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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · (porcentagens, regra de três simples e composta, medidas de comprimento, massa e de capacidade, área e volume, ângulo, retas paralelas,

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

SECRETARIA DO ESTADO E EDUCAÇÃO - SEED

UNIVERSIDADE DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE

MATERIAL DIDÁTICO: CADERNO PEDAGÓGICO

CONSTRUINDO E APRENDENDO ATRAVÉS DA CONSTRUÇÃO

CIVIL.

PROFESSORA-PDE

IVONE FRANCISCO DA SILVA

NOVA SANTA ROSA – ABRIL DE 2010

SumárioIdentificação..................................................................................................................3

Tema de Estudo da Intervenção....................................................................................3

Titulo..............................................................................................................................3

Justificativa....................................................................................................................3

Problematização............................................................................................................4

Objetivos........................................................................................................................6

Fundamentação Teórica................................................................................................7

Estratégias de Ação.....................................................................................................13

Cronograma de Ações do Projeto de Intervenção......................................................14

Atividade 1 – Origem da Geometria – Área e Volume de figuras geométricas..........17

Atividade 2 – Semelhança, Razão , Proporção e Regra de Três...............................21

Atividade 3 – Perímetro, Área e Volume.....................................................................25

Atividade 4.- Escala, Unidade de Medidas, Construção de Planilha..........................34

Atividade 5 - Organizando os dados – Resolução de Problemas ............................37

Atividade 6- Construção da Maquete – Exposição do Projeto .................................40

Referências Bibliográficas geral..................................................................................41

CADERNO PEDAGÓGICO – PDE - 2009

1. IDENTIFICAÇÃO

1.1. Área: Matemática

1.2. Professora: Ivone Francisco da Silva

1.3. Professor Orientador IES: Claiton Petris Massarolo

1.4. Escola de Atuação: Col. Est. Marechal Gaspar Dutra – Nova Santa Rosa

1.5. Núcleo Regional: Toledo

1.6. IES: UNIOESTE – Cascavel

1.7. Público objeto da intervenção: 8ª série – Ensino Fundamental

2. TEMA DE ESTUDO DA INTERVENÇÃO

Geometria – Uma Metodologia para Trabalhar Medidas de Superfícies e de Volume de

Figuras Geométricas no Plano e no Espaço.

3. TÍTULO

Construindo e Aprendendo através da Construção Civil.

4. JUSTIFICATIVA

A geometria desempenha um papel muito importante e de grande valor para o

desenvolvimento intelectual do indivíduo. Dessa forma, é imprescindível que o conteúdo

matemático apresentado aos alunos os coloque à frente da maior variedade possível de

situações que lhes despertem o interesse e contribuam para a compreensão do mundo

que os cerca.

Muitas noções de geometria são aplicadas diariamente: formas geométricas,

ângulos, diagonais, paralelismo, perpendicularidade, linhas retas... Essas noções

contribuem para a compreensão de medidas de perímetro, de área e de volume, pois

cada figura geométrica possui diferentes características e, para desvendá-las, é

necessário um conhecimento desses conteúdos. No entanto, é preciso organizar essas

informações de forma a favorecer a criatividade dos alunos, possibilitando a participação

efetiva de cada conteúdo.

O aluno toma conhecimento dos conteúdos e dos princípios, dando-se ênfase

exatamente para a aplicação desses mesmos conteúdos e princípios.

Sabemos que o que se quer é um ensino significativamente diferente do atual,

com mudanças de estratégias, de valores e de práticas.

Elegemos a geometria como nosso objeto de estudo. Assim daremos ênfase à

matemática concreta, na qual o aluno irá coletar dados, elaborar tabelas, pesquisar,

argumentar e construir seu próprio projeto de casa. Dessa forma ele mesmo poderá

descobrir a necessidade e a importância de saber o conceito de área, de volume, de

medidas de comprimento, de massa e de capacidade, porcentagem, regra de três e

outros. Pois para D’Ambrósio (2005, p. 81):

A capacidade de explicar, de apreender e compreender, de enfrentar, criticamente, situações novas, constituem a aprendizagem por excelência. Apreender não é a simples aquisição de técnicas e habilidades e nem a memorização de algumas explicações e teorias.

Acreditamos, portanto, que o ensinar e o aprender devam estar entrelaçados,

para juntos, darem forma, estilo e alma ao objeto do conhecimento.

5. PROBLEMATIZAÇÃO Em vários países, pedagogos, psicólogos e professores de matemática vêm se

esforçando para que a matemática tenha significado para o aluno, contribua para o seu

desenvolvimento cognitivo e seja também útil para a vida na sociedade atual. Por isso, o

ensino de matemática vem mudando e é fundamental que se compreenda que tais

mudanças fazem parte de um processo mais amplo, que atinge a educação como um

todo e reflete mudanças profundas que afetam toda a sociedade.

Segundo Biembengut e Heien (2005, pag. 9),

A Matemática, alicerce de quase todas as áreas do conhecimento e dotada de uma arquitetura que permite desenvolver os níveis cognitivo e criativo, tem utilização defendida, nos mais diversos graus de escolaridade, como meio para fazer emergir essa habilidade em criar, resolver problemas, modelar.

As novas tendências de práticas de ensino valorizam o ensino da geometria. Ele

é considerado muito importante e os livros didáticos de vários países dão bastante

espaço para esse conteúdo. No Brasil no entanto, ela não é muito valorizada. A maioria

dos livros didáticos traz pouca geometria. Além disso, o capítulo de geometria (assim

como medidas) costuma ficar no final do livro. O resultado é que o ano letivo acaba sem

que o aluno tenha noções básicas desse conteúdo.

O ensino da geometria precisa ser valorizado porque estudos já constataram que

a respectiva aprendizagem colabora com o desenvolvimento cognitivo do ser humano

desde criança. Há indícios de que crianças que trabalham com formas geométricas se

tornam mais organizadas, desenvolvem coordenação motora e visual, melhoram a leitura,

compreendem mais rapidamente gráficos, mapas e outras informações visuais.

Além disso, ela é uma parte essencial do desenvolvimento humano, pois, desde

que os seres humanos começaram a produzir matemática, milhares de anos atrás, duas

coisas estiveram presentes: números e formas geométricas. A aritmética (os números e

as operações) e a geometria (as formas) são os dois ramos básicos da matemática.

Foi a geometria que orientou os povos antigos na divisão de terras de cultivo, na

construção de vários objetos e utensílios, nos desenhos que enfeitavam seus tecidos.

Você já deve ter visto uma foto das pirâmides do Egito, não é? Pois bem, esses

monumentos gigantescos, construídos há milhares de anos, foram fruto do conhecimento

geométrico daquele povo.

Atualmente, a geometria continua presente em nossas vidas na arquitetura, na

organização urbana, nas embalagens de produtos variados, nas mais diversas máquinas

e motores e nos utensílios em geral.

Consideramos que é de fundamental importância que o aluno participe de

atividades variadas em que se usam as figuras geométricas e temos a convicção de que

conteúdos matemáticos trabalhados de acordo com princípios significativos, estarão

contribuindo para a formação do homem “pensante”, entendedor das relações

matemáticas que ocorrem em sua volta, capaz de criar soluções para situações novas e

diferentes que surgem a todo instante. Também entendemos que a matemática,

explorada de forma dinâmica e contextualizada, possibilita sua apropriação para todas as

classes sociais, para que essas possam defender seus interesses. Enfim, entendemos

que a prática pedagógica tem um poder incalculável, e que, na ciência, a noção de

modelo é fundamental, em especial na matemática, onde a modelagem facilita a

aprendizagem. Por essa razão optamos, como metodologia para este projeto, pela

chamada “modelagem matemática”, metodologia através da qual o processo de

aprendizagem certamente alcançará o êxito esperado.

Sabemos que, em qualquer construção civil, estão presentes noções

matemáticas abordando geometria plana e espacial; sistemas de medidas (linear,

superfície; volume; capacidade e massa); porcentagens, regra de três, dentre outros.

