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Outubro de 2012 1 Outubro de 2012 | Ano II | nº 14 O dia a dia do produtor rural www.diariodafazenda.com.br | Imperatriz/MA TIAGO SAMPAIO Maranhão fica sem o reconhecimento de área livre de febre aftosa até 2014 Ministério da Agricultura sinaliza que o reconhecimento nacional deva ocorrer em 2013 e o internacional, somente em 2014

DIÁRIO DA FAZENDA Ed 14

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Jornal Diário da Fazenda - Edição 14

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Outubro de 2012 1

Outubro de 2012 | Ano II | nº 14 O dia a dia do produtor rural www.diariodafazenda.com.br | Imperatriz/MA

TIAGO SAMPAIO

Maranhão fica sem o reconhecimento de área livre de febre aftosa até 2014Ministério da Agricultura sinaliza que o reconhecimento nacional deva ocorrer em 2013 e o internacional, somente em 2014

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2 Outubro de 2012

por Kátia abreu*

A adoção de um novo Código Florestal, processo concluído com a votação de medida provisória com regras

complementares, é um marco político e cultural para o Brasil. Pela primeira vez, tema de tão grande relevância, sobretudo num país de exuberante natureza e inapelável vocação agrícola, é posto à deliberação do Congresso Nacional.

Até então, o país vivia sob a égide de um Código Florestal do tempo do regime militar, editado em 1965, sem qualquer participação da sociedade brasileira. Ao longo das quase cinco décadas posteriores, o Código Florestal foi diversas vezes emendado pela ação solitária da burocracia estatal, sem qualquer audiência ao Congresso ou à opinião pública.

O debate em torno desse tema chegou à sociedade pelo avesso. Grupos de pressão, por meio de organizações não governamentais (ONGs), elegiam os seus vilões - em regra, os produtores rurais - e, em nome do meio ambiente, ditavam as regras. O meio ambiente, no entanto, era mero pretexto para ocultar o que de fato os movia: a guerra comercial pelo mercado mundial de alimentos. Não é casual que as principais ONGs envolvidas sejam estrangeiras - e que não possam sustentar o mesmo discurso em seus países de origem. Napoleão dizia que a um soldado pode-se pedir tudo, menos que se sente sobre sua baioneta. Parodiando-o, podemos dizer que ao produtor rural pode-se pedir tudo, menos que degrade sua própria terra. Portanto, ninguém mais que o agricultor conhece o meio ambiente,

pois dele depende e com ele lida em tempo integral.

O Brasil, antes importador, é hoje um dos maiores exportadores de alimentos. Isso, claro, mexe com os competidores. Daí a estratégia de difamar, injuriar e caluniar o produtor rural. Fala-se muito na existência de uma bancada ruralista no Congresso.

Deixa-se, no entanto, de mencionar a existência de uma bancada antirruralista, com conexões entre os formadores de opinião. Basta ver que, finda a sessão de votação da medida provisória, o senador

Jorge Viana, do PT, manifestou a esperança de que a presidente venha a vetar o que o Senado aprovou. É um integrante de um Poder torcendo para que seu próprio Poder seja negado. A tanto se chegou. E isso numa votação em que apenas três senadores votaram contra o resultado vitorioso.

O principal ponto de discordância no texto foi a redução da largura da faixa mínima de mata exigida nas margens dos rios para médios produtores, de 20 para 15 metros; para os grandes produtores, de 30 para 20 metros.

Participe do Diário da FazendaEnvie sua sugestões de pauta, de entrevistas e artigos para:

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Eventos rurais em alta!ditorialE

Nos últimos anos, Imperatriz tem apresentado um crescimento que chama a atenção de investi-

dores de várias regiões do País. Seja no comércio, indústria ou agropecuária, a cidade desponta como uma locomotiva dessa região maranhense que se diversi-fica economicamente. Puxados por esse

cenário, grandes eventos estão em alta no Maranhão e em todo o Nordeste. Im-peratriz é um exemplo disso. Além das tradicionais Expoimp e Fecoimp, gran-des feiras que acontecem anualmente na cidade, agora, o X Enel - Encontro Nor-destino de Leite - que acontecerá nesse mês aqui em Imperatriz, vem despertar

essa nova vocação da cidade como polo concentrador de negócios e discussões dos temas do campo. A agropecuária da região deve fomentar a vinda, cada vez mais frequente, de eventos ligados ao que se produz no campo, com predomí-nio, claro, da pecuária, pela força que o segmento tem.

Textos e FotosEquipe Diário da FazendaAntonio WagnerDiego Leonardo BoaventuraJames Pimentel

Conselho EditorialMarco A. Gehlen - Jornalista - MTB 132-MS

Contatos:

[email protected](99) 8111.1818/9113.6191www.diariodafazenda.com.br

Distribuído e apoiado porManá Expresso e Sindicato Rural de Imperatriz

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Identidade VisualLuciana Souza Reino

Editoração gráfica, edição e revisãoEquipe Diário da Fazenda

Expediente

Jornal Diário da FazendaAno II, Edição 14, Outubro de 2012Mensal. Distribuição Dirigida.Tiragem: 2 mil exemplaresImperatriz, Maranhão.

Uma publicação mensal da

Jornalista responsávelDiego Leonardo Boaventura - DRT

Os beneficiáriosArtigo

O Diário da Fazenda é parceiro do programa Solo rural, voltado para a agropecuária da região e transmitido

aos domingos, das 9 às 10 da manhã, na RedeTV! Canal 5 de Imperatriz-MA. Assista!

E-mail: [email protected]://www.facebook.com/tvsoloruralhttp://www.facebook.com/soloruralTV

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Outubro de 2012 3

Entrevista

Por Diário da Fazenda

Como o senhor avalia o agronegócio da região?

