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LISBOA AKI8I&IVATURA WA PROVÍNCIA
1 mez 500 réis 3 mezes. 1*400 réis A correspondência sobre administração a LO-
RENA QUEIROZ, calçada do Combro, 10, 1.®. TERÇA-FEIRA 3 DE JUNHO DE 1873
AttNBtiVATtRA KM M^liOA
1 mez 300 réis Anuuncios, linha, 20 rs.
3 mezes 900 * Fublicacões no corpo do
Avulso 10 » jornaí, por linha, 60 rs. EB" 314
Desembarque de Napoleão
em Cannes
© império havia baqueiado! As na-
ções do velho mundo tinham-se colli-
gado contra o inimigo commum, e Na-
poleão só, abandonado dos seus pro-
prios generaes mais valentes e dedi-
cados, sem exercito e sem recursos, refu-
giara-se na ilha de Elba, diminutíssi-
mo resto de seu vasto império, que os
soberanos da Europa lhe deixavam co-
mo apanagio!
Abandonavam a aguia sobreo rochedo
e não se lembravam de lhe cortar as azas!
O homem que imposera a sua von-
tade ao mundo, que dera a Talraa, o
rei da scena, uma platea de reis c im-
peradores, que vira os seus exercitos
retalhar a Europa desde o Tejo ate ao
Vistula, não podia acceitar o isola-
mento a que o condemnavam e um dia
lembrou-se de voltar á sua cara França.
Desembarcou em Cannes. Acompa-
nhavam-no apenas alguns amigos de-
dicados. Levantou um exercito na sua
passagem. Quando chegou a Paris era
outra vez imperador dos francezes!
Governou cem dias, cem dias que
ficaram para sempre memorados na
historia e que elle conquistou a troco
da liberdade e da vida.
A sua estrella tinha-se sumido no
firmamento. O império estava condem-
nado e nada o podia salvar.
Os seus valentes soldados fizeram
prodígios de valor; elle, desenvolveu
uma intelligencia e uma actividade so-
bre-humana. Cercado de inimigos, ba-
tia-se ao mesmo tempo em quatro
pontos diííerentes. Parecia licar victo-
rioso sempre, mas no meio da sua vi-
ctoria escondia-se a derrota.
VeiuemíimWaterloo, essa hecatombe
dos francezes, que só devia ter outra
içual em Sedan, e—destino fatal!—am-
bas presididas por Napoleões!
Que volta aquella do campo da ba-
talha!
Que diflerença da sua viagem de
Cannes a Paris! Então, era a confiança
na sua leliz estrella, eram as acclama-
ções por todas as partes onde passava,
eram os vivas entliusiasticos dos seus
velhos granadeiros, era linalmente a es-
perança d'um throno para si e para
seu filho. À vinda de Waterloo, tudo
isso acabara! a carruagem que o con-
duzia rodava sobre cadaveres; até Pa-
ris só ouviu as lamentações dos des-
graçados a quem a morte ainda não
acabara; só via no seu caminho mães
em procura dos lilhos, e que o amal-
diçoavam na passagem. E por íim aban-
donado de todos, encontrava Santa He-
lena como prisão e Hudson Lowe como
carcereiro.
Parece que Mac-Mahon vae ser elei-
to presidente irresponsável por cinco
annos, sendo responsáveis os ministros
como na monarenia constitucional.
A feira das Amoreiras teve no do-
mingo uma concorrência numerosa.
Os feirantes estrearam-se auspicio-
samente, e é de crer que continuem a
fazer negocio.
O sr. Felix José do Couto Quintel-
la Emauz, director da alfandega de
l.â classe da raia em Elvas, acaba de
ser collocado n'um logar de segundo
official da alfandega de Lisboa. O sr.
Emauz tem sempre desempenhado com
bastante intelligencia e honradez os
differentes logares para que tem sido
nomeado, merecendo por isso o hon-
roso decreto que acaba de receber.
Logo que Mac-Mahon foi eleito pre-
sidente da republica, a primeira cou-
sa que fez foi escrever uma carta ao
imperador da Allemanha.
Está padecendo ha dois mezes de
um tumor frio o sr governador civil
do districto de Coimbra.
Domingo reahsou-se no Porto a fa-
mosa romaria do Senhor Jesus de Mat-
tosinhos. Foi immensa a concorrência,
notando-se porém a grande necessida-
de que ha em policiar severamente a
referida funeção.
No domingo pela uma hora da tar-
de manilestou-se incêndio n uma por-
ção de roupa, na estação de bagagens,
do sr. Luiz Salazar Junior, estabelle-
cida na rua dos Fanqueiros n.° 290 e
298. Houve pouco prejuiso. O prédio
Fez hontem de madrugada exercí-
cio de fogo e manobras, no Campo Pe-
queno, o batalhão de caçadores 2. Tra-
balhou bem, e sobretudo as descargas
por pelotões e as geraes, foram ópti-
mas.
Vem na folha oflicial de hontem, pu-
blicado o decreto de 14 de maio, ap-
provando os novos estatutos do mon-
tepio geral, em substituição dos que
foram approvados por decreto de 9
de março de 1864.
Littré. A ac ademia deliberou que a
sessão ficasse adiada para 5 do cor-
rente.
O que se passa no norte ? Ha qua-
tro dias que o governo ignora onde
pára o general Nouvillas.
Ao amanhecer e em trem expresso,
saiu hontem de Pamplona para Ca-
chejon e Logronho o sr. ministro da
justiça; quer dizer, uma viagem de
seis horas. O sr. Salmeron chegou ás
5 horas da tarde a Lugronho, isto é,
DESEMBARQUE DE NAPOLEÃO EM CANNES
que pertence ao sr. visconde de Ben-
nagasil, estava seguro na companhia
Bonança, e não soIVreu prejuiso. Ga-
nhou o premio a bomba G.
No mesmo dia ás 9 horas da noite,
manifestou-se principio de fogo na fu-
ligem da chaminé do prédio n.° 89,
sito na travessa deS. Nicolau, perten-
cente á sr." viuva Cruz, e seguro na
companhia Fidelidade. Ganhou o pre-
mio a bomba 8.
No domingo estiveram em Bellas
mais de vinte famílias de Lisboa. Es-
tá propria a estação para se fugir á
poeira e calor da cidade e ir buscar
no campo, descanço, refrigério, soce-
go e alegria.
Foi promovido a capitão do estado
maior, o tenente do regimento de in-
fanteria G, Luciano de Azevedo Mon-
teiro de Barros.
Foi tão grande a concorrência do-
mingo ao Campo Grande, que á noi-
te, apesar de serem muitos os carrões,
tornava-se diflicil arranjar logar. Que
fará quando o caminho de ferro come-
çar a trabalhar!
Foi collocado na classe dos officiaes
em inactividade, de castigo por tres
mezes, o alferes do regimento de in-
fanteria 10, Eduardo Augusto Sanches
de Sousa Miranda.
Um periodico federal apresenta já
um candidato para o throno hespanhol :
o futuro esposo da infanta D. Isabel,
que é archiduque d'Áustria.
A alfandega do Porto rendeu no mez
de maio findo a quantia de 297:119^226
réis.
Era tal a quantidade de gente por
a estrada de Sacavém, no domingo a
tardinha, que se tornava diflicilima a
passagem. Uns retiravam-se da feira,
e outros das hortas.
Domingo ha grande toirada no Cam-
po de Santa Anna, em beneficio do
sr. Semedo de Loures. O gado é dos
srs. Borges, e dizem-nos ser excel-
lent.
Domingo houve communhão de me-
ninos na egreja de S. Mamede. Com-
mungaram vinte creanças. Esteve o
Santíssimo exposto durante o dia e á
tarde houve «Fe Deurn.»
A Suécia mandou para a exposição
de Vienna um objecto, único no seu
genero: é um pedaço de gêlo, prove-
niente do mar glacial, compacto e ri-
jo como madeira.
Esteve muito concorrida a feira de
Sacavém. O gado cavallar esteve in-
ferior, pois apenas appareceram duas
parelhas de cavallos que se podiam
chamar sofTriveis.
Vae ser remettida á província de S.
Thomé, a quantia de G0:000$00 réis
em moedas de vinte, dez, e cinco réis,
que se acabaram de cunhar hontem
na casa da moeda.
Morreu no dia 27 em Paris, victi-
ma de um ataque apoplelico mr. Pier-
re Lebrun, decano da academia fran-
cesa, já pela sua edade, já pela data
da sua eleição: succedera em 1828 ao
conde François de Neufchateau.
As exequias de mr. Lebrun verifi-
caram-se na manhã do dia 29. Era o
dia marcado para a recepção de mr.
