausência ou baixa carga horária da disciplina nos cursos de formação inicial de

professores, erros conceituais de alguns livros didáticos, insegurança dos docentes

para ministrar esses conteúdos, pouca formação continuada específica do tema,

ausência do conteúdo em alguns livros didáticos.

Para que a Astronomia se efetive de fato no currículo e tenha assegurada a

qualidade no ensino-aprendizagem é necessário romper com algumas situações

apresentadas.

É fundamental que o professor detenha conceitos básicos da matéria de

ensino e compreenda como estão estruturados para desempenhar com competência

a sua função docente.

8

A situação descrita tornou o desafio para o desenvolvimento desse projeto

que será desenvolvido através de encontros periódicos a partir das reflexões sobre

conceitos trabalhados em sala de aula e troca de experiência sobre as práticas

docentes.

Às atividades serão trabalhadas buscando unir a teoria e a prática com

objetivo de dar um significado para o professor possibilitando que a concepção

teórica que embasa o projeto ―a aprendizagem significativa‖, possa ser utilizada em

sua sala de aula contribuindo para um ensino de ciências mais dinâmico e motivador

para os alunos.

As metodologias da problematização, observação, atividades experimentais

auxiliam o ensino/aprendizagem, considerando o conhecimento prévio do alunado e,

mas buscando se aproximar o máximo possível do conhecimento científico escolar.

As sugestões apresentadas podem e devem ser ampliadas e planejadas pelo

professor em consonância com o Projeto Político Pedagógico da instituição onde

atua e com seu Plano de Trabalho Docente que irá atender as necessidades da

turma onde estará ensinando.

É fundamental que o professor assegure o ensino e a aprendizagem dos

conceitos básicos que sustentam o estudo da Astronomia e problematize e reflita

com os estudantes os possíveis erros conceituais presentes na mídia, no saber

popular e até mesmo em alguns livros didáticos.

Por ser a Astronomia um conhecimento amplo e o público alvo desse caderno

pedagógico professores dos anos finais do Ensino Fundamental, (6º ao 9º ano), será

feito um recorte e os temas a ser abordados nessa produção são:

Origem do Universo

Sistema Solar

Terra e seus movimentos

9

4 OBJETIVOS

Apresentar e analisar com os professores encaminhamentos metodológicos

envolvendo os conceitos básicos sobre a história da Astronomia, as principais

teorias da origem do universo, o sistema solar o planeta Terra e seus movimentos.

4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar as principais teorias sobre o surgimento do Universo;

Identificar os planetas do sistema solar e conhecer seus principais movimentos

envolvendo princípios da mecânica celeste.

Compreender a posição espacial do planeta Terra e seus movimentos

relacionados a dia e noite e estações do ano.

Construir instrumentos simples para observação do céu.

Realizar atividades práticas de observação para explicar os fenômenos celestes

como dia e noite, estações do ano, equinócios e solstícios.

10

5 UNIDADE 1

5.1 PROBLEMATIZAÇÃO

Figura 2

Ao observar essa imagem do telescópio Hubble e rever a história da

humanidade desde as civilizações antigas que olhavam o céu e seus fenômenos

sem instrumentos e ao analisar a Astronomia hoje, impulsionada pelos grandes

avanços científicos sob o olhar dos potentes telescópios: ―nossos olhos para o

Universo”, somos instigados a questionar:

É comum nos deparar com vários questionamentos de alunos em sala de

aula e até de pessoas que gostam de olhar o céu; são perguntas que fazem parte do

imaginário humano desde os primórdios da presença do homem na Terra;

11

Como o Universo surgiu?

Como nascem as estrelas?

O planeta Terra é único no Universo?

Quantos movimentos a Terra realiza? Como eles acontecem?

QUADRO I

Solução de problemas é, sem dúvida, um método válido e prático de

procurar evidências de aprendizagem significativa. (Moreira, 2009, p. 24)

O ensino de Astronomia é tradição nos currículos das escolas públicas?

É importante para os alunos do Ensino Fundamental, compreender os

fenômenos físicos, químicos e biológicos que envolvem o surgimento do

Universo e do planeta em que vivemos?

Compreender como acorre o dia e a noite as estações do ano e a influência

desses fenômenos nos sistemas biológicos para a preservação da vida no

planeta?

QUADRO 2

A preocupação dos professores é tentar responder a essas questões

utilizando os conhecimentos científicos traduzidos para um saber escolar que

possibilite aproximar os estudantes da ciência de uma forma pedagógica, partindo

do seu conhecimento prévio, o dito saber popular, mas rompendo com os mitos e

preconceitos.

A reportagem do jornal Folha de São Paulo aqui apresentada é uma

possibilidade de trazer informações atualizadas para a sala de aula, e provocar os

alunos a problematizar e questionar.

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Reportagem Folha de São Paulo

11/08/2010 - 17h30

Hubble capta imagem de galáxia a 320 milhões de anos-luz da Terra A NASA (agência espacial americana) divulgou nesta terça (11) imagens da

galáxia espiral NGC 4911, no aglomerado de galáxias Coma.

NASA

Figura 3 – imagem feita pelo telescópio Hubble mostra galáxia NGC 4911 no aglomerado de Coma, a 320 mil de anos-luz da Terra.

As imagens foram obtidas pelo telescópio espacial Hubble. NGC 4911 está a 320 milhões de anos-luz da Terra e contém círculos de

poeira e gás próximos do seu centro. Os círculos aparecem recortados contra aglomerados de estrelas recém-

nascidas e nuvens de hidrogênio. A boa qualidade da imagem, obtida de uma galáxia tão longínqua, está

relacionada à alta resolução das câmeras do Hubble e a uma longa exposição.

QUADRO 3

Na historia da Astronomia houve marcos que contribuíram para

descobertas e elaboração de novas teorias após a invenção das

lentes, telescópios e da radioastronomia.

13

Atualmente na era digital as mídias se constituem num importante recurso de

ensino/aprendizagem, e em astronomia o filme tem um destaque especial, pois,

pode apresentar através de imagens de telescópios ou de computação gráfica

fenômenos e detalhes do Universo impossíveis de observar pela grande maioria da

população, inclusive alunos e professores.

O filme “A origem do Universo fácil de entender” –parte2. Legendado, com

o tempo de duração de 09 minutos, pode ser encontrado no endereço:

http://www.youtube.com/watch?annotation_id=annotation_15818&

v=mv8wYmnEOtc&feature=iv) e se constitui em um interessante material áudio

visual que pode ser utilizado das mais variadas formas, tais como informação

complementar ou para iniciar uma unidade através da problematização.

Para esse filme podemos problematizar e explorar questões como:

Figura 4

Informações e dados complementares poderão ser encontrados no endereço

http://hubble.stsci.edu Esse site apresenta parte da astronomia vista pelo telescópio

Hubble. As características especiais são as páginas voltadas para o telescópio

propriamente dito, os planetas, as estrelas, as galáxias, o universo e além do

universo observável. Outros filmes também estão disponíveis nesse endereço.

☼ Estrela pode morrer? Elas têm ciclo de vida?

☼ Qual a origem dos elementos químicos: hidrogênio e hélio?

☼ Somos poeira das estrelas?

☼ Os astrônomos têm como calcular a idade das estrelas?

☼ Como ocorreu o resfriamento do Universo?

14

6 UNIDADE 2

6.1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ASTRONOMIA - UNIVERSO

A ASTRONOMIA é a ciência que estuda os astros e mais genericamente, todos os objetos e fenômenos celestes. Etimologicamente, astronomia provém do grego astron, "astro", isoladamente considerado ou como um sistema de estrelas, uma constelação, conexo com o grego aster, "astro" ou "estrela" isoladamente considerados.

Rogério Mourão

Em ciências utilizam-se modelos para representar idéias, conceitos leis e

teorias, e na Astronomia foram elaborados vários modelos cosmológicos para

explicar os fenômenos que aconteciam com os astros. Ao longo da história da

ciência à medida que novas descobertas aconteciam os antigos modelos foram

substituídos por novos, que melhor explicassem os fenômenos observados e

descritos, exemplificando; teoria da Terra plana, geocêntrica, heliocêntrica entre

outras.

Desde os tempos primitivos o homem contemplou o céu e questionou: De

onde viemos? Como surgiu o Universo? São questões filosóficas, científicas e

religiosas que povoavam a mente do homem que diante de tantas dúvidas precisava

de uma resposta para os seus porques que explicasse o metafísico e desse sentido

a sua existência. Tentando responder a todas essas questões astrônomos, físicos,

matemáticos e outros cientistas buscaram uma forma de resolver tantas dúvidas, ao

longo da história da ciência surgiram às teorias para tentar explicar como surgiu o

Universo.

As mais difundidas são a do Criacionismo, Estado Constante, Universo

Pulsante, Grande Explosão ou do Big Bang e Universo Inflacionário. Em ciências

vivemos a provisoriedade, um conceito científico permanece até que seja elaborado

outro que melhor explique o fenômeno, o mesmo ocorre com as teorias sobre a

origem do Universo.

TEORIA CRIACIONISTA

Aparece com várias visões de acordo com as diversas culturas e religiões.

Surgiram nos primórdios da civilização a partir da necessidade em encontrar uma

justificativa para a existência de tudo que existe.

15

As teorias Criacionistas aparecem representadas ou descritas em ritos e

textos sagrados ou religiosos de várias culturas.

TEORIA DO ESTADO CONSTANTE

Segundo essa teoria nunca houve explosão, o universo sempre esteve em

expansão, ela vai contra os postulados da física moderna que afirma, ‖A matéria ou

a energia não podem ser criadas ou destruídas, mas transformadas‖, como

comprovou Einstein, que em sua teoria afirma; a matéria pode ser transformada em

energia, fato comprovado pelas experiências das explosões nucleares.

Fica a dúvida, como essa teoria se sustenta se a matéria e a energia não

podem ser criadas do nada.

TEORIA DO UNIVERSO PULSANTE

Defende que a matéria é eterna, não teve início nem fim, sempre existiu.

Aceita que o Universo sempre está em expansão, mas em um determinado

instante, diminuirá e começará a se contrair, ficando tão denso que explodirá

novamente, para reiniciar nova expansão e assim sucessivamente.

TEORIA DO BIG-BANG

No Início o termo Big Bang significou explosão e foi sir Fred Hoyle, que usou

esse termo ―big bang‖ como uma crítica ao modelo, mas com o tempo ele se

firmou. Na realidade o correto é a expressão ―expansão do Universo‖ e não

explosão.

