DANÇAS

DANÇA EDUCAÇÃO

Profa. Dra. Aládia Cristina Rodrigues Medina

QUESTÕES INICIAIS PARA NOSSA REFLEXÃO...

O que é dança

educação?

Como desenvolvê-

la nas minhas

aulas?

A quem se destina?

DANÇA EDUCAÇÃO – Rudolf Von Laban

• Há muitos anos Rudolf Laban, também conhecido como Rudolf Von Laban,

iniciou, em Paris, a experiência e a prática da arte do movimento.

• Dançarino, coreógrafo, considerado como o maior teórico da dança do século XX

dedicou sua vida ao estudo do movimento humano em seus significados e relação

com o meio, resgatando os atos espontâneos através da dança e considerando a

rotina de movimentos como restrição à expressividade do homem.

• Sua proposta de dança não considera apenas a graciosidade, beleza das linhas e

leveza dos movimentos, mas a liberdade que possibilita ao homem se expor por

seus movimentos e descobrir o próprio corpo.

LABAN

LABAN

• É autor dos livros “Dança Educativa Moderna” e “Domínio do Movimento”.

• Criou o Labanotation – método de registro gráfico dos movimentos. Associou o

estudo do movimento à educação, sugerindo uma proposta que denominamos

dança educação.

LABANOTATION

LABANOTATION

• De acordo com esse autor, durante os anos escolares as crianças de nosso

tempo não aprendem a apreciar o movimento. O próprio formato e estrutura

escolar contribuem para isso: a estrutura predial com blocos fechados, salas

fechadas, carteiras que impedem a movimentação, etc. Atualmente, a educação

tenta compensar isso prestando mais atenção às artes em geral, ainda de

forma bem gradativa e lenta.

• Na Dança Educativa Moderna leva-se em consideração a riqueza das formas

do movimento liberado, nos gestos, nos passos, assim como naqueles que o

homem contemporâneo utiliza em sua vida cotidiana.

• No ensino da dança, a ideia básica de

aprendizagem é que as ações, em todo

tipo de atividade e também na dança,

consistem em sucessões de movimento

nas quais um esforço definido do sujeito

acentua cada um deles. Esse esforço é

possível para cada ação de forma

diferenciada porque as pessoas se

movem segundo fatores de movimento

Peso, Espaço, Tempo, Fluxo.

• Dessa forma, Laban sustenta que a dança tradicional (por exemplo, o

ballet), é quase que exclusivamente de passos técnicos e a dança

moderna, que considera a nova técnica da dança se constitui do fluxo de

movimento que se estende por todas as articulações do corpo,

estimulando o domínio do movimento em todos os seus aspectos

corporais e mentais. A riqueza de movimentos desta dança exige uma

nova forma de ensinar. Vale ressaltar que ela surgiu exatamente dessa

necessidade de movimentação e expressão livres.

• Nas escolas o que se busca é o efeito benéfico que a atividade criativa da

dança tem sobre o aluno e não a criação de espetáculos e danças

sensacionais.

• A questão sobre as apresentações de dança nas escolas deve ser

criteriosamente abordada.

• Reflita:

Quando a dança acontece na escola? Como ela acontece?

• Pense na Festa Junina que você participou no período escolar. As

coreografias apresentadas na festa eram frutos de um trabalho com

o tema dança? Elas eram elaboradas, confeccionadas pelos

alunos? Eram criação dos alunos? Utilizava-se os movimentos

espontâneos e expressivos dos alunos? Este é apenas um

exemplo!

• Você se lembra de um outro momento que a dança aparece na

escola? E como ela aparece?

Sendo assim, ao pensarmos no trabalho da dança na educação física,

baseando-nos na teoria de Rudolf Laban, devemos pensar algumas tarefas para

a escola:

• 1. A primeira tarefa é cultivar e estimular o impulso inato de crianças em se

movimentar e fazer com que crianças de grupos mais velhos tomem

consciência de alguns dos princípios que governam o movimento;

• 2. Preservar a espontaneidade do movimento e mantê-la viva sempre que

possível, mesmo na fase adulta, fora da escola;

• 3. Uma terceira tarefa é fomentar a educação artística dos alunos (que pode

ser um trabalho conjunto de várias disciplinas);

• 4. Uma tarefa adicional seria observar o fluxo de movimento que nela se

emprega.

