Caro aluno, o autor deste trabalho empregou muitas horas de dedicação para produzi-lo com conteúdo de qualidade e, assim, contribuir para sua aprovação. Não copie e nem distribua este material sem prévia autorização. Respeite e incentive o trabalho do professor. Obrigado!
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Direito Financeiro
Analista de Controle Externo – TCM-CE 2010
Professora: Renata Castro Ventura
Caro aluno, o autor deste trabalho empregou muitas horas de dedicação para produzi-lo com conteúdo de qualidade e, assim, contribuir para sua aprovação. Não copie e nem distribua este material sem prévia autorização. Respeite e incentive o trabalho do professor. Obrigado!
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Pessoa!
É com enorme prazer que apresento a você minha singela
contribuição à sua aprovação. Acredito firmemente que o conteúdo desta
apostila lhe trará informação consistente e necessária para marcar muitos
pontos na prova de Direito Financeiro e ajudá-lo a se tornar um novo
membro da elite brasileira de controle e gestão.
Antes de você iniciar seus estudos, gostaria de fazer um apelo. Eu
sei bem que se preparar adequadamente para um concurso da relevância
do MPOG envolve muitos custos com livros, cursos, vídeo-aulas e
apostilas. Sei também que é muito comum o “compartilhamento” de
material on-line e que é difícil evitá-lo. Nem os grandes portais de cursos
online conseguem, não sou quem vai ter esta pretensão. Mas, na medida
do possível, peço a gentileza de não copiar ou divulgar este material sem
a minha prévia autorização.
Quero continuar a oferecer a você material de alta qualidade, mas
tudo isso demanda tempo, dedicação e dinheiro (dê uma olha na
bibliografia e você verá do que estou falando) e vou ficar muito feliz e
incentivada a continuar ao ver meu trabalho admirado e respeitado ;-P
Desculpe pela choradeira, pessoa!
E agora, bom proveito porque eu quero ver seu nome publicado no
Diário Oficial. E não esqueça, caso tenha alguma dúvida, me procure
online.
Renata
Caro aluno, o autor deste trabalho empregou muitas horas de dedicação para produzi-lo com conteúdo de qualidade e, assim, contribuir para sua aprovação. Não copie e nem distribua este material sem prévia autorização. Respeite e incentive o trabalho do professor. Obrigado!
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Índice: Finanças Públicas na Constituição de 1988. ..........................................4
Exercícios: .................................................................................. 13 Orçamento. Conceito e espécies. Natureza jurídica. Princípios orçamentários. Normas gerais de direito financeiro (Lei nº 4.320, de 17/3/1964). Fiscalização e controle interno e externo dos orçamentos... 23
Tipos de Orçamentos .................................................................... 26 Princípios Orçamentários ............................................................... 30 Normas gerais de direito financeiro (Lei nº 4.320, de 17/3/1964). ..... 33 Fiscalização e controle interno e externo dos orçamentos .................. 35
Controle Externo ....................................................................... 36 Sistema de controle interno do Governo Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) ................................................................ 39
Exercícios: .................................................................................. 42 Despesa pública: conceito e classificação; princípio da legalidade; técnica de realização da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento. ... 60
Despesa sob o enfoque patrimonial ................................................ 60 Despesa orçamentária .................................................................. 61 Reconhecimento da Despesa (Sob o Enfoque Patrimonial) ................. 62 Relacionamento do Regime Orçamentário com o Regime de Competência ............................................................................... 67 Princípio Orçamentário da Legalidade.............................................. 72 Execução da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento. ..... 73 Exercícios: .................................................................................. 76
Lei de Responsabilidade Fiscal: receita e despesa públicas. Controle do déficit público e limitação de empenho e movimentação financeira. Renúncia de receita. Despesas continuadas: conceito, condições, limites e recondução aos limites; despesas obrigatórias e não obrigatórias; despesa com pessoal e despesa com seguridade social. Operações de crédito: conceito, condições, limites e recondução aos limites. Restos a pagar: conceito, condições. ........................................................................ 81
Restos a Pagar Lei 4.320/64 ........................................................ 103 Exercícios: ................................................................................ 105
Controle e transparência: controle pelos Tribunais de Contas e pelo Poder Legislativo; penalidades administrativas e civis. Lei complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). ...................................... 122
Sanções previstas na LRF............................................................ 126 Transparência da Gestão Fiscal .................................................... 128 Exercícios: ................................................................................ 130
Bibliografia................................................................................... 131
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Finanças Públicas na Constituição de 1988.
A Constituição Federal dedica todo um capítulo às Finanças
Públicas. Embora a legislação infraconstitucional complemente e
regulamente boa parte de seus artigos a leitura direta do seu texto é
necessária devido à aplicabilidade imediata de seus normativos e da
literalidade com que é cobrada em questões de concursos.
CAPÍTULO II
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Seção I
NORMAS GERAIS
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias,
fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V - fiscalização das instituições financeiras;
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito
da União, resguardadas as características e condições operacionais plenas
das voltadas ao desenvolvimento regional.
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Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida
exclusivamente pelo banco central.
§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente,
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade
que não seja instituição financeira.
§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do
Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a
taxa de juros.
§ 3º - As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no
banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos
órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas,
em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em
lei.
Seção II
DOS ORÇAMENTOS
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a
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elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na
legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento.
§ 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução
orçamentária.
§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o
plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União,
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a
voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades
e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de
demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e
despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo,
compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a
de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.
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§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à
previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da lei.
§ 9º - Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da
administração direta e indireta bem como condições para a
instituição e funcionamento de fundos.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.
§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e
Deputados:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo
e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da
República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas
nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer
o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da
atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas,
criadas de acordo com o art. 58.
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§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que
sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo
Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos
projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de
diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os
provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios
e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não
poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao
Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se
refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta.
§ 6º - Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes
orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente
da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar
a que se refere o art. 165, § 9º.
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§ 7º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não
contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo
legislativo.
§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do
projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas
correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica
autorização legislativa.
Art. 167. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei
orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas
que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante
das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos
impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts.
198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de
crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como
o disposto no § 4º deste artigo;
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V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia
autorização legislativa e sem indicação dos recursos
correspondentes;
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de
recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão
para outro, sem prévia autorização legislativa;
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de
recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir
necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos,
inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia
autorização legislativa.
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de
empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos
Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de
despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições
sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de
despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201.
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano
plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade.
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no
exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de
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autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para
atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o
disposto no art. 62.
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos
impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que
tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de
garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos
para com esta.
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,
compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e
da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada
mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o
art. 165, § 9º.
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os
limites estabelecidos em lei complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de
remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou
alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades
da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
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I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às
projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes
orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades
de economia mista.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste
artigo para a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão
imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou
estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não
observarem os referidos limites.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste
artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes
providências:
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com
cargos em comissão e funções de confiança;
II - exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem
suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei
complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder
o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes
especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa
objeto da redução de pessoal.
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará
jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de
serviço.
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§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será
considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com
atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na
efetivação do disposto no § 4º.
