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Aula dia 27-09-12 Embargos de Declaração CLT, 897-A; CPC, 535. CPC: Omissão, Contradição ou Obscuridade (elemento muito subjetivo, na prática ganha-se muito tempo) 05 dias Interrompe o prazo do Recurso Principal para ambas as partes. Multa por ED protelatório . A 1º multa não fica condicionada. A reiteração fica sujeita à multa de 1% a 10%, e condiciona o seu pagamento como pressuposto de admissibilidade para outro recurso. Há muita divergência acerca da natureza jurídica do ED. Para o Professor André, assim como para o Carrion, não tem natureza de recurso, pois é feito em uma única peça, e serve para corrigir um “erro” do juiz que prolatou a sentença obscura, omissa ou contraditória. Princípio da negativa de prestação jurisdicional Se na sentença o juiz foi omisso, e nos embargos ele continua a ser, no recurso ordinário falo deste princípio. Da sentença da Vara do Trabalho eu tenho 02 possibilidades e não opção, a saber: Omissão, obscuridade e contradição eu tenho que entrar com ED (contra a própria sentença) e não contra dispositivo legal, súmula, etc. Tenho que mostrar para o Juiz que ele errou. Recurso Ordinário é quando eu discordo da decisão, e, não necessariamente seja um erro da sentença. O art. 897-A da CLT impõe um novo cabimento aos embargos de declaração, que corresponde a um manifesto equívoco quanto aos pressupostos legais. Caso a vara do trabalho denegue seguimento ao recurso ordinário, por exemplo, caberá agravo de instrumento, ainda que este recurso tenha sido denegado por um manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos dele. Contudo, caso a vara do trabalho conheça o recurso ordinário e o encaminhe ao TRT, e este órgão, ao se utilizar do poder de segundo juízo de admissibilidade, não conhecer o apelo, caberão embargos de declaração. Temos também o cabimento do ED quando o Juiz não analisar o mérito do

direito trabalho

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Page 1: direito trabalho

Aula dia 27-09-12

Embargos de Declaração – CLT, 897-A; CPC, 535.

CPC: Omissão, Contradição ou Obscuridade (elemento muito subjetivo, na

prática ganha-se muito tempo)

05 dias – Interrompe o prazo do Recurso Principal para ambas as partes.

Multa por ED protelatório. A 1º multa não fica condicionada. A reiteração fica

sujeita à multa de 1% a 10%, e condiciona o seu pagamento como pressuposto de

admissibilidade para outro recurso.

Há muita divergência acerca da natureza jurídica do ED. Para o Professor André,

assim como para o Carrion, não tem natureza de recurso, pois é feito em uma única peça, e

serve para corrigir um “erro” do juiz que prolatou a sentença obscura, omissa ou

contraditória.

Princípio da negativa de prestação jurisdicional

Se na sentença o juiz foi omisso, e nos embargos ele continua a ser, no recurso

ordinário falo deste princípio.

Da sentença da Vara do Trabalho eu tenho 02 possibilidades e não opção, a

saber:

Omissão, obscuridade e contradição eu tenho que entrar com ED (contra a

própria sentença) e não contra dispositivo legal, súmula, etc. Tenho que mostrar para o

Juiz que ele errou.

Recurso Ordinário é quando eu discordo da decisão, e, não necessariamente

seja um erro da sentença.

O art. 897-A da CLT impõe um novo cabimento aos embargos de declaração,

que corresponde a um manifesto equívoco quanto aos pressupostos legais. Caso a vara

do trabalho denegue seguimento ao recurso ordinário, por exemplo, caberá agravo de

instrumento, ainda que este recurso tenha sido denegado por um manifesto equívoco no

exame dos pressupostos extrínsecos dele. Contudo, caso a vara do trabalho conheça o

recurso ordinário e o encaminhe ao TRT, e este órgão, ao se utilizar do poder de

segundo juízo de admissibilidade, não conhecer o apelo, caberão embargos de

declaração. Temos também o cabimento do ED quando o Juiz não analisar o mérito do

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agravo de instrumento e, neste caso, não importa se isso foi feito pelo Juízo de

admissibilidade do agravo ou pelo juízo de mérito.

Quando o endereçamento for para os Tribunais regionais, deverá ser remetido

ao Presidente deste órgão, assim como quando o endereçamento ocorrer ao TST. A

única exceção corresponde aos embargos declaratórios, pois este deve ser endereçado

ao relator da decisão.

Questão prática 57

“A” propôs reclamação trabalhista contra “B” pleiteando horas extras e reflexos

e adicional de insalubridade. O juiz em sentença condenou a empresa ao pagamento

de todas as horas extras pleiteadas com reflexos e ao pagamento do adicional de

insalubridade mesmo sem a realização de perícia, não se manifestando sobre a

prescrição bienal arguida na contestação. Questão: Como advogado do prejudicado

atue.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ... VARA DO TRABALHO DA ...

Processo nº ...

“B”, já qualificado nos autos da reclamação trabalhista que lhe

move “A”, por seu advogado que esta subscreve, vem à

presença de Vossa Excelência opor tempestivamente e com

fulcro nos arts. 535 e ss. do CPC e 897-A da CLT

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

HISTÓRICO PROCESSUAL

O reclamante, ora embargado, propôs reclamação trabalhista

em face do embargante requerendo horas extras e reflexos e adicional de

insalubridade, ação esta julgada inteiramente procedente.

