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DIREITO DO TRABALHO TEORIA GERAL DO PROCESSO PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO FONTES FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS Aula 1

DIREITO DO TRABALHO · Compendio de Direito Processual do Trabalho. Coordenadora: Alice Monteiro de Barros, São ... TRABALHISTA O entendimento atual é que o CPC é aplicado de modo

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DIREITO DO TRABALHO

TEORIA GERAL DO PROCESSO

PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

FONTES

FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS

Aula 1

Princípio. Definição

Princípios são enunciados que consagram conquistas

éticas da civilização e, por isso, estejam ou não previstos

na lei, aplicam-se cogentemente a todos os casos

concretos.

(Rui Portanova, Princípios do Processo Civil, Porto Alegre, Liv. Do Adv. Editora, 1997, p.

14)

Princípios gerais são as ideias mais gerais que

inspiram o ordenamento jurídico de um país. Mesmo

sem estarem formulados nos textos, sua presença é

imanente no sistema

(Celso Agrícola Barbi, Comentários ao Código de Processo Civil, 5 ed.

Rio: Forense, 1988, vol. I, n. 686, p. 520)

Princípio. Definição

Todo sistema se estabelece segundo

algumas ideias fundamentais e com

alguns objetivos primordiais.

Há fundamentos e metas e são eles

que dão coerência ao sistema e

permitem descobrir o sentido que,

efetivamente, deva ser emprestado a

cada uma das normas que o

compõem

(Humberto Theodoro Jr. Princípios no Direito

Processual Civil e o Processo do Trabalho in

Compendio de Direito Processual do Trabalho.

Coordenadora: Alice Monteiro de Barros, São

Paulo: LTr, 3 ed.)

Princípio. Definição

O princípio rege a interpretação do sistema

“ O princípio é muito mais importante do que uma

norma”, posto que o princípio é também norma, mas “é

mais do que uma norma, uma diretriz, é um norte do

sistema, é um rumo apontado para ser seguido por

todo o sistema.’

(Geraldo Ataliba, in II Ciclo de Conferências e Debates sobre ICM,

Brasília, Sec de Econ. e Fin., 1981, p. 11, apud Portanova)

P

R

O

C

E

S

S

O

C

I

V

I

L

(a) devido processo legal;

(b) inquisitivo e dispositivo;

(c) Contraditório antecipado;

(d) duplo grau de jurisdição;

(e) boa fé processual;

(f) verdade real

(g) brevidade do processo

Quanto ao processo

P

R

O

C

E

S

S

O

C

I

V

I

L(a) oralidade;

(b) publicidade;

(c) economia processual;

(d) eventualidade ou preclusão

Quanto ao procedimento

ESPECÍFICOS DO DIREITO PROCESSUAL

DO TRAB ALHO

(1)protecionismo;

(2) informalidade;

(3) celeridade;

(4) simplicidade;

(5) oralidade;

(6) Poder de direção do processo acentuado

(7) Processo de execução, como fase;

(8) subsidiariedade

(9) conciliação

M

A

U

R

O

S

C

H

I

A

V

I

PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO

LEGAL

Previsto no art. 5º, LIV. Surgiu como revolta ao autoritarismo e

buscava a instituição do juiz natural. Evoluiu, e hoje representa um

compromisso com o justo e com todas as metas do Estado

Democrático de Direito;

Este princípio prevalece para a garantias do juiz natural (e

repúdio aos tribunais de exceção) e de submissão a um

procedimento legalmente ordenado.

Hoje em dia, sua evocação traz as ideias de (a)

instrumentalidade, (b) efetividade da jurisdição e de

(c)processo de resultados. Portanto, não pode ser visto apenas

como um princípio que visa a preservação do rito. É um

superprincípio.

A efetividade que a garantia do devido processo legal exige da

jurisdição vem proclamada através da assertiva: não basta

pacificar, tem que pacificar com justiça social!)

APLICAÇÃO DO CPC ao PROCESSO

TRABALHISTA

O entendimento atual é que o CPC é aplicado de modo

subsidiário e supletivo ao processo do trabalho (art. 15 do CPC);Instrução Normativa 39/2016 do TST

Art. 1° Aplica-se o Código de Processo Civil, subsidiária e supletivamente, ao

Processo do Trabalho, em caso de omissão e desde que haja compatibilidade

com as normas e princípios do Direito Processual do Trabalho, na forma dos arts.