12 horas depois de pór-se em mar-
cha.
As pessoas mais curiosas não po-
diam á noite explicar esta demora apa-
re n te m e n le_^njusliíicada^^(/m /?ar ^ i a/.)
As noticias de Cuba cada vez
mais desagradaveis para a
porque os rebeldes continuam
systema de guerra, em quanto
cançarem a sua emancipação.
E' de crer que a politica federal de
Hespanha concorra para a realisação
do grande principio por ella procla-
mado : que os povos se devem gover-
nar por si, formando cantões indepen-
dentes uns dos outros.
Segundo vêmos nos jornaes hespa-
nhoes, parece que no centro federal
de Madrid houve sessão tumultuosa
n'um dos dias anteriores á abertura da
assembléa. Atacou-se ali o governo e
a personalidade dos ministros e da as-
sembléa. Ali um cidadão declarou que
de nenhum congresso, de nenhuma
assembléa emanará a republica fede-
ral que o povo deseja; que os depu-
tados eleitos não faziam senão pedir
empregos para amigos, parentes e elei-
tores ; que não esperava que a repu-
blica fosse proclamada no congresso,
e que se os deputados não cumpri-
rem os seus deveres, é necessário avi-
sar as províncias, para que unidas com
o centro de Madrid, proclamem a fe-
deral.
Outro sustentou a incompatibilidade
absoluta entre o cargo de deputado e
qualquer emprego publico, e accres-
centou que só considerava credor á
vida aquelle aue produzia alguma coi-
sa, que trabalhava, (e os grevistas?)
em uma palavra, que o deputado que
não tivesse que comer, voltage pa
a terra trabalhar no officio quedei*
xára.
Houve outro finalmente que disse
que os burguezes são os inimigos mais'
encarniçados dos povos: gabou-se de
ter iniciado na Catalunha a desorga-
nisação do exercito, que era preciso
levar a cabo de um modo completo e
absoluto : disse mais que o cidadão
Figueras era cigano e falso , que ne-
nhum militar era republicano; que o
não era o general Nouvillas, que em
1848 fuzilou muitos republicanos ; que
não o era o general Contreras nem o
cidadão Pierrad, ao qual qualificou em
termos tão violentos, que os jornaes
hespanhoes não julgaram conveniente
reproduzil-os, e terminou declarando
que nao havia n;.s espheras do poder
nenhum republicano.
Mas o mais curioso é que quando
houve um membro do Centro que se
levantou para defender os indivíduos
atacados, foi tal o tumulto que não o
deixaram ouvir.
Também por cã lemos visto d'isso. *i_ 11 -
Sr. redactor. — Vi no Diário Illus-
Irado uma correspondência assignada
pelo exm.° sr. dr. Carlos Zeferino Pinto
Coelho relativa ás expropriações que
a.Çompanhia das aguas promove em
villa Franca para a conducção do ca-
nal d Alviella, em que vem o seguinte
paragrapho: «com o sexto (expropria-
«do) entabolou também a companhia
«negociação com o proprietário que
«pelo terreno lhe pediu preços quasi
«rasoaveis, juntando-lhc porém condi-
«ções inacceitaveis».
Creio que se refere á minha humil-
de pessoa este paragrapho.
Era meu desejo provar que o meu
pedido não foi quasi rasoavel. antes
sim mais do que rasoavel; isto é, ten-
dente a facilitar, quanto possível, um
accordo amigavel com vantagem até
para a Companhia; como porém, esta
questão esta aflecta aos tribunaes, não
me parece ser agora occasião propria
de advogar pela imprensa a justiça de
que estou possuído, aguardo opportu-
nidade para mostrar ao publico a his-
toria d'esta nendencia, acompanhada
de todos os documentos que o decurso
do processo possa apresentar, deixan-
do á opinião publica os elementos pre-
cisos para ajuisar com imparcialidade.
Pela insersão d'estas linhas muito
obrigado lhe ficará quem se assigna
De v. etc.—Lisboa, 2 de junho de
1873.—Caetano da Silva Luz.
O jornal Hespanhol, La Discussion,
que ainda ha dias defendia os mem-
bros do poder executivo, parece que
não está agora satisfeito e por isso
apreciando o valor de cada um delles
os convida menos mal. Ha com relação
ao Ministro de Gracia e Justicia um
trecho curioso. Diz assim:
Em quanto ao Ministro de Gracia e
Justicia, falle por nós o vagar do minis-
tério publico em cumprir as ultimas
circulares do poder executivo, falle por
nós emfim o «livramento do sr. Topete
e a justificação feita por esse modo da
insurreição de 23 d'abril.
Gostamos de ver a imparcialidade
com que aquelle jornal queria que fos-
sem julgados os accusados.
Ao menos isto não é duvidar, não
e querer e não querer.
Havendo sido distribuído, fóra dos
prasos estabelecidos nas leis do recru-
tamento, o contingente de recrutas para
o anno de 1872, foi resolvido, por por-
taria de 28 de maio, publicada no Diá-
rio do Governo, de hontem, que os re-
crutas elTectivos do referido anno não
sejam declarados refractários sem pre-
via intimação nos termos do § único do
artigo>43." dajlej de 27 de julho
de 1855, e depois de devidamen-
te autoados, segundo o disposto no ar-
tigo 5G.° desta mesma lei.
Ainda os salteadores
do Pinhal da Azambuja
Em folhetim principiamos hoje a pu-
blicar as Memorias encontradas no se-
gundo subterrâneo do Pinhal da Azam-
buja. _______
Recebemos hontem á noite um ma-
nifesto intitulado A União republicana
de Portugal ao Paiz.
LCmos e admirámos!
Resuscitou o partido nacional e em-
bora em vez da divisa, ou do chavão
conhecido «artigo 5.°, paragrapho lo
da Curta Constitucional» se apregoem
agora as idéas mais republicanas, esta
salva a patria de 1). Allonso Henriques,
porque o illustre chefe do partido que
parecia morto de lodo, appareceu de
novo tendo estado apenas adormecido.
O manifesto occupa uma folha intei-
ra em typo miudinho e não passa dos
logares communs habituaes. O mais no-
tável e o que se deprehende d'elle e
que os homens, que intentam tomar o
governo da náo do estado, querem to-
dos os logares para si e para os seus
sequazes. Nada de emprego a quem
tenha servido a monorchia, nada de
logar aos escravos dos Cezares! e o seu
grilo, que nào deixa de ser bem signi-
ficativo.
Pobres amanuenses das repartições,
infelizes porteiros das secretarias, des-
graçados guardas da allandega, que
também sào funccionarios do estado e
também escravos dos Cezares, que te-
rão de ser demittidos pelos homens da
nova idéa, que é a percursora da boa
doutrina!
Ha um periodo que não podemos
deixar de transcrever:
«\ historia da humanidade, e ate a
boa razão, nos está claramente dizen-
do que os povos nunca se rebe Iam
contra os governos quando se acham
felizes e bem administrados; e neste
caso, os especuladores políticos, ou em-
preiteiros de revoluções são sempre
recebidos pelos povos com ironia edes-
'preso. porém, tàes sacerdotes ou após-
tolos da desordem realxsam sempre seus
repuynantes e abominaveis projectos,
desde que os governos desconhecendo,
ou querendo desconhecer, toda a ma-
jestade da sua tão importante como
gloriosa missão, vão de encontro aos
interesses legítimos dos povos atacan-
do as suas franquias e as suas liber-
dades » .
Dando de barato que peze sobre os
nossos destinos a mão de ferro dos ty.
ranos, e que nos subjugue o pesado gla.
FOLHETIM
ÀS minhas memorias
dio do feudalismo, não é menos verda-
de que os homens que se propõem a
aliviar-nos d'esse pezo e d esse jugo
são apostolos da desordem e pensam
em realisar os seus repugnantes e abo-
minaveis projectos.
Não somos nós que o dizemos; é o
manifesto de que transcrevemos um pe-
ríodo que o declara.
De tudo isto se conclue que a po-
mada florestal torna a ser procurada
e que promette ensebar maisd uma ca-
beça do paiz.
MADRID 31, ás 5 h. 30 m. da t.
Ainda não ha hoje noticias dos car-
listas. Corre aqui que Dorregaray está
em desintelligencia com D. Carlos, e
que deixa o commando das forças que
tinha organisadas na Navarra.
Não se sabe de Novillas.
Insiste-se em aflirmar que Castellar
se retira, e que alguns dos seus col-
legas acolheram pouco satisfatoriamen-
te em conselho de ministros o seu pro-
jecto de mensagem para as novas con-
stituintes. Este é republicano conci-
liador. A. Peninsular.
