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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · Surgem os primeiros sinais da dança erudita. Com o Renascimento nos séculos XV e XVI, a arte encontra-se em terreno fértil, para crescer e

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

EDUCACIONAL

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

SUSANA BEATRIZ LOURENCI

FRANCISCO BELTRÃO – PR

2010

2

UNIOESTE – Universidade do Oeste do Paraná

Faculdade de Educação Física – Campus de Mal. Cândido Rondon

SUSANA BEATRIZ LOURENCI

UNIDADE DIDÁTICA

DANÇA E GÊNERO: REFLEXÕES NA EDUCAÇÃO FÍSICA

ESCOLAR

Produção Didática Pedagógica - Unidade Didática - apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste - Campus de Marechal Cândido Rondon-PR. Orientação: Professor Mestre José Porfírio de Souza.

FRANCISCO BELTRÃO – PR

2010

3

SUMÁRIO

Ficha de identificação.....................................................................................................04

Apresentação..................................................................................................................07

UNIDADE 1...........................................................................................................................10

• Diagnóstico da Realidade..........................................................................................10

• Conceituando dança...................................................................................................11

UNIDADE 2...........................................................................................................................14

• Percepção corporal com diferentes ritmos.....................................................................14

UNIDADE 3

• Conceituando Gênero.........................................................................................................18

UNIDADE 4

• Dançando e improvisando..................................................................................................21

UNIDADE 5

• Construindo espaços de dança através das diferenças....................................................23

RECURSOS/ MATERIAIS DIDÁTICOS................................................................................25

AVALIAÇÃO DA UNIDADE...................................................................................................26

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO........................................................................................28

4

Secretaria de Estado da Educação – SEED Superintendência da Educação - SUED

Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – D PPE Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICOPEDAGÓGI CA

DO PROFESSOR PDE – 2008

1. NOME DA PROFESSORA PDE: SUSANAN BEATRIZ LOURENCI 2. DISCIPLINA/ÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA 3. IES: UNIOESTE – CAMPUS MARECHAM CÂNDIDO RONDON 4. ORIENTADOR: PROFº MESTRE JOSÉ PORFÍRIO DE SOUZA 5. CO-ORIENTADOR (A) (SE HOUVER): 6. CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO (EXCETO PROFE SSOR PDE TITULADO):

As possibilidades de escolher a temática dança, com foco na reflexão sobre

gênero, é um desafio. As dificuldades estabelecidas em relações a este conteúdo são

eminentes, pois na sua maioria as práticas corporais são manifestadas na

esportivização, sendo que as discussões sobre gênero estão muito distantes de toda a

escola. Refletir o conteúdo dança, no conjunto do conteúdo articulador gênero é

resultante estabelecida no conjunto das leituras, reflexões, análises e compromisso da

Educação e em especial da Educação Física, com a perspectiva de amenizar as

diferenças estabelecidas no ambiente escolar.

7. TÍTULO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: Dança e Gênero: Reflexões na Educação Física Escolar

5

8. JUSTIFICATIVA DA PRODUÇÃO:

Estar na escola pública pressupõe um entendimento entre o real e o possível,

entre o ensinar e o aprender, entre o dedutivo e o indutivo, entre o coletivo e o

particular, entre os iguais e os diferentes, entre homens e mulheres. Neste contexto,

educar constitui uma ação consciente dos aspectos pedagógicos e políticos, que

envolvem o processo de conhecimento.

Escolher a temática dança, com foco na reflexão sobre gênero, é instigador. É

no cotidiano, dos anos de trabalho que observamos as dificuldades estabelecidas em

relações a este conteúdo.

Na escola é muito forte o que compete a meninos e a meninas, ela determina o

que cada um pode e não pode fazer. Determina o que compete a mulher (voleibol,

dança, ginástica...) e aos homens (handebol, basquete, futebol...). Esses estereótipos

ainda e visto nos ambientes escolares, bem como, mulher deve ter gestos afeminados,

suaves e ao homem gestos de “macho”, forte, seguro... Ainda os vemos como sexo e

não como pessoas, que podem e tem o direito de optar pelos seus desejos,

necessidades e escolhas, A escola é um espaço de conhecimentos, relações e

correlações com os outros seres e com o conteúdo estabelecido nas diferentes áreas

da aprendizagem. A esses é dada a oportunidade da reflexão-ação-reflexão sobre o

que se está ensinando e aprendendo. É necessário estabelecer singularidades entre o

que se ensina e o cotidiano da vida, ou seja, nada do que aconteceu ou aconteça seja

algo isolado, desvinculado do fator histórico. Faz-se necessário colocar, também a

escola como sustentadora de um pensamento segregado entre homens e mulheres.

