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Ano 87 - Nº 23.438 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 4 3 8 HOJE Sol. Nuvens à tarde. Pode garoar à noite. Máxima 27º C. Mínima 16º C. AMANHÃ Sol. Nebulosidade aumenta à tarde. Máxima 26º C. Mínima 15º C. DO GENERAL LESSA PARA O EX-MINISTRO JOBIM 'Você foi um embuste' O general Luiz Lessa, ex-comandante da Amazônia e do Leste (esq.), foi ainda além, na carta ao ex-ministro da Defesa Nelson Jobim (dir.). Atribui-lhe um "ego avassalador", "arrogância", "prepotência" e "uma psicótica necessidade de se fantasiar de militar, envergando uniformes que não lhe cabiam não apenas por seu tamanho desproporcional, mas, também, pela carência de virtudes básicas". E conclui: "Você foi um embuste". O general Lessa surpreendeu-se com as mensagens recebidas desde que postou a carta na internet. Também saudou o novo ministro da Defesa: "Como no Brasil tudo que está ruim pode ficar ainda pior, vamos ter que aturar o embaixador Amorim, que por longos oito anos deslustrou o Itamaraty". O ex-ministro Jobim ainda não se manifestou. Página 7 Jorge Araújo/Folhapress-15.10.2007 Masao Goto Filho/e-SIM-10.06.2008 Deserto paulistano A PF também protesta Epitácio Pessoa/AE A umidade relativa do ar caiu a 18% ontem, levando a Cidade ao estado de alerta – índices inferiores a 30% já são prejudiciais à saúde. Pior: as condições só devem melhorar no fim de semana. Veja como se proteger na pág. 12 O PERIGOSO VOO DOS ROSSI Ministro da Agricultura e um filho voaram em jato da Ourofino, empresa de agronegócios. Em nota, Wagner Rossi (PMDB) disse que usou o avião "em raras ocasiões". Ah, bom. Página 5 Pressão por uma CPI da Corrupção Quem assinou a lista para a CPI da Corrupção no Congresso? E como você pode ajudar. Página 6 Novo Gandhi faz jejum anticorrupção Ativista indiano Anna Hazare chegou a ser preso em Nova Délhi. Pág. 11 Cobre assinaturas dos parlamentares e assine você também: www.muco.com.br Adnan Abidi/Reuters PR deixa a base governista Abre mão de cargos, mas descarta "revanche ou chantagem". Pág.6 CORRUPTUR Bloqueio de bens de 18 suspeitos Pedido é do procurador da República. Pág. 6 Dnit atropela e libera R$ 31 mi Ignorou parecer e aprovou aditivo para obra "inconsistente". Pág.6 Novais: hoje, o grande dia. Sergio Lima/Folhapress VILA MADALENA UNIDA CONTRA ARRASTÃO Onda de assaltos levou donos de bares e restaurantes a intensificarem sua rede de segurança. Ficam de olho uns nos outros e mantêm contatos telefônicos. A qualquer movimento suspeito no vizinho, acionam a polícia. Pág. 12

Diário do Comércio

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17 ago 2011

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Page 1: Diário do Comércio

Ano 87 - Nº 23.438 Jornal do empreendedor R$ 1,40

Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23438

HOJESol. Nuvens à tarde. Pode garoar à noite.

Máxima 27º C. Mínima 16º C.

AMANHÃSol. Nebulosidade aumenta à tarde.

Máxima 26º C. Mínima 15º C.

DO GENERAL LESSA PARA O EX-MINISTRO JOBIM

'Você foi umembuste'O general Luiz Lessa, ex-comandante da Amazônia e do Leste(esq.), foi ainda além, na carta ao ex-ministro da Defesa NelsonJobim (dir.). Atribui-lhe um "ego avassalador", "arrogância","prepotência" e "uma psicótica necessidade

de se fantasiar de militar, envergando uniformes que não lhe cabiamnão apenas por seu tamanho desproporcional, mas, também, pelacarência de virtudes básicas". E conclui: "Você foi um embuste". Ogeneral Lessa surpreendeu-se com as mensagens recebidas desde quepostou a carta na internet. Também saudou o novo ministro da Defesa:"Como no Brasil tudo que está ruim pode ficar ainda pior, vamos terque aturar o embaixador Amorim, que por longos oito anos deslustrouo Itamaraty". O ex-ministro Jobim ainda não se manifestou. Página 7

Jorge Araújo/Folhapress-15.10.2007

Masao Goto Filho/e-SIM-10.06.2008

Deserto paulistano

A PFtambémprotesta

Epitácio Pessoa/AE

A umidade relativa do ar caiu a 18% ontem,levando a Cidade ao estado de alerta – índices

inferiores a 30% já são prejudiciais à saúde.Pior: as condições só devem melhorar no fim de

semana. Veja como se proteger na pág. 12

O PERIGOSO VOO DOS ROSSIMinistro da Agricultura e um filho voaram em jato da Ourofino, empresa de agronegócios.

Em nota, Wagner Rossi (PMDB) disse que usou o avião "em raras ocasiões". Ah, bom. Página 5

Pressão poruma CPIda CorrupçãoQuem assinou a lista paraa CPI da Corrupção noCongresso? E comovocê pode ajudar. Página 6

Novo Gandhifaz jejumanticorr upçãoAtivista indiano AnnaHazare chegou a ser presoem Nova Délhi. P á g. 11

Cobre assinaturas dosparlamentares e assine

você também:w w w. m u co. co m . b r

Adnan Abidi/Reuters

PR deixaa basegover nistaAbre mão de cargos,mas descarta "revancheou chantagem". Pág. 6

C O R RU P T U R

Bloqueio debens de

18 suspeitosPedido é do procurador

da República. P á g. 6

Dnit atropelae liberaR$ 31 miIgnorou parecer eaprovou aditivo para obra"inconsistente". Pág. 6

Novais: hoje, o grande dia.

Sergio Lima/Folhapress

VILAM A DA L E N AU N I DACONTRAARRASTÃOOnda de assaltos levoudonos de bares erestaurantes aintensificarem sua redede segurança. Ficamde olho uns nos outrose mantêm contatostelefônicos. A qualquermovimento suspeitono vizinho, acionama polícia. Pág. 12

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quarta-feira, 17 de agosto de 20112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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opiniãoNas propostas e nos planos de ajuste fiscal não se vê nenhum movimento para corrigir tais distorções.

José Márcio Mendonça

Lição dee n x u g a m e n to

JOSÉ

MÁRCIO

MENDONÇA

IVONE

ZEGER

CADÊ O DINHEIRO DE COBAIN?O

suspense em tornoda herança dacantora inglesa Amy

Winehouse, que comenteiaqui na semana passada, trazà lembrança o caso de outroícone do rock, este dosEstados Unidos: Kurt Cobain.

Líder e vocalista do grupoNirvana, Cobain foi casado comCourtney Love, também artistado cenário "underground",da banda Hole. Numa trajetóriamórbida emblemática, osdois protagonizaram episódiosenvolvendo abuso de drogase suas consequências. Entreos episódios memoráveis,está a luta que o casal tevede travar na Justiça paragarantir que a filha, FrancesCobain, nascida em 1992,permanecesse com eles.

Na época, a Justiça acabouconsentindo a custódia dafilha para o casal. E Cobainteria criado Frances se nãotivesse se matado, em 1994,com um tiro na testa. Aomorrer, deixou uma herança decerca de 1,2 bilhão de dólares.Love e a filha Frances pareciamter o futuro garantido. Mas nãofoi bem isso o que aconteceu.

Há dois anos, ou seja, 15anos após a morte de Cobain,Love percebeu que pelomenos 500 milhões da herançadeixada haviam lhe escapadodas mãos, simplesmenteevaporado, desaparecido!Nós, longe do olimpodo rock, nos perguntamos:como isso é possível?

Em parte, a respostaquem deu foi a advogada

de Courtney Love, RhondaHolmes, ao contar aos jornaisque teriam forjado números doseguro social de Love, Cobaine da filha, e aberto contasbancárias para movimentar aherança. As suspeitas recaemsobre os administradores daherança e gerentes de bancos.

A advogada disse que seaproveitaram do fato de Love

ser dependente de drogase lhe arrancaram o dinheiro. Elasó foi perceber 15 anos depoisporque, enfim, conseguiuvencer o vício. Porém, mesesapós alardear que foi roubada,a cantora voltou às páginasdos jornais, ao doar US$ 17 milpara um chá beneficente como ator Adrien Brody, queganhou o Oscar com o filmeO Pianista. Ou seja, há algomuito estranho nisso tudo.

Em todo esse imbróglio,o que realmente fica claroé que heranças somem sehouver irresponsabilidade oudívidas. Frances que se cuide.

Em geral, dívidasdeixam herdeiros frustradose dão trabalho. No Brasil, oartigo 1792 do Código Civilgarante que os herdeiros nãorespondem por encargos

superiores às forças daherança. Isso significa quedívidas deixadas por quemfalece serão pagas na medidaem que o patrimônio dofalecido for suficiente.Deve-se fazer o inventáriopara quitar as dívidaspendentes e, mesmo que nãohaja recursos, pelo menospara que fique publicamenteregistrada a impossibilidadede pagá-las. Isso facilita casoapareçam outros credores.

No caso de haveralgum patrimônio, há

uma ordem de prioridades.Primeiro, são quitadas asdívidas trabalhistas e osimpostos relativos à pessoafísica: federais – como o IRe o ITR, Imposto sobrePropriedade Territorial Rural;os estaduais, como o IPVA, e osmunicipais, como o IPTU. E éaqui que os herdeiros perdemo sono, pois se os recursosnão forem suficientes,eles terão de pagar essaspendências do próprio bolso.

Daí a justa preocupaçãoda família quando há umúnico imóvel a inventariar e

ele é utilizadocomo residência.No caso dasdívidas citadasacima – fiscais etrabalhistas – ébem provávelque o imóvelse destine aop a g a m e nto.Se houvermais deum imóvel,penhora-se ode maior valor.

Diz-se que as dívidascessam com a morte, mas

bem se vê que frases assim sãomeias verdades. Por outro lado,há dívidas que realmentedeixam de existir com a morte,como empréstimos para casaprópria. Aliás, isso faz os bancosburocratizarem cada vez maisa contratação de empréstimospessoais e a impor altas taxasde seguro que fazem brutaldiferença nas prestações.Outros credores – instituiçõesou pessoas físicas– podemse habilitar na sucessão,mas só receberão se sobrarembens do autor da herança.

A vida de quemvive abaixo do olimpo tem lásuas responsabilidades.A garota Frances Cobain, jácom 20 anos, linda e adoradapelos fãs dos seus pais, pareceter mais juízo e não se fia naherança. Recentemente, elacomeçou a trabalhar e inicioua carreira de fotógrafa.

IVO N E ZEGER É A DVO G A D A

E S P E C I A L I S TA EM DI R E I TO DE FAMÍLIA

E SU C E S S Ã O, AUTOR A DOS L I V RO S

"HER ANÇA: PE RG U N TA S E

RE S P O S TA S " E " FAMÍLIA:PE RG U N TA S E RE S P O S TA S " - DA

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ão

Éfato que os tempos sãooutros e as personalida-des diferentes – emborao premiê Berlusconi te-

nha um quê do ditador Mussolini,apenas com uma truculênciaantidemocrática menos ex-plícita e menos pose –, mas opaís que os dois dirigiramainda tem hoje, no terrenoda política e da administra-ção pública, a mesma pro-pensão à anarquia que tinhanos tempos do ditador par-ceiro de Hitler. "Não é difícilgovernar a Itália. É inútil",vaticinou Mussolini, noauge do seu poder, oque Berlusconi pare-ce confirmar ao le-var o país, de enor-mes potencialidades,a uma situação dequase insolvência.

Por tudo isso, é atéparadoxal que venhaagora dessa Itália, detantas glórias e de tantastrocas de governo, de uma tei-mosa tendência a não se deixar "go-vernar", lições de busca de organi-zação do caos estatal que bem cabe-riam no Brasil neste momento.

A presidente Dilma Roussefftem dito ultimamente que um dospressupostos para o Brasil se sairbem da crise que desponta no ho-rizonte internacional é não fazerconcessões na política fiscal, ouseja, ser firme no controle dos gas-tos públicos.

Há, por parte dos críticos, umagrande desconfiança de que a talausteridade fiscal que o atual go-verno apregoa estar em andamen-to, para garantir um superávit pri-mário de 3,1%, sem a mágica deanos passados, esteja mesmo notrilho correto.

As razões da desconfiança estão,entre outras coisas, no fato de que aeconomia feita para pagar juros estáaté agora baseada mais no aumentode receitas do que no corte efetivode gastos. Muitas despesas pesadasestão maiores neste ano do que noanterior – como os gastos com pes-soal, até agora mais de 10% acima,

em termos reais, dos realizados noano passado. No global, o governonão está soltando menos recursosdo que soltou em 2010.

A judam a aumentar as des-confianças decisões co-mo a perpetrada ontem

pela presidente – assunto, aliás,antecipado aqui há cerca de ummês – de vetar, na Lei de DiretrizesOrçamentárias de 2012, algumaspropostas da oposição, cujo obje-tivo era pôr um pouco mais de dis-ciplina nos gastos oficiais. Os ve-tos estão no limite de 0,87% do PIB

para o déficit nominal (receitasmenos despesas, incluídos os ju-ros) e a obrigação de incluir no Or-çamento os gastos com emissão detítulos para financiar projetos viabancos oficiais. Não são bons si-nais, claro.

Mas, ainda que, ao contráriodessas e de outras inquietantes in-dicações de vazamentos na políti-co, todo o enxugamento anuncia-do venha a se realizar, ainda assimo governo estaria apenas enxu-gando gelo, cortando às vezes emparte essenciais, sem atacar de fa-to o problema estrutural, que é o

excesso de custo inútil do Estado.E é esta a lição que nos vem do paísdo qual se diz que governá-lo éinútil. No pacote do primeiro mi-nistro Berlusconi, por qual mila-gre seja, está de fato uma propostade corte na carne estatal italiana.

Um pequeno exemplo: na es-trutura administrativa e políticado Estado italiano serão fechadas1,5 mil prefeituras e 30 governosprovinciais, com a eliminação dedez mil cargos públicos e políticos(vereadores, deputados provin-ciais e apensados) com uma eco-nomia de 9 bilhões de euros de for-

ma definitiva. É certo que, no Bra-sil, a questão municipal não podeser resolvida desse modo, mas averdade é que dos mais de 5.600municípios brasileiros, mais dametade não tem vida financeiraprópria, não arrecada para garan-tir sua sobrevivência, com o custode vereadores, prefeitos, secretá-rios. Mas nunca se levou a sérioqualquer tentativa de reduzir es-ses custos com a criação de consór-cio regionais para partilhamentode despesas e coisa tais.

Menos ainda se pensou nos en-xugamentos possíveis. Temos 39

ministérios, com vistas a chegar aoquadragésimo nos próximos me-ses, quando o país viveria muitomelhor com menos da metade dis-so. Dos 26 Estados e o Distrito Fe-deral em que se divide a nossa fe-deração, parte considerável vive àmingua. No entanto, pensamoscriar novas unidades – duas já es-tão engatilhadas , com a divisãodo Pará, e mais de dez aguardam oaval do Congresso para virem àluz. Só no governo federal há maisde 22 mil cargos de confiança, po-sição de chefia, boa parte ocupadapor apadrinhados políticos semconcurso público. As "assessoriasespeciais" alastram-se como pra-ga. Na Inglaterra, pobre país rico,essas funções não chegam a 500.

Nas propostas e nos planosde ajuste fiscal não se vênenhum movimento pa-

ra corrigir tais distorções. Sacrifi-cam-se investimentos e até melho-ria em salários de professores, po-liciais, médicos, mas não se sacri-fica a estrutura político-eleitoral.Enquanto não se atacar esta esfera,com uma reforma para valer noobeso Estado brasileiro, vai sem-pre faltar dinheiro para o essen-cial. E a máquina arrecadadoraoficial não moderará seu apetite.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É

J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

Page 3: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 2011 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

O enfraquecimento daseconomias mais desenvolvidas,enquanto a nossa atrai capitaisestrangeiros, fará retornar

brasileiros que emigraramem busca de emprego.

opinião DÓLAR AINDA É O PADRÃO MONETÁRIO DO MUNDO, APESAR DA CRISE NORTE-AMERICANA.

A CRISE, LÁ E CÁMANUELITO

MAGALHÃES

JÚNIOR

THOMAS L.FRIEDMAN

GLOBALIZAÇÃO DARAIVA E TECNOLOGIA

Londres está em chamas. APrimavera Árabe desencadeiarebeliões populares contra

autocratas no mundo árabe. OVerão Israelense leva 250 milisraelenses às ruas, protestandocontra a falta de moradia acessívele contra a forma com que o país édominado hoje por um oligopóliode capitalistas companheiros.De Atenas a Barcelona, as praçaseuropeias estão tomadas porjovens que se manifestam contrao desemprego e a injustiça dosgritantes desequilíbrios de renda,enquanto o raivoso Tea Partysurge do nada e estabelece o rumoda política norte-americana.

O que está havendo?Existem várias e diferentes

razões para essas explosões, masse elas tiverem um denominadorcomum, creio que este pode serencontrado numa das palavrasde ordem da revolta da classemédia israelense: "Estamoslutando por um futuro acessível".Em todo o mundo, muitas pessoasda classe média e da média-baixasentem que o "futuro" está forado alcance delas e querem queseus líderes saibam disso.

Por que agora? Tudo começacom o fato de que a globalizaçãoe a revolução da tecnologiada informação atingiram umnível totalmente novo. Graças àcomputação na nuvem,conectividade 3G sem fio, Skype,Facebook, Google, Linkedln,Twitter, iPad e smartphonesbaratos, com acesso à internet,o mundo passou de conectadopara hiperconectado.

Essa é a tendência maisimportante do mundo atualmente.E é a principal razão pela qual, paraingressar na classe média, agora, éé preciso estudar mais, realizar otrabalho de forma mais inteligentee se adaptar mais rápido do queantes. Toda essa tecnologiae a globalização estãoeliminando cada vezmais o trabalho de"rotina" – o tipo detrabalho que jásustentou muitodo estilo de vidada classe média.

A misturada globalizaçãocom a TI estáprovocando ganhosgigantescos de produtividade,especialmente em épocasrecessivas, quando os empresáriosestão percebendo que é mais fácil,mais barato e mais necessáriodo que nunca substituir a mão-de-obra por máquinas, computadores,robôs e trabalhadoresestrangeiros talentosos.

Antes, era comum que sótrabalhadores braçais

estrangeiros fossem baratos; agora,gênios estrangeiros baratos estãofacilmente disponíveis. Isso explicapor que as empresas estão ficandomais ricas e os trabalhadorescom capacidades médias maispobres. Há bons empregos, elesexistem, mas exigem maiseducação e mais habilidadestécnicas. O desemprego aindacontinua relativamente baixo parapessoas com nível universitário.Mas conseguir um diplomae transformá-lo em um bomemprego exige mais desafiospara todo mundo. É difícil.

Reflitam no que a revistaThe Times publicou em fevereiroúltimo: na pequena GrinnellCollege, zona rural de Iowa, com1.600 alunos, "um em cada10 candidatos analisados para aturma de 2015 vem da China".A reportagem chama a atençãopara o fato de que dezenas deoutras faculdades e universidadesnorte-americanas estãoobservando uma onda parecida.E o texto completava com estefato: metade dos candidatos daChina deste ano obteve 800 pontos

na parte da matemática do SAT(teste de avaliação para seentrar em uma faculdade nos EUA).

Não só se exige maiscapacidades para conseguir umbom emprego, como tambémpara aqueles que não têmcondições de ampliar seusdesafios, os governos não podemmais conceder um generoso apoiode assistência social ou créditobarato para ser usado na comprade uma casa por quase nada– o que criava muitas vagas detrabalho braçal na construçãoe no comércio. Lamentavelmente,nos 50 anos após a SegundaGuerra Mundial, para ser umpresidente, prefeito, governadorou reitor de universidadesignificava, de um modo geral,dar coisas às pessoas. Hoje,significa tirar coisas das pessoas.

Tudo isso está ocorrendonuma época em que a mesma

revolução globalização/TI permiteagora a globalização da raiva,com todas essas demonstraçõesinspirando umas às outras.Alguns manifestantes israelensescarregavam um cartaz: "Marchecomo um egípcio". Emboraesses protestos sociais – e suasmutações criminosas de flash-mobcomo as de Londres – nãosejam causados pelas novastecnologias por si mesmas – sãoalimentados por elas.

A revolução globalização/TItambém está "superfortalecendo"os indivíduos, capacitando-osa desafiar as hierarquias e asfiguras de autoridade tradicionais– nos negócios, nas ciências,nos governos. Ela também estápossibilitando a criação deminorias poderosas e deixando,como nunca, mais difícil governare mais fácil fazer a políticas

das minorias. Consultem odicionário para Tea Party.

Com certeza,uma das imagens

icônicas destaépoca é oretrato doex - p re s i d e ntedo Egito, Hosni

Mubarak – portrês décadas um

faraó moderno –sendo arrastado para

o tribunal, preso numajaula com seus dois filhos

e julgado por tentar esmagar asmanifestações pacíficas de seupovo. Todos os líderes e diretores-presidentes de empresasdeveriam refletir sobre essa foto."A pirâmide do poder está sendovirada de cabeça pra baixo",afirmou Yaron Ezrahi, um teóricopolítico israelense.

Então vamos analisar: cada vezmais estamos tirando da classe

média o crédito fácil, o trabalhorotineiro, empregos públicos edireitos – numa época em que seprecisa de mais capacidades parase conseguir e manter um trabalhodecente, numa época em queos cidadãos têm mais acesso aosmeios para se organizar, protestare desafiar as autoridades.

E numa época , também,quando essa mesma combinaçãode globalização e TI estácriando salários gigantescos parapessoas com habilidades globais(ou para aqueles que sabemlidar com o sistema e têm acessoa dinheiro, monopólios oucontratos governamentais porserem próximos aos que estãono poder) – ampliando assimas desigualdades de rendae alimentando ainda maisos ressentimentos. Ponham tudoisso junto e teremos a notíciada primeira página de hoje.

THOMAS L. FRIEDMAN É C O L U N I S TA

DO NEW YORK TIMES E TRÊS VEZES

GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER

TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

Com a crise instaladanos mercados inter-nacionais e as bolsasde valores envoltas

em movimentos típicos dasmontanhas russas, me permitibrincar com os amigos, lem-brando-lhes como é "exata" aciência econômica.

A brincadeira surgiu comoforma de responder à perguntamais frequente que me fize-ram, na semana que passou: "sea economia americana vai mal,como você explica que, para fu-gir do risco, os agentes econô-micos se refugiem em títulosdo tesouro americano?"

A melhor resposta a estaquestão, encontrei num artigode Luis Fernando Veríssimo,publicado em 7 de agosto, sob otítulo "Uma saída". Para ele,"fora os falsários, só os ameri-canos podem imprimir dólar".E, se o dólar ainda é o padrãomonetário do mundo, isso ex-plica a procura pelos títulos dogoverno americano.

Resolvi ligar para o meu ami-go e personagem imaginário,John Smith, para lhe contar so-bre a frase do Veríssimo. Encon-trei-o de bom humor com a reso-lução do impasse no CongressoAmericano acerca da elevaçãodo teto da dívida americana. Aomesmo tempo, estava enfureci-do com a agência de classifica-ção de risco Standard & Poor'sque retirou a graduação de tri-plo A da economia americana.

Tratei logo de descontrair oambiente, lembrando o discursodo presidente americano, se-gundo o qual os Estados Unidosjamais deixariam de ser AAA,muito menos por conta de umaagência que, poucos anos atrás,errou feio na classificação de ris-co do banco de investimentosLehman Brothers, cuja concor-data deu início à crise em 2008, aqual se arrasta até hoje.

Mr. Smith, como bom republi-cano, fez questão de me lembrarque o discurso de Obama não te-ve ressonância nos mercadosmundiais. Segundo ele, a boanotícia veio do Banco Centralamericano, o Federal Reserve

(FED), que anunciou a manu-tenção de taxas de juros próxi-mas a zero até 2013, como formade estimular a economia e os in-vestimentos privados.

D epois dessa interven-ção, ele voltou a destilarseu humor americano,

algo sarcástico, e pôs-se a comen-tar as últimas notícias sobre oBrasil e o mundo. Para ele, quetem tropeçado em brasileiros nassuas andanças pelo mundo, o en-fraquecimento das economiasmais desenvolvidas, ao mesmotempo em que a nossa atrai capi-tais estrangeiros, vai provocar oretorno de brasileiros que, nopassado, emigraram em busca deoportunidades de emprego, en-tão escassas por aqui.

O primeiro sinal disso, paraMr. Smith, seria a queda nas re-messas de recursos por partedesses emigrados, que traduz adificuldade em manter a renda eo emprego lá fora. Fui conferir osnúmeros, comparando o pri-meiro semestre de 2011 com o de2010: a queda foi de mais de 45%!O velhinho sabe das coisas...

Tentei dizer que não estamostão bem assim, que nossos go-vernantes também estão muitopreocupados com os desdobra-mentos internos da crise. Lem-

brei que o próprio ministro daFazenda ponderou que este nãoé o momento para gastos adicio-nais, até para os aumentos sala-riais prometidos ao longo dacampanha eleitoral do ano pas-sado. Mas Mr. Smith não se deupor vencido: "Qual o quê! O Bra-sil está com reservas internacio-nais superando 350 bilhões dedólares, com planos aceleradospara investir mais de 30 bilhõesde dólares em trens de alta velo-cidade. Um país com essa capa-cidade, em um momento turbu-lento como esse, é um exemplopara nós americanos", disse ele.

R ebati suas afirmações,dizendo que, na verda-de, essas reservas custa-

vam algo em torno de 30 bilhõesde dólares anuais para seremmantidas, e que, pelo discursooficial, eram necessárias nãoapenas para criar um lastro des-tinado a enfrentar a crise mas,principalmente, para tentarmanter o valor do dólar em pa-tamar que não inviabilizassenossas exportações.

Nada disso afetou o bom hu-mor de Mr. Smith, que replicouseus argumentos sobre a inva-são verde-amarela nas ruas deManhattan e os investimentosnum meio de transporte como o

trem bala, algo incompreensívelpara o modelo de sociedadeamericana.

Tentei fazê-lo enxergar que amodelagem do investimento donosso trem rápido não era esta-tal, e sim privado. Ao que ele meinterrompeu, afirmando (êta ve-lhinho bem informado!) que amaioria dos recursos sairá doBNDES, logo são públicos. Emais: que ele havia lido que opróprio governo ofereceu ga-rantias de que, caso as receitasobtidas pelo operador privadonão se mostrassem similares aoque previa o edital, o rombo se-ria coberto com recursos do te-souro brasileiro.

Tratei de mudar de assun-to. O Brasil é mesmo umpaís complicado para es-

trangeiro entender. Com tantosproblemas emergenciais a se-rem resolvidos, tantas obras deinfraestrutura por fazer, somosum país que discute a implanta-ção da rede 4G e o combate à fo-me no semi-árido.

Às vezes imagino que visãoos milhões de Mr. Smith's têmsobre nós. Será que um japonês,ao vera maior agência de classi-ficação de risco japonesa (R&IJapan) elevar nossa nota de cré-dito para BBB tem noção de co-mo de fato nós somos? Que en-quanto eles reconstroem umarodovia dias após o tsunami,nós ainda caímos em buracosde estradas abertos nas chuvasde seis meses atrás?

Exageros de Mr. Smith à par-te, estamos melhorando. Masserá que estamos no rumo? Ou asensação de melhora obstrui avisão do caminho que ainda pre-cisamos trilhar?

MA N U E L I TO P. MAG A L H Ã E S

JÚNIOR É E C O N O M I S TA E D I R E TO R

DA CO M PA N H I A DE SA N E A M E N TO

BÁSICO DO ES TA D O DE

SÃO PAU L O (SABESP). FOI

PRESIDENTE DA EMPRESA

PAU L I S TA DE PL A N E JA M E N TO

ME T RO P O L I TA N O (EMPLASA) E

SECRETÁRIO DE PL A N E JA M E N TO

DA C I DA D E DE SÃO PAU L O.

Page 4: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 20114 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

17 de agosto

São Jacinto

O frei dominicano, nascido Jacó,aprendeu a bondade e a caridade na

família. Conviveu em Roma com SãoDomingos de Gusmão, em 1221. Foi

pregador na Cracóvia, Polônia, em 1228 efalava contra os prussianos . Nasceu

em 1221 e faleceu em 1257.

Solução

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Page 5: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 2011 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

AINDA NÃOEm nome de apoiopolítico, o ministroque deveria cair,fica no cargo.

MAS QUASEMas Dilma decidiuavançar com afaxina naAgr icultura.

política

Ministro voa no jatinho do agronegócioWagner Rossi, da Agricultura, diz que "nas rarasvezes" em que viajou foi de "carona" no avião da

Ourofino, empresa que doou R$ 100 mil paraajudar na eleição do filho, Baleia Rossi.

Sérgio Lima/folhapress - 10/8/11

Rossi nega ter favorecido a Ourofino. Ação teria ocorrido antes da sua nomeação e serviria para abrir o mercado a empresas nacionais.

Paulo Pampolim/Hype - 27/6/11

Baleia Rossi confirma doação de campanha e diz que é tudo legal.

Oministro da Agri-cultura, WagnerR o s s i ( P M D B ) ,usou o jatinho de

uma empresa de agronegóciospara exercer as suas funções napasta. Segundo reportagempublicada ontem pelo C o r re i oBraziliense, Rossi e um dos seusfilhos, o deputado estadual Ba-leia Rossi (PMDB-SP), viaja-ram várias vezes em uma aero-nave avaliada em US$ 7 mi-lhões. O avião pertence à Ou-rofino Agronegócios.

