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Estudo de Caso: ADVID – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Departamento de Economia, Sociologia e Gestão Licenciatura em Gestão - 3ºAno, 2º semestre 2011/2012 Gestão e Desenvolvimento Local

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Estudo de Caso: ADVID – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense

Trabalho elaborado pelas Durienses (Grupo 5):

Angelina Capelas Nº 34985

Marina Vieira Nº 34058

Sara Oliveira Nº34060

Sónia Arantes Nº34063

Stephanie Cardoso Nº 34076

Vila Real, 25 de Maio de 2012

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Departamento de Economia, Sociologia e Gestão

Licenciatura em Gestão - 3ºAno, 2º semestre 2011/2012

Gestão e Desenvolvimento Local

Docentes: José Portela e Artur Cristóvão

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Índice

1. Introdução...............................................................................................................4

2. História da ADVID.................................................................................................4

3. Metodologia para a recolha de informação............................................................6

4. A Gestão Organizacional........................................................................................6

4.1.Designação.........................................................................................................6

4.2.Estrutura Organizacional....................................................................................9

4.3.Funcionamento da ADVID..............................................................................11

5. Contributo da ADVID para o Desenvolvimento Local........................................12

5.1.Parcerias da ADVID........................................................................................12

6. Estratégia da organização........................................................................................13

6.1. Objetivos estratégicos.....................................................................................13

6.2. Descrição sucinta da estratégia de eficiência coletiva....................................13

6.3. Análise SWOT: Análise do meio envolvente e interna da organização.........14

6.3.1. Oportunidades e Ameaças.......................................................................14

6.3.2. Forças e Fraquezas..................................................................................15

6. 4. Resultados a atingir........................................................................................15

7. Gestão de Recursos Humanos..............................................................................16

8. Gestão Financeira.................................................................................................17

9. Sistemas de informação e Inovações tecnológicas na ADVID............................17

10. Análise de Projetos...........................................................................................18

10.1. Outras atividades feitas pela ADVID............................................................20

11. Perspetivas futuras para a ADVID....................................................................21

12. Conclusão..........................................................................................................22

13. Bibliografia.......................................................................................................23

Anexos.........................................................................................................................24

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Índice de Figuras, Tabelas, Gráficos e Fotos

Figura 1 - Cronologia de alguns anos marcantes da ADVID...........................................5

Figura 2 – Mapa da Região Demarcada do Douro............................................................7

Figura 3 – Logótipo original da ADVID e suas vertentes

Figura 4 – Logótipo atual da ADVID e suas vertentes

Figura 5 –Formação dos colaboradores da ADVID

Figura 6 – Idade dos colaboradores da ADVID..............................................................16

Figura 7 – Departamentos dos colaboradores da ADVID...............................................17

Figura 8 – Organigrama da ADVID 2011.......................................................................32

Tabela 1 – Categoria de Associados

Tabela 2 – Oportunidades e Ameaças da ADVID

Tabela 3 – Forças e Fraquezas da ADVID

Gráfico 1 – Evolução da estrutura associativa do ano de 2002 a 2011...........................11

Fotografia 1 – Gabinete de apoio às candidaturas de subsídios......................................38

Fotografia 2 – Laboratório de Investigação e Desenvolvimento.....................................38

Fotografia 3 – Gabinete de Fernanda Almeida(Diretora do departamento de

Comunicação e Divulgação)............................................................................................38

Fotografia 4 – Fernando Alves (Diretor Executivo) e Fernanda Almeida (Diretora de

Comunicação e Divulgação)............................................................................................38

Fotografia 5 – Layout da ADVID (identificado a vermelho e o restante pertence à

família Symington, seu associado)..................................................................................39

Fotografia 6 – Fachada Principal da ADVID..................................................................39

Fotografia 7 – Entrada para a ADVID.............................................................................39

Estudo de Caso – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID)| 3

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1. Introdução O presente trabalho é elaborado no âmbito da unidade curricular de Gestão e

Desenvolvimento Local da Licenciatura em Gestão, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Foi-nos proposto a realização de um trabalho sobre uma associação ou instituição que promovesse o desenvolvimento local, ficando ao critério do grupo a sua escolha. Após um levantamento pormenorizado sobre diversas associações, decidimos por unanimidade escolher a “Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense” (ADVID). Esta é uma associação, com sede na cidade da Régua, cuja finalidade é desenvolver ações que proporcionem aos seus associados durienses mais e melhores ferramentas para dinamizar e promover os seus produtos, no caso concreto as uvas e o vinho.

O objetivo principal do estudo de caso é observar e perceber como a associação se organiza e movimenta, com vista a concretizar os seus projetos e qual o impacto dessas ações. Para tal, o processo exploratório baseou-se na recolha documental e pesquisa no site da associação, bem como estabelecer contactos pessoais com elementos diretamente relacionados com a mesma. Estes últimos serviram de trampolim à realização de uma entrevista, à qual se seguiu uma visita às instalações da sede. Posteriormente, passamos à fase analítica de toda a informação, que depois de organizada e interpretada foi sistematizada culminando com as conclusões pretendidas do nosso trabalho, ou seja: o modo de funcionamento, as ações desenvolvidas e a mais valias para os intervenientes e comunidade local.

Esperamos de alguma forma com este trabalho, contribuir para o reconhecimento e visibilidade da associação em causa de modo que as suas ações sejam valorizadas e obtenham o reconhecimento merecido. No entanto, como futuras gestoras, não deixaremos de tentar identificar e apontar lacunas existentes em processos e práticas ao longo de toda a cadeia, bem como propor alternativas que beneficiem o maior número possível de atores.

2. História da ADVID

Foram seus fundadores, em Fevereiro de 1982, as empresas associadas tais como: Ferreira, Ramos Pinto, Taylors, Caves Raposeira, Quinta dos Murças, Vale, Sandeman e Barros. A sua atitude à época, como sempre acontece, nasceu de uma insatisfação relacionada com a falta de informação, orientação e formação aos viticultores durienses no que toca ao tratamento das vinhas e do vinho. Os fundadores procuraram apoio junto dos viticultores mais representativos e a partir dessa altura percecionaram, que unidos numa associação defenderiam melhor os seus interesses na defesa dos seus projetos e consequentemente conduziriam a região ao progresso e desenvolvimento.

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2007

Atribuição de prémios para atrair investigadores

1982 2012 Fundação da ADVID (30 anos)

Introdução do novo

Logótipo da ADVID

Desde 1984 a ADVID promove cursos de formação profissional em vários domínios da atividade vitivinícola quer para técnicos quer para viticultores e empresários.

Em 1997 houve uma revisão dos estatutos: de modo a alargar o âmbito da sua atuação a um número mais alargado de viticultores e outras entidades interessadas pelo desenvolvimento da Região.

As atividades desenvolvidas desde a formação da ADVID, permitiram que em 2008 fosse apresentada uma candidatura ao COMPETE, de um conjunto coerente de iniciativas integradas num Plano de Ação, para o quadriénio 2009-2012, que vieram a ser reconhecidas como uma Estratégia de Eficiência Coletiva, denominada Cluster dos Vinhos da Região do Douro e, a ADVID foi reconhecida como sua entidade gestora.

Em 2009, a ADVID foi reconhecida como Cluster dos Vinhos da Região do Douro, por despacho dos Ministros da Economia e Inovação, do Ambiente do Ordenamento Território e do Desenvolvimento Regional, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, enquadrada no programa de Estratégias de Eficiência Coletivo.

A intenção principal da associação não era a obtenção de lucros diretos, mas sim adquirir ferramentas necessárias à defesa dos seus objetivos específicos que passavam pela criação de mecanismos técnicos, táticos e apoios financeiros que lhes permitisse a modernização da viticultura duriense e, consequentemente, a rentabilização dos seus produtos, neste caso as uvas e o vinho. Para tal, a partir de então e ao longo dos 30 anos de vida da associação, segundo informações disponibilizadas no seu site, têm desenvolvido as suas atividades em quatro áreas distintas mas que se complementam, são elas:

a) formação e informação contínua aos viticultores relacionadas com a vinha e o vinho (na produção e tratamento mecânico das vinhas, racionalização de mão de obra, entre outros);

b) apoio na formulação de candidaturas dos associados à obtenção de subsídios (estatais, mas também europeus);

c) investigação e desenvolvimento de novos processos, técnicas e produtos (criação novos processos e técnicas de escolha de castas e tratamento de doenças);

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Figura 1 – Cronologia de alguns anos marcantes da ADVID

2008Candidatura da

ADVIDao programa COMPETE

Desde 1984 a ADVID promovecursos deFormação

Profissional

1997Revisão

dos Estatutos

2009A ADVID foi reconhecida

como Cluster dos Vinhos da

Região do Douro

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d) formação aos viticultores na área ambiental, orientando os associados a adotar práticas de preservação da natureza e do meio ambiente sendo por isso zona turística e classificada pela UNESCO como património da humanidade).

Os resultados das ações e estudos empreendidos são tornados públicos, para que a eles tenham acesso os viticultores durienses, pelo recurso a publicações, cursos, colóquios, workshops e outros métodos de difusão que a direção repute adequados.

É de referir que muito do sucesso desta associação passa pelo compromisso de muitos dos associados efetivos, técnicos e demais colaboradores, motivados pelos seus próprios interesses, mas também de parcerias que ao longo dos anos vão estabelecendo com várias entidades (públicas e privadas) e empresas com as quais mantêm relações saudáveis.