O agronegócio é importante, agora, eu não acho que o agronegócio tenha uma importância grande na economia de Imperatriz. Tem na de Balsas, na economia do sul do Maranhão, tem até na de Açailândia, pela pecuária, não pela agricultura, mas começa na agricultura, principalmente, do milho. Mas, especificamente, em Imperatriz, a área do município é pequena, têm algumas fazendas, no entanto a agricultura aqui é somente a agricultura familiar.

Quais as políticas de incentivo à agricultura realizadas pelo seu governo?

Nós apoiamos integralmente a agricultura familiar, ajudamos os pequenos produtores, preparamos

anualmente mil hectares no município por meio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Produção, doamos o adubo, a semente, preparamos a terra, e depois compramos a produção.

Como o senhor avalia o impacto do atual Código Florestal no agronegócio regional?

Eu acho que é importante o tratamento ambiental, mas não pode também ter uma rigidez que impeça que o país possa crescer. E o novo código florestal me parece que contempla a proteção ambiental, mas não engessa a produção do país.

O senhor já pode nos dizer o nome do responsável pela pasta de Agricultura nessa nova administração, Zé Fernandes Dantas continua?

Ele tem feito um extraordinário trabalho e nós

vamos avaliar, um novo governo é sempre um novo momento, mas ele tem feito um grande trabalho e tem tudo para continuar.

Na sua opinião, quais as maiores gargalos do agronegócio hoje na região?

Bom, os gargalos são a falta de equipamentos, por isso, é que o município é quem prepara a terra. A falta de financiamento, a falta até de organização e capacitação técnica dos pequenos produtores. Acho que são problemas que devem ser aliviados, retirados, para que essa produção seja maior.

Quais os novos programas o seu governo irá implantar para contribuir com o desenvolvimento da produção de nossa cidade?

Nós vamos procurar cada vez mais ampliar os programas, se hoje nós preparamos mil hectares,

iremos tentar aumentar essas áreas de plantio para que os agricultores produzam mais, vamos também ampliar o programa de compra local, intensificar o uso da merenda escolar com a agricultura familiar e fazer as parcerias com o governo federal e estadual para, assim, conseguir mais apoio e fazer o que a gente já vem realizando. Digo até que o Zé Fernandes, secretário de Agricultura, é o prefeito do interior do município.

Por fim, o que o senhor gostaria de destacar sobre este setor e a relevãncia deste para a cidade?

Gostaria de destacar o

apoio, a proteção a essas pessoas, que estão tanto ajudando a produzir como dando vazão à produção, fazendo com que as pessoas tenham onde colocar sua produção. O município tem feito isso e vamos ampliar, para que eles tenham a garantia que tudo que produzirem seja colocado no mercado. O próprio município participa disso com seus programas que recebe a produção para abastecer a Casa do Idoso, o restaurante popular, os hospitais, as escolas, os programas sociais, o PET e o Pro-jovem. Eles tem a garantia de venda dos seus produtos.

Sebastião Madeira nasceu no dia 29 de dezembro de 1949 no Centro dos Piaus, hoje município de Graça Aranha. Mé-dico, formado pela Universidade Federal do Ceará, tornou--se político filiado ao PSDB do Estado do Maranhão, sendo 4 vezes deputado federal pelo Estado. Em 1º de janeiro 2009, elegeu-se prefeito de Imperatriz com 50,89% dos votos. Pre-

sidiu, também, o Instituto Teotônio Vilela, órgão de formação política do PSDB, no biênio 2006/2007. Nas eleições deste ano, Madeira conseguiu a reeleição com 57,61% dos votos e terá como vice o Pastor Porto, vice-governador na gestão de Jackson Lago. Maderia falou ao Diário da Fazenda sobre o setor rural. Acompanhe!

rePrOduçãO

“Nós vamos continuar apoiando a agricultura familiar”

Madeira: foco na agricultura familiar

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4 Outubro de 2012

Cursos Itinerantes

Diego Leonardo Boaventura

A cidade de Imperatriz recebeu, nos dias 1º e 2 de outubro, o Circui-

to Nacional da Pecuária de Sustentável - evento que está percorrendo o país de Norte a Sul e, até o final de outubro, irá promover vinte cursos nas principais cidades de pecuária tropical. Cada curso tem dura-ção de dois dias e aborda uma sequência de temas envolven-do assuntos ligados à produ-ção de pastagem para bovinos, equinos, caprinos e ovinos. A programação aconteceu no auditório do Sindicato Ru-ral de Imperatriz (Sinrural), nas dependências do Parque

de Exposições, e contou com bom público nos dois dias de curso.

O público alvo do Cir-cuito são pessoas que já são ou desejam ser um empreen-dedor rural e universitários. Entre os assuntos abordados estiveram: a importância da intensificação; o preparo do solo para uma boa formação de pastagem; o manejo de pas-tagem; e os planos de ações a curto, médio e longo prazo. “O projeto está no seu primeiro ano e tem o intuito de levar in-formação para os pecuaristas e universitários sobre mane-jo, adubação, manejo de pas-tagem, sistema rotacionado, controle de plantas daninhas,

recuperaração e reforma pas-tagem, então, aborda pratica-mente todos os assuntos rela-cionados à pecuária, explica o engenheiro agrônomo e repre-sentante da Dow AgroSciences em Imperatriz, Henrique Fan-cio Contin.

Coordenado pelo enge-nheiro agrônomo Wagner Pi-res, especialista em pastagens, pela Universidade do Boi e da Carne, localizada em São Pau-lo, e empresas parceiras como a Dow AgroSciences, o curso tem o objetivo de intensificar a produção pecuária, mas, de maneira sustentável. Segundo o consultor Wagner Pires, para fazer isso é preciso divisão nas fazendas, adubação, con-

t r o l e de invasoras, todas as técni-cas apresentadas durante o

Circuito. “Nós não fizemos o curso com muita carga teóri-ca, mas, sim, com informações práticas, num linguajar bas-tante simples para o produtor poder assimilar. Tivemos aqui gerentes de fazendas, pessoas mais simples sem muito estu-do, porém estão conseguindo pegar. Essa é a filosofia do Circuito Nacional da Pecuária Sustentável”, diz.