Carona– Rossi, em nota, dis-se que usou o jato "em rarasocasiões", como "carona", e ne-gou ter beneficiado a empresa.De acordo com a denúncia, aOurofino, que foi fundada em1985 em Ribeirão Preto (SP), ci-dade onde mora o ministro e asua família, teria recebido au-torizações do governo federalno ramo de patentes e regis-trou crescimento de 81% devi-do à inserção da empresa nacampanha de vacinação do mi-nistério contra a febre aftosaem 2010. Atualmente, a sua se-de fica em Cravinhos (SP), pró-xima de Ribeirão Preto

Na explicação divulgada nosite do ministério da Agricul-tura, Rossi esclarece que o pro-cesso de autorização para quea Ourofino pudesse produzir omedicamento Ourovac Aftosainiciou-se em setembro de

2006. "Antes, portanto, da mi-nha gestão à frente da pasta ede minha participação no go-verno". Segundo o ministro, aolongo de quatro anos os proce-dimentos técnicos que culmi-naram na autorização para afabricação do produto veteri-nário "foram cumpridos rigo-ro s a m e n t e " .

Não era eu –Segundo Ros-si, "a aprova-ção, a libera-ção e a licençapara aberturada fábrica, pore x e m p l o ,ocorreram em2009. Nessao c a s i ã o , e unão era minis-t ro da Agr i-cultura". Ros-si, acrescentaque "diferentemente do que in-sinua a denúncia do jornal", aOurofino não foi a única com-panhia a receber a autoriza-ção.

"Também a Inova Biotecno-logia (MG) recebeu licença dogoverno, em outubro de 2010,para produzir a Aftomune, co-mo é chamada a vacina contraa febre aftosa da empresa", dis-se o ministro, reforçando quefoi no mesmo período da licen-ça concedida à Ourofino. A co-mercialização para fabricar

vacina contra a febre aftosa é opassaporte para um mercadoq u e m o v i m e n t a c e rc a d eR$ 1 bilhão por ano no Brasil.

O ministro comentou aindaque até 2009 apenas seis em-presas, das quais cinco multi-nacionais, tinham autorizaçãodo governo para produzir e co-mercializar a vacina.

"Emp resasnacionais, co-mo a Ourofinoe a Inova, con-s e g u i r a m ostatus oficialpara a produ-ção do medica-mento veteri-nário", desta-cou Rossi. "Adecisão, técni-ca, teve comoobjetivo abriro mercado".

Além dessas duas, o minis-tro citou a empresa argentinaBiogenesis, que obteve autori-zação para a produção da vaci-na também em 2009. Ele refor-çou que "as três empresas têmreputação no mercado e cum-priram todos os pré-requisi-tos, sem privilégios ou trata-mento especial", embora so-mente no ano passado teria idode "carona" de Brasília a Ribei-rão Preto. Em outra ocasião,viajou no jatinho da Ourofinopara Uberaba (MG) para uma

exposição agropecuária.Negócios em família – Se-

gundo o Correio Braziliense, umdos sócios do grupo Ourofinoé Ricardo Saud, diretor da Se-cretaria de DesenvolvimentoAgropecuário e Cooperativis-mo do ministério da Agricul-tura. A proximidade entre a fa-mília de Rossi e a empresa deagronegócio se repete em ou-tros campos. Vídeos institucio-nais da Ourofino são realiza-dos pela empresa A Ilha Pro-duções, que está atualmenteem nome de Paulo Luciano Te-nuto Rossi, filho do ministro, eVanessa da Cunha Rossi, mu-lher de Baleia, irmão de PauloLuciano e deputado estadual,que foi contemplado com doa-ção de campanha no valor deR$ 100 mil transferidos pelaO u ro f i n o .

Na faixa – Em resposta, Ba-leia também confirmou que jáviajou no avião da Ourofino eque a empresa fez doações àsua campanha, "devidamenteregistradas no Tribunal Regio-nal Eleitoral de São Paulo". JáRicardo Saud disse que não émais sócio da subsidiária dogrupo, pois o negócio não seviabilizou. A Ourofino afir-mou que o assessor especial doministro não continuou na fi-cha societária da firma "por fal-ta de recursos" para compor asociedade. (Agências)

Usei o jatinho daOurofino em rarasocasiões, semprecomo carona esem beneficiara empresa.

WAG N E R ROSSI, MINISTR O DA

AGRICULTUR A

Rossi sob pressão; Dilma seguraPSDB solicita fitas que podem comprometer o ministro que, por enquanto, fica no cargo, mas os amigos, não.

OPSDB encaminhouontem ao procurador-geral da República,

Roberto Gurgel, pedido debusca e apreensão no Ministé-rio da Agricultura. A solicita-ção é para obter as fitas do cir-cuito interno, depois que o ex-chefe da comissão de licitaçãodo ministério, Israel LeonardoBatista, afirmou que o ministroWagner Rossi "desarranjou" osetor nomeando pessoas que"vão assinar o que não devem".Batista reafirmou que o lobistaJúlio Fróes lhe entregou um en-velope com dinheiro dentro doministério depois da assinatu-ra de um contrato milionárioda pasta com a empresa repre-sentada pelo lobista.

Ele disse que as fitas do cir-cuito interno podem compro-var se Rossi conhece ou não olobista. De acordo com Batista,o ministro, se permanecer nocargo, vai atrapalhar as inves-tigações. Na representação doPSDB, assinada pelos líderesda Câmara, Duarte Nogueira(SP), e do Senado, Álvaro Dias(PR), "fica evidente que o servi-dor desmente a versão oficial

Duarte Nogueira,líder dos tucanos

na Câmara: versãode funcionário

coloca Rossi comoparticipante do

esquema decorrupção naAgricultura.

Duda Sampaio/AE - 26/7/11

do ministro Rossi e o inclui co-mo partícipe de um grande es-quema de corrupção".

Mesmo com todas as denún-cias de tráfico de influência en-volvendo o ministro, a presi-dente Dilma Rousseff decidiumanter Rossi no cargo paranão brigar com o PMDB do vi-ce-presidente Michel Temer,padrinho político de Rossi. Emcompensação, a presidente vaiimpor uma "faxina" nos cargos

atualmente ocupados por ami-gos do ministro.

Essa é a base do acordo deconvivência com a base aliada.Segundo assessores, Dilmanão quer repetir com o PMDB a"experiência traumática quevive com o PR", retirado do Mi-nistério dos Transportes. Porisso, por enquanto, decidiumanter Rossi para não perder oapoio do PMDB, quase total-mente controlado por Temer.

Cedendo de um lado, masavançando de outro, Dilma vaitomando algum controle noministério. Um dos exemplos éa nomeação de José GerardoFontelles para a secretaria-exe-cutiva no lugar de Milton Or-tolan, que pediu demissão nodia 6, logo depois das denún-cias de uma suposta ligaçãosua com Júlio Fróes. Fontelles éum técnico que tem mais de 40anos de carreira. (AE) Editoria de arte/Folhapress

Page 6: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 20116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

SECRETARIADECOORDENAÇÃODASSUBPREFEITURAS

COMUNICADOTomada de Preços nº 02/SP-IQ/GAB-ATJ/2011 - Processo Administrativo nº 2011-0.198.598-0. OBJETO: REVITALIZAÇÃO DE ÁREA MUNICIPAL LOCALIZADANA RUA ANSELMO RODRIGUES, S/Nº, ITAQUERA, COM A CONSTRUÇÃO DEQUADRA POLIESPORTIVA, QUADRA DE MALHA, VESTIÁRIOS E ADEQUAÇÃODO CAMPO EXISTENTE, CONFORME MEMORIAL DESCRITIVO - ANEXO I EPLANILHADEPREÇOS-ANEXOIII.A Comissão de Licitações da Subprefeitura de Itaquera, em atenção à legislaçãovigente, informa que o Edital teve seus itens 2.1.1, 2.1.2.1 e 7.1.4.3.1 alterados, assimcomosuasdatasdeaberturadasessão, entregadosenvelopesevistoria.O Edital retificado poderá ser acessado gratuitamente no site da Prefeitura do Municípiode São Paulo, no endereço eletrônico:http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br/,ou adquirido na sede da Subprefeitura de Itaquera, na Assessoria Técnica Jurídica,à Rua Augusto Carlos Bauman, nº 851 - 2º andar - Itaquera, São Paulo, medianteapresentação de um CD novo ou pagamento do preço público para cópiasreprográficas.

SECRETARIA DE COORDENAÇÃODAS SUBPREFEITURAS

“A Subprefeitura Cidade Ademar, da Prefeitura Municipal de São Paulo, pessoajurídica de direito público, com sede à Avenida Yervant Kissajikian nº 416 -Vila Constância - São Paulo - Capital, com fundamento na Lei Municipal 13.278/2002e Decreto Municipal 44.279/2003 e Lei Federal 8.666/93, que institui normas paralicitações e contratos administrativos, na Lei Federal nº 9.503, de 23/09/97 (Códigode Trânsito Brasileiro), que regulamenta os veículos no país, na Lei Federalnº 6.575/78 e no Decreto Municipal nº 51.832/2010, que dispõe sobre o depósitoe a venda de veículos apreendidos e removidos pelas Subprefeituras, TORNAPÚBLICO que realizará na data de 01/09/2011, às 11h00, nas dependências desua sede, licitação, na modalidade Leilão nº 001/SP-AD/2011, para a venda desucatas de veículos automotores de diversos tipos, apreendidos na jurisdição daSubprefeitura Cidade Ademar - Cidade de São Paulo - SP”.

A área (Ministério do Turismo) passa por um momento de reavaliação.Pedro Novais, ministro do Turismopolítica

Logotipo do site:DEM cobra

assinaturas dosparlamentarespara instalar a

comissão

Reprodução

Turismo: pedido debloqueio de bens

Procurador defende que medida seja extensiva aos 18 investigados por desvios

Responsável pela con-dução do inquéritoque investiga o su-posto esquema de

desvio de recursos públicos doMinistério do Turismo desti-nados a cursos de qualificaçãoprofissional, o procurador daRepública no Amapá, Celso

Leal, pediu à Justiça Federal obloqueio dos bens dos investi-gados pela Operação Voucher,da Polícia Federal (PF).

O procurador pede, em me-dida cautelar apresentada on-tem à noite à Justiça Federal, obloqueio dos bens, a suspen-são de todos os convênios do

Ministério do Turismo com oInstituto Brasileiro de Desen-volvimento de InfraestruturaSustentável (Ibrasi), bem co-mo dos contratos do institutocom outras empresas que con-tem com dinheiro público.Leal pede também que os ser-vidores do ministério citadosno inquérito por suposto en-volvimento no esquema sejamafastados dos cargos até que oinquérito seja julgado.

Entre os investigados quepodem ter os bens bloqueadosa pedido do procurador estão osecretário executivo, Frederi-co Silva Costa, o secretário na-cional de Programas e Desen-volvimento do Turismo, Col-bert Martins, e o ex-secretárioexecutivo Mario Moysés. Oministério afastou tempora-riamente todos os servidorescitados na investigação.

Por determinação do Tribu-nal de Contas da União (TCU),os bens do Ibrasi estão blo-queados desde o dia 10.

Ad iame nto – A audiênciado ministro do Turismo, PedroNovais, na Câmara, previstapara ontem, foi adiada parahoje. O adiamento aconteceupara que a reunião pudesse serem conjunto com outras co-missões, que também aprova-ram o convite a Novais.

Uma semana após a PF fazeruma devassa no ministério, onúmero dois Frederico CostaSilva anunciou ontem que vaise demitir, enquanto Novaisconfirmava que a área vai pas-sar por um "momento de rea-valiação". (Agências)

Sérgio Lima/Folhapress

P, M e G: ministro Novais (à esquerda) adiou para hoje o depoimento sobre denúncias contra a pasta

Celso Leal: medida cautelar apresentada à Justiça Federal

Wilson Pedrosa/AE - 10.08.11

Dnit passa por cima do corpo técnico

ODepartamento Nacio-nal de Infraestruturade Transportes (Dnit),

contrariando parecer de seupróprio corpo técnico, apro-vou um aditivo de R$ 31 mi-lhões para uma obra classifica-da como "inconsistente" e comprojeto "virtual" no Paraná.

A decisão aumentou em23% o valor do anel viário deMaringá (PR), cuja construto-ra é a Sanches Tripoloni, alvode investigações do Tribunalde Contas da União (TCU) edoadora de campanha paraaliados do governo. A empre-sa também venceu a licitaçãopara construir a segunda par-te do contorno.

A obra, investigada peloTCU, é criticada por técnicos,que questionam a sua eficiên-cia. Seu término estava previs-to para 2010, mas ela continuainacabada. O parecer do Dnit,assinado por 12 técnicos,aponta dezenas de falhas e in-consistências no projeto e na

execução do contorno. Entre osproblemas, estão a contrataçãode fornecedores distantes até400 quilômetros do local daobra, a ausência de projeto dedesapropriação, a falta de es-tudos de tráfego consistentes ea opção por determinadas so-luções técnicas que implica-riam em aumento nos gastos.

O parecer, de março de 2010,aponta ainda a falta de justifi-cativas técnicas para a mudan-ça do projeto e o "aumentoexorbitante'' da terraplena-

gem, que custou 72% a mais doque o previsto. Três meses de-pois do parecer, porém, o entãodiretor de Infraestrutura Ro-doviária, Hideraldo Caron, in-dicado do PT e que foi exone-rado no mês passado, decidiuaprovar o aditivo, sob a justifi-cativa de que era "uma açãoimprescindível para a conclu-são das obras''. O TCU analisaa possibilidade de paralisaçãodo anel viário. Até agora, sus-pendeu o pagamento de R$ 2,5milhões. ( F o l h a p re s s )

PR deixa a base aliada

Oe x - m i n i s t r o d o sTransportes e sena-dor Alfredo Nasci-

mento (PR-AM) confirmouontem, em discurso no Sena-do, que o partido abria mãode todos os cargos no gover-no ocupados por indicaçãode sua bancada. "A partir de

agora, tais espaços ficam àdisposição da administraçãofederal", afirmou Nascimen-to, que também é presidentenacional do PR. Ele disse queo partido não vai fazer "jogorasteiro" e descartou "revan-che ou chantagem" com oPlanalto. ( Ag ê n c i a s )

Por uma CPI da Corrupção

Mais uma frente de lutacontra a corrupçãono Brasil ganha re-

forço. É o site CPI da CorrupçãoEu Assinei, criado pelo DEMcom o propósito de cobrar dosparlamentares ainda não con-victos de sua necessidade a ins-tauração de uma ComissãoMista Parlamentar de Inquéri-to (CMPI), formada por depu-tados e senadores, para apuraros casos de corrupção que, se-gundo o site, assolam o País.

Ao acessar o site os inter-nautas podem visualizar osnomes dos deputados e os se-nadores que já assinaram omanifesto e os parlamentaresque ainda não contribuiramcom sua assinatura.

Há espaço também para aassinatura dos cidadãos quequerem aderir à causa e um pe-dido para que cada um dosbrasileiros convençam quemainda se recusa a contribuir pa-ra um Brasil melhor.

CNT/Sensus: governo Dilmatem 49% de aprovação

Em dezembro de 2010, 69,2% dos entrevistados disseram acreditar que a petista faria um governo ótimo ou bom

O governo DilmaRousseff é avalia-d o c o m o ó t i-m o / b o m p o r

49,2% dos entrevistados pelapesquisa CNT/Sensus, divul-gada hoje. Dos entrevistados,9,3% classificaram o governocomo ruim/péssimo e 37,1%como regular.

O desempenho da presiden-te, no entanto, é aprovado por70,2% dos entrevistados e de-saprovado por 21,1%.

Essa é a primeira pesquisaCNT/Sensus divulgada nogoverno Dilma. Foi feita entreos dias 7 e 12 de agosto em 24Estados e ouviu 2.000 pessoas.A margem de erro é de 2,2 pon-tos porcentuais.

E m d e z e m b ro d e 2 0 1 0 ,69,2% dos entrevistados peloinstituto disseram acreditarque a petista faria um gover-no ót imo ou bom. Outros17,6% esperavam um gover-no regular, e 6,4% imagina-vam o governo de Dilma co-mo ruim ou péssimo.

A composição dos ministé-rios da petista, praticamentedefinida no momento da pes-q u i s a , f o i a p ro v a d a ( ó t i-mo/bom) por 45,5% dos entre-vistados em dezembro.

Continuidade – A pesquisapassada indicou ainda que65% viam o governo Dilma co-mo continuidade do governode Luiz Inácio Lula da Silva.Naquele momento, o entãopresidente Lula registrou índi-ce de avaliação positiva (óti-mo/bom) de 83,4% e negativa(ruim/péssimo) de 2,2%.

No início do primeiro go-verno Lula (2003), segundopesquisas feitas pelo mesmoinstituto, a então gestão foiclassificada como positiva por56,6% dos entrevistados emjaneiro, por 47,7% em abril epor 46,3% em julho.

Wilson Dias/ABr

Na descida: queda na avaliação da presidente, segundo CNI/Ibope, foi de 73% em abril para 67% em julho.

Datafolha e CNI/Ibope –Pesquisa Datafolha divulgadapela Folha de S.Paulo no iníciodeste mês apontou que Dilmamanteve um nível estável deaprovação nos primeiros me-ses do ano, mesmo após os es-cândalos de corrupção e as me-didas para conter o crédito e aatividade econômica.

Realizado entre os dias 2 e 5de agosto em todo o Brasil, o le-vantamento feito pelo Datafo-lha indicou que 48% dos brasi-leiros com 16 anos ou mais con-sideram o governo de Dilmacomo ótimo ou bom. Em ju-nho, o índice era 49% e, emmarço, 47%.

Uma queda na avaliação po-sitiva da presidente foi verifi-cada pelo CNI/Ibope, em pes-quisa realizada entre 28 e 31 dejulho e divulgada na semanapassada. A aprovação pessoal

de Dilma passou de 73% emabril para 67% em julho. Hou-ve uma piora na avaliação tan-to o governo como um todoquanto de setores específicos -

um conceito elevado do candi-dato eleito. A avaliação da en-tidade é que o governo da pe-tista ainda mantém uma apro-vação "bastante elevada".

Ministros – A avaliação ne-gativa dos ministros da presi-dente Dilma também cresceu,diz a pesquisa. Em agosto des-te ano, somente 3,7% dos en-trevistados consideram o de-sempenho de ministros e mi-nistérios como ótimo, contra16,6% em dezembro do anopassado. O número de pessoasque responderam ao item co-mo "bom" caiu de 28,9% em de-zembro, para 20,7% em agosto.As avaliações negativas subi-ram. O porcentual de entrevis-tados que qualificam o traba-lho dos ministros como "ruim"passou de 3,9% para 13%. Aopção "péssimo", subiu de3,1% para 10,6%. (Agências)

principalmente relacionados àtaxa de juros e inflação.

A queda foi explicada pelaCNI como um "ajuste de ex-pectativas" do eleitor, que cos-tuma sair de uma eleição com

70,2por cento aprovam o

desempenho dapresidente, enquanto21,1% desaprovam.

Page 7: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 20118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Por questão ideológica, não concebo trocar carbono por dinheiro, pois o interesse é humanitário.Aldo Rebelo (PCdoB-SP)política

Kátia: código pode trazerinsegurança jurídica

Senadora também ataca interesse de organizações não-governamentais junto a órgãos ambientalistas

Apresidente da Con-federação da Agri-cultura e Pecuáriado Brasil (CNA),

senadora Kátia Abreu (DEM-TO), disse ontem, durante au-diência no Senado Federal,que o novo projeto do CódigoFlorestal pode provocar inse-gurança jurídica para o setor,porque várias questões estãosujeitas à regulamentação porparte do Executivo – como oPrograma de RegularizaçãoAmbiental, que será definidopelo Conselho Nacional doMeio Ambiente (Conama), pe-lo Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e Recursos Naturais(Ibama) ou pelo Ministério doMeio Ambiente.

Na audiência conjunta dascomissões de Agricultura,Meio Ambiente e Ciência eTecnologia, Kátia Abreu afir-mou que "o setor produtivonão tem condições de influen-ciar nas decisões do Conama,uma vez que ocupa apenas oi-to das 108 vagas do conselho".Segundo ela, as decisões doConama "não são republica-nas, pois as ONGs defendeminteresses parciais".

Também sobraram críticas àpresidente Dilma Rousseff:"Precisamos ter em mente queninguém está aqui para derro-tar ninguém, principalmente apresidente. Não é bom paraum setor ou segmento econô-mico que o governo se contra-ponha a uma matéria da maiorrelevância para o País, e comrepercussão internacional –não aquela repercussão do que

as ONGs vão dizer, mas reper-cussões comerciais".

Já o deputado Aldo Rebelo(PCdoB-SP), relator do projetodo Código Florestal na Câma-ra dos Deputados, afirmouque a proposta aprovada é um"pacto possível" para conciliaros interesses dos produtoresrurais e o dos ambientalistas.

Questionado sobre a ques-tão do pagamento por serviçosambientais, Rebelo disse que éa favor da remuneração pelaconservação das florestas, mascriticou o mercado de carbono:"Por uma questão ideológica,eu não concebo trocar carbonopor dinheiro, pois o interesse éhumanitário".

Reserva legal – A discussãosobre reserva legal e as áreas depreservação permanentes naspropriedades rurais será rea-berta pelos senadores, que du-rante a audiência apresenta-

ram algumas propostas sobreo tema que vem provocandodivergências entre os parla-mentares. Uma delas é a flexi-bilização, de modo que a com-pensação da reserva legal pos-sa ser feita em outro bioma ouaté mesmo em outro estado.

Outra proposta a ser apre-sentada por Kátia Abreu é aque pretende estender a isen-ção de reserva legal para o li-mite de até 15 módulos, bene-ficiando 380 mil proprietáriosrurais. No cálculo da reservalegal seria descontado o equi-valente a 4 módulos. Em umapropriedade de 15 módulos, areserva legal seria calculadaem relação a 11 módulos. (AE)

Kátia Abreu: "As decisões do Conama não são republicanas, pois as ONGs defendem interesses parciais".

Moreira Mariz/Agência Senado

Setor produtivo nãotem condições deinfluenciar nasdecisões doConama: ocupaapenas oito das 108vagas do conselho.

KÁTIA ABREU

Ex-juiz condenadopor lavagem de dinheiro

Oex-juiz João Carlos daRocha Mattos foi con-denado a seis anos e

seis meses de prisão pelo cri-me de lavagem de dinheiro.

A decisão do juiz MarceloCostenaro Cavali, substitutoda 6ª Vara Federal Criminal deSão Paulo, também decretoua perda de uma cobertura nobairro de Higienópolis (centroda capital paulista) e de umacasa no Alto da Boa Vista (nazona sul da cidade).

Rocha Mattos ficou conhe-cido ao ser processado naOperação Anaconda sob acu-sação de venda de sentenças.Foi preso em 2003 pela PF. Aação policial desarticulou aquadrilha, que envolvia diver-sos policiais e juízes.

Protagonista de um dosmaiores escândalos do Judi-ciário Brasileiro, Rocha Mattosfoi condenado, na ocasião,pelos crimes de formação dequadrilha, denunciação calu-niosa e abuso de autoridade.

Ex pul são – O ex-juiz fede-ral perdeu o cargo em 2008. OTribunal Regional Federal da

3ª Região (São Paulo/MatoGrosso do Sul) o expulsou damagistratura "por conduta in-compatível com o que se es-pera de um juiz federal nostermos da Lei Orgânica da Ma-g i s t rat u ra " .

A Justiça determinou con-tra ele uma pena de 20 anosde prisão. Rocha Mattos che-gou a ficar preso por cincoanos em regime fechado emais dois em semiaberto.Desde abril deste ano, cum-pre a sentença em regimeaber to.

Na decisão da Justiça Fede-ral do dia 10 deste mês e divul-gada ontem pelo jornal O Es-tado de S. Paulo, também fo-ram condenados dois advo-gados e uma comerciante.

Segundo o juiz, os três esta-vam envolvidos com uma em-presa sediada no Uruguai pa-ra "ocultar a propriedade dosvalores pertencentes a RochaMattos". Ele poderá apelar emliberdade e afirmou que aindanão foi intimado oficialmenteda decisão e que, certamente,irá recorrer. ( Fo l h a p re s s )

Rocha Mattos: pena de seis anos de prisão. Ele vai recorrer.

Alan Marques/Folha Imagem

Page 8: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 2011 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

O senhor nunca entendeu, nunca foi compreendido e aceito pela tropa – por faltar-lhe a alma de Soldado.General Luiz Gonzaga Schroeder Lessa.política

Leonardo Rodrigues/e-Sim - 10.06.08

General Lessa:"O senhor

(Nelson Jobim)foi expelido docargo de forma

vergonhosa,ácida, quase

semconsideração à

sua pessoa,repetindo os

atos que tantasvezes praticoucom militaresque tiveram adesventura de

servir no seuministério".

General a Jobim:"Já foi tarde!"

de ministro da defesa. E comoum dia é da caça e outro do ca-çador, o senhor foi expelido docargo de forma vergonhosa,ácida, quase sem consideraçãoà sua pessoa, repetindo os atosque tantas vezes praticou comexemplares militares que tive-ram, por dever de ofício, a des-ventura de servir no seu minis-tério (omiti a palavra coman-do, porque o senhor nunca oscomandou)", diz a carta (leia aí n t e g r a e m w w w. d c o m e r-cio.com.br).

O general comenta a saídade Jobim do governo. "O desa-bafo à revis ta Piauí , gotad'água para a sua saída, retratacom fidelidade e até mesmo es-tupefação o seu ego avassala-dor, que julgava estar acima detudo e de todos, a prepotência,a arrogância e a afetada intimi-dade com os seus colaborado-res no trato dos assuntos fun-cionais, o desconhecimentodos preceitos da ética e docomportamento militar, a psi-cótica necessidade de se fanta-siar de militar, envergandouniformes que não lhe cabiamnão apenas por seu tamanhodesproporcional, mas, tam-bém, pela carência de virtudesbásicas, como se um oficial-ge-neral se fizesse unicamente pe-los uniformes, galões e insíg-nias que usa, esquecendo que asua verdadeira autoridadeemana dos longos anos de ser-viços prestados à Nação e daconsideração e do respeito quenutre pelos seus camaradas. Osenhor, de fato, nunca a enten-deu e nunca foi compreendidoe aceito pela tropa, por faltar-lhe um agregador essencial – aalma de Soldado".

Em outro trecho, o generalexpõe as mazelas das três for-ças armadas sob o comando doex-ministro. "A Marinha pode-rá até apresentar um saldo po-sitivo no seu programa de sub-marinos, mas a força de super-fície está acabada, necessitan-do de urgente renovação, que

não veio. A Aeronáutica pros-segue sonhando com os mo-dernos caças com que lhe ace-naram, programa que desafiaa paciência e aguarda por maisde 10 anos. O Exército pareceser o que se encontra em piorsituação no tocante ao seuequipamento e armamento, naquase totalidade com mais de50 anos de uso. Nem mesmo ofuzil teve substituto à altura.Evolução tecnológica, pratica-mente, nenhuma. O crônicoproblema salarial que, poranos, atormenta e inferiorizaos militares, tratados quase co-mo párias, não teve programa-ção que pretendesse amenizá-lo. A Comissão da Verdade, emface da sua dúbia atitude, éobra inconclusa, que tende a seagravar como perigoso fatordesagregador da unidade na-

cional".Lessa também critica o pla-

no de "Estratégia Nacional deDefesa": "Megalômana, semprazos e recursos financeirosdelimitados por específicosprogramas governamentais, éum documento político paraser usado ou descartado ao sa-bor das circunstâncias, comoatualmente ocorre, quando évítima dos severos cortes orça-mentários impostos às ForçasArmadas, que inviabilizam so-nhos de modernização. Malsobram recursos necessáriospara a sua vida vegetativa".

O general também ataca ocaos aéreo que Jobim prome-teu reverter com a moderniza-ção da infraestrutura aeropor-tuária mas que "só fez crescer eameaça ficar fora de controle.Você (como gosta de chamar os

seus oficiais-generais) foi umembuste, Jobim. Por tudo demal que fez à Nação, enganan-do-a sobre o real estado dasForças Armadas, já vai tarde.Vamos ficar livres das suas ba-boseiras, das suas palavras aovento, das suas falácias, dassuas pretensões de efetiva-mente comandar as Forças Ar-madas, mesmo que para issotivesse que usurpar os limitesconstitucionais".

E o general critica o ministroda Defesa, Celso Amorim:"Como no Brasil tudo o que es-tá ruim pode ficar ainda pior,vamos ter que aturar o embai-xador Amorim. (...) Sem afini-dade com as Forças, alheio aseus problemas e necessida-des, com notória orientação es-querdista, só o tempo dirá sesua indicação valeu a pena".

General Luiz Gonzaga Schroeder Lessa diz que gestão dele foi desastrosa

Por tudo de malque fez à Nação,enganando-asobre o real estadodas ForçasArmadas,já vai tarde.

GEN. SCHR OEDER LESSA

Mário Tonocchi

gens de apoio que estou rece-bendo tanto de civis como demilitares". Jobim não foi locali-zado para falar sobre a carta.

"O senhor talvez esperasseadesões e simpatias que nãoocorreram, primeiro, pela dis-ciplina castrense e, depois, pe-lo desgaste acumulado ao lon-go dos seus trágicos quatroanos de investidura no cargo

Dida Sampaio/AE - 16.10.07

Jobim: para o general, "envergando uniformes que não lhe cabiam".