Na escola, na sala de aula é que as diferenças se evidenciam. È necessário

neste espaço de conhecimento perceber que há diferentes sujeitos e diferentes formas

de compreende-los. Que somos sujeitos históricos, construídos e compreendidos nas

relações sociais.

9. OBJETIVO GERAL DA PRODUÇÃO:

Refletir os conceitos referentes à dança e gênero, oportunizando a

desconstrução de preconceitos e discriminação na sociedade e na escola, através da

dança.

6

10. TIPO DE PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: ( ) FOLHAS ( ) OAC ( X ) OUTROS (DESCREVER): Unidade Didática.

Para a elaboração desta Unidade Didática, utilizou-se o conteúdo estruturante

Dança, no processo articulador do conteúdo Gênero.

11. PÚBLICO-ALVO:

Alunos de 5ª série do Colégio Estadual TANCREDO Neves-Ensino Fundamental e Médio

Francisco Beltrão, abril de 2010.

___________________________________________________ Susana Beatriz Lourenci - Professora PDE

7

APRESENTAÇÃO

A dança é o modo de agir e existir das pessoas. Ela expressa sua

sensualidade, sensibilidade, seus significados, expressões, ritmos, intervindo de forma

a refletir os papéis produzidos pela sociedade em relação às pessoas que dançam.

Segundo Bambirra (1993), a dança nasceu com a própria humanidade, através

da união da música ao gesto. A princípio os primitivos imitavam os movimentos dos

animais, mas após a descoberta do som, do ritmo e do movimento o homem passou a

dançar.

É na história da Educação Física que mostra que ela sempre foi discriminatória,

mantendo os papeis sexuais distintos e determinados. Esse pensamento ainda é muito

presente no ambiente escolar e fora dele.

Quando se fala, pensa ou mesmo se ensina dança na escola, milhares de

imagens começam a povoar nossas mentes. O ensino da dança e das demais artes da

tradição oral é feito por meio da observação e reprodução do observado.

A dança é uma manifestação instintiva do ser humano. A dança exige um único

instrumento para realizar: o Corpo.

Para GARAUDY (1980, p.14) “a dança é vivenciar e exprimir com o máximo de

intensidade a relação do homem com a natureza, com a sociedade, com o futuro e com

seus deuses”.

A dança não requer material específico ou lugar especial (e ás vezes prescinde

até de música, estritamente falando), para dançar, só é preciso o corpo e um ritmo (que

pode ser exprimido pelos próprios dançarinos).

A dança é um dos instrumentos de busca da sensibilidade, do conhecimento do

corpo, da descoberta de movimentos naturais e criativos.

Existe uma problemática envolvendo a Dança e as questões de Gênero nas

aulas de Educação Física Escolar. Dançar é algo já culturalmente especificado as

mulheres e que, compete ao homem o ato de jogar. Ficando assim na maioria das

vezes a esportivação, conteúdo da disciplina.

8

Neste contexto superar prática esportivista é antes de tudo apresentar os

conteúdos que, elaborado pelos homens, caracterizam a história desta disciplina

curricular. Negar a dança nas aulas de Educação Física é negar a constituição desta.

Neste sentido, a proposta deste trabalho foi idealizada com o objetivo de minimizar esta

problemática em que a bola é dada para os homens, assim como a dança é para as

mulheres.

É importante orientar os alunos sobre a importância de todos os conteúdos

para a aprendizagem dos seres humanos. Que nenhum é mais ou menos importante. E

que escola é espaço de aprendizagem e que cada ser humano é um ser único e deve

ser respeitado pelas suas escolhas sexuais e que dançar é muito mais que definição

sexual: é antes de tudo corpo, expressão, arte, desenvoltura, ritmo, equilíbrio,

desenvolvimento, criatividade, diante dos seres humanos, homens e mulheres que

dançam para se descobrirem e descobrirem com os outros, outros seus valores.

