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Caro aluno, o autor deste trabalho empregou muitas horas de dedicação para produzi-lo com conteúdo de qualidade e, assim, contribuir para sua aprovação. Não copie e nem distribua este material sem prévia autorização. Respeite e incentive o trabalho do professor. Obrigado! Direito Financeiro – ACE – TCM-CE/2010 1 Prof.ª Renata Castro Ventura - http://twitter.com/rvcventura/ http://groups.google.com.br/group/financaspublicasparaconcursos/ Direito Financeiro Analista de Controle Externo – TCM-CE 2010 Professora: Renata Castro Ventura

Direito financeiro

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Direito Financeiro

Analista de Controle Externo – TCM-CE 2010

Professora: Renata Castro Ventura

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Pessoa!

É com enorme prazer que apresento a você minha singela

contribuição à sua aprovação. Acredito firmemente que o conteúdo desta

apostila lhe trará informação consistente e necessária para marcar muitos

pontos na prova de Direito Financeiro e ajudá-lo a se tornar um novo

membro da elite brasileira de controle e gestão.

Antes de você iniciar seus estudos, gostaria de fazer um apelo. Eu

sei bem que se preparar adequadamente para um concurso da relevância

do MPOG envolve muitos custos com livros, cursos, vídeo-aulas e

apostilas. Sei também que é muito comum o “compartilhamento” de

material on-line e que é difícil evitá-lo. Nem os grandes portais de cursos

online conseguem, não sou quem vai ter esta pretensão. Mas, na medida

do possível, peço a gentileza de não copiar ou divulgar este material sem

a minha prévia autorização.

Quero continuar a oferecer a você material de alta qualidade, mas

tudo isso demanda tempo, dedicação e dinheiro (dê uma olha na

bibliografia e você verá do que estou falando) e vou ficar muito feliz e

incentivada a continuar ao ver meu trabalho admirado e respeitado ;-P

Desculpe pela choradeira, pessoa!

E agora, bom proveito porque eu quero ver seu nome publicado no

Diário Oficial. E não esqueça, caso tenha alguma dúvida, me procure

online.

Renata

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Índice: Finanças Públicas na Constituição de 1988. ..........................................4

Exercícios: .................................................................................. 13 Orçamento. Conceito e espécies. Natureza jurídica. Princípios orçamentários. Normas gerais de direito financeiro (Lei nº 4.320, de 17/3/1964). Fiscalização e controle interno e externo dos orçamentos... 23

Tipos de Orçamentos .................................................................... 26 Princípios Orçamentários ............................................................... 30 Normas gerais de direito financeiro (Lei nº 4.320, de 17/3/1964). ..... 33 Fiscalização e controle interno e externo dos orçamentos .................. 35

Controle Externo ....................................................................... 36 Sistema de controle interno do Governo Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) ................................................................ 39

Exercícios: .................................................................................. 42 Despesa pública: conceito e classificação; princípio da legalidade; técnica de realização da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento. ... 60

Despesa sob o enfoque patrimonial ................................................ 60 Despesa orçamentária .................................................................. 61 Reconhecimento da Despesa (Sob o Enfoque Patrimonial) ................. 62 Relacionamento do Regime Orçamentário com o Regime de Competência ............................................................................... 67 Princípio Orçamentário da Legalidade.............................................. 72 Execução da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento. ..... 73 Exercícios: .................................................................................. 76

Lei de Responsabilidade Fiscal: receita e despesa públicas. Controle do déficit público e limitação de empenho e movimentação financeira. Renúncia de receita. Despesas continuadas: conceito, condições, limites e recondução aos limites; despesas obrigatórias e não obrigatórias; despesa com pessoal e despesa com seguridade social. Operações de crédito: conceito, condições, limites e recondução aos limites. Restos a pagar: conceito, condições. ........................................................................ 81

Restos a Pagar Lei 4.320/64 ........................................................ 103 Exercícios: ................................................................................ 105

Controle e transparência: controle pelos Tribunais de Contas e pelo Poder Legislativo; penalidades administrativas e civis. Lei complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). ...................................... 122

Sanções previstas na LRF............................................................ 126 Transparência da Gestão Fiscal .................................................... 128 Exercícios: ................................................................................ 130

Bibliografia................................................................................... 131

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Finanças Públicas na Constituição de 1988.

A Constituição Federal dedica todo um capítulo às Finanças

Públicas. Embora a legislação infraconstitucional complemente e

regulamente boa parte de seus artigos a leitura direta do seu texto é

necessária devido à aplicabilidade imediata de seus normativos e da

literalidade com que é cobrada em questões de concursos.

CAPÍTULO II

DAS FINANÇAS PÚBLICAS

Seção I

NORMAS GERAIS

Art. 163. Lei complementar disporá sobre:

I - finanças públicas;

II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias,

fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;

III - concessão de garantias pelas entidades públicas;

IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;

V - fiscalização das instituições financeiras;

V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;

VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito

da União, resguardadas as características e condições operacionais plenas

das voltadas ao desenvolvimento regional.

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Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida

exclusivamente pelo banco central.

§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente,

empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade

que não seja instituição financeira.

§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do

Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a

taxa de juros.

§ 3º - As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no

banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos

órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas,

em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em

lei.

Seção II

DOS ORÇAMENTOS

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma

regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração

pública federal para as despesas de capital e outras delas

decorrentes e para as relativas aos programas de duração

continuada.

§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e

prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de

capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a

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elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na

legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das

agências financeiras oficiais de fomento.

§ 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o

encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução

orçamentária.

§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais

previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o

plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.

§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,

órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações

instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II - o orçamento de investimento das empresas em que a União,

direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a

voto;

III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades

e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como

os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de

demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e

despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e

benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo,

compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a

de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério

populacional.

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§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à

previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na

proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e

contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de

receita, nos termos da lei.

§ 9º - Cabe à lei complementar:

I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a

elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes

orçamentárias e da lei orçamentária anual;

II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da

administração direta e indireta bem como condições para a

instituição e funcionamento de fundos.

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes

orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão

apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do

regimento comum.

§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e

Deputados:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo

e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da

República;

II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas

nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer

o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da

atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas,

criadas de acordo com o art. 58.

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§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que

sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo

Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos

projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de

diretrizes orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os

provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios

e Distrito Federal; ou

III - sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não

poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao

Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se

refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão

mista, da parte cuja alteração é proposta.

§ 6º - Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes

orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente

da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar

a que se refere o art. 165, § 9º.

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§ 7º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não

contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo

legislativo.

§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do

projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas

correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante

créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica

autorização legislativa.

Art. 167. São vedados:

I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei

orçamentária anual;

II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas

que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;

III - a realização de operações de créditos que excedam o montante

das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante

créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,

aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou

despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos

impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos

para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e

desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da

administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts.

198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de

crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como

o disposto no § 4º deste artigo;

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V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia

autorização legislativa e sem indicação dos recursos

correspondentes;

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de

recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão

para outro, sem prévia autorização legislativa;

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de

recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir

necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos,

inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;

IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia

autorização legislativa.

X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de

empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos

Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de

despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios.

XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições

sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de

despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de

previdência social de que trata o art. 201.

§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício

financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano

plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime

de responsabilidade.

§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no

exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de

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autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele

exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão

incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.

§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para

atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de

guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o

disposto no art. 62.

§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos

impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que

tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de

garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos

para com esta.

Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,

compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos

órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e

da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada

mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o

art. 165, § 9º.

Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os

limites estabelecidos em lei complementar.

§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de

remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou

alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou

contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades

da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e

mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:

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I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às

projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

II - se houver autorização específica na lei de diretrizes

orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades

de economia mista.

§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste

artigo para a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão

imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou

estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não

observarem os referidos limites.

§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste

artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a

União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes

providências:

I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com

cargos em comissão e funções de confiança;

II - exoneração dos servidores não estáveis.

§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem

suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei

complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder

o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes

especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa

objeto da redução de pessoal.

§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará

jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de

serviço.

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§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será

considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com

atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.

§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na

efetivação do disposto no § 4º.

Exercícios:

1 - (ESAF - Analista Administrativo/ANA - 2009) - No contexto do

processo orçamentário, tal como prevê a Constituição Federal, é correto

afirmar:

a) A Lei orçamentária é de iniciativa conjunta dos Poderes Legislativo e

Executivo.

b) A execução o orçamento é feita mediante acompanhamento dos

controles interno e externo.

c) Ao Presidente da República é proibido vetar as alterações no projeto de

lei do Plano Plurianual que tenham sido aprovadas pelo Congresso

Nacional em dois turnos de votação.

d) O Plano Plurianual possui caráter meramente normativo, não sendo

utilizado como instrumento de planejamento governamental.

e) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende os orçamentos

fiscal, da seguridade social e de investimentos das empresas estatais.

2 - FCC - 2007 - TRT-23R - Analista Judiciário - Área Administrativa

Dentre outras, é peculiaridade constitucional do processo legislativo

orçamentário

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a) a aprovação do projeto orçamentário pelo Senado Federal e a

obrigatoriedade de sua sanção pelo Poder Executivo.

b) o não cabimento da apresentação de qualquer emenda na Comissão

Mista.

c) a atuação da Comissão Mista caracterizada pela sua temporariedade e

representação por integrantes de partidos políticos.

d) a competência privativa da Câmara dos Deputados para emitir parecer

sobre o projeto orçamentário.

e) a aplicação subsidiária das normas referentes ao processo legislativo

comum.

3 - (ESAF – APO/SP - 2009) - O modelo de elaboração orçamentária, nas

três esferas de governo, foi sensivelmente afetado pelas disposições

introduzidas pela Constituição Federal de 1988. Anualmente, o Poder

Executivo encaminha ao Poder Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes

Orçamentárias (LDO), que contém:

a) a receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta.

b) as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas

de capital para o exercício financeiro subsequente.

c) a receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em

que se elaborou a proposta.

d) o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e os

investimentos das empresas.

e) a despesa realizada no exercício imediatamente anterior.

4 - (ESAF – APO/SP - 2009) - Assinale a opção que apresenta uma das

principais características da lei de diretrizes orçamentárias, segundo a

Constituição Federal de 1988.

a) Especifica as alterações da legislação tributária e do PPA.

b) Define a política de atuação dos bancos estatais federais.

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c) Define as metas e prioridades da administração pública federal.

d) Determina os valores máximos a serem transferidos, voluntariamente,

aos Estados, Distrito Federal e Municípios.

e) Orienta a formulação das ações que integrarão o orçamento do

exercício seguinte.

5 - (ESAF – APO/SP - 2009) - Segundo disposição da Constituição Federal

de 1988, as diretrizes e metas da administração pública, para as despesas

de capital, são definidas no seguinte instrumento:

a) em lei ordinária de ordenamento da administração pública.

b) na lei que institui o plano plurianual.

c) na lei orçamentária anual.

d) na lei de diretrizes orçamentárias.

e) no decreto de programação financeira do poder executivo.

6 - (ESAF – APO/SP - 2009) - O orçamento público pode ser entendido

como um conjunto de informações que evidenciam as ações

governamentais, bem como um elo capaz de ligar os sistemas de

planejamento e finanças. A elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA),

segundo a Constituição Federal de 1988, deverá espelhar:

a) exclusivamente os investimentos.

b) as metas fiscais somente para as despesas.

c) as estimativas de receita e a fixação de despesas.

d) a autorização para a abertura de créditos adicionais extraordinários.

e) a autorização para criação de novas taxas.

7 - (ESAF – AFC/CGU - 2008) Assinale a única opção correta relativa às

Finanças e ao Orçamento Público.

a) O plano plurianual estabelecerá as metas e prioridades da

administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o

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exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei

orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e

estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de

fomento.

b) Ao Banco Central é proibido conceder, direta ou indiretamente,

empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não

seja instituição financeira, mas possui a faculdade de comprar e vender

títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta

de moeda ou a taxa de juros.

c) A lei orçamentária anual compreende o orçamento fiscal referente aos

Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, seus fundos, órgãos e

entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações

instituídas e mantidas pelo poder público, excetuado o orçamento de

investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,

detenha a maioria do capital social com direito a voto.

d) O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e

órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os

fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público,

compatibilizado com o plano plurianual, também terá entre suas funções a

de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

e) A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da

receita e à fixação da despesa, nem autorização para abertura de

créditos suplementares e contratação de operações de crédito por

antecipação de receita.

8 - (ESAF – AFC/CGU - 2008) - De acordo com a Constituição

Federal, foi reservada à Lei de Diretrizes Orçamentárias a função de:

a) definir, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos, as metas e

prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de

capital para o exercício financeiro subseqüente.

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b) estabelecer critérios e forma de limitação de empenho, nos casos

previstos na legislação.

c) disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e

privadas.

d) dispor sobre alterações na legislação tributária.

e) dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas.

9 - (FCC – Auditor/TCE/AL – 2008) - De acordo com a Constituição

Federal, o projeto de lei orçamentária anual deve compreender:

(A) apenas o orçamento fiscal, em respeito ao princípio da exclusividade.

(B) somente o orçamento fiscal e o orçamento da seguridade social, uma

vez que as empresas estatais, por serem pessoas jurídicas de direito

privado têm orçamento próprio.

(C) todas as despesas correntes e de capital do Poder Público que está

elaborando o orçamento.

(D) apenas as receitas de capital que ultrapassarem o montante das

despesas de capital.

(E) somente o orçamento fiscal e o orçamento de investimento das

fundações geridas pelo Poder Público.

10 - (FCC - Analista Judiciário/TRT/18° Região - 2008) - A Constituição

Federal, no capítulo das Finanças Públicas e na seção dos orçamentos,

prevê que leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I. o plano plurianual;

II. as diretrizes orçamentárias;

III. os orçamentos anuais.

É correto o que consta em

(A) II e III, apenas.

(B) I e III, apenas.

(C) I, II e III.

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(D) I e II, apenas.

(E) III, apenas.

11- (CESPE – Procurador/PGE/AL – 2008) - Os projetos relativos à LDO e

ao PPA, no âmbito federal, serão apreciados:

A) somente pela Câmara dos Deputados.

B) por uma das casas do Congresso Nacional.

C) por ambas as casas do Congresso Nacional.

D) somente pelo Senado Federal.

E) pelo plenário das casas do Congresso, não passando pela Comissão

Mista Permanente do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.

12 - (FGV - Auditor/TCM/RJ - 2008) Assinale a afirmativa incorreta.

(A) As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que

o modifiquem podem, entre outras hipóteses, ser aprovadas caso sejam

relacionadas com a correção de erros ou omissões ou com os dispositivos

do texto do projeto de lei.

(B) Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do

projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes

não poderão ser utilizados mediante créditos especiais, mas somente

como créditos suplementares, com prévia e específica autorização

legislativa.

(C) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes

orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão

apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do

regimento comum.

(D) Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados

examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre

as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República.

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(E) O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso

Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo

enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja

alteração é proposta.

13 - (CESPE – Analista Judiciário/TRE/GO – 2008) - Durante a tramitação

da proposta orçamentária na Comissão Mista de Planos, Orçamentos

Públicos e Fiscalização, as emendas apresentadas somente podem ser

aprovadas caso indiquem os recursos necessários à realização do gasto,

sendo admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa que não

incida sobre:

A) dotações para pessoal e seus encargos.

B) serviço da dívida.

C) recursos vinculados por lei a destinação específica.

D) transferências tributárias constitucionais para outros entes da

Federação.

14 - (FCC – ACE/TCE/AM – 2008) - Emendas legislativas ao orçamento

podem financiar-se mediante anulação de dotações vinculadas a:

(A) serviços de terceiros.

(B) repasses ao INSS, FGTS e regime próprio de previdência.

(C) juros, encargos e principal da dívida.

(D) despesas de pessoal.

(E) transferências tributárias constitucionais.

15 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área

Administrativa) - O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a

Lei Orçamentária Anual são leis de iniciativa:

a) do Poder Legislativo.

b) do Poder Judiciário.

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c) do Poder Executivo.

d) do Poder Executivo em conjunto com o Legislativo.

e) dos três Poderes em conjunto.

16 – (FCC - 2007 - TRE-PB - Analista Judiciário - Área Administrativa) -

Nos termos da Constituição Federal, compõe a lei de diretrizes

orçamentárias:

a) metas e prioridades para os 4 (quatro) anos do mandato e orientações

para elaboração do orçamento anual.

b) orçamento fiscal; orçamento de investimento das estatais; orçamento

da seguridade social.

c) metas e prioridades para o exercício subseqüente; alterações na

legislação tributária; política de aplicação das agências oficiais de

fomento.

d) programas de duração continuada; diretrizes e objetivos para as

despesas de capital; critérios para limitação de empenho.

e) todos os investimentos cuja execução ultrapasse um exercício

financeiro.

17 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário –

Contabilidade) - Em relação ao processo de elaboração, discussão,

votação e aprovação da proposta de Lei Orçamentária Anual, considere:

I. O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo

regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de

isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza

financeira, tributária e creditícia.

II. Uma das condições para a aprovação das emendas propostas pelo

Poder Legislativo ao projeto de lei orçamentária é que elas sejam

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compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes

Orçamentárias.

III. A iniciativa de apresentação da proposta de lei orçamentária é

privativa do chefe de cada um dos três poderes, a qual será consolidada

durante o processo de discussão no Poder Legislativo.

IV. Os recursos que, em decorrência de veto ou emenda, ficarem sem

despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, para a

abertura de créditos extraordinários com prévia autorização legislativa.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I e III.

c) I, II e IV.

d) II, III e IV.

e) III e IV.

18 - (FCC - 2009 - TRE-PI - Técnico Judiciário – Contabilidade) - Os

créditos adicionais que tem como finalidade atender a despesas urgentes

e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade

pública são denominados

a) fundos especiais.

b) créditos especiais.

c) créditos suplementares.

d) créditos extraordinários.

e) adiantamento de despesa.

19 – (FCC - 2007 - TRE-PB - Técnico Judiciário - Contabilidade) - É correto

afirmar que

a) os créditos suplementares e especiais são autorizados por decreto

executivo.

b) os créditos extraordinários não dependem de prévia autorização do

Legislativo.