O Circuito seguiu de Im-peratriz para Marabá (PA). As inscrições podem ser feitas pelo próprio site do evento (http://www.circuitodapecu-aria.com.br/) e as vagas são limitadas de acordo com a ca-pacidade dos auditórios.

Circuito Nacional da Pecuária Sustentável realizou dois dias de cursos em Imperatriz O Circuito está percorrendo o Brasil levando informação aos produtores sobre o manejo sustentável na pecuária

dIeGO bOAvenTurA

Os cursos são ministrados pelo engenheiro agrônomo Wagner Pires e têm como público empreendedores rurais e universitários

* 16 e 17 de julho – barreiras (GO) * 19 e 20 de julho – São Paulo (SP) * 30 e 31 de julho – rolim de Moura (rO) *2 e 3 de agosto – Cuiabá (MT) *9 e 10 de agosto – vitória (eS) *27 e 28 de agosto – Teresina (PI) *30 e 31 de agosto – Paragomi-nas (PA) *10 e 11 de setembro – Fortaleza (Ce) *13 e 14 de setembro – Campo Grande (MS)

*17 e 18 de setembro – Maringá

(Pr) *1º e 2 de outubro – Imperatriz (MA) *4 e 5 de outubro – Marabá (PA) *15 e 16 de outubro – Maceió (AL) *18 e 19 de outubro – Feira de Santana (bA) *25 e 26 de outubro – uberlân-dia (MG) *30 e 31 de outubro – belo Hori-zonte (MG)

Confira as cidades contempladas pelo Circuito

Nacional da Pecuária Sustentável:

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Outubro de 2012 5

Em 18 de outubro é comemorado o dia do distribuidor de insumos agrícolas e do médico veterinário A lei Nº 12.500, de 2011, homenageia o profissional que fornece produtos, serviços e presta assistência técnica ao agronegócio

Comemoração

Diário da Fazenda

No dia 18 de outubro o distribuidor de Insumos agrícolas e os veteriná-

rios comeram o seu dia. Criada pela lei Nº 12.500, de 2011, a data homenageia o profissional que tem como principal função fornecer produtos e serviços, prestar assistência técnica e ex-tensão rural ao agronegócio, cuidando da melhoria da pro-dutividade das lavouras e reba-nhos, além de dedicar esforços para cuidar dos interesses e da satisfação dos produtores.

Segundo estimativas, há mais de 8 mil distribuidores no Brasil. Destes, mais de 1.000 estão ligados à Andav, movi-

mentando cerca de R$ 8 bilhões na última safra agrícola/pecu-ária. Esse resultado representa crescimento médio de 10% em relação ao ano anterior e deve continuar crescendo. Porém, os desafios para as empresas do setor também são crescentes e é preciso buscar caminhos de in-vestimentos em soluções tecno-lógicas que atendam as deman-das do campo de maneira cada vez mais customizada.

De acordo com Marco An-tonio Nasser de Carvalho, presi-dente da Andav, é fundamental para o distribuidor escolher entre continuar comprando e vendendo insumos, como o setor vem fazendo até agora, ou evoluir para apresentar so-

luções aos produtores rurais, agregando valor ao negócio. “O distribuidor de insumos é uma categoria profissional em franca

evolução. E isso é uma necessi-dade, objetivando acompanhar a dinâmica do campo. Os agri-cultores e pecuaristas desejam ser surpreendidos, receber novi-

dades e ter acesso às modernas tecnologias”, complementa Car-valho.

A mudança na forma como os distribuidores de insumos estão se organizando para aten-der e prestar melhores serviços aos produtores rurais contribui para impulsionar o setor de dis-tribuição como um todo, que movimenta por ano mais de R$ 40 bilhões e atua em 60% das transações envolvendo negocia-ção de insumos agropecuários em todo o País.

Pesquisa com produtores rurais identificou que cerca de 20% das vendas de insumos ain-da são concretizadas baseadas apenas no critério preço. Outra parcela de 15% compra é orien-

tada pela marca e 10% pela pres-tação de serviços. Porém, um em cada dois produtores quer tudo isso junto. Para Marco Antonio Nasser de Carvalho, está claro que o distribuidor precisa cres-cer como grupo, oferecendo mais, com força e agilidade para se ajustar aos novos tempos do agronegócio. “O distribui-dor participa de maneira muito efetiva do dia a dia do campo porque é, talvez, o único profis-sional com capacitação técnica e experiência para sugerir ao pro-dutor o insumo mais adequado para atender à necessidade espe-cífica”. Isso faz dele um persona-gem fundamental para o cresci-mento e a continuidade da vida do campo, ressalta o dirigente.

AGed/MA

Adiado

“O distribuidor de insumos é uma

categoria em evolução”

O Ministro de Agricul-tura, Pecuária e Abas-tecimento, Mendes

Ribeiro, enviou comunicado oficial aos governos dos es-tados participantes do Bloco Pecuário do Nordeste - Ma-ranhão, Piauí, Alagoas, Per-nambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, e o leste do Pará - que pleiteavam re-conhecimento nacional este ano e internacional de zona livre de febre aftosa para o ano que vem, informando que o processo será adiado para 2013 (nacional) e 2014 (internacional).

Segundo o documen-to assinado pelo Ministro Mendes Ribeiro, a decisão baseou-se em um novo ca-lendário de avaliação da Or-ganização Mundial de Saúde Animal (OIE), que valida o re-conhecimento internacional, e também para beneficiar os estados do Rio Grande do Norte e Paraíba, que haviam sido retirados do Bloco Pe-cuário por não conseguirem cumprir as metas estabeleci-das para o reconhecimento nacional.