3. Metodologia para a recolha de informação Para a recolha de informação, iniciámos a nossa pesquisa documental,

nomeadamente no site da associação e a partir daí obtivemos dados e contactos que serviram de ponto de partida para outras recolhas e base de sustentação para a elaboração de um guião com questões para uma entrevista que realizámos.

A entrevista foi marcada por contacto direto com a responsável de Comunicação e Divulgação, Engenheira Fernanda Almeida que nos informou de imediato que devido à ausência do Diretor seria ela própria a responsável pela entrevista.

O conteúdo e formato da mesma foi previamente discutido entre o grupo. Optamos por questões abertas, (pois as questões fechadas tomam mais forma de inquérito e não de entrevista), de índole exploratória, ou seja não muito extensas nem objetivas de mais, dando oportunidade ao entrevistado de ir mais além, bem como ao inquiridor a flexibilidade de acrescentar ou restringir a questão em função de pistas, ideias, observação de reações, comportamentos e todo um conjunto de sinais que nos ajudaram a conhecer melhor a associação.

Posteriormente no dia 17 de Maio de 2012, deslocámo-nos às instalações da ADVID para realizar a entrevista, e estando na associação tivemos a oportunidade de observar determinados fatores. Recorremos com a devida autorização a uma máquina fotográfica com a qual registámos alguns departamentos da associação bem como ao uso de um gravador e ao mesmo tempo um bloco de notas para não correr o risco de transmitirmos erradamente a informação que obtivemos. A duração da entrevista foi aproximadamente de 30 minutos e as questões da entrevista à ADVID e respetivas respostas estão apresentadas no anexo 1.

4. A Gestão Organizacional

4.1. Designação

A Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense tem sede na Quinta de Sta. Maria, freguesia de Godim, concelho do Peso da Régua. Os pontos de referência para melhor clarificar a sua localização são: a Igreja de Godim, Pingo Doce e Bairro Verde. Surgiu devido ao descontentamento das pessoas da região pelas necessidades sentidas na escassez de informação e conhecimentos que sozinhos não conseguiam obter e a consequente estagnação do desenvolvimento local.

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O território atual de atuação da ADVID é a região Demarcada do Douro, que se divide em três zonas:

Baixo Corgo Cimo Corgo Douro Superior

A referida associação tem os seus principais associados no Baixo Corgo, esta região tem aproximadamente 51% da sua área constituída por vinhas. É toda a margem esquerda desde a freguesia de Barrô até ao Rio Temi-Lobos e toda a margem direita desde Barqueiros até à Régua e no Cima Corgo com aproximadamente 36% da sua área constituída por vinhas e vai até ao meridiano que passa no Cachão da Valeira.

“As Aldeias Vinhateiras do Douro são espaços marcadamente rurais, estreitamente ligados à história da vinha e do vinho, tendencialmente fragilizados, em processo de decréscimo populacional, em que o sector primário continua a assumir um papel importante, predominando as actividades vitivinícolas.” (Artur Cristovão, Vera Medeiros, Rosário Melides).

As associações são constituídas por pessoas jurídicas sob o comando de uma direção, onde não há obrigações recíprocas entre associação e associados, mas sim intercâmbio de competências geradoras de benefícios não económicos, mas comuns a ambas as partes. Têm um papel importantíssimo na divulgação e dinamização das regiões, visto que os governos e grandes grupos económicos estão tendencialmente vocacionados para a globalização, esquecendo-se a maioria das vezes das regiões especialmente do interior.

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Figura 2 – Mapa da Região Demarcada do

Douro

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O logótipo da instituição evidencia o exercício da mesma.

Analisando a imagem, o que mais se destaca é um cacho de uvas, matéria-prima do vinho e referência da região do Douro. Salientam-se também as iniciais da sigla da associação, sendo que o “V” é uma inicial que abrange as restantes. Também podemos verificar que o “ i ” aparece com letra minúscula pois não corresponde a qualquer inicial, mas sim refere-se à palavra investigação. A letra “D” refere-se à palavra desenvolvimento pois o principal foco da ADVID é a Investigação e o Desenvolvimento (I&D). O símbolo é pouco ilustrativo, sem chama, parco em comunicação, no entanto podemos deixar voar a nossa imaginação e associarmos o mesmo às vindimas, ao turismo, ao vinho do Porto, à paisagem ambiental e ao desenvolvimento local. Neste sentido podemos interpretar a figura geométrica (octógono) no qual está inserido o símbolo que poderia corresponder aos oito fundadores.

A prova de que a nossa percepção está correta é o facto de a entrevistada nos ter confidenciado a alteração do símbolo por já não se identicarem com ele.

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Figura 3– Logótipo original da ADVID e

suas vertentes

Associação

Desenvolvimento Viticultura

Duriense

Figura 4 – Logótipo atual da ADVID e suas vertentes

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4.2. Estrutura Organizacional

A estrutura organizacional da ADVID (ver anexo 5) é de natureza simples, sendo composta por uma Assembleia Geral, uma Direção e um Conselho Fiscal, que são eleitos em Assembleia trianal pelos associados com direito de voto e é admitida a reeleição sem limite de mandatos dos mesmos membros.

Assembleia Geral : é constituída pelo Presidente, Vice-Presidente e um Vogal. Estes, reúnem-se duas vezes por ano, a primeira vez em Abril com o intuito de admissão ou exclusão de associados, bem como discutir e aprovar o Relatório de Atividades e Contas da Gerência do ano anterior. A segunda reunião é em Novembro e tem como objetivo a admissão e exclusão de associados a aprovação do Plano de Atividades e respetivo Orçamento para o ano seguinte. De salientar que no ano em que haja eleições é nesta segunda assembleia que se realiza a discussão e aprovação do Plano de Atividades e respetivo Orçamento. A participação compete a todos os sócios que têm plenos poderes para aceitar ou excluir quem se encontre em situação de incumprimento.

Direção : é constituída por um Presidente e quatro Vogais, que são eleitos pela Assembleia Geral, constituída pelos sócios efetivos e aderentes. Têm a seu cargo a gerência social, a administração financeira e disciplinar. Cabe à Direção propor para Assembleia Geral a admissão e exclusão dos associados, bem como, a atribuição da categoria.

Conselho Fiscal : é constituído por um Presidente e dois Vogais, cabe a estes fiscalizar a atuação da Direção, vigiando o cumprimento dos Estatutos, bem como, dar parecer favorável ou não sobre o orçamento e contas do exercício.

À categoria de associados efetivos podem pertencer pessoas singulares ou coletivas que tenham como atividade a vitivinicultura ou o comércio de vinho. Geralmente são grandes empresas e ao mesmo tempo exportadoras. Neste processo a Direção propõe a atribuição da categoria à Assembleia Geral, que para ser aceite tem de ser aprovada por dois terços dos associados efetivos. São admitidos como associados aderentes coletivos, as propriedades e sociedades de produção vitivínicola não têm que ser exportadoras obrigatoriamente, que sejam integral ou parcialmente detidos por qualquer dos associados efetivos, não pagando joia e quotas. O benefício de não pagamento de quotas cessará logo que o associado efetivo deixe a associação ou quando terminar a relação de grupo com o associado aderente coletivo. Finalmente, os associados honorários são distinguidos com esta categoria quando a sua colaboração prestada à associação, ou à região do Douro, for relevante para a mesma. Normalmente são ex-presidentes da associação ou pessoas que tenham influência na região e promovam o seu desenvolvimento. A integração nestas duas últimas categorias é feita através de proposta da Direção e aprovação em Assembleia Geral com maioria absoluta dos associados presentes.

As quotas cobradas pela associação variam entre 600€ e 6000€ de acordo com o peso de cada categoria na Assembleia Geral. Os aderentes individuais pagam o valor mínimo tendo direito apenas a um voto, enquanto os aderentes efetivos pagam o máximo e o seu voto corresponde a 50, daí a discrepância entre estes valores. Os associados honorários não pagam quotas porque são convidados pela associação, como tal não têm direito ao voto.As quotas anuais vencem-se no primeiro dia útil de Março de cada ano.

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Ser associado da ADVID dá acesso a determinados serviços. Mas por exemplo, a assistência no âmbito da produção integrada é um serviço pago à parte da sua quota anual, o qual depende da área que cada associado possui.

Aderentes individuais

Aderentes efetivos

Aderentes coletivos

AssociadosHonorários

Nº % Nº % Nº % Nº %

Homens 61 66% Empresas Empresas 27 100%

Mulheres 32 34% 0 0%

Total por Categoria 93 11 73 27

Percentagem representativa de cada categoria de associados

46% 5% 36% 13%

O Cluster Vinhos da Região Demarcada do Douro conta com uma base empresarial forte e alargada. Atualmente, a ADVID possui uma base associativa de cariz empresarial bastante alargada, sendo os seus associados responsáveis por 55% do volume de negócios gerado pelo setor do Vinho do Porto. Entre os associados da ADVID destaca-se a presença de alguns dos mais importantes intervenientes no processo de produção de vinhos do Douro, como sejam o caso dos associados efetivos.

É de salientar que dos atuais 204 associados, cerca de 60% são viticultores individuais, 28% pertencem a sociedades agrícolas e uma percentagem de 5% são empresas exportadoras em que todos participam ativamente e de forma empenhada na promoção do cluster, tal como vem acontecendo ao longo dos 30 anos de existência da ADVID.