Segundo Brousseau (1983, p. 42):

Um dos objetivos essenciais (e no mesmo tempo uma das dificuldades principais) do ensino da Matemática é precisamente que o que se ensine esteja carregado de

significado, tenha sentido para o aluno.

O modelo utilizado em nossa proposta é a construção de uma casa. Em meio às

etapas, procuramos salientar quais conteúdos matemáticos “instrumentalizam” a questão

norteadora, dando algumas sugestões de atividades ou de pesquisas.

Essa proposta surgiu porque percebemos, na nossa prática de sala e na troca de

experiências com os colegas de trabalho, que a geometria sempre acaba ficando para o

final do ano, quando a maioria dos conteúdos já foram trabalhados, e geralmente é

tratada de maneira superficial. Diante desse fato, a observação que se faz é que esse é

um dos grandes erros que cometemos no ensino da matemática em vista das

possibilidades de aprendizagem que a geometria pode proporcionar.

A geometria é um dos conteúdos que fazem parte das Diretrizes Curriculares

Estaduais, tanto no ensino fundamental como do ensino médio. Essas aptidões não

devem ser desenvolvidas apenas no ensino médio, e sim desde o começo da educação

básica. É preciso ter uma sequência de assuntos que prevejam o grau de dificuldades no

que se refere aos conteúdos matemáticos envolvidos, selecionando também os temas a

serem discutidos, tudo de acordo com a época e o interesse de cada turma.

Sentimos a necessidade de encontrar diferentes técnicas metodológicas para

aprender e ensinar esses conteúdos. Acreditamos também que essa técnica pedagógica

possa vir a contribuir para que a escola exerça seu papel de preparar o indivíduo para o

pleno exercício da cidadania, num processo construtivo do conhecimento. Queremos

interagir com nossos colegas, professores da rede, trocando ideias e elaborando material

didático, para que nossos estudantes sejam os maiores beneficiados, transformando,

assim, as aulas de matemática em um ambiente agradável, relacionando o cotidiano

vivido pelo aluno com o conteúdo científico, utilizando as experiências existentes no dia a

dia para motivar e facilitar o ensino e aprendizagem da matemática.

Será que trabalhar com o material concreto, o real, facilitará a aprendizagem?

Será que esse procedimento deixará a matemática mais significativa?

6. OBJETIVOSCom a intervenção desse projeto pretendemos oportunizar aos alunos noções de geometria;

algumas questões elementares para a construção de uma casa, como leitura e a esquematização de

uma planta baixa, escala, resolução de problemas e construção da maquete. Isso facilitará o

aprimoramento e a aprendizagem dos conteúdos necessários na formação deles, a possibilidade de

desenvolver o raciocínio lógico, a compreensão dos conceitos geométricos na matemática. Assim,

para que possa aplicá-los com segurança, nas mais diversas situações, os conceitos serão

desenvolvidos em forma de atividades manipulativas.

6.1. Geral

Introduzir o estudo da geometria a partir da realidade.

6.2. EspecíficosObservar semelhança e diferenças entre área de figuras planas.

Identificar propriedades características dos diferentes tipos de figuras planas.

Resolver situações-problema relacionadas a perímetro, área e volume.

Selecionar, organizar e coletar informações, através de pesquisas em lojas de

material de construção, para interpretá-las e avaliá-las criticamente.

Estabelecer conexões entre os conteúdos matemáticos.

Dominar e compreender a articulação entre os vários conteúdos explorados

(porcentagens, regra de três simples e composta, medidas de comprimento,

massa e de capacidade, área e volume, ângulo, retas paralelas, diagonais,

figuras geométricas no plano e no espaço), e compreender a relação de custo

em reais de uma construção real.

7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICAA geometria foi sendo construída pelo homem juntamente com a noção de

números, ou seja, desde dos tempos mais primitivos.

O estudo da geometria não deve ser minimizado, pois o estudo das diferenças e

das semelhanças entre objetos, o reconhecimento do espaço em que se vive, a

orientação espacial, as noções de perímetro, de área e de volume... não são conteúdos

inerentes apenas à matemática, visto que formam conceitos fundamentais para todas as

áreas do conhecimento.

Sabendo que atividades de caráter geométrico mudam as atitudes matemáticas

dos alunos e que a geometria é um componente importante inclusive no desenvolvimento

da aritmética e da álgebra, certamente devemos concluir que ela não pode ficar relegada

ao final do livro didático, ou mesmo do ano letivo, devendo, isto sim, ser trabalhada ao

longo de todo o ano.

Paulo Freire nos faz refletir sempre sobre a educação, lembrando-nos de que a

aprendizagem é concretizada na prática do ambiente escolar.

Partimos do pressuposto de que quem ensina aprende e quem aprende ensina.

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua produção ou

a sua construção” (FREIRE, 2005, p. 24).

Freire (2005, p. 25) ainda complementa que, quanto mais criticamente se exerça

a capacidade de aprender, tanto mais se constrói e se desenvolve a curiosidade

epistemológica necessária para o conhecimento final do objeto.

Ocorre que conhecimentos e comportamentos se realizam quando são

compartilhados e compatibilizados através de registros oral, escrito ou graficamente.

Nesse processo de registro, a função do educador é intermediar o processo de ensino e

aprendizagem, procurando, através da instigação, motivar o aluno para o objeto de

estudo, para que haja um aprender crítico. Educador e educando devem ser sujeitos da

construção e da reconstrução do saber, para que os registros sejam difundidos e

passados de geração em geração. Nasce, assim a história de grupos, de famílias, de

tribos, de comunidades, de nações.

O cotidiano está impregnado dos saberes e dos fazeres próprios da cultura. A

todo instante, os indivíduos estão comparando, classificando, medindo, explicando,

generalizando, inferindo e, de algum modo, avaliando, usando os instrumentos materiais e

intelectuais que são próprios à sua cultura.

É preciso saber diferenciar o ser condicionado do determinado e perceber que

somos frutos das influências sociais, culturais e históricas, somadas ao que herdamos

geneticamente, e, por isso, precisamos estar conscientes da nossa inserção no mundo

em que vivemos, sendo sujeitos da história, cumprindo a tarefa de transformar o meio em

que vivemos em um processo permanente de busca.

Para D’Ambrósio (2005, p. 29),

É importante notar que a aceitação e incorporação de outras maneiras de analisar e explicar fatos e fenômenos, como é o caso da etnomatemática, se dá sempre em paralelo com outras manifestações da cultura.

D´Ambrósio (2005, p. 19) complementa: “Assim como comportamento e

conhecimento, as maneiras de saber e de fazer estão em permanente interação”.

A educação para esses autores -- Freire e D`Ambrósio -- é uma experiência

especificamente humana e uma forma de intervenção no mundo, ou seja, conciliando o

saber e o fazer, lidando com situações reais no tempo e no espaço, tudo isso através de

um gerador do saber, decisivo para a ação, no fazer, que se avalia, redefine e reconstrói o

conhecimento.

Para que a construção do conhecimento realmente se efetive, é preciso também

que o educador respeite a leitura de mundo com que o educando chega à escola e, a

partir daí, e junto com ele, tentará instigar sua curiosidade, tentará modificá-la por meio do

saber científico, da pesquisa e do constante diálogo entre ambos.

Para Saviani (2003), “[...] existe uma convicção crescente entre os empresários,

de que o que importa de fato, é uma formação geral sólida, a capacidade de manejar

conceitos e o desenvolvimento do pensamento abstrato”. Entende-se, então, que a

universalização da escola básica é uma exigência do século XXI, como sendo o ponto de

partida para a construção de um sistema educacional unificado.

Segundo Freire (apud BRANDÃO, 1981, p. 36):

Fazendo pesquisa educo e estou me educando com os grupos populares. Voltando à área para pôr em prática os resultados da pesquisa, não estou somente educando ou sendo educado: estou pesquisando outra vez. No sentido aqui descrito pesquisar e educar se identificam em um permanente e dinâmico movimento.