769 e 889 da CLT e do art. 15 da Lei nº 13.105, de 17.03.2015.

§ 1º Observar-se-á, em todo caso, o princípio da irrecorribilidade em separado das

decisões interlocutórias, de conformidade com o art. 893, § 1º da CLT e Súmula nº

214 do TST.

§ 2º O prazo para interpor e contra-arrazoar todos os recursos trabalhistas,

inclusive agravo interno e agravo regimental, é de oito dias (art. 6º da Lei nº

5.584/70 e art. 893 da CLT), exceto embargos de declaração (CLT, art. 897-A).

Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas

ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva

e subsidiariamente.

Art. 2º. – Princípio do

dispositivo/inércia da

jurisdição;

Art. 3º - Princípio do acesso ao

judiciário = princípio

constitucional;

Art. 4º - Princípio da breve

duração do processo;

Art. 5º - Princípio da boa fé;

Art. 6º - Princípio da cooperação

entre as partes: derivativo da

boa fé processual;

Art. 7º - Princípio da igualdade

das partes

Art. 9º /10º- contraditório

antecipado;

Art. 11 – fundamentação das

decisões;

Princípios do CPC

PRINCÍPIO DO INQUISITIVO E

DISPOSITIVO

MAJORAÇÃO PODERES JUIZ

Art. 765 da CLT/ Art. 878 da CLT

Princípio do inquisitivo é caracterizado pela liberdade de iniciativa

conferida ao juiz, tanto na instauração da relação processual como

no seu desenvolvimento. O juiz independe da iniciativa ou

colaboração das partes.

Princípio do dispositivo atribui às partes toda a iniciativa, seja na

instauração do processo, seja no seu impulso;

O princípio da ação e o princípio da

inércia da jurisdição são aspectos do

princípio do dispositivo

Hj não há a aplicação pura de

nenhum dos princípios: uma vez

deduzida a pretensão em juízo

há interesse público em sua

justa composição, com a maior

brevidade possível

PRINCÍPIO DO INQUISITIVO

MAJORAÇÃO PODERES JUIZ

Art. 765 da CLT/ Art. 878 CLT

No processo do trabalho há disposição legal contemplando o

princípio do dispositivo.

O art. 765 da CLT possibilita ao juiz do trabalho maiores poderes

na direção do processo, podendo ex officio, determinar qualquer

diligência processual para formar seu convencimento.

Há amplos poderes instrutórios do juiz.

Art. 765 CLT - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla

liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido

das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao

esclarecimento delas.

PRINCÍPIO DO INQUISITIVO

MAJORAÇÃO PODERES JUIZ

Art. 765 da CLT/ Art. 878 CLT

No processo do trabalho a execução se processa ex officio.

Art. 878. A execução será promovida pelas partes,

permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal

apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por

advogado. (Caput alterado pela Lei n.° 13.467/2017 - DOU 14/07/2017 -

entrará em vigor 120 dias após sua publicação)

PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO

Art. 9º

Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela

seja previamente ouvida. (...)

Art. 10º

O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base

em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes

oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria

sobre a qual deva decidir de ofício

Arts. 9º e 10º do CPC

PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO

Previsto no art. 5º, LV DA CF/88 e no art. 9º do CPC

Consiste na necessidade de ouvir a pessoa perante a qual

será proferida a decisão (defesa/ não depoimento pessoal),

garantindo-lhe o pleno direito de defesa e de pronunciamento

durante todo o curso do processo

O princípio do contraditório não admite exceção, e garante

qualidade de defesa para a parte de modo que possa influir

no convencimento judicial

Mesmo quando o juiz resolva colher, de ofício, alguma prova,

deve dar prévia ciência à parte;

ESSENCIAL no

PROCESSO TRABALHISTA

PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO

Art. 4° Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do CPC

que regulam o princípio do contraditório, em especial os artigos 9º

e 10, no que vedam a decisão surpresa.

§ 1º Entende-se por “decisão surpresa” a que, no julgamento final

do mérito da causa, em qualquer grau de jurisdição, aplicar

fundamento jurídico ou embasar-se em fato não submetido à

audiência prévia de uma ou de ambas as partes.

