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São Paulo, sexta-feira, 5 de setembro de 2014 Conclusão: 23h40 www.dcomercio.com.br Jornal do empreendedor Ano 91 - Nº 24.201 R$ 1,40 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 4 2 0 1 Página 4 Desconstrução de Marina Ela estava do lado da fraude... do Mensalão... É preciso investigar se Marina fez caixa 2 No futuro e no passado, Lula cai no presente. Ichiro Guerra/Divulgação Margarida Neide/Etadão Conteúdo Kevin David/Estadão Conteúdo Páginas 14 e 15 Poupança, Bolsa e carros dão marcha à ré. Os mestres de obra do PT e PSDB tocam as grandes frentes da empreitada para abalar as bases de Marina Silva. Págs.5a7 Quem aí foi consultado? SP terá 400 km de ciclovias. A implantação apressada do projeto de Haddad movimentou debate na ACSP – entidade que, a exemplo do resto, sequer foi ouvida. Pág. 9 Paulo Pampolin/Hype Soldados ucranianos (esq.) seguem tentando impedir o avanço de tropas russas. O presidente Poroshenko e separatistas podem ordenar um cessar- fogo hoje. Pág. 8 Enquanto o cessar- fogo não vem A californiana Los Angeles brilha ainda mais forte no verão, com seus passeios aos estúdios de cinema, shoppings, praias... Pág. 20 Estrelas no céu, nas calçadas... Rejane Tamoto/DC Gleb Garanich/Reuters Jovens vinicultores reunidos no grupo South Pack fogem da receita tradicional. Pág. 11 Caras novas no vinho australiano UNO agora tem Start&Stop. Pág. 19 Esse desliga e liga sozinho no trânsito Divulgação Montagem de Paulo Zilberman com foto de Milena Aurea/Estadão Conteúdo

Diário do Comércio - 05/09/2014

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Ano 91 - Nº 24.201 - São Paulo, sexta-feira, 5 de setembro de 2014

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Page 1: Diário do Comércio - 05/09/2014

São Paulo, sexta-feira, 5 de setembro de 2014Conclusão: 23h40 www.dcomercio.com.br

Jornal do empreendedorAno 91 - Nº 24.201R$ 1,40

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

24201

Página 4

Desconstr uçãode Marina

Ela estava do lado dafraude... do Mensalão...

É precisoinvestigarse Marina

fez caixa 2

No futuro eno passado,Lula cai nop r e s e n t e.Ic

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Páginas 14 e 15

Po u p a n ç a ,Bolsa e carros dão

marcha à ré.

Os mestres de obra do PT e PSDB tocam as grandes frentes da empreitada para abalar as bases de Marina Silva. Págs. 5 a 7

Quem aí foi consultado?SP terá 400 km de ciclovias. A implantação apressada do

projeto de Haddad movimentou debate na ACSP – e n t i d a deque, a exemplo do resto, sequer foi ouvida. Pág. 9

Paulo Pampolin/Hype

Soldados ucranianos(esq.) seguem tentandoimpedir o avanço detropas russas. Opresidente Poroshenkoe separatistas podemordenar um cessar-fogo hoje. Pág. 8

Enquantoo cessar-fo g onão vem

A californiana Los Angelesbrilha ainda mais forteno verão, com seus passeiosaos estúdios de cinema,shoppings, praias... Pág. 20

Estrelas no céu,nas calçadas...

Rejane Tamoto/DC

Gle

b G

aran

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Reut

ers

Jovens vinicultores reunidosno grupo South Pack fogem da

receita tradicional. Pág. 11

Caras novas novinho australiano

UNO agora temStart&Stop. Pág. 19

Esse desligae liga sozinho

no trânsito

Divulgação

Montagem de Paulo Zilberman com foto de Milena Aurea/Estadão Conteúdo

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10 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 5 de setembro de 2014

... ÀS MÃES PRETASDE EMPREGADAS DOMÉSTICAS...

Milton Mansilha/Divulgação

Lorena da Silva Telles, autora de Liber tasentre sobrados – Mulheres negras no trabalhodoméstico em São Paulo (1880-1920).

A julgar pelos estudos da

historiadora paulistana

Lorena da Silva Telles, 34

anos, certamente a tradição

de contarmos com a excelência das

cozinheiras negras tem a ver com a

escravidão. Lorena, coincidentemente um

nome de sabor senhorial, está lançando,

sob a forma de livro, sua tese de mestrado

defendida junto à USP intitulada Libertasentre sobrados – Mulheres negras no trabalhodoméstico em São Paulo (1880-1920)(Alameda Casa Editorial). Ali ela

demonstra que as mulheres das senzalas,

em boa parte, foram compulsoriamente

encaminhadas para o trabalho doméstico,

dele tornando-se reféns após a abolição

em 1888. Não poderia ser de outra forma,

uma vez que, pela condição social, raras

coisas poderiam aprender a fazer senão

enveredar pelas artes da cozinha; limpar,

lavar e passar ou engomar além de

entreter as crianças dos amos. A pesquisa

mostra que a vida pós-libertação não lhes

mudou nesse aspecto e nem foi fácil. O

salário em torno de 20 mil réis não

permitia sequer pagar um quarto para

morar naquela São Paulo de 48 mil

habitantes. De modo que trabalhavam nas

casas de famílias em troca de comida,

roupa e abrigo; destinando sua merreca

salarial para coisas miúdas. A

investigação também revelou haver uma

rotatividade alta, que Lorena não tem

dúvidas em atribuir ao assédio dos patrões

contra as negras, conforme ocorria nas

relações de casa grande, salvaguardando

que a nova liberdade lhes possibilitava,

pelo menos, mudar de emprego. Esta

informação lhe chegou através do controle

de empregados feito pela polícia da cidade

– cadastro com fins meramente criminais.

Tais circunstâncias contribuíram para

reforçar a desqualificação do trabalho

doméstico que, aliás, é registrada desde

os primórdios das sociedades humanas,

transferindo, naquele Brasil que emergia

dos tempos coloniais, este pouco apreço

às negras em particular. "Essa herança

recaiu sobre as empregadas domésticas

de hoje", esclarece Lorena. "Não é por

acaso que agora, em 2014, estejamos

discutindo os direitos trabalhistas das

empregadas domésticas. Ainda

sobrevive entre nós um resquício da

cultura escravagista."

As escravas libertas que fazem parte

do período estudado por Lorena

também podiam optar em trabalhar

como amas de leite. O serviço consistia

em amamentar bebês das patroas,

prática que também remontava à casa

grande. Tratava-se, na maioria das

vezes, de um capricho estético das

matriarcas, no sentido de preservar o

frescor dos seios das arremetidas de

suas criancinhas. Era um trabalho

melhor remunerado – 40 mil réis – que

ganhou certa aura afetiva e altruística

bem representada pela figura abnegada

da "mãe preta", talvez porque o motivo

real fosse constrangedor. A atividade, a

rigor, deveria causar desconforto aos

corações mais sensíveis. Os anúncios a

respeito publicados nos jornais eram,

por exemplo, cruamente racistas. Dava-

se preferência às mulheres brancas,

leia-se migrantes europeias, entre as

quais as alemãs eram mais

requisitadas. Era uma discriminação

generalizada que, por ironia, informa

Lorena, serviu de argumento para uma

causa nobre: o estímulo ao aleitamento

materno. Por essa época a ciência já

disseminava os benefícios da

amamentação à saúde dos filhos. O

apelo médico para enquadrar as mães

brancas lembrava eventuais malefícios

transmitidos pelo leite das negras.

Portanto, fazia coro ao preconceito.

Lorena entende que existe um véu a

levantar sobre o papel da ama de leite: o

destino dado ao seu filho legítimo. É de

supor que haveria prioridade em favor

do bebê branco, por ser um trabalho

pago, impregnado de pressão social.

"Os efeitos precisam ser mais

examinados", diz ela. O quadro, por

aquilo que apurou até agora, promete

contestar versões consagradas de que

as relações entre bebês brancos e

"mães pretas" transcorriam em boa paz.

Há notícias de condutas hostis das amas

de leite contra, vá lá, seus pequenos

fregueses, desde infanticídios ao

costume de colocarem pimenta no bico

dos mamilos para provocar rejeição.

Este comportamento sugere que o

aleitamento poderia ser induzido ou

imposto à viva força. Adequadamente,

este assunto será tema da futura tese

de doutorado de Lorena.

O Centro de São Paulo para ver e comerArtista cria maquete de prédios com bolachas de diversos tipos, que poderão ser consumidas pelo público. Confira novas exposições no Centro Cultural Banco do Brasil.

José Maria dos Santos

Quem não se julgar,

no mínimo, media-

namente inteligen-

te, não deve visitar

a exposição “Ciclo – Criar com

o que temos”, cuja segunda e

última etapa será inaugurada

amanhã, às 11h, no Centro

Cultural Banco do Brasil, na

Rua Álvares Penteado, no Cen-

tro Velho de São Paulo.

São quatro novas obras que

vêm se somar às 10 já apre-

sentadas aos paulistanos

duas semanas atrás, igual-

mente caracterizadas por

aquele tipo de humor sarcásti-

co e refinado, sobretudo con-

temporâneo, que faria Wood

Allen suspirar de inveja.

Das quatro, certamente a

instalação do chinês Song

Dong, colocada no saguão do

belo edifício neoclássico ergui-

do no início do século XX, pro-

vocará maior alarido. Trata-se

de maquetes do Centro de São

Paulo feitas com biscoitos, as

quais os visitantes poderão sa-

borear primeiramente com os

olhos e depois com a boca.

Sim, poderão ser comidas,

como se faz com um pão de

queijo no café do próprio cen-

tro cultural. Em função dessa

finalidade, Song Dong procu-

rou satisfazer variados gos-

tos, utilizando desde a familiar

bolacha Maria aos diferentes

waffles nos quais se sobres-

saem os de chocolate, que é

uma preferência generaliza-

da. A obra de arte consumiu

cerca de 600 quilos de biscoi-

tos. O trabalho de Song Dong

intitula apropriadamente “Co-

mendo a cidade”.

A segunda peça, que se en-

contra pendurada na facha-

da, é um imenso entrelaça-

mento de câmeras de ar e

pneus batizado pelo autor, o

alemão Michael Sailstorfer,

como “Nuvem de Parede”. A

peça, de ares sinistros, é uma

alusão evidente ao movi-

mento inerente a uma urbe e

sua inevitável poluição. Nes-

te tópico, Sailstorfer passa a

impressão de ter presencia-

do alguma limpeza do leito

do Rio Tietê, pois dali, do ano

de 2011 para cá, já foram re-

tirados mais de 15 mil pneus

velhos.

A terceira nova peça cha-

ma-se “Cabeça de Chiclete”.

Mede cerca de 1,50 metro de

altura e está assentada no pi-

so de mosaico português em

plena esquina da Álvares Pen-

teado com a Rua da Quitanda.

Embora aparentemente enig-

mática, a ideia do artista, o ca-

nadense Douglas Coupland, é

simples: dar uma destinação

prática e higiênica ao chiclete

depois de mascado.

Coupland concebeu, usan-

do a si mesmo como modelo,

uma grande cabeça na qual os

pedestres vão colando seus

chicletes usados, em vez de

emporcalhar as calçadas, pa-

redes ou os baixios de mesas e

outros móveis.

Pudemos constatar que a

coisa funciona. A cabeçona foi

acomodada na quarta-feira

pela manhã. Permaneceu

imaculada por poucas horas,

pois ontem já estava recama-

da, do pescoço ao alto do crâ-

nio, com chicletes das mais

variadas cores.

V íd e o – Finalmente, a últi-

ma das estreantes é a obra “2

216 fitas”, do italiano Loren-

zo Durantini. Como o título

esclarece, consiste em uma

instalação a base de milhares

de fitas de vídeo, que hoje

são peças de museu, ates-

tando, conforme declara o

catálogo “a obsolescência

das mídias”.

Tanto isso é verdade que,

acreditem, um jornalista das

nossas relações, que teve a

casa assaltada recentemente

no bairro do Butantã, viu a du-

pla de ladrões levar o DVD e

desprezar o videocassete pre-

to que servia de suporte.

A parte sua farta criativida-

de, a exposição “Ciclo – C ri a r

Zé Carlos Barretta/Hype

com o que temos” re s u m e

com feliz mordacidade a futili-

dade consumista da socieda-

de contemporânea, como

bem afirma seu curador, o

multiartista Marcello Dantas,

47 anos. “Isso está expresso

nas peças feitas com os obje-

tos do cotidiano, que com-

põem o acervo da exposição”,

afirma. Ele está lembrando

particularmente a obra do

americano Tara Donovan, que

utilizou 700 mil copos de plás-

tico na sua instalação; ou o lus-

tre da portuguesa Joana Vas-

concelos, composto por 20 mil

absorventes femininos; ou a

teia com 100 mil palitos de

dentes do uruguaio Julio Cas-

tagno – conjunto que faz parte

daquela primeira etapa da ex-

posição referida nas primeiras

linhas. “C i c l o”vai até 27 de ou-

tubro, de quarta a segunda fei-

ra, das 9 às 21h.

Haitiano – Um dos recepcio-

nistas da mostra, extrema-

mente atencioso, aliás, aten-

de pelo nome de Diderot – evi-

dente homenagem ao ilumi-

nista francês Denis Diderot

(1713-1784). Ele é haitiano,

chegou ao Brasil há dois anos,

na cauda da já familiar onda

migratória que estamos assis-

tindo. É uma presença con-

temporânea que parece pro-

posital na exposição.

Maquete feita de bolachas do Centro da Capital recebe os retoques finais na montagem que será exposta no CCBB: arte comestível.

SSERVIÇOERVIÇOCentro Cultural Banco do Brasil

(CCBB) – Rua Álvares Penteado,

112 - Centro. Telefone: (11)

3113-3651/3652. Horário de

funcionamento: de quarta-feira a

segunda-feira, das 9 horas

às 21 horas.

Page 3: Diário do Comércio - 05/09/2014

2 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 5 de setembro de 2014

UM SONHO FAZBODAS DE OURO

O eleitor brasileiro, na verdade, já tem mais ou menos fixo na cabeça o que ele q u e r.José Márcio Mendonça

QUEM É ESSEELEITOR

Se existe volatilidadeno atual cenário, este nãoé bem o caso dos eleitores.A metamorfose ambulante

está situada do outrolado, e não na ponta docidadão que vai votar.

Serra começou

a se preparar para

a carreira política,

já pensando um dia

chegar à presidência

da República, quando

ainda comandava

a UNE, nos anos 60,

no início da ditadura.

A POSTURA DOS C A N D I DATO S

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

Se m a na s atrás, quan-

do o Tribunal Supe-

rior Eleitoral divul-

gou um perfil parcial,

porém mais detalhado, dos

142 milhões de brasileiros ap-

tos a votar no dia 3 de outubro

(e cada vez mais provavel-

mente em segundo turno, no

dia 25 do mesmo mês) perce-

beu-se que o eleitorado brasi-

leiro, seguindo as tendências

demográficas e alguns avan-

ços educacionais, está um

pouco mais velho e com esco-

laridade maior. Isso significa

um público votante mais ma-

duro, mais conservador e

com melhores condições de

se definir eleitoralmente,

além de menos sujeito aos sa-

bores da emoção e do puro

marketing eleitoral. (*)

A mais recente pesquisa do

Ibope, que perfilou também a

opinião dos eleitores sobre

alguns temas ligados a valo-

res sociais do País, reforça es-

ta ideia de um eleitor com um

perfil mais moderado do que

costumam pensar alguns

analistas. A saber: (1) Pena

de morte – a favor, 46% ; con-

tra: 49% , não sabe: 5%; (2)

Legalização do aborto – a fa-

vor, 16%; contra, 79%; não

sabe: 5%; (3) Casamentos

pessoas do mesmo sexo – a

favor: 40% / contra: 53% / não

sabe, 7%; (4) Legalização da

maconha – a favor, 17% /;

contra: 70%; não sabe, 4%;

(5) Maioridade penal para 16

anos – a favor: 83% ; contra,

15%/; não sabe, 2%.

Isso explica a razão pela

qual os três principais can-

didatos procuram evitar

tais temas, ao menos na fren-

te do grande público, para

não se comprometer com a

maior parte dos eleitores ou

com seus eleitores preferen-

ciais. Trata-se dos chamados

"campos minados" nos quais

os marqueteiros aconselham

não pisar.

Foi este o escorregão de Ma-

rina Silva, evangélica, quando

precisou mandar, às pressas,

retirar de seu programa de go-

verno – menos de 24 horas

após ser divulgado – as refe-

rências favoráveis à união de

homossexuais e outros temas

ligados à questão LGTB.

Explica também as posi-

ções de Aécio Neves e Dilma

Rousseff em relação ao aborto

e a posição adotada pela pre-

sidente diante de um projeto

que permitia a realização de

cirurgias abortivas no SUS.

Dilma sofreu forte rejeição dos

setores mais religiosos, de di-

ferentes credos, em 2010,

quando menções de sua cam-

panha indicavam apoio à in-

terrupção da gestação em de-

terminadas circunstâncias.

Agora, ela ajustou suas posi-

ções e não parece que vá cair

em outras esparrelas.

Nesse sentido, para não fe-

rir certo público petista, Dilma

evita o tema da maioria penal

aos 16 anos, o tema que tem

maior apoio do eleitorado

(83%). Aécio, ao contrário, por

não ter tantas resistências no

âmbito de seu eleitorado pre-

ferencial, já se declarou a fa-

vor. Existe, inclusive, um pro-

jeto tucano no Senado com

uma proposta nesse sentido.

Aspesquisas Ibope e Da-

tafolha de anteontem

trouxeram algum alí-

vio para Dilma, diante dos ru-

mores de que Marina já esta-

ria à sua frente – deu 37% a

33% no Ibope e 35% a 34% no

Datafolha, um empate técni-

co – e certa decepção para os

marinistas – chama a aten-

ção, segundo alguns analis-

tas para a "volubilidade" do

eleitor brasileiro.

Em um momento este esta-

ria entusiasmado com a "novi-

dade" (no caso, Marina) e em

seguida reflui – e pode até

abandonar totalmente essa

opção, o que não parece que

venha a ser o caso agora.

Citam-se exemplos mais ou

menos parecidos em todas as

outras sucessões, desde o fim

da ditadura militar, em 1989.

Naquela que foi a primeira

eleição direta após a redemo-

cratização, antes de Fernan-

do Collor, estiveram numa on-

da Mário Covas e Guilherme

Afif. Em 1994, até meados da

disputa, a onda era Lula. De-

pois, tiveram seus momentos

de "glória" Roseana Sarney,

Ciro Gomes, e, na última dis-

puta, a própria Marina Silva.

Nenhum vingou, embora to-

dos, em algum momento da

disputa, despontassem como

uma possibilidade.

A volatilidade que está se

vendo agora, acentuada pela

entrada de Marina na disputa,

com um fôlego impressionan-

te, e agora claramente em fa-

se de arrefecimento, seria

mais uma prova dessa "volu-

bilidade" do eleitor. Não é bem

assim, na realidade. O eleitor

tem mais ou menos fixo na ca-

beça o que ele quer. Duas coi-

sas explicam esse vai e vem

nas pesquisas:

Primeiro – o eleitor demora

a se ligar nas eleições. A cam-

panha no Brasil é longa de-

mais, quase interminável, e

ele só começa a tomar conhe-

cimento de candidaturas e

candidatos quando está se

aproximando o dia de ir para

as urnas. Antes, ele apenas

ouviu (se ouviu) falar dos con-

correntes, sem conhecê-los

bem e menos ainda suas pro-

postas. Portanto, ainda não

formou sua opinião, sua con-

vicção. Daí que nessa altura

os votos "firmes", ou seja,

aqueles que os eleitores ad-

mitem não mudar mais, são

bem menores que as inten-

ções de voto que as pesquisas

espontâneas apontam.

Segundo – os candidatos se

apresentam, "maquiados",

ao sabor do que indicam os

marqueteiros e do que apon-

tam as pesquisas a respeito

do interesse e das aspirações

dos eleitores. E mudam rapi-

damente de posição se algu-

mas de suas idéias, nas pes-

quisas internas, não agradam

aos donos dos títulos eleito-

rais – fazem "ajustes" de opi-

nião, de ideias e até de princí-

pios. Se há alguém volúvel

nessa história não é bem o

eleitor. A metamorfose ambu-

lante está do outro lado, não

na ponta do cidadão eleitor.

Por isso é que tantos aca-

bam levando tantos sus-

tos e quebrando a cara.

*(Para ver mais: Um eleitormais conservador? Diário do

Comérc io 06/908/2014 –

h t t p : / / w w w . d c o m e r-cio.com.br/2014/08/05/um- elei-tor-mais - conservador)

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É

J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

EYMAR MASCARO

Na campanha

presidencial de

2010, José Serra

fez uma declaração à

Veja que mereceu

destaque na capa da

revista, mexeu com o

mundo político no País e

cutucou sem dó os

adversários: "eu me

preparei a vida toda para

ser presidente da

Re p ú b l i c a " .

A declaração do tucano

paulista é absolutamente

real, porque Serra

começou a se preparar

para a carreira política -

pensando um dia chegar

à presidência- quando

ainda presidia a UNE, nos

anos 60, início da era do

chumbo que duraria 20

anos e que o obrigou a se

exilar em vários países.

Serra já perdeu duas

eleições

presidenciais para

candidatos do PT, uma

para Lula e outra para

Dilma Rousseff, mas tem

o exemplo do próprio

Lula, que concorreu e

perdeu quatro vezes à

presidência antes de se

eleger pela primeira vez,

em 2002. Serra está

namorando a legenda

presidencial do PSDB

para 2018, o que nunca

foi uma boa notícia para

Aécio Neves.

Não interessa a ele a

vitória de Aécio: se

eleito em 2014, o mineiro

será o candidato natural

do partido à reeleição

em 2018, deixando o

tucano paulista sem a

oportunidade de obter a

terceira candidatura ao

Planalto pelo PSDB.

Hoje, Serra está assim,

ó, com Marina Silva e

espera pelo Ministério da

Saúde, caso a ex-ministra

ganhe a eleição. José

Serra não é o único

tucano em São Paulo a

sonhar com a legenda do

partido em 2018: o

desejo de Geraldo

Alckmin é se reeleger

governador em outubro

para fincar seu nome

entre os presidenciáveis

daqui a quatro anos.

Atradição nas eleições

de presidente no

Brasil é que todo

governador paulista

acaba sendo um

candidato em potencial

ao Palácio do Planalto,

como servem de

exemplos Adhemar de

Barros e Jânio Quadros.

Também para Alckmin -

que já tentou ser

presidente uma vez e

perdeu a eleição para

Lula- a vitória de Aécio

seria um pesadelo.

É outra má notícia para

Aécio. Se perder a eleição

em 2014, Aécio vai lutar

para ser candidato à

presidência outra vez em

2018. Então, serão três

tucanos guerreando pela

legenda do partido: vai

ser um Deus nos acuda.

Asituação eleitoral de

momento de Aécio

Neves decepciona o

PSDB, porque ele está

segurando a lanterninha

nas pesquisas e teria

dificuldade de superar a

votação de Dilma

Rousseff ou Marina Silva

para chegar ao 2º turno.

Também a posição de

Dilma não é nada

confortável: ela está

numa sinuca de bico e

corre sério risco de

perder a eleição para

Marina Silva. Resumindo:

se a eleição fosse

realizada agora, as

chances de Aécio e Dilma

sairem vitoriosos seriam

reduzidas. E, se Aécio não

se recuperar nos 30 dias

que faltam para a eleição,

o 2º turno será decidido

entre duas pupilas de

Lula, Dilma e Marina.

Oengajamento da

mídia na campanha

de Aécio Neves chegou a

prejudicar o candidato.

Ele acabou acreditando

em tudo que era escrito

nos jornais e revistas

e no que era dito nos

comentários feitos

sobretudo no rádio.

Em verdade, o tucano

jamais ameaçou a

liderança de Dilma – e

agora de Marina nas

pesquisas. As revistas,

por exemplo, eram

feitas para agradar o

tucanato nos fins de

semana, com exceção

da revista Carta Capital.

EYMAR MA S C A RO É

J O R N A L I S TA E C O M E N TA R I S TA

POLÍTICO

PresidenteRogério Amato

Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.

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FALE CONOSCO

Fundado em 1º de julho de 1924

SXC

Com ética e elegância, Aécio Neves,

duela com suas oponentes. É o que se

deve esperar de um autêntico

democrata, capaz de dirigir um país da

dimensão do Brasil. De Marina

também não se pode dizer o contrário:

ela procura argumentar com lógica e

elegância, como convém a uma

postulante ao mais alto cargo da

nação. Já Dna. Dilma, santo Deus,

quanta truculência! Nos debates ou no

horário gratuito ela demonstra o

quanto é capaz de fazer o diabo para

continuar no poder, o quanto despreza

o eleitor, distorcendo a realidade com

dados incorretos a seu favor e

denegrindo seus adversários, tratados

como inimigos. Se há algum perigo

este não é representado por Marina

Silva, mas pela continuidade deste

tipo de autoritarismo, falta de ética e

moral rasteira que a cada dia se revela

no caráter desta "presidenta" e que

pretensiosamente, porque

despreparada, insiste

em continuar no poder.

Para ser um governante, é

preciso ter, antes de mais

nada, algo importantíssimo a ser

transmitido à alma do eleitor:

dignidade.

Eliana França Leme- São PauloTirar o PT do poder é prioridade, mas

com Marina o PT não sai inteiramente

do poder...assim como o PT nunca saiu

de dentro de Marina.

Mara Montezuma Assaf- São Paulo

Page 4: Diário do Comércio - 05/09/2014

sexta-feira, 5 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3

Quando uma criança mata

SERÁ QUE AÉCIO ENTREGA A RAPADURA ?

Reprodução

CRIANÇAS ENVOLVIDAS EM ACIDENTES ÑÃO ENTENDEM SEU PAPEL NA CENA.

O que aconteceu a essa criançafez com que ela mergulhasse

fundo no terror daexistência. Clichês

rapidamente administrados nãoajudam, muito menos curam.

NEIL

voto nuloFerreira

GREGORY ORR

Quando eu tinha 12

anos de idade, ma-

tei um irmão menor

em um acidente de

caça perto de nossa casa no in-

terior do estado de Nova York.

Regressei a essa lembrança

nesta semana, quando li sobre

o que aconteceu à menina de

Nova Jersey que perdeu o con-

trole de uma submetralhado-

ra em um campo de tiro perto

de Las Vegas, matando seu

i n s t r u t o r.

Não tenho um argumento

político a oferecer –e muito do

que li indica que as pessoas se

agarram às suas opiniões in-

dependentemente dos argu-

mentos que lhes são ofereci-

dos. Mas realmente me pego

imaginando se o que passei há

tantos anos pode me revelar

alguma coisa sobre o que ela

está passando ou vai passar.

Ela e tantas outras crianças

que de repente se encontram

vivendo as consequências de

um acidente fatal e tentando

compreender a participação

delas no ocorrido.

Aprimeira coisa que eu

diria é: elas não conse-

guem. Não conseguem

compreender ou lidar com o

sofrimento que surgiu em sua

vida e na vida daqueles que as

cercam. Isso é certo: a criança

passou por algo que não está

preparada para compreender.

E a criança não é somente uma

testemunha dessa cena, mas

está no assustador centro de-

la, segurando a arma.

Eu estava chegando à ado-

lescência. Era apenas um me-

nino participando de um ritual

americano popular: caçar, dis-

parar uma arma. E caçar, dis-

parar uma arma, é ter a imagi-

nação cheia de fantasias de

poder. Um acidente fatal ridi-

culariza essas fantasias, dei-

xando seu azarado criador ex-

posto à mais profunda casua-

lidade da vida e ao fato de que

muito do que vivemos está

além do nosso controle.

