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CURSO ON-LINE DIREITO DO TRABALHO (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA Olá, Espero que o revisional das sete primeiras aulas apresentado para vocês possa ser útil nas provas de Direito do Trabalho. A idéia é que vocês façam na véspera da prova uma revisão geral da matéria. Portanto, no decorrer do curso apresentarei mais dois revisionais gerais. Na aula de hoje estudaremos a duração do trabalho, bem como o trabalho noturno, o trabalho extraordinário e o repouso semanal remunerado. Vamos então dar início a nossa aula de hoje! Aula 8 Duração do trabalho: da jornada de trabalho; dos períodos de descanso; do intervalo para repouso e alimentação; do descanso semanal remunerado; do trabalho noturno e do trabalho extraordinário. Sistema de compensação de jornada de trabalho. Jornada Legal e Convencional, Limitação da Jornada; Formas de Prorrogação, Horário de Trabalho; 8.1. Da Jornada de Trabalho e do Horário de Trabalho: A Jornada de trabalho é a quantidade de labor diário do empregado, ou seja, é o tempo diário em que o empregado tem que se colocar em disponibilidade perante seu empregador. É importante fazer a distinção entre horário de trabalho e jornada de trabalho. O horário de trabalho é o lapso temporário entre o início e o fim de certa jornada de trabalho, ou seja, a hora de entrada e de saída no emprego determinará o horário de trabalho do empregado. Exemplificando: Antônio inicia o seu trabalho às 9 horas da manhã, interrompe para almoçar às 13 horas, retornando às 14 horas e terminando às 18 horas. O horário de trabalho de Antônio será de 9 às 18 horas e a jornada de trabalho de Antônio será de 8 horas diárias. A duração normal do trabalho foi fixada pela CRFB/88 em função do dia (jornada) ou da semana, observem: Art.7º XIII da CF/88 duração normal do trabalho não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. ¾ Jornada Ordinária ou Normal: 8 horas diárias/ 44 horas semanais é o tempo máximo previsto para a prestação de trabalho, sem a prestação de serviços extraordinários. www.pontodosconcursos.com.br 1

Direito Do Trabalho Aula 8PDF

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    Ol, Espero que o revisional das sete primeiras aulas apresentado para vocs possa ser til nas provas de Direito do Trabalho. A idia que vocs

    faam na vspera da prova uma reviso geral da matria. Portanto, no

    decorrer do curso apresentarei mais dois revisionais gerais.

    Na aula de hoje estudaremos a durao do trabalho, bem como

    o trabalho noturno, o trabalho

    extraordinrio e o repouso semanal remunerado.

    Vamos ento dar incio a nossa aula de hoje!

    Aula 8 Durao do trabalho: da jornada de trabalho; dos perodos de descanso; do intervalo para repouso e alimentao; do

    descanso

    semanal remunerado; do trabalho noturno e do trabalho extraordinrio. Sistema de compensao de jornada de trabalho. Jornada

    Legal e Convencional, Limitao da Jornada; Formas de Prorrogao,

    Horrio de Trabalho;

    8.1. Da Jornada de Trabalho e do Horrio de Trabalho:

    A Jornada de trabalho a quantidade de labor

    dirio do empregado, ou seja, o tempo dirio em que o empregado tem que se colocar em disponibilidade perante seu empregador.

    importante fazer a distino entre horrio de trabalho e jornada

    de trabalho. O horrio de trabalho o lapso temporrio entre o incio e o

    fim de certa jornada de trabalho, ou seja, a hora de entrada e de sada

    no emprego determinar o horrio de trabalho do empregado.

    Exemplificando: Antnio inicia o seu trabalho s 9 horas da manh,

    interrompe para almoar s 13 horas, retornando s 14 horas e

    terminando s 18 horas. O horrio de trabalho de Antnio ser de 9 s

    18 horas e a jornada de trabalho de Antnio ser de 8 horas dirias.

    A durao normal do trabalho foi fixada pela CRFB/88 em funo do dia (jornada) ou da semana, observem:

    Art.7 XIII da CF/88 durao normal do trabalho no superior a oito horas dirias e quarenta e quatro horas semanais, facultada

    a compensao de horrios e a reduo da jornada,

    mediante acordo ou conveno coletiva de trabalho.

    Jornada Ordinria ou Normal: 8 horas dirias/ 44 horas semanais o tempo mximo previsto para a prestao de trabalho, sem a prestao de servios

    extraordinrios.

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    A doutrina estabelece 3 critrios bsicos de fixao da jornada:

    a) tempo efetivamente trabalhado: Por este critrio considera-se jornada apenas o tempo efetivamente trabalhado pelo obreiro.

    Este critrio foi rejeitado pela CLT, pois no art. 4 ela considera como

    tempo de servio o perodo que o empregado estiver simplesmente

    disposio do empregador.

    Art. 4 CLT O tempo computado como de jornada de trabalho

    o tempo em que o empregado

    permanece disposio do empregador, aguardando ou executando ordens.

    b) tempo disposio do empregador: Considera como jornada

    o tempo que o empregado ficou disposio do

    empregador, independentemente de ocorrer ou no a efetiva prestao de servios.

    (art. 4 CLT)

    Exemplificando: Durante o trajeto da boca da mina ao local

    de trabalho o empregado que trabalha em minas e subsolo tem este perodo computado dentro da jornada de trabalho (art.294

    CLT).

    Art. 294 da CLT O tempo despendido pelo empregado da boca

    da mina ao local do trabalho e vice-versa ser computado para o

    efeito de pagamento do salrio.

    OBS 1: Tempo de prontido (art. 244 3 CLT): Por tempo

    de prontido compreende-se o perodo tido como integrante do contrato e do tempo de servio do empregado em que ele fica aguardando

    ordens. Ex: ferrovirio

    OBS 2: Tempo de sobreaviso (art.244 2 CLT): Por tempo

    de sobreaviso aquele em que o empregado permanece em sua prpria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o

    servio. Exs. Mdico, eletricitrios, ferrovirios.

    OBS 3: Bip e celular OJ 49 TST O uso do aparelho bip pelo empregado,

    por si s no caracteriza o regime de sobreaviso, uma vez que o empregado no permanece em sua residncia aguardando, a

    qualquer momento convocao para o servio.

    c) tempo de deslocamento residncia-trabalho-residncia (Horas

    In Itinere): Considera como componente da jornada tambm o tempo

    despendido pelo obreiro no deslocamento residncia-trabalho-

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    residncia, perodo em que efetivamente no h efetiva prestao de

    servios.

    No obstante o tempo de deslocamento seja a

    ampliao do tempo disposio, a doutrina e a jurisprudncia

    tm entendido de modo pacfico que ele no est acobertado pelo art. 4 CLT.

    Sendo assim, este critrio no foi adotado como regra geral no

    nosso ordenamento jurdico. Porm, h excees no direito do Trabalho

    em que o tempo de deslocamento acolhido.

    Excees:

    1. Categoria dos ferrovirios, turmas de conservao de ferrovias

    (art.238 3 da CLT).

    Art. 238 da CLT Ser computado como de trabalho efetivo todo o

    tempo em que o empregado estiver disposio da Estrada.

    1 - Nos servios efetuados pelo pessoal da categoria c, no

    ser considerado como de trabalho efetivo o tempo gasto

    em viagens do local ou para o local de terminao e incio dos mesmos servios.

    2 - Ao pessoal removido ou comissionado fora da sede ser contado como de trabalho normal e efetivo o tempo

    gasto em viagens, sem direito percepo de horas

    extraordinrias.

    3 - No caso das turmas de conservao da via permanente, o tempo efetivo do trabalho

    ser contado desde a hora da sada da casa da turma

    at a hora em que cessar o servio em qualquer ponto compreendido dentro dos limites da respectiva turma.

    Quando o empregado trabalhar fora dos limites da

    sua turma, ser-lhe- tambm computado como de trabalho efetivo o tempo gasto no percurso da volta a

    esses limites.

    4 - Para o pessoal da equipagem de trens, s ser considerado esse trabalho efetivo, depois de chegado ao destino, o tempo em

    que o ferrovirio estiver ocupado ou retido

    disposio da Estrada. Quando, entre dois perodos de trabalho, no mediar intervalo

    superior a 1 (uma) hora, ser esse intervalo computado como de

    trabalho efetivo.

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    5 - O tempo concedido para refeio no se computa como de

    trabalho efetivo, seno para o pessoal da categoria c, quando as

    refeies forem tomadas em viagem ou nas estaes durante as paradas. Esse tempo no ser inferior a 1 (uma) hora, exceto para

    o pessoal da referida categoria em servio de trens.

    6 No trabalho das turmas encarregadas da conservao

    de obras-de-arte, linhas telegrficas ou telefnicas e edifcios,

    no ser contado como de trabalho efetivo o tempo de viagem para o local do servio, sempre que no exceder de 1 (uma)

    hora, seja para ida ou

    para volta, e a Estrada fornecer os meios de locomoo, computando-se sempre o tempo excedente a

    esse limite.

