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apostila lfg
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Aula dia 27-09-12
Embargos de Declaração – CLT, 897-A; CPC, 535.
CPC: Omissão, Contradição ou Obscuridade (elemento muito subjetivo, na
prática ganha-se muito tempo)
05 dias – Interrompe o prazo do Recurso Principal para ambas as partes.
Multa por ED protelatório. A 1º multa não fica condicionada. A reiteração fica
sujeita à multa de 1% a 10%, e condiciona o seu pagamento como pressuposto de
admissibilidade para outro recurso.
Há muita divergência acerca da natureza jurídica do ED. Para o Professor André,
assim como para o Carrion, não tem natureza de recurso, pois é feito em uma única peça, e
serve para corrigir um “erro” do juiz que prolatou a sentença obscura, omissa ou
contraditória.
Princípio da negativa de prestação jurisdicional
Se na sentença o juiz foi omisso, e nos embargos ele continua a ser, no recurso
ordinário falo deste princípio.
Da sentença da Vara do Trabalho eu tenho 02 possibilidades e não opção, a
saber:
Omissão, obscuridade e contradição eu tenho que entrar com ED (contra a
própria sentença) e não contra dispositivo legal, súmula, etc. Tenho que mostrar para o
Juiz que ele errou.
Recurso Ordinário é quando eu discordo da decisão, e, não necessariamente
seja um erro da sentença.
O art. 897-A da CLT impõe um novo cabimento aos embargos de declaração,
que corresponde a um manifesto equívoco quanto aos pressupostos legais. Caso a vara
do trabalho denegue seguimento ao recurso ordinário, por exemplo, caberá agravo de
instrumento, ainda que este recurso tenha sido denegado por um manifesto equívoco no
exame dos pressupostos extrínsecos dele. Contudo, caso a vara do trabalho conheça o
recurso ordinário e o encaminhe ao TRT, e este órgão, ao se utilizar do poder de
segundo juízo de admissibilidade, não conhecer o apelo, caberão embargos de
declaração. Temos também o cabimento do ED quando o Juiz não analisar o mérito do
agravo de instrumento e, neste caso, não importa se isso foi feito pelo Juízo de
admissibilidade do agravo ou pelo juízo de mérito.
Quando o endereçamento for para os Tribunais regionais, deverá ser remetido
ao Presidente deste órgão, assim como quando o endereçamento ocorrer ao TST. A
única exceção corresponde aos embargos declaratórios, pois este deve ser endereçado
ao relator da decisão.
Questão prática 57
“A” propôs reclamação trabalhista contra “B” pleiteando horas extras e reflexos
e adicional de insalubridade. O juiz em sentença condenou a empresa ao pagamento
de todas as horas extras pleiteadas com reflexos e ao pagamento do adicional de
insalubridade mesmo sem a realização de perícia, não se manifestando sobre a
prescrição bienal arguida na contestação. Questão: Como advogado do prejudicado
atue.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ... VARA DO TRABALHO DA ...
Processo nº ...
“B”, já qualificado nos autos da reclamação trabalhista que lhe
move “A”, por seu advogado que esta subscreve, vem à
presença de Vossa Excelência opor tempestivamente e com
fulcro nos arts. 535 e ss. do CPC e 897-A da CLT
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
HISTÓRICO PROCESSUAL
O reclamante, ora embargado, propôs reclamação trabalhista
em face do embargante requerendo horas extras e reflexos e adicional de
insalubridade, ação esta julgada inteiramente procedente.
No entanto, referida decisão é manifestamente omissa quanto a
um de seus pontos fundamentais. Senão vejamos:
DA OMISSÃO
A sentença embargada contém dois problemas a serem sanados,
um dos quais, não ocorrerá neste momento processual. Isso porque o deferimento do
adicional de insalubridade foi caracterizado sem a indispensável perícia técnica como
exige o art. 195 e seu §2º da CLT, fato este que, como mencionado, só será analisado
em oportuno recurso ordinário, se houver necessidade.
Os presentes embargos, no entanto, prestam-se exclusivamente
a sanar um erro contido no julgado, pois a decisão embargada não se manifesta quanto
a prescrição bienal arguida na peça contestatória.
O instituto previsto no art. 11, I da CLT e 7º, XXIX da CF tem o
poder de extinguir toda a ação com exame de mérito, razão pela qual sua análise
reveste-se de suma importância.
Além disso, a prestação jurisdicional só estará completa com a
análise de todos os pontos debatidos na demanda, o que claramente não ocorreu no
caso em tela. Desta forma, requer seja sanada a omissão apontada.
DO EFEITO MODIFICATIVO
Referida omissão, após ser sanada, certamente acarretará
efeito modificativo no julgado, o que desde já se requer nos termos da súmula 278 do
TST e do dispositivo legal Celetista que fundamenta os presentes embargos.
CONCLUSÃO
Pelo exposto, requer o conhecimento e consequente provimento
dos presentes embargos, sanando assim a omissão apontada no que diz respeito à
prescrição bienal arguida, acarretando, por conseguinte, efeito modificativo no julgado,
nos termos expostos.
