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Undécimo anno
ASSIQKATLRl EM LISBOA
Imez.... 300réis Ammnrioe,.linha 20 réu
3 meies..
Avulso...
900
10
Ditos por cima da estam-
pa ou por baixo, 60 réis. No corpo do jornal 40 rèis.
Sabbado 28 de janeiro de 1882
A89I6NATUB4 NAS PROVÍNCIAS
3 mezes, pagamento adiantado... 1£150réis
A correspondência sobre administrarão a R.
de M. e Albuquerque, T. da Queimada, n.° ò5.
Numero 3.132
\'iscoodc de Linduso
D. João Peixoto da Silva Almei-
da Macedo e Carvalho, fidalgo ca-
valleiro da casa real, com exerci-
cio—commendador das ordens de
Nossa Senhora da Conceição, de
Cbristo, e de Carlos III de Hespa
nha—primeiro vise n «e de Lodo-
so, por decreto de 27 de outubro
de 1863, nasceu na freguezia de
Trianaa, da villa de Alemqaer, a
10 de Junho de 1826.
Foi seu pae, Gmçalo Mmoel
Peixoto da Silva Almeida Macedo
e Carvalho, senhor dos morgados
das Almeidas, de Guimarães; dos
Macedos e Carvalhos, d'Alemqner,
e d'Evora cidade, do da Lagiosa,
dos cazaes de Melres, capellas dos
Peizotos e de Santa Catharina, dos
padroados do convento d Alem-
qaer e das egrèjas da Lagiosa, S.
Vicente do Pinheiro, de Avessa-
das, Villa Cova, Luiim, e R^guen
g) de Penafiel de Sonsa. E sna
mãe, D. Magdalena de Buurbon
Peixoto, filha de Joaquim Lsite de
Azevedo e Araujo, fi lalgo da casa
real, mestre de campo de infants
ria auxiliar do Terço da villa da
Barca, alcaide mór do Castello de
Lindoso, senhor dos direitos reaes
e terras do concelho de Lindoso,
senhor da Quinta e Paço de DaI
vares e dos morgados da Torre de
Vizella, e coronel do regimento de
milias da Ponte da Barca.
Casou o sr visconde em 23 de
jonho de i8o5 com a ex ■■ D. Ro
sa Leocadia da Silva Peixoto, fi-
lha de Francisco Alves Ribeiro e
de soa mulher D. Joanna Margari-
da da Costa Alves, de Guimirães.
Existem d'este consorcia nove fi
lhos, dos quaes casaram, ultima-
mente, na familia do commenda
dor Joáo Baptista de Sampaio, da
referida cidade, a ex D. Magda
lena Carolina de Bourbon Peixo
to e seu irmão Gaspar Tnomaz
Peixoto.
O primogénito, visconde de Lin-
doso, Gonçalo, depois de ter cur
sado c m moita distincção a facal
dade 1 e direito, em que se for-
mou, falleceu em verdes annos,
deixando a mais profunda magoa
em todos que tiveram a ventura
de o conhecer e apreciar o con-
jnncto de virtudes que ornavam o
seu noblissimo caracter.
Dos ascendentes do sr. viscon-
de, em que se encontram ronitos
fidalgos da mais antiga e distincta
grandeza do reino, só poderíamos
tratar escrevendo um volume. Nas
chronicas do reino e nos livros de
nobiliarchia, a começar no do con-
de D. Pedro, se encontra larga e
honrosa noticia dos feitos dos
avoengos do sr. visconde.
Em diversos escriptores moder-
nos, e ainda ha poucos dias no li-
vro do sr. padre Ferreira Caldas—
«Guimarães, apontamentos para a
sua historia»,se lêem curiosas in-
formações dos antepassados de
s. ex •.
Mencionaremos sómente o facto
historico que deu origem ao appel
lido Peixoto, de certo o mais re-
cordador da antiga linhagem d'es-
ta familia.
Gomes Viegas, filho de D. Egas
Henriques de Portocarrero e de D.
Thereza Gonçalves da Curveira,
irmão do arcebispo de Braga D
João Viegas, e neto de D. Hdnn-
ques Fernandes Magro, e de sua
mulher D. Ourana Reymondo de
Portocarrero, descendentes de D.
Fernando de Toledo, filho illegiti-
mo de el-rei D. Affonso Henriques,
íoi, o dito Gomes Viegas, o pri-
meiro que tomou o appelido de
Peixota ou Peixão, de que saiu o
de Peixoto; e isto em resaltado do
segninte facto historico, que as
chrcnicas do tempo narram.
Achando se Gomes Peixoto cer
cado no Castello de Celorico da
Beira, em tempo de D. Sanchc 11,
por D. Affonso III que pretendia
tomar a si o g verno do reino, es
tando os cercados no maior aper
to, 8nccedeo, que passeando um
dia, antes de nascer o sol, por ci-
ma da muralha, e fazendo, com
outros dos sitiados, deprecações a
Deus para que os soccorresse, viu
Tir uma agoia, da parte da ribei-
r« de Mondego, que trazia uma
tru'a no bico, a qual voando por
cima do Castello, lha deixou cair
dentro, tão fresca como se fosse
n'aqueila bora pescada, o que ti-
veram os cercados por annuncio
de sua liberdade, fazendo da truta
presente cora pão que logo prepa-
raram de alguma farinha que ain-
da tiDham, a Affonso III aue no
arraial se achava, sendo G)mes
Viegas o embaixador que da parte
dos cercados lhe effereceu o pre-
sente, e elle, admirado do regalo e
d'aquelles terem peixe em parte
tão distante do mar, successo não
esperado, lhe levantou o cérco cha-
man to a Gomes Viegas
—o P ixão.
Este aesde então lar-
gando os seus heredi-
tários appeiidos, tomoa
o de Peixoto, por fazer
d'elle maior apreço,
corro refere Roy de Pi-
na, na chronica de D.
Sancho II, e bem assim
outros escriptores.
Também foi por este
fida que Gomes Pei-
xoto tomou por armas
um escudo, escaqueado
de oiro e azul, de cin-
co peças em faxa e
seis em pala, que tem
principio na primeira
faxa de oiro, armado
de capacete tendo por
timbre uma aguia com
uma truta no bico, pin-
tada das suas côres na-
turaes, sendo estas as
armas de todos os d'es-
te appelido.
Mais tarde, os Peixo-
tos da Calçada, da mes-
ma familia, pediram e
tiveram a mercê de fa-
zer alteração nas côres
dos escaques, pondo
em logar da côr azul a
vermelha; e assim se
conservam hoje.
Os srs. viscondes vi-
vem na sua casa do
Salvador, no campo do
mesmo nome, hoje cha-
mado de D. Affonso
Henriques, na cidade
de Guimarães; e ahi,
bemquistos de todos,
conservam o brilho da
honrada memoria de
seus ascendentes, pra-
ticando exemplarmen-
te a virtude da carida-
de, brazão não menos
esplendoroso que o re-
cebido de seus maio-
res.
N.
Veriíica-se do dia 30
do corrente a extração
da loieria de Madrid,
e a i de fevereiro a lo-
teria portugueza.
algumas de si tão santa memoria,
que esse suffragio se converte e se
fixa n'um culto, e a saudade que
rebenta expontanaa na terra das
sepulturas para esfolhar-se em
breve e misturar se com ella, e
desfazer se mais depressa do que
os corpos que ali juem, e a que
foi consagrada,se torna immarces-
sivel, ao contrario de todos as flj-
res, qu9 tem contra si o serem
ephemeras, principalmente as que
brotam à sombra lugubre dos cy
prestes.
Dj umi mo-te assim p-eciosa
damos hoje noticia. Esta senhora
era nobre e rica.
.A casa da familia Bettencourt e
Lenos de Évora continua a ser o
refugio dos pobres; aquella fami-
lia continua a ser o typo mais per-
feito do brio e'da honradez.
Consultas aos pobres, ás 3 ho
ras da tarde. Director, A. d'Ordaz
Romance. Extraordinária novi-
dade nas illustraçôes.
Moléstia d'olhos
Consultorio de V. F. de Moura
na rua Nova do Carmo n.* 32, i.4
da 1 às 4 da tarde, gratis para
os pobres.
Falleceu ha poucos dias em Ba-
lem, onde viera passar alguns me
zes, como costumava todos os an-
nos, a exm.# sr.* D. Maria Vicen-
cia Bettencourt Vasceacellos e Le-
mos, senhora appareniada com
muitas das nossas famílias mais
illustres, e possaidora de uma das
maiores fortunas da cidade, e tal-
vez do districto de Évora.
O pensamento religioso e o sen
timento da fraternidade humana,
que apparecem sempre à bora da
morte com a sua infalibilidade
providencial, teem uma homena
gem commum para todos os floa
dos. A religião lança sobre elle» *
sua benção e nós inclinamos nos
reverentes, como se assistíssemos
ao ultimo beijo que a mãe deposi-
ta na face ainda tépida, mas já lí-
vida, do filho, beijo a que elle acor-
daria se as mães tivessem vida
que podessem dar aos filhos duas
vezes, ou se, dando-lhes o ser, lhe
oão dessem a vida toda de uma
vez só.
Estas preces e estes respeitos
são, porém, ás vezes mais ferven-
tes e mais sentidos; e ainda bem
que o são, e oxala que o fossem
sempre.