Exercícios:
1 - (ESAF - Analista Administrativo/ANA - 2009) - No contexto do
processo orçamentário, tal como prevê a Constituição Federal, é correto
afirmar:
a) A Lei orçamentária é de iniciativa conjunta dos Poderes Legislativo e
Executivo.
b) A execução o orçamento é feita mediante acompanhamento dos
controles interno e externo.
c) Ao Presidente da República é proibido vetar as alterações no projeto de
lei do Plano Plurianual que tenham sido aprovadas pelo Congresso
Nacional em dois turnos de votação.
d) O Plano Plurianual possui caráter meramente normativo, não sendo
utilizado como instrumento de planejamento governamental.
e) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende os orçamentos
fiscal, da seguridade social e de investimentos das empresas estatais.
2 - FCC - 2007 - TRT-23R - Analista Judiciário - Área Administrativa
Dentre outras, é peculiaridade constitucional do processo legislativo
orçamentário
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a) a aprovação do projeto orçamentário pelo Senado Federal e a
obrigatoriedade de sua sanção pelo Poder Executivo.
b) o não cabimento da apresentação de qualquer emenda na Comissão
Mista.
c) a atuação da Comissão Mista caracterizada pela sua temporariedade e
representação por integrantes de partidos políticos.
d) a competência privativa da Câmara dos Deputados para emitir parecer
sobre o projeto orçamentário.
e) a aplicação subsidiária das normas referentes ao processo legislativo
comum.
3 - (ESAF – APO/SP - 2009) - O modelo de elaboração orçamentária, nas
três esferas de governo, foi sensivelmente afetado pelas disposições
introduzidas pela Constituição Federal de 1988. Anualmente, o Poder
Executivo encaminha ao Poder Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO), que contém:
a) a receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta.
b) as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas
de capital para o exercício financeiro subsequente.
c) a receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em
que se elaborou a proposta.
d) o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e os
investimentos das empresas.
e) a despesa realizada no exercício imediatamente anterior.
4 - (ESAF – APO/SP - 2009) - Assinale a opção que apresenta uma das
principais características da lei de diretrizes orçamentárias, segundo a
Constituição Federal de 1988.
a) Especifica as alterações da legislação tributária e do PPA.
b) Define a política de atuação dos bancos estatais federais.
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c) Define as metas e prioridades da administração pública federal.
d) Determina os valores máximos a serem transferidos, voluntariamente,
aos Estados, Distrito Federal e Municípios.
e) Orienta a formulação das ações que integrarão o orçamento do
exercício seguinte.
5 - (ESAF – APO/SP - 2009) - Segundo disposição da Constituição Federal
de 1988, as diretrizes e metas da administração pública, para as despesas
de capital, são definidas no seguinte instrumento:
a) em lei ordinária de ordenamento da administração pública.
b) na lei que institui o plano plurianual.
c) na lei orçamentária anual.
d) na lei de diretrizes orçamentárias.
e) no decreto de programação financeira do poder executivo.
6 - (ESAF – APO/SP - 2009) - O orçamento público pode ser entendido
como um conjunto de informações que evidenciam as ações
governamentais, bem como um elo capaz de ligar os sistemas de
planejamento e finanças. A elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA),
segundo a Constituição Federal de 1988, deverá espelhar:
a) exclusivamente os investimentos.
b) as metas fiscais somente para as despesas.
c) as estimativas de receita e a fixação de despesas.
d) a autorização para a abertura de créditos adicionais extraordinários.
e) a autorização para criação de novas taxas.
7 - (ESAF – AFC/CGU - 2008) Assinale a única opção correta relativa às
Finanças e ao Orçamento Público.
a) O plano plurianual estabelecerá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
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Direito Financeiro – ACE – TCM-CE/2010 16 Prof.ª Renata Castro Ventura - http://twitter.com/rvcventura/ http://groups.google.com.br/group/financaspublicasparaconcursos/
exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.
b) Ao Banco Central é proibido conceder, direta ou indiretamente,
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não
seja instituição financeira, mas possui a faculdade de comprar e vender
títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta
de moeda ou a taxa de juros.
c) A lei orçamentária anual compreende o orçamento fiscal referente aos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo poder público, excetuado o orçamento de
investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto.
d) O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público,
compatibilizado com o plano plurianual, também terá entre suas funções a
de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
e) A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, nem autorização para abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito por
antecipação de receita.
8 - (ESAF – AFC/CGU - 2008) - De acordo com a Constituição
Federal, foi reservada à Lei de Diretrizes Orçamentárias a função de:
a) definir, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos, as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subseqüente.
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b) estabelecer critérios e forma de limitação de empenho, nos casos
previstos na legislação.
c) disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e
privadas.
d) dispor sobre alterações na legislação tributária.
e) dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas.
9 - (FCC – Auditor/TCE/AL – 2008) - De acordo com a Constituição
Federal, o projeto de lei orçamentária anual deve compreender:
(A) apenas o orçamento fiscal, em respeito ao princípio da exclusividade.
(B) somente o orçamento fiscal e o orçamento da seguridade social, uma
vez que as empresas estatais, por serem pessoas jurídicas de direito
privado têm orçamento próprio.
(C) todas as despesas correntes e de capital do Poder Público que está
elaborando o orçamento.
(D) apenas as receitas de capital que ultrapassarem o montante das
despesas de capital.
(E) somente o orçamento fiscal e o orçamento de investimento das
fundações geridas pelo Poder Público.
10 - (FCC - Analista Judiciário/TRT/18° Região - 2008) - A Constituição
Federal, no capítulo das Finanças Públicas e na seção dos orçamentos,
prevê que leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I. o plano plurianual;
II. as diretrizes orçamentárias;
III. os orçamentos anuais.
É correto o que consta em
(A) II e III, apenas.
(B) I e III, apenas.
(C) I, II e III.
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(D) I e II, apenas.
(E) III, apenas.
11- (CESPE – Procurador/PGE/AL – 2008) - Os projetos relativos à LDO e
ao PPA, no âmbito federal, serão apreciados:
A) somente pela Câmara dos Deputados.
B) por uma das casas do Congresso Nacional.
C) por ambas as casas do Congresso Nacional.
D) somente pelo Senado Federal.
E) pelo plenário das casas do Congresso, não passando pela Comissão
Mista Permanente do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.
12 - (FGV - Auditor/TCM/RJ - 2008) Assinale a afirmativa incorreta.
(A) As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que
o modifiquem podem, entre outras hipóteses, ser aprovadas caso sejam
relacionadas com a correção de erros ou omissões ou com os dispositivos
do texto do projeto de lei.
(B) Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do
projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes
não poderão ser utilizados mediante créditos especiais, mas somente
como créditos suplementares, com prévia e específica autorização
legislativa.
(C) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.
(D) Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados
examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre
as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República.
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(E) O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso
Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo
enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja
alteração é proposta.
13 - (CESPE – Analista Judiciário/TRE/GO – 2008) - Durante a tramitação
da proposta orçamentária na Comissão Mista de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização, as emendas apresentadas somente podem ser
aprovadas caso indiquem os recursos necessários à realização do gasto,
sendo admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa que não
incida sobre:
A) dotações para pessoal e seus encargos.
B) serviço da dívida.
C) recursos vinculados por lei a destinação específica.
D) transferências tributárias constitucionais para outros entes da
Federação.
14 - (FCC – ACE/TCE/AM – 2008) - Emendas legislativas ao orçamento
podem financiar-se mediante anulação de dotações vinculadas a:
(A) serviços de terceiros.
(B) repasses ao INSS, FGTS e regime próprio de previdência.
(C) juros, encargos e principal da dívida.
(D) despesas de pessoal.
(E) transferências tributárias constitucionais.