Nesses termos,
pede deferimento
Local e data
Nome e assinatura do Advogado
Número da OAB
Aula dia 02-10-2012
Recursos
Podem ser recebidos nos efeitos:
Suspensivo: suspende a execução (em regra, no processo do trabalho não são
recebidos neste efeito).
** Para conseguiu efeito suspensivo entro com CAUTELAR INOMINADA**
Devolutivo: devolve a matéria para apreciação do judiciário
P r e s s u p o s t o s d e A d m i s s i b i l i d a d e
Intrínsecos: SEMPRE liga as partes. Legitimidade
Vencido no todo ou em parte; 3º interessado (INSS); MPT (interesse de incapaz);
O próprio JUIZ “por imperativo legal”, quando condena qualquer ente da
administração/órgão público.
Quando o juiz profere uma decisão, condenando qualquer tipo de poder público
a pagar valor superior a 60 salários mínimos, o próprio magistrado deverá pedir a
revisão de sua decisão. Denomina-se recurso “ex-ofício” ou “por imperativo legal”.
Extrínsecos: Ligados ao PROCESSO.
Previsão Legal: Princípio da Fungibilidade – NÃO TEM NA PROVA DA OAB! (art.
244, 249, CPC), mesmo que entre com recurso com nome errado, se alcançou seu
objetivo, poderá ser aceito.
Tempestividade: TODOS os recursos inteiramente regulados pela CLT tem o
prazo de 08 dias. Exceção: aqueles não previstos exclusivamente na CLT.
Depósito Recursal: Não é taxa de juízo, mas é garantia. Só o reclamado é
quem paga depósito recursal. Reclamante não paga depósito recursal.
Garantia de juízo: Não preciso pagar a mais do que o valor.
Súmula 161, TST: Se não há condenação em pecúnia.
Súmula161. Depósito. Condenação a pagamento em pecúnia Se não há condenação a pagamento em pecúnia, descabe o depósito de que tratam os §§ 1.º e 2.º do art. 899 da CLT. Ex-prejulgado n. 39.
Dissídio Coletivo, sentença declaratória. Ex: Ganha para pagar um aumento
futuro, não precisa pagar. Só cabe em obrigações pretéritas.
CUIDAR TETO RECURSAL: Cada recurso tem um teto máximo. Não preciso pagar
a mais do que devo, nunca a mais que o teto.
Súmula 245, TST: Prazo para o Depósito.
Súmula 245. Depósito recursal. Prazo O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal.
O artigo 3º, VIII, da Lei 1.060/50, impõe que os beneficiários da justiça gratuita
estão dispensados do recolhimento do depósito recursal.
Massa Falida também não paga depósito
Pessoa Física paga normal o depósito, salvo se for beneficiário de Justiça
Gratuita.
PREPARO: depósito recursal mais custas.
Se a sentença for procedente em parte, apesar de ambos poderem recorrer, só
o reclamado arca com o valor das CUSTAS processuais.
PROCEDENTE: reclamado recorre = depósito recursal
IMPROCEDENTE: reclamante recorre = paga custas
Em parte Improcedente: reclamante e reclamado = pagam depósito e custas.
Re cu r so Ord i ná r i o – Ar t i go 895 , I , I I da CLT .
Inciso I: Inciso II
Vara do Trabalho TRT
RO RO
TRT TST
Falso Testemunho e Desacato: Crimes: Cabe H.C na Justiça do Trabalho.
Depositário Infiel: Não se pune mais, súmula vinculante. Mas ainda
prendem, entra, nesse caso com H.C.
Cabe recurso Ordinário da decisão proferida pela Vara do Trabalho para o
TRT julgar, e da decisão proferida pelo TRT quando este órgão atuar em 1ª instância
(dissídios coletivos, ação rescisória, mandado de segurança), para o TST julgar, salvo
quando o TRT julgar originariamente o HC, pois, neste caso, a OJ 156 da SDI-2
descreve que em substituição ao recurso Ordinário caberá novo HC, este para o TST
julgar.
OJ 156, SDI-2. Habeas corpus originário no TST. Substitutivo de recurso ordinário em habeas corpus. Cabimento contra decisão definitiva proferida por Tribunal Regional do Trabalho. É cabível ajuizamento de habeas corpus originário no Tribunal Superior do Trabalho, em substituição de recurso ordinário em habeas corpus, de decisão definitiva proferida por Tribunal Regional do Trabalho, uma vez que o órgão colegiado passa a ser a autoridade coatora no momento em que examina o mérito do habeas corpus impetrado no âmbito da Corte local.
Efeito Devolutivo em Profundidade. Não cabe no processo do Trabalho, em
regra.
Uma exceção: Artigo 515, §3º do CPC, Súmula 393, TST.
