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ESTADO DO PARÁ
PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA
GABINETE DA PREFEITA
Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará
CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022
DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021
Regulamenta a Lei nº 563, de 28 de Dezembro de 2020, que dispõe
sobre a criação do Serviço de Inspeção Municipal – SIM e sobre os
procedimentos de inspeção sanitária em estabelecimentos que
produzam bebidas e alimentos de origem animal e vegetal para a
industrialização, o beneficiamento e a comercialização e dá outras
providências.
A Prefeita Municipal de Abaetetuba/PA, no uso de suas atribuições legais conferidas pelo art. 63,
VI da Lei Orgânica Municipal c/c o art. 23 da Lei Municipal nº 563/2020,
DECRETA:
CAPÍTULO I
Art. 1º - O Serviço de Inspeção Municipal – SIM de cmpetência da Prefeitura Municipal de
Abaetetuba, nos termos da Lei Federal nº 7.889, de 23 de Novembro 1989 e da Lei Municipal nº
563, de 28 de Dezembro de 2020, será executado pela Secretaria Municipal de Agricultura,
Abastecimento, Pecuária e Pesca.
Art. 2º - Ficam obrigados a prévia inspeção industrial e sanitária e ao Certificado de Registro e
Alvará de Registro no Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal e/ou Vegetal
de Abaetetuba respectivamente, todos os produtos de origem animal e vegetal comestíveis e não
comestíveis, assim como os estabelecimentos instalados no Município de Abaetetuba que
produzem matéria-prima, abatam, manipulem, beneficiem, transformem, industrializem,
fracionem, preparem, transportem, acondicionem ou embalem produtos de origem animal e
vegetal, suscetíveis de comercialização exclusiva no Município de Abaetetuba.
Art. 3º - O registro dos Estabelecimentos de Produtos de Origem Animal e Vegetal a que se refere
o artigo anterior é privativo do Serviço de Inspeção do Município de Abaetetuba, da Secretaria
Municipal de Agricultura, Abastecimento, Pecuária e Pesca, será expedido somente após
cumpridas todas as exigências constantes deste regulamento.
Art. 4º - Ficará a cargo do corpo técnico do SIM e do Secretário Municipal de Agricultura fazer
cumprir estas normas, bem como também outras que podem ser criadas, desde que por meio de
dispositivos legais que digam respeito à Inspeção Industrial e Sanitária dos estabelecimentos a que
se refere o art. 2º deste Decreto.
Parágrafo Único. Além deste Regulamento, outros poderão advir por força deste artigo,
abrangendo as seguintes áreas:
a) Classificação dos estabelecimentos;
b) As condições e exigências para registro;
c) A higiene dos estabelecimentos;
d) A inspeção “ante” e “post-mortem” dos animais destinados ao abate;
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e) A inspeção e reinspeção de todos os produtos, sub-produtos e matérias-primas de
origem animal e vegetal, durante as diferentes fases da industrialização;
f) Padronização dos produtos industrializados de origem animal e vegetal;
g) O registro de rótulos;
h) As análises de laboratório;
i) O trânsito de produtos, sub-produtos e matérias-primas;
j) A carimbagem de carcaças e cortes de carnes, bem como a identificação e demais
diretrizes a serem impressas nas embalagens de outros produtos de origem animal e
vegetal;
k) Quaisquer outros detalhes que se tornarem necessários para maior eficiência da
inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal e vegetal.
Art. 5º - Para o funcionamento de qualquer estabelecimento que abata ou industrialize produtos
de origem animal e vegetal, obrigatoriamente deverá ser requerida a aprovação e registro prévio
ao SIM de seus projetos e localização.
Art. 6º - A Inspeção Industrial e Sanitária realizada pelo SIM, deverá ser instalada de forma
permanente ou periódica.
§ 1º A inspeção oficial em caráter permanente consiste na presença do Serviço Oficial de Inspeção
para a realização dos procedimentos de inspeção e fiscalização ante mortem e post mortem, durante
as operações de abate das diferentes espécies de açougue, de caça, de anfíbios e répteis nos
estabelecimentos.
§ 2º A inspeção oficial em caráter periódico consiste na presença do serviço oficial de inspeção
para a realização dos procedimentos de inspeção e fiscalização nos demais estabelecimentos
registrados.
Art. 7º - Os produtos de origem animal e vegetal em natureza ou derivados deverão atender aos
padrões de identidade e qualidade previstos na legislação em vigor, bem como ao Código do
Consumidor.
Parágrafo Único. Os estabelecimentos registrados pelo SIM ficam sujeitos às obrigações contidas
no Decreto Federal nº 9.013, de29 de março de 2017alterado pelo Decreto nº 10.468,
de18/08/2020.
CAPÍTULO II
Art. 8º - Os seguintes estabelecimentos de produtos de origem animal e vegetal que devem estar
sob inspeção industrial e sanitária a nível municipal, de acordo com a Lei Municipal nº563, de
28/12/2020, obrigam-se a obter registro junto ao SIM/ABAETETUBA.
I – Os estabelecimentos industriais especializados e as propriedades rurais com instalações
adequadas para o abaete de animais e o seu preparo ou industrialização, sob qualquer forma de
consumo;
II – as unidades de beneficiamento de leite, as fábricas de lacticinios, os postos de recebimento,
refrigeração e desnatagem de leite ou do recebimento, refrigeração e a manipulação dos seus
derivados e seus respectivos entrepostos;
III – os estabelecimentos que abatem ou industrializem os pescados.
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Art. 9º - Os seguintes estabelecimentos de produtos de origem animal ou vegetal, nos termos do
art. 7º, ficam sujeitos ao relacionamento:
I – os postos e/ou entrepostos que, de modo geral, recebam, armazenem, manipulem, conservem,
distribuam ou acondicionem produtos de origem animal como ovos e mel;
II – as casas atacadistas e os depósitos que armazenam produtos de origem animal ou vegetal;
III- Fabricas de beneficiamento e processamento de produtos vegetais;
Art. 10 – Os estabelecimentos que se refere os artigos 8º e 9º receberão número de registro.
§ 1º - Estes números obedecerão série própria e independente; uma para registro e outro para
relacionamento, fornecidos pelo SIM/ABAETETUBA.