    2. Trabalhador em minas e subsolo: (art. 294 da CLT)

    Art. 294 da CLT O tempo despendido pelo empregado da boca da mina ao local do trabalho e vice-versa ser computado para o

    efeito de pagamento do salrio.

    3. Jornada In Itinere: Considera-se jornada in itinere o perodo em

    que o empregado leva para chegar at o local de trabalho em algumas

    situaes especficas. A jornada in itinere est regulamentada pelas Smulas 90 e 320 do TST e pelo art. 58, pargrafo 2 da

    CLT, ser estudada no item 8.4 desta aula.

    Art. 58 2 CLT O tempo despendido pelo empregado at

    o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio

    de transporte, no ser computado na jornada de trabalho, salvo quando tratando-se de local de difcil acesso ou no

    servido por transporte pblico o empregador fornecer a conduo.

    8.2. Jornada Legal e Convencional:

    A imperatividade da norma constitucional refere-se ao limite mximo da durao normal do trabalho. A lei, a conveno

    coletiva e o acordo coletivo podero adotar limites

    inferiores para atividades profissionais que justifiquem o tratamento diferenciado. Tambm podero

    ajustar durao normal do trabalho abaixo do

    parmetro constitucional o contrato individual de trabalho e o regulamento da empresa.

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    Art.7 XIII da CF/88 durao normal do trabalho no

    superior a oito horas dirias e quarenta e quatro horas semanais,

    facultada a compensao de horrios e a reduo da jornada, mediante acordo ou conveno coletiva de trabalho.

    Art.7 CRFB/88 Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de

    revezamento, salvo negociao coletiva.

    O trabalho por turno aquele em que grupos de trabalhadores se

    sucedem na empresa, cumprindo horrios que

    permitam o funcionamento ininterrupto da empresa.

    Portanto, a jornada legal aquela que estabelecida em lei e no poder ser superior ao limite constitucional de 8 horas dirias e

    44 horas semanais.

    Algumas categorias possuem jornadas semanais e

    dirias diferenciadas da regra geral imposta na CRFB/88 de 8 horas

    dirias e 44 semanais.

    Cabineiro de elevadores: 6 horas dirias/ 30 semanais/vedada prorrogao.

    Bancrios: 6 horas dirias/ 30 semanais ou 8 horas dirias e 44 semanais, para o gerente exercente de cargo de chefia e

    que ganhe 1/3 a mais.

    Empregados no servio de telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, de radio telegrafia ou

    radio telefonia: 6 horas

    dirias/ 30 semanais.

    Operadores cinematogrficos: 6 horas dirias de trabalho (5 horas consecutivas na cabine e 1 hora para limpeza e lubrificao).

    Jornalista Profissional: 5 horas dirias/ no podendo ser excedida seja durante o dia ou noite.

    Msicos: A durao normal do trabalho dos msicos no poder exceder cinco horas. A durao normal poder ser

    elevada a 6 horas nos estabelecimentos de diverses

    pblicas ou a sete horas nos casos de fora maior ou festejos populares e servio reclamado pelo interesse nacional.

    8.3. Dos Intervalos:

    Os intervalos ou perodos de descanso so lapsos temporais,

    remunerados ou no, dentro ou fora da jornada, que tem a finalidade de

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    permitir a reposio das energias gastas durante o trabalho (Vlia Bonfim).

    Os intervalos dividem-se em: Intervalos Interjornada e Intervalos

    Intrajornada, observem a seguir.

    Intervalo Interjornada: a pausa concedida ao empregado entre o final de uma jornada diria de trabalho e o

    incio de outra no dia seguinte. Podem ser de:

    Regra geral: 11 horas consecutivas (art. 66 da CLT) Jornalista: 10 horas (art. 308 da CLT) Operadores cinematogrficos: 12 horas (art. 235, pargrafo

    2 da CLT)

    Ferrovirios: 14 horas (art. 245 da CLT) Telefonistas: 17 horas (art. 229 da CLT)

    Aeronautas: 12 (aps jornada de at 12 horas), 16 (aps jornada de mais de 12 horas e at 15 horas) ou 24

    horas

    (aps jornada de mais de 15 horas) de descanso (Arts. 34 e

    37 da Lei 7.183/84)

    Ainda sobre intervalos interjornada temos os

    seguintes entendimentos jurisprudenciais:

    OJ 355 da SDI-1 do TST O desrespeito ao intervalo

    mnimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por

    analogia, os mesmos efeitos previstos no 4 do art. 71 da CLT e na

    Smula n 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtradas do intervalo, acrescidas do respectivo

    adicional.

    Smula 110 do TST No regime de revezamento, as horas

    trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com

    prejuzo do intervalo mnimo de 11 horas consecutivas para

    descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como

    extraordinrias, inclusive com o respectivo adicional.

    Intervalo Intrajornada: So as pausas que ocorrem dentro da jornada diria de trabalho com a finalidade de permitir o

    repouso e a alimentao do trabalhador.

    So eles: 1) quando a jornada diria de trabalho exceder de 6 horas, ser obrigatria a concesso de um intervalo para repouso e alimentao, de no mnimo 1

    hora e salvo acordo ou conveno coletiva no poder exceder

    de 2 horas, no sendo computado o intervalo na durao da jornada.2) quando a jornada diria de trabalho exceder de 4

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    horas, mas no ultrapassar 6 horas, o intervalo intrajornada ser de 15 minutos, no sendo computado

    o intervalo na durao da jornada.

    Art. 71 da CLT Em qualquer trabalho contnuo, cuja

    durao exceda de 6 (seis) horas,

    obrigatria a concesso de um intervalo para repouso ou alimentao, o qual ser, no mnimo, de

    1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrrio, no poder exceder de 2 (duas) horas.

    1 - No excedendo de 6 (seis) horas

    o trabalho, ser, entretanto,

    obrigatrio um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a durao ultrapassar 4 (quatro) horas.

    2 - Os intervalos de descanso no sero computados na durao do trabalho.

    3 - O limite mnimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeio

    poder ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho

    quando, ouvida a Secretaria de Segurana e Higiene do

    Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende integralmente s exigncias concernentes organizao dos

    refeitrios e quando os respectivos empregados no estiverem

    sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.

    4 - Quando o intervalo para repouso e alimentao, previsto neste artigo, no for concedido pelo empregador,

    este ficar obrigado a

    remunerar o perodo correspondente com um acrscimo de no mnimo 50% (cinqenta por cento) sobre o

    valor da remunerao da hora normal de trabalho.

    importante falar que a OJ 342 da SDI-1 do TST foi alterada esta

    semana pelo TST, excepcionando-se os empregados em empresas de

    transporte coletivo urbano, observem a redao anterior e a redao atual:

    Redao anterior: OJ 342 da SDI 1 do TST Intervalo Intrajornada para repouso e alimentao. No concesso ou reduo. invlida a

    clusula de acordo ou conveno coletiva de trabalho contemplando a

    supresso ou reduo do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, sade e segurana do trabalho, garantido

    por norma de ordem pblica (art.71 da CLT e art. 7 XXII da CRFB/88).

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    Ateno: O Tribunal Superior do Trabalho alterou a Orientao

    Jurisprudencial 342 da Seo I Especializada em Dissdios Individuais (SDI-1), que passar a ter a seguinte

    redao: INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAO. NO CONCESSO OU REDUO. PREVISO

    EM NORMA COLETIVA. INVALIDADE. EXCEO AOS

    CONDUTORES DE VECULOS RODOVIRIOS, EMPREGADOS EM EMPRESAS DE TRANSPORTE COLETIVO

    URBANO. I invlida clusula de acordo ou conveno coletiva de trabalho contemplando a surpresso ou reduo do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, sade

    e segurana do trabalho, garantido por norma de

    ordem pblica (art. 71 da CLT e art. 7, XXII, da CF/1998), infenso negociao coletiva. II Ante a natureza do servio e em virtude das condies especiais de trabalho a

    que so submetidos estritamente os condutores e cobradores de veculos rodovirios, empregados em empresas de transporte pblico coletivo

    urbano, valida clusula de acordo ou conveno coletiva de

    trabalho contemplando a reduo do intervalo, deste que garantida a reduo da jornada para, no mnimo, sete horas dirias ou quarenta e

    duas semanais, no prorrogada, mantida a mesma

    remunerao e concedidos intervalos para descanso menores e fracionrios ao final de cada viagem, no

    descontados dajornada.

    Outras Orientaes Jurisprudenciais do TST:

    OJ N 307 da SDI 1 do TST Aps a edio da Lei n 8.923/94, a no-concesso total ou parcial do intervalo intrajornada mnimo, para

    repouso e alimentao, implica o pagamento total do perodo correspondente, com acrscimo de, no mnimo,

    50% sobre o valor da remunerao da hora normal de trabalho (art. 71

    da CLT).