Agestão de NelsonJobim frente ao Mi-nistério da Defesaf o i d e " e n g a n a-

ções", afirma o general refor-mado Luiz Gonzaga Schroe-der Lessa em carta aberta quecircula na Internet desde o úl-timo final de semana. No texto,o general faz diversos ataquesao ex-ministro afirmando queele já "foi tarde". Lessa disseontem ao Diário do Comércio-que escreveu o texto para ex-pressar suas próprias ideiassobre o trabalho de Jobim:

"Não posso falar por nin-guém nesse tipo de assunto,muito menos pelos militaresque estão na ativa. O que mesurpreende, no entanto, é oenorme número de mensa-

Algemas: PF rebate presidenteO vice-presidente da

Associação Nacionaldos Delegados da Po-

lícia Federal, Bolivar Steinmetz,rebateu, em nota oficial asqueixas da presidente DilmaRousseff sobre o uso de alge-mas nos servidores do Ministé-rio do Turismo presos sob sus-peita de corrupção pela PF du-rante a operação Voucher.

Para Steinmetz, a indigna-ção dos 'padrinhos políticos', éuma estratégia para "desquali-ficar a correta atuação da polí-cia. Prender político ou prote-

gido é mexer em vespeiro."A preocupação da Associa-

ção, segundo Bolivar, é diantedas diferentes noções de justi-ça. "De repente, algema em cri-minosos passa a ser delitomaior que desvio de milhõesde reais. É uma pena não se tera mesma indignação diantedos escândalos que aconte-cem diariamente no País."

Deflagrada na última terça-feira, a operação Voucher pren-deu 36 suspeitos de desvio deverba do Ministério do Turis-mo. Todos estão soltos.

Menos ações – Os cortes degastos feitos pelo governo têmlevado à redução das opera-ções da Polícia Federal (PF), en-tre elas a Arco de Fogo, destina-da a combater o desmatamen-to ilegal na Amazônia.

Segundo a Federação Nacio-nal dos Delegados de PolíciaFederal (Fenadepol), o orça-mento do Fundo para Apare-lhamento e Operacionalizaçãodas Atividades-Fim da PolíciaFederal (Fenapol), previsto ini-cialmente em R$ 479 milhões,foi reduzido em 28%.

Em 2010, a Coordenação deAdministração da PF, respon-sável pelas grandes operações,gastou R$ 6,34 milhões em diá-rias. Este ano, R$ 489 mil até omomento. Em nota, Steinmetz,disse que a PF está sofrendocom a agenda econômica dogoverno. "O governo não en-xerga a PF como investimento.O maior prejudicado com ocontingenciamento na PF é opróprio Estado", diz o presi-dente da Associação Nacionaldos Peritos Criminais Federais,Hélio Buchmüller. ( Ag ê n c i a s )

Central anuncia apoio a Dilma

AUnião Geral dos Tra-balhadores (UGT)lançou ontem um ma-

nifesto contra a corrupção e deapoio à presidente DilmaRousseff. Segundo o presiden-te do sindicato, Ricardo Patah,este é o momento certo para oEstado brasileiro avançar so-bre a "praga da corrupção" queassola o País.

"A UGT, representandomais de mil sindicatos e cercade 7 milhões de trabalhadores,vem a público manifestar totalapoio às iniciativas que visaminvestigar e punir exemplar-mente todos os que se servemde cargos públicos para pro-

mover o desvio dos recursos,que tanta falta fazem nas esco-las, hospitais, delegacias eobras de infraestrutura funda-mentais para o desenvolvi-mento nacional", diz a nota.

Segundo Patah, este é o cla-mor do povo brasileiro. "É oque a Nação espera dos agen-tes do Estado, comprometidoscom a realização da faxina, quedeve ser feita nos limites do Es-tado de Direito e do respeito àsgarantias constitucionais. AUGT apoia a presidente Dilmae todos os órgãos empenhadosno resgate da dignidade e damoralidade na gestão dos re-cursos públicos no Brasil".

'Corrupção cortou aumento dos aposentados'Aoposição vai apro-

veitar a decisão dogoverno de vetar oreajuste dos apo-

sentados e pensionistas doINSS em 2012 para tentar ga-rantir a criação da CPI da Cor-rupção. O presidente nacionaldo DEM, senador AgripinoMaia (RN), pediu ontem apoiodo ministro Paulo Passos(Transportes) à investigaçãocom o argumento de que a faltade recursos é devido a desviosnos ministérios.

"Se não tivesse havido so-brepreço, aumento de despe-sas, a presidente talvez não ti-vesse o constrangimento devetar aumento para os aposen-tados. Não quero que VossaExcelência seja gestor de con-sequências, o ministro de umfestival de irresponsabilida-

des. Na maciota não vai se che-gar a lugar nenhum. Estamospropondo uma solução, que é acriação da CPI para apontarre s p o n s a b i l i d a d e s " .

O ministro participa de au-diência pública na Comissãode Infraestrutura do Senadopara falar sobre irregularida-des na sua pasta. No últimomês, dezenas de pessoas fo-ram afastadas no rastro de de-núncias de corrupção nostransportes, incluindo o ante-cessor de Passos, o senador Al-fredo Nascimento (PR-AM).

Passos disse que não é corre-ta a "ilação" entre o reajuste dosaposentados e os problemasno setor. "Não posso concordarcom isso." Ele nega que o rea-juste no valor de obras tocadaspelo ministério seja superfatu-ramento. Segundo o ministro,

isso se deve a mudança no es-copo das obras.

A presidente Dilma Rous-seff vetou ontem a regra que

previa reajuste acima da infla-ção, em 2012, para aposenta-dos e pensionistas da Previ-dência que ganham mais de

um salário mínimo, incluídana LDO (Lei de Diretrizes Or-çamentárias) aprovada peloC o n g re s s o .

'Ossos do ofício' – A presi-dente Dilma reafirmou ontemseu apoio aos ministros PedroNovais (Turismo) e WagnerRossi (Agricultura), que en-frentam acusações de desviosde verbas em suas áreas. Se-gundo ela, "o presidente temde combater a corrupção porossos de ofício".

Ela respondeu de maneirarápida aos jornalistas, logo de-pois de um evento militar.

Questionada sobre a possi-bil idade da l iberação dasemendas parlamentares supe-rarem o R$ 1 bilhão previsto, apresidente disse apenas que otema ainda está em discussão.

Perguntada se o combate àcorrupção era a meta do gover-no, ela limitou-se a afirmar queos desafio são outros: crescer edistribuir renda. ( F o l h a p re s s )

AgripinoMaia: "Sehouvessesobrepreço,aumento dedespesas, apresidentetalvez nãovetasseaumento".

José Cruz/Agência Senado

Page 9: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 2011 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

continua...

BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores MobiliáriosEmpresa da Organização Bradesco

CNPJ 62.375.134/0001-44Sede: Av. Paulista, 1.450 - 6º Andar - Bela Vista - São Paulo - SP

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1) CONTEXTO OPERACIONALA BRAM – Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (BRAM) tem como objetivo praticar operações e atividadesatinentes às disposições legais e regulamentares aplicáveis às sociedades da espécie, inclusive a administração de carteira de valores mobiliários porintermédio de carteiras de fundos, clubes de investimentos e outros assemelhados, além da execução de outros serviços ou atividades correlacionadosà administração de recursos, podendo, para tal fim, celebrar convênios, bem como comprar e vender participações societárias e participar como sóciaou acionista de outras Sociedades. É parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjuntode empresas, que atuam nos mercados financeiros e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstraçõescontábeis devem ser entendidas neste contexto.

2) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISAs demonstrações contábeis foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas das Leis nos 4.595/64 (Lei do Sistema Financeiro Nacional) e6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) e alterações introduzidas pelas Leis nos 11.638/07 e 11.941/09, para a contabilização das operações, associadasàs normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN), do Banco Central do Brasil (BACEN) e do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC),quando aplicável. Incluem, estimativas e premissas, tais como a mensuração de provisões para perdas com operações de crédito e de arrendamentomercantil, estimativas do valor justo de determinados instrumentos financeiros, provisão para contingências, perdas por redução ao valor recuperável(impairment) de títulos e valores mobiliários classificados nas categorias títulos disponíveis para venda e títulos mantidos até o vencimento, ativos nãofinanceiros e outras provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daqueles estabelecidos por essas estimativas e premissas.As demonstrações contábeis foram aprovadas pela Administração em 26 de julho de 2011.

3) PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS

a) Moeda funcional e de apresentaçãoAs demonstrações contábeis estão apresentadas em reais, que é a moeda funcional da Instituição.

b) Apuração do resultadoO resultado é apurado de acordo com o regime de competência, que estabelece que as receitas e despesas devem ser incluídas na apuração dos resultadosdos períodos em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. As operaçõescom taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutorados respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base nométodo exponencial, exceto aquelas relativas a títulos descontados ou relacionadas a operações no exterior, que são calculadas com base no método linear.As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço.

c) Caixa e equivalentes de caixaCaixa e equivalentes de caixa são representados por disponibilidades em moeda nacional, moeda estrangeira, aplicações em ouro, aplicações no mercadoaberto e aplicações em depósitos interfinanceiros, cujo vencimento das operações, na data da efetiva aplicação, seja igual ou inferior a 90 dias e apresentemrisco insignificante de mudança a valor justo, que são utilizados pela Instituição para gerenciamento de seus compromissos de curto prazo.

d) Títulos e valores mobiliários - Classificação• Títulos para negociação – adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados. São registrados pelo custo de aquisição, acrescidos

dos rendimentos auferidos e ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período;• Títulos disponíveis para venda – que não se enquadram como para negociação nem como mantidos até o vencimento. São registrados pelo custo de

aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período, e ajustados pelo valor de mercado em contrapartida aopatrimônio líquido, deduzidos dos efeitos tributários, os quais só serão reconhecidos no resultado quando da efetiva realização; e

• Títulos mantidos até o vencimento – adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento. Sãoregistrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período.

Os títulos e valores mobiliários classificados nas categorias de negociação e disponível para venda, bem como os instrumentos financeiros derivativos, sãodemonstrados no balanço patrimonial pelo seu valor justo estimado. O valor justo geralmente baseia-se em cotações de preços de mercado ou cotações depreços de mercado para ativos ou passivos com características semelhantes. Se esses preços de mercado não estiverem disponíveis, os valores justos sãobaseados em cotações de operadores de mercado, modelos de precificação, fluxo de caixa descontado ou técnicas similares, para as quais a determinaçãodo valor justo possa exigir julgamento ou estimativa significativa por parte da Administração.

e) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo)Os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido, calculados sobre adições temporárias, são registrados na rubrica“Outros Créditos – Diversos”, e a provisão para as obrigações fiscais diferidas é registrada na rubrica “Outras Obrigações – Fiscais e Previdenciárias”.Os créditos tributários sobre as adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foramconstituídos. Tais créditos tributários são reconhecidos contabilmente baseados nas expectativas atuais de realização, considerando os estudos técnicos eanálises realizadas pela Administração.A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10%.A contribuição social sobre o lucro é calculada considerando a alíquota de 15% para empresas do segmento financeiro.Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes.De acordo com a Lei nº 11.941/09, as modificações no critério de reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na apuração do lucro líquidodo período, introduzidas pela Lei nº 11.638/07 e pelos artigos 37 e 38 da Lei nº 11.941/09, não terão efeitos para fins de apuração do lucro real da pessoajurídica optante pelo Regime Tributário de Transição – RTT, devendo ser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentesem 31 de dezembro de 2007. Para fins contábeis, os efeitos tributários da adoção da Lei nº 11.638/07 estão registrados nos ativos e passivos diferidoscorrespondentes.

f) InvestimentosOs investimentos em empresas controladas e coligadas com influência significativa ou participação de 20% ou mais no capital votante, são avaliados pelométodo de equivalência patrimonial.Os incentivos fiscais e outros investimentos são avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perdas e da redução ao valor recuperável(impairment), quando aplicável.

g) ImobilizadoCorresponde aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades ou exercidos com essa finalidade, inclusive osdecorrentes de operações que transfiram os riscos, benefícios e controles dos bens para a entidade.É demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útileconômica estimada dos bens, sendo: móveis e utensílios e máquinas e equipamentos, sistemas de comunicação e segurança – 10% ao ano, sistemas deprocessamento de dados 20% ao ano e redução ao valor recuperável (impairment), quando aplicável.

h) IntangívelCorresponde aos direitos adquiridos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade.Compostos por softwares, que estão registrados ao custo, deduzido da amortização pelo método linear durante a vida útil estimada (20% ao ano), a partir dadata da sua disponibilidade para uso e ajustados por redução ao valor recuperável (impairment), quando aplicável. Gastos com o desenvolvimento internode softwares são reconhecidos como ativo quando é possível demonstrar a intenção e a capacidade de concluir tal desenvolvimento, bem como mensurarcom segurança os custos diretamente atribuíveis ao mesmo, que serão amortizados durante sua vida útil estimada, considerando os benefícios econômicosfuturos gerados.

i) Redução ao valor recuperável de ativos (Impairment)Os títulos e valores mobiliários classificados nas categorias títulos disponíveis para venda e títulos mantidos até o vencimento e ativos não financeiros,exceto outros valores e bens e créditos tributários, são revistos no mínimo anualmente, para determinar se há alguma indicação de perda por redução aovalor recuperável (impairment), e caso seja detectada uma perda, esta é reconhecida no resultado do período quando o valor contábil do ativo exceder oseu valor recuperável (apurado: (i) pelo seu potencial valor de venda, ou valor de realização deduzido das respectivas despesas ou (ii) pelo valor em usocalculado pela unidade geradora de caixa, dos dois o maior).Uma unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera fluxos de caixa substancialmente independentes de outros ativos e grupos.

j) Provisões, ativos e passivos contingentes e obrigações legais – fiscais e previdenciáriasO reconhecimento, a mensuração e a divulgação das provisões, das contingências ativas e passivas e também das obrigações legais são efetuados deacordo com os critérios definidos pelo CPC 25, o qual foi aprovado pela Resolução nº 3.823/09 do CMN e pela Deliberação CVM nº 594/09, sendo:

• Ativos Contingentes: não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantiasreais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não caibam mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo e pela confirmação dacapacidade de sua recuperação por recebimento ou compensação com outro passivo exigível. Os ativos contingentes, cuja expectativa de êxito é provável,são divulgados nas notas explicativas (Nota 11a);

• Provisões: são constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, acomplexidade e o posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos paraliquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança;

• Passivos Contingentes: de acordo com o CPC 25, o termo “contingente” é utilizado para passivos que não são reconhecidos, pois a sua existênciasomente será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros e incertos que não estejam totalmente sob o controle da Administração.Os passivos contingentes não satisfazem os critérios de reconhecimento, pois são considerados como perdas possíveis, devendo apenas ser divulgadosem notas explicativas, quando relevantes. As obrigações classificadas como remotas não são provisionadas e nem divulgadas (Nota 11b e c); e

• Obrigações Legais – Provisão para Riscos Fiscais: decorrem de processos judiciais, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidadeque, independentemente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstraçõescontábeis (Nota 11b).

k) Outros ativos e passivosOs ativos estão demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidos (em base“pro-rata” dia) e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e mensuráveis, acrescidos dosencargos e das variações monetárias incorridos (em base “pro-rata” dia).

l) Eventos subsequentesCorrespondem aos eventos ocorridos entre a data-base das demonstrações contábeis e a data de autorização para sua emissão.São compostos por:

• Eventos que originam ajustes: são aqueles que evidenciam condições que já existiam na data-base das demonstrações contábeis; e• Eventos que não originam ajustes: são aqueles que evidenciam condições que não existiam na data-base das demonstrações contábeis.

4) CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXAEm 30 de junho - R$ mil

2011 2010Disponibilidades em moeda nacional ...................................................................................................... 53 256Total de disponibilidades (caixa) ......................................................................................................... 53 256

5) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOSa) Classificação por categorias e prazos

Em 30 de junho - R$ mil2011 2010

Valor de Valor Valor de1 a 30 31 a 180 181 a 360 Acima de mercado/ de custo Marcação mercado/ Marcação

Títulos (1) dias dias dias 360 dias contábil (2) atualizado a mercado contábil (2) a mercadoTítulos para negociação: (3)Letras financeiras do tesouro ........... - 4.422 10.274 105.652 120.348 120.348 - 180.449 -Certificados de depósito bancário .... - - - 1.872 1.872 1.872 - 6.110 -Letras do tesouro nacional ............... 1.826 - - 1.199 3.025 3.025 - 2.268 -Notas do tesouro nacional................ 78.721 - - - 78.721 78.721 - - -Debêntures....................................... - 2.198 - 1.914 4.112 4.112 - 8.124 -Fundos de Investimentos.................. 101 - - - 101 101 - 95Letras Financeiras ............................ - - - 13.890 13.890 13.890 - - -Total em 2011 .................................. 80.648 6.620 10.274 124.527 222.069 222.069 -Total em 2010 .................................. 61.841 11.922 46.870 76.413 197.046 -(1) As aplicações em cotas de fundos exclusivos de investimento administrados pelo Conglomerado Bradesco, no montante de R$ 208.179 mil (2010 –

R$ 197.046 mil), foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos.Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil;

(2) Valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se nãohouver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de precificação, modelosde cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custoatualizado reflete o valor de mercado das respectivas cotas; e

(3) Para fins de apresentação do Balanço Patrimonial os títulos classificados como “para negociação” estão demonstrados no ativo circulante.

b) Resultado de títulos e valores mobiliáriosSemestres findos em 30 de junho - R$ mil

2011 2010Aplicações em fundos de investimento ................................................................................................... 11.985 8.343Total ........................................................................................................................................................ 11.985 8.343c) A BRAM não possuía operações com instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2011 e de 2010.

6) OUTROS CRÉDITOS – DIVERSOSEm 30 de junho - R$ mil

2011 2010Créditos tributários (Nota 20c)................................................................................................................. 4.522 5.436Depósitos em garantia de recursos fiscais.............................................................................................. 488 471Adiantamentos e antecipações salariais ................................................................................................. 604 553Devedores diversos ................................................................................................................................. 49 77Impostos e contribuições a compensar ................................................................................................... 156 33Total ........................................................................................................................................................ 5.819 6.570

7) INVESTIMENTOSa) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos, registrados em contas de resultado, sob a rubrica de“Resultado de Participações em Coligadas e Controladas”.

Em 30 de junho - R$ milQuantidade

Patrimônio de ações Participação Lucro/ Ajuste decorrenteCapital líquido possuídas no capital (prejuízo) Valor contábil de avaliação (1)

Empresas Social ajustado (em milhares) social (%) ajustado 2011 2010 2011 20102B Capital S.A. (2) ........................ 6.167 2.971 20.891 50,000 (1.381) 1.485 2.578 (691) (84)(1) Ajuste decorrente de avaliação, considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas

não decorrentes de resultado; e(2) Empresa adquirida em maio de 2010.

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Em Reais mil

Capital Social Reservas de Lucros

Capital Aumento LucrosEventos Realizado de Capital Legal Estatutárias Acumulados Totais

Saldos em 31.12.2009............................................ 97.500 - 5.382 81.230 - 184.112Lucro Líquido........................................................... - - - - 13.223 13.223Destinações: - Reservas.......................................... - - 661 12.436 (13.097) -

- Dividendos Propostos...................... - - - - (126) (126)

Saldos em 30.6.2010.............................................. 97.500 - 6.043 93.666 - 197.209

Saldos em 31.12.2010............................................ 97.500 - 6.666 105.378 - 209.544Aumento de Capital ................................................. - 7.500 - (7.500) - -Homologação de Aumento de Capital..................... 7.500 (7.500) - - - -Lucro Líquido........................................................... - - - - 9.193 9.193Destinações: - Reservas.......................................... - - 459 8.646 (9.105) -

- Dividendos Propostos...................... - - - - (88) (88)

Saldos em 30.6.2011.............................................. 105.000 - 7.125 106.524 - 218.649

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - Em Reais milDescrição 2011 % 2010 %1 - RECEITAS .................................................................................. 53.535 113,3 47.728 110,2

1.1) Intermediação Financeira.................................................. 11.985 25,4 8.343 19,31.2) Prestação de Serviços....................................................... 41.011 86,8 39.627 91,51.3) Outras ................................................................................. 539 1,1 (242) (0,6)

2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS ................................ (5.071) (10,7) (4.010) (9,2)Materiais, Energia e Outros ........................................................ (139) (0,3) (37) (0,1)Serviços de Terceiros.................................................................. (800) (1,7) (214) (0,5)Comunicações ............................................................................ (843) (1,8) (1.149) (2,6)Serviços técnicos especializados ............................................... (684) (1,4) (479) (1,1)Propaganda, promoções e publicidade....................................... (693) (1,5) (712) (1,6)Transporte ................................................................................... (185) (0,4) (119) (0,3)Processamento de dados ........................................................... (820) (1,7) (711) (1,6)Manutenção e conservação de bens .......................................... (118) (0,3) (70) (0,2)Sistema financeiro....................................................................... (10) - (9) -Viagens ....................................................................................... (488) (1,0) (388) (0,9)Outras ......................................................................................... (291) (0,6) (122) (0,3)

3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) .......................................... 48.464 102,6 43.718 101,04 - DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES ...................................... (530) (1,1) (334) (0,8)5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA

ENTIDADE (3-4) ......................................................................... 47.934 101,5 43.384 100,26 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA ...... (691) (1,5) (84) (0,2)

Resultado de Equivalência Patrimonial....................................... (691) (1,5) (84) (0,2)7 - VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR (5+6).............................. 47.243 100,0 43.300 100,08 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO............................... 47.243 100,0 43.300 100,0

8.1) Pessoal ............................................................................... 22.497 47,6 16.524 38,2Proventos............................................................................. 17.626 37,3 13.191 30,5Benefícios ............................................................................ 976 2,1 789 1,8FGTS ................................................................................... 764 1,6 559 1,3Outros Encargos.................................................................. 3.131 6,6 1.985 4,6

8.2) Impostos,Taxas e Contribuições ..................................... 15.085 31,9 13.132 30,3Federal ................................................................................. 14.214 30,1 12.258 28,3Municipal.............................................................................. 871 1,8 874 2,0

8.3) Remuneração de Capitais de Terceiros ........................... 468 1,0 421 1,0Aluguéis ............................................................................... 468 1,0 421 1,0

8.4) Remuneração de Capitais Próprios ................................. 9.193 19,5 13.223 30,5Dividendos ........................................................................... 88 0,2 126 0,3Lucros Retidos ..................................................................... 9.105 19,3 13.097 30,2

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - Em Reais mil

Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais:

Lucro Líquido antes do Imposto de Renda e Contribuição Social ....................................................... 18.533 21.301

Ajustes ao Lucro Líquido antes dos Impostos:........................................................................................ 1.374 746

Despesas com Provisões Cíveis, Fiscais e Trabalhistas ............................................................................. 153 328

Depreciações e Amortizações..................................................................................................................... 530 334

Resultado da Equivalência Patrimonial ....................................................................................................... 691 84

Lucro Líquido Ajustado antes dos Impostos ........................................................................................... 19.907 22.047

(Aumento)/Redução em Títulos para Negociação e Instrumentos Financeiros Derivativos........................ (7.628) (6.363)

(Aumento)/Redução em Outros Créditos .................................................................................................... 1.492 (1.738)

(Aumento)/Redução em Relações Interfinanceiras e Interdependências.................................................... 299 -

Aumento/(Redução) em Outras Obrigações ............................................................................................... 790 (1.454)

Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos ......................................................................................... (14.290) (9.199)

Caixa Líquido Proveniente/(Utilizado) das Atividades Operacionais..................................................... 570 3.293

Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos:

Aquisição de Investimento........................................................................................................................... - (2.662)

Aquisição de Imobilizado de Uso................................................................................................................. (524) (255)

Aplicações no Diferido/Intangível................................................................................................................. (50) (432)

Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio Recebido ................................................................................ 44 236

Caixa Líquido Proveniente/(Utilizado) nas Atividades de Investimentos……………............................. (530) (3.113)

Aumento Líquido de Caixa e Equivalentes de Caixa ............................................................................... 40 180

Caixa e Equivalentes de Caixa - Início do Período ....................................................................................... 13 76

Caixa e Equivalentes de Caixa - Fim do Período .......................................................................................... 53 256

Aumento/(Redução) Líquida de Caixa e Equivalentes de Caixa ............................................................. 40 180

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - Em Reais mil

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................................................................................ 11.985 8.343Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários (Nota 5b) ......................................................... 11.985 8.343RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA....................................................................... 11.985 8.343OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ................................................................................... 6.548 12.958Receitas de Prestação de Serviços (Notas 14 e 21)..................................................................................... 41.011 39.627Despesas de Pessoal (Nota 15) .................................................................................................................... (25.140) (18.662)Outras Despesas Administrativas (Nota 16).................................................................................................. (6.069) (4.765)Despesas Tributárias (Nota 17) ..................................................................................................................... (3.102) (2.916)Resultado de Participações em Coligadas e Controladas (Nota 7a) ............................................................ (691) (84)Outras Receitas Operacionais (Nota 18)....................................................................................................... 964 453Outras Despesas Operacionais (Nota 18)..................................................................................................... (425) (695)RESULTADO OPERACIONAL ..................................................................................................................... 18.533 21.301RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ...................................................................... 18.533 21.301IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Nota 20a e b) ........................................................... (9.340) (8.078)LUCRO LÍQUIDO.......................................................................................................................................... 9.193 13.223Número de ações (Nota 13a) ........................................................................................................................ 9.322.059 9.322.059Lucro por lote de mil ações em R$ ............................................................................................................... 986,16 1.418,46

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO - Em Reais mil

ATIVO 2011 2010CIRCULANTE ............................................................................................................................................... 232.559 207.954DISPONIBILIDADES (Nota 4) ....................................................................................................................... 53 256TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Nota 5) ......... 222.069 197.046Carteira Própria ............................................................................................................................................. 222.069 197.046OUTROS CRÉDITOS.................................................................................................................................... 10.437 10.652Rendas a Receber......................................................................................................................................... 7.762 6.833Diversos (Nota 6)........................................................................................................................................... 2.675 3.819REALIZÁVEL A LONGO PRAZO................................................................................................................. 3.144 2.751OUTROS CRÉDITOS.................................................................................................................................... 3.144 2.751Diversos (Nota 6)........................................................................................................................................... 3.144 2.751PERMANENTE ............................................................................................................................................. 6.037 7.429INVESTIMENTOS (Nota 7) ........................................................................................................................... 2.014 3.107Participações em Coligadas e Controladas:.................................................................................................. 1.485 2.578- No País........................................................................................................................................................ 1.485 2.578Outros Investimentos..................................................................................................................................... 741 740Provisões para Perdas .................................................................................................................................. (212) (211)IMOBILIZADO DE USO (Nota 8)................................................................................................................... 2.156 2.054Outras Imobilizações de Uso......................................................................................................................... 5.482 4.845Depreciações Acumuladas............................................................................................................................ (3.326) (2.791)DIFERIDO (Nota 9) ....................................................................................................................................... 65 117Gastos de Organização e Expansão............................................................................................................. 263 262Amortização Acumulada ............................................................................................................................... (198) (145)INTANGÍVEL (Nota 10).................................................................................................................................. 1.802 2.151Ativos Intangíveis........................................................................................................................................... 2.378 2.329Amortização Acumulada ............................................................................................................................... (576) (178)TOTAL ........................................................................................................................................................... 241.740 218.134

PASSIVO 2011 2010CIRCULANTE ............................................................................................................................................... 19.686 18.958OUTRAS OBRIGAÇÕES .............................................................................................................................. 19.686 18.958Sociais e Estatutárias (Nota 13d).................................................................................................................. 332 290Fiscais e Previdenciárias (Nota 12a)............................................................................................................. 9.267 9.776Diversas (Nota 12b)....................................................................................................................................... 10.087 8.892

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO....................................................................................................................... 3.405 1.967OUTRAS OBRIGAÇÕES .............................................................................................................................. 3.405 1.967Fiscais e Previdenciárias (Nota 12a)............................................................................................................. 3.219 1.830Diversas (Nota 12b)....................................................................................................................................... 186 137

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................................................................ 218.649 197.209Capital:- De Domiciliados no País (Nota 13a) ........................................................................................................... 105.000 97.500Reservas de Lucros (Nota 13c)..................................................................................................................... 113.649 99.709

TOTAL ........................................................................................................................................................... 241.740 218.134

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Senhores Acionistas,

Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Contábeis do semestre findo em 30 de junho de 2011, da BRAM – Bradesco Asset

Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (BRAM), de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições

autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

A BRAM, empresa controlada pelo Banco Bradesco BBI S.A., é especializada na gestão de recursos de terceiros de diversos segmentos do mercado,

como Varejo, Bradesco Prime, Bradesco Private, Bradesco Empresas, Corporate e Investidores Institucionais.

Em 30 de junho, a BRAM possuía sob gestão R$ 216,265 bilhões distribuídos em 546 Fundos de Investimento e 224 Carteiras Administradas,atendendo um total de 624.941 investidores.

No semestre, a BRAM registrou Lucro Líquido de R$ 9,193 milhões, correspondente a R$ 986,16 por lote de mil ações, Patrimônio Líquido deR$ 218,649 milhões, proporcionando rentabilidade anualizada de 8,59%.

Agradecemos aos nossos clientes o apoio e confiança e aos nossos funcionários e colaboradores a dedicação ao trabalho.

São Paulo, SP, 26 de julho de 2011.