Susana B. Lourenci

Professora PDE/2009-2011

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DANÇA E GÊNERO: REFLEXÕES NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLA R

Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=7&letter=D&min=90&orderby=titleA&show=10 Acesso em : 13/04/2010

“A dança é vivenciar e exprimir com o máximo de

intensidade a relação do homem com a natureza, com a

sociedade, com o futuro e com seus deuses”. (GARAUDY, 1980)

10

UNIDADE 01

DIAGNÓSTICO DA REALIDADE OBJETIVO: Verificar através de um questionário diagnóstico, a compreensão dos

alunos em relação ao conteúdo dança, na perspectiva do gênero nas aulas de

Educação Física de 1ª á 4ª séries.

Atividade 1:

Diagnóstico da Realidade:

Verificar, analisar, entender a compreensão do aluno em relação ao conteúdo a

ser trabalhado é o primeiro passo no processo de ensino e aprendizagem. O aluno

possui conceitos elaborados na relação com o cotidiano e também com a escola. Neste

sentido partir da sua realidade é o fundamento metodológico para efetivar a ação

referente ao conteúdo.

Com o diagnóstico o professor (a) poderá dinamizar melhor a relação com o

conteúdo, observando os desafios que irá enfrentar e qual a melhor ação pedagógica

para ensinar a compreensão deste.

1. Primeiramente o diagnóstico é respondido individualmente;

2. Em duplas fazer comparações sobre o que é comum entre as respostas (na

oralidade);

3. Em grupos os alunos registram o que é comum a todos.

4. Após responderem individualmente, fazerem comparações em duplas e em

grupos, o professor (a) registra no quadro as respostas que foram comuns

(Momento de reflexão sobre as respostas)

Diagnóstico da Realidade

1 - Você costuma dançar?____________ Onde?_____________

2- Você realizou atividades de dança nas aulas de Educação Física de 1ª á 4ª série?

( ) Sim ( ) Não

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CONHECENDO UM POUCO MAIS PROFESSOR...

História da dança

Considerado a mais antiga das artes, a dança é também a única que dispensa materiais e objetos específicos.

Há dois milhões de anos, antes mesmo de cultivar a terra no período conhecido como Pedra Lascada ou Paleolítica, o homem já dançava. Estima-se que nesta época surgiram os primeiros grupos humanos.

No período Neolítico, também conhecido como Pedra Polida, o homem passou a cultivar a terra e viver em grupos cada vez mais organizados. São desta época os primeiros registros de uma classe sacerdotal, que passaria a supervisionar os rituais, entre eles, a dança.

Na Grécia Antiga, a dança aparece na vida social, religiosa, em teatros, jogos, escolas e festas. Nas danças religiosas gregas, cada Deus tem o seu próprio rito. Na Grécia

3- Na escola em que momento você utilizou a dança?

( ) Nas aulas de Educação Física,

( ) Nas festas da escola,

( ) Na festa junina da escola,

( ) Nos festivais que a escola realizou,

( ) Nunca estive em contato com a dança na escola.

5- Você sabia que a dança é conteúdo da Educação Física?

( ) Sim ( ) Não.

6- Quais foram às atividades que você mais realizou nas aulas de Educação Física

de 1ª á 4ª série?

___________________________________________________________________

7- Você acha que homens e mulheres podem realizar as mesmas atividades nas

aulas de Educação Física?

( ) Sim ( ) Não ( ) Algumas atividades podem

8- Se você fosse convidado para participar de um grupo de dança...

( ) Aceitaria,

( ) Não aceitaria.

12

Clássica, a dança aparece nos jogos, principalmente nas olimpíadas. Na Idade Média, a Igreja Católica proibiu a dança profana, praticada de forma

tribal. Apesar das perseguições impostas pelo Clero, muitas pessoas dançavam em festas e recreações, havendo assim uma popularização de danças não-religiosas.