Dessa forma, acreditamos que o saber adquirido por cada indivíduo é resultado

de uma educação onde educador e educando estão de mãos dadas para que, fazendo

uso da cultura já existente e construída por um processo histórico, se motivem a

pesquisar para ensinar, aprender, dialogar, construir e reconstruir a sociedade em que

vivem para um mundo melhor.

D’Ambrósio (1996, p. 80 apud GRANDO, 2000, p. 10) deixa bem claro que a

matemática está presente na vida cotidiana de todo ser humano, por vezes de forma

explícita e, por vezes, de forma sutil: “O grande desafio para a educação é pôr em prática

hoje o que vai servir para o amanhã”.

Apesar de permear praticamente todas as áreas do conhecimento, nem sempre é

fácil mostrar ao estudante aplicações interessantes e realistas dos temas tratados ou

motivá-los com problemas contextualizados. O professor, quase sempre, não encontra

ajuda ou apoio para realizar essa tarefa de motivar, instigar o aluno relacionando a

matemática com outras disciplinas. Sendo assim, é de fundamental importância a troca de

experiência para compartilhar as práticas que deram certo, pois, segundo Grando (2000,

p. 11),

É preciso conscientizar os professores de Matemática de que, mais importante que “ensinar Matemática”, é formar cidadãos que sejam capazes de se expressar matematicamente, que saibam criar e manipular conceitos matemáticos segundo suas necessidades atuais, de vida em sociedade.

É preciso relacionar o que foi construído ao longo da história pela humanidade,

rever e reestruturar equívocos, adaptando esses conhecimentos às transformações de um

acelerado processo de modernidade, sabendo interagir com o presente e estar

preparando para o futuro.

Segundo as DCEs (2006, p. 25),

Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas

teorias, mas também para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.

A chamada “educação matemática”, no entanto, não significa apenas a realização

de práticas contextualizadas, que partam do conhecimento do cotidiano do aluno, ou seja,

a partir do senso comum. É preciso conhecer a teoria científica para ir além do senso

comum. Ramos (2004 apud DCEs, 2006, p. 25) destaca que “O papel da teoria científica

é oferecer condições para apropriação dos aspectos que vão além daqueles observados

pela aparência da realidade”.

Sem dúvida, não podemos deixar de reconhecer a riqueza e a relevância dos

esforços e das práticas educativas para além do “ambiente da escola”. A educação

matemática visa uma efetiva intervenção na ação pedagógica.

Também Lopes (1998) assegura que o ensino da matemática deve ser baseado

em processos de investigações e na resolução de problemas, ou seja, uma disciplina que

possa subsidiar o estudante para que ele compreenda e lide bem com sua realidade.

Destaca D’Ambrósio (1993 apud LOPES, 1998), que o grande desafio da

educação matemática é investigar/entender como traduzir essa visão da matemática para

o ensino. Propõe que um ambiente propício à aprendizagem dessa disciplina seja aquele

em que os alunos façam propostas, explorações e investigações de problemas

matemáticos que provenham tanto de situações reais quanto de investigações e de

refutações dentro da própria matemática.

As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2006, p. 26) contemplam os

seguintes conteúdos estruturantes de matemática, que são: números e álgebra,

geometrias, funções e tratamento da informação. O trabalho em sala de aula deve,

porém, ser articulado entre os conteúdos e terá mais significado na medida em que seus

estudos partam das relações que podem ser estabelecidas com contextos históricos,

sociais e culturais e que incluam, nos contextos internos, a própria matemática.

No decorrer desse período de desenvolvimento do nosso PDE buscaremos

aprofundar nossos conhecimentos em geometria e as intervenções metodológicas de

interferência em nosso trabalho para uma mudança na forma de enfatizar esses

conteúdos, de uma maneira significativa para uma possível transformação da sociedade

em que vivemos e um verdadeiro ensinar e aprender matemática, especificamente na 8ª

série do ensino fundamental.

A geometria, dentro da matemática escolar, é uma área particularmente propícia à

realização de atividades de natureza exploratória e investigatória. A partir de uma análise

da história recente do ensino da matemática, mostra-se como, nos anos 1970 e 80, a

generalização da chamada matemática moderna relegou a geometria para um lugar muito

secundário.

Segundo Paulo Abrantes (1996, p. 3),

Numa abordagem formal da Matemática, a geometria tornou-se um “parente pobre” da álgebra linear, as atividades envolvendo construções geométricas foram consideradas matéria de outras disciplinas, como a Educação Visual, a “importância prática” da geometria reduzia-se ao teorema de Pitágoras e a umas quantas fórmulas para o cálculo de áreas e volumes. Nesta abordagem, a intuição e a visualização desempenham um papel menor no processo de ensino e aprendizagem da Matemática.

Para Freudenthal (1973), a geometria é essencialmente “[...] compreender o

espaço [que a criança] deve aprender a conhecer, explorar, conquistar, de modo a poder

aí viver, respirar e mover-se melhor”. Nessa perspectiva, a geometria torna-se um campo

privilegiado de matemática.

A riqueza e a variedade desse conteúdo constituem, de fato, argumentos muito

fortes para a sua valorização no currículo e nas aulas de matemática -- em geometria

encontra-se uma grande variedade de objetos e de situações. Trabalha-se no plano ou no

espaço, com figuras planas ou com poliedros, por exemplo, podendo descobrir e explorar

um grande número de propriedades e conexões.

A geometria é uma fonte de problemas de vários tipos: de visualização e

representação; de construção e lugares geométricos; envolvendo transformações

geométricas; em torno das ideias de forma e de dimensão; implicando conexões com

outros domínios da matemática, como os números, a álgebra, tratamento da informação,

a análise; apelando a processos de “organização local” da matemática, nomeadamente

de classificação e hierarquização a partir de determinadas definições e propriedades.

As atividades investigativas conduzem rapidamente à necessidade de se lidar

com diversos aspectos essenciais da natureza da própria matemática, pois formular e

resolver problemas, fazer conjecturas, testá-las, validá-las ou refutá-las, procurar

generalizações, comunicar descobertas e justificações tornam-se processos naturais. Ao

mesmo tempo surgem oportunidades para se discutir o papel das definições e para se

examinar as consequências de se adotar uma ou outra definição, assim como para se

compreender a natureza e o valor da demonstração em matemática. Além disso, a

geometria oferece numerosas ocasiões para se conhecerem exemplos sugestivos da

história e da evolução da matemática.

De acordo com Ramos (s/d, p. 1),

Sob algumas abordagens, a contextualização na pedagogia é compreendida como a inserção do conhecimento disciplinar em uma realidade plena de vivências,

buscando o enraizamento do conhecimento explícito na dimensão do conhecimento tácito. Tal enraizamento seria possível por meio do aproveitamento e da incorporação de relações vivenciadas e valorizadas nas quais os significados se originam, ou seja, na trama de relações em que a realidade é tecida.

Esta argumentação chama atenção para a importância da práxis no processo

pedagógico, o que contribui para que o conhecimento ganhe significado para o aluno, de

forma que aquilo que lhe parece sem sentido seja problematizado e aprendido.

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais e nas Diretrizes Curriculares do Estado

do Paraná, a geometria é um dos conteúdos estruturantes do currículo de matemática no

ensino fundamental regular e no ensino médio.

Diante desse quadro, ratifica-se a importância de conhecer fundamentos básicos

de matemática para que a população disponha das condições que lhe permitam o

desenvolvimento do pensamento abstrato e da sistematização do conhecimento.

Segundo Ramos (s/d, p. 2),

O processo de ensino-aprendizagem contextualizado é um importante meio de estimular a curiosidade e fortalecer a confiança do aluno. Por outro lado, sua importância está condicionada à possibilidade de [...] ter consciência sobre seus modelos de explicação e compreensão da realidade, reconhecê-los como equivocados ou limitados a determinados contextos, enfrentar o questionamento, colocá-los em cheque num processo de desconstrução de conceitos e reconstrução/apropriação de outros.