    OJ 354 da SDI-1 do TST Possui natureza salarial a parcela prevista no

    art. 71, 4, da CLT, com redao introduzida pela Lei n 8.923, de 27 de julho de 1994, quando no concedido ou reduzido pelo empregador o

    intervalo mnimo intrajornada para repouso e alimentao, repercutindo,

    assim, no clculo de outras parcelas salariais.

    Outros exemplos de intervalos intrajornada:

    A) Nos servios permanentes de mecanografia,

    datilografia, escriturao ou clculo, a cada perodo de 90 minutos de

    trabalho ser

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    concedido um intervalo de 10 minutos para repouso, no deduzidos da

    durao normal do trabalho.

    Smula 346 do TST Os digitadores, por aplicao analgica do

    art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos servios de

    mecanografia (datilografia, escriturao ou clculo), razo pela qual tm

    direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90

    (noventa) de trabalho consecutivo.

    B) Empregados que trabalhem no interior de cmaras frigorficas: a

    cada 1 hora e 40 minutos de trabalho contnuo, 20 minutos de repouso computado como de trabalho efetivo este intervalo.

    C) trabalho em minas e subsolo: a cada 3 horas consecutivas para o

    trabalho obrigatrio parar 15 minutos, para repouso.

    D) a mulher para amamentar o prprio filho at que este complete 6

    meses de idade ter direito durante a jornada de trabalho

    a dois descansos especiais de 30 minutos cada um, no deduzidos da jornada normal de trabalho.

    importante falar dos turnos ininterruptos de revezamento que

    tem jornada constitucionalmente prevista de seis horas, podendo ser

    alterada por norma coletiva, como flexibilizou a prpria Constituio.

    Art.7 CRFB/88 Jornada de seis horas para o trabalho realizado

    em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao

    coletiva.

    O trabalho por turno aquele em que grupos de trabalhadores se sucedem na empresa, cumprindo horrios que

    permitam o funcionamento ininterrupto da empresa. Sobre este

    tema o TST possui duas importantes Smulas.

    Smula 423 do TST Estabelecida jornada superior a seis horas

    e limitada a oito horas por meio de regular negociao coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de

    revezamento no tem direito ao pagamento da 7 e 8 horas como

    extras.

    Smula 360 do TST A interrupo do trabalho destinada a repouso e

    alimentao, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, no descaracteriza o turno de

    revezamento com jornada de

    6 (seis) horas previsto no art. 7, XIV, da CF/1988.

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    Smula 118 do TST Os intervalos concedidos pelo empregador

    na jornada de trabalho, no previstos em lei,

    representam tempo disposio da empresa, remunerados como servio extraordinrio, se acrescidos ao

    final da jornada.

    8.4. Jornada In Itinere:

    Considera-se jornada in itinere o tempo de deslocamento do empregado de sua residncia para o trabalho

    e o seu retorno do seu trabalho para a sua residncia. O art. 58,

    pargrafo segundo da CLT e as Smulas 90 e 320 tratam do tema.

    Pela leitura do art. 58 da CLT chegamos a concluso de que dois requisitos so necessrios para que este tempo de deslocamento seja

    computado na jornada de trabalho do empregado:

    a) O local de trabalho dever ser de difcil acesso ou no servido por

    transporte publico regular.

    b) O empregador dever fornecer a conduo. Assim,

    quando o empregado for trabalhar em seu prprio

    carro, o tempo de deslocamento mesmo que o local de trabalho seja de difcil acesso no ser

    considerado jornada in itinere.

    Art. 58 2 CLT O tempo despendido pelo empregado at o

    local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio

    de transporte, no ser computado na jornada de trabalho, salvo quando tratando-se de local de difcil acesso ou no

    servido por transporte pblico o empregador fornecer a conduo.

    Exemplificando: Srgio empregado da empresa XXX que vende gua de coco e est localizada em uma ilha no nordeste de onde extrai o

    cco e o engarrafa. Para chegar at o seu local de trabalho Srgio utiliza

    uma embarcao da empresa, uma vez que o acesso at a ilha difcil e no h transporte pblico regular. Neste caso, o tempo despendido por

    ele at o local de trabalho (ida e volta) ser computado na sua jornada

    de trabalho.

    A seguir, transcrevo as Smulas 90 e 320 do TST que so muito

    importantes no estudo da Jornada In Itinere, destacarei em verde as palavras chaves que so abordadas em prova.

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    Smula 90 TST I- O tempo despendido pelo empregado, em conduo

    fornecida pelo empregador at o local de difcil acesso ou no servido

    por transporte pblico regular e para o seu retorno computvel na jornada de trabalho.

    II- A incompatibilidade entre os horrios de incio e trmino da jornada do empregado e os do transporte pblico regular circunstncia que

    tambm gera direito s horas in itinere.

    III- A mera insuficincia de transporte pblico no

    enseja o pagamento de horas in itinere.

    IV- Se houver transporte pblico regular em parte do trajeto percorrido

    em conduo da empresa, as horas in itinere remuneradas limitam- se ao trecho no servido por transporte pblico.

    V- Considerando que as horas in itinere so computadas na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal considerado como

    extraordinrio.

    Smula 320 TST O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou

    no, importncia pelo transporte fornecido, para local de difcil acesso

    ou no servido por transporte regular, no afasta o direito percepo das horas in itinere.

    A melhor forma de fixao do teor das Smulas atravs

    de resoluo de questes de prova, por isso abaixo transcreverei

    uma questo da banca FCC e destacarei em azul o erro da assertiva.

    Questo: (FCC/Analista Judicirio TRT 18 Regio/2008) A respeito da jornada in itinere, considere: I. O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou no, importncia

    pelo transporte fornecido, para local de difcil acesso ou no servido por transporte regular, no afasta o direito percepo das horas in itinere.

    II. Se existe transporte pblico, mas ele insuficiente, no h direito a

    pagamento de horas in itinere.

    III. A incompatibilidade entre os horrios de incio e trmino da jornada

    do empregado e os do transporte pblico regular no circunstncia

    que gera o direito s horas in itinere.

    IV. Se houver transporte pblico regular em parte do trajeto percorrido em conduo da empresa, as horas in itinere remuneradas no

    se limitaro ao trecho no alcanado pelo transporte pblico.

    Est correto o que consta APENAS em

    (A) III e IV. (B) I e II. (C) I, II e III. (D) II e IV. (E) I e III.

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    I- Correta. Smula 320 TST O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou no, importncia pelo transporte fornecido,

    para local de difcil acesso ou no servido por transporte regular,

    no afasta o direito percepo das horas in itinere.

    II- Correta. Smula 90, III do TST A mera insuficincia de transporte

    pblico no enseja o pagamento de horas in itinere.

    III- Incorreta. Smula 90, II do TST A incompatibilidade entre os horrios de incio e trmino da jornada do empregado e os do

    transporte pblico regular circunstncia que tambm gera direito

    s horas in itinere.

    IV- Incorreta. Smula 90, IV do TST Se houver transporte

    pblico regular em parte do trajeto percorrido em conduo da empresa, as horas in itinere remuneradas limitam-se ao trecho no servido por transporte pblico.

    8.5. Do Descanso semanal remunerado:

    O repouso semanal remunerado um direto de um descanso de

    24 horas consecutivas, previsto constitucionalmente (art. 7, XV da

    CF/88) e dever ser preferencialmente aos domingos. A doutrina utiliza como expresses sinnimas ao repouso semanal

    remunerado os termos: descanso semanal remunerado, folga semanal

    ou descanso hebdomadrio.

    Os empregados, os trabalhadores avulsos e os trabalhadores temporrios tero direito ao repouso semanal remumerado.

    A lei 605/49 trata do repouso semanal remunerado estabelece o

    direito ao repouso semanal remunerado e feriados, dispondo que todo empregado ter direito ao repouso semanal remunerado de 24 horas

    consecutivas, preferencialmente aos domingos e nos

    limites das exigncias tcnicas das empresas nos feriados civis e religiosos, de

    acordo com a tradio local.

    Os trabalhos nos feriados somente sero permitidos quando for indispensvel segundo as exigncias tcnicas da empresa

    para a execuo dos servios.

    Para que o empregado tenha direito remunerao do repouso

    semanal e aos feriados ele dever ter assiduidade e pontualidade na semana, sendo assim no ser devida a remunerao do

    repouso semanal e dos feriados quando sem motivo justificado o

    empregado no tiver trabalhado durante toda a semana anterior, ou seja, no tiver cumprido integralmente o seu horrio de trabalho.

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    A remunerao do repouso semanal e dos feriados que recarem

    no mesmo dia no sero acumuladas.

    Os empregados que recebem o seu salrio por ms ou quinzena j

    tem remunerados os dias de repouso semanal remunerado.