No final do Feudalismo, as classes mais ricas, procurando se diferenciar, criaram uma dança valorizando a estética e a métrica. Surgem os primeiros sinais da dança erudita. Com o Renascimento nos séculos XV e XVI, a arte encontra-se em terreno fértil, para crescer e se multiplicar. Aparecem os primeiros profissionais que se dedicam a estudar as expressões corporais, onde se implanta a graça e a precisão que um bailarino deveria ter. A dança através do ballet se caracterizou pelos seus efeitos visuais e acrobáticos, cada vez mais aperfeiçoados, gestos leves, procurando passar ao povo esta suavidade, pois era época de crise econômica.

Sendo no XIX que os homens bailarinos torna-se bibelôs do palco, elevando as bailarinas as quais tornavam-se as estrelas. A dança se transforma neste século (XIX), numa arte decorativa e sem emoção, sentimento. Os homens ao fazerem esforços para que seus gestos fossem graciosos e leves, parecido com o da bailarina acreditamos que foram submetidos a estereotipar movimentos das mesmas.

Outro conceito de dança surge, como arte puramente visual, de belas e geométricas formas. A sociedade era patriarcal, com uma burguesia conservadora, sendo assim é possível relacionar o preconceito ao homem bailarino, assim a dança torna-se sua própria morte.Com efeito, muitos bailarinos acabaram com suas vidas sem mesmo conseguir transbordar a mensagem que em seu coração expressava a dança para aquele ser humano.(GARAUDY, 1980).

No século XX, uma nova linguagem é estabelecida, principalmente depois da 2ª Guerra Mundial, os bailarinos resgatam uma nova maneira de expor seus sentimentos, sua época e a si mesmos, a mudança de um século para outro não poderia permanecer: frio, sem significado. Surge neste momento a dança moderna que afirmado por Garaudy (1980, p.43):

A dança moderna seguiu um caminho semelhante. Começou, também, por negações: a revolta contra o academicismo e os artifícios do balé clássico. Também procurou uma nova relação da arte com a vida real, tomando consciência de que a vocação não era a de um naturalismo preocupado somente em copiar, que a reduziria á mímica.

E posteriormente o balé moderno, jazz, enfim outras danças que tem grande afirmação com a realidade presente. A dança encontra a esperança, a vida coletiva, como de fato foi uma vez.

A dança moderna contribui para dar o homem sua identidade, sobretudo devolver o sentimento do corpo, como fonte de sua dependência e de sua potência, começando assim a reconquista das dimensões perdidas.(GARAUDY, 1980).

Neste século artistas bailarinas e bailarinos como Isadora Ducan, Martha Grahan, Rudolf von Laban, Doris Humphrey, entre outros estabeleceram com a dança moderna uma relação de encontro consigo e com o coletivo, seja nas expressões individualizadas, nas coletivas, na subjetividade do movimento. Muitos buscaram inspiração nos fenômenos naturais, outros nas relações cotidianas e também de fatos passados que não podia ser expresso, que agora lhes era permitido, ”gritar” as angústias, as revoltas, a luta do homem para alcançar a grandeza da ação, outros dançar os elementos encontrados na vida. OBS: Para saber mais acesses esses sites : http://www.passosecompassos.com.br/matedanca/historiadanca.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Dan%C3%A7a

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CONCEITUANDO DANÇA OBJETIVO: Oportunizar através de diferentes imagens, a reflexão sobre o conceito

dança, priorizando a discussão e o debate, com vistas a despertar a sensibilidade do

educando.

Atividade 2:

Visualizando imagens:

(Esta é uma dinâmica para observar a sensibilidade dos alunos diante das

imagens)

O professor (a), fixa quatro cartazes na parede da sala de aulas, onde cada um

tem a figura de pessoas dançando: dança em pares, dança só com mulheres, dança só

com homens, dança na escola.

Os alunos de posse de uma caneta deverão observar as figuras e escrever no

cartaz o que a figura representa para eles.

Após todos terem observado e escrito no cartaz o professor(a) retoma as

palavras, realizando a leitura da mesma e refletindo se as palavras realmente

expressam a figura.

Atividade 3:

(Esta dinâmica observa quais sentimentos mais se ef etivam nos alunos em relação à figura observada)

O Professor (a) distribui uma folha: de um lado uma figura (de pessoas dançando) e do outro lado da folha divide em duas partes para escreverem palavras que representem a figura de forma positiva e negativa.