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c) os créditos suplementares destinam-se a gastos não previstos no

orçamento.

d) superávit financeiro é a diferença positiva entre ativo e passivo

permanente.

e) as operações de créditos por antecipação da receita (ARO) podem

também amparar créditos adicionais.

20 - (FCC – ACE/TI - TCE/AM – 2008) Sobre as finanças públicas

disciplinadas na Constituição Federal, considere:

I. A Lei Orçamentária Anual (LOA) é um instrumento intermediário entre o

Plano Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

II. As diretrizes, objetivos e metas da administração pública para

investimentos que ultrapassem um ano devem ser estabelecidos no PPA.

III. As metas e as prioridades da administração pública para um período

de um ano devem ser estabelecidas na LOA.

IV. A política econômico-financeira e o plano de trabalho do governo para

um período de um ano devem ser estabelecidos na LDO.

Está correto o que consta APENAS em

(A) I.

(B) I e II.

(C) II.

(D) II, III e IV.

(E) III e IV.

Gabarito:

1 – B 2 - E 3 – B 4 – C 5 – B 6 – C 7 – B

8 – D 9 – C 10 – C 11 – C 12 – B 13 – C 14 – A

15 – C 16 – C 17 – A 18 – D 19 – B 20 – C

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Orçamento. Conceito e espécies. Natureza jurídica. Princípios

orçamentários. Normas gerais de direito financeiro (Lei nº 4.320,

de 17/3/1964). Fiscalização e controle interno e externo dos

orçamentos.

A história do orçamento público moderno remonta à Inglaterra do

século XIII, quando o Rei João Sem Terra proclama sua famosa Carta

Magna estabelecendo as primeiras diretrizes para a instituição e cobrança

de tributos, entre elas, solicitar periodicamente ao parlamento autorização

para fazê-lo. Já no século XVII, a Magna Carta de Carlos I é considerada

pela doutrina com o primeiro rascunho do que hoje se conhece por

Orçamento Público embora, inicialmente, só tratasse da aquisição das

receitas sem mencionar como elas deveriam ser aplicadas. Poucos anos

depois, Carlos II publicou em 1689, a Bill of Rights, separando as finanças

do reino (Estado) das finanças da coroa, que passaram a ser organizadas

no que ficou conhecido com “lista civil” e aprovadas pelo Parlamento.

Outras inovações ao logo dos séculos XVIII e XIX, como o sistema

de fundo consolidado, permitiram um maior controle financeiro e, em

1822, foi apresentado o primeiro documento que confrontava as receitas e

despesas de cada exercício e, de acordo com Giacomoni (2007), foi

considerado como o nascimento do Orçamento Público tal qual o

conhecemos. Também já é desta época o modelo do poder legislativo

aprovar e controlar a execução do orçamento elaborado e apresentado

pelo poder executivo.

Aos poucos, o orçamento foi sendo aperfeiçoado até se tornar

instrumento básico de planejamento econômico e financeiro do Estado.

Segundo Giacomoni, o orçamento inglês, além de contribuir para sua

disseminação para outros países, serviu também para estabelecer sua

natureza técnica e jurídica.

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A França também deu sua parcela de contribuição com a adoção de

premissas básicas, hoje tidas como princípios orçamentários, tais como a

anualidade do orçamento (alguns doutrinadores afirmam que este

princípio é inglês e, portanto, anterior à adoção pelos franceses), sua

aprovação antes do início do exercício, e também que o orçamento deviria

conter a previsão de todas as receitas e despesas e de que estas não

seriam vinculadas entre si. E nos Estados Unidos os primeiros modelos

orçamentários começaram a se desenvolver.

No Brasil, até a chegada da Corte Portuguesa sem 1808, não havia

controle formal dos recursos. Foi a abertura dos portos que forçou a

criação do Tesouro e o estabelecimento de um regime contábil. Na

Constituição Imperial de 1824, já havia referências à elaboração de

orçamentos formais. Com a Proclamação da República, a elaboração do

orçamento passou a ser competência privativa do Congresso Nacional,

sendo ainda sua responsabilidade fiscalizar sua execução por parte do

Poder Executivo. Para auxiliá-lo nesta tarefa, a Constituição de 1891

também criou o Tribunal de Contas.

Muitos modelos foram testados, rejeitados e aprovados desde então

até chegarmos ao formato utilizado nos dias de hoje. No Brasil, já na

década de 1960, alguns Estados influenciados pelas ideias desenvolvidas

pela Organização das Nações Unidas – ONU, reformaram seus modelos

para implementarem a metodologia do orçamento-programa.

Em 1964, a nossa ainda atual lei sobre Direito Financeiro, a Lei

4.320, foi promulgada estabelecendo critérios para a classificação das

receitas e das despesas para as três esferas de governo, sendo as mais

importantes as classificações econômica, funcional e por programas,

projetos e atividades. É inovação desta lei a exigência do planejamento

de três exercícios, inaugurando o conceito de planos plurianuais e que,

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posteriormente, foi estendia a Estados e municípios com a Constituição de

1967.

O Decreto-lei n.o 200 de 1967, também ainda em vigor, define o

planejamento como um dos princípios fundamentais para as atividades

governamentais, elegendo o Orçamento-Programa como instrumento

básico de planejamento anual.

Foi com a Constituição Federal de 1988 que os conceitos de

planejamento, idealizado no plano plurianual, e de orçamento passaram a

ser associados de forma simbiótica ao instituir em seu artigo 165 § 2º que

a elaboração dos planos plurianuais (PPA) deveria conter as despesas de

capital e demais programas de duração continuada, que envolveriam o

orçamento de vários anos. Para facilitar a correspondência entre um

planejamento previsto para quatro anos e os orçamentos anuais, a

Constituição inovou ao criar a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO que,

obedecendo aos ditames do PPA, deveria orientar anualmente a

elaboração da Lei orçamentária Anual – LOA.

Maiores detalhes sobre as leis orçamentárias e demais instrumentos

de planejamento poderão ser obtidos no tópico 7. Ciclo orçamentário,

mais a frente neste trabalho.

Orçamento Público é, de acordo com a Secretaria do Tesouro

Nacional – STN, o detalhamento dos programas e subprogramas

constantes da programação de governo, em ações específicas

materializadas nos projetos/atividades/subprojetos/subatividades

orçamentários. Compreende, também, a especificação dos insumos

materiais e recursos humanos necessários ao desenvolvimento dessas

ações específicas, em conformidade com a classificação por objeto de

gasto legalmente adotada. Tudo isso materializado na Lei de iniciativa do

Poder Executivo que estima a receita e fixa a despesa da administração

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pública e que é elaborada em um exercício para depois de aprovada pelo

Poder Legislativo, vigorar no exercício seguinte.

Tipos de Orçamentos

Ao longo da história, muitos tipos de orçamentos foram testados até

chegarmos ao modelo de orçamento-programa modernamente utilizado

na maior parte do mundo. A STN nos ajuda a conhecer os principais tipos

de orçamento:

Orçamento Tradicional: Processo orçamentário em que apenas

uma dimensão do orçamento é explicitada, qual seja, o objeto de gasto.

Também é conhecido como Orçamento Clássico. Este tipo de orçamento

não apresenta qualquer tipo de vinculação com planejamento dos

programas e sua continuidade consistindo, basicamente, em ajustamento

de valores do orçamento vigente para o ano seguinte.

Orçamento Base-Zero: Também conhecido por Orçamento por

Estratégia, é abordagem orçamentária desenvolvida nos Estados Unidos

da América, pela Texas Instruments Inc., Durante o ano de 1969. Foi

adotada pelo estado de Geórgia (gov. Jimmy Carter), com vistas ao ano

fiscal de 1973. Principais características: análise, revisão e avaliação de

todas as despesas propostas e não apenas das solicitações que

ultrapassam o nível de gasto já existente; todos os programas devem ser

justificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário.

Este tipo de orçamento é, em certa parte, o contrário do modelo

tradicional, na medida em que, mesmo os projetos que estivessem

apresentando resultados deveriam ser inteiramente justificados para que

pudessem ser continuados. Não havia qualquer tipo de compromisso com

continuidade (direitos adquiridos), impossibilitando qualquer

planejamento de médio e longo prazos, além de gerar um desgaste

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administrativo para se justificar os recursos e revisar todos os gastos

já em andamento.

Orçamento de Desempenho: Processo orçamentário que se

caracteriza por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto de

gasto e um programa de trabalho, contendo as ações desenvolvidas.

Toda a ênfase reside no desempenho organizacional, sendo também

conhecido como orçamento funcional. Ou seja, o foco é no resultado

do que o governo faz, sem considerar como foi feito. Foi o precursor do

orçamento-programa.

Orçamento Programa: Também conhecido como Orçamento

Moderno, originalmente, sistema de planejamento, programação e

orçamentação, introduzido nos Estados Unidos da América, no final da

década de 50, sob a denominação de PPBS (Planning Programning

Budgeting System). Hoje, é a própria Lei Orçamentária Anual – LOA. É

elaborado com base nos programas de trabalho do governo que serão

executados o exercício financeiro seguinte.

O programa, assim definido pela portaria nº 42 do Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, é o instrumento de

organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos

pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano

plurianual. E é ele que faz a vinculação entre a LOA e o PPA.

Para elaborar um orçamento-programa é necessário passar por

algumas etapas que incluem a definição dos objetivos (planejamento) e

as atividades necessárias para que aqueles sejam atingidos

(programação). Em seguida, deve-se estimar a quantidade de recursos -

financeiros e humanos - suficientes para financiar as atividades (projeto

e orçamentação) e, por fim, mensurar seu cumprimento e os resultados

(avaliação).

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Outros modelos de orçamento menos utilizados também são citados

no site da STN e ocasionalmente aparecem em questões de prova:

Orçamento Incremental: Orçamento feito através de ajustes

marginais nos seus itens de receita e despesa.

Orçamento com Teto Fixo: Critério de alocação de recursos que

consiste em estabelecer um quantitativo financeiro fixo, geralmente obtido

mediante a aplicação de percentual único sobre as despesas realizadas em

determinado período, com base no qual os órgãos/unidades deverão

elaborar suas propostas orçamentárias parciais. Também conhecido, na

gíria orçamentária, como "teto burro".

Orçamento com Teto Móvel: Critério de alocação de recursos que

representa uma variação do chamado "teto fixo", pois trabalha com

percentuais diferenciados, procurando refletir um escalonamento de

prioridades entre programações, órgãos e unidades. Em gíria

orçamentária, conhecido como "teto inteligente".

Orçamento Sem Teto Fixo: Critério de alocação de recursos que

consiste em conferir total liberdade aos órgãos/unidades no

estabelecimento dos quantitativos financeiros correspondentes às suas

propostas orçamentárias parciais. Em gíria orçamentária, conhecido como

"o céu é o limite".

Orçamento SEST: Tipo de orçamento que controla os dispêndios

das empresas estatais (empresas públicas, sociedades de economia mista

e suas subsidiárias e todas as empresas controladas pela União,

autarquias, fundações instituídas pelo Poder Público e órgãos autônomos

da administração direta), de modo a ajustá-los aos programas

governamentais, tendo em vista os objetivos, as políticas e as diretrizes

constantes dos planos de governo.

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O orçamento público ainda possui outras dimensões que não a de

programação, que vimos acima, e que ampliam o seu conceito.

Dimensão política: O orçamento é fruto de uma arena de disputa

ou de cooperação entre os múltiplos interesses que orbitam o sistema

político, obedecendo a regras formais (ordenamento jurídico) e também

informais (cultura, lobby, poder velado).

Dimensão jurídica: O orçamento público é uma lei elaborada pelo

Poder Executivo que é aprovada pelo Poder Legislativo e estabelece os

parâmetros legais para a previsão das receitas e a execução das despesas

para um determinado exercício financeiro, ainda obedecendo aos ditames

constitucionais e infraconstitucionais.

Importante salientar que o orçamento é doutrinariamente entendido

como sendo uma lei de caráter autorizativo, ou seja, é lei em seu

caráter formal e não material, mas ainda sim, produz efeitos

concretos. Sendo assim, não há a obrigação jurídica para o governo, a

partir da lei orçamentária, em realizar todos os gastos nele fixados.

Dimensão gerencial: O orçamento público dá suporte à boa

administração dos recursos e ao controle e à avaliação de desempenho da

gestão.

Dimensão econômica: O orçamento público passa a ter esta

dimensão quando se torna instrumento de cumprimento das funções

econômicas clássicas do Estado.

• Função alocativa: Acontece quando o Estado promove os

investimentos na infra-estrutura econômica ou na criação de bens

públicos e bens meritórios utilizando o orçamento público como

instrumento de realização, principalmente nos casos nos quais a iniciativa

privada não é economicamente eficiente e/ou socialmente justa ou ainda

que envolvam questões de relevância nacional.

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• Função distributiva: O orçamento pode ser utilizado com

instrumento para viabilizar políticas públicas de distribuição de renda.

• Função estabilizadora: É nesta função na qual realmente se

materializam, via orçamento público, os quatro objetivos

macroeconômicos da política monetária (executada pelo Banco Central)

e tendo como importante instrumento de operacionalização a política

fiscal (executada por todos os órgão e entidades da administração), tais

como a manutenção dos níveis de emprego, a estabilidade de preços –

combate à inflação, o equilíbrio no balanço de pagamentos e as taxas de

crescimento econômico satisfatórias).

Sendo assim, o orçamento público pode ser um instrumento

expansionista ou contracionista da economia a depender dos objetivos

a serem alcançados pelo governo, por exemplo, expandir a demanda

agregada, combater à inflação, fomentar o investimento interno, diminuir

o desemprego. É importante também compreender que a política fiscal

possui duas dimensões: tributária (aumento ou redução de alíquotas,

isenções) e orçamentária (aumento ou redução dos gastos do governo).

Princípios Orçamentários

Finalizando o estudo do Orçamento Público, é preciso conhecer os

princípios que regem a sua elaboração. De acordo com a STN, os

Princípios Orçamentários são regras que cercam a instituição

orçamentária, visando dar-lhe consistência, principalmente no que se

refere ao controle pelo Poder Legislativo.

Unidade: Cada esfera de governo deve possuir apenas um

orçamento, que contemple toda a política orçamentária. Deste modo, cada

esfera de poder deverá elaborar sua lei que irá reger o orçamento público.

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O princípio da unidade está previsto no art. 165 da CF e art. 2º da Lei

4.320/64;

Universalidade: A lei orçamentária deve incorporar todas as

receitas e despesas, ou seja, nada pode ficar de fora do orçamento. Este

princípio está expresso no art. 165 da CF; artigos 2º e 4º da Lei 4.320/64.

Exceções: A Lei 4.320/64, art. 3º, parágrafo único, estabelece: “Não se

consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por

antecipação da receita, as emissões de papel moeda e outras

entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros”. E, as

receitas e despesas operacionais de empresas públicas e sociedades de

economia mista consideradas estatais não dependentes.

Anualidade: O orçamento deve compreender o período de um

exercício financeiro, que no Brasil corresponde ao ano fiscal. A anualidade

está prevista art. 2 da Lei 4.320/64; inciso II do art. 48; art. 165,

parágrafo 5°, inciso III, da CF. Exceção: Autorização para a abertura de

créditos orçamentários especiais e extraordinários com vigência em

mais de um exercício financeiro se o ato de autorização for promulgado

nos últimos quatro meses daquele exercício, caso, em que, reabertos

nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício

subseqüente (art. 167, § 2º CF/88).

Equilíbrio: As receitas e despesas de um período devem ser iguais.

Este princípio está previsto no art. 7, parágrafo 1º, da Lei 4320/64; art.

167 da CF, incisos II, III e IV.

Clareza: O orçamento deve ser suficientemente claro e

compreensível para qualquer indivíduo.

Publicidade: É obrigação de dar publicidade ao orçamento. A Lei de

Responsabilidade Fiscal define prazos para publicação de relatório

Page 32: Direito financeiro

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bimestral resumido da execução orçamentária e de relatório quadrimestral

de gestão fiscal (art. 37, CF).

Especificação: Tem por finalidade a vedação de dotações globais.

Ou seja, determina a discriminação da despesa. Este princípio está

previsto no art. 5° e 15° da Lei 4320/64; Exceções: “Os programas

especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se

subordinadamente a normas gerais de execução da despesa poderão ser

custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de

Capital (art. 20 da Lei 4.320/64) e a Reserva de Contingência, que é

uma dotação global para atender passivos contingentes e outras despesas

imprevistas.

Exclusividade: Veda que a lei orçamentária contenha dispositivo

estranho à fixação de despesas e a previsão de receitas. Está previsto no

parágrafo 8° do art. 165 da CF/88. Exceções: Autorização para o poder

executivo abrir crédito adicional suplementar e autorização para contratar

operações de crédito, ainda que por antecipação da receita.

Não-afetação de receitas: Proíbe a vinculação de receitas de

impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas às exceções previstas

na Constituição, que são:

• Todos os fundos constitucionais: FPE, FPM, Centro Oeste, Norte,

Nordeste, Compensação pela exportação de produtos

industrializados e outros;

• Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico e da

Valorização do Magistério (FUNDEB);

• Ações e serviços públicos de saúde;

• Garantias às operações de crédito por antecipação da receita (ARO);

• Atividades da Administração Tributária;

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• Vinculação de impostos estaduais e municipais para prestação de

garantia ou contragarantia à União.

A doutrina ainda aponta outros princípios orçamentários relevantes:

Legalidade: A começar pela obediência do artigo 37 da CF/88, todo

o ciclo orçamentário é regido por leis autorizativas de gastos, instituição

de créditos suplementares e especiais e a própria execução do orçamento

que deve observar os preceitos das leis do PPA e LOA, LRF e 8.666 (lei

das licitações). Exceção: Abertura de créditos extraordinários para

atender despesas imprevisíveis e urgentes (Art. 167, §3º CF/88).

Orçamento Bruto: Algumas vezes considerado pelos doutrinadores

como sinônimo do principio da Universalidade, na verdade, é distinto

deste, conforme apregoa o artigo 6º da lei 4.320/64, todas as receitas e

despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas

quaisquer deduções, ou seja, por seus valores integrais. Cuidado para

não confundir os dois conceitos. É o que a banca tentará fazer.