MADRID, 1 de junho, ás í h. 30
m. da t. — lnauguraram-se as cortes
constituintes com grande solemnidade,
muita concorrência de deputados e de
publico. O discurso de Figueras foi in-
terrompido em muitos paragraphos e
no fim saudado com applausos. Oren-
se, presidente decano, declarou aber-
tas as côrtes. Os deputados e publico
postos cm pé, victoriaram repetidas
vezes a republica e o governo. O exer-
cito e os voluntários desfilaram em fren^
te do palacio da republica aos vivas á
republica, ás constituintes e ao governo.
Fabra.
MADRID, 1 ás 4 h. 35 m. da t.
—Acabam de abrir-se as constituintes.
As tropas desfilaram por diante do con-
gresso, a cujas janellas estão os minis-
tros e deputados. Enthusiasmo e tran-
quilidade. Não ha noticias do Norte.
Fundos hespanhoes: Interior, 17.60.
Exterior,-23,20. 3 p. c. francez, 56,85.
41/2 p.c. 80,75. 5 n.c. dito, 91,10.
Consolidado inglez 93 7/8.
A Peninsular.
MADRID, 1, ás 8 h. 30 m. da m.
—Constituiu-se a assembléa, nomeando
presidenie Orense, vice-presidenies Pa-
lanca, Cervera, Pedregal, Canedo e
Diaz Quintero. Secretario* Soler y Piá,
Bartolome Santa Maria, Lopez y Vas-
quez e Perez Rubio.
DIÁRIO ILLUSTRADO
MADRID, 1, ás 9 h. 5 m. da t.—
Acaba de verificar-se a abertura so-
lemne das côrtes constituintes. O dis-
curso lido pelo presidente do poder
executivo produziu impressão extrema-
mente satisfatória. A assembléa elegeu
Orense presidente da mesa provisoria,
e vice-presidentes Palanca, Cervera,
Pedregal e Diaz Quintero, deputados
governamentaes. As tropas da guarni-
ção e voluntários destilaram diante do
congresso testemunhando muito enthu-
siasmo. Tranquillidade compila.
Fabra.
MADRID, 1, ás 12 h. 20 m. da n.
—Orense foi eleito presidente interino
das côrtes constituintes. O discurso
inaugural lido por Figueras fez boa
impressão pela sua linguagem conci-
liadora. Nclle se diz que a proclama
ção da republica foi a consequência
natural da revolução de setembro. Ex-
plica as difliculdades com que lutou
o governo para a dissolução da com-
missão permanente, e diz que apesar
da sua victoria não se arrogou facul-
dades revolucionarias, que se conser-
vou dentro da lei e foi o seu principal
cuidado a liberdade eleitoral.
Ao referir-se ao reconhecimento da
republica, declara que esta nào fará
propaganda europea nem aspirará a
engrandecimentos territoriaes. Mani-
festa que está corrigida a indisciplina
do exercito, e pede uma grande acti-
vidade para acabar com a guerra ci-
vil. Proclama a separação da Egreja
e do Estado, e promette reformas eor-
ganisação geral na fazenda e na ma-
gistratura, segundo a norma conheci-
da da republica. Descrevendo as as-
pirações da nova era politica e social
para a Hespanha, termina pedindo so-
cego e conciliação entre todos os ci-
dadãos para fundar uma legalidade por
todos estimada.
(A agencia Fabra dá-nos um ex-
tracto mais amplo deste discurso,
mas para pouparmos espaço, publi-
camos o da Peninsular, por ser mais
resumido).
Diz-se que amanhã se publicará uma
amnistia geral.
lia grande pânico entre os empre-
gados públicos, porque das reformas
que immediatamente vae a plantar o
governo, resultará o ficarem muitos na
miséria. Falla-se na suppressão imme-
diata de quairo ministérios e outras
muitas dependencias do Estado.
O banco de Hespadha foi auctorisa-
do a fazer maior emissão de notas para
auxiliar o governo.
Todos estes dias se tem annunciado
pela imprensa semi-official batalha ím-
mediata de Nouvillas com os cartistas:
hoje repete-se que está imminente,
mas nada se sabe do que occorre no
Norte. A Peninsular.
MADRID, 2, as 11 h. 20 m. da m.
—As cortes terminaram hontem a elei
ção da mesa provisoria. Ordem do dia
para hoje é a eleição de commissões.
Parece que a constituição definitiva da
assembléa será na quinta-feira pró-
xima. Fabra.
Despachos que ficaram em deposito
na estação principal no dia 1 do cor-
rente:
Maria Augusta—Rua de Santa Qui-
téria, 10S, 2.a
Padre Eiizeu—Rua Augusta, 6G, 2.°
D. Augusta Maria Ferreira—Traves-
sa Victoria, 73, 3.c
José Bonto—!Uia .Magdalena, 60, 3.*
No dia 2:
José Garrido.
E juevilley—Hotel Central.
Casimiro Moreira de Sampaio—Ho-
tel Universal.
Ralleau.
biz o Imparcial:
Em Leganés um sacerdote capellão
do hospício dos alienados passeiava pela
frente do quartel ali estabelecido onde se
acham aquartelados os francos de Alca-
zar de San Juan. A suspeita de que
o capellào trocara algumas palavras
com a sentinella do quartel foi sulli-
ciente para que alguns moldados mal-
tratassem de palavras e pancadas o des-
graçado capellào suspeitando-o de al-
liciador cartista.
OsoUi iaes querendo intervir e de-
fender o agredido foram insultados pe-
los seus soldados e algumas armas bran-
cas apareceram na contenda e também
se dispararam vários tiros.
A oficialidade fu^iu para Madrid,
p ira participar ao Governo o que ocor-
ria.
Tivemos occasião de fallar com al-
guns dosofli iacs que pintam a indisci-
plina d'aquelle corpo no seu auge. e
ai rescentam que enlre os proprios sol-
dados devem ler occorrido algumas des-
graças.
Acresce que o> voluntários não que-
rem como chefes oflk-iaes saidos do
exercito.
P.irece que fomos mal informados
quando dissemos um dia destes que a
camara municipal do concelho dos Oli-
vaes ia, attendendo a uma reclamação
nossa, mandar proceder á limpeza da
vala do Campo Grande, porque este
negocio corre pela administração geral
das matas do reino, repartição depen-
dente do ministério das obras publi-
cas.
Queixam-se-nos, e com justa razão,
os proprietários e habitantes d'aquelles
sítios, do estado de abandono em que
a administração geral das matas tem
deixado o Campo Grande.
Não >6 foram despedidos os traba-
lhadores, com grave damno das plan-
tações que se fizeram e que estariam
perdidas de todo se nào fossem as chu-
vas que ultimamente teem caido; como
também se não trata da limpeza da vala.
Ila economias que redundam em la-
mentáveis desperdícios.
E é da ordem destas a economia que
pode trazer em resultado a perda das
plantações; e a insalubridade publica.
A limpeza da vai#, pelo menos, é
uma necessidade impreterível; e a des-
peza, que se fizesse com ella seria bem
compensada.
Além da influencia que traria sobre
o estado sanitario, que é uma das pri-
meiras coisas a que o governo deve at-
tendee acontecia o seguinte:
Por um lado o esiado embolsaria a
despeza, e muito mais, na contribuição
que haveria de ser paga pelos proprie-
tários das casas que se allugavam na
estação que vae começar, e que de cer-
to nào recebe de outro modo, por que
ás famílias, que costumam ir para
aquelles sítios a ares, fugirão delles.
Ejpor outro lado os proprietários
nào se veriam privados das rendas que
esses prédios deviam dar-lhes.
Chamamos para o assumpto a atten-
çãodosr. ministro das obras publicas;
e confiamos em que s. ex.', diligente
como é em altender ás necessidades
publicas, attenderá quanto antes a
esta, que é da maior urgência.
Por falta de es. aço não publicamos
hoje a resposta á carta que nos dirigiu
o sr. Carlos Zeferino Pinto Coelho.
Ante-hontem á noute for.ro muitas
pessoas ágare do caminho de f rro es-
perar os salteadores capturados no
Pinhal da Azambuja; porem, contra a
espectativa de toda a gente, nào chega-
ram naquelie comboio.
Saiu de Elvas para os banhos das
Caldas, da Rainha o sr. Ruiz Zorrilla
S. ex.1 tenciona depois passar algum
tempo em Lisboa.
Decifraram quasi todas as charadas
do nosso n.° 313 os srs. A. M. Gomes
da Silva, e João Plets.
