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Demonstrações Financeiras Completas em IFRS Dezembro 2011

Demonstrações Financeiras Completas em IFRS · econômico contribuíram para o aumento da aversão global ao risco. O desfecho do impasse na Zona do Euro permaneceu, portanto, no

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D e m o n s t ra ç õ e s

F i n a n c e i ra s

C o m p l e t a s e m

I F R SDezembro2 0 1 1

Relatório da Administração IFRS 2011

1

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO IFRS 2011

SENHORES ACIONISTAS

Apresentamos o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras Consolidadas do Banco do Estado do Rio

Grande do Sul, relativos ao exercício de 2011, de acordo com as normas do IFRS.

AMBIENTE ECONÔMICO

O cenário econômico internacional, ao longo de 2011,

caracterizou-se pelo aprofundamento da instabilidade

financeira global, face ao agravamento dos problemas

fiscais em economias maduras, ao crescimento do risco

inflacionário, especialmente, nas economias

emergentes, e à incerteza quanto à recuperação da

atividade econômica mundial. Nos EUA, o prolongado

impasse acerca da elevação do teto da dívida e

perspectivas desfavoráveis quanto à evolução da

economia levaram ao rebaixamento do rating da maior

economia do mundo. Na Europa, o desequilíbrio

orçamentário, a fragilidade do sistema bancário, o

elevado nível de desemprego e o baixo crescimento

econômico contribuíram para o aumento da aversão

global ao risco. O desfecho do impasse na Zona do Euro

permaneceu, portanto, no centro das atenções da

economia mundial, embora o cenário de incertezas

tenha gerado expressivo aumento da liquidez no

mercado financeiro global.

No Brasil, indicadores econômicos recentes são

indicativos do processo de desaceleração dos negócios

ocorrida ao longo de 2011. Contudo, diferentemente

dos EUA e da Europa, o cenário econômico doméstico

dá sinais de convergência para uma taxa de crescimento

mais ajustada à capacidade de longo prazo. Apesar da

perda de dinamismo do segmento industrial, sensível ao

contexto internacional, a atividade econômica brasileira

se manteve firme, sustentada pela estabilidade do

mercado de trabalho e pela evolução consistente do

crédito.

Por outro lado, a explosão dos preços das commodities

no mercado internacional, resultou em pressões

inflacionárias, administradas, na primeira metade de

2011, por meio de ajustes na política monetária, através

da elevação da Taxa Selic em 175 pontos-base no

período de janeiro a julho e de medidas de caráter

macroprudencial, editadas ao final de 2010, como a

elevação de depósitos compulsórios, de impostos sobre

operações financeiras e de aumento do requerimento

de capital para bancos.

Na segunda metade do ano, o aprofundamento das

incertezas da economia global levou ao afrouxamento

da política monetária doméstica, iniciando-se, em

agosto, um novo ciclo de ajuste da taxa básica,

mediante redução de 150 pontos-base, com vistas à

preservação de condições adequadas ao desempenho

da economia brasileira.

Acompanhando a dinâmica do restante do País, a

economia regional, principal contexto de atuação do

Banrisul, também registrou redução do ímpeto de

expansão. O cenário de desaceleração da atividade

industrial foi, contudo, minimizado pelo

comportamento favorável do segmento agropecuário,

que registrou safras recordes em 2011, e pelas vendas

do comércio varejista, sustentado pela solidez do

mercado de trabalho e dos rendimentos em elevação,

além da contribuição do setor exportador, beneficiado,

sobretudo, pela elevação dos preços das commodities.

Relatório da Administração IFRS 2011

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EVENTOS RELEVANTES

JAN/2011 - AÇÕES DO BANRISUL INTEGRAM A

CARTEIRA DO NOVO ÍNDICE DE GOVERNANÇA

CORPORATIVA TRADE DA BM&FBOVESPA.

As ações preferenciais do Banrisul (BRSR6) passam a

fazer parte do indicador da BM&FBovespa (Bolsa de

Valores, Mercadorias e Futuros), o Índice de Governança

Corporativa Trade (IGCT). O índice analisa o

desempenho das ações emitidas por empresas que,

voluntariamente adotam padrões de governança

corporativa diferenciados.

MAR/2011 – BANRISUL E MASTERCARD FIRMAM

PARCERIA.

O Banrisul anunciou que será adquirente da bandeira

MasterCard. A Rede Banricompras realizará a captura de

transações dos cartões de crédito e débito das marcas

MasterCard, Maestro, Cirrus e Redeshop. O Banco

aderiu à estratégia comercial de inserção no mercado de

adquirência de cartões de crédito e débito com o

objetivo de ampliar as oportunidades de negócio.

MAIO/2011 BANRISUL É UMA DAS 50 MARCAS MAIS

VALIOSAS DO PAÍS.

O Banrisul faz parte do ranking “As 50 marcas mais

valiosas do Brasil”, e na categoria bancos tornou-se a

quarta instituição financeira de maior valor no País. A

marca Banrisul atingiu o valor de US$344 milhões, em

2010. A pesquisa foi elaborada pela revista Dinheiro

assessorada pela consultoria BrandAnalytics.

JULHO/2011 BANRISUL É UMA DAS 100 MAIORES

EMPRESAS DO PAÍS.

O Banrisul é uma das 100 maiores empresas de capital

aberto por valor de mercado do Brasil, segundo ranking

divulgado pela revista Exame, na edição especial

Melhores e Maiores de 2011. O estudo apontou que o

valor de mercado da Instituição alcançou R$7 bilhões,

em 2010, com crescimento de 11,50% em relação a

2009. No setor financeiro nacional, o Banrisul é

destaque entre os dez maiores bancos em volume de

lucro líquido e patrimônio líquido.

JUL/2011 - BANRISUL E REDE DE LOJAS QUERO-QUERO

FIRMAM PARCERIA.

O Banrisul e a Verde Administradora de Cartões de

Crédito (Verdecard), empresa do grupo Quero-Quero,

firmaram parceria para o acolhimento do cartão da

bandeira nos terminais de pagamento da rede

Banricompras.

OUT/2011 - BANRISUL E V ISA FIRMAM PARCERIA.

O Banrisul anunciou que passa a ser o mais novo

credenciador da bandeira VISA. A rede Banricompras

está autorizada a capturar transações dos cartões de

crédito, débito e pré-pago VISA. A iniciativa

proporcionará o incremento da rede própria do Banco,

proporcionando aos consumidores várias alternativas de

pagamento eletrônico.

DEZ/2011 - BANRISUL ADQUIRIU 49,9% DAS AÇÕES DA

BEM-V INDO PROMOTORA DE VENDAS E SERVIÇOS S.A.

O Banrisul adquiriu 49,9% das ações de emissão da

Bem-Vindo promotora de Vendas e Serviços S.A. A Bem-

Vindo explora o mercado de crédito consignado, em

suas 73 lojas distribuídas por todos os estados

brasileiros, com sede no Rio de Janeiro. O Banco

identificou a oportunidade de crescimento de negócios

que proporcione ganhos de escala, em conformidade

com a estratégia de alavancar canais de relacionamento

com clientes, aumentar carteira de crédito e expandir o

potencial de distribuição de produtos e serviços

financeiros em escala nacional. A MatoneInvest Holding

adquiriu o saldo restante das ações, tornando-se,

juntamente com o Banrisul, sócia da Bem-Vindo na

proporção do capital integralizado.

Relatório da Administração IFRS 2011

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INDICADORES E AGÊNCIAS DE RATING

Tabela 1: Indicadores Financeiros

Indicadores 2011 2010

Eficiência (1)

47,74% 50,97%

ROAA 2,63% 2,44%

ROAE 21,78% 20,20%

Índice de Provisionamento 5,14% 5,12%

Basileia 17,24% 16,07%

Valor de Mercado (R$ milhões) 8.179 7.218

Dividendo/JSCP por Ação (R$) 0,77 0,72

Valor Patrimonial da Ação (R$) 10,76 9,43

Cotações de Fechamento (R$) 20,00 17,65

Lucro por Ação (R$) 2,21 1,81

Número total de Ações ON (mil) 205.043 205.043

Número total de Ações PN (mil) 203.931 203.931

(1) Índice de Eficiência: Despesas de pessoal + outras despesas administrativas / Receita líquida com juros + receita de dividendos+ ganhos líquidos

com ativos e passivos financeiros + Resultado de variação Cambial + rendas de prestação de serviços + (Outras receitas operacionais – outras despesas operacionais).

Tabela 2: Classificações das Agências de Rating

Fitch Ratings

Viabilidade

Escala Global Escala Nacional

Moeda Local Moeda Estrangeira Nacional

Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo

bb+ BB+ B BB+ B AA- (bra) F1+ (bra)

Moody's Investdors Service

Força Financeira

Escala Global Escala Nacional

Moeda Local Moeda Estrangeira Nacional

Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo

D+ Baa3 P-3 Baa3 P-3 Aaa.br BR-1

Standard & Poors

Perfil de Crédito Individual

Escala Global Escala Nacional

Moeda Local Moeda Estrangeira Nacional

Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo

bbb+ BBB- BBB- BBB- brAAA

Austing Rating

Escala Nacional

Curto Prazo Longo Prazo

A-2 A+

Risk Bank

9,77

Relatório da Administração IFRS 2011

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DESEMPENHO FINANCEIRO

LUCRO L ÍQUIDO

O lucro líquido acumulado, em 2011, atingiu R$934

milhões, R$174 milhões ou 22,88% acima do valor

registrado no ano de 2010. Pode-se destacar o

aumento da receita líquida de juros e similares, em

R$462 milhões ou 17,28%, impulsionado pela

ampliação dos ativos de crédito, em R$3.360 milhões,

pelo crescimento da receita de prestação de serviços,

em R$57 milhões ou 8,53%, justificado pelo

crescimento orgânico das operações bancárias e os

ajustes de preços referenciados na política

monetária. O resultado foi impactado, em parte, pela

ampliação das despesas administrativas, em R$144

milhões ou 8,26%, influenciado pelo aumento do

número de funcionários acrescido do acordo coletivo,

e pelo avanço das despesas de provisão para

impairment, em R$110 milhões ou 22,92%,

consequência da evolução no volume da carteira de

empréstimos e adiantamento a clientes.

A receita líquida dos juros e similares foi influenciada,

diretamente, pela expansão das receitas com juros e

similares, em R$1.115 milhões, composta pelo

aumento nas rendas das aplicações financeiras, em

R$338 milhões, e nas rendas de empréstimos e

adiantamento, em R$816 milhões. As despesas de

juros e similares modificaram a receita líquida, em

R$653 milhões, em função do crescimento das

despesas de captação com clientes, em R$391

milhões e, das despesas com recursos de bancos, em

R$261 milhões.

Para melhor compreensão da reconciliação entre o

resultado apurado pelas práticas contábeis brasileiras

(BRGAAP) versus padrão contábil internacional (IFRS),

são elencados os ajustes e suas justificativas:

(i) R$14 milhões no resultado de variação cambial em

transações no exterior, motivado por exigências da

IAS 21, que determina a criação de uma reserva

específica no patrimônio líquido, “Resultado

Abrangente Acumulado”, que registre os ganhos ou

perdas acumulados gerados na conversão de

dependências no exterior, diferentemente das

práticas adotada no Brasil, onde são registradas

diretamente no resultado;

(ii) R$40 milhões na provisão para impairment,

resultante da diferença de conceito no modelo de

mensuração de provisão para operações de crédito,

onde passa de “perda esperada”, baseada na análise

periódica da qualidade do cliente e dos setores de

atividade, na visão de BRGAAP, para “perda

incorrida”, que requer a identificação objetiva de

redução de valor como resultado de um ou mais

eventos ocorridos após o reconhecimento inicial do

ativo financeiro, de acordo com IFRS;

(iii) R$18 milhões das outras despesas

administrativas, em função das despesas de

depreciação e amortização, modificadas pela revisão

das vidas úteis dos bens do imobilizado, e das

despesas de operações de leasing, devido

reconhecimento de leasing financeiro, conforme

normas do IFRS;

(iv) R$ 15 milhões dos ajustes de benefícios a

empregados, decorrente dos efeitos provenientes das

avaliações de 2010 das despesas com plano de saúde,

odontológico e auxílio medicamento, compensadas

integralmente pelo resultado atuarial apurado em

2011, regras definidas pela IAS 19;

(v) R$29 milhões nas despesas com imposto de renda

e contribuição social, referentes ao reconhecimento

dos tributos diferidos incidentes sobre os ajustes de

reconciliação do IFRS.

Relatório da Administração IFRS 2011

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Tabela 3: Demonstrativo de Resultado Pro Forma R$ milhões

2011 BR GAAP

Reconciliação 2011 IFRS 2010 IFRS ∆%

Receita Líquida com Juros 3.133 3.133 2.671 17,29%

Receita de Dividendos 2 2 3 -14,37%

Ganhos Líquidos com Ativos e Passivos Financeiros (1) (1) 56 -100,97%

Resultado de Variação Cambial de Transações no Exterior 101 (14) 87 24 264,90%

Receita de Prestação de Serviços 725 725 668 8,53%

Perdas com Ativos Financeiros (504) 40 (464) (344) 34,56%

Provisão para Impairment (630) 40 (590) (480) 22,92%

Recuperação de Crédito Baixado para prejuízo 126 126 136 -6,69%

Outras Receitas / Despesas Operacionais (2.146) 33 (2.113) (1.949) 8,43%

Despesas de Pessoal (1.163) (1.163) (1.016) 14,47%

Outras Despesas Administrativas (741) 18 (723) (726) -0,44%

Despesas Tributárias (232) (232) (204) 13,88%

Outras Receitas Operacionais 227 15 242 177 36,62%

Outras Despesas Operacionais (237) (237) (180) 31,69%

Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 1.310 1.369 1.128 21,41%

Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro (406) (29) (435) (367) 18,37%

Lucro Líquido do Exercício 904 30 934 760 22,88%

D ISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS

A política de remuneração do capital adotada pelo

Banrisul, descrita no estatuto social da empresa e

aprovada desde março de 2009, especifica um

percentual mínimo de 25% a ser pago aos acionistas a

título de dividendo mínimo obrigatório e um percentual

adicional de 15% como dividendos complementares,

totalizando a distribuição de 40% do lucro líquido

ajustado para os exercícios seguintes, que pode ser

pago na forma de juros sobre o capital Próprio, tratado

como despesa dedutível para fins de impostos e

contribuições.

O valor pago a título de juros sobre o capital próprio é

limitado à variação pro rata die da Taxa de Juros de

Longo Prazo (TJLP) e, seu pagamento é realizado

trimestralmente, segundo determinação do Conselho de

Administração.

A remuneração dos acionistas foi e continuará sendo

calculada e paga com base nos lucros apurados de

acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil

(BRGAAP).

Em 2011, a distribuição dos resultados alcançou R$344

milhões, composta por R$217 milhões na forma de juros

sobre o capital próprio, descontado do imposto de

renda retido na fonte, e R$127 milhões como

dividendos complementares.

Tabela 4: Distribuição do Resultado

R$ milhões

2011 2010 ∆%

Lucro Líquido do Exercício BR GAAP 904 741 22,00%

Reserva Legal (45) (37) 22,00%

Base de Cálculo dos Dividendos 859 704 22,00%

Dividendo Mínimo Obrigatório (25%) (215) (176) 22,00%

Dividendo Adicional (15%) (129) (106) 22,00%

Dividendos Totais (344) (282) 22,00%

Juro Sobre o Capital Próprio (1)

217 193 12,24%

Dividendos Pagos e Provisionados 127 89 43,38% (1) Valor líquido do Imposto de Renda.

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DESEMPENHO PATRIMONIAL

ATIVO

O ativo total atingiu R$38.317 milhões em dezembro de

2011, evolução de R$5.629 milhões ou 17,22% acima do

montante de 2010.

Na composição dos ativos, destaca-se, principalmente, a

participação dos empréstimos e recebíveis, em 53,22%,

dos títulos de investimentos, em 25,68%, e das

disponibilidades e reservas do Banco Central do Brasil

em 15,85%.

Em relação às fontes de recursos que alavancaram o

aumento do ativo, elencam-se os passivos financeiros a

custo amortizado que alcançaram R$31.815 milhões,

compostos, especialmente, pelas captações com

clientes, em R$22.340 milhões, com expansão de

R$3.321 milhões ou 17,46%, e obrigações por

empréstimos e repasses em R$2.155 milhões, com

crescimento de R$533 milhões ou 32,84%.

Gráfico 1: Evolução Ativo Total

R$ milhões

29.630 32.688

38.317

2009 2010 2011

T ÍTULOS DE INVESTIMENTO

Os títulos de investimento alcançaram o saldo de

R$9.839 milhões em dezembro de 2011, com

incremento de R$1.197milhões ou 13,85% em doze

meses.

Em relação à composição dos títulos, salienta-se a

participação de 65,31% dos títulos mantidos até o

vencimento, no montante de R$6.426 milhões, de

21,51% dos títulos mantidos para negociação, que

totalizaram R$ 2.117 milhões, e de 13,18% dos títulos

disponíveis para venda, que atingiram R$1.297 milhões.

Quanto aos tipos de papéis gerenciados, os títulos estão

concentrados, especialmente, em letras financeiras do

tesouro (LFT), em R$9.129 milhões, seguida pelas Cotas

de Fundo de Investimento em Direitos Creditórios

(FIDC), em R$382 milhões e, ainda o Fundo de

Compensações das Variações Salariais (CVS) em R$157

milhões.

O Banrisul possui capacidade financeira, comprovada

através de estudos técnicos desenvolvidos

internamente, e intenção de manter até o vencimento

os títulos classificados na categoria “mantidos até o

vencimento”, conforme disposto no artigo 8º da Circular

nº 3.068, de 08.11.2001, do Banco Central do Brasil.

Relatório da Administração IFRS 2011

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Tabela 5: Títulos de Investimento

R$ milhões

2011 2010 ∆%

Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo 3.413 3.785 -9,82%

Títulos Mantidos para Negociação 2.116 2.072 2,13%

Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 2.113 2.069 2,16%

Ações de Companhias Abertas 3 3 -17,51%

Títulos Disponíveis para Venda 1.297 1.713 -24,28%

Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 885 1.154 -23,29%

Ações de Companhias Abertas 10 14 -28,37%

Cotas de Fundo de Reserva Fixa 20 9 128,66%

Cotas de Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) 382 536 -28,77%

Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado 6.426 4.857 32,29%

Títulos Mantidos até o Vencimento 6.426 4.857 32,29%

Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 6.130 4.548 34,79%

Notas do Tesouro Nacional - 8 -100,00%

Fundo de Compensações das Variações Salariais (CVS) 157 153 2,22%

Letras Hipotecárias (LH) 23 29 -20,89%

Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI) 3 3 -7,96%

Outros 113 117 -2,75%

Títulos de Investimento 9.839 8.642 13,85%

EMPRÉSTIMOS E ADIANTAMENTOS A CLIENTES

Os empréstimos e adiantamento a clientes alcançaram

o montante de R$20.393 milhões, com crescimento de

R$3.360 milhões ou 19,73% em relação a dezembro de

2010.

Em dezembro de 2011, o crédito comercial apresentou

participação de 74,88% do total dos empréstimos e

adiantamentos, seguidos de 8,54% do crédito

imobiliário, de 8,36% do crédito rural, de 5,08% da

carteira de financiamento a longo prazo e de 2,73% da

carteira de câmbio.

Em relação aos vencimentos dos empréstimos e

adiantamento a clientes, em dezembro de 2011, pode-

se observar que R$309 milhões ou 1,52% do total da

carteira estava concentrada em parcelas vencidas há

mais de quinze dias, R$10.074 milhões ou 49,40% do

montante, formavam as parcelas a vencer em até 12

meses, e, R$10.010 ou 49,09%, constituíam as parcelas

com vencimentos acima de 12 meses, situação

apresentada na avaliação da exposição dos riscos de

descasamentos temporais entre ativos e passivos.

Tabela 6: Composição dos Empréstimos e Adiantamento a Clientes

R$ milhões

2011 2010 ∆%

Comercial 15.271 13.131 16,30%

Pessoa Física 5.878 5.208 12,87%

Empréstimos e Títulos Descontados 5.557 4.909 13,21%

Financiamentos Direto ao Consumidor 268 248 8,19%

Cartão de Crédito 53 52 2,74%

Pessoa Jurídica 9.392 7.922 18,55%

Empréstimos e Títulos Descontados – Instituições de Crédito 2.201 2.190 0,49%

Empréstimos e Títulos Descontados - Outros 6.988 5.546 26,01%

Financiamentos Direto ao Consumidor 201 186 7,91%

Cartão de Crédito 2 - -

Imobiliário 1.741 1.285 35,45%

Rural 1.705 1.284 32,77%

Financiamentos a Longo Prazo 1.035 838 23,58%

Câmbio 557 412 35,34%

Arrendamento Mercantil 84 84 0,70%

Empréstimos e Adiantamento a Clientes 20.393 17.033 19,73%

Relatório da Administração IFRS 2011

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PASSIVOS F INANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO

Os passivos financeiros atingiram saldo de R$31.815

milhões, com expansão de R$4.803 milhões ou 17,78%

em relação ao ano anterior.

A captação de clientes alcançou R$22.340 milhões,

representando 70,22% do total, seguido pelos fundos

financeiros e de desenvolvimento, que totalizou

R$5.099 milhões, compondo 16,03% e, ainda a

captação no mercado aberto, que atingiu R$1.332

milhões, participando em 4,19% dos passivos

financeiros.

A estrutura de captação de passivos financeiros do

Banrisul é, principalmente, influenciada pela

pulverização de depósitos, centrada em certificados de

depósitos bancários (CDB) e depósitos de poupança, e

pelos fundos financeiros e de desenvolvimento,

recursos regulamentados pelas Leis 12.069/04 e

12.585/06 do Governo do Rio Grande do Sul, que

disciplinam a disponibilização ao Estado de até 85% do

saldo dos depósitos judiciais efetuados por terceiros no

Banco. O saldo remanescente é mantido depositado

para constituição de fundo de liquidez chamado

“Fundo de Reserva de Depósito Judiciais - FRDJ”,

constituindo-se em funding para operações ativas.

Tabela 7: Composição dos Passivos Financeiros

2011 2010 ∆%

Captações com Clientes 22.340 19.019 17,46%

Depósito à Vista 3.180 3.759 -15,40%

Depósito de Poupança 5.136 5.580 -7,95%

Depósito a Prazo 13.997 9.680 44,60%

Outros Depósitos 27 0 -

Captações com Bancos 60 34 77,31%

Captação no Mercado Aberto 1.332 1.311 1,55%

Repasses e Empréstimos no País 1.213 1.057 14,68%

Repasses e Empréstimos no Exterior 942 565 66,83%

Fundos Financeiros e de Desenvolvimento 5.099 4.445 14,71%

Outros Passivos Financeiros 830 580 43,01%

Passivos Financeiros ao Custo Amortizado 31.815 27.012 17,78%

PATRIMÔNIO L ÍQUIDO

O patrimônio atingiu R$4.584 milhões em dezembro de

2011, com evolução de R$588 milhões ou 14,72%, sobre

o montante de dezembro de 2010.

O patrimônio líquido foi influenciado positivamente pelo

lucro líquido do exercício, em R$934 milhões,

descontado, em parte, pela distribuição do resultado, em

2011, de R$344 milhões.

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio, em

2011, atingiu 21,78%, 1,58 pp. acima do indicador

alcançando em 2010.

Gráfico 2: Evolução do Patrimônio Líquido

R$ milhões

3.533

3.996

4.584

2009 2010 2011

Relatório da Administração IFRS 2011

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MODELO DE NEGÓCIOS

A administração do Banrisul efetua a gestão das atividades

operacionais segregada sob a ótica de segmento de

negócios. O desempenho da Instituição é avaliado através

de três segmentos: Varejo, Corporativo e Tesouraria.

Os resultados dos segmentos operacionais estão em

conformidade com as políticas contábeis aplicadas nas

demonstrações consolidadas em IFRS. As receitas com

prestação de serviços, as despesas gerais e administrativas,

as perdas com ativos financeiros e o imposto de renda são

monitorados centralmente e, portanto, não foram

alocados por segmento.

O segmento Varejo engloba um conjunto de serviços

bancários, captações da rede de agências e operações de

crédito direcionadas à base de clientes pessoas físicas e

pessoas jurídicas, entre elas microempresas e empresas de

pequeno e médio porte. O Segmento Varejo é composto:

(i) pelos clientes pessoas físicas; (ii) pelas empresas

cadastradas, somente em agências do Estado do Rio

Grande do Sul, com faturamento anual de até R$30

milhões; e (iii) pelas empresas, excluídas as cadastradas no

Rio Grande do Sul, que apresentem faturamento anual

abaixo de R$48 milhões.

O segmento Corporate é responsável pela gestão de

produtos e serviços vinculados à captação de recursos e às

operações de crédito comerciais, de longo prazo, rural,

habitacional e câmbio focado no atendimento a órgãos e

instituições governamentais e empresas de médio e

grande porte. A classificação dos clientes em Corporate

segue premissas, revisadas semestralmente, entre as

quais: (i) órgãos e entidades públicas estaduais, municipais

e federais; (ii) empresas com faturamento anual superior a

R$30 milhões, quando cadastradas no Estado do Rio

Grande do Sul; e (iii) demais corporações que

apresentarem faturamento anual acima de R$48 milhões.

O segmento de Tesouraria é responsável pelo

gerenciamento e controle de fluxo de caixa e

administração da carteira própria de ativos financeiros do

Banrisul.

Em relação ao resultado de 2011, segregado por segmento

de negócios, pode-se comentar o equilíbrio na geração das

receitas com juros e similares e a apuração de despesas

com juros e similares, fato que possibilitou que o

segmento Varejo formasse 63,18% da receita líquida de

juros e similares, seguido pela Tesouraria, com 23,63% e,

por último o Corporate, com 13,74%.

Quanto à estrutura patrimonial, os ativos de Tesouraria

compuseram 43,92% do total das aplicações,

acompanhada pelo Varejo, em 31,92%, e pelo Corporate,

em 19,91%.

A estrutura dos passivos atingiu a participação de 56,05%

no Varejo, 19,24% na Tesouraria, complementada por

14,48% no Corporate.

Tabela 8: Segmento de Negócios

R$ milhões

Varejo % Corporate % Tesouraria % Outros % Total

Receitas com Juros e Similares 3.323 58,19% 837 14,65% 1.514 26,51% 37 0,65% 5.711

Despesas com Juros e similares (1.344) 52,12% (406) 15,76% (774) 30,00% (54) 2,12% (2.578)

RECEITA LÍQUIDA DE JUROS 1.979 63,18% 431 13,74% 740 23,63% (17) -0,56% 3.133

ATIVO 12.229 31,92% 7.631 19,91% 16.827 43,92% 1.630 4,25% 38.317

PASSSIVO 18.908 56,05% 4.885 14,48% 6.489 19,24% 3.451 10,23% 33.733

Relatório da Administração IFRS 2011

10

GOVERNANÇA CORPORATIVA

O Banrisul atende integralmente os requisitos do Nível

1 de Governança Corporativa da BM&FBovespa S.A.,

conferindo-lhe maior transparência, equidade e

adequada prestação de contas, reforçando a

credibilidade e o interesse de investidores e clientes.

As práticas de governança corporativa tornam-se

importantes, sobretudo, em momentos de mudanças

administrativas, como o ocorrido ao longo do primeiro

semestre deste ano, sem que alterações significativas

na gestão do Banrisul fossem observadas, reforçando

seu papel de empresa de capital aberto, de controle

estatal, orientada ao mercado.

A participação dos Conselhos de Administração e Fiscal

na estrutura de tomada de decisão, o modelo de

gestão focado na lucratividade e na qualidade das

operações e a criação de políticas de governança

corporativa conferem ao Banrisul solidez e

reconhecimento, refletidos no desempenho adequado

ao de sua área de atuação.

De acordo com a Instrução n.º 381 da Comissão de

Valores Mobiliários, o Banrisul informa que a empresa

Ernst & Young Terco Auditores Independentes S/S,

contratada em 2011 por meio do processo licitatório

(Concorrência 97/2010), estabelecido pela Lei nº

8.666 /93, que institui normas para licitações e

contratos da Administração Pública, prestou serviços

exclusivamente relacionados à auditoria externa no

ano de 2011.

CONTROLES INTERNOS E COMPLIANCE

A estrutura de controles internos do Banrisul é

sustentada mediante o estabelecimento de políticas

que assegurem a disseminação da cultura e a

efetividade do sistema de controles em todos os níveis

de negócio, mantendo-o alinhado aos objetivos

estratégicos do Banco.

A política de controles internos foi instituída com a

finalidade de disseminar a cultura de controles,

assegurando a observância dos parâmetros,

procedimentos e padrões estabelecidos pela legislação

e autoridades fiscalizadoras, especialmente o Banco

Central do Brasil.

O Banrisul, através do Compliance, busca assegurar a

adequação, o fortalecimento e funcionamento dos

controles internos, procurando mitigar os riscos de

acordo com a complexidade de seus negócios, bem

como disseminar a cultura de controles para garantir o

cumprimento de leis e regulamentos estabelecidos

pelos órgãos reguladores.

A alta administração institui os objetivos relativos às

atividades de controle e promove padrões éticos de

forma a enfatizar aos funcionários a importância dos

controles internos e o papel de cada um no processo.

Visando a maior efetividade dessas diretrizes, foi

criada, além do Comitê de Gestão de Controles

Internos, a Diretoria de Controle e Risco, que tem como

responsabilidade o acompanhamento da

implementação de metodologias e procedimentos

relacionados ao monitoramento e à avaliação de

controles e riscos corporativos.

A área responsável pelos controles possui, entre outras

atribuições, a de reportar à alta administração a

situação qualitativa do sistema de controles internos,

monitorando fatores que possam afetar adversamente

os objetivos da Instituição e assegurando que os itens

requeridos pelos órgãos reguladores sejam atendidos

pelas diversas áreas do Banco.