Para o Secretário de Es-tado de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), Cláudio Azevedo, a decisão do Minis-tério prejudica consideravel-mente o Maranhão, visto que o governo do estado, desde

o ano passado, vem se em-penhando em cumprir todas as determinações sanitárias, destacando-se em 1º lugar em todas as auditorias e re-gistrando índices recordes de vacinação contra a febre aftosa. “O Governo do Esta-do, através da Sagrima, sem-pre tratou o reconhecimento como zona livre uma ques-tão prioritária, investindo

recursos, empenhando suas equipes técnicas e garantin-do resultados exemplares para os outros estados. Cum-primos o compromisso que assumimos ao assinarmos o pacto com o Ministério e os demais estados nordestinos. Não podemos aceitar sem protestar que sejamos agora prejudicados porque os Esta-dos do Rio Grande do Norte

e Paraíba não fizeram seu de-ver de casa. Vamos lutar para garantir o reconhecimento nacional ainda em 2012 e tra-balhar para que realmente consigamos o reconhecimen-to internacional pela OIE, em 2013”, afirmou o Secretário da Sagrima.

Azevedo avalia que o Maranhão é o estado mais prejudicado por ter o maior

rebanho entre os estados do Bloco - estimado em aproxi-madamente 7,3 milhões de ca-beças de bovinos e bubalinos -, com vocação principalmen-te para a pecuária de corte. “O Maranhão é o único es-tado brasileiro com rebanho comercial que ainda não tem reconhecimento como zona livre. Os rebanhos dos outros estados, além de serem mui-to menores que o nosso tem vocação de pecuária leitei-ra, sem foco na exportação, como é o nosso caso. O reco-nhecimento de zona livre de febre aftosa, para esses esta-dos, não impactará na eco-nomia como acontecerá no Maranhão, onde os criadores já esperavam ansiosamente pelo reconhecimento nacio-nal ainda este ano, e interna-cional, em 2013”, lamenta o secretário.

De acordo com o Mapa, pelo novo calendário, o reco-nhecimento nacional de zona livre de febre aftosa para os estados do Bloco Pecuário do Nordeste deve acontecer no início de 2013. Em agosto do próximo ano, o pleito do reconhecimento internacio-nal será encaminhado à OIE. A Assembleia Geral do órgão internacional que deliberará sobre o pleito brasileiro está agendada para maio de 2014. (Informações da Sagrima)

MA fica sem reconhecimento de área livre de aftosaTão desejada liberação para exportação de produtos pecuários aos mercados internacionais deve demorar pelo menos mais dois anos

Ministério informou que reconhecimento nacional deve ocorrer no próximo ano e o status internacional ser liberado somente em 2014

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6 Outubro de 2012

Setor Lácteo

ENEL 2012PALÁCIO DO COMÉRCIO

Auditório Master

24/10 18 :00 Solenidade de abertura 19:30 Cenários e oportunidades para produção de leite no brasil - rodrigo Alvim - CnA

26/10 17 :30 Solenidade de encerramento e pré-lançamento do XI eneL

CurSOS: Carga horária 24h: 24 a 26/10

08:00 às 12:00 derivados do leite - Ana Joaquina neta - SenAr 14:00 às 18:00 Centro de Convenções (Cozinha 4)

08:00 às 12:00 bovinocultura do leite - João Carlos de Moura Serra - SenAr 14:00 às 18:00 Sala 1 Parque de exposições de Imperatriz

08:00 às 12:00 bovinocultura do leite - José ramos de Souza - SenAr 14:00 às 18:00 Sala 2 Parque de exposições de Imperatriz

08:00 às 12:00 Silagem - Método de conservação de forragem para alimentação de animais 14:00 às 18:00 bezaliel Furtado - SenAr - Sala 3 Parque de exposições de Imperatriz

08:00 às 12:00 Formação e atualização de laticinista - destinado para queijarias, indústria de 14:00 às 18:00 lácteos e potenciais empreendedores - SenAI Carreta SenAI - Centro de Convenções

evenTOS PArALeLOS

25/10 08:00 às 12:00 Apresentação de trabalhos técnico-científicos - uema/Facimp 14:00 às 18:00 Sala de treinamento 3 - Centro de Convenções

24/10 12:00 Leilão Comercial - SInrurAL Parque de exposições de Imperatriz

25/10 13:30 Concurso de lácteos - Instituto Cândido Tostes/SenAI/SebrAe Centro de ConvençõesCnA

26/10 14:00 rodada de negócios - SebrAe 19:30 Auditório 2 -Centro de ConvençõesCnA

24 de Outubro

PALÁCIO DO COMÉRCIOSala de Treinamento 1

09:00 às 10:00 Automação em laticínios - SenAI10:45 às 12:15 Controles Financeiros na propriedade rural - Junior rosseto14:30 às 16:00 Custos de Produção na propriedade rural - Junior rosseto16:15 às 17:45 Logística de distribuição e produção - As soluções certas para suas necessidades - SenAI

Sala de Treinamento 2

09:00 às 10:00 riscos na aquisição e consumo de leite e derivados não inspecionados - Alessandra Lima - AGed10:45 às 12:15 Painel: Promotoria do consumidor e parceiros no combate à clandestinidade de lácteos na região tocantina - Sandro bíscaro / uFMA / vigilância Sanitária14:30 às 16:00 Qualidade microbiológica e físico química de leite e derivados registrados no serviço de inspeção estadual - Aline brito - AGed16:15 às 17:45 Ações desenvolvidas pelo programa de controle e erradicação de brucelose no MA Sonizete Santana - AGed