§ 2º - O número de registro constará obrigatoriamente, nos rótulos, certificados, carimbos de
inspeção dos produtos e demais documentos.
§ 3º - por ocasião da concessão do número de registro, será concedido respectivo Título de
Registro, no qual constará o nome da firma, localização do estabelecimento, classificação e outros
elementos julgados necessários.
Art. 11 – O processo de obtenção do registro junto ao SIM deverá ser encaminhado através dos
seguintes documentos (modelos de documentos estarão disponivel junto ao SIM):
I – Requerimento, dirigido ao Serviço de Inspeção Municipal, solicitando o registro; II – contrato social da empresa;
III – Cópia dos documentos pessoais (Registro no Cadastro Nacional de Pessoa Física- CPF ou
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica- CNPJ, conforme for o caso; Carteira de Identidade - RG ou
Habilitação e comprovante de residência)
IV – laudo de inspeção do terreno e/ou das instalações já existentes;
V – memorial descritivo da obra;
VI – memorial econômico sanitário, de acordo com o modelo aprovado pelo SIM/ABT;
VII –Planta baixa ou croqui das construções, acompanhadas do memorial descritivo
VIII-Registro no Cadastro de contribuinte do ICMS ou Inscrição de Produtor Rural na Secretaria
de Estado da Fazenda, conforme for o caso;
IX- Declaração de aptidão ao pronaf (DAP) dentro da validade, em caso de produtor familiar.
X- Alvará de funcionamento, ou documento equivalente, fornecido pela prefeitura municipal;
XI- Licença Ambiental ou dispensa de licença ambiental fornecida pelo órgão ambiental
competente;
XII- Boletim de exames físico-químico e microbiológico da água de abastecimento, fornecido por
laboratório credenciado junto aos órgãos competentes;
XIII- Formulário de Registro de Produtos;
XIV- Comprovante de pagamento de taxa de registro.
Parágrafo Único - o encaminhamento dos pedidos de registro do estabelecimento de produtos de
origem animal ou vegetal deve ser precedido de inspeção prévia e aprovação do local e terreno.
Art. 12 – Aprovados os projetos e o cronograma de execução, oh requerente pode dar inicio as
obras.
Art. 13 – Concluídas a obras e instalados os equipamentos, de acordo com o cronograma, será
requerido ao SIM a vistoria prévia e autorização do inicio dos trabalhos.
Parágrafo Único - Após deferido, compete ao SIM instalar de imediato a inspeção no
estabelecimento.
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Art. 14 – Será deferida a concessão de registro em caráter experimental, até a data de conclusão
das demais obras e instalações, de acordo com o cronograma aprovado, atendendo os seguintes
requisitos:
I – nenhuma etapa do cronograma poderá ter duração superior a 01(um) ano:
II – não será aprovada proposta de cronograma em que a conclusão final da implantação do projeto
ultrapasse dois anos;
III – as exigências mínimas para o inicio da operação do estabelecimento serão fixadas na vistoria
prévia realizada pelo SIM/ABT.
Art. 15 – O registro definitivo da Inspeção Industrial e Sanitária somente será concedido aos
estabeleciementos que estiverem devidamente registrados no orgão fiscalizador do exercício legal
da atividade.
CAPÍTULO III
DOS ESTABELECIMENTOS
Art. 16 - É vedado o funcionamento de estabelecimento de produtos de origem animal ou vegetal
que não esteja instalado e equipado de acordo com as normas deste Regulamento.
Art. 17 - O estabelecimento de produtos de origem animal ou vegetal deve satisfazer as seguintes
condições básicas e comuns:
I – Ser instalado, de preferência, em centro de terreno, devidamente cercado, afastado dos limites
das vias públicas, no mínimo 05 (cinco) metros e dispor de área de circulação que permita a livre
circulação de veículos de transporte , exceção para aqueles já instalados e que não disponham de
afastamento em relação às vias públicas , os quais deverão funcionar desde que as operações de
recepção e expedição se apresentem interiormente.
II – dispor de abastecimento de água potável para atender às necessidades diária de trabalho do
estabelecimento e das dependências sanitárias.
III – dispor de água quente para uso diverso e suficiente às necessidades do estabelecimento.
IV – dispor de iluminação natural e artificial abundantes, bem como ventilação adequada e
suficente a todas as dependências.
V- dispor de proteção ante-explosão em todas as lâmpadas nas áreas de manipulação e
armazenamento de produtos, ou utilizar lâmpadas que não representem risco de explosão
VI – possuir piso de cor clara, liso, de material impermeável, antiderrapantes e resistente à abrasão,
ao impacto e à corrosão, ligeiramente inclinado para facilitar o escoamento das águas residuais,
bem como permitir uma fácil lavagem e desinfecção.
VII – ter paredes lisas, impermebilizadas com material de cor clara, de fácil lavagem e desinfecção.
Os ângulos e os cantos deverão ser arredondados. Quando dispor de janelas, estas devem possuir
altura mínima de 02 metros e parapeitos das janelas deverão ser chafrandos.
VIII – possuir forro de material impermeável, resistente à umidade e à vapores, construído de
modo a evitar o acúmulo de sujeira, de fácil lavagem e desinfecção. Podendo o mesmo ser
dispensado nos casos em que o telhado proporcinar uma perfeita vedação a entrada de poeira,
insetos, pássaros e assegurar uma adequada higienização.IX – dispor de dependência de uso
exclusivo para a recepção de produtos não comestíveis e condenados. A dependência deve ser
construída com paredes até o teto, não se comunicando diretamente com as dependências que
manipulem produtos comestíveis.
X – dispor de mesas com tampos de materiais resistentes e impermeáveis, de preferência de aço
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inoxidável, para a manipulação dos produtos comestíveis e que permitam uma lavagem adequada
e desinfecção.
XI – dispor de tanques, caixas, bandejas e demais recipientes contruidos de material impermeável,
de superficie lisa que permitam uma lavagem adequada e desinfecção.
a) quando for utilizado plástico ou polipropileno em contato direto com alimentos, o mesmo deve
ser de cor branca;
b) as caixas, bandejas e quaisquer outros recipientes usados para armazenar produtos não
comestíveis devem ser de cor distinta dos recipientes utilizados para os produtos comestíveis, e
utilizados exclusivamente para este fim; XII – dispor de rede de esgoto em todas as dependências, com dispositivo que evite o refluxo de
odores e a entrada de roedores e outros animais, ligada a tubos coletores e este ao sistema geral de
escoamento e de instalação para a retenção de gordura, resíduos e corpos flutuantes, bem como o
dispositivo para a depuração artificial das águas servidas e de conformidade com as exigências
dos órgãos responsáveis pelo controle do meio ambiente.