Positivo

Negativo

14

Atividade 4:

(Esta dinâmica visa construir um conceito individua lmente ou coletivamente

sobre dança)

Com o uso da TV Pendrive, o professor (a) oportuniza a visualização de quatro

diferentes imagens:

A cada imagem o professor (a) pede que os alunos (as) construam frases ou

pequenos textos, individualmente ou em duplas e expressem verbalmente (cada um a

sua vez) sobre as imagens visualizadas.

O professor (a) escreve no quadro as frases/textos, elaborados pelos alunos.

Após a visualização de todas as imagens, o professor(a) desafia a turma a elaborarem

um conceito coletivamente sobre o conteúdo visualizado.

Atividade 5:

(Esta dinâmica visa construir um novo conceito cole tivamente)

O professor (a) divide a sala em pequenos grupos (máximo quatro-4) e distribui

revistas de diferentes encartes e solicitar ao grupo que recortem e colem figuras que

representem dança e escrevam um novo conceito sobre a mesma.

Após a realização dos cartazes o professor (a) juntamente com a equipe, fixa

os mesmos pela escola, para que todos tenham acesso a compreensão dos alunos.

Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=7&letter=D&min=90&orderby=titleA&show=10 Acesso em : 22/04/2010

15

UNIDADE 02

PERCEPÇÃO CORPORAL COM DIFERENTES RITMOS OBJETIVO: Possibilitar através de atividades rítmicas corporais, a compreensão do

ritmo próprio de cada aluno, de forma a superar dificuldades de vergonha, preconceito e

desenvoltura.

Atividade 6:

( Nesta dinâmica o professor (a) utilizará músicas c om batidas bem marcantes de

tambores, cuícas, afoxés...)

Todos dispostos em círculo, o professor (a) pede que os mesmos fechem os

olhos para sentir a batida da música. Após sentirem o ritmo o professor (a) inicia a

imitação (os alunos repetem o gesto) do ritmo com:

• batidas de palmas,

• pés,

• estalos dos dedos,

• batidas sobre o peito,

• sobre as coxas,

• no abdômen

• nas costas do colega do lado direito,

• do lado esquerdo,

Ampliando os movimentos:

• Bater uma vez palmas e uma vez pés,

• Duas palmas e uma batida no peito,

• Três batidas na coxa e uma na costa do colega do lado direito, depois

esquerdo,

• Unir todos os gestos...

#Todas essas atividade os alunos permanecem em círculo sem deslocamento.

16

Atividade 7:

(Nesta dinâmica o professor (a) utilizará músicas co m batidas bem marcantes de

tambores, cuícas, afoxés...).

Fonte : static.blogstorage.hi-pi.com/photos/madani.arteblog.com.br...

Acesso: 14/04/2010

Nesta atividade o professor (a) pede aos alunos que dêem as mãos:

• Inicia a atividade deslocando o pé direito para dentro e fora do círculo,

• Repete a atividade com o pé esquerdo,

• Ampliando o movimento o professor (a) incentiva o deslocamento do grupo, com o

movimento do pé direito,

• Repete o mesmo movimento com o pé esquerdo

Ampliando o movimento:

• Deslocando com três (3), quatro (4) movimentos para um lado e outro...

• De braços dados, executando o mesmo gesto...

• Mãos nas cinturas dos colegas, executando o gesto.

Neste momento é importante o professor (a) permiti r que os alunos

expressem verbalmente suas dificuldades e superaçõe s.

Atividade 8:

(Esta dinâmica é a adaptação do “coelho sai da toca ”)

O professor utiliza uma técnica para separar os participantes em grupos de três (3)

elementos (podendo ser 1,2,3 ou nome de frutas, cores...) - evitando assim que fiquem

somente meninos ou meninas. (Nesta atividade é importante que o professor (a)

17

utilize os mais variados ritmos, pois em sincronismo s os alunos encontram seu

ritmo e respeitam o do outro).

Nesta atividade dois alunos ficam de mãos dadas, frente á frente (como se fosse

um carro) e o outro (a) fica no meio. Um aluno fica sem equipe para procurar seu lugar.