Unidade de Caixa ou de Tesouraria: Tem previsão na lei

4.320/64 no artigo 56: O recolhimento de todas as receitas far-se-á em

estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer

fragmentação para criação de caixas especiais. Exceções: Os Fundos

Especiais que possuem, dada a sua natureza, gestão descentralizada,

como o FUNDEF, FMDA, FUNDET e demais.

Normas gerais de direito financeiro (Lei nº 4.320, de 17/3/1964).

A Lei 4.320/64 estatui as Normas Gerais de Direito Financeiro para

elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados,

dos Municípios e do Distrito Federal.

Page 34: Direito financeiro

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Foi recepcionada pela atual Constituição com status de lei

complementar e, portanto, não pode ser modificada, a não ser por lei de

igual hierarquia.

É lei natureza formal e define a forma de estruturação dos

orçamentos e balanços. Diferentemente das leis orçamentárias, não

autoriza gastos e tem vigência indeterminada.

Os dispositivos da Lei nº 4.320/64 que estatui normas gerais de

Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos da União,

dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, acham-se em vigor,

salvo aqueles contrariados pelas normas constitucionais supervenientes,

Nestes casos, devem ser considerados simplesmente revogados, sem

necessidade de arguição de inconstitucionalidade. Outros tantos

dispositivos foram suplantados pela Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF e

demais dispostivos infraconstitucionais como portarias ministeriais e

resoluções do Senado Federal.

A Lei nº 4.320, apesar de ter mantido a concepção clássica do

orçamento, assimilou também as novas técnicas orçamentárias. Além

disto, inovou na classificação das contas públicas ao efetivá-la com base

em atributos econômicos, dividindo as receitas públicas em correntes e de

capital. Também é estabelecido na lei a maior parte dos princípios

orçamentários que norteiam a elaboração do orçamento público.

Coube à Lei de Direito Fianceiro instituir o denominado orçamento-

programa, que só foi incorporado à rotina orçamentária com o Decreto-lei

nº 200, de 25-02-67, que estableceu as regras que tornaram possível a

sua adoção.

É também inovação da lei a previsão de orçamentos plurianuais. O

artigo 23 determina que as receitas e despesas de capital serão objeto de

um Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital, aprovado por decreto

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do Poder Executivo, abrangendo, no mínimo, um triênio. Posteriormente,

este dispositovo foi constantemente aperfeiçoado pelas normas

constitucionais seguintes até chegarmos a definição de Plano Plurianual –

PPA que conhecemos hoje.

Fiscalização e controle interno e externo dos orçamentos

O orçamento público é, antes de qualquer coisa, um eficaz

instrumento de controle político dos órgãos de representação sobre o

executivo no uso dos recursos (receitas) para a alocação das despesas

públicas, ou seja, na execução do orçamento. No entanto, devido às

dimensões do Estado Moderno e suas múltiplas demandas, apenas o

controle parlamentar ou político não são suficientes para exercer o controle

sobre todos os aspectos orçamentários.

É preciso que cada um dos poderes desenvolva métodos de controle,

fiscalização e auditoria internos e não apenas na dimensão financeira

tradicional uma vez que a aferição destes indicadores promove a melhoria

do desempenho do setor público. Por exemplo, o propósito da auditoria de

desempenho operacional é observar a ação governamental quanto à

economicidade, eficiência e eficácia, analisando como os órgãos e entidades

fazem uso dos seus recursos, se fazem uso de práticas antieconômicas e

ineficientes, se as metas estão sendo cumpridas como previsto, tudo em

obediência às normais legais.

Conforme podemos inferir do caput do artigo 70 da Constituição

Federal, o conceito de controle é agora muito mais abrangente que a

simples fiscalização financeira e orçamentária:

Art. 70. “A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,

operacional e patrimonial da União e das entidades da administração

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direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,

aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo

Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de

controle interno de cada Poder”.

Controle Externo

O Sistema de Controle Externo é exercido pelo Poder Legislativo,

sendo, na esfera federal, competência do Congresso Nacional, com o

auxílio do Tribunal de Contas da União – TCU, no controle da execução do

orçamento e da aplicação de dinheiro público.

Os artigos 71 a 74 da Constituição Federal, que tratam do controle

externo, são de reprodução obrigatória, assim, o controle externo é

função das Assembléias Legislativas nos Estados, da Câmara Legislativa

no Distrito Federal e das Câmaras Municipais nos Municípios, com o auxílio

dos respectivos Tribunais de Contas.

O controle externo tem por objetivo comprovar, a posteriori, a

probidade da Administração e a regularidade da guarda e do emprego dos

bens, valores e dinheiro público, assim como a fiel execução do

orçamento. É por excelência um controle político de legalidade contábil e

financeira, o primeiro aspecto a cargo do legislativo, que representa o

povo, e o segundo do Tribunal de Contas.

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será

exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da

República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta

dias a contar de seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por

dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta,

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incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder

Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio

ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão

de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas

as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as

nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das

concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as

melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato

concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do

Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e

auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e

patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,

Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo

capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do

tratado constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União

mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a

Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por

qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões,

sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e

patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou

irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá,

entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências

necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

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X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado,

comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos

apurados.

§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente

pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo

as medidas cabíveis.

§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de

noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o

Tribunal decidirá a respeito.

§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou

multa terão eficácia de título executivo.

§ 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e

anualmente, relatório de suas atividades.

Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º,

diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de

investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá

solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco

dias, preste os esclarecimentos necessários.

§ 1º - Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes

insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo

sobre a matéria, no prazo de trinta dias.

§ 2º - Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar

que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia

pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.

Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros,

tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em

todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições

previstas no art. 96.

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§ 1º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados

dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:

I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;

II - idoneidade moral e reputação ilibada;

III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e

financeiros ou de administração pública;

IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade

profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior.

§ 2º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:

I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado

Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do

Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo

Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento;

II - dois terços pelo Congresso Nacional.

§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas

garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos

Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à

aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.

§ 4º - O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas

garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais

atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.

Sistema de controle interno do Governo Federal e a Controladoria

Geral da União (CGU)

O sistema de controle interno está previsto constitucionalmente nos

artigos 70 e 74 e são de reprodução obrigatória pelos estados, municípios

e Distrito Federal.

O sistema de controle interno tem por objetivo a avaliação da ação

governamental, da gestão dos administradores públicos e de como estes

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fazem a aplicação de recursos públicos, por intermédio da fiscalização

contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial.

Para atingir as finalidades constitucionais, todas as modalidades de

fiscalização utilizam técnicas de trabalho, tais como: auditoria e

fiscalização.

As finalidades previstas na Constituição são:

• Avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual,

visando à comprovação de conformidade da execução;

• Avaliar a execução dos programas de governo, visando

comprovar o nível de execução das metas, o alcance dos objetivos e a

adequação do gerenciamento;

• Avaliar a execução dos orçamentos, visando comprovar a

conformidade da execução com os limites e as destinações estabelecidas

na legislação pertinente;

• Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia

e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos

e entidades da Administração Pública, bem como a aplicação de recursos

públicos por entidades de direito privado, visando à verificação do

cumprimento do objeto avençado;

• Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias,

bem como dos direitos e haveres do ente da Federação visando aferir a

sua consistência e a adequação;

• Avaliar as renúncias de receitas visando à análise do resultado da

efetiva política de anistia, remissão, subsídio, crédito presumido,

concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou

modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de

tributos ou contribuições e outros benefícios que correspondam a

tratamento diferenciado;

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• Apoiar o controle externo no exercício de sua missão

institucional, fornecendo informações dos resultados das ações do Sistema

de Controle Interno.

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) também prevê que os

sistemas de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, junto

com o Poder Legislativo, diretamente ou com auxílio do Tribunal de

Contas, fiscalizarão o cumprimento das regras estabelecidas na LRF.

É também atribuição do sistema de controle interno prestar

orientação aos administradores de bens e recursos públicos nos assuntos

pertinentes à área de competência do sistema de controle interno,

inclusive sobre a forma de prestar contas.

No caso da União, quem exerce este controle é a Controladoria-

Geral da União - CGU. Conforme a própria definição que encontramos em

seu site, temos:

“A CGU é o órgão do Governo Federal responsável por assistir direta

e imediatamente ao Presidente da República quanto aos assuntos que, no

âmbito do Poder Executivo, sejam relativos à defesa do patrimônio público

e ao incremento da transparência da gestão, por meio das atividades de

controle interno, auditoria pública, correição, prevenção e combate à

corrupção e ouvidoria”.

A CGU também deve exercer como órgão central, a supervisão

técnica dos órgãos que compõem o Sistema de Controle Interno e o

Sistema de Correição e das unidades de ouvidoria do Poder Executivo

Federal, prestando a orientação normativa necessária.

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Exercícios:

1 – (ESAF – APO/SP - 2009) A Constituição da República confere ao

orçamento a natureza jurídica de:

a) lei abstrata.

b) lei material.

c) lei formal e material.

d) lei extraordinária.

e) lei de efeito concreto.

2 - (ESAF – AFC/CGU - 2008) O Orçamento é um dos principais

instrumentos da política fiscal do governo e traz consigo estratégias para

o alcance dos objetivos das políticas. Das afirmações a seguir, assinale a

que não se enquadra nos objetivos da política orçamentária ou nas

funções clássicas do orçamento:

a) Assegurar a disponibilização para a sociedade dos bens públicos, entre

os quais aqueles relacionados com o cumprimento das funções

elementares do Estado, como justiça e segurança.

b) Utilizar mecanismos visando à universalização do acesso aos bens e

serviços produzidos pelo setor privado ou pelo setor público, este último

principalmente nas situações em que os bens não são providos pelo setor

privado.

c) Adotar ações que visem fomentar o crescimento econômico.

d) Destinar recursos para corrigir as imperfeições do mercado ou atenuar

os seus efeitos.

e) Cumprir a meta de superávit primário exigida pela Lei de

Responsabilidade Fiscal.

3 - (ESAF – AFC/STN - 2008) Leia as afirmações I, II e III e depois

assinale a afirmação correta.

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I. O chamado orçamento de base zero é a base sobre a qual se aplica a

idéia de planejamento plurianual.

II. O orçamento-programa propicia o controle político sobre as finanças

públicas, mas não alinha as despesas dos diferentes órgãos do governo

com o plano de trabalho do governo, suas políticas e estratégias.

III. O orçamento desempenho é um avanço em relação ao orçamento

tradicional ao buscar indicar os benefícios a serem alcançados pelos

diversos gastos e assim possibilita medir o desempenho organizacional.

a) I e III estão corretas.

b) II e III estão corretas.

c) I, II e III estão corretas.

d) Apenas II está correta.

e) Apenas III está correta.

4 - (ESAF – APO/MPOG - 2008) Com base nas características e

aspectos do orçamento tradicional e do orçamento-programa, assinale a

única opção incorreta.

a) No orçamento-programa, há previsão das receitas e fixação das

despesas com o objetivo de atender às necessidades coletivas definidas

no Programa de Ação do Governo.

b) No orçamento tradicional, as decisões orçamentárias são tomadas

tendo em vista as necessidades das unidades organizacionais.

c) Na elaboração do orçamento-programa, os principais critérios

classificatórios são as unidades administrativas e elementos.

d) No orçamento tradicional, inexistem sistemas de acompanhamento e

medição do trabalho, assim como dos resultados.

e) O orçamento-programa é um instrumento de ação administrativa para

execução dos planos de longo, médio e curto prazo.

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5 - (ESAF – AFC/CGU - 2008) À medida que as técnicas de planejamento

e orçamento foram evoluindo, diferentes tipos de orçamento foram

experimentados, cada um com características específicas. Com relação a

esse assunto, marque a opção incorreta.

a) No orçamento tradicional, a ênfase se dá no objeto do gasto, sem

preocupação com os objetivos da ação governamental.

b) O orçamento Base Zero foi um contraponto ao orçamento incremental,

e tem como característica principal a inexistência de direitos adquiridos

sobre as dotações aprovadas no orçamento anterior.

c) A grande diferença entre o orçamento de desempenho e o orçamento-

programa é que o orçamento de desempenho não se relaciona com um

sistema de planejamento das políticas públicas.

d) O orçamento-programa se traduz no plano de trabalho do governo,

com a indicação dos programas e das ações a serem realizados e seus

montantes.

e) O orçamento de Desempenho representou uma evolução do orçamento

incremental, na busca de mecanismos de avaliar o custo dos programas

de governo e de cada ação integrada ao planejamento.

6 – (ESAF – AFC/STN –2008) Constitui evidência do princípio da

unidade orçamentária:

a) um orçamento que contenha todas as receitas e todas as despesas.

b) um único orçamento é examinado, aprovado e homologado e ainda a

existência de um caixa único e uma única contabilidade.

c) a existência de um orçamento que abranja tanto a área fiscal como a

área previdenciária e o investimento das estatais.

d) uma lei orçamentária anual que não contenha matéria estranha ao

orçamento.

e) um orçamento que abranja os Três Poderes da União.

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7 - (ESAF – Analista Administrativo - ANA - 2009) Assinale a opção

verdadeira a respeito do princípio orçamentário do equilíbrio.

a) É o princípio pelo qual as despesas fixadas e as receitas estimadas são

executadas no exercício, cumprindo dessa forma a disposição da lei

orçamentária anual.

b) O princípio do equilíbrio orçamentário se verifica pela suficiência das

receitas correntes para cobrir as necessidades correntes e de capital.

c) Constitui equilíbrio orçamentário a coincidência dos valores estimados

com os realizados da receita pública e os valores fixados e realizados da

despesa.

d) É a visão pela qual o orçamento de investimento não ultrapassa as

receitas de capital dentro do exercício considerado.

e) É o princípio pelo qual o montante da despesa autorizada em cada

exercício financeiro não poderá ser superior ao total de receitas estimadas

para o mesmo período.

8 - (ESAF - AFC/CGU - 2008) - No Brasil, para que o controle

orçamentário se tornasse mais eficaz, ao longo dos anos, tornou-se

necessário estabelecer alguns princípios que orientassem a elaboração e a

execução do orçamento. Assim, foram estabelecidos os chamados

“Princípios Orçamentários”, que visam estabelecer regras para elaboração

e controle do Orçamento. No tocante aos Princípios Orçamentários,

indique a opção correta.

a) O orçamento deve ser uno, ou seja, no âmbito de cada esfera de Poder

deve existir apenas um só orçamento para um exercício financeiro.

b) O princípio da exclusividade veda a inclusão, na lei orçamentária anual,

de autorização para aumento da alíquota de contribuição social, mesmo

respeitando- se o prazo de vigência previsto na Constituição.

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c) A vinculação de receitas de taxas a fundos legalmente constituídos é

incompatível com o princípio da não-afetação, definido na Constituição

Federal.

d) O princípio da especificação estabelece que a lei orçamentária anual

deverá especificar a margem de expansão das despesas obrigatórias de

caráter continuado, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.

e) O princípio do equilíbrio é constitucionalmente fixado e garante que o

montante das receitas correntes será igual ao total das despesas

correntes.

9 - (ESAF – Analista Administrativo - ANA – 2009) - A Constituição

Federal, ao estabelecer que a lei orçamentária anual não conterá

dispositivos estranho à previsão da Receita e à fixação da despesa,

consagra o seguinte princípio orçamentário:

a) Unidade

b) Especificação

c) Exclusividade

d) Legalidade

e) Não-afetação das Receitas.

10 – (ESAF - Assistente Técnico – Administrativo - Ministério da Fazenda -

2009) - Quanto aos princípios orçamentários, marque a opção correta.

a) O Princípio da universalidade da matéria orçamentária estabelece que

somente deve constar no orçamento matéria pertinente à fixação da

despesa e à previsão da receita.

b) O Princípio da Programação preconiza a vinculação necessária à ação

governamental, assegurando-se a finalidade do plano plurianual.

c) O Princípio da não-afetação da receita preconiza que não pode haver

transferência, transposição ou remanejamento de recursos de uma

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categoria de programação para outra ou de um órgão para outro sem

prévia autorização legislativa.

d) O Princípio da reserva de lei estabelece que os orçamentos e créditos

adicionais devem ser incluídos em valores brutos, todas as despesas e

receitas da União, inclusive as relativas aos seus fundos.

e) O Princípio do Equilíbrio Orçamentário estabelece que a lei

orçamentária não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à

fixação da despesa.

11 – (ESAF – AFC/CGU – 2006) - No que diz respeito aos conceitos de

Orçamento Público e princípios orçamentários, assinale a única opção

falsa.

a) O orçamento tradicional ou clássico é o processo de elaboração do

orçamento constituído de um único documento, no qual se previam as

receitas e a autorização por tipo de gasto, sem qualquer definição do

programa e dos objetivos de governo.

b) Os princípios orçamentários estão definidos na Lei n. 4.320/64 e na Lei

de Diretrizes Orçamentárias.

c) O orçamento-programa elaborado de forma correta constitui eficaz

instrumento de planejamento e programação, gerência e administração,

controle e avaliação.

d) O orçamento-programa apresenta uma série de diferenças do

orçamento tradicional, que enfoca o que se pretende gastar.

e) No Brasil, a origem do orçamento está ligada ao surgimento do

governo representativo.

12 – (Ceperj – APO/Seplag/RJ – 2009) – O princípio orçamentário que

teve sua origem na Inglaterra, como forma de obrigar o monarca a

solicitar periodicamente ao parlamento autorização para cobrança de

tributos é o Princípio:

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a) da Universalidade

b) do Equilíbrio

c) da Anualidade

d) da Exclusividade

e) da Transitividade

13 - (CESPE – TCE/AC/ACE – 2009) - Assinale a opção correta com

referência às características do orçamento-programa.

A Todos os programas devem ser concluídos a cada novo ciclo

orçamentário.

B O controle objetiva, principalmente, avaliar a legalidade no

cumprimento do orçamento.

C Não possui vinculação a um instrumento central de planejamento das

ações de governo.

D É o elo entre o planejamento e as funções executivas do governo.

E Apresenta duas dimensões: objeto do gasto e programa de trabalho,

também conhecido como orçamento funcional.

14 - (ESAF – AFC/CGU – 2008) - Sobre o tema ‘controle externo’, nos

termos da Constituição Federal, é correto afirmar que:

a) é exercido, no âmbito federal, pelo Congresso Nacional com o auxílio

do Tribunal de Contas da União.

b) é exercido, no âmbito federal, pelo Senado Federal com o auxílio do

sistema de controle interno dos demais Poderes.

c) é exercido, no âmbito estadual, pelo Congresso Nacional com o auxílio

do Tribunal de Contas da União.

d) é exercido, no âmbito federal, pelo Congresso Nacional e pelo Tribunal

de Contas da União e, no âmbito estadual e municipal, exclusivamente

pelas respectivas Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores.