MANUSCRIPTO ENCONTRADO NA CAVER-
NA DOS SALTEADORES, NO PI-
NHAL DA AZAMBUJA
«Hoje, 6 de maio de 1873,dia em que com-
plete 4'i annos de edade. e prompto ã
partir para Hespanha onde é necessana
a minha presença n'uma grande confe-
rencia com os chefes do outros handos
importantes, escrevo esta nota á margem
das minhas memorias, porque tenho o
presentimento de que o nosso retiro será
descoberto e que este inanuscripto irá
parar ás mãos da auctoridade.
A minha tenção era publicar um dia
estas memorias; se por ventura alguém
se apoderar d'ellas durante a miuha au-
sência, peço-lhe que o faça porque^o-
der.lo ellas servi de proveitosa hcç5o a
muitos • j p
«Nasci em berço rico, e acalentaram-
nic os carinhos de uma mãe estremosa,
que via cm mim o primeiro fructo da
sua união com meu pae, a quem ama-
va com idolatria.
o Meu pae, comquanto nãotivesse per-
gaminhos ou brazão a ennobrecer-lhe
o nome, possuía a fidalguia da honra,
e occupava, com distineção, um cargo
elevado na magistratura.
«Oh! como ditosa foi a quadra da
minha infanda! Que dias serenos e tran-
quillos! Minha mãe como que adivi-
nhava todos os meus desejos para logo
os satisfazer, acudia a todos os meus
caprichos de creança, e daria a pro-
pria vida para me poupar uma lagri-
ma. como se as lagrimas n'aquella
edade fossem já a expressão eloquente
do sentiment®!
«Cresci e augmentaram os mimos
maternos, auctorisados pela extrema
condescendencia de meu pae; a minha
vontade era lei Nào me faltaram mes-
tres para uma completa educação, mas
o meu caracter um tanto leviano e a
soberania da minha vontade contri-
buíram poderosamente para que essa
educação fosse deficiente.
«Se me demonstravam a necessida-
de de aprender, observava logo com
altivez que esse cuidado pertencia uni-
camente aos pobres, porque os ricos,
como eu, tinham a verdadeira instruc-
ção no dinheiro.
«Aos dezoito annos fiz a minha en-
trada no mundo, apparecendo nos thea-
tros, nos bailes, frequentando o Mar-
rare, o Club, Cintra, a caixa de S.
Carlos e todos os logares onde se reu-
niam os rapazes da nossa primeira
sociedade, que me acolhiam com en-
thusiasmo, graças ao meu diploma mo-
netário.
«Em breve alcancei os foros de pri-
meiro ledo da capital. As minhas car-
roagens eram citadas como modelo de
aprimorada elegancia, ,e os meus ca-
vallos admirados pela puresa da raça.
Era eu quem dava a moda no córte
das calças e do fraque, na cor das lu-
vas, no* laco da gravata, na phantasia
da badine, na forma do chapéo. Nos
meus quartos via-se tudo quanto o bom
gosto tem decretado de mais sumptuoso
e artístico para os quartos de um ra-
paz solteiro.
«A leitura de alguns romances de
Ralzaç, Dumas, Féval, George Sande
outros, dera-nie um talou qual verniz
litterario, que, se me não conferia o ti-
tulo de erudito, agradava muito ás mu-
lheres, o que é mil vezes melhor quan-
do se tem dezoito annos e alguns con-
tos de reis de renda.
a Eu era ousado, impetuoso, arreba-
tado; tinha a physionomia expressiva
e todo o ardor dà raça peninsular, sa-
bia ser temo e apaixonado quando as
circumstancias o exigiam, e tive mais
de uma boa fortuna, venci em mais de
uma batalha amorosa. Ingénuas, co-
quettes, louras, pallidas e morenas,
acceitavam-me á porfia a corte, jura-
vam-me um amor eterno, e punham
em campo todos os artifícios, todos os
segredos da garridice, todas as seduc-
ções para prenderem nos laços do
matrimonio a minha pessoa gentil, e
o meu valioso palrimonio.
«Que feliz existencia era a minha!
Fascinava-me o presente e sorria-me
o futuro! Nem sequer me occorreu ao
espirito, a idea de que todo aquelle
sonho dourado se podia dissipar um
dia, deixando-me ver, em toda a sua
hediondez, a realidade da vida que até
ali me apparecera tão somente, atra-
vez de um prisma enganador!
«Comtudo, no horisonte da minha
existencia, começava a formar-se uma
nuvem negra, precursora da tempes-
tade que em breve me devia invol-
ver e arrastar no seu turbilhão fu-
rioso.
«Veiu ferir-me um golpe cruel: a
morte de minha santa e boa mãe que
me expirou nos braços, murmurando o
meu nome e abençoando-me com a voz
já sutíocada pelas agonias da morte.
-Senti deveras aquelle golpe e fui
viajar durante um anuo. Visitei as ci-
dades principaes da Europa, e quando
me dispunha para regressar a Lisboa,
recebi a noticia da morte de meu pae,
que succumbira a uma apoplexia ful-
minante.
«Fiquei orphão, e aquella orphanda-
de revellou-rae a existencia de uma cor-
da da alma que não 1'òra vibrada ain-
da; senti a necessidade de amar. Até
ali não conhecera senão o desejo; en-
tão comprehendi que o coração necessi-
ta alimentar-se com um sentimento
mais puro e elevado, sentimento que é
ao mesmo tempo paraizo e inferno,
prazer, e dôr, que mata e dá vida, que
enlouquece, que subjuga, que transfor-
ma o nosso ser, que nos eleva ás mais
encantadas regiões da ventura, ou nos
despenha nos mais profundos abys-
mos da desgraça: o amor, esse fogo di-
vino, esse élo mysterioso que liga a
creatura á creatura, que confunde duas
almas n'uma só, que é a fonte do su-
premo gozo, e das inell'aveis alegrias
da terra.
• • •
«Uma tarde galopava eu pela estra-
da de Pedrouços, quando, de repente,
vi passar por junto de mim, uma cale-
che descoberta que conduzia duas se-
nhoras. Aflirmei-me ereconhecinellas
a mulher e a filha de um dos nossos
titulares de velha rocha.
«Cumprimentei-as, e senti como que
uma commoção electrica. Fora inex-
plicável a sensação que produziu em
mim o modo porque a gentil menina
fixou nos meus os seus formosos e ras-
gados olhos pretos. Pareceu-me ao mes-
mo tempo ouvir uma voz intima que
me bradava:
«E' aquella a mulher que lias de amar
e n'e se amor está resumido todo o teu
destino.»
«Passei uma noite agitada.
«No dia seguinte, achei-me insensi-
velmente, de tarde, na estrada de Pe-
drouços, p isseando por defronte do pa-
lacio onde o illustre fidalgo tinha por
habito passar a estação dos banhos.
Quiz o acaso, ou antes o meu destino,
que no palacio se abrisse uma janella,
apparecendo a ella a formosa joven (pie
na vespera me fascinára com o magne-
tismo do seu olhar. Perdi a cabeça,
roubou-me a luz dos olhos uma verti-
gem, mas ainda assim pareceu-me que
os olhos pretos me fixavam com uma
indizível expressão de ternura, acom-
panhada de um sorriso feiticeiro!
«Galopei como um louco até Lisboa,
e sob o delírio de uma febre ardente
escrevi uma carta que jurei entregar-
lhe n'aquella mesma noite, embora
para isso fosse necessário um escan-
dalo.
«Parti, e como a noite estava sere-
na, o palacio tinha as janellas abertas,
e n'uma d'ellas, ao rez do chão esta-
va um vulto de mulher, o meu co-
ração adivinhou logo ser aquella que se
tornára a senhora do meu destino, a
estrella do meu norte, o meu anjo bom,
ou o demonio da tentação.
«Encostei o cavallo á parede, e quan-
do passava por junto da janella, dei-
xei cair a carta no peitoril, partindo
como um louco sem me atrever a olhar
para traz, como o criminoso que foge
do logar do crime com receio de que
alguma testemunha o presenceasse.
«Que lucta se travou então no meu
espirito! Queria adquirir a certesa de
que a minha carta fora acceita e lida,
e ao mesmo tempo tinha medo de re-
ceber o castigo da minha ousadia, na
indilícrença ou no desprezo d'aquelle
mulher!
«Oh! a felicidade não mata, porque
se assim fôra teria eu perdido a vida.
A minha carta fora lida, M*** ama-
va-me, e dizia-m'o com todo o desas-
sombro. n'uma outra carta em resposta
á minha.