A teoria do Big-Bang foi descrita em 1927, em um artigo do astrônomo belga

Georges Lemaître, o qual afirmava que toda a matéria do Universo estava

concentrada em um único lugar: o ovo cósmico, átomo primordial.

O big Bang é na realidade uma das idéias mais vigorosas de toda a ciência,

com a verificação experimental remontando a um microsegundo depois do evento da

criação. É muito dificil explicar qualquer outro modo de expansão e as micro-ondas

que o banham. (IMPY, 2009, p. 51).

A figura apresentada é um modelo que tem a intenção de representar a

expansão do Universo desde o instante 0 (zero) ao Universo que se pode observar

hoje.

16

Figura 5

Na década de 1940 um grupo de cientista liderados por Geoge Gamov

deduziu que o Universo teria surgido após uma grande explosão resultante da

compressão de energia, para chegar a esta conclusão utilizaram conhecimentos de

outros cientistas como a teoria da Relatividade de Albert Einstein que mostrava a

equivalência entre matéria e energia (E = m.c²); Willen de Sitter astrônomo holandês

que em 1917 demonstrou de forma teórica que o Universo está em expansão,ainda

dessa decáda, Friedmann-Robertson-Walker apresenta um modelo de expanção do

Universo baseado na teoria da Relatividade Geral. Edwin Hubble, enuncia em 1929

sua famosa lei segundo a qual a velocidade com que uma galáxia se afasta de nós

está relacionada com a sua distância até nós, e, portanto, com o tempo. Esta foi a

primeira evidência da expansão do Universo.

Herman, Gamow e Alpher propõem a Teoria do Big-Bang em 1950 (nome

sugerido por Hoyle para o evento que dá início ao Universo).

A Teoria do Big-Bang admite que o Universo tem uma idade limite, da ordem

entre 13,7 a 15 bilhões de anos e, portanto, existe um instante inicial em que o

Universo foi criado.

17

Segundo essa teoria, no primeiro instante havia uma fabulosa quantidade de

energia e localizada em uma esfera de diâmetro inferior a 1cm, denominada ovo

cósmico ou singularidade.

Segundo a qual no primeiro milionésimo de segundo (t = 0), toda essa energia, em

rápida expansão, criou o Universo que se dilatou e se resfriou uniformemente. Os

fenômenos químicos e físicos e a redução imediata da temperatura e as sucessivas

transformações de energia liberada pelas reações químicas formou partículas

cósmicas os (quarks) e as antipartículas (antiquarks) gerou também grande

quantidade de energia em forma de fótons.

A redução rápida de temperatura determinou as sucessivas transformações

da energia liberada que se materializou na forma de partículas, a matéria e a

antimatéria que se aniquilavam, gerando uma quantidade enorme de energia na

forma de fótons e obedecendo à equação de Einstein: E = m.c².

O excesso de matéria em relação à antimatéria deu origem ao Universo em

que hoje vivemos.

O universo continuou se resfriando, os quarks começaram a se fundir,

originando os prótons e nêutrons, ao ser concluída a fusão os quarks desaparecem.

Os prótons e nêutrons podem-se transmutar entre si e passam a coexistir com

elétrons e fótons, mas com a queda da temperatura, os prótons não podem mais se

transmutar, o que não ocorre em relação aos nêutrons. É por esse motivo que ainda

existem, até hoje, quatro vezes mais prótons do que nêutrons.

Com a temperatura suficientemente baixa os elétrons começaram a se

associar aos prótons para formar os átomos de hidrogênio

Ocorreram as reações de fusão dos núcleos: 25% dos núcleos de hidrogênio

transformaram-se em hélio; um milésimo por cento foi transformado em deutério e

menos de um milionésimo por cento em lítio.

Todos esses elementos chamados leves o deutério e o hélio, foram formados

na fornalha cósmica que era o universo nos primeiros instantes de seu surgimento,

quando a temperatura atingiu aproximadamente um bilhão de graus semelhante a

uma fusão nuclear. A seguir outros elementos como átomos de oxigênio, carbono,

foram sintetizados, dando origem a outros elementos químiicos. As reações

químicas continuam a acontecer com a morte e explosão das estrelas em eventos

chamados super novas, as altíssimas temperaturas atingidas nesse processo

18

possibilitam a produção desses elementos químicos através de reações nucleares

denominadas nucleossíntese.

Segundo Magalhães O Universo nem sempre foi igual ao que vemos hoje; ele

está em contínua expansão, as galáxias quanto mais longe de nós mais rápido se

afastam e ao observamos quasares e galáxias em formação ( com, por exemplo, o

telescópio espacial Hubble) distantes bilhões de anos-luz de nós, estamos na

verdade vemos o Universo como ele era no passado, diferente de como ele é hoje.

O Universo é dinâmico inclusive já existem teorias de que a expanssão está

desacelerando, se for um fato, poderá então chegar um momento que deixará de

existir?

Figura 6 - Imagem do nascimento de estrelas a 12 bilhões de anos-luz da

Terra Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Bang Acesso 18 jun. 2010

19

UNIVERSO INFLACIONÁRIO OU COSMOLOGIA INFLACIONÁRIA

Criada na década de 80 por Alan Guth, com contribuiçõs de Paul Steinhardt,

Andrei Linde, Stephen Hawking, A. A. Starobinsky, e outros. Apresentam essa teoria

como forma de resolver alguns problemas sem respostas encontradas na teoria do

Big-Bang que apesar de ser a mais difundida está sendo questionada por alguns

cientistas por não ser capaz de explicar fenômenos cosmológicos como do

horizonte, da planaridade e monopólos magnéticos.

A teoria do Universo Inflacionário apresenta argumentos de que o Universo

em seus primeiros instantes de criação passou por um superesfriamento muito

rápido que elevou a dimensão do horizonte e tornou a região homogênea, afirmam

também que o cosmos é constituído por uma sopa de ―plasma‖ sem átomos, nem

elétrons, nem galáxias, mas que ao atingir uma densidade máxima, explode num

Big-Bang, originando o chamado ―Universo Bolha‖. Segundo essa teoria não houve

um único Big- Bang, mas inúmeros e que cada um deu origem a um Universo Bolha,

semelhante a este que conhecemos e vivemos.

Em ciências as teorias são elaboradas para explicar fenômenos da natureza,

mas precisam ser comprovadas, mas de acordo com as Diretrizes Curriculares, a

ciência não revela a verdade, mas propõem modelos explicativos construídos a

partir da aplicabilidade do método científico, são construções humanas que

permitem interpretações de fenômenos da natureza. São construidos em um

determinado contexto histórico, num cenário socio-econômico, tecnológico, cultural,

religioso, ético e político, nisso reside a sua provisoriedade, a ciência é dinâmica,

portanto as leis, modelos e teorias devem ser compreendidos â luz do momento

histórico que foram construídos.

Para um aprofundamento incluímos o gráfico apresentado pela Revista

SCIENTIFIC AMERICAN que fornece dados importantes sobre a constituição do

Universo e a partir deles é possível desenvolver pesquisas com nossos alunos de

acordo com a série ou ano para qual será proposto o trabalho, que poderá ser um

primeiro passo para explorar os conteúdos estruturantes de Astronomia, Matéria e

Energia,

20

Fonte: www.sciam.com.br – Acesso 30 de jul. 2010.

PARA SABER MAIS SOBRE A ORIGEM DO UNIVERSO CONSULTE:

Quadro 4

CONSTITUIÇÃO DO COSMO

O principal ingrediente do Universo é a energia escura, que consiste na constante

cosmológica, ou no campo quântico conhecido como quintessência. Os outros

ingredientes são a matéria escura, composta por partículas exóticas elementares, a

matéria convencional (a não luminosa e a visível) e uma pequena quantidade de

radiação.

Gráfico 1 Revista SCIENTIFIC AMERICAN - Brasil - Edição Especial - N° 1, página 45.

Fonte de consulta: Livro 1 - Guia de Astronomia

Autor: RIDPATH, IAN Editora: Jorge Zahar No Guia de Astronomia, o autor inglês Ian Ridpath, reuniu informações completas sobre a história da Astronomia, a formação do Sistema Solar, as constelações e os desafios da cosmologia no início do século XXI. Livro 2: A Dança do Universo Autor: MARCELO GLEISER Editora: Companhia de Bolso - Ano: 2006 - Edição: 1 No livro: A Dança do Universo, o físico brasileiro Marcelo Gleiser, professor de

física e astronomia do Dartmouth College e pesquisador premiado no Brasil e nos Estado Unidos, numa linguagem clara apresenta versões de diversas culturas para o mistério da Criação, e uma explicação da ciência moderna para a origem do Universo. Pela obra o autor recebeu o prêmio Jabuti 1998 de Melhor Ensaio e Biografia.

21

FIGURA 7

Veja o filme:

“FIM do UNIVERSO”

Endereço:

http://www.youtube.com/watch?v=gHD2gQmA

Segundo algumas teorias sobre a origem do Universo,

“TUDO QUE TEM UM COMEÇO SUPÕE-SE TER UM FIM”.

Que concepção científica tem a respeito dessa afirmação?

Amplie seus conhecimentos e elabore uma síntese sobre o assunto:

22

7 UNIDADE 3

7.1 ESTRELAS, COMO SÃO FORMADAS?

O mistério de como é a formação das estrelas, começa a ser desvendado,

pois há muito tempo se sabe como funciona a morte de uma estrela de grande

massa, mas como elas nascem ainda se tem muitas dúvidas.

O telescópio Hubble fotografando o Universo tem contribuído muito com as

pesquisas mostrando grande número de imagens inéditas. Em novembro de 1995,

fotografou mais de 150 estrelas em formação em uma pequena região chamada

nebulosa de Orion, localizada na constelação de mesmo nome e fácil de identificar,

pois a referência a essa constelação são as Três Marias que são observadas no

hemisfério Sul durante o verão. A nebulosa de Orion também conhecida como M42

distante (12.500 anos luz) do Sol. Nela são observados discos da mesma grandeza

do nosso Sol que são constituídos de poeira cósmica e muitos gases envolvendo

estrelas jovens. (com idade aproximada de um milhão de anos). O interessante é

que 99% são gases e apenas 1% é de poeira.

Figura 8 Criada por computação gráfica tem como objetivo representar o momento da criação,

quando nascem as estrelas. (cores fantasia).

23

Durante o fenômeno do surgimento de uma nova estrela, enormes nuvens de

poeira e gases que envolvem o corpo celeste em formação impedem que certos

equipamentos captem imagens e detalhes que permitiriam aos cientistas melhor

observar como elas se forma, mais com o uso de ondas de rádio e câmeras que

conseguem captar as frequência em ultravioleta ampliou-se a visão e está sendo

possível registrar dados nunca antes observados na formação de estrelas.

