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projecto da declaracci10 , da U.E.C. (A aprovar no I Encontro Nacional da U E C a realizar em 25/1/75)

da U.E.C. de...proletariado e for~a politica no movimento popul~ • A U.E.C. e uma organiza~~o autonoma, dotada da mais ampla iniciativa que se prop~e desenvolver o movimento dos

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projecto da 2~ declaracci10 ,

da U.E.C. (A aprovar no I Encontro Nacional da U E C a realizar em 25/1/75)

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A Uni~o dos Estudantes Comunistas {U.E.C.) rea­lizou o seu I Encontro Nacional.

A U.E.C. e uma organiza~~o revolucionario pe1os seus objectivos e pela sua actividade. Guia-se pelo marxismo-leninismo. Reconhece o papel dirigente do proletariado na revolu~~o socialista e o Partido Co­munista Portugu~s como vanguarda revolucionario do proletariado e for~a politica no movimento popul~ •

A U.E.C . e uma organiza~~o autonoma, dotada da mais ampla iniciativa que se prop~e desenvolver o movimento dos estudantes pelos seus objectivo s espe­cificos, unir, organizar e mobilizar os estudantes e r torno dos grandes objectivos politicos do povo p~tu· gu~s, estreitar a liga~~o da luta estudantil com a luta da classe operaria e a das massas populares e dar-lhe uma perspecti va revolucion?. r:i · •

A U.E.C., criada em Janeiro de ; ;2 , afirmou-~ na dureza da luta clandestina com ) a vanguarda re­volucionaria dos estudantes portugueses . 0 fas­cismo foi incapaz de impedir a sua cria~~o e o pro s­seguimento e refor~o do seu trabalho revolucionari o. A U.E.C. fortaleceu-se , alargou a sua ac~~o, trans­formou-se numa organiza~~o nacional. Teve urn pa~l . determinante em todas as grandes lutas travadas ~lo: estudante s portugue~es contra o fascismo.

A I Declara~~o da U.E .C. fo i urn guia para a ac~~o n~o so dos estudantes comunistas mas do proprio mo­vimento estudantil.

A U.E.C. e actualmente uma organiza~~o que de­senvolve livremente a sua actividade nas escolas. Apresenta-se A juventude estudantil atrav~s da 2~ Declara~~o que constitui a reafirma~~o QOS seus

principios org§nicos e politico s e o tra ~ar de gra:1-des linhas de a ctua~~ o no actual p roc esso revolucio­nario. ~, ao mesmo tempo, uma base de discu~s~o aberta a todos os estudantes dispost.os a lutar pe­los objectivos essenciais nela definidos.

A cqnhribui~~o do movimento estudantil na luta pela democracia e no abrir do caminho para o socia­lismo, dizem respeito n~o so aos estudantes comu­nistas, mas a todos os estudantes progressistas.

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0BJE CTIVOS POL!TICOS

Dois grandes objectives politicos apontados pela (i .

U.E.C. na sua I Decla ra~~o, tornaram-se realidade: o povo portugu~s conguistou a liberdade, a guerra colonial acabou .

Os estudantes e sti veram c m (:f "Movi mento das For­~as Armadas e com o mo vime nto popular na sua con­cretiza~~o. Contribuiram com as suas lutas para c riar as condi~~es que p e rmitiram o derrubamento da ditadura fascista. Travaram poderosas batalhas contra a guerra colonial.

0 Movimento As r- "' ·~ iati vo passou a ter uma acti­vidade livre. RPr--J riram-se as AAEE e formaram-se outras. Ini~j - u-se a democratiza~~o do ensino. As escola s pa ~sa ram a ser geridas democraticamente. As for~as repressivas de que o fascismo se serviu para reprimir a luta estudantil foram desmantela­das. As autoridades academicas comprometidas com a repress~o foram em grande medida saneadas. Or­ganiza~~es politica s de estudantes passaram a actuar livremente .

Os estudant es acompanharam a s vit6rias hist6ricas do nosso povo no carninho da d emocracia, do progresso e da independencia nacional.

Ao longo dest e s meses de liberdade a reac~~o ten­tou pOr em c a usa a nova situa~~o democratica. Mui­t os estudantes souberam estar ao lado das massas populares e do Movimento das For~as Armadas. Muitos estiveram na s g r andes jornadas populares que impe­diram o golpe r e accionario de 28 de Setembro. Nu­nerosos estudantes se incorporaram na grandiosa ma-

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nifesta~~o popular de 14 de Janeiro, em Lisboa, ao '!ado dos trabalhadores, em defesa da unicidade sindi­cal.

Nas escolas actuam, no entanto, os mais variados grupos e for~as politicas que tentam afastar os estu­dantes do processo revolucionario em curso, que ten­tam separa-los do moviment o popular e do MFA. Uns especulam com as reais dificulades encontradas na democratiza~~o do ensino, no seu simples funcioname~o, para s ervirem os interesses oportunistas do seu gru­po. Outros, a coberto de uma fraseologia 11 esquerdi~ ta ", tentam fazer da Universidade urn antro da contra­revolu~~o, tentam paraliza-la e lutam, declarada, a­berta e exclusivamente contra as for~as democraticas , o Governo Provis6rio e o MFA.

A U.E.C. prop~e-se ganhar os estudantes para o processo revolucionario em curso e para a inser~~o do movimento estudantil no movimento popular de massas. Reali za-o, antes do mais, defendendo intransigentemen­te as rei vindica~oes das massas estudantis e interpre -tando as suas aspira~oes mas n~o poupara esfor~os para uni r , organiza r, e mob ilizar os estudantes em torno das grandes tarefas da presente situa~~o politica e para que o mo vime nto estudanti l seja urn dos elos da alian~a Povo-MFA.