Em atendimento à Resolução nº 2.554/98,

semestralmente, são preparados Relatórios de

Controles Internos com informações das ações

conduzidas com foco em controle. As informações são

estruturadas conforme os cinco elementos

padronizados pelo COSO – Committee of Sponsoring

Organizations: Supervisão Gerencial e Cultura de

Controle; Identificação e Avaliação de Riscos;

Atividades de Controle e Segregação de Funções;

Informação e Comunicação; Monitoramento de

Atividades e Correção de Deficiências. O documento e

seus anexos são submetidos à Diretoria e Conselho de

Administração, para avaliação e diagnóstico quanto à

efetividade do sistema de controles internos da

Organização, permanecendo à disposição do Banco

Central.

Relatório da Administração IFRS 2011

11

Comitês

O Banrisul possui quinze órgãos com funções auxiliares da Diretoria, denominados:

a) Comitê de Gestão Bancária

b) Comitê de Gestão Administrativa

c) Comitê de Gestão Comercial

d) Comitê de Gestão de Controles Internos

e) Comitê de Gestão de Marketing

f) Comitê de Gestão de Pessoas

g) Comitê de Gestão de Tecnologia de Informação

h) Comitê de Gestão Econômica

i) Comitê de Gestão Socioambiental

j) Comitê de Cartões e Adquirência

k) Comitê de Crédito

l) Comitê de Investimentos

m) Comitê de Precificação de Ativos

n) Comitê de Riscos Corporativos

o) Comitê de Tesouraria

Cada Comitê possui no mínimo quatro e no máximo

doze integrantes.

Serão membros dos Comitês os empregados titulares

de Superintendência de Unidade, Superintendência de

Assessoria e o Controller, nomeados pela própria

Diretoria, e, por sua designação, Administradores das

Sociedades de que participe com 50% (cinquenta por

cento) ou mais do capital social

Compete ao Coordenador do Comitê ou do Grupo

convocar e presidir as reuniões do órgão respectivo.

Observada a regulamentação baixada pela Diretoria,

compete a cada Comitê opinar sobre os assuntos

pertinentes à sua área respectiva, submetendo-os,

após, à deliberação da Diretoria. Poderá a Diretoria

fixar alçada aos Comitês, no limite da qual terão poder

deliberativo. Os Coordenadores dos Comitês e dos

Grupos, quando houver, serão de nomeação da

Diretoria e terão representação participativa em

reuniões mensais da Diretoria.

GESTÃO DE R ISCOS

A estratégia de revisão e melhoria de processos do

Banrisul inclui como objetivos prioritários aperfeiçoar e

introduzir mecanismos de gestão de riscos

corporativos.

A Instituição procura alinhar a gestão de riscos aos

padrões recomendados pelo Comitê de Basiléia,

adotando as melhores práticas de mercado para

maximizar a rentabilidade e garantir a melhor

combinação possível de aplicações em ativos e uso de

capital requerido. São processos contínuos nesse

escopo, o aprimoramento sistemático de políticas de

risco, sistemas de controles internos e normas de

segurança integradas aos objetivos estratégicos e

mercadológicos do Banrisul.

A descrição detalhada da estrutura de gestão de riscos

está disponibilizada no site

http://www.banrisul.com.br, na rota: “Relações com

Investidores/Governança/Corporativa/Geren- ciamento

de Riscos/Estrutura de Gerenciamento de Risco de

Crédito”.

R ISCO DE CRÉDITO

A política institucional de gerenciamento do risco de

crédito do Banrisul tem como objetivos identificar,

mensurar, controlar e mitigar a exposição ao risco de

crédito no âmbito de portfólio; atuar de forma a

consolidar a cultura das melhores práticas de

gerenciamento do risco de crédito; aperfeiçoar

continuamente a gestão do risco de crédito em todas

as modalidades de ativos; garantir níveis adequados de

Relatório da Administração IFRS 2011

12

risco e evitar perdas não previstas; garantir a isenção e

a segregação de função no processo de gerenciamento

de risco de crédito.

A estrutura de avaliação de risco de crédito do Banco

está alicerçada no princípio de decisão técnica

colegiada, sendo definidas alçadas de concessão de

crédito correspondentes aos níveis decisórios, que

abrangem desde a extensa rede de agências, em suas

diversas categorias de porte, até as esferas diretivas e

seus Comitês de Crédito e Gestão de Riscos da Direção-

Geral, Diretoria Executiva e Conselho de Administração.

No processo de identificação, avaliação e

monitoramento do risco de crédito, o Banrisul adota

duas posturas: (i) para o segmento Varejo, segue os

modelos de escoragem (Credit Score e Behaviour

Score), definindo créditos pré-aprovados, baseados em

classificações de riscos previstas nos modelos

estatísticos, com análises semestrais de aderência

pelos Comitês de Gestão e Diretoria; (ii) para o

segmento Corporate, adota estudos técnicos efetuados

pela área interna de análise de riscos, que avalia as

empresas sob o prisma financeiro, de gestão,

mercadológico e produtivo, observando os cenários

econômicos, a partir da análise da situação econômica

das empresas nesses ambientes.

Para todos os segmentos de clientes são realizadas

análises dos indicadores de atraso, pendência, volume

de concessão, em diversas granularidades e

agrupamentos, possibilitando o gerenciamento dessas

exposições por produto, classificação de risco,

concentração de crédito e agência.

Em relação à gestão da Carteira Adquirida, a Instituição

adota como parâmetro de aquisição, no máximo, 20%

do valor correspondente à sua carteira de crédito e,

ainda, considera como limitador para cada instituição

cedente o montante de 25% do seu capital de

referência, efetuando para tal processo a

correspondente análise da capacidade econômico-

financeira da instituição cedente.

As operações de crédito, contempladas ou não nos

modelos de escoragem, são classificadas em ordem

crescente de risco, contemplando aspectos em relação

ao devedor e seus garantidores e em relação à

operação, conforme determinação da Resolução n.º

2.682/99, enfatizando a qualidade de crédito por

perdas esperadas. Em contraste, as provisões para

perda por impairment, exigidas pelo IAS 39, são

baseadas em perdas que tenham sido incorridas à data

do balanço patrimonial, através modelo de perdas

incorridas.

Pode-se afirmar que a gestão da exposição ao risco de

crédito do Banrisul caracteriza-se pela postura seletiva

e conservadora da Instituição, seguindo estratégias

definidas pela alta administração e áreas técnicas da

corporação.

R ISCO DE MERCADO

A Política de Gerenciamento de Risco de Mercado do

Banrisul tem como objetivo definir o conjunto de

princípios, diretrizes e estratégias, metodologias,

limites e responsabilidades aplicáveis no controle das

exposições da carteira de negociação (trading) e

carteira de não negociação (banking). No intuito de

assegurar as melhores práticas de gerenciamento de

risco de mercado A Instituição cumpre as exigências de

normativos do regulador quanto à alocação de capital

regulatório e monitoramento do consumo de capital.

A carteira trading compreende as operações em

instrumentos financeiros detidos com intenção de

negociação, destinados para revenda, obtenção de

benefícios da flutuação dos preços ou realização de

arbitragem. A carteira banking compreende todas as

operações da Instituição não classificadas na carteira

de negociação, sem intenção de venda, ou seja,

carteira de crédito, carteira de títulos mantidos até o

vencimento, captação de depósito a prazo, depósito de

poupança e demais operações mantidas até o

vencimento.

Em relação ao controle de risco de mercado, o Banco

adota um sistema de decisão colegiada, para facilitar a

sua adequação às normas de controles estabelecidas

na Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) e

normativos do Banco Central do Brasil (BCB), que

dispõem sobre o controle do Risco de Mercado. As

decisões estratégicas do Banco, relativas ao Risco de

Mercado, envolvem todas as unidades de negócios,

sendo discutidas em Comitês e submetidas à Diretoria

e ao Conselho de Administração.

O Banrisul monitora o risco de mercado das suas

operações por meio da utilização de metodologias

como o Value at Risk (VaR) e pela realização de análise

Relatório da Administração IFRS 2011

13

de sensibilidade das carteiras. O VaR é utilizado para a

mensuração do risco das operações classificadas na

carteira banking e nas operações da carteira trading

com fator de risco em taxa prefixada.

Nas operações referenciadas em cupom de moedas,

índice de preços e taxa de juros o modelo utilizado é o

maturity ladder.

A análise de sensibilidade é realizada trimestralmente

com o objetivo de mensurar o impacto das oscilações

de mercado sobre as carteiras da Instituição por meio

da aplicação de cenários específicos para cada fator de

risco.

Os testes de estresse para as exposições da carteira de

não negociação, são realizados por meio da estimação

do percentual de variação do valor de mercado da

carteira banking em relação ao Patrimônio de

Referência, com a utilização de choques compatíveis

com o 1º e 99º percentis de uma distribuição histórica

de variações nas taxas de juros. Também é estimada a

quantidade de pontos-base de choques paralelos de

taxa de juros necessários para acarretar reduções do

valor de mercado da carteira de não negociação

correspondente a 5%, 10% e 20% do Patrimônio de

Referência.

Cabe destacar que o Banrisul possui processos de

gestão contínuos e ininterruptos que procuram através

do dinamismo de mercado, mitigar os riscos

associados, com as estratégias definidas pela alta

Administração. Em casos de alerta, ações proativas são

tomadas para minimizar possíveis impactos negativos,

maximizando a relação entre o risco versus retorno.

R ISCO DE L IQUIDEZ

O risco de liquidez do Banrisul é gerenciado através da

análise da projeção do fluxo de caixa, contemplando

diferentes cenários de mercado. Nas posições de ativos,

são consideradas a evolução da carteira de crédito e de

liquidação dos instrumentos financeiros. Para os

passivos, as premissas adotadas incluem a possibilidade

de resgates antecipados e também de rolagem das

captações menor do que o previsto.

Em busca das melhores práticas adotadas pelo sistema

financeiro e aderência às recomendações do Comitê da

Basileia, o Banrisul estabelece limites operacionais para

o risco de liquidez consistente com as estratégias de

negócios do Banco, para os instrumentos financeiros e

demais exposições, cujos cumprimentos dos parâmetros

de grandeza são analisados regularmente pelos Comitês

de Riscos Corporativos e de Gestão Bancária e,

submetidos a instâncias diretivas, visando a garantir sua

operacionalidade de forma eficaz pelos gestores.

A gestão da liquidez encontra-se centralizada na

Tesouraria e tem como objetivo manter um nível

satisfatório de disponibilidades para fazer face às

necessidades financeiras no curto, médio e longo prazo,

tanto em cenário normal como em cenário de crise, com

adoção de ações corretivas, caso necessário.

A Instituição mantém seus controles sob o ponto de

vista prudencial, calculados segundo as regras, da

Resolução nº 2.804/00, do Conselho Monetário

Nacional e da Circular 3.393/07, do Banco Central do

Brasil, que estabelecem acompanhamento condizente

com as posições assumidas no mercado financeiro, de

modo a evidenciar o risco de liquidez decorrente dessas

exposições. Para monitorar esses resultados, são

elaborados o fluxo de caixa diário, mapas das posições

das carteiras, mapas de descasamentos de prazos e

moedas, mapa duration das operações, dentre outros.

No âmbito de contingência de liquidez, a Instituição tem

como objetivo identificar antecipadamente e minimizar

eventuais crises e seus potenciais efeitos na

continuidade dos negócios. Os parâmetros utilizados

para a identificação das situações de crises consistem

numa gama de responsabilidades e de procedimentos a

serem seguidos de modo a garantir a estabilidade do

nível de liquidez requerido na posição diária.

Relatório da Administração IFRS 2011

14

R ISCO OPERACIONAL

Em atendimento à Resolução nº 3.380/06, o Banrisul

implementou a estrutura de gerenciamento do risco

operacional, composta de políticas, métodos, processos,

sistemas e responsabilidades, estando capacitada a

identificar, avaliar, monitorar, controlar e mitigar o risco

operacional.

A política de gestão do risco operacional tem como

objetivo prover o Banrisul de parâmetros, modelos e

métodos para a identificação, avaliação, monitoramento,

controle e mitigação de riscos operacionais e a

divulgação interna e externa dos níveis de exposição do

Banrisul ao risco operacional. Visa, assim, manter a

confiança em todos os níveis do negócio, com a redução

da exposição a riscos e de perdas efetivas.

A metodologia adotada pelo Banco, fundamentada nas

melhores práticas de mercado, em normas

internacionais, nas recomendações do Novo Acordo de

Capitais – Basileia II, e na regulamentação do BACEN,

prevê a identificação e o tratamento dos riscos

operacionais por meio do mapeamento de seus

processos mais relevantes.

As análises qualitativas de risco operacional são

realizadas por meio da técnica RCSA (Risk and Control

Self-Assessment), a qual se baseia na aplicação de

questionários junto a gestores, para autoavaliação. As

informações coletadas geram a Matriz de Risco

Operacional do Banrisul. O resultado da análise é

encaminhado aos gestores com o objetivo de gerar

planos de ação mitigadores do risco operacional.

No que se refere à análise quantitativa, está em processo

de estruturação a Base de Dados de Perdas do Banrisul.

Em 2011, a consultoria PWC, contratada através de

processo licitatório, trabalhou junto ao Banrisul

realizando análise de aderência à legislação e melhoria

dos processos de gerenciamento de riscos na Instituição.

Para o monitoramento e controle dos processos de risco

operacional, são realizados ciclos periódicos de avaliação

de riscos, submetendo os resultados das análises e os

planos de mitigação à alta administração para

deliberação.

A estrutura de gerenciamento de riscos operacionais

prevê a existência de plano de contingência, contendo as

estratégias a serem adotadas para assegurar condições

de continuidade das atividades e para limitar graves

perdas decorrentes de risco operacional.

REDE DE ATENDIMENTO

Em 2011, a Rede de Atendimento Banrisul atingiu 1.278

pontos, distribuídos em 442 agências (401 no Rio Grande

do Sul, 25 em Santa Catarina, 14 nos demais estados

brasileiros, 1 em Nova Iorque e 1 em Grand Cayman),

275 Postos de Atendimento Bancário e 561 Pontos de

Atendimento Eletrônico.

O foco de expansão da rede de atendimento está na

Região Sul do País. O projeto prevê a abertura de 35

agências em municípios já assistidos pelos serviços do

Banco, 21 novas casas em municípios desassistidos e a

transformação de 48 postos de atendimento em

agências, mediante modelo de atendimento diferenciado

através de casas de menor porte no Rio Grande do Sul,

além da abertura de 07 novas agências no Estado Santa

Catarina, totalizando 111 unidades.

Relatório da Administração IFRS 2011

15

GESTÃO DE PESSOAS

Em 2011, o Banrisul contou com um quadro de 10.225

colaboradores e 1.845 estagiários. No período, foram

realizados 1.934 cursos de aperfeiçoamento, com 11.616

participações. Para isso, o Banco investiu R$12 milhões

direcionados a programas de graduação, programas de

pós-graduação, cursos de idiomas e cursos de certificações

e atualizações técnicas.

A Instituição pretende implementar programas contínuos

que favoreçam as boas relações no trabalho, saúde e

segurança dos funcionários. Em busca desse objetivo, ao

longo de 2011, investiu na capacitação dos colaboradores,

efetuou pesquisas de clima organizacional, aprimorou a

comunicação corporativa e incentivou a atividade física e o

lazer.

O planejamento estratégico da Empresa foi elaborado com

a colaboração de toda a equipe. Através de encontros com

os colaboradores, foi debatido a atuação do Banco para os

próximos anos. Mais de 4,5 mil funcionários participaram

das reuniões de discussões dos objetivos traçados para o

planejamento estratégico. No mês de agosto o quadro de

funcionários participou de uma pesquisa sobre o clima

organizacional da empresa. Na pesquisa, foram apuradas

as percepções dos empregados nas relações interpessoais

e de ambiente de trabalho como um todo. A análise serve

para identificar os pontos que propiciam o

desenvolvimento e o bem estar dos colaboradores e

também os pontos críticos.

ESTRATÉGIA

O projeto estratégico em execução no Banrisul está

referenciado em quatro pilares: (i) qualificação do

atendimento aos clientes, abrangendo a modernização e

padronização da rede de agências e a capacitação contínua

dos empregados; (ii) excelência na gestão de custos

administrativos; (iii) manutenção de investimentos em

tecnologia e inovação e (iv) expansão da escala de

negócios, através do incremento da carteira de crédito, da

oferta de produtos financeiros e da ampliação dos pontos

de atendimento.

A opção pela estratégia de crescimento posta em prática

alcança seus primeiros resultados em 2011. A Rede

Comercial Banricompras registrou mais de 100 mil pontos

ao final do ano, e cresceu não apenas em

estabelecimentos credenciados, mas também como rede

de adquirência de outras bandeiras. Ao longo de 2011,

foram firmadas parcerias com as bandeiras Visa,

MasterCard e VerdeCard, além de convênio com o sistema

SafetyPay para compras internacionais no website

Amazon.com. O fortalecimento da Rede Banricompras

contribui para a execução da estratégia de

desconcentração regional e de sustentação do crescimento

do Banco.

Nessa mesma linha, outra iniciativa empreendida pelo

Banrisul foi a compra de 49,9% da rede de distribuição da

Bem-Vindo Promotora de Vendas e Serviços, empresa

especializada na originação de créditos consignados do

INSS e a servidores públicos federais, estaduais e

municipais, conveniados em suas 73 lojas, distribuídos por

vários estados do Brasil. A operação, realizada em parceria

com a MatoneInvest Holding, é parte do movimento

estratégico concebido para alavancar canais de

relacionamento com clientes, aumentar a carteira de

crédito e expandir o potencial de distribuição de produtos

e serviços financeiros em escala nacional.

E, como resultado dos esforços realizados em 2011, o

Banrisul, pela primeira vez em seus 83 anos, foi

classificado, no início de 2012, como Investment Grade

pelas agências Moody’s Investors Service e Standard &

Poor‘s Ratings Services. O início de 2012 marca também a

implementação de operação de captação externa, no

montante de R$900 milhões, recursos que viabilizam o

crescimento da carteira de crédito projetado para os

próximos anos.

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos Diretores e Acionistas do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.

Examinamos as demonstrações fin anceiras consolidadas do Banco d o Estado do Rio Grande do Sul S.A . e sua s controladas (“Instituição”), que com preendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro d e 2011 e a s respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquid o e dos f luxos de ca ixa para o exercício findo n aquela data, assim como o resumo das principa is práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da Administração sobre as Demonstrações Financeiras Consolidadas

A Administração da In stituição é responsável pela elabo ração e ad equada apresentação dessas demonstrações f inanceiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório fin anceiro (IF RS) e pelos controles internos qu e ela deter minou como necessários para permitir a elabora ção de de monstrações finance iras conso lidadas livres de distorçã o relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos Auditores Independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião so bre essas demonstrações financeiras consolidadas com base em nossa auditoria, con duzida de acordo com as normas brasileira s e internacionais de auditor ia. Essas normas requerem o cumprimento de e xigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável d e que a s demonstrações finan ceiras co nsolidadas estã o livres de distor ção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeira s consolidadas. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação d os riscos d e distorção relevant e nas demonstrações f inanceiras consolidadas, independentemente se causada po r fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elabora ção e a a dequada apresentação das demonstrações finance iras conso lidadas da Inst ituição para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstância s, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia d os controle s internos da Instituição. Uma auditoria inclui t ambém a a valiação da adequação das práticas contábeis u tilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, be m co mo a avaliação da apresentação das demonstrações financeira s consolidadas tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de au ditoria obtid a é suficien te e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Opinião

Em nossa opinião, a s demonstrações finan ceiras con solidadas referid as acima a presentam adequadamente, em t odos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada do Banco do Estado do Rio Gra nde do Sul S.A. e suas controlada s em 31 de dezembro de 2011, o d esempenho consolidado de suas operações e os seus f luxos de caixa consolidados para o exercício f indo naquela da ta, de acordo com as n ormas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo “International Accounting Standard Board - IASB”.

2

Outros assuntos

Auditoria dos Valores Correspondentes ao Exercício Anterior

Conforme descrito na Nota 7.1.1., os valores corresp ondentes a o exercício de 2010, originalmente elaborados pela administração p ara atendimento de opção permitida em 201 0 pelo Banco Central do Brasil - BACEN e consideradas para propósito especial em atendimento ao processo de converg ências às n ormas internacionais d e relatório financeiro (IF RS), foram anteriormente auditado s por outr os auditore s independ entes que emitiram opinião, sem ressalvas, com data de 28 de abril de 2011.

Os referidos valores corresponde ntes, audita dos por out ros auditore s, estão incluídos na s demonstrações finan ceiras do exer cício atual, para fins co mparação e atendimento às IFRS emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).

Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas

O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. elaborou um conjunto completo de demonstrações finance iras individ uais e con solidadas p ara o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 de acordo com as prática s contábeis adotadas no Brasil a plicáveis às instituições autorizadas a funcionar pel o Banco Central do Brasil, apresentadas separadamente, sobre as quais emitimos rela tório de auditoria inde pendente separado, não contendo nenhuma modificação, datado de 07 de fevereiro de 2012.

Porto Alegre, 28 de março de 2012 ERNST & YOUNG TERCO Auditores Independentes S.S. CRC 2SP-015.199/O-6/F-RS Fernando Radaich de Medeiros Contador CRC 1SP-217.532/O-6/S-RS

Demonstração Consolidada do Resultado Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 Valores expressos em Milhares de Reais, exceto quando indicado As Demonstrações Financeiras Consolidadas e as Notas Explicativas estão apresentadas em “Milhares de Reais”, exceto quando indicado.

Nota 2011 2010Receitas com Juros e Similares 5.711.197 4.596.645 Despesas com Juros e Similares (2.578.685) (1.925.824) RECEITA LÍQUIDA COM JUROS 8 3.132.512 2.670.821 Receita de Dividendos 2.312 2.700 Ganhos (Perdas) Líquidos com Ativos e Passivos Financeiros (541) 55.657

Ativos Financeiros Designados ao Valor Justo no Resultado (541) 55.657 Resultado de Variação Cambial de Transações no Exterior 86.340 23.661 Receita de Prestação de Serviços 9 725.327 668.334 Perdas com Ativos Financeiros (463.468) (344.426)

Provisão para Impairment 16 (g) (589.852) (479.865) Recuperação de Crédito Baixado para Prejuízo 126.384 135.439

Outras Receitas (Despesas) Operacionais (2.113.455) (1.949.114) Despesas de Pessoal 10 (1.163.062) (1.016.062) Outras Despesas Administrativas 11 (723.072) (726.238) Despesas Tributárias (232.322) (203.998) Outras Receitas Operacionais 12 241.592 176.839 Outras Despesas Operacionais 13 (236.591) (179.655)

Resultado Antes dos Tributos Sobre o Lucro 1.369.027 1.127.633 Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro 14 (434.856) (367.380)

Corrente (487.440) (372.518) Diferido 52.584 5.138

Lucro Líquido do Exercício 934.171 760.253

Lucro Líquido Atribuível aos Acionistas Controladores 934.021 760.031 Lucro Líquido Atribuível aos Acionistas Não Controladores 150 222

LUCRO POR AÇÃOLucro Básico por 1.000 ações (em Reais - R$)

Ações Ordinárias 2,26 1,86 Ações Preferenciais A 2,44 2,00 Ações Preferenciais B 2,26 1,86

Lucro Líquido Atribuído (em Reais Mil)Ações Ordinárias 467.947 380.779 Ações Preferenciais A 8.929 7.513 Ações Preferenciais B 457.145 371.739

Demonstração Consolidada do Resultado Abrangente Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 Valores expressos em Milhares de Reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

Demonstrações Financeiras Completas IFRS 19

Nota 2011 2010

Lucro Líquido do Exercício 934.171 760.253 Componentes do Resultado Abrangente

Ajuste ao Valor Justo de Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 16(b) (2.948) 724 Variações Cambiais de Investimentos no Exterior 14.193 (4.961) Imposto de Renda Relacionado aos Componentes do Resultado Abrangente 1.177 (326)

Resultado Abrangente do Exercício Líquido de Imposto de Renda e Contribuição Social 12.422 (4.563)

Total do Resultado Abrangente do Exercício, Líquido de Imposto de Renda 946.593 755.690

Resultado Abrangente Atribuível aos Acionistas Controladores 946.443 755.468 Resultado Abrangente Atribuível aos Acionistas Não Controladores 150 222

Balanços Patrimoniais Consolidados Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 e 1° de Janeiro de 2010 Valores expressos em Milhares de Reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

Demonstrações Financeiras Completas IFRS 20

ATIVO Nota 2011 2010 01/01/2010

DISPONIBILIDADES E RESERVAS NO BANCO

CENTRAL DO BRASIL 15 6.074.695 4.790.260 6.997.488

ATIVOS FINANCEIROS 16 30.898.739 26.492.421 21.299.408

TÍTULOS DE INVESTIMENTOS 9.839.065 8.642.402 7.377.115

Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo 3.413.423 3.785.266 2.956.118

Títulos Mantidos para Negociação 2.116.540 2.072.460 1.886.134

Títulos Disponíveis para Venda 1.296.883 1.712.806 1.069.984

Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado 6.425.642 4.857.136 4.420.997

Títulos Mantidos até o Vencimento 6.425.642 4.857.136 4.420.997

EMPRÉSTIMOS E RECEBÍVEIS 21.059.674 17.850.019 13.922.293

Recebíveis Designados ao Valor Justo no Resultado - - 566.705

Empréstimos e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado 21.059.674 17.850.019 13.355.588

Empréstimos e Outros Valores com Instituições de Crédito 2.201.005 2.197.091 1.348.646

Empréstimos e Adiantamentos a Clientes 17.143.360 13.963.359 11.247.369

Outros Ativos Financeiros 1.715.309 1.689.569 759.573

TRIBUTOS DIFERIDOS 22 584.147 528.847 521.513

Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 584.147 528.847 521.513

OUTROS ATIVOS 17 434.023 500.783 444.961

Ativos não Correntes a Venda 11.188 9.707 16.973

Outros 422.835 491.076 427.988

INVESTIMENTOS 7.514 7.660 7.758

IMOBILIZADO 18 208.036 196.214 178.690

INTANGÍVEL 19 109.553 172.206 180.129

TOTAL DO ATIVO 38.316.707 32.688.391 29.629.947

Balanços Patrimoniais Consolidados Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 e 1° de Janeiro de 2010 Valores expressos em Milhares de Reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

Demonstrações Financeiras Completas IFRS 21

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Nota 2011 2010 01/01/2010

PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO 20 31.815.148 27.011.655 24.603.863

PROVISÕES 21 728.579 673.911 651.036

Provisões para Riscos Fiscais,

Trabalhistas, Cíveis e Outros 712.790 661.728 636.069

Provisões para Outros Passivos 15.789 12.183 14.967

PASSIVOS FISCAIS 327.599 239.877 135.806

Correntes 313.246 228.241 126.366

Diferidos 22 14.353 11.636 9.440

OUTROS PASSIVOS 23 861.745 767.383 705.966

TOTAL DO PASSIVO 33.733.071 28.692.826 26.096.671

PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONSOLIDADO 26 4.583.636 3.995.565 3.533.276

Capital Social 3.200.000 2.900.000 2.600.000

Reservas de Capital 6.171 6.171 6.171

Reservas Lucros 1.202.219 956.177 808.138

Resultado Acumulado 171.620 141.948 123.159

Resultado Abrangente Acumulado 2.012 (10.410) (5.847)

Participação dos Acionistas Não Controladores 1.614 1.679 1.655

TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 38.316.707 32.688.391 29.629.947

Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 Valores expressos em Milhares de Reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

22

Demonstrações Financeiras Completas IFRS

Ajuste deReservas Disponível Conversão de Reservas Total Participação Total do

Capital de Capital para Investimento Lucros de Lucros Atribuível aos dos Não PatrimônioNota Social (Nota 26) Venda no Exterior Acumulados (Nota 26) Acionistas Controladores Líquido

Em 1º de Janeiro de 2010 2.600.000 6.171 (5.847) - 123.159 808.138 3.531.621 1.655 3.533.276 Resultados Abrangentes

Lucro Líquido - - - - 760.031 - 760.031 222 760.253

Outros Resultados Abrangentes

no Exercício - - 398 (4.961) - - (4.563) - (4.563)

Aumento de Capital Social 26 300.000 - - - - (300.000) - - -

Aquisição de Participação de

Acionistas Não Controladores - - - - - - - (198) (198)

Transferência para Reservas 26 - - - - (448.039) 448.039 - - -

Juros Sobre o Capital Próprio 26 - - - - (204.858) - (204.858) - (204.858)

Dividendos 26 - - - - (88.345) - (88.345) - (88.345)

Em 31 de Dezembro de 2010 2.900.000 6.171 (5.449) (4.961) 141.948 956.177 3.993.886 1.679 3.995.565

Em 1º de Janeiro de 2011 2.900.000 6.171 (5.449) (4.961) 141.948 956.177 3.993.886 1.679 3.995.565 Resultados Abrangentes

Lucro Líquido - - - - 934.021 - 934.021 150 934.171

Outros Resultados Abrangentes

no Exercício - - (1.771) 14.193 - - 12.422 - 12.422

Aumento de Capital Social 26 300.000 - - - - (300.000) - - -

Aquisição de Participação de

Acionistas Não Controladores - - - - - - - (215) (215)

Transferência para Reservas 26 - - - - (546.042) 546.042 - - -

Juros Sobre o Capital Próprio 26 - - - - (231.642) - (231.642) - (231.642)

Dividendos 26 - - - - (126.665) - (126.665) - (126.665)

Em 31 de Dezembro de 2011 3.200.000 6.171 (7.220) 9.232 171.620 1.202.219 4.582.022 1.614 4.583.636

Atribuível aos Acionistas da ControladoraOutros Resultados Abrangentes

Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 Valores expressos em Milhares de Reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

Demonstrações Financeiras Completas IFRS 23

Nota 2011 2010FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 1.721.132 1.435.088

Lucro Líquido Consol idado do Exercício 934.171 760.253 Ajuste ao Lucro Líquido

Depreciação e Amortização 96.715 95.858 Provisão Benefício Empregos - 266 Variação Cambia l sobre Investimentos no Exterior 14.193 (4.961) Perdas por Impairment de Ativos Financeiros 589.852 479.865 Provisão para Perdas de Securi ti zação 2.763 (2.522) Provisões para Riscos Fi sca is , Traba lhis tas e Cíveis 136.022 111.467 Imposto de Renda e Contribuição Socia l - Di feridos (52.584) (5.138)

Fluxos de Caixa Antes das Alterações nos Ativos e Passivos Operacionais

Variações nos Ativos e Passivos (832.728) (4.067.348) Ajustes de Ava l iação Patrimonia l (1.771) 398 (Aumento) Redução em Títulos de Investimentos (1.196.663) (1.263.946) (Aumento) Redução em Empréstimos e Recebíveis

com Insti tuições de Crédi to (3.914) (848.445) (Aumento) Redução em Emprés timos e Recebíveis com Cl ientes (3.769.853) (3.252.912) (Aumento) Redução em Outros Ativos Financeiros (25.740) (929.995) (Aumento) Redução em Outros Ativos (666.865) (259.544) Aumento (Redução) em Pass ivos Financeiros 4.803.493 2.128.682 Aumento (Redução) em Outros Pass ivos 28.585 358.414

Caixa Líquido Aplicado nas Atividades Operacionais 888.404 (2.632.260)

Fluxos de Caixa das Atividades de InvestimentoAl ienação de Inves timentos 146 296 Al ienação de Imobi l i zado de Uso 910 172 Aquis i ção de Investimentos - (198) Aquis i ções de Imobi l i zado de Uso e Intangível (46.794) (99.907)

Caixa Líquido das Atividades de Investimento (45.738) (99.637)

Fluxos de Caixa das Atividade de FinanciamentoDividendos Pagos (60.000) (65.000) Juros Sobre o Capi ta l Próprio Pagos (231.642) (204.858) Variação na Parti cipação dos Acionis tas Minori tários (215) (198)

Caixa Líquido Aplicado nas Atividades de Financiamento (291.857) (270.056)

Aumento (Redução) Líquido de Caixa e Equivalentes de Caixa 550.809 (3.001.953) Caixa e Equiva lentes de Ca ixa no Início do Exercício 15 2.645.995 5.647.948 Ca ixa e Equiva lentes de Ca ixa no Fina l do Exercício 15 3.196.804 2.645.995

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 24

1. INFORMAÇÕES GERAIS O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (Banrisul) é uma sociedade anônima de capital aberto que atua sob a forma de banco múltiplo, com sede no Brasil, domiciliado na Rua Capitão Montanha, 177 – 4° andar, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e opera nas carteiras comercial, crédito, financiamento e investimento, crédito imobiliário, desenvolvimento, arrendamento mercantil e de investimentos, inclusive nas de operações de câmbio, corretagem de títulos e valores mobiliários e administração de cartões de crédito e consórcios. As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no mercado financeiro. O Banrisul atua, também, como instrumento de execução da política econômico-financeira do Estado do Rio Grande do Sul, em consonância com os planos e programas do Governo Estadual. Estes serviços são oferecidos no Brasil aos clientes por intermédio da rede de agências do Banrisul, e no exterior são oferecidos por intermédio de agências em New York e Grand Cayman. As Demonstrações Financeiras Consolidadas elaboradas para o exercício apresentado foram aprovadas pelo Conselho de Administração do Banrisul em 28 de março de 2012. 2. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS Declaração de conformidade As demonstrações financeiras consolidadas do Banco foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS), conforme emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). Continuidade A Administração avaliou a habilidade do Banco em continuar operando normalmente e está convencida de que possui recursos para dar continuidade a seus negócios no futuro. Adicionalmente, a Administração não tem o conhecimento de nenhuma incerteza material que possa gerar dúvidas significantes sobre a sua capacidade de continuar operando. Portanto, as demonstrações financeiras foram preparadas com base nesse princípio. As principais práticas contábeis aplicadas na preparação destas Demonstrações Financeiras Consolidadas estão descritas a seguir: 2.1. Base de Preparação As Demonstrações Financeiras Consolidadas do Banrisul referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 foram preparadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), em atendimento à Resolução n° 3.786/09 emitida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A reconciliação e a descrição dos efeitos da transição das práticas contábeis adotadas no Brasil para o IFRS, relativas ao patrimônio líquido e ao resultado, estão demonstradas na Nota 7.2.