Art. 515, CPC. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. § 1.º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro. • Vide Súmula 393 do TST. § 2.º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. § 3.º Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. •• § 3.º acrescentado pela Lei n. 10.352, de 26-12-2001. § 4.º Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a realização ou renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação. •• § 4.º acrescentado pela Lei n. 11.276, de 7-2-2006. Súmula 393. Recurso ordinário. Efeito devolutivo em profundidade. Art. 515, § 1.º, DO CPC. (redação alterada pelo Tribunal Pleno na sessão realizada em 16-11-2010) O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1.º do art. 515 do CPC, transfere ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não renovados em contrarrazões. Não se aplica, todavia, ao caso de pedido não apreciado na sentença, salvo a hipótese contida no § 3.º do art. 515 do CPC.
Matéria de DIREITO (documental). TEORIA DA CAUSA MADURA. Não preciso de
mais provas; sem necessidade de dilação probatória.
**Só a Vara do Trabalho pode fazer prova**
Aplica-se o efeito em profundidade quando o tribunal puder julgar a matéria
apresentada que não foi julgada, como, por exemplo, quando a vara em razão de ter
acolhido a prescrição bienal, não julgar o pedido direto de mérito e, em grau de
recurso, o tribunal, ao afastar a prescrição, pudesse julgar o pedido que não foi objeto
de análise na instância inferior.
Apesar do §1º do artigo 515 do CPC prever essa possibilidade, a súmula 393
do TST não admite, razão pela qual no processo trabalhista deverá ser requerido o
retorno dos autos à 1º instância para julgamento do objeto direto de mérito.
A única exceção trazida pela súmula ocorrerá quando o julgamento de 1º grau
for prolatado SEM o exame de mérito, e a matéria versar EXCLUSIVAMENTE sobre
questão de direito, desde que não haja necessidade de provas.
Esses dois últimos requisitos cumulativos são denominados “Teoria da Causa
Madura”.
Havendo necessidade de qualquer prova (depoimento pessoal, testemunhas,
perícia e etc.), falta de tentativa de conciliação, inexistência ou nulidade de citação, o
processo, após ser julgado pelo TRT deverá, OBRIGATORIAMENTE, voltar à Vara do
Trabalho.
Aula dia 03-10-12
QUESTAO PRATICA 61
Diante da sentença infra, tendo sido contratado pela reclamada, maneje o meio cabível para a defesa dos interesses de seu cliente,
considerando o preparo recursal necessário. Leve em consideração também que o recurso será manejado de forma tempestiva. Aos
17 dias do mês outubro de 2011, na sala de audiências da 1ª Vara do Trabalho de Teresina/PI, nos autos da Reclamatória
Trabalhista que Maria Isabel do Rosário moveu em face de Hotel Guanabara Ltda, ausentes as partes, proferiu-se a presente
SENTENÇA.
DO RELATÓRIO
Maria Isabel do Rosário moveu reclamatória trabalhista em face de Hotel Guanabara Ltda, pleiteando: horas extras, adicional
convencional e reflexos em férias + 1/3, décimos terceiros, FGTS mais 40%, DSR e aviso prévio; pleiteou intervalo intrajornada
adicional e reflexos nas mesmas verbas refletidas nas horas extras; salário família; ressarcimento dos descontos indevidos; adicional
noturno; integração das gorjetas em
DSR e em adicional noturno; seguro desemprego ou indenização correspondente; integração ao salário da refeição fornecida; vale
transporte; reintegração ou indenização; reflexos da PLR. Juntou documentos e atribuiu à causa o valor de R$
100.000,00. Em audiência, a reclamada apresentou defesa na modalidade contestação, juntou documentos. Ouviu-se as parte e
duas testemunhas, uma da parte autora, outra da parte ré. Instrução processual encerrada. Razões finais remissivas por ambas as
partes. Ambas as propostas conciliatórias infrutíferas. É o relatório.
FUNDAMENTAÇÃO
DA REINTEGRAÇÃO OU INDENIZAÇÃO A reclamante foi contratada através de contrato de experiência, em 01/02/2010, tendo
sido comprovado nos presentes autos que entrou em estado gestacional durante referido contrato, mas que fora dispensada sem
justa causa em 01/05/2010. Não é compreensível como uma empresa que deve zelar por sua função social entenda por bem
dispensar uma mulher grávida ocasionando, dessa forma, prejuízos não só à própria trabalhadora, como também ao bebê.
Condena-se à reclamada à pagar indenização referida ao período da garantia de emprego, desde a confirmação da gravidez
até 5 meses após o parto, isso por que, na forma da súmula 396 do TST, o pedido fora convertido por este MM Juízo dada a
manifesta incompatibilidade entre as partes.
DAS HORAS EXTRAS Malgrado tenha havido prova no sentido de que a reclamada conta com menos de 10 empregados, e que
portanto, esteja dispensada da apresentação dos controles de jornada, e que não tenha havido prova por parte da obreira no que
tange à jornada apontada na inicial, o fato é que este juízo confia nas alegações da inicial e não pode desconsiderá-las. Assim,
condena-se a reclamada ao pagamento de 2 horas extras diárias e adicional de 90% embora não tenha vindo aos presentes autos
norma coletiva prevendo tal adicional. Condena-se, por fim, a reclamada ao pagamento dos reflexos das horas extras nas verbas
pleiteadas na inicial.