«D ali em diante, a minha vida foi
um delírio de amor. M#«* consentira
em que eu lhe fallasse á noite no jar-
dim que dava sobre a praia, e ao lado
um do outro esquecíamos as horas,
até que os primeiros clarões da auro-
ra nos annunciavam o momento da des-
pedida.
«Aquelle amor operou em mim uma
complela transformação; deixei de ser
o mancebo leviano, o conviva alegre
de todos os festins, o homem da moda,
o pródigo, espalhando o oiro ás mãos
cheias para satisfazer um capricho,
para corromper a virtude, e para en-
chugar as lagrimas da deshonra.
«O amor purifica como o fogo, e ao
influxo da sua chamma, devia eu a
regeneração de todo o meu ser.
Uma noite, estava eu no jardim junto
de M#*# debaixo de um pequeno cara-
manchão de madresilva, que havíamos
escolhido para as nossas entrevistas.
«Nunca a vira tão formosa! Os ca-
bellos soltos caiam-lhe sobre os hom-
bros e sobre o seio que arfava asitado
pelas pulsações desordenadas do co-
ração; apertava entre as minhas as
suas mãos abrazadas n'um fogo ar-
dente, confundia o meu olhar no seu
olhar onde brilhava uma expressão de
ternura e de provocadora languidez.
«Pouco a pouco, sent que me fugia
a luz dos olhos, cedi desvairado a um
ímpeto da paixão, larguei-lhe as mãos,
cingi lhe com um dos braços a cintu-
ra flexível, e ia para pousar os lábios
frementes n'aquelles lábios que desa-
fiavam beijos, quando senti que um
pulso de ferro me apertava o braço
que me ficára livre, ao mesmo tempo
que uma voz bradava com toda a ex-
plosão da cólera:
«—Infame!
«Voltei-me e soltei um grito!
[Continua).
DIÁRIO ILLUSTRADO
REVISTA ESTRANGEIRA
A mensagem de Mac-Mahon.—A im-
prensa ingleza.—O Times.
PAUIS, 28 de maio.—k mensagem
de Mac Mahon á assembléa foi ouvida
no meio do maior silencio por parte da
esquerda. A direita repetia os seus
apoiados a cada período e no rosto de
todos os membros dos dilferentes gru-
pos que a constituem via-se a alegria
do triumpho.
«O pensamento que me derigiu na
composição do ministério, diz o presi-
dente dá republica, é o que devera
inspirai-o também a elle em todos os
seus actos; é o respeito pela vontade
da assembléa e o desejo de ser sem-
pre o seu zeloso executor.» E mais
abaixo. «O magestrado encarregado do
poder executivo só é o delegado da
assembléa na qual só reside a aucto-
ridade verdadeira e que é a expressão
viva da lei.»
Comprebende-se facilmente que es-
tas palavras fossem lisongeiras a maio-
ria, mas ellas nào podem ser acceites
pelo seu justo valor: porque o primei-
ro magistrado da republica tem deveres
proprios e uma responsabilidade pes-
soal. Deverá ouvir a voz da assembléa
com certeza, mas deverá também ou-
vir a voz do paiz e ser mais do que
um delegado, ser um arbitro.
A imprensa ingleza pela maior par-
te accusa a direita e diz que o seu
triumpho será p ssageiro.
O Times &\z que, esperar, deve ser
a palavra de ordem da esquerda; c que
nào só a França mas até a Europa a
felicita, porque essa palavra fora ex-
pontaneamente adoptada.
O Times n'um outro artigo não pa-
rece confiar muito no liberalismo do
marechal Mac-Mahon? porque diz que
se a divisa de Inglaterra tem sido até
hoje «Deus e o meu direito» a divisa
do actual presidente da republica pode
resumir se n'estas palavras «Deus e o
meu exercito.»
vemo recebe numerosas e calorosas
felicitações das províncias poroccasião
do discurso de Figueras. Os carlistas
impediram a circulação das carruagens
entre Victoria e a fronteira de França.
O correio irá por mar com grande de-
mora. Nas cortes, a direita esta deser-
ta, a esquerda compacta e o centro pou-
co concorrido Santiso falia contra a
incompatibilidade absoluta. Eleição da
commissão da verificação de poderes.
MADRID. 31.—Interior 17,40. Ex-
terior 22,80. Bilhetes hypotheranos
101,75. Bonds do thesóuro fi-
Cambio sobre Londres 48,70. M. >o-
bre Paris 5,10. Fabka.
LONDRES, 2 de junho, ás 10 h.
40 m. da m.—O Shah da Persia teve
brilhante recepção em Berlim. O Times
diz que a Allemanha não entrará em
relações regulares com a França até
que esta adliira lielmente ao tractado
da paz. Reuter.
MADRID. 2 ás 8 h. dan.-O go-
Hontem, á uma hora e meia da tarde
parou para dar descanço ao cavalloum
carroceiro que guiava uma carroça car-
regada, pela rua do Alecrim. Por um
incidente qualquer o cavallo espantou-
se, e a carroça resvalou para o passeio,
que n'aquelle sitio está mais baixo do
(iue o pavimento da calçada, e foi
deteriorar a montra da loja de calçado
do sr. Stelpflug. A policia prendeu o
conductor, apesar d elle querer dar fia-
dor, entregar a avença, emfim dispoz-
se a tudo o que a policia quizesse com-
tanto que elle continuasse a agenciar a
sna vida. Com que direito, pergunta-
mos, attentou a policia contra a liber-
dade d'aquelle cidadão?
Por esta occasião a policia munici-
pal manifestou quanto anda ao facto do
estado politico da Europa, por que,
promettendo umas pancadas a uns ra-
pazes que se tinham juntado no llogar
da acção, ajuntava ao gesto a seguinte
exclamação «—Olhem que apanham,
e depois vão-se queixar-, mas ainda
não estemos em Republica!
A Academia pliilarmonica vinte e
nove de outubro deu no domingo o seu
primeiro baile campestre, n'um vasto
quintal da rua do Loureiro.
O baile começou ás 10 horas e ter-
minou ás 3 da madrugada.
Reinaram sempre a maior ordem e a
maior animação, sendo digna de elogio
a direcção pelos erforços que empregou
para conservar uma e outja.
O quintal estava vistosamente or-
nado.
O segundo baile é no proximo do-
mingo.
HIGH-LIFE
Casou quinta feira em Beja o sr.
commendador Marianno de Souza Feyo,
com a ex.m' sr.â D. Mathilde da Costa
Sequeira. Foi madrinha a ex.mâsr.aD.
Amelia Rosado, e padrinhos os srs. vis-
conde da Boa Vista e conde de Avilez.
—Está em Lisboa o sr. Vieira de
Andrade, distincto cavalheiro do Porto.
—Está em Beja o sr. conde de Avi-
lez e sua esposa.
—Está quasi restabelecida da desas-
trosa queda que deu, a ex.ma sr.* D.
Maria Avelar Oliveira.
—Está gravemente enferma a filha
mais nova do ex.mo sr. Fortunato Cha-
miço.
Fazemos votos pelo seu prompto
restabelecimento.
—Casou sabbado na igreja de S. Do-
mingos o sr. Theotonio Albino de Bra-
ga Gomes, com a sr.a D. Emilia Nobre.
Os noivos em seguida á ceremonia par-
tiram para Cintra.
CHARADAS
1.' Tem mais valor que um monarcha.—1
Corre no solo d'Hespanha.—2
E' um animal d'Etlnopia.
Bravio, que não se apanha. Rispb.
Assim começou a phantasia
harmoniosa,
Recebendo ovação da gal leria,
Estrondosa;—!
E tocada cila foi com mestria
e tal primor,
Que o publico assim applaudia
charo leitor.—3
Que sociedade
Apreciável,
Que a advinhem
h' mui provável.
Dois AMIGOS INSEPARÁVEIS.
3.a
Porque não pôde a primeira
A tercira pede triste
O coração compassivo
Com a segunda lhe assiste.
Sou boa,
Sou luz
O homem
Foge-me
me evitam,
vér-me quer.
as costas,
a mulher.
Lamego.
4.1
Rio e flòr—1
É só flôr-3
Moeda assim
Vence o amor.
A. T.
José
CHARADA ULTRA-NOVISSIMA
(POR SYLLAHAS)
OíTcrecidn
ao meu nmigo Ce*ar .%agu«to dou
Sustenta
-2—2
Vi esto mulher <?este homem no-reino ve-
getal.—3—2
3.'
N'um jogo este pronome é I xvra ior.—2—-1
L*
^ O^gaz é animal que aperta eiu Portugal
5.'
n Aveiro este estabelecimento.
A. A. Dias Peskika.
G.'
Nada bonita é esta mulher.—1—2
feira Um assionante.