É, portanto, necessário rever a prática docente para que o trabalho

interdisciplinar não se limite a conteúdos disciplinares. O professor deve ser um

incentivador no processo de ensino e aprendizagem, promovendo atividades que

permitam ao estudante agir, estimulando o pensamento crítico e a criatividade. Também é

de suma importância que o professor seja um instigador das questões a serem

analisadas, pois é no ensino fundamental que os valores sociais são formados.

Acreditamos ser a resolução de problemas o princípio norteador da aprendizagem

matemática, da mesma forma será nosso guia no desenvolvimento dos trabalhos com a

geometria.

Para Krulik (1997, p. 2): “Resolver problemas é da própria natureza humana”.

Podemos caracterizar o homem como o “animal que resolve problemas”, pois seus dias

são preenchidos com aspirações não alcançáveis. Isso também se confirma em Pozo

(1998 apud LOPES, 1998, p. 33), que “[...] considera que trabalhar problema em

Matemática significa colocar em ação certas capacidades de inferência e de raciocínio

geral”.

Dessa forma, devemos trabalhar os conceitos de geometria vinculados a uma

problemática ou que estejam inseridos em um contexto social em que o aluno vive ou que

seja de seu conhecimento.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃOO estudo da geometria contribui para o relacionamento com o mundo da

natureza, dos objetos e mecanismos, da arquitetura, das artes e até com o mundo da

imaginação.

Para melhor organizar as atividades de geometria, devemos ter em conta os

diversos contextos em que esse conhecimento pode ser explorado, considerando os tipos

de espaço em que o aluno transita.

Desde a pré-história os homens observaram a regularidade de certas formas

geométricas no mundo a seu redor e aprenderam a utilizar essa regularidade em

benefício próprio.

Houve um tempo em que se acreditava que, para aprender os conceitos

geométricos, o aluno precisava prestar muita atenção às definições explicadas pelos

professores e decorar cada formulação. Felizmente os estudos modernos trouxeram

ideias importantes para entender a maneira pela qual o aluno aprende. E isso mudou o

ensino de geometria.

Diante de todo esse conhecimento geométrico que cada um de nós tem, vamos

iniciar explorando as situações da vida real, que podem contribuir muito e facilitar a

aprendizagem. O aluno não vai aprender melhor se desprezarmos as coisas que ele já

sabe e já faz, portanto é importante promover situações que levem o aluno a expressar

seus conhecimentos adquiridos e ajudar a organizá-los, ampliá-los, refiná-los e avançar

para novos conceitos, mais complexos.

Como produto social, o aluno tem, dentre outras, a necessidade de se relacionar

com o espaço, formas, quantidades, que possam ser fonte de problematização, de

representação e de sistematização das apreensões por ele feitas para a construção do

conhecimento.

A implementação de nosso projeto na escola será realizada no 2º semestre de

2010 no Colégio de lotação, ou seja, Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra –Ensino

Fundamental e Médio, com um grupo de alunos da 8ª série.

Além do trabalho com nossos alunos, também queremos apresentar à Direção,

Equipe Pedagógica e todo o corpo docente da escola a nossa proposta de trabalho do

PDE.

Nosso objetivo com a intervenção na escola é oportunizar aos nossos alunos

aulas de matemática mais agradáveis, dinâmicas e significativas, visando facilitar o

aprimoramento e a aprendizagem dos conteúdos necessários na formação de cada um de

nossos estudantes.

Nosso projeto será desenvolvido no período de junho a dezembro de 2010.

O trabalho será feito em grupo e, para que o efeito aprendizagem seja melhor e

que haja compreensão do processo, os alunos primeiramente pesquisarão a origem da

geometria, sua importância no nosso cotidiano e, ao mesmo tempo, relembrarão os

cálculos de áreas de algumas figuras geométricas que serão necessárias. Para isso irão

até o laboratório de informática e acessarão o site onde se encontram várias explicações

e curiosidades (<http://www.proativa.vdl.ufc.br/ oa/construtora/construtora.html>) sobre a

construção civil e, se desejarem, poderão consultar outras fontes referentes ao assunto.

Após conhecer um pouco da história da geometria, cada grupo elaborará a planta

baixa da casa da maneira que desejar. Nesse esboço da planta baixa, o grupo utilizará a

escala adequada em cm, fará o cálculo do perímetro, da área e do volume referente a

cada cômodo, depois da casa toda; farão a transformação dessas medidas em metros (no

real). Organizarão uma lista de materiais de construção na qual constará tudo o que

acham necessário para iniciar e finalizar o projeto da casa própria. Dando sequência,

entrevistarão um mestre de obras e pedreiros, buscando saber quais são as quantidades

de materiais utilizados por metro quadrado e conferir se a lista está completa. Na

sequência poderão calcular as quantidades aproximadas de todo o material utilizado para

construir a casa que esboçaram, inclusive com a pintura e é nesse momento que

precisarão utilizar medidas de volume.

Para se tornar mais emocionante e significativo o processo, pesquisarão, em lojas

de materiais de construção, o preço dos referidos materiais, fazendo um orçamento da

quantidade de materiais utilizados, o valor deles em reais, procurando economizar, ou

comprando onde é mais barato, dando ênfase à cotação de preços. Farão o mesmo com

pedreiros, pesquisarão para obter o custo menor da mão de obra, comparando preço à

vista e a prazo, observando o percentual de acréscimo e analisando o que é viável no

momento.

Assim, para promover uma aprendizagem sólida, nada melhor que manipular

materiais concretos que estimulem a imaginação, a fantasia. A conclusão para toda essa

pesquisa será a construção de uma maquete, visualizando a representação da planta

baixa no espaço, e, para valorizar, finalizar com uma exposição de cada trabalho no pátio

da escola, demonstrando o orçamento de todo o material utilizado e da mão de obra se

cada um dos projetos como fosse real.

Pretende-se, ainda, deixar tudo registrado em um caderno pedagógico, o qual

estará disponível na biblioteca da escola. Esse material constará de modelos de algumas

atividades que eles terão que desenvolver no decorrer do projeto, e também os anexos

das atividades desenvolvidas pelos grupos depois de concluída toda a pesquisa.

CRONOGRAMA DE AÇÕES DO PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA.

Período: Maio de 2009 a maio de 2011.ATIVIDADES

MESES 2009 MESES 2010 MESES 2011

M J J A S O N D F M A M J J A S O N D F M A MIntenção dePesquisa

X

Resumo doProjeto

X

EstudosTeóricospara oprojeto

X X X X X X X

RevisãoBibliográfica

X X X X X X X

Estruturacão doProjeto

X X X X X X

Apresenta

ção do

projeto

para dire

ção e

equipe

pedagógi

ca, corpo

docente e

discente

da escola.

X

Pesquisa

sobre a

X

origem da

geometria

Construçã

o da plan

ta baixa,Cálculo

do períme

metro e

área da

planta.

X

pesquisa

com

mestre de

obras.

X

Pesquisa

de mate

riais utili

zados na

construçã

o toda,

X

Pesquisa

de preços

e compra

dos mate

riais

X

Construçã

o da

maquete;

X

exposição

das

maquetes

X

Apresen

tação

geral do

projeto a

comunida

de

X

Grupo de X X X X

Trabalhoem RedeProduçãodidática pedagógi

ca

X X X X

Produçãodo ArtigoCientífico

X X X X X X

Avaliaçãodo Projetode inter venção

X

8. ENCAMINHAMENTO DAS ATIVIDADES.

Atividade 1.

Justificativa

O estudo de temas geométricos possibilita uma visão de aspectos históricos

interessantes; como sabemos, a Geometria é um dos ramos mais antigos da Matemática,

que se desenvolveu em função de necessidades humanas. Conhecer um pouco da

história da geometria favorece as primeiras explorações de modo sistemático.