§ 2º Não se considera “decisão surpresa” a que, à luz do

ordenamento jurídico nacional e dos princípios que informam o

Direito Processual do Trabalho, as partes tinham obrigação de

prever, concernente às condições da ação, aos pressupostos de

admissibilidade de recurso e aos pressupostos processuais, salvo

disposição legal expressa em contrário.

INSTRUÇÃO NORMATIVA 39/2016

TST

DECISÃO SURPRESA

PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE

JURISDIÇÃO

Regra geral: a parte tem o direito a que sua pretensão seja

conhecida e julgada por dois juízos distintos, mediante recurso,

caso não se conforme com a primeira decisão.

Há causas que escapam ao princípio do duplo grau de jurisdição.

Ex.: competência originária dos tribunais.

Não é princípio absoluto e inafastável!! Posição do STF

(...)DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS

HUMANOS. EMENDA CONSTITUCIONAL 45/04. GARANTIA QUE NÃO É ABSOLUTA E

DEVE SE COMPATIBILIZAR COM AS EXCEÇÕES PREVISTAS NO PRÓPRIO TEXTO

CONSTICUCIONAL

(...)A Emenda Constitucional 45/04 atribuiu aos tratados e convenções internacionais sobre

direitos humanos, desde que aprovados na forma prevista no §3º do art. 5º da Constituição

Federal, hierarquia constitucional. (tratados e convenções aprovados por 3/5 de votos, em

dois turnos, nas duas Casas do CN, ganham status de emenda constitucional)

(...) Contudo, não obstante o fato de que o princípio do duplo grau de jurisdição previsto na

Convenção Americana de Direitos Humanos tenha sido internalizado no direito doméstico

brasileiro, isto não significa que esse princípio revista-se de natureza absoluta.

PRINCÍPIO BOA FÉ/LEALDADE

PROCESSUAL

O Estado busca a pacificação do conflito através do processo.

Por isso há interesse público em sua solução.

A lei não tolera a má-fé.

Consequências = Art. 80 e art. 142 do CPC

Art. 142. Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram

do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz

proferirá decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando-se, de ofício, as

penalidades da litigância de má-fé.

Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:

I- deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;

II- alterar a verdade dos fatos;

III- usar do processo para conseguir objetivo ilegal;

IV – opuser resistência injustificada ao andamento do processo;

V- proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;

VI – provocar incidente manifestamente infundado;

VII – interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório

LIDE SIMULADA

LITIGÂNCIA MÁ-FÉ

PRINCÍPIO DA VERDADE REAL

Decorre da PRIMAZIA da REALIDADE

no DIREITO MATERIAL

Não há provas de valor hierarquizado no direito processual

moderno;

A convicção judicial decorre de convencimento livremente

formado, segundo valoração dos elementos de prova por critérios

lógicos e mediante fundamentação.

Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do

sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu

convencimento

(antigo art. 131 do CPC/73)

Dois limites para a liberdade do juiz: (a) deve basear-se

apenas nos elementos dos autos; (b) a sentença deverá ser

fundamentada.

Há hierarquia entre

provas?

PRINCÍPIO DA VERDADE REAL

Buscar a verdade real tem conexão com o princípio do juiz

natural (devido processo legal): que é um juiz com competência

previamente estabelecida no ordenamento; e um juiz imparcial!

O juiz deve ter compromisso com a verdade real e não apenas a

ficta

Limites ao princípio da verdade

real:

(a) Prova necessária = desnecessária qdo

fato é incontroverso;

(b) Juridicidade da prova = reconhecimento

de que o elemento probatório se mostra apto

a produzir em juízo a revelação do fato

litigioso. Ex.: se o negócio é solene não

cabe prova testemunhal.

(c) Licitude da prova = provas obtidas por

meios ilícitos. Ex.: interceptações de

correspondência ou telefônica alheias

Juiz natural: competente e

imparcial

PRINCÍPIO DA ORALIDADE

acentuado no processo do trabalho

No processo do trabalho estão presentes duas das

características: (a) concentração atos processuais em

audiência; (b) irrecorribilidade das decisões interlocutórias.

Quanto ao princípio da identidade física do juiz, havia

Súmula (S. 136 do TST – cancelada Res. 185/2012);

Havia um artigo no CPC/73 que estabelecia a identidade

física (art. 132) que não foi repetido no CPC de 1973;

Características

(a) Identidade física do juiz

(b) Concentração de

produção de provas e

julgamento em poucas

audiências;

(c)irrecorribilidade das

decisões interlocutórias

Hoje não existe NEM no CPC

Art. 11 do CPC

Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão

públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.