15 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área
Administrativa) - O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a
Lei Orçamentária Anual são leis de iniciativa:
a) do Poder Legislativo.
b) do Poder Judiciário.
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c) do Poder Executivo.
d) do Poder Executivo em conjunto com o Legislativo.
e) dos três Poderes em conjunto.
16 – (FCC - 2007 - TRE-PB - Analista Judiciário - Área Administrativa) -
Nos termos da Constituição Federal, compõe a lei de diretrizes
orçamentárias:
a) metas e prioridades para os 4 (quatro) anos do mandato e orientações
para elaboração do orçamento anual.
b) orçamento fiscal; orçamento de investimento das estatais; orçamento
da seguridade social.
c) metas e prioridades para o exercício subseqüente; alterações na
legislação tributária; política de aplicação das agências oficiais de
fomento.
d) programas de duração continuada; diretrizes e objetivos para as
despesas de capital; critérios para limitação de empenho.
e) todos os investimentos cuja execução ultrapasse um exercício
financeiro.
17 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário –
Contabilidade) - Em relação ao processo de elaboração, discussão,
votação e aprovação da proposta de Lei Orçamentária Anual, considere:
I. O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia.
II. Uma das condições para a aprovação das emendas propostas pelo
Poder Legislativo ao projeto de lei orçamentária é que elas sejam
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compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
III. A iniciativa de apresentação da proposta de lei orçamentária é
privativa do chefe de cada um dos três poderes, a qual será consolidada
durante o processo de discussão no Poder Legislativo.
IV. Os recursos que, em decorrência de veto ou emenda, ficarem sem
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, para a
abertura de créditos extraordinários com prévia autorização legislativa.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.
e) III e IV.
18 - (FCC - 2009 - TRE-PI - Técnico Judiciário – Contabilidade) - Os
créditos adicionais que tem como finalidade atender a despesas urgentes
e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade
pública são denominados
a) fundos especiais.
b) créditos especiais.
c) créditos suplementares.
d) créditos extraordinários.
e) adiantamento de despesa.
19 – (FCC - 2007 - TRE-PB - Técnico Judiciário - Contabilidade) - É correto
afirmar que
a) os créditos suplementares e especiais são autorizados por decreto
executivo.
b) os créditos extraordinários não dependem de prévia autorização do
Legislativo.
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c) os créditos suplementares destinam-se a gastos não previstos no
orçamento.
d) superávit financeiro é a diferença positiva entre ativo e passivo
permanente.
e) as operações de créditos por antecipação da receita (ARO) podem
também amparar créditos adicionais.
20 - (FCC – ACE/TI - TCE/AM – 2008) Sobre as finanças públicas
disciplinadas na Constituição Federal, considere:
I. A Lei Orçamentária Anual (LOA) é um instrumento intermediário entre o
Plano Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
II. As diretrizes, objetivos e metas da administração pública para
investimentos que ultrapassem um ano devem ser estabelecidos no PPA.
III. As metas e as prioridades da administração pública para um período
de um ano devem ser estabelecidas na LOA.
IV. A política econômico-financeira e o plano de trabalho do governo para
um período de um ano devem ser estabelecidos na LDO.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I.
(B) I e II.
(C) II.
(D) II, III e IV.
(E) III e IV.
Gabarito:
1 – B 2 - E 3 – B 4 – C 5 – B 6 – C 7 – B
8 – D 9 – C 10 – C 11 – C 12 – B 13 – C 14 – A
15 – C 16 – C 17 – A 18 – D 19 – B 20 – C
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Orçamento. Conceito e espécies. Natureza jurídica. Princípios
orçamentários. Normas gerais de direito financeiro (Lei nº 4.320,
de 17/3/1964). Fiscalização e controle interno e externo dos
orçamentos.
A história do orçamento público moderno remonta à Inglaterra do
século XIII, quando o Rei João Sem Terra proclama sua famosa Carta
Magna estabelecendo as primeiras diretrizes para a instituição e cobrança
de tributos, entre elas, solicitar periodicamente ao parlamento autorização
para fazê-lo. Já no século XVII, a Magna Carta de Carlos I é considerada
pela doutrina com o primeiro rascunho do que hoje se conhece por
Orçamento Público embora, inicialmente, só tratasse da aquisição das
receitas sem mencionar como elas deveriam ser aplicadas. Poucos anos
depois, Carlos II publicou em 1689, a Bill of Rights, separando as finanças
do reino (Estado) das finanças da coroa, que passaram a ser organizadas
no que ficou conhecido com “lista civil” e aprovadas pelo Parlamento.
Outras inovações ao logo dos séculos XVIII e XIX, como o sistema
de fundo consolidado, permitiram um maior controle financeiro e, em
1822, foi apresentado o primeiro documento que confrontava as receitas e
despesas de cada exercício e, de acordo com Giacomoni (2007), foi
considerado como o nascimento do Orçamento Público tal qual o
conhecemos. Também já é desta época o modelo do poder legislativo
aprovar e controlar a execução do orçamento elaborado e apresentado
pelo poder executivo.
Aos poucos, o orçamento foi sendo aperfeiçoado até se tornar
instrumento básico de planejamento econômico e financeiro do Estado.
Segundo Giacomoni, o orçamento inglês, além de contribuir para sua
disseminação para outros países, serviu também para estabelecer sua
natureza técnica e jurídica.
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A França também deu sua parcela de contribuição com a adoção de
premissas básicas, hoje tidas como princípios orçamentários, tais como a
anualidade do orçamento (alguns doutrinadores afirmam que este
princípio é inglês e, portanto, anterior à adoção pelos franceses), sua
aprovação antes do início do exercício, e também que o orçamento deviria
conter a previsão de todas as receitas e despesas e de que estas não
seriam vinculadas entre si. E nos Estados Unidos os primeiros modelos
orçamentários começaram a se desenvolver.
No Brasil, até a chegada da Corte Portuguesa sem 1808, não havia
controle formal dos recursos. Foi a abertura dos portos que forçou a
criação do Tesouro e o estabelecimento de um regime contábil. Na
Constituição Imperial de 1824, já havia referências à elaboração de
orçamentos formais. Com a Proclamação da República, a elaboração do
orçamento passou a ser competência privativa do Congresso Nacional,
sendo ainda sua responsabilidade fiscalizar sua execução por parte do
Poder Executivo. Para auxiliá-lo nesta tarefa, a Constituição de 1891
também criou o Tribunal de Contas.
Muitos modelos foram testados, rejeitados e aprovados desde então
até chegarmos ao formato utilizado nos dias de hoje. No Brasil, já na
década de 1960, alguns Estados influenciados pelas ideias desenvolvidas
pela Organização das Nações Unidas – ONU, reformaram seus modelos
para implementarem a metodologia do orçamento-programa.
Em 1964, a nossa ainda atual lei sobre Direito Financeiro, a Lei
4.320, foi promulgada estabelecendo critérios para a classificação das
receitas e das despesas para as três esferas de governo, sendo as mais
importantes as classificações econômica, funcional e por programas,
projetos e atividades. É inovação desta lei a exigência do planejamento
de três exercícios, inaugurando o conceito de planos plurianuais e que,
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posteriormente, foi estendia a Estados e municípios com a Constituição de
1967.
O Decreto-lei n.o 200 de 1967, também ainda em vigor, define o
planejamento como um dos princípios fundamentais para as atividades
governamentais, elegendo o Orçamento-Programa como instrumento
básico de planejamento anual.