Page 49: Direito financeiro

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e) é exercido, no âmbito federal, exclusivamente pelo Tribunal de Contas

da União e, no âmbito estadual e municipal, exclusivamente pelos

Tribunais de Contas Estaduais e Municipais.

15 - (ESAF – AFC/CGU – 2008) - Assinale a única opção incorreta relativa

à fiscalização contábil, financeira e orçamentária.

a) Deve prestar contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou

privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro,

bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em

nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

b) Comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e

eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e

entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos

públicos por entidades de direito privado, são finalidades do sistema de

controle interno que devem ser mantidos de forma integrada pelos

Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

c) O Tribunal de Contas da União possui competência para aplicar aos

responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de

contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras

cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário.

d) O Tribunal de Contas da União não possui competência para realizar,

por iniciativa própria, inspeções e auditorias de natureza contábil,

financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades

administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

e) O ato de sustar a execução de contrato ilegal não é de competência do

Tribunal de Contas da União porque deve ser adotado diretamente pelo

Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as

medidas cabíveis.

Page 50: Direito financeiro

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16 – (ESAF – APO/MPOG – 2008) - São competências constitucionais do

Tribunal de Contas da União, no exercício do controle externo, exceto:

a) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais.

b) apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal e de concessão

de aposentadorias, reformas e pensões civis e militares.

c) fiscalizar o cumprimento das normas de finanças públicas voltadas para

a responsabilidade na gestão fiscal, com ênfase no que se refere ao

cumprimento, pela União, dos limites das despesas com pessoal.

d) apurar denúncias apresentadas por qualquer cidadão, partido político,

associação ou sindicato sobre irregularidades ou ilegalidades.

e) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por

dinheiros, bens e valores públicos.

17 – (FCC - 2007 - TRE-MS - Analista Judiciário - Área Administrativa

A determinação "cada entidade de Governo deve possuir um orçamento",

está contida no Princípio da

a) Unidade.

b) Universalidade.

c) Singularidade.

d) Exclusividade.

e) Competência

18 – (FCC - 2009 - TJ-PI - Analista Judiciário – Contabilidade) - O Princípio

orçamentário que veda a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo

ou despesa, ressalvadas as exceções previstas na CF/88, é o da

a) Exclusividade.

b) Universalidade.

c) Anualidade.

d) Não afetação das receitas.

e) Unidade.

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19 - (FCC - 2009 - TJ-PI - Analista Judiciário - Engenharia Civil) -

Considerando que existem princípios básicos que devem ser seguidos para

elaboração e controle do orçamento, os quais estão definidos na

Constituição, no Plano Plurianual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias,

entre outros, considere:

I. Cada entidade de direito público deve possuir apenas um orçamento,

fundamentado em uma única política orçamentária e estruturado

uniformemente. Assim, existe o orçamento da União, o de cada Estado e o

de cada Município.

II. A Lei orçamentária deve incorporar todas as receitas e despesas, ou

seja, nenhuma instituição pública deve ficar fora do orçamento.

III. Estabelece um período limitado de tempo para as estimativas de

receita e fixação da despesa, ou seja, o orçamento deve compreender o

período de um exercício, que corresponde ao ano fiscal.

Os itens I, II e III, representam, respectivamente, os Princípios da

a) Individualidade, Igualdade e Fiscalização.

b) Integralidade, Incorporação e Periodicidade.

c) Uniformidade, Integralidade e Sistematização.

d) Unicidade, Unidade e Limitação.

e) Unidade, Universalidade e Anualidade.

20 – (FCC - 2006 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário –

Contabilidade) - A autorização, na lei de orçamento, para abertura de

créditos suplementares é exceção ao princípio orçamentário

a) da não afetação de receita.

b) da unidade.

c) da universalidade.

d) da exclusividade.

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e) do orçamento bruto.

21 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário –

Contabilidade) - A Lei nº 4.320/64, em seus artigos 3º e 4º, ao

determinar que a lei de orçamento compreenderá todas as receitas,

inclusive as operações de crédito autorizadas em lei, e todas as despesas

próprias dos órgãos do governo e da administração centralizada, ou que

por intermédio deles se devam realizar, incorpora às suas disposições o

princípio orçamentário da

a) exclusividade.

b) unidade.

c) universalidade.

d) anualidade.

e) especificação.

22 – (FCC - 2005 - TRE-RN - Técnico Judiciário - Área Administrativa) - A

legislação vigente estabelece que a Lei de Orçamento conterá a

discriminação da receita e despesa, obedecendo aos Princípios:

a) Competência, Universalidade e Anualidade.

b) Prudência, Universalidade e Tempestividade.

c) Custo histórico, Prudência e Continuidade.

d) Custo histórico, Entidade e Continuidade.

e) Unidade, Universalidade e Anualidade.

23 – (FCC - 2004 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Área

Administrativa) - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,

operacional e patrimonial da União e de suas entidades da administração

direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,

aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida, mediante

controle externo, pelo

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a) Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União.

b) Senado Federal, com o auxílio do Tribunal de Contas da União.

c) Tribunal de Contas da União, com o auxílio do Senado Federal.

d) Tribunal de Contas da União, com o auxílio do Congresso Nacional.

e) Tribunal de Contas da União, com supervisão do Ministro da Fazenda.

24 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário –

Contabilidade) - Sobre a fundamentação constitucional e legal quanto à

atuação dos órgãos de controle interno e externo, considere:

I. O controle da execução orçamentária compreenderá o cumprimento do

programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de

realização de obras e prestação de serviços.

II. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e

patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta é

atribuição exclusiva do sistema de controle externo.

III. O controle externo tem a competência de fiscalizar a aplicação de

quaisquer recursos repassados pela União, mediante convênio, acordo,

ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal

ou a Município.

IV. A prestação de contas é obrigatória para qualquer pessoa física ou

entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre

dinheiros, bens e valores públicos.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) III e IV.

b) II e III.

c) I e II.

d) I e III.

e) I, III e IV.

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25 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área

Judiciária) - O sistema de controle interno da Administração Pública

a) deve ser exercido de forma independente em relação ao controle

externo a cargo do Poder Legislativo, não cabendo integração entre as

duas modalidades de controle.

b) visa a assegurar a legalidade da atividade administrativa, não se

aplicando, todavia, à fiscalização contábil, financeira, orçamentária e

patrimonial da Administração, que são aspectos reservados ao controle

externo exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de

Contas.

c) autoriza a anulação dos próprios atos, quando eivados de vício, e a

revogação, por motivo de conveniência e oportunidade, vedado o exame

pelo Poder Judiciário.

d) decorre do poder de autotutela e, portanto, somente pode ser exercido

de ofício.

e) constitui o poder de fiscalização e correção que a Administração

exerce, de forma ampla, sobre sua própria atuação, sob os aspectos de

legalidade e mérito.

26 – (FCC - 2009 - TJ-PA - Analista Judiciário - Oficial de Justiça) - Quanto

a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial

da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à

legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e

renúncia de receitas, é INCORRETO afirmar:

a) Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte

legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades

perante o Tribunal de Contas da União.

b) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com

o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete, dentre outras,

fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital

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social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do

tratado constitutivo.

c) Os Ministros do Tribunal de Contas da União, em número de sete,

serão escolhidos um terço pelo Presidente da República, com aprovação

do Congresso Nacional, e dois terços pelo Senado Federal.

d) As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas

respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.

e) As decisões do Tribunal de Contas da União de que resulte imputação

de débito ou multa terão eficácia de título executivo.

27 - (MPU-02/2007 Técnico Apoio - Orçamento) - O tipo de orçamento

cuja principal característica é a não existência de direitos adquiridos da

unidade orçamentária em relação às verbas autorizadas no orçamento

anterior, cabendo a ela justificar todas as atividades que desenvolverá no

exercício corrente é o orçamento

(A) tradicional.

(B) financeiro.

(C) de desempenho

(D) pragmático.

(E) base zero.

28 - (MPU-02/2007 Técnico Apoio - Orçamento) - Em relação ao

orçamento-programa, é correto afirmar que

(A) é totalmente dissociado do processo de planejamento.

(B) seu único critério de classificação de despesas são as unidades

administrativas.

(C) sua estrutura enfatiza os aspectos contábeis da gestão.

(D) o controle orçamentário tem por objetivo avaliar a eficiência e a

eficácia das atividades.

(E) sua prioridade é respeitar as necessidades financeiras das unidades

orçamentárias.

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29 - (MPU - 02/2007 Analista Administrativo) - É característica do

orçamento base-zero:

(A) ênfase no acréscimo de gastos em relação ao orçamento anterior.

(B) decisões considerando as necessidades financeiras das unidades

operacionais.

(C) justificativa, em cada ano, de todas as atividades a serem

desenvolvidas.

(D) dissociação do conceito de planejamento e alocação de recursos.

(E) inexistência de mensuração dos resultados das atividades

desenvolvidas.

30 - (MPU - 02/2007 Técnico De Controle Interno) - O tipo de orçamento

cujas principais características são a decisão de alocações de recursos

baseada no volume de necessidades financeiras das unidades

administrativas e o controle da legalidade do cumprimento do disposto na

lei orçamentária anual é o orçamento

(A) tradicional.

(B) base zero.

(C) programa.

(D) de desempenho.

(E) pragmático.

31 – (FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área

Administrativa) - O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será

exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete

a) dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito

externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder

Público Federal.

b) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União

em operações de crédito externo e interno.

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c) sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a

decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.

d) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo

contra o Presidente e o Vice- Presidente da República e os Ministros de

Estado.

e) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida

mobiliária dos Estados.

32 – (FCC - 2009 - TJ-PA - Analista Judiciário - Área Judiciária) - A

respeito do controle da Administração é correto afirmar:

a) Trata-se de controle externo a ação de órgãos ou agentes do Poder

Judiciário para verificação da legitimidade e da regularidade dos atos

praticados ainda que pelo próprio judiciário.

b) O Poder Judiciário, quando provocado pelo interessado ou por

legitimado, no exercício do controle judicial do ato administrativo, pode

revogar ato praticado pelo Poder Executivo se constatado a sua

ilegalidade.

c) Compete ao Congresso Nacional, exclusivamente por meio da Câmara

dos Deputados, fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo.

d) A fiscalização da execução de um contrato durante a sua vigência é

denominado controle prévio.

e) O Tribunal de Contas da União é órgão auxiliar do Congresso Nacional

e a ele compete, dentre outras funções, fiscalizar as contas nacionais das

empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma

direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo.

33 – (FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área Judiciária)

- Quanto à fiscalização contábil, financeira e orçamentária da União e das

entidades da administração direta e indireta, é correto que

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a) o controle externo, a cargo exclusivo do Senado Federal, será exercido

com o auxílio do Tribunal de Contas da União.

b) as decisões do Tribunal de Contas da União de que resulte imputação

de débito ou multa terão eficácia de titulo executivo.

c) o Tribunal de Contas da União encaminhará à Câmara dos Deputados,

semestralmente, o relatório de suas atividades.

d) o Tribunal de Contas da União será integrado por quinze Ministros com

mais de trinta e menos de setenta anos de idade.

e) o auditor do Tribunal de Contas, quando em substituição a Ministro,

terá as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos e vantagens dos

Ministros do Supremo Tribunal Federal.

34 – (FCC - 2006 - TRT-24R - Analista Judiciário - Área Administrativa) -

Considere as seguintes assertivas sobre a Fiscalização Contábil, Financeira

e Orçamentária da União e das Entidades da Administração direta e

indireta:

I. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma

integrada, sistema de controle interno.

II. O controle Externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com

o auxílio do Tribunal de Contas da União.

III. O Tribunal de Contas encaminhará ao Congresso Nacional, bimestral e

anualmente, relatório de suas atividades.

IV. O Tribunal de Contas da União, integrado por onze Ministros, tem sede

no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o

território nacional.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I, II e III.

c) I, III e IV.

d) II e III.

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e) II, III e IV.

Gabarito:

1 – E 2 – E 3 – E 4 – C 5 – E 6 – B 7 – E 8 – B

9 – C 10 – B 11 - B 12 – C 13 – D 14 – A 15 – D 16 – C

17 – A 18 – D 19 – E 20 – D 21 – C 22 – E 23 – A 24 – E

25 – E 26 – C 27 – E 28 – D 29 – C 30 – A 31 – C 32 – E

33 – B 34 – A

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Despesa pública: conceito e classificação; princípio da legalidade; técnica de realização da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento.

Despesa sob o enfoque patrimonial

Conceito

De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade nº

1.121, de 28 de março de 2008, que dispõe sobre a estrutura conceitual

para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, as

despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período

contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou

incremento em passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio

líquido e que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da

entidade.

Segundo os princípios contábeis, a despesa patrimonial deve ser

registrada no momento da ocorrência do seu fato gerador,

independentemente do pagamento.

A despesa patrimonial pode ser classificada:

a) Quanto à entidade que apropria a despesa:

Despesa Pública – aquela efetuada por entidade pública.

Despesa Privada – aquela efetuada pela entidade privada.

b) Quanto à dependência da execução orçamentária:

Despesa resultante da execução orçamentária – aquela que

depende de autorização orçamentária para acontecer. Exemplo: despesa

com salário, despesa com serviço, etc.

Despesa independente da execução orçamentária – aquela que

independe de autorização orçamentária para acontecer. Exemplo:

constituição de provisão, despesa com depreciação, etc.

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Despesa orçamentária

Conceito

Nas palavras do Manual de Despesa Nacional, o orçamento é

instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou privada, e

representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em determinado

período.

Dessa forma, Despesa/Dispêndio orçamentário é fluxo que

deriva da utilização de crédito consignado no orçamento da

entidade, podendo ou não diminuir a situação líquida patrimonial.

A despesa orçamentária pode ser classificada:

a) Quanto às entidades destinatárias do orçamento:

Despesa Orçamentária Pública – aquela executada por

entidade pública e que depende de autorização legislativa para sua

realização, por meio da Lei Orçamentária Anual ou de Créditos

Adicionais, pertencendo ao exercício financeiro da emissão do respectivo

empenho.

Despesa Orçamentária Privada – aquela executada por entidade

privada e que depende de autorização orçamentária aprovada por ato de

conselho superior ou outros procedimentos internos para sua consecução.

b) Quanto ao impacto na situação líquida patrimonial:

Despesa Orçamentária Efetiva – aquela que, no momento da sua

realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade.

Constitui fato contábil modificativo diminutivo.

Em geral, a Despesa Orçamentária Efetiva coincide com a Despesa

Corrente. Entretanto, há despesa corrente não-efetiva como, por exemplo,

a despesa com a aquisição de materiais para estoque e a despesa com

adiantamento, que representam fatos permutativos.

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Despesa Orçamentária Não-Efetiva – aquela que, no momento

da sua realização, não reduz a situação líquida patrimonial da

entidade e constitui fato contábil permutativo. Neste caso, além da

despesa orçamentária, registra-se concomitantemente conta de variação

ativa para anular o efeito dessa despesa sobre o patrimônio líquido da

entidade.

Em geral, a despesa não-efetiva coincide com a despesa de capital.

Entretanto, há despesa de capital que é efetiva como, por exemplo, as

transferências de capital que causam decréscimo patrimonial e, por isso,

classificam-se como despesa efetiva.

Reconhecimento da Despesa (Sob o Enfoque Patrimonial)

Em obediência aos Princípios da Oportunidade e da Competência,

as despesas devem ser reconhecidas no momento da ocorrência do

fato gerador, independentemente de pagamento.

Na área pública, esse procedimento está legalmente embasado

pelos seguintes dispositivos:

Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar 101/00:

“Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade

pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes:

[...]

II – a despesa e a assunção de compromisso serão registradas

segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter

complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de

caixa;”

Observa-se que o ato da emissão do empenho não constitui

passivo para a administração pública, em virtude de ainda não ter

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havido a entrega do bem/serviço contratado. Na maioria das vezes,

o momento mais adequado para o reconhecimento da obrigação no

ente público coincide com a liquidação da despesa orçamentária,

conforme artigo 63 da lei nº 4.320/1964:

“Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito

adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos

comprobatórios do respectivo crédito.”

Conforme já visto acima, os mesmos artigos da Lei 4.320/1964, que

orientam a execução das Receitas, também dão as diretrizes para a

realização das Despesas. Vamos revisá-los:

“Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a

permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o

conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos

serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a

interpretação dos resultados econômicos e financeiros.”

“Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à

administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial.”

“Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que

abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as

variações independentes dessa execução e as superveniências e

insubsistência ativas e passivas, constituirão elementos da conta

patrimonial.”

Na maioria das vezes, o momento do fato gerador coincide com a

liquidação da despesa orçamentária, como, por exemplo, na entrega de

bens de consumo imediato ou de serviços contratados, que constituem

despesas efetivas. Neste caso, o reconhecimento da despesa orçamentária

coincidirá com a apropriação da despesa pelo enfoque patrimonial, visto

que ocorrerá uma redução na situação líquida patrimonial.

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Lançamentos Contábeis:

Empenho da Despesa Orçamentária

Título da Conta Sistema de Contas

D Crédito Disponível

C Crédito Empenhado a Liquidar

Orçamentário

Liquidação da Despesa Orçamentária e Apropriação da Despesa

Título da Conta Sistema de Contas

D Crédito Empenhado a Liquidar

C Crédito Empenhado Liquidado

Orçamentário

Título da Conta Sistema de Contas

D Despesa Orçamentária Efetiva

C Passivo Circulante

Financeiro

Em outras vezes, o momento da liquidação da despesa orçamentária

não coincide com o fato gerador. Exemplo: assinatura anual de revista.