Consideramos importante para iniciar, complementar e ampliar o trabalho, a

realização de uma pesquisa sobre a Origem da Geometria, permitindo uma ação mais

reflexiva frente as questões que lhes serão colocadas. E também que relembre os

cálculos de áreas de algumas figuras planas, para resolução de situações- problema no

decorrer da pesquisa.

Conteúdo

- Origem da Geometria ,

- Área e volume de figuras geométricas.

Objetivo Geral

- Ampliar o conhecimento sobre a Geometria e sua História.

- Levar o aluno a perceber o quanto a Geometria está presente na sua

realidade.

Objetivo Específico- Compreender o desenvolvimento e a evolução da geometria ao longo da história.

- Resolver situações-problema relacionadas a perímetro, área e volume de figuras

geométricas.

- Unidades de medida.

Estratégia de Ação

– Laboratório de informática

Levar os alunos ao laboratório de informática e pedir a eles que acessem o síte

http://www.proativa.vdl.ufc.br/oa/construtora/construtora.html. Esse site ajudará na

compreensão de éreas de algumas figuras geométricas e também sobre a origem da

geometria.

Desenvolvimento da atividade.O1 - Pesquisar no laboratório de informática; o sítio http://www.proativa.vdl.ufc.br/

oa/construtora/construtora.html. Será mostrada a tela abaixo onde o aluno deverá

informar o seu nome.

Professor, o aplicativo coloca uma situação onde deverão ser feitos cálculos para determinar a quantidade de piso para revestir a sala, o quarto e a cozinha de uma casa. Para isto ele deverá clicar com o mouse no ambiente sala, para escolher o tamanho do piso.

Peça aos seus alunos que cliquem com o mouse no espaço “O que é área?”. Neste espaço eles aprenderam o conceito de área e como calcular área de figuras planas. Oriente-os para que observem e registrem: • o conceito de área de figuras planas; • as unidades de medidas de área; • a adequação destas unidades de medidas de áreas ao objeto que se pretende medir, • as fórmulas para cálculo de área das figuras apresentadas (quadrado, retângulo, triângulo, losango e trapézio).

Após esta navegação, peça aos seus alunos que clique na opção “Voltar para planta baixa” e em seguida selecione o ambiente “sala”. Nele eles deverão escolher um tipo de piso que irá revestir a sala, o quarto e a cozinha. Existem cinco tipos de medidas para as dimensões da sala, cada vez que esta opção for selecionada, serão modificadas as dimensões da sala e dos tipos de piso. Professor, peça aos seus alunos que: • Façam e registrem o calculo valor da área da sala; • Façam e registrem o calculo valor da área de cada tipo de piso; • Observem e comparem as unidades de medidas da sala e de cada tipo de

piso; • Provoque um rápido debate perguntando a eles: “Como faremos para calcular a quantidade de piso na sala?”. Peça a eles que registrem todas as idéias que

surgirem.

Depois eles selecionaram um tipo de piso e fizeram os devidos cálculos, agora deverão informar a quantidade de peças do piso serão necessárias para revestir a sala. Após informar, clique com o mouse em “Confirmar”.

O aplicativo informará se o valor da quantidade informada esta correto. Peça a eles que

cliquem com o mouse em e repita o procedimento para os cálculos do quarto e da cozinha.Depois de todo esse aprendizado, clicar em curiosidades, lá se encontra um pouco da história da Geometria, fechando assim a primeira parte da pesquisa.

Além deste site, podem utilizar outros sites ou mesmo livros que contenham o

assunto pesquisado.

02 – De acordo com as pesquisas realizadas, responda:

a) Qual o significado da palavra geometria?

b) Onde surgiram os primeiros conceitos e definições?

c) Qual é a importância da geometria em nossa vida?

d) quais foram os principais estudiosos?

AvaliaçãoA avaliação será feita de acordo com a veracidade dos dados obtidos e o

empenho dos alunos na busca do conhecimento sobre o conteúdo proposto.

Resultados EsperadosCom esta pesquisa espera-se que os alunos compreendam melhor a geometria e

saibam contextualizá-la.

Referências Bibliográficas http://www.proativa.vdl.ufc.br/oa/construtora/construtora.html.

Atividade 2

Justificativa Dentre os vários conteúdos do currículo de matemática do ensino fundamental,

selecionamos para efeito desse estudo, as grandezas direta e inversamente

proporcionais. Contudo, para que o aluno adquira uma boa compreensão desses

conceitos é necessário que o mesmo tenha conhecimento sobre os conceitos de razão,

proporção, semelhança.

Quando falamos em Razão e Proporção, não é apenas como um conteúdo

matemático em si, mas principalmente como um “formador” de estruturas cognitivas para

a compreensão de outros importantes conceitos matemáticos tanto nas questões

numéricas, como naquelas envolvendo medidas e geometria, daí assumindo o tema,

inclusive, o papel de integralizador desses ramos da Matemática.

Conteúdo

- Semelhança , Razão, Proporção e Regra de Três.

Objetivo Geral

- Reduzir e construir noções de medida, pelo estudo de diferentes grandezas, a

partir de sua utilização no contexto social.

Objetivos específicos

- Interpretar o conceito de razão e saber escrevê-la.

- Representar e calcular razões especiais: escala de redução e ampliação;

medidas de desenhos em escalas; a escala de um desenho; e construir em escalas.

-Aplicar a propriedade fundamental para calcular o termo desconhecido de uma

proporção na resolução de um problema.

- Aplicar os conhecimentos para resolver situações-problema que envolvem duas

ou mais grandezas variáveis dependentes, direta ou inversamente proporcionais.

Estratégias de ação

O conceito de razão, proporção, semelhança e regra de três está presente em

todas as ciências e faz parte do dia a dia de qualquer pessoa, seja no trabalho, seja em

casa. Para os pedreiros o uso desses conteúdos é parte de suas ferramentas de trabalho.

Partiremos primeiramente para a investigação: o significado do que é desenhar

em escala?

O que significa semelhança? Razão? O que é Proporção? e Regra de Três?.

Em seguida deixamos as respostas surgirem, e para complementarmos o assunto

eles pesquisarão cada conceito no laboratório de informática, buscando sanar as dúvidas

e compreender cada conceito.

Desenvolvimento das atividades

Sala de aula!Antes de levar os alunos ao laboratório de informática exibir o vídeo:

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?

select_action=&co_obra=20850 .

Em seguida questionar para averiguar a compreensão do assunto, por exemplo:

- Quais os conceitos matemáticos que aparecem no vídeo?

- Utilizamos esses conceitos no dia a dia? Onde ?

Depois da troca de idéias, vamos até o laboratório de informática.

Laboratório de informática!

No laboratório de informática , solicite que abram:

A semelhança através de ampliações e reduções de figuras

disponível em http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=9534.esse link faz um resumo sobre semelhança entre figuras através de ampliações e reduções. nele encontraremos dois personagens que mostram o que é necessário para que se tenham figuras semelhantes.

Dar inicio a atividade clicando na seta amarela e avançar de acordo com as informações que serão dadas pelos personagens.Ainda no laboratório de informática acessar outro recurso:

A matemática das plantas de casa e mapas nele vamos encontrar duas atividades diferentes onde irão ser apresentados ao conceito de escala.

Na primeira página aparecem dois personagens: a arquiteta e o pai, se clicarmos sobre a arquiteta ela apresenta a planta da casa para Luca (terceiro personagem), contando como a fez; em seguida aparecem as questões propostas pela arquiteta onde terão que ser respondidas para prosseguir. Em alguns casos deverão usar uma régua virtual para medir a planta.Se clicar sobre o pai, encontram o mapa da cidade na praça, e Luca questiona o tamanho, então o pai o convida para ir à biblioteca, para isso deverão selecionar a biblioteca, lá eles encontram alguns mapas em diferentes escalas, para seguir, os alunos deverão responder algumas questões e até medir com a régua virtual.Como o intuito nosso, é a construção civil sugiro neste instante trabalhar com a arquiteta.Sala de aula!Para fixar ainda mais, sugerimos um outro vídeo, com duração aproximada de 11 minutos, nele podemos perceber a diferença de proporção direta e inversa.