A lista de todos os associados da ADVID distribuídos pelas respetivas categorias é apresentada no anexo 2, assim como a ficha de adesão para sócios, a preencher, e as respetivas condições estão presentes no anexo 3.

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Tabela 1 – Categoria de Associados

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Pela análise ao gráfico sobre a evolução dos associados da ADVID verificamos que há duas datas mais marcantes no número de associados, sem contar com os honorários. A primeira data foi em 2004 em que o número total ascende a 215 associados e a segunda é em 2009 em que o número mínimo de associados ascende a 181 associados. Porém temos que considerar que neste gráfico não se encontram representados os associados honorários.

No entanto, concluímos que desde 2004 até 2009 o número de associados tem diminuído lentamente e a partir deste pico mínimo há uma crescente subida dos associados.

4.3. Funcionamento da ADVID

A associação tem um espaço amplo com cerca de 150 m2, no qual se situam os gabinetes para os técnicos, a sala de reuniões, a biblioteca e o laboratório de apoio aos ensaios de viticultura e enologia. O laboratório de enologia e os centros de vinificação dos associados estão bem equipados e aptos a realizar os mais diversos trabalhos nomeadamente de microvinificação, no qual, os associados, participam diretamente porém este espaço é muito reduzido. Há um grande investimento em investigação e desenvolvimento, sendo o mesmo assegurado por seis técnicos superiores, um técnico administrativo, dois consultores financeiros.

Para a elaboração dos ensaios que são necessários realizar são utilizadas as propriedades dos vários associados, bem como os equipamentos. A par disso, a associação sempre que necessário compra maquinaria e disponibiliza-os aos mesmos. Também é norma da associação que os técnicos das entidades associadas participem nos trabalhos realizados e divulguem os resultados juntos dos viticultores, em que parte deles são apresentados em seminários, congressos e simpósios relacionados com a atividade.

5. Contributo da ADVID para o Desenvolvimento Local

A constituição de uma associação não tem como finalidade o lucro, mas sim reunir condições para ajudar determinados grupos da sociedade com um mesmo objetivo. É fundamental ter em consideração as necessidades da população e assim satisfazê-las, tendo em vista o código de ética.

“O local passa a ser uma redescoberta dirigida para a sociedade, prosseguindo a mobilização do desenvolvimento endogéno, a reestruturação do sistema produtivo local, a captação de factores externos e a conjugação das estratégias de alteração da estrutura da economia local. E, os actores tomam as decisões, fazem-no em função do território, concreto e específico” (Segundo Krugman, 1999; Porter, 1999; Barquero, 1999, referenciados por Lucília Caetano, 2003).

O estímulo de aumentar a produção de vinho dos viticultores, a formação que lhes é dada, o desenvolvimento e investigação permitida por especialistas são os pilares sobre os quais assenta o desenvolvimento da ADVID. A finalidade desta associação é melhorar os processos produtivos, contribuindo assim para uma qualidade de vida mais benéfica dos viticultores e ao mesmo tempo promover a região duriense.

“Não há homem que não seja natural, nem natureza que não seja humana” (Segundo João André,1996, referenciado por Lucília Caetano,2003).

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“O homem vive na sua região como habitante, produtor e consumidor, e o estudo desta multiplicidade de situações e actividades coloca o homem no centro da problemática do desenvolvimento/recursos.” (Lucília Caetano, 2003).

Os ensinamentos relacionados com a atividade agrícola são transmitidos de geração em geração, porém são incorporadas inovações principalmente tecnológicas. Antigamente a mão-de-obra humana era fundamental para a realização destas atividades. Atualmente, esta continua a ser indispensável apesar dos grandes avanços tecnológicos e mecânicos. Esta associação depara-se com grandes problemas em articular as novas maquinarias com o relevo acentuado desta região, o que acresce os custos de produção.

“Actualmente, a ideia de desenvolvimento local parece ter-se imposto e as suas virtudes serem universalmente reconhecidas. No entanto, basta propor a efectiva participação das pessoas e das entidades locais no processo de desenvolvimento dos seus territórios para que rapidamente surja o argumento da dificuldade de mobilizar o seu contributo e se refira a sua resistência à inovação.” (Priscilla Soares, 2011).

Relativamente à ADVID, segundo a nossa entrevistada a associação sente algumas dificuldades em fazer passar a mensagem aos associados e colaboradores da real necessidade de adotar medidas de proteção inclusive individuais de modo a evitarem acidentes de trabalho e preservarem a sua própria saúde pois por força do hábito de longos anos são resistentes à mudança e a inovação.

5.1. Parcerias da ADVID

“As iniciativas de desenvolvimento local são exemplares e consolidadas através de forte mediatização a nível local, em territorial confiando-se a um espaço social localizado e são suportados por processos de concertação e diálogo sob o signo das parcerias fortemente valorizadas. Com efeito, opta-se por soluções diferenciadas e particularizadas para realidades distintas.” (Lucília Caetano, 2003).

De acordo com o Relatório de Contas de 2011 da ADVID, entre os parceiros com quem a ADVID coopera fazem parte 37 organizações das quais são três Associações Empresariais, onze de Fornecedores de Serviços e Bens, seis Organismos Públicos Nacionais, cinco de Empresas Concorrentes, cinco de SCT Nacional, quatro de SCT Internacional e três de Organismos públicos estrangeiros, conforme lista apresentada no anexo 7.

6. Estratégia da organização

6.1. Objetivos estratégicos

Os principais objetivos estratégicos da ADVD passam por:

Desenvolver e dinamizar o Cluster, criando recursos através do aumento da

base associativa; Criar projetos mobilizadores com valor acrescentado para a atividade

vitivinícola, promover e aumentar o investimento na I&D e Inovação empresariais;

Aumentar a capacidade técnica, económica e financeira da associação de modo a ser mais competitiva em Portugal e no Estrangeiro;

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Aperfeiçoar as práticas vitivinícolas sob forma de otimização, captação e disseminação dos conhecimentos da população da região, aumentando o valor do capital humano local;

Aumentar a eficiência operacional da produção vitivinícola, através do desenvolvimento de metodologias apropriadas;

Obter investimento de entidades públicas e privadas para a Região; Apoiar as iniciativas dos agentes económicos para a inovação de processos e

produtos e estabelecer etapas de concentração do saber científico; Criação de serviços de apoio às empresas associadas.

Para atingir os objetivos referidos, a ADVID, em conjunto com os seus associados e parceiros, definiu um Programa de Ação que visa a inovação, modernização e qualificação das empresas do setor através da cooperação em rede, entre as empresas e entre estas e outos atores com importância para o desenvolvimento do setor e da região.

6.2. Descrição sucinta da estratégia de eficiência coletiva

Segundo informação recolhida no site da ADVID, o «cluster» onde está inserida a ADVID possui um plano de ação a médio prazo assente nos seguintes projetos:

Alterações climáticas Antecipar impactos e alterações climáticas da Região Douro; Minimizar o efeito das alterações climáticas, fornecendo aos viticultores

as ferramentas necessárias. Zonagem e cartografia tridimensional dos potenciais vitícolas numa lógica de

microzonagem Fornecer ferramentas de apoio à microzonagem, para apoiar as decisões

técnicas e de gestão vitícola. Biodiversidade funcional em viticultura

Valorizar os sistemas ecológicos e incrementar a biodiversidade nas explorações vinícolas reduzindo os inputs dos pesticidas.

Avaliação do potencial enológico das uvas Associar parâmetros mensuráveis na uva com os qualitativos do vinho; Valorizar objetivamente a matéria-prima (uva).

Preservação da variabilidade genética das castas Conservar amostras consideradas estatisticamente mais representativas da

variabilidade genética das castas autóctones regionais; Evitar a degradação do património genético formado ao longo dos tempos.

Produção sustentada em viticultura Recolher e sistematizar a informação de suporte à atividade vitícola e à

tomada de decisão de intervenções culturais bem como para suporte das atividades de I&D.

Racionalização da vinha da encosta Sustentabilidade dos sistemas propostos, sistematizando o terreno de

encosta. Desenvolvimento de competências:

Formação e divulgação das práticas adotadas;

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Proporcionar ao público-alvo competências adequadas ao seguimento dos objetivos pretendidos pela ADVID;

Identificar necessidade de formação nas diversas áreas; Transferência de conhecimento e know-how.

6.3. Análise SWOT: Análise do meio envolvente e interna da organização

A associação em estudo expõe algumas forças e fraquezas, podendo estas últimas ser transformadas em oportunidades, se identificadas a tempo.

6.3.1. Oportunidades e Ameaças

Oportunidades Ameaças

Inexistência de outra associação com as mesmas valências da

ADVID; Bom entendimento entre a associação e os seus associados na organização das atividades.

Redução do número de viticultores;

Falta de alguns apoios financeiros.

6.3.2. Forças e Fraquezas

Forças Fraquezas

Melhorar os processos produtivos do cultivo e tratamento das vinhas;

Promover a I&D e a Inovação; Formar os colaboradores e

associados; Adotar uma boa gestão de Recursos

Financeiros e Humanos; Laboratório próprio para I&D;

Localização adequada aos objetivos da associação.

Não têm instalações próprias e as que ocupam são precárias com departamentos dispersos;

Não têm disponibilidade para ceder as instalações aos seus associados

porque não têm condições; Dificuldade em contratar pessoal que

domine a Língua Inglesa para o acompanhamento das visitas e

provas.