Diretoria

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

2011 2010

2011 2010

Page 10: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 201110 DIÁRIO DO COMÉRCIO

BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores MobiliáriosEmpresa da Organização Bradesco

CNPJ 62.375.134/0001-44Sede: Av. Paulista, 1.450 - 6º Andar - Bela Vista - São Paulo - SP

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

b) Composição de Outros InvestimentosEm 30 de junho - R$ mil

2011 2010Ações e cotas.......................................................................................................................................... 407 407Investimentos por incentivos fiscais ........................................................................................................ 218 218Certificados de investimentos.................................................................................................................. 100 100Outros investimentos............................................................................................................................... 16 15Subtotal .................................................................................................................................................. 741 740Provisão para perdas em investimentos por incentivos fiscais ....................................................... (212) (211)Total ........................................................................................................................................................ 529 529

8) IMOBILIZADO DE USODemonstrado ao custo de aquisição. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida útil-econômicados bens.

Em 30 de junho - R$ milValor residual

Custo Taxa Depreciação 2011 2010Imóveis de uso:- Móveis e equipamentos de uso...................................................... 10% 1.614 (781) 833 647- Sistema de segurança e comunicação .......................................... 10% 923 (403) 520 598- Sistema de processamento de dados............................................ 20% 2.846 (2.142) 704 809- Imobilizações em curso.................................................................. - 99 - 99 -Total em 2011 .................................................................................. 5.482 (3.326) 2.156Total em 2010 .................................................................................. 4.845 (2.791) 2.054

9) DIFERIDOOs valores registrados no diferido referem-se a gastos com desenvolvimento de logística, e seu valor residual corresponde a R$ 65 mil (2010 – R$ 117 mil),tendo como valor amortizado acumulado R$ 198 mil (2010 – R$ 145 mil). Os valores registrados até 8 de dezembro de 2008 foram mantidos neste grupo atéa sua amortização, de acordo com a Carta-Circular BACEN nº 3.357/08, e a partir dessa data passou a ser registrado no ativo intangível.

10) INTANGÍVELOs gastos com desenvolvimento de sistemas e softwares, com valor residual correspondente a R$ 1.802 mil (2010 – R$ 2.151 mil), tendo amortizaçãoacumulada de R$ 576 mil (2010 – R$ 178 mil).

11) ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS – FISCAIS E PREVIDENCIÁRIASa) Ativos ContingentesNão são reconhecidos contabilmente ativos contingentes.b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais – Fiscais e PrevidenciáriasA Instituição é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades.As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores,a complexidade e o posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável.A Administração da Instituição entende que a provisão constituída é suficiente para atender as perdas decorrentes dos respectivos processos.O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobreas quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição.I - Processos cíveisSão pleitos de indenização por dano moral e patrimonial. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas sempre que a perda for avaliada comoprovável, considerando a opinião de assessores jurídicos, natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e posicionamento deTribunais. Não existem em curso processos administrativos significativos por descumprimento de normas do Sistema Financeiro Nacional ou de pagamentode multas que possam causar impactos representativos no resultado financeiro da Instituição.II - Obrigações Legais – Provisão para riscos fiscaisA Instituição vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados nãoobstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos.III - Movimentação das Provisões

Em 30 de junho - R$ milFiscais e

Cíveis Previdenciárias (1)No início do 1º semestre de 2011......................................................................................................... 141 4.377Atualização Monetária/Constituição ........................................................................................................ 45 109No final do 1º semestre de 2011 (Nota 12) .......................................................................................... 186 4.486No final do 1º semestre de 2010 (Nota 12) .......................................................................................... 137 4.276(1) Compreende, substancialmente, obrigações legais.c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveisA Instituição mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a Instituição figura como “autora” ou “ré” eamparada na opinião dos assessores jurídicos, classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Periodicamente são realizadas análises sobreas tendências jurisprudenciais e efetivadas, e se necessário, a reclassificação dos riscos desses processos. Neste contexto, os processos contingentesavaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente.d) Em 30 de junho de 2011 e de 2010, não há processos contingentes avaliados como de perda possível de natureza relevante.

12) OUTRAS OBRIGAÇÕESa) Fiscais e previdenciárias

Em 30 de junho - R$ mil2011 2010

Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ....................................................................................... 6.479 5.567Provisão para riscos fiscais (Nota 11b) ................................................................................................... 4.486 4.276Impostos e contribuições a recolher........................................................................................................ 1.376 1.625Provisão para impostos e contribuições diferidos (Nota 20c).................................................................. 145 138Total ........................................................................................................................................................ 12.486 11.606b) Diversas

Em 30 de junho - R$ mil2011 2010

Provisão para pagamentos a efetuar....................................................................................................... 9.754 8.534Provisão para passivos contingentes – cíveis (Nota 11b) ....................................................................... 186 137Credores Diversos................................................................................................................................... 273 277Obrigações por aquisição de bens e direitos .......................................................................................... 60 81Total ........................................................................................................................................................ 10.273 9.029

13) PATRIMÔNIO LÍQUIDOa) Capital socialO capital social, no montante de R$ 105.000 mil (2010 – R$ 97.500 mil) totalmente subscrito e integralizado, é composto por 9.322.059 ações ordinárias,nominativas escriturais, sem valor nominal.b) Movimentação do capital social

Quantidadede ações R$ mil

Em 31 de dezembro de 2010................................................................................................................. 9.322.059 97.500Aumento de capital com reservas (1) .................................................................................................. - 7.500Em 30 de junho de 2011........................................................................................................................ 9.322.059 105.000(1) Em Assembleia Geral Extraordinária de 25 de março de 2011, foi deliberado aumentar o capital social em R$ 7.500 mil, elevando-o de R$ 97.500 mil

para R$ 105.000 mil, sem emissão de ações, mediante a capitalização do saldo da conta “Reserva de Lucro – Estatutária”, de acordo com o disposto naLei das Sociedades por Ações. Processo homologado pelo BACEN em 12 de maio de 2011.

c) Reservas de LucrosEm 30 de junho - R$ mil

2011 2010Reservas de Lucros .............................................................................................................................. 113.649 99.709- Reserva Legal (1).................................................................................................................................. 7.125 6.043- Reserva Estatutária (2) ......................................................................................................................... 106.524 93.666(1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do período, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido

das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capitalou para compensar prejuízos; e

(2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituída em 100%do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado.

d) DividendosAos acionistas está assegurado dividendo mínimo obrigatório, em cada exercício, de importância não inferior a 1% do lucro líquido ajustado, nos termosda legislação societária. No semestre, foram provisionados dividendos no montante de R$ 88 mil (2010 – R$ 126 mil), correspondendo a R$ 9,33 (2010 –R$ 13,51) por lote de mil ações. O pagamento dos dividendos do exercício de 2010 está previsto para até 31 de dezembro de 2011, conforme Ata da Diretoria.

14) RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOSApropriadas em resultado pelo montante de R$ 41.011 mil (2010 – R$ 39.627 mil), corresponde às receitas auferidas na gestão de recursos de terceiros,calculado com base em percentual definido em contrato de intermediação de negócios (Nota 21a).

15) DESPESAS DE PESSOALSemestres findos em 30 de junho - R$ mil

2011 2010Proventos................................................................................................................................................. 17.626 13.191Encargos sociais ..................................................................................................................................... 6.445 4.569Benefícios................................................................................................................................................ 976 789Treinamento............................................................................................................................................. 93 113Total ........................................................................................................................................................ 25.140 18.662

16) OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVASSemestres findos em 30 de junho - R$ mil

2011 2010Comunicação........................................................................................................................................... 843 1.149Processamento de dados........................................................................................................................ 820 711Propaganda e publicidade....................................................................................................................... 693 712Serviços técnicos especializados............................................................................................................ 684 479Aluguéis................................................................................................................................................... 468 421Depreciações e amortizações ................................................................................................................. 530 334Viagens.................................................................................................................................................... 488 388Serviços de terceiros............................................................................................................................... 800 214Transportes.............................................................................................................................................. 185 119Manutenção e conservação de bens....................................................................................................... 118 70Despesas de material.............................................................................................................................. 139 37Outras...................................................................................................................................................... 301 131Total ........................................................................................................................................................ 6.069 4.765

17) DESPESAS TRIBUTÁRIASSemestres findos em 30 de junho - R$ mil

2011 2010Contribuição ao COFINS......................................................................................................................... 1.905 1.736Impostos sobre serviços – ISS................................................................................................................ 871 875Contribuição ao PIS................................................................................................................................. 311 282Impostos e taxas ..................................................................................................................................... 15 23Total ........................................................................................................................................................ 3.102 2.916

18) OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAISSemestres findos em 30 de junho - R$ mil

2011 2010Dividendos/JCP....................................................................................................................................... 83 221Reversão de outras provisões operacionais............................................................................................ 871 47Recuperação de encargos e despesas ................................................................................................... 1 2Atualizações monetárias e variações cambiais....................................................................................... (305) (255)Indenizações cíveis ................................................................................................................................. (45) (77)Ressarcimento a clientes ........................................................................................................................ (10) (3)Despesas gerais...................................................................................................................................... (56) (177)Total ........................................................................................................................................................ 539 (242)

19) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E CONTROLADAa) As transações com controlador e controlada são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, e vigentes nasdatas das operações, e estão assim representadas:

Em 30 de junho - R$ mil2011 2010 2011 2010

Ativos Ativos Receitas Receitas(passivos) (passivos) (despesas) (despesas)

Disponibilidades:Banco Bradesco S.A. ....................................................................... 53 256 - -Dividendos:Banco Bradesco BBI S.A. ................................................................ (332) (290) - -Aluguel:Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. ...... - - (188) (178)Serviços prestados:Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários ................ - - (4) (4)b) Remuneração do pessoal-chave da AdministraçãoAnualmente na Assembleia Geral Ordinária é fixado:

• O montante global anual da remuneração dos Administradores, que é distribuída em reunião do Conselho de Administração da Organização Bradesco,aos membros do próprio Conselho e da Diretoria, conforme determina o Estatuto Social; e

• A verba destinada a custear Planos de Previdência Complementar aberta dos Administradores, dentro do Plano de Previdência destinado aos Funcionáriose Administradores da Instituição.

Para 2011, foi determinado o valor máximo de R$ 7.500 mil (2010 – R$ 3.500 mil) para remuneração dos Administradores (proventos e gratificações) e deR$ 7.500 mil (2010 – R$ 3.500 mil) para custear planos de previdência complementar de contribuição definida.

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil2011 2010

Proventos................................................................................................................................................. 1.535 932Gratificações............................................................................................................................................ 1.101 2.175Contribuição ao INSS.............................................................................................................................. 593 699Total ........................................................................................................................................................ 3.229 3.806Benefícios pós-emprego

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil2011 2010

Planos de previdência complementar de contribuição definida............................................................... 1.994 996Total ........................................................................................................................................................ 1.994 996

A Instituição não possui benefícios de longo prazo, de rescisão de contrato de trabalho ou remuneração baseada em ações para seu pessoal-chave daAdministração.Outras informaçõesConforme legislação em vigor, as instituições financeiras não podem conceder empréstimos ou adiantamentos para:a) Diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges e parentes até o 2º grau;b) Pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10%; ec) Pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de 10%, a própria instituição financeira, quaisquer diretores ou administradores da própriainstituição, bem como seus cônjuges e respectivos parentes até o 2º grau.

Dessa forma, não são efetuados pelas instituições financeiras empréstimos ou adiantamentos a qualquer subsidiária, membros do Conselho de Administraçãoou da Diretoria Executiva e seus familiares.

20) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIALa) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil2011 2010

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social............................................................ 18.533 21.301Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 15%, respectivamente (1) (7.413) (8.520)Participações em coligadas e controladas .............................................................................................. (276) (34)Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos:Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis .................................................................... (1.502) (881)Benefício fiscal ........................................................................................................................................ - -Outras...................................................................................................................................................... (149) 1.357Imposto de renda e contribuição social do semestre........................................................................ (9.340) (8.078)(1) A alíquota da contribuição social para as empresas financeiras foi elevada para 15%, de acordo com a Lei nº 11.727/08 (Nota 3e).b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil2011 2010

Impostos correntesImposto de renda e contribuição social devidos...................................................................................... (9.231) (6.653)Impostos diferidosConstituição/(realização) no semestre, sobre adições temporárias........................................................ (109) (1.425)Imposto de renda e contribuição social do semestre........................................................................ (9.340) (8.078)c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social

R$ milSaldo em Saldo em

31.12.2010 Constituição Realização 30.6.2011Provisão para contingências cíveis .................................................. 56 18 - 74Provisão para contingências fiscais ................................................. 1.008 44 - 1.052Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ................. 89 - - 89Ágio amortizado ............................................................................... 1.367 - 684 683Provisão para participação nos lucros/gratificações ........................ 2.052 2.576 2.052 2.576Outros............................................................................................... 59 48 59 48Total dos créditos tributários (Nota 6).......................................... 4.631 2.686 2.795 4.522Obrigações fiscais diferidas (Nota 12a)............................................ 142 3 - 145Crédito tributário liquido das obrigações fiscais diferidas........ 4.489 2.683 2.795 4.377d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social

Em 30 de junho de 2011 - R$ milDiferenças temporárias

Imposto Contribuiçãode renda social Total

2011........................................................................................................... 325 195 5202012........................................................................................................... 618 371 9892013........................................................................................................... 901 541 1.4422014........................................................................................................... 490 294 7842015........................................................................................................... 328 197 5252016........................................................................................................... 164 98 262Total .......................................................................................................... 2.826 1.696 4.522A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis.O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação, líquida dos efeitos tributários, no montante de R$ 4.112 mil(2010 – R$ 5.092 mil), de diferenças temporárias.

21) OUTRAS INFORMAÇÕESa) A BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários administra fundos de investimentos em Títulos e ValoresMobiliários, cujos patrimônios líquidos em 30 de junho de 2011, somam R$ 216.265.046 mil (2010 – R$ 183.992.524 mil), cuja receita de taxa deadministração desses fundos no período foi de R$ 41.011 mil (2010 – R$ 39.627 mil), registrado em receita de prestação de serviços.b) Em aderência ao processo de convergência com as normas internacionais de contabilidade, alguns procedimentos contábeis e suas interpretações foramemitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), os quais serão aplicáveis às instituições financeiras somente quando aprovado pelo CMN.Os pronunciamentos contábeis já aprovados foram:

• Resolução nº 3.566/08 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (CPC 01);• Resolução nº 3.604/08 – Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03);• Resolução nº 3.750/09 – Divulgação sobre Partes Relacionadas (CPC 05);• Resolução nº 3.823/09 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25);• Resolução nº 3.973/11 – Evento subsequente (CPC 24); e• Resolução nº 3.989/11 – Pagamento baseado em Ações (CPC 10).

Atualmente, não é possível estimar quando o CMN irá aprovar os demais pronunciamentos contábeis do CPC e, nem tampouco, se a utilização dos mesmosserá de maneira prospectiva ou retrospectiva. Com isso ainda não é possível quantificar os impactos contábeis da utilização desses pronunciamentos nasdemonstrações contábeis da Instituição.

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Aos Administradores da

BRAM – Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores MobiliáriosSão Paulo - SPExaminamos as demonstrações contábeis da BRAM – Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (“BRAM”), quecompreendem o balanço patrimonial em 30 de junho de 2011 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxosde caixa para o semestre findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeirasA administração da BRAM é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeisadotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e pelos controles internos que ela determinou comonecessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentesNossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo comas normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria sejaplanejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nasdemonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevantenas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internosrelevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da BRAM para planejar os procedimentos de auditoria que sãoapropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da BRAM. Uma auditoria inclui,também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como aavaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

OpiniãoEm nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial efinanceira da BRAM – Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários em 30 de junho de 2011, o desempenho de suasoperações e os seus fluxos de caixa para o semestre findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituiçõesautorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Outros assuntos

Demonstração do valor adicionadoExaminamos, também, a demonstração do valor adicionado (DVA), elaborada sob a responsabilidade da Administração para o semestre findo em 30 dejunho de 2011, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas. Essa demonstração foi submetida aos mesmosprocedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, está adequadamente apresentada, em todos os seus aspectos relevantes, emrelação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Auditoria dos valores correspondentes a 30 de junho de 2010Os valores correspondentes ao semestre findo em 30 de junho de 2010, apresentados para fins de comparação, foram anteriormente auditados por outrosauditores independentes que emitiram relatório datado de 27 de julho de 2010, que não continha qualquer modificação.

São Paulo, 16 de agosto de 2011

KPMG Auditores Independentes Cláudio Rogélio Sertório Zenko Nakassato

CRC 2SP014428/O-6 Contador CRC 1SP212059/O-0 Contador CRC 1SP160769/O-0

A DIRETORIALuiz Filipe Lopes Soares – Contador – CRC 1SP208127/O-5

...continuação

Chávez é um irmão de lutas e de espírito.O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

nternacional

REZA POR CHÁVEZMorteza Nikoubazl/Reuters

Divulgação/Reuters - 01/08/11

Opresidente do Irã, Mahmoud Ahmadi-nejad, reza junto aos "milhões de ira-nianos" no mês do Ramadã pelo seu co-

lega e "irmão de lutas" venezuelano, Hugo Chá-vez, para que ele se recupere logo do câncer.

A Chancelaria venezuelana informou em co-municado sobre a conversa que Chávez teve nes-ta segunda-feira por telefone com Ahmadinejad.O líder venezuelano (à dir.) atualizou seu colegairaniano (à esq.) "das notícias de sua evolução po-

sitiva" após voltar de Cuba, onde se submeteu aum segundo ciclo de quimioterapia.

Ahmadinejad disse ao venezuelano que "nestemês sagrado do Ramadã, suas orações e as de mi-lhões de iranianos" pedem pela rápida recupera-ção de Chávez, a quem, segundo o documento,"consideram um irmão de lutas e de espírito".

Chávez anunciou em junho que tinha sidosubmetido a uma operação para extrair um tu-mor e, desde então, está sob tratamento. (EFE)

Page 11: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 2011 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

BOLÍVIAAtivistas eecologistas aderemà marcha contraestrada 'brasileira'

REINO UNIDOJustiça condenaquatro jovens poruso de Facebookdurante distúrbiosnternacional

NOVO GANDHIJejum contra a corrupção na Índia

Aprisão do ativista indiano Anna Ha-zare, que planejava uma greve de fo-me contra a corrupção apesar da proi-bição das autoridades, desencadeou

ontem uma revolta social em toda a Índia e a de-tenção de mais de 4 mil pessoas. Mais tarde, a po-lícia ordenou que Hazare fosse libertado, mas elese recusou a deixar a cadeia e disse que só sairá sepuder continuar seu protesto publicamente.

Sempre com seu traje de camisa branca, bonébranco e óculos semelhantes ao do herói nacionalMahatma Gandhi, Hazare vem arrebanhando aadmiração de muitos indianos fartos da corrup-ção no país, que tem a terceira maior economia daÁsia. Além dos trajes, o ativista de 74 anos copioutáticas de resistência pacífica de Gandhi.

Em abril, Hazare fez uma greve de fome de

quatro dias que forçou o governo a redigir umprojeto de lei contra a corrupção, o qual criaráuma agência anticorrupção. Ele planejava come-çar ontem outra greve para pressionar por umprojeto de lei mais forte, que submetesse todos,inclusive o premiê e o Judiciário, à autoridade daagência. Isso parece ter irritado o governo.

O ministro do Interior da Índia, PalaniappanChidambarma, disse que a polícia impediu oprotesto de ontem porque os organizadores serecusaram a limitar o número de participantes etambém dos dias em que fariam greve de fome."Protestos são totalmente autorizados e bem-vindos, mas é preciso que eles aconteçam sobcondições razoáveis", afirmou.

Hazare disse que prosseguiria com a greve defome de qualquer maneira, mas foi detido na ma-

nhã de ontem em um parque de Nova Délhi. Jun-to com o veterano seguidor da filosofia de não-violência de Gandhi foram presos sete ativistaspróximos a ele, entre eles a primeira mulher a che-fiar a Polícia indiana, Kiran Bedi.

"Não deixem que minha detenção pare o mo-vimento. Esta é a segunda luta da nação pela li-berdade. O mundo inteiro sabe como são profun-das as raízes da corrupção (na Índia)", disse Ha-zare à imprensa pouco antes de sua detenção.

Milhares de indianos protestaram ontem ao re-dor do país, com faixas pedindo a "revolução con-tra a corrupção". A polícia deteve 1.200 manifes-tantes em Nova Délhi e 3.000 em Mumbai. Amaioria foi liberada logo depois. No Estado deMaharasthra, onde Hazare nasceu, centenas depessoas bloquearam rodovias em protesto.

As prisõeschocaram mui-ta gente na Ín-dia, onde há umaviva lembrança daluta de Gandhi contra oregime colonial, muitas vezescom greves de fome e outros protestos não-vio-lentos. "Um homem tem o direito de jejuar.Gandhi jejuou apesar de todos lhe dizerem paranão fazer isso ... Nem mesmo o governo (colonial)britânico o impediu", disse o influente advogadoe político Ram Jethmalani à emissora CNN IBN.

Segundo enquete recente, a maioria dos india-nos acredita que seu governo é corrupto (60%) eapoia os ativistas que lutam contra esta praga,profundamente enraizada na Índia. (Agências)

Manifestantes em Nova Délhi protestam contra a prisão de Hazare (acima), que adotou táticas do herói nacional Mahatma Gandhi (à dir.) para criticar a corrupção no país.

Adnan Abidi/Reuters Prakash Singh/AFP

Rebeldes líbioscada vez mais

perto da vitóriaOpositores ao regime de Kadafi

entram em 'fase decisiva';faltam apenas 50 quilômetros

para a capital Trípoli.

Arevolta popular na Lí-bia contra o ditadorMuamar Kadafi com-

pletou seis meses ontem, nomomento em que as forças re-beldes afirmam ter tomado ocontrole de cidades estratégi-cas, deixando cada vez maisisolada a capital Trípoli.

Os insurgentes anunciaramontem ter tomado o controlede Zawiyah, colocando oscombatentes a apenas 50 qui-lômetros de Trípoli.

"Nossas forças controlam to-talmente Zawiyah, o que vaiabrir o caminho para Trípoli.Isso vai permitir que a popula-ção local se revolte (contra Ka-dafi)", disse Mansur Saif Al-Nasr, enviado do ConselhoNacional de Transição na Fran-ça, à rádio RFI.

"Estamos entrando em umafase decisiva e em breve vamoslibertar todo o sul da Líbia. Es-peramos celebrar a vitória fi-nal ao mesmo tempo que o fimdo Ramadã", afirmou. O mêssagrado muçulmano acabapor volta de 31 de agosto.

Se confirmada, a queda deZawiyah, palco de sangrentoscombates desde o início do le-vante, em fevereiro, seria umimportante revés para Kadafi,no poder desde 1969. A toma-da da cidade foi negada pelogoverno líbio.

A cidade de 300 mil habitan-tes é um importante polo pe-trolífero e fica a menos de 200quilômetros da fronteira com aTunísia, que vinha sendo usa-da como elo entre o territóriolíbio ainda sob controle gover-nista e o mundo externo.

Ofensiva - Os rebeldes tam-bém relatam avanços rumo aTrípoli pelo sul do país. Apósultrapassar Surman e Gha-ryan, os opositores de Kadafichegaram a Sabrata.

Na frente leste, os rebeldescomemoraram a tomada deTawarga, onde se apropriaramde uma grande quantidade dearmas abandonadas peloExército líbio.

"Recuperamos uma quanti-dade incrível de material etambém baterias de lança-mís-seis. Deixaram tudo antes de seretirar", declarou Ramy el Mis-rata, membro do comando re-belde, à agência Efe.

Scud - Mas os rebeldes queenfrentam as forças do regimeem Brega, também no leste dopaís, foram alvo na segunda-feira de um míssil Scud, segun-do autoridades norte-america-nas que monitoram por radar esatélite em favor dos rebeldes.

O missíl caiu no deserto semcausar danos. Este seria o pri-meiro disparo desse tipo demíssil, pouco preciso, mas comalto poder de destruição.

A Organização do Tratadodo Atlântico Norte (Otan) mi-nimizou o uso dos mísseisScud. Segundo a aliança oci-dental, o armamento pode fe-rir civis, mas tem a mesmachance de mudar o curso mili-tar da guerra como "jogar pra-tos contra a parede".

A Otan disse que o ataque nãosugere uma escalada da força,mas sim, é um sinal de desespe-ro crescente do governo, queperdeu posições estratégicasnos últimos dias. (Agências)

Até breve, Sanaa!Líder do Iêmen diz que voltará ao país, com promessas de eleições antecipadas.

Opresidente do Iêmen,Ali Abdullah Saleh,disse que voltará ao

país em breve e renovou suapromessa de realizar eleiçõespresidenciais antecipadas. Sa-leh falou ontem da Arábia Sau-dita, onde se recupera de feri-mentos sofridos em um atenta-do em junho contra o comple-x o o n d e f i c a o p a l á c i opresidencial em Sanaa.

Em um discurso transmiti-do ao vivo para tribos leais aSaleh, ele convidou a oposiçãoa votar a fim de acabar com acrise política no Iêmen, que searrasta há sete meses. "Vejo vo-cês logo em Sanaa", disse Sa-leh. Ele também se disse pron-to a passar o poder ao vice-pre-sidente do país se a oposição ti-rar das ruas os beduínosarmados e suspender as mani-festações públicas.

Saleh, que parecia bem me-lhor do que em sua última apa-rição na TV, em um hospital deRiad, atacou os partidos deoposição e os membros de tri-

Yem

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V/A

FP

Em aparição na TV, Saleh parece quase recuperado dos ferimentos.

bos que ficaram do lado deles,tachando-os de "ladrões de es-trada" e "oportunistas".

"Há um partido político naoposição cujo slogan diz queele é o partido do Islã. Que Islã?Eles distorceram o Islã", disseSaleh, em referência ao maisimportante partido da oposi-ção, o Islah Islâmico.

A crise política no país já cau-sou conflitos armados entre as

forças leais ao ditador e mem-bros de tribos que se voltaramcontra ele. Há ainda preocupa-ções de que a corrente iemenitada rede terrorista Al-Qaeda vátirar vantagem dos distúrbios.

Em seu discurso, Saleh nãofez referência a um possívelacordo de transferência de po-der, apoiado por Arábia Sauditae EUA, que lhe oferecia imuni-dade se renunciasse. (Agências)

Forças síriascomeçam a sairde Deir el-Zor

Forças sírias começaram a seretirar da cidade de Deir el-Zor

após derrotarem grupos de opo-sição armados, relatou a agênciaestatal de notícias ontem.

"Unidades das Forças Arma-das começaram a sair de Deir el-Zor depois de terem concluído amissão de se livrar dos gruposterroristas armados na cidade",afirmou a agência.

Moradores disseram que as for-ças do presidente Bashar al-Assadtinham retirado havia vários diasarmas e tanques da cidade, situa-da às margens do Rio Eufrates.

Mas veículos blindados detransporte de pessoal, tropas emembros da inteligência conti-nuaram posicionados nas redon-dezas da cidade, no mesmo pa-drão observado em outras locali-dades que foram atacadas por mi-litares e permaneceram sitiadas,relataram os moradores.

"Franco-atiradores ainda es-tão em telhados e o Exército se-gue invadindo casas de ativistasem Deir el-Zor e nos vilarejos aoredor, de onde as pessoas fugi-ram", contou Abu Bakr Haj, ati-vista local.

No dia 7 de agosto, militares ar-mados invadiram Deir el-Zor, ca-pital de uma província produtorade petróleo perto da fronteiracom o Iraque, após amplos pro-testos exigindo liberdade políticae a saída de Assad do poder.

Sob controle - Em Latakia,fortes disparos de metralhadorae de outras armas foram ouvidosontem pelo quarto dia consecu-tivo. O número de mortos na ci-dade portuária chegou a 35 on-tem, segundo informaram ati-vistas no país.

O jornal sírio A l-Watan i n fo r-mou ontem que Latakia está "sobcontrole, especialmente depoisde o Exército ter detido dezenasde homens armados duranteuma complicada operação". Ogoverno sírio afirma repetida-mente que está combatendo"gangues armadas". (Ag ê n c i a s )

Repro

dução

Page 12: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 201112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

À ESPERA DE CHUVASão Paulo teve ontem a segunda piortarde em termos de umidade do ar.

Situação de seca deve permanecer atésexta-feira. No fim de semana, chuva.cidades

Na Vila Madalena, restaurantese bares criam rede antiarrastão

Comerciantes se uniram e um vigia o estabelecimento do outro por telefone. Medida ocorreu após onda de assaltosa estabelecimentos na região conhecida pela boemia. Criminosos agora migraram para a zona sul da Capital.

Ivan Ventura

Na tentativa de evi-tar futuros assal-tos, os donos debares e restauran-

tes na região da Vila Madalena,na zona oeste, criaram uma es-pécie de comunidade de lojis-tas contra a recente onda de ar-rastões na cidade.

O objetivo do grupo é ob-servar o comércio vizinho pa-ra qualquer movimentaçãoestranha e, em caso de assal-to, avisar a polícia. A comuni-dade já existe na própria VilaMadalena e a estratégia virouuma recomendação da Asso-ciação Brasileira de Bares eRestaurantes (ABRASEL) eda Associação Comercial deSão Paulo (ACSP).

Um dos exemplos dessa re-de de estabelecimentos comer-ciais contra arrastões foi criadano início do ano na esquina dasruas Wisard e Girassol. Ali,seis bares mantém frequentescontatos telefônicos ao menorsinal de perigo.

Um exemplo é o Bar do Beti-nho. O filho do proprietário, ogerente Ricardo da Costa, de24 anos, explicou que a comu-nidade entrou em ação no anopassado, durante a primeiraonda de roubos na região.

"Mantemos contato entrenós quando aparecem pessoassuspeitas. Nós avisamos paraque fiquem de sobreaviso eavisem a polícia, caso ocorraum assalto. Até agora, a comu-nidade só entrou em ação umaúnica vez e, mesmo assim, nãohouve o assalto", disse Costa.