O VISTA — the Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy — e um

projeto do Reino Unido que reuniu 18 universidades, foi montado no Observatório do

Monte Paranal, que fica localizado no deserto do Atacama, no norte do Chile. É o

mais novo equipamento de observação da ESO (European Southern Observatory).

O VISTA é o maior telescópio de rastreamento com um espelho de (4,1

metros) possui uma câmera de 3 toneladas que contém 16 sensores especiais de

luz infravermelho, captando um total de 67 milhões de pixels. Seu objetivo é mapear

o céu nos comprimento de ondas do infravermelho.

As observações de rádio interpretada pelos astrônomos e outros cientistas

forneceram dados que atualmente são de um disco central com altíssimas

temperaturas, constituído por gases ionizados envolvendo a Orion Source.

Observando a imagem artística que representa o fenômeno nota-se que nas

partes superior e inferior do disco uma nuvem de gás cósmico sopra um vento

estelar dando a forma de uma ampulheta devido ao campo magnético.

Figura 9 - FONTE: http://blog10.files.wordpress.com/2009/11/formacao-estrela-orion.jpg

Para uma melhor compreensão dos fenômenos físico-químicos que envolvem

o surgimento das estrelas apresentamos o texto complementar.

24

TEXTO: FORMAÇÃO DE ESTRELAS

A câmera, que capta freqüências em ultravioleta a quase infravermelho, revela que

essa nova geração de estrelas, entre um e dez milhões de anos, está se formando

principalmente nas espinhas dorsais dos braços espiralados da M83.

As mais jovens produzem gás hidrogênio que parece brilhar na cor vermelha nas

imagens. Com o tempo, o vento das estrelas acaba dissipando o gás e revelando clusters azuis

brilhantes. As estrelas mais velhas são menos azuladas.

Utilizando ondas de rádio, cientistas captam detalhes da formação de grandes estrelas

nunca antes revelados pelas lentes de telescópios de luz.

O local de observação foi à constelação de Orion, especialmente sua Grande Nebulosa

– considerada um berçário de estrelas.

Astrônomos há tempos sabem como funciona a morte de uma estrela de grande massa,

mas a sua formação ainda é um mistério, pois, durante o processo, grandes nuvens de gás e

poeira ficam ao redor do corpo celeste e obstruem a visão de equipamentos.

Para contornar o problema, uma equipe formada por cientistas do Centro de

Astrofísica Harvard-Smithsonian e do Observatório Nacional de Radio Astronomia utilizou

ondas de rádio para penetrar nas camadas e estudar uma estrela em formação chamada Source

I. Com o Very Long Baseline Array (VLBA), instrumento da National Science Foundation, o

grupo observou mensalmente durante dois anos a futura estrela. Os resultados geraram um

vídeo que revela detalhes como a grande presença de nuvens de monóxido de silício.

Além do filme, o estudo (disponível on-line) também deu origem a uma imagem de

como seriam traduzidos os dados de rádio para o mundo visível. Na concepção artística

(acima) um disco central fumegante, formado por gás quente e ionizado, envolve a Orion

Source I. Um vento frio de gás vem das partes superior e inferior do disco (setas coloridas) e

assume a forma de uma ampulheta graças ao campo magnético (finas linhas azuis). As cores

avermelhadas representam material com movimentação distante do observador (no plano do

céu), enquanto as cores azuis representam material se movendo em direção ao observador.

Reprodução - Fonte: do http:// blog10.files.wordpress.com/2009/11/formacao-e.. - 29/11/2009 por Pablo.

Quadro 5 – texto 1

As observações feitas em vários telescópios do Observatório Europeu do Sul

(ESO) permitiram obter a primeira imagem de um disco de poeira em torno de uma

estrela bebê de grande massa, levando a conclusão que estrelas de grande massa

se formam da mesma maneira que as menores. Essas descobertas estão na revista

25

científica Nature (2010). Essas observações vieram fortalecer a teoria de que as

estrelas se formam pela contração das imensas nuvens de poeira e gás interestelar.

Os astrônomos estão considerando a nebulosa Orion como berçários de estrelas.

Reportagens veiculadas pelos jornais on-line como a Folha de São Paulo

noticiaram a construção no Chile do telescópio móvel ALMA, que poderá fornecer

mais informações sobre o nascimento das estrelas, e outros dados para desvendar

tantos mistérios e dúvidas sobre o fenômeno.

Leonardo Testi, é um dos cientista responsável pelo projeto ALMA. O maior

projeto astronômico existente, com um telescópio revolucionário, composto por uma

rede 66 antenas móveis, entre 7 e 12 metros de diâmetro, que podem ser

rearranjadas conforme as necessidades.

Em anexo apresentamos a reportagem completa da ―Inovacão Tecnologica

Noticias‖ com informações e imagens complementares sobre o telescópio ALMA.

7.1.1 ATIVIDADE: ORIGEM DO UNIVERSO

REGISTRE SUAS RESPOSTAS E CONCLUSÕES, JUSTIFICANDO-AS.

1. Explique o significado correto para o termo “Big-Bang”

2. Entre as teorias sobre a origem do Universo atualmente qual a mais

aceitável?

3. Como os astrônomos explicam o nascimento da estrelas?

4. Elabore uma definição para Galáxia, explorando os textos apresentados.

Quadro 6

26

8 UNIDADE 4

8.1 SISTEMA SOLAR

Figura 10 - Representação artística do Sistema Solar (cortes fantasia – fora da escala)

O SISTEMA SOLAR

De acordo com Magalhães, o conhecimento e o estudo do Universo começam

pelo nosso quintal, o Sistema Solar. Depois da Terra, os astros mais conhecidos por

nós provavelmente são a Lua e o Sol. A distância média entre o nosso satélite

natural a Lua e a Terra é de aproximadamente 384.000 km Enquanto entre a Terra e

o Sol é de 146 milhões de km; para dimensionarmos melhor e em outras palavras, a

luz que tem uma velocidade no vácuo de 300 mil quilômetros por segundo e a luz do

Sol chega a Terra em aproximadamente 8 minutos-luz que é uma unidade

astronômica representada por (UA). Então UA e a distância média entre a Terra e o

Sol e equivale a 150 milhões de quilômetros.

27

O maior planeta do sistema solar Júpiter, 11 vezes maior que a Terra está a

uma distância 5 vezes a da Terra ao Sol, então podemos dizer que a distância entre

Júpiter e o Sol é de 5 UA.

As dimensões do Universo se apresentam como um desafio ao entendimento

humano, algo difícil de compreender utilizando o nosso sistema de medidas, nem as

UA são capazes de dar conta dessa imensidão, portanto os astrônomos utilizam o

ano luz representado pela sigla (al) unidade de distância que equivale ao caminho

percorrido por um raio de luz durante um ano. Para saber o que representa em

valores numéricos o ano luz, multiplica-se a velocidade da luz no vácuo (300 000 km

por segundo) pelo valor do ano (365 dias) chegando ao valor astronômico de 9

trilhões, quatrocentos e sessenta bilhões e oitocentos milhões de quilômetros.

A via Láctea, a galáxia onde se localiza o nosso sistema solar mede

aproximadamente 100 000 anos luz de diâmetro. Se imaginarmos uma nave

espacial com a velocidade da luz, ela levaria 100 000 anos luz para atravessá-la.

8.1.1 ATIVIDADE: MONTAGEM DE MURAL SOBRE SISTEMA SOLAR

Em relação às dimensões astronômicas o sistema solar está mais próximo da

realidade de cada um, como já foi afirmado ele é o nosso quintal!

Os professores poderão desenvolver uma atividade complementar

pedagógica para ampliar o conhecimento dos alunos, além de ser lúdica possibilita

explorar a criatividade de cada um. A atividade é multidisciplinar podendo envolver a

disciplina de Arte e ele consiste na montagem de um mural no pátio da escola sobre

o sistema solar abordando:

Planetas do sistema solar

Planetas extra-solares e Planetas anões

Cometas

Cinturão Kuiper

Asteróides

Meteoróides

28

8.1.2 ATIVIDADE: MAPAS CONCEITUAIS

Figura 11

Cmap Tools é uma ferramenta para elaborar esquemas conceituais e representá-los graficamente,

ou seja, é um programa que lhe auxilia a desenhar mapas conceituais.

Mapas Conceituais

Com base na teoria significativa Joseph Novak, desenvolveu a teoria dos

―mapas conceituais‖ que e definida por ele como uma importante ferramenta para

organizar e representar o conhecimento.

Como recursos instrucionais, os mapas propostos podem ser usados para

mostrar as relações hierárquicas entre os conceitos que estão sendo ensinados em

uma única aula, numa unidade de estudo ou num curso inteiro.

Cmap Tools é uma ferramenta para elaborar esquemas conceituais e representá-los

graficamente, ou seja, é um programa que lhe auxilia a desenhar mapas conceituais.

A teoria sobre a formação do sistema solar e do universo explica que foram eventos que aconteceram em tempos e espaços distintos. O Universo teria idade entre 13,7 a 15 bilhões de anos, a nossa galáxia, a via Láctea 13 bilhões e o sistema solar apenas 4,5 bilhões.

O Sol detém a maior parte da massa do sistema solar (mais de 99%). Na via Láctea existe centenas de milhares de sóis, estrelas semelhantes a

nossa. Para melhor compreendermos as dimensões galácticas foi criada a unidade de

distâncias conhecida como ano luz, correspondente a 9,5 trilhões de quilômetros. Imagine: se via Láctea tem um diâmetro aproximado de 100.000 anos luz, qual

o tamanho do universo? Para ampliar nossos conhecimentos sobre o Sistema Solar podemos:

Observar o mural sobre o Sistema solar

Acessar o site: http://astro.if.ufrgs.br/planetas/planetas.htm e consultar os links

☼ SISTEMA SOLAR e ☼ PLANETAS DO SISTEMA SOLAR

Pesquisar em livros didáticos, paradidáticos, reportagens de jornais e revistas científicas.

Elaborar um mapa conceitual sobre Sistema Solar e Planetas usando o programa Cmap Tools.

29

9 UNIDADE 5

Observando-se incidência dos raios solares sobre um determinado ponto da

superfície da terrestre, verifica-se que ao longo do ano ele se altera de posição, o

mesmo acorre ao se observar o céu noturno. Do ponto do observador na Terra, seu

aspecto se modifica gradualmente à medida que o tempo passa, temos como

exemplo o céu de inverno que apresenta constelações diferentes do céu de verão.