No entanto, referida decisão é manifestamente omissa quanto a

um de seus pontos fundamentais. Senão vejamos:

DA OMISSÃO

A sentença embargada contém dois problemas a serem sanados,

um dos quais, não ocorrerá neste momento processual. Isso porque o deferimento do

adicional de insalubridade foi caracterizado sem a indispensável perícia técnica como

Page 3: direito trabalho

exige o art. 195 e seu §2º da CLT, fato este que, como mencionado, só será analisado

em oportuno recurso ordinário, se houver necessidade.

Os presentes embargos, no entanto, prestam-se exclusivamente

a sanar um erro contido no julgado, pois a decisão embargada não se manifesta quanto

a prescrição bienal arguida na peça contestatória.

O instituto previsto no art. 11, I da CLT e 7º, XXIX da CF tem o

poder de extinguir toda a ação com exame de mérito, razão pela qual sua análise

reveste-se de suma importância.

Além disso, a prestação jurisdicional só estará completa com a

análise de todos os pontos debatidos na demanda, o que claramente não ocorreu no

caso em tela. Desta forma, requer seja sanada a omissão apontada.

DO EFEITO MODIFICATIVO

Referida omissão, após ser sanada, certamente acarretará

efeito modificativo no julgado, o que desde já se requer nos termos da súmula 278 do

TST e do dispositivo legal Celetista que fundamenta os presentes embargos.

CONCLUSÃO

Pelo exposto, requer o conhecimento e consequente provimento

dos presentes embargos, sanando assim a omissão apontada no que diz respeito à

prescrição bienal arguida, acarretando, por conseguinte, efeito modificativo no julgado,

nos termos expostos.

Nesses termos,

pede deferimento

Local e data

Nome e assinatura do Advogado

Número da OAB

Page 4: direito trabalho

Aula dia 02-10-2012

Recursos

Podem ser recebidos nos efeitos:

Suspensivo: suspende a execução (em regra, no processo do trabalho não são

recebidos neste efeito).

** Para conseguiu efeito suspensivo entro com CAUTELAR INOMINADA**

Devolutivo: devolve a matéria para apreciação do judiciário

P r e s s u p o s t o s d e A d m i s s i b i l i d a d e

Intrínsecos: SEMPRE liga as partes. Legitimidade

Vencido no todo ou em parte; 3º interessado (INSS); MPT (interesse de incapaz);

O próprio JUIZ “por imperativo legal”, quando condena qualquer ente da

administração/órgão público.

Quando o juiz profere uma decisão, condenando qualquer tipo de poder público

a pagar valor superior a 60 salários mínimos, o próprio magistrado deverá pedir a

revisão de sua decisão. Denomina-se recurso “ex-ofício” ou “por imperativo legal”.

Extrínsecos: Ligados ao PROCESSO.

Previsão Legal: Princípio da Fungibilidade – NÃO TEM NA PROVA DA OAB! (art.

244, 249, CPC), mesmo que entre com recurso com nome errado, se alcançou seu

objetivo, poderá ser aceito.

Tempestividade: TODOS os recursos inteiramente regulados pela CLT tem o

prazo de 08 dias. Exceção: aqueles não previstos exclusivamente na CLT.

Depósito Recursal: Não é taxa de juízo, mas é garantia. Só o reclamado é

quem paga depósito recursal. Reclamante não paga depósito recursal.

Garantia de juízo: Não preciso pagar a mais do que o valor.

Súmula 161, TST: Se não há condenação em pecúnia.

Súmula161. Depósito. Condenação a pagamento em pecúnia Se não há condenação a pagamento em pecúnia, descabe o depósito de que tratam os §§ 1.º e 2.º do art. 899 da CLT. Ex-prejulgado n. 39.

Dissídio Coletivo, sentença declaratória. Ex: Ganha para pagar um aumento

futuro, não precisa pagar. Só cabe em obrigações pretéritas.

Page 5: direito trabalho

CUIDAR TETO RECURSAL: Cada recurso tem um teto máximo. Não preciso pagar

a mais do que devo, nunca a mais que o teto.

Súmula 245, TST: Prazo para o Depósito.

Súmula 245. Depósito recursal. Prazo O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal.

O artigo 3º, VIII, da Lei 1.060/50, impõe que os beneficiários da justiça gratuita

estão dispensados do recolhimento do depósito recursal.

Massa Falida também não paga depósito

Pessoa Física paga normal o depósito, salvo se for beneficiário de Justiça

Gratuita.

PREPARO: depósito recursal mais custas.

Se a sentença for procedente em parte, apesar de ambos poderem recorrer, só

o reclamado arca com o valor das CUSTAS processuais.

PROCEDENTE: reclamado recorre = depósito recursal

IMPROCEDENTE: reclamante recorre = paga custas

Em parte Improcedente: reclamante e reclamado = pagam depósito e custas.

Re cu r so Ord i ná r i o – Ar t i go 895 , I , I I da CLT .

Inciso I: Inciso II

Vara do Trabalho TRT

RO RO

TRT TST

Page 6: direito trabalho

Falso Testemunho e Desacato: Crimes: Cabe H.C na Justiça do Trabalho.

Depositário Infiel: Não se pune mais, súmula vinculante. Mas ainda

prendem, entra, nesse caso com H.C.