Neste caso, o empenho e a liquidação (reconhecimento da despesa

orçamentária) ocorrerão em momento anterior ao fato gerador. Deve ser

apropriado um ativo relativo ao direito à assinatura anual e o

reconhecimento da despesa por competência deverá ser feita

mensalmente, nas contas do Sistema Patrimonial:

Lançamentos Contábeis:

Empenho da Despesa

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Título da Conta Sistema de Contas

D Crédito Disponível

C Crédito Empenhado a Liquidar

Orçamentário

Liquidação e reconhecimento do direito

Título da Conta Sistema de Contas

D Crédito Empenhado a Liquidar

C Crédito Empenhado Liquidado

Orçamentário

Título da Conta Sistema de Contas

D Despesa Orçamentária Não-Efetiva

C Passivo

Financeiro

Título da Conta Sistema de Contas

D Assinaturas e Anuidades a Apropriar

C Variação Ativa Orçamentária – Apropriação

de Direitos

Patrimonial

Pagamento

Título da Conta Sistema de Contas

D Passivo

C Bancos Conta Movimento

Financeiro

Reconhecimento da despesa por competência (mensalmente, na

proporção de 1/12)

Título da Conta Sistema de Contas

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D Variação Passiva Extra-Orçamentária

C Assinaturas e Anuidades a Apropriar

Patrimonial

Portanto, o reconhecimento da despesa por competência deve

ocorrer mesmo que ainda pendentes as fases de execução da

despesa orçamentária. Ou seja, tendo ocorrido o fato gerador, deve

haver o registro da obrigação no sistema patrimonial até que seja

empenhada e liquidada a despesa orçamentária, quando então deverá ser

reclassificado o passivo para o sistema financeiro. Por exemplo:

reconhecimento de dívida. Mesmo que não haja dotação orçamentária na

LOA, enquanto não for empenhada e liquidada a despesa orçamentária,

esta deverá estar registrada no Passivo Patrimonial.

Lançamentos Contábeis:

Reconhecimento de despesa por competência, tendo ocorrido o fato

gerador sem a existência de dotação orçamentária.

Título da Conta Sistema de Contas

D Variação Passiva Extra-Orçamentária

C Passivo Circulante

Patrimonial

Empenho (quando houver crédito orçamentário)

Título da Conta Sistema de Contas

D Crédito Disponível

C Crédito Empenhado a Liquidar

Orçamentário

Liquidação da Despesa

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Título da Conta Sistema de Contas

D Crédito Empenhado a Liquidar

C Crédito Empenhado Liquidado

Orçamentário

Título da Conta Sistema de Contas

D Despesa Orçamentária Não-Efetiva

C Passivo Circulante

Financeiro

Baixa do Passivo Patrimonial (no mesmo momento da liquidação)

Título da Conta Sistema de Contas

D Passivo Circulante

C Variação Ativa Extra-Orçamentária

Patrimonial

Relacionamento do Regime Orçamentário com o Regime de

Competência

A doutrina contábil costuma afirmar que na área pública o regime

contábil é um regime misto, ou seja, de competência para a despesa e de

caixa para a receita. Tal entendimento deriva da interpretação dada ao

artigo 35 da Lei nº 4.320/1964.

“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:

I – as receitas nele arrecadadas;

II – as despesas nele legalmente empenhadas.”

É preciso ter o conhecimento de que o artigo 35 da Lei nº

4.320/1964 refere-se ao regime orçamentário e não ao regime contábil

aplicável ao setor público, que é disciplinado na lei a partir do artigo 83.

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Dessa forma, a Lei nº 4.320/1964, em seus artigos 85, 89, 100 e

104, determina que as variações patrimoniais devam ser evidenciadas,

sejam elas independentes ou resultantes da execução

orçamentária, conforme já estudado na execução da Receita.

Observa-se na leitura dos referidos artigos que, além do registro dos

fatos ligados à execução orçamentária, exige-se a evidenciação dos

fatos ligados à execução financeira e patrimonial, exigindo que os

fatos modificativos sejam levados à conta de resultado e que as

informações contábeis permitam o conhecimento da composição

patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros de

determinado exercício.

Portanto, com o objetivo de evidenciar o impacto no Patrimônio,

deve haver o registro da despesa em função do fato gerador,

observando os Princípios da Competência e da Oportunidade, mas

em alguns casos, como no registro de despesas antecipadas, deve

haver o registro do empenho, da liquidação e do pagamento em contas

específicas antes da ocorrência do fato gerador, observando a proibição de

se efetuar a realização de despesa sem prévio empenho. Porém, é

possível compatibilizar e evidenciar, de maneira harmônica, as alterações

patrimoniais e as alterações orçamentárias ocorridas na entidade,

cumprindo assim, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e o

disposto na Lei nº 4.320/64.

Em geral, pode-se utilizar o momento da liquidação como

referência para o reconhecimento da despesa, pois, tendo por base

esse estágio da execução da despesa orçamentária, verifica-se a

existência de três tipos de relacionamento entre o momento de

reconhecimento da despesa orçamentária (liquidação) e o de

reconhecimento da despesa patrimonial (fato gerador):

Page 69: Direito financeiro

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a) Apropriação da despesa antes da liquidação – No registro da

provisão para 13º salário, situação em que se apropriam, mensalmente,

os direitos do trabalhador em função do mês trabalhado, e o empenho,

liquidação e pagamento ocorrem no mês de dezembro.

Apropriação mensal (1/12 do 13º salário)

Título da Conta Sistema de Contas

D Variação Passiva – Decréscimo Patrimonial

C Passivo – Provisão para 13º Salário

Patrimonial

Execução Orçamentária no mês de dezembro:

Empenho da Despesa

Título da Conta Sistema de Contas

D Crédito Disponível

C Crédito Empenhado a Liquidar

Orçamentário

Liquidação e transferência do passivo patrimonial para o financeiro

Título da Conta Sistema de Contas

D Crédito Empenhado a Liquidar

C Crédito Empenhado Liquidado

Orçamentário

Título da Conta Sistema de Contas

D Despesa Orçamentária Não-Efetiva

C Passivo – 13º Salário a pagar

Financeiro

Título da Conta Sistema de Contas

Page 70: Direito financeiro

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D Passivo – Provisão para 13º Salário

C Variação Ativa Orçamentária

Patrimonial

Pagamento

Título da Conta Sistema de Contas

D Passivo – 13º Salário a pagar

C Bancos Conta Movimento

Financeiro

b) Apropriação da despesa simultaneamente à liquidação – No

fornecimento de prestação de serviço de limpeza e conservação;

Lançamentos Contábeis:

Empenho do Contrato

Título da Conta Sistema de Contas

D Crédito Disponível

C Crédito Empenhado a Liquidar

Orçamentário

Liquidação Mensal

Título da Conta Sistema de Contas

D Crédito Empenhado a Liquidar

C Crédito Empenhado Liquidado

Orçamentário

Título da Conta Sistema de Contas

D Despesa Orçamentária

C Fornecedores

Financeiro

Page 71: Direito financeiro

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Pagamento

Título da conta Sistema de Contas

D Fornecedores

C Banco Conta Movimento

Financeiro

c) Apropriação da despesa após a liquidação – Na aquisição de

material de consumo que será estocado em almoxarifado para uso em

momento posterior, no qual será reconhecida a despesa;

Lançamentos Contábeis:

Empenho

Título da Conta Sistema de Contas

D Crédito Disponível

C Crédito Empenhado a Liquidar

Orçamentário

Liquidação e incorporação ao estoque

Título da Conta Sistema de Contas

D Crédito Empenhado a Liquidar

C Crédito Empenhado Liquidado

Orçamentário

Título da Conta Sistema de Contas

D Despesa Orçamentária Corrente

C Fornecedores

Financeiro

Título da Conta Sistema de Contas

D Almoxarifado Patrimonial

C Variação Ativa Orçamentária – Incorporação

Patrimonial

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de Estoque

Pagamento

Título da Conta Sistema de Contas

D Fornecedores

C Bancos Conta Movimento

Financeiro

Reconhecimento da Despesa por competência (no momento da saída do

estoque)

Título da Conta Sistema de Contas

D Variação Passiva Extra-Orçamentária – Baixa de Estoque C Almoxarifado

Patrimonial

Princípio Orçamentário da Legalidade

Tem o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado à

administração pública, segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou

deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou

seja, se subordina aos ditames da lei. A Constituição Federal de 1988,

no artigo 37 estabelece os princípios da administração pública, dentre os

quais o da legalidade e, no seu art. 165 estabelece a necessidade de

formalização legal das leis orçamentárias:

“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I – o plano plurianual;

II – as diretrizes orçamentárias;

III – os orçamentos anuais.”

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Técnica de execução da despesa pública: empenho, liquidação e

pagamento.

Para melhor compreensão do processo orçamentário, pode-se

classificar a despesa orçamentária em três etapas:

• Planejamento;

• Execução; e

• Controle e avaliação.

Planejamento: A etapa do planejamento e contratação abrange, de

modo geral, a fixação da despesa orçamentária, a

descentralização/movimentação de créditos, a programação orçamentária

e financeira e o processo de licitação.

Execução: Os estágios da despesa orçamentária pública na forma

prevista na Lei nº 4.320/1964 são: empenho, liquidação e pagamento.

Fixação

Antes de falarmos sobre os estágios estabelecidos pela lei,

precisamos acrescentar que a Fixação é considerada pela doutrina com

estágio da execução da despesa em virtude da interpretação de vários

dispositivos constitucionais, como os que vedam a concessão de créditos

ilimitados e a realização de despesas que excedam os créditos

orçamentários e adicionais (art. 167, II e VII, da CF/88).

Este estágio da despesa é representado pela autorização dada pelo

Poder Legislativo ao Poder Executivo, mediante a fixação de dotações

orçamentárias aprovadas na Lei Orçamentária Anual, para a execução de

programas pelos órgãos e unidades orçamentárias, para que possa gastar

os recursos públicos, mediante a emissão de empenho.

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• Empenho: Empenho, segundo o artigo 58 da Lei nº 4.320/1964, é

o ato emanado de autoridade competente que cria para o

Estado obrigação de pagamento pendente ou não de

implemento de condição. Consiste na reserva de dotação

orçamentária para um fim específico. E de acordo com seu artigo

35, pertencem ao exercício financeiro as despesas nele legalmente

empenhadas.

O empenho será formalizado mediante a emissão de um

documento denominado “Nota de Empenho”, do qual deve

constar o nome do credor, a especificação do credor e a

importância da despesa, bem como os demais dados

necessários ao controle da execução orçamentária.

Ressalta-se que o artigo 60 da Lei nº 4.320/1964 veda a

realização da despesa sem prévio empenho. Entretanto, o § 1º

do referido artigo estabelece que, em casos especiais, pode ser

dispensada a emissão do documento “nota de empenho”. Ou

seja, o empenho, propriamente dito, é indispensável.

Quando o valor empenhado for insuficiente para atender à

despesa a ser realizada, o empenho poderá ser reforçado. Caso

o valor do empenho exceda o montante da despesa realizada, o

empenho deverá ser anulado parcialmente. Será anulado

totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou

ainda, no caso de ter sido emitido incorretamente. Os empenhos

podem ser classificados em:

o Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de

valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento

deva ocorrer de uma só vez;

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o Estimativo: é o tipo de empenho utilizado para as despesas

cujo montante não se pode determinar previamente, tais

como serviços de fornecimento de água e energia elétrica,

aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e

o Global: é o tipo de empenho utilizado para despesas

contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a

parcelamento, como, por exemplo, os compromissos

decorrentes de aluguéis.

• Liquidação: Conforme dispõe o artigo 63 da Lei nº 4.320/1964, a

liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo

credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do

respectivo crédito e tem por objetivo apurar:

o A origem e o objeto do que se deve pagar;

o A importância exata a pagar; e

o A quem se deve pagar a importância para extinguir a

obrigação.

As despesas com fornecimento ou com serviços prestados

terão por base o contrato, ajuste ou acordo respectivo; a nota

de empenho; e os comprovantes da entrega de material ou da

prestação efetiva dos serviços.

• Pagamento: O pagamento consiste na entrega de numerário ao

credor por meio de cheque nominativo, ordens de pagamentos ou

crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular

liquidação da despesa.

A Lei nº 4.320/1964, em seu artigo 64, define ordem de

pagamento como sendo o despacho exarado por

Page 76: Direito financeiro

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autoridade competente, determinando que a despesa

liquidada seja paga.

Controle e Avaliação: Esta fase compreende a fiscalização

realizada pelos órgãos de controle e pela sociedade. O Sistema de

Controle visa à avaliação da ação governamental, da gestão dos

administradores públicos e da aplicação de recursos públicos por

entidades de Direito Privado, por intermédio da fiscalização contábil,

financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, com finalidade de:

a) Avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual,

a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; e

b) Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia

e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos

e entidades da Administração Pública, bem como da aplicação de

recursos públicos por entidades de direito privado.

Exercícios:

1 – (FCC - 2009 - TJ-PI - Analista Judiciário – Contabilidade) - No que

concerne ao empenho da despesa pública, é correto afirmar:

a) É permitida a realização de despesa sem prévio empenho.

b) O empenho da despesa cujo montante não se possa determinar é

denominado empenho global.

c) É permitido o empenho por estimativa de despesas contratuais e

outras, sujeitas a parcelamento.

d) Em casos especiais previstos na legislação específica, será dispensada a

emissão da nota de empenho.

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e) O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente

que somente cria para o Estado obrigação de pagamento após a

liquidação da despesa.

2 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário –

Contabilidade) - O servidor responsável quando empenha despesa pelo

seu valor total e efetua o pagamento de forma parcelada utiliza a

modalidade de empenho

a) por estimativa.

b) global.

c) ordinário.

d) específico.

e) total.

3 – (FCC - 2007 - TRE-MS - Analista Judiciário - Área Administrativa) - De

conformidade com o estabelecido pela Lei no 4.320/64, é correto afirmar

que:

a) O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente

que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de

implemento de condição.

b) A despesa anulada no exercício reverte-se à dotação. A despesa

anulada no exercício seguinte será considerada despesa extra-

orçamentária do ano em que se efetivar.

c) Em hipótese alguma será dispensada a emissão da Nota de Empenho.

d) A dívida flutuante compreende apenas os serviços da dívida a pagar,

depósitos e restos a pagar, excluídos os serviços da dívida.

e) O empenho da despesa pode exceder o limite de crédito concedido.

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4 – (ESAF – AFC/CGU – 2006) – A despesa orçamentária será efetivada

por meio do cumprimento de estágios. Com relação aos estágios da

despesa pública, identifique a opção incorreta.

a) É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

b) O empenho global é destinado a atender a despesa de valor não

quantificável durante o exercício.

c) A liquidação é o estágio que consiste na verificação do direito do

credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do

respectivo crédito.

d) O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente

que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de

implemento de condição.

e) O pagamento representa a fase final do processo de despesa pública e

somente poderá ser efetuado quando ordenado após sua regular

liquidação.

5 – (FCC – Auditor/TCE-SP - 2008) - Sobre a despesa pública e seu

processamento, é correto afirmar:

a) O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente

que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de

implemento de condição.

b) É permitida a realização de despesa sem prévio empenho e, em casos

especiais, justificados pela autoridade competente, será dispensada a

emissão da nota de empenho.

c) Não será permitido o empenho por estimativa, quando o montante da

despesa não se possa determinar.

d) Não é permitido o empenho global de despesas contratuais e outras,

sujeitas a parcelamento.

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e) Para cada empenho será extraído um documento denominado

"autorização de empenho" que indicará o nome do devedor, a

representação e a importância da despesa.

6 – (ESAF – Sefaz/CE – Analista – 2006) - Segundo a Lei n. 4.320/64, a

realização da despesa ocorre em três estágios: empenho, liquidação e

pagamento. Assinale a opção falsa em relação ao estágio liquidação.

a) A liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor.

b) Na liquidação, verifica-se a origem e o objeto que se deve pagar.

c) A liquidação de despesa, por fornecimento de bens ou serviços, deverá

ser realizada com base no contrato, se houver, e na nota de empenho.

d) A despesa pública é reconhecida no estágio da liquidação.

e) A liquidação da despesa somente pode ocorrer caso haja recursos em

caixa suficientes para pagá-la.

7 - (ESAF – AFC/CGU – 2008) - A Despesa Pública segue um ordenamento

jurídico, com requisitos que precisam ser atendidos em uma seqüência

específica, predeterminada e ordenada. No que diz respeito a esse

assunto, julgue os itens que se seguem e marque a opção que

corresponde à ordem correta.

I. É vedada a realização da despesa sem prévio empenho, mas em casos

especiais, previstos na legislação específica, poderá ser dispensada a

emissão da nota de empenho.

II. Ao final do exercício, não será anulado o empenho da despesa cujo

contrato estabelecer como data-limite, para a entrega do serviço, dia 31

de março.

III. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento

respectivo consignava créditos próprios, com saldo suficiente para atendê-

las, que não tenham sido processadas, na época própria, e cuja obrigação

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tenha sido cumprida pelo credor, deverão ser inscritas em Restos a Pagar

do exercício e pagas como tal.

IV. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos

concedidos, exceto no caso de créditos extraordinários.

V. Entre os estágios da despesa orçamentária, é somente na liquidação

que se reconhece a obrigação a pagar.

a) V,V,F,V,F

b) V,V,F,F,V

c) F,V,F,F,V

d) V,F,V,F,F

e) V,F,V,V,F

Gabarito:

1 – D 2 – B 3 – A

4 - B 5 - A 6 – E

7 – B

Page 81: Direito financeiro

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Lei de Responsabilidade Fiscal: receita e despesa públicas. Controle do déficit público e limitação de empenho e movimentação financeira. Renúncia de receita. Despesas continuadas: conceito, condições, limites e recondução aos limites; despesas obrigatórias e não obrigatórias; despesa com pessoal e despesa com seguridade social. Operações de crédito: conceito, condições, limites e recondução aos limites. Restos a pagar: conceito, condições.

A LRF dedicou especial atenção às Receitas e às Despesas,

regulando vários procedimentos que disciplinam a gestão fiscal

responsável dos recursos arrecadados pelo ente. Vejamos os artigos que

tratam especificamente do tema.

Receita corrente líquida

Art. 2º. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias,

de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços,

transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:

a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios

por determinação constitucional ou legal, e as contribuições

mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art.

239 da Constituição;

b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por

determinação constitucional;

c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos

servidores para o custeio do seu sistema de previdência e

assistência social e as receitas provenientes da compensação

financeira citada no § 9o do art. 201 da Constituição.

Page 82: Direito financeiro

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§ 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os

valores pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar no 87, de

13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das

Disposições Constitucionais Transitórias.