DOS INTERVALOS Por confiar nas alegações da reclamante, que impressionou esse juízo e inclusive chorou em audiência quando do
seu depoimento, acolhe-se a alegação de que o intervalo intrajornada foi irregularmente conferido, condenando-se a reclamada ao
pagamento de 1h durante toda a contratualidade com adicional legal e reflexos pleiteados. Rejeita-se aprova testemunhal da
reclamada no sentido de que os intervalos são conferidos regularmente na empresa.
DO SALÁRIO FAMÍLIA Embora não tenha havido prova por parte da reclamante no sentido de que esta possuía um filho de 10 anos
de idade, o que enseja a percepção do salário família nos termos do art. 64 da Lei nº 8.213/91, o fato é que a reclamada é que
devia procurar saber se ela tinha ou não, não havendo necessidade de prova por parte da reclamante de que tinha filho menor de
idade, para receber o salário família, pelo que condena-se a empresa ao pagamento de referido benefício.
DOS DESCONTOS INDEVIDOS A previsão do contrato de trabalho da reclamante não se justifica. Logo, mesmo tendo havido culpa
por parte da obreira, condena-se a reclamada ao ressarcimento de R$ 5.000,00 relativos ao desconto efetuado em seus ganhos
decorrentes de danos causados pela mesma, de forma culposa, em equipamentos da empresa.
DO ADICIONAL NOTURNO A reclamante provou que ao menos duas vezes por mês laborava a partir das 18h até às 21:50min,
pelo que, já sendo noite, merece adicional noturno.
DO SEGURO DESEMPREGO Tendo sido dispensada sem justa causa, merece a reclamante o seguro desemprego devido o qual
converte-se em indenização na forma da súmula 389 do TST, no total de 3 parcelas.
DA INTEGRAÇÃO DAS GORJETAS As gorjetas recebidas pela reclamante, por fazer parte da remuneração na forma do art. 457
da CLT, devem servir de base de cálculo também para o DSR e para o adicional noturno. Condena-se, pois, a reclamada ao
pagamento da referida integração.
DAS REFEIÇÕES Embora tenha havido prova de que a reclamada atendia a legislação do PAT, condena-se a mesma à integração
das refeições fornecidas nos ganhos da reclamante.
VALE TRANSPORTE Embora a reclamante morasse próximo à empresa, e efetivamente não necessitasse de transporte coletivo, o
fato é que estava grávida e melhor seria que se utilizasse do transporte coletivo tudo como motivo de proteção ao bebê, pelo que
condena-se ao pagamento do Vale Transporte de todo o período.
DOS REFLEXOS DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS Procedente o pedido de reflexos decorrentes da PLR. Por se
tratar a PLR de valores pagos pelo empregador, deve integrar o salário da reclamante para todos os fins, gerando reflexos em
todas as verbas contratuais e rescisórias.
DOS RECOLHIMENTOS FISCAIS E PREVIDENCIÁRIOS Apenas a reclamada arcará com o pagamento dos recolhimentos fiscais e
previdenciários decorrentes desta ação.
Não deverá haver qualquer desconto no crédito da reclamante já que a culpa pelo não recolhimento é apenas da reclamada.
DO DISPOSITIVO
Ante todo o exposto e de todo o mais que dos presentes autos consta, condena-se a reclamada a todas as verbas na forma da
fundamentação supra que passa a fazer parte do presente dispositivo. Recolhimentos fiscais e previdenciários na forma da
fundamentação, afastada a súmula 368 do TST; Juros e correção monetária na forma do art. 883da CLT; Custas pela reclamada no
importe de R$ 400,00 calculadas sobre o valor provisoriamente arbitrado à causa para fins de condenação, R$ 20.000,00. Nada
mais, intime se as partes e a União. Juiz do
Trabalho
Resolução da questão 61.
EXCELENT ÍSS IMO SENHO R DOUTOR JU IZ DA 1 ª VARA DO
TRABALHO DE TERES INA – P I .
Referente Processo nº:
Hotel Guanabara Ltda, já qualificado nos autos da reclamação
trabalhista que lhe move Maria Isabel do Rosário, por seu
Advogado que esta subscreve, vem à presença de Vossa
Excelência, tempestivamente, e com fulcro no artigo 895, I da
CLT, interpor
RECURSO ORDINÁRIO
requerendo a remessa das razões anexas ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da
22ª Região, pelo que comprova, em anexo, o recolhimento do depósito recursal, bem
como, das custas processuais para todos os devidos fins de direito.
Nesses termos, pede deferimento. Local e Data Nome e Assinatura do Advogado OAB nº
EXCELENT ÍSS IMO SENHO R DOUTOR DESEMBARGAD OR RELATOR
DA ___ TURMA DO TRIB UNAL REG IONAL DO TRA BALHO DA 22ª
REGIÃO.
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
Recorrente: Hotel Guanabara LTDA.
Recorrido: Maria Isabel do Rosário.
Processo nº:___________________.
Origem: 1ª Vara do Trabalho de Teresina-PI.
EGRÉGIO TRIBUNAL
DOUTOS JULGADORES
H i s t ó r i c o P r o c e s s u a l
A recorrida propôs reclamação trabalhista em face da
recorrente, pleiteando os títulos contidos em sua inicial, ação esta, julgada procedente.