    De acordo com o art. 7 da Lei 605/49 a remunerao do repouso

    semanal remunerado ser:

    a) para os empregados que trabalham por dia, semana, quinzena

    ou ms, de um dia de servio, computadas as horas extraordinrias

    habitualmente prestadas;

    b) para os que trabalham por hora, de sua jornada normal de trabalho, computadas as horas extraordinrias,

    habitualmente prestadas;

    c) para o empregado que recebe por pea ou tarefa, o equivalente

    ao salrio correspondente s peas ou tarefas feitas durante a semana,

    no horrio de trabalho, dividido pelos dias de servio efetivamente prestados pelo empregador;

    d) Para o empregado em domiclio, o equivalente ao quociente da

    diviso por 6 da importncia total da sua produo na semana.

    importante frisar que a Smula 146 do TST estabelece que o

    trabalho em domingos e feriados no compensados devero ser pagos em dobro, sem prejuzo da remunerao relativa ao repouso semanal

    remunerado.

    Ressalvados os casos de empresas que trabalham em domingos e

    feriados, excepcionalmente admite-se o trabalho nestes dias para as outras empresas quando:

    a) Ocorrer fora maior, devendo a empresa justificar tal fato delegacia

    regional do Trabalho em 10 dias e pagar a remunerao em dobro.

    b) para atender realizao ou concluso de servios inadiveis ou que

    possa acarretar prejuzo pela inexecuo. Neste caso a empresa

    necessitar da autorizao da DRT, que poder conceder pelo

    prazo mximo de 60 dias.

    8.6. Do Trabalho Noturno:

    aquele prestado no perodo da noite fazendo o obreiro jus ao

    adicional respectivo, conforme estabelece o art. 7 IX da

    CRFB/88 estabelecendo que como direito dos trabalhadores a remunerao do trabalho noturno superior do diurno.

    O art. 73 da CLT estabelece o horrio noturno dos trabalhadores

    urbanos, como aquele compreendido entre 22 e 5 horas do dia seguinte.

    Fixa o adicional noturno em 20% sobre a hora diurna. Estabelece a hora

    noturna reduzida em que cada hora noturna trabalhada ser computada como de 52 minutos e 30 segundos e no como 1 hora.

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    Art. 73 da CLT Salvo nos casos de revezamento semanal

    ou quinzenal, o trabalho noturno ter remunerao superior

    do diurno e, para esse efeito, sua remunerao ter um acrscimo de

    20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

    1 - A hora do trabalho noturno ser computada como de 52

    (cinqenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

    2 - Considera-se noturno, para os efeitos deste

    artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte.

    3 - O acrscimo a que se refere o presente artigo, em

    se tratando de empresas que no mantm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, ser feito tendo em

    vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos

    de natureza semelhante. Em relao s empresas cujo trabalho noturno decorra da

    natureza de suas atividades, o aumento ser calculado sobre o

    salrio mnimo geral vigente na regio, no sendo devido quando exceder desse limite, j acrescido da percentagem.

    4 - Nos horrios mistos, assim entendidos os que abrangem perodos diurnos e noturnos, aplica-se s horas de

    trabalho noturno o disposto neste artigo e seus pargrafos

    5 - s prorrogaes do trabalho noturno aplica-se o disposto

    neste Captulo

    Ateno: O trabalhador menor no poder prestar

    trabalho noturno. A mulher poder prestar trabalho

    noturno.

    Quadro esquemtico sobre trabalho noturno:

    Rural Urbano Servidor Advogado

    Adicional 25% Adicional 20% Adicional 25% Adicional 25%

    H 60 minutos 52 m e 30 s 52 m e 30 s 52 m e 30 s

    20 e 4 Pecuria 22 h e 5h 22 h e 5h 20h e 5h

    21 e 5 Lavoura

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    A seguir transcrevo as principais Smulas e orientaes

    Jurisprudenciais do TST sobre o trabalho Noturno:

    Smula 65 do TST O vigia noturno tem direito hora reduzida de 52

    minutos e 30 segundos.

    Smula 60 do TST I - O adicional noturno pago com habitualidade integra o salrio do empregado para todos os efeitos.

    II- Cumprida integralmente a jornada no perodo noturno e prorrogada

    esta, devido tambm o adicional quanto s horas prorrogadas.

    Smula 265 do TST A transferncia para o perodo diurno de trabalho

    implica na perda do adicional noturno.

    OJ N 259 da SDI-1 do TST O adicional de periculosidade

    deve compor a base de clculo do adicional noturno, j que tambm neste horrio o trabalhador permanece sob as condies de risco.

    OJ 97 da SDI-1 do TST O adicional noturno integra a base de clculo das horas extras prestadas no perodo noturno.

    Smula 354 do TST As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de servio ou oferecidas espontaneamente pelos clientes,

    integram a

    remunerao do empregado, no servindo de base de clculo para as parcelas de aviso-prvio, adicional noturno, horas extras e

    repouso semanal remunerado.

    8.7. Do Trabalho Extraordinrio:

    Jornada extraordinria o lapso temporal do trabalho ou disponibilidade do empregado perante o empregador

    que ultrapasse a jornada padro, fixada em lei ou por clusula contratual

    Os empregados que exercem atividade externa incompatvel com

    a fixao do horrio de trabalho, o gerente e os diretores que exercem

    cargo de confiana, de mando, comando e gesto, dentro da empresa so excludos do controle de jornada de trabalho.

    Exemplificando: vendedores viajantes ou pracistas,

    motoristas de caminho que fazem viagens para outro municpio ou Estado.

    Em relao aos trabalhadores que realizam atividades

    externas incompatvel com a fixao da jornada, tal situao deve ser

    anotada na

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    CTPS e no livro ou ficha de registro de empregados. Porm, o simples

    fato de realizar servio externo no significa que o empregado no

    possua horrio de trabalho. Se houver possibilidade de controlar os horrios de entrada e sada, mesmo que o empregado realize atividade

    externa estar sujeito jornada normal de trabalho, bem como

    ao pagamento das horas extras eventualmente laboradas.

    Os trabalhadores que exercem cargos de gerncia com poderes de

    mando , desde que percebam padro mais elevado de vencimento( 40% a mais), que os demais estaro excludos do controle de jornada, no

    sendo devida hora extra eventualmente prestadas.

    A Jornada constitucionalmente assegurada aos obreiros a de 8

    horas dirias/44 horas semanais ou para os turnos ininterruptos

    de revezamento 6 horas dirias/ 30 horas semanais, assim qualquer trabalho que exceda este limite

    importar em prorrogao de jornada e dever ser pago adicional de

    horas extras do que exceder a estes limites.

    Art. 62 da CLT No so abrangidos pelo regime previsto

    neste captulo:

    I - os empregados que exercem atividade externa incompatvel

    com a fixao de horrio de trabalho, devendo tal condio ser

    anotada na Carteira de Trabalho e Previdncia Social e no registro de empregados;

    II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de

    gesto, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste

    artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.

    Pargrafo nico - O regime previsto neste captulo ser aplicvel

    aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o

    salrio do cargo de confiana, compreendendo a gratificao de funo, se houver, for inferior ao valor do respectivo

    salrio efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).

    As principais Smulas e Orientaes

    Jurisprudenciais sobre o

    trabalho extraordinrio seguem abaixo transcritas:

    Smula 264 do TST A remunerao do servio suplementar composta do valor da

    hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido

    do adicional previsto em lei, contrato, acordo, conveno coletiva ou sentena normativa.

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    Smula 291 do TST A supresso, pelo empregador, do servio suplementar prestado com habitualidade, durante

    pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito

    indenizao correspondente ao valor de 1 (um) ms das horas suprimidas para cada ano ou frao igual ou superior a seis meses de

    prestao de servio acima da jornada normal. O

    clculo observar a mdia das horas suplementares efetivamente trabalhadas nos ltimos 12 (doze) meses, multiplicada

    pelo valor da hora extra do dia da supresso.

    Smula 90, V do TST Considerando que as horas in itinere so computadas na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a

    jornada legal considerado como extraordinrio.

    Smula 347 do TST O clculo do valor das horas extras habituais, para

    efeito de reflexos em verbas trabalhistas, observar o nmero de horas efetivamente prestadas e a ele aplica-se o valor do salrio-hora

    da poca do pagamento daquelas verbas.

    8.8. Do sistema de compensao:

    Atravs do sistema de compensao o excesso de horas em um

    dia ser compensado pela diminuio em outro dia, portanto no ser

    devido o adicional de 50% sobre a hora normal e o limite mximo ser de duas horas dirias.

    Smula 85 do TST I. A compensao de jornada de

    trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou conveno coletiva. II. O acordo individual para

    compensao de horas vlido, salvo se houver norma coletiva em

    sentido contrrio. III. O mero no-atendimento das exigncias legais para a compensao de jornada, inclusive quando encetada mediante

    acordo tcito, no implica a repetio do pagamento das horas

    excedentes jornada normal diria, se no dilatada a jornada mxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. IV.