As mudanças são decorrentes dos movimentos da Terra e que aparentemente do

ponto do observador parece ser do Sol, movimento que se denomina ―movimento

aparente do Sol‖.

Os movimentos da Terra fazem parte do conhecimento popular ou empírico.

Supõe-se que se devem as implicações diretas desses fenômenos nas atividades

biológicas, produtivas e de subsistência muito presentes em todas as civilizações

desde os primórdios da humanidade. Os livros didáticos em sua maioria apresentam

os movimentos de rotação (dia e noite) e movimento de translação (as quatro

estações do ano: outono, inverno, primavera e verão).

De acordo com Magalhães que em seu livro ―Astronomia uma visão geral do

Universo‖ é uma obra que apresenta os quatro movimentos simultâneos da Terra,

apresentando um aprofundamento maior sobre o tema. As definições apresentadas

nesse livro para os movimentos da Terra são:

Rotação: é o movimento da Terra em torno de seu eixo, dele resulta o

dia e a note. Tem a duração de 24 horas, que pode variar devido o movimento de

translação. Tendo como referencia as estrelas esse período tem como duração 23h

56 min 04 s.

Translação: denomina-se o movimento que a Terra realiza em torno do

Sol dando origem ao ano solar com duração (por aproximação) de 365 dias e 6

horas. Devido à inclinação do eixo da Terra em 23,5° o movimento de translação

origina as quatro estações do ano.

30

Precessão: É um movimento cíclico em torno do eixo com duração de

26.00 anos; fazendo com que as estações do ano a cada 2000 anos comecem em

uma casa diferente do zodíaco.

Nutação: ocorre ao mesmo tempo em que a Precessão e se

caracteriza por um balanço e ambos são influenciados pela força gravitacional dos

planetas, pelas marés da Lua e do Sol e a distribuição irregular de massa do planeta

Terra. Ocorre em períodos máximos de 19 anos.

Rotação Galáctica: A Terra como parte do sistema solar participa do

movimento de rotação desse sistema em torno do centro da galáxia, via Láctea, que

gasta aproximadamente 250 milhões de anos para a rotação completa.

Figura 12 - TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL – LUA.

31

MOVIMENTOS DA TERRA

* 1- Rotação: em torno do próprio eixo em 23h 56min 4s. De Oeste para Leste. Velocidade

de 1670 km/h no equador ou 0,47 km/s

* 2- Revolução: em torno do Sol em 365 d 5h 48 min 45,97s (365 d 6h). Velocidade de

107.000 km/h ou 29,79 km/s. Com o eixo de rotação inclinado 23°27’ em relação ao eixo da

eclíptica

* 3- Precessão: O eixo da Terra faz um círculo em torno do eixo da eclíptica no período

aproximado de 26 mil anos, fazendo com que mude a posição dos polos celestes.

* 4- Excentricidade da órbita: o movimento de revolução da Terra às vezes é mais achatado

e outras vezes mais circular. Há 108 mil anos, era 3 vezes mais achatado do que hoje. Dentro

de 24 mil anos, a excentricidade atingirá o seu mínimo, quando a órbita da Terra será quase

um círculo.

* 5- Deslocamento do Periélio: faz-se em 21 mil anos. Motivo: influências gerais dos

planetas. O eixo maior da órbita da Terra (linha dos apsides) se desloca, fazendo com que o

periélio e o afélio se movam também. A passagem de um periélio retornará à mesma data a

cada 21 mil anos. Atualmente ocorre a 2 de janeiro. Daqui a 6.400 anos ocorrerá no equinócio

de outono; daqui a 11.500 anos, no solstício de inverno; e dentro de 21 mil anos, novamente a

2 de janeiro, no solstício de verão.

* 6- Variação da Obliqüidade: movimento de balanço que o eixo da Terra faz, chegando a

um máximo de 24°30′ e mínimo de 22° . Hoje, o eixo da Terra está inclinado 23° 27’ em

relação ao Eixo da Eclíptica, decrescendo 47″ por século. É um movimento que ocorre por

causa de perturbações provenientes da ação conjunta dos planetas e do Sol ao longo da órbita

anual de nosso planeta.

* 7- Nutação: parecido com a precessão dos equinócios, só que em escala bem menor,

fazendo o eixo da Terra descrever uma pequena elipse em cerca de 18 anos e 7 meses.

8- Perturbações planetárias: movimentos irregulares, pouco previsíveis que podem ser

provocados pela força gravitacional de outros planetas, principalmente Vênus e Júpiter.

9- Movimento do Centro de Massa Terra-Lua: trata-se do giro que faz o centro de massa

do sistema Terra-Lua em torno do Sol.

10-. Movimento em torno do Centro de Massa do sistema solar: movimento de revolução

ou translação que a Terra faz em torno do centro de massa do sistema solar (centro de massa

que existe entre o Sol e todos os seus planetas).

11- Movimento de marés: trata-se da contração e descontração do globo terrestre em razão

da força gravitacional da Lua e do Sol.

12- Rotação da nossa galáxia: a Via-Láctea gira em torno de seu centro, fazendo uma volta

completa em torno de 250 milhões de anos. Assim, o Sol e todos os planetas (inclusive a

Terra) giram também em volta do centro da galáxia.

13- Translação da nossa galáxia: como todo o universo está em expansão, nossa galáxia

também viaja no espaço. Assim, a Terra e todos os demais planetas, inclusive Lua e Sol, estão

se deslocando junto com a Via-Láctea.

14- Variação dos Pólos: seria uma variação da posição dos pólos da Terra em razão de

algumas causas, como o deslocamento das placas tectônicas. (?) Há discordâncias em algumas

obras, de que este não seja um movimento propriamente dito da Terra, se trata de

deslocamento dos seus pólos geográficos por algumas causas, como a movimentação das

placas tectônicas e do núcleo. Então, não se trata de um movimento do planeta e sim

variações da posição do eixo magnético.

QUADRO 7 - Fonte: http://www.cfh.ufsc.br/~planetar/textos/terrabege.htm

32

Após a leitura do quadro 7, dialogue com seus pares sobre os principais

movimentos da Terra, quais podem ser observados sem o uso de instrumentos

(telecóspios, lunetas e outros), e que influências exercem sobre o planeta.

9.1 ATIVIDADE 1 CONSTRUCÃO DE UM MODELO DE SISTEMA SOLAR EM ESCALA

A atividade a ser desenvolvida a seguir é muito simples mais contribui para a

formação de conceitos importantes na compreensão das dimensões dos astros que

formam o sistema solar, bem como suas órbitas. É uma estratégia que contribui

também para a percepção das distâncias astronômicas, facilitando o trabalho

interdisciplinar entre ciências e matemática ao explorar o conteúdo sobre medidas e

escalas.

Segundo Caniatto alguns livros didáticos apresentam ilustrações do sistema

solar, mas não explicam no texto que está fora de escala, o que permite ao aluno

imaginar que o Sol e os planetas são proporcionais àquelas bolinhas (círculos) lá

desenhados. Mesmo não estando em escala, planetas maiores, bolinhas maiores,

planetas menores, bolinhas menores, em algumas ilustrações o planeta Júpiter, o

maior do sistema solar aparece do tamanho do sol, o que pode gerar conceitos

errôneos que o aluno levará por uma boa parte de sua vida acadêmica. Em algumas

publicações apresentam além das figuras tabelas com os astros e suas dimensões,

mas por se tratar de grandezas astronômicas fica difícil para o estudante imaginar as

diferenças de tamanho e distâncias entre o Sol e os planetas. Diante de tal

constatação o que se propõem é uma atividade prática que possa contribuir para um

ensino aprendizagem mais próximo dos objetivos do conteúdo sistema solar, que é a

formação de conceitos sobre dimensão, distâncias e órbitas dos planetas.

33

☼ Selecionar os materiais disponibilizado pelo professor para construir um

modelo do nosso Sistema Solar utilizando as medidas apresentadas nas

tabelas 3 e 4.

Para essa atividade recomenda-se disponibilizar variados materiais como:

diversos tipos e tamanho de papéis, argila ou massa de modelar, cola, tesoura,

canetas de diversas cores, pincéis atômico, jornais revistas e textos sobre o Sistema

Solar, esferas de materiais mais acessíveis.

Tabela 1 – Astros do Sistema Solar e seus diâmetros em cm. ou mm. ASTRO Diâmetro

Sol 80,0 cm

Mercúrio 2,9 mm

Vênus 7,0 mm

Terra 7,3 mm

Marte 3,9 mm

Júpiter 82,1 mm

Saturno 69,0 mm

Urano 29,2 mm

Netuno 27,8 mm

Construída pela autora

Figura 13 - Representa astros do Sistema Solar, Planetas e principais satélites. (cores fantasia)

34

Tabela 2 – massa e diâmetro médio dos planetas e suas distâncias médias do Sol

ASTRO MASSA

(kg)

Diâmetro Distância

(km) (mm) (km) (m)

Sol 1,99 x 10³° 1.392.000 800,0 -x- -x-

Mercúrio 0,33 x 1024 4.860 2,8 57.900.000 33,3

Vênus 4,87 12.10 7,0 108.000.000 62,1

Terra 5,97 x 1024 12.760 7,3 149.600.000 86,0

Marte 0,64 x 1024 6.800 3,9 228.000.000. 131,0

Júpiter 1899 x 1024 143.000 82,2 778.000.000 447,1

Saturno 568 x 1024 120.000 69,0 1.430.000.000 821,8

Urano 87,2 x 1024 50.800 29,2 2.870.000.000 1.649,4

Netuno 102 x 1024 49.400 28,4 4.500.000.000 2.586.2

Lua 73,5 x 1024 3.840 2,0 - x - - x-

Fonte: Caderno Oficina de Astronomia (pg. 30).

9.1.2 ATIVIDADE CARACTERÍSTICAS DOS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR

☼ Elaborar um quadro comparativo entre os astros do Sistema Solar e o planeta

Terra. Sugestão: quadro 8.

Título:

Nome do astro TERRA LUA

Figura do astro Massa (kg)

Volume (m3)

Rotação (duração)

Translação (duração) Diâmetro

Temperatura (º C) máx. min

Satélites naturais (luas) Composição atmosférica

Dados complementares

Quadro 8

35

10 UNIDADE 6 ESFERA CELESTE

Segundo Caniato, embora a esfera celeste seja uma entidade puramente

geométrica e abstrata, seu estudo é muito interessante e útil.