XIII – dispor conforme legislação específica, de dependências sanitárias e vestiários
adequadamente instalados, de dimensões proporcionais ao número de operários, com acesso
indireto as dependências industriais, quando localizadas em seu corpo.
XIV – dispor de suficiente pé-direito, nas diversas dependências, de modo que permita a
disposição adequada dos equipamentos, principalmente na trilhagem área, a fim de que os bovinos
pendurados, após o atordoamento, permaneçam com a ponta do focinho distante, no mínimo, 75cm
(sententa e cinco centímetros) do piso no caso de esfola aérea.
XV – dispor de currais, pocilgas cobertas e/ou apriscos com pisos pavimentados, apresentando
ligeiro caimento no sentidos dos ralos. Deverá ainda ser provido de bebedouros para utilização
dos animais e pontos de água, com pressão suficiente para facilitar a lavagem desinfecção dessas
instalações e dos meios de transporte.
XVI – Dispor de espaços mínimos e de equipamentos que permitam as operações de atordoamento,
sangria, esfola, evisceração, inspeção, acabamento das carcaças e da manipulação dos miúdos com
funcionalidade e que preservem a higiene do produto final, além de não permitir que haja contato
entre as carcaças já esfoladas, antes de terem sido devidamente inspecionadas pelo SIM.
XVII – Prover a seção de miúdos, quando prevista, de separação física entre as áreas de
manipulação ao aparelho gastrointestinal e das demais vísceras comestíveis.
XVIII – Dispor de telas em todas as janelas e outras passagens para o interior, além das demais
aberturas, de modo a impedir a entrada de insetos e roedores.
XIX – dispor de depósito para guarda de embalagens, recipientes, produtos de limpeza e outros
materiais utilizados no matadouro e/ou indústria.
XX – dispor de dependência, quando necessário, para uso como escritório da administração do
estabelecimento, inclusive para pessoal de serviço de inspeção sanitária, separada da sala de abate
e localizada na entrada.
XXI - possuir barreira sanitária em todos os acessos às áreas de produção do estabelecimento,
devendo possuir, no mínimo e de acordo com a atividade desenvolvida:
a) lavatórios para lavagem das mãos, sabonete líquido, e lixeira, todos providos de acionamento
não manual.
b) dispositivo eficiente para secagem de mãos, sendo proibido o uso de toalhas de pano ou de papel
reciclado.
CAPÍTULO IV
DOS ESTABELECIMENTOS DE CARNE E DERIVADOS
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Art. 18 - Os estabelecimentos de carne e derivados são assim classificados e definidos:
I - abatedouro frigorífico; e
II - unidade de beneficiamento de carne e produtos cárneos.
§ 1º Para os fins deste Decreto, entende-se por abatedouro frigorífico o estabelecimento destinado
ao abate dos animais produtores de carne, à recepção, à manipulação, ao acondicionamento, à
rotulagem, à armazenagem e à expedição dos produtos oriundos do abate, dotado de instalações
de frio industrial, que pode realizar o recebimento, a manipulação, a industrialização, o
acondicionamento, a rotulagem, a armazenagem e a expedição de produtos comestíveis.
§ 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade de beneficiamento de carne e produtos
cárneos o estabelecimento destinado à recepção, à manipulação, ao acondicionamento, à
rotulagem, à armazenagem e à expedição de carne e produtos cárneos, que pode realizar a
industrialização de produtos comestíveis.
SEÇÃO I
DO FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE CARNE E DERIVADOS
Art. 19 - O abatedouro deve ter localização em terreno cercado, afastado, suficientemente de
quaisquer fontes poluidoras de odores desagradáveis ou poluentes e de vias públicas, conforme
legislação específica para cada categoria animal.
Art. 20 - Os estabelecimentos de carnes e derivados devem dispor de suficiente pé-direito nas
diversas dependências de modo a permitir a disposição dos equipamentos e a realização de
procedimentos adequadamente, o qual deverá ser previamente aprovado pelo SIM.
Art. 21 - Os estabelecimentos devem possuir esterilizadores de facas, localizados na sala de
manipulação.
Art. 22 - Os abatedouros devem possuir água potável capaz de suprir as suas necessidades,
disponível em todos os setores e dependências sanitárias, incluindo hidratação dos animais e
higienização das instalações.
Art. 23 - Quando necessário, os abatedouros devem dispor de áreas específicas para depósito e
salga de couro.
Art. 24 - Os abatedouros devem dispor de dependências específicas para depósito de fâneros.
Art. 25 - As carnes e os derivados cárneos devem ser elaborados de acordo com os correspondentes
Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade ou demais legislações específicas.
SEÇÃOII
DOS PROCEDIMENTOS PARA O ABATE
Art. 26 - A entrada de animais em qualquer dependência do estabelecimento deve ser feita com
prévio conhecimento do SIM, sendo que o abate deve ser avisado com antecedência mínima de 01
dia útil.
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§1º Na chegada de animais, o SIM deve verificar os documentos zoosanitários de porte obrigatório
previstos em lei específica, de acordo com a espécie e finalidade, e os demais documentos
necessários para realização de abate para cada espécie, e julgar as condições sanitárias de cada
lote.
Art. 27 - O estabelecimento deve obrigatoriamente fornecer previamente ao abate a documentação
necessária para a verificação pelo SIM das condições sanitárias do lote e a programação de abate,
com número de animais a serem abatidos, horário de início e previsão de término.
Art. 28 - Os animais recebidos para abate devem ser submetidos a descanso, dieta hídrica e jejum,
respeitadas as particularidades de cada espécie, conforme instruções específicas.
Art. 29 - O abate dos animais somente será permitido após a prévia insensibilização, seguida de
imediata e completa sangria. O espaço de tempo para a sangria nunca deve ser inferior a 03 (três)
minutos e est deve ser sempre realizada com os animais suspensos por um dos membros
posteriores. A esfola só pode ser iniciada após o término da operação de sangria.