É como se o mundo que ha-

bitamos (no meu caso, um

campo do interior; no dela, um

campo de tiro) de repente se

revelasse como apenas um

cenário, com um daqueles pa-

nos de fundo antigos pinta-

dos, e o seu ato descuidado e

violento rasgou um corte no

cenário. O "acidente" o visi-

tou. "Acidente" é um termo

inócuo e útil na maioria dos

contextos, mas para a criança

é, de repente, uma palavra as-

sustadora, talvez até mesmo

o nome do deus sombrio e

zombeteiro que rege essa no-

va realidade.

Com o acidente que tirou

a vida do meu irmão, o

meu mundo inteiro mu-

dou, absoluta e profundamen-

te. Sobrevivi, cresci, e talvez

até tenha tido sucesso. Entre-

tanto, nunca me curei. E a mi-

nha sobrevivência foi uma

questão mais de sorte do que

de qualquer outra coisa. Parte

dessa sorte foi descobrir a

poesia, que me sustentou por

toda a vida.

Como escritor, creio que as

palavras possam nos ajudar a

conectar e a fazer sentido das

nossas vidas ao revelar nos-

sos segredos e vergonhas, as-

SXC

sim como nossas alegrias. E,

no entanto, quando tento pen-

sar no que eu poderia dizer pa-

ra essa menina, também pen-

so no perigo das palavras usa-

das como explicação e conso-

lo prematuros.

Eu perdi a (ingênua e con-

vencional) fé religiosa

no dia da morte do meu

irmão, porque um adulto bem

intencionado me garantiu que

o meu irmão falecido já esta-

va, naquele exato momento,

sentado no céu para festejar

com Jesus. Como eu poderia

lhe dizer que o meu irmão ain-

da estava perto de mim, ainda

terrivelmente perto de mim –

que toda vez que eu fechava

os olhos para me afastar do

mundo, eu o via caído sem vi-

da aos meus pés?

É tarde demais para saber

se uma abordagem mais sutil

teria funcionado, mas aqui vai

o meu alerta: o que aconteceu

a essa criança fez com que ela

mergulhasse fundo no terror

da existência. Não pense que

clichês rapidamente adminis-

trados ajudem, muito menos

que curem.

Contudo, não falar sobre o

acontecido também é perigo-

so. O silêncio rapidamente

transforma a culpa em vergo-

nha, e a vergonha cria barrei-

ras de isolamento que podem

ser quase impossível de que-

brar. Eu me preocupo não ape-

nas com a criança, mas tam-

bém com os pais. Uma das coi-

sas mais tristes em minha fa-

mília foi a forma com que meus

pais se refugiaram nas suas

próprias culpas e lamentos de

forma separada, silenciosa-

mente e sem querer, abando-

nando-se mutuamente, assim

como a mim e aos meus ir-

mãos.

Na minha experiência,

quando a lgo ass im

ocorre, as pessoas em

uma família quase sempre es-

tão dispostas a assumir a res-

ponsabilidade e a culpa em

vez de aceitar algo ainda mais

assustador: que acidentes

acontecem; que a pessoa

mais comum entre nós vive

em um mundo de risco e de

aleatoriedade que não contro-

lamos. Às vezes, culpar a nós

mesmos parece mais seguro

do que a compreensão de que

o mundo é um lugar imprevisí-

vel e até mesmo perigoso. Mas

a culpa e a vergonha isolam e

debilitam o espírito humano.

Nessa situação impossível,

espero que o que está sendo

dito à garota não seja apenas

para aliviar as ansiedades dos

adultos face ao horror. E isso

também, como um profundo

anseio da minha antiga vergo-

nha e isolamento: que alguém

maior em quem ela confie, al-

guém que imagina entender

este mundo confuso, a abrace

e a permita sentir o que ela

sente e, de alguma forma,

além das palavras, lhe dê a co-

ragem para suportar o que ela

deve suportar.

GR E G O RY ORR É P RO F E S S O R DE

INGLÊS DA UN I V E R S I DA D E DE

VIRGÍNIA E AU TO R DO L I V RO DE

POEMAS "RIVER INSIDE THE RIVER"THE NEW YORK TIMES NEWS

SE RV I C E /SY N D I C AT E

Antes Scriptum: SairamIbope e DataFalha. Se

eu ligasse pra pesquisas,desanimaria; mas sou

brasileiro e nãodesanimo nunca. (NF)

Aécio convocou

uma entrevista

coletiva pra desmentir

com veemência boatos

que invadiram os jornais e

as "redes sociais", sem fonte

nem origem definidos,

de que renunciaria à sua

candidatura para apoiar

uma das bruxas, Marina,

contra a outra bruxa,

a Dilma, para dar-lhe um

belo pé no bumbum ainda

no 1º turno.

Um grande amigo,

jornalista da maior

importância e respeito, acha

que uma atitude assim do

Aécio, se os boatos se

confirmarem, seria da maior

generosidade e um grande

serviço prestado ao País.

Pode ser, mas não

concordo; não se deve

jogar a toalha e entregar

a rapadura antes que o

último voto seja apurado; aí

sim, se nosso candidato for

o derrotado (será), deve ser

o primeiro a cumprimentar

a vitoriosa, seja ela quem for.

Nossa luta não é briga

de rua, não somos petistas.

Somos zelite, mas às

custas de vidas inteiras de

trabalho duro e honesto,

educando nossos filhos para

a boa luta de ganhar a vida

com o suor do rosto.

Pagamos impostos

escorchantes (o

Impostômetro já chegou

a Um Trilhão!) e nada

recebemos de volta a não

ser mais impostos, pra

sustentar quem não

trabalha, nos rouba e quer

mais. Na bancada da

Papuda, ficou faltando um.

Aécio não pode largar

na mão os 45 milhões

de eleitores da herança do

Serra, por 4 anos órfãos

da oposição que nunca

houve. Agora fofocam que

ficaremos a ver Dilmas e

Marinas levarem a eleição no

bico. Na moleza não, violão!

Este DC deu mais

uma das suas capas

preciosas, as melhores do

jornalismo brasileiro, sobre

o debate do SBT, feito

num horário decente, 18h.

O jornal definiu o debate

como o "Pião vs o Iôiô",

sendo Dilma o Pião, que

gira o tempo todo no mesmo

lugar e Marina o Iôiô,

que sobe desce na mesma

ladainha, também no

mesmo lugar, cada vez

significando significados

diferentes. É muita

enganação pros eleitores

engolirem; mas engolem.

Pois eu já não sou

tão inteligente nem tão

irônico quanto a equipe

do DC. Eu sou pau- pau,

pedra - pedra; pão- pão,

queijo -queijo.

Dou nomes aos bois, pra

poupar suas Exmas. Esposas

de serem confundidas com

outras personalidades

de respeito semelhante e

repito mais uma vez: Dilma

vs Marina é PT vs PT do B,

dilmistas são petistas e

marinistas são petistas do B,

petistas envergonhados.

As duas são farinha do

mesmo saco do Lula.

No debate que tive

a paciência de ver, Dilma

me passou a "persona" da

gerentona, arrogante

e mau humorada. Marina

deu sua costumeira

aula de marketing,

vendendo uma falsa

fragilidade, magrelinha,

coitadinha, pobrinha,

daqui a pouco o vento do

ventilador a leva voando,

como derruba o Neymar,

rolando de falsa fratura

exposta, curada na hora em

que o juiz apita falta. Neymar

engana cada vez menos,

Marina cada vez mais.

AMarina pobrinha tem um

pai pobrinho: mora num

alagado e apareceu no

jornal deitado na rede,

exibindo uma barriga bem

maior do que a minha.

Eleita, tenho certeza de

que vai tirar o pai da

lama. "Imagery is

all, Reality is

nothing". A mim,

ela não engana, é de

maus bofes com seu

radicalismo xiita: foi contra

a única coisa que funciona

no Brasil, o agronegócio e

agora corre atrás de quem

demonizou a vida inteira,

para agradá-lo. O petismo é

uma doença incurável; uma

vez petista, sempre petista.

As duas bruxas agora

trocam vassouradas,

cada uma xingando a outra.

Dilma mandou a vassourada

de que Marina é Collor

e Jânio de saias, talvez

acusando-a de algo mais

grave, que não sei de que

se trata. Dilma esqueceu

que Collor é da sua base

comprada e disputa vaga

no Senado com o apoio dela.

Marina devolveu,

mandando a sua

vassourada, também

chamando Dilma de Collor.

Estranho: Collor apareceu

mais do que Pasadena,

poupada no festival

de vassouradas. Aí tem.

Foi aí que Marina cometeu

um ato falho suicida:

ela, dita representante da

"Nova Política", revelou que

sua biografia de vereadora

a duas vezes senadora e

ministra de Lula (que

a chamou de "Pelé do

Ministério"), nada mais é do

que a Velha Política em

pessoa. Foi profissional

da política a vida inteira,

querendo nos enganar.

Viu o Mensalão de perto e

de bico calado; viu seu

correligionário Tião Viana

despachar haitianos como

lixo humano, de bico calado.

Tenho 71 anos, nunca

faltei a nenhuma eleição,

já fui votar de muletas e subi

as escadas até chegar

à minha zona eleitoral,

carregado por fiscais de

vários partidos, numa

coalizão que me deixou

esperançoso do que seria

possível se os profissionais

da política tivessem nos seus

horizontes pessoais o bem

comum do nosso país e não

uma vaga na Papuda.

Nunca me abstive

de votar, nunca votei em

branco, nunca anulei meu

voto, sempre respeitei

o direito que me foi dado

por muita luta de heróis do

pensamento democrático.

Mas se der as duas bruxas

no 2º turno, como vai dar,

anulo meu voto. Só não colo

no meu carro um adesivo

com a praga judaica "que

cada uma engula a outra e

que as duas se engasguem",

por medo de represália

dos petistas e marinistas.

SEU VOTO SUA ARMA;

ATIRE PARA MATAR.

NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO

Page 5: Diário do Comércio - 05/09/2014

4 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 5 de setembro de 2014

[email protected] 33333 33333

kkkkk

Colaboração:

Paula Rodrigues / Alexandre Favero

MAIS: Dilma Rousseff, emcima da hora, decidiu nãoir. Ainda está com a pres-são do Jornal Nacionalengasgada na garganta.

MISTURA FINA

Fotos: Divulgação

Lula querMeirelles

Nas noitesde Ibiza

333 Paris Hilton, que continuase apresentando em casasnoturnas em Ibiza, Positanoe Saint-Tropez, com grandesucesso, é uma recordista

em postar fotos de sua ação como DJ no Instagram e noTwitter, pilotando as carrapetas nas baladas lotadas. Dequebra, esta semana, resolveu brindar seus seguidoresà base de topless, com um ursinho estratégico. Em outrafoto, aparece com o brasileiro Alvarinho Garnero Filho ea namorada do pai dele, Cristiana Arcangelli (destaque).

Até tornado333 Desde que virou a candidata àPresidência pelo PSB, provocando umterremoto na política nacional, Marina

Silva está ganhando montagens, caricatu-ras e até vídeos nos mais diversos blogs dainternet, a maioria com grande dose de humor.

Dois assessores de seu QG de campanharesolveram ir colecionando todas as versõesda ex-senadora, sozinha ou em situaçõescom seus adversários. Ela reconhece que

sua magreza e seus traços (mesmo sujeitos aexageros) até ajudam. Uma que fez Marina morrer de rir é dopernambucano Miguel, que a transformou num tornado.

Viroudrag

Pela primeira vez desde2002 um presidenciávelnão apareceu no Jornal daGlobo, mesmo sua presen-ça tendo sido confirmada.

333 Quando Dilma Rousseff acenacom mudanças de nomes em seuministério, é um recado aos meiosempresariais que vai derrubarGuido Mantega, da Fazenda e até

transformá-lo em responsável pelo fracasso da política econômica.É tudo o que o mercado financeiro quer, como também os setoresindustriais e de infraestrutura. Há muito meses, Lula quer trocaro comando da economia para Dilma recuperar a confiança dosempresários e sempre defendeu o nome de Henrique Meirelles,que pilotou o BC em seu governo. A presidente sempre resistiu:não tem boas relações com ele, a quem chama, protocolarmente,de Dr. Meirelles (e ele a trata de senhora presidenta).

Farto e indiferente333333333333333 Quem tem acompanhado de perto o cotidiano de Lula esua participação da campanha do PT considera que ele temse movimentado, gravando programas ou participado decomícios, com grande dose de indiferença. Nada empolga oex-chefe do Governo: faz o que tem de fazer, até movido porcerta obrigação. Os mais chegados revelam que ele está fartode tudo, cansado e deixa que marqueteiros e participantes destaff de campanha façam o que bem entenderem. Há meses,conversou com Dilma e disse que gostaria de ser o coorde-nador da campanha – e a candidata-presidente não topou.

“Nossa situação é a de passageiro de um táxi. A corrida é tanto,paga.”

333 Depois de dois anospronto e esperando circuitopara ser exibido, o filme OCasamento de Gorete, dirigidopor Paulo Vespucio Garcia

e com Letícia Spiller, a Gilda da novela Boogie Oogie,vivendo uma drag queen, deverá estrear em novembro. Estasemana, em São Paulo, a mesma Letícia apresentou o filmepara grande grupo de convidados da comunidade LGBT,com direito a muitas drag queens caracterizadas no estilo.Também no elenco Rodrigo Santana, a Valéria de Zorra Total.

Tempos difíceis333 Com a inadimplênciabatendo recordes, levantamentofeito pela internet, na cidade deSão Paulo, junto a fiéis de maisde 50 igrejas católicas, revelaque Santo Expedito, o das“causas urgentes”, é hoje omais procurado, com 30% dapredileção dos entrevistados.Em segundo lugar, Santa Ritade Cássia, das “causas impossí-veis” (19%) e logo atrás, com17%, São Judas Tadeu, das“causas perdidas”. Mais abaixo,com 7%, Santo Antonio: nessecaso, nada de inadimplência.Esse percentual é dominadopor mulheres solteiras. É o“santo casamenteiro”.

OUTRO ÊXODO333333333333333 O número de chinesesricos que estão deixando seupaís de origem está crescen-do muito. Entre os que têmativos avaliados em mais deUS$ 1,6 milhão, 64% delesplanejam ir para o Exterior.Hoje, os emigrantes já sãocerca de 48 milhões. O êxododos universitários também temaumentado. A China é o país deorigem da maior parte deestrangeiros nas universidadesamericanas. Na Inglaterra,eles já aparecem nos cursosde mestrado em quantidadepróxima a de ingleses.

Quase órfãos333 Blogs patrocinados pordeterminados setores dogoverno federal, em forma debanners ou mesmo atravésde consultorias, estão empânico diante da possibilida-de de Marina Silva vencer aseleições. Se acontecer, essesveículos, considerados chapabranca, contarão com apoiofinanceiro por apenas mais doismeses depois das eleições.Muitos, coordenados até porgente conhecida da mídia,estão tentando aditivos emseus contratos, de modo a ficargarantido nos primeiros temposde governo da ex-senadora,se vencer, é claro.

ARREPENDIDO333333333333333 Josué Gomes da Silva,dono da Coteminas e filho dovice-presidente José Alencar,que disputa o Senado peloPMDB de Minas Gerais,amarga 7% nas pesquisascontra 46% do super-favoritoAntonio Anastasia. Aoschegados, confessa-searrependido de sua primeiraempreitada política, paraonde foi empurrado peloex-presidente Lula. Sepudesse, jogaria a toalha.Chegou até adotar osobrenome Alencar, usadopor seu pai, sem nenhumresultado. Na área empresa-rial, quer aumentar a partici-pação do grupo no varejo,duplicando o número de lojasMMartan e Artex que, hoje, jásomam 250 pontos de venda.

Adeus ao sonho333 O conhecido engenheiroPaulo Vieira de Souza, ex-Dersa,que nas eleições presidenciaisde 2010 foi vitima de fogo amigodentro do PSDB (ele foi oresponsável pela maioria dasobras do Rodoanel, em SãoPaulo), começa a achar que seusonho de dirigir o Dnit, órgãodo Ministério dos Transportes,não deverá acontecer. Quemhavia aberto essa perspectiva,caso Aécio Neves vencesseas eleições, foi seu amigo ecandidato a vice-presidente,Aloysio Nunes Ferreira.

SEM DATA333333333333333 Há algumas semanas,Ronaldo Nazário e a namoradaPaula Morais haviam decidi-do terminar o romance que,contudo, acabou ganhandonovo fôlego. Os amigos maischegados, contudo, acreditamque o relacionamento atra-vessa um período complica-do. Todos os planos para ocasamento, que aconteceriaantes do final do ano, “comtrês dias de festa” em Búzios,foram cancelados, bem comoreservas em hotéis de lá paraos convidados. Agora, apenasPaula ainda circula usando aaliança do noivado no dedo.

ROBERTO AMARAL // presidente do PSB, tentando blindar Marina dosproblemas do avião que Campos usava no dia do acidente que o matou.

333 QUANDO venceu, em1990, Fernando Collor conse-guiu eleger 50 deputados enem mesmo esse volume deparlamentares, em meio aos513 que formam o total naCâmara Federal, permanece-ram a seu lado. Antes e depoisda queda de Collor, o famosoPaulo Cesar Farias, repetia queele foi derrubado “por viraras costas ao Congresso”.

333 NA NOVA lista dos 50melhores restaurantes daAmerica Latina da revistaRestaurant, o D.O.M. de AlexAtala cai para o terceiro lugar,São Paulo aparece com seiscasas e o Rio, com apenasduas. A grande surpresa é aclassificação do Fasano de SãoPaulo, comandado por RogérioFasano: aparece em 44º lugar.

333 DILMA Rousseff telefonoupessoalmente para RobertoRequião, do PDMB do Paranáe em segundo lugar naspesquisas para o governodo Estado: queria marcar umato de campanha conjunto,alegando que seu partido éaliado. Requião desconversoue até teria citado a granderejeição da presidente na áreametropolitana de Curitiba.

333 GLEISI Hoffmann, candidatado PT ao governo do Paraná,virou alvo de piada. Ela vinhacobrando o governador BetoRicha (PSDB) por ter se declara-do surpreso com a rebeliãono presídio de Cascavel. Aí, opróprio Richa deu sua versão:“Eu realmente não sabia queia ter rebelião. Ela deve terinformantes no presídio daPapuda e, quem sabe, tambémtenha no de Cascavel”.

333 A EXPOSIÇÃO de design,no Conjunto Nacional, em SãoPaulo, conta com espaço doProjeto Sob Medida, realizaçãoda Escola de Camiseiros eAlfaiates, mantida paraAssociação de Camiseiros eAlfaiates de São Paulo, criadapelo estilista Alexandre Mirkaiquando ocupava a presidên-cia da entidade.

IN OUTh

h

CrocsCoque.

Page 6: Diário do Comércio - 05/09/2014

sexta-feira, 5 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5

Em discurso na Bahia

ao lado do candidato

do PT ao governo es-

tadual, o ex-presiden-

te Luiz Inácio Lula da Silva si-

nalizou ontem que pretende

voltar a disputar as eleições e

mandou um recado aos parti-

dos de oposição: "Eles devem

se preparar porque eu vou

estar vivo. Eles ficam dizen-

do: 'Dilma vai ser reeleita

para ficar mais quatro anos

e depois vem um tal de Lula

e vai ficar mais quatro?' É

muito cedo para a gente

discutir, mas uma coisa eu

digo para vocês: em 2018

eu vou estar com 72 anos.

Enquanto eu tiver forças

para brigar por esse País,

não vou permitir que aque-

les que não fizeram nada

pelo Brasil em 500 anos vol-

tem", disse.

No mesmo dia, aliados do

ex-presidente lançaram um

site, sem se identificar, para

espalhar nas redes sociais o

movimento Volta, Lula

2014. "Temos até o dia 15 de

setembro para trocar candi-

datos", dizia o site, que saiu

do ar no meio da tarde de on-

tem e, até o fechamento

desta edição, não havia sido

re e s t a b e l e c i d o.

Durante o comício na

quarta-feira à noite, Lula

escorregou quando cum-

primentava um militante

petista e acabou desaban-

do no palco. Ele levantou

com ajuda de correligioná-

rios e continuou o comício

Lula ameaça voltar: 'Estou vivo'.Em comício na Bahia, ex-presidente cai de palanque, diz que está vivo e que enquanto tiver forças brigará pelo País. Na internet, grupo pede 'Volta Lula 2014'.

Wal

mir

Cirn

e/EC

Ex-presidente Lula estava firme e forte na Bahia

normalmente. O ex-presiden-

te Lula ainda destacou que

quatro dos candidatos à Presi-

dência são ou já foram do PT:

Dilma Rousseff (PT), Luciana

Genro (PSOL), Marina Silva

(PSB) e Zé Maria (PSTU).

Sobre a disputa direta entre

a candidata Dilma e Marina,

Lula disse que está com a can-

didata petista porque "ela es-

tá mais preparada para lidar

com o atual momento da eco-

nomia brasileira".

A P E LO"Eu queria pedir ao eleitor

que, no dia 5 de outubro, não

cometesse nenhum equívoco,

e a gente elegesse a presiden-

te Dilma Rousseff presidente

do Brasil até 2018", declarou.

O ex-presidente disse que

conhece Dilma e Marina há

muito tempo, mas escolheu Dil-

ma por julgar que "ela tem mais

condições e está melhor prepa-

rada para conduzir o Brasil".

Segundo ele, Dilma conse-

guiu cumprir a missão de man-

ter os empregos e estabilizar a

inflação em 6% ao ano duran-

te uma crise econômica "sem

precedentes na história mun-

dial". Por que eu escolhi a Dil-

ma? Porque nós estávamos

numa crise econômica sem

precedentes na história mun-

dial", afirmou Lula, que mini-

mizou o baixo crescimento do

País. "Ninguém está crescen-

do mais que o Brasil, a não ser

quatro países e que perten-

cem ao G20", completou.

(Agências)

Mar

garid

a N

eide

/EC

No meio do discurso, um correligionário puxa a mão dele.

Mar

garid

a N

eide

/EC

Ele se desequilibra e cai do palanque.

Enquanto eutiver forçaspara brigar poresse País, nãovou permitirque aqueles quenão fizeramnada pelo Brasilem 500 anosvoltem.

Eles devem seprepararporque eu vouestar vivo.É muito cedopara a gentediscutir, masuma coisa eudigo: em 2018eu terei 72 anos.EX-PRESIDENTE LUL A

Ministros saem evão ajudar Dilma

Os ministros Ricardo

Berzoini (Relações

Institucionais),

Gilberto Carvalho (Secretaria

Geral) e Miguel Rossetto

(Desenvolvimento Agrário)

vão se afastar do governo

para cuida da coordenação

de campanha de Dilma

Rousseff. A ideia é que eles se

afastem progressivamente,

por meio de licença ou férias

a partir da semana que vem.

O reforço na campanha

acontece após as últimas

pesquisas de intenção de

voto mostrarem Marina Silva

ameaçando a reeleição da

presidente Dilma.

Integrantes da campanha

disseram que eles não devem

receber durante o período por

se tratar de um trabalho de

militância. A ideia é que

Carvalho faça a interlocução

com movimentos sociais.

Com Marina no encalço, a

preocupação é angariar votos

de setores 'marineiros', como

a juventude e os próprios

movimentos. (Agências)

Marcos de Paula/ EC

Gilberto Carvalho

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Miguel Rossetto

Wilson Dias/Agência Brasil

Ricardo Berzoini

PT deflagra 'Operação anti-Marina'Diante da disputa acirrada, sigla questiona ganhos da ex-senadora e afirma que seu programa é plágio.

Desde que Marina Silva

apareceu nas

pesquisas de intenção

de voto tecnicamente

empatada com a presidente

Dilma Rousseff ameaçando

seu projeto de reeleição, o PT

monta uma verdadeira

operação de guerra para

desconstruir a imagem da

candidata do PSB.

No fim da tarde de ontem, a

sigla entrou com um pedido

junto à Procuradoria Geral

Eleitoral para que se

investigue os ganhos de

Marina com palestras. Nos

últimos dois anos, Marina

disse ter recebido R$ 1,6

milhão com palestras por

meio da empresa M.O.M. Da

S. De Lima e declarou à

Justiça Eleitoral patrimônio

de R$ 135 mil. Na declaração,

a empresa aparece com valor

de R$ 5 mil. O PT pede, entre

outras coisas, que seja

investigada a possibilidade

de caixa 2 eleitoral por parte

da candidata do PSB. Em

nota, a coligação da

candidata repudiou

veemente as acusações.

"A omissão da existência

desses valores no patrimônio

de Marina Silva autoriza que

se investigue se referidos

pagamentos foram

destinados para outras

contas do partido ao qual ela

é filiada (ou para a instituição

Rede Sustentabilidade), ou

até mesmo para outra pessoa

jurídica doadora da

campanha da candidata

para, posteriormente, em

tese, ser injetado na

campanha oficialmente (…)

questiona-se sobre a

possibilidade desses valores

terem sido represados para

utilização em campanha sem

a devida tramitação em conta

específica. Tal fato, caso

apurado e confirmado,

também é muito grave", diz

trecho da representação

assinada pelos advogados

Luis Gustavo Motta da Silva e

Flávio Caetano.

A representação pede

ainda que sejam apuradas a

possível omissão dos valores

na declaração de bens à

Justiça Eleitoral e o uso de

dinheiro de fontes vedadas

para campanha política.

Entre os contratantes de

palestras da candidata estão

os bancos Santander e Crédit

Suisse, Unilever, Federação

Nacional das Empresas de

Seguros Privados e de

Capitalização, Fundação Dom

Cabral e Conselho Nacional

de Contabilidade, entre

outros. Segundo a

representação do PT, alguns

destes contratantes são

proibidos por lei de fazer

doações eleitorais.

O documento cita também

o fato de Marina ter dito que

parou de dar palestras em

junho deste ano, quando se

tornou candidata a vice de

Eduardo Campos, morto em

um acidente aéreo no dia 13

de agosto. Na época, Marina

disse que estaria se

sustentando com a poupança

acumulada das palestras,

mas declarou à Justiça

Eleitoral só uma conta

corrente com saldo de R$ 27

mil. Outro ataque petista à

ex-senadora aconteceu na

internet. O site Muda Mais,

criado pelo PT para defender

a reeleição de Dilma,

publicou um texto no qual

acusa o programa de governo

da candidata do PSB para a

área de energia de ser um

"plágio" de um artigo

publicado em 2011 pela

Revista USP. O site menciona

o fato que Marina declarou

que seu programa de

governo foi "fruto de amplo

diálogo com a sociedade".

(Estadão Conteúdo)Ichiro Guerra/ Divulgação

Dilma no Residencial Cidade Jardim, construído pelo Minha Casa.

Page 7: Diário do Comércio - 05/09/2014

6 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 5 de setembro de 2014

CICLO DE DEBATES COM OS CANDIDATOS A GOVERNADOR DE

SÃO PAULO

Dia: 15 de setembro de 2014, segunda-feira

GERALDO ALCKMINCandidato do PSDB

Local: Associação Comercial de São Paulo - ACSPRua Boa Vista, 51 - 9º andar - Centro - SP

Horário: 17 horas

PARTICIPEM!

Este evento será transmitido pela webtv.Acesse www.acsp.com.br (clique no banner webTV ACSP)

'Raposas' discutem novo cenárioCaciques do PMDB já trabalham com a hipótese da eleição de Marina para a Presidência no 1º turno, Entre eles, Renan e Sarney, as 'raposas', que Campos odiava.

Em um jantar realizado

na casa do ex-presi-

dente José Sarney, na

última terça-feira, o

núcleo duro do PMDB avaliou

como "consolidado" o cenário

favorável à eleição da candi-

data do PSB à Presidência da

República Marina Silva (PSB),

e que não se deve desprezar a

possibilidade de vitória da ex-

ministra no 1º turno.