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 25

As Demonstrações Financeiras Consolidadas foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e ajustadas para refletir a reavaliação dos ativos financeiros disponíveis para venda e ativos e passivos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado. As Demonstrações Financeiras Consolidadas incluem o balanço patrimonial consolidado, a demonstração consolidada do resultado, a demonstração consolidada do resultado abrangente, a demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido, a demonstração consolidada dos fluxos de caixa e as notas explicativas. A demonstração consolidada dos fluxos de caixa apresenta as alterações no caixa e equivalentes de caixa ocorridas no exercício, oriundas das atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos. Caixa e equivalentes de caixa incluem investimentos de alta liquidez e sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor. A Nota 15 apresenta a classificação dos itens de caixa e equivalentes de caixa nas contas do balanço patrimonial consolidado. O fluxo de caixa das atividades operacionais foi determinado pelo método indireto, portanto, o saldo de lucro antes dos impostos e da parcela de participação dos acionistas não controladores foi ajustado por transações que não afetam o caixa, tais como, provisões, depreciações, amortizações e perdas por valor não recuperável de empréstimos e adiantamentos. Os juros recebidos e pagos são classificados como fluxo de caixa de atividades operacionais. A preparação das demonstrações financeiras consolidadas requer a adoção de estimativas e premissas que afetam os valores divulgados para ativos e passivos, bem como as divulgações de ativos e passivos contingentes na data das demonstrações financeiras e da divulgação das receitas e despesas durante o exercício. As demonstrações financeiras consolidadas incluem várias estimativas e premissas, incluindo, mas não limitado à adequação da provisão para perdas por valor não recuperável de empréstimos e adiantamentos, estimativas de valor justo de instrumentos financeiros, depreciação e amortização, perdas por valor não recuperável dos ativos, vida útil dos ativos intangíveis, avaliação para realização de ativos fiscais, provisões para contingências e provisões para potenciais perdas originadas de incertezas fiscais e tributárias. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras consolidadas estão divulgadas na Nota 4. As políticas contábeis descritas a seguir foram aplicadas em todos os períodos apresentados nas demonstrações financeiras e por todas as empresas da Organização. 2.2. Consolidação Controladas Controladas são todas as entidades cujas políticas financeiras e operacionais podem ser governadas pelo Banrisul, acionista controlador do Grupo Banrisul, e nas quais há uma participação acionária de mais da metade dos direitos de voto.

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 26

Principais informações sobre os investimentos em controladas:

Controladas Participação % Patrimônio Líquido Lucro Líquido

Banrisul Armazéns Gerais S.A. 99,498 26.603 2.364 Banrisul S.A. Corretora de Valores

Mobiliários e Câmbio 98,957 74.745 4.578 Banrisul S.A. Administradora

de Consórcios 99,683 142.010 14.457 Banrisul Serviços Ltda. 99,785 116.351 20.711

Banrisul Armazéns Gerais S.A.: Localizada em Canoas (RS), atua como permissionária da Secretaria da Receita Federal para administrar o Porto Seco da região metropolitana, atuando nos regimes de importação e exportação e de armazém geral. Banrisul S.A. Administradora de Consórcios: Explora serviço de administração de grupos de consórcios para pessoas físicas e jurídicas, para aquisição de imóveis, automóveis e motocicletas, veículos automotores para uso agrícola e outros bens móveis, inclusive para pessoas que não sejam nossos correntistas. Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio: Explora serviços de corretagem na intermediação em operações envolvendo títulos e valores mobiliários negociados na Bovespa. A Banrisul Corretora administra, ainda, clubes de investimentos e distribui certificados de investimento audiovisual. Banrisul Serviços Ltda.: Administra o tíquete e cartão refeição e alimentação, cartão combustível, presente, private label e benefício, salário e sistema da manutenção de frota. 2.3. Segmentos Operacionais O relatório por segmentos operacionais é apresentado de modo consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, representado pela Diretoria Executiva (Nota 6). 2.4. Conversão em Moeda Estrangeira

(a) Moeda Funcional e Moeda de Apresentação

Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das empresas do Banrisul são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico, no qual a empresa atua ("a moeda funcional"). As Demonstrações Financeiras Consolidadas estão apresentadas em reais, que é a moeda funcional e, também, a moeda de apresentação do Banrisul. Exceto quando indicado, as demonstrações foram arredondadas para o milhar mais próximo. As agências no exterior representam uma extensão dos negócios do Banco e na data-base das demonstrações financeiras, seus ativos e passivos são convertidos para a moeda de apresentação adotada pelo Banco, pela taxa de câmbio em vigor na data do balanço e as demonstrações de resultado

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 27

são convertidas pelo dólar de transação ajustado pelo câmbio de fechamento a cada mês, representando desta forma a média ponderada das taxas de câmbio do período. Diferenças cambiais devido à conversão são reconhecidas diretamente em um componente separado do Patrimônio Líquido. (b) Transações e Itens do Balanço Patrimonial

Transações em moeda estrangeira são contabilizadas, no seu reconhecimento inicial, na moeda funcional, aplicando-se, a taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira na data da transação. As variações cambiais que surgem da liquidação de tais transações e da conversão dos ativos e passivos monetários em moeda estrangeira por taxas cambiais de fechamento são reconhecidas como ganho ou perda na demonstração do resultado. As variações cambiais de investimentos no exterior são registradas na Demonstração do Resultado Abrangente. As alterações no valor justo dos títulos e valores mobiliários em moeda estrangeira, classificados como disponíveis para venda, são separadas entre as variações cambiais relacionadas ao custo amortizado do título e as outras variações no valor contábil do título. As variações cambiais do custo amortizado são reconhecidas no resultado, e as demais variações no valor contábil dos títulos e valores mobiliários são reconhecidas no patrimônio líquido. 2.5. Ativos e Passivos Financeiros O Banrisul classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo através do resultado, empréstimos e recebíveis, mantidos até o vencimento e disponíveis para venda. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial. (a) Ativos Financeiros Mensurados ao Valor Justo Através do Resultado

Nessa categoria são incluídos os ativos financeiros mantidos para negociação e aqueles que são designados, no reconhecimento inicial, como mensurado ao valor justo através do resultado. Os ativos financeiros são classificados como mantidos para negociação quando são adquiridos ou incorridos principalmente com o objetivo de negociação no curto prazo. Os derivativos também são categorizados como mantidos para negociação e, dessa forma, são classificados nesta categoria, a menos que tenham sido designados como instrumentos de hedge (proteção). Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mantidos para negociação são apresentados na demonstração do resultado em "Ganhos (Perdas) Líquidos com Ativos e Passivos Financeiros" no período em que ocorrem, a menos que o instrumento tenha sido contratado em conexão com outra operação. Nesse caso, as variações são reconhecidas na mesma linha do resultado afetada pela referida operação. Instrumentos Financeiros Derivativos, inicialmente reconhecidos pelo valor justo, são subsequentemente mensurados pelos seus valores justos com as variações reconhecidas no resultado. Os valores justos são obtidos das cotações de mercado no caso de mercados ativos, incluindo transações de mercado recentes, e técnicas de avaliação, incluindo modelos de fluxo de caixa descontado e modelos de precificação de opções, como for apropriado. Todos os instrumentos financeiros derivativos são contabilizados como ativos, caso o valor justo seja positivo, e como passivo,

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 28

caso o valor justo seja negativo. Ativos e passivos financeiros são designados ao valor justo por meio do resultado quando: (i) Tal designação reduz significativamente inconsistências de mensuração que ocorreriam se os instrumentos financeiros derivativos relacionados fossem tratados como mantidos para negociação e os instrumentos financeiros subjacentes fossem contabilizados pelo custo amortizado, no caso de empréstimos concedidos; e

(ii) Certos investimentos, tais como, investimentos em títulos patrimoniais, que são gerenciados e avaliados com base no valor justo conforme estratégia de investimento ou gerenciamento de risco de mercado documentado e apresentados ao pessoal-chave da Administração com tal base citada, são designados ao valor justo por meio do resultado.

(b) Empréstimos e Recebíveis Incluem-se nessa categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. Os empréstimos e recebíveis do Banrisul compreendem operações de crédito, repasses interfinanceiros, aplicações interfinanceiras e demais contas a receber. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva. (c) Ativos Financeiros Mantidos até o Vencimento São ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos e para os quais a Administração tem intenção positiva e capacidade de manter até o vencimento e que não são designados no reconhecimento inicial como ao valor justo por meio do resultado, ou como disponíveis para venda e que não atendem a definição de empréstimos e recebíveis. Os ativos financeiros mantidos até o vencimento são inicialmente reconhecidos ao valor justo incluindo os custos diretos e incrementais, e contabilizados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando-se do método da taxa efetiva de juros. Os juros sobre os ativos financeiros mantidos até o vencimento estão incluídos no resultado como “Receita com Juros e Similares”. No caso de deterioração, a perda por valor não recuperável é reconhecida na demonstração do resultado. (d) Ativos Financeiros Disponíveis para Venda São classificados como disponíveis para venda, os ativos financeiros não derivativos que serão mantidos por um período indefinido, que podem ser vendidos em resposta à necessidade de liquidez ou à mudança de taxa de juros, taxa de câmbio ou preços de ações. Os ativos financeiros disponíveis para venda são contabilizados pelo valor justo. Os juros de títulos disponíveis para venda, calculados com o uso do método da taxa de juros efetiva, são reconhecidos na demonstração do resultado como receitas financeiras. A parcela correspondente à variação no valor justo é lançada como componentes do resultado abrangente, na conta Ajustes de Avaliação Patrimonial, sendo realizada contra resultado quando da sua liquidação ou por perda quando for considerada permanente (impairment).

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 29

(e) Reconhecimento, Mensuração e Desreconhecimento As compras e vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data da negociação (data em que é assumido o compromisso de compra ou venda dos ativos). O IFRS exige que, para todos os instrumentos financeiros (ativos e passivos) que paguem juros que não são classificados como “valor justo contra resultado”, os juros sejam reconhecidos de acordo com a taxa efetiva de juros. A taxa efetiva de juros é a taxa que desconta todos os fluxos de caixa esperados ao longo da vida esperada do instrumento ao valor contábil do instrumento no primeiro dia. Os ativos financeiros não mensurados pelo valor justo através do resultado são inicialmente reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos de transação. Os ativos financeiros mensurados pelo valor justo através do resultado são inicialmente reconhecidos pelo valor justo, sendo os respectivos custos de transação reconhecidos como despesa na demonstração do resultado. Ativos financeiros são desreconhecidos quando os direitos sobre o recebimento dos fluxos de caixa se expiram, ou quando o Banrisul transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. Passivos financeiros são desreconhecidos quando eles forem extintos, ou seja, quando forem pagos, cancelados ou expirados. Os ganhos ou perdas acumulados na conta específica do patrimônio líquido de ativos financeiros disponíveis para venda são transferidos para o resultado do período como ajuste de reclassificação. Contudo, os juros calculados por meio da utilização do método da taxa efetiva de juros e os ganhos e perdas de variação cambial de ativos monetários categorizados como disponíveis para venda são reconhecidos no resultado do exercício. Os dividendos de título patrimonial registrado como disponível para venda são reconhecidos no resultado no momento em que é estabelecido o direito da entidade de recebê-los. O valor justo dos ativos financeiros cotados em mercado ativo é baseado nos preços atuais de oferta de compra (bid price). Se o mercado para um ativo financeiro não for ativo, o Banrisul estabelece o valor justo por meio da utilização de técnicas de avaliação. As técnicas de avaliação incluem o uso de transações de mercado recentes entre partes independentes com conhecimento do negócio e interesse em realizá-lo, sem favorecimento; fluxo de caixa descontado; modelos de precificação de opções e outras técnicas de avaliação geralmente utilizadas pelos participantes de mercado. (f) Passivos Financeiros Os passivos financeiros são inicialmente reconhecidos pelo seu valor justo, adicionados os custos de transação diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão. Após o reconhecimento inicial, o saldo é mensurado pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva de juros. 2.6. Apresentação de Instrumentos Financeiros pela Posição Líquida entre Ativos e Passivos Um ativo financeiro é compensado com um passivo financeiro, e o valor líquido é reportado no balanço patrimonial se o Banrisul possui direito ou obrigatoriedade legal de compensar os montantes reconhecidos no mesmo e pretende liquidar em uma base líquida ou realizar um ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 30

2.7. Receitas e Despesas de Juros Receitas e despesas de juros para todos os instrumentos financeiros com incidência de juros, exceto daqueles mantidos para negociação ou designados ao valor justo por meio do resultado, são reconhecidos dentro de "Receitas com Juros e Similares" e "Despesas com Juros e Similares" da demonstração do resultado usando o método da taxa de juros efetiva. Método da taxa de juros efetiva é o método utilizado para calcular o custo amortizado de ativo ou de passivo financeiro e de alocar a receita ou a despesa de juros no período. A taxa de juros efetiva é a taxa de desconto que, aplicada sobre os pagamentos ou recebimentos futuros estimados ao longo da expectativa de vigência do instrumento financeiro ou, quando apropriado, por um período mais curto, resulta no valor contábil líquido do ativo ou passivo financeiro. Ao calcular a taxa de juros efetiva, o Banrisul estima os fluxos de caixa considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (opções de pagamentos antecipados, por exemplo), mas não considera perdas de crédito futuras. O cálculo inclui todas as comissões pagas ou recebidas entre as partes do contrato, os custos de transação e todos os outros prêmios ou descontos. Quando o valor de um ativo ou um grupo de ativos financeiros similares for reduzido, em caso de perda por impairment, a receita de juros é reconhecida usando a taxa de juros efetiva, utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros para fins de mensuração do impairment. 2.8. Receita de Prestação de Serviços Receita de honorários e comissões é geralmente reconhecida conforme o regime contábil de competência no período em que os serviços são prestados. 2.9. Receita de Dividendos A receita de dividendos é reconhecida na demonstração do resultado quando o direito de receber o pagamento é estabelecido. 2.10. Aplicação e Captação no Mercado Aberto Os títulos e valores mobiliários vendidos com o acordo de recompra (repos) são categorizados nas demonstrações financeiras como ativos (bens) em garantia. O valor do passivo desta captação está na rubrica Captações no Mercado Aberto. Os títulos e valores mobiliários comprados conforme o acordo de revenda (reverse repos) são categorizados nas demonstrações financeiras como aplicações no mercado aberto como equivalentes de caixa. A diferença entre o preço de venda e recompra (compra e revenda) é tratada como juros que são reconhecidos ao longo do período da vigência do acordo usando o método da taxa de juros efetiva. 11. Impairment de Ativos Financeiros (a) Ativos Contabilizados pelo Custo Amortizado

O Banrisul avalia, em cada data de balanço, a existência de qualquer evidência objetiva de que um ativo ou um grupo de ativos financeiros estejam impaired. Um ativo ou um grupo de ativos financeiros está impaired e são incorridas perdas por impairment se, e apenas se, existir evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos que ocorreram após o reconhecimento inicial do

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 31

ativo ("evento de perda") e se esse evento (ou eventos) de perda tiver um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados que possa ser confiavelmente estimado. O critério que o Banrisul utiliza para determinar que há evidência objetiva de perda por impairment inclui:

- Inadimplência nos pagamentos de principal ou juros; - Dificuldades financeiras do devedor (por exemplo, índice patrimonial, porcentagem da receita líquida de vendas); - Violação de cláusulas ou termos de empréstimos; - Início de processo de falência; e - Deterioração da posição competitiva do devedor. O período estimado entre o evento de perda e sua identificação é definido pela Administração para cada carteira identificada. Geralmente, os períodos utilizados são entre 1 e 12 meses. O Banrisul avalia se a evidência objetiva de impairment existe individualmente para ativos financeiros que sejam individualmente significativos e coletivamente para ativos financeiros que não sejam individualmente significativos. Se não houver evidência objetiva de impairment para um ativo financeiro individualmente avaliado, seja significativo ou não, este é incluído num grupo de ativos financeiros com características semelhantes de risco de crédito e avaliado coletivamente. Os ativos que são individualmente avaliados e para os quais uma perda de impairment é ou continua a ser reconhecida não são incluídos na avaliação coletiva. O montante da perda é mensurado como a diferença entre o valor contábil do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo as perdas de crédito futuras que não tenham sido incorridas) descontados à taxa de juro efetiva original do ativo. O valor contábil do ativo é reduzido através do uso de uma conta de provisão (redutora) e o montante da perda é reconhecido no resultado. Se um empréstimo ou um investimento mantido até o vencimento possui a taxa de juros variável, a taxa de desconto a ser usada para fins de mensuração de qualquer perda por impairment é a taxa de juros efetiva corrente estabelecida pelo contrato. O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de ativo financeiro para o qual exista garantia reflete os fluxos de caixa que podem ser resultantes da execução da garantia menos custos para obter e vender a garantia caso a execução da mesma seja provável ou não. Para fins de avaliação coletiva de impairment, ativos financeiros são agregados com base em características semelhantes de risco de crédito. Essas características são relevantes para estimar os fluxos de caixa futuros para os grupos de tais ativos pelo fato de poderem ser um indicador de dificuldade do devedor em pagar os montantes devidos de acordo com as condições contratuais do ativo que está sendo avaliado. Os fluxos de caixa futuros num grupo de ativos financeiros que sejam coletivamente avaliados para fins de impairment são estimados com base nos fluxos de caixa contratuais de ativos no Banrisul e na experiência de perda histórica para os ativos com características de risco de crédito semelhantes. A experiência de perda histórica é ajustada com base na data corrente observável para refletir os efeitos de condições correntes que não tenham afetado o período em que a experiência de perda histórica é baseada e para excluir os efeitos de condições no período histórico que não existem atualmente.

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 32

A metodologia e as premissas utilizadas para estimar os fluxos de caixa futuros são revistas regularmente pelo Banrisul para reduzir qualquer diferença entre estimativas de perda e a experiência de perda atual. Quando um empréstimo é incobrável ele é baixado contra provisão para impairment. Tais empréstimos são baixados uma vez que todos os procedimentos necessários sejam completados e o montante de perda seja determinado. (b) Ativos Categorizados como Disponíveis para Venda O Banrisul avalia em cada data de balanço a existência de evidências objetivas de que um ativo ou um grupo de ativos financeiros estejam impaired. Um declínio significativo ou prolongado no valor justo de um título e valor mobiliário categorizado como disponível para venda abaixo do seu custo é considerado para determinar se os ativos estão impaired. Quando tal evidência objetiva existe para os ativos financeiros disponíveis para venda a perda cumulativa (que é mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o valor justo corrente, menos qualquer perda por impairment resultante desse ativo financeiro anteriormente reconhecido no resultado) é removida do patrimônio líquido e reconhecida no resultado. As perdas por impairment reconhecidas no resultado para um investimento em título patrimonial classificado como disponível para venda não são revertidas por meio do resultado. Se, num período subsequente, o valor justo de um título de dívida classificado como disponível para venda aumentar e o aumento for relacionado com um evento que ocorra após o reconhecimento da perda de impairment no resultado, esta perda é revertida por meio do resultado. 2.12. Ativo Imobilizado Imóveis de uso compreendem principalmente terrenos e edifícios. Os imóveis de uso estão demonstrados pelo custo histórico deduzidos da depreciação, assim como todos os demais itens do ativo imobilizado. O custo histórico inclui gastos diretamente atribuíveis à aquisição ou construção dos bens. Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do mesmo possa ser mensurado com segurança. Todos os outros reparos e manutenções são reconhecidos no resultado do exercício como despesas operacionais, quando incorridos. Os terrenos não são depreciados. A depreciação de outros bens é calculada usando o método linear para alocar seus custos aos seus valores residuais durante a vida útil estimada, às taxas divulgadas na Nota 18.

Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada exercício. Os ativos que estão sujeitos à depreciação são revisados para a verificação de impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável se o valor contábil do ativo for maior do que seu valor recuperável estimado. O valor recuperável é o valor mais alto entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o valor em uso.

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 33

Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor contábil e são reconhecidos em "Outras Receitas (Despesas) Operacionais" na demonstração do resultado. 2.13. Ativos Intangíveis São compostos basicamente por aplicações de recursos cujos benefícios decorrentes ocorrerão em exercícios futuros reconhecidos inicialmente pelo custo. Esse grupo está representado por contratos de prestação de serviços bancários e aquisição de softwares com vida útil definida amortizado pelo método linear às taxas divulgadas na Nota 19. O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável se o valor contábil for maior do que o valor recuperável estimado, revisados anualmente. 2.14. Bens não de Uso Os bens destinados à venda são registrados no Balanço Patrimonial Consolidado quando de sua efetiva apreensão ou intenção de venda. Estes ativos são contabilizados inicialmente pelo valor justo. Reduções subsequentes ao valor contábil do ativo são registradas como perda por reduções ao valor justo menos os custos de venda e são contabilizadas na Demonstração Consolidada do Resultado na rubrica “Outras Despesas Operacionais”. Em caso de recuperação do valor justo menos os custos de venda a perda reconhecida pode ser revertida. 2.15. Arrendamentos Operações de Arrendamento Mercantil (como Arrendatário) O Banrisul atua como arrendatário nos contratos de arrendamento principalmente classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos efetuados para arrendamentos operacionais são reconhecidos na demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do arrendamento. Quando um arrendamento operacional é encerrado antes do término do período de contrato qualquer pagamento a ser efetuado ao arrendador sob a forma de multa é reconhecido como despesa no período em que o encerramento ocorre. Os arrendamentos mercantis de imobilizado e os aluguéis de imóveis nos quais o Banrisul fica substancialmente com todos os riscos e benefícios de propriedades são classificados como arrendamento financeiro. Os arrendamentos financeiros são registrados como se fosse uma compra financiada, reconhecendo, no seu início, um ativo imobilizado e um passivo de financiamento (arrendamento). O imobilizado adquirido nos arrendamentos financeiros é depreciado pelas taxas definidas na Nota 18. Operações de Arrendamento Mercantil Financeiro (como Arrendador) Quando os ativos são mantidos em um arrendamento mercantil financeiro, onde o Banrisul atua como arrendador, o valor presente dos pagamentos é reconhecido como um recebível na rubrica de Operações de Crédito conforme a Nota 16(e).

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 34

Os custos diretos iniciais, quando incorridos pelo Banrisul, são incluídos na mensuração inicial do recebível do arrendamento, reduzindo o valor da renda reconhecida pelo prazo do arrendamento. Tais custos iniciais geralmente incluem comissões e honorários legais. O reconhecimento da receita de juros reflete uma taxa de retorno constante sobre o investimento líquido do Banrisul e é reconhecida na rubrica “Receita com Juros e Similares”. 2.16. Caixa e Equivalentes de Caixa Caixa e equivalentes de caixa para fins de demonstração dos fluxos de caixa incluem disponibilidades com vencimentos em menos de três meses desde a data de aquisição e que apresentem risco insignificante de mudança de valor justo, incluindo o caixa e aplicações no mercado aberto. 2.17. Provisões As provisões para riscos sobre valores discutidos judicialmente são reconhecidas quando o Banrisul tem uma obrigação presente ou não formalizada (constructive obligation) como resultado de eventos passados; é provável que a saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e o valor é estimado confiavelmente. Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de o Banrisul liquidá-las é determinada, levando-se em consideração o grupo de obrigações como um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer item individual incluído no mesmo grupo de obrigações seja pequena. As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação. 2.18. Benefícios a Empregados (a) Obrigações de Aposentadoria

O Banrisul é patrocinador da FBSS- Fundação Banrisul de Seguridade Social e da Cabergs – Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul que, respectivamente, asseguram a complementação dos benefícios de aposentadoria e assistência médica a seus funcionários. (i) Planos de Previdência - O Banrisul é patrocinador de planos do tipo “benefício definido” e de “contribuição variável”. Um plano de benefício definido é diferente de um plano de contribuição definida a medida que estabelecem um valor de benefício de aposentadoria a que um empregado receberá em sua aposentadoria, normalmente dependente de um ou mais fatores, como idade, tempo de serviço e remuneração. Os planos de contribuição variável abrangem benefícios com características de contribuição definida, que são a aposentadoria normal, a aposentadoria antecipada e auxílio funeral, além de benefícios com características de benefício definido, que são aposentadoria por invalidez, benefício proporcional, auxílio doença, abono anual, benefício mínimo e pensão por morte.

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 35

(ii) Planos de Saúde - São benefícios assegurados pela Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul-Cabergs, que oferecem benefícios de assistência médica em geral, sendo o custeio estabelecido através de convênio de adesão. (iii) Prêmio Aposentadoria - Para os empregados que se aposentam, é concedido um prêmio aposentadoria, proporcional à remuneração mensal fixa do funcionário, vigente na época da aposentadoria. A política adotada pela Instituição para reconhecimento dos ganhos e perdas atuariais segue o método corredor, conforme parágrafo 92, do IAS 19, que estabelece o reconhecimento dos ganhos e perdas atuariais como despesa ou receita, se no final do exercício exceder o maior valor entre:

(i) 10% do valor presente da obrigação de benefício definido nessa data (antes da dedução dos ativos do plano); e

(ii) 10% do valor justo de quaisquer ativos do plano nessa data.

Os ganhos e as perdas atuariais decorrentes de ajustes baseados na experiência e na mudança das premissas atuariais de cada plano de benefício definido é o excesso determinado conforme supracitado, dividido pelo tempo médio remanescente de vida laborativa dos funcionários participantes de cada plano de benefício definido e desta maneira reconhecidos no resultado.