    A prestao de horas extras habituais

    descaracteriza o acordo de compensao de jornada. Nesta hiptese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal devero ser pagas

    como horas extraordinrias e, quanto quelas

    destinadas compensao, dever ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinrio.

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    Em relao a este tema o que as bancas de concurso abordam

    muito a questo do denominado banco de horas, observem as explicaes abaixo:

    Banco de Horas: (Art. 59 2 da CLT) Banco de Horas uma forma de

    compensao de jornada celebrada por conveno ou acordo coletivo de trabalho, na qual as horas extras laboradas no sero remuneradas. Por

    este sistema de compensao de horas o acrscimo de salrio pelo labor

    realizado extraordinariamente poder ser dispensado, atravs de Conveno ou Acordo

    Coletivo, quando ocorrer a compensao do excesso

    de horas em um dia pela correspondente diminuio em outro dia, porm no poder exceder em um perodo mximo de um ano,

    soma das jornadas semanais previstas e nem ultrapassar o

    limite mximo de 10 horas dirias.

    Art. 59 do CLT A durao normal do trabalho

    poder ser acrescida de horas suplementares, em nmero no excedente de

    2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e

    empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho

    2 Poder ser dispensado o acrscimo de salrio se, por

    fora de acordo ou conveno coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuio

    em outro dia, de maneira que no exceda, no perodo mximo de

    um ano, soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite mximo de dez horas

    dirias

    importante ressaltar que o empregado menor somente poder

    prestar o trabalho extraordinrio em regime de compensao ou de

    fora maior (art. 413 da CLT).

    8.9. Formas de Prorrogao: As formas de prorrogao de jornada:

    sero mediante acordo escrito, individual ou coletivo, em nmero no

    excedente a duas horas, com o pagamento da remunerao do servio extraordinrio superior no mnimo em 50% a do normal.(art.59 CLT).

    Art. 59 do CLT A durao normal do trabalho poder ser

    acrescida de horas suplementares, em nmero no excedente de

    2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.

    Smulas 118, 376 e 370 do TST

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    1 - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho

    dever constar, obrigatoriamente, a importncia da

    remunerao da hora suplementar, que ser, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior da hora normal. (Vide art. 7, XVI, da

    CF)

    2 Poder ser dispensado o acrscimo de salrio se, por fora de acordo ou conveno coletiva de trabalho, o excesso de horas

    em um dia for compensado pela correspondente diminuio em

    outro dia, de maneira que no exceda, no perodo mximo de um ano, soma das jornadas semanais de trabalho previstas,

    nem seja ultrapassado o limite mximo de dez horas dirias.

    3 - Na hiptese de resciso do contrato de trabalho sem que

    tenha havido a compensao integral da jornada extraordinria,

    na forma do pargrafo anterior, far o trabalhador jus ao pagamento das horas extras

    no compensadas, calculadas sobre o valor da remunerao na

    data da resciso.

    4 - Os empregados sob o regime de tempo parcial

    no podero prestar horas extras. (NR).

    Art. 60 da CLT Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados

    no captulo "Da Segurana e da Medicina do Trabalho",

    ou que neles venham a ser includas por ato do Ministro do Trabalho, quaisquer prorrogaes s podero

    ser acordadas mediante licena prvia das autoridades

    competentes em matria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procedero aos necessrios exames locais e

    verificao dos mtodos e processos de trabalho, quer

    diretamente, quer por intermdio de autoridades sanitrias federais, estaduais e municipais, com

    quem entraro em entendimento para tal fim.

    Art. 61 da CLT Ocorrendo necessidade imperiosa, poder

    a durao do trabalho exceder do limite legal ou

    convencionado, seja para fazer face a motivo de fora maior, seja para atender realizao ou concluso de

    servios inadiveis ou cuja inexecuo possa

    acarretar prejuzo manifesto.

    1 - O excesso, nos casos deste artigo, poder ser

    exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e dever ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, autoridade

    competente em matria de trabalho, ou, antes desse prazo,

    justificado no momento da fiscalizao sem prejuzo dessa comunicao.

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    2 - Nos casos de excesso de horrio por motivo de

    fora maior, a remunerao da hora excedente no ser inferior

    da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remunerao ser, pelo

    menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior da hora

    normal, e o trabalho no poder exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei no

    fixe expressamente outro limite.

    3 - Sempre que ocorrer interrupo do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de fora maior, que

    determinem a impossibilidade de sua realizao, a durao do

    trabalho poder ser prorrogada pelo tempo necessrio at o mximo de 2 (duas) horas, durante o nmero de dias

    indispensveis recuperao do tempo perdido, desde que

    no exceda de 10 (dez) horas dirias, em perodo no superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa

    recuperao prvia autorizao da autoridade competente.

    8.10. Questes de Prova:

    1. (ESAF - Tcnico Judicirio - TRT - 7 Regio 2003) A propsito da jornada de trabalho, aponte a opo correta.

    a) Ao empregador lcito exigir a prestao laboral por, no mnimo, oito

    horas dirias de trabalho, durante seis dias da semana.

    b) Sempre que a jornada for superior a seis horas, haver a necessidade

    de concesso de intervalo mnimo de duas horas.

    c) As atividades executadas em turnos ininterruptos de revezamento

    tero como limite mximo a jornada de seis horas, salvo previso em

    contrrio constante do contrato individual de trabalho.

    d) Limitada a jornada diria

    a quatro horas de trabalho, deve o empregador conceder, obrigatoriamente, o intervalo mnimo de

    quinze minutos.

    e) Salvo previso coletiva em contrrio, a durao mxima do intervalo intrajornada, para refeio e descanso, deve ter a durao mxima de

    duas horas.

    Comentrios: Letra E. a) Esta assertiva est incorreta porque A Constituio Federal estabelece a jornada de oito horas dirias e quarenta e

    quatro horas semanais.

    Art.7 XIII da CF/88 durao normal do trabalho no superior

    a oito horas dirias e quarenta e quatro horas semanais,

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    facultada a compensao de horrios e a reduo da jornada,

    mediante acordo ou conveno coletiva de trabalho.

    b) O intervalo intrajornada que a assertiva est se referindo para uma

    jornada de 4 a 6 horas de no mnimo 15 minutos, para jornada de 6 a 8

    horas ser de no mnimo uma hora e no mximo duas horas.

    O erro desta assertiva que o art. 71 da CLT estabelece que em

    qualquer trabalho contnuo cuja durao exceda de seis horas,

    ser obrigatria a concesso de um intervalo para repouso ou

    alimentao, o qual ser de no mnimo uma hora e, salvo acordo ou conveno coletiva em contrrio no poder exceder de duas horas.

    Assim, ao falar que sempre que a jornada for superior a 6 horas o intervalo ser de no mnimo duas horas a assertiva est incorreta.

    importante frisar que para a jornada de at 4 horas no haver

    intervalos.

    c) Incorreta esta assertiva porque feriu dispositivo constitucional ao falar que por contrato individual de trabalho a jornada de seis

    horas para os empregados

    que trabalhem por turnos ininterruptos de revezamento poder

    ser ampliada. Observem o que

    estabelece a Constituio Federal sobre Turnos Ininterruptos de Revezamento.

    Art.7 CRFB/88 Jornada de seis horas para o

    trabalho

    realizado em turnos ininterruptos de revezamento,

    salvo negociao coletiva.

    d) Incorreta porque somente quando a durao da jornada ultrapassar 4 horas, ser obrigatria a concesso do intervalo de 15 minutos. (art. 71,

    pargrafo 1 da CLT).

    e) Correta. (art. 71 da CLT)

    Art. 71 da CLT Em qualquer trabalho contnuo, cuja

    durao exceda de 6 (seis) horas, obrigatria a concesso de um

    intervalo para repouso ou alimentao, o qual ser, no mnimo, de

    1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo

    em contrrio, no poder exceder de 2 (duas) horas.

    1 - No excedendo de 6 (seis) horas

    o trabalho, ser, entretanto,

    obrigatrio um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a durao ultrapassar 4 (quatro) horas.

    2 - Os intervalos de descanso no sero

    computados na durao do trabalho.

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    3 - O limite mnimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeio

    poder ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho

    quando, ouvida a Secretaria de Segurana e Higiene do Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende

    integralmente s exigncias concernentes organizao dos

    refeitrios e quando os respectivos empregados no estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.

    4 - Quando o intervalo para repouso e alimentao, previsto

    neste artigo, no for concedido pelo empregador, este ficar obrigado a

    remunerar o perodo correspondente com

    um acrscimo de no mnimo 50% (cinqenta por cento) sobre o valor da remunerao da hora normal de trabalho.