Proporção direta e inversa [Matemática na vida]

Acesse o link: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=18397

02 – Para validar os conceitos vamos aplicá-los nas seguintes atividades:

a) Desenhem em seu caderno quadriculado dois retângulos com as seguintes

medidas:

Retângulo 1: base 3 cm, altura 6cm.

Retângulo 2: base 4 cm, altura 8cm.

Existe semelhança entre eles? Justifique:

b) – fazer um relatório sobre a importância desses conteúdos no dia a dia.

c) - Redija um texto explicando a ligação entre o conteúdo de semelhança, razão e

proporção e a construção de plantas de imóveis.

Avaliação

A avaliação será sobre a participação nas atividades, as contribuições dadas, se

respondeu corretamente as questões propostas pelo site. Se a construção da planta

baixa foi feita corretamente usando os conceitos como devem ser usados. A capacidade

de associar a teoria à prática.

Resultado Esperado

Espera-se que a contextualização dos conteúdos fique bem claro, e que consigam

utilizar o que aprenderam no desenvolvimento do projeto.

Referências Bibliográficas

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_actio

n=&co_obra=20850 .

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=9534.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=18397

Atividade 3.

Justificativa

A utilização de conhecimentos geométricos para leitura, compreensão e ação

sobre a realidade tem longa tradição na história da humanidade. É inegável a importância

de saber caracterizar as diferentes formas geométricas e espaciais, presentes na

natureza ou imaginadas, através de seus elementos e propriedades, bem como de poder

representá-las por meio de desenho geométrico. O cálculo de perímetros, área e volume

de figuras geométricas corresponde a uma parte importante na geometria, principalmente

por ser útil na descrição, representação e previsão quando modela um problema real.

Conteúdo

- Perímetro, Área e Volume.

Objetivo Geral

- Calculando o perímetro, a área e o volume de algumas figuras geométricas.

Objetivo específico

-Identificar e Trabalhar com as Unidades de Medidas de comprimento e de

capacidade.

- Reconhecer os Múltiplos e Submúltiplos do metro, e do litro.

- Trabalhar com a transformação de Unidades de Medidas;

- Determinar por meio de fórmulas a área e volume de figuras geométricas.

Estratégias de Ação

Após conhecer um pouco da Origem da Geometria, ter noções de áreas de

algumas figuras geométricas, noções de semelhanças, proporção, os mesmos estarão

aptos a iniciarem o trabalho, primeiramente farão uma visita em uma construção, onde

entrevistarão o mestre de obras, nesta entrevista poderão rever os conteúdos na prática.

Para que a visita seja um sucesso é necessário elaborar as questões de maneira clara e

objetiva, para isso já os grupos definidos devem se reunir e formular a entrevista.

Não esquecendo de que toda construção é um lugar perigoso. Portanto, antes de

fazer a visita vale ressaltar as medidas de segurança, tomando cuidado com pregos em

tábuas, tijolos que podem cair, instalações elétricas,...etc, pois não queremos que ocorra

nenhum acidente.

Retomando o nosso trabalho em sala de aula, vamos relembrar as fórmulas de

áreas das figuras geométricas mais utilizadas no nosso dia-a-dia e as medidas de

volume.

Desenvolvimento das Atividades

01- Questões essências na entrevista: ( Orientações propostas pelo professor).

a) Como calculamos o perímetro e a área total da construção?

b) E para calcularmos a o perímetro e a área de cada cômodo, o que devemos

saber e fazer?

c) Para pintarmos a casa precisamos saber quanto de tinta vamos utilizar, como

fazer para que não haja sobra e nem falte tinta?

d) Se utilizarmos cerâmica para cobrir o piso, qual a quantidade de cerâmica, que

devemos comprar?

e) Quantos tijolos aproximadamente,se utiliza por m²? e quantos sacos de cimento

por m²?

f) Qual é o valor da mão de obra por m²?

g) O preço da mão de obra é cobrado pela medida externa ou de toda a área total

dos cômodos?

h) Quantos m² é construído por dia?

E assim os grupos elaboram suas questões de acordo com sua curiosidade. (Não

esquecer de olhar antes da entrevista se essas questões são pertinentes ao assunto).

Depois da entrevista, com as anotações feitas, é hora de reforçar a aprendizagem,

para que a compreensão se fixe melhor.

Laboratório de informática!

02- Acessar o link: http://www.somatematica.com.br/areas.php, nesse link,

encontraremos as fórmulas de áreas de algumas figuras geométricas que estarão assim

dispostas:

Área das figuras planas

RetânguloQuadrado

Triângulo Paralelogramo

Trapézio Losango

Triângulo equilátero

Continuando no mesmo site “somatematica” encontraremos outros links importantes para relembrar nossos conhecimentos e aprimorar a aprendizagem, temos: http://www.somatematica.com.br/fundam/medsup.php , onde esta toda a explicação de medidas de superfície.

Medidas de superfície

Introdução

As medidas de superfície fazem parte de nosso dia a dia e respondem a nossas

perguntas mais corriqueiras do cotidiano:

Qual a área desta sala?

Qual a área desse apartamento?

Quantos metros quadrados de azulejos são necessários para revestir essa

piscina?

Qual a área dessa quadra de futebol de salão?

Qual a área pintada dessa parede?

Superfície e área

Superfície é uma grandeza com duas dimensões, enquanto área é a medida

dessa grandeza, portanto, um número.

Metro Quadrado

A unidade fundamental de superfície chama-se metro quadrado.

O metro quadrado (m2) é a medida correspondente à superfície de um quadrado

com 1 metro de lado.

Múltiplos

Unidade Fundamental

Submúltiplos

quil

ômetros

quadrado

Hec

tômetro

quadrado

de

câmetro

quadrado

metro

quadrado

de

címetro

quadrado

ce

ntímetro

quadrado

mi

límetro

quadrado

km2

m2

d

am2 m2

dm2

cm2

mm2

1.00

0.000 m2

10.0

00m2

10

0m21m2

0,

01m2

0,0

001m2

0,

000001

m2

O dam2, o hm2 e km2 são utilizados para medir grandes superfícies, enquanto o

dm2, o cm2 e o mm2 são utilizados para pequenas superfícies.

Exemplos:

1) Leia a seguinte medida: 12,56m2

km2

hm2

dam2

m2

dm2

cm2

m

m2

1

2,

56

Lê-se “12 metros quadrados e 56 decímetros quadrados”. Cada coluna dessa

tabela corresponde a uma unidade de área.

2) Leia a seguinte medida: 178,3 m2

km2

hm2

dam2

m2

dm2

cm2

m

m2

1

7

8,

30

Lê-se “178 metros quadrados e 30 decímetros quadrados”

3) Leia a seguinte medida: 0,917 dam2

km2

hm2

dam2

m2

dm2

c

m2

mm2

0,

9

1

70

Lê-se 9.170 decímetros quadrados.

Transformação de unidades

No sistema métrico decimal, devemos lembrar que, na transformação de unidades

de superfície, cada unidade de superfície é 100 vezes maior que a unidade imediatamente inferior:

Observe as seguintes transformações:

transformar 2,36 m2 em mm2.

Km2

hm2

dam2

m2

dm2

cm2

m

m2

Para transformar m2 em mm2 (três posições à direita) devemos multiplicar por

1.000.000 (100x100x100).

2,36 x 1.000.000 = 2.360.000 mm2

transformar 580,2 dam2 em km2.

k

m2

hm2

dam2

m2

dm2

cm2

m

m2

Para transformar dam2 em km2 (duas posições à esquerda) devemos dividir por

10.000 (100x100).

580,2 : 10.000 = 0,05802 km2

Como vamos precisar utilizar as medidas de volume, também faremos uma

retrospectiva sobre o assunto, abrindo o link:

http://www.somatematica.com.br/fundam/medvol.php

Medidas de volume

Introdução

Frequentemente nos deparamos com problemas que envolvem o uso de três

dimensões: comprimento, largura e altura. De posse de tais medidas tridimensionais,

poderemos calcular medidas de metros cúbicos e volume.