Sala de Treinamento 3

09:00 às 10:00 Controle parasitário estratégico do gado leiteiro - Marcos Malacco - Merial Saúde Animal10:45 às 12:15 A seca e seus impactos na produção leiteira - Wilson Araújo da Silva - ueMA14:30 às 16:00 Qualidade da água - da ordenha à indústria láctea - Tatiana Lemos - uFMA16:15 às 17:45 Aproveitamento do soro na indústria láctea - Maria Fontenele - uFMA

Cozinhas

08:00 às 12:00 Leite e derivados na produção de doces e salgados - (Cozinha 1) bia Sales - rosa branca14:00 às 18:00 Programa de controle de qualidade - PAS LeITe (Cozinha1) SenAI 08:30 às 12:30 Fabricação de queijo coalho (Cozinha 2) - SenAr14:00 às 18:00 Fabricação de iogurte (Cozinha 2) - SenAr08:30 às 12:30 Fabricação de queijo minas frescal (Cozinha 3) - SenAr14:00 às 18:00 Fabricação de ambrosia (Cozinha 3) - SenAr

Centro de Convenções

09:00 às 12:00 Oficina de Crédito - SebrAe 14:30 Painel de Mercado - SebrAe

Auditório 1

09:00 às 10:30 Glândula mamária: Morfofisiologia e particularidades da lactação diogo Antônio Silva Santos - ueMA10:45 às 12:15 Mesa redonda: A potencialidade leiteira bovina, caprina e bubalina no Maranhão e no nor-deste - Zinaldo Firmino da Silva - uFMA / Abisai Sousa - ueMA / e. vasconcelos Holanda Jr - eMbrAPA Ce 14:30 às 16:00 Produção e produtividade de rebanhos leiteiros caprinos no Maranhão, nordeste e brasil e. vasconcelos Holanda Jr – eMbrAPA Ce16:15 às 17:45 Produção de leite à pasto pelo sistema agro silvo pastoril -Anísio Ferreira e Marcos Teixeira – eMbrAPA MeIO nOrTe

09:00 às 10:00 Produção de leite a pasto em um sistema intensivo de produção - Anísio Ferreira – eMbrAPA10:45 às 12:15 Como aumentar lucro na produção leiteira com a utilização de tecnologias ambientais Instituto Aequitas14:30 às 16:00 Panorama da questão ambiental no Maranhão - Cesar viana - FAeMA16:15 às 17:45 Irrigação de pastagem - Fernando Campos - eSALQ

Palácio do ComércioSala A

Parque de exposições de Imperatriz07:00 às 09:00 Projeto e educação sanitária para tratadores - Fernanda rolim - AGed

Confira a programação completa do X EnelO X Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados acontece nos dias 24, 25 e 26 de outubro em Imperatriz (MA)

O X ENEL – Encontro Nordestino do Setor Leite e Derivados, que acontecerá no Centro de Convenções de Imperatriz, no período de 24 a 26 de outubro de 2012, é um dos maiores even-tos voltados para a pecuária leiteira na região Nordeste do Brasil. Desde que foi definida a cidade de Imperatriz como local da realização do evento, estão sendo disseminados infor-mações e preparativos sobre a logística no sentido de contar com a participação de todos e a

cidade apresente uma organização perfeita aos visitantes. As atividades previstas de acon-tecer formam um circuito de aproximadamente 100 – entre palestras, oficinas, encontros de negócios, concurso lácteo, dentre outros, que acontecerá simultaneamente em salas/au-ditórios do Centro de Convenções, Palácio do Comércio e Parque de Exposições. Segundo os organizadores, a expectativa é que o Encontro atraia mais de 2 mil pessoas para Imperatriz.

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Outubro de 2012 7

25 de Outubro

CENTRO DE CONVENÇÕES Sala de Treinamento 1

09:00 às 10:00 Trajetória tecnológica da pecuária leiteira na região tocantina enéas n. rocha - Sec. Mun. Meio Ambiente de Imperatriz10:45 às 12:15 A importância das inovações tecnológicas no setor lácteo - daniel noal Moro - FACIMP14:30 às 16:00 normas de produção e qualidade do leite - In 62/2012 Superintendência Federal de Agricultura16:15 às 17:45 A importância da pesquisa e extensão no setor leiteiro do nordeste - Murilo barros Alves FACIMP

Sala de Treinamento 2

09:00 às 10:30 requisitos p/ registro de estabelecimentos de leite no órgão de inspeção oficial Maria de Lourdes borges - AGed10:45 às 12:15 Mastite bovina: Suas causas e complicações no rebanho - Manoel dantas - FAPeMA 14:30 às 16:00 Produção de leite de búfalas eMbrAPA AMAZÔnIA OrIenTAL 15 às 17:45 Ações ambientais responsáveis - SenAI

Cozinhas

08:30 às 12:30 Leite e derivados na produção de doces e salgados - (Cozinha 1) bia Sales - rosa branca14:00 às 18:00 Leite e derivados na produção de doces e salgados - (Cozinha 1) bia Sales - rosa branca 08:30 às 12:30 Fabricação de requeijão (Cozinha 2) - SenAr14:00 às 18:00 Fabricação de queijo minas frescal (Cozinha 2) - SenAr08:30 às 12:30 Fabricação de queijo coalho (Cozinha 3) - SenAr14:00 às 18:00 Fabricação de iogurte (Cozinha 3) - SenAr

14:30 às 16:00 utilização de biodigestor: viabilidade técnica e econômica - Instituto AeQuITAS16:15 às 17:45 Caso de sucesso de adequação tecnológica e formalização das queijarias artesanais SebrAe Ce