    2. (FCC Tcnico Judicirio TRT-Campinas/2009) Maria empregada da empresa KILO e Moiss

    empregado da empresa LITRO. Ambos receberam um comunicado de

    suas empregadoras avisando que a partir do ms seguinte haver, alm do intervalo intrajornada, para alimentao e repouso, um

    intervalo de quinze minutos para caf da manh e um intervalo

    de quinze minutos para o lanche da tarde. Considerando que a empresa KILO fornecer gratuitamente a

    alimentao de todas as refeies e que a empresa LITRO cobrar R$

    50,00 pelas refeies, que Maria e Moiss tero um acrscimo de trinta

    minutos em sua jornada de trabalho, e que Moiss possui jornada de trabalho diria de seis horas, correto afirmar que

    (A) somente Moiss ter direito ao recebimento de trinta

    minutos remunerados como servio extraordinrio, porque a empresa LITRO est efetuando cobrana monetria das refeies fornecidas.

    (B) nenhum dos empregados ter direito ao recebimento de

    trinta minutos

    remunerados como servio extraordinrio, porque a alimentao regular considerada benfica sade dos obreiros.

    (C) Maria e Moiss tero direito ao recebimento de trinta

    minutos remunerados como servio extraordinrio, porque

    representaro tempo disposio da empresa.

    (D) somente Moiss ter direito ao recebimento de trinta

    minutos remunerados como servio extraordinrio, porque possui

    jornada de trabalho reduzida.

    (E) somente Moiss ter direito ao recebimento de trinta minutos remunerados como servio extraordinrio,

    mas a remunerao do servio extraordinrio

    ser reduzida pela metade em razo dos benefcios trazidos com a alimentao.

    Comentrios:

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    A letra C est correta porque menciona o entendimento sumulado do TST, observem:

    Smula 118 do TST Os intervalos concedidos pelo empregador na

    jornada de trabalho, no previstos em lei, representam tempo

    disposio da empresa, remunerados como servio extraordinrio, se

    acrescidos ao final da jornada.

    3. (ESAF Auditor Fiscal do Trabalho 2006) Quanto ao turno ininterrupto de revezamento correto afirmar que

    a) O turno de revezamento tem adoo restrita aos petroleiros. b) A adoo de turno ininterrupto de revezamento na empresa depende de negociao coletiva.

    c) O intervalo intrajornada descaracteriza o turno

    ininterrupto de revezamento.

    d) O intervalo para descanso semanal descaracteriza o

    turno ininterrupto de revezamento.

    e) Mediante negociao coletiva, vlida a fixao de jornada superior a

    seis horas para turno ininterrupto de revezamento.

    Comentrios: Letra e. (art. 7 da CF/88)

    Art.7, XIV da CRFB/88 Jornada de seis horas para o trabalho

    realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao coletiva.

    O erro da assertiva a que o regime de trabalho por

    turnos ininterruptos de revezamento no ter aplicao restrita aos

    petroleiros. J o erro da assertiva b est incorreta porque independe de negociao coletiva a adoo de turnos ininterruptos de revezamento pela empresa.

    As assertivas c e d esto incorretas. Isto porque o intervalo interjornada e o intervalo para descanso semanal no descaracterizam o

    turno ininterrupto de revezamento.

    Smula 360 do TST A interrupo do trabalho destinada a repouso e

    alimentao, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso

    semanal, no descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6

    (seis) horas previsto no art. 7, XIV, da CF/1988.

    oportuno transcrever a Smulas 423 do TST que embora no

    tenha sido abordada nesta questo, tambm dispe sobre os

    turnos ininterruptos de revezamento.

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    Smula 423 do TST Estabelecida jornada superior a seis horas e

    limitada a oito horas por meio de regular negociao coletiva, os

    empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento no tem

    direito ao pagamento da 7 e 8 horas como extras.

    4. (ESAF Auditor Fiscal do Trabalho 2006) Quanto ao intervalo intrajornada, correto afirmar que:

    a) Os digitadores esto sujeitos ao regime legal de intervalo de

    10 minutos de descanso a cada 90 minutos de trabalho consecutivo,

    no computado na jornada de trabalho.

    b) Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho,

    no previstos em lei, constituem benefcio adicional e no

    sero computados na jornada diria.

    c) O intervalo intrajornada legal no pode ser suprimido por clusula de

    conveno coletiva.

    d) O intervalo intrajornada legal do bancrio,

    de 15 minutos, computado na jornada

    de trabalho.

    e) O intervalo intrajornada legal no pode ser ampliado por clusula de

    conveno coletiva.

    Comentrios: letra C. a) Incorreta, porquea Smula 346 do TST estabelece para

    os digitadores o intervalo previsto no art. 72 da CLT e este afirma que este intervalo no ser deduzido da jornada de trabalho,

    portanto ser computado na jornada de trabalho.

    Smula 346 do TST Os digitadores, por aplicao analgica do art. 72

    da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos servios de mecanografia

    (datilografia, escriturao ou clculo), razo pela qual tm direito a

    intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de

    trabalho consecutivo.

    b) Incorreta, porque os intervalos concedidos pelo empregador na

    jornada de trabalho que no forem previstos em lei representam tempo

    a disposio da empresa.

    Smula 118 do TST Os intervalos concedidos pelo empregador

    na jornada de trabalho, no previstos em lei, representam tempo

    disposio da empresa, remunerados como servio extraordinrio, se

    acrescidos ao final da jornada.

    c) Correta. O intervalo intrajornada no

    poder ser suprimido ou reduzido por

    conveno coletiva ou acordo coletivo, mas poder ser ampliado. Portanto a assertiva E est incorreta.

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    OJ 342 da SDI-1 do TST invlida clusula de acordo ou conveno

    coletiva de trabalho contemplando a supresso ou reduo do intervalo

    intrajornada porque este constitui medida de higiene, sade e segurana

    do trabalho, garantido por norma de ordem pblica (art. 71 da CLT e

    art. 7, XXII, da CF/1988), infenso negociao coletiva.

    d) Incorreta. A OJ 178 da SDI- 1 do TST estabelece que o intervalo de

    15 minutos no ser computado na jornada de trabalho do bancrio.

    OJ 178 da SDI- 1 do TST No se computa, na jornada do bancrio

    sujeito a seis horas dirias de trabalho, o intervalo de quinze minutos

    para lanche ou descanso.

    e) Incorreta. (OJ 342 SDI- 1 do TST)

    5. (FCC/TRT-Campinas/Analista Judicirio/2009) Considere as seguintes assertivas a respeito do trabalho noturno:

    I- Cumprida integralmente a jornada no perodo noturno e prorrogada esta, devido tambm o adicional quanto s horas prorrogadas.

    II- Para a CLT a jornada noturna urbana compreende o lapso temporal

    situado entre 21 horas de um dia at as 5 horas do dia seguinte.

    III- Em regra, o adicional noturno deve ser de no mnimo 25% podendo ser estipulado valor superior atravs de conveno coletiva.

    IV- O adicional noturno integra a base de clculo das horas extras prestadas no perodo noturno.

    Est correto o que se afirma somente em

    a) I e II. b) I, II e III. c) I, III e IV. d) III e IV. e) I e IV.

    Comentrios: Letra e.

    I- Correta. (Smula 60, II do TST).

    Sumula 60 do TST I - O adicional noturno pago com habitualidade

    integra o salrio do empregado para todos os efeitos. II- Cumprida

    integralmente a jornada no perodo noturno e prorrogada esta, devido

    tambm o adicional quanto s horas prorrogadas.

    II- Incorreta. Ser de 22 de um dia e 5 horas do dia seguinte, conforme estabelece o art. 73 da CLT.

    Art. 73 da CLT - Salvo nos casos de revezamento semanal ou

    quinzenal, o trabalho noturno ter remunerao superior

    do diurno e, para esse efeito, sua remunerao ter um acrscimo de

    20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

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    1 - A hora do trabalho noturno ser computada como de 52

    (cinqenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

    2 - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia

    e as 5 (cinco) horas do dia seguinte.

    III- Incorreta. O adicional noturno para o empregado urbano

    de 20%

    Art. 73 da CLT - Salvo nos casos de revezamento semanal ou

    quinzenal, o trabalho noturno ter remunerao superior

    do diurno e, para esse efeito, sua remunerao ter um acrscimo de

    20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

    IV- Correta.

    OJ 97 da SDI-1 do TST O adicional noturno integra a base de clculo

    das horas extras prestadas no perodo noturno. 6. (FCC/Juiz do Trabalho- TRT 11 Regio/2007) Os

    intervalos intrajornada e semanal esto previstos em lei.

    Partindo-se desta

    premissa, correto afirmar:(A) (B) (C) (D) (E)

    I. Se a jornada diria do empregado for interrompida pela concesso do

    intervalo de, no mnimo, uma hora de

    durao, isso no descaracteriza o turno ininterrupto de revezamento, e a jornada continuar a ser

    de 6 horas dirias. (CORRETA)

    II. Se a jornada diria do empregado for interrompida pela concesso do

    intervalo de, no mnimo, uma hora de durao, estar descaracterizado

    o turno ininterrupto de revezamento, e a jornada passar a ser de 8 horas dirias. (INCORRETA)

    III. Se a jornada diria do empregado for interrompida pela concesso

    do intervalo de, no mnimo, uma hora de durao,

    estar descaracterizado o turno ininterrupto de revezamento, e a jornada passar a ser de 7 horas dirias. (INCORRETA)

    IV. A interrupo diria destinada ao repouso e alimentao ou semanal

    descaracteriza o turno ininterrupto de revezamento,

    estabelecendo jornada que s pode ser ajustada em negociao coletiva.