§ 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito

Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da

União para atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1o

do art. 19.

§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as

receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores,

excluídas as duplicidades.

Previsão e arrecadação

Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na

gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os

tributos da competência constitucional do ente da Federação.

Parágrafo único. É vedada a realização de transferências

voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se

refere aos impostos.

Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e

legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do

índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator

relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos

últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se

referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

§ 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será

admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

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§ 2o O montante previsto para as receitas de operações de crédito

não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto

de lei orçamentária.

§ 3o O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos

demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do

prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os

estudos e as estimativas das receitas para o exercício subseqüente,

inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.

Art. 13. No prazo previsto no art. 8o, as receitas previstas serão

desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação,

com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de

combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações

ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do

montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.

Renúncia de Receita

Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de

natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar

acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no

exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes,

atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma

das seguintes condições:

I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi

considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na forma

do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais

previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;

II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período

mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da

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elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação

de tributo ou contribuição.

§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito

presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração

de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução

discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que

correspondam a tratamento diferenciado.

§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício

de que trata o caput deste artigo decorrer da condição contida no inciso

II, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas

referidas no mencionado inciso.

§ 3o O disposto neste artigo não se aplica:

I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I,

II, IV e V do art. 153 da Constituição, na forma do seu § 1o;

II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos

respectivos custos de cobrança.

A LRF também dispensa tratamento detalhado de como deve ser a

composição das despesas e impõe limites rigorosos para sua criação.

Da Geração da Despesa

Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e

lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção de

obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17.

Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação

governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado

de:

I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no

exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes;

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II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem

adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e

compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes

orçamentárias.

§ 1o Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:

I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de

dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito

genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie,

realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam

ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício;

II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes

orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos,

prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer

de suas disposições.

§ 2o A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada

das premissas e metodologia de cálculo utilizadas.

§ 3o Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa considerada

irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.

§ 4o As normas do caput constituem condição prévia para:

I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou

execução de obras;

II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do art.

182 da Constituição.

Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado

Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa

corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo

normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por

um período superior a dois exercícios.

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§ 1o Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o

caput deverão ser instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art.

16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.

§ 2o Para efeito do atendimento do § 1o, o ato será acompanhado de

comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as

metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1o do art. 4o,

devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser

compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução

permanente de despesa.

§ 3o Para efeito do § 2o, considera-se aumento permanente de

receita o proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de

cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.

§ 4o A comprovação referida no § 2o, apresentada pelo proponente,

conterá as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do

exame de compatibilidade da despesa com as demais normas do plano

plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.

§ 5o A despesa de que trata este artigo não será executada antes da

implementação das medidas referidas no § 2o, as quais integrarão o

instrumento que a criar ou aumentar.

§ 6o O disposto no § 1o não se aplica às despesas destinadas ao

serviço da dívida nem ao reajustamento de remuneração de

pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição.

§ 7o Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada

por prazo determinado.

Das Despesas com Pessoal

Definições e Limites

Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como

despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da

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Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a

mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e

de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais

como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios,

proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive

adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de

qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições

recolhidas pelo ente às entidades de previdência.

§ 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra

que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão

contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal".

§ 2o A despesa total com pessoal será apurada somando-se a

realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente

anteriores, adotando-se o regime de competência.

Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da

Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e

em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da

receita corrente líquida, a seguir discriminados:

I - União: 50% (cinqüenta por cento);

II - Estados: 60% (sessenta por cento);

III - Municípios: 60% (sessenta por cento).

§ 1o Na verificação do atendimento dos limites definidos neste

artigo, não serão computadas as despesas:

I - de indenização por demissão de servidores ou empregados;

II - relativas a incentivos à demissão voluntária;

III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6o do art.

57 da Constituição;

IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período

anterior ao da apuração a que se refere o § 2o do art. 18;

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V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e

Roraima, custeadas com recursos transferidos pela União na forma dos

incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e do art. 31 da Emenda

Constitucional no 19;

VI - com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico,

custeadas por recursos provenientes:

a) da arrecadação de contribuições dos segurados;

b) da compensação financeira de que trata o § 9o do art. 201 da

Constituição;

c) das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado

a tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos,

bem como seu superávit financeiro.

§ 2o Observado o disposto no inciso IV do § 1o, as despesas com

pessoal decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas no limite do

respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.

Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá

exceder os seguintes percentuais:

I - na esfera federal:

a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o Legislativo,

incluído o Tribunal de Contas da União;

b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;

c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) para o

Executivo, destacando-se 3% (três por cento) para as despesas com

pessoal decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da

Constituição e o art. 31 da Emenda Constitucional no 19, repartidos de

forma proporcional à média das despesas relativas a cada um destes

dispositivos, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos

três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação

desta Lei Complementar;

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d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Público da

União;

II - na esfera estadual:

a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de

Contas do Estado;

b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;

c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;

d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados;

III - na esfera municipal:

a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de

Contas do Município, quando houver;

b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo.

§ 1o Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites

serão repartidos entre seus órgãos de forma proporcional à média das

despesas com pessoal, em percentual da receita corrente líquida,

verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da

publicação desta Lei Complementar.

§ 2o Para efeito deste artigo entende-se como órgão:

I - o Ministério Público;

II- no Poder Legislativo:

a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de Contas da União;

b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribunais de Contas;

c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas

do Distrito Federal;

d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de Contas do

Município, quando houver;

III - no Poder Judiciário:

a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da Constituição;

b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando houver.

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§ 3o Os limites para as despesas com pessoal do Poder Judiciário, a

cargo da União por força do inciso XIII do art. 21 da Constituição, serão

estabelecidos mediante aplicação da regra do § 1o.

§ 4o Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos

Municípios, os percentuais definidos nas alíneas a e c do inciso II do

caput serão, respectivamente, acrescidos e reduzidos em 0,4% (quatro

décimos por cento).

§ 5o Para os fins previstos no art. 168 da Constituição, a entrega dos

recursos financeiros correspondentes à despesa total com pessoal por

Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentuais definidos

neste artigo, ou aqueles fixados na lei de diretrizes orçamentárias.

Quadro esquemático dos limites de despesa com pessoal

Executivo Legislativo

e TC

Judiciário Ministério

Público

Totais

União 40,9% 2,5% 6% 0,6% 50%

Estados/DF 49% 3% 6% 2% 60%

Estados

com TC dos

Municípios

48,6% 3,4% 6% 2% 60%

Municípios 54% 6% - - 60%

Do Controle da Despesa Total com Pessoal

Art. 21. É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da

despesa com pessoal e não atenda:

I - as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar, e o

disposto no inciso XIII do art. 37 e no § 1o do art. 169 da Constituição;

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II - o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com

pessoal inativo.

Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato de que

resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta

dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou

órgão referido no art. 20.

Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos

arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada quadrimestre.

Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95%1

(noventa e cinco por cento) do limite, são vedados ao Poder ou órgão

referido no art. 20 que houver incorrido no excesso:

I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de

remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou

de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no

inciso X do art. 37 da Constituição;

II - criação de cargo, emprego ou função;

III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de

despesa;

IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de

pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de

aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde

e segurança;

V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II

do § 6o do art. 57 da Constituição e as situações previstas na lei de

diretrizes orçamentárias.

Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido

no art. 20, ultrapassar os limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo

das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser

eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um 1 Limite Prudencial.

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terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas

nos §§ 3o e 4o do art. 169 da Constituição.

§ 3o Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto

perdurar o excesso, o ente não poderá:

I - receber transferências voluntárias;

II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;

III - contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas

ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução

das despesas com pessoal.

§ 4o As restrições do § 3o aplicam-se imediatamente se a despesa

total com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano

do mandato dos titulares de Poder ou órgão referidos no art. 20.

Das Despesas com a Seguridade Social

Art. 24. Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade

social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação da

fonte de custeio total, nos termos do § 5o do art. 195 da Constituição,

atendidas ainda as exigências do art. 17.

§ 1o É dispensada da compensação referida no art. 17 o aumento

de despesa decorrente de:

I - concessão de benefício a quem satisfaça as condições de

habilitação prevista na legislação pertinente;

II - expansão quantitativa do atendimento e dos serviços

prestados;

III - reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de

preservar o seu valor real.

§ 2o O disposto neste artigo aplica-se a benefício ou serviço de

saúde, previdência e assistência social, inclusive os destinados aos

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servidores públicos e militares, ativos e inativos, e aos

pensionistas.

Da Dívida e do Endividamento

Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as

seguintes definições:

I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total,

apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da

Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados

e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo

superior a doze meses;

II - dívida pública mobiliária: dívida pública representada por

títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil,

Estados e Municípios;

III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em

razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição

financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da

venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras

operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

IV - concessão de garantia: compromisso de adimplência de

obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou

entidade a ele vinculada;

V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos

para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.

§ 1o Equipara-se a operação de crédito a assunção, o

reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação,

sem prejuízo do cumprimento das exigências dos arts. 15 e 16.

§ 2o Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à

emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil.

Page 94: Direito financeiro

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§ 3o Também integram a dívida pública consolidada as

operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas

tenham constado do orçamento.

§ 4o O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não

excederá, ao término de cada exercício financeiro, o montante do final do

exercício anterior, somado ao das operações de crédito autorizadas no

orçamento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de

atualização monetária.

Dos Limites da Dívida Pública e das Operações de Crédito

Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação desta Lei

Complementar, o Presidente da República submeterá ao:

I - Senado Federal: proposta de limites globais para o montante da

dívida consolidada da União, Estados e Municípios, cumprindo o que

estabelece o inciso VI do art. 52 da Constituição, bem como de limites e

condições relativos aos incisos VII, VIII e IX do mesmo artigo;

II - Congresso Nacional: projeto de lei que estabeleça limites para o

montante da dívida mobiliária federal a que se refere o inciso XIV do art.

48 da Constituição, acompanhado da demonstração de sua adequação aos

limites fixados para a dívida consolidada da União, atendido o disposto no

inciso I do § 1o deste artigo.

§ 1o As propostas referidas nos incisos I e II do caput e suas

alterações conterão:

I - demonstração de que os limites e condições guardam coerência

com as normas estabelecidas nesta Lei Complementar e com os objetivos

da política fiscal;

II - estimativas do impacto da aplicação dos limites a cada uma das

três esferas de governo;

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III - razões de eventual proposição de limites diferenciados por

esfera de governo;

IV - metodologia de apuração dos resultados primário e nominal.

§ 2o As propostas mencionadas nos incisos I e II do caput também

poderão ser apresentadas em termos de dívida líquida, evidenciando a

forma e a metodologia de sua apuração.

§ 3o Os limites de que tratam os incisos I e II do caput serão

fixados em percentual da receita corrente líquida para cada esfera

de governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federação que a

integrem, constituindo, para cada um deles, limites máximos.

§ 4o Para fins de verificação do atendimento do limite, a apuração do

montante da dívida consolidada será efetuada ao final de cada

quadrimestre.

§ 5o No prazo previsto no art. 5o, o Presidente da República enviará

ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional, conforme o caso, proposta

de manutenção ou alteração dos limites e condições previstos nos incisos I

e II do caput.

§ 6o Sempre que alterados os fundamentos das propostas de que

trata este artigo, em razão de instabilidade econômica ou alterações nas

políticas monetária ou cambial, o Presidente da República poderá

encaminhar ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional solicitação de

revisão dos limites.

§ 7o Os precatórios judiciais não pagos durante a execução do

orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida consolidada,

para fins de aplicação dos limites.

A dívida consolidada dos Estados, DF e Municípios é regulada pela

Resolução do Senado Federal n° 40/01 e as Operações de crédito destes

Entes pela Resolução do Senado Federal n° 43/01, reproduzidas a seguir:

Page 96: Direito financeiro

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Resolução do Senado Federal n° 40/01

Art. 3º A dívida consolidada líquida dos Estados, do Distrito Federal

e dos Municípios, ao final do décimo quinto exercício financeiro contado a

partir do encerramento do ano de publicação desta Resolução, não poderá

exceder, respectivamente, a:

I - no caso dos Estados e do Distrito Federal: 2 (duas) vezes a

receita corrente líquida, definida na forma do art. 2; e

II - no caso dos Municípios: a 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes

a receita corrente líquida, definida na forma do art. 2.

Parágrafo único. Após o prazo a que se refere o caput, a

inobservância dos limites estabelecidos em seus incisos I e II sujeitará os

entes da Federação às disposições do art. 31 da Lei Complementar nº

101, de 4 de maio de 2000.

Art. 4º No período compreendido entre a data da publicação desta

Resolução e o final do décimo quinto exercício financeiro a que se refere o

art. 3, serão observadas as seguintes condições:

I - O excedente em relação aos limites previstos no art. 3º apurado

ao final do exercício do ano da publicação desta Resolução deverá ser

reduzido, no mínimo, à proporção de 1/15 (um quinze avo) a cada

exercício financeiro;

II - para fins de acompanhamento da trajetória de ajuste dos limites

de que trata o art. 3, a relação entre o montante da dívida consolidada

líquida e a receita corrente líquida será apurada a cada quadrimestre civil

e consignada no Relatório de Gestão Fiscal a que se refere o art. 54 da Lei

Complementar nº 101, de 2000.

Resolução do Senado Federal n° 43/01

Page 97: Direito financeiro

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Art. 7º As operações de crédito interno e externo dos Estados, do

Distrito Federal, dos Municípios observarão, ainda, os seguintes limites:

I - o montante global das operações realizadas em um exercício

financeiro não poderá ser superior a 16% (dezesseis por cento) da receita

corrente líquida, definida no art. 4;

II - o comprometimento anual com amortizações, juros e demais

encargos da dívida consolidada, inclusive relativos a valores a

desembolsar de operações de crédito já contratadas e a contratar, não

poderá exceder a 11,5% (onze inteiros e cinco décimos por cento) da

receita corrente líquida;

Art. 10. O saldo devedor das operações de crédito por antecipação

de receita orçamentária não poderá exceder, no exercício em que estiver

sendo apurado, a 7% (sete por cento) da receita corrente líquida, definida

no art. 4, observado o disposto nos arts. 14 e 15.

Da Recondução da Dívida aos Limites

Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação

ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser

a ele reconduzida até o término dos três subseqüentes, reduzindo o

excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.

§ 1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:

I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou

externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvado o

refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária;

II - obterá resultado primário necessário à recondução da dívida

ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho,

na forma do art. 9o.

Page 98: Direito financeiro

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§ 2o Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto

perdurar o excesso, o ente ficará também impedido de receber

transferências voluntárias da União ou do Estado.

§ 3o As restrições do § 1o aplicam-se imediatamente se o montante

da dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do

mandato do Chefe do Poder Executivo.

§ 4o O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmente, a relação dos

entes que tenham ultrapassado os limites das dívidas consolidada e

mobiliária.

§ 5o As normas deste artigo serão observadas nos casos de

descumprimento dos limites da dívida mobiliária e das operações de

crédito internas e externas.

Das Operações de Crédito

Da Contratação

Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos

limites e condições relativos à realização de operações de crédito de cada

ente da Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou

indiretamente.

§ 1o O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em

parecer de seus órgãos técnicos e jurídicos, demonstrando a relação

custo-benefício, o interesse econômico e social da operação e o

atendimento das seguintes condições:

I - existência de prévia e expressa autorização para a contratação,

no texto da lei orçamentária, em créditos adicionais ou lei específica;

II - inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos

provenientes da operação, exceto no caso de operações por antecipação

de receita;

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III - observância dos limites e condições fixados pelo Senado

Federal;

IV - autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de

operação de crédito externo;

V - atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da

Constituição;

VI - observância das demais restrições estabelecidas nesta Lei

Complementar.

Das Vedações

Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da dívida

pública a partir de dois anos após a publicação desta Lei Complementar.

Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente

da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia,

fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas

entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação,

refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente.

§ 1o Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as

operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação,

inclusive suas entidades da administração indireta, que não se destinem

a:

I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;

II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição

concedente.

§ 2o O disposto no caput não impede Estados e Municípios de

comprar títulos da dívida da União como aplicação de suas

disponibilidades.

Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição

financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de

beneficiário do empréstimo.

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Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição

financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública

para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de

emissão da União para aplicação de recursos próprios.

Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:

I - captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo

ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo

do disposto no § 7o do art. 150 da Constituição;

II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder

Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com

direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação;

III - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou

operação assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços,

mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando

esta vedação a empresas estatais dependentes;

IV - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com

fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços.

Das Operações de Crédito por Antecipação de Receita

Orçamentária

Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se

a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá

as exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes:

I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do

exercício;

II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes,

até o dia dez de dezembro de cada ano;

III - não será autorizada se forem cobrados outros encargos que

não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada

à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir;

Page 101: Direito financeiro

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IV - estará proibida:

a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não

integralmente resgatada;

b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou

Prefeito Municipal.

§ 1o As operações de que trata este artigo não serão computadas

para efeito do que dispõe o inciso III do art. 167 da Constituição, desde

que liquidadas no prazo definido no inciso II do caput.

§ 2o As operações de crédito por antecipação de receita realizadas

por Estados ou Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito

junto à instituição financeira vencedora em processo competitivo

eletrônico promovido pelo Banco Central do Brasil.

§ 3o O Banco Central do Brasil manterá sistema de acompanhamento

e controle do saldo do crédito aberto e, no caso de inobservância dos

limites, aplicará as sanções cabíveis à instituição credora.

Da Garantia e da Contragarantia

Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações de

crédito internas ou externas, observados o disposto neste artigo, as

normas do art. 32 e, no caso da União, também os limites e as condições

estabelecidos pelo Senado Federal.

§ 1o A garantia estará condicionada ao oferecimento de

contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a ser

concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente a

suas obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas,

observado o seguinte:

I - não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio

ente;

Page 102: Direito financeiro

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II - a contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou

pelos Estados aos Municípios, poderá consistir na vinculação de receitas

tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de

transferências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor

para retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da dívida

vencida.

§ 2o No caso de operação de crédito junto a organismo

financeiro internacional, ou a instituição federal de crédito e fomento

para o repasse de recursos externos, a União só prestará garantia a ente

que atenda, além do disposto no § 1o, as exigências legais para o

recebimento de transferências voluntárias.