O professor (a) organiza a atividade com ritmos diferentes. O trio deve deslocar-

se, juntamente ao som da música. Quando esta é desligada o aluno (a) que está no

centro deve procurar outra dupla. A atividade deve facilitar que todos sejam carros e

que todos estejam ao centro.

Atividade 9:

(Adaptação da atividade recreativa “siga o mestre”).

Os alunos livremente pelo espaço, devem seguir os movimentos produzidos

pelo professor (a) com diferentes estilos musicais.

1. Música calma (relax): o professor (a) executa movimento com braços

sem e com deslocamento.

2. Música de afro: o professor (a) executa movimento “batendo no ritmo”

em diferentes partes do corpo (tronco, pernas, quadril, braços, rosto..)

sem e com deslocamento.

3. Música de rock: o professor (a) executa movimentos próprios desta

dança, sem e com deslocamento - nesta atividade já pode explorar

movimentos 2 á 2 de mãos dadas .

4. Música de jazz: o professor executa movimentos próprios desta dança,

sem e com deslocamento.

5. Música de tango: o professor executa movimentos próprios desta dança,

sem e com deslocamento - nesta atividade já pode explorar movimentos

2 á 2 de mãos dadas.

6. Música de samba: o professor (a) executa movimentos próprios desta

dança, com ou sem deslocamento.

OBS: Esta é uma atividade em que o professor (a) ut iliza elementos básicos das danças

citadas, sem necessariamente se preocupar com a exe cução correta das mesmas. O

importante é a execução de movimentos para desinibi r, descobrir diferentes ritmos e

principalmente executar movimentos em duplas.

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UNIDADE 03

CONCEITUANDO GÊNERO OBJETIVO: Oportunizar através de diferentes imagens, vídeos e dinâmicas de grupos,

a reflexão sobre o conceito de gênero, priorizando a discussão e o debate, despertando

a sensibilidade do educando, em relação aos estereótipos destinados aos homens e

mulheres.

Assistir um recorte do filme “BILL ALIOTE”

Apos assistir o filme, o professor (a) reflete e discute com os educandos as

seguintes questões:

OBS: Esse é um espaço em que os alunos devem exprim ir suas opiniões, o

professor (a) não interfere nas suas observações, c olocações.

a) O que mais chamou sua atenção no filme?

b) Você já conheceu ou conhece uma história parecida com o filme?

c) O que você acha da decisão do menino em dançar?

d) Seus pais interferem nas tomadas de suas decisões? Como?

Atividade 11

Formar grupos de quatro a cinco educando, para desenvolver a dinâmica:

Identificando as Dicotomias de Gênero.

1- Escrever em um papel uma palavra que para vocês signifique o homem;

2- Recolher os papéis escritos;

3- Escrever em um papel uma palavra que para vocês signifique a mulher;

4- Recolher os papéis escritos;

5- Passar no quadro ou “flip-chart”, separadas em duas colunas, as palavras

que foram escritas.

19

EX:

OBS: É importante após a escrita de todas as palavras problematizar com os

educandos, fazendo perguntas como:

a) Será que todas as mulheres são sensíveis?

b) Não existem homens amorosos?

c) A pessoa deixa de ser homem se for delicada?

d) Ou deixa de ser mulher se for machista?

e) Todos os homens são machistas?

f) Todas as mulheres são mães?

g) E assim por diante...

OBS: Esse contexto produz o sexismo (as diferentes f ormas de

machismo) e a violência daí decorrente, incluindo a homofobia, ou seja, a

discriminação e o horror a homossexuais masculinos e femininos, Há vários

termos que podemos conceituar com os educandos, par a ficar mais claro o

debate .

Atividade 12

Asistir o recorte do filme: EL SUEÑO IMPOSIBLE? I y II igualdad de genero

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=S-jJGqLaTRc&NR

Acesso: 13-05-2010

- Qual é o papel das mulheres neste filme?

- E o papel dos homens?

- Como é em sua casa?

- -Qual é a contribuição dos homens nos afazeres domésticos em sua

casa?

- É possível vivermos assim? Como no final do filme? De que maneira?

MULHER HOMEM

Amorosa Macho

Feminina Forte

Companheira... Herói...