Do jantar participaram,

além do anfitrião, o vice-presi-

dente Michel Temer, o presi-

dente do Senado, Renan Ca-

lheiros, o ministro Edson Lo-

bão (Minas e Energia), o líder

do governo no Senado, Eduar-

do Braga, e os senadores Ro-

mero Jucá e Eunício Oliveira.

Curiosamente, boa parte dos

presentes eram exatamente

os que Eduardo Campos (mor-

to em 13 de agosto e cabeça

de chapa do PSB) chamava de

"as velhas raposas da políti-

ca". No fim do mês de julho,

Campos enumerou claramen-

te as tais "raposas": o ex-presi-

dente José Sarney (PMDB), o

presidente do Congresso, Re-

nan Calheiros (PMDB), e o se-

nador e ex-presidente Fernan-

do Collor (PTB), entre outros.

SEM DRAMASegundo alguns dos pre-

sentes, a análise é que a cam-

panha da presidente Dilma

Rousseff (PT) está num mo-

mento ruim, errando muito,

enquanto Marina está numa

fase em que nenhuma crítica

"gruda" a ponto de fazê-la per-

der o ritmo de crescimento: "O

clima de tensão tomou conta

da campanha da Dilma".

Os peemedebistas já traba-

lham com a hipótese de ter

Marina como presidente e di-

zem que, para o partido, não

há nenhum drama nisso. Dei-

xando o Executivo, o PMDB

passará naturalmente por um

reposicionamento, fortale-

cendo-se no Congresso e

mantendo as presidências da

Câmara e do Senado.

"O PMDB é um partido con-

gressual e vai se reposicionar,

mantendo Renan na presidên-

cia do Senado, e Eduardo Cu-

nha poderá ser o candidato a

presidente da Câmara. O

PMDB é o maior partido do

Congresso e tudo passa por

ele. Marina vai fazer plebisci-

tos? Mas eles são autorizados

por quem? Pelo Congresso?"

comentou um dirigente.

POBRE MARINAPara eles, se Marina for elei-

ta, vai assumir "fragilizada",

sem base no Congresso, com

uma oposição forte do PT, e te-

rá que dialogar com o PMDB.

Não há consenso sobre a faci-

lidade de conversa com ela.

Alguns acreditam que é mais

acessível que Dilma, outros,

que a dificuldade é a mesma.

"Em qualquer cenário, Dil-

ma reeleita ou Marina eleita, a

relação com o PMDB será mais

agressiva", avaliou um pee-

medebista anônimo.

A cúpula avalia que não há

como manter a sigla unida no

projeto da reeleição e que a

"debandada" só não será

maior porque Temer está na

chapa: "Se não fosse o Temer

segurar o partido, Marina já te-

ria avançado sobre o PMDB pa-

ra liquidar a eleição no 1º tur-

no", afirmou um dirigente.

"Não há como obrigar nin-

guém agora a apoiá-la, nem

ninguém que tenha voz de co-

mando para arregimentar to-

do o partido em torno da ree-

leição. Os acertos entre PT e

PMDB nos Estados foram mal

administrados e agora a es-

perteza do PT se virou contra

ele", disse outro anônimo.

A presença do ex-presiden-

te Lula na campanha foi cobra-

da pelo PMDB, que o vê "dis-

tante" e "muito discreto". Mas

não é tarefa fácil acertar agen-

das de Lula e Dilma em Esta-

dos onde há conflitos entre os

dois partidos. "Se Lula for ao

Ceará, vai ter que subir no pa-

lanque de Eunício, que disputa

contra um candidato do PT e

assim em vários lugares. O

mesmo com Dilma. Enquanto

isso, Marina corre solta por to-

do ao País", disse um líder.

Sobraram também críticas

à condução da campanha pela

cúpula petista e pelo marque-

teiro João Santana.

Para os peemedebistas, o

PT não estava preparado para

o crescimento rápido de Mari-

na e está reagindo mal "sob

pressão". Chamaram os ata-

ques à adversária de "improvi-

sados" e disseram que a com-

paração de Marina com o ex-

presidente Collor de Mello vi-

rou "ataque bumerangue".

"Foi e voltou. Como tudo

saiu do roteiro previsto, virou

uma atrapalhação", disse ou-

tro peemedebista.

Apesar de se sentirem alija-

dos da campanha e do núcleo

decisório, os partidários ga-

rantiram que não vão abando-

nar o barco e que se manterão

firmes até o fim do lado de Dil-

ma e de Temer.

VOLTANDO ÀS RAPOSASEduardo Campos, em julho,

dirigindo-se a prefeitos do Rio

Grande do Sul, afirmou vee-

mentemente: "A única opção

de botar aquelas raposas na

oposição é o nosso projeto. Os

únicos que não vão governar

com Sarney, Collor e Renan so-

mos nós, eu e e a Marina".

(Agências)

Aécio liga a ex-petista a MensalãoTucano tenta retomar os votos antipetistas que migraram para Marina, depois da morte de Campos.

Willian Augusto/Estadão Conteúdo

Confiança de Aécio Neves: "A vitória que importa não é só nas urnas".

Em discurso para cor-

religionários e prefei-

tos ontem em Belo

Horizonte, o candida-

to à Presidência da República

pelo PSDB, Aécio Neves, usou

o caso do Mensalão para ten-

tar desgastar a ex-ministra

Marina Silva e ligá-la ao PT.

"As nossas principais adver-

sárias não estavam desse la-

do, estavam contra o Plano

Real, contra a Lei de Respon-

sabilidade Fiscal e nos brinda-

ram com um obsequioso silên-

cio no momento no qual as

mais graves denúncias surgi-

ram sobre malfeitos do gover-

no federal", ressaltou. Essa foi

a segunda vez que o tucano li-

gou Marina ao Mensalão.

Aécio tenta, dessa forma,

retomar os votos antipetistas

que migraram para a candida-

ta do PSB depois da morte de

Eduardo Campos. O presiden-

ciável do PSDB começou sua

fala dizendo que "a vitória que

importa não é só a das urnas,

mas o apoio permanente, o

abraço e o olhar de esperança

e confiança e palavra de estí-

mulos", e emendou duras crí-

ticas à Marina Silva (PSB) e à

Dilma Rousseff (PT). "Não

acredito em convenções de úl-

tima hora (...) Basta à fraude, à

mentira, ao engodo", disse.

O presidenciável tucano

disse ainda que esteve do lado

da aprovação do Plano Real,

da Lei de Responsabilidade

Fiscal e denunciando o Mensa-

lão. Aécio repetiu que é a alter-

nativa mais coerente à Presi-

dência, que o Brasil não é para

amadores e que é a mudança

segura. Sobre Minas, onde Pi-

menta da Veiga (PSDB) está

atrás de Fernando Pimentel

(PT) nas últimas pesquisas,

fez um discurso de motivação.

"Não é em Minas Gerais que

daremos guarida para gover-

no que fracassou".

RETA FINALApós seu discurso, foi para

um restaurante na Savassi se

reunir com deputados da ba-

se, como Fred Costa, Arley

Santiago, Domingos Sávio,

Mario Heringer e o presidente

do PSDB-MG, Marcus Pestana.

Ao chegar lá, conversou rapi-

damente com os jornalistas.

"Estranho seria se não fizés-

semos essa reunião. É hora de

dar uma acelerada nessa reta

final, estamos confiantes de

que vamos ganhar essa elei-

ção. Pretendemos mobilizar

forças e botar todo mundo pa-

ra trabalhar. Nessa reta final é

a hora que tem de se decidir a

eleição", declarou.

Segundo ele, o PSDB "não

tem vocação de ser, amanhã,

depósito de petistas derrota-

dos em muitas partes do Bra-

sil". Depois de falar com jorna-

listas, Aécio afirmou que hou-

ve uma percepção consensual

entre os correligionários de

que o PT está perdendo nos Es-

tados onde governa.

"Espero que Minas demons-

tre de forma clara que não tem

essa vocação. Temos um pro-

jeto para Minas qualificadíssi-

mo e temos de dizer a verdade

para combater a mentira que

é a tônica do PT. Minas não me-

rece ter o PT governando seu

destino. O PT fracassou no

Brasil inteiro. O PT vai perder

as eleições nacionais e vai per-

der nos principais Estados que

governa hoje. Eu não acredito

que, logo em Minas, consciên-

cia maior da Nação brasileira,

vamos ter esse retrocesso."

Aécio disse que o almoço foi

um momento de "reunir forças"

e que agora há um "ânimo mui-

to grande" entre todos. "Agora

é pé na estrada, força total para

vencermos em Minas tanto no

pleito estadual quanto no na-

cional. Em Minas Gerais, vamos

fazer barba, cabelo e bigode". E

reiterou que a campanha no Es-

tado deve vincular mais as dis-

putas da legenda no País e mos-

trar o trabalho feito em 12 anos

de gestão tucana. (Agências)

Datafolha: Serra lidera com 35%.

Pesquisa Datafolha-SP divulgada on-

tem mostra que Serra (PSDB) mantém

a liderança na disputa pelo Senado em

com 35% das intenções de voto. Em seguida

está Suplicy (PT) com 32%, e Kassab (PSD),

com 8%. No levantamento anterior, divulga-

do em 16 de agosto, Serra tinha 33%, Supli-

cy, 30% e Kassab, 7%.

Ministros do STF ironizam protesto

Uma manifestação de

servidores do judiciário

com um buzinaço, em

frente ao Supremo Tribunal Fe-

deral (STF) na tarde de ontem,

virou tema de conversa entre

os ministros da Corte no meio

da sessão plenária.

"Acho que é o endereço er-

rado", disse o presidente do

STF, Ricardo Lewandowski,

afirmando que o projeto de lei

referente a cargos e salários

dos servidores já está no Con-

gresso Nacional .

Os servidores que se mani-

festaram do lado de fora do

STF, na Praça dos Três Pode-

res, traziam faixas com os di-

zeres "Dilma, deixe sua tesou-

ra longe do nosso reajuste",

"São 8 anos com nosso contra-

cheque sendo chamuscado" e

"Servidores na rua, Dilma a

culpa é sua".

A decisão do governo de

cortar o orçamento do judiciá-

rio para 2015 compromete os

servidores e a proposta de rea-

juste dos salários dos próprios

ministros para R$ 35.919

mensais. Só no STF, os cortes

seriam de R$ 149 milhões.

A conversa sobre a manifes-

tação começou com o ministro

Luiz Fux: "Isso é democracia?

Será que não temos como re-

solver esse excesso de demo-

cracia no intervalo?". A minis-

tra Rosa Weber mencionou o

incômodo causado por "me-

nos de 80 decibéis" e Marco

Aurélio retrucou "de qualquer

maneira, o fundo musical é de

péssimo gosto". (EC)

Isso é democracia?Não temos comoresolver esseexcesso dedemocracia?LU I Z FUX

De qualquermaneira,o fundo musicalé de péssimogosto.MAR CO AU R É L I O M E L LO

Nélson Jr./STF - 04/09/2014 Nélson Jr./STF - 21/08/2014

A pesquisa, encomendada pela TV Globoem parceria com o jornal Folha de S.Paulo, ou-

viu 2.054 eleitores em 56 municípios nos

dias 2 e 3 de setembro. A margem de erro é

de dois pontos porcentuais. O nível de con-

fiança é de 95%. Está registrada no Tribunal

Superior Eleitoral (TSE) sob os números SP-

00023/2014 e BR-00517/2014. ( AG )

Page 8: Diário do Comércio - 05/09/2014

sexta-feira, 5 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7

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'Guardiões da floresta'atacam madeireiros ilegais

Índios protestam contra falta de assistência do governo federal

Operação realizada por índios contra madeireiros que agiam em Terra Indígena Alto Turiaçu (MA).

Os madeireiros, despidos e de mãos amarradas, tiveram seus acampamentos destruídos.

Lunae Parracho/Reuters

Socialistasociabiliza com o

agr onegócioCandidata do PSB aproveitou para atribuir acusações do PT ao "desespero"

Em visita ao Rio Grande

do Sul, a candidata do

PSB à Presidência da

República, Marina Sil-

va, se reuniu com 15 membros

da Federação da Agricultura

do Estado (Farsul). O encon-

tro, fechado, foi organizado

pelo candidato a vice, o gaú-

cho Beto Albuquerque, que

acompanhou a ex-senadora.

Marina tentou, com a parti-

cipação na Expointer, feira in-

ternacional do agronegócio

em Esteio, em Porto Alegre, se

aproximar de lideranças do

setor. Foi o primeiro contato de

Marina com o presidente da

Farsul, Carlos Sperotto, após a

confirmação de sua candida-

tura à Presidência.

A entidade, uma das mais

conservadoras do agronegó-

cio gaúcho, apresentou reivin-

dicações do setor à Marina,

que nas últimas semanas vem

mantendo uma série de reu-

niões e conversas com repre-

sentantes do setor agrícola

para quebrar a resistência de

alguns à sua candidatura.

Hoje, a presidente Dilma

Rousseff (PT), que disputa a

reeleição, e o candidato Aécio

Neves (PSDB) também esta-

rão na Expointer.

ACUSAÇÃO DESESPERADAEm entrevista à rede RBS,

Marina atribuiu os ataques pe-

tistas ao "desespero". Questio-

nada sobre o pedido de investi-

gação do PT sobre uma possível

omissão de ganhos, Marina fa-

lou em "acusação injusta, fac-

toide". "O desespero está fa-

zendo com que eles façam esse

tipo de coisa", afirmou. "La-

mento que a presidente Dilma

se submeta a esse tipo de lógica

de que vale tudo pelo poder, pa-

ra ganhar eleição", disse. E ex-

plicou que, desde 2011, quan-

do deixou o Senado, vive de seu

trabalho e, sem entrar no circui-

to comercial de palestras, se li-

mita a aceitar convites. Os con-

tratantes pagam à empresa

que Marina criou em 2011 e que

faturou R$ 1,6 milhão desde en-

tão. "Pagamos todos os encar-

gos, ficou R$ 1,016 milhão", re-

velou Marina, ressalvando que

o faturamento bruto da empre-

sa não pode ser confundido

com rendimento líquido pes-

soal. "Minha média salarial é de

R$ 22 mil, R$ 24 mil, é só verifi-

car", acrescentou.

PROMESSASAinda na entrevista, a can-

didata voltou a criticar o go-

verno sobre a gestão da eco-

nomia e do controle de preços

da gasolina. "Se não tivesse

demorado a fazer o dever de

casa não estaríamos nessa si-

tuação", disse, citando a des-

valorização da Petrobras, sus-

peitas de corrupção na estatal

e prejuízos à imagem da em-

presa. "A atual política não

tem sustentação", afirmou,

dando a entender que, se elei-

ta, o combustível seguirá as

oscilações do mercado inter-

nacional. Ela também voltou a

prometer uma reforma tribu-

tária 'fatiada'. (Agências)

Luiz Chaves/ Divulgação - 04/09/2014

Em Porto Alegre, Marina e Beto se reúmem com Sartori e Pedro Simon.

O desespero estáfazendo com queeles façam esse tipode coisa. Lamentoque Dilma sesubmeta à lógica detudo pelo poderMARINA SI LVA , DO P S B.

Ontem, o fotógrafo

Lunaé Parracho, da

Reuters, divulgou

fotos de índios Caapores

(também conhecidos

como Ka'apor) em

expedição para expulsar

madeireiros da selva do

Alto Turiaçu, no município

de Guilherme, Estado do

M a r a n h ã o.

As imagens foram

registradas no dia 7 de

agosto deste ano.

Segundo o fotógrafo,

cansados do que chamam

de "falta de assistência

governamental" para

acabar com a exploração

ilegal de madeira na área,

os Caapores enviaram

homens para expulsar e

agredir os desmatadores

da região.

Após a expedição, o

objetivo, como informa

Lunaé, é continuar

monitorando a exploração

ilegal no território.

Os indígenas afirmam

que falta assistência do

governo para manter os

madeireiros longe de suas

terras. A operação contou

com outras quatro tribos

que são habitantes legais e

cuidadores do território.

Este povo surgiu

distintamente há cerca de

300 anos, provavelmente

na região entre os rios

Tocantins e Xingu.

Migraram, em 1870, do

Pará, através do Rio

Gurupi, para o Maranhão.

Em 1911, quando houve

uma primeira tentativa por

parte das autoridades

brasileiras de pacificação

deste povo, por intermédio

do Serviço de Protecção

aos Índios, os Caapores,

como os Nambiquaras no

Mato Grosso, foram

considerados um dos

povos nativos mais hostis

do Brasil, portanto, vistos

como prioritários para a

pacificação. Essa

pacificação acabou

acontecendo em 1928.

Recentes invasões por

parte de brancos à terra

dos Caapores estão a

ameaçar a sobrevivência

étnica da tribo. (Agências)

Lunae Parracho/Reuters

No rádio, Marina se compara a Lula.Marina se compara a Lula, ao comentar os fortes ataques de rivais como Dilma.

Em seu programa de

rádio no horário

eleitoral gratuito,

ontem à tarde, a candidata do

PSB, Marina Silva, criticou a

atitude de ataque dos rivais e

fez até uma menção ao ex-

presidente Lula.

" Eu vi muita gente

desqualificando o Lula.

O intelectual tinha

que dar o aval para o operário

se colocar como presidente

da República", disse

a ex-senadora. "Esqueceram

muito rápido do que

nós tivemos que passar, mas

eu não esqueci, o povo

brasileiro não esqueceu",

afirmou Marina.

ASSEMBLEIA DE DEUSO pastor Lelis Washington

Marinhos, presidente da

comissão política da

Convenção Geral das

Assembleias de Deus no

Brasil (CGADB) informou

ontem que a posição da

denominação evangélica

será a de apoiar um dos dois

candidatos evangélicos que

concorrem à Presidência da

República – Marina ou Pastor

Everaldo (PSC).

Segundo ele, a

CGADB irá chamar

novamente os dois

candidatos para conversar já

nos próximos dias, em

especial no caso da Marina,

que não conversou

mais com a comissão

política da congregação

desde que se tornou

candidata, após a morte

trágica de Eduardo Campos,

em 13 de agosto.

Em 4 de agosto, Marina

havia participado de um

encontro com integrantes da

CGADB, como candidata a

vice e ao lado do então

presidenciável do PSB,

Eduardo Campos. No mesmo

dia, Everaldo havia também

se apresentado aos pastores.

"O cenário era outro, houve

uma reviravolta como vocês

tem acompanhado", pontuou

Lelis. (Agências)

'The Economist' diz que elatem que provar que merece o cargo

Arevista britânica

The Economist traz

editorial com tom

crítico à candidatura de

Marina Silva à Presidência da

República. No texto, a

publicação defende que

Marina tem de "fazer mais

para provar que merece" o

Palácio do Planalto.

A The Economist diz

que "há pouca substância e

muita conversa sonhadora

sobre a 'nova política'" no

discurso da ex-ministra.

Após a subida das

intenções de voto da

candidata do PSB, a TheEconomist dá amplo espaço à

Marina na edição impressa

que chega às bancas neste

fim de semana.

"Marina Silva ainda tem de

dizer mais sobre como

exatamente uma pessoa

relativamente estranha

(outsider, em inglês) iria

governar o Brasil. No

momento, há muito pouca

substância e muita conversa

sonhadora sobre 'nova

política'. No final, os eleitores

do Brasil têm de fazer uma

escolha entre ficar entre a

Dilma Rousseff sem brilho, o

Aécio Neves amigável aos

negócios ou apostar na

emocionante, mas obscura

Marina Silva", diz o editorial.

Para a revista, Marina

precisa superar "duas

p re o c u p a ç õ e s " .

"A primeira é a reputação de

intransigência que tornaria

difícil administrar o Brasil,

onde o multipartidarismo é a

norma". O texto lembra que

ela deixou o governo de Lula

por oposição a algumas

políticas ambientais.

"Sua fé pentecostal faz com

que ela não seja liberal em

algumas áreas". E a

reportagem cita também a

questão dos direitos civis dos

h o m o s s ex u a i s .

A outra preocupação

da The Economist é

a questão

da experiência.

"Dilma Rousseff já é

presidente e Aécio Neves

governou bem o Estado de

Minas Gerais durante

anos. Há pontos de

interrogação sobre o fracasso

de Marina Silva em registrar

seu próprio partido político a

tempo da campanha

presidencial", cita o editorial.

"Ela sabe pouco sobre

economia", afirma.

Por fim, a revista acaba

reconhecendo que a

experiência tem benefícios

questionáveis: "Dilma era

considerada uma gestora

competente, mas sua

interferência ajudou empurrar

o Brasil para a recessão".

(Estadão Conteúdo)

Page 9: Diário do Comércio - 05/09/2014

8 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 5 de setembro de 2014

GAZA 1Membro do Hamas

é indiciado pormorte de três

jovens israelenses

GAZA 2Após conflito comIsrael, reconstrução irácustar US$ 7,8 bilhões,dizem palestinos.

Ucrânia prontapara a pazO presidente Poroshenko e separatistas dizem que irão ordenar umcessar-fogo hoje se houver acordo nas negociações na Bielorrússia.Enquanto a paz não chega, tropas russas avançam no leste do país.

Op res i d e n-

t e d a

U cr â n ia ,

Petro Poroshen-

ko, e o principal lí-

der rebelde pró-

Rússia disseram

ontem que estão

prontos para or-

denar um cessar-

fogo no leste do

país hoje se um

acordo de paz for

assinado duran-

te as negoc ia-

ções em Minsk,

na Bielorrússia.

O primeiro apa-

rente progresso

desse tipo no con-

flito acontece de-

pois de uma se-

mana na qual os separatistas

obtiveram grandes vitórias

com o que a Organização para o

Tratado do Atlântico Norte

(Otan) afirma ser o apoio explí-

cito de soldados russos.

Falando nos bastidores de

uma cúpula da Otan no País de

Gales, Poroshenko declarou

que o cessar-fogo está condi-

cionado a uma reunião já

agendada na Bielorrússia, ho-

je, com enviados de Ucrânia,

Rússia e da Organização para

a Segurança e Cooperação na

Europa (OSCE).

“Às 14h no horário local (8h

no horário de Brasília), desde

que a reunião (em Minsk)

aconteça, vou pedir ao Esta-

do-Maior que implemente um

cessar-fogo bilateral, e espe-

ramos que a implementação

do plano de paz comece ama-

nhã (hoje)”, afirmou o manda-

tário ucraniano.

Durante a entrevista coleti-

va na cúpula, Poroshenko ex-

pressou "otimismo cauteloso"

sobre a reunião em Minsk.

"A Ucrânia não começou a

guerra", disse o presidente

ucraniano, para quem seus

compatriotas "estão pagando

o preço mais alto, com a perda

de vidas de soldados e civis".

O líder rebelde Alexander

Zakharchenko disse em um

comunicado que os separatis-

tas também ordenarão um

cessar-fogo uma hora mais

tarde, desde que os represen-

tantes de Kiev concordem

com um plano de paz no en-

contro de Minsk.

Os anúncios vieram um dia

depois de o presidente russo,

Vladimir Putin, propor um pla-

no de paz de sete pontos que

poria fim aos combates no les-

te da Ucrânia, mas mantendo

o controle dos rebeldes sobre

os territórios.

Os rebeldes têm feito avan-

ços substanciais contra forças

ucranianas nas últimas duas

semanas, o que inclui a aber-

tura de uma nova frente de ba-

talha ao longo da costa do Mar

de Azov.

Separatistas apoiados pela

Rússia vêm combatendo tro-

pas do governo no leste ucra-

niano desde meados de abril,

conflito que segundo a Organi-

zação das Nações Unidas

(ONU) já matou cerca de 2,6 mil

pessoas. A Otan diz que pelo

menos mil combatentes russos

estão ajudando os rebeldes.

Moscou nega a presença de

seus soldados, mesmo diante

do que o Ocidente afirma se-

rem provas irrefutáveis.

Tropas russas foram vistas

ontem avançando no leste da

Ucrânia, através da cidade de

Novoazovsk e em direção a

Mariupol, conforme informou

o embaixador ucraniano na

Organização das Nações Uni-

das (ONU), Yuriy Sergeyev.

"Os conflitos ainda conti-

nuam", disse o embaixador

em Nova York.

O Pentágono advertiu ontem

que as tropas russas são as

mais fortes enviadas para a re-

gião desde que os conflitos tive-

ram início há cinco meses.

Desta vez, o comboio, com

10 mil soldados, é menor do

que anteriores, porém mais pe-

rigoso, pois possui uma artilha-

ria mais poderosa, conforme

afirmou um porta-voz do Pentá-

gono, o coronel Steven Warren.

"As tropas que estamos vendo

agora são mais fortes e mais le-

tais do que qualquer outra ofen-

siva russa", disse. (Agências)

Soldadosucranianos

enfrentamrebeldes e tropas

russas no leste do país

Foto

s: G

leb

Gar

anic

h/Re

uter

s

Comboio de tropas ucranianas é visto perto de Kramatorsk, no leste do país.

Otan sobe o tomcom a RússiaAliança militar promete apoiar o governo deKiev, mas o envio de tropas está descartado.

AOrganização do Tratado

d o A t l â n t i c o N o r t e

(Otan) exigiu ontem

que Moscou retire suas tropas

da Ucrânia, e o presidente dos

Estados Unidos, Barack Oba-

ma, e seus aliados ocidentais

prometeram apoiar Kiev e re-

forçar suas próprias defesas

contra a Rússia, sua maior mu-

dança estratégica desde a

Guerra Fria.

Os líderes da Otan deixaram

claro na cúpula no País de Gales

que não irão usar a força para

defender a Ucrânia, que não é

membro da aliança militar, mas

que planejam sanções econô-

micas mais severas para tentar

mudar o comportamento da

Rússia no território ucraniano.

O encontro de dois dias, que

termina hoje, é marcado pelo

impasse mais sério entre o Oci-

dente e o Leste desde a queda

do Muro de Berlim, 25 anos

atrás, e do colapso do bloco so-

viético, assim como o alarme

com as conquistas territoriais

dos militantes do Estado Islâmi-

co no Iraque e na Síria.

As autoridades ocidentais

expressaram cautela em rela-

ção à menção do Kremlin a um

cessar-fogo na Ucrânia, que

veio no momento em que a

Otan se reunia e a União Euro-

peia prepara novas sanções.

Declarações como esta se

mostraram “uma cortina de fu-

maça para a desestabilização

contínua da Ucrânia", disse o

secretário-geral da Otan, An-

ders Fogh Rasmussen, depois

de os 28 líderes se encontrarem

com o presidente ucraniano,

Petro Poroshenko.

“Conclamamos a Rússia a re-

tirar suas tropas da Ucrânia e

deter o fluxo de armas, comba-

tentes e fundos para os separa-

tistas. Conclamamos a Rússia a

evitar o confronto e seguir o ca-

minho da paz”, disse.

Em resposta, a Rússia ad-

vertiu que os esforços da Ucrâ-

nia para se juntar à Otan estão

colocando em risco as tentati-

vas de um cessar-fogo.

A Ucrânia aprovou na quarta-

feira um projeto de lei que per-

mite ao país se juntar a blocos

militares. A Rússia considera as

ambições de Kiev na Otan uma

ameaça aos seus interesses.

"É uma flagrante tentativa

de inviabilizar todos os esfor-

ços de iniciar um diálogo sobre

a garantia da reconciliação

nacional", afirmou o ministro

das Relações Exteriores rus-

so, Sergei Lavrov. (Agências)

Alain Jocard/Reuters

Poroshenko (de gravata vermelha) se reúne com líderes da Otan

O Taleban volta a atacarEm recado à Otan, atentado com caminhões-bomba mata 33 pessoas no Afeganistão.