Metro cúbico

A unidade fundamental de volume chama-se metro cúbico. O metro cúbico (m3) é

medida correspondente ao espaço ocupado por um cubo com 1 m de aresta.

Múltiplos e submúltiplos do metro cúbico

Múltiplos

Unidade Fundamental

Submúltiplos

quilôm

etro cúbico

h

ectômetr

o cúbico

d

ecâmetr

o cúbico

metr

o cúbico

d

ecímetro

cúbico

ce

ntímetro

cúbico

milí

metro

cúbico

km3

hm3

dam3

m3

dm3

cm3

m

m3

1.000. 1. 1 1m3 0 0, 0,0

000.000m3 000.000

m3 .000m3 ,001m3 000001m3

00000001

m3

Transformação de unidades

Na transformação de unidades de volume, no sistema métrico decimal, devemos

lembrar que cada unidade de volume é 1.000 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.

Observe a seguinte transformação:

transformar 2,45 m3 para dm3.

km3

hm3

dam3

m3

dm3

cm3

mm3

Para transformar m3 em dm3 (uma posição à direita) devemos multiplicar por

1.000.

2,45 x 1.000 = 2.450 dm3

E por ultimo o link: http://www.somatematica.com.br/fundam/medcap.php

Medidas de capacidade

A quantidade de líquido é igual ao volume interno de um recipiente, afinal

quando enchemos este recipiente, o líquido assume a forma do mesmo. Capacidade é o

volume interno de um recipiente.

A unidade fundamental de capacidade chama-se litro.

Litro é a capacidade de um cubo que tem 1dm de aresta.

1l = 1dm3

Múltiplos e submúltiplos do litro

Múltiplos Unidade

Fundamental Submúltiplos

q

uilolitro

he

ctolitro

d

ecalitro litro

d

ecilitro

c

entilitro

m

ililitro

kl hl d

al l

d

l cl

m

l 1

000l

10

0l

1

0l 1l

0

,1l

0,

01l

0

,001l Cada unidade é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.

Relações1l = 1dm3

1ml = 1cm3

1kl = 1m3

Leitura das medidas de capacidade

Exemplo: leia a seguinte medida: 2,478 dal

kl hl dal l dl cl ml 2, 4 7 8 Lê-se "2 decalitros e 478 centilitros".

Transformação de unidades Na transformação de unidades de capacidade, no sistema métrico decimal,

devemos lembrar que cada unidade de capacidade é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.

Observe a seguinte transformação:

transformar 3,19 l para ml.

kl hl dal l dl cl ml Para transformar l para ml (três posições à direita) devemos multiplicar por

1.000 (10x10x10).

3,19 x 1.000 = 3.190 ml

Agora é hora de praticar o que aprendeu:

(Caso o haja necessidade pode-se relacionar alguns exercícios para serem feitos

a transformação de medidas).

Avaliação

A avaliação será realizada no transcorrer dos questionamentos apresentados,

primeiramente observando a formação de conceitos pelos alunos, analisando seus

questionamentos e intervenções, procurando, por meio do diálogo, perceber se houve

assimilação dos conteúdos propostos.

Resultado Esperado

O objetivo ao finalizar essa atividade é que o aluno tenha clareza e saiba utilizar e

aplicar os conceitos explorados em situações-problema que aparecem no dia a dia.

Referências Bibliográficas

http://www.somatematica.com.br/areas.php

http://www.somatematica.com.br/fundam/medvol.php

http://www.somatematica.com.br/fundam/medcap.php

Atividade 4.

Justificativa

Entende-se que a matemática e realidade precisam estar interligadas

principalmente em sala de aula, para que se possa articular a escola com a realidade das

questões sociais e acima de tudo fornecer subsídios para o educando, para que ele possa

atuar como um ser crítico, independente e saiba utilizar na prática os conhecimentos

adquiridos na escola. É muito importante ao utilizar a modelagem, a aplicação e a contextualização dos

conteúdos, onde estes são aplicados em situações reais, propiciando um maior

interesse, ultrapassando o processo mecânico e repetitivo bem como uma

maior integração da escola com a comunidade.

Conteúdo

Escala, Unidades de medidas , Construção de planilha, Proporção, Perímetro e

Área

Objetivo Geral

A partir dessa sequência de aprendizagem os alunos poderão adquirir maior

familiaridade com uso de escala, utilizar os conceito de medidas , a construção planilha,

bem como aplicar os seus conhecimentos sobre proporções.

Objetivo Específico

- Utilizar escala de redução; medidas de desenhos em escalas; a escala de um

desenho; construir desenhos em escalas.

- Operações fundamentais (adição, subtração, divisão e multiplicação)

- Unidades de medida

- Cálculo de perímetro, de área.

Estratégia de Ação.

Feita toda a revisão dos conteúdos abordados, chegou a hora de executar o

projeto, ou seja, o desenho da planta baixa. Portanto, Cada grupo irá elaborar o seu

projeto de comum acordo, não esquecendo de definir corretamente a escala usada, para

que depois os cálculos possam ser feitos aproximadamente com a realidade.

Além de todos os conceitos que foram revistos, são necessários conhecimentos

sobre ângulos, retas paralelas e perpendiculares, figuras poligonais, etc., todos aliados ao

conhecimento de escala.

Com o desenho pronto, iniciaremos os cálculos de perímetro e de área..

Sempre procurando orientar os grupos, tirando dúvidas, procurando sistematizar

o conhecimento da geometria em termos científicos. Procurar deixar todos os cálculos

registrados, cada cômodo deve constar o perímetro, a área do piso e a área a ser pintada,

deixando os registros em cm e em metros, relacionando sempre o desenho com o real.

Com os cálculos finalizados , organizar uma lista constando os materiais que

serão necessários para a construção, desde tijolos até pincel, e a melhor maneira de

demonstrar essa lista é através de uma Planilha que deve constar o Custo da unidade de

cada material, e o custo da quantidade necessária de cada um.

Novamente o grupo se reúnem e fazem os cálculos dos referentes materiais, e

mais uma vez precisamos visitar o mestre de obras e averiguar se a lista esta completa e

se a quantidade de cada material corresponde com a planta baixa elaborada.

Desenvolvimento das Atividades

01 – Agora cada grupo fará o esboço da planta baixa de uma casa, esse esboço é

feito de comum acordo com a equipe, pois, os mesmos irão trabalhar todo o projeto de

acordo com a planta baixa esboçada. Como o exemplo ilustrado abaixo:

02 – Calcular o perímetro e a área do chão e das paredes de cada cômodo, e da

parte externa, ( em cm e transformar em metros).

03 – Conteúdo revisado , agora é fazer a lista de todo o material de construção

que acharem necessário para a construção da casa elaborada. Ex: piso, argamassa,

telha, pregos, tijolos, cimento,....Então mãos a obra, não esqueçam todo o material, desde

o pincel até a cobertura, e ao mesmo tempo calcular o quanto é necessário de cada

material para o seu projeto se concretizar . (Use uma planilha para facilitar e organizar o

trabalho do grupo) Ex:

Material Preço $,

por unidade

Quantidade

necessária

Total em

$, Preço a

prazo

Total $,

preço a

vista

Loja

pesquisada

cimento

tijolos

03 - Conferir com o mestre de obras a lista que organizaram de material. (Para

isso precisam ter em mãos todas as medidas necessárias, para fazer um orçamento de

quantidades de material necessário, para o seu projeto de planta baixa se tornar uma

casa).

04 - Calcular o tempo estimado da obra, em quanto tempo a construção estará

pronta, quais os dias da semana, quantas horas e quantos homens estarão trabalhando.

No caso de adiantar o prazo de entrega da obra, qual o procedimento a ser feito?

Justifique.

Avaliação

Em cada momento da sequência apresentada a avaliação é diagnosticada através

do envolvimento e dos conhecimentos construídos pelos alunos ao longo do processo.