Foi com a Constituição Federal de 1988 que os conceitos de
planejamento, idealizado no plano plurianual, e de orçamento passaram a
ser associados de forma simbiótica ao instituir em seu artigo 165 § 2º que
a elaboração dos planos plurianuais (PPA) deveria conter as despesas de
capital e demais programas de duração continuada, que envolveriam o
orçamento de vários anos. Para facilitar a correspondência entre um
planejamento previsto para quatro anos e os orçamentos anuais, a
Constituição inovou ao criar a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO que,
obedecendo aos ditames do PPA, deveria orientar anualmente a
elaboração da Lei orçamentária Anual – LOA.
Maiores detalhes sobre as leis orçamentárias e demais instrumentos
de planejamento poderão ser obtidos no tópico 7. Ciclo orçamentário,
mais a frente neste trabalho.
Orçamento Público é, de acordo com a Secretaria do Tesouro
Nacional – STN, o detalhamento dos programas e subprogramas
constantes da programação de governo, em ações específicas
materializadas nos projetos/atividades/subprojetos/subatividades
orçamentários. Compreende, também, a especificação dos insumos
materiais e recursos humanos necessários ao desenvolvimento dessas
ações específicas, em conformidade com a classificação por objeto de
gasto legalmente adotada. Tudo isso materializado na Lei de iniciativa do
Poder Executivo que estima a receita e fixa a despesa da administração
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pública e que é elaborada em um exercício para depois de aprovada pelo
Poder Legislativo, vigorar no exercício seguinte.
Tipos de Orçamentos
Ao longo da história, muitos tipos de orçamentos foram testados até
chegarmos ao modelo de orçamento-programa modernamente utilizado
na maior parte do mundo. A STN nos ajuda a conhecer os principais tipos
de orçamento:
Orçamento Tradicional: Processo orçamentário em que apenas
uma dimensão do orçamento é explicitada, qual seja, o objeto de gasto.
Também é conhecido como Orçamento Clássico. Este tipo de orçamento
não apresenta qualquer tipo de vinculação com planejamento dos
programas e sua continuidade consistindo, basicamente, em ajustamento
de valores do orçamento vigente para o ano seguinte.
Orçamento Base-Zero: Também conhecido por Orçamento por
Estratégia, é abordagem orçamentária desenvolvida nos Estados Unidos
da América, pela Texas Instruments Inc., Durante o ano de 1969. Foi
adotada pelo estado de Geórgia (gov. Jimmy Carter), com vistas ao ano
fiscal de 1973. Principais características: análise, revisão e avaliação de
todas as despesas propostas e não apenas das solicitações que
ultrapassam o nível de gasto já existente; todos os programas devem ser
justificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário.
Este tipo de orçamento é, em certa parte, o contrário do modelo
tradicional, na medida em que, mesmo os projetos que estivessem
apresentando resultados deveriam ser inteiramente justificados para que
pudessem ser continuados. Não havia qualquer tipo de compromisso com
continuidade (direitos adquiridos), impossibilitando qualquer
planejamento de médio e longo prazos, além de gerar um desgaste
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administrativo para se justificar os recursos e revisar todos os gastos
já em andamento.
Orçamento de Desempenho: Processo orçamentário que se
caracteriza por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto de
gasto e um programa de trabalho, contendo as ações desenvolvidas.
Toda a ênfase reside no desempenho organizacional, sendo também
conhecido como orçamento funcional. Ou seja, o foco é no resultado
do que o governo faz, sem considerar como foi feito. Foi o precursor do
orçamento-programa.
Orçamento Programa: Também conhecido como Orçamento
Moderno, originalmente, sistema de planejamento, programação e
orçamentação, introduzido nos Estados Unidos da América, no final da
década de 50, sob a denominação de PPBS (Planning Programning
Budgeting System). Hoje, é a própria Lei Orçamentária Anual – LOA. É
elaborado com base nos programas de trabalho do governo que serão
executados o exercício financeiro seguinte.
O programa, assim definido pela portaria nº 42 do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, é o instrumento de
organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos
pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano
plurianual. E é ele que faz a vinculação entre a LOA e o PPA.
Para elaborar um orçamento-programa é necessário passar por
algumas etapas que incluem a definição dos objetivos (planejamento) e
as atividades necessárias para que aqueles sejam atingidos
(programação). Em seguida, deve-se estimar a quantidade de recursos -
financeiros e humanos - suficientes para financiar as atividades (projeto
e orçamentação) e, por fim, mensurar seu cumprimento e os resultados
(avaliação).
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Outros modelos de orçamento menos utilizados também são citados
no site da STN e ocasionalmente aparecem em questões de prova:
Orçamento Incremental: Orçamento feito através de ajustes
marginais nos seus itens de receita e despesa.
Orçamento com Teto Fixo: Critério de alocação de recursos que
consiste em estabelecer um quantitativo financeiro fixo, geralmente obtido
mediante a aplicação de percentual único sobre as despesas realizadas em
determinado período, com base no qual os órgãos/unidades deverão
elaborar suas propostas orçamentárias parciais. Também conhecido, na
gíria orçamentária, como "teto burro".
Orçamento com Teto Móvel: Critério de alocação de recursos que
representa uma variação do chamado "teto fixo", pois trabalha com
percentuais diferenciados, procurando refletir um escalonamento de
prioridades entre programações, órgãos e unidades. Em gíria
orçamentária, conhecido como "teto inteligente".
Orçamento Sem Teto Fixo: Critério de alocação de recursos que
consiste em conferir total liberdade aos órgãos/unidades no
estabelecimento dos quantitativos financeiros correspondentes às suas
propostas orçamentárias parciais. Em gíria orçamentária, conhecido como
"o céu é o limite".
Orçamento SEST: Tipo de orçamento que controla os dispêndios
das empresas estatais (empresas públicas, sociedades de economia mista
e suas subsidiárias e todas as empresas controladas pela União,
autarquias, fundações instituídas pelo Poder Público e órgãos autônomos
da administração direta), de modo a ajustá-los aos programas
governamentais, tendo em vista os objetivos, as políticas e as diretrizes
constantes dos planos de governo.
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O orçamento público ainda possui outras dimensões que não a de
programação, que vimos acima, e que ampliam o seu conceito.
Dimensão política: O orçamento é fruto de uma arena de disputa
ou de cooperação entre os múltiplos interesses que orbitam o sistema
político, obedecendo a regras formais (ordenamento jurídico) e também
informais (cultura, lobby, poder velado).
Dimensão jurídica: O orçamento público é uma lei elaborada pelo
Poder Executivo que é aprovada pelo Poder Legislativo e estabelece os
parâmetros legais para a previsão das receitas e a execução das despesas
para um determinado exercício financeiro, ainda obedecendo aos ditames
constitucionais e infraconstitucionais.
Importante salientar que o orçamento é doutrinariamente entendido
como sendo uma lei de caráter autorizativo, ou seja, é lei em seu
caráter formal e não material, mas ainda sim, produz efeitos
concretos. Sendo assim, não há a obrigação jurídica para o governo, a
partir da lei orçamentária, em realizar todos os gastos nele fixados.
Dimensão gerencial: O orçamento público dá suporte à boa
administração dos recursos e ao controle e à avaliação de desempenho da
gestão.
Dimensão econômica: O orçamento público passa a ter esta
dimensão quando se torna instrumento de cumprimento das funções
econômicas clássicas do Estado.