Se todas as vidas que se extin
guem tem o seu suffragio, deixam
VISCONDE DE LINDOSO
D'estas duas tentações, qual mais
perigosa, fez ella sempre os seus
melhores conselheiros.
As portas de sua casa estiveram
sempre abertas de par em par pa-
ra que os p)bres coubessem por
ellas á vontade; mas se a vaidade,
com as suas equipagens ruidosas
fali se approximava, com mos
tras de quem julga ir tratar de
i/uai para igual, aquellas portas
cerravam se e lá dentro fazia-se
logo silencio profundo.
Évora, como todos sabem, é uma
cidade altamente aristocratica; to-
dos ali desejam parecer fidalgos
pela linhagem; esta senhora, sen-
<'o fi 'alga deveras, só cuidou sem-
pre em mostrar que o era na gran-
deza d'alma, na generosidade dos
sentimtnt» s, na pureza das acções.
Para a classe superior era toda
respeito; para as classes media e
popular era toda familiaridade; pa
ra os pobres era toda coração.
Évora perdeu muito; no pezar
de que está dando eloquentes pro-
vas mostra saber o que perdeu.
Mas a perda nio foi irreparavel
Se n'este sentimento ha muita gra-
tidão, muita s?udade e muita de-
voção,ha comtudo também a cons-
ciência de que bão de perpetuar
as virtudes da fallecida os qae lhe
herdaram o honrado nome.
Villa Frm
Nos horisontes d'esta terra di-
vizam se pronuncios de grandes
catastrophes visto o bravo gene-
ral Palhadinha Toleirão, amea-
çar ceu e terra com as iras do
seu gamo gjerreiro, e com a sui
fiuissima estrategia. Logo que o
valente general mande dar o to
que de fogo, e comecem a mover-
se os oatalbões, e a volver à es-
querda e á direita os esquadrões,
a catastrophe é inevitável. As
mães abraçar se hão aos filhos; as
esposas unir se hão aos maridos,
apertando, com todas as suas for
ças, o laço do matrimonio: os Ru
meus abraçar se hão ás Julietas
com a força hercúlea dos athele
tas da antiguidade. O bravo ge
neral, que pira em tudo ser guer-
reiro ó n* figura semelhante ?o
obeuz, antes de entrar era fogo li
quidará as contas com um cava-
lheiro d'Alcanhões.
Para ordem do dia da próxima
sessão da camara municipal esta
marcada uma proposta do sr. ve-
reador Andrade para a traslada-
ção dos restos mortaes do primei-
ro marquez de Pombal, para o
I pantheon de S. Vicente deJFora.
GRAM IttIUIM
ALTA NOVIDADE
Botões para coleirioho, ou
peitilho, ouro de lei a 7»0
réis
OURIVESARIA
LI V SOARES & F.° CQ
J/ RUA AUREAJU
Peia demolição dos
prédios na praça da
Alegria sao destruídas
duas estações de in-
cêndios. A camara mu-
nicipal resolveu que na
referida praça fosse
construído um barra-
cão, com os materiaes
provenientes d'essas de-
molições para ali alo-
jar as machinas do ser-
viço dos incêndios.
Hontem ao meio dia
incendiou se a fuligem
da cbaminó do fogão
da 2 * contadoria do
tribunal de contas. Co
mo sahisse grande
quantidade de famo pe-
lo telhado do ed.fluo,
toda a gente que pas-
sava pelo largo imagi-
nou estar ali eminente
um grande s nistro.Vie
ram bombas e todos os
demais soccorros. Fe-
lizmente tudo ficou em
fumo. Comtudo a ver
dade é também que o
tubo do f gào está col
locado em condições
perigosas, porque atra-
vessa o madeiramento
do telhado. Tome-se o
caso como advertencia,
e faça s < agora o que
se devia ter feito quan-
do se assentou o fo-
gão.
O sr. vereador dr.
Joaquim José Alves foi
auctorisado, a sea pe
dido, pela camara, para
nomear mais um ser-
vente para a reparti-
SIo de pesos e medi-
as.
O sr. Martens Fer
rão deixou de exercer
as funeções de pr< cu
rador geral da coiôa,
afim de poder tratar
da sua saúde.
Foi nomeado para o
substituir o sr. Couto
M»nteiro.
HIGH LIFE
Fazem hoje annos a a ex.*4*
Ourivesaria
de Pedro Moreira
Boa Anrea
Singelíssima home-
nagem aos reis de His
panha e á familia real
oortugueza. Molduri-
nhas de prata de lei
com os retratos d'estes
ugustos Personagens.
Preço SOO réis
No dia 8 do mez que vem o sr.
Henrique Cendal reaiisa na socie-
dade de Geograpbia Commercial,
do Porto, uma confrrrncia sobre a
barra do Douro e o porto artificial
de Leixões.
Deve ja ter paru jo de Inglater-
ra em direcção a Lisboa o vapor
Vilhena, destinado ás estações ci-
vilisadoras do Zaire.
A camara municipal fntre ou-
fas propostas do sr. Theoph lo
Ferreira, approvou uma, para re
guiar os vencimentos dos profes-
sores das escolas paroch aes, aos
das escolas centraes, fornecendo-
se também livros, etc., etc., aos
alumnos d1 essas escolas.
sr.":
D. Maria Emilia Corrêa, filha da ex."# er.4 condessa de Bastos.
D. Maria José da Silva, de Se*
tubal.
D. Amelia de Fre'tas Queriel,
et posa do sr. Miguel Queriol.
D Julieta ya dá Fonseca, fi-
lha do tr. Francisco Lourenço da Fonsecn.
D. Maria da Nazareth Ribeiro
Freire.
—Faz hoje 11 annos a interea-
Bsnte memna Eugenia Antónia
Lopos da Costa, íilba do sr. capi-
tão Costa da guarda municipal de
Lisboa.
E os srs.:
Visconde da Silva Carvalho.
Carlos Scola.
Franc sco Benevides*.
Robtrto Henrique Norton, filho
do ar. João Norton.
Conselheiro Manuel Pedro dr
Fana Azevedo.
Joào Vianna, official do exer-
cito.
Diogo Thomaz Soromenho.
Joào Fletcher Junior.
Joào Baptista Ferrão de Carva-
lho M*rteu8.
D. José ('outinho.
Antonio Pereira Rego Junior.
—Regressou a Lisboa o sr. D.
Antonio Manuel de Moura e Sal-
danha.
—Acham-se em Lisboa o ar.
J. àj Cesar Pinto Guimarães, re-
dactor do «Commercio Português»,
e a ei.m* sr.a D. Olivia Telles da
Silva Menezes, collaboradcra do
mesmo jornal Suas ex." honraram
com a tua visita esta redacção,
amabilidade que agradecemos.
—Regres* ou ha três dias a Bra-
#a, o sr. governador civil d'aquel-
le districto a' gare do caminho
de ferro foram acompanhal-o os
deputadob do districto, os srs. Pe-
reira Leite, Rodrigues Costa, dr.
Vie-as, Guilherme de Abreu, Jo-
sé Novaes, José Borges de Faria,
e aléui dVlles, os srs. conselhei-
ro Lcpo Vaz, visconde de Alen-
tem, Azevedo Castello Branco,
Diogo de Macedo,G qçalves, con-
de de Margaride, J-ronymo Pe-
reira Leite, Rapot-o, Grauja, José
Lima, barão do Pombeiro, Claro
da Fonseca, J. ão de Mendonça e
Rocha Peixoto.
Na vespera, todos os deputados
pelo districto de Braga tinham of-
ferecido no Restaurant (Hub um
lauro jantar ao sr. Jeronymo Pi-
mentel. Ao toste appareceu o sr.
Lopo Vaz, e como é de suppor o
jantar correu animadamente, tro-
cando-se sinceros protestos de es-
tima e de amisade.
—Regressa hoje a Santarém o
sr. visconde de Andaluz, gaver-
nador civil d'aquelle districto.
—Eram hontem esperados de re-
gresso da Anadia os srs. conse-
lheiro Jo'é Luciano de Castro e
Emygd o Navarro.
Na livraria de Madame Marie
François Lallemant encontra-ie
uma variada escolha de livros ina-
fxuetivos e recreativos, iilustra*
dos, e com boas encadarnaçõei-
Recebem se sempre todas as no-
vidades litterarias de Paris, e te-
mam se assiçnaturas para todci
os jornaes scientificos, politico! e
de modas. Rut^/Jo Thesouro Ve-
l&o, 22, Liety
Cumpre nos declarar que es-
tando um dos redactoras d'esta
folha em Vrlla Viçosa por occa-
fião da caçada real, nenhum dos
ariig' s que publicamos sào d'elle,
mas sim de um nosso correspon-
dente a'ali.
O nosso collega a que nos refe-
rimos o sr. m jor S rpa Pioto,
estando n • Paç» e fizendo parte
da c mm tiva real absteve se de
nos enviar qualquer noticia.
Falleceu na una da Madeira d'u-
ma tysica pulmonar o sr. Alexan-
dre de Lasinan Junior, filho do sr.
consul da Russia em Lisboa.