A organização da construção das planta baixa, os cálculos envolvendo as situações-

problema que surgem, dados estes que oportunizam avaliar as habilidades a todo

momento, e sempre orientando outros encaminhamentos e aprofundamentos.

Resultados esperados

A expectativa é que no final toda a contextualização dos conteúdos possa ajudar

como instrumento de aprendizagem, facilitando o desenvolvimento de todo o processo da

construção da planta baixa.

Atividade 5

JustificativaAs pesquisas no campo da Didática da Matemática, iniciadas nas décadas de

1970 e 1980, sobretudo na França, estão mudando o ensino da disciplina. Graças às

descobertas teóricas de especialistas como Gérard Vergnaud e Guy Brousseau, hoje é

possível ensinar de forma que os alunos vejam sentido na aprendizagem matemática e

possam reutilizar os conhecimentos adquiridos a cada novo problema proposto. Nessa

perspectiva, são priorizadas estratégias nas quais os alunos confrontam seu raciocínio

com o dos colegas nas discussões em grupo, justificam suas escolhas e registram suas

próprias hipóteses, buscando resolver situações-problema com mais autonomia.

Situações de compra e venda são extremamente comuns no dia-a-dia dos

estudante. É de extrema necessidade a compreensão das transações e dos cálculos de

juros e/ou descontos para que a sociedade tenha consumidores conscientes.

Conteúdo- Organizando os dados.

- Resolução de Problemas

Objetivo Geral- Observar a aplicação dos dados estatísticos no mundo em que vivemos,

reconhecendo assim, a importância da estatística.

Objetivos Específicos

- Coletar e interpretar dados estatísticos apresentados por meio de aplicações dos

conceitos de números decimais, abordando os Sistemas de Medidas de comprimento e

capacidade.

- Dominar e compreender a articulação entre os vários conteúdos

explorados (porcentagens, regra de três simples e composta, medidas de

comprimento, massa e de capacidade, área e volume, ângulo, retas paralelas,

diagonais, figuras geométricas no plano e no espaço), e compreender a relação de

custo em reais de uma construção real.

Estratégias de açãoA pesquisa de campo neste momento é muito importante. Os alunos precisam

fazer coleta de dados sobre os valores dos materiais utilizados na construção, para

poderem fazer o orçamento da casa, neste momento eles já devem saber a quantidade

de material utilizado para cada metro quadrado, pois o mestre de obras repassou a eles a

quantia necessária de tijolos, cimento, areia, pedra..., a equipe fará os cálculos de quanto

utilizará de cada item em seu projeto, e irá fazer a pesquisa nas lojas de material de

construção.

A proposta é que os grupos, façam levantamento de preços dos determinados

materiais em duas ou três lojas de materiais de construção. Orientá-los a registrar o maior

número de dados possíveis: preço à vista, número de parcelas sem juros, valor das

prestações e taxas de juros praticadas, ofertas etc. Com essas informações em mãos,

passar ao exame comparativo das condições oferecidas, da qualidade do material

ofertado. Chamar a atenção, se possível, para os preços disfarçados de determinadas

promoções. Por exemplo, quando a loja oferece brindes, se compensa o custo deles

cobrando juros maiores ou vendendo a prazo sem aumentar as taxas, mas partindo de

preço à vista mais alto. Propor ainda que identifiquem e classifiquem os materiais

conforme a unidade de medida utilizada: metros, gramas, kg, litros, etc.

Sugerir aos grupos a utilização de uma calculadora como apoio, para facilitar e

agilizar as resoluções das atividades a seguir, pois, nesse momento serão feitas várias

operações, muitos dados e números grandes, logo, com a utilização da calculadora

poderão resolver uma quantidade bem maior de problemas em menor espaço de tempo.

Depois que chegarem a uma conclusão onde é melhor fazer suas compras e a calcular a

quantidade necessária de cada item e os gastos conforme essa quantidade , sugerir que

essas informações sejam colocada em uma tabela para que possam visualizar melhor o

trabalho, separando o produto a ser comprado, o valor por unidade e o valor total

utilizado, e para finalizar verificar a melhor forma de pagamento.

Desenvolvimento da Atividade

01- Organizar uma tabela no Word ou uma planilha no Excel para visualizar o

orçamento. Não esqueça de anotar todos os itens necessários, desde uma porta a um

pincel, todos estipulando o valor da unidade e da quantidade necessária para a

construção de seu projeto. Agora é só sair e pesquisar, pois, fazer um levantamento de

preços muitas vezes ajuda a economizar os gastos.

02 - Com o levantamento pronto, o grupo fará uma análise de todas as propostas

e deverá chegar em um consenso para ver onde as compras são acessíveis e com

material de qualidade. Feito isso reorganizar a tabela, identificando o nome da loja, e o

orçamento completo.

Avaliação

O grupo será avaliado coletivamente, portanto a união dos componentes será

fundamental, para o bom andamento da atividade e da avaliação.

Serão analisados os seguintes ítens:

O raciocínio e o detalhamento dos cálculos.

Organização

Coerência nos orçamentos

Veracidade das informações

Resultados Esperados

No final da pesquisa, esperamos que os alunos percebam que a informática é

muito útil na aprendizagem e que existem vários caminhos para qualquer disciplina, é só

ter interesse e pesquisar. Desejo também que após a conclusão da atividade, os alunos

sejam capazes de fazer cálculo de área de figuras planas, fazer pesquisa de campo,

preparar orçamento, resolver porcentagem, regra de três simples e composta .

Atividade 6

Justificativa

A representação do espaço por meio de maquetes é uma forma de interpretação

da realidade e se dá pela prática . É a relação do indivíduo com a realidade, isto é, a vida

cotidiana. A maquete é a representação de um instrumento, de um projeto adequado para

o aprendizado de matemática no contexto social. O trabalho com maquete tem como

principal objetivo o de encontrar na prática alguns conceitos fundamentais da matemática

e sua aplicação no uso cotidiano.

Conteúdo

- Reproduzir com maquete o esboço da planta baixa de uma casa. Um meio dos

alunos aplicarem os conceitos matemáticos utilizando a modelagem.

Objetivo Geral - Reconhecer, formular e interpretar características de figuras geométricas para

comunicar suas posições em uma construção.

Objetivos Específicos

- Observar semelhança e diferenças entre área de figuras planas;

-Identificar propriedades características dos diferentes tipos de figuras

planas;

- Resolver situações-problema relacionadas a perímetro, área e volume.

- Estabelecer conexões entre os conteúdos matemáticos .

Estratégias de AçãoPrimeiramente fazer uma lista do material utilizado para a construção da

maquete, ou seja, isopor, palito de picolé, espeto de churrasco, cola, cola de isopor,

tesoura, silicone, papelão. Cada grupo decidirá qual material usará, e construirá

sua maquete.

A maquete terá que ter as mesmas medidas da planta baixa elaborada no

inicio do projeto, lembrando que pode ser ampliada ou reduzida desde que se utilize a

escala na mesma proporção do esboço. Após a construção da mesma, organizar um

painel constando o esboço da planta baixa, os registros referentes a pesquisa, como : A

Origem da Geometria ( resumo), a tabela demonstrando os materiais utilizados e os

valores em reais gastos na construção ( real), incluindo a mão de obra.

Desenvolvimento da Atividade 01 - Construção da maquete;

02 - Elaboração do painel com todos os dados referentes a pesquisa;

03 - Exposição do projeto para a comunidade escolar.

AvaliaçãoO desempenho do grupo será avaliado através dos seguintes fatores:

- criatividade;

- Cumprimento das tarefas;

- Desenvolvimento do conteúdo;

- Apresentação do trabalho.

Resultados Esperados

Espero com a finalização desse projeto que o aluno realmente tenha

compreendido a importância da matemática na nossa vida e que a contextualização dos

conteúdos faça a diferença na aprendizagem, que a geometria tenha seu devido valor,

também que cada um perceba que é capaz e criativo basta tentar.

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