Este artigo se relaciona com o art. 489, §1º do CPC que trata da

FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES

INSTRUÇÃO NORMATIVA TST 39/2016

Art. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões

judiciais (CPC, art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte:

Incisos I, II - trata dos PRECEDENTES;

III - não ofende o art. 489, § 1º, inciso IV do CPC a decisão que deixar de apreciar

questões cujo exame haja ficado prejudicado em razão da análise anterior de

questão subordinante.

IV - o art. 489, § 1º, IV, do CPC não obriga o juiz ou o Tribunal a enfrentar os

fundamentos jurídicos invocados pela parte, quando já tenham sido examinados na

formação dos precedentes obrigatórios ou nos fundamentos determinantes de

enunciado de súmula.

Art. 11 do CPC

FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES : orientação do TST

INSTRUÇÃO NORMATIVA TST 39/2016

Art. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões

judiciais (CPC, art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte:

(...)

V - decisão que aplica a tese jurídica firmada em precedente, nos termos do item I,

não precisa enfrentar os fundamentos já analisados na decisão paradigma, sendo

suficiente, para fins de atendimento das exigências constantes no art. 489, § 1º, do

CPC, a correlação fática e jurídica entre o caso concreto e aquele apreciado no

incidente de solução concentrada.

VI - é ônus da parte, para os fins do disposto no art. 489, § 1º, V e

VI, do CPC, identificar os fundamentos determinantes ou demonstrar a existência de

distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento, sempre que

invocar precedente ou enunciado de súmula.

PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

Está consagrado no inciso IX do art. 93 da CF/88

Art. 93, IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão

públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade,

podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias

partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a

preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não

prejudique o interesse público à informação; (Inciso alterado pela

Emenda Constitucional nº 45, de 08/12/2004)

PRINCÍPIO DA ECONOMIA

PROCESSUAL

Ideal de propiciar às partes uma justiça barata e rápida. Exs.:

indeferimento da inicial que não reúna requisitos legais; denegação

provas inúteis; coibição de incidentes sem causa, etc.

PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE OU

PRECLUSÃO

A lei processual divide o procedimento numa série de

fases ou momentos, que formam compartimentos

estanques.

Cada fase prepara a seguinte e, uma vez passada à

posterior, não é mais dado retornar à anterior.

Assim, o processo caminha sempre para a frente.

Cada faculdade processual deve ser exercitada dentro

da fase adequada, sob pena de perder a oportunidade

de praticar o ato respectivo

Preclusão consiste na perda da faculdade de praticar um ato

processual, quer porque já foi exercitada a faculdade processual, no

momento adequado, quer porque a parte deixou escoar a fase

processual própria, sem fazer uso de seu direito.

Princípio do protecionismo ao

empregado

É necessário entender que vigora o princípio da igualdade

das partes, em seara processual. Apenas e quando a lei

distingue as partes, dando a uma delas preferência, é que se

pode dizer que vale o protecionismo ao empregado.

O PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO é de direito material (histórico)

e apenas inspira o legislador a emitir normas protetoras do

empregado. Outros exs.: consumidor e Estado.

Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o

arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa

revelia, além de confissão quanto à matéria de fato

Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente

perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.

EXCLUSIVO DO

PROCESSO DO

TRABALHO

Art. 844 – Lei 13.467/2017

O princípio da proteção mudou??

Art. 844 – (...)

(...) § 2° Na hipótese de ausência do reclamante, este será

condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789

desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita,

salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência

ocorreu por motivo legalmente justificável. (Parágrafo incluído pela Lei n.°

13.467/2017 - DOU 14/07/2017 - entrará em vigor 120 dias após sua

publicação)

§ 3° O pagamento das custas a que se refere o § 2° é condição para a

propositura de nova demanda. (Parágrafo incluído pela Lei n.° 13.467/2017 -

DOU 14/07/2017 - entrará em vigor 120 dias após sua publicação)

EXCLUSIVO DO

PROCESSO DO

TRABALHO

Art. 844 e 789 – Lei

13.467/2017

O princípio da proteção mudou??