O sr. aajor Seipi Pinto que
regressou ante bontem de Villa
Viçosa com S. S. M M , partia
hoje paraja- sua casa do Douro,
onde se vae demorar por. 4 ou 5
dias. — ■ ——
Os cavai leiroH do amor
romance ílmstrado com magnificas
estampas a côres, assigna-se na
ma de Atalaya 42. Cada cromo ou
(olha 10 réis. '
OxÁiiiO i LiLUitRASO
tOLETIM DO DIA
O Popular queixava-se ante-
hontem, comc advertia-os, de que
Da apresentação do tratado do
commercio linha havido tanta de-
mora, que nào era possível esta
dal-o, e quasi que nem sequer lei o
antes de votal-o.
No mesmo dia o Primeiro de
Janeiro publicava uma extensa
analyse d'este dwcumento, ana yse
que o Popular achou muito boa e
tratou logo de transcrever hontem
mesmo.
Santo Deus! O que pôde valer a
apreciação dc Pt inteiro de Janeirol
Quem quiztsse estudar o tratado
Hào poderia fazelo até aos primei
ros dias do mez de fevereiro, isto
é, dentro do prazo fixado para a
sua approvaçào?
Mas o P( pular, que declara com
toda a ingenuidade ser o prazo
acanhadíssimo p*ra um exame tào
importante, logo no dia seguiote
ao da apresentação do decreto de
que se trata deu larga opinião so-
bre elle; e agora acha muito judi-
ciosa e reflectida a an>lys« publi-
cada pelo Primeiro de Janeiro, o
que prova que tem tempo nà ió
para estular o tratado, como até
para estu lar os com-m*nta rios que
como era de esperar, lhe vâo sen
do feitos pela opposição.
E' d'uma boa fó aúoravel, este
pobre Popular!
Em todo o caso o assumpto é
bom para ser explorado em favor
de certas classes, que suppunham
que os plenipotenciários portu
guezes seriam capazes de pr» por,
e os plenipotenciários franceses
seriam capazes de acceitar quaes
Yjuer condições ahusivas e espe-
culadoras, co i o que se um trata-
do fôra uma fraude, ou o commer-
cio fosse uma espoliação.
O Primeiro de Janeiro lamema
a falta de proteção a industria d*
ourivesaria. Tem muita rasào. Os
ourives da prata ha muito que nào
podem satiffazer as exigeocias da
Srccura que tem o seu trabalho-
ião sabemos se sao bem ou mal
remunerados, o que sabemos ó
que as suas obras são apreciadís-
simas.
Nem ó preciso recorrer a nutro
argumento. Como se explica o
desenvolvimento que esta indus-
tria tem tido no Porto, como se
explica que ella lenha chegado ao
grão de perfeição a que tem che-
gado ? Explica-se com o augmen-
to progressivo do consumo. A que
vem, pois, os queixumes ?
E a industria dos chapéus de
palha ? A industria dos chapéus
de palha esta prejudicada pela ra-
são inversa da que explica a pros-
peridade da ourivesarH. O que es-
ta tem a seu favor tem aquell •
contra si;—o consumo. D-em á
. pauta as voltas que quizerem que
não conseguirão obrigar niog em
a andar por força de chapéu de
palha.
Desejamos sinceramente a pros
Eeridade da industrias nacioaaes.
omo jornalistas, todos os dias re-
gistramos nas nossas columnas as
apreciações mais lisor geiras a res-
peito d'ellas, e todos os dias cha-
mamos a attecção do publico para
os estabelecimentos que dão leste
munho do sea adiantamento. Gomo
consumidores, preferimos sempre
os seus productos aos estrangei
ros, ainda que em quasi todos os
casos a nossa bolsa tenha de pa-
gar estas provas praticas do nosso
patriotismo.
Mas ainda assim, não nos julga-
mos auctorisados a sacrificar aos
interesses de uma ou cutra classe
os interesses geraes, que merecem
toda a consideração n'um paiz de
poucos recursos como é o ncsso,
n'uin paiz onde as circumstancias
da classe media são cada vez mais
deefavoraveis.
As p? utas Bfi*>ugdem nem de
vem e.xcluir as cX-.eniencias dos
consumidores; nào poleai nem de-
vem legalisar mouopolios nenhuns;
absolutamente nenhuns.
Se se fosse a attender nos ira-
dos a todas as exigencias do eyois
mo, as diferentes classes indus-
triaes ficariam em guerra declara
da urras contra as outras, porque
entre muitas d'ellas txistem rela
çees necessarias, que haviam de
ser prejudicadissimas, admittidas
que fossem preferencias injustas
Nào ha paiz nenhum que produ-
za tudo quanto consome; ne n es
se facto economico, se se desse,
seria symptoma de riqueza, ccmo
á primeira vista parece.
A exportação ó uma condição
vital do commercio, e não havia
exportação, ó claro, se não hou-
vesse importação.
Ha artigos que um paiz pode
produzir por preços muito roais
modicos do que outro; mas na by-
pothese contraria esta a compen
sacão.
Uns economistas improvisados
querem por força convencer as
classes menos esclarecidas d que
nós podíamos produzir lado de que
carecemos para o consumo nacio-
ca'; que não acontece assim por
culj a das pautas; e que no dia em
que não precisássemos de impor-
lar coisa alguma, não tendo tam-
bém nada que exportar, seriamos
o povo mais feliz do mundo. Es-
peculam, é o que faiem, com a in-
dolência dos que preferem ajuizar
pela opinião alheia, embora seja
falsa, a terem o trabalho de fazer
uio oa rasão que Deus lhe deu.
Finalmente, para que a França
nos fizesse concessões foi preciso
oue Lés Ih'as fizessemos também.
N'esta alternativa dispensou se
maior protecção aos ramos que
tinham mais direito a ella. O con
trato não o dissimula, antes o de
clara positiva e terminantemente;
e i^ara se reconhecer que elle foi
feito com toda a boa fó. com toda a
sinceridade, e, de parte a parte,
com toda a lealdade basta lei o, re-
flectida mas desapaixonadamente.
cionar ó de suppor que seja im-
portantissima. Nem outra coisa se
pode esperar, porque o tratado foi
negociado em muito melhores con-
dições do que o de 1866 Por elle
ô :avorecidiss'ma a nossa agricul
lu-a, a primeira fonte de riqueza
do paiz, o nosio commercio e a
grande maioria das industrias. Isto
não quer dizer que não haja uma
ou cutra nota discordante, mas o
contrano é que seria para admi
rar. Felizmente os descontentes
constituem um numero inflmo, e
n'isto esta o elogio do negociador
do traiado e dos seus auxiliares.
Na ordem do dia, entrou em
discussão o tractado. A camara
consutui-se em sessão secreta, não
nos sendo por consequência per-
mittido dar noticia do que se pas
sou.
Tornada a sessão publica, o sr.
Marianoo de Carvalho interpellou
o governo, em presença de um te-
lepramma que acabava de receber,
telegrsmma em que se dizia que,
tendo os administradores dos dois
bairros do Porto interferido no
trabalho das commis>ões do re
censeamento, estas resistiram ás
imposições da auctoridade, sendo
seguidamente presos es indivíduos
que as compõem. Em nome do
governo respondeu o sr. Hintze,
que dií^se ignorar os factos a que
o sr. Marianno se referia, mas
acrescentou que trataria de se in
«Ahi tem o povo o que são cs i nas suas diligencias, sob a
seus defensores egualitarios; aclaro vigilancia do administrador subs
que os filhos do povo não podem uiuto. que descobrindo se que Ale-
ter capacidade senão nara ocffi xandre Seixas se refugiara n'jma
cio. Ahi tem os que atacam e atas casa da freguezia da Meadel'a, foi
salham as actuaes instituições, asI ali persfguil o, acompanhado por
quaes aliás dão lo«ar a todos »s quatro < ffi -iaes, realisando-se as-
merecimentos, venham elles da sim a captura,
cfficina ou dos bancos da univer- O criminoso conservava ainda
sidade. na algibeira o revolver com cinco
Ahi os tem; fazemos-lhe presen tiros,
te d'elles, mas por que não cuidem E' homem de má nota, porque
que lhe damos coisa boa, sempre já em tempo, quando se achava
diremos que estes são dos republi estabelecido em Ponte de Lima,
canos baratos». | puchára de uma navalha para um
individuo, só porque este lhe pedi
Tem rasão a Lucta. E'realmen I ra o que era seu.
te notável que quando qualquer fi Fei conduzido para a cadeia de
lho do povo se levanta p^lo seu| Vianna,
trabalho e pela sua intelligencia, O sr. provedor do asylo demen-
sejam sempre os que blasonam de dicidade pediu à caniara ff)UD1Cj.
republicanos os qoe preleolem fe , UDS lerretlos n0 prolongamen-
nl-o e desprestigiai o. l0 dft tua ^ Estephania. bom co-
Que coherencia a d esses sujei- roo aj„UDS n^ieriaes provenien'es
tos, e que boa esperança a do po | da deDl0,jçà0 dos prédios da Pra-
KAS COUTES
Foi hcntem bastante longa a
sessão na camara dos deputados,
correndo além d'isso recheiada de
peripécias. Antes de se entrar na
ordem do dia foram apresentados
vários projectos do lei, propostas
e requerimentos. Uma commissào
de industriaes de Lisboa que se
julgam lesados com o tratado, f>i
rectbida pelos srs. ministros das
obras publicas e pelo presidente i formar, propondo se o governo a
da camara. Dssejava ella que a proceder em conformidade da lei,
discussão do tratado fosse addiada coxo lhe cumpria.
vo se n'elles confiasse.
até segunda feira para que os ia-
dustriaes, ue se julgam pr judi
cados pelo tratado, podessem far-
mnlar as suas reclamações.