No entanto, referida decisão não merece prosperar, pois
inteiramente divorciada dos preceitos legais e jurisprudenciais. Senão vejamos:
D a E s t a b i l i d a d e d a G e s t a n t e
A decisão recorrida deferiu o pedido decorrente da
estabilidade, outorgando à recorrida a indenização substitutiva, mencionada na súmula
396 do TST.
Contudo, a empregada se encontra em contrato de experiência,
e a súmula 244, III, TST, não admite que a empregada garanta esse direito no curso do
contrato mencionado.
Por esta razão, não há como admitir a manutenção do julgado.
D a s H o r a s E x t r a s
No que diz respeito ao item em apreço, também não há como
admitir a decisão proferida, já que o próprio julgado admite que a recorrente não
possuía mais de 10 empregados e, por isso, estaria dispensada de apresentar os
controles de jornada.
A súmula 338 do TST, que inclusive descreve o artigo 74, §2º da
CLT, exsurge com clareza que neste caso, o ônus da prova é do empregado, o que
denota a improcedência do pedido, ante a inexistência de prova em sentido contrário.
Ainda que assim não fosse, o que admitimos a título de
argumentação, não há razão para o deferimento do adicional em 90%, face a
inexistência de norma coletiva nos autos.
Sendo indevido o principal, os reflexos pretendidos caem por
terra.
D o s I n t e r v a l o s
Ainda no mesmo sentido, não há provas nos autos no sentido de
que a recorrida não usufruía do intervalo. Isso porque, além do artigo 818 da CLT
impor ao empregado o ônus de provar o fato constitutivo, a sentença de 1ºGrau
considera o choro promovido em audiência com maior valor probante do que a
testemunha da recorrente, que atesta de forma firme que os intervalos sempre foram
concedidos.
Por esta razão, merece improcedência não só o pedido principal
como seus reflexos.
D o S a l á r i o F a m í l i a
A procedência do pedido em tela se baseia em texto de Lei
revogado e, além disso, se equivoca ao mencionar que era dever da empresa procurar
saber se a reclamante tinha filho.
Conforme se depreende do alcance da súmula 254 do TST, é
dever da empregada comunicar ao empregador a existência de filhos, e como a
própria sentença observa, não há provas nos autos nesse sentido, razão pela qual
merece indeferimento o pedido.
D o s D e s c o n t o s I n d e v i d o s
Por nova razão a sentença se equivoca ao condenar a empresa
ao ressarcimento de R$ 5.000,00, por danos morais causados pela recorrida no curso
do contrato.
O § 1º do artigo 462 da CLT autoriza o desconto salarial na
hipótese do dano ocasionado pelo empregado de forma dolosa ou, como no presente
caso, de forma culposa, desde que haja previsão contratual.
Já que a própria sentença destaca que havia previsão no
contrato da autora, não se justifica a manutenção do julgado.
D o A d i c i o n a l N o t u r n o
O §2º do artigo 73 da CLT, dispõe de forma nítida que somente
será considerado horário noturno aquele laborada após as 22 horas e não tendo a
recorrida, em nenhuma oportunidade, trabalhado nesse horário, merece, novamente,
improcedência o pedido.
D o S e g u r o D e s e m p r e g o
A condenação pertinente ao seguro desemprego não pode ser
mantida, pois o artigo 2º, I, da Lei 8.900/94 dispõe que o empregado, para ter direito
ao benefício, deverá comprovar vínculo empregatício de no mínimo 6 meses, o que,
como já vimos, não é o caso.
D a s G o r j e t a s
A súmula 354 do TST é nitidamente contrária a decisão de
primeiro grau, uma vez que não admite a incidência do adicional noturno e DSR,
demonstrando de forma inequívoca a necessidade de reforma da decisão.
D a s R e f e i ç õ e s / P A T
A OJ nº 133 da SDI-1 do TST dispõe que as empresas que
participam do PAT ficam excluídas da possibilidade de integrar a alimentação na
remuneração do empregado, o que caracteriza mais uma vez a improcedência.
V a l e T r a n s p o r t e
O próprio julgado ora rebatido destaca que a empregada não
utilizava o transporte coletivo e ainda assim, condenou a recorrente ao pagamento do
vale.
Notório se configura o descabimento do pedido, pois é claro
que o benefício deve ser devido somente aqueles que utilizam o transporte público,
como destaca o artigo 3º do Decreto-Lei 95.247/87.
Merece, portanto, improcedência essa decisão.
D O P L R
A Constituição Federal em seu artigo 7º, XI, desvincula a
participação nos lucros e resultados da remuneração, assim como, o artigo 3º da Lei
10.101/01, o que denota, novamente, o indeferimento do pedido.
D o s r e c o l h i m e n t o s F i s c a i s e P r e v i d e n c i á r i o s
A sentença de 1º Grau destaca que compete ao recorrente
efetuar a integralidade dos recolhimentos fiscais e previdenciários, fato esse, que
contraria a súmula 368 do TST e a OJ 363 da SDI-1 do TST, pelo que improcede o
pedido.