A U.E.C . sublinha, tal como o fez na sua I Declara~~, que " n~o e nem pretende ser urn partido politico. Nlb lhe cabe, como n~o cabe a nenhuma organiza~~o estu­dantil, diri.gir a luta popu lar . Como organiza~~o revolucionaria dos estudantes , e sobretudo aos estu­dantes que se dirige, ao indica r os objectivos poli­t i c os da sua actividade . "

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A U.E.C. LUTA~ POR QUATRO GRANDES OBJECTIVOS POL!TICOS

12 - PELA LIBERDADE 1 PELO TRIUNFO DA DEMOCRACIA

Os estudantes foram urn dos a guerr i d os destacamen~ tos da luta popular contra a ditadura fa scista. En­frentaram corajosa e massivament e a viol ~ncia terro­nista do seu aparelho repressive. Conhecem bern o pre~o da liberdade e est~o dispostos a defend~-la.

A U.E.C. considera que e a alian~a entre as duas componentes da revolu~~o democratica portuguesa -Movimento das For~as Armadas, movimento popular de massas - que garante o avan~o do p r ocesso re"volu­cionario em .. curso. ~ esta aliancsa que assegura a defesa da liberdade e o prosseguime nto da democrati­zacs~o do pais. ~ a dinamica desta alian~a que levar~ ~ realiza~~o de profundas transfo rmacs ~es democr ati­cas.

A U.E.C. denuncia como contra-revolucionarios aqueles grupos de estudantes que calun iam e t e ntam denegrir o MFA, garantia da libe rdade e f orcsa da democracia.

A U.E.C. proclama que o movi mento est udantil tern de se inserir no movimento popular de ma ssas, para que possa d e s empenha r urn pa pel p o s i t ive e din~nico no process o de demo c ratizacsao do pai s .

Democra tizando o e n s i n o o s e s tudant e s e stff o nff o s6 a lutar pelos s eus interes ses e s pec{ficos , ~a s a contribui r para a con c r e tiza csff o de u rn dos objec­tives g e r a is d o n os so povo na revolucsffo democrati~ ca e nacional. A i.nsercs~o do movimento est\].dantil no movimento popui ar tern, no entanto, de ultrapas­sar o 4mbito das escolas. Os estudantes t~m que

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estar' ao lados dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, dos intelectuais na ac~~o das massas e en todas as formas de organiza~~o popular) na defesa da liberdade, na vigilanica revolucionario e no can­bate a reac~ao por profundas transforma~5es democm­ticas da sociedade, pelo triunfo da democracia.

A U.E.C. declara que os grupos de radicais peque­no-burgueses que continua m a actuar como se a dita­dura fascista n~o tivesse s ido derrubada e apontam hoje os mesmos objectives de lutas e as mesmas pab­vras de ordem de antes do 25 de Abril, se marginali­zam do processo revolucionario e servem objectivamen­te (quando n~o sub j ect i vamente) a contra-revolu~a~

A U. E. C • . da o seu a poio a realiza~~o de uma fi:rm. e pol!tica de saneamento em todos os ramos do aparelho de Estado e con.sidera >' que a democratizacs~o das esm­las so sera realidade quando forem eficazmente sane­adas todas as estruturas que com o ensino se rela­cionam.

A U.E.C. proclama como grande vit6ria da juventude o reconhecimento do direito de voto aos dezoito anos, ma s sublinhaE a :.,necessi dade gos estudantes se mobili- . zarem em apoio das provid~ncias que ha que tomar ~­ra garantir a genuidade da s el e ics5es para a Assembleia ' onstituinte.

2Q - POR U~~ POL! TIC.A ANTI-MONOPOLISTA E ANT I -LA'i·I'FuND'lARIA.

Os estudante s lut aram contra o ensino ao servi~ dos monop6lios e da sua ideologia reaccionaria. Hoje est~o com a classe operaria , os camponeses, ~ restantes trabalhadores, todo o po~o portugu~s,na luta por' uma pol!tica antimonopolista e antilatiftn­dista que limite e, finalmente liquide, o poder dos monop6lios e dos latifundiarios.

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Os monop6li.os, pondo em causa a liberdade e a democracia alcanc;adas e , sendo o seu principal i:·~ .i;m paem t~mbem em causa a liberdade e a pr~tica demo­cr~tica do movimento estudant i l , ame ac;am as tra ns• formac;a e s democr~tica s nas e scolas.

A mel h o r ia radical das consi c;~es de e n sino , uma verdadeira as sist~ncia s ocial (bolsas, t ran sportes,

. aliment ac;a:o, habita'c;§o ), o incentive de urn desporto e de uma cultur a d e ma ssas, a concretiza c;a:o do pro­grama de acc;a: o d o movimento e studa ntil - A Reforma Geral e Democr~tica do Ensino - s6 ser~o poss! veis no quadro de u ma polttica de l~quidac;a:o dos mono­p61ios.

0 pr6pri o sentido do estudo difere perante a perspectiva d e uma profissa:o ao servic;o do povo e d o progresso nacional, ou, dos s6rdidos interes­ses dos monopolies . 0 mesmo se poder~ dizer da iniciativa cria , ,ra para o desenvolvimento da in­vestigac;a:o cier i ica e tecnica.

A U.E.C. alerta os estudantes contra aqueles que pretendem esconde r o verdadeiro culpado das prec~­r i a s condic;~es de ensino existentes . - o c a pita l monopolista. Denuncia o s grupos que pretendem es­c ond~-lo como o principal inimigo da de mocrat iza­~ao do pais, inventando manobras e objectives de dive rsa:o.

A U.E.C. apoia uma firme pol itica de combate a sabotagem e conomica e chama OS e studantes a mo­biliza r em-se na vigilancia revolucion~ria aos sa­botadores e e spec u l a dore s.

A U. E. C. traba lhar~ para que os estudantes, nas escolas e na s ini cia tiva s das massa s populares, estejam ao lado da classe ope r a ria, dos trabalha-4eres, d e todas a s c lasses e camadas antimonopo­listas, no combat e pel a limitac;ao e firme liqui­dac;~o fto pode r do s mon op6lios e latifundiArios,

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parte integrante da luta pelo triunfo final da demo­cracia no pais.