14 | Estudo de Caso – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID)

Tabela 2 – Oportunidades e Ameaças da ADVID

Tabela 3 – Forças e Fraquezas da ADVID

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6. 4. Resultados a atingir

A estratégia principal da organização centra-se nos Viticultores do Douro.

O pensamento estratégico, não sendo de caracter económico, não é alheio à estratégia da organização. Neste caso, o planeamento estratégico visa a materialização e concretização das metas estabelecidas. Assim, sendo a ADVID pretende reforçar e capitalizar a gestão empresarial, especialmente ao nível dos pequenos e médios viticultores; acréscimo de valor ao sector vitivinícola; aumento de competência técnica e disseminação de conhecimentos para incremento da sustentabilidade e competitividade. Logo, a associação em estudo tem como objetivo atingir os seguintes resultados:

Promover unidades de produção agrícola modernizadas; Beneficiar do uso de sinergias ente empresas, instituições de ensino e I&D; Promover práticas empresariais inovadoras qualificando os produtos regionais; Estabelecer parcerias público-privadas; Desenvolver a atratividade da região na sua diversidade; Continuar a investir no capital humano.

Relativamente a metas quantitativas, o Cluster tem como objetivo anual: A variação do número de associados em 10%; Ações de formação e eventos de divulgação (30); Serviços técnicos disponibilizados (10); Parcelas de referência da rede ADVID (15); Projetos de I&D realizados (20); Projetos com intervenção de entidades do SCT (15); Aumento do número de investigadores no Cluster (10); Informações técnicas disseminadas e publicações colocadas no domínio

público (200).

Os principais impactes esperados com a implementação das medidas acima mencionadas situam-se nos seguintes domínios:

Aumento da produtividade; Criação de postos de trabalho; Diminuição dos custos de produção; Exportações da Região Demarcada do Douro; Projetos com disseminação e nível nacional e internacional.

7. Gestão de Recursos Humanos

“A qualificação do trabalho ou do serviço prestado permite a obtenção de melhores remunerações e implicitamente a valorização social do indíviduo. É possível, assim, suprir a procura de quadros técnicos na tentativa de adaptar, o melhor possível, as capacidades humanas às necessidades de acções específicas nos diferentes territórios.” (Lucília Caetano,2003).

Estudo de Caso – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID)| 15

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“A participação dos cidadãos na vida pública é considerada, pelo menos desde o início dos tempos modernos, um dos requisitos básicos para haver uma governação adequada à natureza livre dos homens e à sua plena realização enquanto seres racionais.” (Diogo Pires Aurélio, 2011).

A ADVID tem nove colaboradores a tempo inteiro sendo todos assalariados dos quais são cinco mulheres e quatro homens.

Com vista a fomentar a disseminação e endogeneização do conhecimento são preparados planos de formação, eventos e workshops com base na deteção preliminar de

16 | Estudo de Caso – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID)

Formação dos Colaboradores

Nível Secundário de Escolaridade

9

1

8 Licenciados

Mestrandos

2

Figura 5 – Formação dos nove colaboradores da ADVID

Idade dos Colaboradores 96 Entre os 35 e os

40 anos

3 Entre os 50 e os 55 anos

Figura 6 – Idade dos nove colaboradores da ADVID

Figura 7 – Departamentos dos colaboradores da ADVID

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necessidades. Estas atividades são realizadas nas quintas dos associados ou por vezes arrendam por exemplo, espaços em Hotéis para os realizar. Obtêm informação pela realização de inquéritos qualitativos junto de um painel de associados e aderentes do Cluster para conhecer as suas reais necessidades e o reconhecimento que os associados atribuem à ADVID. As acções de formação propostas são submetidas a uma candidatura ao POPH (Programa Operacional Potencial Humano). A par deste plano de formação financiado, a ADVID propõe também um programa com ações fora da tipologia prevista pelo POPH, não financiada, de curta duração e dirigida a associados e não associados.

8. Gestão Financeira

A ADVID é uma associação sustentada pelas quotas dos associados e por programas de candidaturas de projetos como é o caso do COMPETE, PRODER, bem como apoio de outras instituições públicas em projetos de I&D.

O sistema de quotizações instituído é através de quotas fixas diferenciadas conforme o tipo de associado e complementado por quotas variáveis em função das áreas inscritas para apoio técnico, que tem permitido garantir um adequado financiamento das atividades da ADVID. Neste contexto com a realização da entrevista à associação foi-nos comunicado que os associados efetivos contribuem com 6000€/cada e os associados coletivos e individuais com 600€/cada.

Relativamente às despesas comuns não temos valores concretos, no entanto sabemos que têm as despesas com custos fixos, como a manutenção da sede, tais como: água, luz e renda. E custos variáveis sendo estes as deslocações, atividades realizadas, entre outros.

9. Sistemas de informação e Inovações tecnológicas na ADVID

No seguimento dos novos procedimentos e metodologias que foram implementados em 2012 para a atualização e inserção de conteúdos na página Web da ADVID, em 2013 continuarão a incrementar a comunicação com os associados da ADVID, parceiros e o exterior, o que se continuou a traduzir num aumento do número de visitas ao site institucional que ronda as vinte e três mil visitas.

10. Análise de Projetos

No âmbito do planeamento estratégico da ADVID, há que apontar as atividades estruturadas que têm sido levadas a cabo.

A estratégia proposta está alavancada num conjunto de ações, com caráter mobilizador e potencialmente geradores de externalidades positivas para os atores do cluster e da fileira vitivinícola em geral, nomeadamente:

Projetos âncora, com elevado grau de participação dos parceiros; Projetos Complementares, destinado a ações individuais ou de

cooperação entre empresas enquadradas no Cluster, para as quais estão disponíveis linhas de incentivos com discriminação positiva para as ações integradas nos objetivos do Cluster;

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Ações de animação e dinamização da rede; fomento da comunicação e disseminação de conhecimento.

Neste momento a ADVID tem em mãos um projeto, o projeto âncora. Este preocupa-se com o impacto das alterações climáticas na viticultura da Região Demarcado do Douro, está alicerçado em diferentes atividades, suportadas por diferentes projetos, nomeadamente: Alterações Climáticas na RDD; ClimeVineSafe; Modelização da evolução da qualidade do vinho e Relações hídricas da videira.

De acordo com o site da ADVID, apresentamos uma lista de algumas

iniciativas e projectos realizados ou em fase de realização:

Reconstituição das vinhas do Douro, com estudos sobre as novas formas de

armação do terreno, mecanização da cultura da vinha, erosão, custos de

instalação nos diferentes sistemas de armação do terreno, escolha dos

encepamentos (afinidade casta x porta-enxerto) e modo de condução da vinha;

Racionalização das operações na vinha, com destaque para a vindima, nas

operações de corte e transporte;

Desenvolvimento de um sistema de transporte das uvas no dorso, para

aplicação em vinhas tradicionais da região, em colaboração com

INETI(Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação) e FMH;

Determinação das necessidades de água da vinha nas situações de stress

hídrico acentuado e estudo das relações hídricas solo-planta-atmosfera com a

colaboração da UTAD;

Modelação das doenças criptogâmicas da vinha, pela implementação de

modelos para o míldio da videira, e sua divulgação junto dos associados, como

suporte à tomada de decisão de tratamentos fitossanitários EPI-Mildio e

desenvolvimento em colaboração com IST - Laseeb, e DRATM do modelo

PALM, no prejecto PAMAF-IED 6167;

Implementação, em conjunto com os associados, desde 1997, de um programa

de Protecção Integrada para a Vinha da Região Demarcada, promovendo

práticas de protecção da vinha compatíveis com a preservação do meio

ambiente;

Implementação desde 2003 de um programa de Produção Integrada na Vinha,

que enquadra o conjunto de orientações definidos para este método de

produção;

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Implementação de modelos e métodos de previsão antecipada da vindima,

através da dosagem polínica da atmosfera durante a floração, em colaboração

com o CEMAGREF e IVP (posteriormente integrado em projectos PAMAF-

IED e AGRO-DED n. o 53) , tendo como objectivo dotar a região de um

método rigoroso e eficaz de previsão de colheita;

Contribuição para o desenvolvimento de equipamentos mecânicos, adequados

às vinhas tradicionais da Região do Douro, aplicando as metodologias da

"análise de valor" em colaboração com INETI e AI;

Selecção clonal da vinha, com envolvimento directo da associação e seus

associados, que cederam terrenos das suas propriedades para a instalação dos

campos de clones existentes na Região e colaboração no projecto AGRO-DED

n. o 70, com a participação de diversas instituições;

Colaboração com a UTAD no Projecto do PDRITM “Melhoramento de castas

do Douro - Estudos sobre a sua fertilidade e produtividade”;

Identificação de parâmetros associados à qualidade em castas tintas do Douro

(projecto PAMAF-IED) e influência vitícola no aroma e estrutura dos vinhos,

em colaboração com ESB, DRATM, FC-UP, no projecto AGRO-DED n. o

313;

Macrozonazem da Região Demarcada do Douro, em colaboração com UTAD,

DRATM, IVDP, ESAB, IDARN, no projecto AGRO-DED n. o 170;

Desenvolvimento e aplicação do método da confusão sexual para combate à

traça da uva nas vinhas sistematizadas na encosta;

Estudos sobre a fauna auxiliar da vinha, entomofauna e parasitismo da traça da

uva;

Estratégias de racionalização do controlo do oídio da videira;

Estudo do ciclo de vida e prospecção na Região do cicadelídeo Scaphoideus

titanus, agente vector da Flavescência Dourada.