Art. 789

Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e

procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas

demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição

trabalhista, as custas relativas

ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por

cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro

centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo

dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e serão

calculadas: (Caput alterado pela Lei n.° 13.467/2017 - DOU 14/07/2017 -

entrará em vigor 120 dias após sua publicação)

EXCLUSIVO DO

PROCESSO DO

TRABALHO

Princípio do protecionismo

ao empregado : exemplo

Exigência do depósito recursal do empregador para

recorrer, nos termos do art. 899 da CLT representa uma

regra protetiva ao trabalhador, visando bloquear recursos e

garantir futura execução

EXCLUSIVO DO

PROCESSO DO

TRABALHO

Princípio da informalidade

Princípio da celeridade

Princípio da simplicidade

ACENTUADOS

NO PROCESSO

DO TRABALHO

Princípio da conciliação

Antes da EC 45/2004 a conciliação

estava prevista no caput do art. 114 da

CF/88.

Prevalece o princípio agora com base no

art. 764 da CLT

Art. 764 da CLT - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação

da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação.

§ 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho

empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma

solução conciliatória dos conflitos.

ACENTUADO

Princípio da conciliação

A conciliação deve ser tentada, sempre,

em dois momentos:

(a) antes do recebimento da defesa (art.

846 da CLT);

(b) e após as razões finais

Caso não ocorra ao menos a última tentativa de

conciliação, defende-se a ocorrência de nulidade do

processo trabalhista

ACENTUADO

Princípio da subsidiariedade

O princípio da subsidiariedade é

contemplado em dois artigos da CLT =

Art. 769 e 889

Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte

subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for

incompatível com as normas deste Título.

Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis,

naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o

processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da

Fazenda Pública Federal.

PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE

O art. 769 da CLT permite a aplicação do princípio da subsidiariedade,

com adoção das normas supletivas do direito processual comum, desde

que : (a) a CLT seja omissa a respeito; (b) a norma do CPC não apresente

incompatibilidade com a letra e o espírito do processo do trabalho;

Portanto a aplicação do art. 15 do CPC deve observar essa limitação;

Deve se ter presente a função social do Direito do Trabalho; deve ser

priorizada a melhoria da prestação jurisdicional.

Como se definir a questão da incompatibilidade?

Adotar o pressuposto de que se deve priorizar a breve duração do processo (art.

5º, LXXVIII da CF/88, redação da EC 45/2004), e a interpretação ontológica e

teleológica do sistema processual

Interpretação ontológica: aquela que busca o sentido e o alcance da norma em sua ratio

legis

Interpretação teleológica: busca adapatr o sentido e alcance da norma às novas exigências

sociais (art. 5º, LICCB)

PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE e

art. 15 do CPC

O entendimento de que se aplica o art. 15 do CPC é temperado

com a observação de que não exista incompatibilidade

Como se definir a questão da incompatibilidade?

Adotar o pressuposto de que se deve priorizar a breve duração do

processo (art. 5º, LXXVIII da CF/88, redação da EC 45/2004), e a

interpretação ontológica e teleológica do sistema processual

Interpretação ontológica: aquela que busca o sentido e o alcance da norma em sua ratio

legis

Interpretação teleológica: busca adaptar o sentido e alcance da norma às novas exigências

sociais (art. 5º, LICCB)

EFICÁCIA DA NORMA

PROCESSUAL NO TEMPO E

ESPAÇO

FONTES

DIRETAS

A LEI EM SENTIDO

GENÉRICO (CF/Lei/MP,

regulamentos do Executivo

INDIRETAS

DOUTRINA E

JURISPRUDÊNCIA

(Ojs/Súmulas)

DE EXPLICITAÇÃO/

INTEGRAÇÃOArt. 126 do CPC

Fontes:

Art. 8º Lei 13.467/2017

Art.8º CLT. Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na

falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela

jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de

direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e

costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de

classe ou particular prevaleça sobre o interesse público

CF: normas fundamentais do processo (art. 5º), estrutura do Poder Judiciário (art.