3Q PELA TOTAL DESCOLONIZACAO

As guerras coloniais acabaram.

A R publica da Guin e-Bissau e hoje, sob a direc~~o do PAIGC , um estado livre, independente e progressista

!vios;ambique tern um gove rno de transi<;;~o, que prepara as condi~5es para a completa independ~ncia do povo mo­~ambicano,do qual faz parte a FRELIMO.

Emf6~bo Verde e S . Tome e Principe, Governos de trans1<;;~o procedem ! descoloni za<;;~o total.

Angola passa por um complexo processo de descoloni­za~a:o em que o :t-1PLA desempenha um papel de grande im­portancia. 0 apoio d o MFA e das for~as politicas p ro­gres s istas portuguesas ao autentico movimento nacional libertador d o povo ang olano, b ern como a solidariedade dos pa ises socialistas e~da opini~o democr~tica do man do ajuda-l o-a:o a fazeb fr ente ~ conspira~a:o combinada­do imperialismo, da China d e tfuo-TS~- Tung, dos paises vizinhos reaccionarios e dos colonos brancos e a abrir caminho para a independ~ncia .

Estas s~o vit-;6rias h i s t 6ricas das lutas comuns do povo portugu~s e dos povos coloniais ir~os.

A descolon iz!:c~.-~<.:.._forma Un.ica, original e firme ez uma ctas g r andes r~u . izastses do processo revolucionA­rio o.ue vivemos .

No seguime nt o d a s vigo rosas luta s estudantis contra as guerras colon i a i s ~ pela independencia das co16nias , a U. E .C. procurara c onsol idar e alargar os la~os de amizade e coopera<;;~o ja e xistentes entre os estudantes portugueses e a juventude dos novos esta dos independen­tes.

A U.E.C. tudo f ara para refor~ar a solidariedade multiforme dos estudantes po:btugueses para com o povo de Angola e todos os que lutam nas mais dificeis condi£ . c;tses.

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Este complexo processo de descoloniza~~o ;obriga linda a juventude e alguns estudantes a sacrif!cios. ·fuitos ainda n~o regressaram e outros partiram mesmo lara os novos paises africanos. N~o est~o a oprimir 11.1 a explorar; n~o est~o a bater-se por causas injustas :st~o a ~judar a defender a liberdade e a independ~ncia lesses pa!ses, est~o a ajudar a construir novas na~5es. ~st~o a cumprir urn dever internaciqnalista.

A U.E.C. procurar~ desen~ol~er nos estudantes o es­>irito do mais vivo apoio a luta dos povos dos novos ~!ses africanos, pela constru~ffo das suas p~trias li­rres, independentes e pr6speras.

4Q CONTRA 0 IMPERIALISNO, PELA SOLIDARIEDADE 8 AMIZADE COM A JUVENTUDE DO MUNDO

Desenvolver os sentimentos internacionalistas dos studantes portugueses quebrando a barreira que o fas­

:ismo sempre tentou criar entre a juventude portugue­;a e a juventude do mundo e urn dos objecti vos da U. E. C •

. os estudantes c onhecem o valor da solidariedade •ara com a sua lutc. . Hoje, no Portugal libertado, ;aber~o contribui r .Jara a for~a e unidade da juventude :studantil do w·.u1do na luta pela paz, independ~ncia acional, na d efesa da democracia e do progressso e :ontra o imperialismo, o colonialismo e o fascismo.

A U.E.C. sublinha que a luta d os estudantes con­.ra a penetra~~o imperialista e m Portugal se insere ·.a luta mundial contra o imperialismo.

A U.E.C. denuncia o imperialismo como tendo sido !.Ina das bases de sustenta~~o da dHuidll~ra fascista, urn .os respons~veis pelas guerras coloniais e pelas pre-:~rias condi~5es de vida do povo portugu~s. .

A U.E.C. prop5e -se lan~ar o s fundamentos de urn 'o~~ ·imento patri6tico anti-imperialista da juve ntude es­.udantil contra a chantagern politica e sab ot agem econt · ,6mica do imperialismo e contra a exist~ncia de. bases tilitares estrangeiras e~ territ6rio portugu~s.

A U. E .c. ~pdf~ decididamente a luta em defesa da az mund:tal, 'parte integrante da luta anti-ixp.perialis­a, e proptSe-se contribuir activamente para o movimen-o pela seguran~a e coopera~~o europeias que conduza o desaparecimento das bases militares e A liquida~~o a OTAN.

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A U.E.C. provlama a sua activa solidariedase pa­ra com os povos v!timas da domina~~o e da agress~o imperialistas e , sujeitos, a ditaduras fascistas e reaccion~rias. Tudo far~ para mobilizar os es­tudantes portugueses em ac~5es concretas de apoio ao povo do Chile, do Vietnam, da Palestina, da ES­panha, do Brasil, e de todos os povos em luta pela independ~ncia nacional, pela liberdade e pelo so­cialismo.

A U.E.C. contribuir~ para estreitar os la~os de amizade dos estudantes portugueses com a juventude estudantil dos pa!ses socialistas, em particular com a URSS, que desempenha importante papel na conE tru~~o do socialismo e do comunismo nas suas p~tri~

A U.E.C. estreitar' os laGoS de amizade dos est~ dantes portugueses com a juve ntude p ogressista do~ outros paises ,directamente atra v ~s d a sua organiza~. ~~o representati va, a Federa~~o ' .n ndial da Juventudi Democr~tica(F.M.J.D.),de que a J .E.C. ~ membro efe< tivo.Procurar~ divulgar a s grandes iniciativas,cam; panh as e lutas d a juv e ntude do mundo e ganhar para ela s os e studantes p ortugueses.Tudo far~ tamb~m pa r a desenvolver a c ~~es e m d e fesa da p a z mundial,par· te integrant e da luta a n t i-i mpe r ialista. ·

Concentrando esfor~os e energi as na luta por es­s es quatro objectives polit icos ime diatos ~ a pers­pectiva exaltante do socialismo e do comunismo que anima toda a actividade da l:T. E.C.