10.1. Outras atividades feitas pela ADVID

Estudo de Caso – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID)| 19

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Na prossecução dos objetivos para a qual a ADVID foi fundada, e no

seguimento da linha estratégica do Plano de ação do Cluster dos vinhos da Região do

Douro, a ADVID tem realizado diversos eventos para a transmissão do conhecimento

produzido e a sua endogeneização no setor vitivinícola.

Para a promoção de projetos complementares, segundo o site da ADVID, foram

realizadas diversas reuniões com os associados com vista a proceder à:

Caracterização climática da Região e avaliação dos anos vitícolas;

Manutenção de uma rede de informação climática, atualmente em fase de

renovação com postos equipados para transmissão via rádio em seis locais da

Região;

Recolha e tratamento de dados climáticos referentes à RDD; análise da evolução

dos anos agrícolas e elaboração dos respetivos relatórios de acompanhamento,

sobre os aspetos climáticos, vegetativos e fitossanitários;

Recolha e distribuição de garfos para enxertia, das castas selecionadas no

programa PDRITM, tendo sido estabelecido um protocolo com a Direção

Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, através do CEVD e UTAD (entre

1985 e 1989);

Realização de provas anuais dos vinhos da vindima, com a colaboração dos

associados efetivos e ESB, destinadas essencialmente a produzir informação

sobre o ano vitícola, à caracterização aromática das principais castas tintas e à

uniformização de critérios de prova;

Apoio na implementação e gestão do programa LEADER I na zona de

intervenção do Baixo e Cima-Corgo e colaboração nos projetos no âmbito do

PRODER, QREN e COMPETE .

Participação ativa no Conselho Regional da Casa do Douro, através da presença

de dois conselheiros, com o objetivo de apoiar as politicas de desenvolvimento

da Região.

11. Perspetivas futuras para a ADVID

Das perspetivas futuras de uma organização fazem parte a definição de estratégias que conduzam projetos de curto, médio e longo prazo para o sucesso da instituição.

Segundo o Plano de Atividades e Orçamento aprovado em Abril de 2012 as principais perspetivas futuras da ADVID passam pelos resultados do plano de ação,

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principalmente dos projetos Âncora relativamente ao desenvolvimento de competências na área da comunicação e divulgação, reforçar o trabalho em rede, promover a transferência de conhecimento do Setor Científico e Tecnológico para as empresas vitivinícolas, e promover a melhoria do Apoio Técnico aos Associados. Das atividades a desenvolver pela associação em 2012, destacam-se, as consequências no Cluster dos Vinhos da Região Demarcada do Douro que passam pelo:

Simpósio “ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS” - Apresentação dos resultados do trabalho realizado sobre o impacto das Alterações Climáticas na vitivinicultura.

Simpósio “VALORIZAÇÃO DE SERVIÇOS DO ECOSSISTEMA NA ACTIVIDADE VITIVINÍCOLA ” - Apresentação dos resultados do trabalho desenvolvido no âmbito dos projetos BioDivine, maximização dos serviços do Ecossistema da Vinha e Infraestruturas ecológicas na proteção biológica de conservação contra pragas da vinha, na RDD (Região Demarcada do Douro).

Relativamente à interação entre a ADVID e os seus associados, além de Ações de Divulgação e Formação, desenvolvidas irão disponibilizar outro meio de comunicação, através de Plataforma na Internet, que irá permitirá ao Associado requerer apoio técnico e acompanhar toda a atividade desenvolvida pela ADVID na sua exploração.

A constituição do “Observatório Económico da RDD”, ferramenta fundamental para avaliar economicamente, em cada momento, o ativo biológico Vinha.

Para a deteção das necessidades pretendem implementar os seguintes serviços:• Medição das relações hídricas da videira, apoio Técnico em Agricultura

Biológica e interpretação das características geográficas da parcela e/ou exploração no domínio da micro-zonagem.

No âmbito da Biodiversidade, os objetivos passam pela diminuição de custos e produzir valor acrescentado nos vinhos obtidos com estas uvas, proporcionado pela qualidade higiene - nutricional, criação de ambiente paisagístico atraente a visitas turísticas, líderes de opinião e ensaios de Biodiversidade. Terão uma política ativo junto dos decisores da vitivinicultura nacional, concebendo propostas adequadas às especificidades da Viticultura de Encosta, classificada como Património Mundial. A RDD é um zona de encostas, em que predomina a vinha (com custos acrescidos comparativamente a outras viticulturas), cuja paisagem é motivo de atratividade aos turistas, e que a ADVID juntamente com outros organismos fará o que está ao seu alcance para a preservar.

No entanto a atividade económica da vinha, além de ser de montanha, tem e quer preservar as condições de classificação do Património, o que acarreta aumento de custos que derivam não só das técnicas a usar para a cultura da vinha e para a sustentabilidade do território, mas também, no aumento de dispêndio de tempo e dinheiro junto dos Organismos Públicos para a obtenção de pareceres e autorizações que permitam reestruturar a vinha ou a Adega.

Em suma, o Plano de Atividades da ADVID para 2012 pretende consolidar a posição como a principal plataforma de disseminação e do conhecimento bem como o levantamento de problemas entre Universidades, Organismos de Investigação e as Empresas Vitivinícolas com o objetivo central de reforçar a competitividade do setor vitivinícola, estimular o empreendedorismo e a inovação.

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12.Conclusão

Os trabalhos desenvolvidos pelo grupo relativamente ao Estudo de Caso da ADVID proporcionou-nos a obtenção de mais conhecimentos acerca do que é uma associação deste género, para que existe e o âmbito da sua atuação.

A Associação em causa está inserida na Região Demarcada do Douro, é composta de quatro categorias de associados, ligados de alguma forma ao Cluster dos Vinhos do Douro. Como tal a associação que tem o seu principal enfoque na I&D, trabalha na perspetiva de criar mais competitividade no setor a nível nacional e internacional.

Quanto ao seu enquadramento no que concerne ao Desenvolvimento Local a mesma estabelece parcerias com várias instituições públicas e privadas no âmbito de tratar as competências necessárias para responder à empregabilidade das pessoas, em especial da região.

Do que nos foi dado presenciar na deslocação à sede, achamos ser alvo de alguma crítica relativamente às instalações precárias que possuem, bem como a contradição em que incorreu a nossa inquirida ao dizer que não tinham dificuldades financeiras, afirmação, que de imediato foi desmentida por outro colaborador ao dizer que “dificuldades todas as instituições têm”.

Concluímos que as associações constituídas com o intuito de defender um determinado público-alvo podem não só contribuir para o seu desenvolvimento como também valorizar os recursos endógenos e atrair outros exógenos que contribuam para o Desenvolvimento Local.

Só com pesquisa, observação presencial e contato direto com as pessoas da associação conseguimos ter noção da utilidade que a ADVID têm na região em especial no setor dos vinhos, da vinha e outros relacionados.

13. Bibliografia

Referências Bibliográficas:

Caetano, L. (2003), Território, do Global ao Local e Trajectórias de Desenvolvimento, Coimbra: Centro de estudos geográficos – Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Pires Aurélio, D. (2011), “Representação, Revolução, Participação”, Fundação Cuidar o Futuro (edição), Cuidar a Democracia Cuidar o Futuro, pp. 44-52, Portugal: Lisboa.

Soares, P. (2011), “Associação in Loco”, Fundação Cuidar o Futuro (edição), Cuidar a Democracia Cuidar o Futuro, pp. 85-92, Portugal: Lisboa.

Cristovão, A.; Medeiros, V.; Melides, R. “Aldeias vinhateiras, aldeias vivas?”.

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Webgrafia:

Site visitado em 17.04.2012: http://www.advid.pt/index.php?op=menu&mid=23&lang=pt

Site visitado em 17.04.2012: http://www.advid.pt/index.php?op=menu&mid=23&cid=13&lang=pt

Site visitado em 18.04.2012: http://www.advid.pt/index.php?op=menu&mid=23&cid=11&lang=pt

Site visitado 18.04.2012: http://www.advid.pt/index.php?op=menu&mid=23&cid=14&lang=pt

Site visitado em 18.04.2012 : http://www.advid.pt/index.php?op=menu&mid=23&cid=9&lang=pt

Site visitado em 18.04.2012: http://www.advid.pt/index.php?op=menu&mid=23&cid=16&lang=pt

Site visitado em 19.04.2012: http://www.advid.pt/index.php?op=menu&mid=23&cid=17&lang=pt

Site visitado em 19.04.2012: http://www.advid.pt/index.php?op=menu&mid=24&cid=28&lang=pt

Site visitado em 19.04.2012: http://www.advid.pt/index.php?op=menu&mid=24&cid=29&lang=pt

Site visitado em 19.04.2012: http://www.advid.pt/index.php?op=menu&mid=24&cid=8&lang=pt

Site visitado em 17.05.2012:http://home.utad.pt/~rfvr/reg_dem_douro.html

Site visitado em 22.05.2012: http://www.flad.pt/?no=3000001872:12042012 Site visitado em 22.05.2012: http://www.vitilabtek.com/sfv2012/ Ste visitado em 22.05.2012:

http://www.ivdp.pt/pt/docs/Folheto%20WSET%20III%20ADVID%20-%20AV2010.pdf

Site visitado em 23.05.2012: http://www.pofc.qren.pt/ResourcesUser/2012/PCT/Cluster_Vinhos_PlanoAtiv_2011.pdf