93) e estrutura do Judiciário trabalhista (arts. 111 a 116)

Leis Processuais Trabalhistas: CLT (arts. 643 e seguintes ); Lei 5.584/70 (disciplina

regras de perícia, por ex.) e Lei 7.701/88 (competência do TST)

Leis processuais civis: CPC, Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) e Lei

7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública); Código de Processuo Penal (prisão em

flagrante de testemunha e comunicação de crime ex officio)

Regimentos Internos dos Tribunais : definição de competência material e funcional

dos órgãos do TRT (Turmas, SDI, SDC e Pleno);

Costume: uso reiterado de determinada conduta processual. Exs.: apresentação

de defesa escrita em audiência; protesto; procuração apud acta;

Jurisprudência: súmula vinculante

Fontes : 8º CLT e Lei 13.467/2017

(...) § 1° O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.

(Parágrafo renumerado e alterado pela Lei n.° 13.467/2017 - DOU 14/07/2017 -

entrará em vigor 120 dias após sua publicação)

§ 2° Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal

Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão

restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam

previstas em lei. (Parágrafo incluído pela Lei n.° 13.467/2017 - DOU 14/07/2017

- entrará em vigor 120 dias após sua publicação)

§ 3° No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,

a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos

elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no

art. 104 da Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e

balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na

autonomia da vontade coletiva. (Parágrafo incluído pela Lei n.° 13.467/2017 -

DOU 14/07/2017 - entrará em vigor 120 dias após sua publicação)

§§1º a 3º da Lei 13.467/2013

§1º = apenas exclui a incompatibilidade com princípios fundamentais

do Direito do Trabalho

§2º = súmulas não podem restringir direitos ou criar obrigações. O

TST apenas interpreta a Lei para decidir por analogia. Ex.: terceirização

(Súmula 331 do TST) = interpretação do art. 455 (empreiteiro e

subempreiteiro) e da Lei 6019/74 (trabalho temporário);

§3º = princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade

coletiva. Poder Judiciário deve se ater a analisar requisitos formais da

norma coletiva, sem juízos de valor sobre o mérito.

Isto não impede que o Judiciário declare inconstitucionalidade ou

afronta à boa fé de normas coletivas

Art. 140 CPC. O juiz não se exime de decidir sob a

alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento

jurídico

Fontes : Súmula vinculante

Art. 103- A da CF

Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou

por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus

membros, após reiteradas decisões sobre matéria

constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação

na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos

demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública

direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem

como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma

estabelecida em lei. (Artigo acrescentado pela Emenda

Constitucional nº 45, de 08/12/2004)

Fontes : PRECEDENTES

Art. 15 da INSTRUÇÃO NORMATIVA 39 DO TST – INCISOS I e II

Art. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões judiciais

(CPC, art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte:

I – por força dos arts. 332 e 927 do CPC, adaptados ao Processo do Trabalho,

para efeito dos incisos V e VI do § 1º do art. 489 considera-se “precedente”

apenas:

a) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do

Trabalho em julgamento de recursos repetitivos (CLT, art. 896-B; CPC, art. 1046, §

4º);

b) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de

assunção de competência;

c) decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de

constitucionalidade;

d) tese jurídica prevalecente em Tribunal Regional do Trabalho e não conflitante com

súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho (CLT, art. 896,

§ 6º);

Fontes : PRECEDENTES

Art. 15 da INSTRUÇÃO NORMATIVA 39 DO TST – INCISOS I e II

Art. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões judiciais

(CPC, art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte:

I – por força dos arts. 332 e 927 do CPC, adaptados ao Processo do Trabalho,

para efeito dos incisos V e VI do § 1º do art. 489 considera-se “precedente”

apenas:

(...)

e) decisão do plenário, do órgão especial ou de seção especializada competente

para uniformizar a jurisprudência do tribunal a que o juiz estiver vinculado ou do

Tribunal Superior do Trabalho.

II – para os fins do art. 489, § 1º, incisos V e VI do CPC, considerar-se-ão

unicamente os precedentes referidos no item anterior, súmulas do Supremo

Tribunal Federal, orientação jurisprudencial e súmula do Tribunal Superior do

Trabalho, súmula de Tribunal Regional do Trabalho não conflitante com

súmula ou orientação jurisprudencial do TST, que contenham explícita

referência aos fundamentos determinantes da decisão (ratio decidendi).