20

Atividade 13

Após a analise verbalmente do filme com o auxilio das perguntas, o professor

(a) fará um grande circulo e oportunizará aos educandos fotos com figuras de homens e

mulheres realizando diferentes movimentos. Cada educando com uma imagem

(numeradas de um (1) até o número de educandos na sala) na mão, ao som de uma

música suave deverá escrever uma palavra que defina aquela imagem...As imagens

deverão percorrer todos os educandos. Ao final da dinâmica o professor (a) apresenta a

imagem e pede a alguns alunos que registrem sua palavra

EX: Imagem 1

Fonte: http://www.sidneyrezende.com/noticia/72284+segundo+ibge+cresce+participaca

o+de+mulheres+no+mercado+de+trabalho

Acesso em: 13-05-2010

Imagem 23

Fonte: diaadiaeducacao.pr.gov.br

Acesso em: 13-05-2010

21

UNIDADE 04

DANÇANDO E IMPROVISANDO

OBJETIVO : Priorizar através de atividades lúdicas expressivas, que os educandos

construam novas formas de danças, respeitando as opiniões, ritmos, limites e

movimentos do outro.

Atividade 14

(Essa é uma adaptação da Música “Escravos de Jô”)

Nesta atividade o professor (a) divide a turma em grupos de 8 e ou 10 alunos é

importante números pares de componentes

De mãos dadas formando pequenos grupos. Cada aluno recebe um bambole e

fica dentro dele. Para cada refrão da música há deslocamento.

EX: Amigos de Jó /Jogavam caxangá – deslocam-se quatro (4) passos, para o

bambole do lado direito.

Tira - deslocam-se para o centro do circulo ( deixam o bambole)

Põe - deslocam-se novamente para o bambole.

Deixa ficar - ficam parados no bambole.

Festeiros, com festeiros, fazem zigue - deslocam-se quatro (4) passos, para

o lado esquerdo.

Zigue - deslocam-se lado direito.

Zá - deslocam-se para o lado esquerdo.

OBS: Após o entendimento da dinâmica, o professor ( a) pede aos grupos que

criem novas formas de deslocamento usando a música e novos movimentos com

o auxilio dos bamboles. É importante que os colegas vejam as coreografias dos

outros grupos.

Atividade 15

Assistir ao vídeo- “TANGO NA VERTICAL”

22

Fonte: uol.com.br/view/hncxf8mehj33/d…

Acesso : 31/05/2010

Assistir o vídeo “ DANÇA NA ESTEIRA”

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=YXgMQfVNJZw

Acesso: 02/06/2010

Atividade 16

Após assistir os dois vídeos, o professor (a) reflete com os alunos a

importância da criatividade, desafiando-os a realizarem uma pequena coreografia com

determinados materiais: cadeiras, bancos suecos, bamboles, bolas, cordas, cabos de

vassouras...

OBS: Após o entendimento da dinâmica, o professor ( a) divide-os em pequenos

grupos para que os mesmos possam criar seus espaços criativos - È muito

importante determinar um tempo maior para essa ativ idade utilizando-se de mais

aulas (3-4). Os educandos devem apresentar para os seus colegas, para que

todos respeitem a criatividade e esforços coletivos .

23

UNIDADE 05

CONSTRUINDO ESPAÇOS DE DANÇA ATRAVÉS DAS DIFERENÇAS

OBJETIVO: Oportunizar a construção de pequenas coreografias, respeitando a

criatividade e o trabalho em grupo.

Atividade 17

O professor (a) divide a turma em dois grupos: meninos e meninas. Desafia

ambos para realizarem uma pequena coreografia com diferente estilo musica. Após

organização das coreografias as mesmas devem ser apresentadas à outra equipe.

Atividade 18

Nesta atividade o professor (a) divide a turma em grupos de seis educandos

cada. Cada educando (a) realizará um movimento e todos os demais membros do

grupo realizam tal movimento. Quanto todos (as) tiverem realizados seus movimentos e

os outros (as) terem realizados devem unir todos os movimentos (seis ) e formar uma

pequena coreografia onde os demais grupos irão assistir.

Atividade 19

Em pequenos círculos, o professor (a) divide a turma em equipes de seis

educandos. Todos devem realizar um movimento. A cada troca de ritmo e música outro

educando irá ao centro do círculo de sua equipe e realiza um movimento onde os

demais executam também.