OTaleban explodiu

c a mi n h õ es - b om b a

e lançou granadas,

ontem, contra o

prédio da agência de espiona-

gem afegã e um complexo po-

licial na cidade de Ghazni, na

região central do Afeganistão,

e deixou 33 pessoas mortas -

dez policiais, dois civis e 21 in-

surgentes -, informaram fon-

tes oficiais. Mais de 147 pes-

soas ficaram feridas.

O ataque ocorreu às 5h locais

(20h30, em Brasília) por 21 mi-

litantes que detonaram dois

veículos "carregados de explo-

sivos", disse o Ministério do In-

terior afegão em comunicado.

O vice-governador da região,

Mohammed Ahmadi, disse à

agência E fe que os escritórios

de inteligência foram atacados

após a explosão do segundo

veículo, o que desencadeou

uma batalha de três horas.

Dos feridos, 130 eram civis e

17 policiais, enquanto todos os

insurgentes foram mortos pe-

las forças de segurança.

A agressão aconteceu após a

divulgação de uma mensagem

do Taleban a líderes reunidos na

cúpula da Organização do Tra-

tado do Atlântico Norte (Otan),

no País de Gales, que inclui dis-

cussões sobre o fim da missão

da aliança no Afeganistão. A

saída das tropas estrangeiras

no fim do ano é a prova de que

"nenhum país é capaz de domi-

nar uma nação livre, especial-

mente uma nação orgulhosa e

livre como o Afeganistão", diz a

nota do grupo.

A ação também ocorreu em

meio a uma crise política no

país, onde a eleição presiden-

cial de abril continua sem um

vencedor. A determinação final

dos resultados é esperada para

a próxima semana. (Agências)

Mustafa Andaleb/Reuters

Soldados afegãos protegem complexo do governo em Ghazni após atentado suicida

Contra os terroristas,a 'ONU das religiões'.

Opapa Francisco

recebeu ontem no

Vaticano o ex-

presidente de Israel Shimon

Peres, que, ao longo do

encontro, sugeriu ao

pontífice a criação de uma

Organização das Religiões

Unidas - algo como "uma

Organização das Nações

Unidas (ONU) das religiões"

que buscasse a paz entre as

nações, como ele descreveu.

Segundo o Vaticano, o

pedido foi feito em reunião

que os dois tiveram no

Palácio Apostólico. O último

encontro havia sido em

junho, quando Francisco

convidou Peres e o

presidente da Autoridade

Nacional Palestina (ANP),

Mahmoud Abbas, para

rezarem por paz, também no

Vaticano. Algumas semanas

depois, teve início o mais

recente conflito entre Israel e

palestinos na Faixa de Gaza.

À publicação católica

Família Cristã, o ex-líder de 91

anos declarou que a ONU

não está preparada para

mediar conflitos motivados

por questões religiosas.

"A Organização das

Nações Unidas teve seu

tempo e, agora, o que vejo é

uma ONU das religiões, uma

Organização das Religiões

Unidas", disse ele,

acrescentando que tal

entidade seria "o melhor

caminho para conter

terroristas que matam em

nome de Deus".

Peres considerou que

qualquer declaração do

secretário-geral (da ONU)

"não tem a mesma força e

nem a eficácia de uma

homilia do papa, que reúne

mais de 500 mil pessoas na

Praça de São Pedro".

"O Santo Padre é um líder

respeitado por tantas

pessoas de várias religiões e

por seus expoentes. Bom,

acho que é o único líder

v e rd a d e i r a m e n t e

respeitado", explicou.

O papa prometeu estudar

a proposta. (Agências)

A vingançada mulhertraída

Aimagem pública

do pres idente

francês, François

Hollande, sofreu mais

um golpe ontem com a

publicação de um livro

no qual sua ex-compa-

nheira Valérie Trierwei-

ler acusa o líder socialista

de ser insensível e se referir aos

pobres como "os banguelas".

Hollande terminou seu rela-

cionamento de sete anos com

Valérie após ter seu caso com

uma atriz revelado em janeiro.

"Ele se apresentou como um

homem que não gostava dos ri-

cos", escreveu ela em seu livro

Hollande édescrito

pela ex-companheira

como frio einsensível

Charles Platiau/Reuters

"Merci pour ce moment" ("Obri-

gada por este momento"). "Na

verdade, o presidente não gos-

ta dos pobres. Privadamente,

esse homem - um esquerdista -

os chama de 'os banguelas', e

fica tão orgulhoso de como é

engraçado." (Agências)

Page 10: Diário do Comércio - 05/09/2014

sexta-feira, 5 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9

No meio da ciclovia há uma polêmicaConselho de Política Urbana, da ACSP, afirma que é preciso debate amplo sobre as ciclofaixas da Prefeitura. Mas CET diz que projeto não tem volta.

Mariana Missiaggia

As ciclofaixas vieram

para ficar. A afirma-

ção é do diretor de

p lane jamento da

Companhia de Engenharia de

Tráfego (CET), Tadeu Leite. A

cada semana, novos trechos

são sinalizados e, até o fim do

mês, a cidade de São Paulo te-

rá 150 quilômetros de ciclofai-

xas. Apesar da expansão, o te-

ma divide opiniões e foi deba-

tido pelo Conselho de Política

Urbana (CPU) da Associação

C o m e rc i a l d e S ã o Pa u l o

(ACSP), na tarde de ontem.

O presidente da ACSP e da

Federação das Associações

Comerciais do Estado de São

Paulo (Facesp), Rogério Ama-

to, abriu os debates. "Quere-

mos saber que estudo existe

por trás dessa decisão. Nin-

guém é contra bicicleta nem

contra transporte público. O

que nós queremos saber é

qual é a lógica disso tudo, até

para podermos saber se deve-

mos nos engajar com a causa

ou não. Simplesmente chega-

ram, passaram um pincel na

rua arbitrariamente e pronto",

disse Amato.

Atualmente, São Paulo tem

93 quilômetros de vias desti-

nadas exclusivamente para o

deslocamento de ciclistas,

sendo 30 quilômetros implan-

tados pelo prefeito Fernando

Haddad (PT). Até o fim de se-

tembro, outros 60 quilôme-

tros devem surgir. O Projeto SP

400km, previsto no plano de

metas de Haddad, promete

entregar, até o fim deste ano,

mais 200 quilômetros de vias

para bicicletas em São Paulo e,

até o fim de 2015, outros 200

quilômetros, totalizando 400

quilômetros. Segundo esti-

mativas, o custo das obras é

de R$ 80 milhões.

Para o Conselho da ACSP, a

Prefeitura e os órgãos respon-

sáveis deveriam ter envolvido

a comunidade e o comércio no

debate sobre a implementa-

ção das ciclofaixas. Além dis-

so, nenhum estudo de impac-

to, pesquisa de demanda, e di-

vulgação do traçado foi apre-

sentado à sociedade. "Somos

a favor do uso da bicicleta e

queremos que ela ganhe es-

paço na cidade, mas também

somos a favor do debate. Infe-

lizmente, estão querendo

transformar um grupo minori-

tário em maioria, e assim es-

tão prejudicando muita gente.

Sem diálogo e com imposição

não consertamos nossos pro-

blemas", afirmou o vice-presi-

dente da ACSP e coordenador

da CPU, Antonio Carlos Pela.

Impa cto – O economista-

chefe da ACSP, Marcel Soli-

meo, criticou a forma como as

ciclofaixas foram implanta-

das. "Resolver um problema

criando outro não é a solução.

Esperávamos que todos os en-

volvidos fossem comunicados

e esperávamos também um

debate prévio para mostrar os

estudos que foram feitos so-

bre o impacto para os ônibus,

para o trânsito e para a ativi-

dade econômica, o que não

aconteceu", afirmou Solimeo.

O diretor de planejamento

da Companhia de Engenharia

de Tráfego (CET), Tadeu Leite,

rebateu as críticas referentes

à falta de planejamento. "A ci-

clofaixa é um convite para que

o ciclista faça pequenos deslo-

camentos com segurança. Es-

tamos debatendo esse plano

há mais de um ano e estamos

abertos ao debate. Sabemos

que toda mudança gera insa-

tisfação, mas não há outra ma-

neira de ser feito."

Entusiasta da inclusão da

bicicleta, Gabriel di Pierro, di-

retor da Associação dos Ciclis-

tas Urbanos de São Paulo (Ci-

clocidade), defende que a pro-

posta tenha funcionalidade.

"A Prefeitura tem quatro anos

para fazer a cidade dar certo.

Infelizmente, para fazer essa

transformação, não dá pra dis-

cutir a ideia individualmente,

em cada via afetada. Precisa-

mos pensar em alternativas,

sobretudo para o comércio",

afirmou ele.

Paulo Pampolin/Hype

Sem aviso prévio: a implantação da ciclovia da Rua Fernandes Moreira, na Chácara Santo Antônio, zona sul da Capital, surpreendeu o comércio.

Comerciantes reclamam na zona sulRicardo Osman

Os comerciantes da

Rua Fernandes Mo-

reira, no bairro da

Chácara Santo An-

tônio, na zona sul da capital

paulista, estão se sentindo

traídos pelo prefeito Fernando

Haddad e o secretár io de

Transportes, Jilmar Tatto. Con-

forme afirmam, eles foram

dormir com as lojas em uma

rua de livre acesso e acorda-

ram, pela manhã, com uma ci-

clovia construída no endereço

– e uma ciclovia que funciona

24 horas por dia e sete dias por

semana. Portanto, na pista de

cor vermelha que agora há em

toda a Fernandes Moreira, ne-

nhum carro ou táxi pode parar,

nem veículo de desembarque

de mercadorias.

O sentimento é idêntico no

comércio da Rua Boa Vista, no

Centro, onde também foi inau-

gurada recentemente uma ci-

clovia aberta 24 horas nos se-

te dias da semana. Os lojistas

estão indignados porque não

foram avisados de nada.

Impostos – Os comerciantes

dizem que a ciclovia afastou

os clientes. "O movimento da

loja caiu em cerca de 50% em

agosto. Estamos aqui neste

endereço há 45 anos e nem fo-

mos consultados sobre a ciclo-

via", disse Iraí França Xavier,

proprietário do Bazar da Chá-

cara, armarinho de lãs e li-

nhas, localizado no número

758 da Fernandes Moreira.

"Esse governo é incoerente. O

governo federal do PT baixou

impostos para incentivar a

compra de carro zero (o IPI, Im-posto Sobre Produtos Industria-lizados) pela população, agora

vem a Prefeitura, do PT, e põe

uma ciclovia diante da loja.",

reclamou. Iraí França propõe

que a ciclovia funcione em um

sistema de rodízio, ou seja

apenas em algumas horas do

dia ou nos finais de semana.

Os comerciantes estão fa-

zendo um abaixo-assinado

pedindo uma solução para o

problema, pois acreditam que

a ciclovia prejudica os negó-

cios. O documento deve ser

entregue na Prefeitura. "Tra-

ta-se de uma rua estreita, com

trechos de alagamento, obs-

táculos e sem espaço suficien-

te para abrigar bicicletas e au-

tomóveis com segurança", diz

o texto do abaixo-assinado.

No bar Cineasta, no número

591, o sócio-proprietário Gil-

mar Antônio Santana protes-

tou contra a surpresa. "Os for-

necedores não podem parar

perto do Cineasta por causa

da ciclovia e ninguém quis nos

escutar", disse ele. "A rua era

linda, toda de paralelepípe-

dos, e de uma hora para outra

colocaram o asfalto e depois a

pista vermelha." Santana res-

salta que não tem nada contra

bicicletas e que a ciclovia iria

cumprir bem seu papel se fos-

se restrita aos fins de semana.

Na esquina da Fernandes Mo-

reira com a Rua Branco de

Araújo, há dois restaurantes

(Murimarelo e Vilas Erich) e

um bar (o Santé). Roberto Car-

los Filho, gerente do Murima-

relo, reclamou. "Está sendo

ruim para o comércio. Nin-

guém é contra ciclista, mas

faltou planejamento. Nesta

esquina há três estabeleci-

mentos da área de Alimenta-

ção, e não se pode parar ne-

nhum carro, nem táxi. O clien-

te está indo embora, porque

ele vem de carro", disse.

Horrível–No Centro da Capi-

tal, comerciantes também se

queixaram, mas muitos prefe-

riram não se identificar. "Ficou

horrível", disse um deles, de

grande casa comercial da Rua

Líbero Badaró. Outro, que se

identificou como Adauto, do-

no de mercearia, foi claro.

"Não sou contra ciclovia, mas

da maneira como foi implanta-

da, retirando até os estaciona-

mento da Zona Azul, está pre-

judicando o comerciante."

Em meio a esta discussão, o

bancário Marcelo Stoian, que

costuma tomar um cafezinho

na Líbero Badaró, saiu em de-

fesa do projeto da Prefeitura.

"Todos têm de adotar a cultura

da ciclovia. A cidade está satu-

rada de carros, está poluída,

ninguém aguenta mais", disse

ele. "Lógico que este projeto

precisa ser aprimorado."

Paulo Pampolin/Hype

Bazar da Chácara: o comerciante Iraí diz que perdeu clientes.

Paulo Pampolin/Hype

Rogério Amato (de pé), Antonio Pela (à esq.) e José Police Neto.

Acada ano, 400 milhões deanimais silvestres são

atropelados no mundo. Só noBrasil são, anualmente, 750 milatropelamentos, o que equivalea 2.055 vítimas diárias. Boaparte delas, em consequênciado aumento do espaço urbanoe dos reservatórios deempreendimentos hidrelétricos.Os números foramapresentados ontem pelopresidente da AssociaçãoProtetora dos Animais Silvestres(Apas), Agnaldo Marinho,durante o programa de rádio"Amazônia Brasileira", daEmpresa Brasil de Comunicação(EBC). (ABr)

ANIMAIS MORTOS

Oministro Celso de Mello, doSupremo Tribunal Federal

(STF), negou pedido de liminarda Universidade de São Paulo(USP) para não pagar saláriosdos servidores grevistas em 48horas. Na decisão, o ministroentendeu que os servidores têmgarantido o direito de greve.Além disso, Melo argumentouque o tipo de ação pretendidapela universidade não é o meioadequado para questionar o atoda Justiça Trabalhista.

Na segunda-feira, a JustiçaTrabalhista de São Paulodeterminou que a USP pague ossalários de julho até o dia 5 deagosto. Ontem, durante aterceira audiência de conciliaçãono Tribunal Regional doTrabalho, o desembargador DaviFurtado Meirelles fez novaproposta para pôr fim à grevedos trabalhadores da USP, quecomeçou em maio e dura 100dias. (ABr)

GREVE NA USP

.Ó..R B I TA

A Polícia Civil prendeu ontemem Praia Grande (SP), uma

quadrilha que vestia fardapolicial e realizava falsosbloqueios policiais a fim deroubar os motoristas quevinham da capital paulista parao litoral. Carros de luxo eram oalvo dos marginais, quecostumavam roubar cartões decrédito das vítimas, exigindoque elas fornecessem as senhas,com as quais realizavamcompras de aparelhos de som,eletroeletrônicos e roupas degrife. Aguinaldo Souza Sá, presoem Praia Grande, foiidentificado como chefe daquadrilha, junto com a mulherPâmela Leite.

Outro casal, ainda nãoidentificado, foi preso em outraresidência. No local, foramlocalizados uniformes da PolíciaRodoviária Estadual, com osquais os bandidos aplicavam osgolpe. (EC)

FALSOS POLICIAIS

INCÊNDIO – Um incêndio de grandes proporções em uma oficina deixou vários veículos queimadosontem, na Avenida Cupecê, na zona sul da Capital. A oficina fica na altura da Rua Henrique da Mota. OCorpo de Bombeiros foi acionado e controlou as chamas. Não há informações sobre as possíveis causasdo fogo. Ninguém ficou ferido.

Alexandre Serpra/Estadão C

onteúdo

Page 11: Diário do Comércio - 05/09/2014

10 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 5 de setembro de 2014

... ÀS MÃES PRETASDE EMPREGADAS DOMÉSTICAS...

Milton Mansilha/Divulgação

Lorena da Silva Telles, autora de Liber tasentre sobrados – Mulheres negras no trabalhodoméstico em São Paulo (1880-1920).

A julgar pelos estudos da

historiadora paulistana

Lorena da Silva Telles, 34

anos, certamente a tradição

de contarmos com a excelência das

cozinheiras negras tem a ver com a

escravidão. Lorena, coincidentemente um

nome de sabor senhorial, está lançando,

sob a forma de livro, sua tese de mestrado

defendida junto à USP intitulada Libertasentre sobrados – Mulheres negras no trabalhodoméstico em São Paulo (1880-1920)(Alameda Casa Editorial). Ali ela

demonstra que as mulheres das senzalas,

em boa parte, foram compulsoriamente

encaminhadas para o trabalho doméstico,

dele tornando-se reféns após a abolição

em 1888. Não poderia ser de outra forma,

uma vez que, pela condição social, raras

coisas poderiam aprender a fazer senão

enveredar pelas artes da cozinha; limpar,

lavar e passar ou engomar além de

entreter as crianças dos amos. A pesquisa

mostra que a vida pós-libertação não lhes

mudou nesse aspecto e nem foi fácil. O

salário em torno de 20 mil réis não

permitia sequer pagar um quarto para

morar naquela São Paulo de 48 mil

habitantes. De modo que trabalhavam nas

casas de famílias em troca de comida,

roupa e abrigo; destinando sua merreca

salarial para coisas miúdas. A

investigação também revelou haver uma

rotatividade alta, que Lorena não tem

dúvidas em atribuir ao assédio dos patrões

contra as negras, conforme ocorria nas

relações de casa grande, salvaguardando

que a nova liberdade lhes possibilitava,

pelo menos, mudar de emprego. Esta

informação lhe chegou através do controle

de empregados feito pela polícia da cidade

– cadastro com fins meramente criminais.

Tais circunstâncias contribuíram para

reforçar a desqualificação do trabalho

doméstico que, aliás, é registrada desde

os primórdios das sociedades humanas,

transferindo, naquele Brasil que emergia

dos tempos coloniais, este pouco apreço

às negras em particular. "Essa herança

recaiu sobre as empregadas domésticas

de hoje", esclarece Lorena. "Não é por

acaso que agora, em 2014, estejamos

discutindo os direitos trabalhistas das

empregadas domésticas. Ainda

sobrevive entre nós um resquício da

cultura escravagista."

As escravas libertas que fazem parte

do período estudado por Lorena

também podiam optar em trabalhar

como amas de leite. O serviço consistia

em amamentar bebês das patroas,

prática que também remontava à casa

grande. Tratava-se, na maioria das

vezes, de um capricho estético das

matriarcas, no sentido de preservar o

frescor dos seios das arremetidas de

suas criancinhas. Era um trabalho

melhor remunerado – 40 mil réis – que

ganhou certa aura afetiva e altruística

bem representada pela figura abnegada

da "mãe preta", talvez porque o motivo

real fosse constrangedor. A atividade, a

rigor, deveria causar desconforto aos

corações mais sensíveis. Os anúncios a

respeito publicados nos jornais eram,

por exemplo, cruamente racistas. Dava-

se preferência às mulheres brancas,

leia-se migrantes europeias, entre as

quais as alemãs eram mais

requisitadas. Era uma discriminação

generalizada que, por ironia, informa

Lorena, serviu de argumento para uma

causa nobre: o estímulo ao aleitamento

materno. Por essa época a ciência já

disseminava os benefícios da

amamentação à saúde dos filhos. O

apelo médico para enquadrar as mães

brancas lembrava eventuais malefícios

transmitidos pelo leite das negras.

Portanto, fazia coro ao preconceito.

Lorena entende que existe um véu a

levantar sobre o papel da ama de leite: o

destino dado ao seu filho legítimo. É de

supor que haveria prioridade em favor

do bebê branco, por ser um trabalho

pago, impregnado de pressão social.

"Os efeitos precisam ser mais

examinados", diz ela. O quadro, por

aquilo que apurou até agora, promete

contestar versões consagradas de que

as relações entre bebês brancos e

"mães pretas" transcorriam em boa paz.

Há notícias de condutas hostis das amas

de leite contra, vá lá, seus pequenos

fregueses, desde infanticídios ao

costume de colocarem pimenta no bico

dos mamilos para provocar rejeição.

Este comportamento sugere que o

aleitamento poderia ser induzido ou

imposto à viva força. Adequadamente,

este assunto será tema da futura tese

de doutorado de Lorena.

O Centro de São Paulo para ver e comerArtista cria maquete de prédios com bolachas de diversos tipos, que poderão ser consumidas pelo público. Confira novas exposições no Centro Cultural Banco do Brasil.

José Maria dos Santos

Quem não se julgar,

no mínimo, media-

namente inteligen-

te, não deve visitar

a exposição “Ciclo – Criar com

o que temos”, cuja segunda e

última etapa será inaugurada

amanhã, às 11h, no Centro

Cultural Banco do Brasil, na

Rua Álvares Penteado, no Cen-

tro Velho de São Paulo.

São quatro novas obras que

vêm se somar às 10 já apre-

sentadas aos paulistanos

duas semanas atrás, igual-

mente caracterizadas por

aquele tipo de humor sarcásti-

co e refinado, sobretudo con-

temporâneo, que faria Wood

Allen suspirar de inveja.

Das quatro, certamente a

instalação do chinês Song

Dong, colocada no saguão do

belo edifício neoclássico ergui-

do no início do século XX, pro-

vocará maior alarido. Trata-se

de maquetes do Centro de São

Paulo feitas com biscoitos, as

quais os visitantes poderão sa-

borear primeiramente com os

olhos e depois com a boca.

Sim, poderão ser comidas,

como se faz com um pão de

queijo no café do próprio cen-

tro cultural. Em função dessa

finalidade, Song Dong procu-

rou satisfazer variados gos-

tos, utilizando desde a familiar

bolacha Maria aos diferentes

waffles nos quais se sobres-

saem os de chocolate, que é

uma preferência generaliza-

da. A obra de arte consumiu

cerca de 600 quilos de biscoi-

tos. O trabalho de Song Dong

intitula apropriadamente “Co-

mendo a cidade”.

A segunda peça, que se en-

contra pendurada na facha-

da, é um imenso entrelaça-

mento de câmeras de ar e

pneus batizado pelo autor, o

alemão Michael Sailstorfer,

como “Nuvem de Parede”. A

peça, de ares sinistros, é uma

alusão evidente ao movi-

mento inerente a uma urbe e

sua inevitável poluição. Nes-

te tópico, Sailstorfer passa a

impressão de ter presencia-

do alguma limpeza do leito

do Rio Tietê, pois dali, do ano

de 2011 para cá, já foram re-

tirados mais de 15 mil pneus

velhos.

A terceira nova peça cha-

ma-se “Cabeça de Chiclete”.

Mede cerca de 1,50 metro de

altura e está assentada no pi-

so de mosaico português em

plena esquina da Álvares Pen-

teado com a Rua da Quitanda.

Embora aparentemente enig-

mática, a ideia do artista, o ca-

nadense Douglas Coupland, é

simples: dar uma destinação

prática e higiênica ao chiclete

depois de mascado.

Coupland concebeu, usan-

do a si mesmo como modelo,

uma grande cabeça na qual os

pedestres vão colando seus

chicletes usados, em vez de

emporcalhar as calçadas, pa-

redes ou os baixios de mesas e

outros móveis.

Pudemos constatar que a

coisa funciona. A cabeçona foi

acomodada na quarta-feira

pela manhã. Permaneceu

imaculada por poucas horas,

pois ontem já estava recama-

da, do pescoço ao alto do crâ-

nio, com chicletes das mais

variadas cores.

V íd e o – Finalmente, a últi-

ma das estreantes é a obra “2

216 fitas”, do italiano Loren-

zo Durantini. Como o título

esclarece, consiste em uma

instalação a base de milhares

de fitas de vídeo, que hoje

são peças de museu, ates-

tando, conforme declara o

catálogo “a obsolescência

das mídias”.

Tanto isso é verdade que,

acreditem, um jornalista das

nossas relações, que teve a

casa assaltada recentemente

no bairro do Butantã, viu a du-

pla de ladrões levar o DVD e

desprezar o videocassete pre-

to que servia de suporte.

A parte sua farta criativida-

de, a exposição “Ciclo – C ri a r

Zé Carlos Barretta/Hype

com o que temos” re s u m e

com feliz mordacidade a futili-

dade consumista da socieda-

de contemporânea, como

bem afirma seu curador, o

multiartista Marcello Dantas,

47 anos. “Isso está expresso

nas peças feitas com os obje-

tos do cotidiano, que com-

põem o acervo da exposição”,

afirma. Ele está lembrando

particularmente a obra do

americano Tara Donovan, que

utilizou 700 mil copos de plás-

tico na sua instalação; ou o lus-

tre da portuguesa Joana Vas-

concelos, composto por 20 mil

absorventes femininos; ou a

teia com 100 mil palitos de

dentes do uruguaio Julio Cas-

tagno – conjunto que faz parte

daquela primeira etapa da ex-

posição referida nas primeiras

linhas. “C i c l o”vai até 27 de ou-

tubro, de quarta a segunda fei-

ra, das 9 às 21h.

Haitiano – Um dos recepcio-

nistas da mostra, extrema-

mente atencioso, aliás, aten-

de pelo nome de Diderot – evi-

dente homenagem ao ilumi-

nista francês Denis Diderot

(1713-1784). Ele é haitiano,

chegou ao Brasil há dois anos,

na cauda da já familiar onda

migratória que estamos assis-

tindo. É uma presença con-

temporânea que parece pro-

posital na exposição.

Maquete feita de bolachas do Centro da Capital recebe os retoques finais na montagem que será exposta no CCBB: arte comestível.

SSERVIÇOERVIÇOCentro Cultural Banco do Brasil

(CCBB) – Rua Álvares Penteado,

112 - Centro. Telefone: (11)

3113-3651/3652. Horário de

funcionamento: de quarta-feira a

segunda-feira, das 9 horas

às 21 horas.

Page 12: Diário do Comércio - 05/09/2014

sexta-feira, 5 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11

G A S T RO N O M I A

Doces menos doces

Tadeu Brunelli/Divulgação

Lúcia Helena de Camargo

Oaçúcar é um dos vilões

da vida moderna. Em

excesso, engorda e

causa problemas de saúde va-

riados. Mas as confeitarias têm

se empenhado em criar opções

com menos açúcar e que levem

ingredientes mais naturais. Al-

guns podem proporcionar tan-

to ou mais prazer do que aque-

les sonhos de padaria que, di-

ga-se, são deliciosos – só que

veneno para a dieta, pois a re-

ceita leva massa, fritura e mui-

to, muito açúcar refinado.

MASSA LEVÍSSIMAUma opção interessante é o

carro-chefe da doceria Jelly

Bread: o mil folhas tradicional

(foto). Trata-se de uma massa

folheada recheada de creme fei-

to com favas naturais de bauni-

lha. Segundo a coordenadora

Taís Lima, somente a loja do

Shopping Vila Olímpia, recém-

inaugurada, vende cerca de 30

doces por dia. Custa R$11,90. A

massa, levíssima, é preparada

também com recheio de banana

e doce de leite, mas esses não

fazem tanto sucesso quanto a

criação original. Há ainda no do-

ce um toque delicado de choco-

late: a película sobre a qual é im-

pressa a marca da doceria. A Jel-

ly Bread foi inaugurada em 2012

e tem lojas também nos shop-

pings Morumbi e Ibirapuera.

w w w. j e l l y b r e a d . c o m . b r

ZERO AÇÚCARA Ofner tem a linha zero, para

quem precisa eliminar o açúcar

totalmente. A bomba, a mouse

ou o cheese cake de chocolate

zero custam R$ 9,30 cada; o sor-

vete chocolate zero sai por R$

33,40 o quilo; a torta de chocola-

te zero, com 600 gramas, custa

R$ 52,02. A novidade é o bom-

bom zero (vendido por peso, a

R$199,90 o quilo). A rede Ofner

tem 60 lojas em São Paulo.

w w w. o f n e r. c o m . b r

NO FRIOSe você estiver em Campos

do Jordão, o frio pode combi-

nar com os waflles sem glúten

com frutas vermelhas de Elia-

na Lenz, do LenzGoumert. A

casa f ica na estrada Paulo

Costa Lenz Cesar, 2150, em

Gavião Gonzaga, Campos do

J o rd ã o.