Art. 30 - Em suínos, depilar e raspar logo após ao escaldamento em água quente, utilizando-se
temperatura e métodos adequados, acrescentando também a necessária lavagem da carcaça antes
da evisceração. Quando usados outros métodos de abate, os procedimentos higiênicos deverão ser
atendidos rigorosamente.
Art. 31- Eviscerar sobre as vistas de funcionários do SIM, em local que permita o pronto exame
das vísceras, com identificação entre estas, a cabeça e a carcaça do animal. Sob pretexto algum
pode ser retardada a evisceração e, para tanto, os animais não devem ficar dependurados nos
trilhos, nos intervalos de trabalho.
Art. 32 - Executar os trabalhos de evisceração com todo o cuidado a fim de evitar que haja
contaminação das carcaças provocadas por operações imperfeitas, devendo os serviços de
inspeção sanitária, em casos de contaminação por fezes e/ou conteúdo animal, aplicar as medidas
higiênicas preconizadas.
Art. 33 - Marcar a cabeça do animal, quando esta for destacada, para permitir uma fácil
identificação com a carcaça correspondente. O mesmo procedimento deve ser adotado com relação
às vísceras.
SEÇÃOIII
DA INSPEÇÃO “ANTE” E “POST MORTEM” E DA MATANÇA DE EMERGÊNCIA
Art. 34 - Com relação à inspeção “ante mortem, cumprir no que couber o disposto nos artigos 85
a 101do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal
(RIISPOA), aprovado pelo Decreto nº 9.013de29/03/2017, alterado pelo Decreto nº 10.468 de 18
de agosto de 2020.
Art. 35 - Cumprir no que se refere à inspeção “post mortem”, o disposto nos artigos 125 a 203do
Regulamento citado no artigo anterior.
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Art. 36 - Cumprir, no que se refere à matança de emergência, o disposto nos artigos 105 a 111 do
RIISPOA.
Art. 37 - Os materiais condenados, oriundos da sala de matança e de outros locais, deverão ser
desnaturados em equipamentos apropriados em locais destinados a este fim. Igualmente, o sangue
deverá, no mínimo, sofrer cozimento independente de sua utilização.
§1º. Admite-se o tratamento desses materiais por cocção em água fervente pelo tempo mínimo de
02 (duas) horas, quando estas matérias-primas forem destinadas para alimentação animal direta.
§2º. A critério do SIM, permitir-se-á a retirada de materiais condenados para a industrialização
fora do estabelecimento (graxaria industrial), desde que devidamente desnaturados com
substâncias apropriadas para a finalidade, e que o seu transporte seja efetuado em recipientes e/ou
veículos específicos e apropriados.
§3º. Caberá ao SIM adotar critérios para o funcionamento dos graxarias industriais.
CAPÍTULO V
DOS ESTABELECIMENTOS DE PESCADO E DERIVADOS
Art. 38 - Os estabelecimentos de pescado e derivados são classificados em:
I - barco-fábrica;
II - abatedouro frigorífico de pescado;
III - unidade de beneficiamento de pescado e produtos de pescado; e
IV - estação depuradora de moluscos bivalves.
§ 1º. Para os fins deste Decreto, entende-se por barco-fábrica a embarcação de pesca destinada à
captura ou à recepção, à lavagem, à manipulação, ao acondicionamento, à rotulagem, à
armazenagem e à expedição de pescado e produtos de pescado, dotada de instalações de frio
industrial, que pode realizar a industrialização de produtos comestíveis.
§ 2º. Para os fins deste Decreto, entende-se por abatedouro frigorífico de pescado o
estabelecimento destinado ao abate de anfíbios e répteis, à recepção, à lavagem, à manipulação,
ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição dos produtos oriundos do abate,
que pode realizar o recebimento, a manipulação, a industrialização, o acondicionamento, a
rotulagem, a armazenagem e a expedição de produtos comestíveis.
§ 3º. Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade de beneficiamento de pescado eprodutos
de pescado o estabelecimento destinado à recepção, à lavagem do pescado recebido da produção
primária, à manipulação, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição de
pescado e de produtos de pescado, que pode realizar também sua industrialização.
§ 4º. Para os fins deste Decreto, entende-se por estação depuradora de moluscos bivalves o
estabelecimento destinado à recepção, à depuração, ao acondicionamento, à rotulagem, à
armazenagem e à expedição de moluscos bivalves.
SEÇÃO I
DO FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE PESCADO E DERIVADOS
Art. 39 - Os estabelecimentos de pescado e derivados devem satisfazer também as seguintes
condições:
I - nos estabelecimentos que recebem, manipulam e comercializam pescado resfriado e congelado
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e/ou se dediquem à industrialização para consumo humano, sob qualquer forma:
a) dispor de dependências, instalações e equipamentos para recepção, seleção, inspeção,
industrialização, armazenagem e expedição do pescado, compatíveis com suas finalidades;
b) possuir instalações para o fabrico e armazenagem de gelo, podendo essa exigência, apenas no
que tange à fabricação, ser dispensada em regiões onde exista facilidade para aquisição de gelo de
comprovada qualidade sanitária;
c) dispor de separação física adequada entre as áreas de recebimento da matéria-prima e aquelas
destinadas à manipulação;
d) dispor de equipamento adequado à hipercloração da água de lavagem do pescado ou outro
produto aprovado pelo SIM e da limpeza e higienização das instalações, equipamentos e utensílios;
e) dispor de instalações e equipamentos adequados à colheita e ao transporte dos resíduos de
pescado, resultante do processamento industrial, para o exterior das áreas de manipulação de
comestíveis;
f) dispor de instalações e equipamentos adequados para o aproveitamento dos resíduos de pescado
de acordo com as normas técnicas;
g) dispor, quando necessário, de câmara de espera para o armazenamento do pescado fresco, que
não possa ser manipulado ou comercializado de imediato;
h) dispor de equipamento adequado à lavagem e à higienização de caixas, recipientes, grelhas,
bandejas, e outros utensílios usados para o acondicionamento, depósito e transporte de pescado e
seus produtos;
i) dispor, nos estabelecimentos que elaboram produtos congelados, de instalações frigoríficas
independentes para congelamento e estocagem do produto final;
j) dispor, no caso de elaboração de produtos curados de pescado, de câmaras frias em número e
dimensões necessários à sua estocagem e de depósito de sal;
SEÇÃO II
DA INSPEÇÃO “POST MORTEM” DE PESCADO
Art. 40 - Com relação à inspeção “pos mortem”, cumprir no que couber o disposto nos artigos
204 a 217do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal
(RIISPOA), aprovado pelo Decreto nº 9.013 de 29/03/2017, alterado pelo Decreto nº 10.468 de
18 de agosto de 2020.