Tanto o sr. Hintze Ribeiro como
o sr. B.var receberam com a ma-
xima consideração a commissão.
O sr. Hiatze disse que acatava as
aspirações da ciramissão, porque
entendia que nos governos cons-
titucionaes era sempre respeitável
o direito de petição, e que o go-
verno, sem faltar aos altos com-
promissos contrahidos para com a
nação, procuraria attender no li-
mite do possivel aos desejos dos
reclamantes. Devia, porém, obser-
var que estando a questão da dis-
cussão do tratado affecta á cama-
ra. tó ella podia resolveu com re-
lação ao adiament;, e tanto mais
que havia um praso fitai para ser
discutido o tratado.
E' efectivamente certo que até
ao dia 4 deve estar discutido o ira-
Por ura telegrarama recebido á
noite sabe se que entre os presos
figura um irmão do sr. padre Pa
tricio que, como ó sabido, é depu-
tado aa maioria, e que tan bem
hontem usou da palavra sobre este
incidente; bem como o sr. D.as
Ferreira.
BOLETIMPA RIAM ENTÀR
Reuniu hontem a camara electi-
va as 2 horaá e um quarto da tar-
de, sob a presidencia do sr Luiz
Bivar, estando presentes 69 srs.
deputados.
Teve segunda leitura o projecto
de lei do sr. Dus Ferreira para a
reforma da carta.
O sr. miuistro dos negoclos es
trangeiros renovou a iniciativa das
seguintes pn postas.
1a auctorisando o governo a pôr
em vigor a convenção as«ignada
em Paris para regular o transpor-
Tara-iíro
O jantar dos jornalistas
Onde não houve pifões
Onde houve entradas a libra
E também a dez tostões,
Tem dado grande trabalho,
A' gente da commissào,
P iis alguns que não pagaram,
Tambam qu'riam ter quinhão.
Todos queriam jantar,
Por isso tudo se queixa,
Porque torna, porque deixa,
Gritam os taes figurões,
Que a commissào andou mal,
Por não ter sequer pensado.
Em também ter arranjado,
Entradas a dois tostões.
Pagaram uns 4 libras,
Para o jantar dos jornaes.
P'las investigações minhas,
Comeram tanto esses taes,
Como os das duas carinhas;
E' que perante o assado,
Está de ha muito provado,
As barrigas são eguaes. Argus.
Falleceu uo aia 26 do corrente,
D Isabel
ça da Alegria para construcçâo de
uma casa para o collegio Araujo
que* aquelle estabelecimento admi-
nistra.
O requerimento foi á commi ssão
de obras e melhoramentos para
dar parecer
Oliveira do Hospital
Eleições da commissào
do recenseamento
O Popular de 44 do corrente
conta a *eu modo a eleição do dia
7 de janeiro do corrente anno; re-
gos'ja-se pelo resultado d'essa
eleição; eleva até as nuvens o pre-
sidente da assembléa, o seu saber,
a sua illustraçío, a sui imparcia-
lidade; deprime os seus contrários,
faz cortezias ao conselho de dis-
tricto, e por fin solemnisa com
fogu-tes as suas victorias.
A mídalba fui burilada por Es-
guio artista, esguio no corpo e não
menos no talento; vejamos o re-
verso da medalha.
Na eleição do dia 7 comparece-
ram quarenta maiores contribuin-
es, vinte pertencentes ao partido
regenerador e vinte pertencentes
ao partido da gr?nj*; d'estes o
presidente admittiu a votar um que
estava pronunciado com pronun-
cia passada em julgado, e outro
que foi meitido a cunha pela
maioria da commissào granjoliua
no dia 30 de junho para substituir
um outro que linha faliecido de-
pois de inscripto no recenseamen-
to obtendo por isso o partido da
granja com o voto do presidente
que é seu partidario uma falsa
maioria.
Os vinte eleitores regeneradores
te de encommendas sem designa
tado. Se agora houvesse adiamen- çao de valores entre diversos pai- • A r n An < AiwrvA Krtf.Aria narn * « • -• • . .. i J . . _. _ to, mecos tempo haveria para a
discussão, que o governo desej*
que seja o mais ampla possivel. E
esta circomstancia não priva por
modo algum as industrias de re
clamarem. Podem reclamar em-
quanto se discute o tratado
O actual governo não foi o cul-
pado de que o idquerito industrial,
base do actual tratado, nào esti-'
vesse roais cedo concluído. Em
pregou da su* parte todos os es-
forços para que se trabalhasse o
meihor e o mais rapidamente pos-
sível. Fizeram se mesmo quasi ira
possíveis; mas infelizmente o go
verno transacto, comquanto sou-
besse que o tratado com a França
estava denunciado, em c^isa algu-
ma pensou para se habilitar a en-
trar em novas negociações.. ão se
desmentiu n'este importante as-
sumpto o desleixo puverbial da
granja, e é ella agora que, por in
termedio da sua impr nsa, se
apresenta em campo a fallar na
precipitação do governo. E* admi-
ravel.
Uma ccmmissão composta dos
srs. Custa Braga, Gonçalves e ou-
tros cavalheiros do Porto, e dere-
0 sr. Arouca, uiguo aiminisfra-
dor de S tubal, está ha dias em
Cezirobra procedeu 1o, por ordem
superior, a uma rig rosa syudi
cancia á administração da santa
casa de misericórdia d'aquelle I protestaram contra tal eleição, e o
concelho. |cunselho de districto decidiu, (e muito bem) que a eleição eslava
França | nulla, pois se não podiam legal-
_ .monte contar duis falsos votos. Chamamos a attençao dos nos- EiS 0 resUliado d'esta primeira
sos leitores para os telegramn as bjejçào de que tão prematura e
recebidos de Paris e que dao no iu,pmdentemente se regosijarara
ticia da demi?sao do ministério esies anisras sem mento,
francez. Era de prever este triste q sr presideute da camara e da
fim ao gra de ministério, depois assembléa que o ariicali^ta do Po-
do que se passou na camara dos\pU[ar e|eVa às aliuras, tem sido
deputados com a leitura no rela CuIIHQdo muito infeliz: ha dois an-
torio da ommissao dos Só A lei- nus qU0 0 sr dr Franchco Bor-
tura foi feita pelo sr. Andrieux gtí8 j^ndes Cruz como presidente
ex-prefeito da policia de Paris. Us lem oingido os trabalhos d'estas
bravos eapplausos romperam com elel^ões e por tal íórma o tem fei-
o maior eutfcu<iasroo quando o sr. l0 qUe successivamente lhe tem
Andrieux condemnando o escrun- sido annullados: nào é possivel
nio da lista, assegurou que a b ran eom est0 cavalheiro agarrar se ça queria governasse pela vonta- uma eleição valida do primeiro
de da nação e não pela vontade j^cto; todos os annos lemos elei- ftrrv Almada a f»Tm • ■ ll Uahttl . *— " -r - wuwo uo fluuua iciuua cim-
SSrta PÍÃAuU do ir. AoíòSo ^r.ul^esu^ irremed^^l' ^es.dapl.Mdas graças a boa di-
Avelino Marqnès, em casa de quem '"emed.avel recçao qoe lhes d» o sr. dr. Crur;
zes da união universal dos cor
reios.
2.a approvando a convenção
consular «celehrada om 10 de no
vembro de 1880 entre Portugal e
a Bélgica.
3." approvando a convenção
consular celebrada em i de de
zembro de 4880 entre Portugal e
os Paites Baixos.
Prestaram juramento os srs.
Manuel Vicente Graça, e visconde
de Reguengo.
Por proposta do sr. Filippe de
Carvalho, resolveu se eleger
uma commissào especial de carai
nhos de ferro, que, por indicaçào
do sr. Arouca, será de ii mem-
bros.
E por proposta do sr Dias Fer
reira resolveu se eleger uma
commissào de 7 membros que haja
de dar parecer sobre o seu pro
jecto de reforma da lei eleitoral.
Foi nomeada a deputação que
ha de apresentar a el-rei a lista
quintupla para a escolha de sup-
plentes á presidencia, e participar-
lhe a constituição da camara.
Corrpõ se, além dos vogaes, dos
srs. Sousa o Silva, Potsch, barão
vivia ha muitos annos. Era a fina
da dotada das melhores qu*lida
des, deixando por isso saudosas
recordíções ás pessoas da sua
acrisade. Foi victima oe um pro
longa do soffrimento que nem a
sei» ncia nem os muitos cuidados
podtram debelar.
Receba toda a sua família os
nossos verdadeiros sentimentos.
mente condemnado.