Adicionalmente, o resultado da avaliação atuarial pode gerar um ativo a ser reconhecido. Este ativo é registrado pela Instituição somente quando:

(i) a Instituição controla um recurso, que é a capacidade de utilizar o excedente para gerar benefícios futuros;

(ii) esse controle é o resultado de acontecimentos passados (contribuições pagas pela Instituição e serviço prestado pelo funcionário); e

(iii) estão disponíveis benefícios econômicos futuros para a Instituição na forma de redução em contribuições futuras ou de restituição de dinheiro, seja diretamente para a Instituição, seja indiretamente para compensar a insuficiência de outro plano de benefício pós-emprego (obedecida a legislação pertinente). Os compromissos com esses três tipos de benefícios pós-emprego são avaliados e revisados anualmente por atuários independentes e qualificados. (b) Participação nos Lucros

O Banrisul reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados (apresentado na rubrica "Despesas de Pessoal" na demonstração do resultado) com base em acordo coletivo. O Banrisul reconhece uma provisão quando está contratualmente obrigado ou quando há uma prática nos acordos coletivos passados que criem uma obrigação não formalizada (constructive obligation). 2.19. Imposto de Renda e Contribuição Social Correntes e Diferidos As despesas fiscais do período compreendem o imposto de renda e contribuição social corrente e

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 36

diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiver relacionado com itens reconhecidos diretamente em outros resultados abrangentes ou patrimônio líquido. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no mesmo grupo. O imposto de renda e contribuição social diferido é reconhecido sobre as diferenças temporárias. O imposto de renda e contribuição social diferido é determinado, usando alíquotas de imposto (e leis fiscais) promulgadas, na data do balanço, e que devem ser aplicadas quando o respectivo fato gerador do imposto for realizado ou liquidado. O imposto de renda e contribuição social diferido ativo é reconhecido quando for provável que lucros tributáveis futuros estarão disponíveis contra os quais possam ser usadas essas diferenças temporárias. O imposto de renda e contribuição social diferido relacionado com mensuração de valor justo dos ativos financeiros disponíveis para venda é creditado ou debitado ao resultado abrangente, e subsequentemente é reconhecido no resultado quando da venda junto com os ganhos e a perdas diferidos. 2.20. Garantias Financeiras De acordo com o IAS 39, o emissor de um contrato de garantia financeira, possui uma obrigação e deve reconhecê-la inicialmente pelo seu valor justo. Subsequentemente, esta obrigação deve ser mensurada pelo maior valor entre: (i) o valor inicialmente reconhecido menos a amortização acumulada e (ii) o valor determinado de acordo com o IAS 37 – “Provisions, contingent liabilities and contingent assets”. O Banrisul reconhece no Balanço Patrimonial Consolidado como uma obrigação na rubrica “Outros Passivos”, na data de sua emissão, o valor justo das garantias emitidas. O valor justo é geralmente representado pela tarifa cobrada do cliente pela emissão da garantia. Este valor é amortizado pelo prazo da garantia emitida e reconhecido na Demonstração Consolidada do Resultado na rubrica “Receitas de Prestação de Serviços”. Após a emissão, se com base na melhor estimativa concluirmos que a ocorrência de uma perda em relação à garantia emitida é provável, e o valor da perda for maior que o valor justo inicial menos amortização acumulada, uma provisão é reconhecida por tal valor. 2.21. Capital Social As ações ordinárias e as preferenciais, que para fins contábeis são consideradas como ações ordinárias sem direito a voto, são classificadas no patrimônio líquido. Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de novas ações são demonstrados no patrimônio líquido como uma dedução do valor captado, líquido de impostos. 2.22. Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio Estatutariamente, estão assegurados aos acionistas dividendos mínimos obrigatórios de 25% do lucro líquido de cada ano, ajustado de acordo com a legislação vigente. A cada Assembleia Geral Ordinária/Extraordinária é definido os valores de dividendo mínimo estabelecido no estatuto social e dos dividendos adicionais e são contabilizados como passivo no final de cada exercício. Desde 1º de janeiro de 1996, as companhias brasileiras podem atribuir uma despesa nominal de juros,

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 37

dedutível para fins fiscais, sobre o seu capital próprio. O valor dos juros sobre o capital próprio é considerado como um dividendo e apresentado nestas demonstrações financeiras consolidadas como uma redução direta no patrimônio líquido. O correspondente benefício fiscal é registrado na Demonstração do Resultado Consolidado. Os dividendos foram e continuam a ser calculados e pagos de acordo com as Demonstrações Financeiras preparadas de acordo com o BRGAAP e não com base nestas Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS. 2.23. Lucro por Ação O Lucro por Ação pode ser calculado em sua forma básica e em sua forma diluída. Na forma básica, não são considerados os efeitos dos instrumentos potencialmente dilutivos, ao passo que, no cálculo do Lucro por Ação Diluído são considerados os efeitos dos instrumentos potencialmente dilutivos. Como instrumentos financeiros potencialmente dilutivos temos as ações preferenciais conversíveis, as debêntures conversíveis e os bônus de subscrição, que podem ser convertidos em ações ordinárias, caracterizando, assim, o próprio potencial dilutivo desses instrumentos. No Brasil, o LPA é calculado mediante a divisão do lucro ou prejuízo líquido do exercício pelo número de ações que compõem o Capital Social da entidade ao final do período. No caso do Banrisul, as ações preferenciais classe A recebem um dividendo igual ao pago às demais ações, com o acréscimo de 10% (dez por cento), além de terem a característica de conversibilidade em ações ordinárias ou preferenciais classe B, a critério do titular da ação, a qualquer tempo, mediante notificação à sociedade. No entanto, as ações conversíveis, quando da ocorrência, são convertidas na razão de 1/1, não havendo alteração no capital acionário do banco. Sendo assim, o cálculo da distribuição de resultados considera apenas a ponderação do percentual de acréscimo pago às ações preferenciais classe A. E o lucro por ação é dado pela divisão do lucro líquido pela quantidade de ações, por lote de mil. O lucro líquido por lote de mil ações do capital social em dezembro de 2011 foi de R$2.284,18. 3. NORMAS, ALTERAÇÕES E INTERPRETAÇÕES DE NORMAS EXISTENTES QUE AINDA NÃO ESTÃO EM VIGOR As seguintes novas normas, alterações e interpretações de normas foram emitidas pelo IASB, mas não estão em vigor para o exercício de 2011. A adoção antecipada dessas normas, embora encorajada pelo IASB, não foi adotada, no Brasil, pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). . IAS 1 - Apresentação das Demonstrações Financeiras – Apresentação de Itens de Outros Resultados

Abrangentes. Esta alteração entrará em vigor para os períodos anuais iniciando em ou após 1º de janeiro de 2012.

. IAS 19 - "Benefícios a Empregados" alterada em junho de 2011. Os principais impactos das

alterações são: (i) eliminação da abordagem de corredor, (ii) reconhecimento dos ganhos e perdas atuariais em outros resultados abrangentes conforme ocorram, (iii) reconhecimento imediato dos custos dos serviços passados no resultado, e (iv) substituição do custo de participação e retorno esperado sobre os ativos do plano por um montante de participação líquida, calculado através da aplicação da taxa de desconto ao ativo (passivo) do benefício definido líquido. A aplicação desta norma poderá trazer impactos significativos no Resultado e/ou Patrimônio Líquido do Banco quando

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 38

de sua aplicação. A Administração do Banco está avaliando junto a Fundação Banrisul de Seguridade Social os impactos e as medidas que deverão ser necessariamente implementadas visando a minimização desses efeitos nas Demonstrações Financeiras dos Patrocinadores. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2013.

. IAS 27 - Demonstrações Financeiras Consolidadas e Individuais (revisado em 2011) Como

consequência dos recentes IFRS 10 e IFRS 12, o que permanece no IAS 27 restringe-se à contabilização de subsidiárias, entidades de controle conjunto, e associadas em demonstrações financeiras em separado. Esta alteração entrará em vigor para períodos anuais iniciando em ou a partir de 1º de janeiro de 2013.

. IAS 28 - Contabilização de Investimentos em Associadas e Joint Ventures (revisado em 2011) Como

consequência dos recentes IFRS 11 e IFRS 12, o IAS 28 passa a ser IAS 28 Investimentos em Associadas e Joint Ventures, e descreve a aplicação do método patrimonial para investimentos em Joint Ventures, além do investimento em associadas. Esta alteração entrará em vigor para os períodos anuais iniciando em ou a partir de 1º de janeiro de 2013.

. IFRS 7 - Instrumentos Financeiros: Divulgações - Aumento nas Divulgações Relacionadas a Baixas.

Esta alteração exige divulgação adicional sobre ativos financeiros que foram transferidos, porém não baixados, a fim de possibilitar que o usuário das demonstrações financeiras do Banco compreenda a relação com aqueles ativos que não foram baixados e seus passivos associados. Além disso, a alteração exige divulgações quanto ao envolvimento continuado nos ativos financeiros baixados para permitir que o usuário avalie a natureza do envolvimento continuado da entidade nesses ativos baixados, assim como os riscos associados. Esta emenda entrará em vigor para os períodos anuais iniciando em ou a partir de 1º de julho de 2011.

. IFRS 9 - "Instrumentos Financeiros", aborda a classificação, mensuração e reconhecimento de ativos

e passivos financeiros. O IFRS 9 foi emitido em novembro de 2009 e outubro de 2010 e substitui os trechos do IAS 39 relacionados à classificação e mensuração de instrumentos financeiros. O IFRS 9 requer a classificação dos ativos financeiros em duas categorias: mensurados ao valor justo e mensurados ao custo amortizado. A determinação é feita no reconhecimento inicial. A base de classificação depende do modelo de negócios da entidade e das características contratuais do fluxo de caixa dos instrumentos financeiros. Com relação ao passivo financeiro, a norma mantém a maioria das exigências estabelecidas pelo IAS 39. A principal mudança é a de que nos casos em que a opção de valor justo é adotada para passivos financeiros, a porção de mudança no valor justo devido ao risco de crédito da própria entidade é registrada em outro resultado abrangente e não na demonstração dos resultados, exceto quando resultar em descasamento contábil. A Administração está avaliando o impacto total do IFRS 9. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2015.

. IFRS 10 - "Demonstrações Financeiras Consolidadas" apoia-se em princípios já existentes,

identificando o conceito de controle como fator preponderante para determinar se uma entidade deve ou não ser incluída nas demonstrações financeiras consolidadas da controladora. A norma fornece orientações adicionais para a determinação do controle. A Administração está avaliando o impacto total do IFRS 10. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2013.

. IFRS 11 - "Acordos em Conjunto", emitido em maio de 2011. A norma provê reflexões mais

realísticas dos acordos em conjunto ao focar nos direitos e obrigações do acordo ao invés de sua forma legal. Há dois tipos de acordos em conjunto: (i) operações em conjunto - que ocorre quando um operador possui direitos sobre os ativos e obrigações contratuais e como consequência

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 39

contabilizará sua parcela nos ativos, passivos, receitas e despesas; e (ii) controle compartilhado - ocorre quando um operador possui direitos sobre os ativos líquidos do contrato e contabiliza o investimento pelo método de equivalência patrimonial. O método de consolidação proporcional não será mais permitido com controle em conjunto. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2013.

. IFRS 12 - "Divulgação de Participação em Outras Entidades", trata das exigências de divulgação para

todas as formas de participação em outras entidades, incluindo acordos conjuntos, associações, participações com fins específicos e outras participações não registradas contabilmente. A Administração está avaliando o impacto total do IFRS 12. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2013.

. IFRS 13 - "Mensuração de Valor Justo", emitido em maio de 2011. O objetivo do IFRS 13 é aprimorar

a consistência e reduzir a complexidade da mensuração ao valor justo, fornecendo uma definição mais precisa e uma única fonte de mensuração do valor justo e suas exigências de divulgação para uso em IFRS. As exigências, que estão bastante alinhadas entre IFRS e US GAAP, não ampliam o uso da contabilização ao valor justo, mas fornecem orientações sobre como aplicá-lo quando seu uso já é requerido ou permitido por outras normas IFRS ou US GAAP. A Administração ainda está avaliando o impacto total do IFRS 13. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2013.

4. ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS A Administração estabelece estimativa e premissas que afetam os valores de ativos e passivos reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e estão baseados na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros considerados razoáveis para as circunstâncias. (a) Perdas por Redução ao Valor Recuperável (Impairment) em Ativos Financeiros Mensurados ao Custo Amortizado O Banrisul examina periodicamente os ativos financeiros classificados como empréstimos e recebíveis, com o objetivo de avaliar a existência de qualquer evidência objetiva de redução ao valor recuperável. O Banrisul usa estimativas baseadas na experiência histórica de perda em ativos com características de risco de crédito semelhantes e com evidência objetiva de redução ao valor recuperável. A metodologia e premissas utilizadas para estimar a perda são revisadas regularmente para reduzir as diferenças entre as perdas estimadas e as efetivas. A prática contábil atual encontra-se detalhada na Nota 2.11. (b) Valor Justo dos Instrumentos Financeiros não Cotados em Mercado Ativo

O valor justo de instrumentos financeiros que não são cotados em mercados ativos é determinado através de técnicas de avaliação (por exemplo, modelos) que são validadas e periodicamente revisadas por pessoal qualificado independente da área que as criou. Antes de serem utilizados, todos os modelos são certificados e validados para assegurar que os resultados reflitam dados reais e preços de mercado comparativos. Em termos práticos, os modelos usam apenas dados observáveis; no entanto, áreas com volatilidade e correlações de risco de crédito (próprias e da contraparte) requerem estimativas por parte da Administração. Alterações nas premissas construídas sobre estes fatores poderiam afetar o valor justo reportado de instrumentos financeiros.

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 40

(c) Planos de Pensão de Benefício Definido O valor atual de obrigações de planos de pensão de beneficio definido é obtido por cálculos atuariais, que utilizam uma série de premissas. Entre as premissas usadas na determinação do custo (receita) líquido para esses planos, está a taxa de desconto. Quaisquer mudanças nessas premissas afetarão o valor contábil das obrigações dos planos de pensão. O Banrisul determina a taxa de desconto apropriada ao final de cada exercício, e esta é usada para determinar o valor presente de futuras saídas de caixa estimadas, que devem ser necessárias para liquidar as obrigações de planos de pensão. Ao determinar a taxa de desconto apropriada, o Banrisul considera as taxas de juros de títulos do Tesouro Nacional, sendo estes denominados em Reais, a moeda em que os benefícios serão pagos, e que têm prazos de vencimentos próximos dos prazos das respectivas obrigações. Outras premissas importantes para as obrigações de planos de pensão se baseiam, em parte, em condições atuais do mercado. Informações adicionais estão divulgadas na Nota 24. (d) Provisões para Riscos Fiscais, Cíveis e Trabalhistas O Banrisul revisa periodicamente suas provisões para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas. Essas provisões são avaliadas com base nas melhores estimativas da Administração, levando em consideração a opinião de assessores legais, através da utilização de modelos e critérios que permitam a sua mensuração da forma mais adequada possível, apesar da incerteza inerente ao seu prazo e valor de desfecho de causa. A prática contábil atual encontra-se detalhada na Nota 2.17. 5. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS

A gestão de riscos é ferramenta estratégica e fundamental para qualquer instituição financeira. Os riscos intrínsecos a uma empresa desse ramo abrangem desde aqueles facilmente identificáveis na área financeira, como os riscos de mercado, de liquidez, de crédito, assim como os não diretamente identificados como tal, mas também de extrema importância, como risco operacional e de imagem, dentre outros. O Banrisul procura alinhar suas atividades aos padrões recomendados pelo Comitê de Basiléia, adotando as melhores práticas de mercado para maximizar a rentabilidade e garantir a melhor combinação possível de aplicações em ativos e uso de capital requerido. São processos contínuos nesse escopo, o aprimoramento sistemático de políticas de risco, sistemas de controles internos e normas de segurança integradas aos objetivos estratégicos e mercadológicos do Banrisul. 5.1. Risco de Crédito A estrutura de avaliação de riscos do Banrisul está alicerçada no princípio de decisão técnica colegiada, sendo definidas alçadas de concessão de crédito correspondentes aos níveis decisórios que abrangem, desde a extensa rede de agências, com suas diversas categorias, até as esferas diretivas e seus comitês de crédito e risco da Direção-Geral. Esse processo visa agilizar a concessão com base em limites de crédito para clientes tecnicamente pré-definidos de acordo com a exposição que a Instituição esteja disposta a operar com cada cliente, seja Pessoa Física (PF) ou Pessoa Jurídica (PJ), atendendo o binômio risco/retorno.

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A utilização de metodologias estatísticas para avaliação de risco de clientes, com a parametrização de políticas de crédito e regras de negócios, aliada à otimização dos controles sobre as informações cadastrais através de um modelo de certificação, intensifica e fortalece as avaliações. O Banrisul adota o sistema de credit score e behaviour score para o estabelecimento de créditos pré-aprovados de acordo com classificações de risco previstas nos modelos estatísticos, que são conceitualmente mais atrativos para manejo com crédito massificado. Para o segmento corporativo o Banrisul adota técnicas que avaliam as empresas sob os prismas financeiro, de gestão, mercadológico e produtivo, com revisões periódicas que ainda observam cenários econômicos e concorrenciais contemporâneos e prospectivos, inserindo as empresas nestes ambientes. A gestão da exposição ao risco de crédito tem como diretriz postura seletiva e conservadora do Banrisul, seguindo estratégias definidas pela Administração e áreas técnicas da corporação. 5.1.1. Mensuração do Risco de Crédito (a) Operações de Crédito Diretas e Operações de Repasse por Meio de Agentes Financeiros Empréstimos e Adiantamento a Clientes No processo de identificação e avaliação do risco de crédito o Banrisul adota os modelos de escoragem de crédito (Credit Score e Behaviour Score), avaliando a probabilidade de o cliente inadimplir, de acordo com as classificações de risco previstas nos modelos estatísticos. Para os clientes Pessoa Jurídica, o modelo de escoragem é complementado pela análise individual dos clientes de maior porte, de acordo com as políticas de alçada e concessão de crédito. Nesse modelo, os comitês de crédito das agências podem autorizar operações de crédito até os limites de sua alçada, estabelecidas de acordo com a categoria de cada agência e/ou produto. Os comitês de crédito da Direção-Geral deferem operações em alçadas superiores a dos comitês de crédito das Agências e os Comitês de Risco da Direção-Geral estabelecem limites de risco aos clientes. A Diretoria Executiva aprova operações específicas e limites de risco em montantes que não ultrapassem 3% do Patrimônio Líquido. Operações superiores a esse limite são submetidas à apreciação do Conselho de Administração. Para o estabelecimento de limites de risco, o Banrisul adota estudos técnicos efetuados por área interna de análise de riscos, que avalia as empresas sob o prisma financeiro, de gestão, mercadológico e produtivo, com revisões periódicas que ainda observam os cenários econômicos, inserindo as empresas nestes ambientes. A gestão da exposição ao risco de crédito tem como diretriz a postura seletiva e conservadora da instituição, seguindo estratégias definidas pela alta administração e áreas técnicas da corporação. As operações de crédito, contempladas ou não nos modelos de escoragem, são classificadas em ordem crescente de risco, contemplando aspectos em relação ao devedor e seus garantidores e em relação à operação, conforme determinação da Resolução n.º 2.682, de 21 de dezembro de 1999. As mensurações operacionais podem ser comparadas às provisões para perda por impairment exigidas pelo IAS 39, as quais são baseadas em perdas que tenham sido incorridas à data do balanço patrimonial ("modelo de perdas incorridas") e não nas perdas esperadas (Nota 5.1.3). Em relação ao devedor e seus garantidores: situação econômico-financeira, grau de endividamento,

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 42

capacidade de geração de resultados, fluxo de caixa, administração e qualidade de controles, pontualidade e atrasos nos pagamentos, contingências, setor de atividade econômica e limite de crédito. Em relação às operações de crédito: devem ser considerados o valor, a natureza e finalidade da transação, além das características das garantias, particularmente quanto à suficiência e liquidez. As operações de crédito são acompanhadas pela Unidade de Política de Crédito e Análise de Risco para identificação do rating mínimo em função do maior atraso. Todas as operações dos clientes possuem ratings calculados, que adicionados ao mínimo, resulta na maior classificação de risco para o cliente. Os níveis adotados estão descritos na sequência. Classificações Internas

Classificação do Banco Descrição do Grau1 - AA Risco Baixíssimo2 - A Risco Baixo3 - B Risco Reduzido4 - C Risco Moderado5 - D Risco Normal6 - E Risco Médio7 - F Risco Elevado8 - G Risco Elevadíssimo9 - H Risco Severo

Operações com Instituições de Crédito

O Banrisul, com o objetivo de manter o acompanhamento e a devida gestão da Carteira Adquirida, adota como parâmetro de aquisição, no máximo, 20% do valor correspondente à sua carteira de crédito e, ainda, considera como limitador para cada instituição cedente o montante de 25% do seu capital de referência, efetuando para tal processo a correspondente análise da capacidade econômico-financeira da instituição cedente. A aquisição de carteiras de crédito é sempre realizada com coobrigação do cedente, uma vez que a referida liquidez desses créditos junto ao Banrisul é de sua competência. (b) Títulos Públicos e Outros Títulos de Dívida A Unidade de Política de Crédito e Análise de Risco elabora relatórios contendo pareceres de análise para concessão de Limites Operacionais de risco de crédito para instituições financeiras e para aquisições de títulos e valores mobiliários emitidos por empresas que operam no Mercado. Para títulos públicos, o Banrisul considera que quando possuírem risco soberano, não há limitador para sua aquisição. O Limite Operacional constitui o valor máximo ao qual o Banrisul aceita estar exposto quando da aquisição de títulos privados, emitidos por companhias ou instituições financeiras, e da participação em Operações Compromissadas. O Limite Operacional é destinado tanto a operações envolvendo a Tesouraria do Banrisul, por intermédio da Unidade Financeira, quanto a operações no âmbito da alocação de recursos de terceiros, por meio da participação dos fundos de investimento do Banrisul administrados pela Unidade de Administração de Recursos de Terceiros. A extensão da análise técnica compreende o aspecto econômico-financeiro da contraparte; ambiente econômico; perfil; estudo sobre o conglomerado e rating externo. Dentre as informações que subsidiam

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 43

os estudos técnicos, estão presentes prospectos de emissão, análises prospectivas de cenários (inclusive disponibilizadas pelos coordenadores das emissões), além de sistemáticas consultas aos organismos reguladores como Bacen e CVM, e demonstrações financeiras das instituições. 5.1.2. Controle do Limite de Risco e Políticas de Mitigação O Banrisul administra, limita e controla concentrações de risco de crédito sempre que estas são identificadas - particularmente, em relação a contrapartes e grupos. A Administração estrutura os níveis de risco que assume, estabelecendo limites sobre a extensão de risco aceitável com relação a um devedor específico, a grupos de devedores e a segmentos da indústria. Esses riscos são monitorados rotativamente e sujeitos a revisões anuais ou mais frequentes, quando necessário. Os limites sobre o nível de risco de crédito por produto e setor da indústria são aprovados pela Diretoria e pelo Conselho da Administração, se for o caso. A exposição a qualquer tomador de empréstimo, inclusive os agentes financeiros, no caso de contraparte, é adicionalmente restrita por sublimites que cobrem exposições registradas e não registradas no balanço patrimonial. As exposições reais de acordo com os limites estabelecidos são monitoradas mensalmente. A exposição ao risco de crédito é também administrada através de análise regular dos tomadores de empréstimos, efetivos e potenciais, quanto aos pagamentos do principal e dos juros e da alteração do limite quando apropriado. Outras medidas específicas de controle e mitigação são descritas a seguir: Garantias

O Banrisul possui orientações e políticas sobre a aceitação de classes específicas de garantias ou mitigação de risco, firmadas nos contratos de empréstimos ou financiamentos, como, por exemplo, o direito de vender ou reapresentar a garantia na ausência de cumprimento por parte do devedor de suas obrigações, sendo as mesmas avaliadas e analisadas no momento da concessão do crédito. O Banrisul emprega a tomada de garantias sobre a liberação de recursos como uma das medidas de mitigação de risco de crédito. O Banrisul admite o recebimento de garantias de natureza real e fidejussória, obedecendo às peculiaridades inerentes ao tipo de contrato.

A exposição máxima de risco de crédito corresponde ao montante total do compromisso firmado entre as partes. Ainda, cabe salientar que o Banrisul efetua o controle de todas as garantias contratadas, com destaque nas operações que possuem o mitigador de garantias de títulos de crédito, efetuando a gestão durante todo o andamento da operação, recompondo a garantia quando assim se fizer necessário durante a vigência da operação/contrato, baixando o excedente quando de seu encerramento.

Para os casos de execução das garantias atreladas a um contrato insolvente, o Banrisul realiza a devida retomada dos bens garantidos pela contraparte, realizando, posteriormente, a venda dos mesmos através de leilões.

Excepcionalmente, a garantia pode ser considerada de difícil conversão em valores monetários. Essa contextualização leva em conta a ocorrência de contingências que impossibilitem a realização dessa

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garantia, como, por exemplo, a ocorrência de fenômenos naturais, a obsolescência e/ou deterioração desses bens, tornando inviável a sua liquidez no mercado. (a) Compromissos Relacionados a Crédito

Compromissos Relacionados a Crédito representam porções não utilizadas pela contraparte de limites contratados, tipicamente atribuídos a modalidades de capital de giro, cheque especial, cartões de crédito, entre outros. Ainda, referem-se a contratos cujos recursos serão liberados mediante o cumprimento de alguma exigência contratual, conforme cronograma de etapas de construção, como ocorre em alguns contratos imobiliários. O valor contratual representa o risco de crédito máximo nessas modalidades, no caso de a contraparte efetivamente utilizar o recurso disponível. Contudo, a exposição a perdas resultantes desses contratos é inferior ao total de compromissos a liberar, visto que uma parte destes expira sem a sua completa utilização, seja por decisão do cliente, seja por determinação do Banrisul que adota critérios para a disponibilização desses recursos, conforme exigência de cumprimento de determinadas cláusulas contratuais. 5.1.3. Políticas de Impairment e Provisionamento Os sistemas de classificação internos descritos na Nota 5.1.1 dão mais ênfase ao mapeamento da qualidade de crédito do que às atividades iniciais de empréstimos e investimento. Em contraste, as provisões para perda por impairment são reconhecidas para fins de elaboração de relatórios financeiros apenas para perdas que tenham sido incorridas na data do balanço patrimonial com base em evidência objetiva de impairment (ver Nota 2.11). A ferramenta interna de classificação auxilia a Administração a determinar se existe evidência objetiva de impairment de acordo com o IAS 39, com base nos seguintes critérios estabelecidos: - Inadimplência nos pagamentos de principal ou juros; - Dificuldades financeiras do devedor (por exemplo, índice patrimonial, porcentagem da receita líquida de vendas); - Violação de cláusulas ou termos de empréstimos; - Início de processo de falência; e - Deterioração da posição competitiva do devedor. A política operacional exige a revisão dos ativos financeiros individuais no mínimo uma vez por ano, ou mais frequentemente quando circunstâncias individuais assim o exigirem. Esse tratamento é aplicável às operações de crédito individualmente relevantes para a entidade, diferentemente da avaliação coletiva, destinada a grupos de ativos financeiros associados de acordo com características de risco de crédito semelhantes. Cabe comentar que os pronunciamentos internacionais (IAS 39) não oferecem orientação específica para uma definição de “individualmente relevante”. No Banrisul as provisões para perdas por impairment sobre contas individualmente avaliadas são determinadas através de uma avaliação caso a caso das perdas incorridas na data do balanço patrimonial, aplicada a todas as contas individualmente significativas, sendo, o critério interno de significância estabelecido, o limite de alçada dos Comitês de Crédito de Agências e Direção Geral.