C o n c l u s ã o
Pelo exposto, requer o conhecimento e consequente provimento
do presente Recurso, revertendo assim a sentença proferida em 1º Grau e condenando
a recorrida às custas processuais em reversão, tudo por ser medida da mais pura e
lídima
J U S T I Ç A
Local e Data
Nome e Assinatura do Advogado
OAB nº
Esse modelo de Recurso Ordinário DEVOLVE toda matéria ao TRT para este julgá-lo em
sua totalidade, pois não necessita de mais provas nem foi julgado sem mérito.
Questão:
João Aguirre propôs reclamação trabalhista em face de CASA DE REPOUSO NOVO
LAR LTDA, requerendo a incidência do FGTS no aviso prévio indenizado e multa do
artigo 477, §8º da CLT, uma vez que as verbas rescisórias foram pagas no 1º dia útil
subsequente ao término dos 30 dias de aviso prévio. Em sentença, o Juiz não analisa o
mérito da causa por ter acolhido a preliminar de carência de ação suscitada pela
reclamada, sob o argumento de que o sindicato do reclamante possui Comissão de
Conciliação Prévia se sendo assim, o Juiz da 1º Vara do Trabalho de Goiânia/GO,
deveria cumprir o disposto no artigo 625-D da CLT. Como Advogado do prejudicado,
atue:
Comentários: A CCP é dispensável, em razão das ADI’s do artigo 625-D; o FGTS integra
artigo 478, §6º da CLT.
E x c e l e n t í s s i m o S e n h o r D o u t o r J u i z d a 1 ª V a r a d o
T r a b a l h o d e A p a r e c i d a d e G o i â n i a - G O .
Referente Processo nº:
João Aguirre, já qualificado nos autos da reclamação
trabalhista que move em face de CASA DE REPOUSO NOVO
LAR LTDA, por seu Advogado que esta subscreve, vem à
presença de Vossa Excelência, interpor, tempestivamente, e com
fulcro no artigo 895, I da CLT
R E C U R S O O R D N I Á R I O
Requerendo a remessa das razões anexas ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da
18ª Região, pelo que comprova, em anexo, o recolhimento das custas processuais para
os devidos fins de direito.
Nesses termos,
pede deferimento.
Local e data
Nome e assinatura do Advogado
OAB nº
E x c e l e n t í s s i m o S e n h o r D o u t o r D e s e m b a r g a d o r
R e l a t o r d o E g r é g i o T r i b u n a l R e g i o n a l d o T r a b a l h o
d a 1 8 ª R e g i ã o .
R A Z Õ E S D O R E C U R S O O R D I N Á R I O
Recorrente: João Aguirre.
Recorrido: Casa de Repouso Novo Lar LTDA.
Origem: 1ª Vara do Trabalho de Goiânia-GO.
Processo nº____________________________.
EGRÉGIO TRIBUNAL
DOUTOS JULGADORES
H i s t ó r i c o P r o c e s s u a l
O recorrente propôs reclamação trabalhista em face do
recorrido, pleiteando os títulos contidos na inicial, ação esta julgada improcedente.
No entanto, referida decisão não merece prosperar, pois
inteiramente divorciada dos preceitos legais e jurisprudenciais, senão vejamos:
D a C o m i s s ã o d e C o n c i l i a ç ã o P r é v i a – C C P
O julgado de 1º Grau acolheu a preliminar arguida pelo
recorrido no sentido de que o recorrente deveria ter passado pela CCP existente no
âmbito de seu sindicato, como exige o artigo 625-D da CLT.
Todavia, o STF, por meio das ADIS 2.139-7 e 2.160-5, declarou
a inconstitucionalidade do mencionado dispositivo, facultando às partes a passagem
pela CCP, motivo pelo qual acessou diretamente a via judiciária, portanto, merece a
decisão ser reformada.
D o e f e i t o D e v o l u t i v o e m P r o f u n d i d a d e
A única possibilidade da aplicação do efeito em tela no
processo laboral, prevista na súmula 393 do TST, corresponde à hipótese descrita no
artigo 515, §3º do CPC, claramente aplicável ao presente caso.
Isso porque a decisão de 1º Grau foi proferida sem exame de
mérito e os pedidos centrais abaixo correspondem a questões exclusivamente de direito
e sem a necessidade de se fazer mais provas.
Por esta razão, requer o imediato julgamento dos seguintes
pedidos:
D a I n c i d ê n c i a d o F G T S n o A v i s o P r é v i o I n d e n i z a d o
A súmula 305 do TST determina que o aviso prévio trabalhado
ou não, sofrerá incidência do FGTS, o que não poderia ser diferente, já que o aviso
prévio conta como tempo de serviço, como bem destaca o artigo 489 da CLT, referida
incidência é uma consequência natural.
Sendo assim, requer o deferimento do pedido.
D a M u l t a d o A r t i g o 4 7 7 , § 8 º d a C L T .
Mais uma vez por se tratar de matéria de direito, requer o
julgamento do pedido em tela, pois as provas constantes dos autos já autorizam a
decisão.