I PEi,O S OCii\LI S:t-10 E COMTJNISMO GRANDES IDEAIS DA~r 'CJUVE J

'i'lifiE

A juveatu d e e stufla nt i "' portugue~a e s ta ganha pa · o socia ismo. As s u a s luta s, o s seus obj ectivos, s u a s aspira ~~ es , fHt o cabem, n em caber~o no quadro • uma democracia burguesa. No movimento e studantil existe~ os mais variados grupos, grupinhos e orga­niza.<stses, chocam-s e numerosas correntes ide ol6gi­cas, mas urn tra~o lhes ~ cornua- a palavra socialis· mo.

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Mesmo a burguesia reaccion~ria tern de se mascar.ar de marxista, servindo-se dos meios mais vis para '" tentar afastar a juventude dos ideais do socialis­mo e do comunismo. A U.E.C. desmascara os falsi­ficadores do marxismo-l e ninismo, que contrap~em mi ragens ideali zadoras dum pseudo- socialismo as ex: peri~ncias hist6ricas do socialismo efectivamente adquiridas, assim como outros que s e s ervem dum ver balismo pseudo-revolucion~rio para justificarem um­anti-sovietismo e urn anti-comunismo, que s6 aprovei tarn a reac~~o e a burguesia. -

Nem uns nem oitros conseguiram por~m impedir que uma parte consider~veih da juventude estudantil tenha sido ganha pelo marxismo-leninismo e veja nos paises\ socialistas o exemplo do nosso pr6prio futuro.

A U.E.C. afirw~ a influ~ncia determinante da re­volu~~o de Outubro, das realiza~~es e vit6rias his­t6ricas da Uni~o Sovietica e das outras revolu~~es socialistas vitorioaas em todo o proce sso revoluci~ n~rio mundial .

Prop~e-se con~ ~ibuir para a divulga~~o entre os estudantes do me:.r _{ismo-leninismo, das realiza~~es e experi~nc ias ~ a revolu~~es sociilistas e da cons­tru~~o d o s r ·ial ismo e comunismo, e, n e sse sentido estreitar~ o s la ~os de amizade entre os e studant e s portugueses e a juvcntude da URSS:::: e out ros paises sqcialistas. ·

A U. E .C . c onside ra que a revolu~~o democr~tica ern curso, que definm como Revolu~~o Democr~tica Naciona l,e parte integrante e constitutiva da lu­ta pelo socialismo·e comunismo.

A U.E.C. s a lienta que o desenvolvimento do proces1 so revolucion&rioem curso coloca a necessidade de-~ transforma~oes d emocr~ticas profunda s que c ondu z i r go a liquida ~~o rlos monop61ios e do s l a t i f u ndios, a nacionali za~~o dos ramos basicos d a activida de e co­n6mica e f inance ira • As energias revolucionarias libertadas neste processo aproximarao as condi~~es que tornar~o possiveis a colectiviza~~o dos meios de produ~ao e a supressao da explora~ao do homem pelo homem.

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Lutando hoje 'para desenvolver a luta dos estu­dantes pela l ibe rdade e pelo triunfo da democra­cia, por uma poltt ica anti-monopolista e anti-la­tifundista, pela t otal descoloniza ~a o, contra o im­perialismo e pela solida r iedade e afuizade da juven­tude do mundo, a U.E.C . n~o poupa r~ esfor~os para que a mplas ma ssa s de estudantes sejam ganhas para a "au•a d a classe oper~ ria e dos t rabalhado res, para o s o c ialismo e c omuni smo, grandes ideais da juventu• de -

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REFORMA •gERAL lPDEMOCRATICA DO ENSINO . - - :_. ...

Sob o fascismo ~ .. ensino em geral e a Universidade em par ticular serviam os interesses dos monop6lios dominantes e -do imperialismo.A finalidaee deste ensino era a forma9ao de uma elite intelectual e de quadros t~cnicos destinados a as segurar o . desenvolvimento do capitalismo monopolista de es~ tado,a exploraQaO desenfreada do pOVO trabalhador,bem COMO a veiculaQao .da id~ologia fascista.

Hoj e ,apesar da grande burguesia monopolista e latifundis ta deter ainda grande parte do poder econ6mico, o poder po7: lltico assenta numa larga coliga9ao de for~as sociais e po­llticas muito diversas, entre as quais se encontra o prole­tariado, atrav~s do seu partido, o P.c.P. · Na orientaQao dos destinos do ensino e da cultura em Por tugal ~ asBim possivel tomar medidas que iniciem a cria~o-de uma e ~1ucaQaO nova. I . ·- .

A U.E~c. consi dera ~ue a completa democratizaQao do ensi no, uma verdadeira revolu9ao cultural, s6 serao totalmente­concretizadas com a extin9ao das classes sociais antag6ni­cas e a constru9ao do socialismo. Entretanto, na presente situaQao politica, existem condi9oes para que se d@em passos, decisivos e irreversiveis nesse sentido.