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Provisões para perdas por impairment coletivamente avaliadas são estabelecidas para: (i) carteiras de ativos homogêneos que individualmente não são significativos; e (ii) perdas que foram incorridas, mas não identificadas ainda, através do uso da experiência histórica, julgamento embasado e técnicas de estatísticas. 5.1.4. Exposição Máxima ao Risco de Crédito Antes das Garantias ou de Outros Mitigadores A exposição ao risco de crédito relativo a ativos registrados no Balanço Patrimonial é a seguinte:

2011 2010Aplicações Financeiras ao Valor Justo 3.413.423 3.785.266

Títulos Mantidos para Negociação 2.116.540 2.072.460 Títulos Disponíveis para Venda 1.296.883 1.712.806

Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado 6.425.642 4.857.136 Títulos Mantidos até o Vencimento 6.425.642 4.857.136

Empréstimos e Recebíveis 22.132.683 18.762.381 Operações de Crédito 20.393.174 17.033.161 Outros Ativos Financeiros 1.739.509 1.729.220

Total 31.971.748 27.404.783

Exposição Máxima

A exposição ao risco de crédito relativo a itens não registrados no Balanço Patrimonial é a seguinte:

2011 2010Garantias Financeiras Prestadas a Terceiros 598.698 507.513 Compromissos de Empréstimo e Outras

Obrigações Relativas a Crédito 9.973.958 8.712.179 Total 10.572.656 9.219.692

A tabela anterior representa um cenário de pior caso de exposição ao risco de crédito para o Banrisul em 31 de dezembro de 2011 e 2010, sem considerar qualquer garantia ou outras melhorias de crédito agregadas. Para ativos registrados no balanço patrimonial, as exposições descritas acima são baseadas em valores contábeis, conforme reportados no balanço patrimonial. 5.1.5. Empréstimos e Recebíveis As operações de crédito e outros ativos financeiros estão resumidos abaixo:

Operações Outros Ativos de Crédito Financeiros Total

Não vencidos nem sujeitos à Impairment 2.201.005 1.611.801 3.812.806

Sujeitos à Impairment 18.192.169 127.708 18.319.877

Valor bruto 20.393.174 1.739.509 22.132.683

(-) Provisão para Impairment (1.048.809) (24.200) (1.073.009)

Valor Líquido 19.344.365 1.715.309 21.059.674

31 de dezembro de 2011

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 46

Operações Outros Ativos de Crédito Financeiros Total

Não vencidos nem sujeitos à Impairment 860.944 1.633.922 2.494.866

Sujeitos à Impairment 16.172.217 95.298 16.267.515

Valor bruto 17.033.161 1.729.220 18.762.381

(-) Provisão para Impairment (872.711) (39.651) (912.362)

Valor Líquido 16.160.450 1.689.569 17.850.019

31 de dezembro de 2010

As Operações de Crédito e Outros Ativos Financeiros não Vencidas e nem Sujeitos à Impairment A qualidade de crédito da carteira de operações de crédito e outros ativos financeiros que não estavam vencidos nem sujeitos à impairment é avaliada por referência ao sistema interno de classificação adotado pelo Banrisul no rating AA. (a) Operações de Crédito e Outros Ativos Financeiros Vencidos, mas não Sujeitos a Impairment

Nossa metodologia de determinação das provisões relativas a perdas incorridas ainda não especificamente identificadas visa verificar a quantia das perdas incorridas na data do balanço de empréstimos ainda não avaliados como não recuperáveis, mas que estimamos, com base em nossa experiência passada, levando em consideração informações acerca da recuperação de créditos inadimplidos, garantias associadas à transação, as receitas e despesas associadas ao processo de recuperação, e também o tempo de recuperação e os custos indiretos resultantes do processo. Entretanto, o índice de operações inadimplidas desta categoria historicamente não é relevante, fruto da contínua e crescente implementação de metodologias estatísticas para avaliação de risco dos clientes, com a parametrização de políticas de crédito e regras de negócios, aliada à otimização dos controles sobre as informações cadastrais através de um modelo de certificação, que intensificam e fortalecem as avaliações. Operações de crédito e outros ativos financeiros vencidos há menos de 60 dias e que não possuem evidências de impairment ainda não são consideradas, a menos que outras informações disponíveis indiquem o contrário. O valor bruto de operações de crédito e outros ativos financeiros que estão vencidos, mas não sujeitos à impairment, estão descritos a seguir, por classe:

Em 31 de Dezembro de 2011Operações de Crédito Outros Ativos Financeiros Total

Vencidos em até 30 dias 410.963 134 411.097 Vencidos 30 - 60 dias 139.907 143 140.050

550.870 277 551.147

Em 31 de Dezembro de 2010

Operações de Crédito Outros Ativos Financeiros TotalVencidos em até 30 dias 438.463 224 438.687 Vencidos 30 - 60 dias 90.587 224 90.811

529.050 448 529.498

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(b) Operações de Crédito Individualmente Impaired

O valor de operações de crédito individualmente impaired, antes de considerar os fluxos de caixa dos colaterais dados em garantia, é, respectivamente, de:

Empréstimos Individualmente Impaired 2011 2010

Empréstimos e Outros Valores com Instituições de Crédito - 1.211.516 Empréstimos e Adiantamentos a Clientes 121.781 27.826

Total 121.781 1.239.342

Operações de Crédito

Os ativos financeiros que estão vencidos sem evento de perda ou individualmente vencidos com evento de perda estão cobertos parcialmente ou em sua totalidade por garantias. Nas operações de crédito com instituições de crédito e pessoas jurídicas, grande parte das operações é dotada de garantias, que são requeridas conforme a finalidade de crédito. Operações destinadas a financiar a produção de bens têm como garantia mais comum, máquinas e equipamentos. Financiamentos de fluxo de caixa, normalmente, são garantidos por duplicatas ou cheques, recebíveis de cartão, avais ou coobrigação dos sócios da empresa e/ou terceiros. Operações destinadas a investimentos, por outro lado, normalmente, recebem garantia de alienação fiduciária ou hipoteca do próprio bem objeto do financiamento. Além disso, também podem ser aceitas aplicações financeiras, cotas de fundos, títulos de dívida e outros instrumentos. Já em relação ao crédito para pessoas físicas, garantias são requeridas principalmente em operações de financiamento imobiliário e de veículos, nas quais os próprios bens financiados são dados em garantia. Em relação aos demais produtos de crédito, a requisição de garantias é menos frequente, mas também pode ocorrer; nesses casos, dentre os tipos mais comuns de garantias utilizadas são aplicações financeiras. (c) Operações de Crédito Renegociadas

Atividades de renegociação comumente utilizadas em operações de crédito e praticadas pelo Banrisul são compostas por extensão nos prazos de pagamentos e repactuação de taxas previamente acordadas. Após a renegociação, uma operação de crédito, mesmo que ainda não estivesse vencida, possui seu prazo alterado e é retornada à condição de normalidade, sendo que sua administração é efetuada juntamente com outras contas similares, renegociadas ou não. As políticas e práticas para aceitação de renegociações são baseadas em indicadores ou critérios previamente definidos e que, no entendimento da Administração, indique que os pagamentos muito provavelmente continuarão a ser feitos. O total dos créditos renegociados durante o ano de 2011 foi de R$331.020 (2010 – R$265.867). 5.1.6. Títulos e Valores Mobiliários A política de aplicações do Banrisul é caracterizada por uma atuação conservadora, direcionada majoritariamente para Títulos Públicos Federais, classificados como risco soberano. A carteira possui

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ainda 4% dos seus recursos alocados em cotas seniores do Matone FIDC V – Empréstimos Consignados, cuja classificação avaliada pela Agência Standard & Poor’s Ratings Services, conforme sua Escala Nacional Brasil de Classificação de Fundos foi atribuído o rating ‘brAf’. 5.1.7. Retomada de Garantias Os ativos retomados são classificados e reconhecidos como ativo quando da efetiva posse. Os ativos recebidos, quando da execução dos contratos de empréstimos, inclusive imóveis são registrados inicialmente pelo menor valor entre: (i) o valor justo do bem menos os custos estimados para a sua venda, ou (ii) o valor contábil do empréstimo. Reduções posteriores no valor justo do ativo são registradas como provisão para desvalorização, com um débito correspondente no resultado. Os custos da manutenção desses ativos são lançados à despesa conforme incorridos. A política de venda destes bens contempla a realização de leilões periódicos que são divulgados previamente ao mercado além de considerar a restrição para a manutenção em propriedade do Banrisul pelo prazo máximo de um ano, expedidas pelo órgão regulador brasileiro (Banco Central do Brasil). Este prazo pode ser prorrogável a critério do referido regulador. Os valores apresentados a seguir representam os bens retomados nos exercícios de: Natureza do Ativo 2011 2010Imóveis 5.219 5.276 Veículos e Afins 33 82 Máquinas e Equipamentos - 8.031 Total 5.252 13.389

5.2. Risco de Mercado O Banrisul está exposto aos riscos de mercado decorrentes da possibilidade de perda financeira por oscilação dos preços e taxas de juros de mercados das suas operações, em razão do descasamento de prazos entre ativos e passivos, moedas e indexadores. O Banrisul gerencia o risco de mercado de acordo com as melhores práticas de mercado. Conforme a Política de Gerenciamento de Risco de Mercado, a Instituição estabelece limites operacionais para acompanhar as exposições ao risco, e identificar, avaliar, monitorar e controlar a exposição aos riscos das carteiras de negociação e não negociação. A identificação das operações que estão sujeitas ao risco de mercado é realizada por meio de processos operacionais, considerando as linhas de negócios do Banco, os fatores de riscos das operações, os valores contratados e os respectivos prazos, bem como a classificação dos instrumentos financeiros em carteira de negociação ou de não negociação. A classificação é realizada da seguinte forma: (a) Carteira de Trading (Trading Book): Compreende as operações em instrumentos financeiros detidos com intenção de negociação, destinados para revenda, obtenção de benefícios da flutuação dos preços ou realização de arbitragem.

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 49

(b) Carteira Banking (Banking Book): Compreende todas as operações da Instituição não classificadas na carteira de negociação, sem intenção de venda, ou seja, carteira de crédito, carteira de títulos mantidos até o vencimento, captação de depósito a prazo, depósito de poupança e demais operações mantidas até o vencimento. 5.2.1. Técnicas de Mensuração do Risco de Mercado

O Banrisul monitora o risco de mercado das suas operações por meio da utilização de metodologias como o Valor em Risco (VaR) e pela realização de análise de sensibilidade das carteiras. As metodologias de mensuração das exposições sujeitas a risco de mercado contemplam as seguintes métricas:

(a) Marcação a Mercado: Para realizar o cálculo do valor de mercado dos ativos e passivos do Consolidado, são utilizados os preços capturados diariamente na Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais - Anbima e na BM&FBovespa S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros. A partir destes preços, é aplicada a função de interpolação cubic spline natural (ano em 252 dias úteis) para obter a taxa de juros nos prazos das operações, intermediários aos vértices apresentados. (b) Value at Risk: O Banco utiliza a metodologia do VaR para a mensuração do risco das operações classificadas na carteira banking e nas operações da carteira trading com fator de risco em taxa prefixada conforme modelo padronizado definido pelo Bacen na Circular n° 3.361/07. O Value at Risk ou VaR é uma estimativa baseada em estatística de perdas que podem ser ocasionadas à carteira atual por mudanças adversas nas condições do mercado. O modelo expressa o valor "máximo" que o Banrisul pode perder, levando-se em conta um nível de confiança de 99% e volatilidades e correlações calculadas através de métodos estatísticos que atribuem maior peso aos retornos recentes. Nas operações referenciadas em cupom de moedas, índice de preços e taxa de juros o modelo utilizado é o maturity ladder, conforme definido pelo Bacen nas Circulares n°s 3.362, 3.363 e 3.364 de 2007.

(c) Análise de Sensibilidade: A análise de sensibilidade é realizada trimestralmente ou em situações adversas, por meio da aplicação de cenário específico para cada fator de risco, com objetivo de quantificar os impactos sobre as carteiras. Para a elaboração dos cenários que compõem o quadro de análises de sensibilidade foram levadas em consideração as situações propostas pela Instrução Normativa CVM n° 475. Foram aplicados choques para mais e para menos nos seguintes Cenários: 1% (Cenário 1), 25% (Cenário 2) e 50% (Cenário 3), nas curvas de juros prefixado, moedas estrangeiras e ações, tendo como base as informações de mercado BM&FBovespa e Anbima e a cotação do dia do dólar Ptax/Bacen. A seguir apresentamos tabela com o resultado da análise de sensibilidade referente à 31.12.2011.

Fator de Risco Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3Taxa de Juros 178 4.386 8.652Moeda Estrangeira 1.120 28.009 56.017Ações 128 3.201 6.402Total 1.426 35.596 71.071

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(d) Testes de Estresse: Os testes de estresse para as exposições da carteira de não negociação, de acordo com as definições do Bacen, são realizados por meio da estimação do percentual de variação do valor de mercado da carteira banking em relação ao Patrimônio de Referência, com a utilização de choque compatível com o 1° e 99° percentis de uma distribuição histórica de variações nas taxas de juros, considerando holding period de 1 ano e o período de observação de 5 anos, conforme requerido na Circular n° 3.365/07. Também é estimada a quantidade de pontos-base de choques paralelos de taxa de juros necessários para acarretar reduções do valor de mercado da carteira de não negociação correspondente a 5%, 10% e 20% do Patrimônio de Referência. 5.2.2. Resumo de VaR Global em 2011 As tabelas a seguir demonstram o resultado do VaR Global Consolidado, abrangendo as carteiras trading e carteira banking, e o VaR individual das carteiras trading e banking, na posição em 31 de dezembro de 2011.

(a) Metodologia - Value at Risk (VaR) Exposições a Risco de Mercado - Carteira Trading e Banking 31/12/2011Taxa de Juros Prefixada 80.993 Cupom Cambial 6.140 Cupom de Índice de Preços 568 Cupom de Taxa de Juros - TR 55.510 TOTAL 143.211

Exposições a Risco de Mercado - Carteira Banking 31/12/2011Taxa de Juros Prefixada 79.769 Cupom Cambial 6.140 Cupom de Índice de Preços 568 Cupom de Taxa de Juros - TR 55.510 TOTAL 141.987

Exposições a Risco de Mercado - Carteira Trading 31/12/2011

Taxa de Juros Prefixada 1.224 TOTAL 1.224

5.2.3. Exposições sujeitas ao Risco de Câmbio O Banrisul está exposto aos efeitos de flutuação nas taxas de câmbio vigentes sobre sua situação financeira e seus fluxos de caixa. O risco de câmbio é monitorado diariamente através da apuração da exposição cambial em moeda estrangeira. A política do Banrisul é administrar a exposição em limites inferiores a 5% do seu patrimônio de referência. A exposição apresentada em 31 de dezembro de 2011 é de R$187.574 (2010 – R$165.145).

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5.2.4. Exposições sujeitas ao Risco de Taxa de Juros O risco de taxa de juros em fluxos de caixa é o risco de que os fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro variem como resultado de mudanças nas taxas de juros do mercado. O risco da taxa de juros sobre o valor justo é o risco de que o valor de um instrumento financeiro varie como resultado de mudanças nas taxas de juros do mercado. O Banrisul se expõe aos efeitos de flutuações das taxas de juros vigentes no mercado tanto sobre o valor justo dos seus instrumentos financeiros como sobre seus fluxos de caixa. As margens de juros podem aumentar em decorrência dessas mudanças, mas podem diminuir as perdas se ocorrerem movimentações inesperadas. A Diretoria e o Conselho de Administração do Banrisul aprovam anualmente limites propostos sobre o nível de descasamento de taxa de juros que pode ser assumido pelo Banrisul. A tabela a seguir resume a exposição do Banrisul ao risco das taxas de juros. Ela inclui os instrumentos financeiros ao seu valor contábil, categorizados pela alteração contratual mais antiga ou pelas datas de vencimento.

Até De 3 a 12 De 1 a 5 Mais de Não

Em 31 de Dezembro de 2011 3 meses meses anos 5 anos remunerados Total

Ativo

Disponibi l idades e Reservas no

Banco Centra l do Bras i l 5.450.440 - - - 624.255 6.074.695

Aplicações Financeiras

Avaliadas a Valor Justo 414.467 - 1.894.013 1.104.943 - 3.413.423

Títulos Mantidos para Negocia çã o 3.029 - 1.008.568 1.104.943 - 2.116.540

Títulos Disponíveis pa ra Venda 411.438 - 885.445 - - 1.296.883

Aplicações Financeiras Avaliadas

ao Custo Amortizado 13.040 100.408 3.789.011 2.523.183 - 6.425.642

Títulos Mantidos a té o Vencimento 13.040 100.408 3.789.011 2.523.183 - 6.425.642

Empréstimos e Recebíveis 4.829.910 6.101.418 8.517.717 2.683.638 - 22.132.683

Opera ções Crédi to 4.185.330 5.888.376 8.432.159 1.887.309 - 20.393.174

Outros Ativos Financei ros 644.580 213.042 85.558 796.329 - 1.739.509 Total de Ativos Financeiros 10.707.857 6.201.826 14.200.741 6.311.764 624.255 38.046.443

Passivo

Passivos Financeiros ao

Custo Amortizado 17.306.138 5.844.682 5.861.281 2.803.047 - 31.815.148

Capta ções com Ba ncos 25.706 - 33.837 - - 59.543

Capta ções com Cl ientes 10.028.020 4.618.857 5.166.137 2.527.168 - 22.340.182

Capta ções com Merca do Aberto 1.331.544 - 1.331.544

Obrigações por Repasses 102.808 224.625 639.914 275.879 - 1.243.226

Obrigações por Empréstimos 391.797 516.326 3.893 - - 912.016

Outros Pa ss ivos Financei ros 5.426.263 484.874 17.500 - - 5.928.637

Total de Passivos Financeiros 17.306.138 5.844.682 5.861.281 2.803.047 - 31.815.148

Total de Defasagem na Repactuação dos Juros (6.598.281) 357.144 8.339.460 3.508.717 624.255 6.231.295

Em 31 de Dezembro de 2010

Total de Ativos Financeiros 10.543.214 5.699.599 13.392.410 2.156.499 403.321 32.195.043

Total de Passivos Financeiros 13.885.859 5.113.920 4.016.798 236.413 3.758.665 27.011.655

Total de Defasagem na Repactuação dos Juros (3.342.645) 585.679 9.375.612 1.920.086 (3.355.344) 5.183.388

5.3. Risco de Liquidez O risco de liquidez relaciona-se à incapacidade de atendimento das necessidades de caixa, em função dos descasamentos nos fluxos financeiros entre operações ativas e passivas e os reflexos decorrentes

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sobre a capacidade de obtenção de recursos financeiros pela instituição para o exercício de suas obrigações. O Banrisul monitora o risco de liquidez e o risco de mercado de forma conjunta, observando as projeções para o fluxo de caixa, bem como possíveis alterações em sua estrutura, resultantes de variações no cenário macroeconômico, que possam afetar a alocação e a captação no âmbito do mercado. Com relação ao ativo, consideramos cenários de restrição da realização financeira de ativos a partir da estimação de venda com perda financeira para liquidação dos instrumentos financeiros e em condições adversas para um horizonte de 90 dias. Por outro lado, no passivo, as premissas adotadas contemplam a possibilidade de ocorrência de redução dos recursos captados com a ocorrência de resgates antecipados e de acesso a novos recursos com base em cenários de perdas decorrentes de risco de imagem do Banrisul e risco de liquidez, baseados no perfil da carteira de clientes para o horizonte de 90 dias. Em observância às exigências da Resolução n° 2.804/00 e da Circular n° 3.393/08 do Banco Central do Brasil, enviamos mensalmente ao Banco Central o Demonstrativo de Risco de Liquidez (DRL). Periodicamente são elaborados cenários projetados para monitoramento da evolução da liquidez. Planos de contingência para situações de crise são avaliados periodicamente, bem como o custo de captação e fontes alternativas de recursos, sendo considerado o tipo do investidor, maturidade, entre outros fatores. Mapas de Descasamento de Prazos demonstram a expectativa dos pagamentos e recebimentos contratados, distribuídos em intervalos de tempo previamente definidos, e apresentados tanto sob a perspectiva conjunta ou detalhada por referenciais e taxas das operações. 5.3.1. Fluxos de Caixa para não Derivativos A tabela a seguir apresenta os fluxos de caixa a pagar de acordo com passivos financeiros não derivativos, descritos pelo prazo de vencimento contratual remanescente à data do balanço patrimonial. Os valores divulgados nesta tabela representam os fluxos de caixa contratuais não descontados, cujo risco de liquidez é administrado com base nas entradas de caixa não descontadas esperadas.

Até De 3 a 12 De 1 a 5 Mais de

Em 31 de Dezembro de 2011 3 meses meses anos 5 anos Total

Passivo

Captações com Bancos 25.706 - 33.837 - 59.543

Captações com Clientes 10.033.331 4.710.217 5.166.827 2.527.168 22.437.543

Captações com Mercado Aberto 1.331.544 - - - 1.331.544

Obrigações por Repasses 105.910 231.978 660.184 284.927 1.282.999

Obrigações por Empréstimos 391.797 516.326 3.893 - 912.016

Outros Passivos Financeiros 5.426.263 484.874 17.500 - 5.928.637

Total de Passivo (Datas de

Vencimentos Contratuais 17.314.551 5.943.395 5.882.241 2.812.095 31.952.282

Total de Ativos (Vencimentos Esperados) 10.214.878 7.465.666 18.133.051 6.504.616 42.318.211

Caixa e Equivalentes de Caixa 6.074.695 - - - 6.074.695

Títulos de Investimentos 427.507 100.408 5.683.024 3.628.126 9.839.065

Operações de Crédito 3.712.676 7.365.258 12.450.027 2.876.490 26.404.451

Em 31 de Dezembro de 2010

Total de Passivo (Datas de

Vencimentos Contratuais 17.656.331 5.213.175 4.032.635 242.810 27.144.951

Total de Ativos (Vencimentos Esperados) 5.037.516 6.442.452 16.481.623 2.816.727 30.778.318

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Os ativos disponíveis para cumprir todas as obrigações e cobrir os compromissos de empréstimos em aberto incluem caixa, títulos de investimentos e operações de crédito. 5.3.2. Itens não Registrados no Balanço Patrimonial (a) Os depósitos judiciais efetuados por terceiros junto ao Banrisul devem ser disponibilizados ao Estado do Rio Grande do Sul até o limite de 85%. Em 31 de dezembro de 2011, R$2.043.000 (2010 – R$2.043.000) haviam sido transferidos para o Estado. No caso de resgates pelos depositantes em volumes superiores aos mantidos em um fundo específico para garantir liquidez, o Estado deve cobrir imediatamente às necessidades de caixa.

(b) Avais e fianças prestados a clientes montam R$598.698 (2010 – R$507.513), estão sujeitos a encargos financeiros e contam com garantias dos beneficiários. (c) O Banrisul possui coobrigações em créditos abertos para importação no valor de R$56.840 (2010 – R$51.853). 5.4. Valor Justo de Ativos e Passivos Financeiros (a) Instrumentos Financeiros Mensurados ao Valor Justo

Ao determinar e divulgar o valor justo dos instrumentos financeiros o Banrisul utiliza a hierarquia a seguir:

(i) Nível 1 - preços cotados em mercados ativos para o mesmo instrumento sem modificação. (ii) Nível 2 - preços cotados em mercados ativos para instrumentos semelhantes ou técnicas de avaliação, para as quais, todos os inputs significativos são baseados nos dados de mercados observáveis. (iii) Nível 3 - técnicas de avaliação, para as quais, qualquer input significativo não se baseia em dados de mercado observáveis. Mensuração ao valor justo no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 e 2010:

Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2Ativos Mensurados ao Valor Justo

Títulos Mantidos para Negociação 2.116.540 - 2.072.460 - Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 2.113.511 - 2.068.788 - Ações de Cias. Abertas 3.029 - 3.672 -

Títulos Disponíveis para Venda 895.226 401.657 1.167.940 544.866 Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 885.445 - 1.154.287 - Ações de Cias. Abertas 9.775 - 13.647 - Certificados de Privatização 6 - 6 - Cotas de Fundo de Renda Fixa - 19.694 - 8.614 Cotas de FIDC - 381.963 - 536.252

3.011.766 401.657 3.240.400 544.866

2011 2010

O Banrisul não possui instrumentos financeiros classificados no Nível 3 da hierarquia do valor justo.

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(b) Instrumentos Financeiros não Mensurados ao Valor Justo

A tabela a seguir resume os valores contábeis e os valores justos dos ativos e passivos financeiros que não foram apresentados no balanço patrimonial ao seu valor justo.

2011 2010 2011 2010Ativos FinanceirosEmpréstimos e Recebíveis (i) 22.132.683 18.762.381 22.024.455 18.725.846 Títulos de Investimento (Mantidos

até o Vencimento) (i i) 6.425.642 4.857.136 6.389.369 4.817.247 28.558.325 23.619.517 28.413.824 23.543.093

Passivos FinanceirosCaptações com Bancos (i i i) 59.543 33.581 59.543 33.581 Captações com Clientes (i i i) 22.340.182 19.019.424 22.345.515 19.019.751 Captações no Mercado Aberto (i i i) 1.331.544 1.311.160 1.331.544 1.311.160 Obrigações por Repasses (i i i) 1.243.226 1.082.736 1.243.226 1.082.736 Obrigações por Empréstimos (i i i) 912.016 539.703 912.016 539.703 Outros Passivos Financeiros (i i i) 5.928.637 5.025.051 5.928.637 5.025.051

31.815.148 27.011.655 31.820.481 27.011.982

Valor JustoValor Contábil

(i) Empréstimos e Recebíveis Empréstimos e recebíveis são mensurados líquidos das provisões para impairment. O valor justo estimado dos empréstimos e recebíveis representa o valor descontado de fluxos de caixa futuros que se espera receber. Os fluxos de caixa esperados são descontados a taxas correntes do mercado para determinar seu valor justo. (ii) Títulos de Investimento Títulos de investimento incluem apenas ativos remunerados mantidos até o vencimento. O valor justo calculado para ativos mantidos até o vencimento é baseado em preços de mercado ou em cotações de corretoras ou operadoras. Quando essas informações não estão disponíveis, o valor justo é estimado utilizando-se preços cotados no mercado para títulos com características de crédito, vencimento e rentabilidade similares. (iii) Captações com Bancos, Fundos e Outros Financiamentos O valor justo estimado dos depósitos sem vencimento determinado, o que inclui depósitos não remunerados, é o valor repagável à vista. O valor justo estimado dos depósitos com taxas prefixadas e outros empréstimos sem cotação no mercado ativo é baseado em fluxos de caixa não descontados utilizando-se taxas de juros para novas dívidas com prazos até o vencimento similares.

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5.5. Gestão de Capital

O Banrisul está sujeito aos normativos emitidos pelo Banco Central do Brasil que implementaram as diretrizes definidas pelo Acordo de Capitais de Basiléia para o cálculo e adequação de capital mínimo. A gestão de capital visa à manutenção do capital mínimo exigido, bem como manter a melhor relação entre a alocação de capital e capacidade operacional, permitindo retorno aos acionistas. O Banco Central do Brasil determina que a relação mínima entre o capital regulatório, chamado de Patrimônio de Referência - PR, e as exposições ao risco sejam de 11%, enquanto que no Acordo de Basiléia, internacionalmente aplicável, o índice é de 8%. O Patrimônio de Referência é definido em dois níveis, com as deduções previstas, conforme dispõe a Resolução do Conselho Monetário Nacional n° 3.444/07, detalhado a seguir: Nível I: soma dos valores correspondentes ao patrimônio líquido, do saldo das contas de resultado credoras, de depósito em conta vinculada para suprir deficiência de capital, e excluído o saldo das contas de resultado devedoras, as reservas de reavaliação, as reservas para contingências e as reservas especiais de lucros relativas a dividendos obrigatórios não distribuídos, ações preferenciais emitidas com cláusula de resgate e ações preferenciais com cumulatividade de dividendos, créditos tributários, ativo permanente diferido, deduzidos os ágios pagos na aquisição de investimentos, saldo dos ganhos e perdas não realizados decorrentes do ajuste ao valor de mercado dos títulos e valores mobiliários classificados na categoria "títulos disponíveis para venda" e dos instrumentos financeiros derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa. Nível II: soma dos valores correspondentes às reservas de reavaliação, às reservas para contingências e às reservas especiais de lucros relativas a dividendos obrigatórios não distribuídos, acrescida dos valores correspondentes a instrumentos híbridos de capital e dívida, instrumentos de dívida subordinada, ações preferenciais emitidas com cláusula de resgate e ações preferenciais com cumulatividade de dividendos emitidos por instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e do saldo dos ganhos e perdas não realizados decorrentes do ajuste ao valor de mercado dos títulos e valores mobiliários classificados na categoria "títulos disponíveis para venda" e dos instrumentos financeiros derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa. Deduções: instrumentos de captação emitidos por instituições financeiras, como ações; instrumentos híbridos de capital e dívida e instrumentos de dívida subordinada; demais instrumentos financeiros autorizados pelo Bacen a integrar o Nível I e o Nível II do PR; aquisição ou participação indireta de conglomerado financeiro, por meio de instituição não financeira integrante do respectivo consolidado econômico-financeiro; parcela do valor aplicado em cotas de fundo de investimento, proporcionalmente à participação, na carteira do fundo, dos instrumentos de captação mencionados anteriormente; valor correspondente à dependência ou a participação em instituição financeira no exterior em relação às quais o Banco Central do Brasil não tenha acesso a informações, dados e documentos suficientes para fins da supervisão global consolidada; eventual excesso dos recursos aplicados no Ativo Permanente em relação aos percentuais estabelecidos em normativos. A Resolução do CMN n° 3.490/07 determina que o Patrimônio de Referência deva ser no mínimo igual ao capital definido para a cobertura dos riscos - Patrimônio de Referência Exigido, apurado pela soma das parcelas a seguir. O normativo também determina que a instituição possua patrimônio suficiente para cobrir o risco de taxa de juros das operações mantidas até o vencimento, carteira Banking, na forma da Resolução do CMN n° 3.464/07.

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PRE = PEPR + PCAM + PJUR + PCOM + PACS + POPR

PEPR - Exposições ponderadas pelo fator de ponderação de risco a elas atribuído. Circular n° 3.360/07 do Banco Central do Brasil. PCAM - Risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira e em operações sujeitas à variação cambial. Circular n° 3.389/08 e Circular n° 3.388/08 do Bacen. PJUR – Parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação de taxa de juros e classificação na carteira de negociação - Pjur1+Pjur2+Pjur3+Pjur4 - definidas pelas circulares n°s 3.361, 3.362, 3.363, 3.364, ambas de 12/09/2007, emitidas pelo Bacen. PCOM – Parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de mercadorias (commodities). Circular n° 3.368/07 do Bacen. PACS – Parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de ações e classificadas na carteira de negociação. Circular n° 3.366/07 do Bacen. POPR – Parcela referente ao risco operacional. Circular n° 3.383/08, Carta-Circular n° 3.315/08 e Carta-Circular n° 3.316/08, ambas emitidas pelo Bacen. A gestão do capital tem por objetivo manter o capital mínimo e a relação com o capital regulatório dentro dos limites definidos pelo Banco Central do Brasil. A tabela a seguir resume a composição do Patrimônio de Referência, Patrimônio de Referência Exigido e do Índice de Basiléia do Consolidado Econômico-Financeiro. Consolidado Econômico-Financeiro 2011 2010

Patrimônio de Referência - PR = Nívell + Nível ll - Deduções 4.393.164 3.873.036 Patrimônio de Referência Nível I 4.400.384 3.878.487 Patrimônio Líquido 4.122.057 3.551.670 Contas de Resul tado Credoras 3.803.778 3.172.999 Contas de Resul tado Devedoras 3.455.127 2.840.764 Ativo Permanete Di ferido 10.124 10.124 Ajuste ao Va lor de Mercado - TVM e Ins trumentos

Financeiros Derivativos (7.220) (5.451) Dividendos e Boni fi cações a Dis tribui r 67.420 745 Patrimônio de Referência Nível II (7.220) (5.451) Ajuste ao Va lor de Mercado - TVM e Ins trumentos

Financeiros Derivativos (7.220) (5.451) Deduções do PR - - Patrimônio de Referência Exigido - PRE = 1+2+3 2.803.813 2.650.455 Ris co de Crédito 2.380.332 1.983.810 Ri s co de Mercado 3.273 308.619 Ri s co Operaciona l 420.208 358.026 Rban - Carteira Banking 141.987 22.002 Margem = PR - PRE - Rban 1.447.364 1.200.579 Índice de Basileia = PR / (PRE/0,11) 17,24% 16,07%

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 57

O Índice de Basileia (IB) representa a relação entre o Patrimônio Base - Patrimônio de Referência – PR, e os riscos ponderados - Patrimônio de Referência Exigido – PRE. Conforme regulamentação em vigor, o Índice de Basileia demonstra a solvência da empresa. O percentual mínimo estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 11%. O CMN ainda determina que o valor mínimo do Patrimônio de Referência seja igual à soma das parcelas calculadas para os riscos de crédito, de mercado e operacional.