• Função alocativa: Acontece quando o Estado promove os
investimentos na infra-estrutura econômica ou na criação de bens
públicos e bens meritórios utilizando o orçamento público como
instrumento de realização, principalmente nos casos nos quais a iniciativa
privada não é economicamente eficiente e/ou socialmente justa ou ainda
que envolvam questões de relevância nacional.
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• Função distributiva: O orçamento pode ser utilizado com
instrumento para viabilizar políticas públicas de distribuição de renda.
• Função estabilizadora: É nesta função na qual realmente se
materializam, via orçamento público, os quatro objetivos
macroeconômicos da política monetária (executada pelo Banco Central)
e tendo como importante instrumento de operacionalização a política
fiscal (executada por todos os órgão e entidades da administração), tais
como a manutenção dos níveis de emprego, a estabilidade de preços –
combate à inflação, o equilíbrio no balanço de pagamentos e as taxas de
crescimento econômico satisfatórias).
Sendo assim, o orçamento público pode ser um instrumento
expansionista ou contracionista da economia a depender dos objetivos
a serem alcançados pelo governo, por exemplo, expandir a demanda
agregada, combater à inflação, fomentar o investimento interno, diminuir
o desemprego. É importante também compreender que a política fiscal
possui duas dimensões: tributária (aumento ou redução de alíquotas,
isenções) e orçamentária (aumento ou redução dos gastos do governo).
Princípios Orçamentários
Finalizando o estudo do Orçamento Público, é preciso conhecer os
princípios que regem a sua elaboração. De acordo com a STN, os
Princípios Orçamentários são regras que cercam a instituição
orçamentária, visando dar-lhe consistência, principalmente no que se
refere ao controle pelo Poder Legislativo.
Unidade: Cada esfera de governo deve possuir apenas um
orçamento, que contemple toda a política orçamentária. Deste modo, cada
esfera de poder deverá elaborar sua lei que irá reger o orçamento público.
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O princípio da unidade está previsto no art. 165 da CF e art. 2º da Lei
4.320/64;
Universalidade: A lei orçamentária deve incorporar todas as
receitas e despesas, ou seja, nada pode ficar de fora do orçamento. Este
princípio está expresso no art. 165 da CF; artigos 2º e 4º da Lei 4.320/64.
Exceções: A Lei 4.320/64, art. 3º, parágrafo único, estabelece: “Não se
consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por
antecipação da receita, as emissões de papel moeda e outras
entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros”. E, as
receitas e despesas operacionais de empresas públicas e sociedades de
economia mista consideradas estatais não dependentes.
Anualidade: O orçamento deve compreender o período de um
exercício financeiro, que no Brasil corresponde ao ano fiscal. A anualidade
está prevista art. 2 da Lei 4.320/64; inciso II do art. 48; art. 165,
parágrafo 5°, inciso III, da CF. Exceção: Autorização para a abertura de
créditos orçamentários especiais e extraordinários com vigência em
mais de um exercício financeiro se o ato de autorização for promulgado
nos últimos quatro meses daquele exercício, caso, em que, reabertos
nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
subseqüente (art. 167, § 2º CF/88).
Equilíbrio: As receitas e despesas de um período devem ser iguais.
Este princípio está previsto no art. 7, parágrafo 1º, da Lei 4320/64; art.
167 da CF, incisos II, III e IV.
Clareza: O orçamento deve ser suficientemente claro e
compreensível para qualquer indivíduo.
Publicidade: É obrigação de dar publicidade ao orçamento. A Lei de
Responsabilidade Fiscal define prazos para publicação de relatório
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bimestral resumido da execução orçamentária e de relatório quadrimestral
de gestão fiscal (art. 37, CF).
Especificação: Tem por finalidade a vedação de dotações globais.
Ou seja, determina a discriminação da despesa. Este princípio está
previsto no art. 5° e 15° da Lei 4320/64; Exceções: “Os programas
especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se
subordinadamente a normas gerais de execução da despesa poderão ser
custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de
Capital (art. 20 da Lei 4.320/64) e a Reserva de Contingência, que é
uma dotação global para atender passivos contingentes e outras despesas
imprevistas.
Exclusividade: Veda que a lei orçamentária contenha dispositivo
estranho à fixação de despesas e a previsão de receitas. Está previsto no
parágrafo 8° do art. 165 da CF/88. Exceções: Autorização para o poder
executivo abrir crédito adicional suplementar e autorização para contratar
operações de crédito, ainda que por antecipação da receita.
Não-afetação de receitas: Proíbe a vinculação de receitas de
impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas às exceções previstas
na Constituição, que são:
• Todos os fundos constitucionais: FPE, FPM, Centro Oeste, Norte,
Nordeste, Compensação pela exportação de produtos
industrializados e outros;
• Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico e da
Valorização do Magistério (FUNDEB);
• Ações e serviços públicos de saúde;
• Garantias às operações de crédito por antecipação da receita (ARO);
• Atividades da Administração Tributária;
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• Vinculação de impostos estaduais e municipais para prestação de
garantia ou contragarantia à União.
A doutrina ainda aponta outros princípios orçamentários relevantes:
Legalidade: A começar pela obediência do artigo 37 da CF/88, todo
o ciclo orçamentário é regido por leis autorizativas de gastos, instituição
de créditos suplementares e especiais e a própria execução do orçamento
que deve observar os preceitos das leis do PPA e LOA, LRF e 8.666 (lei
das licitações). Exceção: Abertura de créditos extraordinários para
atender despesas imprevisíveis e urgentes (Art. 167, §3º CF/88).
Orçamento Bruto: Algumas vezes considerado pelos doutrinadores
como sinônimo do principio da Universalidade, na verdade, é distinto
deste, conforme apregoa o artigo 6º da lei 4.320/64, todas as receitas e
despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas
quaisquer deduções, ou seja, por seus valores integrais. Cuidado para
não confundir os dois conceitos. É o que a banca tentará fazer.
Unidade de Caixa ou de Tesouraria: Tem previsão na lei
4.320/64 no artigo 56: O recolhimento de todas as receitas far-se-á em
estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer
fragmentação para criação de caixas especiais. Exceções: Os Fundos
Especiais que possuem, dada a sua natureza, gestão descentralizada,
como o FUNDEF, FMDA, FUNDET e demais.
Normas gerais de direito financeiro (Lei nº 4.320, de 17/3/1964).
A Lei 4.320/64 estatui as Normas Gerais de Direito Financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados,
dos Municípios e do Distrito Federal.
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Foi recepcionada pela atual Constituição com status de lei
complementar e, portanto, não pode ser modificada, a não ser por lei de
igual hierarquia.
É lei natureza formal e define a forma de estruturação dos
orçamentos e balanços. Diferentemente das leis orçamentárias, não
autoriza gastos e tem vigência indeterminada.
Os dispositivos da Lei nº 4.320/64 que estatui normas gerais de
Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos da União,
dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, acham-se em vigor,
salvo aqueles contrariados pelas normas constitucionais supervenientes,
Nestes casos, devem ser considerados simplesmente revogados, sem
necessidade de arguição de inconstitucionalidade. Outros tantos
dispositivos foram suplantados pela Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF e
demais dispostivos infraconstitucionais como portarias ministeriais e
resoluções do Senado Federal.
A Lei nº 4.320, apesar de ter mantido a concepção clássica do
orçamento, assimilou também as novas técnicas orçamentárias. Além
disto, inovou na classificação das contas públicas ao efetivá-la com base
em atributos econômicos, dividindo as receitas públicas em correntes e de
capital. Também é estabelecido na lei a maior parte dos princípios
orçamentários que norteiam a elaboração do orçamento público.
