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6. DESPESA PÚBLICA Despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos (despesas correntes) prestados à sociedade ou para a realização de investimentos (despesas de capital). As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo , através do ato administrativo chamado orçamento público . Exceção são as chamadas despesas extra- orçamentárias. As despesas públicas devem obedecer aos seguintes requisitos: Utilidade legitimidade discussão pública oportunidade hierarquia de gastos 6.2 – CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS 6.2.1 – QUANTO A NATUREZA (Orçamentária e Extra Orçamentária) 6.2.2 – QUANTO A CATEGORIA ECONÔMICA (Corrente e Capital) DESPESAS CORRENTES: aquelas que não produzem quaisquer acréscimo patrimonial. Neste grupo, ainda se subdividem: Despesas de custeio: destinadas à manutenção dos serviços criados anteriormente à Lei Orçamentária Anual , e correspondem entre outros gastos, os com pessoal, material de consumo, serviços de terceiros e gastos com obras de conservação e adaptação de bens imóveis;

Despesa Pública

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6. DESPESA PÚBLICA

Despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos (despesas correntes) prestados à sociedade ou para a realização de investimentos (despesas de capital).

As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo, através do ato administrativo chamado orçamento público. Exceção são as chamadas despesas extra-orçamentárias.

As despesas públicas devem obedecer aos seguintes requisitos:

Utilidade legitimidade

discussão pública

oportunidade

hierarquia de gastos

6.2 – CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS

6.2.1 – QUANTO A NATUREZA (Orçamentária e Extra Orçamentária)

6.2.2 – QUANTO A CATEGORIA ECONÔMICA (Corrente e Capital)

DESPESAS CORRENTES: aquelas que não produzem quaisquer acréscimo patrimonial.

Neste grupo, ainda se subdividem:

Despesas de custeio: destinadas à manutenção dos serviços criados anteriormente à Lei Orçamentária Anual, e correspondem entre outros gastos, os com pessoal, material de consumo, serviços de terceiros e gastos com obras de conservação e adaptação de bens imóveis;

Transferências correntes: são despesas que não correspondem a contraprestação direta de bens ou serviços por parte do Estado e que são realizadas à conta de receitas cuja fonte seja transferências correntes.

Dividem-se em:

o Subvenções sociais: destinadas a cobrir despesas de custeio de instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, desde que sem fins lucrativos;

o Subvenções econômicas: destinadas a cobrir despesas de custeio de empresas públicas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.

DESPESAS DE CAPITAL

São aquelas realizadas de forma direta ou indireta pela Administração Pública, com a intenção de adquirir ou constituir bens de capital que irão contribuir para a produção de novos bens ou serviços, e que, ao contrário das despesas correntes, geram aumento patrimonial, resultante da mutação compensatória em razão da incorporação patrimonial do bem adquirido.

Estas, também se subdividem em:

Despesas de investimentos: despesas necessárias ao planejamento e execução de obras, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente, constituição ou aumento do capital do Estado que não sejam de caráter comercial ou financeiro, incluindo-se as aquisições de imóveis considerados necessários à execução de tais obras;

Inversões financeiras: são despesas com aquisição de imóveis, bens de capital já em utilização, títulos representativos de capital de entidades já constituídas (desde que a operação não importe em aumento de capital), constituição ou aumento de capital de entidades comerciais ou financeiras (inclusive operações bancárias e de seguros). Ou seja, operações que importem a troca de dinheiro por bens.

Transferências de capital: transferência de numerário a entidades para que estas realizem investimentos ou inversões financeiras. Nessas despesas, inclui-se as contribuições, convênios e auxílios.

6.3. GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA

1 - PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS

2 - JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA

3 - OUTRAS DESPESAS CORRENTES

4 – INVESTIMENTOS

5 - INVERSÕES FINANCEIRAS

6 - AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA

7 - RESERVA DO RPPS

8 - RESERVA DE CONTINGÊNCIA

6.4 ESTÁGIOS DA DESPESA

6.4.1 FIXAÇÃO: segundo a doutrina majoritária, entende-se ser uma fase da despesa pois a LRF diz que a despesa é fixada quando da elaboração da LOA.

6.4.2 EMPENHO: Art. 58 da Lei n.º 4.320/64

É o ato emanado da autoridade competente que cria para o Poder Público a obrigação de pagamento. Empenhar uma despesa consiste na emissão de uma Nota de Empenho.Observa-se que o empenho é PRÉVIO.

Os empenhos se subdividem em 3 categorias:

a) Empenhos Ordinários: destinam-se a constituição de despesas cujos valores apresentam-se de forma exata, como ocorre na compra de determinada quantidade de litros de combustíveis. O Pagamento é efetuado em uma única parcela.

b) Empenhos Estimativos: destinam-se à constituição de despesas cujos valores não é possível determinar com exatidão, como ocorre no fornecimento de energia elétrica. Neste caso, tem-se como certo o objeto da contratação, mas em razão da demanda ser variável, não se pode mensurar o quantitativo a ser fornecido.

c) Empenhos Globais: são os cujos valores podem ser conhecidos com exatidão, mas cuja execução necessariamente ocorrerá de forma parcelada, como ocorre nas contratações dos serviços de vigilância ostensiva. Aplicáveis aos serviços de caráter continuado. Os pagamentos serão feitas de forma parcelada, conforme a execução dos serviços.

6.4.3 – LIQUIDAÇÃO

Previsão legal: art. 63 da Lei n.º 4.320/64

Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base documentos comprobatórios do crédito, tendo por fim apurar a origem e o objeto do pagamento, a importância a ser paga e a quem ela deve ser paga a fim de que a obrigação se

extingua. A liquidação terá por base o contrato, o ajuste ou acordo, a nota de empenho e os comprovantes de entrega do material ou da prestação do serviço.

A liquidação, portanto, tem por finalidade reconhecer ou apurar:

a) A origem e o objeto do que se deve pagar;b) A importância exata a pagar;c) A quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.

6.4.4 – PAGAMENTO

Previsão Legal: art. 64 da Lei n.º 4.320/64

É o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga. É o último estágio da despesa e consiste na entrega dos recursos equivalentes à dívida líquida ao credor, mediante ordem bancária ou ordem de pagamento.

7. RESTOS A PAGAR

Consideram-se restos a pagar, ou resíduos passivos, consoante ao art. 36 da Lei n.º 4.320/64 as despesas empenhadas mas não pagas até o último dia do exercício financeiro, ou seja, até o dia 31 de dezembro.

7.1 Classificação

Restos a Pagar Processados: decorrentes das despesas liquidadas, em que o credor cumpriu a sua obrigação, isto é entregou o produto, prestou o serviço ou executou a obra, dentro do exercício. Tem portanto, direito líquido e certo, faltando apenas o seu recebimento.

Restos a Pagar Não Processados: decorrentes das despesas não liquidadas ou aquelas que dependem da prestação do serviço ou fornecimento de material, ou seja o direito do credor ainda não foi apurado. Representam-se portanto as despesas não liquidadas.