A U.E.C. sal i enta que a Reforma Geral e Democratica do Ensino ( RGDE ) corresp onde no campo do ensino a etape ac­tual da luta de cla sses em Portugal , e part e integrante da Revo lu9ao Democratic a ; - Nacionals Sendo urn grande objectivo democratico da revolu~ao portuguesa , e concretizavel no ime diato e a sua reaiizagao depende da .mobiliza9ao qriadora qas ma ss as populares e do cont r i buto decLs-i "e-. -qu e--l.hej for 1>'~'~~--­tado pelos estudantes, be~ como do avan9o do actual proc~s-so revolucionario., S6 uma RGDE contribuira para p8r fim A ignorancia s e c u l a r da.s mas sas p opulares , elevando o seu ~1-vel cultural, possibilitando a f ormajgao de milhares de qua­dros i ntelectuais e tecnicos ori.,ndds · das C'lasses trabalh~ .. dora s , perin i tindo ass i m a sua interven9ao di recti va em to-) dos os sectores da vida nacional, abr indo c a minho para a r e alizaqao de etapes ulter iores da revolu9ao. Simultaneament~ respon de as aspiraQoes mais -profundas dos estudantes.. cr:i-an do melhore:; condi~oes escolares e dando ·~ n~~o s'entido iDa~

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terial e espir1tual ao seu A U.E.C. - salienta como caracter{stica ~s~encial da Refo!.

rna Geral e Democr!tica do Ensino a sua subordina~!o aos in- .­teresses gerais do povo portugu~s na constru~!o da democra­cia, ligando 0 ensino a vida e ao trabalho, OS estudantes e ~ professores ao processo revolucion!rio democr!tico. Defen­de,assim, a participac;ao dos estudantes, professores, pais, sindicatos, autarquias locais, e de todas as novas formas· de organizac;ao popular na definic;ao da pol!tica de ensino

- no nosso pais. ' ·

Tendo presente as condi9oes concretas da constru~ao da democracia em Portugal, a U.E.c. · def.~nde; co · ::, alternativa a pseudo-reformas inconsequentes e ~ paralizac;ao das esco­las, uma Reforma Geral e Democratic-a, do Ensino, t~ndo como princ!pios gerai s f'undamentais: -

1 - Aboli~ao progressiva de to a&s :os proL..- e ssos de selec c;!o que :fac;am depender o acesso e a frequencia e s colar a qualquer grau do ensino, das condiyoes econ6micas do estu­dante; legitimac;ao da frequ~ncia no ensino p6s-basico pe­lo justo criteria do estudo e do trabalho.

2- Via unica r', ensino, em todos OS graus, com age­neralizac;ao d.- co educa~ao e da educa~ao igual para todos independentemen t e da sua classe _social de origem; combi­na~ao da educac;~o pelo trabalho intelectual com a educa­~ao pelo trabalho manual.

3 - Orientac;ao do ensino p a r g responder as necessi da­des do nosso povo e a realidade concreta do pa!s. Desen­volvimento da investiga9ao cient!fica e tecnica ao servi­QO de uma pol!tica virada para o futuro, de progresso so­cial e independ~ncia n_acional. :

4 - Introduc;ao de conteudo e metodos democraticos no en . -sino, combatendo as ideologias reaccionarias e conservado~ ras, fomentan do no s _estudantes o espir i t o de tra balh o colec ti vo e prepa r a ndo-os para as grande~ tar efas da reconstru- .. -Qao nacional, ,.,

Democratizac;ao completa das estruturas escolares com a consolidac;ao da gestao democratica, em que participem es­tudante~, pro.fessores, e trabalbadores. - 5 - R~solu~ao dos problemas sociais pr6prios ' dos es­

tudantes, em particular dos estudantes trabalhadores, no­meadamente atraves de organis mos do Estado e · geridos com a participa9Ao das AAEE. ·

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6 - Aboligao de uma situagao de isolamento da escoia em relagao aos grandes problemas nacionais e sua i;rans­formagao em centros de investigagao e irradiagao da cul tura popular. ·

Ap6s o 25. de Abril, a Reforma Geral e Democratica do Ensino tern sido urn guia para a acgao das massas estuda~

·tis na sua luta pela democratizagao do ensino. Algumas conquistas importantes foram a lcangadas, nomeadamente a gestao democratica das escolas ; avanga-se no saneamento e na reestruturagao de alguns cursos no ensino superior; lan9ou-se uma primeira experiencia de campanhas de alfa b e ti z agao e educagao sanitaria. -

Para consolidar e alargar estas conquistas, para pro~ seguir na concretizagao da Reforma Geral e Democratica do Ensino , a U.E.c. propoe a aplicagao das seguintes me­didas imediatas: ·

- Nova politica de prioridades orgamentais, visando a aboligao do analfabetismo, a insti~ucionalizagao do en-. sino pr~-prim~rio e o cumprimento ho imediato da escola­riedade obr igat6ria e gr atuita de s eis anos.

- Fusao do ensino liceal e tecnico numa escola ofici­al unica que prepare simultaneamente para 0 exerclcio de uma profissao e pa ra o a c esso ao ensino superior.

- Re f ormula.:;ao do ensino media e institui gao de cur­ses de curta dura9a0 l igados a s necessidades COncretas mai s prementes d desenvolvimento econ6mico e social.

- Cursos para a. :formagao e reciclagem de adu-;L tos e es t abelecimento de condi9oes especiais de acesso da juven':' tude trab a lhadora a o ensino, com cursos nocturnos _e por corres pond&ncia e el i rni na9ao de duas horas diarias do ho rar io de trabalho, sem redugao de salario. -

- Reestr tu~a9a das es~o las depe ndentes do Miriisterio do Trabalho, de mo do a fac u ltar gratuitamente o ensino in dus t rial, comerci a l e agricola aos jovens que terminam a­escolaridade obriga t6ri a e nao prosseguem outros estudos.

--Regionalizagao e alargamento da rede de escolas, adequ~gio das instala goes ao novo ensino, $ criagao de laborat6rios e departamentos de investigagao, reequipa­mento dos ja existentes.