O caso aconteceu no iníciodo ano. Dois jovens, cada umcom uma lata de cerveja namão, estavam sentados sobreuma muro baixo ao lado dobar. Para Costa, foi uma atitu-de suspeita. De repente, os jo-vens se levantaram, olharampara o interior do bar e comen-taram algo ao pé do ouvido.No fim, não houve o roubo.

Susto – "Foi nesse momentoque eu liguei para os outrosrestaurantes mais próximos.São seis ao todo. Eles ficaramde olho, mas não aconteceu na-da. Foi só um susto", disse.

A criação de redes inteligen-tes de comunicação entre barese restaurantes é uma das reco-

mendações de segurança doEconomista e Superintenden-te do IEGV Instituto de Econo-mia Gastão Vidigal da ACSP,Marcel Solimeo. "Os comér-cios vizinhos precisam encon-trar uma forma inteligente decomunicação entre eles. Ou,ainda, uma comunicação dire-ta com a polícia", disse.

O diretor jurídico da ABRA-SEL, Percival Maricato, tam-bém recomendou a formaçãode grupos de lojistas. "Os cri-minosos se aproveitam dos es-tabelecimentos vulneráveis.Nesses casos, sugerimos câ-meras de vigilância, segurança

sul. "Isso é reflexo dos pedidosde policiamento na região quefizemos à Secretaria de Segu-rança Pública. O policiamentofoi reforçado e os casos cessa-ram nos Jardins, Pinheiros e VilaMadalena", disse.

O funcionário da lanchonetePira Sanduba, Juvenal Ramos,de 24, confirma o aumento dopoliciamento na região. Háquatro meses, o estabeleci-mento, localizado na esquinadas ruas Wizard e Harmonia,foi alvo da onda de arrastõesno bairro. Os criminosos fugi-ram tranquilamente.

"Eram dois. Eles roubaramclientes nas duas mesas e os R$500 do caixa. Dos clientes leva-ram carteira, celulares, laptops, cartões e dinheiro. Nofim, eles entraram em um Hon-da Civic e até pararam no farolem frente a lanchonete. Sóquando o sinal abriu é que elesfugiram", lembra Ramos.

Solimeo espera que a políciaencerre o mais rápido possível aonda de assaltos. Para tanto, elepede cautela ao comércio paraque não entre em confronto comos criminosos. Além disso, elepede mais policiamento pre-ventivo. Somente isso, segundoele, afastará o temor dos clientesde frequentarem os estabeleci-mentos, o que evita o prejuízodo comércio.

"A polícia sabe que os crimi-nosos escolhem o crime portemporada. Teve a época da sai-dinha de banco, do furto de cai-xa eletrônico. Agora é a vez docomércio, que deve agir comcautela e não se expor demaisante ao perigo. Se a sensação desegurança melhora, o clienteretorna sem medo aos comér-cio da cidade. É preciso criar es-sa sensação", disse Solimeo.

Ricardo Costa, do Bar do Betinho: contato quando aparecem suspeitos

Leandro Moraes/Luz

Os comércios vizinhosprecisam encontraruma forma decomunicação entreeles. Ou, ainda, umacomunicação diretacom a polícia

MAR CEL SOLIMEO

profissional e uma iluminaçãomelhor. Pedimos até que os do-nos combinem com os vizi-nhos. Eles devem se comuni-car o tempo todo", disse.

Sobre os recentes casos de as-saltos a bares e restaurantes nazona sul, Maricato acredita que,em decorrência do aumento dopoliciamento após os recentescasos, haverá uma tendência dequeda no número de arrastõesna cidade, a partir de agora.

Migração – Segundo o dire-tor jurídico da ABRASEL, aatuação de uma ou mais quadri-lhas migrou da área central paraos bares e restaurantes da zona

Umidade do ar chega a 18% eCapital tem clima de quase deserto

São Paulo entrou emestado de alerta porvolta das 14h15 de

ontem, depois que aumidade relativa do archegou a 18%, segundo oCentro de Gerenciamento deEmergências. Essa foi asegunda pior tarde emtermos de umidade relativado ar na Capital.

Nesses condições, a DefesaCivil recomenda que aspessoas evitem exercíciosfísicos e trabalhos ao ar livreentre 10h e 16h. Ontem eanteontem, em Brasília, aumidade do ar chegou a 10%,índice semelhante ao dodeserto do Saara.

Pelo menos até a sexta-feira, não há previsão demudanças nas condiçõesatmosféricas. No fim desemana, porém, o tempodeverá mudar. Há previsão dechuvas e queda significativadas temperaturas na capitalpaulista e cidades vizinhas.

Em São Paulo, a Defesa Civilalertou que as pessoas devemevitar aglomerações emambientes fechados, umidificaro ambiente por meio devaporizadores, toalhasmolhadas ou recipientes comágua. Em caso de ardor nosolhos e narinas, deve-se usarsoro fisiológico para umidificaras mucosas. É aconselhávelpermanecer em locaisprotegidos do sol, consumirbastante água e procurar andarde carona, já que os veículoscolaboram com a poluição.

A redução da umidaderelativa do ar provoca umaumento nos níveis dedióxido de enxofre e materialparticulado, o que propicia osurgimento ou agravamentode doenças respiratórias,cardiovasculares e oculares.

No País – O InstitutoNacional de Meteorologia(Inmet) informou ontem quepermanecem os alertas para oregistro de baixa umidade doar em dez Estados e noDistrito Federal. Os pontosmais críticos são Tocantins,Goiás, Distrito Federal e oestee norte de Minas Gerais, ondea umidade relativa do ar deveficar em torno de 20%.

O alerta atinge os estadosdo Pará, Maranhão, Bahia,Mato Grosso, Minas Gerais,São Paulo (exceto no litoral),Piauí, Tocantins, Goiás, MatoGrosso do Sul, além doDistrito Federal. (Ag ê n c i a s )

Ar seco em São Paulo chegou a 18%, bem próximo ao dos desertos

Luiz Guarnieri/AE

Raphael Castello/Folhapress

Até sexta-feira não há previsão de mudanças. No fim de semana a temperatura cai e deverá chover

Folhapress

Page 13: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 2011 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

3setor

º

O TEATROMORA

AO LADOA Cia de Teatro Vizinho Legal surgiu há

cinco anos e já atendeu a mais de 80 jovensde comunidade da zona oeste da capital.As apresentações acontecem na própria

casa onde funciona o projeto.

Fotos: L.C.Leite/Luz

Leandro Olivae os jovens daCia de TeatroVizinho Legal.Os atores sãomoradores eex-moradoresda comunidadeNova Jaguaré.As apresentaçõessão na sededo projeto.

Edemi, acima e àdireita, com

Andreza, antesda encenação.

Até no telhado: cena da peça 'Crescer – Cenas de Fases da Vida'.

A plateia é pequena, 18 pessoas, mas está sempre lotada.

Trabalhar comesses jovens é umaexperiência única.

LEANDR O OL I VA ,CO O R D E N A D O R DAS

AT I V I D A D E S DE DR AMATURGIA

Kelly Ferreira

ACia de Teatro Vizi-nho Legal, criada apartir do Projeto Vi-zinho Legal, que

nasceu há cinco anos por inicia-tiva da Roche Farma Brasil, estámudando a vida de adolescen-tes de comunidades carentes.Encenada por 20 jovens, mora-dores e ex-moradores da comu-nidade Nova Jaguaré, no Ja-guaré, zona oeste de São Paulo,a peça Crescer - Cenas de Fases daVi d a , em cartaz até 30 de outu-bro, é uma coletânea de cenasque retrata o universo jovemcom suas alegrias, dificulda-des, medos, desejos e sonhos.

Com capa-cidade para 18pessoas porsessão, a peçaacontece den-tro da casa-se-de do projeto,com cenas nagaragem, noquintal, na sa-la, nos quar-tos, no banhei-ro e até no te-lhado. Umadiferente experiência teatralcom drama e muita comédia.Encenar histórias do dia-a-diados jovens já virou rotina na vi-da de Edemi Júnior e AndrezaRodrigues, ambos de 18 anos.

R o ti n a – Encenar históriasdo dia-a-dia dos jovens, porexemplo, já virou rotina na vi-da de Edemi Júnior e AndrezaRodrigues, ambos de 18 anos.A Cia de Teatro Vizinho Legalentrou por acaso na vida deEdemi. Cursando pedagogia,ele conheceu o projeto em 2010por meio de um professor enão parou mais. Já atuou emdois espetáculos.

"Desde que entrei para oprojeto, muita coisa mudou naminha vida. Hoje, consigo per-ceber o valor que tem cada pes-

soa dentro da sociedade", dis-se. "Não sei se um dia irei se-guir só a carreira artística, poisa arte nos proporciona flexibi-lidade para ser usada em qual-quer situação. Pretendo usá-lana educação das minhas crian-ças", afirmou, referindo-se aotrabalho de educador queexerce na Associação Benefi-cente Assistencial Aquarela.

A estudante de hotelaria An-dreza Santos Rodrigues, dife-rente de Edemi, começou cedo.Subiu aos palcos ainda na esco-

la, aos 10 anos, e desde 2008 estána Cia. "Fui fazer teatro na esco-la por curiosidade e acabei gos-tando. Comecei na Cia de Tea-tro em 2008. Amo o que eu faço.Com o Vizinho Legal desenvol-vi a expressão, consigo me fa-zer entender", disse.

Andreza garante que ficoumais responsável e comprome-tida. "Antes de entrar no projetoachava que podia fazer tudo so-zinha, aprendi que não é bemassim. Cada ensaio era uma eta-pa construída em conjunto enão sozinha. É como se fosse umjogo de futebol, uma orquestraou uma banda", afirmou.

A coordenação das ativida-des de dramaturgia é de Lean-dro Oliva, gestor de projetos so-cio-culturais e contratado pelaRoche. "Trabalhar com esses jo-vens é uma experiência única.São pessoas que querem mu-dar de vida e o meu trabalho, e aparceria da Roche, proporcio-nam essa melhora", disse.

I n d e pe n d ê n c i a – Foi pormeio do Projeto Vizinho Legalque um grupo de teatro forma-do por 30 jovens, com idadesentre 10 e 18 anos, recebeu o tí-tulo de Cia de Teatro VizinhoLegal no final de 2006. Desdeentão, o grupo realiza a monta-gem de uma peça ao términodo ano para a comunidade dobairro e para os funcionáriosda empresa, acompanhadosde seus familiares.

A Cia de Teatro Vizinho Le-gal participa desde 2007 do

Projeto Conexões (organizadopelo National Theatre de Lon-dres, British Council, TeatroEscola Célia Helena, ColégioSão Luís e Cultura Inglesa),que estimula o teatro feito porjovens para jovens e promoveo intercâmbio entre escolas pú-blicas, particulares e projetossociais da cidade de São Paulo.Já são cinco anos ajudandoadolescentes carentes do Ja-guaré. Ao longo desse tempo

produziu 14peças, com apartic ipaçãod e m a i s d e80 pessoas.

A primeirapeça produ-z ida e ence-n a d a p e l ogrupo, aindaa n t e s d e s econstituir co-m o c o m p a-nhia teatral,foi Avoar , em2 0 0 4 , c o m ap a r t i ci p a ç ã ode 30 jovens ed i r e ç ã o d eVladimir Ca-pella. O espe-t á c u l o f o ia pre s en t ad ono teatro doColégio San-ta Cruz. Até

e n t ã o d e s p re t e n s i o s o , oprojeto passou a existir de fa-to apenas em 2006. Comoação social, no entanto, o Vizi-nho Legal está presente no Ja-guaré desde 2001.

Integração – Para melhor in-tegração, os adolescentes parti-cipam de todo o processo: esco-lha do texto, workshops com oautor, debates e ensaios comdramaturgos e diretores, cons-trução de cenários, figurinos ecomposição da trilha sonora.Em 2007, o grupo encenou MeioF io , de Marcelo Rubens Paiva,com direção de Marcello Airol-di, que ficou em cartaz no Tea-tro Cultura Inglesa, Teatro Mu-nicipal de Barueri, Tendal daLapa, Teatro Vento Forte, Espa-ço Cultural Grande Otelo, Fes-tival de Teatro de Taquarituba ena escola Deputado Augustodo Amaral.

Destaque também para aspeças Maledicência, My Face,Uma Professora Muito Maluqui-nha, O Monstro do Lixo, Lindo deMorrer, A Ópera do Malandro e amais recente, com temporadaprorrogada até o fim de outu-bro, Crescer - Cenas de Fases daVida . A Cia de Teatro VizinhoLegal fará o próximo espetácu-lo, Contos que cantam sobre pou-s o s p á s s a ro s , de Cláudia Schapi-ra, com direção de JacquelineObrigon, no dia 27 de novem-bro de 2011, no Teatro CulturaInglesa, em Pinheiros.

Pontapé – Para entender co-mo começou a Cia de Teatro Vi-zinho Legal é preciso voltar umpouco no tempo e relembrar ahistória do Programa VizinhoLegal, criado pela Roche Far-

macêutica, em 2001. O progra-ma, que atende a crianças, ado-lescentes e gestantes do bairrodo Jaguaré, na zona oeste deSão Paulo, foi uma iniciativa defuncionários da empresa quequeriam oferecer à comunida-de atividades culturais, comoforma de apoiá-los e ampliarsua visão de futuro.

"Foram oferecidas às crian-ças e jovens aulas de violino,violoncelo, violão, pop-rock,percussão, coral e dança", ex-plicou a gerente de Responsa-bilidade da Roche Farma Bra-sil, Rosicler Rodriguez. Em2002, colaboradores da empre-sa começaram voluntariamen-te a dar aulas de futebol para osjovens no campo de futebol daRoche. Em 2003, houve a estru-turação como um programasocial de fato, incorporando asações de cultura e esportes.

"As primeiras atividades fo-ram voltadas aos cuidadoscom as gestantes da comuni-dade. O intuito principal doprojeto é integrar as famílias",disse Rosicler. O Programa es-tá dividido em três frentes:saúde, cultura e esporte. Nasaúde, o programa chega à co-munidade por meio de campa-

nhas de conscient ização,orientação e grupos de gestan-tes. A cultura vem com aulasde teatro, dança, inglês, músi-ca, passeios culturais, gruposartísticos, entre eles a Cia deTeatro Vizinho Legal e encami-nhamento de jovens para esco-las profissionalizantes. Já noesporte são promovidas ativi-dades para práticas saudáveisde recreação e lazer, como au-las de voleibol e futebol paracrianças e jovens.

"Queremos, entre tantosobjetivos, minimizar os efei-tos da vulnerabilidade social,proporc ionando espaçostransformadores de aprendi-zagem, convivência e fortale-cimento dos vínculos afeti-vos", salientou Rosicler. O in-vestimento da Roche para oPrograma Vizinho Legal esteano é de R$ 540 mil.

Prêmio pela responsabilidade

O Projeto Vizinho Legal,juntamente com as Cam-

panhas de Conscientização ePrevenção em Saúde realiza-das ao longo de 2010, como oDia Rosa, Procura-C, Juntoscontra o Linfoma, todos da Ro-che, recebeu recentemente oprêmio Top Social, organizadopela Associação dos Dirigen-tes de Vendas e Marketing doBrasil (ADVBSP).

“É muito importante e gra-tificante sermos reconhecidospelo nosso esforço em ajudar

o próximo. Nossas campa-nhas e projetos visam melho-rar o diagnóstico precoce e asaúde dos pacientes, além deinteragir com a comunidadena qual pertencemos”, afir-mou Rosicler Rodriguez, ge-rente de Responsabilidade daRoche Farma Brasil. As açõesincluem a realização de exa-mes em milhares de pessoas ea difusão de informações rele-vantes sobre doenças cujo tra-tamento depende do diag-nóstico precoce.

SSSEEERRRVVVIIIÇÇÇOOOCrescer – Cenas de Fases da Vida

- Domingos, até 30 de outubro,às 19h, na Casa Vizinho Legal,rua Bartolomeu de Ribeira, 83,

no Jaguaré. A entrada égratuita, mas é preciso reservar

com antecedência pelotelefone 3719-5385

2006A Cia de TeatroVizinho Legalnasceu nofinal de 2006.

Tucca buscavoluntários para

McDia Feliz

A A s s o c i a ç ã o p a r aCrianças e Adoles-

centes com Câncer (Tucca)participará pela primeiravez, no dia 27, do McDia Fe-liz, e precisa de voluntáriosque ajudem no evento. Osinteressados poderãocomparecer em um dosrestaurantes envolvidosna campanha, incentivan-do os clientes a optar peloBig Mac, vendendo produ-tos personalizados, levan-do informações sobre aTucca aos consumidores,ajudando na organizaçãodas lojas ou ainda divul-gando a campanha.

A Tucca é uma ONG queoferece tratamento de ex-celência a crianças e ado-lescentes carentes comcâncer, sem custos. Em 13anos de atividade, já tratoumais de 1.500 pacientes,atingindo taxas de cura

próximas a 80%, índi-ce 60% acima da

média brasileira,i g u a l a d o s o-mente aos daEuropa e dosEstados Uni-dos. Para mais

informações, osite da Tucca é

www.tucc a.org.br.

Barba do Bemfaz doações parao Ayrton Senna

A Gillette lançou a novaetapa da iniciativa so-

cial Barba do Bem em par-ceria com o Instituto Ayr-ton Senna (IAS). A partirdeste mês, a cada barbafeita nas barbearias mó-veis de Gillette, haveráuma doação para que umacriança seja atendida pormês nos programas de al-fabetização do IAS. Estaetapa do projeto Barba doBem deve durar até julhode 2012. Durante este pe-ríodo, a Gillette instalarábarbearias móveis noseventos que apoia, comojogos esportivos, fóruns,festas e o carnaval. Na tem-porada de inverno, emCampos do Jordão, a Gil-l e t t e a r r e c a d o u R $12.270,00 com o projeto.

Cidades já podemsolicitar oficinasde artesanato

A Superintendência doTrabalho Artesanal

nas Comunidades (Suta-co), autarquia da Secreta-ria Estadual do Emprego eR e l a ç õ e s d o Tr a b a l h o(Sert), divulgou a lista deartesãos aprovados paraministrar as oficinas e cur-sos de técnicas artesanais.A partir de agora, as prefei-turas, entidades e associa-ções que desejarem rece-ber os cursos devem entrarem contato com a superin-tendência por meio de e-mail ou ofício.

Pela parceria cabe à Su-taco indicar o professor eremunerá-lo, além de ofe-recer os materiais e equi-pamentos necessários pa-ra o trabalho. Já à entidade,cabe oferecer infraestrutu-ra, local adequado, provi-denciar os materiais, equi-pamentos e formar as tur-mas com número entre 15e 20 alunos. No total, sãomais de 30 técnicas. Entreelas estão bordado, decu-pagem, crochê, entrelaça-mento, moldagem, origa-mi, pintura e tapeçaria.Mais informações podemser obtidas pelo telefone3241-7330 ou pelo e-mailm a u g u s t a @ s p. g ov. b r

Page 14: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 201114 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

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L o goLogowww.dcomercio.com.br

Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

E M C A R T A Z

D ESIGN

Trenzinho do café da manhãUm jeito de deixar o café

da manhã divertido é servi-lonesse trem de madeira criado

por Reiko Kaneko.http://bit.ly/lZhsDf

F UTEBOL

ONG propõe reformas à Fifa

P O RT I N A R I'No Ateliê de

Portinari: 1920-45'traz cerca de 90 obras

do artista. MAM.Parque do Ibirapuera,

portão 3, s/n,tel.: 5085 1300.

R$ 5,50.

Z OO

Cabeça a prêmioA artista Kanthida

Jantanct e seu companheiroTheerapone Manolai posampara fotos durante aapresentação que realizamno Sriracha Tiger Zoo, acerca de 120 quilômetros deBancoc. A coragem decolocar a cabeça em risco,três vezes por dia, 30 diaspor mês, rende a cada umdos artistas um saláriomensal de US$ 1.000. Cercade duas mil pessoasassistem ao espetáculo acada mês.

Para dormira b ra ç a d i n h o

As almofadas 'hold me tight'(algo como "abrace-meapertado", em inglês) são paraaquelas crianças que nãoconseguem dormir sozinhas.Têm o tamanho exato paraserem agarradas pelospequenos. Em três versões, aalmofada tem tecido de algodãoproduzido no Peru eenchimento de poliéster.

http://bit.ly/r9FV5Z

M ÚSICA

Última chamadapara o 'Pré-Estreia'

A TV Cultura prorrogou paraesta sexta-feira, dia 19, o prazode inscrições do concurso demúsica clássica Pré-E streia.Voltado para jovens talentos –cantores e instrumentistas – econsiderado um dos maioresconcursos do gênero naAmérica Latina, o concursodará prêmios no valor total deR$ 100 mil. O concurso édirigido e será apresentadopelo regente, pesquisador ecomunicador João MaurícioGalindo. As inscrições para oconcurso podem ser feitas pelosite abaixo.

w w w. c m a i s . c o m . b r /

preestreia

C IÊNCIA

50 anos no espaçoO Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) acaba de

lançar uma cartilha ilustrada – Conquistar o espaço paracuidar da Terra – sobre sua atuação nas áreas de CiênciasEspaciais e Atmosféricas, Engenharia e Tecnologia Espacial,Observação da Terra por Satélites, Meteorologia e Ciência doSistema Terrestre. Voltada para o público jovem, com projetográfico do Magno Studio, textos de AnaPaula Soares e ilustrações de JeanGalvão, a cartilha foi criada emcomemoração dos 50 anos de

atividade doinstituto e estádisponível nainter net.

H ISTÓRIA

Chanel, espiã nazista?Uma nova biografia

da estilista CocoChanel , lançadaontem nos EUA,

traz uma revelação das maispolêmicas. O livro S le e p in gwith the Enemy: Coco Chanel'sSecret War ("Dormindo com oInimigo: a Guerra Secreta deCoco Chanel", numa tradu-ção livre), do jornalista HalVaughan, indica que a estilis-ta teria trabalhado como es-piã nazista durante a Segun-da Guerra Mundial e que con-seguiu escapar da prisão e damorte como colaboradora.

O livro conta em detalhes co-mo Chanel atuou em missões de

Chanel em 1944,quando ela estaria a

serviço de Hitler

espionagem da inteligência ale-mã e como escapou da prisão naFrança depois da guerra. Se-gundo ele, as atividades deChanel durante a guerra eramconhecidas, mas nunca foraminvestigadas a fundo.

Entre as revelações do livroestão documentos que com-provam sua relação com osalemães, como o número deagente nazista de Chanel,uma missão que realizou naEspanha, em troca da liberta-ção de um sobrinho detido esua relação com os maiores lí-deres do nazismo, como Her-mann Goering e Joseph Goeb-bels, entre outros.

Fabio Muzzi/AFP

PÁLIO - participantes do Pálio de Siena passam pela curva Casato.

A corrida é uma tradição local desde o século 17 e acontece duas vezes ao

ano – em julho e agosto – na Piazza del Campo, no centro da cidade.

A TÉ LOGO

Estudo mostra que as unhas apareceram nos primatas há 55 milhões de anos

Maicon, do Milan, será submetido a cirurgia no joelho no Brasil

L OTERIAS

Concurso 994 da DUPLA SENA

Segundo sorteio02 15 18 35 43 49

Concurso 2672 da QUINA

09 22 56 60 64

Primeiro sorteio01 04 20 28 39 44

Túnel criadono interior de um avião

Kiev aposentadotesta a reaçãodas pessoas a

vertigensem Tianjin, China.

Jason Lee/Reuters

AFP

Sukree Sukplang/Reuters

A Fifa deveria limitar o númerode mandatos dos seus dirigentes,criar um órgão independente paraanalisar denúncias de corrupção e"abraçar a transparência", disseontem a ONG TransparênciaInternacional (TI). Segundo aorganização, apesar das recentesmedidas adotadas, a entidade quecomanda o futebol internacionalainda dá a impressão de ser gerida"como uma rede de velhosgarotos". A Fifa reagiuprontamente às críticas, emitindouma nota em que diz: "Opresidente da Fifa já declaroupublicamente em outubro de 2010

que a Fifa irá demonstrartolerância zero com qualquerforma de corrupção no futebol". ATI disse que o órgão fiscalizadodeveria ser composto por pessoasde fora do futebol (estadistaseméritos, empresas e sociedadecivil) e de dentro do esporte(inclusive jogadores, dirigentes dofutebol feminino, árbitros etorcedores) "A Fifa diz que quer sereformar, mas sucessivosescândalos de suborno levaram aconfiança do público na entidadeao seu menor nível histórico", disseSylvia Schenk, consultora-sêniorda TI para os esportes.

Antes do show,o casal reza emum altar paraos crocodilos

http://issuu.com/magnostudio/docs/inpe50anos

Page 15: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 2011 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

ELÉTRIC ASDilma quer renovarconcessões dosetor que vencem apartir de 2015

SEC ACetesb mantémproibida a queimade cana em 124municípios de SPeconomia

Brasil está em situaçãomais robusta, diz Dilma.

A presidente da República afirmou ontem que o País não é uma ilha, mas ressaltou que tem pouco risco de sercontaminado pela crise. E Tombini, líder do Banco Central, se diz pronto para o enfrentamento.

Apresidente da Re-p ú b l i c a D i l m aRousseff afirmouontem que, apesar

das turbulências internacio-nais, o Brasil está em uma si-tuação "muito mais robusta"do que em 2008, ano em queestourou a crise financeira.Ela destacou que o País pos-sui mais reservas internacio-nais, mais depósitos compul-sórios e tem programas comoo Minha Casa Minha Vida e oPrograma de Aceleração doCrescimento (PAC) 2.

A presidente reiterou ontemque o País não é uma ilha, masressaltou que tem pouco riscode ser contaminado pela criseeconômica que atinge princi-palmente os Estados Unidos epaíses da Europa.

"O Brasil tem baixo risco decontágio. O mundo não des-conhece a nossa situação",discursou a chefe do Executi-vo durante cer imônia deanúncio da criação de quatrouniversidades, 47 campi e 208unidades de institutos fede-rais de educação, ciência etecnologia no Brasil.

"Vamos enfrentar a crise daforma mais eficaz de fazê-lo.Que nosso País permaneça notrilho do crescimento respon-sável", disse a presidente. Dil-ma declarou que tem certezade que esse momento de tur-bulência vai encontrar União,estados e municípios, a Câ-mara Federal, o Senado e o Ju-diciário, cada vez mais empe-nhados em dar respostas fir-mes e concretas diante dessemomento.

B l in d a ge m – "Apesar denão sermos imunes à crise, po-demos cada vez mais nos blin-dar e fazer com que o processode crescimento signifique ne-cessariamente um processode elevação da nossa ativida-de econômica, do número deempregos e das oportunida-des", declarou a presidente.

Dilma também mencionouque técnicos da Petrobras es-tão sendo treinados para a ex-ploração da área do Pré-sal eque há uma demanda de seto-res de alta tecnologia por tra-balho qualificado. "Essas em-presas apostam no Brasil, sa-bem que os países em desen-volvimento crescerão pelomenos o dobro do que os paí-ses mais ricos. Essa é a opor-tunidade que nós temos, te-mos de ter consciência do quesignificamos hoje no mun-do", disse a presidente.

To m b i n i – O presidente doBanco Central (BC), Alexan-dre Tombini, recebeu ontemum grupo de parlamentarespara falar sobre a crise finan-ceira internacional. Aos polí-ticos, Tombini demonstroutranquilidade com relaçãoaos recentes desdobramentosdo noticiário internacional esinalizou, com indicadores,que o Brasil está preparadopara enfrentar a crise.

Tombini apresentou a evo-lução da economia mundialsob a crise financeira e, ao mes-mo tempo, mostrou a reaçãoda economia brasileira em te-mas como a inflação e os juros."Mesmo com o atual momentointernacional de crise, ele

(To m bi n i) se mostrou muitoconfiante. Demonstra otimis-mo", disse o líder do PR na Câ-mara, Lincoln Portela (MG),que participou do encontro.

Um dos argumentos do pre-sidente do BC é que, a despei-to da crise internacional, oBrasil está mais bem prepara-do hoje se comparado a 2008.Tombini explicou, por exem-plo, que o Brasil segue geran-

do empregos, o que é um dosmotores para a economia do-méstica continuar aquecida.

Entre os parlamentares pre-sentes ao evento, estavamalém de Portela, os deputadosEduardo Cunha (PMDB-RJ),Jovair Arantes (PTB-GO),Henrique Eduardo Alves(PMDB-RN), Ratinho Júnior(PSC-PR) e o senador RomeroJucá (PMDB-RR). (Agências)

Para Tombini, País está preparado para enfrentar a crise mundial.

Opinião de analistas doBC diverge do Executivo

Amais recente turbulênciadas economias interna-

cionais tomou boa parte dotempo da reunião realizadaontem entre economistas domercado financeiro e direto-res do Banco Central (BC), noRio de Janeiro. Fontes que par-ticiparam do encontro desta-caram que os analistas conti-nuam com um grau elevadode incerteza em relação à du-ração e à intensidade da criseexterna e, principalmente,quanto aos efeitos que ela tra-rá para a economia brasileira.

"As discussões sobre o ce-nário externo predominaramdurante a reunião, mas gran-de parte das pessoas estácom muitas dúvidas em rela-ção ao que está acontecendoe em relação ao que pode servisto no Brasil como reflexo",disse um dos economistaspresentes no encontro. "Nãoforam apresentados cenáriosmuito detalhados. Foramapenas algumas opiniões,mas ficou claro que não exis-te uma grande convicção so-bre os reflexos da crise no Bra-sil", confirmou outro analistaque participou da reunião.

R ev i s õ e s – De maneira dife-rente das reuniões que acon-teceram na segunda-feira pas-sada em São Paulo, onde oseconomistas que conversa-ram com representantes do

BC mostraram reduções nasprojeções de crescimento daeconomia brasi le ira para2011, os analistas presentesno Rio de Janeiro não fizeramgrandes revisões para baixosobre a atividade nacional.