O estudo e as aplicações dos conhecimentos sobre a esfera celeste são

conhecidos como Astronomia de posição ou Astrometria. Entre as aplicações desse

estudo podemos enumerar:

Determinação dos movimentos da Terra;

Medidas do tempo;

Posição dos planetas;

Estações do ano

Equinócios e solstícios;

OBSERVE A ILUSTRAÇÃO:

Figura 14

Representação

da esfera celeste

aparente para fins

de localização.

36

A ilustração (figura 14) tem por finalidade apresentar uma idéia esquemática

do sistema de coordenadas para localização dos astros auxiliando na compreensão

dos movimentos da Terra.

O sistema equatorial é o mais utilizado para determinação do sistema de

coordenadas.

Segundo Horvath por convenção os objetos que se localizam no hemisfério

celeste norte levam a declinação com o sinal (+) enquanto que os localizados no

hemisfério celestes Sul o sinal (-)

O movimento de translação da Terra em torno do Sol produz as condições

necessárias para ocorrer às estações do ano.

Figura 15 - Representação artística das estações do ano, equinócios e solstícios. Fonte: Ciências Naturais: aprendo com o cotidiano - pg. 76

(tamanho fora de escala e cores fantasia).

1 - Solstício de 21 ou 22 de dezembro. Inicio do verão no hemisfério Sul e do inverno no hemisfério Norte. 2 - Equinócio de 21 de março. Inicio do outono no hemisfério Sul e da primavera no hemisfério Norte. 3 - Solstício de 21 de junho. Inicio do inverno no hemisfério Sul e o verão no hemisfério Norte. 4 - Equinócio de 22 ou 23 de setembro. Inicio a primavera no hemisfério Sul e outono no hemisfério Norte.

Quadro 9

37

10.1 EQUINÓCIOS E SOLSTÍCIOS

Figuras A – B - C – fonte: Ciências naturais: aprendendo com o cotidiano – pg. 77.

(cores fantasia)

Solstício de 21 de junho.

Inicio do inverno no hemisfério Sul e o verão no

hemisfério Norte

Equinócio de 21 de março. Inicio do outono no hemisfério Sul e da primavera no hemisfério Norte. Equinócio de 22 ou 23 de setembro. Inicio a primavera no hemisfério Sul e outono no hemisfério Norte.

Solstício de 21 ou 22 de dezembro.

Inicio do verão no hemisfério Sul e do inverno no hemisfério Norte.

38

A Terra em seu movimento de translação realizado em um período de tempo

chamado ano (duração 365 dias, 5h, 48 min e 46s - ano tropical) tem a radiação

solar projetada em áreas diferentes do planeta devido à inclinação do seu eixo que é

de aproximadamente de 23,5° (aproximadamente ¼ de 90°) em relação à

perpendicular do plano de sua órbita (a eclítica). O complemento faz com o plano da

eclíptica uma inclinação de 66° 33´, por isso os raios solares atingem o mesmo

ponto do planeta em diferentes inclinações e em diferentes épocas do ano. Para que

ocorram as estações são essenciais duas condições: constância da inclinação do

eixo de rotação da Terra; movimento de rotação da Terra em torno do Sol;

As ilustrações representam a variação da iluminação do Sol sobre a

superfície da Terra durante o ano e há dois momentos que o dia e a noite tem a

mesma duração e em astronomia denominamos equinócio de verão e equinócio de

inverno. A palavra equinócio vem do Latim, equi (igual) e nox (noite), e significa

"noites iguais", momento que corresponde ao ponto médio do período de

deslocamento aparente do Sol, e o intervalo de claridade (dia) e de escuro (noite)

tem a mesma duração que é de 12 horas.

Ocorre também outro fenômeno decorrente da incidência dos raios solares

sobre a Terra no qual o dia (parte iluminada) da Terra se torna mais longa que a

noite (parte escura) e depois o inverso a parte escura é que se torna mais longa do

que a iluminada; denominadas de solstícios de verão e solstícios de inverno.

Solstício é uma palavra de origem latina (sol + stitium) que significa Sol

parado, estacionário; é quando o Sol atinge seu ponto máximo de deslocamento e

para e inicia seu retorno num movimento inverso ao que realizou. No hemisfério sul

o solstício de verão acontece em dezembro e o de inverno em junho, enquanto que

no hemisfério norte é o oposto; solstício de verão em julho e de inverno em

dezembro. É mais fácil compreender observando as figuras e depois realizar uma

prática como será demonstrado a seguir.

Os solstícios são referências para determinação dos Trópicos de Capricórnio

e Tropico de Câncer. Os raios solares durante o solstício de verão no hemisfério

sul, incidem perpendicularmente na superfície da Terra na linha do Trópico de

Capricórnio, enquanto que no solstício de inverno os raios solares atingem

perpendicularmente o Trópico de Câncer.

39

No intervalo de um ano temos dois equinócios e dois solstícios que permite a

divisão do ano em quatro intervalos que se convencionou denominar de “estações

do ano”.

As características das estações estão ligadas às influências causadas nos

ecossistemas e ciclos biológicos dos seres vivos pela intensidade de luz e calor que

a Terra recebe do Sol a partir do seu movimento aparente, ao longo da linha do

horizonte. Temos como exemplos insetos que só se reproduzem no início da

primavera, onde seus descendentes vão ter calor e alimentos para poder se

desenvolver, há ainda plantas que perdem suas folhas no inverno para poupar

energia.

Para fins didáticos o ano foi dividido em quatro períodos iguais e os nomes

(outono, inverno, primavera e verão) foram dados de acordo com as características

de cada período, tendo como referências as estações do hemisfério Norte.

As atividades práticas têm como objetivo ampliar a compreensão dos

conceitos sobre as estações do ano, pois segundo afirma Canalle ele é fácil de

explicar mais um fenômeno de difícil compreensão para os estudantes; que algumas

vezes são erroneamente ensinados que as estações do ano são consequências da

aproximação máxima da órbita da Terra ao Sol (periélio = verão) e o afastamento

máximo (afélio = inverno), primavera e outono aproximação média. É um grave erro

conceitual que pode ser facilmente contestado pela observação direta do Sol (por

meio de projeção da imagem em um anteparo ou usando filtro de soldador), verificar

que o tamanho do Sol não se altera com as estações do ano, o que se torna um

indício de que o afastamento ou aproximação é irrelevante para originar as estações

do ano. Caniato escreveu um texto intitulado “ATO DE FÉ OU CONQUISTA DO

CONHECIMENTO?‖ Sua argumentação discorre sobre erros conceituais que nos

remete a reflexões sobre o compromisso com o conhecimento científico que se

constitui num princípio para um ensino aprendizagem de qualidade para a formação

cidadã.

40

10.2 ATIVIDADE EXPERIMENTAL: MOVIMENTOS DE ROTAÇÃO TRANSLAÇÃO E ESTAÇÕES DO

ANO

MATERIAL:

Quatro esferas (bolinhas) de poliestireno expandido de 4 centímetros de

diâmetro;

Quatro copinhos plásticos para café;

Pó de gesso;

Palitos de madeira de 20 centímetros de comprimento;

Uma fonte de luz ou lanterna de aproximadamente 60 w.

Canetas de diversas cores.

PROCEDIMENTO:

1. Divida as esferas em dois hemisférios e assinale com o (N) o hemisfério Norte

e com (S) o hemisfério Sul

Foto 1 – Representação da Terra e Hemisférios N. e S.

2. Se for de interesse pode desenhar e colorir os continentes.

3. Atravesse as esferas com os palitos de madeira (para representar o eixo fixo

imaginário da Terra); cuidado para não se ferir com a ponta dos palitos, se

necessário fure as esferas com um arame ou agulhas, e após os palitos.

41

4. Coloque o pó de gesso em um recipiente e dissolva com água até que

adquira uma consistência cremosa. A seguir coloque a substância nos

copinhos e ao iniciar o endurecimento, fixe as esferas de forma inclinada

próxima ao ângulo de 23,5°, tendo o cuidado de deixar o lado completar,

oposto do eixo com o plano da eclíptica uma inclinação de 66° 33´,

(aproximada) todas com a mesma direção, observe as fotos e figuras.

5. Em um anteparo que poderá ser uma mesa, coloque no centro a fonte de luz:

lanterna ou uma lâmpada adaptada a um soquete e (com um fio e plug) para

ser conectada a uma tomada.

Foto 2 caixa suporte A Foto 3 caixa suporte B

Foto 4 – Representação: Hemisfério N. inverno Foto 5 – Representação: Hemisfério N. outono

Hemisfério S. verão Hemisfério S. primavera

42

Foto 6 – Representação: Hemisfério N. primavera Foto 7: Representação Estações do ano

Hemisfério S. verão

Fonte: autora Santa Eleni Paulino

A próxima etapa é a experimentação; sugerimos realizar em vários

ambiente claro, penumbra e escurecido. E importante Iniciar pela definição do plano

da órbita da Terra que pode ser paralelo à superfície da mesa onde será colocada a

lâmpada e em seu redor os globos acompanhando o modelo apresentado pelas

figuras e fotos.

Explorar os movimentos de rotação (dia e noite); translação (as estações do

ano, equinócios e solstícios).

Os globos representam à posição da Terra em seu movimento de translação

em diferentes períodos do ano, são quatro posições diametricamente opostas,

representando as estações do ano.

O objetivo dessa experimentação é visualizar a diferença de iluminação nos

hemisférios e a inclinação e intensidade com que os raios luminosos atingem a

superfície de cada um.

Durante a experimentação poderão ser feitos diferentes questionamentos

sobre os movimentos da Terra e através das observações do experimento elaborar

junto com os estudantes conceitos sobre o dia, noite, ano, movimentos de rotação,

translação, estações do ano, equinócios e solstícios.

Essa atividade prática é uma adaptação da Oficina de Astronomia de

(CANALLE, 1996, p. 39).

43

http://astro.if.ufrgs.br/esf.htm

SE CONSULTAR OS LINKS A ESQUERDA DA TELA, PODERÁ AMPLIAR SEUS CONMHECIMENTOS

SOBRE:

Constelações

Esfera Celeste

Quadro 10

http://www.youtube.com/watch?v=UozLt6myifs

Nome do filme ―Espaçonave Terra – Semana 1‖ - tempo: 02h29min min.

Um bom filme para explicar os movimentos de rotação e translação da Terra, dia,

noite, ano e estações do ano.

Traduzido em português (de Portugal).

Quadro 11

10.2 ATIVIDADE COMPLEMENTAR: PALESTRA

O Objetivo da palestra é oportunizar que os professores interajam com o

Grupo de Estudos e Divulgação de Astronomia de Londrina – (GEDAL) e crie uma

rede de comunicação para um trabalho integrando as escolas de Apucarana as

ações do grupo de Astronomia.