Cabe recurso Ordinário da decisão proferida pela Vara do Trabalho para o

TRT julgar, e da decisão proferida pelo TRT quando este órgão atuar em 1ª instância

(dissídios coletivos, ação rescisória, mandado de segurança), para o TST julgar, salvo

quando o TRT julgar originariamente o HC, pois, neste caso, a OJ 156 da SDI-2

descreve que em substituição ao recurso Ordinário caberá novo HC, este para o TST

julgar.

OJ 156, SDI-2. Habeas corpus originário no TST. Substitutivo de recurso ordinário em habeas corpus. Cabimento contra decisão definitiva proferida por Tribunal Regional do Trabalho. É cabível ajuizamento de habeas corpus originário no Tribunal Superior do Trabalho, em substituição de recurso ordinário em habeas corpus, de decisão definitiva proferida por Tribunal Regional do Trabalho, uma vez que o órgão colegiado passa a ser a autoridade coatora no momento em que examina o mérito do habeas corpus impetrado no âmbito da Corte local.

Efeito Devolutivo em Profundidade. Não cabe no processo do Trabalho, em

regra.

Uma exceção: Artigo 515, §3º do CPC, Súmula 393, TST.

Art. 515, CPC. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. § 1.º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro. • Vide Súmula 393 do TST. § 2.º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. § 3.º Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. •• § 3.º acrescentado pela Lei n. 10.352, de 26-12-2001. § 4.º Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a realização ou renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação. •• § 4.º acrescentado pela Lei n. 11.276, de 7-2-2006. Súmula 393. Recurso ordinário. Efeito devolutivo em profundidade. Art. 515, § 1.º, DO CPC. (redação alterada pelo Tribunal Pleno na sessão realizada em 16-11-2010) O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1.º do art. 515 do CPC, transfere ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não renovados em contrarrazões. Não se aplica, todavia, ao caso de pedido não apreciado na sentença, salvo a hipótese contida no § 3.º do art. 515 do CPC.

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Matéria de DIREITO (documental). TEORIA DA CAUSA MADURA. Não preciso de

mais provas; sem necessidade de dilação probatória.

**Só a Vara do Trabalho pode fazer prova**

Aplica-se o efeito em profundidade quando o tribunal puder julgar a matéria

apresentada que não foi julgada, como, por exemplo, quando a vara em razão de ter

acolhido a prescrição bienal, não julgar o pedido direto de mérito e, em grau de

recurso, o tribunal, ao afastar a prescrição, pudesse julgar o pedido que não foi objeto

de análise na instância inferior.

Apesar do §1º do artigo 515 do CPC prever essa possibilidade, a súmula 393

do TST não admite, razão pela qual no processo trabalhista deverá ser requerido o

retorno dos autos à 1º instância para julgamento do objeto direto de mérito.

A única exceção trazida pela súmula ocorrerá quando o julgamento de 1º grau

for prolatado SEM o exame de mérito, e a matéria versar EXCLUSIVAMENTE sobre

questão de direito, desde que não haja necessidade de provas.

Esses dois últimos requisitos cumulativos são denominados “Teoria da Causa

Madura”.

Havendo necessidade de qualquer prova (depoimento pessoal, testemunhas,

perícia e etc.), falta de tentativa de conciliação, inexistência ou nulidade de citação, o

processo, após ser julgado pelo TRT deverá, OBRIGATORIAMENTE, voltar à Vara do

Trabalho.

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Aula dia 03-10-12

QUESTAO PRATICA 61

Diante da sentença infra, tendo sido contratado pela reclamada, maneje o meio cabível para a defesa dos interesses de seu cliente,

considerando o preparo recursal necessário. Leve em consideração também que o recurso será manejado de forma tempestiva. Aos

17 dias do mês outubro de 2011, na sala de audiências da 1ª Vara do Trabalho de Teresina/PI, nos autos da Reclamatória

Trabalhista que Maria Isabel do Rosário moveu em face de Hotel Guanabara Ltda, ausentes as partes, proferiu-se a presente

SENTENÇA.

DO RELATÓRIO

Maria Isabel do Rosário moveu reclamatória trabalhista em face de Hotel Guanabara Ltda, pleiteando: horas extras, adicional

convencional e reflexos em férias + 1/3, décimos terceiros, FGTS mais 40%, DSR e aviso prévio; pleiteou intervalo intrajornada

adicional e reflexos nas mesmas verbas refletidas nas horas extras; salário família; ressarcimento dos descontos indevidos; adicional

noturno; integração das gorjetas em

DSR e em adicional noturno; seguro desemprego ou indenização correspondente; integração ao salário da refeição fornecida; vale

transporte; reintegração ou indenização; reflexos da PLR. Juntou documentos e atribuiu à causa o valor de R$

100.000,00. Em audiência, a reclamada apresentou defesa na modalidade contestação, juntou documentos. Ouviu-se as parte e

duas testemunhas, uma da parte autora, outra da parte ré. Instrução processual encerrada. Razões finais remissivas por ambas as

partes. Ambas as propostas conciliatórias infrutíferas. É o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

DA REINTEGRAÇÃO OU INDENIZAÇÃO A reclamante foi contratada através de contrato de experiência, em 01/02/2010, tendo

sido comprovado nos presentes autos que entrou em estado gestacional durante referido contrato, mas que fora dispensada sem

justa causa em 01/05/2010. Não é compreensível como uma empresa que deve zelar por sua função social entenda por bem

dispensar uma mulher grávida ocasionando, dessa forma, prejuízos não só à própria trabalhadora, como também ao bebê.