Coube à Lei de Direito Fianceiro instituir o denominado orçamento-
programa, que só foi incorporado à rotina orçamentária com o Decreto-lei
nº 200, de 25-02-67, que estableceu as regras que tornaram possível a
sua adoção.
É também inovação da lei a previsão de orçamentos plurianuais. O
artigo 23 determina que as receitas e despesas de capital serão objeto de
um Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital, aprovado por decreto
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do Poder Executivo, abrangendo, no mínimo, um triênio. Posteriormente,
este dispositovo foi constantemente aperfeiçoado pelas normas
constitucionais seguintes até chegarmos a definição de Plano Plurianual –
PPA que conhecemos hoje.
Fiscalização e controle interno e externo dos orçamentos
O orçamento público é, antes de qualquer coisa, um eficaz
instrumento de controle político dos órgãos de representação sobre o
executivo no uso dos recursos (receitas) para a alocação das despesas
públicas, ou seja, na execução do orçamento. No entanto, devido às
dimensões do Estado Moderno e suas múltiplas demandas, apenas o
controle parlamentar ou político não são suficientes para exercer o controle
sobre todos os aspectos orçamentários.
É preciso que cada um dos poderes desenvolva métodos de controle,
fiscalização e auditoria internos e não apenas na dimensão financeira
tradicional uma vez que a aferição destes indicadores promove a melhoria
do desempenho do setor público. Por exemplo, o propósito da auditoria de
desempenho operacional é observar a ação governamental quanto à
economicidade, eficiência e eficácia, analisando como os órgãos e entidades
fazem uso dos seus recursos, se fazem uso de práticas antieconômicas e
ineficientes, se as metas estão sendo cumpridas como previsto, tudo em
obediência às normais legais.
Conforme podemos inferir do caput do artigo 70 da Constituição
Federal, o conceito de controle é agora muito mais abrangente que a
simples fiscalização financeira e orçamentária:
Art. 70. “A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração
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direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo
Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder”.
Controle Externo
O Sistema de Controle Externo é exercido pelo Poder Legislativo,
sendo, na esfera federal, competência do Congresso Nacional, com o
auxílio do Tribunal de Contas da União – TCU, no controle da execução do
orçamento e da aplicação de dinheiro público.
Os artigos 71 a 74 da Constituição Federal, que tratam do controle
externo, são de reprodução obrigatória, assim, o controle externo é
função das Assembléias Legislativas nos Estados, da Câmara Legislativa
no Distrito Federal e das Câmaras Municipais nos Municípios, com o auxílio
dos respectivos Tribunais de Contas.
O controle externo tem por objetivo comprovar, a posteriori, a
probidade da Administração e a regularidade da guarda e do emprego dos
bens, valores e dinheiro público, assim como a fiel execução do
orçamento. É por excelência um controle político de legalidade contábil e
financeira, o primeiro aspecto a cargo do legislativo, que representa o
povo, e o segundo do Tribunal de Contas.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será
exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da
República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta
dias a contar de seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta,
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incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder
Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio
ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão
de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas
as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as
nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as
melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e
auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo
capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do
tratado constitutivo;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União
mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por
qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões,
sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá,
entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
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X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado,
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos
apurados.
§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente
pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo
as medidas cabíveis.
§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de
noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o
Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou
multa terão eficácia de título executivo.
§ 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e
anualmente, relatório de suas atividades.
Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º,
diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de
investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá
solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco
dias, preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º - Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes
insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo
sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º - Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar
que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia
pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros,
tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em
todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições
previstas no art. 96.
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§ 1º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados
dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:
I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II - idoneidade moral e reputação ilibada;
III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e
financeiros ou de administração pública;
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade
profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior.
§ 2º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado
Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do
Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo
Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento;
II - dois terços pelo Congresso Nacional.
§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas
garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos
Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à
aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.
§ 4º - O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas
garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais
atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.
Sistema de controle interno do Governo Federal e a Controladoria
Geral da União (CGU)
O sistema de controle interno está previsto constitucionalmente nos
artigos 70 e 74 e são de reprodução obrigatória pelos estados, municípios
e Distrito Federal.
O sistema de controle interno tem por objetivo a avaliação da ação
governamental, da gestão dos administradores públicos e de como estes
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fazem a aplicação de recursos públicos, por intermédio da fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial.
Para atingir as finalidades constitucionais, todas as modalidades de
fiscalização utilizam técnicas de trabalho, tais como: auditoria e
fiscalização.
As finalidades previstas na Constituição são:
• Avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual,
visando à comprovação de conformidade da execução;
• Avaliar a execução dos programas de governo, visando
comprovar o nível de execução das metas, o alcance dos objetivos e a
adequação do gerenciamento;
• Avaliar a execução dos orçamentos, visando comprovar a
conformidade da execução com os limites e as destinações estabelecidas
na legislação pertinente;
• Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia
e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos
e entidades da Administração Pública, bem como a aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado, visando à verificação do
cumprimento do objeto avençado;
• Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias,
bem como dos direitos e haveres do ente da Federação visando aferir a
sua consistência e a adequação;
• Avaliar as renúncias de receitas visando à análise do resultado da
efetiva política de anistia, remissão, subsídio, crédito presumido,
concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou
modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de
tributos ou contribuições e outros benefícios que correspondam a
tratamento diferenciado;
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• Apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional, fornecendo informações dos resultados das ações do Sistema
de Controle Interno.
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) também prevê que os
sistemas de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, junto
com o Poder Legislativo, diretamente ou com auxílio do Tribunal de
Contas, fiscalizarão o cumprimento das regras estabelecidas na LRF.
É também atribuição do sistema de controle interno prestar
orientação aos administradores de bens e recursos públicos nos assuntos
pertinentes à área de competência do sistema de controle interno,
inclusive sobre a forma de prestar contas.
No caso da União, quem exerce este controle é a Controladoria-
Geral da União - CGU. Conforme a própria definição que encontramos em
seu site, temos:
“A CGU é o órgão do Governo Federal responsável por assistir direta
e imediatamente ao Presidente da República quanto aos assuntos que, no
âmbito do Poder Executivo, sejam relativos à defesa do patrimônio público
e ao incremento da transparência da gestão, por meio das atividades de
controle interno, auditoria pública, correição, prevenção e combate à
corrupção e ouvidoria”.
A CGU também deve exercer como órgão central, a supervisão
técnica dos órgãos que compõem o Sistema de Controle Interno e o
Sistema de Correição e das unidades de ouvidoria do Poder Executivo
Federal, prestando a orientação normativa necessária.
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Exercícios:
1 – (ESAF – APO/SP - 2009) A Constituição da República confere ao
orçamento a natureza jurídica de:
a) lei abstrata.
b) lei material.
c) lei formal e material.
d) lei extraordinária.
e) lei de efeito concreto.
2 - (ESAF – AFC/CGU - 2008) O Orçamento é um dos principais
instrumentos da política fiscal do governo e traz consigo estratégias para
o alcance dos objetivos das políticas. Das afirmações a seguir, assinale a
que não se enquadra nos objetivos da política orçamentária ou nas
funções clássicas do orçamento:
a) Assegurar a disponibilização para a sociedade dos bens públicos, entre
os quais aqueles relacionados com o cumprimento das funções
elementares do Estado, como justiça e segurança.
b) Utilizar mecanismos visando à universalização do acesso aos bens e
serviços produzidos pelo setor privado ou pelo setor público, este último
principalmente nas situações em que os bens não são providos pelo setor
privado.
c) Adotar ações que visem fomentar o crescimento econômico.
d) Destinar recursos para corrigir as imperfeições do mercado ou atenuar
os seus efeitos.
e) Cumprir a meta de superávit primário exigida pela Lei de
Responsabilidade Fiscal.