Em dezembro de 2011, o Índice de Basileia do Consolidado Econômico-Financeiro foi de 17,24%, superior ao mínimo exigido pelo órgão regulador brasileiro. O Incremento apresentado em relação a dezembro de 2010 foi causado pela redução da alocação de capital para cobertura do Risco de Mercado e pelo crescimento de 13,42% no Patrimônio de Referência. A Parcela de Risco de Crédito variou em decorrência do aumento das operações de crédito e da alocação de capital (Circular Bacen n° 3.563/11) e a parcela de Risco Operacional, pelo aumento das receitas no período. A margem de capital permite um incremento de R$13.156.536 em novos negócios. 6. INFORMAÇÕES POR SEGMENTOS A Administração definiu os segmentos operacionais do Banrisul, com base nos relatórios utilizados para a tomada de decisões estratégicas, revisados pela Diretoria. A Diretoria efetua sua análise do negócio, segmentando-o principalmente sob o segmento Varejo, o segmento Corporate e o segmento Tesouraria. O segmento Varejo engloba um conjunto de serviços bancários, captações da rede de agências e operações de crédito direcionadas à base de clientes pessoas físicas e pessoas jurídicas, entre elas microempresas e empresas de pequeno e médio porte. Para este segmento, o Banrisul possui métricas detalhadas por agência atribuindo pontos para alocação e captação de recursos que direcionam à sua tomada de decisões. O segmento Corporate é responsável pela gestão de produtos e serviços vinculados à captação de recursos e as operações de crédito comerciais, de longo prazo, rural, habitacional e câmbio focado no atendimento a órgãos e instituições públicas de governos e empresas de grande porte. A atuação do Banrisul no segmento Corporate é voltada na busca de explorar a oportunidade de mercado por meio de operações com as próprias entidades, tais como, folha de pagamento, cobrança e outros serviços, bem como buscando o relacionamento comercial com os funcionários em operações de varejo, sendo o retorno dessas, alocado ao segmento de Varejo. O segmento de Tesouraria é responsável pelo gerenciamento e controle de fluxo de caixa do Banrisul e administração da carteira própria de ativos financeiros do Banrisul. As políticas contábeis dos segmentos operacionais são as mesmas que aquelas descritas no sumário de políticas contábeis significativas. As receitas com prestação de serviços, as despesas gerais e administrativas, as perdas com ativos financeiros e o imposto de renda são monitorados centralmente e, portanto, não foi alocado por segmentos.

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 58

As receitas e despesas com juros e similares por segmento de negócios estão descritas a seguir:

DEMONSTRATIVO DE RESULTADO Varejo Corporate Tesouraria Não Alocado Total

Receitas com Juros e Similares 3.323.093 836.957 1.513.918 37.229 5.711.197 Despesas com Juros e Similares (1.344.003) (406.445) (773.591) (54.646) (2.578.685)

BALANÇO PATRIMONIAL

Ativo 12.229.330 7.630.689 16.827.228 1.629.460 38.316.707

Passivo 18.907.692 4.884.776 6.489.649 3.450.954 33.733.071

Em 31 de dezembro de 2011

DEMONSTRATIVO DE RESULTADO Varejo Corporate Tesouraria Não Alocado Total

Receitas com Juros e Similares 2.655.458 515.199 1.217.360 208.628 4.596.645 Despesas com Juros e Similares (977.095) (285.099) (649.382) (14.248) (1.925.824)

BALANÇO PATRIMONIAL

Ativo 11.767.650 5.677.667 14.458.292 784.782 32.688.391

Passivo 16.152.617 4.816.728 5.789.352 1.934.129 28.692.826

Em 31 de dezembro de 2010

O formato de apresentação das informações por segmentos acima já inclui a reconciliação dos valores de itens dos segmentos divulgáveis com os valores respectivos totais divulgados nas demonstrações financeiras e é apresentado na coluna "não alocado". O Banrisul não possui cliente que represente 10% ou mais da receita do exercício com juros e similares. 7. TRANSIÇÃO PARA O IFRS 7.1. Base da Transição para o IFRS 7.1.1. Aplicação do IFRS 1 Essas Demonstrações Financeiras Consolidadas do Banrisul foram elaboradas em atendimento a Resolução n° 3.786/09 do Conselho Monetário Nacional (CMN) que, a partir de 31 de dezembro de 2010, requer a elaboração de demonstrações financeiras consolidadas, de acordo com o padrão contábil internacional (IFRS), conforme aprovado pelo “Internacional Accounting Standard Board” (IASB), traduzidos para a língua portuguesa por entidade brasileira credenciada pela “International Accounting Standards Committee Foundation” (IASC). As Demonstrações Financeiras Consolidadas referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010 foram preparadas seguindo-se as práticas contábeis descritas nesta nota explicativa com o propósito especial de atender as exigências da Resolução n° 3.786/09 do Conselho Monetário Nacional (CMN). Na preparação destas Demonstrações Financeiras Consolidadas, o Banrisul utilizou os critérios de reconhecimento, mensuração e apresentação estabelecidos nos pronunciamentos emitidos pelo IASB e

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 59

as interpretações do “International Financial Reporting Interpretation Committee” (IFRIC) descritos nesta nota explicativa. Portanto, estas Demonstrações Financeiras Consolidadas incluem referências ao IFRS, aos pronunciamentos emitidos pelo IASB e às interpretações emitidas pelo IFRIC. Estas Demonstrações Financeiras Consolidadas representam a primeira demonstração contábil completa em IFRS. A reconciliação entre o patrimônio líquido em BRGAAP, que foi considerado como o GAAP anterior, e em IFRS na data de transição, é apresentada na sequência desta nota, conjuntamente com uma descrição das isenções aplicáveis e exceções obrigatórias adotadas, conforme definido pelo IFRS 1. O IFRS 1 é aplicado quando uma entidade adota o IFRS na elaboração de suas demonstrações financeiras anuais pela primeira vez, com uma declaração explícita e sem reservas de aplicação do IFRS. Em geral, o IFRS 1 requer que uma entidade atenda a cada uma das normas contábeis vigentes do IFRS, na data de preparação de sua primeira demonstração financeira consolidada em IFRS. O Banrisul aplicou a data de transição de 1° de janeiro de 2010. O IFRS 1 concede isenções limitadas de seus requerimentos em áreas específicas nas quais o custo de geração de informações poderia exceder os benefícios dos usuários das demonstrações financeiras. Adicionalmente, o IFRS 1 também proíbe a aplicação retrospectiva de certas normas contábeis ou critérios em algumas áreas, particularmente nas quais a aplicação retrospectiva poderia requerer o julgamento da Administração sobre condições do passado e após o conhecimento de transações já ocorridas. 7.1.2. Isenções da Aplicação Retrospectiva - Escolhidas pelo Banrisul O Banrisul optou por aplicar as seguintes isenções com relação à aplicação retrospectiva: (a) Designação dos Instrumentos Financeiros Anteriormente Reconhecidos

O Banrisul optou por designar determinados instrumentos financeiros como ao valor justo por meio do resultado, na data de transição. A aplicação dessa isenção está detalhada na Nota 7.2.4 (b).

(b) Isenção do Benefício a Empregados O Banrisul optou por reconhecer todos os ganhos e perdas atuariais passados cumulativamente em 1° de janeiro de 2010. A aplicação dessa isenção está detalhada na Nota 7.2.4 (f). (c) Valor Justo considerado como Custo Inicial Segundo o IFRS 1, uma entidade pode, na data de transição para o IFRS, mensurar um item do ativo imobilizado pelo seu valor justo, passando este valor a ser o custo inicial deste ativo, a partir desta data. O Banrisul não optou por essa isenção do IFRS 1. 7.1.3. Exceções da Aplicação Retrospectiva Seguidas pelo Banrisul O Banrisul aplicou as seguintes exceções obrigatórias na aplicação retrospectiva.

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 60

(a) Exceção das Estimativas

As estimativas, segundo o IFRS, em 1° de janeiro de 2010, são consistentes com as estimativas feitas na mesma data de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Devido às diferentes metodologias aplicadas, o montante de perdas de crédito incorridas contempladas nas demonstrações financeiras é geralmente menor do que o montante determinado pelo modelo de perdas esperadas, usado para área operacional interna e para fins de regulamentação bancária. (b) Outras Exceções Obrigatórias

As outras exceções obrigatórias no IFRS 1 não se aplicaram, pois não houve diferenças significativas com relação às práticas contábeis adotadas no Brasil nessas áreas: . Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros; . Participação de não controladores; e . Contabilização de hedge. 7.2. Conciliação entre BRGAAP e IFRS 7.2.1. Reconciliação do Patrimônio Líquido

NotaExplicativa 2011 2010 01/01/2010

Patrimônio Líquido atribuídoà Controladora em BRGAAP 4.399.511 3.855.239 3.408.462

Ajustes de IFRS:Impairment de Ativos Financeiros d 268.870 229.212 220.120 Operações de Leasing Financeiro a (377) (193) - Ativo Imobilizado c 35.653 17.179 - Ajuste de Beneficios a Empregados f - (15.159) (14.893) Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos g (121.635) (92.392) (82.068) Patrimônio Líquido atribuível à Controladora em IFRS 4.582.022 3.993.886 3.531.621 Participações Não Controladoras em IFRS 1.614 1.679 1.655 Patrimônio Líquido (incluindo participações

Não Controladoras) em IFRS 4.583.636 3.995.565 3.533.276

7.2.2. Reconciliação do Lucro Líquido

NotaExplicativa 2011 2010

Lucro Líquido atribuídoà Controladora em BRGAAP 904.349 741.242

Ajustes de IFRS:Variações Cambia is de Investimento no Exterior e (14.193) 4.961 Impairment de Operações de Crédi to (PDD) d 39.658 9.092 Operações de Leasing Financeiro a (184) (193) Ativo Imobi l i zado c 18.474 17.179 Ajuste de Benefícios a Empregados f 15.159 (266) Imposto de Renda e Contribuição Socia l Di feridos g (29.243) (10.324) Outros 1 (1.660) Lucro Líquido atribuído à Controladora em IFRS 934.021 760.031 Parti cipa ções Não Controladoras em IFRS 150 222 Lucro Líquido (incluindo participações

Não Controladoras) em IFRS 934.171 760.253

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 61

7.2.3 Reconciliação do Balanço Patrimonial Consolidado

Saldo FinalEfeito da Transição Saldo Final

Reconciliação em 1° de Janeiro de 2010 Nota BRGAAP IFRS IFRS

Disponibilidades e Reservas no Banco Central do Brasil 6.997.488 6.997.488 Ativos Financeiros 21.079.288 220.120 21.299.408

Títulos de Investimentos 7.377.115 7.377.115 Empréstimos e Recebíveis d 13.702.173 220.120 13.922.293

Tributos Diferidos g 603.581 (82.068) 521.513 Outros Ativos 444.961 444.961 Investimentos 7.758 7.758 Imobilizado a 170.058 8.632 178.690 Intangível 180.129 180.129

TOTAL DO ATIVO 29.483.263 146.684 29.629.947

Passivos Financeiros ao Custo Amortizado a 24.595.231 8.632 24.603.863 Provisões 651.036 651.036 Passivos Fiscais 135.806 135.806

Correntes 126.366 126.366 Diferidos 9.440 9.440

Outros Passivos f 691.073 14.893 705.966 TOTAL DO PASSIVO 26.073.146 23.525 26.096.671

PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONSOLIDADO 3.410.117 123.159 3.533.276

TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 29.483.263 146.684 29.629.947

Saldo FinalEfeito da Transição Saldo Final

Reconciliação em 31 de Dezembro de 2010 Nota BRGAAP IFRS IFRS

Disponibilidades e Reservas no Banco Central do Brasil 4.790.260 4.790.260 Ativos Financeiros 26.263.209 229.212 26.492.421

Títulos de Investimentos 8.642.402 8.642.402 Empréstimos e Recebíveis d 17.620.807 229.212 17.850.019

Tributos Diferidos g 621.239 (92.392) 528.847 Outros Ativos 500.783 500.783 Investimentos 7.660 7.660 Imobilizado a ; c 168.923 27.291 196.214 Intangível c 171.271 935 172.206 TOTAL DO ATIVO 32.523.345 165.046 32.688.391

Passivos Financeiros ao Custo Amortizado a ; c 27.000.415 11.240 27.011.655 Provisões 673.911 673.911 Passivos Fiscais 239.877 - 239.877

Correntes 228.241 228.241 Diferidos 11.636 11.636

Outros Passivos f 752.224 15.159 767.383

TOTAL DO PASSIVO 28.666.427 26.399 28.692.826

PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONSOLIDADO 3.856.918 138.647 3.995.565

TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 32.523.345 165.046 32.688.391

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 62

Saldo FinalEfeito da Transição Saldo Final

Reconciliação em 31 de Dezembro de 2011 Nota BRGAAP IFRS IFRS

Disponibilidades e Reservas no Banco Central do Brasil 6.074.695 6.074.695 Ativos Financeiros 30.629.869 268.870 30.898.739

Títulos de Investimentos 9.839.065 9.839.065 Empréstimos e Recebíveis d 20.790.804 268.870 21.059.674

Tributos Diferidos g 705.782 (121.635) 584.147 Outros Ativos 434.023 434.023 Investimentos 7.514 7.514 Imobilizado a 163.831 44.205 208.036 Intangível 107.660 1.893 109.553

TOTAL DO ATIVO 38.123.374 193.333 38.316.707

Passivos Financeiros ao Custo Amortizado a 31.804.326 10.822 31.815.148 Provisões 728.579 728.579 Passivos Fiscais 327.599 327.599

Correntes 313.246 313.246 Diferidos 14.353 14.353

Outros Passivos f 861.745 861.745

TOTAL DO PASSIVO 33.722.249 10.822 33.733.071

PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONSOLIDADO 4.401.125 182.511 4.583.636

TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 38.123.374 193.333 38.316.707

7.2.4 Explicações sobre os Ajustes Relevantes no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado (a) Operações de Leasing Financeiro O Banrisul considerou contratos de aluguéis como leasing financeiro baseado em fatos e circunstâncias na data da transição para o IFRS. O leasing financeiro é uma transação de arrendamento onde existe a transferência substancial de todos os riscos e benefícios da propriedade de um ativo. Consequentemente, o ativo imobilizado e o passivo financeiro registraram um incremento de R$8.632 em 1° de janeiro de 2010 referentes a estes contratos. A titularidade eventualmente pode não ser transferida. (b) Ativos Financeiros Designados ao Valor Justo no Momento Inicial

O Banrisul classificou determinados recebíveis adquiridos como sendo a “valor justo através do resultado”, em conformidade com o IAS 39 “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração”. O Banrisul optou por essa base de classificação uma vez que o instrumento financeiro possui conteúdo de um ou mais derivativos embutidos que significativamente alteram os fluxos de caixa. Segundo o BRGAAP, esses recebíveis adquiridos são contabilizados ao custo amortizado, segregando o derivativo embutido na modalidade “Swap”, também contabilizado pelo custo amortizado visto que estavam destinados a mitigar os efeitos das variações nas taxas prefixadas, de câmbio e referencial, que equivalem, quando analisados em conjunto, ao valor de mercado, não gerando nesta forma ajuste no IFRS.

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 63

(c) Ativo Imobilizado O Banrisul procedeu a revisão das vidas úteis dos bens do imobilizado, de acordo com o IFRS. As revisões das vidas úteis são mudanças de estimativas e, dessa forma são registradas de forma prospectiva, ou seja, produziram efeito somente no resultado de 31 de dezembro de 2010, e não no balanço de abertura.

(d) Impairment de Ativos Financeiros De acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições financeiras, a constituição de provisões para risco de crédito segue as regras da Resolução n° 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional, que se baseia no conceito de "perda esperada". As provisões são constituídas a partir da concessão do crédito, baseadas na classificação de risco de crédito, em função da análise periódica da qualidade do cliente e dos setores de atividade e não apenas quando da ocorrência de inadimplência, não podendo ser inferior ao mínimo requerido pelas normas do regulador, mas uma provisão adicional pode ser reconhecida. O Banrisul tem consistentemente registrada provisão complementar desde a edição da referida norma, para fazer face a possíveis eventos não capturados pelo modelo de rating de clientes. De acordo com os IFRSs, o modelo de mensuração de provisão para operações de crédito se baseia nos conceitos de "perda incorrida", que requer a identificação de evidência objetiva de redução de valor (impairment) como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o momento do reconhecimento inicial do ativo financeiro. As diferenças entre normas do Banco Central e os IFRSs resultaram em valores diferentes de provisão para créditos de liquidação duvidosa e em consequência, as provisões para risco de crédito foram reduzidas pelo valor de R$220.120 em 1° de janeiro de 2010. (e) Variações Cambiais de Investimento no Exterior O processo adotado pelo Banrisul em BRGAAP para a conversão de dependências no exterior é similar aos requerimentos do IAS 21, exceto pelo fato de que as diferenças geradas no processo de conversão são registradas na demonstração do resultado. Consequentemente, em BRGAAP, não existe uma reserva específica no patrimônio líquido onde ganhos ou perdas acumulados gerados na conversão de dependências no exterior são reconhecidos. Em IFRS, as diferenças apuradas na conversão de dependências no exterior são reportadas no Resultado Abrangente Acumulado. (f) Ajuste de Benefícios a Empregados O Banrisul optou por aplicar a isenção de benefícios a empregados do IFRS 1. Dessa forma, todas as perdas atuariais passadas acumuladas no montante de R$14.893 relativos aos planos de saúde, foram reconhecidas em lucros acumulados em 1° de janeiro de 2010. De acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, estas perdas são diferidas pelo método do corredor.

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 64

(g) Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos Os impostos diferidos ativos somente são reconhecidos pelas práticas contábeis adotadas no Brasil se houver um estudo que comprove sua expectativa de realização em até dez anos. Para fins de IFRS, devem ser reconhecidos os impostos diferidos ativos cuja realização seja provável, gerando um acréscimo no valor de R$23 em 1° de janeiro de 2010. Adicionalmente o saldo de imposto de renda e contribuição social diferidos foi complementado em decorrência dos ajustes para a transição para o IFRS e totalizavam R$82.091 em 1° de janeiro de 2010 e R$10.324 no resultado do exercício de 2010. (h) Taxa Efetiva de Operações de Crédito De acordo com os IFRSs, as receitas geradas ou despesas incorridas na origem das operações de crédito que são incrementais e diretamente atribuíveis à sua originação são incluídas no cálculo do custo amortizado da operação usando o método da taxa de juros efetiva, e amortizadas contra o resultado durante o período de duração da operação, desconsiderando as renegociações efetuadas no decorrer do período. A aplicação desta prática não gerou ajustes, pois as tarifas e comissões cobradas pelo Banrisul não são representativos, não foram identificados custos incrementais em sua carteira, o Banrisul não possui diferenças significativas entre o prazo contratual de suas operações e sua duração e não há renegociações expressivas em sua carteira. 8. RECEITA LÍQUIDA COM JUROS E SIMILARES

2011 2010Receitas com Juros e Similares 5.711.197 4.596.645

Disponibi l idades e Res ervas no Bacen 443.413 457.646 Apl icações Financeiras Ava l iadas ao Va lor Justo 431.593 325.558 Apl icações Financeiras Ava l iadas ao Custo Amortizado 607.021 375.327 Empréstimos e Outros Va lores com Insti tuições de Crédi to 321.658 263.475 Empréstimos e Adiantamentos a Cl ientes 3.848.491 3.090.845 Outros Ativos Financei ros 59.021 83.794

Despesas com Juros e Similares 2.578.685 1.925.824

Recursos de Bancos 784.886 524.335 Recursos de Cl ientes 1.577.580 1.187.070 Captação no Mercado Aberto 216.219 214.419

Total 3.132.512 2.670.821

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 65

9. RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

2011 2010Adminis tração de Fundos 64.007 63.185 Cobrança de Títulos 46.690 43.464 Recei ta de Serviços em Operações de Câmbio 31.104 32.697 Rendas de Taxas de Adminis tração de Consórcios 15.709 12.051 Rendas de Corretagens e Operações 4.156 4.272 Banricompras 101.842 85.917 Devolução de Cheques 18.737 18.611 Débito em Conta 23.811 21.756 Serviços de Arrecadação 59.551 58.157 Trans ações com Cheques 12.766 14.589 Tari fas Bancárias de Contas Correntes 261.963 242.514 Cartão de Crédito 10.626 12.181 Outras Receitas 74.365 58.940

Total 725.327 668.334

10. DESPESA DE PESSOAL

2011 2010Remuneração Direta 636.648 559.244 Benefícios 165.370 139.970 Encargos Sociais 265.932 236.471 Participação Estatutária no Lucro 62.180 49.304 Outras Despesas de Pessoal 32.932 31.073 Total 1.163.062 1.016.062

11. OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS

2011 2010Processamento de Dados e Telecomunicações 152.227 152.588 Vigilância, Segurança e Transportes de Valores 83.431 75.653 Amortização e Depreciação 96.715 95.858 Aluguéis e Condomínios 51.624 48.293 Materiais 23.705 22.975 Serviços de Terceiros 144.326 125.327 Propaganda, Promoções e Publicidade 65.606 104.079 Manutenção e Conservação de Bens 22.194 23.852 Água, Energia e Gás 18.384 17.913 Serviço do Sistema Financeiro 23.455 20.929 Outras 41.405 38.771 Total 723.072 726.238

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 66

12. OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

2011 2010Recuperação de Encargos e Despesas 50.792 47.962 Reversão de Provisões Operaciona is para:

Trabalhis tas 80 3.031 Cível 767 - Benefícios Pós -Emprego 15.159 - Perdas de Securi tização 730 3.167 Outros 34.159 3.888

Comis são s obre Títulos de Capi ta l i zação 5.664 3.070 Tari fas Interbancárias 20.049 21.020 Títulos de Crédi tos a Receber 8.244 9.953 Fundo de Res erva - Depós i to Judicia l - Lei n° 12.069 25.712 16.782 Comis são e Taxa de Adminis tração s obre Colocação de Seguros 2.641 2.374 Outras Recei tas Operacionais 77.595 65.592 Total 241.592 176.839 13. OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS

2011 2010Descontos Concedidos de Renegociação 13.862 7.497 Despes as Provisão para Riscos Fisca is (CS/IR) 20.132 17.123 Despes as com Provisões Traba lhis tas 96.122 90.383 Despes as com Provisões para Ações Cíveis 15.348 2.716 Despes as com Provisões de Imóveis - Bens não de Uso 3.064 3.298 Despes as com Provisões para Perdas de Securi ti zação 3.493 645 Despes as com Arrecadação de Tributos Federa is 3.671 2.345 Despes as com Indenizações - Processos Adminis trativos 110 7.762 Atua l i zação Monetária Multas Câmbio - Bacen 5.157 4.276 Despes as com Provisão para Dívidas As sumidas

junto ao GESB 2.161 1.046 Atua l i zação da Dívida Contratada da Fundação Banris ul 7.302 9.825 Despes as com Process os Judicia i s 14.895 7.396 Despes as com Cartões 3.650 3.851 Bônus Cartão Banri sul de Vantagens 5.149 - Outras Despesas Operacionais 42.475 21.492 Total 236.591 179.655

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de dezembro de 2011 e 2010 Valores expressos em Milhares de Reais, exceto quando indicado

Demonstrações Financeiras Completas IFRS 67

14. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Reconciliação da Despesa/Receita de Imposto de Renda e Contribuição Social

2011 2010Lucro do Exercício Antes da Tributação 1.369.027 1.127.633 Imposto de Renda sobre o Lucro - Alíquota 25% (342.257) (281.908) Contribuição Social sobre o Lucro - Alíquota 9% (12.292) (1.345) Contribuição Social sobre o Lucro - Alíquota 15% (193.063) (166.903) Total do Imposto de Renda e Contribuição Social

pelas Alíquotas Efetivas (547.612) (450.156) Juros sobre o Capital Próprio 92.657 81.943 Outras Adições Líquidas das Exclusões 20.099 833 Total do Imposto de Renda e Contribuição Social (434.856) (367.380)

15. DISPONIBILIDADES E RESERVAS NO BANCO CENTRAL DO BRASIL

2011 2010 01/01/2010Caixa e Equivalentes de Caixa (i) 3.196.804 2.645.995 5.647.948

Disponibilidades 624.255 403.321 411.220 Aplicações no Mercado Aberto 2.572.549 2.242.674 5.236.728

Depósitos Compulsórios no Banco Central do Brasil (i i) 2.877.891 2.144.265 1.349.540 Total 6.074.695 4.790.260 6.997.488

(i) Caixa e equivalentes de caixa compreendem os saldos com vencimento em menos de três meses a

partir da data de aquisição, incluindo dinheiro em caixa, depósitos mantidos em outras instituições e outros investimentos altamente líquidos de curtíssimo prazo e que apresentem risco insignificante de mudança de valor justo.

(ii) Depósitos compulsórios no Banco Central do Brasil são referentes a um saldo mínimo que as instituições financeiras são obrigadas a manter no Banco Central do Brasil com base em um percentual de depósitos recebidos de terceiros.

16. ATIVOS FINANCEIROS

2011 2010 01/01/2010Títulos para Investimento 9.839.065 8.642.402 7.377.115

Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo 3.413.423 3.785.266 2.956.118 Títulos Mantidos para Negociação (a) 2.116.540 2.072.460 1.886.134 Títulos Disponíveis para Venda (b) 1.296.883 1.712.806 1.069.984

Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado 6.425.642 4.857.136 4.420.997 Títulos Mantidos até o Vencimento (c) 6.425.642 4.857.136 4.420.997

Empréstimos e Recebíveis 21.059.674 17.850.019 13.922.293 Recebíveis Designados ao Valor Justo no Resultado (d) - - 566.705 Empréstimos e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado 21.059.674 17.850.019 13.355.588

Empréstimos e Adiantamentos a Cl ientes (e) 19.344.365 16.160.450 12.596.015 Outros Ativos Financeiros (f) 1.715.309 1.689.569 759.573

Total 30.898.739 26.492.421 21.299.408

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 68

(a) Títulos Mantidos para Negociação

2011 2010 01/01/2010Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 2.113.511 2.068.788 1.884.691 Ações de Cias . Abertas 3.029 3.672 1.443

Total 2.116.540 2.072.460 1.886.134

(b) Títulos Disponíveis para Venda

2011 2010 01/01/2010Público

Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 885.445 1.154.287 1.049.208 Privado

Ações Cias . Abertas 9.775 13.647 13.072 Certi fi cados de Privati zação 6 6 5.047 Cotas de Fundo de Renda Fixa 19.694 8.614 2.657 Cotas de FIDC 381.963 536.252 -

Total 1.296.883 1.712.806 1.069.984

Os efeitos decorrentes do ajuste a valor de mercado em 31 de dezembro de 2011, no montante de R$12.033 (2010 – R$9.085), foram levados à conta específica do resultado abrangente, deduzidos dos efeitos tributários de R$4.813 (2010 – R$3.636). (c) Títulos Mantidos até o Vencimento

2011 2010 01/01/2010Público

Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 6.130.271 4.547.943 4.046.108 Notas do Tesouro Nacional (NTN) - 7.809 7.293 Fundo de Compensações da s Va riações

Sa la ria is (CVS) 156.791 153.385 202.070 Títulos da Dívida Externa Bras i le i ra - - 8.559

PrivadoLetras Hipotecárias (LH) 22.704 28.699 34.467 Certi fi cados Recebíveis Imobi l iá rios (CRI) 2.428 2.638 2.681 Outros 113.448 116.662 119.819

Total 6.425.642 4.857.136 4.420.997

O Banrisul não reclassificou nenhum ativo financeiro contabilizado pelo custo amortizado. (d) Recebíveis Designados ao Valor Justo no Resultado

O Banrisul classificou determinados recebíveis adquiridos como sendo a “valor justo através do resultado”, em conformidade com o IAS 39 “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração”. O Banrisul optou por essa base de classificação uma vez que o instrumento financeiro possui conteúdo de um ou mais derivativos embutidos que significativamente alteram os fluxos de caixa. Segundo o BRGAAP, esses recebíveis adquiridos são contabilizados ao custo amortizado, segregando o derivativo

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 69

embutido na modalidade “Swap”, também contabilizado pelo custo amortizado visto que estavam destinados a mitigar os efeitos das variações nas taxas prefixadas, de câmbio e referencial, que equivalem, quando analisados em conjunto, ao valor de mercado, não gerando nesta forma ajuste no IFRS.