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- Aboli9&o da separa~ao por sexos, completa laici za9ao do ensin · f'icial em todos os graus de ensino­e controle estatal do ensino privado, que deve subme ter-se a orientayao geral da po11tica educativa. -

Melhoria das condir,roes pedag6gicas, generaliza 9ao dos estudos interdisciplinares, para conjugaQao­da preparaylo especializada - cient1f'ica, t~cnica e literlria- com uma educar,rao geral . nos ramos mais im portantes do conhecimento e institucionalizar,rao dos­cursos p6s-graduados

1nomeadamente para f'ormac;.ao de

investigadores. - Saneamento dos profe ssores fascistas e reac­

cion~rios; selecr,rao n a base da compet~ncia pedag6gi­ca, cient1f'ica e de devoc;.ao a nova s ituar,rao pol1tica; f'ormayao de novos docentes e reciclagem permanente em escolas pr6prias.

- Assist~ncia social em todos os graus do ensino com participar,rao das AAEE na gestao dos servi9os pa­ra melhoria de cantinas, transportee, alojamento e servir,ro m~dico- farmac~utico, assim como uma mais lar ga consessao da i s en9ao de propinas, de bolsas de e~ tudo e de apoio e. aquisir,rao de li vros e material es-.: colar, de f'or r-: .1. beneficiarem em particular os estu dantes vindr .:; das cla sses trabalhadoras.

- Participar,rao dos estudantes de todos os graus de ensino na realizac;.ao de taref'as importantes para o desenvolvimento das condic;.oes de vida do povo por­tugu~s e ligac;.ao da escola ao Servic;.o Civico Estudan til com vista a uma educac;.ao completa e a uma noc;.ao­nova da vida.

Expondo aquilo que entende ser a melhor linha pa­ra a democratizar,rao do ensino, a U. E .C. submete as suas propos ir,ro e s a ma i s a mpla discussao das ma ssas estudantis, as qua is c a b e uma participa r,rao decisiva nessa modificagao .

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MOVIMENTO ASSOCIATIVO

A U.E.C. considera o movimento associative a princi­pal base e a direcc;iio imediata fundamental da luta dos estudantes portugueses.

Na sua acc;ao a U.E.C. ter£ em conta as formas espec{ ficas do desenvolvimento do movimento estudantil, as s~ as tradic;oes, originalidades nacionais.

A conquista da liberdade veio obrigar o Movimento As sociativo a operar profundas modifica9oes quanto ao co; teudo, as formas de luta e de actuac;ao. Isso significar que ~ necess£rio encontrar a cada momento a melhor for~ rna de ligar a luta estudantil a luta do nosso povo, ten do em conta a altera9ao da situac;ao politica. -

0 estado grave do ensino herdado do fascismo, a i ne­cessidade de tomar medidas radicais nesse campo, mas s~ bretudo a acc;ao liquidacionista dos grupos de radicais pequeno-burgueses, sao OS principais factores que t~m dificultado a adequac;ao do Movimento Associative a no­va realidade politica do nosso pais.

0 M.A. atrave ssa uma profunda crise. Chega a genera­lizar-se urn clima de provocac;ao e de intimidac;ao. 0 fun cionamento democratico ~ frequentemente posto em causa7 As ' estrutura s do M.A. estao a perder estabilidade, a sua capaci dade de decisao e de acc;ao diminui, pois ~

constantement e de sviada par a o campo da discussao \est!, ril, sem principios e sem finalidades.

Corre-se 0 risco de OS estudantes deixarem de sentir o M.A. como a s ua organiza c;ko de massas, necess£ria e insubstitu1vel, e a esse respeito podem generalizar-se perigosos s entimentos de descrenc;a e de alheamento. : Desagrega r o H.A. ou encontrar a forma de o refor9ar ;e de aumentar a sua importancia, tal ~ a grave alterna-)

. tiva que se coloca ao movimento estuqantil. A primeira soluc;ao, liquida r o M.A \., serve as forc;as

reaccion£rias porque significa ~esorganizar as massas estudantis, ao tirar-lhe o mais 'importante instrumento de participac;ao no processo revolucion£rio e coloc!-los a margem das profundas transformaQoes do nosso pals.

A segunda soluc;ao, reforc;ar o M.A.; , serve os interes ses do nosso povo e os interesses dos estudantes portu: gueses. A U.E.c., na perspectiva do ;futuro~lutara pelo

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·. '·

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seu fortaleciment~, dada a extrema importancia que tern e continuar~. a ter a existencia de urn movimento uni tario, organizador da acgao dos estudantes portugueses e defen­sor dos seus interesses colectivos.

0 M.A. era e ssencialmente at~ ,_ao 25 de Abril uma, im­portante trincheira · do &nvvimeJ:!to popular, mi. luta p'ela liberdade, contra a repress a o, pelo fim da ditadura fas cista, contra as guerras coloniais. Hoje, depois das -grandes vit6r i as a lcangadas pelo nosso povo, os seus objectivos tern de ser enriquecidos e a daptados a nova si tuagao po H. t i ca..

A U.E.c. considera que o conteiido do Movimento As­sociativo deve ser encontr ado e m todos o s objec tivos, aspiragoes e re ivin dicagoes que unam as massa s estu­dantis e nao naqui l o que as divida.

E dentro deste esp l rito q u e a U.E .C. propoe para o Movimento As s ociativo os seguintes object i ves:

- a luta p e la::; trans :formagoes democrat icas da s o ­ciedade portu~ .. 1. e s a e pela concret i zagao dos gran­des objective .. : po l iticos do nosso povo. Como movi' tnento unit~ .-~ d e massas o M. A. e por defi n igao -anti-fa r $ta, a nti-colonialista e anti-imperialis ta. 0 deb a t e ideol ogic o podera contribuir para a -clar i ficagao dos p on·t.o s de unidade poH'.tica, se f or Vir ado para a G!.Cya o, mas OS interminaveis monologOS dos 11 pro f essores de revo lu9oe.s 11 nada a diant:c...rao, · e cons entir-se na p r ovo cagao como urn me todo de discus sao sera cavar c ada vez mais 0 f ossoda divisao po-­lit ica nas - escola s . - a luta pe l a r e solu ga o do• graves pro blemas peda­gog icos que afe ctam o s e s tuda tes , por profundas transforma-;;:c~ r; s democra tic.:1s do ensino que convir-

j ~m ~ara a con u r e tizagao total de uma Re:forma Ge­fa l e Democr atica do Ens ino. - o dese n volvimento da p r estagao de servigos pelo M.A. , lutando e organizan do pela resoluggo dos pro blemas s ociais dos estudantes , designadamente -partic i.panctt:Pa definigao da pol!tica de assist~ncia, social, no desenvolvi mento dos servigos das AAEE e int l"·rv j_1H.lo · n a gestao de todos os servic;:os

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e obras soc:ta:Ls escolares ( habitavao, alimenta­~Ao , s .a:tide, e ·t c .).