Anexos_____________________________________________________

Índice de anexos:

Anexo 1 – A entrevista à ADVID...................................................................................25

Anexo 2 – Lista de todos os associados..........................................................................28

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Anexo 3 – Proposta de adesão para sócios......................................................................31

Anexo 4 - Organigrama da ADVID...............................................................................31

Anexo 5 - Órgãos sociais da ADVID para 2012- 2014...................................................33

Anexo 6 – Contactos da associação.................................................................................34

Anexo 7 – Principais Parceiros da ADVID.....................................................................34

Anexo 8 – Prémios ADVID e Notícia sobre a ADVID e a Sogrape – Vinhos de

Portugal, S.A....................................................................................................................35

Anexo 9 – Novas Tecnologias de informação: Site da ADVID......................................37

Anexo 10 – Instalações e Colaboradores.........................................................................38

Anexo 11 – Panfleto de um Seminário realizado pela ADVID.......................................40

Anexo 12 - Jornadas sobre a Sustentabilidade da Fileira Vitivinícola a realizar na

UTAD..............................................................................................................................41

Anexo 1

A entrevista à ADVID

1. Quais as razões que levaram à fundação da ADVID? No vosso site não mencionam os fundadores da ADVID, quem foram? Resp: Foi por necessidades sentidas na obtenção de informação que ajudassem a desenvolver o setor. A ADVID foi criada por um conjunto de pessoas ligadas ao setor com especial destaque para: Ferreira, Ramos Pinto, Taylors, Caves Raposeira, Quinta dos Murças, Vale, Sandeman, Barros.

2. Quais os requisitos para se ser sócio desta associação?Resp: Qualquer pessoa pode ser sócia da ADVID, não necessita de ter vinhas nem vinho, basta que tenha alguma ligação com o setor dos vinhos. Por exemplo: as empresas de agroquímicos (não têm vinhas mas estão ligadas ao setor).

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3. Sabemos que têm quatro categorias de associados: efetivos, aderentes coletivos, aderentes individuais e honorários. Qual a diferença entre eles?Resp: Inicialmente só havia um tipo de associados, mas foi alterado com os novos estatutos. Assim, os Honorários são pessoas respeitadas e que de algum modo fizeram algo pela região ou pela associação e por isso são convidadas. Os associados efetivos podem ser singulares ou coletivos que sejam exportadores. Os associados coletivos são outras empresas que se dediquem ao vinho ou à vinha mas que não necessariamente exportadores. Finalmente os associados individuais constituídos por qualquer viticultor individual.

4. Quais os benefícios que a associação proporciona aos seus associados? Qual o seu relacionamento?Resp: Os benefícios são variados, desde logo a associação colabora no cluster dos vinhos na I&D que procura articular com a I&D que se faz noutros Centros. Esta articulação foi inicialmente uma das nossas principais dificuldades visto não corresponder às reais necessidades que os viticultores sentiam no terreno. Para tal, a associação criou parcerias, por exemplo com a DREN – Direção Regional Educação do Norte - para dar formação aos associados de como e quando devem atuar inclusive a nível de proteção individual. Outra vertente da colaboração entre associação e associados é o facto de prestarmos apoio na formulação das candidaturas aos subsídios relacionados com o setor.

5. Como é que ADVID contribui para o desenvolvimento da região duriense?Resp: A nível de desenvolvimento local a nosso contributo vai no sentido de em todos os projetos que desenvolvemos termos presente a preservação do ambiente e do ecossistema. Assim, a região classificada como Património Mundial, atrai muito turismo, inclusive à quinta dos nossos associados e por esse motivo proporciona criação de empregos e dinamização do comércio local.

6. Quais são as maiores dificuldades sentidas pela associação ao longo do tempo? Como as têm conseguido ultrapassar?Resp: As maiores dificuldades sentidas ao longo do tempo estão relacionadas com candidaturas e atribuição de subsídios, bem como a variabilidade dos associados. Outra das dificuldades está diretamente relacionada com o relevo (íngreme) e o clima que é difícil de prever, assim como, a dificuldade em mudarmos a mentalidade de alguns viticultores no que diz respeito à utilização de equipamentos individuais para proteger a própria saúde. Quanto à investigação desenvolvida não temos dificuldades já que toda ela é desenvolvida em laboratórios e vinhas dos nossos associados.

7. Com quantos colaboradores contam? São todos remunerados ou existem voluntários?Resp: O total dos colaboradores da ADVID são nove, cinco mulheres e quatro homens. São todos remunerados logo não temos voluntários, e as idades variam entre os 35 e os

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55 anos. Todos têm qualificação superior, à exceção do funcionário administrativo que possui o 12º ano de escolaridade.

8. Os associados têm voz nas tomadas de decisão?Resp: Sim, todos os associados tem direito de voto à exceção dos honorários, no entanto, por exemplo, os associados efetivos pagam uma quota de 6000€ e têm direito a 50 votos nas decisões em assembleia, enquanto que os associados aderentes pagam 600€ de quota mas só têm direito a um voto.

9. As pessoas aderem ao desenvolvimento local? De que forma as motivam?Resp: Pretendemos ser uma associação motivadora e dinamizadora da Região, prova disso, é a parceria que estabelecemos com a DREN e a CCDRN – Comissão Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte – para dotar as pessoas de conhecimentos com vista à empregabilidade nas áreas de comércio e turismo local.

10. Têm acordos ou parcerias com várias entidades entre as quais a UTAD. Qual o contributo que essas instituições prestam à vossa associação? Resp: Temos parcerias com várias instituições públicas e privadas e todas elas são no sentido de aquisição e transmissão de maior conhecimento em especial em I&D, assim como na agilização dos processos com vista a criar sinergias positivas que se traduz em mais-valia para os associados e para a região.

11. Têm algum código de ética interno?Resp: O nosso código de ética passa por não divulgar em público práticas ou conclusões de investigações antes de as transmitirmos aos nossos a associados. É para eles que primeiramente trabalhamos e é a eles que queremos servir.

12. A vossa associação utiliza tecnologia. Valorizam a inovação tecnológica? Registam as vossas patentes?Resp: Sim, é a nossa principal aposta. Para tal socorremos de laboratório próprio como dos nossos associados, bem como da investigação obtida pelas parcerias das instituições e centros de investigação que connosco colaboram. Deparamo-nos com alguns problemas no que se refere à aplicabilidade de determinadas tecnologias motivadas pelo declínio das vinhas. Por norma não registamos as nossas patentes porque se tornam muito onerosas para a associação.

13. Estão representados noutra localidade para além da cidade da Régua?Resp: Não, não temos qualquer representação noutra localidade. A nossa zona de atuação é a Região Demarcada do Douro e sentimos que estamos bem localizados relativamente à maioria dos associados. Apesar de a sede de alguns grandes associados não se situar nesta região, o nosso apoio e contributo está mais direcionado para as vinhas e essas têm aqui a sua localização.

14. Para além da vinha, que outros recursos endógenos valorizam?

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Resp: Em todos os processos e métodos que desenvolvemos temos sempre presente a valorização dos recursos endógenos em especial relacionados com a biodiversidade tais como a flora e fauna. Sabemos que contribuindo para essa preservação, e sendo a Região do Douro Património Mundial muito do turismo captado pelos nossos associados advém da preservação da natureza.

15. Temos conhecimento que captam investimento público e privado, mas de que forma? Através de parcerias? Resp: Parte do conhecimento público e privado, bem como internacional, que captamos é conseguido pelos sucessivos projetos de I&D em que nos envolvemos e nos quais formamos parcerias em rede com diversas instituições que de alguma forma reconhecem o valor do nosso trabalho.

Anexo 2

Lista de todos os associados

Neste momento a ADVID conta com duzentos e quatro sócios, sendo em maior número os associados aderentes individuais. ( Fonte: Site da ADVID).

Associados efetivos – 11

Adriano Ramos Pinto - Vinhos, S.A. Sociedade Quinta do Portal, S.A.

C.ª Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro Sociedade Vinícola Terras de Valdigem, S.A.

Churchill Graham, Lda. Sogevinus Fine Wines, S.A.

Niepoort (Vinhos), S.A. Sogrape Vinhos, S.A.

Quinta do Noval - Vinhos, S.A. W. & J. Graham & C.ª, S.A.

Rozès, S.A.

Associados aderentes coletivos – 73

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A.Monteiro & Pôncio, Lda. Pacheco & Irmãos, Lda.

Bayer CropScience Portugal, Lda. Quinta da Carvalhosa, Sociedade Agrícola, Lda.

Beloxisto - Turismo Rural e Agricultura, Lda. Quinta da Foz do Pinhão - Sociedade Agrícola, Lda.

Biosani - Agricultura Biológica e Protecção Integrada,

Lda.

Quinta da Jusã - Sociedade Imobiliária e Turística, S.A.

Cabanas - Sociedade Vitivinícola, Lda. Quinta da Xandica - Sociedade Unipessoal, Lda.

Casa Agrícola Horta Osório, S.A. Quinta das Apegadas, Sociedade Agrícola, Lda.

Casa de Vilarelhos, Sociedade Agrícola, Lda. Quinta de D. Matilde Vinhos, Lda.