Condena-se à reclamada à pagar indenização referida ao período da garantia de emprego, desde a confirmação da gravidez

até 5 meses após o parto, isso por que, na forma da súmula 396 do TST, o pedido fora convertido por este MM Juízo dada a

manifesta incompatibilidade entre as partes.

DAS HORAS EXTRAS Malgrado tenha havido prova no sentido de que a reclamada conta com menos de 10 empregados, e que

portanto, esteja dispensada da apresentação dos controles de jornada, e que não tenha havido prova por parte da obreira no que

tange à jornada apontada na inicial, o fato é que este juízo confia nas alegações da inicial e não pode desconsiderá-las. Assim,

condena-se a reclamada ao pagamento de 2 horas extras diárias e adicional de 90% embora não tenha vindo aos presentes autos

norma coletiva prevendo tal adicional. Condena-se, por fim, a reclamada ao pagamento dos reflexos das horas extras nas verbas

pleiteadas na inicial.

DOS INTERVALOS Por confiar nas alegações da reclamante, que impressionou esse juízo e inclusive chorou em audiência quando do

seu depoimento, acolhe-se a alegação de que o intervalo intrajornada foi irregularmente conferido, condenando-se a reclamada ao

pagamento de 1h durante toda a contratualidade com adicional legal e reflexos pleiteados. Rejeita-se aprova testemunhal da

reclamada no sentido de que os intervalos são conferidos regularmente na empresa.

DO SALÁRIO FAMÍLIA Embora não tenha havido prova por parte da reclamante no sentido de que esta possuía um filho de 10 anos

de idade, o que enseja a percepção do salário família nos termos do art. 64 da Lei nº 8.213/91, o fato é que a reclamada é que

devia procurar saber se ela tinha ou não, não havendo necessidade de prova por parte da reclamante de que tinha filho menor de

idade, para receber o salário família, pelo que condena-se a empresa ao pagamento de referido benefício.

DOS DESCONTOS INDEVIDOS A previsão do contrato de trabalho da reclamante não se justifica. Logo, mesmo tendo havido culpa

por parte da obreira, condena-se a reclamada ao ressarcimento de R$ 5.000,00 relativos ao desconto efetuado em seus ganhos

decorrentes de danos causados pela mesma, de forma culposa, em equipamentos da empresa.

DO ADICIONAL NOTURNO A reclamante provou que ao menos duas vezes por mês laborava a partir das 18h até às 21:50min,

pelo que, já sendo noite, merece adicional noturno.

DO SEGURO DESEMPREGO Tendo sido dispensada sem justa causa, merece a reclamante o seguro desemprego devido o qual

converte-se em indenização na forma da súmula 389 do TST, no total de 3 parcelas.

DA INTEGRAÇÃO DAS GORJETAS As gorjetas recebidas pela reclamante, por fazer parte da remuneração na forma do art. 457

da CLT, devem servir de base de cálculo também para o DSR e para o adicional noturno. Condena-se, pois, a reclamada ao

pagamento da referida integração.

DAS REFEIÇÕES Embora tenha havido prova de que a reclamada atendia a legislação do PAT, condena-se a mesma à integração

das refeições fornecidas nos ganhos da reclamante.

Page 9: direito trabalho

VALE TRANSPORTE Embora a reclamante morasse próximo à empresa, e efetivamente não necessitasse de transporte coletivo, o

fato é que estava grávida e melhor seria que se utilizasse do transporte coletivo tudo como motivo de proteção ao bebê, pelo que

condena-se ao pagamento do Vale Transporte de todo o período.

DOS REFLEXOS DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS Procedente o pedido de reflexos decorrentes da PLR. Por se

tratar a PLR de valores pagos pelo empregador, deve integrar o salário da reclamante para todos os fins, gerando reflexos em

todas as verbas contratuais e rescisórias.

DOS RECOLHIMENTOS FISCAIS E PREVIDENCIÁRIOS Apenas a reclamada arcará com o pagamento dos recolhimentos fiscais e

previdenciários decorrentes desta ação.

Não deverá haver qualquer desconto no crédito da reclamante já que a culpa pelo não recolhimento é apenas da reclamada.

DO DISPOSITIVO

Ante todo o exposto e de todo o mais que dos presentes autos consta, condena-se a reclamada a todas as verbas na forma da

fundamentação supra que passa a fazer parte do presente dispositivo. Recolhimentos fiscais e previdenciários na forma da

fundamentação, afastada a súmula 368 do TST; Juros e correção monetária na forma do art. 883da CLT; Custas pela reclamada no

importe de R$ 400,00 calculadas sobre o valor provisoriamente arbitrado à causa para fins de condenação, R$ 20.000,00. Nada

mais, intime se as partes e a União. Juiz do

Trabalho

Resolução da questão 61.

EXCELENT ÍSS IMO SENHO R DOUTOR JU IZ DA 1 ª VARA DO

TRABALHO DE TERES INA – P I .

Referente Processo nº:

Hotel Guanabara Ltda, já qualificado nos autos da reclamação

trabalhista que lhe move Maria Isabel do Rosário, por seu

Advogado que esta subscreve, vem à presença de Vossa

Excelência, tempestivamente, e com fulcro no artigo 895, I da

CLT, interpor

RECURSO ORDINÁRIO

requerendo a remessa das razões anexas ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da

22ª Região, pelo que comprova, em anexo, o recolhimento do depósito recursal, bem

como, das custas processuais para todos os devidos fins de direito.