Atividade 20

24

O professor (a) divide a turma em três equipes de mesmo número, observando

as questões de gênero e apresenta elementos que não poderão faltar em suas

coreografias. Ex: giros em pé e próximo ao solo, saltito, salto tesoura, passo quebrado,

passo cruzado, quadradinho... Neste momento o professor (a) determina o ritmo para

casa equipe e eles realizam a atividade utilizando dos elementos obrigatórios

determinados pelo (a) professor (a).

25

RECURSOS/ MATERIAIS DIDÁTICOS

Os materiais utilizados na efetivação desta unidade são os que a escola

possui para sua organização pedagógica:

1. TV pendraive

2. DVDs

3. CDs com ritmos variados

4. Computador

5. Aparelho de som

6. Caixa amplificada

7. Cartazes

8. Folha A4

9. Pinceis atômicos

10. Revistas

11. Figuras com imagens de dança e gênero

12. Cartolinas

13. Bamboles

14. Bancos suecos

15. Cordas

16. Bolas

17. Cabos de vassouras

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AVALIAÇÃO

A avaliação dentro do Programa de Desenvolvimento Educacional-PDE, tem

como objetivo confirmar a ação do educador na sua prática da pedagógica, através da

Unidade Didática, instrumento utilizado realizar a etapa de retorno à escola, conforme

orientações da SEED. Neste sentido, todo o processo desta etapa, tem como

proposição avaliar nossas ações, como resultado para descrever o artigo científico,

etapa final do programa.

A avaliação é um processo que faz parte do cotidiano das pessoas, sempre há

quem termine o dia, realizando um julgamento a respeito de alguma coisa que realizou

durante sua trajetória diária.

Neste sentido, pensar em algo, tomar uma decisão referente àquela situação a

ser resolvida ou desenvolvida é avaliar.

A avaliação em Educação Física é a chance de verificar se o aluno aprendeu a

conhecer o próprio corpo e a valorizar a atividade física como fator de qualidade de

vida.

A avaliação não tem um fim em si mesmo. Deve ser um meio de auxiliar o

processo de ensino e aprendizagem, para averiguar ou detectar os avanços ou falhas,

tanto do desempenho de alunos quanto de professores, de modo a corrigir-los e ampliar

as ações pedagógicas.

A avaliação dever ser o inicio de qualquer processo de ensino e aprendizagem.

A real função da avaliação é que seja do ensino e aprendizagem e da sua

importância como elemento constitutivo do projeto pedagógico.

Desta forma, a Unidade Didática, parte do processo de conclusão do PDE-

Programa de Desenvolvimento Educacional, terá como principio a observação direta

dos envolvidos nas atividades, como forma de diagnosticar possíveis problemas no

desenvolvimento da mesma.

O diagnóstico será após o término de cada unidade dando a oportunidade dos

educandos se expressarem, de forma a favorecer os envolvidos no desenvolvimento da

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unidade. Em nenhum momento a Unidade Didática dará nota, ou seja, mensurar um

valor pela participação dos mesmos.

As atividades desenvolvidas por si só, já levam os educandos refletirem o

tema, permitindo assim atingir os objetivos propostos, que é a da reflexão, ação e

novamente a reflexão das atividades organizadas nas atividades.

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REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

BAMBIRRA, Wanda. Dançar e Sonhar: a didática do Ballet infantil . Belo Horizonte: Del Rey, 1993, 191 p. FRITZEN, Silvino J. Exercícios Práticos De Dinâmicas de Grupo. Petrópolis: Vozes, 1981, 93 p. GARAUDY, Roger. Dançar a vida . Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, 188 p. MALUF, Ângela C. M. Brincadeiras para sala de aula. Petrópolis: Vozes, 2004, 78 p. VIANNA, Claudia P., RIDENTI, Sandra. Relações de gênero na escola: das diferenças ao preconceit o. In: AQUINO, J. Grouppa. Diferenças e preconceitos na escola : alternativas teóricas e práticas . São Paulo: Summus, p.93-106, 1998. http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br http://www.passosecompassos.com.br/matedanca/historiadanca.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Dan%C3%A7 http://www.youtube.com/watch?v=S-jJGqLaTRc&NR