7.'
Esta noii nào está direit na cliíinicai-1-2
8.4
^ Ha eui Roma, em Portugal e no Brazil.—.
9.-
Esta caixa prende ura segredo d'importan-
cia.—2—1
Porto.
Sociedade Puck-Gtl & Boum.
10.'
Este passaro está isolado na fabula.—2—1
11.'
Este pó algumas rct.cs chis'oso é sempre
bom.—1—2
Um assign ante. 19 • I V •
Desdiz uma parte e verás calamidade* —
13." %
Ferir depois da noite é iniquidade.—2—2
Eximio poeta
todo.—2—1
14.'
3 está aqui e sómente
15.'
tcln
Ainda esta semana publicaremos um
folhetim do nosso amigo e colabora-
dor Gastão da Fonseca intitulado—Bra-
ga outra vez na berlinda—e que não
temos podido publicar por falta de es-
paço.
A policia italiana prendeu os chefes
do internacional, que havia em Roma,
encontrando-lhes papeis de grande im-
portância. Nenhum dos presos é ro-
mano.
1 —2—3—4.—Substantivo
2—3—4.—Substantivo
3—4.—Substantivo
4.—Sub>tantivo
E' bem fácil o conceito
Da charada que apresento
E mesmo a qualquer sujeito
Poderá servir d'assento.
Manuel Leite Craveiro.
CHARADAS NOVÍSSIMAS
1 ' DMfllcadn« ao meu amigo Julio Vieira
O Taborda e o Izidoro parecem o Antonio
Pedro.—2—3
Umz flor na Lucrécia é uma arvore.—2—3
16.4
Aqui na quinta é apreciada uma ave assim.
17.*
Amigo que assim o faz por caridade... Oh
que dôce martyrio!—3—1
Silva Velloso.
EXPLICAÇÕES DO NOMBRO ANTBCBD1KTI
Charada ai—1 .• Pastelaria—2.â Letrado.
Logosriphoi -Dedicatória. C harada* novlMNlman i — l .* TOSCANO—
2.» Horário—3.* Vaca-lume—4.» Bemposta—
5.* Xarèos.
IMPR. DE J. O. DE som NEVES
Rua da Atalaya. 65
ANTIGA
A6ESQA DE ANSUffilOS
DE
ALFREDO VALADIN
TRAVESSA I)E SANTA JUSTA, 65, 2.°
Esta agencia continua a receber annuncios, commu-
nicados, correspondências e assinaturas para o DIÁRIO
ILLUSTRADO.
O escriptorio acha-se aberto todos os dias não santifi-
cados, desde as 9 horas da manhã ás 7 da noite, e nos
dias santificados das 10 ao meio dia.
A' minha visinha dos olhos
azuese laços encarnados
Era uma vez... 6
Ha de haver duas
Arrastava eu a
Do rosto sobre
Qual uma tromba marinha
ella, ao
EDIÇÃO AUCTOR1SADA PELO AUCTOR
O DOUTOR J. L. CURTIS MEDICO-COySULTOR
Instrucçôes pêra assegurar seu objecto mo-
ral ; seus prazeres legítimos e para evi-
tar e remover suas dificuldades phi-
acompanhada de direc- « • • • •
dedicadas aos
.e solteiros
os sc-
PRIiO
Km Lisboa 400 rs.
Província (franco). 450 rs.
Á venda em Lisboa
NO ARMAZÉM
DE MIGUEL MORA
94. RUA DO ARSENAL, 94
ruja cana deTcni dlrlísir-*c ai* cncommcnduA
Por esta tromba terrestre,
.Não deixa um pello escapar
E é de ver com que destreza.
No panninho os sei dispôr,
E o converto em
Na maior parte incolor.
No todo não assevero.
Que mina que tangarás!
Se eu, um dia só que tosse.
Não pregasse o meu gilvaz!
Mas, voltando á vacca fria
E a cara deixando a arder,
Já vô que é de fresca data,
Visinha, o que vou dizer.
Eu. de janellas a
Via cm frente do n
Ao perto embirrento
Ao longe... formas
VENCIMENTO ANNUAL
Heis o:()00S000
Gerente para a Agencia
do Banco Nacional Ultramarido de S. Thomé
T)ECEBF.M-SE no Bauco Nacional Ultramarino, rua dos Capellistas,
I\ para aquelle cargo. ^ , , , 1 0 governador do banco,
F. de O. Chamiço.
E em quanto pelo focinho
Passava o ferro com dôr,
Sontia mais —
Do mais imprevisto
E formava, em devaneio,
Tantos caste lios no ar
Que ninguém mais venturoso
Se os nào visse baquear!
Era um — que poder supremo
Désse ao meu tormento flm,
Supprimindo o intervallo
Que a separava de mim.
Pois que! Transformada a rua
N'uma risca de união,
Far-se-ia das nossas caras
Cara composta, ou carão?
2.03
Não
Tem aqui
Senão
Em que
Nem a grammatica
lis que fazer
i distancia
eu a quizera ter.
POZZOLÀNA DOS AÇORES
OU CIMENTO HYDRAULIC0
ENDEM-SE desde 15 kilos até qualquer porção de metros cúbicos,
Y criptoriode Germano Serrão Arnaud, 84 Caes do Soáré 2.® andar.
no es-
4
Para encontrar em seus olhos
I'm espelho de feição
E concluir, fitado n'elles,
Dos queixosa barbeação.
E depois, depois, visinha,
Cair-lhe aos pés, eu que sei!
E confcssar-lhe, convulso
—Amo-a como nunca amei! X. Y. Z.
Rua dos Fanqueiros,
173, I7S
FAZENDAS de lã de 150 réis, ditas de
de 200 réis e mais preços; cassas
de bom gosto a 180 réis; roussellinas
a 200 réis; pannos patentes de 90,
100, 110, e 120, superior a 140 e 150;
bretanha de algodao muito fina a 150;
panno lavado com 1™ de largo a 150:
córtes de brim com 2m,50 a 550: ditos
de mais preços; chapéus do Chili a
3Í600 e 4£000 réis. 6
Ministério da fazenda
Direcção geral do the-
souro.
EM virtude de ordens superiores se
faz publico que no dia 3 do corrente mez se hade aorira subscripção pu-
bjica para a collocaçáo da primeira
série das obrigações dos caminhos de
ferro do Minho e Douro, cuja emissão
foi authorisada pela carta de lei de 2
de julho de 1867.
hm conformidade do decreto de 31
do corrente anno, esta pri-
rie é do capital nominal de
i:000£000 rs. em obrigações ao
ador de 90£000 rs. que vencerão ò juro de 6 0|0 ao anno pagaveis se-
mestralmente nos dias 1 de janeiro e 1 de julho de cada anno em Lisboa
na direcção geral da thesourarja, e
nas capitaes dos districtos do conti-
nente do reino, nos cofres centraes.
Estas obrigações terão a assignatu-
ra do ministro secretario de
dos negocios da fazenda e a do
ctor geral da thesouraria do
ministério, sendo a primeira de
cella.
As mesmas obrigações só começam
a vencer juro desde I de janeiro de
1875. O pngameuto dos juros corres-
pondentes ao l.° semestre de 1875 será feito no dia um de julho do mes-
mo anno.
Em cada semestre serão amortisa-
das as obrigações que a sorte desig-
nar, applicando-se successivamente a
esta amortisação um quarto por cen-
to do capital em cada anno, mais o
correspondente ás obrigações anteri-
ormente amortisadas, de modo que a
amortisação total se achará completa
dentro do período de 5G annos, conta-
dos do primeiro de janeiro de 1875.
O preço da emissão é de 75 Vi 0^o,
ou de 67£950 rs. por cada obrigaçáo.
Os subscriptores pagarão a impor-
tância da sua subscripção reduzida a
efleciivo em cinco prestações pela ma-
neira seguinte:
No acto da subscripção 5 0/o
No dia 20 de junho 20 0/o
No dia 15 de setembro 25 O/o
No dia 10 de dezembro 25 0/Q
No dia 15 de março de 1874 25 0/o
A subscripção total, quando exceda
a somma nominal de 2.034:0005000
rs., será rateada poios subscriptores
na proporção das quantias cora que
respectivamente subscreverem.
Aquelles a quem no rateio couber
menos de 90S000 rs. serão considera-
dos subscriptores por esta quantia.
E' permittida era qualquer época a
antecipação do pagamento de quaes-
guer prestações conijo desconto de 5
O/q ao anno. No caso de falta de pagamento das
respectivas prestações todos os paga-
mentos anteriores llcam sujeitos á
pena de perdimento.