A palestra será apresentada por representantes do GEDAL (Grupo de

Estudos e Divulgação de Astronomia de Londrina) e o MCTL museu de (Museu de

Ciência e Tecnologia de Londrina). Será realizado no Colégio Estadual Professor

Izidoro Luis Cerávolo para professores cursista e estendida a alunos da escola com

interesse por Astronomia.

INFORMAÇÕES COMPLMENTARES

PODEM SER ENCONTRADAS:

44

Os conteúdos a ser abordados numa palestra podem ser definidos em uma

plenária com o grupo de interesse. Essa estratégia oportuniza a realização de um

diagnóstico sobre os conteúdos que haja dúvidas e demais temas de interesse.

A pauta deve ser encaminhada com antecedência aos palestrantes, para que

haja tempo suficiente de preparação dos conteúdos e materiais a ser utilizados no

evento. È necessário o planejamento antecipado do dia e o horário de realização e

ser comunicado por escrito (pode ser por via eletrônica, e-mail), tanto par os

palestrantes como para os participantes.

A palestra será complementada por observações astronômicas; o GEDAL

monta vários telescópios para a observação da Lua e suas crateras, Saturno e seus

anéis, Marte, o "planeta vermelho", e outros astros de fácil observação.

45

11 UNIDADE 7 CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTOS SIMPLES DE OBSERVAÇÃO

O objetivo dessa atividade é a construção de instrumentos simples de

observação de alguns fenômenos astronômicos e também demonstrar aos

professores que utilizando materiais de baixo custo podemos construir com os

alunos mobilizando-os para observação e elaboração de conceitos sobre o conteúdo

em estudo.

Os professores receberão uma apostila impressa com as orientações para

construir uma Luneta simples e o Relógio de Sol.

mostrador gnomon

sombra indicando 11 horas da manhã

Figura 16 (adaptada) fonte:

http://mathematikos.psico.ufrgs.br/disciplinas/ufrgs/mat01039031/webfolios/jem/relogiosolar.htm#Relogio

A atividade será realizada de forma coletiva durante o curso. A seguir no pátio

da escola será demonstrada uma aula prática de observação utilizando a luneta e o

relógio de Sol construído durante a atividade prática. A observação terá inicio

seguindo orientação do texto impresso (Relógio de Sol – autor: João Batista Garcia

Canalle).

Segundo Canalle ao dar oportunidade aos alunos de confeccionar o relógio

de sol, podemos além de ensinar muitos conceitos básicos de astronomia, como

movimento aparente do Sol e também podemos explorar conceitos de matemática,

fazendo um ensino interdisciplinar.

A luneta é um experimento didático que desperta a curiosidade de qualquer

pessoa e principalmente dos estudantes, com ela será possível observar as crateras

46

da Lua, principalmente nas fases de Lua crescente e minguante. O planeta Júpiter e

seus quatro maiores satélites, desde que em noites de Lua nova quando o céu

estará mais escuro.

Luneta simples com lentes de óculos de grau em desuso.

Fig. 17- Esquema explodido da luneta. L é um plug branco de esgoto de 50 mm de diâmetro,

A é uma luva simples branca de esgoto de 50 mm de diâmetro, B é uma lente incolor de

óculos de 1 grau positivo com 50 mm de diâmetro, C é um disco de cartolina preta com 50

mm de diâmetro e um furo interno de 20 mm de diâmetro, DE e FG são tubos brancos de

esgoto de 50 mm e 40 mm de diâmetro, respectivamente, H é uma luva simples branca de

esgoto de 40 mm de diâmetro, I I é uma bucha de redução curta, marrom, de 40 X 32 mm e J

é um monóculo (porta-retrato) de fotografia. Fonte: OFICINA DE ASTRONOMIA Prof. Dr. João Batista Garcia Canalle - Colaborador: Rodrigo

Moura, Instituto de Física - UERJ = pág. 30.

De acordo com as Diretrizes Curriculares do Paraná as atividades

experimentais constituem estratégias de ensino que tem por objetivo levar a reflexão

sobre o conteúdo em estudo e os contextos que o envolvem.

É necessário derrubar o mito superar o preconceito de que todos os

experimentos precisam necessariamente ter resultados exatos e os esperados,

quando ocorre o ―dito erro‖, é o momento para o professor interferir, problematizar e

junto com os alunos fazer as análises necessárias para responder os ―por quês‖.

A atividade experimental deve oportunizar a contextualização dos conteúdos

selecionados para a prática, bem como a discussão sobre a história da ciência, da

divulgação científica e das possíveis relações conceituais, interdisciplinares e

contextuais. (DIRETRIZES Curriculares da Educação Básica-Ciências, 2009, p. 72).

47

12 UNIDADE 8

12.1 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – POEMA VIA LÁCTEA - OLAVO BILAC

A atividade de interpretação de texto se constitui numa atividade de leitura

interpretativa do poema de Olavo Bilac ―Via-Láctea‖ fazendo uma inter-relação entre

o conteúdo dos versos do soneto e os conceitos de Astronomia.

O objetivo é realizar uma atividade interdisciplinar de Astronomia, Ciências e

a Língua Portuguesa.

Astronomia, que fascinou os homens na pré-história, os babilônios, egípcios, gregos e continua fascinando também as pessoas de nossa era. Quem já teve a oportunidade de vislumbrar o céu noturno, a olho nu, em um lugar afastado de cidades, com poucas fontes de luz artificial, não esquece facilmente a visão da Via-Láctea, com manchas de diferentes tonalidades: uma imagem que inspirou a criação de diversos personagens em várias mitologias. (GAMA, HENRIQUE, 2010, p.7).

ATIVIDADE

FAÇA UMA INTERPRETAÇÃO DO “POEMA VIA-LÁCTEA” - SONETO X DE Olavo Bilac

CONTEXTUALIZANDO COM OS OBJETIVOS DA ASTRONOMIA NA ESCOLA.

Figura 18 - Via Láctea Fonte: http://blog.paginanova.com.br/up/p/pa/blog.paginanova.com.br/img/via_lactea.jpg.

48

FIGURA Q

FIGURA 19

TRECHO DE VIA-LÁCTEA - SONETO X

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo

Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,

Que, para ouvi-las, muita vez desperto

E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto

A Via-Láctea, como um pálio aberto,

Cintila. E, ao vir do Sol, saudoso e em pranto,

Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!

Que conversas com elas? Que sentido

Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!

Pois só quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelas.”.

Olavo Bilac

49

13 UNIDADE 9

13.1 OBSERVAÇÕES VIRTUAIS DO CÉU NO HEMISFÉRIO SUL: UMA VIAGEM PELO CÉU

11.1 OBJETIVOS

→Conhecer o programa educacional Telescópios na Escola.

→Utilizar telescópios robóticos para a obtenção de imagens dos astros em tempo real.

→Desenvolver o uso do método científico em projetos interdisciplinares, a partir de observações astronômicas.

→integrar as áreas de matemática, computação, história, geografia, antropologia, artes, mitologia.

11.2 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

As atividades acontecem no laboratório de informática da escola,

que pode ter o apoio de um assessor técnico da escola. As observações

podem ser agendadas previamente através do site.

Os telescópios são operados remotamente através de uma

página web, ao observador não necessário ter conhecimento prévio de

Astronomia.

Através do programa são feitas explorações dos astros como:

(estrelas, planetas, asteróides, cometas, galáxias, etc.) As observações

serão com apoio dos membros do projeto; que farão orientações

necessárias para o trabalho.

As atividades pedagógicas previstas têm níveis diferenciados de

complexidade, que podem ser adequados aos vários graus do ensino e

realidades regionais.

COORDENADOR

DO PROGRAMA

Laerte Sodré Jr., Raquel Yumi Shida, Jane Gregorio-Hetem (IAG/USP).

SITE

http://www.telescopiosnaescola.pro.br/

INSTITUIÇÕES MANTENEDORAS

►Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP) ►Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) ►Observatório do Valongo (UFRJ) ►Departamento de Física (UFSC) ►Departamento de Física e Grupo de Astrofísica e Cosmologia (UFRN) ►Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) ►Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) ►Departamento (UEPG)

Quadro 12

50

Ao concluir as observações virtuais os participantes podem iniciar um debate

sobre diversos pontos de maior interesse para os observadores:

Tais como:

►a validade da atividade para a sua prática docente;

►a aplicabilidade das metodologias;

►as expectativas atendidas ou não; Como? Por quê?

► relevância das observações para o processo de ensino aprendizagem;

13.2 ATIVIDADE COMPLEMENTAR: VISITA MONITORADA AO OBSERVATÓRIO E PLANETÁRIO

O objetivo é oportunizar ao professor conhecer outros espaços de

aprendizagem para os quais poderão programar visitas monitoradas para os alunos,

utilizando outras formas de ensinar conceitos científicos.

Em Astronomia a observação é fundamental na elaboração das leis, teorias

e conceitos que fundamentam essa ciência, portanto a utilização de diferentes

estratégias pode atender melhor as diversas formas de aprender de cada indivíduo.

Aristóteles, discípulo de Platão, um empirista achava que sem a observação não se chegava à verdade. A ciência atual é impulsionada pela observação. As asserções devem ser sustentadas por evidências, compartilhadas e comprovadas por outros cientistas.

IMPEY, Chirs. Pág. 29

A observação e um importante recurso metodológico para o ensino de

ciências. De acordo com as diretrizes curriculares do Paraná, a utilização desse

elemento estimula, no estudante, a capacidade de observar fenômenos em seus

detalhes e estabelecer relações mais amplas sobre os mesmo.

Platão defendeu a idéia há tantos séculos atrás e ainda hoje a observação é

um recurso importante da Ciência. Na educação podemos lançar mãos dessa

atividade, pois a observação aproxima o objeto de estudo do aluno, mas temos que

superar a simples constatação e avançar para a elaboração de hipóteses buscando

atingir uma aprendizagem mais significativa.

As visitas monitoradas aos Observatórios Astronômicos e aos Planetários

podem se constituir em importantes espaços para novos aprendizados.

Há necessidade de planejamento como: estar no Projeto Político Pedagógico

e ou Plano de Trabalho Docente; comunicação a direção da escola; autorização de

51

viagem assinada pelos pais, caso os estudantes não sejam emancipados (idade

inferior a 18 anos); agendamento prévio de data com as instituições, transporte e

alimentação; seguro viagem; monitores.