Se quiser deixar seu lugar re-

servado antes de sair de São

Paulo, ligue nos telefones (12)

3662-1077 ou 3662-1421.

w w w. l e n z . c o m . b r

FRUTAS NO RECHEIOA leveza do bolo de limão da

Opera Ganache fica por conta

do recheio de frutas. Entre as

camadas da massa há creme

de framboesas envoltos em

mousse de queijo (cream che-

ese). A decoração é com frutas

vermelhas e macaron de fram-

boesa. Custa R$9.

A Opera Ganache acabou

de abrir sua primeira loja, de-

pois de 11 anos apenas forne-

cendo para outros estabeleci-

mentos . Na Rua Augusta ,

2542, loja 7, Cerqueira César,

telefone 3062-7161.

w w w. o p e r a g a n a c h e . c o m . b r

A nova carados vinhos

a u st r a l i a no s

TERREMOTOO

espírito de um movimento social que os

americanos conhecem bem (neighbors hel-ping neighbors) tomou conta de produtores de

vinho reunidos no Napa Valley Vintners, que

anunciou a doação de US$ 10 milhões para a

criação de um fundo destinado às vítimas do

terremoto que atingiu a Califórnia, incluindo vi-

nhedos de Napa, em 24 de agosto. O dinheiro

vai para reconstrução de moradias e negócios.

BRASILEIROSO

Novo Guia Adega deVinhos do Brasil

(2014-2015) acaba de ser

lançado pela Editora In-

ner em parceria com a re-

vista Adega. Foram ava-

liados cerca de 580 vi-

nhos, de mais de 60 viní-

colas de todo País. A

publicação oferece ainda

um resumo das principais regiões vitivinícolas

e um ranking de rótulos de maior destaque.

h t t p : / / l o j a i n n e r. c o m . b r / g u i a a d e g a v i n h o s d o-

brasil2013-2015.html

Muitas barricas vêm rolando na terra dos can-

gurus desde que o capitão Arthur Philip de-

sembarcou, em 1788, no que é hoje o Porto

de Sydney. Das primeiras tentativas de produção de vi-

nho aos mais de 700 milhões de litros exportados

anualmente para todo mundo passaram-se apenas

200 anos, rapidez e eficiência reveladoras de uma na-

ção perseverante que se vale de muita experimenta-

ção e ciência para o manejo de seus vinhedos.

A Wine Spectator de agosto, na pena do especia-

lista Harvey Steiman, acaba de indicar um avanço

dos Cabernet Sauvignon australianos no mer-

cado americano, depois que os vinicultores

conseguiram um equilíbrio na sua personali-

dade herbácea. Importante notícia, já que o

Shiraz sempre fez sombra aos "Cab aussies".

A mais nova expressão do dinamismo da

vinicultura australiana, entretanto, é encon-

trada em jovens e estudiosos produtores de

Victoria, reunidos no grupo South Pack. Fo-

ra do circuito global das grandes empre-

sas, estão atrás de vinhos artesanais que

melhor expressem o terroir daquele pe-

daço de Novo Mundo que tem solos de

500 milhões de anos. Vinhos que tam-

bém mostrem como o australiano está

tratando as novas variedades planta-

das hoje no país, vinhedos que se mistu-

ram às mais antigas parreiras remanes-

centes do mundo, dos anos 1850.

Em entrevista a Tim Wildman, publica-

da no blog Les Caves de Pyrène (man tido

pela homônima importadora britânica), o

viticultor Barney Flanders, da Allies, defi-

ne o South Pack com uma antítese. O que o grupo es-

tá procurando NÃO FAZER é justamente vinhos ex-

cessivamente frutados, com a presença intensa do

carvalho "adocicado", muito álcool e baixa acidez .

Ele acredita que o mundo já se cansou dessa receita

típica australiana, que fez muito sucesso num pas-

sado que é ainda muito presente. A produção do

South Pack é, portanto, uma reação aos "pesados"

vinhos dos anos 90, comparável à revolução ocorri-

da nos Estados Unidos com o movimento "New Ca-

lifornia", escreveu Julia van der Vink, em Pu n c h .O South Pack foi criado em 2006 para somar as

forças de promoção das garrafas de pelo menos oito

vinicultores independentes, que trabalham com vi-

nhedos principalmente no Yarra Valley, Mornington

e Gippsland, ao sul da região de Victoria. São eles:

Mac Forbes (Mac Forbes Wines), Timo Mayer (Mayer)

Gary Mills (Jamsheed), James e Clare Lance (Punch),

Barney Flandres e David Chapman (Alliens e Gara-

giste), Adam Forster (Syrahmi), Luke Lambert (Luke

Lambert Wines), Bill Downie (William Downie).

Muitos deles estão concentrados no Yarra Val-

ley, que tem a uva Pinot como "cepa de inova-

ção". Os Pinot de Mac Forbes foram parâme-

tros dessa revolução. Luke Lambert, por sua

vez, além dos Shiraz, faz vinhos da italianíssi-

ma uva Nebbiolo, em Heathcote, assim como

Gary Mills produz boas garrafas de Gewürz-

traminer e Viognier. Essas novas apostas

convivem com as mais tradicionais cepas

da vinicultura local, que são Shiraz, Caber-

net Sauvignon (que gosta da terra roxa de

Cononawarra) e Chardonnay.

Depois daquela árdua viagem oceânica

de oito semanas, uma das primeiras atitu-

des do capitão Philip (logo

guindado a almirante e

que seria o governador da

colônia britânica New

South Wales), foi plantar,

com a força dos seus

"condenados" o que res-

tava das mudas que

trazia na embarcação.

Entre as plantas, vinhas

do Cabo da Boa Espe-

rança e do Brasil. Pois

se a Grã-Bretanha

não tem exatamente uma história das mais vibrantes

da indústria do vinho, sempre foi um grande reino de

consumidores e, no século XVIII, já era um porto de

muitos negociantes da bebida. Havia uma ideia, so-

brejacente à da conquista territorial, de que a Austrá-

lia poderia ser o "vinhedo da Inglaterra", explica Max

Allen em Crush(Mitchell Beazley/2000). Como aquele

ponto da Austrália era muito quente e úmido, as ten-

tativas de produzir vinho ali fracassaram. O primeiro

vinhedo produtivo e a primeira vinícola comercial vie-

ram décadas depois, já no início do século XIX.

Até os anos 1960, aproximadamente 80% dos vi-

nhos australianos eram fortificados, na linha do

Sherry e do Porto. Eram conhecidos na Inglaterra co-

mo "vinho colonial". Foi depois da Segunda Guerra

que o perfil dos vinhos locais foi sendo alterado, gra-

ças aos imigrantes italianos, gregos e alemães, que

gostavam dos vinhos à mesa, para acompanhar as

refeições. O primeiro grande vinho australiano saiu

das mãos de Max Schubert, da vinícola Penfold, em

1951: o safrado "Grange". Depois dele, a vinicultura

australiana nunca mais foi a mesma.

José Guilherme R. Ferreiraé membro da Academia

Brasileira de Gastronomia e autorde Vinhos no Mar Azul – Viagens

E n o g a st r o n ô m i c a s(Editora Terceiro Nome)

O jovem time da Mac Forbes(ao lado) e o divertido logotipo da

vinícola Punch: promessas do YarraValley. Abaixo, garrafa do rótulo

Jamsheed, do vinicultor Gary Mills.

Page 13: Diário do Comércio - 05/09/2014

12 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 5 de setembro de 2014

.E..S PA Ç O

Asteroide passa deraspão pela Terra

A Nasa informou

ontem que o pequeno

asteroideo asteroide

2014 RC, de 20 metros

de diâmetro, passará

perto da Terra, acima da

Nova Zelândia, no

próximo domingo, 7 de

setembro. A agência

espacial descartou a

possibilidade do corpo

celeste se chocar com o

planeta e informou que

a maior proximidade do

2014 Rc da Terra será de

40 mil quilômetros.

.M..ÍDIA

70 anos de notíciasPara comemorar seus 70 anos, a revista espanhola

Hola espalhou por Madri imagens de suas capas

históricas. Na foto acima, a edição sobre os

atentados de 11 de setembro de 2001.

.T..RANSPOR TE

Volta ao mundo com energia solarO Turanor PlanetSolar, maior barco

movido apenas a energia solar do

mundo, passou ontem pela laguna

de Veneza, na Itália. O barco está

realizando uma volta ao mundo.

.R..E S TA U R A N T E S

Nove brasileiros entre os melhores da AL

.L..OTERIAS

Concurso 3579 da QUINA

11 34 35 58 73

.C..ELEBRIDADES

Morre Joan RiversA

comediante Joan Ri-

vers, de 81 anos, mor-

reu ontem em Nova

York, uma semana depois de

sofrer uma parada cardíaca

durante uma cirurgia nas cor-

das vocais em uma clínica, no

dia 28 de agosto, estava inter-

nada no Hospital Mount Sinai,

em Manhattan.

"É com grande tristeza que

anuncio a morte da minha

mãe, Joan Rivers. Ela faleceu

pacificamente às 13h17 ro-

deada pela família e amigos

próximos", disse sua filha, Me-

lissa Rivers, em comunidado.

Conhecida por seu humor

cáustico, Rivers certa vez se

descreveu como "a garota-

propaganda da cirurgia plásti-

ca" e brincou a respeito de

suas inúmeras intervenções.

Durante sua longa carreira,

a comediante de voz rouca fi-

cou famosa propor satirizar a

si própria e a outras celebrida-

des de Hollywood.

Rivers queria ser atriz, mas

entrou na comédia depois de

escrever números humorísti-

cos para o programa de televi-

são "The Ed Sullivan Show", de

onde se seguiram trabalhos

como shows de stand-up,

apresentação de cerimônias

de premiação e participante

de reality shows.

Dar

ren

Stap

les/

Reut

ers

ARTE NOBRE - O duque e a duquesa de Devonshire atravessam uma gigantesca escultura

criada pela artista norte-americana Alice Aycock e intitulada Hoop -La. A obra integra uma

exposição realizada em Chatsworth House, na região central da Inglaterra.

s

Uma garagempara seu carro

Um porta-chaveiro de

parede, acompanhado de um

chaveiro com o carro de sua

preferência (Kombi, Fusca,

Porsche e Jaguar, entre

outros): criação divertida do

designer André Rumann.

Custa 33 euros.

http://goo.gl/4vY4Ne

Ficção na vida realO fotógrafo Christopher

Moloney, um canadense

apaixonado por cinema, criou

uma curiosa série de imagens

em que ele combina seus

próprios cliques de paisagens

reais com cenas de filmes

rodadas nos mesmos locais. A

combinação ganha ainda

mais beleza porque o artista

reproduz fotos das cenas de

cinema em preto e branco e

as combina com suas

próprias fotos, coloridas. A

série se chama

"FILMography" e reúne 25

pares de cenas e cenários.

Nas fotos desta página você

vê, acima, Mensagem paravocê 2 e Bonequinha de Luxo;

ao lado, Doctor Who e

Esqueceram de Mim. Veja mais

no link abaixo.

h t t p : / / g o o . g l / p b Av 8 4

Pirâmide egípcia ameaçada Brasil e China lançam novo satéliteA pirâmide de Saqqara, de

4,6 mil anos, localizada no

mais antigo complexo de

pedra construído por

humanos, pode cair. Segundo

ativistas, a empresa que faz o

restauro do complexo nunca

fez uma restauração antes e

construiu novas paredes na

pirâmide acima do limite

legal de 5%. As paredes

modernas pressionam a

estrutura original da

pirâmide, dizem os ativistas,

que querem a investigação

da contratação da empresa

pelo ministro de Antiguidades

Mamdouh al-Damaty.

Brasil e China lançarão ao

espaço em 7 de dezembro um

novo satélite de observação

terrestre, o CBERS-4, e já

preveem o lançamento de

outro satélite, o CBERS-4A,

para daqui a três anos. Além

disso, o comitê de gestão do

programa CBERS, cujos

satélites captam imagens

para monitorar a expansão

da agricultura e das cidades e

o desmatamento, já discutem

propostas preliminares para o

os lançamentos dos satélites

CBERS-5 e 6, informou o

Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (INPE).

As obras deMoloney

ganharamuma

exposição noFestival de

Cannes

Nove brasileiros estão

na lista dos 50 Melhores

Restaurantes da América

Latina, divulgada em Lima,

no Peru. O D.O.M, de Alex

Atala, caiu do 2º lugar em

2013 para 3º, mas recebeu

o prêmio pelo conjunto da

obra. O Maní, 5º lugar em

2013, subiu para a 4ª

posição. Outros brasileiros

são: Mocotó - SP (12º);

Roberta Sudbrack - RJ

(13º); Remanso do Bosque

- PA (34º); Olympe - RJ

(35º); Epice - SP (36º);

Attimo - SP (38º) e Fasano -

SP (44º). O Central, de

Lima, ficou com o 1º lugar

seguido pelo Astrid y

Gastón, também do Peru. A

Argentina é o país com

mais casas na lista: 12,

mas apenas uma entre os

dez primeiros, o Tegui (9º),

de Buenos Aires.

Susa

na V

era/

Reut

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Repr

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eute

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Page 14: Diário do Comércio - 05/09/2014

sexta-feira, 5 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13

Marcas brasileirastiram passaporte

Criações nacionais começam a ser reconhecidas no exterior por meio de ações conjuntas entre Apex e Abral.

Karina Lignelli

Tem Peixonauta, Meu

Amigãozão, Cocoricó,

a veterana Turma da

Mônica e a onipresen-

te Galinha Pintadinha, claro.

Mas também tem Capricho,

Boa Forma e nomes espor-

tivos como Fico, Mor-

maii e Red Nose, entre

outros, que já estão

até chamando aten-

ção do mercado

americano. O setor

de licenciamento

no Brasil, que cres-

ce em torno de 14%

ao ano, movimenta

perto de R$ 13 bi-

lhões no vare jo ,

mas ainda é com-

posto por 70% de

personagens e

marcas estran-

geiros, começa a

dar seus primeiros

passos rumo ao mer-

cado externo com o projeto

Brazilian Brands.

Resultado de uma parceria

entre a Associação Brasileira

de Licenciamento (Abral) e a

Agência Brasileira de Promo-

ção de Exportações e Investi-

mentos (Apex-Brasil), o proje-

to, que se encaixa dentro do

grupo de Economia Criativa

da agência, tem como objeti-

vo aumentar sua participação

nesse mercado como um todo

ao promover suas marcas no

exterior. A meta é gerar R$ 5

milhões em licenciamento de

marcas até 2015 com o resul-

tado de ações como participa-

ções em feiras nacionais e in-

ternacionais, informa Debo-

rah Rossoni, gestora de proje-

tos da Apex-Brasil, que diz que

o projeto inclui apoio técnico,

de inteligência comercial, es-

tudos de mercado e ações de

relacionamento, entre outros,

para que "a primeira experiên-

cia setorial de internacionali-

zação dê certo", explica.

Segundo Marici Ferreira,

presidente da Abral, como o

negócio de vender marcas

não é palpável (e por isso se

encaixa em Serviços), a ideia é

promover ações que tragam

importadores ao País (como a

7ª Expo Licensing Brasil, que

será realizada em

São Paulo no f im

deste mês), expor-

tar marcas, fazer

trabalhos vincula-

dos a ações de mar-

keting e mostrar

que no Brasil há ar-

tistas que desen-

volvem personagens adultos

e infantis de grande sucesso.

"O setor tem um potencial

enorme, mas o trabalho é de

longo prazo. O importante é

que já iniciou", afirma Marici.

Ela cita ações que já têm

produzido resultados, como

os personagens da Turma da

Mônica espalhados em par-

ques de Portugal, ou desenhos

animados e camisetas de

competidores ligados à marca

UFC expostas em torneios no

exterior. "Com a divulgação da

marca nos países, fica mais fá-

cil desenvolver trabalhos de

marketing para que crianças e

adultos queiram comprar os

produtos. Exemplo desse li-

cenciamento no mundo intei-

ro é a Disney, e se no Brasil fos-

se mais estruturado, já tería-

mos conseguido espaço com

facilidade. Mas agora, isso de-

ve mudar", espera presidente

da Abral.

Iniciado em 2013, o projeto

da Abral/Apex segue três ca-

minhos, segundo Marici. O pri-

meiro é através dos represen-

tantes de vendas, que tenham

expertise nos mercados lo-

cais. O segundo é o contato di-

reto com as indústrias de ou-

tros países. "O problema é que

muitas ainda não têm como

distribuir no varejo local, en-

tão também é preciso realizar

mais ações para ajudar esse

fabricante a vender", explica.

Por último, estão as visitas às

feiras do setor, com a partici-

pação de agentes locais – c a-

minho que já tem apresentado

resultados. Exemplo disso foi

a primeira participação nas

edições 2013 e 2014 da Licen-

sing Expo de Las Vegas (EUA).

Segundo Deborah, da Apex,

na edição 2013 da Licensing

Expo participaram 13 empre-

sas brasileiras com 16 proprie-

dades. Elas fecharam 17 ne-

gócios entre junho e outubro,

movimentando entre US$ 670

Fotos: divulgação. Na edição desteano da LicensingExpo de LasVe g a sparticiparam 13empresasbrasileiras.

Conhecendo ar ealidademundo afora

Os próximos passos

para incluir o setor de

licenciamento brasileiro

na agenda internacional

são a 7ª Expo Licensing

Brasil, que será realizada

na capital paulista nos

dias 30/09 e 01/10

(informações no

www.expolb.com.br). Um

dia antes, delegações

participarão de visitas

técnicas com fabricantes

ou locais como a Rua 25

de Março, onde há grande

variedade de artigos

escolares e outros itens

com marcas e

personagens licenciados.

No evento, haverá uma

sala para apresentação

do projeto Abral/Apex, e

também serão realizadas

reuniões estratégicas e

rodadas de negócios.

Em outubro, será a vez

de as marcas brasileiras

participarem da Brand

Licensing Europe 2014,

em Londres – o que deve

puxar ainda mais o setor

pela visibilidade, na

opinião de Marici. "Essa

feira vai ser um marco, e

quem quiser se projetar lá

fora, a gente leva",

afirma. Já Deborah, da

Apex, lembra que

licensings de todo o

mundo estarão no evento

em Londres, e o projeto

Abral/Apex já vem

montando agendas para

que os empresários

brasileiros conheçam in

loco o que acontece

globalmente no setor.

"Queremos mostrar quais

ações de marketing

promocional e design

diferenciado os outros

países vêm

desenvolvendo, além de

orientar nossos

empresários a se

posicionarem para

enfrentar o mercado

internacional, pois eles

ainda não estão

preparados para

isso. Essa será a

grande missão

para esse ano",

sinaliza. (KL)

Adr

ees L

atif/

REU

TERS SALÁRIOS COM MAIS

RECHEIO – Tr a b a l h a d o r e sde redes de fast-food dosEstados Unidos semobilizaram ontem em 150cidades para pedir aumentodo salário mínimo. Na TimeSquare, formada pelasprincipais ruas comerciaisde Nova York, cerca de 400manifestantes seaglomeraram na hora dorush com cartazes dizendo“juntos por US$ 15 porhora”. Alguns ocuparam umMcDonald no local eacabaram detidos.

O setor temum potencialenorme, maso trabalho éde longoprazo.O importanteé que ele já foiiniciado.MARICI FERREIR A,DA ABR AL

sença com empresários-refe-

rência em licenciamento no

País. Ou seja, não é mais se

aventurar, mas mostrar nossa

qualidade para os muitos inte-

ressados em nossas marcas

no exterior", com-

pleta Mar ic i , da

Abral.

mil e US$ 820 mil dólares.

Essas empresas mostraram

seus produtos em Las Vegas

por meio dos projetos Com-

prador/Imagem (que mos-

tram e comercializam marcas

brasileiras) da Apex, apresen-

tados na Brazilian Brands Ex-

perience #1 Edition 2013 paí-

ses como EUA, México, Espa-

nha, Turquia, Itália, Japão, Rei-

no Unido, Canadá, Chi le ,

Tailândia e Argentina. Outros

dados, da Abral, mostram

que, até o fim de 2013, o resul-

tado comercial bateu nos R$

3,4 milhões.

Já na edição desse ano, rea-

lizada em junho, foram 13 par-

ticipantes brasileiras, com 28

propriedades, que fecha-

ram quatro vendas duran-

te a feira, gerando um vo-

lume de negócios entre

US$ 560 mil e US$ 660

mil. E com direito a re-

forço em ações para-

lelas no Projeto Ima-

gem para mostrar

um outro lado do

Brasil, com estan-

des de gastrono-

m i a c o m c a f é

brasileiro, e um

bar que trans-

mitia jogos da

Copa. "O Brasil

ainda tem mui-

tos vícios de

i m a g e m , e

através de as-

pectos cultu-

rais ou tecno-

lógicos, busca-

mos mos t ra r a

imagem de um

Brasil moderno e

profissional. Tu-

do i s so a t ra iu a

atenção dos visitantes e gerou

muitos contatos", afirma De-

borah, da Apex.

"Percebemos a

i m p or t â n-

cia da nos-

sa presen-

ça: muitos

c on v i da-

dos se surpreende-

ram em 2013, e este ano con-

seguimos reforçar essa pre-

O setor de licenciamento noBrasil cresce 14% ao ano. Ospersonagem que estampam

cadernos, camisetas, mochilas,entre outros produtos,movimentam R$ 13 bi.

Page 15: Diário do Comércio - 05/09/2014

14 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Page 16: Diário do Comércio - 05/09/2014

sexta-feira, 5 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15

Controladora ConsolidadoPassivo 2013 2012 2013

(Reapresentado)Circulante 186.156 297.727 177.912Empréstimos e financiamentos 23.100 23.100 23.100Fornecedores 42.536 119.670 43.036Obrigações trabalhistas 24.614 40.080 24.614Encargos sociais impostos 32.227 35.104 32.227Obrigações tributárias 914 52.389 914Provisão parainvestimento controlada 8.744 - -Outras obrigações 54.021 27.384 54.021Não Circulante 13.184 28.875 13.184Outras obrigações 7.409 - 7.409Empréstimose financiamentos 5.775 28.875 5.775Patrimônio Líquido - - 1.945.876Capital social 5.380.434 2.570.220 5.380.434Adiantamento parafuturo aumento de capital - 7.409 -Prejuízos acumulados (3.434.550) (1.416.181) (3.434.550)Patrimônio líquidodos controladores 1.945.884 1.161.448 1.945.884Participação dos quotistasnão controladores - - (8)Total do Passivo 2.145.224 1.488.050 2.136.972

Balanço Patrimonial em 31 de Dezembro de 2013 e 2012

Demonstração dos Fluxos de Caixa em 31/12/2013 e 2012Controladora Consolidado

2013 2012 2013(Reapresentado)

Fluxo de Caixa das Atividades OperacionaisPrejuízo do exercício (2.018.369) (940.715) (2.018.369)- Depreciação / amortização 37.070 30.282 37.070- Resultado deequivalência patrimonial 9.743 - -Prejuízo ajustado (1.971.556) (910.433) (1.981.299)(Aumento) redução ativos:- Clientes 145.455 (162.578) 145.455- Tributos a compensar (6.347) (108.949) (6.347)- Estoques 75.645 (5.057) 75.645- Outros créditos 29.552 (17.057) 38.611- Despesas antecipadas 58.074 (52.730) 58.074Aumento (redução) passivos:- Fornecedores (77.134) 88.044 (76.634)- Obrigações trabalhistas (15.466) 27.733 (15.466)- Encargos sociais e impostos (2.877) 27.182 (2.877)- Obrigações tributárias (51.475) 51.835 (51.475)- Outras obrigações 34.046 (28.145) 34.046Caixa consumido nasatividades operacionais (1.782.083) (1.090.155) (1.782.267)Atividades de Investimento- Aquisição deinvestimento em controlada (999) - -- Aquisição de imobilizado (216.130) (269.355) (216.130)Caixa consumido nasatividades de investimento (217.129) (269.355) (216.130)Atividades de Financiamento- Empréstimos financiamentos (23.100) 49.234 (23.100)- Integralização de capital 2.810.214 - 2.810.216- Adiantamento parafuturo aumento de capital (7.409) - (7.409)Caixa gerado nas atividades

Demonstração das Mutações do Patrimônio LíquidoAdiantamento para Patrimônio Patrimônio Patrimônio

Capital futuro aumento Prejuízos líquido dos líquido dos não líquidosocial de capital acumulados controladores controladores consolidadop

Saldos em 31/12/2011 2.570.220 7.409 (475.466) 2.102.163 - 2.102.163Prejuízo do exercício - - (940.715) (940.715) - (940.715)Saldos em 31/12/2012 (Reapresentado) 2.570.220 7.409 (1.416.181) 1.161.448 - 1.161.448Aumento de capital 2.802.805 - - 2.802.805 2 2.802.807Adiantamento para futuro aumento de capital 7.409 (7.409) - - -Prejuízo do exercício - - (2.018.369) (2.018.369) (10) (2.018.379)Saldos em 31/12/2013 5.380.434 - (3.434.550) 1.945.884 (8) 1.945.876

Demonstração dos Resultados dos exercícios em 31/12/2013 e 2012Controladora Consolidado

2013 2012 2013Receita OperacionalLíquida 81.359 3.185.556 81.359Custos dos serviçosprestados (31.067) (2.548.960) (31.067)Lucro Bruto 50.292 636.596 50.292Despesas Operacionais (2.018.369) (940.715) (2.018.379)Gerais e administrativas (2.019.602) (1.633.334) (2.029.152)Tributárias (41.449) (33.547) (41.459)Equivalência patrimonial (9.743)Outras despesas líquidas 1.471 (10.225) 1.471Resultado Antes Receitase Despesa Financeiras (2.019.031) (1.040.510) (2.018.848)Resultado financeiro líquido 662 99.795 469Resultado Antes dosTributos Sobre o Lucro (2.018.369) (940.715) (2.018.379)IR. e Contribuição Social - - -Participação dos quotistasnão controladores - - 10Prejuízo do Exercício (2.018.369) (940.715) (2.018.369)Prejuízo por Quotado Capital Social (7,27) (8,28)

A integra das demonstrações financeiras está à disposição dos acionistas na sede da empresa.