Em 7 de dezembro de 2010, o Banrisul aditou esses contratos de cessão com o Estado do Rio Grande do Sul, cancelando as cláusulas de equalização de taxas, na modalidade Swap, não impactando no resultado do Banrisul. Desta forma, em 31 de dezembro de 2010, esses créditos passaram a ser avaliados pelo valor de custo e acrescidos dos rendimentos incorridos até a data das demonstrações financeiras, no valor de R$588.794, classificados como “empréstimos e recebíveis”- “outros ativos financeiros”. (e) Empréstimos e Adiantamentos a Clientes

2011 2010 01/01/2010SETOR PRIVADO 18.069.932 14.716.841 11.945.873 Câmbio 557.235 411.727 482.889 Comercia l 13.069.583 10.940.403 8.761.714

Pess oa Fís i ca 5.878.380 5.208.204 4.074.746 Cartão de Crédi to 53.069 51.655 74.005 Empréstimos e Títulos Descontados 5.557.205 4.908.733 3.858.117 Financiamentos Di reto ao Cons umidor 268.106 247.816 142.624

Pes s oa Jurídica 7.191.203 5.732.199 4.686.968 Cartão de Crédi to 1.977 - - Empréstimos e Títulos Descontados 6.988.420 5.546.113 4.605.307 Financiamentos Di reto ao Cons umidor 200.806 186.086 81.661

Financiamento a Longo Prazo 916.532 714.316 501.296 Imobi l iário 1.740.989 1.285.334 1.085.281 Arrendamento Mercanti l Financei ro 80.502 80.827 94.634 Rura l 1.705.091 1.284.234 1.020.059

SETOR PÚBLICO 122.237 126.081 99.918

INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO 2.201.005 2.190.239 1.346.858 Empréstimos e Títulos Descontados 2.201.005 2.190.239 1.346.858

Total Operações de Crédito, Bruto de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 20.393.174 17.033.161 13.392.649

(-) Provis ão para Impairment (1.048.809) (872.711) (796.634) Total Operações de Crédito, Líquido de Provisão

para Créditos de Liquidação Duvidosa 19.344.365 16.160.450 12.596.015

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 70

(i) Composição de Empréstimos e Adiantamentos a Clientes por Vencimento e Concentração: Prazo por Vencimento 2011 2010Vencidas a partir de 15 dias 309.377 239.918 A vencer até 3 meses 4.185.330 3.452.659 A vencer de 3 a 12 meses 5.888.376 4.793.708 A vencer acima de 1 ano 10.010.091 8.546.876 Total Operações de Crédito, Bruto de Provisão

para Créditos de Liquidação Duvidosa (*) 20.393.174 17.033.161

(*) Parcelas vencidas até 14 dias estão incluídas nas parcelas vincendas. Por Concentração 2011 2010Principal Devedor 493.539 739.057 10 Maiores Devedores Seguintes 2.176.731 2.760.740 20 Maiores Devedores Seguintes 1.108.088 889.923 50 Maiores Devedores Seguintes 1.491.439 1.140.716 100 Maiores Devedores Seguintes 1.484.834 1.109.873

(ii) Operações de Arrendamento Mercantil Financeiro (Arrendador) Apresentamos abaixo a análise do valor presente dos pagamentos mínimos futuros a receber de Arrendamentos Financeiros por vencimento.

Pagamentos Rendas a Valor Mínimos Futuros Apropriar Presente

Circulante 54.374 (11.861) 42.513 Até 1 ano 54.374 (11.861) 42.513

Não Circulante 64.450 (22.757) 41.693 Entre 1 a 5 anos 64.374 (22.728) 41.646 Acima de 5 anos 76 (29) 47

Total em 2011 118.824 (34.618) 84.206 Total em 2010 104.807 (21.183) 83.624

O valor contabilizado de impairment sobre essas operações em 31 de dezembro de 2011 é de R$3.719 (2010 – R$4.251).

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 71

(f) Outros Ativos Financeiros 2011 2010 1/1/2010Cartei ra de Câmbio 625.318 390.273 435.925 Outros Depós i tos Compuls órios - Bacen - 292.977 - Crédi tos Vinculados ao SFH 628.418 604.552 2 Adiantamentos ao Fundo Garantidor de Crédi to 37.702 57.373 77.044 Títulos e Crédi tos a Receber 285.050 239.731 221.324 Trans ações com Cartões de Crédi to 129.143 84.604 66.446 (-) Provis ão para Impairment de Outros Ativos (24.200) (39.651) (80.314) Outros 33.878 59.710 39.146 Total 1.715.309 1.689.569 759.573

(g) Provisão para Impairment de Ativos Financeiros

Reconciliação da conta de provisão para perdas em empréstimos e adiantamentos a clientes e outros ativos financeiros:

2011 2010Saldo Inicial da Provisão para Impairment 912.362 876.948 Provisão para Perda no Valor Recuperável 589.852 479.865 Empréstimos Baixados (429.205) (444.451) Saldo Final da Provisão para Impairment 1.073.009 912.362

O Banrisul baixa operações de crédito inadimplentes contra provisão no prazo de 12 meses após vencimento da parcela inadimplente se o prazo remanescente da operação for de até 36 meses e 18 meses se o prazo remanescente for superior a 36 meses. 17. OUTROS ATIVOS

2011 2010 01/01/2010Ativos não Correntes a Venda 11.188 9.707 16.973 Outros 422.835 491.076 427.988

Relações Interfinanceiras 37.374 33.086 31.262 Relações Interdependências 45.759 80.994 35.070 Outros Créditos 319.095 351.881 328.157

Rendas a Receber 10.106 36.388 30.833 Adiantamentos a Empregados 12.494 13.797 11.301 Devedores por Depósito em Garantia (Nota 21) 196.336 174.215 167.286 Adiantamentos para Pagamentos por Nossa Conta 6.446 3.251 6.507 Pagamentos a Ressarcir 15.378 21.751 17.694 Devedores Diversos - País 78.335 102.479 94.536

Outros Valores 20.607 25.115 33.499 Total 434.023 500.783 444.961

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 72

18. IMOBILIZADO

Móveis e Móveis eImóveis Equipamentos Equipamentos

de Uso em Estoque Instalações em Uso Outros TotalEm 1° de Janeiro de 2011

Custo 144.979 10.728 89.321 73.682 300.649 619.359 Depreciação Acumulada (105.429) - (73.251) (50.683) (193.782) (423.145)

Valor Contábil Líquido em 1° de Janeiro de 2011 39.550 10.728 16.070 22.999 106.867 196.214

Aquisições 3.161 28.471 4.129 2.670 815 39.246 Alienações (36) - - (178) (696) (910) Depreciação do Período (3.793) - (813) (2.662) (22.064) (29.332) Transferências - (28.254) - 2.435 28.637 2.818 Movimentação Líquida (668) 217 3.316 2.265 6.692 11.822

Em 31 de Dezembro de 2011Custo 148.016 10.945 93.451 78.195 303.088 633.695 Depreciação Acumulada (109.134) - (74.065) (52.931) (189.529) (425.659)

Valor Contábil Líquido em31 de Dezembro de 2011 38.882 10.945 19.386 25.264 113.559 208.036

Taxa Média Ponderada (%) 1,79 - 2,05 5,96 8,39 -

Móveis e Móveis eImóveis Equipamentos Equipamentos

de Uso em Estoque Instalações em Uso Outros TotalEm 1° de Janeiro de 2010

Custo 135.644 5.706 84.270 71.641 277.041 574.302 Depreciação Acumulada (102.227) - (72.387) (49.496) (171.502) (395.612)

Valor Contábil Líquido em 1° de Janeiro de 2010 33.417 5.706 11.883 22.145 105.539 178.690

Aquisições 10.042 18.798 5.051 942 14.962 49.795 Alienações (33) - - (44) (103) (180) Depreciação do Período (3.876) - (864) (2.616) (24.735) (32.091) Transferências - (13.776) - 2.572 11.204 - Movimentação Líquida 6.133 5.022 4.187 854 1.328 17.524

Em 31 de Dezembro de 2010Custo 144.979 10.728 89.321 73.682 300.649 619.359 Depreciação Acumulada (105.429) - (73.251) (50.683) (193.782) (423.145)

Valor Contábil Líquido em31 de Dezembro de 2010 39.550 10.728 16.070 22.999 106.867 196.214

Taxa Média Ponderada (%) 1,79 - 2,05 5,96 8,39 -

Imóveis de Uso incluem o valor contábil líquido de R$10.822 em 31 de dezembro de 2011 (2010 – R$ 11.240) nos casos em que o Banco é arrendatário em operação de arrendamento financeiro.

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19. INTANGÍVEL

Direitos de Uso Direitos por Aquisição dede Softwares Folhas de Pagamento(*) Outros Total

Em 1° de Janeiro de 2011Custo 35.639 324.614 1.995 362.248 Amorti zação Acumulada (27.521) (161.913) (608) (190.042)

Saldo Contábil Líquidoem 1° de Janeiro de 2011 8.118 162.701 1.387 172.206

Aquis i ções 5.953 1.398 197 7.548 Amorti zação (2.513) (64.789) (81) (67.383) Transferências (2.818) - - (2.818) Movimentação Líquida 622 (63.391) 116 (62.653)

Em 31 de dezembro de 2011Custo 38.595 326.012 2.125 366.732 Amorti zação Acumulada (29.855) (226.702) (622) (257.179)

Saldo Contábil Líquidoem 31 de Dezembro de 2011 8.740 99.310 1.503 109.553

Taxa (%) 12 20 4 -

Direitos de Uso Direitos por Aquisição dede Softwares Folhas de Pagamento(*) Outros Total

Em 1° de Janeiro de 2010Custo 32.757 277.808 1.107 311.672 Amorti zação Acumulada (25.515) (105.379) (649) (131.543)

Saldo Contábil Líquidoem 1° de Janeiro de 2010 7.242 172.429 458 180.129

Aquis i ções 2.902 51.905 1.037 55.844 Amorti zação (2.026) (61.633) (108) (63.767) Movimentação Líquida 876 (9.728) 929 (7.923)

Em 31 de dezembro de 2010Custo 35.639 324.614 1.995 362.248 Amorti zação Acumulada (27.521) (161.913) (608) (190.042)

Saldo Contábil Líquidoem 31 de Dezembro de 2010 8.118 162.701 1.387 172.206

Taxa (%) 12 20 4 -

(*) Referem-se aos contratos firmados com o setor público e com entidades do setor privado, para a

garantir exclusividade na manutenção dos serviços bancários de processamento de créditos de folha de pagamento e de empréstimos consignados para os respectivos funcionários, bem como a manutenção da carteira de cobrança, de serviços de pagamento aos seus fornecedores e outros serviços bancários. Esses contratos possuem vigência por cinco anos, sendo amortizados pelo prazo contratual decorrido. Não foram identificadas perdas no valor recuperável destes ativos.

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 74

20. PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO

2011 2010 01/01/2010

Captações com Clientes 22.340.182 19.019.424 16.259.407 Depósitos à Vista 3.179.816 3.758.665 2.080.244 Depósitos de Poupança 5.136.228 5.579.974 5.636.799 Depósitos a Prazo (i) 13.997.383 9.680.314 8.530.748 Outros Depósitos 26.755 471 11.616

Captações com Banco 59.543 33.581 110.338 Depósitos à Vista de Instituições Sistema Financeiro 15.506 21.271 20.370

Depósitos Interfinanceiros 44.037 12.310 89.968 Captações no Mercado Aberto (ii) 1.331.544 1.311.160 2.006.497 Repasses no País (iii) 1.212.774 1.057.503 942.745 Repasses no Exterior 30.452 25.233 35.768 Empréstimos no País (iv) - - 60.307 Empréstimos no Exterior (v) 912.016 539.703 442.860 Outros Passivos Financeiros 5.928.637 5.025.051 4.745.941

Câmbio 567.882 414.476 470.233 Fundos Financeiros e de Desenvolvimento (vi) 5.098.561 4.444.611 4.139.986 Diversos 262.194 165.964 135.722

Total 31.815.148 27.011.655 24.603.863

(i) As captações em depósitos a prazo são realizadas com pessoas físicas ou jurídicas, nas modalidades de encargos pós ou prefixados, os quais correspondem a 87% e 13% do total da carteira, respectivamente. A taxa média de captação para os depósitos pós-fixados corresponde a 70,04% (2010 – 96,48%) da variação do CDI e os prefixados 9,40% (2010 – 8,56%) ao ano. (ii) As captações através de operações compromissadas - carteira própria - no mercado aberto, realizadas com instituições financeiras, têm taxa média de captação de 100% da variação do CDI. (iii) Os recursos internos para repasses representam, basicamente, captações de Instituições Oficiais (BNDES, FINAME e Caixa Econômica Federal). Essas obrigações têm vencimentos mensais até setembro de 2028, com incidência de encargos financeiros nas operações pós-fixadas de 0,50% a 8,61% (2010 – 0,90% a 8,00%) ao ano, além das variações dos indexadores (TJLP, Dólar e Cesta de Moedas), e nas obrigações prefixadas até 11,00% (2010 – 11,00%) ao ano. Os recursos são repassados aos clientes nos mesmos prazos e taxas de captação, acrescidas de comissão de intermediação. Como garantia desses recursos, foram repassadas as garantias recebidas nas operações de crédito correspondentes.

(iv) São representadas por recursos captados junto ao Banco Central do Brasil referente a leilões de taxas para concessão de empréstimo em moeda estrangeira para financiamento de operações de câmbio sujeito a variação cambial e juros a taxas entre 2,71% a 3,76% ao ano, com vencimento máximo até 148 dias em 1° de janeiro de 2010. Em 31 de dezembro de 2011 não havia saldos referentes a esta transação.

(v) São representadas por recursos captados de bancos no exterior para aplicação em operações comerciais de câmbio incorrendo a variação cambial das respectivas moedas, acrescida de juros a taxas

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 75

entre 2,48% a 5,50% (2010 – 2,00% a 6,50%) ao ano, com vencimento máximo em 1.078 dias (2010 – 1.826 dias).

(vi) Em 22 de abril de 2004, foi sancionada a Lei Estadual n° 12.069, alterada pela Lei n° 12.585 de 29 de agosto de 2006, mediante a qual o Banrisul, quando solicitado, deverá disponibilizar ao Estado do Rio Grande do Sul até 85% dos depósitos judiciais efetuados por terceiros junto ao Banrisul (excetuando-se aqueles cuja parte litigante seja Município). A parcela não disponibilizada deverá constituir fundo de reserva destinado a garantir a restituição dos referidos depósitos judiciais. Em 31 de dezembro de 2011, o montante de depósitos judiciais efetuados por terceiros no Banrisul, atualizado pela variação da TR acrescida de juros de 6,17% a.a. até a data do balanço totalizava R$7.115.644 (2010 - R$6.468.023), do qual R$2.043.000 (2010 - R$2.043.000) foi transferido para o Estado, mediante sua solicitação, e baixado das respectivas contas patrimoniais. 21. PROVISÕES, ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES (a) Ativos Contingentes Em 31 de dezembro de 2011, não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes e não existem processos em curso com ganhos prováveis. (b) Provisões

2011 2010 01/01/2010Provisão para Riscos Fi sca is , Trabalhis tas ,

Cíveis e Outros (c) 712.790 661.728 636.069 Provisão para Outros Pass ivos 15.789 12.183 14.967 Total 728.579 673.911 651.036

(c) Provisão para Riscos Fiscais, Trabalhistas, Cíveis e Outros

O Banrisul e suas controladas, na execução de suas atividades normais, são parte em processos judiciais e administrativos de natureza tributária, trabalhista, cível e outras. As provisões foram constituídas tendo como base a opinião de assessores legais, através da utilização de modelos e critérios que permitam a sua mensuração, apesar da incerteza inerente ao seu prazo ao desfecho de causa. O Banrisul provisiona integralmente o valor das ações cuja avaliação é classificada como provável. A Administração entende que as provisões constituídas são suficientes para atender eventuais perdas decorrentes de processos judiciais.

Fiscais (d) Trabalhistas (e) Cíveis (f) Outros (g) Total

Saldo Inicial em 01/01/2011 394.916 123.073 9.575 134.164 661.728

Constituição e Atualização Monetária 20.132 96.122 15.348 5.157 136.759

Reversão da Provisão - (80) (767) - (847)

Baixas por Pagamento - (84.208) (642) - (84.850)

Saldo Final em 31/12/2011 415.048 134.907 23.514 139.321 712.790

Depósitos em Garantia (Nota 17) 1.564 108.953 68.404 17.415 196.336

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 76

(d) Provisões Fiscais Provisões de contingências fiscais referem-se basicamente a exigíveis relativos a tributos cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação administrativa ou judicial, e a probabilidade de perda é considerada provável, sendo constituídas pelo valor integral em discussão. Para causas que possuem os respectivos depósitos em garantia, os valores envolvidos não se encontram atualizados. Quando da expedição do alvará de levantamento, em função da ação julgada favorável, os valores são atualizados e resgatados. A principal causa de natureza fiscal se refere ao Imposto de Renda e Contribuição Social sobre a dedução da despesa oriunda da quitação do déficit atuarial junto à Fundação Banrisul de Seguridade Social, questionada pela Secretaria da Receita Federal para o período de 1998 a 2005 no montante de R$413.557. O Banrisul, através de seus assessores jurídicos, vem discutindo judicialmente o assunto e, registrou provisão para contingências no valor estimado da perda. Existem ainda contingências fiscais que, de acordo com a sua natureza, são consideradas como de perda possível, no montante de R$59.921. De acordo com as práticas contábeis não foi registrada provisão para contingências. (e) Provisões Trabalhistas São ações movidas principalmente pelos sindicatos e ex-empregados pleiteando direitos trabalhistas que entendem devidos, em especial ao pagamento de “horas extras” e outros direitos trabalhistas. Registra a provisão constituída para as ações trabalhistas ajuizadas contra o Banrisul, quando da notificação judicial e cujo risco de perda é considerado provável. O valor é apurado de acordo com a estimativa de desembolso feita por nossa Administração, revisada periodicamente com base em subsídios recebidos de nossos assessores legais, sendo ajustadas ao valor do depósito de execução quando estes são exigidos. Da provisão mencionada, já foi depositado judicialmente o montante de R$89.040. Adicionalmente, o valor de R$19.913 foi exigido para os recursos processuais. Existem causas trabalhistas que, de acordo com sua natureza, são consideradas como de perda possível, no montante aproximado de R$50.212. Nas causas trabalhistas que possuem pedidos considerados de perda provável e já provisionados, existem também pedidos nas mesmas ações que são consideradas como perda possível, no montante de R$194.983. De acordo com as práticas contábeis, não foi registrada provisão para contingências. (f) Provisões Cíveis Ações de caráter indenizatório referem-se à indenização por dano material e/ou moral, referentes à relação de consumo, versando, principalmente, sobre questões atinentes a cartões de crédito, crédito direto ao consumidor, contas correntes, cobrança e empréstimos. Registra a provisão constituída, quando do recebimento da citação inicial, e são ajustadas mensalmente, pelo valor indenizatório pretendido, nas provas apresentadas e na avaliação de assessores jurídicos que leva em conta a jurisprudência, subsídios fáticos levantados, provas produzidas nos autos e as decisões judiciais que vierem a ser proferidas na ação, quanto ao grau de risco de perda da ação judicial.

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 77

Existem ainda R$138.576 relativos a processos movidos por terceiros contra a Instituição que a assessoria jurídica classifica como de perdas possíveis. (g) Outros (i) Em 29 de setembro de 2000, o Banrisul recebeu autuação imposta pelo Banco Central do Brasil em conexão com processos administrativos abertos por aquela Autoridade Monetária, relativamente a supostas irregularidades cometida em operações de câmbio entre 1987 e 1989. Em deliberação administrativa de segunda instância, foi determinado ao Banrisul o pagamento de multa equivalente a 100% do valor das operações supostamente irregulares, decisão essa que está sendo contestada judicialmente por sua Administração, que de forma preventiva e atendendo aos requisitos do Bacen, decidiu pela constituição de provisão para possíveis perdas no montante de R$120.538. (ii) Notificação fiscal de débito do INSS referente a cobrança previdenciária sobre verbas que não possuem natureza salarial e salário-educação classificada como provável pelos nossos assessores e com provisão no montante de R$18.783. 22. TRIBUTOS DIFERIDOS

Em dezembro, o Banrisul possuía Créditos Tributários e obrigações fiscais diferidas de Imposto de Renda e Contribuições Sociais Diferidos sobre diferenças temporárias, demonstrados a seguir: (a) Créditos Tributários

Os saldos de créditos tributários, segregados em função das origens e desembolsos efetuados, estão representados por:

01/01/2011 Constituição Realização 31/12/2011Provisão para Impairment de Ativos Financeiros 360.928 231.753 180.540 412.141 Provisão para Riscos Trabalhistas 48.559 38.257 33.547 53.269 Provisão para Riscos Fiscais 77.384 8.306 257 85.433 Outras Diferenças Temporárias 41.976 3.076 11.748 33.304 Total dos Créditos Tributários

sobre Diferenças Temporárias 528.847 281.392 226.092 584.147 Obrigações Fiscais Diferidas (11.636) (2.717) - (14.353) Crédito Tributário Líquido

das Obrigações Diferidas 517.211 278.675 226.092 569.794

01/01/2010 Constituição Realização 31/12/2010

Provisão para Impairment de Ativos Financeiros 344.322 210.128 193.522 360.928 Provisão para Riscos Trabalhistas 43.730 36.827 31.998 48.559 Provisão para Riscos Fiscais 70.536 10.831 3.983 77.384 Outras Diferenças Temporárias 62.925 1.866 22.815 41.976 Total dos Créditos Tributários

sobre Diferenças Temporárias 521.513 259.652 252.318 528.847 Obrigações Fiscais Diferidas (9.440) (2.295) (99) (11.636) Crédito Tributário Líquido

das Obrigações Diferidas 512.073 257.357 252.219 517.211

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 78

(b) Obrigações Fiscais Diferidas

Os saldos da Provisão para Imposto de Renda e Contribuições Sociais Diferidos estão representados por:

2011 2010Superveniência de Depreciação (13.943) (11.626) Títulos Próprios Disponíveis para Venda (127) (9) Ajuste a Va lor de Mercado dos Títulos para Negociação (283) (1) Total (14.353) (11.636)

Ativos e passivos de imposto diferidos são compensados quando tiver um direito legalmente executável de compensar ativos de imposto corrente contra passivos de imposto, quando impostos diferidos se relacionarem com impostos lançados pela mesma autoridade fiscal. 23. OUTROS PASSIVOS

2011 2010 01/01/2010

Relações Interfinanceiras 5.823 9.798 10.739 Relações Interdependências 211.069 169.862 149.932 Provisão para Pagamentos a Efetuar (*) 352.599 314.918 312.181 Outras Obrigações 292.254 272.805 233.114 Total de Outros Passivos 861.745 767.383 705.966

(*) Provisão para pagamentos a efetuar refere-se principalmente a valores provenientes de aquisição de bens e serviços e outras despesas administrativas cujo pagamento, em virtude de prazo legalmente ou contratualmente previsto, ocorrerá em períodos futuros. 24. OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA O Banrisul é o principal patrocinador da Fundação Banrisul de Seguridade Social, que tem como principais objetivos a complementação de benefícios assegurados e prestados pela Previdência Social aos funcionários do Banrisul, da Banrisul Serviços, da própria Fundação e da Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul - Cabergs, assim como a execução de programas assistenciais promovidos por seus mantenedores. A partir de 6 de julho de 2009 foi aprovado um novo plano de benefícios de aposentadoria, denominado Banrisulprev, que passou a ser oferecido aos empregados não associados ao Plano de Benefícios I. Esse novo plano, do tipo “contribuição variável”, entrou em funcionamento em novembro de 2009. A partir da sua implantação, o Plano de Benefícios I foi fechado para novas adesões. Para a execução de seus objetivos, a Fundação recebe contribuições mensais dos patrocinadores e de seus participantes, calculadas com base na remuneração mensal dos funcionários e dos seus assistidos. O montante das contribuições do Banrisul no exercício totalizou R$12.336 (2010 – R$11.761), correspondendo, em 31 de dezembro de 2011, a 3,17% (2010 – 3,51%) sobre a folha mensal dos salários de participação dos empregados e foi imputado às despesas operacionais.

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(a) Plano de Benefícios I - Os benefícios assegurados por este plano, na modalidade de ”benefício definido”, abrangem aposentadoria, pensão por morte, auxílio doença, auxílio reclusão, auxílio funeral e abono anual. A contribuição normal do participante ativo corresponde a uma importância mensal equivalente ao produto da aplicação das seguintes taxas: (i) Um percentual geral fixado em 3% (três por cento) aplicável ao salário de participação;

(ii) Um primeiro percentual adicional igual a 2% (dois por cento), aplicável ao excesso (se existir) do salário de participação sobre a metade do maior salário de benefício da Previdência Social; e

(iii) Um segundo percentual adicional igual a 7% (sete por cento), aplicável ao excesso (se existir) do salário de participação sobre o maior salário de benefício da Previdência Social.

Relativo a este plano, o Banrisul possui parcela remanescente de dívida contratada no montante de R$64.428 em 31 de dezembro de 2011 (2010 – R$63.054) registrado na rubrica Outros Passivos (Nota 23). Esta dívida é paga acrescida de juros de 6% a.a. e atualizada pela variação do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI, através de atualizações e pagamentos mensais, e com prazo final em 2028. O valor atual de obrigações de planos de pensão de beneficio definido é obtido por cálculos atuariais, que utilizam um conjunto de premissas econômicas, financeiras e biométricas. Entre as premissas usadas na determinação do custo (receita) líquido para esses planos, está a taxa de desconto. Quaisquer mudanças nessas premissas afetarão o valor contábil das obrigações dos planos de pensão. O Banrisul determina a taxa de desconto apropriada ao final de cada exercício, observando os princípios estabelecidos nos parágrafos 76-81 da IAS-19, e esta é usada para determinar o valor presente de futuras saídas de caixa estimadas, que devem ser necessárias para liquidar as obrigações de planos de pensão. Ao determinar a taxa de desconto apropriada, o Banrisul considera as taxas de juros de títulos do Tesouro Nacional, sendo estes denominados em Reais, a moeda em que os benefícios serão pagos, e que têm prazos de vencimentos próximos dos prazos das respectivas obrigações. Outras premissas importantes para as obrigações de planos de pensão se baseiam, em parte, em condições atuais do mercado. A avaliação atuarial dos benefícios pós-emprego relativo ao Plano de Benefícios I apresentava o seguinte resultado:

2011 2010 01/01/2010Valor Presente das Obrigações Atuariais (3.136.522) (2.787.358) (2.301.202) Valor Justo dos Ativos do Plano 2.758.557 2.636.530 2.491.893 Perdas Atuariais não Reconhecidas 436.516 150.828 - Ativo Atuarial 58.551 - 190.691

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 80

A movimentação na obrigação do benefício durante o exercício é demonstrada a seguir:

2011 2010Em 1° de Janeiro 2.787.358 2.301.202 Custo do Serviço Corrente 23.470 19.780 Custo Financeiro 290.349 253.249 Perdas (Ganhos) Atuariais 206.788 365.909 Benefícios Pagos (171.443) (152.782) Em 31 de Dezembro 3.136.522 2.787.358

A movimentação do valor justo dos ativos do plano de benefício no período apresentado é a seguinte:

2011 2010Em 1° de Janeiro 2.636.530 2.491.893 Retorno Esperado sobre os Ativos do Plano 340.498 300.428 Ganhos (Perdas) Atuariais (77.974) (34.119) Contribuições do Empregador e Empregados 30.946 31.110 Benefícios Pagos (171.443) (152.782) Em 31 de Dezembro 2.758.557 2.636.530

Custo do plano de pensão líquido do período:

2011 2010Custo dos Serviços Correntes 23.470 19.780 Custo Financeiro 290.349 253.249 Retorno Esperado sobre os Ativos do Plano (*) (340.498) (300.428) Contribuição dos Empregados (21.969) (20.817) Saldo em 31 de Dezembro (48.648) (48.216)

(*) O retorno real sobre os ativos do plano foi de R$262.524 (2010 – R$266.309). (b) Banrisulprev - Os benefícios assegurados por este plano, na modalidade de “contribuição variável”, abrangem benefícios com características de contribuição definida, que são a aposentadoria normal, aposentadoria antecipada e auxílio funeral, e benefícios com características de benefício definido, que são aposentadoria por invalidez, benefício proporcional, auxílio doença, abono anual, benefício mínimo e pensão por morte. A contribuição normal do participante é composta de três parcelas: (i) Parcela Básica: 1% aplicado sobre o salário de participação; (ii) Parcela Adicional: pode variar entre 1% e 7,5% aplicado sobre a parcela do salário de participação que exceder a 9 (nove) unidades de referência; e

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 81

(iii) Parcela Variável: percentual aplicado sobre o salário de participação, determinado anualmente pelo atuário, para cobrir 50% dos custos dos benefícios de risco e das despesas administrativas do plano. Além da contribuição normal, o participante poderá efetuar contribuições facultativas, não inferiores a 1 (uma) unidade de referência, não acompanhadas pelo patrocinador. O Banrisul contribui paritariamente às contribuições normais dos participantes. A avaliação atuarial dos benefícios pós-emprego relativos ao Plano Banrisulprev apresentava o seguinte resultado:

2011 2010 01/01/2010Valor Presente das Obrigações Atuaria i s (1.233) (840) (669) Va lor Justo dos Ativos do Plano 309 121 103 Ganhos (Perda s) Atuaria i s não Reconhecidas 320 132 - Custo do Serviço Pass ado nã o Reconhecido 514 540 566 Passivo Atuarial Líquido (90) (47) -

A movimentação na obrigação do benefício durante o exercício é demonstrada a seguir:

2011 2010Em 1° de Janeiro 840 571 Custo do Serviço Corrente 153 58 Custo Financeiro 82 65 Perdas (Ganhos) Atuariais 312 146 Benefícios Pagos (154) - Em 31 de Dezembro 1.233 840

A movimentação do valor justo dos ativos do plano Banrisulprev no período apresentado é a seguinte:

2011 2010Em 1° de Janeiro 121 5 Retorno Esperado sobre os Ativos do Plano 16 5 Ganhos (Perdas) Atuariais 101 (11) Contribuições do Empregador e Empregados 225 122 Benefícios Pagos (154) - Em 31 de Dezembro 309 121

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 82

Os valores reconhecidos na demonstração do resultado são:

2011 2010Custo dos Serviços Correntes 153 58 Custo Financeiro 82 65 Retorno Esperado sobre os Ativos do Plano (16) (5) Resultado de (Ganhos) Perdas Atuariais, Líquido 2 - Custo do Serviço Passado 26 26 Contribuição dos Empregados (94) (36) Saldo em 31 de Dezembro 153 108

(c) Plano de Saúde, Odontológico e Auxílio Medicamento - O Banrisul oferece planos de saúde, odontológico e auxílio medicamento, através da Cabergs, a seus funcionários ativos e aos aposentados pela Fundação Banrisul. A avaliação atuarial dos planos de saúde, odontológico e auxílio medicamento apresentava o seguinte resultado:

2011 2010 01/01/2010Valor Pres ente das Obrigações Atuaria is (110.598) (129.621) (107.882) Va lor Jus to dos Ativos do Plano 139.176 110.322 92.989 Perdas (Ganhos ) Atuaria is não Reconhecidos (22.943) 4.140 - Ativo (Passivo) Atuarial Líquido 5.635 (15.159) (14.893)

Os efeitos provenientes das avaliações para os períodos de 01 de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2010 foram integralmente compensadas pelo resultado atuarial apurado em 31 de dezembro de 2011. A movimentação na obrigação do benefício durante o exercício é demonstrada a seguir:

2011 2010Em 1° de Janeiro 129.621 107.882 Custo do Serviço Corrente 1.746 1.652 Custo Financeiro 13.690 12.049 Perdas (Ganhos) Atuariais (29.937) 12.358 Benefícios Pagos (4.522) (4.320) Em 31 de Dezembro 110.598 129.621

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 83

A movimentação do valor justo dos ativos do plano de saúde no período apresentado é a seguinte:

2011 2010Em 1° de Janeiro 110.322 92.989 Retorno Esperado s obre os Ativos do Plano 11.111 9.422 Ganhos (Perdas ) Atuaria i s (14.320) 9.211 Contribuições do Empregador e Empregados 21.124 13.673 Benefícios Pagos (8.863) (14.973) Reversão do Fundo Ativo Excedente 19.802 - Em 31 de Dezembro 139.176 110.322

Os valores reconhecidos na demonstração do resultado são:

2011 2010Custo dos Serviços Correntes 1.746 1.652 Custo Financeiro 13.690 12.049 Retorno Esperado sobre os Ativos do Plano (*) (11.111) (9.422) Resultado de (Ganhos) Perdas Atuariais, Líquido (70) - Em 31 de Dezembro 4.255 4.279

(*) O retorno real sobre os ativos do plano foi de perda R$3.209 (2010 - ganho R$18.633). (d) As principais premissas atuariais usadas foram as seguintes:

2011 2010 01/01/2010Taxa de Desconto 10,38% a.a. 10,77% a.a 11,40% a.a.Taxa de Inflação 4,50% a.a. 4,50%a.a. 4,50% a.a.Retorno Esperado sobre os Ativos do Plano

Plano de Benefícios I 13,17% a.a. 13,28% a.a. 12,36% a.a.Plano Banrisulprev 13,34% a.a. 12,01% a.a. 12,39% a.a.Plano Saúde 11,98% a.a. 10,69% a.a. 10,58% a.a.