Registrar é importante para a aprendizagem, pois ao elaborar o texto escrito

é necessário sistematizar idéias, explicitar o entendimento do assunto ou conteúdo,

uma sugestão de registro e o portifólio. Para ampliar o trabalho, além dos registros

escritos das observações, podem-se acrescentar fotos, entrevista, depoimentos,

reportagens, desenhos e outros; ou fazer uma filmagem que poderá ser editada e

disponibilizada no site da escola e ou outro meio como os blogs, sugere-se que seja

sob a orientação do docente ou equipe responsável.

52

14 UNIDADE 10

14.1 ENSINO DO SISTEMA SOLAR SOB A PERSPECTIVA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA.

Um dos maiores trabalhos do professor consiste, então, em auxiliar o aluno a

assimilar a estrutura das matérias de ensino e a reorganizar sua própria estrutura

cognitiva, mediante a aquisição de novos significados que podem gerar conceitos e

princípios. (MOREIRA, 2009, p. 47).

Refletindo sobre a importância do papel mediador do professor no ensino

aprendizagem sustentada por uma base teórica a ―A Aprendizagem Significativa‖; o

que se propõe é uma atividade teórica prática sobre o Sistema Solar, a ser realizada

levando-se em conta os conceitos presentes nos textos; “O PROCESSO EDUCATIVO À

LUZ DA TEORIA DE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA‖ e ―OFICINA DE ASTRONOMIA‖.

A leitura de um texto científico se constitui em um excelente recurso

pedagógico, pois propicia um maior aprofundamento de conhecimentos, essa

atividade amplia as possibilidades de outros encaminhamentos metodológicos, bem

como auxilia o leitor na melhor compreensão de novos conceitos.

Cabe ao professor analisar o material a ser trabalhado, levando-se em conta

o grau de dificuldade da abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem

utilizada. (DIRETRIZES Curriculares da Educação Básica – Ciências, 2009, p. 75).

Os trabalhos prosseguem com a escolha de um conteúdo entre as sugestões

apresentadas nas referências (quadro 13). Em seguida elaborar uma atividade

experimental destinada a alunos entre o 6º e 9º ano do ensino fundamental.

È necessário que as atividades proporcionem discussões, interpretações e

estabeleça uma correlação entre o conhecimento prévio e o conhecimento científico

escolar.

53

Quadro 13

Referências para a atividade

A PARTIR DE

UMA LEITURA

REFLEXIVA

DOS TEXTOS:

PLANEJAR UMA

ATIVIDADE

EXPERIMENTAL

COM UM TEMA

DA TABELA

TEXTO:

O Processo educativo à

luz da teoria de

aprendizagem

significativa.

Evelyse dos Santos Lemos

Instituto Oswaldo Cruz, FIOCRUZ,

Brasil

(pág. 41 a 43)

TEXTO:

Oficina

de Astronomia

Prof. Dr. João Batista Garcia Canalle

Colaborador: Rodrigo Moura

Instituto de Física

UERJ

1. As Distâncias dos Planetas ao Sol

2. O movimento dos Planetas ao redor do Sol

3. Gnomon e os Pontos Cardeais

4. O movimento aparente do Sol

5. Gnômon e os Pontos Cardeais

6. Eclipses e as Fases da Lua

54

14.2 ATIVIDADE COMPLEMENTAR: GLOSSÁRIO

Glossário e uma lista alfabética de um determinado domínio de conhecimento

são palavras de uso restrito ao trabalho cientifico ou de pesquisa, apresentam

definições de termos ou vocábulos. Aparecem usualmente no final de uma obra que

contenha termos incomuns da especificidade do conteúdo do trabalho desenvolvido.

O objetivo é apresentar um referencial de definições e conceitos sobre os

vocábulos para subsidiar o leitor facilitando o entendimento do texto.

Na disciplina de ciências muitas vezes se torna necessário o uso do glossário,

tendo em vista o emprego de termos técnico científico inerente a disciplina, são

termos específicos da ciência que não fazem parte do vocabulário popular.

O objetivo de inserir essa atividade no caderno pedagógico foi a de

apresentar uma estratégia a mais que possa subsidiar o trabalho de ciências em

sala de aula.

A organização do glossário pode se tornar uma atividade pedagógica e de

pesquisa com objetivo de contribuir na construção do conhecimento ao ampliar o

vocabulário do estudante melhorando a sua compreensão no entendimento sobre o

tema ou conteúdo.

ORGANIZE UM GLOSSÁRIO ILUSTRADO COM OS TERMOS

RELACIONADOS À ASTRONOMIA.

QUADRO 14

“Se tiveres uma idéia e ela, à primeira vista, não te parecer completamente absurda, então não há salvação para ela”. Albert Einstein

55

REFERÊNCIAS

BILAC, Olavo; Poesias Via – Láctea. São Paulo: Martin Claret, 2002. BRETONES, Paulo Sérgio. A Astronomia na formação continuada de professores: e o papel da racionalidade prática para o tema da observação do céu.

2006. Tese (Doutorado em Física) – UNICAMP, Campinas. CANIATO, Rodolpho. O céu. São Paulo: Ática, 1990. CANTO, Eduardo Leite de. Ciências Naturais: Aprendendo com o cotidiano. 3. ed. São Paulo, Moderna, 2009. v.9 Estudos Avançados versão impressa ISSN 0103-4014 Estud. av. v.20 n.58 São Paulo set./dez. 2006 doi: 10.1590/S0103-40142006000300022 FARES, Érica Akel et al. O Universo das sociedades numa perspectiva relativa: exercícios de etnoastronomia. In: REUNIÃO BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA (SBPC), 53°, 2001, Salvador. Anais... Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2001. HORVATH, J. E.; O ABC da astronomia e da astrofísica. São Paulo: Livraria da

Física, 2008. IMPEY, Chris. O Universo vivo: nossa busca por vida no cosmos. São Paulo: Larousse do Brasil, 2009. LANGHI, Rodolfo; NARDI, Roberto. Educação em astronomia no Brasil: alguns recortes. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO D FÍSICA, 18; 2009, Vitória. Anais... Vitória: UFES, [s.n., 2010?]

LANGHI, Rodolfo; NARDI, Roberto. Ensino de astronomia: erros conceituais mais comuns presentes em livros didáticos. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, v. 24, n.1, p. 87 – 111 abr. 2007. LEMOS, Evelyse dos Santos. SITUANDO A TEORIA DE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA na prática docente, na formação de professores e nas investigações educativas em ciências. Instituto Oswaldo Cruz, FIOCRUZ, Brasil: [s.n.

19--]. MOREIRA, Marco Antonio; MASINI, Elcie F. Salgado. Aprendizagem significativa: A teoria de David Ausubel. 2. ed. São Paulo, Centauro, 2009. MARTINS, André F. Pinto. Ensino de ciências: desafios à formação de professores.

2005. Monografia (Especialização) – UFRN, Natal. PARANÁ. Secretaria da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:

Ciências. [S.l.]. [s.n.]. 2008.

56

PINTO, Simone Pinheiro; FONSECA, Osmar Martins. Formação Continuada de Professores: Estratégias para o ensino de Astronomia nas séries iniciais. Instituto

de Física da Universidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006. PUZO, Deolinda; TREVISAN, Rute Helena; LATARI, Cleiton Joni Benetti. Astronomia: A investigação da ação pedagógica do professor. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA E ENSINO DA FÍSICA, 10, 2004, Londrina. Anais... LONDRINA: UEL, 2004. ROSSIERI, Márcia Aparecida. Caderno Temático: DESVELANDO A ASTRONOMIA

- Uma Proposta Para o Ensino de Ciências, Jacarezinho – PR 2008. SANTANA, Olga; FONSECA, Aníbal; MOZENA, Érika. Ciências Naturais. 9º ano. – 3 ed. - São Paulo: Saraiva 2009.

57

REFERÊNCIAS DE SITES

ALMEIDA, de Guilherme. Alguns conselhos para quem pretende iniciar-se nas observações astronômicas. Disponível em:

<http://www.astronomia2009.org/documentos/Dicas_5.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2010. BLOG. Página nova. Água, A raridade no Universo. Disponível em:

http://blog.paginanova.com.br/up/p/pa/blog.paginanova.com.br/img/via_lactea.jpg>. Acesso em 18 ago. 2010. BLOG. Wordpress. Formação de Estrelas. Disponível em:

<http:// blog10.files.wordpress.com/2009/11/formacao-e>. Acesso em: 29 jul. 2010. Curso. Objetivo. O surgimento do Universo, Disponível em: <http://www.cursoobjetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/surgimento_universo.aspx>. Acesso em: 18 jun. 2010. DUARTE, Paulo A. Movimentos da Terra. Disponível em: <www.cfh.ufsc.br/~pduarte/moviterra.html>. Acesso em: 03 jun. 2010. FOLHA.com. Ciência – Hubble capta imagem de Galáxia. Disponível em:

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/781427-hubble-capta-imagem-de-galaxia-a-320-milhoes-de-anos-luz-da-terra.shtml. Acesso em: 11 ago. 2010. INOVAÇÂO Tecnológica. Uma ALMA começa a tomar forma no deserto, de olho

no Universo. Disponível em: <http://www.inovacaotecnologica.com.br/ noticias/noticia.php?artigo=uma-alma-comeca-tomar-forma-deserto-olho-universo&id=010130100113>. Acesso em 24 jul. 2010 MOTER, José Eduardo. Construção do relógio solar. Disponível em: <http://mathematikos.psico.ufrgs.br/disciplinas/ufrgs/mat01039031/webfolios/jem/relogiosolar.htm#Relogio>. Acesso em: 03 ago.2010. MOURÃO, Ronaldo. Info Escola: navegando e aprendendo. Disponível em: <http://www.ronaldomourao.com/jornal/NewsClip/Default.asp>. Acesso em:1 0 mai. 2010. Museu de Ciência e Tecnologia. Observatório. Disponível em: <http://www.mctlondrina.uel.br/index.php?id=fotos>. Acesso em: 02 ago.2010 NETO, Adolfo Stotz. Construa um relógio de sol. Disponível em:

<http://www.gea.org.br/relogio.html>. Acesso em: 30 jul.2010 OFICINA DE. ASTRONOMIA. Prof. Dr. João Batista Garcia Canalle. Colaborador: Rodrigo Moura. Disponível em: <www.telescopiosnaescola.pro.br/oficina.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2010.