Cockburn & CA., S.A. Quinta do Crasto, S.A.

Coimbra de Mattos, Lda. Quinta do Grifo - Sociedade Agrícola, S.A.

Duorum Vinhos, S.A. Quinta do Infantado, Vinhos do Produtor, Lda.

E.I. Empreendimentos e Investimentos Agrícolas do

Douro, S.A.

Quinta do Osório, Lda.

Esmero - Sociedade de Vinhos, Lda. Quinta do Passadouro, Sociedade Agrícola, Lda.

In Vino - Sociedade Agrícola, Lda. Quinta do Pessegueiro, Sociedade Agrícola e Comercial,

Lda.

F. Alburquerque e Filhos - Sociedade Agrícola, S.A. Quinta do Querindelo, Lda.

F. Olazabal & Filhos, Lda. Quinta do Sairrão, Sociedade Agrícola, S.A.

Fundação da Casa de Mateus Quinta do Vallado - Sociedade Agrícola, Lda.

Galaico - Duriense, Sociedade Agrícola, Unipessoal,

Lda.

Quinta do Ventozelo - Sociedade Agrícola e Comercial,

S.A.

João Brito e Cunha, Lda. Quinta dos Avidagos, Lda.

José Maria Pires - Quinta vale de Locaia, Soc.

Unipessoal, Lda.

Quinta Geração - Vinhos, Lda.

José Viseu Carvalho & Filhos, Lda. Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, S.A. 

Lemos & Van Zeller, Lda Quinta Valbom de Cima Peixotas, P.A., Lda.

Montez Champalimaud, Lda.. Rumo, Sociedade Agrícola, Lda.

Nectar da Sabedoria - Vinhos e Enoturismo, Lda. Prats & Symington, Lda.

Sapec Agro, S.A. Sociedade Agrícola Quinta da Teixeira Velha, Lda.

Saraiva & Filhos, Lda. Sociedade Agrícola Quinta de Reçafes, Lda.

Silva & Cosens, Lda. Sociedade Agrícola Quinta do Beato, Lda.

Sinergiae - Ambiente, Lda. Sociedade Agrícola Quinta do Todão, Lda.

Sociedade Agrícola de Vila Velha, Lda. Sociedade Agrícola Quinta Seara D’Ordens, Lda.

Sociedade Agrícola dos Canais, Lda. Sogevinus Quintas, Lda.

Sociedade Agroturistica da Casa dos Barros, Lda. Symington - Vinhos, S.A.

Sociedade Agrícola da Quinta do Alvito, Lda. Syngenta Crop Protection, Lda.

Sociedade Agrícola da Quinta do Vale de Malhadas,

Lda.

VCC, Unipessoal, Lda.

Sociedade Agrícola da Quinta do Vesuvio, Lda. Veredas do Douro - Sociedade Agrícola, Lda.

Sociedade Agrícola de Vila Velha, Lda. Warre & Companhia, S.A.

Sociedade Agrícola José Mesquita Guimarães, Lda. Wine & Soul, Lda.

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Sociedade Agrícola Quinta da Sequeira Nova, Lda.

Associados aderentes individuais – 93

Afonso do Vale Coelho Pereira Cabral, Herdeiros António Carlos Sobral Pinto Ribeiro

Alfredo Fernandes Teixeira Constantino António Caetano Sousa Faria Girão

Álvaro Martinho Dias Lopes António da Cunha Carvalho

Ana Maria Lencastre Sousa Soares Freitas António dos Santos Cigarro

Ana Paula Moreira Filipe de Castro António José Silva Fonseca Gonçalves Mendes

Ana Rita Forjaz Teixeira Leal Fráguas António Manuel da Costa Lima Acciaiuoli Dória

André Correia Cigarro Brás António Manuel Rodrigues de Queiróz

Antónia Maria Ponce Leão Bettencourt Mesquita de

Araújo

António Manuel Vicente Almeida

António Manuel Vilhena Andrêz Carlos Alberto de Sousa Sampaio Magalhães

António Rodrigues de Carvalho César Augusto Correia de Sequeira

Armando Filipe Lacerda Queirós Charles Andrew Nunes Symington

Arnaldo Hibon de Campos Domingos Guilhermino dos Reis Alves de Sousa

Artur Luís Vinhal Graça Guimarães Serôdio Eduardo Francisco Bessa da Costa Seixas

Bernardo Maria Freire Albuquerque Nápoles de Carvalho Eunice Luis Silva Fonseca Gonçalves Mendes

Bertilde Botelho Elias Fernando de Sousa Botelho Alburquerque

Francisco Júlio Marinho Oliveira Passos João Pereira Rebelo

Inês Sofia Gomes de Sousa Botelho de Albuquerque Joaquim Norberto Campos Rodrigues dos Santos

Isabel Maria da Costa Fevereiro Jorge Bernardo Lacerda de Queirós

Jhon Andrew Douglas Symington Jorge Botelho Elias

João Baptista de Castro Girão de Azeredo Leme Jorge Rosas Vinhos Unipessoal, Lda.

João Henrique Pereira da Silva e Sousa Pessanha Martins

Moreira

José Agostinho Fernandes Lacerda

João Manuel Araújo dos Santos José Alberto Pinto de Azevedo

José António Teixeira Martins Macário de Castro da Fonseca Pereira Coutinho

José Arnaldo Coutinho Manuel Cândido Pinto de Oliveira

José Carlos de Morais Calheiros Cruz, Herdeiros. Manuel da Costa Pinto Hespanhol

José Correia Barrigas de Azevedo Manuel Fernandes Lebres

José Luís Matos Rodrigues de Figueiredo Manuel Joaquim Freire D'Almeida Gouveia

José Manuel Morais Barata Manuel Mouzinho de Albuquerque de Mascarenhas

Gaivão

José Maria Ramos, Herdeiros Maria Adelaide Pinto dos Santos

José Ramos da Fonseca Maria Alcina Fortes de Carvalho

Laura Maria Osório de Meneses Braga Coutinho

Albuquerque Nápoles

Maria Amélia Branco Xavier de Araújo

Laura Maria Valente Barreto Nogueira Regueiro Maria Amélia Cyrne Correia Pacheco Lobato Faria

Luís Baptista Pinto de Figueiredo, Cabeça de Casal Maria Antónia de Nazaret Bernardo Azevedo Narciso

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Maria Beirão Costa Pinto de Almeida Pompeu Barros Viseu

Maria Celina Gomes Parente do Patrocinio Pôncio Martins Ribeiro

Maria da Graça Almeida Ferreira de Sousa Pizarro Tomás Guedes de Almeida H. Roquette

Maria da Graça Lacerda de Queirós Vicent Bouchard

Maria de Fátima Pimentel Teixeira Correia Tavares de

Figueiroa Rego

Maria Luísa da Graça Paulo Ferreira da Rocha

Maria Emília Miranda de Sousa Leite Lobo de Ávila Maria Manuela Matos Silva Fonseca

Maria Etelvina Ferreira Trigo Pereira Carneiro Maria Manuela Pizarro Montenegro Seixas Fego

Maria Henriqueta Janeiro Pinto da Silva Maria Manuela Vasques Osório de Amorim

Maria Isabel Junqueiro Sarmento Gomes Mota Maria Natália Lameirão Monteiro de González

Maria Paula Carmona de Abreu de Azeredo Malheiro

Girão

Natália Neusa Correia Cigarro Miranda Brás

Maria Virgínia Borges Gonçalves Costa Mendes Olímpio Augusto da Paz

Mário Joaquim da Rocha Braga, Herdeiros Paul Douglas Symington

Mário Joaquim Mendonça Abreu Lima Peter Ronald Symington

Pedro Pinto da Cunha Rola

Associados Honorários - 27

Acácio Manuel Poças Maia José Manuel Froés Burguete de Sousa Soares

Alexandre José Pina de Carvalho José Maria d’Orey Soares Franco

António da Rocha Pinto Manuel Ângelo Oliveira de Almeida Barros

António de Vasconcelos Maia Miguel Côrte-Real da Silva Gomes

António J. Albuquerque Oliveira Quinta Nuno d'Orey Cancela de Abreu

António J.S. de Oliveira Bessa Nuno Pizarro Magalhães

António Jorge Ferreira Filipe Pedro Miguel Cunha de Sá

António Manuel de Sousa Pinto Agrellos Peter Ronald Symington

Charles Andrew Nunes Symington João Manuel M. de Almeida Barros

Christian Seely João Pedro Laranjeiro Ramalho

Cristiano José Seabra Van Zeller John Gordon Guimaraens

Fernando Bianchi de Aguiar José Alfredo Pinto Gaspar

Fernando Luís Van Zeller George T.D. Sandeman

Francisco Barata de Tovar

Anexo 3

Proposta de Adesão para sócios

Caso pretenda tornar-se um Associado faça o download no site da Associação da

ADVID da 'Proposta de Adesão para Associado' e proceda ao seu preenchimento.

Após o seu prenchimento, deverá enviá-la para a sede da Associação, acompanhada dos

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seguintes documentos:

- Cópia da procuração para os casos em que a pessoa que assina é diferente do

Associado proposto ou nos casos das empresas, se é diferente do gerente;

- No caso das pessoas colectivas:

Cópia do Cartão de Pessoa Colectiva;

Cópia dos Estatutos/Certidão de Registo Comercial.