    (INCORRETA)

    Smula 360 do TST A interrupo do trabalho destinada a

    repouso e alimentao, dentro de cada turno, ou o intervalo para

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    repouso semanal, no descaracteriza o turno de revezamento com

    jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7, XIV, da CF/1988.

    7. (FCC/Juiz do Trabalho- TRT 11 Regio/2007) Considerando a jurisprudncia dominante no Tribunal Superior do Trabalho, considere:)

    I. O fornecimento de telefone celular ao empregado, por si

    s, j caracteriza o sobreaviso, face possibilidade desse empregado ser chamado para trabalhar a qualquer momento.

    (CORRETA)

    OJ 49 da SDI-1 do TST O uso do aparelho BIP pelo empregado, por si

    s, no caracteriza o regime de sobreaviso, uma vez que o empregado

    no permanece em sua residncia aguardando, a qualquer momento,

    convocao para o servio.

    II. Se os empregados que trabalham em turno

    ininterrupto de revezamento tiverem sua jornada aumentada para 8 horas dirias, por norma coletiva, a stima e a oitava horas

    devero ser pagas como extras. (INCORRETA)

    Smula 423 do TST Estabelecida jornada superior a seis horas e

    limitada a oito horas por meio de regular negociao coletiva, os

    empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento no tem

    direito ao pagamento da 7 e 8 horas como extras.

    8. (UnB/CESPE TRT 5.a Regio/ Juiz do Trabalho/2006) Jos foi contratado em 22/8/2004, para trabalhar para a pessoa jurdica Zeta,

    que atua no ramo de turismo ecolgico, na funo de

    auxiliar de cozinha, no restaurante situado em hotel fazenda administrado pela empregadora. Em virtude de o local de trabalho ser

    em rea rural, Zeta fornece transporte aos seus empregados, na parte

    do trajeto que no atendida por transporte pblico regular. Por fora de acordo coletivo de trabalho, celebrado em 12/6/2004, o

    tempo despendido pelos

    empregados de Zeta no trajeto no servido de transporte pblico regular, em veculo por ela fornecido, no considerado horas in

    itinere. Jos, aps trs anos de servios prestados a Zeta, pediu

    demisso de seu emprego e a dispensa do cumprimento de aviso prvio, em virtude de j ter celebrado contrato de trabalho com

    empregadora situada prximo a sua residncia.

    Acerca dessa situao hipottica e com base no direito do

    trabalho, assinale a opo incorreta.

    A) No que concerne aos empregados de Zeta contratados anteriormente

    a 12/6/2004, o tempo despendido no trajeto no servido por transporte

    pblico regular, em veculo fornecido por Zeta, poder no ser

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    considerado horas in itinere, bastando para isso que haja a

    renncia expressa desse direito por cada um desses empregados.

    B) O reconhecimento das convenes e acordos coletivos de trabalho princpio de mbito constitucional no direito brasileiro.

    C) A disposio contida no acordo coletivo de trabalho, firmado em 12/6/2004, que estabelece que o tempo despendido pelos empregados

    de Zeta no trajeto no servido de transporte pblico regular, em veculo

    por ela fornecido, no considerado horas in itinere nula de pleno

    direito.

    D) O Ministrio Pblico do Trabalho parte legtima para propor aes

    que visem a declarao de nulidade de clusula de acordo coletivo que viole direitos individuais indisponveis dos trabalhadores.

    E) Zeta est dispensada do pagamento das verbas pertinentes ao aviso

    prvio para Jos.

    Comentrios: Letra A A) A assertiva A est incorreta porque o tempo que o empregado gastar para chegar ao local de trabalho, bem como para o seu retorno ser computado na jornada de trabalho quando o local for de difcil

    acesso ou no for servido por transporte pblico regular.

    Trata-se do que a doutrina denomina de Jornada In Itinere.Todos os empregados da empresa Zeta tero direito jornada In Itinere porque a clusula de norma coletiva que transacione de forma diferente ser nula de pleno direito.

    Observem as Smulas 320 e 90 do TST que tratam da matria:

    Smula 90 do TST I- O tempo despendido pelo empregado, em conduo fornecida pelo

    empregador at o local de difcil acesso ou no servido por transporte pblico regular e para o seu retorno computvel na

    jornada de trabalho.II- A incompatibilidade entre os horrios de incio

    e trmino da jornada do empregado e os do transporte pblico regular circunstncia que tambm gera direito s horas in itinere.III- A mera insuficincia de transporte pblico no enseja o pagamento de horas in itinere.IV- Se houver transporte pblico regular em parte do trajeto percorrido em conduo da empresa, as horas in itinere remuneradas limitam-se ao trecho no servido por transporte pblico. V-

    Considerando que as

    horas in itinere so computadas na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal considerado como extraordinrio.

    Smula 320 TST O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou no,

    importncia pelo transporte fornecido, para local de difcil acesso ou no servido por transporte regular, no afasta o direito percepo

    das horas in itinere.

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    B) Esta assertiva est correta porque o art. 7, XXVI da CF/88 estabelece o reconhecimento das convenes coletivas de

    trabalho aos trabalhadores urbanos e rurais.

    C) A disposio contida na norma coletiva que estabelece que o tempo despendido pelo empregado no trajeto no atendido por

    transporte pblico regular no jornada In Itinere nula de pleno direito, pois prejudicial ao empregado.

    D) Correta, a lei complementar 75/93 prev esta competncia para o

    MPT.

    E) Correta, uma vez que Jos obteve um novo emprego. Observem a

    Smula 276 do TST.

    .

    Smula 276 do TST O direito ao aviso prvio irrenuncivel pelo

    empregado. O pedido de dispensa de cumprimento no exime o

    empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovao de haver

    o prestador dos servios obtido novo emprego.

    9. (FCC Analista Judicirio TRT 18 Regio/2008) A respeito da jornada in itinere, considere:

    I. O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou no, importncia pelo transporte fornecido, para local de difcil acesso ou no servido por

    transporte regular, no afasta o direito percepo das horas in itinere.

    II. Se existe transporte pblico, mas ele insuficiente, no h direito a pagamento de horas in itinere.

    III. A incompatibilidade entre os horrios de incio e trmino da jornada

    do empregado e os do transporte pblico regular no circunstncia que gera o direito s horas in itinere.

    IV. Se houver transporte pblico regular em parte do trajeto percorrido

    em conduo da empresa, as horas in itinere remuneradas

    no se limitaro ao trecho no alcanado pelo transporte pblico.

    Est correto o que consta APENAS em

    (A) III e IV. (B) I e II. (C) I, II e III. (D) II e IV. (E) I e III.

    Comentrios: Letra B. I- Correta. Smula 320 TST O fato de o empregador

    cobrar, parcialmente ou no, importncia pelo transporte

    fornecido, para local de difcil acesso ou no servido por transporte

    regular, no afasta o direito percepo das horas in itinere.

    II- Correta. Smula 90, III do TST A mera insuficincia de transporte

    pblico no enseja o pagamento de horas in itinere.

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    III- Incorreta. Smula 90, II do TST A incompatibilidade entre

    os horrios de incio e trmino da jornada do empregado e os do

    transporte pblico regular circunstncia que tambm gera direito s horas in itinere.

    IV- Incorreta. Smula 90, IV do TST Se houver transporte pblico regular em parte do trajeto percorrido em conduo da

    empresa, as horas in itinere remuneradas limitam-se ao trecho no servido por transporte pblico.

    10. (JUIZ DO TRABALHO- TRT- 23 REGIO/ 2008) Analise

    os itens abaixo e marque a alternativa CORRETA:

    I - No excedendo de 6 h (seis horas) o trabalho, ser obrigatrio um

    intervalo de 1 h (uma hora) quando a durao ultrapassar 4 h (quatro

    horas).

    II - A durao normal de trabalho dos msicos profissionais de seis horas, mas poder ser elevada em at duas horas.

    III - No trabalho no interior de cmaras frigorficas, e que movimenta mercadoria do ambiente quente normal para o frio e vice-versa, h

    previso de um perodo de 20 (vinte) minutos de repouso, excludos da

    durao do trabalho efetivo, aps uma hora e quarenta minutos de labor contnuo.

    IV - O trabalho em regime de tempo parcial equivale a at 25 horas

    semanais.

    Comentrios:

    I- Incorreta. (Art. 71 da CLT)

    Art. 71 da CLT Em qualquer trabalho contnuo, cuja durao

    exceda de 6 (seis) horas, obrigatria a concesso de

    um intervalo para repouso ou alimentao, o qual ser, no mnimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato

    coletivo em contrrio, no poder exceder de 2 (duas) horas.