Parágrafo único. A terminologia post mortem não se aplica às espécies de pescado
comercializadas vivas.
Art. 41 - Com relação aos padrões de identidade e qualidade de pescados e seus derivados, cumprir
no que couber o disposto nos artigos 332 a 351do RIISPOA, aprovado pelo Decreto nº 9.013 de
29/03/2017, alterado pelo Decreto nº 10.468 de 18/08/2020.
CAPITULO IV
DOS ESTABELECIMENTOS DE LEITE E DERIVADOS
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Art. 42- Os estabelecimentos de leite e derivados são classificados em:
I - granja leiteira;
II - posto de refrigeração;
III - unidade de beneficiamento de leite e derivados;
IV - fábrica de laticínios; e
V - queijaria.
§ 1º Entende-se por granja leiteira o estabelecimento destinado à produção, ao pré-beneficiamento,
ao beneficiamento, ao envase, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição
de leite para o consumo humano direto, podendo também elaborar derivados lácteos a partir de
leite exclusivo de sua produção, envolvendo as etapas de pré-beneficiamento, beneficiamento,
manipulação, fabricação, maturação, ralação, fracionamento, acondicionamento, rotulagem,
armazenagem e expedição.
§ 2º Entende-se por posto de refrigeração o estabelecimento intermediário entre as propriedades
rurais e as unidades de beneficiamento de leite e derivados destinado à seleção, à recepção, à
mensuração de peso ou volume, à filtração, à refrigeração, ao acondicionamento e à expedição de
leite cru refrigerado, facultada a estocagem temporária do leite até sua expedição.
§ 3º Entende-se por unidade de beneficiamento de leite e derivados o estabelecimento destinado à
recepção, ao pré-beneficiamento, ao beneficiamento, ao envase, ao acondicionamento, à
rotulagem, à armazenagem e à expedição de leite para o consumo humano direto, facultada a
transferência, a manipulação, a fabricação, a maturação, o fracionamento, a ralação, o
acondicionamento, a rotulagem, a armazenagem e a expedição de derivados lácteos, permitida
também a expedição de leite fluido a granel de uso industrial.
§ 4º Entende-se por fábrica de laticínios o estabelecimento destinado à fabricação de derivados
lácteos, envolvendo as etapas de recepção de leite e derivados, de transferência, de refrigeração,
de beneficiamento, de manipulação, de fabricação, de maturação, de fracionamento, de ralação,
de acondicionamento, de rotulagem, de armazenagem e de expedição de derivados lácteos, sendo
também permitida a expedição de leite fluido a granel de uso industrial.
§ 5º Entende-se por queijaria o estabelecimento destinado à fabricação de queijos, que envolva as
etapas de fabricação, maturação, acondicionamento, rotulagem, armazenagem e expedição, e que,
caso não realize o processamento completo do queijo, encaminhe o produto a uma unidade de
beneficiamento de leite e derivados.
SEÇÃO I
DO FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE LEITE E DERIVADOS
Art. 43 - Os estabelecimentos de leite e derivados lácteos devem satisfazer às seguintes exigências:
I - possuir dependências ou local próprio para a higienização e armazenamento dos vasilhames e
para higienização dos veículos transportadores, os quais devem ser higienizados ao chegar no
estabelecimento e antes do seu retorno aos pontos de origem;
II - dispor de cobertura adequada nos locais de carregamento e descarregamento de leite e seus
derivados, com prolongamento suficiente para abrigar os veículos transportadores;
III - ter dependências e equipamentos apropriados para recebimento e processamento da matéria-
prima e produtos, bem como laboratório de análise quando houver recebimento de leite cru;
IV- realizar os processos de salga e maturação em câmaras frias distintas.
Art. 44- A instalação do laboratório de microbiologia pode ser dispensada, desde que as análises
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sejam realizadas em laboratórios terceirizados credenciados.
Art. 45 - O leite pasteurizado deve ser transportado em veículos isotérmicos com unidade
frigorífica instalada.
Art. 46 - O leite e os derivados lácteos devem ser elaborados de acordo com os Regulamentos
Técnicos de Identidade e Qualidade ou demais legislações específicas.
SEÇÃO II
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE LEITE E DERIVADOS
Art. 47 - Com relação à inspeção industrial e sanitária deve se cumprir no que couber o disposto
nos artigos 233 a 263 do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem
Animal (RIISPOA), aprovado pelo Decreto nº 9.013 de 29/03/2017, alterado pelo Decreto nº
10.468 de 18 de agosto de 2020.
Art. 48 - A inspeção de leite e seus derivados, além do já previsto neste Regulamento, abrange:
I - a sanidade do rebanho, o acondicionamento, a conservação e o transporte do leite;
II - a recepção e a seleção das matérias-primas, além de seu beneficiamento até a expedição nos
estabelecimentos classificados neste Regulamento;
III - as instalações laboratoriais, equipamentos, controles e processos analíticos;
IV - os Programas de Autocontrole implantados;
V - os Programas de Boas Práticas Agropecuárias.
CAPITULO VII
DOS ESTABELECIMENTOS DE PRODUTOS DE ABELHAS E DERIVADOS
Art. 49 - Os estabelecimentos de produtos de abelhas e derivados são classificados em:
I - unidade de extração e beneficiamento de produtos de abelhas; e
II - unidade de beneficiamento de produtos de abelhas.
§ 1º Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade de extração e beneficiamento de produtos
de abelhas o estabelecimento destinado ao recebimento de matérias-primas de produtores rurais,
à extração, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição dos produtos de
abelhas, facultando-se o beneficiamento e o fracionamento.