A proposta será analisada e rectificada pela Direcção Executiva, que a levará

para apreciação e aceitação a reunião de Direcção, a qual proporá na próxima

Assembleia Geral.

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Anexo 4

Organigrama da ADVID

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Figura 8 – Organigrama da ADVID 2011

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Anexo 5

Órgãos Sociais da ADVID para 2012-2014

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Assembleia Geral

Presidente:João Rosas Nicolau

de Almeida

Vice-Presidente:João Teles Dias da

Silva

Vogal:António Fernando da Cunha Saraiva

Direcção

Presidente:José Manuel

Meneres Manso

Vogal: Carlos Alberto Soares Caldeira

Vogal: António

Américo da Rocha Graça

Vogal: Mariana Sofia

Martins de Brito

Vogal: Francisco

Spratley Ferreira

Sogevinus Fine Wine, S.A.

W. & J. Graham & C.ª, S.A.

Sogrape Vinhos, S.A.

Lemos & Van Zeller, LDA.

Quinta do Vallado - Soc. Agrícola, LDA.

Representados pelas empresas

Adriano Ramos Pinto Vinhos, S.A.

Niepoort (Vinhos), S.A.

Rozès, S.A.

Representados pelas empresas

Conselho Fiscal

Presidente: Pedro Silva Reis

Vogal: John Graham

Vogal: Manuel Maria

Gonçalves Mota

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Anexo 6

Contactos da associação

Morada da ADVID Quinta de Sta. Maria Apartado 137 5050 - 106    GODIM PESO DA RÉGUAContatos telefónicos Telefone: +351 254 312940       +351 254 312940      Telefax: +351 254 321350

Contatos eletrónicos

Rosa Amador (Directora Geral) - [email protected]

Fernando Alves (Director Técnico) – [email protected]

Paulo Costa (Técnico) – [email protected]

Fernanda Almeida (Técnica) – [email protected]

Cristina Carlos (Técnica) – [email protected]

Branca Teixeira (Técnica) – [email protected]

Jorge Costa (Técnico) – [email protected]

Maria do Carmo Val (Técnica) - [email protected]

Hugo Pinto (Técnico Auxiliar/Administrativo) –[email protected]

Anexo 7

Principais Parceiros da ADVID

Adega Cooperativa de Favaios Instituto Superior de AgronomiaAssociação das Empresas de Vinho do Porto IVDP (Instituto dos Vinhos do Douro e Porto) Associação dos Comerciantes e Industriais de

Bebidas e VinhosLavradores de Feitoria

Associação Empresarial de Portugal Maçanita Vinhos, Lda.Bio-Protection Research Centre Metalúrgica Progresso

Diputació de Barcelona MORISSON-COUDERC SARLDRAPN - Direção Regional de Agricultura e

Pescas do Norte Proenol

DREN - Direcção Regional de Educação do Norte Southern Oregon UniversityECOFILTRA – Sociedade de Representações,

Lda.TimacAGRO

Escola Superior de Biotecnologia – Universidade Católica Portuguesa

Turismo de Portugal

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C.ª Geral da Agricultura Das Vinhas do Alto

Douro

Churchill Graham, LDA.

Representado pelas empresas

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EuroQuality Universidade de AveiroForschungsanstalt Geisenheim (Centro de

Investigação de Geisenheim)Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Fundação Museu do Douro Universidade do PortoGeodouro University of California

Gran-Cruz , Sociedade Comercial de Vinhos Lda VináliaIEFP – Instituto de Emprego e Formação

ProfissionalVinideas

Institut Français de la Vigne et du vin Vinoquel – Oscar Quevedo, Lda

Instituto de Ciencias de la Vid y del Vino Zona Verde

Anexo 8

Prémios ADVID e Notícia sobre a ADVID e a Sogrape – Vinhos de Portugal, S.A

A ADVID instituiu, desde 2007, um prémio para atrair investigadores de diversas áreas científicas para as especificidades técnicas, culturais e sociais da vitivinicultura da Região Demarcada do Douro. O Prémio ADVID é atribuído anualmente a um investigador profissional, aluno de licenciatura, mestrado ou doutoramento, qualquer que seja a sua nacionalidade, que tenha publicado trabalho inédito em qualquer área científica, com relevante importância.Em cada ano o prémio recebe o nome de uma personalidade que tenha sido marcante para o desenvolvimento da Região do Douro.

Em 2007, o prémio homenageou o Engenheiro Agrónomo Álvaro Baltazar Moreira da Fonseca, que desempenhou a função de Presidente da Casa do Douro e foi autor de diversos trabalhos científicos, entre os quais o “Método de Classificação das Parcelas de Vinha da Região Demarcada do Douro”, uma obra genial de grande valor científico e técnico.O Prémio ADVID - Álvaro Baltazar Moreira da Fonseca, foi atribuído pelo júri da ADVID ao trabalho: "Discrimination of Portuguese grapevines based on microsatellite markers".

Em 2008 foi escolhido um dos fundadores da ADVID, o Senhor José António Ramos Pinto Rosas, pela relevância de toda uma vida dedicada à Região do Douro e aos seus vinhos, a qual se inaugurou há precisamente 70 anos, quando iniciou a sua atividade técnica ao serviço da empresa Adriano Ramos Pinto Vinhos, S.A. O Júri do Prémio atribuiu em 2008 o Prémio ADVID - José António Ramos Pinto Rosas ao trabalho: "Théorie de la maturation et de la typicité du raisin" da autoria do Professor Alain Carbonneau.

Em 2009 foi escolhido o Barão Joseph James Forrester, pela relevância de toda uma vida dedicada à Região do Douro e aos seus vinhos.A partir de uma seleção de trabalhos feita pela direção da ADVID o Júri do Prémio decidiu atribuir em 2009 o Prémio Barão Joseph James Forrester ao trabalho: "A Three-dimensional Statistical Reconstruction Model of Grapevine (Vitis vinifera) Simulating Canopy Structure Variability within and between Cultivar/Training System Pairs" dos autores Gaëtan Louarn, Jérémie Lecouer e Eric Lebon, que exercem a sua atividade profissional na área de viticultura e gestão de stress hídrico em França.

Em 2010 foi escolhido o Eng. Jorge Ferreira, um dos fundadores da ADVID e membro da primeira Direção eleita em 1982. Nascido no Porto em 1934, Jorge Ferreira teve toda a sua vida profissional dedicada ao Douro, uma das suas grandes paixões! A

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partir de uma selecção de trabalhos feita pela direcção da ADVID o Júri do Prémio decidiu atribuir em 2010 o Prémio Eng. Jorge Ferreira ao trabalho:"Highlighting Features of Spatiotemporal Spread of Powdery Mildew Epidemics in the Vineyard Using Statistical Modeling on Field Experimental Data", o qual foi desenvolvido pelo, Departamento de Sanidade Vegetal (A. Calonne, P. Cartolaro) e Estação de Biometria (J. Chadoeuf) em França.

Projetos em curso: Noticia - A Sogrape Vinhos dedica importantes meios técnicos, humanos e financeiros à área de Investigação & Desenvolvimento, tendo neste momento em curso vários projectos que merecem destaque com vista à optimização da organização, processo, produto e marketing.

Com uma aposta clara na Região do Douro e nos seus vinhos, a Sogrape Vinhos foi uma apoiante incondicional desta Estratégia de Eficiência Colectiva.Vocacionada para a exportação desde há vários séculos, esta região mostra uma clara orientação sctorial com os seus atores a demonstrar uma consciência positiva sobre o papel da cooperação pré-competitiva na construção de mercados e produtos de sucesso.Em termos de investigação e desenvolvimento, este espírito de colaboração é bem evidente. Os formidáveis desafios colocados pela operação vitícola em região montanhosa levaram à criação de uma associação, em 1982, que durante mais de 25 anos operou uma revolução tecnológica na região, desenvolvendo e fomentando, de forma colaborativa ou concorrencial, o desenvolvimento de novas metodologias de produção de vinhos que, sem abdicar da sua originalidade e qualidade, permitiram ganhos extraordinários em termos de racionalização económica e oportunidades de mercado. A ADVID foi pioneira nos trabalhos de selecção clonal que salvaram a Touriga Nacional da extinção, na adaptação de novos sistemas de sistematização de vinhas de encosta às condições locais, na implementação de estratégias mais económicas e eficazes no controlo de pragas da videira, na promoção de estratégias de viticultura sustentável junto dos viticultores e empresas através de formação, assistência técnica e gestão de programas de apoio. Foi por isso natural que quando o Estado Português desafiou o tecido empresarial a constituir-se em pólos e clusters de competitividade, a Sogrape Vinhos, juntamente com outras empresas, tenha promovido ativamente o reconhecimento de facto de um cluster pré-existente, com provas dadas e com ambições de aumentar a sua contribuição para a actividade vitivinícola da região do Douro. Constituiu-se, assim, o único cluster reconhecido em Portugal no setor dos vinhos.

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Anexo 9

Novas Tecnologias de informação: Site da ADVID

O site da ADVID está dedicado a todas as pessoas interessadas em conhecer a

associação e permite aos associados usufruirem de outros serviços introduzindo o seu

nome de utilizador e a password.

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Anexo 10

Instalações e Colaboradores

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Anexo 11

Panfleto de um Seminário realizado pela ADVID

Anexo 12

Jornadas sobre a Sustentabilidade da Fileira Vitivinícola a realizar na UTAD

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