3 - (ESAF – AFC/STN - 2008) Leia as afirmações I, II e III e depois
assinale a afirmação correta.
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I. O chamado orçamento de base zero é a base sobre a qual se aplica a
idéia de planejamento plurianual.
II. O orçamento-programa propicia o controle político sobre as finanças
públicas, mas não alinha as despesas dos diferentes órgãos do governo
com o plano de trabalho do governo, suas políticas e estratégias.
III. O orçamento desempenho é um avanço em relação ao orçamento
tradicional ao buscar indicar os benefícios a serem alcançados pelos
diversos gastos e assim possibilita medir o desempenho organizacional.
a) I e III estão corretas.
b) II e III estão corretas.
c) I, II e III estão corretas.
d) Apenas II está correta.
e) Apenas III está correta.
4 - (ESAF – APO/MPOG - 2008) Com base nas características e
aspectos do orçamento tradicional e do orçamento-programa, assinale a
única opção incorreta.
a) No orçamento-programa, há previsão das receitas e fixação das
despesas com o objetivo de atender às necessidades coletivas definidas
no Programa de Ação do Governo.
b) No orçamento tradicional, as decisões orçamentárias são tomadas
tendo em vista as necessidades das unidades organizacionais.
c) Na elaboração do orçamento-programa, os principais critérios
classificatórios são as unidades administrativas e elementos.
d) No orçamento tradicional, inexistem sistemas de acompanhamento e
medição do trabalho, assim como dos resultados.
e) O orçamento-programa é um instrumento de ação administrativa para
execução dos planos de longo, médio e curto prazo.
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5 - (ESAF – AFC/CGU - 2008) À medida que as técnicas de planejamento
e orçamento foram evoluindo, diferentes tipos de orçamento foram
experimentados, cada um com características específicas. Com relação a
esse assunto, marque a opção incorreta.
a) No orçamento tradicional, a ênfase se dá no objeto do gasto, sem
preocupação com os objetivos da ação governamental.
b) O orçamento Base Zero foi um contraponto ao orçamento incremental,
e tem como característica principal a inexistência de direitos adquiridos
sobre as dotações aprovadas no orçamento anterior.
c) A grande diferença entre o orçamento de desempenho e o orçamento-
programa é que o orçamento de desempenho não se relaciona com um
sistema de planejamento das políticas públicas.
d) O orçamento-programa se traduz no plano de trabalho do governo,
com a indicação dos programas e das ações a serem realizados e seus
montantes.
e) O orçamento de Desempenho representou uma evolução do orçamento
incremental, na busca de mecanismos de avaliar o custo dos programas
de governo e de cada ação integrada ao planejamento.
6 – (ESAF – AFC/STN –2008) Constitui evidência do princípio da
unidade orçamentária:
a) um orçamento que contenha todas as receitas e todas as despesas.
b) um único orçamento é examinado, aprovado e homologado e ainda a
existência de um caixa único e uma única contabilidade.
c) a existência de um orçamento que abranja tanto a área fiscal como a
área previdenciária e o investimento das estatais.
d) uma lei orçamentária anual que não contenha matéria estranha ao
orçamento.
e) um orçamento que abranja os Três Poderes da União.
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7 - (ESAF – Analista Administrativo - ANA - 2009) Assinale a opção
verdadeira a respeito do princípio orçamentário do equilíbrio.
a) É o princípio pelo qual as despesas fixadas e as receitas estimadas são
executadas no exercício, cumprindo dessa forma a disposição da lei
orçamentária anual.
b) O princípio do equilíbrio orçamentário se verifica pela suficiência das
receitas correntes para cobrir as necessidades correntes e de capital.
c) Constitui equilíbrio orçamentário a coincidência dos valores estimados
com os realizados da receita pública e os valores fixados e realizados da
despesa.
d) É a visão pela qual o orçamento de investimento não ultrapassa as
receitas de capital dentro do exercício considerado.
e) É o princípio pelo qual o montante da despesa autorizada em cada
exercício financeiro não poderá ser superior ao total de receitas estimadas
para o mesmo período.
8 - (ESAF - AFC/CGU - 2008) - No Brasil, para que o controle
orçamentário se tornasse mais eficaz, ao longo dos anos, tornou-se
necessário estabelecer alguns princípios que orientassem a elaboração e a
execução do orçamento. Assim, foram estabelecidos os chamados
“Princípios Orçamentários”, que visam estabelecer regras para elaboração
e controle do Orçamento. No tocante aos Princípios Orçamentários,
indique a opção correta.
a) O orçamento deve ser uno, ou seja, no âmbito de cada esfera de Poder
deve existir apenas um só orçamento para um exercício financeiro.
b) O princípio da exclusividade veda a inclusão, na lei orçamentária anual,
de autorização para aumento da alíquota de contribuição social, mesmo
respeitando- se o prazo de vigência previsto na Constituição.
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c) A vinculação de receitas de taxas a fundos legalmente constituídos é
incompatível com o princípio da não-afetação, definido na Constituição
Federal.
d) O princípio da especificação estabelece que a lei orçamentária anual
deverá especificar a margem de expansão das despesas obrigatórias de
caráter continuado, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.
e) O princípio do equilíbrio é constitucionalmente fixado e garante que o
montante das receitas correntes será igual ao total das despesas
correntes.
9 - (ESAF – Analista Administrativo - ANA – 2009) - A Constituição
Federal, ao estabelecer que a lei orçamentária anual não conterá
dispositivos estranho à previsão da Receita e à fixação da despesa,
consagra o seguinte princípio orçamentário:
a) Unidade
b) Especificação
c) Exclusividade
d) Legalidade
e) Não-afetação das Receitas.
10 – (ESAF - Assistente Técnico – Administrativo - Ministério da Fazenda -
2009) - Quanto aos princípios orçamentários, marque a opção correta.
a) O Princípio da universalidade da matéria orçamentária estabelece que
somente deve constar no orçamento matéria pertinente à fixação da
despesa e à previsão da receita.
b) O Princípio da Programação preconiza a vinculação necessária à ação
governamental, assegurando-se a finalidade do plano plurianual.
c) O Princípio da não-afetação da receita preconiza que não pode haver
transferência, transposição ou remanejamento de recursos de uma
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categoria de programação para outra ou de um órgão para outro sem
prévia autorização legislativa.
d) O Princípio da reserva de lei estabelece que os orçamentos e créditos
adicionais devem ser incluídos em valores brutos, todas as despesas e
receitas da União, inclusive as relativas aos seus fundos.
e) O Princípio do Equilíbrio Orçamentário estabelece que a lei
orçamentária não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa.
11 – (ESAF – AFC/CGU – 2006) - No que diz respeito aos conceitos de
Orçamento Público e princípios orçamentários, assinale a única opção
falsa.
a) O orçamento tradicional ou clássico é o processo de elaboração do
orçamento constituído de um único documento, no qual se previam as
receitas e a autorização por tipo de gasto, sem qualquer definição do
programa e dos objetivos de governo.
b) Os princípios orçamentários estão definidos na Lei n. 4.320/64 e na Lei
de Diretrizes Orçamentárias.
c) O orçamento-programa elaborado de forma correta constitui eficaz
instrumento de planejamento e programação, gerência e administração,
controle e avaliação.
d) O orçamento-programa apresenta uma série de diferenças do
orçamento tradicional, que enfoca o que se pretende gastar.
e) No Brasil, a origem do orçamento está ligada ao surgimento do
governo representativo.