Nunca um homem publico des
ceu tanto e em tão pouco tempo
como o sr. Garobetta. Pelo que nos
respeita este facto não nos sur
prendeu. Sempre o previmos.
mas que lhe impir.a a elle o m
commudo de quarenta pessoas?
que Ide imnortatn as correcções
lepetidas que lhe intl ngem os tri-
buuaes superiores?! appliquem se
ventosas e topas de vinhos ao en-
Ha uma senhora hab litada para
ensinar portuguez, fr*n ez, inglez
e piano, que deseja u na casa
respeitável para educar men nas,
tendo casa, cama e mesa, em
troca d'algumas horas diarias dei paJ"chegou a Cartagena no dia 25,
lições, convinde lhe ter algum | Sem novidade, e que parle hoje.
temp , livre para^nio perler todas famiíjrreaT regreTsou ante
as mscipulas qne tem fôra. . | ho£tem a Lisboa.
O sr. Gambetta que em 18/0 ferDUo de Lagares, a sciencia nada
na questão da guerra a todo o a|, ja p0de fa&er, mas o inespera•
transe, provocara o epitheto, por eite protector das cansas ves-
parte de Thiers, de doido furioso, gaSj 0 imprevisto este Deus dos
deu agora a maior prova de inca- ferros veinos p^de ainda acudir á
pacidade como estadista. _ família dos Pederneiras e n'esse
A queda d'este rhetonco^ nao eas0 $aiug pópuli supremu lex.
podia ser mais desastrosa. Feliz nevado por e^es princípios o sr.
mente para elle, esta rico, mesmo ^riu Dgo fez caso da lei, nós
riquíssimo, podendo por conse fazemos justiça ao seu saber eaos
quencia retirar se descansado aos seus connecimentos, mas primeiro
seus penates. Durante o governo ,jUe m^o, é homem do seu parti-
d'elle os fuudos públicos desce d0> mas 0h| SOrte cruell S* o seu
ram seis por centol appellido foi para o mundo emble-
N'isto está dito tudo. | de redempçao, no campo dos
presentantes da casa Roxo Cesar do Ramalho, Eugénio d'Azevedo,
e outros cavalheiros de Lisboa fo-1 Barros e Campos, Costa Pinto, Sé
ram hontem apresentados ao sr. gUjer Patric.o e visconde da Ri
Antonio de Serpa pelo sr. deputa- beira Brava.
do Gonçalves. Essa commissào
que se apresentava em nome das
classes dos funileiros, sapateiros e
chape eiros, deu-se por satisfeita
com explicações do sr. Antonio de
Serpa. N'este sentido foram hon-
tem mesmo expedidos telegram-
mas para o Porto.
Os tractados de commercio pro-
vocam sempre reclamações, prin-
cipalmente no primeiro momenio.
Na Bélgica, succedeu agora isso
mesmo, com relação ao tratado
também cum a França. Muitíssi-
mas reclamações foram apresenta-
das ao parlamento, onde os deba-
tes correram aninadissimos. O sr.
Frère d'Orban, presidente do con-
selho, manteve-se por uns poucos
de dias na ibrécha a luctar contra
os ataques da opposição. Por fim
o tratado foi approvado na cama-
ra des deputados por 85 votos
contra 10, o que prova que muitos
deputados da opposição ou se abs-
tiveram ou votaram o tratado. Co-
mo, é sabido as forças dos dois par-
tidos belgas—liberaes e cathohcos
—quasi que se equilibram no par-
lamento.
Com o tratado de Portugal com
a França ó natural que succeda
outro tanto. A votação que o sane-
E ãs tres horas e um quarto da
tarde constituiu-se a camara em
sessão secreta.
Vejam os que elles afio
O Século pretendeu metter a ri-
dículo o deputado pelo Porto, o sr.
Joaquim Antonio Gonçalves, dizen-
do que este senhor fôra fadado pa-
ra chapelleiro, mas que achára des-
presivel o ser industrial.
A Lucta, do Porto, mimoseia os
republiqueiros com os seguintes
períodos:
«Enganam-se os cavalheiros de
illustre prosapia, que todos nós co-
nhecemos. O sr. Gonçalves é e
apresenta se em toda a parte como
industrial, e faz d'essa circumstan-
cia o seu brasão de gloria. Unica-
mente é notável como a folha que
proclama a egualdade entre as clas-
ses, c^ue achincalhe e insulte o fi-
lho do povo que, pelos seus mere-
cimentos intellectuaes e amor ao
trabalha mereceu ser escolhido
pelos seus compatriotas para ir re-
presentar os interesses do seu
commercio e das suas manufactu-
ras.
Trm longa pra'ica o'ensmo e
pessoas de toda a respeitabilidade
que deem as inf irmações neces-
sárias. Rua da Bitesga 77, se diz.
Por telegrafa particular sabe-1 pederneiras é emblema de cemite-
se que a corveta Rainha de Portu- rios. _ - ~ i A eleição do dia 21 correu pla-
cida e serena e nada a perturbou a
nào ser umas sentidas endeixas
que o sr. presidente cantou contra
o sr. governador civil e que expôz
a assembléa, e a não s r um sub-
stai cioso protesto que o sr. Agos*
Desembarcou
horas da noite
em Belem ás 7
onde era espera-
da pe'o ministério, governador ci- ij^ho Vaz Pato apresentou, não
vil, marquez de Fronteira, etc.
Falleceu hontem o sr. general Assassinio
Na segunda feira passada, Ale-1 reformado Jeronymo Pereira Lei
xandre de Seixas, que foi padeiro te, tio do nosso coilega da redac-
em Ponte de Lima. retirou se d'a çào do Progresso, o sr. Luiz Fiiip
quella villa para Vianna, em um pe Leite,
carro, acompanhado por um crea O enterramento realisa^se hoje
do de nome Joaquim. no cemiterio Occidental ás 3 ho
Ao passarem as 7 horas da noi- ras da tarde, sendo prestadas ao
te na freguia de Santa Comba Dão, finado ss honras fúnebres milita-
em frente da propriedade do pro- res por uma força correspondente
fessor Pessanha, Alexandre de á sua graduação.
Seixas apeou-se do carro e dispa- Os nossos sentidos pezames á
rou dois tiros de revolver ferindo | família do finado,
mortalmente com o ultimo o rege- .
dor da freguezia de Fontão, Fran PORTO, 27, ás 8 horas da noi
cisco Ribeiro. Abala entrou-lhe te.
pela nuca e saiu lhe pela parte su- Foram prezos esta tarde no uso
perior da sobrancelha direita. dás suas funeções pelos adminis-
0 ferido foi logo transportado tradores dos bairros os membros
para o hospital de Ponte de Lima, das commissões do recenseamento
acudindo lhe logo dois medicos, eleitoral, e por elles apresentados
os srs. drs. Pinto e Vasconcellos. no governo civil, e por ordem
O ferimento poròm era mortal e o d'este recolhidos á prisão do Car-
pobre homem expirava ás 10 ho- mo.
ras da noite. (Do nos so correspondente).
Segundo se diz o tiro não era *
dirigido contra o infeliz regedor, # *
mas sim contra outro. Foi na oc- PORTO, 27, ás 40 horas e 31
casião em que Ribeiro se voltava minutos da noite,
para serenar uma altercação que Os membros das commissões
se levantará entre o ex padeiro e dos recenseamentos eleitoraes que
outro individuo que foi colhido estão prezos no quartal do Carmo,
pela bala. á ordem do governador civil, sao
O assassino evadiu-se; o admi- os srs. Luiz Fructuoso Ayres de
nistrador de concelho, porém, logo Gouvêa Osorio, Antonio Moreira
que teve conhecimento da occor da Fonseca, Zepherino José da
rencia, mandou telegrammas para Cruz, Antonio José Patricio, Fran
todas as estações telegraphicas cisco de Sonsa e Sá, José Pereira
circumvi8inbas a fim de que o cri- P. Amaro, Augusto José de Sousa
minoso fosse capturado. e Manoel José Barreto.
De tal modo se houve a aueto- l (Do nosso correspondent*).
sabemos se contra a eleição, se
contra o conse ho de districto, se
contra o preMticjte da assembléa,
se contra a arilhroetica.
A assembléa ouviu silenciosa e
fria os queixumes da presidencia,
e só estranhou que o sr. presidente
fizesse publicas as correspondên-
cias ofUciaes do sr. governador ci-
vil e mandasse juutar copia da
correspondência a seta da eleição,
pois devia saber que os funccio-
narios públicos nao devem fazer
uso de documentos e correspon-
dências officiaes sem ordem dos
sens superiores.
Não faremos apreciação do pro-
testo que distrahidamente fez o sr.
Vaz Pato, e nào o apreciaremos,
pela muita simpathia que nos me-
rece este cavalheiro que é dotado
de bons sentimentos, e que por is-
so mesmo temos esperanças, que
mais cedo ou mais tarde ha de ti-
rar o chapéu e dar as boas noites
aos Esguios da Pede neira.
O partido regenerador apresen-
tou os mesmos vinte eleitores da
primeira eleição; no outro lado ap-
pareceram 17; coube por isso a
maioria ao partido a que por es-
cárneo os seus adversarios chama-
vam aqui, o partido dos rapazes
mas que, operários incansaveis da
civilisaçào e da emancipação do
concelho, tem em no i.e da hygie-
ne publica cavado valentemente
no campo malinozo, sujeitos é ver-
dade ás mais pestilenciaes emana-
ções, mas cheios sempre de fé, e
esperança e acrescentaremos de
caridade para com os enfermos
DlAhiO LLUil KAUO
que amarem a laz e a vida, e que
deixarem os campos da desolação.