As obrigações são consideradas co-
mo titulo de divida publica. 0 gover-
no proporá annual mente ás córtes as
sommas necessarias para o pagamen -
to dos juros e amortisação d'estes tí-
tulos, na conformidade do artigo 70
da lei de 2 de julho de 1867, e o pro-
ducto liquido da exploração das li-
nhas ferreas do Minho e Douro ficará
especialmente consignado a este pa
gamento na conformidade do § 7.' do
artigo 6.* «la mesma lei.
A subscripeáo estará aberta nos ■
3 e 4 do mez de junho, desde as 11 ras da manhã até ás k horas da lai
Em Lisboa na direcção geral da the-
souraria geral do ministério da fa-
zenda.
No Porto, no cofre central do dis-
tricto.
Em Bragá, idem. idem.
Em Vianna do Castello, idem, idem.
Direcção geral da thesouraria, em
2 de junho de 1873.
7 José Antonio Gomes /mqcs.
11)9, Rua da Prata, 2.°
ESCRIPTORIO
NESTE ESCRIPTORIO fazem-se adian-
tamentos sobre consignações de
quaesquer generos de producção do
paiz oucoloniaes, ou mesmo estran-
geiros qne tenham prompta saida nos
mercados inglezes.
Também se compram aquelles que
se offerecerem em condições vanta-
Fazem-se transacções porconsigna-
ção ou compra, sobre minérios, taes
como de cobre, chumbo, phosphatos ou outros quaesquer, se convierem as
condições de qualidade e preço.
(Do meio dia ás 5 horas e meia da
tarde). 8_
Coiiiniercio especial
com a llcspanha
Commissões, consignações
e transportes
KMcrlptorlo
16, Largo do Corpo Sajito 2.°
HM*111 HOKEIFIl 1\T
AGENTE commercial da companhia
caminho de ferro de Ciudad Ileal
a Badajoz e de Almorcho nás minas
de carvão de Belmezi. 9
0 EXTMiilNADOli
nOMPLETA destruição do oidium,
\j phylloxera vastatrix, formigas, pul-
gão, percevejos, cochonilha e toda a
qualidade de insectos, e ferrugem das arvores.
10
VENDA DE PRÉDIO
NA
PRAÇA DO C0MMERCIQ
Por intervenção do corrector
de S. 0. (iuimarães
iuO dia 5 de Junho proximo, pelas 2
li horas da tarde, no local annunci-
ado, se hade proceder á venda em
hasta publica, d'uma propriedade de
casas, com duas frentes e vista para
o Tejo; situada no melhor local, cal-
çada deS..Francisco, 1 a 13 modernos
para a rua de S. Francisco, 32 A anti-
go, freguezia de N. S. dos Martyresc
é livre de fòro ou pencão; renda an-
nual 6755000 réis, susceptivel d'í
mento. Os títulos achão-se correntes
I e podem ser examinados no escripto-
rio «lo dito corrector, 12, rua Nova
da Trindade, onde se prestão os mais
esclarecimentos. n
Boa rcsldencia
çava famílias
QUE queiram residir algum tempo
no Porto; se aluga um ou mais
andares mobilados, em bonito sitio.
Fornece-se também a comida. Dirigir-se a A. P. d'Oliveira Costa,
rua do Almada 526, Porto. 12
Inscripções
as arvores.
Rua Nova do Carmo 71.
T IVRES,
L nores,
eguaes
mento de
movem-se eraprestimos na C. do Sa-
13
usofructo e de me-
bancos com
hvpothecas, adianta-
i ae propriedade. Pro-
pr cramento, 7 sobre-Ioja.
Ás almas caridosas
PEDE pelo amor de Deus uma esmo-
la um desgraçado pae de família,
doente de cama sem meios alguns,
Certiíicar-vos-heis da verdade na rua
das Fontainhas de S. Lourenço, 19,
1.° andar. 14
Collecção de problemas
PREÇO 100 REIS.—Remette-se
de porte a quem mandar a
tancia em estampilhas ao <
Collecção de Problemas,
Atalaia, 65. 15
CONTRA A TOSSE
PPJVILEGIO EXCLUSIVO
Xarope Peitoral James
UNIC0 legalmente auctorisado p^Io conselho de saúde, ensaiado e approva-
do nos hospltaes, Acha-se á venda nas principaes phariuacias. IS
i/esta beij&ci d a, ifgpadeliciosã fa rinha
D CI/AI ÍQPIFRPDIU BABRY
ntVnLtoLItnCide londres
AOS NERVOS, ESTOMAGO,FÍGADO,
PEITO, RIIMHÕES, BEXIGA, BÍLIS, MUCOSA,.
SANGUE E INTESTINOS MAIS ENFERMOS.
26 ANNOS DE SUCCESSO.,75,000 CURAÇÕES ANNUAES
BARRY DU- BARRY E C?,-LONDRES?
DIÁRIO ILLUSTRADO
Recebendo lambem carga pa-
ra o Rio Cirande (lo
Sul.
, A nARA os portos
jjOfcOL. l acima sairá no
o paquete inglez
esperaaeuvcrpool em 4.
Para carpa ou passagens trata-se
na ageneia, Rua do Alecrim, 10.
Os agentes. — Garland l.uldlry & c.». 32
Recebendo também carga pa-
ra o 11 io Cirande «1o POR 245000 réis, um 1.° andar, com
7 casas, um pateo, quarto para cri-
ado, e linda visto de mar e campo.—
Calçada do Marquez de Abrantes. 122. L D ARA os porteis
I acima sairá no dia 5 ou 6 de ju-
friiW» "3 n'10» 0 paquete T... ... . i11-1(• z Jerome,
que se espera de Liverpool de 4 a 5.
1'ara carga ou passagens, trata-se
na rua do Alecrim, 10.
Os agentes— Garland I.afdlCy
& ©.», 10, rua do Alecrim. 33
O vapor CamWlun
. 4. 1 pSPERA-SE de 5 a Ci 6 do corrente
mlrnrPara sa'r depois ('a indispensável
Para carga e passagens trata-se do
Cães do Sodré, fi4, Os Agentes
25 E, Pinto Baato & C.»
O vapor CovdiUeva
ÍSPERA-SE de 5 a 6 do corrente, para sair depois da indis
pensavel demora.
Para passagens, trata-se no Caes do Sodré, 64. Os agentes
34 E. Pinto Bunto & C.»
O vapor Penelope
A. v -nSPERxV-SE a 3 de
lj junho para sair depois aa indis-
pensavel demora.
ta-se no Caes do Sodré, 6*-
Os agentes
26 Pinto Banto & C.1
ESTA farinha reslitue a saúde e o vigor ao estomago, aos nervos, aos pulmões, «gado, glandulas. bexiga rins, ce
rebro .cangue e mucosas, assim como o appetite, boa digestão, e somno restaurador, combatendo com successo
as mas digestões (dyspepsias), gastrites, gastro-entérites, enfartamentos, vertigens, dores de cabeça, enxaquecas, perdas, nauseas e vómitos depois da comida ou no mar, mesmo no estado de gravidez, dores, congestão, ínllamma-
ções dos intestinos e da bexiga, caimbras e espasmos de estomago. insónias, opnressão asthma, bronchite, phtisica,
estado nervoso, rheuniatismo, gota, febre, tosse convulsa, epilepsia, anemia, cfilorose, vicio e pobresa de sangue,
fraqueza, suores diurnos e nocturnos, hvdropsia, diabetes, pedra, doenças de crenças e de senhoras, suppressoes,
etc. Este alimento é geralmente preferível ao leite e ás sopas de pão para crear os meninos e fortificar as pessoas
fracas de qualquer edade. Fortalece as carnes das pessoas enfraquecidas, ou inchadas.
BARRY DU BARRY a C.*"£'í
Paris; Regent-Street, Londres; Rua de Valverde, 1, Madrid.
—Preços fixos da venda por miúdo em toda a peninsula:
Em caixas de folha de lata de 1/4 de kil. 500 réis; 1/2 kil.
800 réis; 1 kil. 1*400 réis; 2 1/2 kil. 3*200 réis; 6 kil. réis
WOO, e de 12 kil 12*000 réi<.
Os biscoitos de lievaíescièrc, que se podem comer em
todo o tempo, vendem-se em caixas de 800 e W00 réis.
A Itevalescierc chocolatada restitue o appetite, a digestão,
o somno, e fortalece as carnes aos adultos e ás creanças
as mais fracas, e nutre dez vezes mais do que a carne,
sem esquentar.
Em pó, em caixas de folha de lata de 12 chavcnas 500
réis; de 24 chavenas 800 réis; de 48 chavenas, 1*400 réis;
de 120 chavenas. 3*200 réis, ou 25 réis cada chavena.