Nesses termos, pede deferimento. Local e Data Nome e Assinatura do Advogado OAB nº

Page 10: direito trabalho

EXCELENT ÍSS IMO SENHO R DOUTOR DESEMBARGAD OR RELATOR

DA ___ TURMA DO TRIB UNAL REG IONAL DO TRA BALHO DA 22ª

REGIÃO.

RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO

Recorrente: Hotel Guanabara LTDA.

Recorrido: Maria Isabel do Rosário.

Processo nº:___________________.

Origem: 1ª Vara do Trabalho de Teresina-PI.

EGRÉGIO TRIBUNAL

DOUTOS JULGADORES

H i s t ó r i c o P r o c e s s u a l

A recorrida propôs reclamação trabalhista em face da

recorrente, pleiteando os títulos contidos em sua inicial, ação esta, julgada procedente.

No entanto, referida decisão não merece prosperar, pois

inteiramente divorciada dos preceitos legais e jurisprudenciais. Senão vejamos:

D a E s t a b i l i d a d e d a G e s t a n t e

A decisão recorrida deferiu o pedido decorrente da

estabilidade, outorgando à recorrida a indenização substitutiva, mencionada na súmula

396 do TST.

Contudo, a empregada se encontra em contrato de experiência,

e a súmula 244, III, TST, não admite que a empregada garanta esse direito no curso do

contrato mencionado.

Por esta razão, não há como admitir a manutenção do julgado.

D a s H o r a s E x t r a s

No que diz respeito ao item em apreço, também não há como

admitir a decisão proferida, já que o próprio julgado admite que a recorrente não

possuía mais de 10 empregados e, por isso, estaria dispensada de apresentar os

controles de jornada.

A súmula 338 do TST, que inclusive descreve o artigo 74, §2º da

CLT, exsurge com clareza que neste caso, o ônus da prova é do empregado, o que

denota a improcedência do pedido, ante a inexistência de prova em sentido contrário.

Page 11: direito trabalho

Ainda que assim não fosse, o que admitimos a título de

argumentação, não há razão para o deferimento do adicional em 90%, face a

inexistência de norma coletiva nos autos.

Sendo indevido o principal, os reflexos pretendidos caem por

terra.

D o s I n t e r v a l o s

Ainda no mesmo sentido, não há provas nos autos no sentido de

que a recorrida não usufruía do intervalo. Isso porque, além do artigo 818 da CLT

impor ao empregado o ônus de provar o fato constitutivo, a sentença de 1ºGrau

considera o choro promovido em audiência com maior valor probante do que a

testemunha da recorrente, que atesta de forma firme que os intervalos sempre foram

concedidos.

Por esta razão, merece improcedência não só o pedido principal

como seus reflexos.

D o S a l á r i o F a m í l i a

A procedência do pedido em tela se baseia em texto de Lei

revogado e, além disso, se equivoca ao mencionar que era dever da empresa procurar

saber se a reclamante tinha filho.

Conforme se depreende do alcance da súmula 254 do TST, é

dever da empregada comunicar ao empregador a existência de filhos, e como a

própria sentença observa, não há provas nos autos nesse sentido, razão pela qual

merece indeferimento o pedido.

D o s D e s c o n t o s I n d e v i d o s

Por nova razão a sentença se equivoca ao condenar a empresa

ao ressarcimento de R$ 5.000,00, por danos morais causados pela recorrida no curso

do contrato.

O § 1º do artigo 462 da CLT autoriza o desconto salarial na

hipótese do dano ocasionado pelo empregado de forma dolosa ou, como no presente

caso, de forma culposa, desde que haja previsão contratual.

Já que a própria sentença destaca que havia previsão no

contrato da autora, não se justifica a manutenção do julgado.

D o A d i c i o n a l N o t u r n o

O §2º do artigo 73 da CLT, dispõe de forma nítida que somente

será considerado horário noturno aquele laborada após as 22 horas e não tendo a

recorrida, em nenhuma oportunidade, trabalhado nesse horário, merece, novamente,

improcedência o pedido.

Page 12: direito trabalho

D o S e g u r o D e s e m p r e g o

A condenação pertinente ao seguro desemprego não pode ser

mantida, pois o artigo 2º, I, da Lei 8.900/94 dispõe que o empregado, para ter direito

ao benefício, deverá comprovar vínculo empregatício de no mínimo 6 meses, o que,

como já vimos, não é o caso.

D a s G o r j e t a s

A súmula 354 do TST é nitidamente contrária a decisão de

primeiro grau, uma vez que não admite a incidência do adicional noturno e DSR,

demonstrando de forma inequívoca a necessidade de reforma da decisão.

D a s R e f e i ç õ e s / P A T

A OJ nº 133 da SDI-1 do TST dispõe que as empresas que

participam do PAT ficam excluídas da possibilidade de integrar a alimentação na

remuneração do empregado, o que caracteriza mais uma vez a improcedência.

V a l e T r a n s p o r t e

O próprio julgado ora rebatido destaca que a empregada não

utilizava o transporte coletivo e ainda assim, condenou a recorrente ao pagamento do

vale.

Notório se configura o descabimento do pedido, pois é claro

que o benefício deve ser devido somente aqueles que utilizam o transporte público,

como destaca o artigo 3º do Decreto-Lei 95.247/87.