§ 5o É nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo

Senado Federal.

§ 6o É vedado às entidades da administração indireta, inclusive

suas empresas controladas e subsidiárias, conceder garantia, ainda

que com recursos de fundos.

§ 7o O disposto no § 6o não se aplica à concessão de garantia por:

I - empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à

prestação de contragarantia nas mesmas condições;

II - instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei.

§ 8o Excetua-se do disposto neste artigo a garantia prestada:

I - por instituições financeiras estatais, que se submeterão às

normas aplicáveis às instituições financeiras privadas, de acordo com a

legislação pertinente;

II - pela União, na forma de lei federal, a empresas de natureza

financeira por ela controladas, direta e indiretamente, quanto às

operações de seguro de crédito à exportação.

§ 9o Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de garantia

prestada, a União e os Estados poderão condicionar as transferências

constitucionais ao ressarcimento daquele pagamento.

Page 103: Direito financeiro

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§ 10. O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela União

ou por Estado, em decorrência de garantia prestada em operação de

crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos ou financiamentos até a

total liquidação da mencionada dívida.

Dos Restos a Pagar

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20,

nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação

de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,

ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que

haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão

considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final

do exercício.

Restos a Pagar Lei 4.320/64

Na execução do orçamento, por mais que ocorram esforços para o

cumprimento do princípio da anualidade, sempre restam obrigações que

ficaram sem seu devido pagamento, mas que ainda constituem

pendências orçamentárias e que a Lei 4.320/64 nomeia Restos a Pagar.

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas

mas não pagas até o dia 31 de dezembro distinguindo-se as

processadas das não processadas.

Pelo regime de competência as despesas devem ser computadas

quando empenhadas (realizadas). Se esta despesa for paga no exercício

seguinte será considerada extraorçamentária. E, conforme orienta o

artigo 103 da Lei 4.320/64 em seu parágrafo único: Os Restos a Pagar

Page 104: Direito financeiro

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do exercício serão computados na receita extraorçamentária para

compensar sua inclusão na despesa orçamentária, ou seja, a Inscrição

de Restos a Pagar é uma receita extraorçamentária.

Quando uma despesa empenhada é inscrita em Restos a Pagar (RP)

duas situações podem ter acontecido até o dia 31 de dezembro.

RP Processados: significa que a despesa além de empenhada foi

também liquidada, ou seja, foi reconhecido o direito liquido e certo do

credor, faltando apenas o pagamento.

RP Não Processados: neste caso, a despesa foi empenhada, mas

como não ocorreu a entrega do bem ou serviço por parte do fornecedor

até o fim do exercício financeiro, esta não foi liquidada, mas não será

imediatamente cancelada pois ainda é possível que a despesa se realize

no exercício seguinte, desde que sejam atendidas certas condições

previstas no Decreto 93.872/86:

Art . 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado

anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando:

I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo

credor, nele estabelecida;

II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em

cursos a liquidação da despesa ou seja de interesse da Administração

exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;

III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou

privadas;

IV - corresponder a compromissos assumidos no exterior.

Caso a despesa inscrita em restos a pagar venha a ser cancelada

mas ainda seja válido do direito do credor (RP com prescrição

interrompida), estes poderão ser pagos à conta de despesas de

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exercícios anteriores, que veremos em detalhes mais adiante. A LRF

também disciplina a inscrição de restos a pagar em seu artigo 42:

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20,

nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação

de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que

tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja

suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão

considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final

do exercício.

Os Restos a Pagar serão pagos no exercício seguinte à conta das

dotações orçamentárias obedecendo aos procedimentos legais (empenho

e liquidação). Caso até 31 de dezembro estes não tenham sido cobrados,

serão automaticamente cancelados, restando ainda o direito do credor em

cobrar o pagamento por um período de cinco anos a partir da inscrição

dos Restos a Pagar. Nesta situação, os Restos a Pagar serão pagos com

recursos de dotação destinada ao pagamento de Despesas de Exercícios

Anteriores.

Exercícios:

1 - (ESAF – APO/MPOG -2008) - A Lei de Responsabilidade Fiscal, na

seção que trata dos limites da Dívida Pública e das Operações de Crédito

determina que, para fins de verificação do atendimento do limite, a

apuração do montante da dívida consolidada será efetuada ao final de

cada:

a) mês.

b) semestre.

c) trimestre.

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d) quadrimestre.

e) ano.

2 - (FCC - 2007 - TRF-2R - Analista Judiciário - Área Administrativa) -

Conforme Lei Federal no 4.320/64, artigo 36: Consideram-se restos a

pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro,

distinguindo-se as processadas das não processadas. Despesa não

processada é aquela

a) operação do sistema financeiro de escrituração contábil, sendo a

despesa realizada normalmente pela sua liquidação, e lançada como

despesa orçamentária do exercício a pagar.

b) cujo empenho foi legalmente emitido, mas depende, ainda, da fase de

dotação orçamentária.

c) cujo empenho foi entregue ao credor, que por sua vez entregou o

material, prestou o serviço e a despesa foi considerada liquidada, estando

na fase de pagamento.

d) que em termos orçamentários foi considerada despesa realizada,

faltando apenas o processamento do pagamento.

e) cujo empenho foi legalmente emitido, mas depende, ainda, da fase de

liquidação.

3 - (ESAF – AFC/CGU – 2008) - A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF

instituiu mecanismos mais rigorosos para a administração das finanças

nas três esferas de governo e funciona como um código de conduta para

os administradores públicos, que devem obedecer às normas e limites

estabelecidos na lei. Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, assinale

a opção incorreta.

a) A LRF estabelece limites para gastos com pessoal, sendo que na União

esse limite chega a 50% do total das Receitas Correntes.

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b) São princípios gerais da LRF o Planejamento, a Transparência e a

Responsabilização.

c) Estão sujeitos às disposições da LRF todos os entes da federação

inclusive suas empresas estatais dependentes na forma definida na Lei.

d) São exemplos de instrumentos de transparência da gestão fiscal,

segundo a LRF: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias;

as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório

Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal.

e) A LRF proíbe a realização de operação de crédito entre entes da

Federação, inclusive por intermédio de fundo, ainda que sob a forma de

novação de dívida contraída anteriormente.

4 - (ESAF – AFC/CGU – 2008) - A LRF estabelece a obrigatoriedade do

Poder Executivo elaborar a programação financeira e o cronograma de

execução mensal de desembolso e, quando for o caso, poderá ser

promovida a limitação de empenho e de movimentação financeira. No que

se refere a esses procedimentos, assinale a opção correta.

a) Em nenhuma hipótese serão objeto de limitação as despesas que

constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas

destinadas ao pagamento do serviço da dívida.

b) Se verificada a necessidade de contingenciamento, cada um dos

poderes, por ato próprio e nos montantes necessários, terá até o final do

bimestre seguinte para efetuar a limitação de empenho e movimentação

financeira.

c) No governo federal, os saldos de caixa apurados ao final do exercício e

que integraram o superávit primário são utilizados para pagamento da

dívida pública, independentemente de sua vinculação.

d) Os critérios para realização da limitação de empenho e de

movimentação financeira serão estabelecidos na Lei Orçamentária Anual.

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e) A limitação de que trata a LRF somente acontecerá se verificado que ao

final do quadrimestre a realização da receita poderá não comportar o

cumprimento das metas de resultado primário e nominal estabelecidas na

LDO.

5 - (ESAF – AFC/STN – 2008) - A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF):

a) exige a liquidação das operações de ARO (antecipação de receitas

orçamentárias) até o final do exercício financeiro de sua contratação.

b) veda a inscrição em restos a pagar nos últimos dois anos do mandato,

quando não houver disponibilidade financeira suficiente para o seu

pagamento.

c) proíbe aumento de despesa de pessoal ao longo de todo o último ano

do mandato.

d) estabelece limite para os gastos com pessoal de 60% sobre a receita

corrente líquida, para a União, os Estados e Municípios.

e) considera que os gastos com inativos e pensionistas não devem ser

incluídos nas despesas com pessoal.

6 - (ESAF – APO/MPOG – 2005) - A Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF

(Lei Complementar nº 101/2000) estabelece normas de finanças públicas

voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. Com base nas normas

da LRF, aponte a única norma não pertinente.

a) Orçamento público – rigoroso equilíbrio entre receita e despesa.

b) Receita pública – previsão e arrecadação.

c) Despesa pública – definições e limites.

d) Gestão patrimonial.

e) Poupança pública – definições, limites e fiscalização.

7 - (ESAF – AFC/CGU – 2006) - Na Lei de Responsabilidade Fiscal,

aprovada em maio de 2000, enfatiza-se a transparência como condição

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para o controle social das ações dos governos, a fim de que os

contribuintes tomem consciência do uso que os administradores públicos

dão aos recursos extraídos da tributação. Entre as normas estabelecidas

pela LRF aponte a opção errada.

a) Limites para gastos com pessoal – a remuneração dos servidores não

deve ultrapassar a 60% das receitas líquidas correntes.

b) Limites para o endividamento – o Senado pode aprovar uma revisão

dos limites atuais proposta pelo Presidente da República.

c) Metas fiscais anuais – o planejamento orçamentário deve estabelecer

metas fiscais para três anos consecutivos.

d) Provisão para despesas correntes – as autoridades públicas não podem

tomar medidas que criem despesas futuras que durem mais de dois anos

sem apontar para uma fonte de financiamento ou um corte compensatório

em outros gastos.

e) Provisão especial para os anos eleitorais – a lei proíbe que os

governadores e prefeitos nos dois últimos anos do mandato antecipem

receitas tributárias por meio de empréstimo de curto prazo, concedam

aumento de salários e contratem novos servidores públicos.

8 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Os

dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal não obrigam:

a) a administração direta municipal.

b) as autarquias e fundações estaduais.

c) os tribunais de contas municipais.

d) as empresas controladas não dependentes estaduais.

e) as empresas estatais federais que recebem recursos para pagamento

de despesas com pessoal, custeio ou capital.

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9 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Acerca da

repartição dos limites globais da despesa com pessoal estabelecidos na Lei

Complementar n. 101/2000, é correto afirmar que:

a) a despesa com pessoal dos Tribunais de Contas será inclusa nos limites

do respectivo Poder Judiciário.

b) na esfera municipal, o limite para o Ministério Público está incluído no

do respectivo Poder Executivo.

c) na União, inclui-se no limite do Poder Executivo as despesas com

pessoal do Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Distrito Federal e

Territórios.

d) no ministério público de cada esfera, o limite será repartido entre seus

ramos proporcionalmente à média das despesas com pessoal, em

percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios

financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF.

e) a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total

com pessoal do Poder Executivo será a resultante da aplicação dos limites

com pessoal.

10 – (FCC - 2007 - TRE-PB - Técnico Judiciário - Especialidade –

Contabilidade) - Os Restos a Pagar do exercício são computados na

receita extra-orçamentária para

a) compensar sua inclusão no ativo compensado.

b) equilibrar o resultado independente da execução orçamentária.

c) compensar sua inclusão na despesa orçamentária.

d) ajustar o balanço patrimonial.

e) evitar uma insubsistência passiva.

11 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Segundo a

Lei Complementar n. 101/2000, a responsabilidade na gestão fiscal não

pressupõe

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a) ação planejada e transparente.

b) prevenção de riscos e correção de desvios.

c) cumprimento de metas de resultado entre despesas e receitas.

d) obediência às condições para a inscrição de restos a pagar.

e) observância aos limites para a despesa com serviços de terceiros.

12 – (FCC - 2007 - TRE-PB - Analista Judiciário - Área Administrativa) -

Restos a Pagar decorrem de

a) despesas orçamentárias empenhadas, mas não pagas até o término do

exercício financeiro.

b) obrigação de despesa contraída entre maio e dezembro do último ano

do mandato.

c) despesas extra-orçamentárias, regularmente empenhadas, mas não

quitadas até 31 de novembro de cada ano civil.

d) dívidas assumidas em anos anteriores, ainda não empenhadas.

e) valor principal das operações de crédito por antecipação da receita

orçamentária (ARO).

13 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - A Lei

Complementar n. 101/2000, entre os conceitos e definições acerca da

dívida e do endividamento público, adota o seguinte:

a) a dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante total

sem duplicidade das obrigações financeiras do ente da Federação para

amortização em prazo não superior a doze meses.

b) a dívida pública mobiliária corresponde à dívida pública representada

por títulos emitidos e contratos assumidos pela União, inclusive os do

Banco Central, pelos Estados, Distrito Federal e Municípios.

c) a concessão de garantia corresponde aos ativos vinculados por ente da

Federação ou entidade a ele vinculada ao compromisso de adimplência de

obrigação financeira ou contratual assumida por outro ente da Federação.

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d) considera-se operação de crédito, a aquisição financiada de bens,

recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de

bens e serviços, e o arrendamento mercantil, inclusive com o uso de

derivativos financeiros.

e) o refinanciamento da dívida mobiliária corresponde à emissão de títulos

por ente da Federação para pagamento do principal acrescido dos

respectivos juros e atualização monetária dessa dívida.

14 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Acerca das

diretrizes para o estabelecimento dos limites para a dívida pública e a

realização de operações de crédito estabelecidas pela Lei de

Responsabilidade Fiscal, não é correto afirmar:

a) os limites para a dívida pública e a realização de operações de crédito

serão fixados em proporção da receita corrente líquida para cada uma das

esferas de governo, e serão aplicados igualmente a todos os entes da

Federação integrantes da respectiva esfera.

b) o refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao

término do exercício financeiro, o montante ao final do exercício anterior,

acrescido das operações de crédito autorizadas no orçamento e realizadas

para esse fim, acrescido de atualização monetária.

c) os limites globais e condições para as operações de crédito externo e

interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de

suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público

Federal, serão estabelecidos pelo Senado Federal por proposta do Chefe

do Poder Executivo da União.

d) os limites globais para o montante da dívida consolidada da União,

Estados e Municípios serão fixados pelo Senado Federal por proposta do

Chefe do Poder Executivo da União.

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e) os limites para o montante da dívida mobiliária federal, estadual e

municipal serão estabelecidos pelo Congresso Nacional, mediante projeto

de lei encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo da União.

15 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - De acordo

com a Lei Complementar n. 101/2000, o estabelecimento da programação

financeira e do cronograma de execução mensal de desembolso

obedecerá, entre outras diretrizes, à

a) manutenção dos recursos legalmente vinculados à finalidade específica

no mesmo exercício em que ocorrer o ingresso.

b) avaliação trimestral do cumprimento das metas de resultado primário e

nominal.

c) possibilidade de limitação das despesas destinadas ao pagamento do

serviço da dívida.

d) recomposição ilimitada das dotações orçamentárias objeto de limitação

de empenho, em caso de restabelecimento da receita prevista.

e) extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e

Ministério Público.

16 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Com base na

Lei de Responsabilidade Fiscal, não é correto afirmar acerca da apuração

dos limites com pessoal:

a) não serão computados no limite de pessoal da União os valores

transferidos ao Distrito Federal e aos Estados do Amapá e Roraima.

b) as despesas com pessoal da administração direta decorrentes de

sentenças judiciais serão incluídas no limite do respectivo órgão ou

entidade.

c) não serão computadas as despesas com pessoal decorrentes da

convocação extraordinária do Congresso Nacional.

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d) serão computadas as despesas com pessoal decorrentes de decisão

judicial da competência do mesmo período de apuração do limite.

e) não serão computadas as despesas com pessoal inativo custeadas por

meio de fundo específico decorrentes da contribuição dos servidores

inativos.

17 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Com base na

Lei de Responsabilidade Fiscal, não é lícito afirmar acerca da previsão e

arrecadação da receita pública:

a) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos são

requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal.

b) as previsões de receita devem considerar, entre outros fatores

relevantes, os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice

de preços e do crescimento econômico.

c) é vedada a realização de transferências voluntárias ao ente da

federação que não institui, prevê e arrecada todos os tributos.

d) a reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só poderá ser

feita em caso de erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

e) em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, o Poder Executivo

deve desdobrar as receitas previstas em metas bimestrais de arrecadação.

18 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Segundo a

Lei Complementar n. 101/2000, acerca da renúncia de receita, pode-se

afirmar que

a) a concessão da renúncia de receita deve estar acompanhada de

estimativa do impacto orçamentário financeiro, nos próximos três

exercícios.

b) uma das condições para a concessão de renúncia de receita é a adoção

de medidas compensatórias, por meio da redução das despesas.

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c) as condições para a renúncia de receita não se aplicam em caso de

redução das alíquotas do Imposto de Renda.

d) a renúncia de receita condicionada à adoção de medidas

compensatórias entra em vigor após verificado o efeito das medidas.

e) não se compreende, na renúncia de receita, a redução indiscriminada

de tributos ou contribuições.

19 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - De acordo

com a Lei Complementar n. 101/2000, é correto afirmar, acerca da

verificação do cumprimento aos limites da despesa com pessoal, que

a) se a despesa com pessoal exceder o limite, os gastos com cargos em

comissão ou funções de confiança deverão ser reduzidos no mínimo em

vinte por cento.

b) se a despesa com pessoal exceder a noventa e cinco por cento do

limite, é vedada, ao poder ou órgão em que incorrer, a concessão de

aumento decorrente da revisão geral anual de remuneração.

c) se a despesa com pessoal exceder o limite, o excesso deve ser

eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo no mínimo metade no

primeiro.

d) se a despesa com pessoal exceder o limite, e não alcançada a redução

no prazo estabelecido, enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá

receber transferências constitucionais.

e) a verificação do cumprimento aos limites será efetuada

quadrimestralmente, comparando o mês atual com os onze meses

anteriores.

20 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Com base na

Lei Complementar n. 101/2000, a receita corrente líquida compreende o

somatório de todas as naturezas de receitas correntes, deduzida(s):

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a) as transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios destinadas ao

custeio do Sistema Único de Saúde.

b) as parcelas entregues por Municípios aos Estados e Distrito Federal por

determinação constitucional.

c) a contribuição dos trabalhadores e empregadores para o custeio do

regime geral da previdência social.

d) as receitas correntes próprias arrecadadas pelas autarquias e

fundações públicas.

e) as contribuições dos entes públicos para os fundos de pensão das

empresas estatais.