"A verdade é que ninguémconsegue fazer mudançasimportantes de cenário emum ambiente de tantas incer-tezas. O mais comum é adotaralgum viés, que seria de ummenor crescimento da eco-nomia com um movimentode inflação nem tanto assim",disse um dos participantesdo encontro com o BC.

Economistas informaramque a reunião foi coordenadapelo diretor de Política Econô-mica do BC, Carlos HamiltonVasconcelos Araújo. Como depraxe, ele apenas fez umaapresentação inicial e ouviu osrepresentantes do mercado.

As reuniões realizadas emSão Paulo e na capital flumi-nense são uma maneira de oBC ouvir de maneira maispróxima as interpretações eanálises dos economistas domercado financeiro sobre ocenário macroeconômico.Tais observações são colhi-das e aproveitadas para a ela-boração do Relatório Trimes-tral de Inflação do BC, cuja di-vulgação deve ocorrer no fi-nal do próximo. (AE)

Antonio Cruz/ABr

Educação é o caminhopara inovar e empreender

Estímulos ao empreendedorismo precisam ser ampliados, originados desde o ensino fundamental.

Executivos demultinacionais jáperceberam que as

inovações surgem cada vezmais nos mercadosemergentes. Entretanto, essepotencial de gerar produtos enichos de consumo semprevai variar de acordo com onível de estímulo aoempreendedorismo local.Nesse contexto, o Brasil temacertado em algumaspolíticas públicas, ao menosnos últimos anos.

Um exemplo é a criação doEmpreendedor Individual(EI), que vem estimulando aformalização de empresáriosdesse perfil. Mas paraestudiosos do tema eempresários, os estímulos aoempreendedorismo precisamser bem mais amplos,originados ainda nas escolas,desde o ensino fundamental.

Carlos Arruda, professor daFundação Dom Cabral (FDC),lembra que países europeuselevaram sua capacidade deempreender há muito tempolevando oempreendedorismo a todos osníveis da educação. "Já noBrasil, nem em cursos doensino superior, comoengenharia, discutimos essetema", disse Arruda ontem,durante a terceiraConferência AnualInternacional, organizadapela FDC, em São Paulo, quediscutiu as perspectivas paraas economias emergentes.

O professor ReubenAbraham, da Indian Schoolof Business, vai além. Paraele, o estímulo a empreendertem de começar nas escolas,mas deve ser levado tambémpara empresas de pequeno emédio portes.

Abraham lembrou que sãoessas corporações queempregam 90% da mão deobra em economiasemergentes, mas geralmenteencontram dificuldades paraencontrar meios paraempreender – nesse caso, nosentido de gerar inovações."Os pequenos e médiosempreendedores aindasofrem muita interferênciados governos em seusprocessos, além de teremdificuldade de acesso arecursos financeiros e,consequentemente, àtecnologia para crescer",

apontou o Abraham.Muitas vezes, pela

dificuldade de obtenção decrédito no setor financeiro eexcesso de questõesregulatórias, osempreendedores acabamdependentes deinvestimentos do própriosetor privado como únicaalternativa para evoluir.

Bruno Di Leo, gerente-geralda IBM, lembrou que agigante da informáticainveste milhões anualmenteem companhias de pequenoporte da área de TI(tecnologia de informação)residentes na Índia e naChina. "Faz parte dos planosda IBM investir em empresasbrasileiras desse segmento",disse Di Leo.

Emergentes – O gerente-geral da IBM se diz entusiastado potencial inovadorexistente nos países emdesenvolvimento. Ele contouque dos nove laboratórios depesquisa que a IBM tem pelomundo, quatro estão emnações emergentes. Essa não éuma exclusividade da suae m p re s a .

Di Leo lembrou que aGeneral Electric (GE) buscouinovações na Índia para

Pequenos têmdificuldade deacesso arecursosfinanceiros e àtecnologia paracrescer.

Nilton Cardin/AE

Os pequenos emédiosempreendedoressofrem muitainterferência dosgovernos em seusprocessos

REUBEN ABR AHAM, DA INDIAN

SCHOOL OF BUSINESS

Renato Carbonari Ibelli

LUIZA TRAJANO PODE SERMINISTRA DOS PEQUENOS

A presidente Dilma Rousseff convidou a empresária LuizaTrajano, dona do Magazine Luiza, para comandar a Secretaria

da Micro e Pequena Empresa, cuja criação tramita noCongresso Nacional. A assessoria da empresária, que

confirmou o convite, disse que ela ainda está estudando aproposta e não deve se pronunciar.

A criação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa foi umapromessa de campanha da presidente, que apresentou o

projeto da nova pasta em março. Atualmente, as atribuições dapasta estão com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior (MDIC), comandado por Fernando Pimentel,um dos ministros mais próximos de Dilma.

Uma fonte do governo confirmou que Luiza Trajano será anova ministra. Mas ainda não haveria data para a sua posse,

pois a criação da secretaria, com status de ministério, dependede aprovação do Congresso Nacional. (AE)

Ernesto Rodrigues/AE

produzir equipamentos deeletrocardiograma. "Na Índia,um exame deeletrocardiograma não custamais do que um real, o quecria a necessidade deequipamentos mais simples.A GE foi buscar inovações naÍndia para produzirequipamentos de menorcusto. E agora estádeslocando sua produção deraio-X para lá também", disse.

O professor Abrahamcompartilhou desse raciocínioapontando que, na Índia, umaoperação para colocação de

marcapasso custa US$ 1,5 mil,"e é realizada com qualidadedos melhores hospitais domundo". Para o indiano daIndian School of Business,"isso é resultado de inovaçõesde processo, sendo que elasestão aparecendo nos paísesem desenvolvimento".

Di Leo lembrou ainda queinvestir emempreendedorismo, naessência, significa investir emcapital humano. Desde aformação do conceito deempreender nas escolas atéapoiar talentos nas empresas.

Page 16: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 201116 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Page 17: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 2011 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

O crescimento da inadimplência e o quadro internacional de incertezas continuam sugerindo cautela nas previsões sobre a economia.Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facespeconomia

Agosto quente: vendas sobem 10,7%.Indicadores do SCPC apontam aumento de dois dígitos nas vendas a prazo nas primeiras semanas do mês, mas subiu também a inadimplência dos consumidores.

Rejane Tamoto

Nos primeiros 15dias deste mês asvendas a prazoa u m e n t a r a m

10,7% e as vendas à vista,12,9%, em relação a igual pe-ríodo do ano passado. O resul-tado foi influenciado por umdia útil a mais que a primeiraquinzena de agosto teve nesteano – 13 dias contra 12 em 2010– e também pelas comemora-ções do Dia dos Pais, segundoo indicador do Serviço Cen-tral de Proteção ao Crédito(SCPC), administrado pelaBoa Vista Serviços (BVS), daAssociação Comercial de SãoPaulo (ACSP), que publica es-te Diário do Comércio.

Outro indicador que teveaumento, de 24,9%, foi o dainadimplência superior a 30dias na primeira quinzena des-te mês em comparação a igualperíodo de 2010. As renegocia-ções de crédito – para cancelarregistros de inadimplência –cresceram menos, 16,4%, namesma comparação entre osperíodos, o que mostra a con-tinuidade da alta gradual dosatrasos nos pagamentos decompras parceladas.

"O crescimento gradativoda inadimplência e o quadrointernacional de incertezascontinuam sugerindo cautela

Milton Mansilha/LUZ

Comemorações do Dia dos Pais contribuíram para salto de 12,9% nas vendas à vista, em relação a 2010.

na formulação das previsõespara o desempenho da econo-mia como um todo para ospróximos meses", disse Rogé-rio Amato, presidente daACSP e da Federação das As-sociações Comerciais do Esta-do de São Paulo (Facesp).

Roupas – A busca do consu-midor por presentes de valormédio de R$ 90 para a data co-memorativa dos pais, além deitens como roupas e calçadosnas liquidações de inverno, in-fluenciaram a alta de 12,9% nasvendas à vista, medidas peloindicador do SCPC Cheque.Na comparação com a primei-ra quinzena de julho, este tipode venda cresceu 7,6%.

Já as vendas a prazo, geral-mente representadas por pro-dutos como móveis e eletrodo-mésticos, medidas pelo SCPC,cresceram menos, 10,7%, e ti-veram um recuo de 4,1% em re-lação à primeira quinzena dejulho. "Esse resultado podecrescer na segunda metadedeste mês, por causa das liqui-dações do setor", afirmou oeconomista da ACSP, EmílioAlfieri. Segundo ele, as vendasa prazo costumam ser maioresno Dia das Mães, quando abusca por itens para o lar é ex-pressiva e o tíquete médio doconsumidor chega a R$ 400.

O número de consultas docomércio feitas ao SCPC refle-te a demanda. Na quinzena,

elas aumentaram 3,8% paraas vendas a prazo e 7,4% paraas vendas à vista.

EUA – Na avaliação de Al-fieri o balanço é positivo dian-te das medidas que o governoadota desde dezembro parareduzir o consumo e controlara inflação, como, por exem-plo, o aumento do depósitocompulsório em operações decrédito e o aumento da taxabásica de juros (Selic), que estáem 12,5% ao ano. Há ainda umcenário externo de preocupa-ção, com a crise da dívida dosEstados Unidos e as dificulda-des de países da Europa, quedevem reduzir o ritmo da eco-nomia mundial. "Em razão dacrise internacional, que geraincertezas, não vamos fazerprojeções para os próximosmeses. Se a crise chegar aqui, oimpacto será pequeno."

Alfieri afirmou, porém, queo aumento da inadimplênciasuperior a 30 dias, em parte, éneutralizado pelo crescimentoda taxa de cancelamentos. "Es-tá subindo, mas está estável e égerada por descontrole de gas-tos. Enquanto houver empre-go, a inadimplência não preo-cupa porque as renegociaçõesgeralmente ocorrem no finaldo ano, após o pagamento dodécimo-terceiro salário. A ina-dimplência só será preocupan-te se houver recessão e demis-sões", disse o economista.

Estudo da Nielsen apontadesaceleração no consumo

Divulgação

A gerente Arlete Soares Corrêa: inflação corrói poder de compra.

Fátima Lourenço

Ovolume de vendas das134 categorias de pro-dutos monitoradas pe-

la Nielsen em todo o País cresceu2,1% no primeiro semestre de2011, em relação a igual períododo ano passado. Mas o percen-tual mostra movimento de desa-celeração nas vendas, desde oinício do ano, porque no primei-ro semestre de 2010 o indicadornacional ficou em 6,1%.

A análise regional do estudo,obtida com exclusividade peloDiário do Comércio, destaca aGrande São Paulo como a regiãocom a maior desaceleração nocrescimento do volume de ven-das do semestre. Em 2011, o au-mento nas vendas foi de 0,3%,mas entre janeiro e junho de2010 o indicador acumulou sal-to de 6,2% na região, afirmou agerente de Análises Especiais daNielsen, Arlete Soares Corrêa.

Na mesma base de compara-ção, o interior do Estado de SãoPaulo repetiu o movimento deretração de consumo já detecta-do na última versão do estudo.

O volume de vendas dessaregião, no acumulado no pri-meiro semestre, ficou negativoem 0,7%, ante 2,6% em igualperíodo do ano passado.

Cer vejas – A análise, aindapreliminar, conforme ressalvouArlete, mostra uma quantidademaior de categorias estáveis noâmbito nacional. Entre elas, ascervejas, refrigerantes e cigar-ros, "muito representativas parao estudo porque têm grandevolume negociado", disse.

A inflação, comentou Arlete,corrói o poder compra, espe-cialmente nas classes de podereconômico médio e baixo, re-

sultando em impacto no indica-dor. O reajuste de preços em ca-tegorias com grande volume devendas (como cigarros há cercade um ano, e cervejas e refrige-rantes mais recentemente) têmefeito imediato sobre o consu-mo desses produtos.

Ainda sobre o desempenhonacional, Arlete observou que,na média, as 134 categorias deprodutos analisados pela Niel-sen tiveram, no primeiro se-mestre, repasses de preços ali-nhados com a inflação oficial(Índice Nacional de Preços aoConsumidor Amplo, IPCA).

Inflação – No caso da GrandeSão Paulo, foi observado um re-passe de preços acima da infla-ção oficial, em categorias emque o consumo é sensível aopreço. "Também é preciso lem-brar a base forte de comparaçãoe houve Copa do Mundo em2010", afirmou. Ela lembrou,com base nas pesquisas Nielsen,que o crescimento do volume devendas na Grande São Paulo erasemelhante ao do Brasil.

Do ponto de vista macroeco-nômico, a especialista não vêmuita diferença em relação aocenário nacional. O que chama aatenção, no caso da Grande SãoPaulo, é o patamar de renda,abaixo da média Brasil, "um da-do que ainda precisa ser avalia-do com cautela". Além dos pro-dutos com grande peso no estu-do (cervejas, refrigerantes e ci-garros), há outras categorias, naregião, com variação menor devolume. Entre elas, o leite assép-tico; óleo e azeite; massa alimen-tícia; arroz; alimentos para cães;refresco em pó e sabão em barra.No interior, o quadro é seme-lhante, mas não se vê, na análisedo primeiro semestre, repassesde preço acima da inflação.

Varejo temqueda na

Grande SP

Ofaturamento das vendasno comércio varejista

tradicional da Região Metro-politana de São Paulo fechou oprimeiro semestre deste anocom queda de 0,7%, segundolevantamento da Federaçãodo Comércio de Bens, Servi-ços e Turismo do Estado deSão Paulo (Fecomercio-SP).

O recuo nas vendas no se-mestre foi liderado pelos vare-jistas dos segmentos de bensduráveis: lojas de eletrodo-mésticos e eletroeletrônicos(9,4%), de material de constru-ção (8,8%), de móveis e deco-rações (5,4%), de farmácias eperfumarias (4,4%) e de de-partamento (3,6%). Entre ossegmentos que cresceram es-tão as lojas de vestuário, teci-dos e calçados (4%), super-mercados (1,5%) e comércio deveículos automotivos (3,1%).

O segundo semestre desteano deve ser semelhante aoprimeiro, segundo comunica-do da Fecomercio-SP. (AE)

Comércio online rende R$ 8,4 bi

Ocomércio online brasileiro cresceu24% no primeiro semestre de 2011 ealcançou um faturamento recorde de

R$ 8,4 bilhões, de acordo com os dados daconsultoria e-bit divulgados ontem. Até o fimdo ano, a expectativa é de que as vendasonline atinjam R$ 18,7 bilhões defaturamento – aumento de 18% em relaçãoaos R$ 14,8 bilhões da receita de 2010.

O crescimento percentual, porém, é menordo que os 26% atingidos no ano passado. Deacordo com Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit, a baixa tem conexão com o perfil deconsumo de 2010, quando a venda detelevisores, que têm maior valor, foiimpulsionada pela Copa do Mundo.

"O aumento da taxa de juros e o cenário deinstabilidade motivaram o crescimentomenor neste ano, embora as vendas onlinetenham crescido bastante", disse Guasti.

E letroeletrônicos – Os eletroeletrônicosforam a categoria mais vendida no comércioonline, com 13% do volume total depedidos. Na segunda posição, vieram osprodutos de informática, respondendo por12% das vendas, seguidos por itens desaúde, beleza e medicamentos.

Já a categoria livros, assinaturas derevistas e jornais, que lideraram o rankingem edições anteriores, ficaram em quartolugar neste primeiro semestre de 2011.

Segundo a pesquisa da consultoria e-bit,61% dos novos entrantes no comércioonline tinham renda de até R$ 3 mil.

"Estamos presenciando umaconsolidação do setor, tendo em vista ogrande número de entrantes nesseprimeiro semestre, contribuindo para ofaturamento do período", afirmou o diretorgeral da e-bit, Pedro Guasti. (Fo l h a p re s s )

Banda largabate recordede conexões

Onúmero de acessos embanda larga no País che-

gou a 45,7 milhões em julho, deacordo com balanço da Asso-ciação Brasileira de Telecomu-nicações (Telebrasil). No mês,foram registrados 1,9 milhãode novas conexões de internetrápida, superando em 34% amédia mensal deste ano, de 1,4milhão. Em 2011, já foram ati-vados 11,2 milhões de novosacessos, segundo a Telebrasil.Com isso, a quantidade de co-nexões banda larga ao fim dejulho deste ano foi 56,72% su-perior à de igual data de 2010.

Quase a metade dos acessosà internet rápida no País se dápor celulares, que chegaram a22,8 milhões em julho. Já osmodems 3G totalizaram 6,9milhões. Com isso, a banda lar-ga móvel acumula crescimen-to de 80,1% nos últimos 12 me-ses, alcançando 29,7 milhõesde conexões. Já a banda largafixa teve expansão de 26,3% nomesmo período. (AE)

Page 18: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 201118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Estamos no momento de discutir com setores, recolher sugestões e opiniões.Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exte ri o reconomia

Crise não vai afetaremprego, garante Lupi.

Em dia de anúncio de números menores no saldo de emprego, ministro do Trabalho diz que turbulência não será importada.

rem de regulamentação, o mi-nistro acredita que, a partirdeste mês, as ações previstascomeçarão a surtir efeito na ge-ração de emprego.

Lupi manteve a projeção deque o Brasil criará 3 milhõesde postos formais neste ano,apesar de os resultados de sal-do de vagas em julho terem fi-cado abaixo dos de junho edos de julho de 2010. "Não foitão bom quanto gostaríamosque fosse", disse, sem alterar,entretanto, a meta final. Noacumulado do ano até julho, ovolume de geração de postosde trabalho no âmbito da Con-solidação das Leis Trabalhis-tas (CLT) foi de 1.593.527.

A projeção futura do minis-tro abrange os trabalhadorescom carteira assinada e todosos servidores públicos.

"Mantenho a projeção de ge-ração de 3 milhões de empre-gos formais. Neste ano, tere-mos comportamento diferentedo visto no ano passado",acrescentou, salientando queem 2010 o Estado não pôdecontratar por conta das elei-ções. "Vamos ter acréscimocom a Relação Anual de Infor-mações Sociais (Rais) mais sig-nificativa neste ano", previu.

Lupi enfatizou também ovolume de vagas criadas de2003 a julho deste ano, com ba-se na Rais e no Cadastro Geralde Empregados e Desempre-gados (Caged). De acordo como ministério, foram 16.977.969novas vagas formais. "Esta-mos chegando perto de 17 mi-lhões de empregos."

Em relação aos dados de ju-lho, Lupi atribuiu o númeromenor a demissões no setorde Educação, por conta de fé-rias escolares. O segmentoapresentou 8.289 desliga-mentos a mais do que contra-tações. Ele também citou a di-minuição do ritmo da indús-tria do Sul e do Sudeste e dosetor do agronegócio. "Foiabaixo do que aconteceu noano passado, mas não é nadaque signifique tendência."

Rotatividade – O melhor si-nal para avaliar o mercado detrabalho, conforme Lupi, é arotatividade. Apesar de umsaldo mais tímido na geraçãode vagas de trabalho formaisem julho, os números de con-tratações e demissões foramrecordes para o mês. Os núme-ros apontam para 1.696.863a d m i s s õ e s e m j u l h o e1.556.300 desligamentos.

Lupi previu que os próxi-mos dois meses a serem divul-gados pelo Caged serão me-lhores. "Agosto e setembro se-rão mais fortes. Tenho certezaabsoluta de que agosto supera-rá julho", previu. (Agências)

Descartadas mais desoneraçõesOministro do

Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior, Fernando

Pimentel, descartou ontem apossibilidade de que novos setoresda indústria sejam beneficiados porpolíticas de desoneração tributária.O ministro se reuniu com opresidente da Federação dasIndústrias do Estado de São Paulo(Fiesp), Paulo Skaf, que lhe pediu aampliação para outros setores,igualmente intensivos em mão deobra, dos benefícios já concedidosàs indústrias de móveis, confecções,calçados e software. "Ampliar, emprincípio, não. Estamos trabalhandosó com os quatro que estão incluídosnas medidas provisórias", afirmouPimentel, após a reunião. "Masevidentemente pode haver pleitos e,partindo da discussão aqui, nóspodemos, quem sabe para o ano quevem, já começar a fazer essesestudos. Mas em princípio não está

prevista nenhuma ampliação."Durante a reunião, Skaf pediu

uma "calibragem" das medidas jáanunciadas. De acordo comcálculos preliminares da Fiesp, paraalgumas indústrias, a substituiçãoda tributação de 20% da alíquota doInstituto Nacional do Seguro Social(INSS) sobre a folha de pagamentopara a de 1,5% sobre o faturamentonão teve o efeito desejado. Issoporque, segundo Skaf, algumasempresas terceirizam parte daprodução. Ele citou uma confecçãoque comercializa 100 mil calças porano, mas produz apenas 30 mil emsua própria fábrica – recebendoparte de outras empresas. "Nessecaso, o faturamento corresponde a100 mil calças e a folha depagamento corresponde a umaprodução de 30 mil. O faturamentoacaba sendo muito maior que opercentual que incidia sobre afolha," explicou Skaf.

Ele pediu que o percentual detributação que incide sobre ofaturamento, de 1,5%, sejareduzido. Pimentel disse que essetipo de demanda era normal, masnão garantiu a revisão. "Estamos nomomento de regulamentação dasMPs, de discutir com setores,recolher sugestões e opiniões",afirmou. "Não está definido ainda oformato final de nenhuma das MPs.Vamos agora para Brasília nosreunir com os outros ministérios."

Reintegra – O presidente da Fiesppediu também alteração noReintegra, que devolve parte do valorexportado às empresas comocompensação dos impostos queincidem ao longo da cadeia. Para umpercentual definido pelo governoentre 0,5% e 3%, Skaf pediu que adevolução seja fixada em 3%. "Como dólar a menos de R$ 1,60, menosde 3% ajuda pouco", afirmou. (AE)

Mantenho a projeção degeração de 3 milhões deempregos formais. Nesteano, teremoscomportamento diferente dovisto no ano passado.

CA R LO S LUPI, MINISTR O DO TR ABALHO

Diferença entre contratações e demissões caiu em julho, mostrando tendênciade acomodação. Mas governo assegura que números vão crescer.

Saldo de vagas diminui em julho

Osaldo líquido deempregos criadoscom carteira

assinada em julho somou140.563, segundo oCadastro Geral deEmpregados eDesempregados (Caged)divulgado ontem peloMinistério do Trabalho eEmprego (MTE). Em junho,o resultado foi mais alto, de215.393 vagas, antes darevisão. Em julho de 2010, odado equivalente tambémapontou um saldo maior, de181.796 novas vagas. O

volume de criação de postosficou 22,6% menor em julhoante igual mês de 2010. Orecorde para o mês foi acriação de 203.218 postoslíquidos em julho de 2008.

O pior momento mensalde geração de vagas nesteano foi em março, quando oCaged registrou saldo deapenas 92.675 postos detrabalho com carteiraassinada. Após a revisão, onúmero subiu para 112.388.

No acumulado do ano atéjulho, contrataçõessuperaram demissões em

1.593.527 postos. Emidêntico período do anopassado, o saldo dasefetivações com carteiraassinada foi de 1.655.116,sem ajuste. Após a revisão,o número subiu para 1.856.143, o melhor volumede criação de empregospara o período. Noacumulado dos seteprimeiros meses do ano,houve uma redução nacriação de empregos daordem de 14% nacomparação com janeiro ajulho de 2010. (AE)

Resultado é melhorno interior do País

Ageração de empregos com carteiraassinada foi mais forte no interior do quenas grandes cidades, conforme dados do

Cadastro Geral de Empregados eDesempregados (Caged). Em julho, as nove áreasmetropolitanas analisadas pelo Caged foramresponsáveis pela criação de 52.466 postos detrabalho formais, enquanto o interior das regiões,por 54.407 vagas. Os números refletem arealidade dos Estados da Bahia, Ceará, MinasGerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio deJaneiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Apesar de ter sido frequente nos últimosmeses, essa tendência deverá se inverter a partirdeste mês, segundo o ministro Carlos Lupi, doTrabalho e Emprego. Com as encomendas deNatal, o comércio e a indústria devem voltar aincrementar a atividade nas metrópoles.

São Paulo foi a região metropolitana que maisse destacou em julho, tanto no centro urbano(23.340 novos postos) quanto no interior (25.945vagas). Pesaram mais nos dados os setores deserviços, comércio e construção civil. (AE)

Oministro do Traba-l h o e E m p re g o ,Carlos Lupi, disseque a atual crise in-

ternacional não deverá che-gar ao mercado de trabalhobrasileiro. De acordo com ele,a turbulência internacionaldesta vez é especulativa.

"A crise não vai ter impactono Brasil. Acredito que o quetinha que acontecer já aconte-ceu. Essa crise é de especula-ção. Tem alguns fatos reais,mas muito é especulação",afirmou Lupi.

Para o ministro, diferente-mente do que está ocorrendonos Estados Unidos, a atual si-tuação econômica do Brasil émelhor do que a verificada emanos anteriores e isso fará comque a crise não chegue ao Paíscom tanta intensidade.

"O pivô da crise é os EstadosUnidos. O poder de consumodo americano está diminuin-do. Os americanos têm que to-mar algumas medidas para in-centivar o consumo. É umcomportamento completa-mente diferente da realidadebrasileira", declarou.

L u p i d i s s e a i n d a q u e omaior problema do Brasil é aforte concorrência com os pro-dutos importados. Para ele, oplano "Brasil Maior" – políticade estímulo à indústria– iráajudar o País a competir comos itens do exterior.

Apesar de algumas propos-tas do plano ainda depende-

Ritmo decontrataçõesesfria

Os dados do Cadas-tro Geral de Em-p r e g a d o s e D e-

sempregados (Caged) emjulho mostram algum ar-refecimento na criação deempregos. "Vinha demo-rando bastante, mas agoracomeçamos a observar umritmo mais moderado decontratações, condizentecom uma desaceleraçãomais ampla da atividadeeconômica", opinou o eco-nomista-chefe da gestoraOren Investimentos, Gus-tavo Mendonça. Os efeitosderivados do mercado detrabalho, acrescentou oanalista, começam a ficarmais neutros para a pers-pectiva de inflação.

O Caged está mais condi-zente com uma taxa de de-semprego constante, disseMendonça. "O que temosde olhar agora é o que será omercado de trabalho daquipara frente. Parece-me queo cenário que se traça lá fo-ra, com consequências parao País, deve gerar uma de-saceleração ainda maior."

A percepção do analista éde que o mercado de traba-lho vai começar a ajudar aperspectiva de inflaçãomais ao fim do semestre. "Éboa notícia para a inflaçãoalgum arrefecimento domercado de trabalho. Achoque ele já começa a ficarneutro para a inflação."