Controladora ConsolidadoAtivo 2013 2012 2013

(Reapresentado)Circulante 1.662.522 1.184.408 1.654.270Caixa equivalentes caixa 1.300.172 519.679 1.300.979Clientes 23.279 168.734 23.279Tributos a compensar 161.309 154.962 161.309Estoques 147.076 222.721 147.076Outros créditos 12.333 41.885 3.274Despesas antecipadas 18.353 76.427 18.353Não Circulante 482.702 303.642 482.702Imobilizado 482.702 303.642 482.702Total do Ativo 2.145.224 1.488.050 2.136.972

de financiamento 2.779.705 49.234 2.779.707Participação dos quotistasnão controladores no resultado - - (10)Acréscimo (Decréscimo)Caixa Equivalentes Caixa 780.493 (1.310.276) 781.300Saldo de caixa equivalentesde caixa no início exercício 519.679 1.829.955 519.679Saldo de caixa equivalentesde caixa final do exercício 1.300.172 519.679 1.300.979Acréscimo (Decréscimo)Caixa Equivalentes Caixa 780.493 (1.310.276) 781.300( )

Miguel Saramago da Costa DiogoCPF. 236.619.368-83

Diretor

Silvia Regina SchwarzContadora

CRC 1SP 172.299/O-0

Ativo 2012 2011

Circulante 1.129.411 2.148.313

Caixa e equivalentes de caixa 519.679 1.829.955

Créditos a receber 113.737 6.156

Tributos a compensar 154.962 46.013

Estoques 222.721 217.664

Outros créditos 41.885 24.828

Despesas antecipadas 76.427 23.697

Não Circulante 303.642 64.569

Imobilizado 303.642 64.569

Total do Ativo 1.433.053 2.212.882

Balanço Patrimonial em 31 de Dezembro de 2012 e 2011Passivo 2012 2011Circulante 297.727 110.719Empréstimos e financiamentos 23.100 2.741Fornecedores 119.670 31.626Obrigações trabalhistas 40.080 12.347Encargos sociais e impostos 35.104 7.922Obrigações tributárias 52.389 554Outras obrigações 27.384 55.529Não Circulante 28.875 -Empréstimos e financiamentos 28.875 -Patrimônio Líquido 1.106.451 2.102.163Capital 2.570.220 2.570.220Adiantamento para futuro aumento de capital 7.409 7.409Lucros (prejuízos) acumulados (1.471.178) (475.466)Total do Passivo 1.433.053 2.212.882

Demonstração dos Resultados dos Exercicios Findos 31/12/12 e 20112012 2011

Receitas Líquidas 3.039.177 202.639(-) Custo produtos vendidos e serviços prestados (2.457.578) (233.738)Lucro Bruto (Prejuízo) 581.599 (31.099)Despesas Operacionais (1.677.106) (628.912)Gerais e administrativas (1.633.334) (536.718)

Demonstração das Mutações do Patrimônio LíquidoCapital social Adiantamento para futuro aumento de capital Lucros / (Prejuízos) acumulados Totalp p p ( j )

Saldo em 31/12/10 (não auditado) 50.000 - (12.280) 37.720Aumento de Capital 2.520.220 - - 2.520.220Adiantamento para futuro aumento de capital - 7.409 7.409Prejuízo do exercício - - (463.186) (463.186)Saldo em 31/12/2011 2.570.220 7.409 (475.466) 2.102.163Prejuízo do exercício - - (995.712) (995.712)Saldo em 31/12/2012 2.570.220 7.409 (1.471.178) 1.106.451

Demonstração Fluxo de Caixa dos Exercícios Findos 31/12/12 e 2011Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais 2012 2011Prejuízo do exercício (995.712) (463.186)Depreciações 30.282 5.388Prejuízo ajustado (965.430) (457.798)(Aumento) redução de ativos:- Créditos a receber (107.581) (6.156)- Tributos a compensar (108.949) (46.013)- Estoques (5.057) (217.664)- Outros créditos (17.057) (20.778)- Despesas antecipadas (52.730) (23.697)Aumento (redução) de passivos:- Fornecedores 88.044 31.626- Obrigações trabalhistas 27.733 10.807- Encargos sociais e impostos 27.182 7.922- Obrigações tributárias 51.835 60- Outras obrigações (28.145) 53.291Caixa líquido consumido atividades operacionais (1.090.155) (668.400)Fluxo de Caixa Proveniente dasAtividades de Investimentos- Aquisição de ativo imobilizado (269.355) (68.044)Caixa consumido nas atividades de investimentos (269.355) (68.044)Fluxo de Caixa Proveniente dasAtividades de Financiamento- Empréstimos e financiamentos 49.234 2.741- Aumento de capital social - 2.527.629Caixa gerado pelas atividades de financiamento 49.234 2.530.370Acréscimo (Decréscimo) Caixa e Equivalentes (1.310.276) 1.793.926(1.310.276) 1.793.926Saldo inicial de caixa e equivalentes de caixa 1.829.955 36.029Saldo final de caixa e equivalentes de caixa 519.679 1.829.955Acréscimo (Decréscimo) Caixa e Equivalentes (1.310.276) 1.793.926(1.310.276) 1.793.926

A integra das demonstrações financeiras está àdisposição dos acionistas na sede da empresa.

Tributárias (33.547) (20.422)Outras despesas líquidas (10.225) (71.772)Prejuízo Antes do Resultado Financeiro (1.095.507) (660.011)Resultado financeiro líquido 99.795 196.825Prejuízo Antes do IR. e Contribuição Social (995.712) (463.186)IR. e Contribuição Social - -Prejuízo do Exercício (995.712) (463.186)Prejuízo por ação (8,76) (4,08)

Guilherme José Mendes de Araújo, CPF. 771.945.356-53, Diretor Silvia Regina Schwarz, Contadora, CRC 1SP 172.299/O-0

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 04 de setembro de 2014, na Comarca da Capital, os seguintes

pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Requerente: Centralmax Vigilância e Segurança Privada Ltda. Requerido: Uniesp União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo Ltda. Rua Três de

Dezembro, 31 – 1° Andar – Centro - 1ª Vara de Falências.

Requerente: Tetraferro Ltda. Requerido: Gradam Sistemas Exposição Ltda. EPP. Rua Alberto Callix, 151 – Jardim Anhanguera - 1ª Vara de Falências.

Requerente: Artefatos de Metais e Plásticos Ludovico Ltda. Requerido: GM da Silva

Eletrônicos EP. Rua Vitoria, 125 – Santa Efi gênia - 2ª Vara de Falências.

Requerente: Qualitygraf Gráfi cos e Editores Ltda. Requerido: Savedra Comércio de Produtos Promocionais Ltda. Rua Rafael Correia Sampaio, 416 – Jardim Palmares

(Zona Sul) - 2ª Vara de Falências.

Requerente: Banco Fibra S/A. Requerido: Indústria de Plásticos Cária Eireli. Rua

Guaicurus, 752/798 – Lapa - 1ª Vara de Falências.

Propagação regionaldo "efeito Copa"

Para o comércio os refle-

xos negativos da Copa

do Mundo ainda conti-

nuam a ser sentidos. Dados do

ACVarejo de junho, o mais no-

vo levantamento mensal so-

bre o setor do Instituto de Eco-

nomia Gastão Vidigal (IEGV)

da Associação Comercial de

São Paulo (ACSP) mostra que,

nas 16 regiões paulistas pes-

quisadas as vendas caíram.

Entre os piores desempenhos,

estão as regiões de Bauru (-

16,2%), Litoral (-15,8%), Ara-

ça tuba ( - 13 ,1%) , ABC ( -

12,5%) e Capital. No Estado

como um todo, o varejo recuou

8,8% ante junho de 2013. Os

dados se referem ao varejo

ampliado, que inclui conces-

sionárias e lojas de material de

c o n s t r u ç ã o.

Comparado a maio, o varejo

também não foi bem em junho

nas regiões analisadas, e a úni-

ca que apresentou saldo positi-

vo nas vendas foi Campinas

(alta de 3,8%). "Os resultados

do mês foram muito influencia-

dos pela redução do número de

dias úteis, motivada pela reali-

zação da Copa do Mundo”, afir-

ma Rogério Amato, presidente

da ACSP, da Facesp (Federação

das Associações Comerciais do

Estado de São Paulo) e presi-

dente-interino da CACB (Con-

federação das

Associações Comerciais e

Empresariais do Brasil).

Amato também comenta so-

bre a expectativa para as ven-

das em 2014. “A perspectiva

para o varejo paulista é de bai-

xo crescimento no resto do

ano, em função da desacelera-

ção do crédito, do menor cres-

cimento dos salários e do em-

prego, da perda de poder aqui-

sitivo (decorrente da alta da in-

flação) e da baixa confiança do

consumidor ”, afirma.

O ACVarejo é elaborado pelo

IEGV da ACSP com base em in-

formações da Secretaria da Fa-

zenda do Estado. Trata-se de

dados de faturamento do vare-

jo, coletados a partir das infor-

mações do ICMS do Estado de

São Paulo (Sefaz-SP), da capi-

tal e das demais regiões. Os in-

dicadores têm uma defasa-

gem de dois meses, de acordo

com o cronograma de divulga-

ção dos dados pela Sefaz. (DC)

A Bolsa fechou ontem em baixa de 1,68%. A causa, segundo analistas, foi o fato de pesquisas sobre a corrida presidencial contrariaremexpectativas do mercado de que Marina Silva abriria vantagem sobre a presidente Dilma Rousseff já no primeiro turno das eleições.

Veículos: produção e vendas desabam.De janeiro a agosto, foram produzidos 2,1 milhões de veículos, queda de 18%, e vendidas 2,2 milhões de unidades, 9,7% menos, informam as montadoras.

As montadoras de veí-

culos registraram

nova queda na pro-

dução em agosto,

outro mês marcado por ven-

das abaixo das expectativas,

refletindo a fraca atividade

econômica brasileira e baixa

oferta de crédito. Enquanto a

produção de carros, comer-

ciais leves, caminhões e ôni-

bus caiu 22,4% sobre igual

mês do ano passado, a 265,9

mil unidades, as vendas dimi-

nuíram 17,2%, para 272,5 mil

unidades, informou ontem a

Associação Nacional dos Fa-

bricantes de Veículos Automo-

tores (Anfavea), "As vendas fi-

caram abaixo da expectativa

inicial", disse o presidente da

Anfavea, Luiz Moan. Na com-

paração com julho, a produ-

ção subiu 5,3%, mas as ven-

das caíram 7,6%.

Já no acumulado do ano até

agosto, a produção chegou a

2,1 milhões de veículos, recuo

de 18% comparativamente a

mesma etapa de 2013, com as

vendas caindo 9,7%, para 2,2

milhões de unidades. O forte

declínio tem como pano de

fundo um cenário de demanda

mais fraca no mercado inter-

no, com maior seletividade

dos bancos em aprovar finan-

ciamentos e com as montado-

ras seguindo pressionadas

por estoques elevados. Mas as

exportações da indústria tam-

bém caíram: menos 50,6% em

agosto em relação a um ano

antes. No acumulado de 2014,

o recuo é de 38,1%, para 235,4

mil veículos.

Para Moan, a situação no se-

gundo semestre deverá me-

lhorar, parte em função da

maior oferta de crédito. A An-

favea manteve as expectati-

vas para o ano, que tinham si-

do reduzidas em julho: queda

de 10% na produção, de 5,4%

nas vendas internas e de

29,1% nas exportações. Ape-

sar de reconhecer que as esti-

mativas para este ano ainda

representam "desafio bastan-

te grande", Moan disse que a

Anfavea não fará revisões an-

tes de setembro e outubro, pa-

ra sentir o impacto de medidas

implementadas pelo governo

com o objetivo de estimular a

concessão de crédito. Em

agosto, o setor registrou me-

nos 1,4 mil empregos.

Máquinas e implementosJá as vendas de máquinas

agrícolas no atacado atingi-

ram 6.464 unidades em agos-

to, alta de 1,4% ante julho e re-

cuo de 17,1% ante agosto de

2013, informou a Anfavea.

Com o resultado, as vendas

acumulam retração de 18,9%

no ano até agosto, sobre igual

período de 2013, para 45.838

unidades, e a produção regis-

tra queda de 14,6%, para

57.254 unidades. As exporta-

ções de máquinas agrícolas

também caíram, no acumula-

do do ano até o mês passado:

16,1%, para US$ 1,9 bilhão.

O País registrou queda tam-

bém nas vendas de imple-

m e n t o s ro d o v i á r i o s , d e

10,68% de janeiro a agosto

deste ano sobre a mesma fase

de 2013, mostram dados da

Associação Nacional dos fa-

bricantes de Implementos Ro-

doviários (Anfir). Em oito me-

ses, as empresas produziram

e distribuíram 103.925 unida-

des , vo lume in fer ior aos

116.354 nos mesmos meses

do ano passado. "A indústria

sentiu diretamente os reflexos

da queda na atividade econô-

mica no primeiro semestre",

disse o presidente da entida-

de, Alcides Braga, em nota.

A Anfir lembra, porém, que

medidas tomadas pelo gover-

no em favor do setor poderão

limitar as perdas, estimadas

em torno de 10% para este

ano, em relação a 2013. Den-

tre as medidas, destaque para

a última iniciativa do Banco

Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social ( BNDES),

que colocou à disposição do

programa Procaminhoneiro a

modalidade de crédito leasing

para financiamento de imple-

mentos rodoviários, cami-

nhões e demais produtos. O

benefício é destinado a autô-

nomos, micro e pequenos em-

presários e vai operar com ta-

xa anual de 6%. Anteriormen-

te, o BNDES já havia ampliado

a parcela financiável de imple-

mentos rodoviários no progra-

ma PSI/Finame. (Agências)

Marcelo Sayão/EFE

Anfavea estima um segundo semestre melhor em virtude do crédito, mantém projeções de queda no ano.

CNI revisa contas eprevê queda maior

para a indústria

Autilização da capa-

cidade instalada e o

faturamento da in-

dústria brasileira subiram

em julho ante o mês ante-

rior, em parte devido ao

maior número de dias

úteis em relação a junho,

informou ontem a Confe-

deração Nacional da In-

dústria (CNI). Apesar da

melhora, a entidade rebai-

xou ainda mais as proje-

ções para a atividade este

ano. Agora estima queda

de 1,7%, em relação à re-

tração de 0,5% projetada

anteriormente. A reces-

são técnica da economia

brasileira no primeiro se-

mestre e o desempenho

ruim da indústria no perío-

do são os motivos apre-

sentados pela CNI para a

revisão. A nova projeção é

baseada na suposição de

que o Produto Interno Bru-

to (PIB) brasileiro avança-

rá apenas 0,5% este ano,

ante previsão anterior de

expansão de 1%.

As contas do mês de ju-

lho mostram que o uso da

capacidade instalada da

indústria subiu para 81%,

interrompendo sequência

de cinco meses de queda,

conforme dados dessazo-

nalizados, ante dado revi-

sado de junho de 80,4%. O

faturamento real dessazo-

nalizado avançou 1,2%

em julho na comparação

com o mês anterior, após a

forte queda de 6,3% em ju-

nho. As horas trabalhadas

na produção aumentaram

2,6% e o emprego recuou

0,2% na mesma base de

comparação. Já a massa

salarial caiu 0,2%, en-

quanto o rendimento mé-

dio real teve alta de 0,1%.

A confederação atribui

parte da melhora dos indi-

cadores industriais ao me-

nor número de dias úteis

em junho frente a julho,

por conta da realização da

Copa do Mundo de futebol,

voltando a ressaltar que o

quadro continua sendo de

dificuldade. "Mesmo com

o crescimento das horas

trabalhadas, do fatura-

mento e do uso do parque

fabril, o quadro da indús-

tria ainda é de desaqueci-

mento", informou a enti-

dade, em comunicado.

No acumulado até julho,

o faturamento do setor in-

dustrial recuou 5,1% fren-

te a igual período de 2013,

enquanto as horas traba-

lhadas na produção caí-

ram 2,3%. O emprego in-

dustrial encolheu 0,6%

nos mesmos per íodos

comparados, enquanto a

massa salarial recuou

0,2%. (Reuters)

Agosto fraco para a poupança

Depois de ter atingido a

maior marca do ano

em julho, R$ 4 bilhões,

a captação líquida da cader-

neta de poupança –baixou pa-

ra R$ 518,3 milhões em agos-

to. Esse é o segundo pior resul-

tado do ano, já que em abril as

retiradas superaram os depó-

sitos em R$ 1,273 bilhão.

Os depósitos no mês passa-

do somaram pouco mais de R$

135,6 bilhões e os saques fica-

ram em torno de R$ 135 bi-

lhões. Incluindo R$ 3,6 bilhões

de rendimentos, o saldo total

da poupança chegou a R$

638,5 bilhões em agosto, ante

R$ 634,3 bilhões no mês ante-

rior. De janeiro a agosto, a cap-

tação l íquida está em R$

14,161 bilhões, ante R$ 42,2

bilhões de igual período do

ano passado.

A aplicação segue como im-

portante investimento entre

os brasileiros, mesmo com as

mudanças nas regras de re-

muneração que valem desde

maio de 2012. Pela nova for-

ma, sempre que a taxa básica

de juros, a Selic, for igual ou

menor que 8,5% ao ano, o ren-

dimento passa a ser 70% da

Selic mais a Taxa Referencial

(TR). Atualmente, a taxa bási-

ca está em 11% ao ano, con-

forme referendou anteontem

o Banco Central. Quando o ju-

ro sobe a partir de 8,75% ao

ano passa a valer a regra anti-

ga de remuneração fixa de

0,5% ao mês mais TR. (EstadãoConteúdo)

Page 17: Diário do Comércio - 05/09/2014

16 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O VENDEDOR DE LENÇOS ROCK IN RIO

AArtplan assina campanha

para comemorar os 30

anos da edição do primeiro

festival Rock in Rio. A

surpresa fica por conta dos

protagonistas do comercial:

Fernanda Montenegro e a

Orquestra Sinfônica

Brasileira que homenageiam

o público de 7,4 milhões de

pessoas na Cidade do Rock ao

longo de 14 edições e 1 bilhão

de espectadores em mais de

200 países. E vem mais por aí.

COMEMORAÇÃO com Fernanda Montenegro e aOrquestra Sinfônica Brasileira

MELISSA BY LONDON

Melissa, marca de calçados da Grendene,

acaba de colocar os pés no charmoso bairro

londrino de Covent Garden, com uma loja

conceito (Concept Store) que se constituirá na

sua maior vitrine global e que se soma às lojas de

São Paulo e Nova Iorque. O namoro entre a

Melissa e a capital inglesa não é de hoje. A marca

trabalha constantemente com ícones da moda

local – Vivienne Westwood, Kate Moss, Cara

Delevingne, Anna Trevelyan, Gareth Pugh, entre

outros –, já que ambas usam a mesma linguagem

de moda, que busca a cada instante, o novo, sem

perder a essência de seu DNA. Do Brasil para o

m u n d o.

AMPLA vitrine global comícones da moda inglesa

Enquanto eles choram,

eu vendo lenços. A fra-

se de efeito do baiano

Nizan Mansur de Carvalho

Guanaes Gomes foi a escolhi-

da pelo jornalista João Wady

Cury para dar título ao livro

que, em 192 páginas, narra a

trajetória desse publicitário

nascido em 9 de maio de

1958 em Salvador e que viria

a revolucionar o mercado

com ousadia. E também com

raios e trovões como é típico

dos filhos do orixá Xangô.

Nizan Guanaes, hoje um

dos mais influentes publicitá-

rios do mundo, realizou o so-

nho acalentado por muitos

brasileiros de constituir uma

rede com projeção global: o

Grupo ABC e sua constelação

de agências, entre as quais

DM9DDB, Africa, Loducca,

MPM, B/Ferraz, Sunset, NewS-

tyle e a norte-americana Pe-

reira & O’Dell entre outras.

O livro lançado pela Nova

Fronteira, hoje selo da Ediou-

ro, consumiu dois anos de tra-

balho de João Wady Cury, ho-

ras e horas de entrevistas

com mais de 80 fontes, in-

cluindo o colunista, o próprio

publicitário e também seus

desafetos. Mais do que um

detalhado perfil, oferece aos

leitores uma panorâmica

isenta das últimas décadas

do mercado publicitário.

Filho de comerciantes ára-

bes, Nizan sempre foi bom de

venda e deconversa. Aluno do

Colégio Marista, logo se desta-

cou entre os jovens que organi-

zariam o OPA, um grupo de jo-

vens católicos, mas como todo

bom baiano, também se apro-

ximou dos terreiros de can-

domblé como o do Gantois, de

Mãe Menininha. Na Salvador

da década de 1970, ingressou

no curso de Administração da

Universidade Federal da Ba-

hia, mas seria na agência DM9,

de Duda Mendonça, que des-

cobriria a sua vocação atuando

como redator.

Não tardou a seguir para o

Rio de Janeiro, onde na agên-

cia Artplan, da família Medi-

na, acabaria por criar um mo-

te pelo qual até hoje a Caixa

Econômica Federal é identifi-

cada: "Vem para a Caixa você

também", vem. O trabalho

rendeu o passaporte para ele

desembarcar em São Paulo

na então gigante DPZ, onde

conviveria com profissionais

como Roberto Duailibi, Fran-

cesc Petit, José Zaragoza,

foi aluno na Fundação Getúlio

Vargas, Dantas geria a fortu-

na, de Antônio Carlos Maga-

lhães, eterno coronel da políti-

ca baiana, e assumiu, na se-

quência, o Icatu de Antonio

Carlos Almeida Braga, quando

este vendeu o controle da sua

seguradora para o Bradesco.

Nizan comprou então, em

1989, associado ao Icatu, a

marca DM9, onde estagiara.

Criou campanhas memorá-

veis com sua equipe, como os

mamíferos da Parmalat e não

parou de conquistar prêmios,

inclusive os disputados leões

de Cannes, o que chamou a

atenção da rede DDB que, em

1997, se tornaria sócia da

DM9. Antes, comandou a

campanha vitoriosa de Fer-

nando Henrique Cardoso ao

Palácio do Planalto em 1994

e, quatro anos depois, a da re-

eleição tucana.

Em 2000, no entanto, Ni-

zan vendeu sua participação

na agência e acompanhou

Dantas e o banqueiro Jorge

Paulo Lemann (do Garantia,

controlador entre outras da

AmBev e das Lojas America-

nas) para fundar o iG. Dois

anos depois, voltou ao mer-

cado e fundou a Africa, reto-

m o u p a r t i c i p a ç ã o n a

DM9DDB, onde o Icatu per-

maneceu sócio e se tornou

também parceiro no Grupoa

ABC, que ganhou aportes de

outros fundos, como o Gavea,

então comandado pelo ex-

presidente do Banco Central

Armínio Fraga. E se Nizan tem

fome de leão, a frase que inti-

tula o livro é perfeita. Como

Xangô, orixá de sua devoção,

sua missão é sair pelo mundo

conquistando reinos. E o faz,

diga-se, com competência,

ainda que com lágrimas dos

compradores de lenços. Vale

ler o livro.

Washington Olivetto e Murilo

Felisberto – que, integrante

da equipe pioneira do extinto

Jornal da Tarde sempre culti-

vou o hábito saudável da ge-

nerosidade. Da DPZ, Nizan

seguiria com Olivetto para a

W/GGK (que se to rnar ia

W/Brasil até ser incorporada

pela McCann e virar W/Mc-

Cann). E se deixou a DPZ com

Olivetto, Nizan também tra-

çou os passos para ter a sua

própria agência.

A oportunidade viria pelas

mãos de outro baiano, Daniel

Valente Dantas. Apoiado pelo

ex-ministro da Fazenda Mário

Henrique Simonsen, de quem

TRÊS PASSOS

ALoducca assina campanha da Unidas para fixar

o slogan “é como tem que ser” com objetivo de

desmistificar a imagem que muitas pessoas têm de

que alugar um carro é algo complicado. Bem

humorados, os comerciais vão mostrar que, com

apenas três passos, é possível fazer uma reserva e

sair rodando por aí.

FÁCIL como alugar um carro na Unidas

ENERGIA NOS PÉS

AAdidas investe pesado no lançamento do

tênis Energy Boost, que chega ao varejo

ao preço sugerido de R$ 599,90, isto é, R$

600,00. Eleito o melhor tênis de corrida pela

prestigiada revista Runner’s World, a Adidas

realiza sua primeira corrida proprietária no

Brasil, a Boost Endless Run em três desafios,

de 10, 5 e 1 quilômetro no próximo dia 14 em

São Paulo e no

dia 19 de

outubro no Rio

de Janeiro. As

inscrições

podem ser

feitas no

e n d e re ç o

e l e t rô n i c o

w w w. d e s a f i o

boost.com.brEnvie informações para esta coluna.

E-mail: [email protected]

Microsoft acirra briga de smartphonesMicrosoft lança uma série de smartphones Lumia para concorrer em um mercado liderado por Samsung e Apple

Na esteira da

aquisição do

negócio de

dispositivos móveis

da Nokia, a Microsoft revelou

o primeiro de uma série de

novos smartphones Lumia

ontem, com preço definido

para desafiar um mercado

dominado pela líder em

volume Samsung e pela

Apple.

A Microsoft, que pagou 7,2

bilhões de euros neste ano

para adquirir o negócio da

Nokia, lançou na feira de

aparelhos eletrônicos IFA, em

Berlim, seu novo telefone

"carro-chefe com preço

acessível", o Lumia 830.

O novo Lumia será vendido

por aproximadamente 330

euros (US$ 433) antes de

impostos, ou 400 euros

(US$ 525) no total.

Como esperado, a

Microsoft também lançou

um aparelho com câmera

frontal de cinco megapixels

chamado Lumia 735,

apelidado como "celular dos

selfies", após

demonstrações internas

para funcionários da

Microsoft em julho. O

aparelho tem uma lente

angular para fotos em close

de pequenos grupos de

pessoas.

O Lumia 735 estará

disponível globalmente neste

mês por 219 euros antes de

impostos ou subsídios, numa

versão desenvolvida para as

redes 4G.

Um terceiro telefone, o

Lumia 730, compatível com

redes 3G, será

comercializado por 199

euros, excluindo impostos.

Os novos aparelhos elevam

o segmento de ponta da linha

Lumia, que tem sido

frequentemente bem

avaliada por especialistas em

tecnologia, mas ainda precisa

ganhar simpatia significativa

de consumidores.

SAMSUNGTambém na IFA, a Samsung

Electronics, maior fabricante

de celulares do mundo,

anunciou novas versões de

seu smartphone Galaxy Note,

depois que equívocos

anteriores no projeto a

prejudicaram no mercado de

telefones de tela grande, no

qual é pioneira.

O novo Galaxy Note 4

possui um nítido display de

5,7 polegadas em uma

armação de metal, refletindo

a mais recente estratégia de

design da Samsung para

manter o ritmo em relação às

rivais, incluindo a Apple, que

deverá lançar seus primeiros

telefones de tela grande na

próxima semana.

O novo modelo oferece

acessórios projetados para

atrair os interessados em

jogos e uma melhorada

caneta com softwares

relacionados como

alternativa de escrita a

mão em detrimento do

t e c l a d o.

O Note 4 é a chave para

uma recuperação da

Samsung Electronics, que

enfrentou menosprezo inicial

sobre a ideia de que os

usuários de telefones

usariam equipamentos com

telas gigantes.

Desde a introdução do Note

em 2011, o aparelho fez das

telas com 5 polegadas ou

mais o modelo para telefones

de ponta, à medida que o uso

dos smartphones foi

deslocado amplamente para

leitura e escrita de textos, e-

mails e documentos,

utilização de aplicativos,

para assistir filmes ou jogar

jogos em vez de realizar

ligações.

Analistas do setor disseram

Fotos: Hannibal Hanschke/ Reuters

que, embora cheio de

centenas de recursos e

muitas das mais recentes

especificações de hardware,

há pouco no Note 4 para

animar novos usuários. "Eu

acredito que essa é

principalmente uma

mudança incremental",

informou o analista da

Forrester Thomas Husson.

O lucro operacional da

Samsung Electronics recuou

para o menor patamar em

dois anos entre abril e junho

deste ano, com a companhia

perdendo participação de

mercado apesar de ainda

responder pelo embarque de

quase um terço de todos os

smartphones em todo o

mundo. (Reuters)

O novo Galaxy Note 4, da Samsung, possui um display de 5,7 polegadas em uma armação de metal. 525dólares custará o

celular carro-chefeda Microsoft, oLumia 830. A

empresa tambémlançou um aparelhocom câmera frontalde 5 megapixels.

Adidas lança o tênis Boost Endless com corrida

Page 18: Diário do Comércio - 05/09/2014

sexta-feira, 5 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 17

EXTRAVIO DE DOCUMENTOS:VBQ ST TROPEZ COMÉRCIO DE VESTUÁRIO E REPRESENTAÇÕES DE MODA LTDA. - CNPJ/MF 10.325.597/0006-02.Comunicamos o extravio de 150 notas fiscais modelo D-1, numeração de 001 a 150, conforme Livro 01, página 27.