Auditório 1

09:00 às 10:30 Mesa Redonda: Melhoramento genético de rebanhos leiteiros, uso da biotecnologia disponível, sua eficiência e enfoque econômico - Marília A. Martins - ueMA / Leônidas Chow - ueMA10:45 às 12:15 Produtividade dos rebanhos bubalinos leiteiros e derivados do leite bubalino Gustavo Angelo Crudelli - unne ArG14:30 às 16:00 Planejamento nutricional para grandes e pequenos ruminantes leiteiros nos períodos seco e chu-voso- Alex Teixeira - eMbrAPA MG16:15 às 17:45 Tendências do mercado laticinista: cuidados higiênico-sanitários na cadeia produtiva do leite, anormalidades e propriedades do leite - Shielbert Santos - vyza Maranhão

09:00 às 10:00 A competitividade da bacia leiteira no município de Imperatriz - Antônio Jorge - FACIMP10:45 às 12:15 nova experiência em assistência técnica - Marcelo Martins - Superint. SenAr GO14:30 às 16:00 Gestão da pecuária leiteira - Zinaldo F. da Silva - uFMA16:15 às 17:45 experiências de sucesso: Oportunidades e alternativas na produção leiteira - Palate e novilhas leiteiras- José Paulino Siqueira - PALATe

Palácio do Comércio

Parque de exposições de Imperatriz07:00 às 09:00 Projeto e educação sanitária para tratadores abordando: brucelose- Sonizete Santana AGed

Sala de Treinamento 3

Sala A

Auditório Master

18:00 Painel: Clima tropical - diferencial do brasil para uma produção leiteira competitiva - Artur ChinelatoeMbrAPArecuperação de pastagens degradadas a partir da adoção de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta Marcos Teixeira - eMbrAPA MeIO nOrTe

26 de Outubro

CENTRO DE CONVENÇÕES Sala de Treinamento 1

09:00 às 10:00 Alternativas para aumentar a produtividade na atividade leiteira rafael Heringer - MSd Saúde Animal 10:45 às 12:15 A importância do marketing no agronegócio do leite - Josiano César - FACIMP 14:30 às 16:00 A importância do cooperativismo - Antônio Morais 16:15 às 17:45 Gestão em negócios familiares rurais - Larlô nascimento e ronei Chagas - FACIMP

Sala de Treinamento 2

09:00 às 10:30 energias renováveis e eficiência energética na indústria láctea - SenAI 10:45 às 12:15 Oportunidades com os projetos de investimentos da região tocantina rose Mary - FAMA 14:30 às 16:00 Pastejo rotacionado - Wanderlan Parreão de Moura 15 às 17:45 uso e análise tacógrafo no transporte de leite e derivados - Adcilde Ferreira - SeST SenAT

Sala de Treinamento 3

09:00 às 10:30 O programa Amazônia eco-láctea - Almir vieira Silva - uFrA 10:45 às 12:15 novos enfoques na inseminação artificial - edgar rodrigues - AbS 14:30 às 16:00 Custos e benefícios da inseminação artificial na pecuária leiteira - edgar rodrigues - AbS 15 às 17:45 Ações da AGerP na cadeia produtiva do leite Mauro ricardo de Moraes - AGerP MA

Auditório 1

09:00 às 10:30 Mesa Redonda: bubalinos e caprinos no negócio do leite e derivados nonato Corrêa - Assoc. dos Criadores do Maranhão 10:45 às 12:15 Mesa Redonda: Melhorando a eficiência produtiva - A experiência balde Cheio e experiência com bubalinos leiteiros - Zinaldo Firmino - uFMA 14:30 às 16:00 Manejo de ordenha - Marcelo Simão da rosa - IFS MG15 às 17:45 Mesa Redonda: Indústrias lácteas e o mercado de leite e derivados -Lêonidas Chow ueMA

09:00 às 10:30 A importância do leite de cabra: Propriedade e usos eMbrAPA CAPrInO 10:45 às 12:15 diagnóstico da cadeia produtiva da pecuária de leite do estado do Maranhão Alexandre Ataíde – SIndLeITe14:30 às 16:00 variabilidade e mudanças climáticas no nordeste do brasil: Impactos na agricultura Francinete Lacerda - IPA 16:15 às 17:45 Programa balde Cheio e oportunidades de negócios na bacia leiteira do MA e AL Junior rosseto e Sidnei bezerra

Parque de exposições de Imperatriz07:00 às 09:00 Projeto e educação sanitária para tratadores abordando: Ordenha higiênica do leite -AGed

Sala APalácio do Comércio

08:00 às 12:00 Leite e derivados na produção de doces e salgados - (Cozinha 1) bia Sales - rosa branca14:00 às 18:00 Leite e derivados na produção de doces e salgados - (Cozinha 1) bia Sales - rosa branca 08:30 às 12:30 Fabricação de ricota (Cozinha 2) - SenAr14:00 às 18:00 Fabricação de bebida láctea(Cozinha 2) - SenAr14:30 às 17:30 Programa de alimentos seguros para indústria

Cozinhas

Auditório 2

09:00 às 12:15 Painel: A experiência de Pernambuco na regulamentação dos produtos lácteos. regulamentação de produtos lácteos em âmbito municipal - experiência na mesoregião de São João del rei - Moche Fernandes (SebrAe); Adauto Lemos - ePAMIG

O maior evento do leite do Nordeste vai

acontecer em Imperatriz

AnTOnIO WAGner

Profissionalização do setor e discussão de novas tecnologias de produção são uns dos focos do evento

Page 8: DIÁRIO DA FAZENDA Ed 14

8 Outubro de 2012

O berrante é um informativo mensal do:

Reunidos em meados de setembro, os represen-tantes do Sindicato Ru-

ral de Imperatriz, Sabino Si-queira Costa, Karlo Marques e Renato Pereira, juntamente com dirigentes do Sebrae, dis-

cutiram estratégias para a re-alização do X Enel - Encontro Nordestino do Leite - em Im-peratriz (MA). O evento acon-tece em outubro no Centro de Convenções.

Na ocasião, Sabino desca-

tou a importância de o evento atrair as indústrias de outras regiões tradicionais na ativi-dade láctea como forma de disponibilizar aos produtores e visitantes uma mostra do que há de tecnologia de ponta

no segmento, engrandecendo o evento.