58

OLIVEIRA, Ednilson. Clube de Astronomia: Rede Estelar. Disponível em:

<http://www.peaunesco.com.br/clube/rededeastronomia>. Acesso em: 02 ago.2010 SUA pesquisa. Com. História da astronomia: breve histórico da evolução dos conhecimentos sobre astronomia. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/astronomia/>. Acesso em: 7 abr. 2010. TAVARES, Fernando. Astronomia prática: observando o céu. Disponível em: <http://www.fernando.tavares.nom.br/astronomia/ceus.htm>. Acesso em: 02 mai. 2010. WIKIPÉDIA.Imagem do nascimento de estrelas a 12 bilhões de anos-luz da Terra. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Bang>. Acesso em: 25 jul.

2010. .

59

ANEXOS

ANEXO 1

Espaço UMA ALMA COMEÇA A TOMAR FORMA NO DESERTO, DE OLHO NO UNIVERSO

Com informações da ESO - 13/01/2010 As diversas antenas poderão ser rearranjadas desde configurações super

compactas, todas comprimidas em um espaço de 150 metros, até configurações nas quais as antenas se espalham por uma área de 15 quilômetros quadrados. [Imagem: ESO]

Observatório móvel

Três antenas trabalhando em uníssono abrem um novo ano brilhante para um observatório revolucionário. O Alma (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), um telescópio móvel, é formado por diversas antenas que podem ser rearranjadas desde configurações super compactas, todas comprimidas em um espaço de 150 metros, até configurações nas quais as antenas se espalham por uma área de 15 quilômetros quadrados.

No dia 20 de Novembro de 2009, a terceira antena do Observatório ALMA foi instalada no Local de Operações da Rede, o "sítio alto" do Observatório, no planalto do Chajnantor, a uma altitude de 5.000 metros nos Andes Chilenos - veja como Observatório móvel terá telescópios carregados em caminhão.

Posteriormente, e após uma série de testes técnicos, astrônomos e

engenheiros observaram os primeiros sinais vindos de uma fonte astronômica, com as três antenas, de 12 metros de diâmetro cada uma, ligadas entre si. O trabalho agora consiste na estabilização do funcionamento dos equipamentos e sua operação a toda carga.

Múltiplas antenas "O primeiro sinal utilizando apenas duas antenas, obtido em Outubro, foi

como o primeiro balbuciar de um bebê", diz Leonardo Testi, cientista responsável pelo projeto ALMA. "Observar o funcionamento de uma terceira antena representa o momento em que o bebê diz a sua primeira palavra com

60

significado - ainda não uma frase completa, mas já bastante entusiasmante! A

ligação entre as três antenas é, na realidade, o primeiro passo em direção ao objetivo de conseguirmos imagens precisas e extremamente nítidas nos comprimentos de onda submilimétricos."

O Alma é o maior projeto astronômico existente, um telescópio revolucionário, composto por uma rede 66 antenas móveis, entre 7 e 12 metros de diâmetro, que podem ser rearranjadas conforme a necessidade. [Imagem: ESO]

A ligação bem-sucedida entre as três antenas era um teste chave do sistema

eletrônico e do software, que agora começa a ser instalado no ALMA. O sucesso da operação antecipa as futuras capacidades do observatório e dá aos engenheiros sinais de que a conexão das restantes 63 antenas deverá ser feita sem sustos.

Quando estiver completo, o ALMA terá, pelo menos, 66 antenas de alta tecnologia operando conjuntamente como um "interferômetro" - um único e imenso telescópio, que varrerá o céu na região milimétrica e submilimétrica do espectro eletromagnético.

Interferômetro A combinação dos sinais recebidos pelas antenas individuais é crucial para se

conseguir imagens de qualidade sem precedentes de fontes astronômicas nos comprimentos de onda pretendidos.

A ligação entre as três antenas é um passo crítico para o funcionamento do observatório como um interferômetro, marcando um "encerramento de fase" no projeto.

"O uso de uma rede de três (ou mais) antenas num interferômetro aumenta drasticamente o seu desempenho relativamente ao uso de um simples par de antenas," explica Wolfgang Wild, diretor europeu do projeto ALMA. "Isto permite aos astrônomos o controle sobre vários fenômenos passíveis de degradar a qualidade da imagem, devido ao próprio instrumento ou à turbulência atmosférica. Comparando os sinais recebidos simultaneamente pelas três antenas individuais, estes efeitos indesejáveis podem ser cancelados - o que é completamente impossível quando se usam apenas duas antenas."

61

Fonte extragaláctica Para completar a etapa, os astrônomos observaram a radiação vinda de uma

fonte extragaláctica distante, o quasar B1921-293, bem conhecido pela sua emissão intensa de radiação em grandes comprimentos de onda, incluindo a região milimétrica e submilimétrica. A estabilidade do sinal medido para este corpo celeste mostra que as antenas funcionaram extremamente bem em conjunto.

Várias antenas adicionais serão instaladas no planalto do Chajnantor durante 2010, permitindo que os astrônomos comecem a produzir resultados científicos preliminares com o sistema ALMA por volta de 2011. Depois desta data, o interferômetro continuará a crescer de maneira sistemática até atingir o seu potencial científico completo com, pelo menos, 66 antenas.

O ALMA é o maior projeto astronômico existente, um telescópio revolucionário, composto por uma rede 66 antenas gigantes, entre 7 e 12 metros de diâmetro. O super telescópio é resultado de uma parceria entre a Europa, a América do Norte e o Leste Asiático, em cooperação com a República do Chile.

Suas observações permitirão o estudo das origens e da formação das estrelas, galáxias e planetas, com a observação e identificação de moléculas e poeira interestelar, além de galáxias situadas na borda do Universo observável.

62

ANEXO 2

SITES DE INTERESSE PARA APROFUNDAMENTO NOS ESTUDOS DE ASTRONOMIA

http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/observat.htm

http://www.nasa.gov

http://educar.sc.usp.br/ciencias/

http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/obs

ervat.htm

Endereçado a estudante e professores. Contêm tópicos interessantes sobre os erros da astronomia no Brasil, boletins e eventos astronômicos, cursos e palestras. Links para outras fontes de astronomia.

http://www.iagusp.usp.br Física na

Escola , v. 2, n. 1, 2001 Navegando

na WEB 25

Endereços ligados à astronomia. Visitar o site da NASA, em particular sua galeria de fotos. Outros endereços também são listados

http://www.nasa.gov

O site da NASA (National Aeronautics & Space Administration) apresenta o espaço sideral: tecnologia aeroespacial, exploração desenvolvimento humano do espaço, ciência da Terra e ciência espacial. Há também um link para crianças. Veja a galeria de fotos.

http://www.nasa.gov/gallery/index.

html

Muito bom inclusive à galeria de vídeos e sons.

http://hubblesite.org/newscenter/

Coleção completa de cada nota de imprensa do Telescópio Espacial Hubble, junto com ferramentas e recursos projetados para promover seu conhecimento em Astronomia.

http://www.ronaldomourao.com

Nesta pagina o pesquisador e divulgador da astronomia Prof. Ronaldo Rogério de Freitas Mourão disponibiliza seus artigos, livros e entrevistas sobre astronomia e Astronáutica.

http://www.iagusp.usp.br

Página do Departamento de Astronomia do instituto de Astronomia da USP. Apresentando: histórico do IAG, as atividades de pesquisa, equipe do Departamento de Astronomia, a astronomia no Brasil e no mundo, a Sociedade astronômica Brasileira e o observatório Abrahão de Moraes. OIAG é também um espelho do IUE Newly Extracted Spectra (INES).

63

http://pt.wikipedia.org/wiki/Portal: Astronomia

Esse Portal apresenta informações gerais sobre Astronomia e temas relacionados.

http://chandra.harvard.edu

Observatório Chandra é um observatório de raios X, também operado pela NASA, lançado em 1999. Este observatório foi desenhado para observar as emissões de raios X oriundas das regiões de altas energias do universo, tais como aquelas remanescentes de explosões estrelares. Contém imagens espetaculares obtidas com raios X. Um site que merece ser explorado.

http://www.noao.edu

O NOAO, National Optical Astronomy é um site interessante com pesquisas atualizadas, programas para a educação e materiais para a sala de aula etc. Poderá contribuir com muitas informações para o ensino da Astronomia na escola.

http://setiathome.ssl.berkeley.edu

SETI, Search for Extraterrestrial Intelligence, busca por inteligência extraterrestre. Você pode colaborar com o projeto SETI pegando um descanso de tela que analisa dados de radiotelescópio enquanto você não usa seu computador! (é necessária uma conexão contínua com a internet). A página pode ser aberta em português. O projeto, os planos, e como se pode ajudar estão disponibilizados.

http://www.zenite.nu/

Apresenta: Observações do céu (como observar, planisférios para download e o céu do mês) Telescópio, Fases da Lua, Estações do ano, INPE, Observatório Nacional. O interessante é o link das observações do céu, no qual você digita o nome da cidade e obtêm os dados sobre a latitude, longitude, altitude, mapas do céu, sistema solar, contagem do tempo, meteorologia, campo magnético e declinação magnética local.

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APÊNDICE

AVALIAÇÃO DO MINI-CURSO

As avaliações serão importantes para a conclusão final do trabalho e

produção do artigo científico. Acreditamos que possa subsidiar outras pesquisas na

perspectiva de uma educação com mais qualidade.

Os objetivos da avaliação da implementação do Projeto PDE é realizar um

diagnóstico sobre as condições do ensino de Astronomia nas séries finais do Ensino

Fundamental e buscar subsídios para escrever o artigo final sobre a Inserção da

Temática Astronomia na Formação Continuada de Professores de Ciências: Um

relato de experiência. Esse artigo incluirá os dados a partir da orientação,

contribuições dos cursista do GTR e da implementação.

Na última etapa da formação continuada dos professores será realizada a

avaliação oral seguidas da aplicação de um pós-teste impresso sobre a validade e

contribuições para vida profissional dos professores. O questionário deverá ser

respondido individualmente por todos os participantes e devolvidos ao ministrante do

curso, para ser tabulado e incluído na produção do artigo final.

RESPONDA O PÓS - TESTE

1. Considera que o desenvolvimento pedagógico abordado no mini-curso foi:

Insatisfatório; Satisfatório? Por quê?

.2. Este mini-curso contribuiu de alguma forma para a sua prática escolar? Justifique sua resposta.

3. O que você mudaria depois do que vivenciou?

4. Enumere algumas ações que poderiam contribuir para melhorar as condições de ensino da Astronomia na Educação Básica.

5. É possível desenvolver estratégias significativas para o ensino de Astronomia através de um curso para professores de ciências do Ensino Fundamental? Justifique sua resposta.

6. Que condições são básicas e fundamentais para se ter um ensino de Astronomia de qualidade na escola pública?