TEMAS DE MOVIMENTOS ELEMENTARES DE RUDOLF LABAN

• A ideia diretriz da dança educação é que o professor deve estimular os

movimentos dos alunos. Ele deve se orientar pela dança moderna e pela

dança livre que possibilita a utilização de uma gama de movimentos

cotidianos do homem contemporâneo. Para nos auxiliar neste desafio de

desenvolver a dança educação Rudolf Laban dividiu alguns temas de

movimentos com possibilidades de variação.

• Vamos a eles:

VAMOS VER SE TEM RELAÇÃO COM NOSSA AULA PRÁTICA?

TEMAS RELACIONADOS COM A CONSCIÊNCIA DO CORPO

• A ideia principal é utilizar os movimentos do bebê (que brinca com os

braços, pernas, mãos e pés). Pode-se estimular a criança em

crescimento a conscientizar-se da possibilidade de usar, brincando, os

ombros, cotovelos, os pulsos, os dedos, os quadris, os joelhos, os

calcanhares, os dedos do pé, a cabeça, o peito, ou qualquer outra parte

do corpo para se mover ou dançar.

TEMAS RELACIONADOS COM A CONSCIÊNCIA DO PESO E DO TEMPO

• Sugere-se utilizar os movimentos de qualquer parte do corpo de

forma continua ou repentina, vigoroso ou leve.

TEMAS RELACIONADOS COM A CONSCIÊNCIA DO ESPAÇO

• Relacionar com a consciência do espaço significa utilizar os movimentos

para que a criança em desenvolvimento sinta a diferença entre os

movimentos amplos e restritos. Um tema útil para desenvolver essa

relação é a consciência da casa onde o corpo se move com seu chão,

suas paredes e seu teto.

TEMAS RELACIONADOS COM A CONSCIÊNCIA DO FLUXO DO PESO CORPORAL NO TEMPO E NO ESPAÇO

• Trabalhar com deslocamentos, ou melhor, trajetos diferenciados, por

exemplo: a continuidade de movimento em linha reta assim como em

trajetos sinuosos ou forma serpentina, com diferentes velocidades e

vários ritmos, marcados, batendo-se palmas, cantando ou tocando

tambores (ou outro instrumento), leva da simples brincadeira à

brincadeira com formas.

TEMAS RELACIONADOS COM A ADAPTAÇÃO A COMPANHEIROS

Para fortalecermos a sensação de pertencermos a um grupo podemos utilizar

uma brincadeira muito conhecida que é a “estátua”. Assim, a “estátua” solitária

pode trocar de posição respondendo a outra “estátua”, representada por um

companheiro. Pode-se estimular ensinando a diferença entre as estátuas

grandes e altas e de grande alcance com outras que assumem posições

pequenas, baixas, encolhidas. Depois as posições devem se estender a

breves sequências de respostas: um dos colegas se mexe e o outro responde,

continuando assim. Pode ainda juntar contraste de velocidade (rápido-lento) e

direção (em linha reta-curvas)

TEMAS RELACIONADOS COM O USO INSTRUMENTAL DOS MEMBROS DO CORPO

• Refere-se a utilizar os membros do corpo como instrumento: usar as mãos

como pinças, as pernas para locomoção e transporte do corpo de um lugar

para outro, todos os outros movimentos e funções consideradas normais do

corpo: caminhar, correr, girar, saltar, brincar, engatinhar, deslocar de

diferentes formas, etc.

TEMAS RELACIONADOS COM A CONSCIÊNCIA DE AÇÕES ISOLADAS

• As ações básicas de esforço, tais como pressionar lançar ou dar socos leves,

realizadas por diferentes partes do corpo podem ser executadas

posteriormente em várias direções espaciais. Cada ação tem uma velocidade

típica que vai trazer consigo a consciência de movimentos vigorosos e

movimentos leves.

TEMAS RELACIONADOS COM OS RITMOS OCUPACIONAIS

• As primitivas ações de trabalho despertavam a sensação de transição

entre esforços. Por exemplo, ao serrar, picar, cortar, puxar uma corda,

martelar, parafusar, regar, cavar ou alinhar, costurar, cortar diferentes

tecidos, escovar, picar, etc., existe um relaxamento antes que a ação

principal volte a ser repetida. Esse relaxamento prepara o corpo para

realizar a ação principal novamente. Essas ações têm a participação de

todo o corpo para sua realização.

ATENÇÃO!

Um outro objetivo é alcançarmos o efeito

benéfico da atividade criadora da dança

sobre a personalidade e não a produção de

dança sensacionais.