Merece, portanto, improcedência essa decisão.

D O P L R

A Constituição Federal em seu artigo 7º, XI, desvincula a

participação nos lucros e resultados da remuneração, assim como, o artigo 3º da Lei

10.101/01, o que denota, novamente, o indeferimento do pedido.

D o s r e c o l h i m e n t o s F i s c a i s e P r e v i d e n c i á r i o s

A sentença de 1º Grau destaca que compete ao recorrente

efetuar a integralidade dos recolhimentos fiscais e previdenciários, fato esse, que

contraria a súmula 368 do TST e a OJ 363 da SDI-1 do TST, pelo que improcede o

pedido.

C o n c l u s ã o

Pelo exposto, requer o conhecimento e consequente provimento

do presente Recurso, revertendo assim a sentença proferida em 1º Grau e condenando

a recorrida às custas processuais em reversão, tudo por ser medida da mais pura e

lídima

Page 13: direito trabalho

J U S T I Ç A

Local e Data

Nome e Assinatura do Advogado

OAB nº

Esse modelo de Recurso Ordinário DEVOLVE toda matéria ao TRT para este julgá-lo em

sua totalidade, pois não necessita de mais provas nem foi julgado sem mérito.

Page 14: direito trabalho

Questão:

João Aguirre propôs reclamação trabalhista em face de CASA DE REPOUSO NOVO

LAR LTDA, requerendo a incidência do FGTS no aviso prévio indenizado e multa do

artigo 477, §8º da CLT, uma vez que as verbas rescisórias foram pagas no 1º dia útil

subsequente ao término dos 30 dias de aviso prévio. Em sentença, o Juiz não analisa o

mérito da causa por ter acolhido a preliminar de carência de ação suscitada pela

reclamada, sob o argumento de que o sindicato do reclamante possui Comissão de

Conciliação Prévia se sendo assim, o Juiz da 1º Vara do Trabalho de Goiânia/GO,

deveria cumprir o disposto no artigo 625-D da CLT. Como Advogado do prejudicado,

atue:

Comentários: A CCP é dispensável, em razão das ADI’s do artigo 625-D; o FGTS integra

artigo 478, §6º da CLT.

E x c e l e n t í s s i m o S e n h o r D o u t o r J u i z d a 1 ª V a r a d o

T r a b a l h o d e A p a r e c i d a d e G o i â n i a - G O .

Referente Processo nº:

João Aguirre, já qualificado nos autos da reclamação

trabalhista que move em face de CASA DE REPOUSO NOVO

LAR LTDA, por seu Advogado que esta subscreve, vem à

presença de Vossa Excelência, interpor, tempestivamente, e com

fulcro no artigo 895, I da CLT

R E C U R S O O R D N I Á R I O

Requerendo a remessa das razões anexas ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da

18ª Região, pelo que comprova, em anexo, o recolhimento das custas processuais para

os devidos fins de direito.

Nesses termos,

pede deferimento.

Local e data

Nome e assinatura do Advogado

OAB nº

Page 15: direito trabalho

E x c e l e n t í s s i m o S e n h o r D o u t o r D e s e m b a r g a d o r

R e l a t o r d o E g r é g i o T r i b u n a l R e g i o n a l d o T r a b a l h o

d a 1 8 ª R e g i ã o .

R A Z Õ E S D O R E C U R S O O R D I N Á R I O

Recorrente: João Aguirre.

Recorrido: Casa de Repouso Novo Lar LTDA.

Origem: 1ª Vara do Trabalho de Goiânia-GO.

Processo nº____________________________.

EGRÉGIO TRIBUNAL

DOUTOS JULGADORES

H i s t ó r i c o P r o c e s s u a l

O recorrente propôs reclamação trabalhista em face do

recorrido, pleiteando os títulos contidos na inicial, ação esta julgada improcedente.

No entanto, referida decisão não merece prosperar, pois

inteiramente divorciada dos preceitos legais e jurisprudenciais, senão vejamos:

D a C o m i s s ã o d e C o n c i l i a ç ã o P r é v i a – C C P

O julgado de 1º Grau acolheu a preliminar arguida pelo

recorrido no sentido de que o recorrente deveria ter passado pela CCP existente no

âmbito de seu sindicato, como exige o artigo 625-D da CLT.

Todavia, o STF, por meio das ADIS 2.139-7 e 2.160-5, declarou

a inconstitucionalidade do mencionado dispositivo, facultando às partes a passagem

pela CCP, motivo pelo qual acessou diretamente a via judiciária, portanto, merece a

decisão ser reformada.

D o e f e i t o D e v o l u t i v o e m P r o f u n d i d a d e

A única possibilidade da aplicação do efeito em tela no

processo laboral, prevista na súmula 393 do TST, corresponde à hipótese descrita no

artigo 515, §3º do CPC, claramente aplicável ao presente caso.

Isso porque a decisão de 1º Grau foi proferida sem exame de

mérito e os pedidos centrais abaixo correspondem a questões exclusivamente de direito

e sem a necessidade de se fazer mais provas.

Page 16: direito trabalho

Por esta razão, requer o imediato julgamento dos seguintes

pedidos:

D a I n c i d ê n c i a d o F G T S n o A v i s o P r é v i o I n d e n i z a d o

A súmula 305 do TST determina que o aviso prévio trabalhado

ou não, sofrerá incidência do FGTS, o que não poderia ser diferente, já que o aviso

prévio conta como tempo de serviço, como bem destaca o artigo 489 da CLT, referida

incidência é uma consequência natural.