Isso porque as verbas rescisórias pagas ao obreiro foram
quitadas no 1º dia útil subsequente ao do término do aviso prévio, prazo este que até
estaria correto, se o aviso fosse trabalhado, o que já vimos, não é o caso.
Em razão do §6º do artigo 477 da CLT impor um prazo de 10
dias para pagamento das verbas rescisórias, faz jus o recorrente à multa de um salário,
prevista no dispositivo legal que fundamenta o presente item.
C o n c l u s ã o
Pelo exposto requer o conhecimento e consequente provimento
do presente apelo, primeiramente para reverter a decisão no tocante a preliminar
acolhida e, no mérito, aplicando-se o efeito devolutivo em profundidade, julgar
procedente os pedidos remanescentes, condenando o recorrido ao pagamento das
custas processuais em reversão, tudo por ser a medida da mais pura e lídima
J U S T I Ç A
Nesses termos,
pede deferimento
Local e data
Nome e Assinatura do Advogado
OAB nº
Neste modelo, aplica-se o efeito DEVOLUTIVO em PROFUNDIDADE, pois o juízo a quo, conheceu de uma
preliminar sem exame de mérito.
Como não precisa de provas, cabe o efeito e o TRT julga de pronto.
Aula do dia 04-10-12
Questão:
Renato Andrade propôs reclamação trabalhista contra a empresa PONTO FINAL LTDA,
requerendo a integração de salários recebidos por fora e horas extras, bem como,
férias vencidas, pois alega que no período de 2010/11 as usufruiu em dois períodos.
Em contestação a empresa nega os salários e as horas extras, mas assume que as férias
foram concedidas em dois períodos, porém destaca que assim eram feitas por motivos
excepcionais em período de 10 dias e outro de 20 dias, como é permitido pela CLT.
Em audiência, as únicas duas testemunhas do reclamante foram indeferidas, sob
protestos, já que segundo o juízo da 1ª Vara do Trabalho de São bento do Sul-SC,
estavam litigando contra o mesmo reclamado o que caracterizou, pela falta de provas,
a improcedência da ação.
Como advogado do prejudicado, atue:
Comentários: Tem matéria controversa, portanto têm que fazer prova, autos devem ser
remetidos novamente à VT.
Com relação as testemunhas, não há problema em estarem litigando contra o
mesmo reclamante.
*** Dica de Processo: prestar atenção na troca de favores (uma testemunha fala
no processo de outra, aí é aceita a contradita).
Contradita é feita logo após a qualificação da testemunha!
Resolução:
E x c e l e n t í s s i m o S e n h o r D o u t o r J u i z d a 1 ª V a r a d o
T r a b a l h o d e S ã o B e n t o d o S u l - S C .
Referente Processo nº
Renato Andrade, já qualificado nos autos da reclamação
trabalhista que move em face de PONTO FINAL LTDA, por seu
advogado que esta subscreve, vem à presença de Vossa
Excelência, interpor, tempestivamente, e com fulcro no artigo
895, I da CLT
R E C U R S O O R D I N Á R I O
requerendo a remessa das razões anexas ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da
12ª Região, pelo que comprova, em anexo, o recolhimento das custas processuais para
os devidos fins de direito.
Nesses termos, pede deferimento. Local e data Nome e assinatura do Advogado OAB nº
______________________________________________________________________
E x c e l e n t í s s i m o S e n h o r D o u t o r D e s e m b a r g a d o r R e l a t o r
d o E g r é g i o T r i b u n a l R e g i o n a l d o T r a b a l h o d a 1 2 ª
R e g i ã o .
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
Recorrente: Renato Andrade
Recorrido: Ponto Final LDTA
Processo nº_____________.
Origem: 1ª Vara do Trabalho de São Bento do Sul – SC.
EGRÉGIO TRIBUNAL
DOUTOS JULGADORES
H i s t ó r i c o P r o c e s s u a l
O recorrente propôs reclamação trabalhista em face do
recorrido, pleiteando os títulos contidos em sua inicial, ação esta julgada improcedente.
No entanto, referida decisão não merece prosperar, pois
inteiramente divorciada dos preceitos legais e jurisprudenciais. Senão vejamos:
Do Cerceamento de Defesa
No curso da instrução processual, o juiz indeferiu, sob protestos,
a oitiva das únicas duas testemunhas do recorrente.
Os protestos mencionados, além de terem o intuito de afastar a
preclusão consumativa do ato, servem também para demonstrar o inconformismo do
recorrente, já que o indeferimento se deu em razão das testemunhas estarem movendo
reclamação trabalhista contra o mesmo reclamado.
A súmula 357 do TST é clara ao afirmar que a testemunha não
pode ser considerada suspeita pelo fato de ter movido ou como é o caso, estar
movendo reclamação trabalhista contra o mesmo reclamado, razão pela qual o
equívoco indeferimento deve ser revisto.
A prova testemunhal no caso em tela é de suma importância,
pois os objetos centrais da ação, por se tratarem de matéria de fato, dependem dessa
prova para uma correta conclusão.