- luta pcl a c:l'ia~ao e desenvo~~ Yiment.o de uma ver­dade i r a cultu .. a , despol~to, turismo e convivio de ma .ssas . l~eflectindo a realidade do pais e projec­tando-se p ara a s massas populares.

- re f or9o dos contac tos das massas estuda nti s com outr as orga n iza96es de massas populares , visando p8r termo ao seu i solamento e a p a rt icipat;ao dos estudantes ao lado do pov o, nas ' grandes tare fa s de reconstr Qa o n.ac:i.onala

·• U .. E.c. con.::;ide!'a que o M~A . s 6 p ode existir se os prinCipi~~m;;raticidade e da unicidade for em fir memente a.plicadoso ~ a constante ult r apassagem d estes­pr ino:ipios que conduzi:ram o M.A . a presente c r i se e a s ua t::·ansformaQao por vezes num campo de bata l ha de grup~s polit i cos •

.!._~,~."!:>.'":.."t~ :t.'i r memente as t endencias a narqui­z antes que ul trapa s .'" a m a de mocracia do H. A.~ as s uas f o rmas e orgard.za9ao e de e s truturaQao que c onduzem a desmob il i z a9a0 das massas e a imposiQaO burocr atica das cha.madao:> ll •• lno~: i a s a ;.;ti vas 11 e das suas pr6prias ecisoes ,

Combate:re :i.gual m~u:. ~;; o cupulismo e o burocrat i smo, traduzido em e •:n·n·~ P ""':: f o rt ';3mente dirigistas, com­pletan:v!Ttt: : x.·d '· .';< ~: dq massa estudantil e isola· · .-··

Jos seus .r:..ns:_,:J. us r e;.. is~ Ca. de, r ·J d. ~ 1 z-~vau $ '"gn 1pa.mento o u es-tudante indi v i ­

dual ent e ~o . . -d." . .;.-;;r.;;. c o , tern material mente o direito de propf.>r di:ce .:: ~t.k: ~ ~le tra balh 9 iniciativas, forma s de o;>--ganiZa95."• P -· la sua pe .. rte : a U.E.C. usa e usara de~ s e dire i to . Has c abc as massas estudant i s decidir de­mocrat "came n t e os o bjec tiv.:>s, as i'ormas e m~todos de ac<;ao do M<;>v i mento As;soci ativo.

A U. E .C. considor a gue n a a da pt; Qao do ~1., A . as no­•vas. condi(,~O ~s d oe .1utr~ .1 s e devem te:r em conta as for mas provadas de o rgan i :z;a 9 t.i.o e e strutu r a<;-iio.

As associacoes de •;;;t u dantes f'ora m o mais poderoso

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instrumento do M.A. Continuarao a s~-lb se geridas demo cr~ticamente por direc~oes est!veis e verdadeiramente -enra~zadas nos estudantes de cada escola e sabendo. inter pretar as suas aspirac;(oes, se estruturadas emformas ma:­leaveis nos cursos, em secc;(oes e departamentos, que tra­gam na verdade os estudantes ,a participac;ao na direc9ao e COndUc;(aO de UID movimento QU'e e SeUe

0 grau de estruturac;U'io do Ja.A ~ e neste momento insu­ficiente par~ respondei a duas ordens de exig&ncias. Por urn !ado dar-lhe estabilidade e perman~ncia, impedir que esteja submetido a flutuac;(oes e arbitrariedades su­cessivas, por outro lado 1 responder com eficacia nos mais diversos campos em que deve actuar, nomeadamente em· direcc;(oes de trabalho de import8.ncia nacional. A cada urn dos n!veis de actua9ao do MQvimento Associativo dos es­tudantes devem institucionalizar-se estruturas e organis mos, de ordem federativa ou regional, devem buscar-se a; soluc;(5es mais democraticas e mais eficazes. ·

A U.E.c. considera que em todo o plano de estrutura-' c:fao do M.A. avulta a necessidade da cria9ao de uma Uni-ao Nacional dos Estudantes Portugueses, profundamen-te democratica e interveniente. Os passos ja dados nes­se sentido fica m uito aquem das necessidades.

A U.E.C. ; ,siste que nao ha verdadeiramente argumen­tos de boa fe contra a SUa criac;(aO de tal modo e eviden­te que a UNEP sera uma arma decisiva e extremamente for­te nas maos dos estudantes portugueses. Estar a favor ou contra a UNEP significa estar a favor do refor9o do M.A., ou contra, significa querer que os estudantes se organi­zem e se unam,ou se dividam, significa qu~rer que os es­tudantes sejam sujeitos activos do Portugal futuro,ou temer o futuro.

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UNIDADE E ORGANIZA~AO

A U.E.c. expoe,na presente declara~ao,os objectives politicos e os objectives especi£icos que propoe aos estudantes. Submete uns e outros a considera~ao das mais largas massas estudantis. Ao £az~-1o sublinha que a unidade e ,a, orga.nizac;ao sao condigoes obrigatArias para que eles sejam a lcangados.