Sendo assim, requer o deferimento do pedido.

D a M u l t a d o A r t i g o 4 7 7 , § 8 º d a C L T .

Mais uma vez por se tratar de matéria de direito, requer o

julgamento do pedido em tela, pois as provas constantes dos autos já autorizam a

decisão.

Isso porque as verbas rescisórias pagas ao obreiro foram

quitadas no 1º dia útil subsequente ao do término do aviso prévio, prazo este que até

estaria correto, se o aviso fosse trabalhado, o que já vimos, não é o caso.

Em razão do §6º do artigo 477 da CLT impor um prazo de 10

dias para pagamento das verbas rescisórias, faz jus o recorrente à multa de um salário,

prevista no dispositivo legal que fundamenta o presente item.

C o n c l u s ã o

Pelo exposto requer o conhecimento e consequente provimento

do presente apelo, primeiramente para reverter a decisão no tocante a preliminar

acolhida e, no mérito, aplicando-se o efeito devolutivo em profundidade, julgar

procedente os pedidos remanescentes, condenando o recorrido ao pagamento das

custas processuais em reversão, tudo por ser a medida da mais pura e lídima

J U S T I Ç A

Nesses termos,

pede deferimento

Local e data

Nome e Assinatura do Advogado

OAB nº

Neste modelo, aplica-se o efeito DEVOLUTIVO em PROFUNDIDADE, pois o juízo a quo, conheceu de uma

preliminar sem exame de mérito.

Como não precisa de provas, cabe o efeito e o TRT julga de pronto.

Page 17: direito trabalho

Aula do dia 04-10-12

Questão:

Renato Andrade propôs reclamação trabalhista contra a empresa PONTO FINAL LTDA,

requerendo a integração de salários recebidos por fora e horas extras, bem como,

férias vencidas, pois alega que no período de 2010/11 as usufruiu em dois períodos.

Em contestação a empresa nega os salários e as horas extras, mas assume que as férias

foram concedidas em dois períodos, porém destaca que assim eram feitas por motivos

excepcionais em período de 10 dias e outro de 20 dias, como é permitido pela CLT.

Em audiência, as únicas duas testemunhas do reclamante foram indeferidas, sob

protestos, já que segundo o juízo da 1ª Vara do Trabalho de São bento do Sul-SC,

estavam litigando contra o mesmo reclamado o que caracterizou, pela falta de provas,

a improcedência da ação.

Como advogado do prejudicado, atue:

Comentários: Tem matéria controversa, portanto têm que fazer prova, autos devem ser

remetidos novamente à VT.

Com relação as testemunhas, não há problema em estarem litigando contra o

mesmo reclamante.

*** Dica de Processo: prestar atenção na troca de favores (uma testemunha fala

no processo de outra, aí é aceita a contradita).

Contradita é feita logo após a qualificação da testemunha!

Resolução:

E x c e l e n t í s s i m o S e n h o r D o u t o r J u i z d a 1 ª V a r a d o

T r a b a l h o d e S ã o B e n t o d o S u l - S C .

Referente Processo nº

Renato Andrade, já qualificado nos autos da reclamação

trabalhista que move em face de PONTO FINAL LTDA, por seu

advogado que esta subscreve, vem à presença de Vossa

Excelência, interpor, tempestivamente, e com fulcro no artigo

895, I da CLT

Page 18: direito trabalho

R E C U R S O O R D I N Á R I O

requerendo a remessa das razões anexas ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da

12ª Região, pelo que comprova, em anexo, o recolhimento das custas processuais para

os devidos fins de direito.

Nesses termos, pede deferimento. Local e data Nome e assinatura do Advogado OAB nº

______________________________________________________________________

E x c e l e n t í s s i m o S e n h o r D o u t o r D e s e m b a r g a d o r R e l a t o r

d o E g r é g i o T r i b u n a l R e g i o n a l d o T r a b a l h o d a 1 2 ª

R e g i ã o .

RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO

Recorrente: Renato Andrade

Recorrido: Ponto Final LDTA

Processo nº_____________.

Origem: 1ª Vara do Trabalho de São Bento do Sul – SC.

EGRÉGIO TRIBUNAL

DOUTOS JULGADORES

H i s t ó r i c o P r o c e s s u a l

O recorrente propôs reclamação trabalhista em face do

recorrido, pleiteando os títulos contidos em sua inicial, ação esta julgada improcedente.

No entanto, referida decisão não merece prosperar, pois

inteiramente divorciada dos preceitos legais e jurisprudenciais. Senão vejamos:

Do Cerceamento de Defesa

No curso da instrução processual, o juiz indeferiu, sob protestos,

a oitiva das únicas duas testemunhas do recorrente.

Page 19: direito trabalho

Os protestos mencionados, além de terem o intuito de afastar a

preclusão consumativa do ato, servem também para demonstrar o inconformismo do

recorrente, já que o indeferimento se deu em razão das testemunhas estarem movendo

reclamação trabalhista contra o mesmo reclamado.

A súmula 357 do TST é clara ao afirmar que a testemunha não

pode ser considerada suspeita pelo fato de ter movido ou como é o caso, estar

movendo reclamação trabalhista contra o mesmo reclamado, razão pela qual o

equívoco indeferimento deve ser revisto.