DECLARAÇÃOÀPRAÇARogerio Martim Rodrigues Roupas ME, comsede naAvenida Rebouças,3.970,1º Piso/ Loja 212,Pinheiros, São Paulo/SP, CNPJ 06.894.130/0001-00e Inscrição Estadual 116.866.884.116 declara paraos devidos fins de direito que EXTRAVIOU os 4Talões modelo 2 - Nota Fiscal deVenda ao Consumi-dor Série D1, números 301 a 500. Ficando os mes-mos sem efeito legal, fiscal ou comercial.

Opinião S/ACNPJ 03.729.970/0001-10 - NIRE 35.300.196.392

Edital de Convocação – AGOFicam convocados os acionistas a se reunirem em AGO a ser realizada às 10hs do dia 18.09.2014, na sedesocial, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) exame das demonstrações financeiras do exercíciofindo em 31.12.2013; b) destinação dos resultados; c) instalação do conselho fiscal; e d) eleição da diretoria efixação dos respectivos poderes, atribuições e remuneração para o presente exercício. São Paulo, 04.09.2014.A Diretoria (04, 05 e 06/09/2014)

AVISO DE LICITAÇÃO. MODALIDADE: Pregão Presencial 93/2014, PROCESSO: 659/2014,OBJETO RESUMIDO: srp – MATERIAIS DE PAPELARIA, DATA E HORA DA LICITAÇÃO:18/09/2014 às 09:00h. LOCAL DALICITAÇÃO: Sala de Licitações do Paço Municipal, na PraçaCel. Brasílio Fonseca, 35, Centro, Guararema – SP. O Edital poderá ser lido e obtido na íntegrano Paço Municipal, no período das 08h30min às 16h00. Os interessados poderão obter o Editalpor e-mail, enviando mensagem eletrônica para o endereço [email protected],informando os dados da empresa, a modalidade e o número da licitação. Outras informaçõespodem ser obtidas pelo telefone (11) 4693-8016. ADRIANO TOLEDO LEITE, Prefeito Municipal.

AVISO DE LICITAÇÃO. MODALIDADE: Pregão Presencial 94/2014, PROCESSO: 660/2014,OBJETO RESUMIDO: srp – LOCAÇÃO DE CILINDRO DE GÁS, CONCENTRADOR,INSUMOS E FORNECIMENTO DE OXIGÊNIO M³, DATAE HORADALICITAÇÃO: 22/09/2014às 09:00h. LOCAL DA LICITAÇÃO: Sala de Licitações do Paço Municipal, na Praça Cel.Brasílio Fonseca, 35, Centro, Guararema – SP. O Edital poderá ser lido e obtido na íntegra noPaço Municipal, no período das 08h30min às 16h00. Os interessados poderão obter o Edital pore-mail, enviando mensagem eletrônica para o endereço [email protected],informando os dados da empresa, a modalidade e o número da licitação. Outras informaçõespodem ser obtidas pelo telefone (11) 4693-8016. ADRIANO TOLEDO LEITE, Prefeito Municipal.

ODEBRECHT AGROINDUSTRIAL S.A.CNPJ/MF nº 08.636.745/0001-53 – NIRE 35.300.350.391

Edital de Convocação deAssembleia Geral Extraordinária

Ficam convocados os acionistas da Odebrecht Agroindustrial S.A. (a “Companhia”) para compareceremà Assembleia Geral Extraordinária que será realizada em 16 de setembro de 2014, às 14hs, na sededa Companhia, localizada na Cidade de São Paulo, na Rua Lemos Monteiro, nº 120, 13° andar, Parte2, Butantã, CEP 05501-050, a fim de deliberar sobre (i) a proposta de aumento do capital social daCompanhia no valor de, no mínimo, R$ 820.000.000,00 (oitocentos e vinte milhões de reais) e, nomáximo, R$ 1.460.000.000,00 (um bilhão, quatrocentos e sessenta milhões de reais), mediante aemissão de novas ações ordinárias, sem valor nominal, ao preço emissão de R$ 0,01 (um centavo dereal) por lote de 1.000 (mil) ações, conforme proposta da Administração que se encontra à disposiçãodos acionistas na sede da Companhia. O preço de emissão por ação foi fixado com base no §1º, I,do artigo 170 da Lei 6.404/76; e (ii) a emissão privada, pela Companhia, de debêntures simples, nãoconversíveis em ações, da espécie com garantia flutuante, no montante de até R$ 2.000.000.000,00(dois bilhões de reais). São Paulo, 05 de setembro de 2014. Odebrecht Agroindustrial S.A. MarceloBahia Odebrecht, Presidente do Conselho de Administração.

ATA DA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃODO BANCO MERCANTIL DO BRASIL S. A. - CNPJ Nº 17.184.037/0001-10 -

COMPANHIAABERTA - NIRE 31300036162.

1 - Local, data e hora: Sede social, na Rua Rio de Janeiro, 654/680 - 5º andar, nasala de reuniões, em Belo Horizonte, Minas Gerais, 12 de maio de 2014, 10:30(dez horas e trinta minutos). 2 - Presenças: Totalidade dos membros do Conselhode Administração. 3 - Comunicação: O Secretário do Conselho de Administração,Dr. José Ribeiro Vianna Neto, informou que o Diretor Executivo, Sr. Paulo AfonsoGuimarães, entregou Carta de Renúncia ao cargo para o qual foi eleito em 28/08/2012.4 - Deliberações: Preenchendo as condições previstas no Art. 147 da Lei 6404/76 e naResolução nº 4.122/2012 do Conselho Monetário Nacional, foi eleita, por unanimidade,para ocupar o Cargo de Diretora Executiva, a Sra. Ângela Mourão Cançado Juste,brasileira, separada judicialmente, economista, residente e domiciliada nesta capital,na Rua Guilherme de Almeida, 43/402, Bairro Santo Antônio, CEP 30350-230, CI nºMG - 367.481-SSPMG e CPF nº 254.837.906-00, com mandato até a primeira reuniãodo Conselho de Administração após a Assembléia Geral Ordinária de 2014, destinada adeliberar acerca da eleição de diretores para o mandato 2014/2017. Nada mais havendoa tratar, foi encerrada a reunião, da qual, para constar, lavrou-se a presente ata que, apóslida e aprovada, vai por todos os Conselheiros presentes assinada. Belo Horizonte, 12de maio de 2014. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Mauricio de Faria Araujo; JoséRibeiro Vianna Neto; José Carneiro de Araújo; Luiz Henrique Andrade de Araújo; MarcoAntônio Andrade de Araújo; Glaydson Ferreira Cardoso; Leonardo de Mello Simão;Clarissa Nogueira de Araújo; Peter Edward Cortes Marsden Wilson. CONFERE COM OORIGINAL LAVRADO NO LIVRO PRÓPRIO. BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.Luiz Carlos de Araújo - Diretor Executivo; André Luiz Figueiredo Brasil - Vice PresidenteExecutivo. Atestamos que este documento foi submetido a exame do Banco Central doBrasil em processo regular e a manifestação a respeito dos atos praticados consta de cartaemitida à parte. Departamento de Organização do Sistema Financeiro. Gerência Técnicaem Belo Horizonte. Patrícia Teixeira Botelho Vieira - Analista. Junta Comercial do Estadode Minas Gerais. Certifico o registro sob o nro: 5363143 em 28/08/2014. Banco Mercantildo Brasil S.A. Protocolo: 14/598.352-8. Marinely de Paula Bomfim - Secretária Geral.

Ministério daAgricultura, Pecuáriae Abastecimento

Pregão Eletrônico SRP nº 15/2014Objeto: Contratação de empresa(s), mediante Ata de Registro de Preço,para eventual fornecimento e instalação de aparelhos de ar condicionadodo tipo Split Inverter (Hi-Wall e Cassete) no complexo de edifícios daEmbrapa Sede. Data da licitação: 17/9/2014; Horário: 09:30 horas; Local:Site www.comprasnet.gov.br; O edital encontra-se disponível no sitewww.comprasnet.gov.br ou www.embrapa.br. Informações pelo telefone: (61)3448-4170; fax: (61) 3448-2026; e-mail: [email protected].

Luciano SachettiCoordenador da CGS

AVISO DE LICITAÇÃO

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISAAGROPECUÁRIADEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO E SUPRIMENTOS

Companhia Libra de Navegação – CNPJ/MF nº 42.581.413/0001-57 – NIRE 35.300.389.29-8Ata de Assembleia Geral Extraordinária realizada em 05 de agosto 2014

1. Data, Hora e Local: Realizada aos 05/08/2014, às 10 horas, na sede social da Companhia. 2. Convocação e Presença:Dispensada a publicação de editais de convocação, na forma do disposto no artigo 124, § 4º, da Lei 6.404/76, conformealterada (“Lei das Sociedades por Ações”), por estarem presentes à Assembleia acionistas representando a totalidadedo capital social da Companhia, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas da Companhia.3. Mesa: Presidida pelo Sr. Diego Felipe de La Maza Palacios e secretariada pelo Sr. Luigi Gianpaolo Ferrini Schulz. 4.Ordem do Dia: Deliberar sobre: (i) a redução do capital social da Companhia para absorção de prejuízos acumulados semo cancelamento de ações de emissão da Companhia; e (iii) a alteração do Artigo 5º do Estatuto Social da Companhia pararefletir as deliberações constantes do item “i” e “ii” acima. 5. Deliberações: Instalada a Assembleia, após a discussão dasmatérias da ordem do dia, os Acionistas presentes, por unanimidade de votos e sem quaisquer restrições, primeiramenteaprovaram a lavratura desta ata em forma de sumário e, em seguida, deliberaram: 5.1. Aprovar a redução do capital socialda Companhia para a absorção de totalidade dos prejuízos acumulados da Companhia, nos termos do artigo 173 da Leidas Sociedades por Ações, no montante de R$ 171.690.720,00, conforme balanço patrimonial da Companhia levantadoem 30/06/2014, passando o capital social da Companhia dos atuais R$318.006.858,11 para R$ 146.316.138,11, semqualquer pagamento aos acionistas ou cancelamento de ações de emissão da Companhia.5.2. Em decorrência da reduçãode capital da Companhia aprovada no item 5.1 acima, o Artigo 5º do Estatuto Social da Companhia passará a vigorarcom a seguinte nova redação: “Artigo 5º. O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é de R$ 146.316.138,11,dividido em 1.369.921.481 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. § Único.A cada ação ordinária corresponde1 voto nas Assembleias Gerais.” 5.3. Autorizar os administradores da Companhia a praticar todos os atos necessários àefetivação das deliberações acima tomadas, inclusive os registros e averbações necessárias, perante quaisquer órgãospúblicos ou privados, no Brasil ou no exterior. 6. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a Assembléia,sendo lavrada a presente Ata. Barueri, 30/07/2014.Mesa: Diego Felipe de La Maza Palacios – Presidente; e Luigi GianpaoloFerrini Schulz – Secretário. Acionistas Presentes: (i) Tamarim Participações Ltda., por Diego Felipe de La Maza Palaciose Luigi Gianpaolo Ferrini Schulz; (ii) Wellington Holdings Group S.A., por Maria Cristina Cescon Avedissian; (iii) CompañiaSud Americana de Vapores SA, por Maria Cristina Cescon Avedissian; e (iv) CNP Holdings S.A., por Maria Cristina CesconAvedissian. JUCESP nº 333.142/14-7 em 25/08/2014. Flávia Regina Britto – Secretária Geral.

DURR BRASIL LTDA. torna público que requereu na CETESB a Renovação da Licençade Operação para máquinas e equipamentos de uso específico, sito à Rua ArnaldoMagniccaro, 500, Jurubatuba, São Paulo, SP.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PEREIRA BARRETO/SP

PROCESSO Nº 034/2014 - PREGÃO Nº 086/2014RESUMO DE EDITAL

ARNALDO SHIGUEYUKI ENOMOTO, Prefeito de Pereira Barreto-SP, fazsaber que se acha aberto até as 14h00min do dia 16 de setembro de 2014,o Pregão Presencial nº 034/2014, do tipo menor preço por item, objetivandoAquisição de um Caminhão Tanque (PIPA) novo, zero Km, ano mínimo defabricação/modelo 2014, tração traseira 6x2, potência mínima de 220cv, deacordo com o Contrato de Repasse FECOP nº 143/2014, celebrado entre oGoverno do Estado de São Paulo por intermédio da Secretaria do MeioAmbiente com a Prefeitura Municipal da Estância Turística de PereiraBarreto, conforme anexo I ( Modelo de Proposta). Maiores informações noDep. de Licitações pelo fone/fax (18) 3704-8505, pelo e-mail:[email protected] ou ainda o Edital completo nowebsite www.pereirabarreto.sp.gov.br.

Pereira Barreto-SP, 02 de setembro de 2014.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito

PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA

EDITAL RESUMIDOPREGÃO Nº 171/2014

A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Com-pras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 171/14, referente à “Aquisição de impressoras”, com encerramento dia 23/09/14, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.

Pindamonhangaba, 03 de setembro de 2014. PREGÃO Nº 179/2014

A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Com-pras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 179/14, referente à “Contratação de empresa especializada para presta-ção de serviço de reforma completa em balão de betoneira com reparação ou troca dos ítens relacionados no termo de referência”, com encerramento dia 22/09/14, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.

Pindamonhangaba, 03 de setembro de 2014. PREGÃO Nº 194/2014

A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Com-pras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 194/14, referente à “Aquisição de barras, halteres e anilhas para as salas de musculação do C. E. João Carlos de Oliveira e do C. E. Zito para trein-amento de atletas e usuários”, com encerramento dia 17/09/14, às 8h,e aber-tura às 8h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.

Pindamonhangaba, 03 de setembro de 2014. PREGÃO Nº 252/2014

A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Com-pras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 252/14, referente à “Aquisição de equipamento de proteção individual para uso dos funcionários da Subprefeitura de Moreira César, conforme termo de referência anexo”, com encerramento dia 19/09/14, às 8h, e aber-tura às 8h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.

Pindamonhangaba, 03 de setembro de 2014. PREGÃO Nº 282/2014

A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Com-pras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 282/14, referente à “Contratação de empresa especializada para for-necimento de Coffee Break, para atender a necessidade da Secretaria de Educação e Cultura no Fórum de Educação de Pindamonhangaba”, com encerramento dia 17/09/14, às 8h, e abertura às 8h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obti-das no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.

Pindamonhangaba, 03 de setembro de 2014.

BBVA Brasil Banco de Investimento S.A.CNPJ 45.283.173/0001-00

ErrataNapublicaçãodoBalançoPatrimionialde30.06.2014do BBVA Brasil Banco de Investimento S.A. no JornalDiário do Comércio, edição de 30.08.2014, pág. 19,deixou de constar a seguinte informação: CarlosMasetti Junior - Contador - CRC 1SP179400/O-5.

COMUNICADOKoni Store Participações LTDA, CNPJ 09.298.259/0004-88, I.E: 148.377.249.110, na Rua JoaquimFloriano, 175 - Itaim Bibi, SP/SP, comunica que,após rever seus arquivos, identificou o extraviodos seguintes documentos fiscais: Marca DARU-MA AUTOMAÇÃO (autorização 103882790), Mod.FS600 Versão 01.05.00, ECF-IF, Nº FabricaçãoDR0209BR000000173896, Nº do caixa 01, MarcaBEMATECH (autorização 104347651), Mod. MP-4000 TH FI, Versão 01.00.01, ECF-IF, Nº FabricaçãoBE091010100010106698, Nº do caixa 02, Marca BE-MATECH (autorização 105076910), Mod. MP-4000TH FI, Versão 01.00.01, ECF-IF, Nº FabricaçãoBE091110100011310769, Nº do caixa 03 e MarcaBEMATECH (autorização 105076929), Mod. MP-4000 TH FI, Versão 01.00.01, ECF-IF, Nº FabricaçãoBE091110100011310770, Nº do caixa 04. Todas asReduções Z, Leitura X, MFD e Atestados de cessaçãodos equipamentos em questão. Data do extravio: 28de Agosto de 2014. Extravio: Emissores de cupomfiscais (ECFs).

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:Pregão Eletrônico de Registro de Preços Nº 36/00720/14/05. OBJETO: AQUISIÇÃO DE KIT DE EQUIPAMENTO/MATERIAL SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO - LM-40, PARA USO EM LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDEcomunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para: Aquisição de Kit de Equipamento/Material Sólidos de Revolução - LM-40,para Uso em Laboratório de Matemática. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 05/09/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São LuÍs, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 18/09/2014, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente. Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 05/09/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública. ANTONIO HENRIQUE FILHO - Respondendo pela Presidência da FDE - PORTARIA FDE Nº 138/2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE IGARATÁAVISO DE LICITAÇÃO

PREGÃO PRESENCIAL No 13-A/2014 – PROC. ADM. No 882/2014 – repetição.Objeto: Registro de preços para SERVIÇOS DE CADASTRAMENTO E INCLUSÃO DE CONTRIBUINTES DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL NO SERVIÇO DE NEGATIVAÇÃO DE DEVEDORES. Abertura e credenciamento: 22/09/2014 – 14h00. Local: Sala de licitações, sita à Av. Benedito Rodrigues de Freitas,no 330, Centro, Igaratá/SP. O Edital completo poderá ser obtido através de solicitação pelo endereço eletrônico: [email protected]. Igaratá, 03 de setembro de 2014.

Fátima Madalena Andrade Prianti - Pregoeira

PREFEITURA MUNICIPAL DE IGARATÁAVISOS DE LICITAÇÃO

PREGÃO PRESENCIAL No 14/2014 – PROC. ADM. No 1028/2014. Objeto: AQUISIÇÃO DE OXIGÊNIO GÁS MEDICINAL T 10 m³. Abertura e credenciamento: 22/09/2014 – 09h00

PREGÃO PRESENCIAL No 15/2014 – PROC. ADM. No 1035/2014. Objeto: REGISTRO DE PREÇOS PARA FUTURA E POSSÍVEL AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS.Abertura e credenciamento:23/09/2014 – 09h00

Local: Sala de licitações, sita à Av. Benedito Rodrigues de Freitas, no 330, Centro, Igaratá/SP. O Edital completo poderá ser obtido através de solicitação pelo endereço eletrônico: [email protected].

Igaratá, 03 de setembro de 2014.

Fátima Madalena Andrade Prianti - Pregoeira

ILHA MORENA PRAIA E PESCAConvocação de Assembleia Geral Extraordinária

O Clube Ilha Morena Praia e Pesca convoca seus associados com direito a voto, de acordo com osartigos 19 a 23 dos Estatutos Sociais para a realização da Assembleia Geral Extraordinária, a realizar-se em 12 de setembro de 2014, às 17 horas, em primeira convocação e 60 minutos após, em segundaconvocação, na sede social em Caraguatatuba, à Rua Guilherme de Almeida, 885. A Assembleia votaráa seguinte ordem do dia: 1) Eleição da Nova Diretoria, 2) Outros Assuntos de interesse social. São Paulo,05 de setembro de 2014.

EXTRAVIO DE DOCUMENTOLABORATÓRIO DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA ARAGUSHIKU LTDA.,CNPJ/MF 43.882.554/0001-72, AV. ANTÁRTICA, Nº 539 - AP. 43 - ÁGUABRANCA CEP 05003-020, SÃO PAULO - VEM COMUNICAR O EXTRA-VIO DO LIVRO DIÁRIO Nº. 12 - REGISTRADO SOB Nº 548663 EM 11/07/2008 - NO 4º OFICIAL DE REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOSCIVIL DE PJ DA CAPITAL,

Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais 2013 2012Prejuízo do Exercício Corrente (285.961,29) (342.808,54)Equivalência Patrimonial 270.142,93 330.316,64Total (15.818,36) (12.491,90)Aumento (Redução) Passivo: Fornecedores (1.400,00) -Total (1.400,00) -Caixa Líquido Provenientedas Atividades Operacionais (17.218,36) (12.491,90)

Fluxos de Caixa das Atividades de InvestimentosRecebimento AFAC - CompanhiaBrasileira de Usinagem (1.399.213,00) (2.977.000,00)

Caixa Líquido Proveniente nasAtividades de Investimento (1.399.213,00) (2.977.000,00)

Fluxos de Caixa dasAtividades de Financiamentos

AFAC - Anatinus Participações 1.416.418,00 -Recebimento AFAC - 2.989.395,00Caixa Líquido Proveniente nasAtividades de Financiamentos 1.416.418,00 2.989.395,00

Variação Líquida de Caixa (13,36) (96,90)Caixa e Equivalentes no Início do Exercício 1.013,26 1.110,16Caixa e Equivalentes no Final do Exercício 999,90 1.013,26Variação Líquida de Caixa (13,36) (96,90)

Mascali Participações S.A.CNPJ: 11.551.930/0001-50

Demonstrações Financeiras - 31/12/2013 e 2012Balanço Patrimonial 2013 2012Balanço Patrimonial 2013 2012Ativo 12.008.833,68 10.879.776,97Circulante: Disponibilidades 999,90 1.013,26Caixa 942,52 942,52Bancos 57,38 1,00Poupança - 69,74Ativo não Circulante 12.007.833,78 10.878.763,71Realizável a Longo Prazo 10.066.831,34 8.667.618,34Adiantamentos 10.066.831,34 -AFAC - CompanhiaBrasileira de Usinagem 10.066.831,34 8.667.618,34

Investimentos 1.941.002,44 2.211.145,37Companhia Brasileira de Usinagem 2.999.000,00 -Participações em Outras Empresas - 2.999.000,00Equivalência Patrimonial (1.057.997,56) (787.854,63)Total do Ativo 12.008.833,68 10.879.776,97

Balanço Patrimonial 2013 2012Balanço Patrimonial 2013 2012Passivo 12.008.833,68 10.879.776,97Circulante: Fornecedores - 1.400,00Passivo não Circulante 10.103.841,34 8.687.423,34Exigível a Longo Prazo 10.103.841,34 8.687.423,34Outras Obrigações 10.103.841,34 8.687.423,34AFAC - Anatinus Participações 10.103.841,34 -Patrimônio Líquido 1.904.992,34 2.190.953,63Capital Social 3.000.100,00 3.000.100,00Capital Social 3.333.334,00 3.333.334,00Capital a Integralizar (-) 333.234,00 333.234,00Reservas de Lucro: Lucro do Exercício - -Prejuízos Acumulados 1.095.107,66 809.146,37Prejuízos Acumulados 809.146,37 466.337,83Prejuízo no Exercício 285.961,29 342.808,54Total do Passivo 12.008.833,68 10.879.776,97

2013 2012(+) Receitas Financeiras 0,34 1,23(-) Despesas Financeiras 648,00 562,00(=) Resultado Operacional (15.818,36) -(-) Despesas não Operacionais (270.142,93) -(=) Prejuízo do Exercício (285.961,29) (342.808,54)(=) Resultado do Exercício - -

2013 2012(+) Receitas Patrimoniais - -(-) Despesas Administrativas 15.170,64 11.830,87(-) Despesas Tributárias 0,06 100,26(-) Outras Despesas Operacionais - 330.316,64(=) Resultado antes das Receitase Despesas Financeiras (15.170,70) (342.247,77)

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido em 31/12/2013 e 2012

Demonstração da Apuração do Resultado em 31/12/2013 e 2012

Reconhecemos a exatidão do presente Balanço Patrimonial, cujo Ativoe Passivo estão uniformes na mesma importância de R$12.008.833,68em 2013 e R$ 10.879.776,97 em 2012. Ressalvando-se que aresponsabilidade do profissional contabilista fica restrita apenas aoaspecto meramente técnico desde que reconhecidamente operou comelementos, dados e comprovantes fornecidos pela administração daentidade que se responsabiliza pela sua exatidão e veracidade, bemcomo pelos estoques considerados levantados pela referida gerência esob sua total e exclusiva responsabilidade.

Santana do Parnaíba - São Paulo / 31 de Dezembro de 2013A DIRETORIA SLM Assessoria Contábil Ltda - CRC-MG 4743 João Evangelista de Miranda - Contador - CRC-MG - 51219

Demonstração de Fluxo de CaixaMétodo Indireto em 31/12/2013 e 2012

Reserva Reservas Prejuízos PrejuízosDescrição Capital Social de Capital de Lucros Acumulados no Exercício TotalSaldo em 31/12/2011 3.000.100,00 5.698.028,34 1.008.125,28 - - 9.706.253,62Ajuste Exercícios Anteriores - - (1.008.125,28) (466.337,83) - (1.474.463,11)Transferência para Exigível a Longo Prazo - (5.698.028,34) - - - (5.698.028,34)Prejuízo do Exercício - - - (342.808,54) - (342.808,54)Saldo em 31/12/2012 3.000.100,00 - - (466.337,83) (342.808,54) 2.190.953,63Transferência para prejuízos acumulados - - - (342.808,54) 342.808,54 -Prejuízo do exercício - - - - (285.961,29) (285.961,29)Saldo em 31/12/2013 3.000.100,00 - - (809.146,37) (285.961,29) 1.904.992,34

CAFE BEACH CLUB SÃO PEDRO LTDA.CNPJ nº 11.711.798/0001-04 - NIRE 35223991979

Edital de Convocação - Reunião Geral ExtraordináriaFicam convocados os sócios da sociedade empresária limitada denominada CAFE BEACH CLUB SÃO PEDRO LTDA., ase reunirem em Reunião Geral Extraordinária na sede social da empresa, localizada na Estrada Guarujá-Bertioga km 15,Bairro Balneário Praia do Pereque, CEP 11446-002, Cidade do Guarujá, Estado de São Paulo, no dia 23 de setembro de2014, às 14:00h, em primeira convocação – com a presença de sócios representando 80% (oitenta por cento) do capitalsocial – , para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: 1) análise e deliberação sobre proposta de exclusão da sóciaEABB Comércio, Promoções e Eventos Ltda.-ME, a teor do artigo 1.085 do Código Civil, conferindo-lhe, desde já, o plenoexercício do direito de defesa; 2) análise e deliberação sobre proposta de destituição de Eduardo Augusto Bianco Barbeirodo cargo de administrador da sociedade; 3) análise e deliberação sobre proposta de nomeação de perito para apuração econsequente pagamento dos haveres devidos à sócia excluída, apuração esta que deverá observar o contido no CapítuloVIII, do contrato social; 4) análise e deliberação sobre proposta de aquisição, pelos sócios remanescentes, na proporçãoda participação na sociedade, das quotas da sócia excluída; e, 5) análise e deliberação sobre proposta de alteração docontrato social. São Paulo, 02 de setembro de 2014. Álvaro Luiz Monteiro de Carvalho Garnero-sócio, Carlos EduardoPaes Pereira Sobrinho-sócio e Fábio Eduardo David Fronterotta-sócio e administrador. (05, 06 e 09/09/2014)

Terra Nova Rodobens Incorporadora Imobiliária - Caxias do Sul I - SPE LtdaCNPJ Nº 09.327.654/0001-07- NIRE 35.222.019.998

7ª ALTERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE CONTRATO SOCIALData 20.12.2012. Local São José do Rio Preto. A totalidade dos sócios da TERRA NOVARODOBENS INCORPORADORA IMOBILIÁRIA - CAXIAS DO SUL I - SPE LTDA, sede emSão José do Rio Preto-SP, na Avenida Francisco das Chagas de Oliveira, nº 2500, sala47A, Higienópolis, CEP 15.085-485, DELIBERAM, de comum acordo, reduzir o capitalsocial, conforme artigo 1082, inciso I do Código Civil, passando de R$705.054,00 paraR$5.054,00, representando uma redução de R$700.000,00, que serão devolvidas até31.12.2012, em moeda corrente nacional, à sócia Rodobens Negócios Imobiliários S/A.Sócios: Rodobens Negócios Imobiliários S/A e Carlos Bianconi

RB Capital Companhia de SecuritizaçãoCompanhia Aberta - CNPJ/MF - 02.773.542/0001-22 - NIRE 35.300.157.648

EDITAL DE CONVOCAÇÃO - ASSEMBLEIA GERAL DE TITULARES DOS CERTIFICADOS DE RECEBÍVEISIMOBILIÁRIOS DA 69ª SÉRIE DA 1ª EMISSÃO DA RB CAPITAL SECURITIZADORA S.A.