§ 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade de beneficiamento de produtos de abelhas
o estabelecimento destinado à recepção, à classificação, ao beneficiamento, à industrialização, ao
acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição de produtos e matérias-primas pré-
beneficiadas provenientes de outros estabelecimentos de produtos de abelhas e derivados,
facultada a extração de matérias-primas recebidas de produtores rurais.
§ 3º É permitida a recepção de matéria-prima previamente extraída pelo produtor rural, desde que
atendido o disposto neste Decreto.
Art. 50 - A inspeção de produtos de abelhas e derivados, além das exigências já previstas neste
Decreto, abrange a verificação da extração, do acondicionamento, da conservação, do
processamento, da armazenagem, da expedição e do transporte dos produtos de abelhas.
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Art. 51 - As análises de produtos de abelhas, para sua recepção e seleção no estabelecimento
processador, devem abranger as características sensoriais e as análises determinadas em normas
complementares, além da pesquisa de indicadores de fraudes que se faça necessária.
Art. 52 - O mel e o mel de abelhas sem ferrão, quando submetidos ao processo de descristalização,
pasteurização ou desumidificação, devem respeitar o binômio tempo e temperatura e o disposto
em normascomplementares.
Art. 53 - Os estabelecimentos de produtos de abelhas que recebem matérias-primas de produtores
rurais devem manter atualizado o cadastro desses produtores, conforme disposto em normas
complementares.
Parágrafo único. A extração da matéria-prima por produtor rural deve ser realizada em local
próprio que possibilite os trabalhos de manipulação e acondicionamento da matéria-prima em
condições de higiene.
Art. 54 - Os produtos de abelhas sem ferrão devem ser procedentes de criadouros, na forma de
meliponários, autorizados pelo órgão ambiental competente.
Art. 55 - Os estabelecimentos de produtos de abelhas são responsáveis por garantir a identidade,
a qualidade e a rastreabilidade dos produtos, desde sua obtenção na produção primária até a
recepção no estabelecimento, incluído o transporte.
CAPITULO VIII
DE ESTABELECIMENTO DE OVOS E DERIVADOS
Art. 56. Os estabelecimentos de ovos são classificados em:
I - granja avícola; e
II - unidade de beneficiamento de ovos e derivados.
§ 1º Para os fins deste Decreto, entende-se por granja avícola o estabelecimento destinado à
produção, à ovoscopia, à classificação, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à
expedição de ovos oriundos, exclusivamente, de produção própria destinada à comercialização
direta.
§ 2º É permitida à granja avícola a comercialização de ovos para a unidade de beneficiamento de
ovos e derivados.
§ 3º Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade de beneficiamento de ovos e derivados o
estabelecimento destinado à produção, à recepção, à ovoscopia, à classificação, à industrialização,
aoacondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição de ovos e derivados.
§ 4º É facultada a classificação de ovos quando a unidade de beneficiamento de ovos e derivados
receber ovos já classificados.
§ 5º Se a unidade de beneficiamento de ovos e derivados destinar-se, exclusivamente, à expedição
de ovos, poderá ser dispensada a exigência de instalações para a industrialização de ovos.
§ 6º Caso disponha de estrutura e condições apropriadas, é facultada a quebra de ovos na granja
avícola, para destinação exclusiva para tratamento adequado em unidade de beneficiamento de
ovos e derivados.
SEÇÃO I
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Art. 57 - Os estabelecimentos de ovos e derivados devem satisfazer também às seguintes
condições:
I - dispor de dependência para recebimento e triagem dos ovos;
II - dispor de sala ou área coberta para armazenagem dos ovos;
III - dispor de dependências para ovoscopia e verificação do estado de conservação dos ovos;
IV - dispor de dependência para classificação comercial;
V - dispor de câmaras frigoríficas quando o produto não for comercializado imediatamente, a
critério do SIM;
VI - dispor de dependências para industrialização, quando for o caso.
Art. 58 - As fábricas de conservas de ovos terão dependências apropriadas para recebimento e
manipulação, elaboração, preparo e embalagem dos produtos.
Art. 59 - Os ovos e seus derivados devem ser classificados, lavados e industrializados de acordo
com os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade ou demais legislações específicas.
CAPITULO IX
DOS ESTABELECIMENTOS DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
Art. 60 - Os estabelecimentos de produtos de origem vegetal são assim classificados e definidos:
I - entreposto de vegetais;
II - indústria de beneficiamento e processamento de produtos de origem vegetal;
§1º Entende-se por entreposto de vegetais o estabelecimento, rural ou urbano, destinado ao
recebimento, seleção, fracionamento, armazenamento ou distribuição de vegetais processados.
§2º Entende-se por "agroindústria de vegetais minimamente processados" o estabelecimento, rural
ou urbano, que processa vegetais, executando operações de alteração do estado original do produto
in natura, como descascamento, corte, prensagem, desidratação, entre outros, acrescidos das
atividades de lavagem, seleção, embalagem ou conservação, devendo obrigatoriamente o produto
ser submetido a tratamento sanitizante durante o seu processamento por meio de processo de
higienização, acrescido das atividades de distribuição dos produtos para fins de comercialização.
§3º Entende-se por "indústria de processamento de produtos de origem vegetal" o estabelecimento,
rural ou urbano, que processa vegetais, adicionados ou não de produtos de origem animal,
executando operações de alteração do estado original do produto in natura ou minimamente
processado por meio de tratamentos térmicos ou químicos, acrescidos das atividades de
embalagem, armazenamento ou distribuição dos produtos para fins de comercialização.
CAPÍTULO X
DAS AGROINDÚSTRIAS FAMILIARES
Art. 61 -Definições das agroindustrias familiares:
I- Agroindustrial Familiar: o empreendimento de propriedade sob a gestão individual ou coletiva
de agricultores familiares, nos termos do art. 3º da Lei Federal nº 11.326, de 24 de julho de 2006,
com área útil construída não superior a 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados), que visam
agregar valor aos produtos que não conseguem comercializar "in natura", e dispõem de instalações
mínimas conforme critérios definidos em regulamento;
II - Agroindustrial de pequeno porte: empreendimento não dirigido por agricultores familiares,
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mas considerados equivalentes, com área útil construída não superior a 250m² (duzentos e
cinquenta metros quadrados);
III - Agroindustrial artesanal: empreendimentos agroindustriais que trabalham o produto até sua
finalização, basicamente com a matéria prima produzida em seus estabelecimentos ou mediante
contrato de parceria, utilizando-se predominantemente do trabalho manual, respeitando as
características tradicionais, culturais ou regionais do produto, com área útil construída não superior
a 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados).