    1 - No excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, ser, entretanto, obrigatrio um intervalo de 15 (quinze)

    minutos quando a durao ultrapassar 4 (quatro) horas.

    2 - Os intervalos de descanso no sero computados

    na durao do trabalho.

    II- Incorreta. (Lei 3.857/80). A durao normal do trabalho dos msicos no poder exceder cinco horas. A durao normal poder ser elevada a

    6 horas nos estabelecimentos de diverses pblicas ou a sete horas nos

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    casos de fora maior ou festejos populares e servio reclamado

    pelo interesse nacional.

    III- Incorreta. (Art. 253 da CLT)

    Art. 253 da CLT Para os empregados que trabalham

    no interior das cmaras frigorficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente

    quente ou normal para o frio e vice- versa, depois de 1

    (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contnuo, ser assegurado um perodo de 20 (vinte)

    minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho

    efetivo.

    Pargrafo nico - Considera-se artificialmente frio, para os

    fins do presente artigo, o que for inferior, nas primeira, segunda e

    terceira zonas climticas do mapa oficial do Ministrio do Trabalho,

    a 15 (quinze graus), na quarta zona a 12 (doze graus), e nas quinta, sexta e stima zonas a 10 (dez graus).

    IV- Correta. (Art. 58-A da CLT)

    Art. 58-A da CLT Considera-se trabalho em regime de tempo

    parcial aquele cuja durao no exceda a vinte e cinco horas semanais.

    1 - O salrio a ser pago aos empregados sob o regime de

    tempo parcial ser proporcional sua jornada, em relao aos empregados que cumprem, nas mesmas funes,

    tempo integral.

    2 - Para os atuais empregados, a adoo do regime de tempo

    parcial ser feita mediante opo manifestada perante a empresa,

    na forma prevista em instrumento decorrente

    de negociao coletiva.

    11. (ESAF- Procurador do Distrito Federal/2004) Considerando os

    termos da Lei Ordinria e da Constituio Federal e, ao mesmo tempo,

    da jurisprudncia uniformizada do Tribunal Superior do Trabalho,

    quando as interpreta, examine os seguintes itens:

    I. Em qualquer trabalho contnuo, cuja durao exceda de seis horas,

    obrigatria a concesso de um intervalo para repouso ou alimentao, o qual ser, no mnimo, de uma hora e, salvo acordo escrito ou contrato

    coletivo em contrrio, no poder exceder de duas horas. Quando o

    intervalo para repouso e alimentao no for concedido pelo empregador, esse ficar obrigado a remunerar o perodo

    correspondente

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    com um acrscimo de, no mnimo, cinqenta por cento sobre o valor da

    remunerao da hora normal de trabalho. Assim que a no concesso

    parcial do intervalo intrajornada mnimo, para repouso e alimentao, implica o pagamento do perodo de tempo remanescente, com o referido

    acrscimo de, no mnimo, cinqenta por cento

    sobre o valor da remunerao da hora normal de trabalho.

    Comentrios: Incorreta, porque o art. 71, pargrafo 4 da CLT fala que o perodo correspondente ao intervalo dever ser remunerado com o

    acrscimo de no mnimo 50% da remunerao da hora

    normal de trabalho.

    Art. 71 da CLT Em qualquer trabalho contnuo, cuja durao exceda de 6 (seis) horas, obrigatria a

    concesso de um intervalo para repouso ou alimentao,

    o qual ser, no mnimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrrio, no poder exceder de

    2 (duas) horas.

    1 - No excedendo de 6 (seis) horas o trabalho,

    ser, entretanto, obrigatrio um intervalo de 15 (quinze)

    minutos quando a durao ultrapassar 4 (quatro) horas.

    2 - Os intervalos de descanso no sero computados

    na durao do trabalho.

    3 - O limite mnimo de 1 (uma) hora para

    repouso ou refeio poder ser reduzido por ato do

    Ministro do Trabalho quando, ouvida a Secretaria de Segurana e Higiene do Trabalho, se

    verificar que o estabelecimento atende

    integralmente s exigncias concernentes organizao dos refeitrios e quando os respectivos empregados no estiverem

    sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.

    4 - Quando o intervalo para repouso e alimentao, previsto

    neste artigo, no for concedido pelo empregador, este

    ficar obrigado a remunerar o perodo correspondente com um

    acrscimo de no mnimo 50% (cinqenta por cento) sobre

    o valor da remunerao da hora normal de trabalho.

    12. (Juiz do Trabalho TRT 23 Regio/ 2008) O estabelecimento de determinada empresa foi atingido por um raio, o

    que provocou incndio. Para salvar parte das mercadorias/produtos, os

    empregados tiveram que trabalhar alm do horrio normal. Neste caso pode-se afirmar:

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    I - a empresa poder exigir dos empregados o trabalho em

    horas extraordinrias, independentemente de acordo individual ou coletivo, at o limite de dez horas dirias;

    II - a empresa poder exigir dos empregados a prestao de trabalho

    extraordinrio desde que haja acordo escrito, individual ou coletivo, at o limite de dez horas dirias, remunerando as horas excedentes oitava

    com o adicional mnimo de cinqenta por cento;

    III - independentemente da existncia de qualquer acordo prvio, a

    empresa poder exigir dos empregados a prestao de servios, contudo, dever efetuar o pagamento das horas

    extraordinrias com o adicional mnimo de cinqenta por cento;

    IV - desde tenha sido previamente pactuado mediante acordo escrito, a empresa poder exigir dos empregados a prestao de servios at o

    limite de doze horas dirias, contudo, dever efetuar o pagamento das horas extraordinrias com o adicional mnimo de cinqenta por cento;

    a) somente a opo I est correta;

    b) somente a opo II est correta;

    c) somente a opo III est correta; d) somente a opo IV est correta;

    e) todas as opes esto incorretas.

    Comentrios: Letra E

    Trata-se da hiptese de fora maior prevista no art. 61, pargrafo 2 da CLT. Quando ocorre fora maior a empresa poder exigir a prestao de servio extraordinrio e no precisar pagar o

    adicional de

    50%, pois pagar apenas o valor da hora normal. A prorrogao neste

    caso ocorrer sem limite de horas, conforme estabelecem os pargrafos

    1 e 2 do art. 61 da CLT.

    Art. 61 da CLT Ocorrendo necessidade imperiosa, poder

    a durao do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de fora maior, seja

    para atender realizao ou concluso de

    servios inadiveis ou cuja inexecuo possa acarretar prejuzo manifesto.

    1 - O excesso, nos casos deste artigo, poder ser

    exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e dever ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, autoridade

    competente em matria de trabalho, ou, antes desse prazo,

    justificado no momento da fiscalizao sem prejuzo dessa comunicao.

    2 - Nos casos de excesso de horrio por motivo de

    fora maior, a remunerao da hora excedente no ser inferior

    da hora normal. Nos demais casos de

    excesso previstos neste

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    artigo, a remunerao ser, pelo menos, 25% (vinte e cinco por

    cento) superior da hora normal, e o trabalho no

    poder exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei no fixe expressamente outro limite.

    (Adicional de 50% e no 25%)

    3 Sempre que ocorrer interrupo do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de fora maior, que

    determinem a impossibilidade de sua realizao, a durao do

    trabalho poder ser prorrogada pelo tempo necessrio at o mximo de 2 (duas) horas, durante o nmero de dias

    indispensveis recuperao do tempo perdido, desde que

    no exceda de 10 (dez) horas dirias, em perodo no superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa

    recuperao prvia autorizao da autoridade competente.

    13. (Procurador do Trabalho) Em relao durao

    normal da jornada diria de trabalho, faa a correlao e indique

    na folha de respostas a seqncia correta:

    1. Radialistas (cenografia e caracterizao)

    2. Jornalistas profissionais

    3. Radialistas (autoria e locuo)

    4. Telegrafistas e Telefonistas

    5. Atividades em minas e subsolos

    6. Operadores cinematogrficos I) Sete (7) horas

    II) Seis (6) horas III)Cinco (5) horas

    IV) Quatro (4) horas

    a) 1.II 2.III 3.I 4.II 5.I 6.II b) 1.III 2.IV 3.IV 4.IV 5.III 6.III c) 1.IV 2.IV 3.III 4.I 5.IV 6.IV d) 1.I 2.II 3.I 4.III 5.I 6.I

    e) 1.I 2.III 3.III 4.II 5.II 6.II

    Comentrios: Letra E (arts. 18 e 21 da Lei 6.615/78, 303, 293, 246,

    227, 236, 234 da CLT) .....................................................................................................

    A nossa aula de hoje vai ficando por aqui!

    Aproveitem para ler o Revisional Geral e se vocs tiverem quaisquer dvidas estarei a disposio de vocs no frum do Ponto.

    At a nossa prxima aula!

    Abraos a todos!

    Dborah Paiva

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