21 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Para os

efeitos da Lei Complementar n.101/2000, considera-se despesa com

pessoal:

a) as reparações econômicas a anistiados políticos não membros da

administração pública.

b) o auxílio-alimentação dos servidores.

c) a terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira dos

servidores.

d) as aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de poder executivo.

e) as aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência

social.

22 - (ESAF – AFC/CGU – 2008) - Existem ocorrências especiais na

execução da despesa pública, tais como os restos a pagar. No que diz

respeito a esse assunto, julgue os itens que se seguem e marque a opção

que corresponde à seqüência correta.

I. Compreendem somente despesas empenhadas, liquidadas ou não, e

não-pagas até o final do exercício.

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II. O pagamento da despesa inscrita em Restos a Pagar independe de

autorização orçamentária.

III. A despesa empenhada e liquidada é passível de inscrição em Restos a

Pagar - Processados, enquanto as despesas empenhadas, mas não-

liquidadas, somente são passíveis de inscrição em Restos a Pagar - Não-

Processados, se forem atendidas determinadas condições.

IV. O superávit financeiro do exercício deve ser reservado

preferencialmente para pagamento de Restos a Pagar.

V. As dívidas de exercícios anteriores, reconhecidas na forma da legislação

pelo ordenador de despesa e que não foram pagas no exercício deverão

ser inscritas como Restos a Pagar.

a) V, V, F, F, F

b) F, F, V, F, F

c) V, V, V, F, F

d) V, F, F, V, V

e) F, F, V, V, V

23 – (ESAF – ACE/TCU – 2002) - As operações de crédito por antecipação

da receita, mais conhecidas como AROs, além de sujeitarem-se às normas

da Resolução nº 78/1988, do Senado da República, sujeitam-se à da Lei

de Responsabilidade Fiscal. Identifique a única opção proibida na

mencionada Lei, com relação às AROs.

a) Somente poderão ser realizadas a partir do 10º dia do início do

exercício.

b) Não serão autorizadas se forem cobrados outros encargos incidentes

que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou

indexada à taxa básica financeira, ou à que a vier substituir.

c) Deverão ser liquidadas (pagas), com juros e outros encargos

incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano.

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d) Estarão proibidas enquanto existir operação anterior da mesma

natureza não integralmente resgatada.

e) Serão permitidas suas contratações mesmo que seja o último ano de

mandato do Presidente, do Governador ou Prefeito Municipal.

24 – (FCC - 2007 - TRE-PB - Analista Judiciário - Área Administrativa) -

No que toca à despesa de pessoal, a Lei de Responsabilidade Fiscal

determina que

a) em até 3 (três) quadrimestres, tal gasto retome seu limite máximo.

b) o limite prudencial corresponde a 90% do limite máximo.

c) os limites são antepostos somente para todo o nível de governo; nunca

para cada Poder estatal.

d) os subsídios dos mandatos eletivos e o pagamento de pensionistas

integram ambos o cômputo daquele gasto público.

e) a apuração considera apenas o gasto havido no mês anterior,

proporcionalmente à receita corrente líquida.

25 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Técnico Judiciário - Tecnologia

da Informação)

Responsabilidade fiscal

Para disciplinar a aplicação do dinheiro público e regulamentar os limites

de endividamento, foi promulgada em 2000 a Lei de Responsabilidade

Fiscal (LRF). A aprovação da LRF é, nos últimos anos, a maior modificação

na gestão das finanças públicas no Brasil. Ela é um manual de regras

sobre como administrar as contas públicas, inspirado no Código de Boas

Práticas para a Transparência Fiscal, do Fundo Monetário Internacional

(FMI). Suas principais inovações são: fixar limites para as despesas com

pessoal; estabelecer regras que obrigam os poderes a indicar de onde

virão as receitas para fazer frente às despesas que suas iniciativas

implicam; definir regras para a criação e a administração de dívidas

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públicas. Além disso, estabelece normas e prazos para a divulgação das

contas públicas aos cidadãos, facilitando, assim, a fiscalização dos poderes

pelo povo.

Quem desobedecer à LRF se arrisca a perder o mandato, os direitos

políticos, a pagar pesadas multas e até a ser preso. Ela viabiliza a

fiscalização pela oposição e pela sociedade, que passaram a ter acesso

aos números e às contas públicas.

A lei autoriza, ainda, qualquer cidadão a entrar com uma ação judicial

pedindo seu cumprimento. Outro objetivo da lei é que ela se torne um

obstáculo à corrupção, por meio do controle público do orçamento.

Mas muitos municípios alegam dificuldade para se adaptar à legislação,

em especial por causa da alta soma que tem de ser comprometida com o

pagamento de dívidas passadas. Os prefeitos queixam-se de que suas

despesas aumentaram muito desde que assumiram os gastos com o

ensino fundamental e o atendimento básico de saúde, como determina a

Constituição de 1988. (Almanaque Abril 2009, p. 60)

Considere as seguintes afirmações:

I. A LRF assume um caráter de orientação para os gestores das finanças

públicas no Brasil, em consonância com orientações fixadas num código

do FMI.

II. Deve-se entender que os principais atingidos pelas sanções da LRF são

os políticos que ocupam cargos do poder legislativo e judiciário.

III. A LRF estende a todos os cidadãos o direito de fiscalizar os gastos

públicos, bem como o de promover ações judiciais contra os responsáveis

por irregularidades nesses gastos.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em

a) I.

b) II.

c) III.

d) I e II.

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e) I e III.

26 – (FCC - 2008 - MPE-PE - Promotor de Justiça) - A Lei de

Responsabilidade Fiscal

a) é uma lei complementar que prevê crimes de responsabilidade.

b) define os limites mínimos de despesas com pessoal da União, dos

Estados e do Distrito Federal.

c) disciplina a renúncia de receita, apresentando as condições para sua

efetivação.

d) disciplina o plano plurianual, definindo de forma enumerada seu

objeto.

e) é omissa quanto às operações créditos de cada ente da Federação.

27 – (FCC - 2006 - TRT-24R - Analista Judiciário - Área Administrativa) -

Nos três meses finais de seu mandato, determinado Prefeito Municipal

enviou projeto de lei à Câmara dos Vereadores propondo a criação de dez

cargos em comissão. No prazo de duas semanas, transformado em lei, os

servidores foram nomeados. Diante da situação narrada e, nos termos do

disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar no 101/00),

o ato

a) de nomeação é nulo, uma vez que nos 180 (cento e oitenta) dias que

antecedem o final do mandato apenas podem ser nomeados servidores

concursados.

b) de nomeação é válido, uma vez que expedido dentro de prazo de até 3

(três) meses que antecede o término do mandato.

c) que ocasionou o aumento de despesa com pessoal é anulável ante a

regra que proíbe a nomeação de servidores durante o último ano de

mandato.

d) que culminou com o aumento de despesas pode ser convalidado, no

exercício financeiro seguinte, pelo sucessor do prefeito.

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e) que resultou no aumento da despesa com pessoal é nulo de pleno

direito, posto que expedido dentro dos 180 (cento e oitenta) dias

anteriores ao final do mandato.

Gabarito:

1 – D 2 – E 3 – A 4 – A 5 – A

6 – E 7 – E 8 – D 9 – C 10 – C

11 – E 12 – A 13 – D 14 – E 15 – E

16 – A 17 – C 18 – E 19 – A 20 – C

21 – D 22 – C 23 – E 24 – D 25 – E

26 – C 27 – E

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Controle e transparência: controle pelos Tribunais de Contas e

pelo Poder Legislativo; penalidades administrativas e civis. Lei

complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Entre as funções básicas do Tribunal de Contas da União e, por

conseguinte, dos demais Tribunais, está a função sancionadora (incisos

VIII a XI do art. 71 da Constituição Federal), a qual configura-se na

aplicação de penalidades aos responsáveis, em caso de ilegalidade de

despesa ou irregularidade de contas. As sanções estão previstas na

Lei nº 8.443/92 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União) e também

na Lei n° 12.160/93 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas dos Municípios

do Estado do Ceará) e podem envolver desde aplicação de multa e

obrigação de devolução do débito apurado, até afastamento

provisório do cargo, o arresto dos bens de responsáveis julgados em

débito e a inabilitação para o exercício de cargo em comissão ou

função de confiança no âmbito da administração pública.

Cumpre destacar que essas penalidades não excluem a aplicação

de sanções penais, administrativas e eleitorais pelas autoridades

competentes, em razão das mesmas irregularidades constatadas pelos

Tribunal de Contas. Entre elas está a declaração de inelegibilidade por

parte da Justiça Eleitoral.

Periodicamente, os Tribunais de Contas enviam ao Ministério Público

Eleitoral os nomes dos responsáveis cujas contas foram julgadas

irregulares nos cinco anos anteriores, para os fins previstos na Lei

Complementar no 64/90, que trata da declaração de inelegibilidade.

Os Tribunais podem, ainda, conforme disposto nos incisos IX e X do

art. 71 da Constituição, fixar prazo para que o órgão ou entidade adote

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as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, caso haja

alguma ilegalidade, ou sustar o ato impugnado.

No caso de contratos, se não atendido, o Tribunal comunica o

fato ao Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, conforme o caso,

a quem compete adotar o ato de sustação.

A função sancionadora é crucial para que os Tribunais possam inibir

irregularidades e garantir o ressarcimento ao erário. Entre as penalidades

normalmente aplicadas estão, por exemplo, a aplicação de multa

proporcional ao débito imputado, multa por infração à LRF,

afastamento do cargo de dirigente que obstrui a auditoria,

decretação de indisponibilidade de bens por até um ano,

declaração de inidoneidade para contratar com a administração

pública por até cinco anos, declaração de inabilitação para o

exercício de função de confiança, dentre outras.

A decisão do Tribunal da qual resulte imputação de débito ou

cominação de multa torna a dívida líquida e certa e tem eficácia de título

executivo. Nesse caso, o responsável é notificado para, no prazo de

quinze dias, recolher o valor devido. Se o responsável, após ter sido

notificado, não recolher tempestivamente a importância devida, é

formalizado processo de cobrança executiva, o qual é encaminhado ao

Ministério Público junto ao Tribunal para promover a cobrança judicial da

dívida ou o arresto de bens.

Vamos ver o que a Lei Orgânica do TCM-CE diz sobre as sanções e

penalidades.

Aviso: o edital não deixou claro se será cobrado conhecimento

específico sobre o TCM-CE ou mais genérico sobre todos os Tribunais de

Contas. Recomendamos a leitura adicional dos artigos correspondentes na

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Lei Orgânica do TCU e respectivo Regimento Interno. Links disponíveis na

bibliografia.

SANÇÕES

SEÇÃO I

Disposições Gerais

Art. 54 O Tribunal de Contas dos Municípios poderá aplicar aos

Administradores ou responsáveis, na forma estabelecida no Regimento

Interno, as sanções previstas neste Capítulo.

SEÇÃO II

Multas

Art. 55 O Tribunal poderá aplicar multa de até cem por cento do

valor real do dano causado ao erário.

*Art. 56 O Tribunal poderá aplicar multas de até o valor

equivalente a 6.000 UFIRs (seis mil Unidades Fiscais de Referência) aos

responsáveis por:

* Alterado pela Lei nº13016, de 22 de maio de 2000 – D.O.E.

de 22.05.2000.

I - contas julgadas irregulares, de que não resulte débito, nos

termos do parágrafo único, do art.19 desta lei.

II - ato praticado com grave infração à norma legal ou

regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional

e patrimonial;

III - ato ilegítimo ou anti-econômico de que resulte injustificado

dano causado ao erário;

IV - não atendimento no prazo fixado, sem causa justificada, à

diligência do Relator ou à decisão do Tribunal;

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V - obstrução ao livre exercício das inspeções e auditorias

determinadas;

VI - sonegação de processo, documento ou informação em

inspeções e auditorias realizadas pelo Tribunal;

VII - atraso na remessa de balancetes mensais e prestação de

contas anual;

VIII- sonegação de livros e documentos de sua gestão;

IX - reincidência no descumprimento de determinação do Tribunal.

*Parágrafo 1º- No caso de extinção da Unidade Fiscal de

Referência enquanto não for fixado por lei outro valor unitário para

substituí-la, o Tribunal estabelecerá parâmetro a ser utilizado para o

cálculo de multa prevista neste artigo.

*Parágrafo 2º- Para efeito do disposto no artigo anterior, o

pagamento da multa arbitrada, poderá ser efetuada em até 24 (vinte e

quatro) parcelas mensais.

* Alterado pela Lei nº13016, de 22 de maio de 2000 – D.O.E.

de 22.05.2000.

Art. 57 O débito decorrente de multa aplicada pelo Tribunal de

Contas dos Municípios nos termos dos arts. 55, 56 desta lei, quando pago

após o seu vencimento, terá o valor real atualizado, nas datas do efetivo

pagamento.

SEÇÃO III

Outras Sanções

Art. 58 Ao responsável que tenha suas contas julgadas irregulares

poderá o Tribunal de Contas dos Municípios, aplicar, cumulativamente com

o previsto na seção anterior, a sanção de inabilitação para o exercício de

cargo em comissão ou de função gratificada na Administração Municipal,

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por prazo não superior a cinco anos, bem como, de servidor, a pena de

demissão na forma da lei, comunicando a decisão à autoridade

competente para a efetivação da medida.

Art. 59 O Tribunal poderá, por intermédio do Ministério Público,

solicitar à Procuradoria Geral da Justiça as medidas necessárias ao arresto

de bens dos responsáveis julgados em débito, devendo ser ouvido quanto

à liberação dos bens arrestados e as respectivas restituições.

Sanções previstas na LRF

Como um dos principais objetivos da LRF é promover a gestão fiscal

responsável, ela também prevê sanções os responsáveis pelo mau uso dos

recursos públicos. Essas sanções estão previstas na legislação que trata

dos crimes de responsabilidade fiscal (Lei 10.028, de 19 de outubro de

2000) e em outros instrumentos, conforme podemos depreender da

leitura do art. 73.

Art. 73. As infrações dos dispositivos desta Lei Complementar serão

punidas segundo o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940

(Código Penal); a Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950; o Decreto-Lei no

201, de 27 de fevereiro de 1967; a Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992; e

demais normas da legislação pertinente.

As penalidades alcançam todos os responsáveis, dos três poderes da

União, estados e municípios. E todo cidadão será parte legítima para

denunciar. São duas as sanções previstas:

Sanções Institucionais: recaem sobre o ente público.

Sanções Pessoais: recaem sobre o agente que cometer crime ou

infração administrativa.

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Medidas de responsabilização

Sanções Institucionais (LRF):

• Suspensão de transferências voluntárias: essas transferências

(federais e/ou estaduais) são geralmente efetivadas por meio de

convênios destinados a programas e obras de interesse da

população (educação, habitação, saneamento, etc.)

• Suspensão das contratações de operações de crédito.

• Suspensão de garantias e avais.

Sanções Pessoais (Lei nº 10.028/00):

• Esferas administrativas, civil e penal – penas funcionais,

patrimoniais e pessoais.

A punição penal, nos termos da Lei de Crimes, recairá sobre aquele

administrador público que não seguir as regras gerais da LRF, desde a

confecção das leis orçamentárias nos termos da Lei (artigo 4º), até a

publicação de todos os relatórios exigidos pela LRF, passando pela

observação dos limites para contratação de pessoal, serviços terceirizados

e endividamento. Cumpre ressaltar que a Lei 10.028 alterou o Decreto-Lei

nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a Lei nº 1.079, de

10 de abril de 1950 (Define os crimes de responsabilidade e regula o

respectivo processo de julgamento) e o Decreto-Lei nº 201, de 27 de

fevereiro de 1967 (dispõe sobre a responsabilidade dos Prefeitos e

vereadores, e dá outras providências).

As punições penais recairão diretamente sobre o agente

administrativo, importando na cassação de mandato, multa de 30% dos

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vencimentos anuais, inabilitação para o exercício da função pública e

detenção, que poderá variar entre 6 meses e 4 anos. Por outro lado, as

punições fiscais recairão sobre o ente público, o que representa a

transferência para a população local dos efeitos da irresponsabilidade

fiscal dos seus governantes. Resguarda a LRF no seu artigo 25º, a

garantia para a continuidade de transferências relativas as ações de

saúde, educação e assistência social . Isto no que diz respeito àqueles

convênios já em execução. O ente que estiver descumprindo a LRF não

poderá contratar novos convênios, nem mesmo aqueles destinados às

ações citadas anteriormente.

Transparência da Gestão Fiscal

(atenção: artigo da LRF recentemente alterado. Não deixe de ler

também na Lei os artigos 73-A, 73-B e 73-C)

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal,

aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos

de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes

orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer

prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o

Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses

documentos.

Parágrafo único. A transparência será assegurada também

mediante: (Redação dada pela Lei Complementar nº 131, de 2009).

I – incentivo à participação popular e realização de audiências

públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei

de diretrizes orçamentárias e orçamentos; (Incluído pela Lei

Complementar nº 131, de 2009).

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II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da

sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a

execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso

público; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).

III – adoção de sistema integrado de administração financeira

e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo

Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A. (Incluído pela Lei

Complementar nº 131, de 2009).

Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único

do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa

física ou jurídica o acesso a informações referentes a: (Incluído pela Lei

Complementar nº 131, de 2009).

I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades

gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua

realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número

do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à

pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso,

ao procedimento licitatório realizado; (Incluído pela Lei Complementar nº

131, de 2009).

II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a

receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos

extraordinários. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).

Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo

ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder

Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para

consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.

Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá

demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências financeiras oficiais de

fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e

Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com

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recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso

das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de

suas atividades no exercício.

Exercícios:

1- (FCC - 2007 - TRE-MS - Analista Judiciário - Área Administrativa) -

Corresponde à atividade exercida pelo Controle da Execução

Orçamentária:

a) Tem como único objetivo verificar o cumprimento da Lei do

Orçamento, pelo Poder Legislativo, conforme disposto na Lei no 4.320/64.

b) A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária de

forma prévia, concomitante e subseqüente.

c) Permitir ao Ministério Público exigir a limitação de empenho quando,

verificado que, ao final de um semestre, a realização da receita poderá

não cumprir as metas de resultado primário estabelecidos no Anexo de

Metas Fiscais.

d) Determinar que o montante previsto para as receitas de operações de

crédito poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do

projeto de lei orçamentária.

e) Especificar quais as despesas destinadas ao pagamento do serviço da

dívida que podem ser objeto de limitação.

Gabarito:

1 - B

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