Ante o exposto, impõe-se o retorno dos autos à Vara do
Trabalho para nova instrução processual e consequente julgamento.
C o n c l u s ã o
Posto isso, requer o conhecimento e consequente provimento do
presente apelo, o que caracterizará, por conseguinte, a nulidade do julgado e retorno
dos autos à Vara de origem, para novo julgamento, condenando o recorrido ao
pagamento das custas processuais em reversão, tudo por ser medida da mais pura e
lídima
JUSTIÇA
Local e data
Nome e Assinatura do Advogado
OAB nº
Recurso de Revista – Artigo 896, CLT.
Nas palavras de Valentin Carrion “O recurso de revista não se destina a corrigir
injustiças o apreciar a prova, mas basicamente: a) uniformizar a jurisprudência; b)
restabelecer a norma nacional violada; é o antigo recurso trabalhista da CLT, chamada
de extraordinário, para distingui-lo do ordinário, e que acertadamente perdeu essa
denominação, evitando rótulos equívocos”. (Comentário à CLT, pág. 913, 37ªed).
Teto Recursal: Nunca posso pagar acima do teto de interposição para recurso.
Se paga a menos do teto o Recurso é considerado deserto.
“O Professor André contou o caso da cliente que pediu a guia para recolhimento do valor,
ela perguntou quanto mais menos estaria este, ele respondeu que na faixa de R$4.600,00,
ela pegou e bateu uma guia por conta própria, neste exato valor, mas o André ia calcular
o valor correto, que dava R$4.608,00. Como ela recolheu a menor do que o valor do teto,
o recurso foi considerado deserto”.
Súmula 297 TST: exige que a matéria que falaria em RO esteja prequestionada em
Embargos declaratórios. O ED serve, também, para prequestionamento.
Súmula297, TST. Prequestionamento. Oportunidade. Configuração 1. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. 2. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão. 3. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração. •• Redação determinada pela Resolução n. 121, de 28-10-2003. • Vide OJ 119 da SDI-1.
Artigo 896-A: Exige a TRANSCENDÊNCIA (importância) do recurso. É o entendimento
subjetivo do Ministro sobre a relevância da matéria postulada no recurso. Para a OAB,
basta fazer esse tópico e falar exatamente isso, que a matéria é relevante.
Art. 896-A, CLT. O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. •• Artigo acrescentado pela Medida Provisória n. 2.226, de 4-9-2001.
*** O RR tem que ter um tópico “Da Transcendência”.
SEMPRE antes de interpor o RR vou precisar ter INTERPOSTO os Embargos
Declaratórios, para fins de prequestionamento.
TÓPICO PRINCIPAL: “DA DIVERGÊNCIA”, sempre! Alíneas “a”, “b” e “c” do artigo 896,
CLT.
Art. 896, CLT. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: •• Caput com redação determinada pela Lei n. 9.756, de 17-12-1998. a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte; •• Alínea a com redação determinada pela Lei n. 9.756, de 17-12-1998. • Vide Súmulas 296 e 337 do TST. • Vide Súmula 413 do TST. b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; •• Alínea b com redação determinada pela Lei n. 9.756, de 17-12-1998. • Vide Súmulas 312 e 337 do TST. • Vide OJ 219 da SDI-1. c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. •• Alínea c com redação determinada pela Lei n. 9.756, de 17-12-1998. • Vide Súmulas 218, 221, 266, 285 e 297 do TST.
Modelo de Estrutura de Recurso de Revista
E x c e l e n t í s s i m o S e n h o r D o u t o r J u i z P r e s i d e n t e d o
E g r é g i o T r i b u n a l R e g i o n a l d o T r a b a l h o d a _ _ _ _ _
R e g i ã o .
Referente Processo nº________.
“A”, já qualificado nos autos da reclamação trabalhista que
move em face de “B”, por seu Advogado que esta subscreve,
vêm à presença de Vossa Excelência interpor, tempestivamente
e com fulcro no artigo 896 da CLT
R E C U R S O D E R E V I S T A
Requerendo a remessa das razões anexas ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho,
pelo que junta o comprovante de pagamento das custas processuais para os devidos
fins de direito.
Nesses termos, pede deferimento. Local e Data Nome e Assinatura do Advogado OAB nº
R A Z Õ E S D O R E C U R S O D E R E V I S T A
Recorrente:
Recorrido: Origem: Turma do TRT __ Região. Processo nº: C O L E N D O T R I B U N A L D O U T O S M I N I S T R O S
H i s t ó r i c o P r o c e s s u a l
D o P r e q u e s t i o n a m e n t o
D a T r a n s c e n d ê n c i a
D o s P r e s s u p o s t o s d e A d m i s s i b i l i d a d e
D a D i v e r g ê n c i a
C o n c l u s ã o
Pelo exposto, requer o conhecimento e consequente provimento
do presente apelo, revertendo assim o julgado anterior e condenando o recorrido às
custas processuais em reversão, tudo por ser medida da mais pura e lídima
J U S T I Ç A
Local e Data.
Nome e Assinatura do Advogado
OAB nº