Diremos porfiui ao articulista
do Popular qae o partido novo era
Oliveira do Hospital, nâo tem che-
fe se julga o articulista lançar ri-
validades, encana se; entre todos
os indivíduos que fazem parte do
partido, e que pela sua posição ou
illustraçào tomam n'elle uma par-
te mais activa, existe em tu<io o
mais completo accordo e egual-
dade, nào temos chefe, e nào ad
mira isto é negocio de rapazes,
tendei os sempre a cinta cidadãos
da Pederneira.
Terminemos este artigo saudan-
do o ex.m# h*rão das Lourózas
Francisco Augusto d* Gosta Ama-
ral que fez uma entrada trium-
pbants e uma saida funeraria dô
Oliveira do H apitai na compan-
hia d« um atribulado eleitor digno
por certo de melhor sorte.
* * *
Está muito mal com una pneu
monia dupla una filhinha d>.*r.
Antonio J sé dos R-ys, hoorado e
intelligeute escrivão da camara
municipal d'Al nada.
Deixou de ser permanente o
serviço telegr^phico na estação de
Villa Viçosa.
Demos D< uieuj uou« ia de que
na rua do Cau po a'Oarrtie n°
250 moram o sr. Joaquim Thomaz
de Seixas, e nào Teixeira como
dissemos, e sua mãe, uma senho-
ra bastante edosa, que ha 8 dias
não eram vistos pela visiohança.
A auctoridade, informada do
easo, compareceu hontem á noite.
O sr. juiz ordinário da freaue
zia, acoa-fpanhado do respectivo
escrivão e dois policias bateu à
porta repetidas v»z*s, e como nin-
guém lhe respondesse c< m > succe-
deu a todas as outras pessoas q e
ató então tinham balido, ordenou
que fosse arromba-'a.
A's primeiras u arteladas dadas
pelo serralheiro na fechadura, o
sr. Seixas levaotou-se e veiu á
porta, e disse qae a razão pcrque
não recebia ninguém era porque
se achava incoran odado, de saúde
e pediu ã visiuhança que informas-
se quem ali fosse bater de que nào
abriria.
O sr. juiz ordinário rrcimmen
dou ao dono da casa que nâo dei
xasse de responder, pelo menos a
quem batesse, porque de conira
rio iriam incoramodal-o a cada
momento na supposição de qie ti-
vessem morrido elle e sua mãe.
Hontem c*e manhã tinham ido
ali bater umas sobrinhas do sr.
Seixas qae da mesma fórma nào
foram recebidas, e qae o não se-
rão hcje tan-Lem como u'isso já
preveniu o douo da casa.
E* singular que achando-se doen-
te o sr. Seixas e acompanhado
apenas por sua mãe, uma senhora
surda e a'que* rada peles seas 80
annos, não queira em sua compa
nbia algum parente, visto que os
tem.
Esta consideração, e mais ainda
o facto de nem sequer o pão ser
temado ao padeiro, não dava oou-
co que scisirar à visirhança e aos
agectes da auetyridade que com-
pareceram.
Lá se tornaram a fechar, não
sabemos por quan o tempo.
S. Carlos
O Baile de Mancaras
Fiorentino d:zia qu* a musica
do Baile de Mascaras era decerto
uma das melhores que Verdi tinha'
escriplo e nào só elle coroo todos
os críticos n usicaes sem excepção
foram unanimes em recoohncer
que n'esta opvra o maestro fazia
os primeiros esforços para se des-
embaraçar da pura escola italiana,
e entrar mais desassombradamen-
te no campo harmooico que mais
tarde lhe fez p>odoz>r a Forza dei
Destino, a Aida e o D. Carlos.
Náo obstaute a melodia impera
ainda n'esta composição, e reve-
la-8e admiravel e para em uma
serie de trechos qual d'elles mais
delicioso.
Não os citaremos. A opera ó
bem conhecida para que a sua ana-
lyse seja dispensada.
O desempenho que sempre foi
confiado a artistas de mérito, teve
este anno como interpretes as sr."
Garbini, Gini e S'ella Bonheur e
os srs. Bulterini e Kashmann.
A sr.* Garbini, com a sua bella
voz de fácil emissão e dicção pura
afflrmou mais umi vez os créditos
que a tem acompanhado durante a
época.
Em tres trechos tem o papel de
Amelia occasiào de ser relevado,
na aria do 2* acto, no duo do 3.°
e na scena dramatica do 4*
Em todos elles mereceu a dis-
tincta artista os applausos unani-
mes dos que a ouviram, dizendo
com accentuação todas as phrases,
vibrando o canto com expressão e
dramatisando todas as scenas. '
I O mesmo Fiorentino qae citá-
mos no principio queixava-se de
que Mario, o primeiro tenor que
•fizera a parte do conde de Nai wich
compromettera nm tanto o desem-
penho.
Na noite de hontem o tenor
Bulterini dea o máximo relevo ao
seu pel, na ballata, no duo,.ena
maneira porque disse as phrases
fioaes.
O sr. Kasbmann, que desde o
Hamelet so mostrou cantor exce-
pcional deixava já prever a for-
ma brilhante porque faria a parte
: de Renato.
Sobretudo a romanza do 4* acto
Eritu de mechiavi foi dita com o
i max»mo colorido e um mixto de
en» rgia e sentimento admiraveis.
Coros e orchestra harmonizaram
o desempenho da opera.
A opera agradou bastante sendo
os artistas muito applaudidos e
chamados á scena.
Kashmann teve 2« honras da
| noite.
As sr.M Stella Bonheur e G»n»
I deram aos seus papeis boa inter
pretação, aquella na feiticeira
Uirica, esta no gracioso papel de
Oscar, una pérola de melodia li-
geira e encautadora a destacar-se
: por entre o dramatic} das phra-
' ses.
Prisão de «lois contra
bandlatas. — llooie m
morto.
No dia 21 ás 7 horas da manhã
seguiam pela estrada de S Braz
a Faro cinco guardas da alfande-
I ga ô um meirinho, conduziu io
I presos dois homens do campo a
qaem tinham apprehendido uma
porção de tabaco de contrabando.
Segundo informam d'aquella ci-
dade, quando passavam junto a
uma fazenda ío sr. Joaquim Anto-
: nio Pereira de Mattos, nas imme-
j diações da Conceição, alguns dos
! trabalhadores que se empregavam
em plantar vinha n'essa fazenla, ! excitados por um d'elles, deixaram
o trabalho e dirigiram-se em nu- 1 mero de 26 para a estrada, com o
fim de libertarem os presos, um
; dos quaes era companheiro de tra-:
balho d'aquelle que os incitara e
que vinha na frente do grupo.
Os guardas, com receio de qual-
quer violência, quando os traba-
lhadores estavam a 250 metros de
distancia deram-lhes uma descar-
ga ferindo mortalmente o traba-
lhador que vinha adiante e que ti-
nha dado causa áquella impruden-
te manifestação. Apenas o ferido
caiu, o grupo dispersou se deitan-
do a fugir.
O ferido foi conduzido ao hos-
pital de Faro, onle falleceu de-
corridas algumas horas.
Era um rapaz de 22 annos, ca-
sado ha qnatro mar,es.
íêlímHs
HAVâS reuter
AGENCIA TELEGRAPHICA
Serviço continental submarino
Paris, 26, t.
Na loteria franco argelina, além
doa numt-ros já annunciadcs sai-
r>.m também premiados o# eeguin-
tes:
3 000:720, 2.925:099, 271:340.
3 263:505, 4.052:908, 3.752:892;
360:^83, 4 805.773, 3.275:200,
2.716:0»5.
Jjondres. 26, t.
Diz o «Times» que os delegados
dos portadores de títulos hespa-
nhoes cr^auis' ram uma tub-com-
mi-eão comporta de vários ban-
queiros importantes, para se deci- dir que attitude convirá tomar a
respeito da conversão da divida
besp» nhola. O sr. Camacho nào
lhes fez nenhuma proposta official,
nas support ec g« ralmente que o
juro proposto não passa» á de 1 3|4
0,0. O «Times» crê que a buò-
commistão é unanime em aconse-
lhar que se recusem essas condi
ções, que são realmente inferio-
res ao que a Hespanha pôde na-
gar sem fizer nenhum sacrifício
material, e estão abaixo do que a
prosperidade crescente da Uespa
nha auctorisa a pedir.
Parisi 26. n.
Grande afHaencia hoje na cama-
ra dos deputados. O sr. Dreyfus,
opportunists, sustentou a revisão
limitada a fim de que o senado a
possa acceitar.
O presidente *nnunciou que vá-
rios oradores desistiam da pala
vra que o debate acabasse hoje-
O sr. Legrand combateu a inseri
pçao do escrutínio de lista na cons-
tituição. O sr. Lercy combateu
egualmente o projecto do governo
e a conclusão da commisuã^; quer
a revisão integral da constituição
com a suppressão do senado. A
emenda do sr. Barodet propondo
a revisão integral foi rejeitada por
298 votos contra 173 Subiu então
á tribuna o sr. Gambetta, que pe
diu que se votasse primeiro o pa-
rser* pho final do prejecto da com-
mit ao, e rogou á camara que o re-
gei tasse. A camara todavia appro-
ve u o paragrapho final por 282
votos contra 229. O sr. Gambetta
declarou em seguida que o gover
no considerava esta votação como
approvando a revisão illimitada,
e n'estaB condições o gabinete não
podia continuar a toras r parte na
discussão. A cam» ra votou depois
o primeiro paragrapho do pr< jecto
da commistão, o qual * xelue o e*
crutinio de lihta. A generalidade
do \ T' jecto da commissAo foi *D
Erovado por 262 votos contra 91.
i«Vhntcu-fe imrned'Ktamente h sessão, para continuar na próxima
secunda feira.