O economista consideraque, com a piora no cenáriointernacional, ficou maisfactível a convergência dainflação para os 4,5% do cen-tro da meta em 2012. (AE)

Jorge Araújo/ Folhapress

Pedro Franca/ Folhapress

Page 19: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 2011 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

American Life Companhia de SegurosCNPJ/MF nº 67.865.360/0001-27 - NIRE 35.300.52583-3

Ata das Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária realizada em 31/03/2011 Data, Hora e Local: 31/03/2011, 11hs, na sedesocial da Cia.. Convocação e Publicações: Dispensada a publicação dos anúncios de convocação, tendo em vista a presença dosacionistas representando a totalidade do capital social da Cia., na forma do § 4º do art. 124 da Lei nº 6.404/76, conforme atestam asassinaturas do Livro de Registro de Presença de Acionistas. O Relatório Anual da Administração, as Demonstrações Financeiras e oParecer dos Auditores Independentes, todos com relação ao exercício social encerrado em 31/12/2010, foram publicados no jornal“Diário do Comércio” e no “Diário Oficial Empresarial do Estado de São Paulo”, nas edições de 25/02/2011, respectivamente naspáginas 47, e 174 a 176. Presenças: Acionistas representando a totalidade do Cap. Social da Cia., conforme atestam as assinaturasdo Livro de Registro de Presença de Acionistas. Para os fins e efeitos do art. 134, § 1º, da Lei nº 6.404/1976, registrou-se ainda apresença do Sr. Paulo de Oliveira Medeiros, Diretor da Cia.; e do Dr. Eduardo Braga Perdigão, representante da Ernst & Young TercoAuditores Independentes S.S.. Mesa: Pres.: Pedro Pereira de Freitas; Secr.: Paulo de Oliveira Medeiros. Deliberações: Após examee discussão, os acionistas presentes, com abstenção dos legalmente impedidos, passaram à deliberação das matérias a serem tra-tadas. 1 - Em Assembléia Geral Ordinária, os acionistas deliberaram, por unanimidade, sem quaisquer emendas ou ressalvas: 1.1- Aprovar as contas dos Administradores e as demonstrações financeiras da Cia., relativas ao exercício social encerrado em 31/12/2010,auditadas pela Ernst &YoungTerco Auditores Independentes S.A.;1.2 - Considerando que a Cia.obteve, no exercício social encerradoem 31/12/2010, Lucro Líquido de R$ 4.817.741,65, aprovar a proposta da Administração de que os resultados da Cia.sejam distribuídosda seguinte forma: i) ratificar o pagamento de Juros Sobre Capital Próprio, no valor bruto de R$ 1.392.639,11, e o valor líquido de R$1.183.743,28, realizado ao longo do exercício de 2010; ii) R$ 240.887,09 para a conta de “Reserva de Lucros - Reserva Legal”; e iii)o restante, no valor de R$ 3.393.111,28, para a conta de “Reserva de Lucros - Reserva de Lucros Acumulados”. 1.3 - Aprovar afixação do limite para a remuneração global mensal dos Administradores da Cia. para o exercício fiscal findo em 31/12/2011, em R$150.000,00, sendo certo que a distribuição deste valor entre os Administradores deverá ser deliberada pela Diretoria Executiva da Cia..1.4 - Ratificar as designações de diretores responsáveis perante a Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, da seguinte forma:(a) Paulo de Oliveira Medeiros: diretor designado responsável pelo relacionamento com a SUSEP, diretor designado responsáveltécnico, diretor responsável pela obrigatoriedade de registro das apólices e endossos de emitidos e dos cosseguros e diretor respon-sável pelos Controles Internos da Cia., diretor responsável pelo combate à fraude e diretor designado responsável pelo acompanhamento,supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade e (b) Francisco de Assis Fernandes: diretor designadoresponsável administrativo-financeiro e diretor designado responsável pelo cumprimento da lei 9.613/98. 1.5 - O Conselho Fiscal nãofoi instalado, tendo em vista a ausência de solicitação para o seu funcionamento neste exercício social. 2 - Em Assembléia GeralExtraordinária, os acionistas deliberaram, por unanimidade, sem quaisquer emendas ou ressalvas: 2.1. - Aprovar a alteração dosArts. 18 e 19 do Estatuto Social da Cia., que passarão a viger com a seguinte redação: “Art. 18: Todos os Diretores distribuirão entresi as atribuições sociais que exercerão para garantir o funcionamento regular da Sociedade e representarão, individualmente, aSociedade ativa ou passivamente, inclusive para receber a citação judicial, prestar depoimento pessoal em juízo ou fora dele, e ainda,perante os órgãos fiscalizadores de suas atividades, ressalvando-se a forma de representação da Sociedade nas atividades e atosmencionados nos § seguintes e na Cláusula 19 deste Estatuto: § 1º: Para a abertura, movimentação e encerramentos de contasbancárias, assinaturas, saques, descontos de cheques ou quaisquer outros títulos de crédito, a Sociedade será representa por doisDiretores, em conjunto, ou por qualquer um dos Diretores, em conjunto com um procurador.§ 2º:O endosso de cheques exclusivamentepara depósitos em contas corrente da Sociedade poderá ser feito por um só Diretor ou por um procurador devidamente habilitado. §3º:Para hipotecar, empenhorar, adquirir, vender, locar ou por qualquer outra forma em que venham ser alienados ou onerados os benssociais em geral de qualquer natureza, sobretudo imóveis, bem como ainda para contrair empréstimos ou obrigações de naturezafinanceira, financiamentos, emitir, endossar, avalizar títulos de crédito, desde que estas operações não impliquem em atos de merofavor ou liberdade nem tampouco violem a proibição do Art. 73, do decreto-lei 73/66, a Sociedade será sempre representada emconjunto pelo Diretor Presidente e mais um Diretor, ou ainda pelo Diretor Presidente em conjunto com um procurador. Art. 19: Obser-vados os limites de suas atribuições e poderes, ao Diretor Presidente, em conjunto com outro Diretor, é lícito constituir mandatáriosda Sociedade, devendo ser especificados nos respectivos instrumentos os atos, poderes ou operações que poderão ser praticadospelo outorgado e a duração do mandato, com exceção do judicial que poderá ser por prazo indeterminado. Entretanto, qualquerDiretor, individualmente, poderá constituir mandatário da Sociedade, com poderes específicos para representação da Sociedadeperante entidades públicas para a realização de todo e qualquer ato relacionado à participação da Sociedade em procedimentoslicitatórios, de qualquer modalidade.” 2.2 - Em decorrência da deliberação aprovada no Item 2.1, acima, os acionistas da Cia. aprovama consolidação do Estatuto Social da Cia., que passará a viger conforme o Anexo à presente Ata. Esclarecimentos: Foi autorizadaa lavratura da presente ata na forma sumária, nos termos do art. 130, § 1º da Lei 6.404/1976 e a publicação da ata com a omissãodas assinaturas dos acionistas, nos termos do art. 130, § 2º, da Lei 6.404/1976.Encerramento, Lavratura, Aprovação e Assinaturada Ata: Nada mais havendo a ser tratado, foi a presente ata lavrada, lida, aprovada e assinada por todos os presentes. Mesa: PedroPereira de Freitas - Pres., Paulo de Oliveira Medeiros - Secr.. Acionistas: Pedro Pereira de Freitas, Francisco de Assis Fernandes ePaulo de Oliveira Medeiros. Estatuto Social - Capítulo I - Da Denominação, Sede, Foro, Objeto e Prazo de Duração - Art. 1º: Soba denominação American Life Cia. de Seguros fica constituída uma Sociedade Anônima que se regerá por este Estatuto e pelalegislação vigente aplicável. Art. 2º: A Sociedade tem seu foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, e sede nesta, na RuaMinas Gerais, nº 209, térreo, Higienópolis, CEP 01244-011. Art. 3º: A Sociedade tem por objeto a exploração de seguro no ramo Vidae Planos Previdência Privada aberta nas modalidades Pecúlio e Renda, conforme definido na legislação aplicável em vigor e poderáainda participar de outras Sociedades na qualidade de Acionistas ou Sócia Quotista. Art. 4º: O prazo de duração da Sociedade é

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indeterminado. Capítulo II - Do Capital e das Ações - Art. 5º - O Capital Social é de R$ 17.030.746,90 (dezessete milhões, trinta mil,setecentos e quarenta e seis reais e noventa centavos) dividido e representado por 27.114.539 ações ordinárias nominativas, indivi-síveis e sem valor nominal. § 1º: Cada ação nominativa corresponderá a um voto das deliberações tomadas em Assembléia Geral. §2º: A Sociedade poderá emitir cautelas, certificados ou títulos múltiplos de Ações os quais serão sempre assinados por dois Diretores,podendo o custo de sua substituição ser cobrado quando solicitada pelo acionista. Capítulo III - Das Assembléias Gerais - Art. 6º:A Assembléia Geral reunir-se-á em caráter ordinário até 31 de março de cada ano para: 1 - Examinar, discutir e votar para aprovaçãoou não, o Relatório dos Administradores e as demonstrações financeiras do exercício social; 2 - Deliberação sobre o resultado doexercício e a destinação de seu Lucro Líquido e a distribuição de dividendo; 3 - Eleger, se necessário, os Administradores e osMembros do Conselho Fiscal, quando for o caso, fixando-lhes a remuneração; 4 - Deliberar e aprovar a correção monetária do Capital

Social e sua destinação. Art. 7º: A Assembléia Geral reunir-se-á extraordinariamente sempre que os interesses sociais assim o exigi-rem, observadas as disposições legais aplicáveis. Art. 8º: Compete a Assembléia Geral, convocada de acordo com a legislaçãoaplicável em vigor e de acordo com este Estatuto, as atribuições que a lei lhe confere, e será presidida pelo Diretor Presidente, ou nasua falta, por outro acionista escolhido pela Assembléia que por sua vez convidará um dos presentes para Secretário da Mesa. Art.9º: Os acionistas poderão fazer-se representar nas Assembléias Gerais por procuradores legalmente constituídos. Art. 10: As delibe-rações da Assembléia Geral serão tomadas por maioria absoluta de votos, não se computando os votos em branco e observadasempre as exceções e os impedimentos legais. Art. 11: Uma vez convocada a Assembléia Geral, ficam suspensas as transferênciasde ações até que seja realizada a Assembléia ou fique sem efeito a convocação. Capítulo IV - Da Administração - Art. 12: A admi-nistração da Sociedade compete à Diretoria Executiva.Seção I - Da Diretoria Executiva - Art. 13: A Diretoria executiva da Sociedadeé composta de no mínimo 2 (dois) e no máximo 7 (sete) membros, acionistas ou não, residentes no País, eleitos e destituíveis aqualquer tempo pela Assembléia Geral, com mandato de 03 (três) anos, podendo ser reeleitos, sendo composta de um Diretor Pre-sidente, dois Diretores Vice-Presidentes e os demais Diretores, sem denominação especial.Art. 14: Os Diretores serão investidos emseus cargos, independentemente de qualquer caução, mediante assinatura de Termo de Posse no Livro de Atas de Reunião deDiretoria, após a homologação de sua eleição pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, permanecendo em seus cargos,findo o prazo de mandato até que sejam empossados os novos Diretores eleitos. Art. 15: Em suas ausências e impedimentos, oDiretor Presidente será substituído em suas atribuições por qualquer dos Diretores Vice-Presidentes, ou na falta destes, pelos demaisDiretores, conforme deliberação em Reunião de Diretoria acima, e os demais Diretores, em suas ausências ou impedimentos, serãosubstituídos em suas atribuições por quem o Diretor Presidente designar.Art. 16:Ao Diretor Presidente compete:a) Dirigir os negóciosda Sociedade, exercendo todos os poderes conferidos no Estatuto, b) Representar a Sociedade, ativa e passivamente em Juízo oufora dele; c) Convocar as Assembléias Gerais de acionistas e presidi-las; d) Convocar e presidir as reuniões de Diretoria; e) Indicar ossubstitutos dos Diretores, nos casos de ausências ou impedimento temporário. Art. 17: A Diretoria tem as atribuições e os poderesque a Lei e o presente Estatuto lhe conferem para, através de qualquer de seus membros, assegurar o pleno e regular funcionamentoda Sociedade e a realização de seu objeto social.Art. 18: Todos os Diretores distribuirão entre si as atribuições sociais que exercerãopara garantir o funcionamento regular da Sociedade e representarão, dindividualmente, a Sociedade ativa ou passivamente, inclusivepara receber a citação judicial, prestar depoimento pessoal em juízo ou fora dele, e ainda, perante os órgãos fiscalizadores de suasatividades, ressalvando-se a forma de representação da Sociedade nas atividades e atos mencionados nos parágrafos seguintes ena Cláusula 19 deste Estatuto: § 1º: Para a abertura, movimentação e encerramentos de contas bancárias, assinaturas, saques,descontos de cheques ou quaisquer outros títulos de crédito, a Sociedade será representada por dois Diretores, em conjunto, ou porqualquer um dos Diretores, em conjunto com um procurador. § 2º: O endosso de cheques exclusivamente para depósitos em contascorrentes da Sociedade poderá ser feito por um só Diretor ou por um procurador devidamente habilitado. § 3º: Para hipotecar, empe-nhorar, adquirir, vender, locar ou por qualquer outra forma em que venham ser alienados ou onerados os bens sociais em geral dequalquer natureza, sobretudo imóveis, bem como ainda para contrair empréstimos ou obrigações de natureza financeira, financiamen-tos, emitir, endossar, avalizar títulos de crédito, desde que estas operações não impliquem em atos de mero favor ou liberdade nemtampouco violem a proibição do Art. 73, do decreto-lei 73/66, à Sociedade será sempre representada em conjunto pelo Diretor Presi-dente e mais um Diretor, ou ainda pelo Diretor Presidente em conjunto com um procurador. Art. 19: Observados os limites de suasatribuições e poderes, ao Diretor Presidente, em conjunto com outro Diretor, é lícito constituir mandatários da Sociedade, devendo serespecificados nos respectivos instrumentos os atos, poderes ou operações que poderão ser praticados pelo outorgado e a duraçãodo mandato, com exceção do judicial que poderá ser por prazo indeterminado. Entretanto, qualquer Diretor, individualmente, poderáconstituir mandatário da Sociedade, com poderes específicos para representação da Sociedade perante entidades públicas para arealização de todo e qualquer ato relacionado à participação da Sociedade em procedimentos licitatórios, de qualquer modalidade.Art. 20: As reuniões de Diretoria realizar-se-ão com a presença da maioria de seus Membros, cujas decisões e resoluções tomadaspor maioria de votos serão lavradas em livro próprio cabendo ao Diretor Presidente, em caso de empate, o voto de qualidade.CapítuloV - do Conselho Fiscal - Art. 21: O Conselho Fiscal será de funcionamento não permanente, sendo sua instalação deliberada pelaAssembléia Geral, a pedido de acionistas que representem, no mínimo, 10% (dez por cento) das ações com direito a voto, e cadaperíodo de seu funcionamento coincidirá com término da Assembléia Geral Ordinária que o elegeu. § 1º: O Conselho Fiscal serácomposto de 03 (três) membros e suplentes em igual número, acionistas ou não, que preencham os requisitos legais, eleitos pelaAssembléia Geral, devendo exercer o respectivo mandato até realização da AGO que os elegeu, podendo ser reeleitos. § 2º: OConselho Fiscal, quando em funcionamento, terá as atribuições conferidas em Lei. § 3º: A remuneração dos Membros do ConselhoFiscal, quando em funcionamento, será fixada pela Assembléia Geral que os eleger. Capítulo VI - Do Exercício Social - Demons-trações Financeiras Destinação dos Lucros - Art. 22: O Exercício Social encerrar-se-á em 31 de dezembro de cada ano, quandose procederá ao levantamento das demonstrações financeiras do exercício as quais serão submetidas à AGO, juntamente com aproposta da destinação do Lucro Líquido apurado no exercício. § Único: A Sociedade levantará Balanços Semestrais e poderá pro-ceder à distribuição de dividendos intermediários, observando os limites legais. Art. 23: Do resultado do exercício serão deduzidos,antes de qualquer participação ou constituição de reservas, os prejuízos acumulados, se houver, e a provisão para o imposto sobre arenda.§ 1º:Juntamente com as demonstrações financeira do exercício, a Diretoria apresentará à Assembléia Geral Ordinária propostasobre a destinação a ser dada ao lucro líquido do exercício.§ 2º: Do lucro líquido do exercício, 0,5% (cinco por cento) serão aplicados,antes de qualquer outra destinação na constituição de reserva legal, que não excederá a 20% (vinte por cento) do Capital Social. §3º: Do saldo remanescente, se houver, antes de qualquer destinação, será distribuído o dividendo de que trata o Art. seguinte.Art. 24:Os acionistas tem direito, a receber dividendos, em cada exercício social, no valor de 25% (vinte e cinco por cento) calculado sobre oresultado do exercício. § 1º: O saldo que remanescer, após o atendimento do disposto neste Art. e no Art. anterior, terá a destinaçãoque for deliberada pela Assembléia Geral por proposta da Diretoria, inclusive atribuir uma participação aos Diretores no lucro da Cia.,a qual, entretando, não poderá ser superior a 10% (dez por cento) do lucro líquido da Sociedade, nem ultrapassar a remuneraçãoanual dos referidos membros, prevalecendo o limite que for menor. § 2º: A Diretoria fica autorizada em reunião própria, a declarar, pordeliberação da maioria, dividendos intermediários à conta de Lucros Acumulados ou de Reserva de Lucros existentes no último balançogeral anual, de acordo com o disposto no § único do Art. 22 deste Estatuto Social. Art. 25: O dividendo deverá ser pago, salvo delibe-ração em contrário da Assembléia Geral, no prazo de 60 (sessenta) dias da data em que for declarado. Capítulo VII - Dissolução eLiquidação - Disposições Transitórias - Art. 26: A Sociedade se dissolverá e entrará em liquidação nos casos e formas previstasem Lei. Mesa: Pedro Pereira de Freitas - Pres. e Paulo de Oliveira Medeiros - Secr.. Acionistas: Pedro Pereira de Freitas, Francisco deAssis Fernandes e Paulo de Oliveira Medeiros. Jucesp nº 324.737/11-7, em 10/08/2011. Kátia R. B. de Godoy - Secr. Geral.

Balanços Patrimoniais em 30 de junho de 2011 e 2010 - (Em milhares de reais) Demonstrações de resultados - Semestresfindos em 30 de junho de 2011 e 2010 - (Em milhares de reais)

2011 2010Receitas da intermediação financeira 1.652 5.074

Resultado de operações c/ títulos e valores mobiliários 1.652 5.074Outras receitas (despesas) operacionais (811) (1.701)

Receitas de prestação de serviços 133 2.125Despesas de pessoal (366) (1.646)Outras despesas administrativas (475) (1.722)Despesas tributárias (117) (460)Outras receitas operacionais 72 18Outras despesas operacionais (58) (16)

Resultado antes da tributação sobre olucro e participações 841 3.373Imposto de renda e contribuição social (122) (858)Lucro líquido do semestre 719 2.515Lucro líquido por ação R$0,18 R$0,45

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido - (Em milhares de reais)Ajustes de

Capital Reservas Reservas Avaliação Lucros Ações emRealizado de Capital de Lucro Patrimonial Acumulados Tesouraria Total

Saldos em 1º de janeiro de 2011 22.070 – 455 1.278 – – 23.803Outros eventos:Ajuste ao valor de mercado TVM e Derivativos – – – (1.024) – – (1.024)Lucro líquido do semestre – – – – 719 – 719Destinações:Reservas – – 36 – (36) – –Saldos em 30 de junho de 2011 22.070 – 491 254 683 – 23.498Mutações no período – – 36 (1.024) 683 – (305)Saldos em 1º de janeiro de 2010 25.142 1.017 4.434 1.945 39.954 (1.146) 71.346Dividendos-Lucros Acumulados-ex.2007 – – – – (39.954) – (39.954)Outros eventos:Ajuste ao valor de mercado TVM e Derivativos – – – (1.619) – – (1.619)Atualização de títulos patrimoniais – 3 – – – – 3Lucro líquido do semestre – – – – 2.515 – 2.515Destinações:Reservas – – 125 – (125) – -Saldos em 30 de junho de 2010 25.142 1.020 4.559 326 2.390 (1.146) 32.291Mutações no período – 3 125 (1.619) (37.564) – (39.055)

Demonstração dos fluxos de caixa - Semestresfindos em 30 de junho de 2011 e 2010 - (Em milhares de reais)

Fluxos de caixa das atividades operacionais 2011 2010Lucro líquido ajustado (121) 1.801Lucro líquido antes do IRPJ e CSLL 841 3.373Ajustes:

Depreciação e amortização 62 47Titulos disponíveis para venda (1.024) (1.619)

(Aumento) Diminuição nos subgrupos doativos operacionais 15.420 1.095

Títulos e valores mobiliários 15.559 (4.331)Outros valores e bens 12 22Outros créditos (151) 5.404Aumento (Diminuição) nos subgrupos do

passivos operacionais (18.811) 27.600Instrumentos Financeiros Derivativos – (97)Outras obrigações (18.689) 28.555IRPJ e CSLL pagos (122) (858)Caixa líq. proveniente das atividades operacionais (3.512) 30.496Compra de ativo imobilizado (2) (5)Lucros pagos (a pagar) – (39.954)Baixas investimentos 7.399 –Caixa Líq. usado nas atividades de investimento 7.397 (39.959)(Redução) Aumento em equivalentes de caixa 3.885 (9.463)Equivalentes de caixaNo início do período 3.126 52.223No final do período 7.011 42.760(Redução) Aumento em equivalentes de caixa 3.885 (9.463)

Ativo 2011 2010Circulante 27.616 79.964

Disponibilidades 1.988 9.320Aplicações interfinanceiras de liquidez 5.023 33.440

Aplicações no mercado aberto 5.023 33.440Títulos e valores mobiliários e instrumentos

financeiros derivativos 10.785 25.757Carteira própria 10.785 996Vinculados à prestação de garantias – 24.761

Outros créditos 9.820 11.412Rendas a receber – 38Negociação e intermediação de valores 100 2.959Diversos 9.720 8.415Despesas antecipadas – 35

Permanente 3.662 12.572Investimentos 3.056 11.863Imobilizado 606 675

Imóveis de uso 780 780Outras imobilizações de uso 475 484(-) Depreciações acumuladas (649) (589)

Diferido – 34Gastos de organização e expansão – 76(-) Amortizações acumuladas – (42)

Total 31.278 92.536

Passivo e patrimônio líquido 2011 2010Circulante 7.780 60.245

Outras obrigações 7.780 60.245Sociais e Estatutárias – 39.954

Fiscais e previdenciárias 38 619

Negociação e intermediação de valores – 11.500

Diversas 7.742 8.172

Patrimônio Líquido 23.498 32.291Capital

Ações ordinárias–país 22.070 25.142

Reservas de capital – 1.020

Reservas de lucros 491 4.559

Ajustes de avaliação patrimonial 254 326

Lucros acumulados 683 2.390

(-) Ações em tesouraria – (1.146)

Total 31.278 92.536

Relatório dos Auditores IndependentesAos Administradores e acionistas Isoldi S.A. Corretora de Valores Mobiliários- São Paulo-SP - Examinamos as demonstrações contábeis individuais da IsoldiS.A. Corretora de Valores Mobiliários, que compreendem o balanço patrimonial em30 de junho de 2011 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutaçõesdo patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o semestre findo naquela data,assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicati-vas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeis- A administração da Instituição é responsável pela elaboração e adequada apre-sentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeisadotadas no Brasil aplicáveis às Instituições autorizadas a funcionar pelo BancoCentral do Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessáriospara permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção rele-vante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dosauditores independentes - Nossa responsabilidade é a de expressar uma opiniãosobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzidade acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas

BDO RCS Auditores IndependentesCRC 2SP 013846/O-1

requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoriaseja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de queas demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoriaenvolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidênciaa respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis.Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo aavaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, inde-pendentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o audi-tor considera os controles internos relevantes para a elaboração e a adequadaapresentação das demonstrações contábeis da Instituição para planejar os pro-cedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não paraexpressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da Instituição. Umaauditoria inclui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadase a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem comoa avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fun-damentar nossa opinião. Opinião - Em nossa opinião, as demonstrações contábeis

referidas acima apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, aposição patrimonial e financeira da Isoldi S.A. Corretora de Valores Mobiliários em30 de junho de 2011, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixapara o semestre findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadasno Brasil, aplicáveis às Instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central doBrasil. Ênfase - Conforme descrito na nota explicativa 1, em Assembleia GeralExtraordinária de 23 de junho de 2010, os acionistas deliberaram pela transferênciapara outra Instituição Financeira, de todos os clientes cadastrados na Corretora.Em consequência de deliberação em Assembleia Geral Extraordinária de 5 de abrilde 2011, a Corretora protocolizou, no Banco Central do Brasil, pedido de cance-lamento da autorização para funcionamento como instituição financeira integrantedo sistema financeiro nacional (SFN), homologado por aquele Banco Central em09 de agosto de 2011.

11 de Agosto de 2011Alfredo Ferreira Marques Filho

ContadorCRC 1SP154 954/O-3

ISOLDI S.A. CORRETORA DE VALORES MOBILIÁRIOSRua São Bento, 365 – 12º andar – São Paulo-SP – Carta Patente: A-67/3388 – CNPJ nº 62.051.263/0001-87

Av. Osmar Cunha, 183 – Bloco A – 10º andar – salas 1001/4 – Florianópolis-SC – Carta Patente: A-75/18 – CNPJ/MF nº 62.051.263/0002-68Relatório da Administração

Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. os balanços patrimoniais, as demonstrações de resultados, as mutações do patrimônio líquido e os fluxos decaixa, referentes aos semestres encerrados em 30 de junho de 2011 e 2010, bem como, parecer dos auditores independentes. A diretoria está à disposição dos Senhores Acionistas para quaisquer informações que julgaremnecessárias. São Paulo, 12 de agosto de 2011. A Administração

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis em 30 de junho de 2011 e 2010 - (Em milhares de reais)1. Contexto operacional - A Sociedade tem por objeto social operar em Bolsa deValores, de Mercadorias e de Futuros, negociar e distribuir títulos e valores mobi-liários, por conta própria ou de terceiros, e exercer a intermediação em operaçõesde câmbio e demais atividades permitidas e regulamentadas pelo Banco Central doBrasil - BACEN. Em AGE de 23 de junho de 2010, a totalidade dos acionistas delibe-raram a transferência para o Escritório Lerosa S.A, de todos os clientes cadastradosna Corretora. O contrato foi firmado em 12 de julho de 2010. A Isoldi, em 13 de abril de2011 protocolizou, no Banco Central do Brasil, pedido de cancelamento da autoriza-ção para funcionamento como instituição financeira integrante do sistema financeironacional (SFN), acatando deliberação da AGE de 5 de abril de 2011. O processo foihomologado pelo Banco Central do Brasil em 09/08/2011. 2. Apresentação dasdemonstrações contábeis - As práticas contábeis adotadas para a contabilizaçãodas operações e para a elaboração das demonstrações contábeis emanam da Leidas Sociedades por Ações, considerando as alterações traduzidas pelas Leis nº11.638/07 e nº 11.941/09, associadas às normas e instruções do Banco Centraldo Brasil (BACEN), consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sis-tema Financeiro Nacional (COSIF). Na elaboração das demonstrações contábeis,é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outrastransações. As demonstrações contábeis incluem, portanto, estimativas referentesà seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para passivoscontingentes, determinações de provisões para imposto de renda e outras simila-res. Os resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas.3.Principais práticas contábeis - 3.1 Apuração do resultado - As receitas edespesas foram apropriadas pelo regime de competência. 3.2 Aplicações interfi-nanceiras de liquidez e títulos e valores mobiliários - Demonstrados ao custo,acrescidos dos rendimentos auferidos e ajustados ao valor de mercado, quandoeste for menor, mediante constituição de provisão para desvalorização. 3.3 Ativose passivos circulantes - Demonstrados pelos valores de custo incluindo, quandoaplicável, os rendimentos, encargos e as variações monetárias e cambiais incor-ridas, deduzidos das correspondentes rendas, despesas a apropriar e, quandoaplicável, provisões para perdas. 3.4 Negociação e intermediação de valores- Demonstrada pelo saldo das operações de compra ou venda de títulos, realizadosjunto a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros , por conta própria e de clientes,pendentes de liquidação dentro dos prazos regulamentares. 3.5 Imobilizado -Demonstrado ao custo, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995,combinado com os seguintes aspectos: • A depreciação do imobilizado é calculadapelo método linear, com base em taxas que contemplam a vida útil-econômica dosbens: instalações, móveis e equipamentos, 10% a.a.; veículos e equipamentos deprocessamento de dados, 20% a.a.; edificações, 4% e demais itens, 10% a.a.. 3.6Impostos e contribuições - As provisões para Imposto de Renda, ContribuiçãoSocial, PIS e COFINS foram calculadas às alíquotas de 15% mais adicional, 15% ,0,65% e 4%, respectivamente, considerando para efeito das respectivas bases decálculo, a legislação pertinente a cada encargo. 3.7 Contingências - Os passivoscontingentes são reconhecidos quando, baseado na opinião de assessores jurídi-cos, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administra-tiva, gerando uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações equando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Osativos contingentes são reconhecidos quando a administração possui total controleda situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre asquais não cabem mais recursos.4. Disponibilidades 2011 2010Caixa 3 2Depósito bancário à vista 198 5.757Aplicações em ouro 1.787 3.561

1.988 9.3205. Aplicações interfinanceiras de liquidez 2011 2010Revendas a Liquidar:Letras Financeiras do Tesouro – LFT 5.023 33.440

5.023 33.4405.1 Caixa e equivalentes de caixa - Caixa e equivalentes de caixa incluemdinheiro em caixa, depósitos bancários, investimento de curto prazo de alta liqui-dez e com risco insignificante de mudança de valor. Para demonstração de fluxo decaixa, foram considerados como caixa e equivalente de caixa os saldos de dispo-nibilidades e aplicações interfinanceiras de liquidez com conversibilidade imediata.Caixa e Equivalente de Caixa 2011 2010Disponibilidades 1.988 9.320Aplicações Interfinanceiras de Liquidez- Aplicações no Mercado Aberto 5.023 33.440

7.011 42.7606. Títulos e valores mobiliários - 6.1 Critérios de registro e avaliação contábil- Os títulos e valores mobiliários devem ser classificados, conforme determinam asCirculares 3.068, de 8 de novembro de 2001 e 3.082 de 30 de janeiro de 2002 e

regulamentações posteriores, nas seguintes categorias: títulos para negociação;títulos disponíveis para venda e títulos mantidos até o vencimento. Os títulos paranegociação e disponíveis para venda serão mensalmente ajustados pelos seusvalores de mercado, procedendo ao registro da valorização ou desvalorizaçãoem contas adequadas de resultado do período e de patrimônio líquido pelo valorlíquido dos efeitos tributários, respectivamente. Os títulos mantidos até o venci-mento serão avaliados pelo seu valor de aquisição acrescido dos rendimentosauferidos, os quais serão registrados no resultado do período. 6.2 Composição detítulos e instrumentos financeiros derivativosCarteira própria: 2011 2010Títulos de Renda Fixa 3.413 42Títulos de renda variável 7.372 954Vinculados à prestação de garantias - 24.761

10.785 25.7576.3 Classificação de títulos e valores mobiliários por categoria em 30 dejunho de 2011Títulos disponíveis para venda: Valor deDescrição Custo mercadoAções 7.118 7.372Títulos de Renda Fixa 3.413 3.413

10.531 10.785Títulos mantidos até o vencimento:Descrição Vencimento CustoLetras Financeiras do Tesouro set/2013 1.362Certificados de depósito bancário Mar e mai/2014 2.051Os títulos e valores mobiliários foram classificados na categoria disponíveis paravenda e ajustados pelos seus valores de mercado na data do balanço. O ajustepositivo no montante de R$ 254, obtido entre os valores de custo (R$ 7.118 e demercado R$ 7.372) foi registrado em conta específica de “Ajuste de Títulos e Valo-res Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos” no Patrimônio Líquido pelovalor líquido dos efeitos tributários. O valor de custo refere-se ao valor dos títulosefetivamente desembolsados, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data dobalanço, e o valor de mercado, e desses títulos foi obtido por meio de cotaçõesjunto ao mercado, validadas pela comparação com informações fornecidas pelaBM&F Bovespa S/A. Os títulos e valores mobiliários foram classificados na catego-ria, mantidos até o vencimento em razão da Administração possuir a intenção e acapacidade financeira para isso, com base em projeções de seu fluxo de caixa, nãoprevendo assim, a possibilidade de resgate antecipado dos títulos.7. Outros créditos/obrigações Créditos Obrigações