A prova testemunhal no caso em tela é de suma importância,

pois os objetos centrais da ação, por se tratarem de matéria de fato, dependem dessa

prova para uma correta conclusão.

Ante o exposto, impõe-se o retorno dos autos à Vara do

Trabalho para nova instrução processual e consequente julgamento.

C o n c l u s ã o

Posto isso, requer o conhecimento e consequente provimento do

presente apelo, o que caracterizará, por conseguinte, a nulidade do julgado e retorno

dos autos à Vara de origem, para novo julgamento, condenando o recorrido ao

pagamento das custas processuais em reversão, tudo por ser medida da mais pura e

lídima

JUSTIÇA

Local e data

Nome e Assinatura do Advogado

OAB nº

Page 20: direito trabalho

Recurso de Revista – Artigo 896, CLT.

Nas palavras de Valentin Carrion “O recurso de revista não se destina a corrigir

injustiças o apreciar a prova, mas basicamente: a) uniformizar a jurisprudência; b)

restabelecer a norma nacional violada; é o antigo recurso trabalhista da CLT, chamada

de extraordinário, para distingui-lo do ordinário, e que acertadamente perdeu essa

denominação, evitando rótulos equívocos”. (Comentário à CLT, pág. 913, 37ªed).

Teto Recursal: Nunca posso pagar acima do teto de interposição para recurso.

Se paga a menos do teto o Recurso é considerado deserto.

“O Professor André contou o caso da cliente que pediu a guia para recolhimento do valor,

ela perguntou quanto mais menos estaria este, ele respondeu que na faixa de R$4.600,00,

ela pegou e bateu uma guia por conta própria, neste exato valor, mas o André ia calcular

o valor correto, que dava R$4.608,00. Como ela recolheu a menor do que o valor do teto,

o recurso foi considerado deserto”.

Súmula 297 TST: exige que a matéria que falaria em RO esteja prequestionada em

Embargos declaratórios. O ED serve, também, para prequestionamento.

Súmula297, TST. Prequestionamento. Oportunidade. Configuração 1. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. 2. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão. 3. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração. •• Redação determinada pela Resolução n. 121, de 28-10-2003. • Vide OJ 119 da SDI-1.

Artigo 896-A: Exige a TRANSCENDÊNCIA (importância) do recurso. É o entendimento

subjetivo do Ministro sobre a relevância da matéria postulada no recurso. Para a OAB,

basta fazer esse tópico e falar exatamente isso, que a matéria é relevante.

Art. 896-A, CLT. O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. •• Artigo acrescentado pela Medida Provisória n. 2.226, de 4-9-2001.

*** O RR tem que ter um tópico “Da Transcendência”.

SEMPRE antes de interpor o RR vou precisar ter INTERPOSTO os Embargos

Declaratórios, para fins de prequestionamento.

TÓPICO PRINCIPAL: “DA DIVERGÊNCIA”, sempre! Alíneas “a”, “b” e “c” do artigo 896,

CLT.

Page 21: direito trabalho

Art. 896, CLT. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: •• Caput com redação determinada pela Lei n. 9.756, de 17-12-1998. a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte; •• Alínea a com redação determinada pela Lei n. 9.756, de 17-12-1998. • Vide Súmulas 296 e 337 do TST. • Vide Súmula 413 do TST. b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; •• Alínea b com redação determinada pela Lei n. 9.756, de 17-12-1998. • Vide Súmulas 312 e 337 do TST. • Vide OJ 219 da SDI-1. c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. •• Alínea c com redação determinada pela Lei n. 9.756, de 17-12-1998. • Vide Súmulas 218, 221, 266, 285 e 297 do TST.

Modelo de Estrutura de Recurso de Revista

E x c e l e n t í s s i m o S e n h o r D o u t o r J u i z P r e s i d e n t e d o

E g r é g i o T r i b u n a l R e g i o n a l d o T r a b a l h o d a _ _ _ _ _

R e g i ã o .

Referente Processo nº________.

“A”, já qualificado nos autos da reclamação trabalhista que

move em face de “B”, por seu Advogado que esta subscreve,

vêm à presença de Vossa Excelência interpor, tempestivamente

e com fulcro no artigo 896 da CLT

R E C U R S O D E R E V I S T A

Requerendo a remessa das razões anexas ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho,

pelo que junta o comprovante de pagamento das custas processuais para os devidos

fins de direito.

Nesses termos, pede deferimento. Local e Data Nome e Assinatura do Advogado OAB nº

R A Z Õ E S D O R E C U R S O D E R E V I S T A

Recorrente:

Page 22: direito trabalho

Recorrido: Origem: Turma do TRT __ Região. Processo nº: C O L E N D O T R I B U N A L D O U T O S M I N I S T R O S

H i s t ó r i c o P r o c e s s u a l

D o P r e q u e s t i o n a m e n t o

D a T r a n s c e n d ê n c i a

D o s P r e s s u p o s t o s d e A d m i s s i b i l i d a d e

D a D i v e r g ê n c i a

C o n c l u s ã o

Pelo exposto, requer o conhecimento e consequente provimento

do presente apelo, revertendo assim o julgado anterior e condenando o recorrido às

custas processuais em reversão, tudo por ser medida da mais pura e lídima

J U S T I Ç A

Local e Data.

Nome e Assinatura do Advogado

OAB nº