Art. 62 - Nas agroindustriais rurais, poderão ser aceitas as seguintes ocorrências:
I - quando as vigas forem de madeira, estas deverão estar em bom estado de conservação e serem
pintadas com tinta óleo ou outro material aprovado pela inspeção;
II - devem dispor de estrutura de sanitário/vestiário, em conformidade com perfil agroindustrial
de pequeno porte conforme regulamento vigente;
III - o sistema de lavagem de uniformes deve atender aos princípios das boas práticas de higiene,
seja em lavanderia própria, terceirizada ou outra forma de lavagem.
Art. 63 - No estabelecimento de abate e industrialização de pequenos animais, podem ser abatidas
e industrializadas as diversas espécies de aves, coelhos, rãs, répteis e outros.
Art. 64 - O abate de médios e grandes animais em um mesmo estabelecimento pode ser realizado,
desde que haja instalações e equipamentos adequados para a finalidade e respeitada as
particularidades de cada espécie, inclusive quanto à higienização das instalações e equipamentos.
Art. 65 - A agroindustrial rural fica dispensado de dispor de escritório ou sala para o SIM,
devendo, contudo, dispor de local apropriado para arquivar documentos deste serviço.
Art. 66 - A agroindustrial rural fica isento das taxas referentes, apenas, à implantação do Serviço
de Inspeção Municipal.
Art. 67 - A agroindústria rural estará sujeita às sanções administrativas previstas na Lei municipal
n°563, 28/12/2020.
Art. 68 - Sem prejuízo a eventuais edificações e instalações propostas pelos interessados, o SIM
poderá estabelecer, por meio dos seus instrumentos jurídicos legais, perfis agroindustriais de
pequeno porte, qualificando as edificações, as instalações e equipamentos.
Art. 69 - É permitida a multifuncionalidade do estabelecimento para utilização das instalações e
equipamentos destinados à fabricação de diversos tipos de produtos de origem animal, desde que
respeitadas as implicações tecnológicas e classificação do estabelecimento.
CAPÍTULO XI
DA HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS
Art. 70 - Todas as dependências dos estabelecimentosdevem ser mantidas em condições de
higiene, antes, durante e após a realização dos trabalhos.
Art. 71 - Será exigido que os operários lavem as mãos antes de entrar no ambiente de trabalho,
quando necessário durante a manipulação e a saída dos sanitários.
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Art. 72 - Os equipamentos como carrinhos, tanques e caixas, devem ser marcados de modo a evitar
qualquer confusão entre os destinados a produtos comestíveis e os usados no transporte ou
depósito de produtos não comestíveis ou carnes inutilizadas na alimentação de animais. Para tal,
utilizar-se-ão as denominações “comestíveis”, “não comestíveis” e “condenados”.
Art. 73 - Os pisos e paredes, assim como o equipamento e utensílios usados nas indústrias, devem
ser lavados e desinfetados diária e convenientemente. No caso de desinfecção, os desinfetantes
empregados tem que ser previamente aprovados pelos órgãos competentes.
Art. 74 - As indústrias controladas pelo SIM deverão ser mantidas livres de moscas, mosquitos,
baratas, ratos, camundongos e quaisquer outros insetos, além de gatos, cães e outros animais,
agindo-se cautelosamente quanto ao emprego de venenos, cujo uso só é permitido nas
dependências não destinadas à manipulação ou depósito de produtos comestíveis e mediante
expressa autorização do SIM.
Art. 75 - A pessoa que trabalha com produtos comestíveis, desde a área de sangria até a expedição,
deve usar uniformes de cor branca, mantidos convenientemente limpos. Será exigido inclusive
protetores de cabeça (gorro e/ou capacete) e botas.
Art. 76 - Os profissionais que manipulem produtos condenados e/ou não comestíveis devem
desinfectar os equipamentos e instrumentos com produtos apropriados e aprovados. Exigir-se-á,
também, nestes casos, uniformes diferenciados.
Art. 77 - É vedado ao pessoal fazer refeições nos locais de trabalho, bem como depositar produtos,
objetos e materiais estranhos à finalidade da dependência ou ainda guardar roupas de qualquer
natureza. Também é proibido fumar, cuspir ou escarrar em qualquer dependência do matadouro
ou da indústria.
Art. 78 - Far-se-á, todas as vezes que o SIM julgar necessário, a substituição, raspagem, pintura e
reparos em pisos, paredes, tetos e equipamentos.
Art. 79 - Devem ser lavadas e desinfetadas, tantas vezes quanto necessário, os pisos, cercas dos
currais, bretes de contenção, mangueiras, pocilgas, apriscos e outras instalações próprias para
repouso e contenção de animais vivos ou depósitos de resíduos industriais, bem como de quaisquer
outras instalações julgadas necessárias pelo SIM.
Art. 80 - Devem ser inspecionadas e mantidas convenientemente limpas as caixas de sedimentação
de resíduos, ligadas e intercaladas à rede de esgoto e/ou estação de tratamento de efluentes.
Art. 81 - Os produtos comestíveis durante a sua obtenção, embarque e transporte devem ser
conservados ao abrigo de contaminação de qualquer natureza.
Art. 82 - É vedado o emprego de vasilhame de cobre, latão, zinco, barro, ferro, estanho, madeira
ou qualquer outro utensílio que, por sua forma e composição, possa causar prejuízo à manipulação,
estocagem e transporte de matérias-primas e de produtos usados na alimentação humana.
Art. 83 - Os manipuladores devem portar carteira de saúderenovado anualmente. A inspeção de
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saúde é exigida sempre que a autoridade sanitária achar necessário, quando qualquer empregado
do estabelecimento, seus dirigentes ou proprietários, mesmo que exerçam esporadicamente
atividades nas dependências do estabelecimento. Sempre que ficar comprovada a existência de
dermatoses ou quaisquer doenças infecto-contagiosas ou repugnantes em qualquer pessoa que
exerça atividade no matadouro ou indústria, será ela imediatamente afastado do trabalho, cabendo
ao serviço de inspeção sanitária comunicar o fato à autoridade de saúde pública.