FORMAS DE SOLUÇÃO DE

CONFLITOS

INDIVIDUAIS

E

COLETIVOS

CONFLITO

A tarefa da ordem jurídica é a de harmonizar as relaçõessociais intersubjetivas, para máxima realização de valoreshumanos, com mínimo de sacrifício e desgaste.No aspecto sociológico, o direito é a mais importante formade controle social: impõe modelos culturais dos ideiaiscoletivos e dos valores que persegue

CONFLITO se caracteriza por situação em que uma pessoa,pretendendo para si determinado bem, não pode obtê-lo –seja porque (a) aquele que poderia satisfazer a sua pretensãonão a satisfaz, seja porque (b) o proprio direito proíbe asatistação voluntária da pretensão (ex.: pretensão punitiva doEstado que não pode ser satisfeita pela submissão docriminoso)

Teoria geral do ProcessoAntonio Carlos de Araújo e outros

SOLUÇÃO DO CONFLITO

A solução do conflito pode decorrer da atuação de UM oude AMBOS os envolvidos, que sejam SUJEITOS DOSINTERESSES CONFLITANTESA solução do conflito também pode decorrer da atuação deato de TERCEIRO

SUJEITOS DOS INTERESSES

CONCORDAM COM SACRIFÍCIO TOTAL OU PARCIAL DO PRÓPRIO INTERESSE = AUTOCOMPOSIÇÃO

IMPÕEM SACRIFÍCIO AO INTERESSE ALHEIO =

AUTOTUTELA

SOLUÇÃO DO CONFLITO

AUTOTUTELA (ou AUTODEFESA): era comum quando nãoexistia órgão estatal com soberania e autoridade quegarantisse o cumprimento do direito (sequer haviam normasabstratas) = utilização da força para conseguir realização depretensão/ ou da vingança privada para reprimir atoscriminosos

AUTOTUTELA

NO DIREITO DO

TRABALHO

GREVE

LOCKOUT (proibido: art. 17

da Lei 7.783/89)

SOLUÇÃO DO CONFLITO

AUTOCOMPOSIÇÃO: quando uma das partes em conflito, ouambas, abrem mão do interesse ou parte dele. Inicialmente aAUTOCOMPOSIÇÃO era feita diretamente pelas partes.

AUTOCOMPOSIÇÃOArt. 487, III “a “ e “b”, e V,

do CPC

DESISTÊNCIA: há

renúncia à pretensão

SUBMISSÃO: há renúncia

à resistência oferecida à

pretensão

TRANSAÇÃO:

concessões recíprocas

AUTOCOMPOSIÇÃO

Hoje a AUTOCOMPOSIÇÃO continua sendo a solução doconflito pelas próprias partes envolvidas. Mas ela pode ser realizada sem a participação de terceiros(CONCILIAÇÃO) ou com a participação de terceiros(MEDIAÇÃO)É considerada a melhor forma de solução, porque como oCONFLITO é resolvido pelos sujeitos envolvidos, há suapacificação, pela conformação de vontades

Concliliação de CONFLITOS INDIVIDUAIS

Concliliação de CONFLITOS COLETIVOS = ART. 114, §2º CF

Art. 764 da CLT

Art. 846 CLT = antes recebimento

da defesa;

Art. 850 da CLT = após razões

finais

Na representação sindical =

NEGOCIAÇÃO COLETIVA e

acordo por

CONVENÇÃO COLETIVA DO

TRABALHO/ ACORDO

COLETIVO

• Conflitos individuais

Titular do direitoplenamenteidentificado.

Resulta de umcontrato de trabalho.

Pode conter um oumais indivíduos.

Homogêneos ounão.

• Conflitos coletivos

Titulares nãoidentificados, masidentificáveis.

Titulares ligadosentre si por umarelação jurídica oude fato.

Representaçãosindical

Conciliação

AUTOCOMPOSIÇÃO

Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos àapreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à

conciliação.

§ 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais doTrabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasãono sentido de uma solução conciliatória dos conflitos.§ 2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-áobrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na formaprescrita neste Título.

§ 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo aoprocesso, ainda mesmo depois de encerrado o juízoconciliatório.

SOLUÇÃO DO CONFLITO

A solução do conflito também pode decorrer da atuação deato de TERCEIRO

DEFESA DE TERCEIRO

MEDIAÇÃO

PROCESSO

A mediação é a APROXIMAÇÃO dos sujeitos do conflitoatravés de terceiro, tendende à solução do conflito através darealização de um negócio jurídico. Na mediação o terceiropossui atividade conducente à realização do acordo

CONCILIAÇÃO e MEDIAÇÃO

A diferença entre conciliação e mediação concentra-se na diretriz da atividade do terceiro: o conciliador tem atividade

orientada para a composição equitativa do conflito, em conformidade com as pretensões das partes; já o mediador tem sua atividade voltada para a realização do acordo, mas

de acordo com diretrizes próprias

Conciliador aproxima as partes para alcançar a conciliação que não foi possível sem sua participação. Não impõe a

solução da lide.

COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

CCP – empresas e sindicatos podem instituir; representação de empregados e empregadores, para conciliação;

No âmbito da empresa, terá no mínimo 2 e no máximo 10 membros, indicados por empregador e empregados, paritariamente, com igual

número de suplentes;Mandato de 1 ano;

No âmbito do sindicato, a Comissão deve ser constituída por nomas previstas em norma coletiva;

Prescrição é suspensa a partir da provocação da Comissão e volta a correr a partir da tentativa de conciliação frustada, ou esgotamento

do prazo de 10 dias a partir da provocação da Comissão, se não houver essa tentativa.

COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Previsão legal: Arts. 625-A a 625-H da CLTPodem ser constituídas no âmbito das empresas e sindicatos

(art. 625-A da CLT);Número de componentes e composição (Art. 625-B)

Submissão do litígio à CCP (art. 625-D da CLT)Aceita a conciliação, o acordo é título executivo extrajudicial

(Art. 625-E da CLT)Provocada a CCP, o prazo prescricional será suspenso (Art.

625-G da CLT)

Como invalidar o acordo celebrado na CCP?= defeito do negócio jurídico – coação, erro, fraude,

simulação =

HETEROCOMPOSIÇÃO

Heterocomposição implica na solução do conflito imposta por um terceiro.

Pode ser privada (arbitragem) ou publica (jurisdição)

ARBITRAGEM – (Lei 9.307/96)Requisitos: Agente capaz e direito disponível

Árbitro: um ou mais (sempre ímpar), “ad hoc” ou institucional.Critérios: “de direito” ou “de eqüidade”.

Instituição: cláusula compromissória (extrajudicial) ou compromissório arbitral (judicial).

Prazo: Fixado pelas partes. No silêncio – 6 meses.Resultado: Sentença arbitral. Não sujeita a recurso. Vale como

título executivo judicial.

ARBITRAGEM

Sujeita-se a ação anulatória e não rescisória.O MPT pode atuar como árbitro (Art. 83, XI, Lei Complementar

75/93), inclusive de propostas finais

VANTAGENS:Pressupõe alguma convergência de vontade (escolha do árbitro,

critérios da arbitragem, etc.).Maior celeridade na solução dos conflitos, já que a decisão não

está sujeita a recursos.Nos conflitos coletivos, tem preferência à solução jurisdicional

(art. 114, §2º, CF).Pode ser instituída com fundamento no art. 613, V, CLT.

Estabelecer formas de solução de conflitos entre os convenentes.Embora a Lei 9.307/96 não preveja a aplicação para conflitos

trabalhistas, há expressa previsão constitucionalNos conflitos individuais: alegação de acórdãos de que há CCP na

CLT ( que é MEDIAÇÃO, na verdade); não há previsão na CF ou norma infraconstitucional de aplicação da ARBITRAGEM

ARBITRAGEM nos CONFLITOS INDIVIDUAIS Lei 13.467/2017

Nos conflitos individuais: alegação de acórdãos de que há CCP na CLT ( que é CONCILIAÇÃO, na verdade);

não havia norma infraconstitucional de aplicação da ARBITRAGEMno Direito do Trabalho;

Se dizia que era plicação da Lei 9.307/96 não se estabelece face ao princípio protetor (art. 8º da CLT)Nula é a cláusula compromissória quando o direito

reconhece a hipossuficiência de um dos contratantes, nos termos do art. 51, inciso VIII do Código de Defesa do

Consumidor; Mas agora, na redação da nova Lei há a previsão do art. 507-A da CLT (Disposições especiais da Capítulo que trata

do Contrato Individual do Trabalho)

ARBITRAGEM nos CONFLITOS INDIVIDUAIS Lei 13.467/2017

Art. 507-ANos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os

benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de

arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei n° 9.307, de 23 de setembro de 1996. (Artigo incluído

pela Lei n.° 13.467/2017 - DOU 14/07/2017 - entrará em vigor 120 dias após sua publicação)