Para os dirigentes do Se-brae, o encontro foi positivo para elencar quais empresas e segmentos de outras regiões do país podem ser acionados

para participarem do Enel. Outros pontos discutidos tra-taram da infraestrutura da cidade, como rede hoteleira para receber os visitantes, uma vez que o evento prome-te reunir muitos produtores.

Sinrural e Sebrae discutem o Enel 2012Reunião entre representantes do Sebrae e presidente do Sinrural, Sabino Siqueira Costa, ocorreu em setembro nas dependências do Sinrural

FOTO: dIÁrIO dA FAZendA

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Outubro de 2012 9

Mudança

Diário da Fazenda

O Senado aprovou, no dia 25 de setembro, o projeto de conversão

da medida provisória do Có-digo florestal mantendo as regras vetadas no texto pela presidente Dilma Rousseff. A expectativa do relator, sena-dor Jorge Vianna (PT-AC), é de que esses pontos, ressuscita-dos pela comissão mista que examinou a matéria, sejam novamente vetados.

O senador disse estar “se-guro” em afirmar que a presi-dente pode, sim, aperfeiçoar o texto com algumas modifi-cações que favoreçam mais ao meio ambiente. “Ela pode san-cionar a lei e ao mesmo tempo fazer alguns reparos, alguns pequenos mas significativos ajustes”, prevê. Em votação simbólica, a proposta foi rejei-tada apenas pelos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Roberto Requião (PMDB-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ).

A principal discordância

no texto - de acordo com o lí-der do governo, Eduardo Bra-ga - é a redução da largura da faixa mínima de mata exigida nas margens dos rios, para mé-dios produtores, de 20 para 15 metros. Para os grandes pro-dutores, a exigência mínima de recomposição de mata ci-liar caiu de 30 para 20 metros. O líder também reforça a ex-pectativa de que a presidente deve recorrer novamente aos

vetos, ao afirmar que não exis-te nenhum acordo com os se-nadores para manter na ínte-gra o texto do projeto que eles aprovaram. “Não há acordo aqui para que a presidente não vete, se ela chegar à conclusão de que vetar é necessário, não há nenhum compromisso do pontos de vista da Presidên-cia da República”, informou. Braga alega que a supressão de cinco metros de preservação

pode comprometer o equilí-brio ambiental com prejuízo para o setor agrícola, além de causa um impacto “não reco-mendável” no meio-ambiente.

Mesmo se quisessem, os senadores não teriam como derrubar os itens recupera-dos pela comissão mista. Eles estão engessado pela falta de tempo, uma vez que a MP per-derá a validade no próximo dia 8, se não for aprovada. Outro ponto recuperado no projeto da MP, e rejeitado pelo governo, trata-se da recompo-sição de áreas de preservação permanentes (APPs) menos para imóveis maiores onde houver atividade consolidada anterior a 22 de julho de 2008, em relação ao previsto na MP original. O replantio também poderá ser feito com árvores frutíferas, tanto nas APPs, quanto na reserva legal.

“O novo código não é o dos meus sonhos, mas é um código realista”, constatou o senador Jorge Viana. Como exemplo citou os dispositi-

vos voltados para solucionar os problemas provocados por 40% da agropecuária brasilei-ra, “trabalhadas em áreas que estão em desacordo com a le-gislação vigente”. Disse, ainda, que o novo código não abra espaço para nenhum tipo de desmatamento, “e a discussão e eventuais divergências se re-fere a recomposição daquilo que foi desmatado ilegalmen-te”. “A lei votada agora ela é tão rigida quanto antes, segue sendo uma referência para o mundo”, defende.

Confirmando-se o veto, a presidente Dilma pode recor-rer a três mecanismos para su-prir as brechas deixadas pela supressão do texto: o uso no-vamente de uma MP, o que te-ria de aguardar o início da pró-xima legislatura, em fevereiro: o envio de um projeto de lei ao Congresso, o que estenderia o buraco negro por mais tempo, até ser aprovado nas duas Ca-sas, e um decreto, retomando os pontos vetados na forma desejada pelo governo.

Senado aprova alteração no Código Florestal O texto foi acordado em comissão mista e tem pontos que já foram vetados pela presidente Dilma

A redução da faixa mínima de mata nas margens dos rios é principal discordância no texto

dIvuJGAçãO

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10 Outubro de 2012

Visita e Palestra

Diego Leonardo Boaventura

Convidado pelo Sindi-cato Rural de Impera-

triz, o professor e consultor Adilson Aguiar, especialis-ta em pastagens – da FAZU/Uberaba, Minas Gerais – rea-lizou, nos dias 19, 20 e 21 de setembro, visitas técnicas a algumas propriedades rurais da região e, com os dados que obteve em campo, minis-trou a palestra “diagnóstico da pecuária de corte baseada em pastagens na região de Imperatriz/MA”, mostrando aos produtores a realidade de suas pastagens.

“O objetivo foi fazer um diagnóstico das condições das pastagens dessa região e análise foi motivada pelos próprios pecuaristas que têm enfrentado muitos proble-mas em relação às pastagens, principalmente com a cigar-rinha”, afirmou o professor.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Impera-triz (Sinrural), Sabino Costa, levar este tipo de informa-ção aos produtores rurais da região é fundamental no processo de produção pecuá-ria. “Cada produtor vai fazer a sua avaliação e ver de que forma irá investir para alte-rar o seu processo de plantio e, assim, minimizar os efei-tos das pragas e aumentar a sua produtividade. Este é o grande desafio não somente da pecuária da região Tocan-tina, mas da pecuária nacio-nal”, destacou.