2011 2010 2011 2010Rendas a receber - 38 – -Negociação intermediação de valores 100 2.959 - 11.500Diversos 9.720 8.415 8.742 8.172Sociais e estatutárias - - - 39.954Fiscais e previdenciários - - 38 619

9.820 11.412 7.780 60.2457.1 Negociação e intermediação de valores - Basicamente, correspondem avalores oriundos de operações com ações realizadas em Bolsas de Valores nosúltimos dias dos semestres e liquidados nos primeiros dias dos meses seguintes:

Créditos Obrigações2011 2010 2011 2010

Fundo de Garantia p/ Liquid. de Operações 100 1.860 - -Caixas de Registro e Liquidação - 58 - 1.729Devedores/Credores c/liquid. pendentes - 1.032 - 9.771Operações com ativos financeiros

e mercadorias a liquidar - 9 - -100 2.959 - 11.500

7.2 Outros créditos - diversos 2011 2010Devedores por depósito em garantia 7.683 7.603Impostos e contribuições a compensar 2.009 792Adiantamentos salariais 11 20Créditos a receber 17 -

9.720 8.4157.3 Outras obrigações - diversas 2011 2010Bolsa de Mercadorias do Rio Grande

do Sul-BMRS em liquidação - 197Despesas com pessoal 42 283Provisões para contingências 7.683 7.603Outras Despesas Administrativas 17 83Credores Diversos – País - 6

7.742 8.172

DiretoriaGeraldo Isoldi de Mello Castanho - Diretor Presidente

Clóvis Joly de Lima Júnior - Diretor GerentePaulo Marcos de Moura - Contador - CRC 1SP 074675/O-1 - CPF 103.738.108-49

8. Investimentos 2011 2010Ações da BM&F Bovespa S.A. 2.810 11.439Ações da CETIP 207 207Títulos da Bolsa de Mercadoria do Rio Grande

do Sul - em liquidação - 178Títulos da Bolsa Brasileira de Mercadorias 39 39

3.056 11.8639. Patrimônio líquido - 9.1 Capital social - O capital social, em 30 de junho de2011, está representado por 3.887.628 ações ordinárias, todas sem valor nominal.9.2 Dividendos - Conforme previsto no estatuto social, aos acionistas é assegu-rado dividendos mínimo obrigatório à razão de 25% do lucro líquido do exercícioapós a constituição das reservas previstas em Lei. Na AGE de 23 de junho de 2010,foi deliberado que o saldo da conta “Lucros Acumulados” do exercício de 2007 novalor de R$ 39.954 será creditado ou pago aos acionistas em data a ser definidapela Diretoria, como dividendos. 9.3 Ações em tesouraria - A Diretoria deliberouautorizar a aquisição de ações da própria instituição, mantendo-as em tesouraria,sem redução do capital social; conforme Atas da Diretoria nºs.: 119, 121 e 124de janeiro, abril e setembro de 2005. Foram adquiridas 409.000 ações ordinárias,pelo valor total de R$ 1.146. 10. Outras despesas administrativas - Esta contaé formada basicamente por: Despesas de serviços sistema financeiro R$ 24 (R$752 em 2010), Despesas de comunicações R$ 37 (R$ 244 em 2010), Serviços deterceiros especializados R$ 116 (R$ 169 em 2010), Processamento de dados R$23 (R$ 199 em 2010), Manutenção e conservação de bens R$ 20 (R$ 30 em 2010),Amortizações/depreciações R$ 61 (R$ 47 em 2010), Promoções relações públicas/Propaganda publicidade R$ 20 (R$ 20 em 2010), Aluguéis/água/energia R$ 34 (R$41 em 2010) e Outras despesas administrativas R$ 140 (R$ 220 em 2010). 11.Partes relacionadas - 11.1 Pessoal-chave da administração - Não ocorreramoperações com partes relacionadas. 11.2 Remuneração da administração - Aremuneração paga aos Administradores da Corretora, como honorários, foi R$ 180(R$ 254 em 2010). 12. Responsabilidades - As responsabilidades mais relevan-tes, registradas em contas de compensação, são as seguintes:

2011 2010Depositantes de valores em custódia - 1.808.365Negociação e intermediação de valores:Ações, ativos financeiros e mercadorias e contratados - 916.189Clientes-margens depositadas - 42.335Contratos:13. Contingências - A Corretora está discutindo judicialmente aspectos relaciona-dos à incidência de Imposto de Renda sobre o Lucro Líquido – ILL e ContribuiçãoSocial sobre o Lucro Líquido e a provisão para contingência foi constituída para oprocesso cuja probabilidade de perda foi avaliada como provável, no montante deR$ 76, devidamente suportado por depósito judicial, como também, a Corretora,através de seus assessores jurídicos, está questionando judicialmente a exigênciatributária entendida pela Receita Federal do Brasil, manifestada através da soluçãoda consulta nº 10/07 de 26 de outubro de 2007, pela tributação da atualizaçãodos títulos patrimoniais da Bovespa e BM&F, desde sua aquisição até a conversãoem ações no processo de desmutualização daquelas Bolsas, ocorrido no segundosemestre de 2007. Porém, foi reconhecido o passivo contingente, registrando ovalor calculado na rubrica contábil “outras obrigações”. O valor calculado monta R$7.607 e, de acordo com os assessores jurídicos esse passivo contingente foi con-siderado como de possível êxito, todavia, por conservadorismo, a Administraçãodecidiu pelo provisionamento do valor. 14. Imposto de Renda (IRPJ) e Contribui-ção Social (CSLL) - Cálculos dos encargos com imposto de renda e a contribuiçãosocial incidentes sobre as operações dos períodos:

2011 2010Imposto Contrib. Imposto Contrib.

de Renda Social de Renda SocialResultado antes da tributação 841 841 3.374 3.374Adições (exclusões) (506) (506) (1.198) (1.198)Valor base para tributação 335 335 2.176 2.176Alíquotas vigentes

(IRPJ 15% e CSLL 15% 50 50 326 326Adicional IRPJ 10% 21 - 206 -Total 71 50 532 32615. Risco operacional - Os riscos inerentes à atividade são analisados e administra-dos diretamente pela Diretoria acompanhando o controle dos fatores de exposição ariscos de mercado, crédito e institucionais.

Nilux Industrial e Comercial Ltda.-ME torna público que requereu na Cetesb de formaconcomitante a Licença Prévia e Licença de Instalação para atividade de indústria ecomércio de cosméticos, sita à Rua Vasco Massafeli, 1.091, Jd. Maria Tereza, Cotia/SP.

Itacaré Holdings S.A.CNPJ no 09.227.001/0001-48 - NIRE 35.300.349.423

Ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 6.7.2011Data, Hora, Local: Aos 6 dias do mês de julho de 2011, às 16h, na sede social, Cidade de Deus,Prédio Prata, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900. Presença: Compareceu,identificou-se e assinou o Livro de Presença o representante da Scopus Tecnologia Ltda., únicaacionista da Sociedade. Constituição da Mesa: Presidente: Candido Leonelli; Secretário:Ariovaldo Pereira. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, deconformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/76. Ordem doDia: I) examinar proposta da Diretoria para reformular o Estatuto Social, destacando: a) a mudançada denominação social de Itacaré Holdings S.A. para Scopus Industrial S.A.; b) a alteração doendereço da sede; c) a alteração do objeto social; d) a modificação da composição e estruturaAdministrativa; e) a alteração da forma de como a Sociedade se obriga; II) deliberar sobrealterações administrativas na Sociedade. Deliberações: as matérias constantes da ordem do diaforam colocadas em discussão e votação, tendo sido tomadas as seguintes deliberações: I)aprovada, sem qualquer alteração ou ressalva, a proposta da Diretoria, registrada na Reuniãodaquele Órgão, de 4.7.2011, a seguir transcrita: “Vimos propor reformular o Estatuto Social daSociedade, destacando: a) a mudança da denominação social da Sociedade de Itacaré HoldingsS.A. para Scopus Industrial S.A.; b) a mudança do endereço da sede da Sociedade, de Cidade deDeus, Prédio Prata, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900 para a Avenida Mutinga,4.105, 1o andar, parte, Prédio Novo, Pirituba, São Paulo, SP, CEP 05110-000; c) a alteração doobjeto social da Sociedade para: a) fabricação e comercialização de equipamentos paraautomação bancária e varejo; e b) participação em outras sociedades como cotista ou acionista; d)a modificação da composição e estrutura administrativa da Sociedade; e) a alteração da forma decomo a Sociedade se obriga. Se aprovada esta proposta, as redações dos Artigos 1o, 3o, 5o, 7o edo Parágrafo Segundo do Artigo 8o passam a vigorar com as seguintes redações: “Art. 1o) AScopus Industrial S.A., doravante chamada Sociedade, rege-se pelo presente Estatuto. Art. 3o) ASociedade tem sede na Avenida Mutinga, 4.105, 1o andar, parte, Prédio Novo, Pirituba, Município eComarca de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 05110-000. Art. 5o) A Sociedade tem porobjetivo: a) fabricação e comercialização de equipamentos para automação bancária e varejo; e b)participação em outras sociedades como cotista ou acionista. Art. 7o) A Sociedade seráadministrada por uma Diretoria, eleita pela Assembleia Geral, com mandato de 1 (um) ano,composta de 2 (dois) a 3 (três) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente e de 1 (um) a 2 (dois)Diretores. Art. 8o) - Parágrafo Segundo - Ressalvadas as exceções previstas expressamente nesteEstatuto, a Sociedade só se obriga mediante assinaturas, em conjunto, de no mínimo 2 (dois)Diretores, devendo 1 (um) deles estar no exercício do cargo de Diretor-Presidente.”; II) registrar,em face da aprovação da modificação na composição e estrutura administrativa da Sociedade,que: a) os senhores Luiz Carlos Trabuco Cappi - Diretor-Presidente; Laércio Albino Cezar, Julio deSiqueira Carvalho de Araujo, Norberto Pinto Barbedo e Domingos Figueiredo de Abreu - Diretorescolocaram, a partir desta data, os seus cargos à disposição do controlador, o qual aceitou,consignando-se, nesta oportunidade, agradecimentos pelos serviços prestados durante suasgestões; b) para composição da Diretoria da Sociedade, foram eleitos, com mandato até aAssembleia Geral Ordinária de 2012, os senhores: Diretor-Presidente - Candido Leonelli,brasileiro, casado, bancário, RG 3.734.764/SSP-SP, CPF 375.739.268/04, com domicílio naCidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900; Diretores - José Afonso Filho,brasileiro, solteiro, físico, RG 3.243.098/SSP-SP, CPF 393.555.438/91; e Marcelo Frontini,brasileiro, casado, engenheiro, RG 14.010.636-4/SSP-SP, CPF 126.724.118/75, ambos comdomicílio na Avenida Mutinga, 4.105, 1o andar, parte, Prédio Novo, Pirituba, São Paulo, SP, CEP05110-000. Os Diretores eleitos neste ato permanecerão em suas funções até que a Ata daAssembleia Geral Ordinária que eleger a Diretoria em 2012 seja arquivada na Junta Comercial doEstado de São Paulo e publicada. Em seguida, os Diretores eleitos, presentes à Assembleia: 1)declararam sob as penas da lei, não estarem impedidos de exercer a administração de sociedadepor lei especial, ou condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargospúblicos; por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contraa economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa daconcorrência, contra as relações de consumo, a fé pública, ou a propriedade; 2) assinaram apresente Ata, que vale como termo de posse, declarando que abrem mão do direito ao recebimentode qualquer valor a título de remuneração enquanto permanecerem no exercício dos respectivoscargos na Sociedade. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente encerrouos trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achada conforme, foi aprovada por todos ospresentes que a subscrevem. aa) Presidente: Candido Leonelli; Secretário: Ariovaldo Pereira;Acionista: Scopus Tecnologia Ltda., por seu Diretor-Presidente, senhor Candido Leonelli; Diretoreseleitos: Candido Leonelli - Diretor-Presidente; José Afonso Filho e Marcelo Frontini - Diretores.Declaração: Declaro para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprioe que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. a) Ariovaldo Pereira -Secretário. Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certificoo registro sob número 323.750/11-4, em 9.8.2011. a) Kátia Regina Bueno de Godoy - SecretáriaGeral.

Prefeitura do Município da Estância Hidromineral de Águas de São PedroTomada de Preços 15/2011

A Prefeitura do Município da Estância Hidromineral de Águas de São Pedro, com sede à PraçaPrefeito Geraldo Azevedo, 115, Centro, Águas de São Pedro/SP, torna público, para conhecimento deinteressados, que se acha aberta a Tomada de Preços 15/2011, que objetiva a contratação de empresapara prestação de serviços de exames laboratoriais. O edital poderá ser retirado diretamente noendereço supracitado, das 12:00 às 16:30 horas, de segunda a sexta-feira, mediante o recolhimento dataxa de R$ 50,00 (cinquenta reais). Será exigido cadastramento prévio. Não serão enviados editais pelocorreio ou por e-mail. Os envelopes com a documentação e a proposta deverão ser protocolados até às9:30 horas do dia 06/09/2011 sendo que a abertura dos mesmos será neste mesmo dia às 10:00 horas.

Águas de São Pedro/SP, 16/08/2011. Paulo César Borges – Prefeito Municipal.

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAQUARASECRETARIA MUNICIPAL DE SAUDE - AVISO DE LICITAÇÃO

Acha-se aberto, na Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Município de Araraquara, Av. Espanha, nº 188 - 6ºandar - Centro - Araraquara - CEP: 14.80l-130 - Fone/Fax nº 3301 1704, o Edital de PREGÃO ELETRÔNICO nº 056/2011,que visa o “Registro de Preço para Materiais de Enfermagem”. A informação dos dados para acesso deve ser obtida no sitewww.licitacoes-e.com.br ou por e-mail: [email protected]. ABERTURA DAS PROPOSTAS: às 08:30 h dodia 30 de Agosto de 2011. INÍCIO DA SESSÃO DE DISPUTA DE PREÇOS: às 09:30 h do dia 30 de Agosto de 2011.

Araraquara, 15 de Agosto de 2011. Maria Regina G. B. Ferreira - Secretária de Saúde

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAQUARASECRETARIA MUNICIPAL DE SAUDE - AVISO DE LICITAÇÃO

Acha-se aberto, na Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Município de Araraquara, Av. Espanha, nº 188 - 6ºandar - Centro - Araraquara - CEP: 14.80l-130 - Fone/Fax nº 3301 1704, o Edital de PREGÃO ELETRÔNICO nº 057/2011,que visa o “Registro de preços para Aquisição de oxigênio medicinal gasoso com acessórios (em cilindros de 1 a 10 m³,com manômetro e fluxômetro) para tratamento médico de clientes e pacientes em situações de urgência e emergência,atendidas pelas unidades de saúde do Município”. A informação dos dados para acesso deve ser obtida no sitewww.licitacoes-e.com.br ou por e-mail: [email protected]. ABERTURA DAS PROPOSTAS: às 08:30 h dodia 30 de Agosto de 2011. INÍCIO DA SESSÃO DE DISPUTA DE PREÇOS: às 09:30 h do dia 30 de Agosto de 2011

Araraquara, 15 de Agosto de 2011. Maria Regina G. B. Ferreira - Secretária de Saúde

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,

foram ajuizados no dia 16 de agosto de 2011, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Reqte: Fácil Serviços Comerciais Ltda. EPP. Reqdo: Star Representaçãoe Comércio de Artefatos Plásticos Ltda. Praça Dom Luis deMascarenhas, 40 B – Jardim da Pedreira - 1ª V. de Falências.Reqte: Interest Factoring Fomento Comercial Ltda. Reqdo: AtosImpermeabilização e Pintura Predial Ltda. Av. Nossa Senhora doSabará, 2.790 - Sala 123 – Vila Emir - 2ª V. de Falências.Reqte: União Brasil Serviços e Eventos Ltda. Reqdo: CC Instrumentosde Medição Ltda. R. Bernardino D’Auria, 308 – Jardim Leonor Mendesde Barros - 1ª V. de Falências.

economia

TelefônicaspoderãooperarTV paga

Projeto de lei aprovado ontem pelo Senadodetermina ainda cotas de programação nacional

Foi aprovado na noitede ontem pelo plená-rio do Senado o proje-to de lei complemen-

tar elaborado na Câmara dosDeputados que regulamenta osetor de TVs por assinatura. Otexto abre a possibidade da en-trada das operadoras de tele-fonia nesse mercado.

O PLC 116/2010 também es-tabelece cotas de programaçãonacional no horário nobre, e dápoder à Agência Nacional doCinema (Ancine) para regulare fiscalizar o exercício da pro-dução, programação e empa-cotamento de conteúdos.

Além disso, o projeto – queagora seguirá para sanção pre-sidencial – restringe a cida-dãos brasileiros, ou que te-nham sido naturalizados porum período superior a dezanos, a gestão e direção edito-rial das empresas desse setor.

O ministro das Comunica-ções, Paulo Bernardo, avaliouque a aprovação foi uma boanotícia não só para o governo,que apoiava abertamente aproposta, como para a indús-tria do entretenimento, umavez que muitas novas empre-sas devem passar a atuar nomercado de TV a cabo. "Vai ha-ver uma expansão dos serviçose isso vai baratear os preços",afirmou o ministro. "Além dis-so, a banda larga de qualidadevai ser muito beneficiada, por-que você tem que colocar fi-bras ópticas, permitindo velo-

cidades acima de cinco mega-bits por segundo (Mbps)."

As novas regras para o mer-cado de TV a cabo, aprovadashoje pelo Senado, devem le-var à redução dos preços paraos assinantes, na avaliação daAssociação Brasileira de Tele-comunicações (Telebrasil). Aentidade considera que me-didas como a abertura domercado às teles e o fim da li-mitação de capital estrangei-ro nessas empresas incentiva-rão a concorrência no setor.

C rí t i ca s – Os senadores daoposição criticaram o projeto,por entenderem serem incons-titucionais as alterações dotexto às atribuições da Ancine.Segundo eles, as mudanças de-veriam ser propostas pelo Exe-cutivo, e não por um projeto daCâmara dos Deputados.

O senador Demóstenes Tor-res (DEM-GO) também se ma-nifestou contra a obrigatorie-dade de cota de conteúdo na-cional. Ele lembrou que mui-tos programas produzidos noBrasil são exportados, como asnovelas, mas classificou algu-mas produções nacionais co-mo "lixo". De acordo com ele, oconsumidor paga pelo conteú-do oferecido, e assim a exigên-cia de cota nacional seria in-constitucional. "Daqui a poucovão querer colocar a Voz do Bra-sil nas TVs pagas", comentouDemóstenes, citando observa-ção feita pelo senador AloysioNunes (PSDB-SP). (Agências)

Page 20: Diário do Comércio

quarta-feira, 17 de agosto de 201120 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Uma hard landing na China atingiria com muita força a América Latina.Augusto de la Torre, chefe do Banco Mundial para a América Latinaeconomia

Países querem orçamento na leiFrança e Alemanha sugeriram a criação de um conselho econômico europeu, e propuseram a fixação de uma taxa para operações financeiras.

Opresidente francês,Nicolas Sarkozy, ea chanceler alemã,Angela Merkel ,

propuseram a instauração de"um verdadeiro governo eco-nômico" na zona do euro, cons-tituído por um conselho dechefes de Estado e de governocom reuniões duas vezes aoano. Ao apresentarem as con-clusões do encontro realizadoontem em Paris para tratar dareforma da governança da zo-na do euro, os líderes anuncia-ram seu desejo que o presiden-te do Conselho Europeu, Her-man van Rompuy, assuma apresidência dessa instância.

Sarkozy afirmou, duranteseu discurso, que nesse encon-tro, que durou duas horas, foidefendido que os países ado-tem a chamada "regra de ou-ro" – um projeto de lei que pre-vê ancorar na Constituição aobrigação de estabelecer umteto para a dívida. O presiden-te francês ressaltou tambémque os ministérios de Finan-ças dos respectivos paísesapresentarão em setembro aproposta comum de taxar astransações financeiras, umamedida que Sarkozy disse quepara ambos era "prioritária".

"Na situação atual há razõesobjetivas e depois rumores eespeculações. Temos a vonta-de de combater esse fenômenode maneira total e completa,assim como devolver o con-junto da zona do euro à sendado crescimento", disse.

Ele afirmou ainda que aspropostas levantadas na reu-nião de ontem serão levadashoje a van Rompuy, em con-sonância com a demanda des-te no Eurogrupo em 21 de ju-lho – quando pediu aos paí-ses-membros a apresentaçãode planos concretos.

Para o presidente francês, "ocrescimento é a chave de tudo"e tanto França como a Alema-nha "assumem sua responsa-bilidade nesta situação com-plexa e difícil", na qual os doisse comprometem a "caminharno mesmo ritmo" para defen-der o crescimento na região.

"Estamos conscientes que éum processo progressivo e delongo prazo", acrescentou achanceler alemã, que reiterou

a vontade de defender a moe-da comum e da "justiça" dasopções colocadas.

Tax aç ão – Os dois líderestambém anunciaram ontem adecisão de criar um impostocomum sobre sociedades emambos os países, que entraráem vigor a partir de 2013. Ementrevista concedida após areunião, ambos insistiramque, para melhorar a compe-titividade, é "indispensável"reforçar a cooperação e que,com essa medida, pretendemdar um primeiro passo.

"Conscientes de que os doispaíses devem dar exemplo, pe-dimos aos respectivos minis-tros de Finanças que preparemum imposto comum sobre associedades", disse a chanceler.Ambos também afirmaramdefender o estabelecimento deuma taxação europeia sobreoperações financeiras.

Apesar dos baixos resulta-dos econômicos nos países dazona do euro (leia texto abaixo),Sarkozy e Merkel se mostra-ram "otimistas", e estimaramque, com as medidas adota-das, estarão avançando porum bom caminho.

M e rc a d o s – A ausência dacriação do eurobônus (leia tex-to ao lado) na reunião de Sar-kozy e Merkel, somada aos re-sultados da economia euro-peia, tiveram efeito sobre osmercados. Em São Paulo, oIbovespa caiu 0,6%. Na Bolsa

de Londres, o FTSE-100 avan-çou 0,13%, em Paris, o CAC 40perdeu 0,25%, e, em Frank-furt, o DAX caiu 0,45%.

Em Nova York, o Dow Jonescaiu 0,67%, o S&P recuou0,97%, e o Nasdaq encerrou embaixa de 1,24%. (Agências)

Phili

ppe

Woj

azer

/AFP

Sarkozy e Merkel pediram pormais iniciativas conjuntas.

A ausência de um anúncio maisassertivo e os dados da zona

do euro derrubaram as bolsas.

Tanto o presidenteda França, NicolasSarkozy, quanto a

chanceler alemã, AngelaMerkel, se opuseram àcriação do eurobônuspara enfrentar a crisena zona do euro.

"Não acho que oseurobônus pudessemajudar nesta situação",indicou Merkel. Sarkozyacrescentou que essestítulos, considerados umdos pontos mais radicaispor alguns dos membros,posicionariam os paísesmelhor situados "emgrave perigo", e nãodeveriam ser mais que oresultado de "umprocesso de integração".

Ele reconheceu, noentanto que ainstabilidade atual "não éboa para o crescimento",e é necessário devolver aconfiança com a reduçãodo endividamento dosp a í s e s - m e m b ro s.

O custo dos eurobônuspara a Alemanha pode sermenor do que se pensava,afirmou ontem a ediçãoalemã do Financial Times,citando um estudo doInstituto Kieler para aEconomia Mundial.

Os eurobônus, seemitidos, reduziriam astaxas de juros pagas poralguns membros da zonado euro e "exigiriamcustos muito moderadospara a Alemanha" decerca de 10 bilhões deeuros, segundo opesquisador do institutoJens Boysen-Hogrefe.

Enquanto a Alemanhapaga juros de cerca de2,3% sobre seus títuloscom prazo de 10 anos,Itália e Espanha chegarama pagar mais de 6%. Oseurobônus teriam taxasao redor de 4,6%,segundo o FT. (Ag ê n c i a s )

Economia da zonado euro pisa no freio

Aeconomia da zona doeuro cresceu menosque o previsto no se-

gundo trimestre, pressionadapelo desempenho fraco daAlemanha e pela estagnaçãoda França, segundo dados di-vulgados ontem. O ProdutoInterno Bruto (PIB) dos 17 paí-ses do euro avançou 0,2% en-tre abril e junho sobre o tri-mestre anterior, ante previsãode 0,3% (veja quadro). No pri-meiro trimestre, a economia seexpandiu 0,8%. Comparadoao ano passado, o PIB cresceu1,7% no segundo trimestre.

A desaceleração afetou amaior parte da região, com ocrescimento da Alemanhacaindo a apenas 0,1% comajuste sazonal. É a menor taxaem mais de dois anos, ante ex-pansão de 1,3% nos três pri-meiros meses de 2011. Houve

lentidão também na França.Dados divulgados na semanapassada mostraram que a pro-dução da França ficou estag-nada no segundo trimestre.

O cenário é ruim para os al-tos devedores da região – es-pecialmente Grécia, Itália, Es-panha, Portugal e Irlanda –,onde pouco ou nenhum cres-cimento significa mais dificul-dade para cumprir as metasde redução de déficit. A Espa-nha, um dos países atacadospelo mercado por seu mon-tante de dívida, cresceu só0,2%, alimentando preocupa-ções sobre a possibilidade deum retorno à recessão. A ex-pansão foi zero em Portugal,evitando uma contração ape-nas pela alta das exportações.

Cresci mento – A diretora-gerente do Fundo MonetárioInternacional (FMI), Christine

Lagarde, disse que reduzir adívida continua prioridade,mas que os países não deve-riam descartar estímulos decurto prazo para o emprego e ocrescimento. "É preciso se vol-tar à consolidação de médioprazo e ao apoio de curto prazopara crescimento e empregos.Isso pode parecer contraditó-rio, mas os dois se reforçam",escreveu no Financial Times.

Riscos – Em matéria publi-cada ontem, o The New YorkTimes alertou para o risco deque a desaceleração alemã e acrise na zona do euro contami-nem a economia mundial."Quanto mais tempo o merca-do for afetado pela crise da dí-vida soberana, maior será o da-no à economia como um todo",avaliou o economista LloydBarton, que presta consultoriaà Ernst & Young. (Agências)

Fitch mantém nota

Aagência de classificação de risco Fitchreafirmou ontem a nota AAA,atribuída à dívida soberana dos

Estados Unidos, com perspectiva estável."Os pilares principais para o cenário de créditono país continuam intactos: seu papel crucialno sistema financeiro global e a economiaflexível, diversificada e saudável que está emsua base de receita", argumentou a Fitch.

No dia 5, a agência Standards & Poor'srebaixou a nota da dívida americana de AAApara AA+ devido aos riscos políticos e aopeso da dívida americana em relação aoProduto Interno Bruto (PIB). Foi a primeiravez que o país perdeu a nota máxima de umaagência de risco. A decisão alimentou umalvoroço nos mercados globais, com quedasgeneralizadas nas bolsas de valores.

As agências de classificação de risco vivemum momento de crise de credibilidade, pornão terem conseguido prever os recentesproblemas econômicos enfrentados porpaíses como a Itália, Portugal e os EUA. Asmais tradicionais são a Fitch, a Standard &Poor's e a Moody's. (Fo l h a p re s s )

China reduz expansão

AChina deve ter inflação mais alta ecrescimento econômico menor noterceiro trimestre, segundo um centro

de estudos do governo em relatório publicadoontem do China Securities Journal. A expansãoanual deve desacelerar para cerca de 9,2%,ante os 9,5% do segundo trimestre, disse oCentro de Informação Estatal da Comissão deReforma e Desenvolvimento Econômico.

O índice de preços ao consumidor devesubir para 6,2%, ante alta de 5,7% dotrimestre anterior, afirmou o centro deestudos, que é parte da principal agência deplanejamento do país. "A desaceleração nocrescimento econômico difere do declínioque se seguiu à crise (de 2008)", disse o órgão.

Especulação – A Administração EstatalChinesa de Câmbio Estrangeiro (Safe, na siglaem inglês) disse que continuará combatendo aentrada de capital especulativo no país, apósidentificar 1.865 casos de ingresso irregularde recursos, equivalentes a mais deUS$ 16 bilhões em seis meses até junho.

Esse volume representa alta de 26,9% anteigual período do ano passado. (AE)

Bird vê riscos à América Latina

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Os países da AméricaLat ina serão dura-mente atingidos na

eventualidade de a economiada China desacelerar com for-ça e, por conta disso, reduzirsuas importações de matérias-primas. A afirmação partiu on-tem do chefe do Banco Mun-dial (Bird) para a América Lati-na, Augusto de la Torre.

Como informou o jornal pe-ruano G estión, Torre ressaltouem conferência em Lima que omaior risco para a América La-tina, neste clima de crise finan-

ceira internacional, é que aeconomia da China registrasseuma hard landing (ou seja,uma "aterrissagem forçada").

"Isso atingiria com muitaforça" a região pela sua de-pendência na exportação dematérias-primas, ressaltou.Ele explicou que, pela primei-ra vez, todos os produtos quevende e compra a região re-gistram preços altos – e emum ciclo que está sendo ex-cepcionalmente longo.

Nesse sentido, o represen-tante do Bird recomendou aos

países latino-americanos eco-nomizar e diversificar-se alémde seus recursos naturais. Ci-tou, por exemplo, que o "Perue o Chile construam fundos deeconomia que podem aliviaruma circunstância global emque os preços das commodi-ties caiam", dado que ambosos países são os principais pro-dutores de cobre na região.

"Existe a necessidade daaplicação de políticas que di-minuam os choques que po-deriam gerar a crise mun-dial", afirmou Torre. (EFE)