Art. 84 - A água para o abastecimento deve atender aos padrões de potabilidade determinados
pelo Ministério da Saúde.
Art. 85 - Os contêineres, quando destinados ao acondicionamento de produtos utilizados na
alimentação humana, devem ser inspecionados previamente, devendo ser rejeitados os que forem
julgados sem condições de uso. De modo algum será permitido o acondicionamento de matérias-
primas, ou produtos destinados à alimentação humana em carrinhos, recipientes ou demais
contêineres que tenham servido a produtos não comestíveis.
Art. 86 - Não é permitida a guarda de material estranho aos depósitos de produtos, nas salas de
matança e seus anexos e na expedição.
Art. 87 - Não é permitida a utilização de qualquer dependência do estabelecimentocomo
residência.
Art. 88 - Os instrumentos de trabalho devem ser higienizados diariamente e/ou sempre que
necessário.
Art. 89 - É vedada a entrada de pessoas estranhas às atividades, salvo quando devidamente
uniformizadas e autorizadas pela chefia do estabelecimento, bem como pelo encarregado do SIM.
CAPÍTULO XII
DA ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL
Art. 90 - O SIM deve dispor de pessoal técnico de nível superior e médio, em número adequado
à realização da inspeção sanitária “ante” e “post mortem” e tecnológica, obedecendo à legislação
vigente.
Parágrafo Único. Deve promover treinamento de seu pessoal de nível superior (médico
veterinário e agrônomo/zootecnista) e nível médio (auxiliar de inspeção), sobre supervisão e apoio
do Ministério da Agricultura e órgãos estaduais.
Art. 91 - Deve dispor de meios para registro em compilação dos dados estatísticos referentes ao
abate, a condenações, a industrialização dos produtos e outros dados que porventura se tornem
necessários.
CAPÍTULO XIII
DOS DERIVADOS COMESTÍVEIS DE ORIGEM ANIMAL/VEGETAL, DA
ROTULAGEM E DA CARIMBAGEM
Art. 92 - As matérias-primas de origem animal, que derem entrada em indústrias e/ou no comércio
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de Abaetetuba, deverão proceder de estabelecimento sob inspeção industrial e sanitária de órgão
federal ou estadual, devidamente identificados por rótulos, carimbos, documentos sanitários e
fiscais pertinentes.
Parágrafo Único. Tratando-se de carnes in natura, deverão ser submetidos a tratamento por frio
no próprio estabelecimento de origem.
Art. 93 - Os produtos elaborados serão devidamente rotulados e carimbados conforme
determinações do SIM.
Art. 94 - Todos os ingredientes, aditivos e outros produtos que venham a compor qualquer tipo de
massa, deverão ter aprovação nos órgãos competentes do Ministério da Saúde e/ou Ministério da
Agricultura e Abastecimento.
Art. 95 - Qualquer produto de origem animal e/ou vegetal, deverá ter sua formulação e rotulagem
aprovadas previamente pelo SIM.
Art. 96 - As carcaças, partes de carcaças e cortes armazenados, em trânsito ou entregues ao
comércio, devem estar identificadas por meio de carimbos, cujos modelos serão fornecidos pelo
SIM.
§ 1º. Estes carimbos conterão, obrigatoriamente, a palavra “Inspecionado”, o número de registro
de estabelecimento e a palavra SIM, a qual representará o “Serviço de Inspeção Municipal”.
§ 2º. As carcaças de aves e outros pequenos animais de consumo serão isentas de carimbo direto
no produto, desde que acondicionadas por peças em embalagens individuais e invioláveis, onde
conste o referido carimbo, juntamente com os demais dizeres exigidos para os rótulos.
Art. 97 - Os modelos dos carimbos serão oportunamente definidos pelo SIM.
Art. 98 - O modelo oficial de certificado sanitário do SIM/ABT, que acompanhará sempre os
produtos deverá obedecer ao estipulado em portaria do(a) Sr(a). Prefeito(a) Municipal.
Parágrafo Único. Os demais documentos a serem usados pelo SIM em qualquer nível, também
deverão seguir o mesmo procedimento.
Art. 99 - Todo o abate de animais para consumo ou industrialização realizado em estabelecimento
ou local não registrado pelo SIF (Serviço de Inspeção Federal / Ministério da Agricultura e do
Abastecimento), no SIE (Serviço de Inspeção Estadual do Pará), será considerado clandestino,
sujeitando-se os seus responsáveis a apreensão e condenação das carnes e/ou produtos, tanto
quando estiverem em trânsito ou no comércio, ficando ainda submetidos às demais penas da Lei.
Art.100 - Para realizar os serviços de fiscalização a nível de comércio, o SIM organizará, ou em
conjunto com outros órgãos públicos, os servidores de fiscalização a nível de consumo. Nesta
inspeção, exigir-se-á a comprovação e a documentação da origem, bem como as condições da
higiene das instalações, operações e equipamentos do estabelecimento.
Art. 101 - Serão fixadas as taxas sanitárias por portarias do(a) Sr(a). Prefeito(a) Municipal, com a
finalidade de ressarcimento aos cofres públicos pela contraprestação do Serviço de Inspeção
Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal.e Produtos de Origem Vegetal.
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Parágrafo Único. Os valores serão fixados por cabeça de animal abatido ou tonelada de produto
elaborado, sendo atualizados permanentemente a critério do SIM.
Art. 102 - A cada 05 (cinco) anos ou sempre que necessário, o presente regulamento poderá ser
revisto, modificado ou atualizado.
Art. 103 - Os casos omissos ou de dúvidas que surgirem na implantação e execução do presente
regulamento, serão resolvidos pela equipe Técnica do SIM com a ponderação do Secretário
Municipal de Agricultura, Abastecimento, Pecuária e Pesca.
Art. 104 - As despesas decorrentes deste Decreto correrão à conta das dotações orçamentárias
próprias.
Art. 105 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.
Abaetetuba, 05 de Abril de 2021.
FRANCINETI MARIA RODRIGUES CARVALHO
Prefeita Municipal