Resultados

Nos três dias de visita, o pesquisador teve a opor-

tunidade de observar sete propriedades da região de Imperatriz e comprovar que as reivindicações dos pro-dutores são pertinentes com relação aos problemas com pragas de pastagens, so-bretudo, com a cigarrinha. Outra preocu-pação dos pe-cuaristas é a grande incidên-cia de plantas invasoras no pasto. Diante disso, o pro-fessor apresen-tou a sua visão como cientista e propôs algumas soluções basea-das em experiên-cias praticadas em outras pro-priedades que enfrentavam esses mesmos problemas.

Perfil

Adilson Aguiar graduou--se em Zootecnia pela Facul-dade de Zootecnia de Ubera-ba, em 1991 e é atualmente professor de Pastagens e Plantas Forrageiras I dos cursos de Agronomia e Zoo-tecnia, e de Zootecnia I e III (Bovinocultura de corte e lei-te), do curso de Agronomia, das Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU). Já realizou estágio nas áreas de bovino-cultura (corte e leite) e ma-nejo de pastagens na Nova Zelândia, visitando centros de pesquisas, universidades, cooperativas, fazendas, e im-plantou projetos nas áreas de manejo de pastagens para bovinos de corte e leite nos Estados de Minas, São Paulo,

Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins e Bahia.

O professor é, ainda, colunista da revista ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu) e vem mostrando a cada edição a forma correta de implantar e manejar a pastagem. Na edi-ção de junho da revista, ele mostra como plantas forra-geiras e animais respondem às pastagens manejadas pelo método de pastoreio e de lo-tação contínua. O artigo pode ser lido na íntegra na edição online da revista (www.abcz.org.br).

De acordo com Sabino Costa, o Sindicato Rural vai continuar buscando especia-

listas, como o professor, com o objetivo de trazer novas tecnologias para o agronegó-

cio da região, setor decisivo para o desenvolvimento do Maranhão.

Especialista analisa as pastagens da região A cigarrinha e plantas invasoras são os principais problemas de pastagem na região de Imperatriz, segundo o mapeamento

O pesquisador visitou sete propriedades da região e apresentou um diagnótico da pastagens locais

19/09• Fazenda Santa Fátima

20/09Manhã• Fazenda Serra Quebrada• Fazenda 4 Lagoas

20/09Tarde• Fazenda Rancho Alegre• Fazenda Bruno Liberato

21/09Manhã• Fazenda Verão Vermelho• Fazenda Chaparral

Roteiro das visitas

dIeGO bOAvenTurA

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Outubro de 2012 11

Diário da Fazenda

O objetivo do segundo ano do Programa Agri-cultura de Baixa Emis-

são de Carbono (ABC) foi cum-prido com folga: com meta de atingir R$ 850 milhões entre julho de 2011 e junho de 2012, os empréstimos chegaram a R$ 1,5 bilhão. Para a nova safra, o Governo Federal espera liberar R$ 2 bilhões para financiar as práticas sustentáveis previstas pela iniciativa.

Os dois primeiros meses da nova safra já apresentam resul-tados expressivos. Do crédito rural destinado ao programa, foram liberados R$ 398,8 mi-lhões em julho e agosto – ou 11,7% dos R$ 3,4 bilhões dispo-nibilizados pelo Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013. O volume é 357% superior ao contratado nos mesmos meses de 2011 (R$ 87,3 milhões).

Na safra 2011/12, foram firmados mais de cinco mil contratos em todo o País. São Paulo, que recebeu R$ 314,2 mi-lhões, foi o estado com o maior valor liberado, seguido por Mi-nas Gerais (R$ 256 milhões), Pa-raná (R$ 188,9 milhões), Goiás (R$ 172,9 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 168,2 milhões). O Mi-nistério da Agricultura, Pecuá-ria e Abastecimento (Mapa) e a

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) aguar-dam as informações sobre es-sas propriedades que obtiveram empréstimos para divulgar os primeiros dados – exceto quan-to à emissão de CO2 equivalen-te, pois o sistema de monito-ramento está sendo finalizado pela Embrapa e deve ser imple-mentado em 2013.

“Quanto mais conhecido

se torna o programa, maiores serão nossas intenções futu-ras. Queremos que toda a verba disponível seja utilizada, mas é necessário que o produtor seja orientado sobre como apresen-tar os projetos para as institui-ções financeiras”, afirmou o mi-nistro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho. Ele se refere ao maior problema para a apro-vação de empréstimos pelos bancos, que é a falta de conhe-cimento técnico para a elabora-ção das propostas.

Uma das estratégias do Mapa é incentivar as unidades da Federação a criarem grupos gestores. Além da elaboração dos planos estaduais de agricul-tura de baixa emissão de carbo-no, esses grupos orientam, por meio de seminários e cursos, o acesso ao crédito a partir da elaboração dos projetos. O tra-balho é feito em parceira com estados e municípios na capaci-

tação dos técnicos para levar as informações ao produtor.

Diminuir a emissão de ga-ses de efeito estufa foi um com-promisso voluntário do Gover-no brasileiro firmado durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-15), realizada em 2009, em Cope-nhagen, na Dinamarca. A pro-posta envolve diversos ministé-rios, como o do Meio Ambiente (MMA) e do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Desde julho de 2011, as práticas financiadas são volta-das para a recuperação de pas-tagens degradadas, integração Lavoura-Pecuária-Floresta, sis-tema de plantio direto, fixação biológica de nitrogênio, plan-tio de florestas e tratamento de dejetos animais. Todas são reconhecidas pela comunidade científica internacional como eficazes para a mitigação de ga-ses de efeito estufa.

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Mapa espera recorde de empréstimos para práticas e produção sustentável Na safra 2012/2013 , o Governo Federal prevê a liberação de R$ 2 milhões para o finaciamento de práticas de produção sustentáveis

O plantio direto e a fixação biológica de nitrogênio são algumas das práticas financiadas

rePrOduçãO

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12 Outubro de 2012