A U.E.C. entende p or unidade, antes de tudo, a ac­gao conjunta das massas estudantis em torno de objec­tives e plata£ormas concretas. Por isso a U.E.c. vol­ta o grosso das suas atengoes e dos seus esforgos pa­ra as massas estudantis. Elabora a sua linha na posi­gao revolucionaria de nao pretender apenas ensinar as massas mas de aprender com elas. Submete as suas ini­c i ativas ao largo consengo dos estudantes.

A unidade pressupoe a democraticidade na discussao, na determina~ae dos objectives, das £ormas de luta, des m~todes de organizagao. A unidade para ser e£ici­ente tern de ex primir -se em £ormas organicas que a tra duzam a cada memento. -

A U.E.c. entende, tamb~m, por unidade, nas c·ondi­~oes pol!ticas p r ese nt es , os a cordos, entendimentos, a coep e ragao , a s a l iangas com as eutras organizac;oes peliticas demecrati ca~ e progressistas que actuam nas escela s, desde que pre?tas a £azer £rente a reacc;ao e empenhadas no ·~ esenvoli'i mento do processo revoluci­onarie. Para isse a lJ .E.<(. submete tambllm OS seus ob­j ectives e proposic;:5es ~ ' considera~ao dessas £orgas pol!ticas e precl~ a- se prenta a realizar os esforgos necessarios pa:ra que se encontrem OS caminhes da ac­c;:ao c<Jmum.

A U. E .C . denu ncia e a n t icomunismo como o principal obstA"C'U'{;;" ~ u'nida de; 0 a nticomunismo ~ a arma ideol6-gica p rcferencial da burgues ia e da reac~le para divi­di r ·a s massas . A medida que e processo revolucionario se aprefundaJ a centra;revolucjlo agudiza a histeria an­ticomunista e atrai para ela surpreendentes comparsas. A universi?ade apresenta o espect!culo da histeria an­ticomunista mais desen£reada. 0 11 esquerdismo" revela­se cada vez mais como instrumento do anticomunismo e

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do divisionismo.Combatendo firmemente urn e outro,a U.E.C. confia no claro entendimento dos estudantes,que saberao distinguir entre quem luta pelos seus inter~sses, pelo t riunfo da democracia,pela marcha para o socialismq e quem tenta , sem escrupulos de nenhuma especie,travar 0

processo,dividindo ~ confundindo.

A U.E.C. considera,como a nunc i ou na sua pr imeira de­clara<;ao,a organiza<;ao como urn instrumento decisivo da acqao.Combate as ten.d~ncias espontaneistas,anarquistas, a improvisa<;ao,a ac~o individualista eo cac iquismo .A conquista das liberdades nao diminui a exig~ncia de or­ganiza<;ao.Quem qu i zer ., de facto, afirmar-se na condi<;ao de democracia em que vivemos,s6 or ganizado poder~ faz~-lo .O Movimento .Estudanti l tender~ a p erder o seu destacado papel no movimento popular de massas se nao conseguir re1:v·igorar a s suas organiza<;oes espec!ficas e antes do maik as AA~ B.

Estao cr iadas a s , )ndiqoes objectivas para que as rna ssas estudant is t - ~m realidade uma asp iracao organ ica de mui tos a nos 1 . ~lma poder osa or ga nizaqao nacional de es tudantes . A U.E. c. tudo far~ para ref orqar a organizaqa'O" estudantil a todos os niveis.

Na sua v i da interna , a U.E.c. rege-se,como afirmou na sua primeira declaraqao , ;e,elos princip ios do centralisme democratico.Associa a eleiqao de todos os organismos di ­rigentes da base ao topo,a obriga toriedade dos organismos diriQente s prestarem contas da sua a ctiv idade as organi­za<;o e s respectivas e darem a maxima a tenqao as opinioes e cr!ticas que e s t as mani f estem,a prat ica do tra balho co lectivo,a ampla iniciativa de cada organ i zaqa o e mi lita'TI te,a livre discussao em c ada organism~ , 0 direito a cri - ­t ·ica, a submi ssao da minori.;_'. a maioria I, a participaqa o dos ilitantes na definiqao da linha pol!tica e t~ctica,os me­todos democraticos de debate e decisao,a direc<;ao pol!ti­ca centralizada,ao caracter obrigat6rio das resolu<;oes e instrucoes dos organism?s superiores para os inferiores,

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a obrigatoriedade para estes de relatarem a sua activi­dade aos organismos superiores,a s6lida unidade interna, a severa disciplina.

De organiza9~o clandestina,a U.E.c. surge a luz do dia,ap6s o 25 de Abril ~ como organiza9~o legal,com redo­bra.das responsabilida'des.Estruturas, m~todos, estilo de tra bal ho,tudo hbuve que modificar e adaptar as novas con dixoe s.Tudo h~ que a~erfei9oar ainda.De organiza9~o de -qua dros,h£ que transfor m£-la numa organiza9~0 de massas. 0 papel de vanguarda do movimento estudantil que soube des empenharnas condi9oes de clandestinidade,que soube manter nos primeiros meses de avan9o democr£tico,exige p ara ser conser vado e fort a lecido urn resoluto alargamen­t o do numero de fi l iados, um consider avel f.ortal.ecimenf.o. ~ organizaq~o.

Os estudantes comuni stas continuarap a fazer da U.E.c. uma. gra nde e inf luente organiza9~o. Saberao 2 pelo acerto e dedicax~o da s ua actividade dar decisiva contribuiyao p~ ra a continuidade do mov imento as soc~!l.ti vo, conduzir ain­plas ma ssas e s tudantis a luta p elos s~us interesses e reivindica xoes e spe 1.f i cas ,a l u ta pela liberdade e pelo triunfo d~ democracia ,por uma politica -antilatifundista e antimon opolist a,pel a t otal descolo n i z a xao,contra o im­peri al i smo e gannti.- las para o marxismo~leninismo,para a caus a dos trabalhadore s , p ara os i de a i s"' do socialismo e do comunismo.

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