Antes de votada a generalidade
do projecto rip r»v^ão, a camara
rejeitou por 350 votos contra 117
o projecto do governo que aamit
tia o escrutÍLÍo de lista. i
Paris, 27, m.
O sr. Gambetta apresentou já
80 fr. Grévy a demissão do gabi-
nete.
O general Forgomol foi nomea-
do cemmandante em chefe do cor-
Ço expedicionário da regencia da
unis.
A companhia dos c orretores de
C«-mbio tomou hontern provide»
C'as que hí-s gur»«m completamen
te a liquidação do* negocios en
tre os co»-frades. A reap iro do
publico porém continuam os nego
cios a 8< r mu'to r< sJrietos. e o re
porte sobre o 3 p°>r cento francez
desceu a 17 cêntimos.
Bruxellas, £6, n.
A cum ar a d«R representantes |
approveu por 86 vetos contra 10
o tratado de commercio.a conven-
ção ae navegação e a convenção
litteraria com a França.
Madrid, 26, t.
O «Ce rreio», fo fca ministerial,
confirma que «s ncgocaçõ *h do
sr Camacho ccm os portador s
franeexes de consolidado externo
estão muito adiantadas, e aceres
centa qu 1 o governo pagará 5
francos e 40 cêntimos por cada
piastra de renda consolidada do
3 0,0 externo.
Paris, 27, t.
Todos^ os boatos relativos á or
ganisação do futuro gabinete são
8té acoia prematuros. O er Gré
vy não chamou ainda ninguém
Suppòe se que consultará hoje os presidents do 81 nado e da c mhra,
e qu»- chamará ob t rs de Fr» yei-
net. L« ó i Say e Jules F' rry.
O boato de que o hr Grévy cha-
mará o sr. S»y pnra foru ar gabi
nete, causou boa impressão.
Expediente
Os escriptorios da
administração deste
jornal acham se des-
de já estabelecidos na
travessa da Queima-
da n.° 35. E' ahi que
se recebe toda a cor-
respondência.
ESP&CIACDLOS
H Curlo*.— A's 8 horas
Opera—Aida.
Theatro da Trindade.—A's 8
bor»8
(Beneficio).
O Rumo.
Sinos de Corneville. Theatro do Gymnaalo.—A's 8
horas.
A voz do sangue.
0 Sy^tema de Jorge.
Fica transferido para quando se
annuneiar o beneficio passado com esta data.
Theatro da Rua do» Condes.
—A's 8 horas.
Revista do Anno de 18-1.
Recreio*.—-A 8 8 horas. 1 mpreze Zâeo.
Debute da companhia Ingleza.
Theatro Fantocaes.
Thealro do Principe Real. —
A's 8 horas.
(Beneficio).
Niniche.
Fogo n'uma casa Velha. Theatro do Rato. — A's 8 ho
ras.
O Eetatuario maravilhoso.
O panorama mcchanico.
O Operário.
O Antonio Maria.
Uma experiencia.
Nini. Theatro Chalet.—A's 8 horas.
Maravilha magica.
Circo Price.—Principia ás 8
horas.
Esplendidos espectáculos todas
as noites pela companhia eques-
tre, gymnastica. acrobatica e có-
mica de D Raphael Diaz, dirigi-
da por D. Henrique Diaz.
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'^Febres IntermiKentes,
i'Rcmiltentes c Biliosas; as
Maleitas.os Calafrios. t TODAS AS
blestias Paludosas. B'
RCMEOtO EXCELICNTC PAIA
_DOTiga5-'
Preptriáo pelo Òr.J.CAYFRaCIA.lowflI.Miii.ttifln.
VIDAGO
T?STA agua, uma das mais ricas da Europa e premiada nas ex
posições ae Vienna d'Austria, Philadelphia E NA DE PARIS COM A MbDALHA DE OURO é empregaaa nas affecções de fí-
gado, de vias digestivas, do systema lymphatico, cólicas, pedras, cál-
culos biliarios e urinários, catharros de bexiga, gota, diabetis, íteri-
cia, etc.., etc.., abre o aptite facilita a digestão.
a vendida nos seus depositoa:
azul, tem na rolha a marca de lago, e na capsula de metal, em volta da coroa «De-
posito da agua de Vidago. E mprezaauctorisada pelo governo».
Convém que o publico atlenda a estas indicações para não ser il-
ludido.
Vendem-se nos deoositos garra im de mt> i io, 'x. «>ro e li4 de
litro, a preços reduzidos.
Lisboa, pharaiacia Azevedo, rua larga de S. Roque, 32.
Porto, Moreira Vaz, Rua dos Voluntários da Rainha, 19, 1.°
Braga, Veiga, phannacia do hospital.
Kscrlptorlo da Kmpreza, Llahoa, Larico da AbeKoarla, t§. l.o
Tjpographia do "Diário Illuslrado"'
T. da Queimada. 85
Agencia de annuncios
DO
DIÁRIO ILLUSTRADO
BASTOS & GONÇALVES
11 RECEBE annuaeios para A1, todos os jornaea.
E' a única agencia, com con-
tracto evclusivo. para aa publi-
cações ne JORNAL DO COM-
Veoae-se uas principaos dro-
jarias e pharmacias.
Aeentes geraes James Cas-
se i« & cv rua das Flores n.°
130, i.° -Porto.
Feilor e cazeiro
22 OESS0A, com habilitações, 1 que se acha bem ao facto
de trabalhos de campo, se offe rece p> ra friio»* de alguma grande
propriedade. Tambpjn, convindo
leva na sua companhia, um bom
cazeiro, com 2 aunos di pratica.
A quem convier, póJe dirigir
carta para o eseriptorio d'eate
jornal, na travessa da Queimada,
n.° 35, com as iuic iaes G G.
Modista
11 "pXECUTA pelos últimos fi-
^ gurines toihtes para se
^hor>i8 e creançaa, 88-im como se
iacumbe de arranjos das mesmas- Roa do Moinho de Vento, 14, rez
de-chaussé.
Carreira d'Africa
4 (~) PAQUETE
portugu»*í
Portugal, capitão
José Manoel de
Barras, sairá no dia 5 de fe-
vereiro As 3 horas da tarde para
b Madeira, S. Vicente, S. Thiagc,
Bolama, Principe, S. Thomé, Am-
briz, Loanda, Benguclla, e Mos-
aamedes.
Recebe líquidos até o dia 2 «e
carga secca até 3 de janeiro.
Para carga e passagens trata-
ee na rua ao Ferregial de Cimi
n.° 4.
O agente Kriwxtx) Georae.
Comp nhia real dos
caminhos de ferro
portuguezes
Aviso ao publico
Sello de cobrança
nas linhas hespanbolas
Em virtude do disposto na lei
provisoría da renda do sello do
estado, de H*sp nha, de 31 de de-
zembro de 1881, desde a data do
presente cobrar se-ha a quantia de
20 réis sobre todos os bilhetes de
passageiros e expedições de baga-
gens, bem como sobre quaesquer
transportes de grande on pequona
velocidade destinadas ou proce
dentes de Hespanha, sempre que
a importância da cobrança para
as linhas hespanholas atlinja ou
seja superior a 9M00 ró s, fican-
do substituído por este imposto o
que se cobrava em virtude do de-
creto de 12 de setembro de 1861.
Lisboa 19 de janeiro de 1872.
O director da companhia
M. A. d'Espregueira.
LEILÃO
De uma fabrica de lanifícios
NO FUNDÃO
(PROXIMO Á COVILHÃ)
55 MO dia 12 de f vereiro proximo se venderá no local acima in-
dicado, o edifioio, terrenos annexos, e todo o m»chin'smo de
uma fabrica ie lanifícios, achaaio-se tudo im perfeito estado de
conservação, sendo o machinismo dos melhores fabricantes co-
nhecidos.
Relação das principaes machi-
nas e outros objectos existen-
tes na fabrica
1 Machina de vapor completa
da forçH de 20 cavai los cald. ire. e
tubagem de communicação.
1 arvore completa de trans-
mi-eao.
1 Fitção ingleza de fíadeiro
300 fuzot*.
1 dita fixa 200 fuzos,
2 Cardai e um apparate e lo-
ba-azeitfira.
1 Escol hc-deird.
1 Retrocedei ra.
1 Machina de esmerilhar e ey- ndrar.
2 Perchas com seus jogos de
regoas.
1 Batame.
1 LnvaJeira.
1 Prensa de ferro completa.
1 i'a'deira de cobre.
1 Ca elleira
Senhora decente
32 CE offerece para o Brazil ou
de Li-r>oa governante ou
costureira. Também engomma.
Ca*a de pessoa bó ou familia.
Carta á agencia de annuaeios
Bastos & Gonçalves, rua dos Re-
troseiros, 147, a J. F.
2 Teares Jarquard.
8 dito* de maqnineta.