RB Capital Companhia de Securitização (“Emissora”) e Pentágono S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliá-rios, na qualidade, respectivamente, de emissora e agente fiduciário da 69ª série de Certificados de RecebíveisImobiliários (“CRI”) da 1ª emissão da Emissora, pelo presente edital de convocação, nos termos da Cláusula 12.4do Termo de Securitização dos créditos imobiliários que lastreiam os CRI, firmado em 29 de outubro de 2012(“Termo de Securitização”), convocam todos os titulares dos CRI (“Titulares de CRI”) a se reunirem em Assem-bleia Geral de Titulares de CRI, a ser realizada, em primeira convocação no dia 26 de setembro de 2014,às 09:00 horas, e em segunda convocação, às 9:30 horas, no mesmo dia, na sede da Companhia, loca-lizada na Rua Amauri, 255, 7º andar, parte, na Cidade e Estado de São Paulo, para, nos termos do artigo 16, inci-so V, da Instrução CVM 414, conforme alterada, deliberarem acerca do desdobramento dos CRI de maneira queseu valor nominal unitário passe a ser inferior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), bem como sobre a conse-quente celebração de toda a documentação necessária para implementar o desdobramento, se aprovado. Pode-rão tomar parte na Assembleia: a) os Titulares de CRI, mediante exibição de documento hábil de sua identidadee comprovação de que são titulares dos CRI; e b) os procuradores dos Titulares de CRI, com poderes específicospara representação na Assembleia, e demais representantes legais, mediante comprovação da legitimidade da re-presentação exercida. São Paulo, 05 de setembro de 2014. RB Capital Companhia de Securitização.

Marcelo Michaluá - Diretor de Relações com Investidores

Dorris SP Participações S.A.CNPJ/MF nº 12.909.302/0001-66 - NIRE 35.3.00386809

EDITAL DE CONVOCAÇÃO - AGO/E. Ficam os senhores acionistas daDorris SP Participações S.A. (“Companhia”) convocadospara reunirem-se, em AGO/E, a ser realizada no dia 15/09/2014, às 16:00 horas, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 2.277,20º andar, conjuntos 203/204, Jardim Paulistano/SP, a fim de discutir e deliberar sobre a seguinte ordem do dia: Em AGO: (i)Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras do exercício social encerradoem 31/12/2013, devidamente publicadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Jornal Diário do Comércio em23/05/2014; e (ii) Deliberar acerca do resultado do exercício social encerrado em31/12/2013. EmAGE: (i) Aumentar o capitalsocial da Companhia, em R$9.381.374,00, com a emissão de 18.762.748 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal,da Companhia, com preço de emissão de R$0,50 por ação, com base no valor do patrimônio líquido contábil, mediante aconversão de créditos em valor idêntico detidos pelos acionistas contra a Companhia, na proporção de suas respectivasparticipações acionárias, em decorrência de AFACs - Adiantamentos para Futuros Aumentos de Capital, devidamentecontabilizados na Companhia, em atendimento às regras do Acordo de Acionistas da Companhia celebrado em 30/08/2011,devidamente registrado na sede social da Companhia; (ii) Aumentar o capital social da Companhia, em R$23.000.000,00,com a emissão de 46.000.000 de ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal de emissão da Companhia, com preçode emissão de R$0,50 por ação, com base no valor do patrimônio líquido contábil, com o objetivo de disponibilizar para aCompanhia os recursos necessários para garantir o desenvolvimento regular dos negócios da Companhia, em atendimentoàs disposições do seu Acordo de Acionistas, sendo que os respectivos valores subscritos no aumento de capital deverão serintegralizados pelos acionistas em prazo de até 12 meses, conforme necessidades da Companhia a serem demandadas pelaDiretoria da Companhia, por meio de chamadas de capital para integralização pelos acionistas; e (iii) Alterar a redação docaput do artigo 5º do Estatuto Social da Companhia, de modo a refletir a modificação decorrente dos aumentos de capitaldeliberados nos itens (i) e (ii) acima. Orientações Gerais: 1. Os documentos pertinentes às matérias da ordem do dia estãodisponíveis para consulta, com a antecedência legalmente exigida, na sede da Companhia, na Avenida Brigadeiro Faria Lima,nº2.277, 20º andar, conjuntos203/204, JardimPaulistano/SP. 2. Apessoapresente àAssembleiaGeral deverá comprovar suaqualidade de acionista, de acordo com o artigo 126 da lei nº 6.404/76, bem como os documentos comprobatórios dos seusrespectivospoderesderepresentação(cópiadoEstatutoSocialouContratoSocialatualizadoeatoque investeorepresentantede poderes suficientes). 3. Omandato para representação na Assembleia deverá ter sido outorgado em conformidade comoartigo 126, §1º, da Lei nº 6.404/1976, desde que a respectiva procuração, apresentada sempre emdocumento original, tenhasido regularmente depositada na sede social da Companhia com, no mínimo, 3 dias úteis de antecedência à realização daAssembleia. Juntamente comaprocuração, cada acionista que não for pessoa natural ou que nãotiver assinado a procuraçãoemseupróprionomedeverádepositarosdocumentos comprobatóriosdos seus respectivospoderesde representação (cópiado Estatuto Social ou Contrato Social atualizado e ato que investe o representante de poderes suficientes). SP, 4/09/2014.DORRIS SP PARTICIPAÇÕES S.A. - Ricardo Panzenboeck Dellape Baptista, Raphael Baptista Netto.

Odebrecht Ambiental - Capivari S.A.CNPJ/MF nº 08.583.774/0001-02 - NIRE 3530033792-1

Ata de Assembleia Geral ExtraordináriaDia, Hora e Local: 18/8/2014, às 11:30 horas, na sede, Rua Lemos Monteiro, 120, 11º - parte, Butantã/SP. Convocação:Dispensada. Presenças: Totalidade.Mesa: Guilherme Pamplona Paschoal, Presidente; e Rodolfo Duarte Bruscain, Secre-tário.Ordem do Dia: Deliberar sobre a eleição de novo membro da Diretoria da Companhia.Deliberações: 1) Aprovada alavratura da presente ata na forma de sumário dos fatos ocorridos, conforme faculta o artigo 130, §1º da Lei nº 6.404/76;e 2) Aprovar a eleição do Senhor Renato Amaury de Medeiros, RG nº 51981793-IFP/RJ e CPF/MF nº 788.718.407-04,ao cargo de Diretor. O Diretor ora eleito foi investido em seu cargo mediante a lavratura e assinatura do termo de posse noLivro de Atas de Reunião da Diretoria da Companhia. Atendendo ao disposto no artigo 147 da Lei nº 6.404/76, o Diretor oraeleito declara, sob as penas da lei, não estar impedido de exercer a administração da Companhia, por lei especial, ou emvirtude de condenação criminal, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contraa economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa de concorrência, contra as relações deconsumo, fé pública, ou a propriedade; ou, por pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos.Os acionistas ratificam a nomeação dos demais membros da Diretoria, de forma que a Diretoria, com mandato até a AGOa se realizar em 2015, passa a ser a seguinte: (a) Diretor Presidente-Guilherme Pamplona Paschoal; (b) Diretor - RogérioTadeu Ramos Sarro; e (c) Diretor-Renato Amaury de Medeiros. Encerramento: Nada mais. São Paulo, 18/8/2014. Mesa:Guilherme Pamplona Paschoal, Presidente; e Rodolfo Duarte Bruscain, Secretário.Acionistas:Odebrecht Ambiental S.A.,Construtora Norberto Odebrecht S.A. e CBPOEngenharia Ltda.Rodolfo Duarte Bruscain-Secretário. Jucesp nº 334.304/14-3em 27/08/14. Flávia Regina Britto-Secretária Geral em Exercício.

PREFEITURAMUNICIPAL DE BIRIGUIEDITAL Nº 150/2014 – PREGÃO PRESENCIAL Nº 122/2014.OBJETO: Contratação de empresa especializada para prestaçãode serviços de publicação de atos oficiais (leis, decretos,comunicados, regulamentos, portarias, editais, relatórios,despachos, balanços e balancetes, etc), por um período de 12(doze) meses, podendo ser renovado se houver interesse daadministração. Data da Abertura - 18/09/2014, às 08:00 horas.Melhores informações poderão ser obtidos junto a Seção deLicitaçõesnaRuaSantosDumont nº 28,Centro, ou pelos telefones(018) 3643.6126.OEdital poderá ser lido naquela Seção e retiradogratuitamente no site www.birigui.sp.gov.br., Pedro Felício EstradaBernabé, PrefeitoMunicipal. Birigui, 04/09/2014.

AVISO DE LICITAÇÃOEncontra-se REABERTA no CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO DE SÃO PAULO, alicitação na modalidade CONCORRENCIA PÚBLICA de Nº 001/2014, do tipo TÉCNICA E PREÇO,destinada a contratação de empresa especializada para execução de serviços de reforma nos imóveisdo Conselho Regional de Administração - CRA-SP, com o fornecimento de equipamentos, materiais emão-de-obra, conforme especificações e quantitativos estimados, constantes dos anexos: I (termo dereferencia), II (projetos), III (planilhas de orçamento), IV (Cronogramas Físico-Financeiro) e V (MemoriaisDescritivos) RECEBIMENTO DOS ENVELOPES Nº 01-Habilitação, 02 (DOCUMENTOS AVALIAÇÃOTÉCNICA) E Nº 3 (PROPOSTADE PREÇOS), até as 09:00 horas do dia 23/10/2014, ABERTURADOSENVELOPES: Nº 01-Habilitação: às 09:30 horas do dia 23/10/2014 VISITATÉCNICA: a ser agendada noperíodo de 05/09/2014 a 20/10/2014. O edital e seus os anexos serão disponibilizados para download nosite: www.crasp.gov.br, área de licitações. Também poderão ser obtidos na sede do CRA-SP, R. EstadosUnidos, 889 – Jd. América, mediante entrega de CD lacrado. SP. Adm. Walter Sigollo, CRA-SP 8.094 -Presidente.

CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃODE SÃO PAULO

SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica que se acha aberta aConcorrência nº 03/2014 - Processo nº 2.935/2014, destinada à contratação de empresade engenharia para adequação e implantação final do sistema de remoção de lodo daEstação de Tratamento de Água Cerrado, neste município, pelo tipo menor preço global.Encerramento dia 10/10/2014, às 10h. O edital completo será disponibilizado no site www.saaesorocaba.com.br. Informações pelos telefones: (15) 3224-5814 e 5815 ou pessoalmentenaAv. Pereira da Silva, 1.285, no Setor de Licitação e Contratos. Sorocaba, 04 de setembro de2014. Comissão Especial de Licitações - Jovelina Rodrigues Bueno - Presidente.

SERVIÇOAUTÔNOMODEÁGUAE ESGOTODE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica que acha-sepublicado no Sistema Eletrônico do Banco do Brasil, o Pregão Eletrônico nº 81/2014- Processo nº 4.664/2014, destinado ao fornecimento de concreto asfáltico usinadoa quente para aplicação a frio. SESSÃO PÚBLICA dia 22/09/2014, às 10:00 horas.Informações pelo site www.licitacoes-e.com.br, pelos telefones: (15) 3224-5814 e 5815ou pessoalmente na Av. Pereira da Silva, 1.285, no Setor de Licitação e Contratos.Sorocaba, 04 de setembro 2014.Wagner Antunes – Pregoeiro.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

ALUMÍNIO/SPPREGÃO PRESENCIAL Nº 23/2014 - PROCESSO N° 32/2014

OBJETO: AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS. Comunicamos aos interessados no edital retro mencionado que devido àsalterações no mesmo a data de encerramento será no dia 18/09/2014, às 14h00. O edital encontra-se disponível nosite: www.aluminio.sp.gov.br ou no Paço Municipal, à Av. Antônio de Castro Figueirôa n° 100, Alumínio/SP, sob custas deR$ 16,00. Informações (11) 4715-5500- ramal 5314- Kátia Alves Leal- Pregoeira

EMPRESA MUNICIPAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS – EMPROAVISO DE LICITAÇÃO – PREGÃO PRESENCIAL NAVISO DE LICITAÇÃO – PREGÃO PRESENCIAL No 016/2014

Objeto: Aquisição de 01 (um) veículo automotivo zero quilômetro, conforme especificação técnica no Anexo I desteEdital. Edital completo na sede da Empro: Av. Romeu Strazzi, 199 – Bairro Vila Sinibaldi, São José do Rio Preto/SP, oupelo site http://www.empro.com.br. – Fone: (17)3201-1201/1216. Abertura: 17 de setembro de 2014, às 09h30. São José do Rio Preto/SP, 30 de maio de 2014.

Cássio Domingos Dosualdo Moreira – Pregoeiro.

INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA CARDIOVASCULAR LTDA., CNPJ 03.855.302/0001-30, CCM2.917.073-7, Avenida Açocê, 422, conj.201, Indianópolis, São Paulo, SP, CEP:04075-022.Comunica o extravio do Livro Diário no 01, registrado no 4o Cartório de São Paulo, sob o no 426.572, em 13/06/2011.

Page 19: Diário do Comércio - 05/09/2014

18 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Argentina quer pagaros credores

externos em casaSenado aprovou a mudança do local depagamento de títulos para Buenos Aires

OSenado argent ino

aprovou na madruga-

da de ontem projeto

de lei enviado pelo governo

que permite que os credores

que renegociaram sua dívida

sejam pagos em Buenos Aires

pelo estatal Banco Nación. Is-

so implicaria pagar papéis que

valem cerca de US$ 30 bi-

lhões, que até agora são quita-

dos pelo Bank of New York Mel-

lon, em Nova York.

Uma mudança de última ho-

ra no texto, proposta pelo líder

da oposição, Sergio Massa,

abre a possibilidade de que a

dívida seja quitada na França.

Espera-se que a Câmara

dos Deputados (onde o gover-

no e seus aliados têm maioria)

discuta o tema na próxima se-

mana para aprová-lo antes do

fim do mês.

O objetivo do projeto é tirar

o processo das mãos do juiz fe-

deral de Nova York Thomas

Griesa. Ele determinou que a

Argentina somente poderá

pagar a seus credores regula-

res – aqueles que renegocia-

ram a dívida com desconto –se

pagar simultaneamente os

fundos de hedge, os chama-

dos “a b u t re s ”, que querem re-

ceber o valor integral dos títu-

los que possuem. Griesa já dis-

se que não aceitará a mudan-

ça, por ser ilegal.

O projeto de lei pode ser al-

vo de ações judiciais por parte

dos titulares da dívida por mu-

dar os termos dos acordos que

regem as obrigações. Além

disso, será difícil fazer a mu-

dança, porque o governo ar-

gentino não tem as informa-

ções sobre a identidade dos ti-

tulares dos bônus. Esses da-

d o s s ã o d e t i d o s p e l a s

instituições responsáveis pe-

lo pagamento dos títulos – e

essas alegam que não podem

repassá-los à Argentina por-

que Griesa poderia repreen-

dê-las. (Reuters)

Page 20: Diário do Comércio - 05/09/2014

sexta-feira, 5 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 19

Nº 529

CONFORTO E ECONOMIA

Modelo da Fiat é o primeiro flex fabricado no Brasil com sistema que desliga o carro no trânsito pesado. Consome 20% menos e emite menos poluentes.

CHICOLELIS

Fotos: divulgação

T R A N S P O RT E

Foton, o chinês"Made in Brazil"Produzindo 650 mil caminhões por anona China, marca vai fabricar no Brasil.

UNO ganha sistema Start&Stopna versão mecânica

Quando a fábrica da chine-

sa Foton, cujas obras já

foram iniciadas na cidade

gaúcha de Guaíba, começar a

produzir em 2016, a marca te-

rá cerca de 90 concessioná-

rios em todo o território nacio-

nal, conforme declaração do

presidente da montadora no

Brasil, Luiz Carlos Mendonça

de Barros, Hoje já são 20 os re-

presentantes no País.

Enquanto não produz por

aqui, a empresa vai importar

três modelos, de 3,5 até 10

toneladas de capacidade de

carga. Em todos, motor Cum-

mins, caixa de transmissão

ZF, injeção Bosch e projeto

de chassi da Lotus.

Bem equipados – Uma das

atrações do caminhão da Fo-

ton é a quantidade de equi-

pamentos agregados, nem

sempre encontrados como

de série na concorrência. En-

tre eles, ar-condicionado, vi-

dros elétricos e ABS.

Os importados da Foto

têm, segundo fontes do se-

tor, preços muito competiti-

vos. O 3,5 tem três versões,

com rodagem traseira dupla

e entre-eixos de 2.600 mm,

R$ 83.500; 3.660 mm, tam-

bém dupla, R$ 85.600. Com

rodagem simples, e 2.600

mm, R$ 81.900. O modelo de

6,5t, R$ 97.350, com roda-

gem traseira dupla e 3.360

mm. Transportando 8,6t e

com entre-eixo de 4.500 m,

o c a m i n h ã o c u s t a R $

107.200. O mais caro, para

10,6t, com a mesma medi-

da, R$ 119.800.

OStart&Stop é o sistema que desliga os

motores durante as paradas no dia a

dia do trânsito pesado nas grandes ci-

dades. Em geral é instalado em carros

de câmbio automático, ao contrário desta tercei-

ra geração do UNO que a Fiat lançou ontem, em

Buenos Aires. No caso da italiana, o S&S foi pa-

rar no modelo top, mas com câmbio mecâni-

co, e desliga e liga o motor por intermédio do

pedal da embreagem. Após colocar em "ponto mor-

to" e tirar o pé da embreagem, ele desliga. Para re-

ligar, em milésimos de segundos, basta apertar no-

vamente o pedal da embreagem. No trânsito pesado,

a economia de combustível pode chegar a 20% e a uma

redução significativa na emissão de poluentes. Nos dias

de muito calor, se o ar-condicionado estiver ligado, o sis-

tema religa o motor automaticamente depois de 60 se-

gundos para manter a temperatura interna, porque,

quando o carro para, o ventilador interno do ar-condiciona-

do continua funcionando, mas o compressor se desliga, já

que ele depende do funcionamento do motor. Caso queira, o

motorista pode desligar o S&S e manter o ar da cabine mais

frio. Para isso, basta acionar um botão no painel.

Nas versões Way e Sporting, motor 1.4, únicas dotadas de

câmbio Dualogic, por uma questão de custo, não foi colocado

o S&S. Mas elas não têm mais a alavanca de câmbio – a mu-

dança de marchas é feita somente através das "borboletas"

junto ao volante – e as opções de A/M (Automático/Manual), D

(Drive), N (Neutro), R (Ré) e a tecla S (Sport) estão em botões, no

console central. Com isso, a fábrica pôs fim aos equívocos dos

muitos motoristas que não conseguiam deixar o câmbio na posi-

ção desejada. Estas duas custam R$ 37.970 e R$ 39.630,

respectivamente, e com câmbio manual, a Evolution, R$

34.990 e a Sporting, sem o S&S, R$ 36.650. O Attractive 1.0,

versão de entrada, R$ 30.990 e a Way 1.0, R$ 31.490. No to-

tal, são 7 versões contando com Vivace e 2 e 4 portas, que

mantiveram o design da geração anterior.

COMO MUDOU?As mudanças no UNO, na sua terceira geração (a primeira

surgiu em 1980 e hoje é chamada Mille e a segunda em

2010, da qual restou apenas o Vivace), foram mais acentua-

das na sua sua frente. Ganhou mais "corpo" com redesenho

dos faróis, capô e para-choques. A lateral recebeu novos

contornos e, na traseira, o para-choque tem novo desenho

e as lanternas, desenho fractal, que são uma espécie de go-

mos quadrados, semelhantes a uma parede de escaladas

de academia de ginástica. Com isso, o carro parece mesmo

mais robusto que a geração anterior. Por dentro, mudanças

significativas, com novo painel, rádio com interatividade e

possibilidade de instalar opcionais como espelho retrovisor

com tela de ré, por exemplo.

Surpreende o baixo nível de ruído. Ao contrário da versão

anterior, nesta o revestimento acústico evita o barulho do

motor e da ação da suspensão superando as irregularida-

des da pista.Os bancos ficaram mais ergonômicos e o carro

oferece conforto para quatro pessoas, embora cinco pos-

sam utilizá-lo. No banco traseiro, a possibilidade de rebate-

lo, aumentando a capacidade do porta-malas. O cinto de

três pontos para o passageiro do meio, bem como o apoio de

cabeça, são opcionais em todas as versões. A rede Fiat já re-

cebeu 1000 unidades da nova geração do UNO.

Page 21: Diário do Comércio - 05/09/2014

20 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Esta é a primeira reportagemde uma série dedicada aoEstado norte-americano.Leia sobre San Diego na

sexta-feira que vem.

FAÇA AS MALAS

COMO CHEGARA American Airlines(www.aa.com.br) opera voos

diretos para Los Angeles, com

embarque em São Paulo, a partir

de R$ 4.146 (ida-e-volta, sem

taxas de embarque). A CopaAirlines tem voos com conexão

na Cidade do Panamá, a partir de

R$ 4.156,81, nas mesmas

condições. Cotação feita para

s e t e m b ro.

PA S S E I O SPela Starline Tours (6925

Hollywood Blvd,

www.citysightseeingla.com), o

CitySightSeeing Hop On Hop Off

é um ônibus que faz seis

diferentes trajetos com paradas

em Los Angeles. O visitante

pode escolher ficar na parte

coberta ou no segundo andar, a

céu aberto, e descer em cada

uma das atrações e depois

esperar o próximo veículo. Há

narração sobre os lugares e

histórias em diversos idiomas,

inclusive em português, a qual o

turista pode acompanhar por

meio de um fone de ouvido. Há

tíquetes de uso ilimitado em 24,

48 e 72 horas. A Starline

também vende passeios para os

estúdios e parques. Mais

informações sobre o Vip Tour da

Warner Brothers pelo site

w b t o u r. c o m .

Rejane Tamoto

Aterra das estrelas

também é de sol es-

caldante no verão,

estação que se es-

tende até meados de setem-

bro. Em Los Angeles, na Cali-

fórnia, o tapete vermelho por

onde as celebridades aden-

tram o Theatre para a cerimô-

nia anual do Oscar se aposen-

ta e dá espaço a um mar de tu-

ristas. Sim, não dá para come-

çar a conhecer a multicultural

e grande Los Angeles sem fa-

zer uma caminhada pelo Hol-

lywood Boulevard e sua calça-

da da fama, que tem 15 quar-

teirões de curiosidades e gla-

m o u r. N a t e m p o r a d a , é

visitado por centenas de turis-

tas, que caminham à procura

da estrela do artista que mais

gostam, entre as 2 mil estam-

padas no concreto, e param

para tirar fotos. Marilyn Mon-

roe, Charles Chaplin, B.B.

King, Ray Charles, Ingmar

Bergman...Se não topar com

algum astro dos dias de hoje

acidentalmente por ali, a dica

é visitar o Madame Tussaud's,

onde muitos deles estão em

sua versão de cera.

No Hollywood Boulevard,

pode-se contratar passeios

para os arredores, para os es-

túdios da Universal ou o letrei-

ro de Hollywood. Com tanto da

sétima arte ao redor, o menu é

extenso. A dica para os fãs de

seriados de TV é conhecer o

estúdio da Warner Brothers,

em Burbank. O passeio bási-

co, chamado de Vip Tour, tem

duração de duas horas e per-

mite ver ao vivo os cenários de

seriados famosos, como Tr u eB lo od e Two and a Half Men,

além de cidades cenográficas

de filmes. O ponto

alto é sentar no so-

fá do Central Perk Café,

onde se passam os mais di-

vertidos diálogos da série

Fri ends . Há, ainda, paradas

no museu dos figurinos de

Batman e Harry Potter.Mas como os dias são

longos e escurecem a

partir das 20h nesta época do

ano, o visitante pode se pro-

gramar para tudo o que a cida-

de oferece. Depois desse ho-

rário, a pedida é conhecer o

Hollywood Bowl,

que neste ano completa seu

92º aniversário. O palco, em

formato de concha, abriga

concertos ao ar livre e uma

programação de espetáculos,

aos quais vale a pena assistir.

COMPRAS

Quem se hospeda na região

de West Hollywood pode re-

servar um dia para o Farmers

Market, tradicional mercado

de flores, hortifruti-

granjeiros, carnes, quei-

jos e pães, e aproveitar o pas-

seio para conhecer o shopping

The Grove, cuja lista de lojas

inclui Apple, Michael Kors e Ba-

nana Republic, entre muitas

outras. Se não tiver tempo de

explorar o Farmers, não se

preocupe. Uma novidade

neste verão foi a abertura de

uma filial no terminal 5 do Ae-

roporto Internacional de Los

Angeles.

Outro programa na região,

que exige tempo, é uma visita

ao Los Angeles County Mu-

seum of Art (o Lacma), maior

museu de arte a oeste de Chi-

cago e com um acervo exten-

so, que abrange a história da

arte desde a era pré-histórica

até a contemporânea. De lá,

aproveite para curtir a Melro-

se Avenue, rua de compras

muito autêntica com lojas de

fachadas de arte pop que ven-

dem roupas, calçados e aces-

sórios de variados estilos.

Sob o clima de deserto en-

solarado desta parte da costa

oeste, é impossível ficar longe

do mar. Por isso, não deixe de

caminhar pelo píer de Santa

Mônica e, de lá, avistar as lin-

das casas de Malibu. No verão,

as areias da praia são disputa-

das, mas há a opção de peda-

lar pela região ou, simples-

mente, passear pelo centro

comercial a céu aberto Santa

Mônica Place,

que segue

depois pa-

ra a Third

S t re e t

Promenade, a

qual reúne boutiques e

restaurantes. Santa Mônica

abrigou muitos estúdios no

passado, quando era chama-

da de "cidade das estrelas".

Quem não quiser sair de lá

sem comprar algo também

pode rumar para a Montana

Avenue, equivalente à Rodeo

Drive de Beverly Hills, rua com

muitas lojas de grife (como a

nossa Oscar Freire). Dizem

que Steven Spielberg faz com-

pras nessa avenida. Los Ange-

les é assim: cada esquina tem

uma história vibrante.

Fotos: Rejane Tamoto

Divulgação

ORLANDO, CALIFORNIAHá duas décadas em West Hollywood erecentemente remodelado, The OrlandoHotel (www.theorlando.com) é um hotelboutique confortável no verãocaliforniano. Dá de ficar na piscina,levemente aquecida e salgada, no spa ena academia e sua localização possibilitaque o hóspede não fique só de pernaspara o ar. Isso porque o hotel está ao ladodas principais atrações da região, e paraalgumas delas é possível ir a pé. Caso doshopping Beverly Center, onde há umaparada do ônibus da Starline, que levapara vários cantos da cidade. Está pertodo Farmers Market, do Lacma e na frenteda Magnolia Bakery, onde se podesaborear deliciosos cupcakes. Além disso,fica pertinho de pontos turísticos como oHollywood Boulevard e a Sunset Strip,avenida badalada à noite. Diárias custama partir de US$ 276,04, com osimpostos. (RT)

Área dapiscina,aquecida esalgada, doThe OrlandoHotel, em WestHollywood.

Acima, a partir dafoto maior, Calçadada Fama; museuLacma; estátua deNicole Kidman noMadame Tussaud;lojas na MelroseAvenue; e cenário de"Friends" no estúdioda Warner Bros;abaixo, o píer deSanta Mônica.

De passeios aosestúdios de cinema a

shoppings e praias,a cidade fervilha

nesta estação.D e s e m b a rc a m o s

por lá!

Divulgação

Brilho doverão emLos Angeles