Crescimentos Salariais Futuros 7,64% a.a. 6,59% a.a. 6,59% a.a.Crescimento dos Custos Médicos 7,64% a.a. 7,64% a.a. 7,64% a.a.Tábua de Mortalidade AT - 2000 AT - 2000 AT - 2000

As premissas referentes à experiência de mortalidade são estabelecidas com base em opinião de atuários, ajustadas de acordo com o perfil demográfico dos empregados do Banrisul. (e) Outros Benefícios de Longo Prazo – Prêmio de Aposentadoria - O Banrisul concede aos seus funcionários um prêmio por aposentadoria que é pago integralmente na data em que o funcionário se desliga da empresa por aposentadoria. Em 31 de dezembro de 2011 a provisão existente para este benefício é de R$88.487 (2010 - R$78.036), considerando os encargos incidentes.

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 84

25. ATIVOS EM GARANTIA Ativos em garantia são bens vinculados a garantia de operações com compromisso de recompra acordados com outros Bancos e para os depósitos de garantia relacionados com a sociedade de bolsas de futuros, opções e outras.

Ativo Passivo Relacionado2011 2010 01/01/2010 2011 2010 01/01/2010

Títulos Mantidos para Negociação (Nota 16) 734.311 527.529 563.002 664.974 527.702 496.834 Títulos Disponíveis para Venda (Nota 16) - 13.039 789.668 - 13.039 789.923 Títulos Mantidos a té o Vencimento (Nota 16) 685.307 910.970 984.393 666.570 770.419 719.740 Devedores por Depós ito em Garantia (Nota 17) 196.336 174.215 167.286 - - - Total 1.615.954 1.625.753 2.504.349 1.331.544 1.311.160 2.006.497

26. PATRIMÔNIO LÍQUIDO (a) Capital Social

O capital social do Banrisul em 31 de dezembro de 2011 é de R$ 3.200.000, subscrito e integralizado, representado por 408.974 mil ações, sem valor nominal, conforme abaixo:

ON PNA PNB TotalQuantidade % Quantidade % Quantidade % Quantidade %

Es tado do Rio Grande do Sul 204.199.859 99,59 2.721.484 76,08 26.086.957 13,02 233.008.300 56,97Fundação Ba nris ul de Seguridade Socia l 449.054 0,22 158.983 4,45 - 0,00 608.037 0,15Insti tuto de Previdência do Es ta do do

Rio Grande do Sul 44.934 0,02 168.612 4,71 - 0,00 213.546 0,05Outros 349.527 0,17 528.108 14,76 174.266.959 86,98 175.144.594 42,83Total 205.043.374 100,00 3.577.187 100,00 200.353.916 100,00 408.974.477 100,00

No exercício de 2011, houve a conversão das ações entre PNA e PNB no montante de 88.172 ações. A Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas, realizada em 29 de abril de 2011, aprovou aumento de capital mediante aproveitamento de Reservas de Lucro, no montante de R$300.000, sem emissão de novas ações, já homologado pelo Bacen. As ações preferenciais não têm direito a voto e têm a seguinte remuneração: Ações Preferenciais Classe A: (i) Prioridade no recebimento de um dividendo fixo preferencial, não cumulativo, de 6% (seis por cento) ao ano, calculado sobre o quociente resultante da divisão do valor do capital social pelo número de ações que o compõem; (ii) Direito de participar, depois de pago às ações Ordinárias e Preferenciais Classe B um dividendo igual ao pago a tais ações, na distribuição de quaisquer outros dividendos ou bonificações em dinheiro distribuídos pela sociedade, em igualdade de condições com as ações Ordinárias e Preferenciais Classe B, com o acréscimo de 10% (dez por cento) sobre o valor pago a tais ações; (iii) Participação nos aumentos de capital decorrentes da capitalização de reservas, em igualdade de

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 85

condições com as ações Ordinárias e Preferenciais Classe B; e (iv) Prioridade no reembolso de capital, sem prêmio. Ações Preferenciais Classe B (i) Participação nos aumentos de capital decorrentes da capitalização de reservas, em igualdade de condições com as ações Ordinárias e Preferenciais Classe A; e (ii) Prioridade no reembolso de capital, sem prêmio. (b) Lucro por Ação

O lucro por ação básico é calculado dividindo-se o lucro líquido atribuível ao acionista do Banrisul pelo número de ações durante o ano. O lucro por ação básico foi calculado conforme tabela a seguir, para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 e 2010.

Lucro Líquido Atribuível aos Acionistas Controladores - Lucro por Ação Básico 2011 2010

Lucro Líquido 934.021 760.031 Lucro Acumulado a ser Distribuído aos Detentores de Ações

Ordinárias e Preferenciais em Bases Proporcionais: Aos Detentores de Ações Ordinárias 467.947 380.779 Aos Detentores de Ações Preferencia i s A 8.929 7.513 Aos Detentores de Ações Preferencia i s B 457.145 371.739

Lucro por Ação Lucro Básico por 1.000 ações (em Reais - R$)

Ações Ordinárias 2,26 1,86 Ações Preferencia i s A 2,44 2,00 Ações Preferencia i s B 2,26 1,86

(c) Reservas

Reservas de LucrosPara

Capital Legal Estatutária Expansão TotalEm 1° de Janeiro de 2011 6.171 192.431 538.080 225.666 956.177 Aumento de Capital Social - - (74.334) (225.666) (300.000) Transferência para Reservas - 45.217 226.087 274.738 546.042 Em 31 de Dezembro de 2011 6.171 237.648 689.833 274.738 1.202.219

Reserva de

Reservas de LucrosPara

Capital Legal Estatutária Expansão TotalEm 1° de Janeiro de 2010 6.171 155.369 425.031 227.738 808.138

Aumento de Capital Social - - (72.262) (227.738) (300.000) Transferência para Reservas - 37.062 185.311 225.666 448.039

Em 31 de Dezembro de 2010 6.171 192.431 538.080 225.666 956.177

Reserva de

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Reserva de Capital refere-se aos valores recebidos pela sociedade que não transitaram pelo resultado, por não se referirem a contraprestação à entrega de bens ou serviços prestados a sociedade. Reserva Legal objetiva aumentar o capital da sociedade ou absorver prejuízos, mas não pode ser distribuída sob a forma de dividendos. Reserva Estatutária terá por finalidade garantir recursos para investimentos e aplicação na área de informática, e está limitada a 70% do Capital Social Integralizado.

Reserva de Expansão tem como finalidade a retenção de lucros para financiar projeto de investimento em capital fixo ou circulante, justificado em orçamento de capital proposto pela Administração e aprovado pela Assembleia Geral. (d) Distribuição de Resultado

O Lucro Líquido do Exercício, ajustado nos termos da Lei n° 6.404/76, terá as seguintes destinações: (i) 5% para constituição da Reserva Legal, que não excederá 20% do Capital Social, (ii) 25% para constituição de Reserva Estatutária, (iii) Dividendos Mínimos Obrigatórios de 25% do Lucro Líquido Ajustado. O lucro restante terá a destinação determinada pela Assembleia Geral.

Em 29 de abril de 2011, em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária foi aprovada a proposta de distribuição de dividendos adicionais para o exercício de 2011, no percentual equivalente a 15% do Lucro Líquido Ajustado, perfazendo o total de 40%.

A política de remuneração do capital adotada pelo Banrisul visa distribuir juros sobre o capital próprio no valor máximo dedutível calculado em conformidade com a legislação vigente, os quais são computados, líquidos de Imposto de Renda na Fonte, no cálculo dos dividendos obrigatórios do exercício previsto no Estatuto Social.

Conforme facultado pela Lei n° 9.249/95 e pela Deliberação CVM n° 207/96, a Administração do Banrisul pagou juros sobre o capital próprio no montante de R$216.988, referente ao exercício de 2011(2010 – R$193.327), imputado aos dividendos, líquido do imposto de renda retido na fonte.

O pagamento destes juros sobre o capital próprio resultou em um benefício tributário para o Banrisul na ordem de R$92.657(2010 – R$81.943) (Nota 14).

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A distribuição dos dividendos e juros sobre o capital próprio está assim representada:

2011 2010Lucro Líquido do Exercício Apresentado em BRGAAP 904.349 741.242 Ajuste

Reserva Legal (45.217) (37.062) Base de Cálculo dos Dividendos 859.132 704.180

Dividendo Mínimo Obrigatório 25% 214.783 176.045 Dividendo Adicional 15% 128.870 105.627

Total dos Dividendos 343.653 281.672

A) Juros sobre Capital Próprio Pagos 216.988 193.327

Ações Ordinárias (R$566,30967 por lote de mil ações) 116.119 102.694 Ações Preferenciais A (R$575,99394 por lote de mil ações) 2.093 1.896 Ações Preferenciais B (R$566,30967 por lote de mil ações) 113.430 100.268 (-) Imposto de Renda na Fonte relativo a Juros sobre Capital Proprio (14.654) (11.531)

B) Dividendos Pagos 60.000 65.000

Ações Ordinárias (R$146,57944 por lote de mil ações) 30.055 32.559 Ações Preferenciais A (R$161,23738 por lote de mil ações) 577 641 Ações Preferenciais B (R$146,57944 por lote de mil ações) 29.368 31.800

C) Dividendos Provisionados 66.665 23.345

Ações Ordinárias (R$162,86347 por lote de mil ações) 33.394 11.694 Ações Preferenciais A (R$179,14982 por lote de mil ações) 641 230 Ações Preferenciais B (R$162,86347 por lote de mil ações) 32.630 11.421

Total de Juros sobre Capital Próprio e Dividendos (A+B+C) 343.653 281.672

27. COMPROMISSOS E OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES (a) Compromissos para Aquisição de Ativos - O Banrisul não possui compromissos para aquisição de ativos contratados na data do balanço, ainda não incorridos. (b) Compromissos com Arrendamento Mercantil Operacional - O Banrisul aluga propriedades, principalmente utilizadas como agências, com base em contrato padrão, o qual pode ser cancelado por sua vontade e inclui o direito de opção de renovação e cláusulas de reajuste, enquadrados no conceito de arrendamento mercantil operacional. O total dos pagamentos mínimos futuros dos arrendamentos mercantis operacionais não canceláveis em 31 de dezembro de 2011 é de R$144.083 sendo R$38.290 com vencimento até um ano, R$92.611 de um a cinco anos e R$13.182 acima de cinco anos. Os pagamentos de arrendamento mercantil operacional, reconhecidos como despesas no exercício totalizavam R$46.377. Os contratos de aluguel mensais serão reajustados anualmente, conforme legislação em vigor, de acordo com a variação do IGP-M. (c) O Banrisul é responsável pela custódia de 479.704 mil títulos de clientes (2010 – 439.491 mil). (d) O Banrisul é administrador de diversos fundos e carteiras, que apresentaram os seguintes patrimônios líquidos:

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2011 2010

Fundos de Investimentos 5.190.678 5.284.694 Fundos de Investimentos em Cotas de Fundos

de Investimentos 117.429 119.164

Fundos de Ações 83.722 132.947

Fundo para Garantia de Liquidez dos Títulos da Dívida Pública do Estado do Rio Grande do Sul 497.382 229.362

Carteiras Administradas 1.242.669 499.414 Clubes de Investimentos 3.813 1.588 Total 7.135.693 6.267.169

Os fundos de investimento administrados pelo Banrisul não são apresentados na demonstração consolidada da posição financeira, já que os respectivos ativos são de propriedades de terceiros. As tarifas e as comissões auferidas durante o exercício pelos serviços prestados a esses fundos são reconhecidos sob a rubrica “Receitas de Tarifas e Comissões” na demonstração consolidada do resultado. (e) A controlada Banrisul S.A. Administradora de Consórcios é responsável pela administração de 135 grupos (122 em 2010) de consórcios distribuídos entre imóveis, motos, veículos e tratores que reúnem 26.881 consorciados ativos (23.382 em 2010). 28. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. mantém relacionamentos comerciais com o Governo do Estado do Rio Grande do Sul e as empresas por ele controladas, Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE, Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN, Companhia de Gás do Rio Grande do Sul – SULGÁS, Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul S.A. – CEASA, Companhia Estadual de Silos e Armazéns – CESA, Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas – CORAG, Companhia Riograndense de Mineração – CRM, Companhia de Indústrias Eletroquímicas – CIEL, Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul – PROCERGS e Caixa Estadual S.A – Agência de Fomento/RS, a seguir demonstradas:

Governo do Estado do Rio Grande do Sul - Em 29 de junho de 2007 foi estabelecido Termo de Convênio de n° 1959/2007, entre o Banrisul e o Estado do Rio Grande do Sul, no qual o Estado assegura ao Banrisul a exclusividade na prestação dos serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal dos servidores ativos, inativos, pensionistas vitalícios e especiais do Poder Executivo (Administração Direta), e dos pensionistas previdenciários (Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul – IPERGS), pelo prazo de cinco anos e mantendo a concessão do canal, pelo Estado, para realização de empréstimos consignados em folha de pagamento. No mesmo Termo de Convênio, devido à reciprocidade na prestação de serviços, o Banrisul libera o Estado do Rio Grande do Sul de qualquer custo associado à prestação dos serviços bancários de arrecadação de receitas e tributos estaduais, débitos em contas correntes, extratos de FGTS e serviços de cobrança de créditos imobiliários.

O Banrisul também é prestador de serviços nos repasses financeiros realizados pelas secretarias quanto à destinação de valores vinculados aos programas sociais e efetua serviços de atualização de dados

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 89

cadastrais de servidores inativos e de detentores de pensões especiais ou vitalícias oriundas da Administração Direta. Esses serviços não são remunerados.

O Banrisul efetua também o pagamento de fornecedores relacionados ao sistema de Finanças Públicas e processa as movimentações relacionadas ao Sistema Integrado de Administração de Caixa – SIAC, responsável por centralizar em conta bancária única as disponibilidades dos órgãos da Administração Direta e Indireta do Estado e suas controladas. Esses serviços não são remunerados.

O Banrisul também efetua para diversas fundações e autarquias outros serviços, de cobrança através de arrecadação e fornecimento de tíquetes/cartão refeição e combustível. Esses serviços geraram, no exercício findo em 31 de dezembro de 2011, receita no valor de R$9.142. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas através do uso do Portal de Compras Pregão On Line e esse serviço não é remunerado.

O Banrisul adquiriu direitos de créditos do FCVS, conforme descrito na Nota 16(f). Em 31 de dezembro de 2011, os créditos estão avaliados pelo valor de custo e acrescidos de rendimentos incorridos até a data das demonstrações financeiras, no valor de R$625.417. Esses títulos foram adquiridos originalmente com deságio e com a troca simultânea da contratação de instrumento de indexador para Selic através de contrato de swap. Em 07 de dezembro de 2010, com o objetivo de simplificar a estrutura dessa operação bem como dos fluxos de caixa gerados nas liquidações as partes aditaram o contrato, cancelando as cláusulas de equalização de taxas, na modalidade swap, e compensando os ajustes a receber apurados até aquela data-base, não impactando no resultado do Banrisul.

O Banrisul possui contratos de arrendamento de imóveis pertencentes ao Estado, que geraram no exercício findo em 31 de dezembro de 2011, despesas no montante de R$1.005.

O Banrisul possui acordo com o Estado de cessão de funcionários, onde o Estado cedeu 11 (onze) funcionários e recebeu 8 (oito) funcionários alocados em Secretarias e Fundações. Os custos com esses funcionários são ressarcidos pelas partes.

Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE - O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados ao pagamento de pessoal e possui contrato de concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento. O Banrisul é também agente arrecadador pelo serviço de arrecadação das contas de consumo emitidas pela CEEE, pelo fornecimento de cartão combustível e, no exercício findo em 31 de dezembro de 2011, foi remunerado em R$3.562 por estes serviços. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas através do uso do Portal de Compras Pregão On Line.

Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN - O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal. O Banrisul é também agente arrecadador das contas de consumo emitido pela CORSAN, pelo fornecimento de cartão combustível e, no exercício findo em 31 de dezembro de 2011, foi remunerado em R$4.083 por estes serviços. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas através do uso do Portal de Compras Pregão On Line.

O Banrisul é interveniente para operacionalizar o fluxo financeiro previsto nos contratos desta companhia junto ao BNDES. Não existem garantias prestadas e/ou remuneração atrelada a estas operações.

SULGÁS, CEASA, CESA, CIEL, CORAG, CRM e PROCERGS - O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal e, com a SULGÁS, a CEASA e a CESA, possui contrato de concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento. O serviço de cobrança escritural emitida por estas Companhias e o fornecimento de tíquetes/cartão refeição e

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 90

combustível também é de responsabilidade do Banrisul e para tanto no exercício findo em 31 de dezembro de 2011, foi remunerado em R$277 por estes serviços. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas através do uso do Portal de Compras Pregão On Line.

A SULGÁS possui ainda aplicações financeiras com remuneração atrelada à variação do CDI, bem como o Banrisul é interveniente para operacionalizar o fluxo financeiro previsto nos contratos desta companhia junto ao BNDES. Não existem garantias prestadas e/ou remuneração atrelada a estas operações.

Caixa Estadual S.A. - Agência de Fomento/RS - O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal e possui contrato de concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento. O serviço de cobrança escritural e o fornecimento de tíquetes/cartão refeição também são de responsabilidade do Banrisul e para tanto no exercício findo em 31 de dezembro de 2011, foi remunerado em R$51 sobre estes serviços. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas através do uso do Portal de Compras Pregão On Line.

O Banrisul possui acordo de cessão de funcionários, onde o Banrisul cedeu 5 (cinco) funcionários. Os custos com estes funcionários são ressarcidos pelas partes.

Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE - O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal e possui contrato de concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento relativos aos funcionários alocados no Rio Grande do Sul, sendo também responsável pelo serviço de cobrança escritural.

Fundação Banrisul de Seguridade Social - Conforme descrito na Nota 24, o Banrisul possui dívida contratada em 31 de março de 1998, relativa a parcela remanescente do déficit atuarial, no montante de R$64.428. Esta dívida é paga acrescida de juros de 6% a.a. e atualizada pela variação do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna – IGP-DI, através de atualizações mensais, com prazo final em 2028.

Para a complementação de benefícios assegurados e prestados pela Previdência Social aos funcionários, o Banrisul contribuiu para a Fundação no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 o montante de R$12.336 conforme descrito na Nota 24. O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento do pessoal bem como de aposentadorias e pensões dos beneficiários da Fundação Banrisul.

A Fundação possui também fundo de investimento exclusivo administrado pelo Banrisul e sobre este serviço, no exercício findo em 31 de dezembro de 2011, o Banrisul foi remunerado em R$305. As aplicações financeiras efetuadas pela Fundação Banrisul junto ao Banrisul são remuneradas com taxas atreladas à variação do CDI.

O Banrisul possui contratos de arrendamento de imóveis pertencentes à Fundação Banrisul, que geraram no exercício findo em 31 de dezembro de 2011, despesas no montante de R$5.519. Cabergs - Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul - O Banrisul oferece benefícios de assistência médica e odontológica a seus funcionários e aposentados pela Fundação Banrisul, que geraram no exercício findo em 31 de dezembro de 2011, despesas no montante de R$22.064.

O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento do pessoal e fornecedores. A Cabergs possui fundo de investimento exclusivo administrado pelo Banrisul e sobre este serviço, no exercício findo em 31 de dezembro de 2011, o Banrisul foi remunerado em

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 91

R$158. As aplicações financeiras efetuadas pela Cabergs junto ao Banrisul são remuneradas com taxas atreladas à variação do CDI.

O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas através do uso do Portal de Compras Pregão On Line e esse serviço não é remunerado.

Todas as transações remuneradas foram contratadas a taxas compatíveis com as praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações.

Fundos de Investimentos e Carteiras Administradas - O Banrisul é administrador de diversos Fundos, Carteiras Administradas e Clubes de Investimentos, que são compostas principalmente por títulos de renda fixa e de renda variável. O Banrisul foi responsável pela realização, como contraparte, das operações compromissadas junto aos fundos administrados. Estas operações foram realizadas em condições de mercado no que se relaciona a prazos e taxas praticadas. A Banrisul Corretora CVMC foi responsável pela realização, como contraparte, das operações de compras e vendas de ações dos Fundos de Ações administrados pelo Banrisul realizadas no exercício. Essas operações apresentaram um volume de R$84.730, e foram realizadas a preço de mercado por meio do pregão eletrônico da BMF&Bovespa. Estas operações incorreram em uma corretagem de R$221.

As transações com controladores e controladas estão demonstradas a seguir:

Receitas (Despesas)2011 2010 01/01/2010 2011 2010

Caixa e Equivalente de Caixa 18.794 18.341 19.864 2.076 1.710 Governo do Estado do Rio Grande do Sul 18.794 18.341 19.864 2.076 1.710

Ativos Financeiros Designados a Valor Justo no Resultado - - 104.247 - (1.321) Governo do Estado do Rio Grande do Sul - - 104.247 - (1.321)

Empréstimos e Recebíveis 4.331 9.829 6.784 1.056 860 Governo do Estado do Rio Grande do Sul 4.331 9.829 6.784 1.056 860

Outros Ativos 18.962 18.231 10.693 - - Governo do Estado do Rio Grande do Sul 18.962 18.231 10.693 - -

Captações com Clientes (282.244) (259.155) (173.662) - - Governo do Estado do Rio Grande do Sul (282.244) (247.656) (156.309) - - Entidades Controladas pelo Estado do Rio Grande do Sul - (11.499) (17.353) - -

Captações no Mercado Aberto (497.382) (229.361) (936.445) (97.541) (111.750) Governo do Estado do Rio Grande do Sul (*) (497.382) (229.361) (936.445) (97.541) (111.750)

Outros Passivos Financeiros 2.840 - - - - Fundação Banris ul de Seguridade Socia l 2.840 - - - -

Outros Passivos (112.358) (87.204) (74.290) (12.444) (10.480) Governo do Estado do Rio Grande do Sul (47.402) (22.896) (15.182) (1.005) (1.095) Fundação Banris ul de Seguridade Socia l (64.956) (64.308) (59.108) (11.439) (9.385)

Total (847.057) (529.319) (1.042.809) (106.853) (120.981)

Ativos (Passivos)

(*) Estas captações são remuneradas a 100% da taxa SELIC. Remuneração do Pessoal-Chave da Administração

Anualmente na Assembleia Geral Ordinária é fixado:

(a) O montante global anual da remuneração dos Administradores, dos membros do Conselho de Administração, dos membros do Conselho Fiscal e dos membros do Comitê de Auditoria, conforme

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Demonstrações Financeiras Completas IFRS 92

determina o Estatuto Social; e

(b) A verba destinada a custear Planos de Previdência Complementar aberta dos Administradores, dentro do Plano de Previdência destinado aos Funcionários e Administradores do Banrisul e controladas.

Em 2011, foi deliberado o valor máximo individual anual de R$403 para remuneração dos Diretores (proventos e gratificações), do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e do Comitê de Auditoria.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2011, as remunerações estão demonstradas a seguir:

Benefícios de Curto Prazo 2011 2010

Proventos 3.213 3.768 Gratificações 67 62 Encargos Sociais 725 899

Total 4.005 4.729

O Banrisul custeia planos de previdência complementar de contribuição definida aos administradores que pertencem ao quadro de funcionários. As contribuições à Fundação Banrisul de Seguridade Social, no exercício, estão demonstradas a seguir: Benefícios Pós-emprego 2011 2010

Plano de Previdência Complementar deContribuição Definida 18 22

O Banrisul possui seguro de responsabilidade civil para os diretores e membros dos conselhos, e pagou prêmio de seguro no montante de R$236. O Banrisul não possui benefícios de longo prazo, de rescisão de contrato de trabalho ou remuneração baseada em ações para seu pessoal-chave da Administração. Outras informações (1) Conforme legislação em vigor, as instituições financeiras não podem conceder empréstimos ou adiantamentos para:

(a) Diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e semelhantes, bem como

aos respectivos cônjuges e parentes até o 2° grau; (b) Pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10%; e (c) Pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de 10%, a própria instituição financeira, quaisquer diretores ou administradores da própria instituição, bem como seus cônjuges e respectivos parentes até o 2° grau.

Dessa forma, não é efetuado pelo Banrisul empréstimos ou adiantamentos a qualquer subsidiária, membros do Conselho de Administração ou da Diretoria Executiva e seus familiares.

(2) Participação Acionária Os membros da Diretoria, do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e Comitê de Auditoria

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possuem em conjunto a seguinte participação acionária no Banrisul em 31 de dezembro de 2011. Ações Quantidade

Ações Ordinárias 9 Ações Preferenciais 228

Total de Ações 237

29. EVENTOS SUBSEQUENTES (1) Aquisição da Bem-Vindo Promotora de Vendas e Serviços S.A. Como parte de movimento estratégico para alavancar canais de relacionamento com clientes, aumentar carteira de crédito e expandir o potencial de distribuição de produtos e serviços financeiros em escala nacional, o Banrisul adquiriu 49,9% (quarenta e nove por cento e nove décimos) das ações de emissão da Bem-Vindo Promotora de Vendas e Serviços S.A. (“Bem-Vindo”), sociedade anônima de capital fechado com sede na cidade do Rio de Janeiro, representando 673.500 ações ordinárias. A MatoneInvest Holding adquiriu o saldo restante das ações tornando-se, juntamente com o Banrisul, sócia da Bem-Vindo na proporção do capital integralizado. O Banrisul e a MatoneInvest Holding firmaram Contrato de Compra e Venda de Ações e Outras avenças, em 13 de março de 2012, no qual contempla, entre outros pontos, cláusulas de Governança, direitos de veto do acionista minoritário, regras sobre a compra e venda das ações, além de outras costumeiras nesse tipo de Contrato. O preço global da Aquisição, a ser pago até 28 de março de 2012, é de R$90.000 (“Preço”), dos quais R$50.000 serão pagos por MatoneInvest Holding e R$40.000 pelo Banrisul. A data do pagamento será adiada caso as due dilligences legal e contábil não sejam concluídas. Adicionalmente, conforme Ata de Assembleia Geral Extraordinária realizada em 13 de março de 2012, foi deliberado aumento do capital social da Bem-Vindo em R$10.000, com emissão de 133.333 ações ordinárias a serem integralizadas até dia 28 de março de 2012, sendo 66.533 ações a serem subscritas pelo Banrisul pelo preço de R$4.990. (2) Emissão de Dívidas Subordinadas Em 26 de janeiro de 2012 o Banrisul concluiu um processo de emissão de títulos de dívidas subordinadas no exterior, com volume total captado de USD 500 Milhões (500 milhões de Dólares Americanos). A liquidação financeira da operação foi efetivada em 02 de fevereiro de 2012 e possui prazo de 10 anos com vencimento em 02 de fevereiro de 2022. O cupom de juros pactuados é de 7,375% a.a., pagáveis semestralmente a partir da data da efetivação. O preço de emissão correspondeu a 99,131%.do valor de face dos títulos vendidos, o que resulta num rendimento efetivo de 7,50% a.a.

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DIRETORIA

TÚLIO LUIZ ZAMIN Presidente

FLAVIO LUIZ LAMMEL

Vice-Presidente

GUILHERME CASSEL IVANDRE DE JESUS MEDEIROS

JOÃO EMÍLIO GAZZANA JOEL DOS SANTOS RAYMUNDO

JONE LUIZ HERMES PFEIFF JULIMAR ROBERTO ROTA

LUIZ CARLOS MORLIN Diretores

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ODIR ALBERTO PINHEIRO TONOLLIER Presidente

TÚLIO LUIZ ZAMIN

Vice-Presidente

ALDO PINTO DA SILVA DILIO SERGIO PENEDO

ESTILAC MARTINS RODRIGUES XAVIER ERINEU CLÓVIS XAVIER FLAVIO LUIZ LAMMEL

FRANCISCO CARLOS BRAGANÇA DE SOUZA OLÍVIO DE OLIVEIRA DUTRA

Conselheiros

WERNER KÖHLER Contador CRCRS 38.534