Os pharmaceutics, droguistas, merciciros, etc.{das
Erovincias devem dirigir os seus pedidos ao Deposito
entrai: Srs. wer*edciio & c.*, Largo do Corpo Santo,
16. Lisboa, (por grosso e miúdo.) Carlos Barreto, rua do
Loreto,28; Barral Irmão- rua Áurea, 128.—PORTO, Désiré
Rahir, rua de Cedofeita; J. de Sousa Ferreira & Irmãos;
de Sequeira; J. Pinto. 17
75:000 curas por anno, incluindo a S. S, o papa Pio IX,
do duque de Pluskow da marqueza de Brénhan, etc. etc.
Seis vezes mais nutritiva do que a carne, sem esquen-
tar; economisa cincoenta vezes o seu preço em remedios.
Em caixas de 250 grammas. . 0 grande explorador scientiílco o dr. Linvingstone,
no seu relatorio a sociedade geographica de Londres ácer-
ca da sua origem na Africa, diz o seguinte: •Os habitantes da província de Angola parecem gozar
de uma lelicidade eiysia; não precisam medicos nem dro
gas. 0 seu alimento principal sendo a lievalesciere que
du Barry introduziu na Europa, elles estão inteiramente
livres de doenças; as phtisicas, escrófulas, cancaros fe-
bres, constipações, diarrheas, são-lhes completamente desconhecidas, assim como as bexigas, o sarampo, etc.»
Roma, 14 de julho de 1966.
A saúde do Santo Padre é exceUente; particularmente
desde que, abstendo-se dos remedios com que se preten-
dia cural-o dos achaques proprios da sua edade, faz uso
da excellente Bevalenclère, a qual tem operado na sua
pessoa maravilhosos efTeitos. Assegura-se que Sua Santi-
dade conso e um prato cm cada c< mida, e que não pode elogiar bastante esta deliciosa farinha de saúde.
(Corrspondencia da Gazette du Midi, de Marselha).
l qAIRA' no dia 12
u dejnnho o pa-
quete inglez Ber- nurd, que se es-
pêra de Liverpool
Para carga ou passagens, trata-se
na rua do Alecrim, 10.
Roga-se aos srs. carregadores o fa-
vor de tomarem praça sem demora.
Os agentes, — Garland Laldle?
& C27
i qAIRa depois de o pouca demora
em Lisboa, o pa-
ifl quete inglez obe- ron, de 1207 to-
nelladas, commante Haunay, que se
espera de Liverpool de 9 a 10 de ju-
nho.
Tem muito boas acommodações
para passageiros.
Para carga e passagens trata-se na
agencia rua do Alecrim, 10.
Os agentes — Garland Laldley
& C*. 28
VENDE-SE
A obra intitulada «0 condestavel D.
Nuno Alvares Pereira», por Fran-
cisco Rodrigues Lobo, edição de 1627
na «Agencia d'annuncios» travessa de
Santa Justa, 65, 2.° £U 22 Rua de Santo Antonio da Sé, 1
e rua da Padaria, 49
ESTE estabelecimento acaba de receber um variado sortimento de bolachas fabricadas pelo systema inglez da nova fabrica de bolachas de Adolpho
Schurmann, rivalisando em paladar com as inglezas e 20 por cento menos.
Tabacos de diversas qualidades. Vinhos engarrafados: Termo tinto a 60, 70 e 80 réis.
Termo branco a 90 e 100 réis.
Cartaxo a 70, 80 e 90 réis.
Alto Douro a 160 réis. Carcavellos a 200 c 280 reis.
Bucellas a 200 réis.
Abafado l.ranco a 200 réis.
Lavradio a 280 réis. Moscatel a 500 réis. ^
Porto a 500, 600, 800. 1*000 e 1*200 reis. Madeira a 600 e 1*000 réis.
Malvasia a 600 réis.
Cognac a 1*000 réis.
Genebra Una a 480 réis.
H.B. 0 preço das bolachas é o mesmo da fabrica. Os srs. revendedores
teem 20 por cento de desconto. 18
ROMANCEIRO DO ALGARVE
Vende-se .an rua da Atalaia, 65-
Preço wo rs. 23
PAUA jLO*UllES
O vapor hespanhol Cav\úo
ÍSPERA-SE a 3 e sairá em 4 do corrente.
Para carga e passageiros, trata-se na agencia, calça
da do Ferrigial, 7, 1.* andar.
0 agente
29 J. M. Aleobla.
PARA LONDRES
O vapor Burlington
SAÍRA' quarta-feira 4 de junho.
Para carga, trata-se no Caes do Sodré, 64.
Agentes
DE
JACINTHO HELIODORO DE OLIVEIRA
Pra^a de D. Pedro, 56,57 e 58
TiIANOS das principaes fabricas de Paris, Pleyel, Woltt & C.* e Henry Herz,
r Phelippe Hervjllenrz com 88 nntas, Aucher Freres e outros. Orgaos har- monius. Garantein-se todas as vendas, recebe pianos em troca, encarrega se
sob sua responsabilidade de qualquer concerto n'este artigo e aluga pianos.
ALUDIAS ClfiSIIIMUÇÔES S<MAS COMPARATIVAS^
SUPERLATIVAS DA LINGUA PORTUGUKZA, para auxiliar o ensino da
mesma lingua.—Preço 80 réis.
Avenda na typographia de Sousa Neves, rua da Atalaia, 65. 20
Para o Rio de Janeiro, Montevideo,
Ayres, Valparaizo, Arica, Islay e
LINHA SEMA VIL
PAQUETES DATAS DAS SAÍDA
terça-feira 3 de junho
terça-feira 10 de junho
pata go ia terça-feira 17 de junho
* cotopaxi terça-feira 24 de junho
cokdilleba terça-feira 1 de julho
* gahovie terça-feira 8 de julho
corcovado terça-feira 15 de julho
* ci*co terça-feira 22 de julho
Com escala por Pernambuco e Bahia
DE 15 EM 15 DIAS
DEPOSITO especial de livros, dirigido por Madame François Lallemant, for-
necedor da Casa da Bragança, e da Escola Académica, rua do Thesouro
Velho, 22, loja. N'esta livraria acha-se á venda um grande e variadíssimo sor-
timento de livros de religião, sciencias e artes, Instrucção popular, etc.
Estampas refigiosas, gravuras, fojnecimentos para escriptono, papel, en-
veloppes, tintas, e differentes objectos de melhor gosto.
PALESTRAS FAMILIARES
Sobre o protestantismo d'hoje em defesa do catholicismo, por Monsenhor
deSégur; traduzido do francez—l volume 200 réis.
WILiiWYS 1>\ YUVV iAWUST V
Destinadas á educação infantil por uma mãe de família, illustrada com
estampas religiosas.—Um livrinho brochado 100 réis.
Para o IVio de Janeiro, Montevideo
e Buenos Ayves
Obem conhecido vapor aotabte de 1:350 toneladas, espera-se de Glas-
gow no dia 10 de junho, e satrá depois da indispensável demora para os
portos acima indicados; tem excellentes accommodações, para passageiros
de 1.* e 3.4 classe, com todas as innovações e melhoramentos modernos,
eguaes ás dos melhores vapores que costumam vir a este porto; fornece co-
mida á porlugueza para os que assim o preferirem, e vinho; assim como
cama, roupas e utensílios de mesa para os de 3.â
Pede-se aos srs. carregadores que tomem praça com a possível anteci-
pação. A carga deve estar prompta no dia 9 .de junho, e cada volume levar
designado o porto do seu destino.
Para carga e passageiros trata-se na travessa do Athaide, 7, com os
agentes
31 Jlledllcott &C.*
* Magellan terça-feira 10 de junho
* COTOPAU terça-feira 24 de junho
* garote. terça-feira 8 de julho
* terça-feira 22 de julho
Para Pernambuco, só recebe malas e passageiros.
A velocidade d'estes vapores é já bem conhecida, costumam gastar de
Lisboa ao Kio de Janeiro 13 dias.
Para carga e passagens, trata se no Caes do Sodré, 64.
Os agentes—E. Pinto Banto & c *
Pela COftDENBA l»E 8EGIR
Um lindo volume, illustrado com 79 bcllas gravuras, traduzido do fran«
cez. Esta util e riquíssima publicação, propria para ser offerecida como pre
sente ou como premio nos collegios, vende-se em brochura por... 000 róis-
e encadernado em percalina còr de rosa, doirado por folha, por... 800 réis
Faz-se abatimento considerável nas requisições feitas pelos collegios