8 ditos manu»»e8.
4 diros mechanicos.
1 R tinadeira.
2 The80uras.
1 Escova.
4 Urdideiras com casaes.
1 Uma para lustrar.
3 Hollos » o
1 Maquina de enrolar e lustrar.
1 O» rna graude de cobre.
1 Cnldeira grande de cobre.
1 dita mais pequena também
do cobre,
1 dirn Oblonga dita dita.
1 Moinho p^ra moer anil.
1 Syp ao de cobre e mais per-
tences de linturaria.
1 Forja ccm pie a e ferramentas.
1 Telheiro e muir,os curros ob-
jectos c nce-neatts á fabricação
de lanifíci ib e t'nturaria.
1 Enroladeira de puado,
1 Maquina de enrolar fasenda.
No edifício da fabrica ha sempre uma pessoa encarregada de a
mostrar a todas as pessoas que a desejarem ver. Torto* os dias ha diligencias e mala-poetas qu*í parlem com des-
tino para a Covilhã fazendo passagem pelo Fundão, sahindo dos se-
guintes pentoe:
Cidade da Guarda,
Estação do caminho de ferro do Crato na linha de Leste.
E na do Pezo nu linha da Torre das Vargas.
taria
Este leiião è promovido pelos credores hypothecarios da proprie-
ia do enubelHcimenr-o e com auctTisução d'ella.
LA VIE MODERNE
3, rue, Saint bout
Paris Todos os sabbados 4.* anno
Periodico artístico e litterario.
magnificamente impresso em pa-
pel de luxo,
16 paginas de texto e debuchos,
por litterat08 distinctos e os
mais notáveis artistas(
Duas vezes, por mez, um su-
plemento de 4 paginas, composto,
ou de uma novella illustrada ou
de um magnifico debucho em du
pia pagina.
Forma dois esplendidos volu
mes por anno.
Estudos especiaes das exposi-
ções de pintura e dos ateliers de
Pariz, com numerosos croquis e
Preço Aa assignatura çara Portugal
1 anno 44 francos: 6 mezes 22 francos: 3 mezea 11 francos.
Em papel da China. 1 anno 150 francos-
E0IÇÃ0 DE LUXO
Em papel de Holland», 1 anno 1< 0 francos.
Assicna se em Madrid na agencia franco—hispano—Portugueza,
Sordo 31, e em Lisboa em casa de madame Mane François Lalle-
mant, 22, Rua do Thesouro Velho.
debuchos oor M. M. Arm. Sil-
v Ptre e Gust. Goeetcby.
Em cada trimestre, serão des-
tribuidos, em separado, brindes
de vnlor igual ao preço da assi-
gnatura.
Os annos já publicados formam
elegantíssimos e interessantes vo*
lumes para os amadores.
O anno do 1879, comprehende
£Ó 9 mezes e forma um tó volume,
sendo o seu preço de 33 pesetas.
Os annos de 1880 e 1881, divi-
didos cada um em 2 volumes se
vendem por 44 pese'as franco de
porte, isto é pelo preço da asai-
gnatura.
MANO ILLOSTOM»
ANNUNCIO
* W k 11 PSPERA SE a lj 29| do cer-
rente para snh r
JAr^BAmI^. depois da iodis
pensavtl demora.
Para carga e passagens trata-se
no Cães do Sodré, 64, 1.®
Us agentes
E. Pinto Basto & C.a
COMMISSAO EXECUTIVA
Estrada Districtal n 90, de Coruche por Marateca
e Alcácer do Sal
Pela Repartição de Obras Publicas do Districto de Lisboa se annuncia que no
dia 9 de fevereiro proximo, pelas 12 horas da manhã, na administração do concelho
de Setúbal, se procederá á arrematação em carta fechada de sete tarefas de terraple-
nagens e quatro de obras de arte, como consta do mappa seguinte:
Espera se quinta feira 2 de fe ver» iro e ta irá depois de curta
dem ra.
Para carga e passagens trata-se
no Cats do Sodré, 64, 1.°
Os agentes E. Pinto Basto & C.4
11 tfSPERA-SE a ^9 co*"
rente pura sahir
depois da indispen- sável demor».
P»ra oarga trata se no Cães do
Sodré, 64, 1.° Of agentes
E Pinto Basto & C*
Para o Havre
e Hamburgo
0 vapor iDglez Petrarcha
4 E SPERA-8B
corrente para
sahir depois da
^indispensável de- mora.
Para carga e nassagens trata-
se na agencia, Praça dos Romu-
lares, 4, 1.° Lisboa.
O agente Alfredo A. Alcobia.
Volumes Icrportancias Designações Perfls extremos
595356
120*000
*140
45802
71*481
106*400
l:978ro356
1:000-3 00
3»* 50
60m309
l:588m3 47
l:330m300
Excavaçâo em areia
» em terra dura ...
Aterro de empréstimo
Tiacsporte á pá
» a carro de mio...
» a carro de parelha 17^960 Chegou e sairá no dia
30 do corrente*
359*479
Para carga e passagens traía
se na agencia, Praça dos Rouiu
lares, 4, l.# Lisboa.
O "gente Alfredo A. Alcnkia
498^753
4193m
56*66*
Excavaçâo em terra dura,
Aterro a carro de parelha
* de empeslimo 974*536 48*725
45*885
405*900
79*30$
529™3 50
1:059»" 00
l:057m3 36
9m3.00
1:579B>3,50
Excavaçâo em areia
» em terra com pai ta.
Aterro de empre-timo • •
* â pâ* ••••••• *•••••#••
» a carro de mào 272*434 43*620 74*077
27*'*78
48.i* 198
288*511
Excavaçâo em areia
» em terra compacia
Transporte a carro de parelha. 24*960 499*197
43*460
212*830
6*455
70* "273
466*928 25*000
0 paquete BRITANNIA 4:489m306
2:378m343
369m367
2:489m3 43 712-330
35*670
237*843
44*090
424*474
74*230
Espera-se de 9 a 11 de fevereiro para sair depois da indispania-
vel demora.
24*015 A companhia acaba de reduzir os preços de passagens vara Bor~ deaux a saber:
—■1 l.a clatse libras sterlinas 5.5,0—cu réis 23*630
2.» » » 3.3,0—ou réis 14*lb0 3.* • » 2,0,0—ou réis 9*000
Ida 6 v°lta de primeira classe libras sterlinas, 7,17,6,—ou réii 23*245 35*440.
Para Liverpool l.» classe libras sterlinas, 8,0,0, ida e volta li- ——brae sterlinas 12,0.0.
Para carga e passagens trata-se no Caes do Sodré, 64, 1.°
Os agentes
E. Pinto Basto & Ç.*
The Pacific Steam Navigation Company
480*274
*100
5*000
4*830
*445
3*122
375*850
81*474
8*418
Excavaçâo nas fundações
Alvenaria ordinaiia
Lagedo
Reboco
406 a 231
3 aqneducios de
0 8 «1« luz e 1
ue 1 0 de luz 468*864
Excavaçâo pas fonações
Alvenaria ordinária
Lagedo
Rebaco
3*124
342*000
68*515
7*476
166
aqueducio de 2
olhaes de 0 8
de luz
193 a 259
420*815 24*040
*400
5*000
1*830
*1115
3*682
374*750
66*319
6*946
aquedocio de 2
olhaes de 0,8
de luz, 2 aqne-
dnctos de 1,0
e 0.8 de loz
Excavaçâo nas fundaçõas
Alvenaria ordinaria
Lapedo
Reboco 451*697
*400
5*000
1*830
*115
3*570
354*600
6*018
6*739
Excavaçâo nss fundaçõe
Alvenaria ordinaria....
Lagedo
Reboco
212 a 281
aqueaucto de 2
olhaes de 1,0
de luz, 1 aque-
dueto de 0,8
de luz
425*957 21*300
Para o Rio de Janeiro, Montevideo
Buenos-Ayres, Valparaizo, Arica, Islay e Callao
SAIR AO OS PAQUETES
«allela a 31 de janeiro. I Chi>oe a 28 de fevereiro.
Aeaneagua a 15 de fevereiro. | Britannia a 15 de março.
*Os paquetes Aconcagua e Britannia farão escala por Pernam-
buco e Bania.
Fas-se abatimento ás famílias que viajarem para os portos dp
Brasil e Bio da Prata.
A companhia acaba de reduzir os preços de passagens em 8.* -•lasse para Pernambuco Bahia e Rio ie Janeiro a 36*000 réis.
Na passagem de 3.» classe por este* migniticos vaporej, está in-
cluído vinho á hora da comida, cama, roupa etc.
A bordo ha criados, cozinheiros portugueses e medicos.
Para carga e passagens trata-se com os
lienles
No Porto . Em Lisboa
Vaêoo Ferreira Pinto Bou.to E. Pinto Basto & CM
Largo de S. Joio Novo, 10 Caes do Sodré 64,1<
O perfil longitudinal, typo de obras de arte e as condições particulares, estão pa-
tententes na Repartição do l)istricto e Administração do Concelho de Setúbal, onde
podem ser vistos todos os dias não santificados, desde as 10 horas da manhã até ás 4
da tarde.
Lisboa, 25 de Janeiro de 1882.
O Secretario da Commissâo Districtal,
(a.) 3. &a P. Castanheira das Nieves