12 – (Ceperj – APO/Seplag/RJ – 2009) – O princípio orçamentário que
teve sua origem na Inglaterra, como forma de obrigar o monarca a
solicitar periodicamente ao parlamento autorização para cobrança de
tributos é o Princípio:
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a) da Universalidade
b) do Equilíbrio
c) da Anualidade
d) da Exclusividade
e) da Transitividade
13 - (CESPE – TCE/AC/ACE – 2009) - Assinale a opção correta com
referência às características do orçamento-programa.
A Todos os programas devem ser concluídos a cada novo ciclo
orçamentário.
B O controle objetiva, principalmente, avaliar a legalidade no
cumprimento do orçamento.
C Não possui vinculação a um instrumento central de planejamento das
ações de governo.
D É o elo entre o planejamento e as funções executivas do governo.
E Apresenta duas dimensões: objeto do gasto e programa de trabalho,
também conhecido como orçamento funcional.
14 - (ESAF – AFC/CGU – 2008) - Sobre o tema ‘controle externo’, nos
termos da Constituição Federal, é correto afirmar que:
a) é exercido, no âmbito federal, pelo Congresso Nacional com o auxílio
do Tribunal de Contas da União.
b) é exercido, no âmbito federal, pelo Senado Federal com o auxílio do
sistema de controle interno dos demais Poderes.
c) é exercido, no âmbito estadual, pelo Congresso Nacional com o auxílio
do Tribunal de Contas da União.
d) é exercido, no âmbito federal, pelo Congresso Nacional e pelo Tribunal
de Contas da União e, no âmbito estadual e municipal, exclusivamente
pelas respectivas Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores.
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e) é exercido, no âmbito federal, exclusivamente pelo Tribunal de Contas
da União e, no âmbito estadual e municipal, exclusivamente pelos
Tribunais de Contas Estaduais e Municipais.
15 - (ESAF – AFC/CGU – 2008) - Assinale a única opção incorreta relativa
à fiscalização contábil, financeira e orçamentária.
a) Deve prestar contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro,
bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em
nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
b) Comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e
eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado, são finalidades do sistema de
controle interno que devem ser mantidos de forma integrada pelos
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
c) O Tribunal de Contas da União possui competência para aplicar aos
responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de
contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras
cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário.
d) O Tribunal de Contas da União não possui competência para realizar,
por iniciativa própria, inspeções e auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
e) O ato de sustar a execução de contrato ilegal não é de competência do
Tribunal de Contas da União porque deve ser adotado diretamente pelo
Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as
medidas cabíveis.
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16 – (ESAF – APO/MPOG – 2008) - São competências constitucionais do
Tribunal de Contas da União, no exercício do controle externo, exceto:
a) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais.
b) apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal e de concessão
de aposentadorias, reformas e pensões civis e militares.
c) fiscalizar o cumprimento das normas de finanças públicas voltadas para
a responsabilidade na gestão fiscal, com ênfase no que se refere ao
cumprimento, pela União, dos limites das despesas com pessoal.
d) apurar denúncias apresentadas por qualquer cidadão, partido político,
associação ou sindicato sobre irregularidades ou ilegalidades.
e) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos.
17 – (FCC - 2007 - TRE-MS - Analista Judiciário - Área Administrativa
A determinação "cada entidade de Governo deve possuir um orçamento",
está contida no Princípio da
a) Unidade.
b) Universalidade.
c) Singularidade.
d) Exclusividade.
e) Competência
18 – (FCC - 2009 - TJ-PI - Analista Judiciário – Contabilidade) - O Princípio
orçamentário que veda a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo
ou despesa, ressalvadas as exceções previstas na CF/88, é o da
a) Exclusividade.
b) Universalidade.
c) Anualidade.
d) Não afetação das receitas.
e) Unidade.
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19 - (FCC - 2009 - TJ-PI - Analista Judiciário - Engenharia Civil) -
Considerando que existem princípios básicos que devem ser seguidos para
elaboração e controle do orçamento, os quais estão definidos na
Constituição, no Plano Plurianual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias,
entre outros, considere:
I. Cada entidade de direito público deve possuir apenas um orçamento,
fundamentado em uma única política orçamentária e estruturado
uniformemente. Assim, existe o orçamento da União, o de cada Estado e o
de cada Município.
II. A Lei orçamentária deve incorporar todas as receitas e despesas, ou
seja, nenhuma instituição pública deve ficar fora do orçamento.
III. Estabelece um período limitado de tempo para as estimativas de
receita e fixação da despesa, ou seja, o orçamento deve compreender o
período de um exercício, que corresponde ao ano fiscal.
Os itens I, II e III, representam, respectivamente, os Princípios da
a) Individualidade, Igualdade e Fiscalização.
b) Integralidade, Incorporação e Periodicidade.
c) Uniformidade, Integralidade e Sistematização.
d) Unicidade, Unidade e Limitação.
e) Unidade, Universalidade e Anualidade.
20 – (FCC - 2006 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário –
Contabilidade) - A autorização, na lei de orçamento, para abertura de
créditos suplementares é exceção ao princípio orçamentário
a) da não afetação de receita.
b) da unidade.
c) da universalidade.
d) da exclusividade.
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e) do orçamento bruto.
21 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário –
Contabilidade) - A Lei nº 4.320/64, em seus artigos 3º e 4º, ao
determinar que a lei de orçamento compreenderá todas as receitas,
inclusive as operações de crédito autorizadas em lei, e todas as despesas
próprias dos órgãos do governo e da administração centralizada, ou que
por intermédio deles se devam realizar, incorpora às suas disposições o
princípio orçamentário da
a) exclusividade.
b) unidade.
c) universalidade.
d) anualidade.
e) especificação.
22 – (FCC - 2005 - TRE-RN - Técnico Judiciário - Área Administrativa) - A
legislação vigente estabelece que a Lei de Orçamento conterá a
discriminação da receita e despesa, obedecendo aos Princípios:
a) Competência, Universalidade e Anualidade.
b) Prudência, Universalidade e Tempestividade.
c) Custo histórico, Prudência e Continuidade.
d) Custo histórico, Entidade e Continuidade.
e) Unidade, Universalidade e Anualidade.
23 – (FCC - 2004 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Área
Administrativa) - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e de suas entidades da administração
direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida, mediante
controle externo, pelo
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a) Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União.
b) Senado Federal, com o auxílio do Tribunal de Contas da União.
c) Tribunal de Contas da União, com o auxílio do Senado Federal.
d) Tribunal de Contas da União, com o auxílio do Congresso Nacional.
e) Tribunal de Contas da União, com supervisão do Ministro da Fazenda.
24 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário –
Contabilidade) - Sobre a fundamentação constitucional e legal quanto à
atuação dos órgãos de controle interno e externo, considere:
I. O controle da execução orçamentária compreenderá o cumprimento do
programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de
realização de obras e prestação de serviços.
II. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta é
atribuição exclusiva do sistema de controle externo.
III. O controle externo tem a competência de fiscalizar a aplicação de
quaisquer recursos repassados pela União, mediante convênio, acordo,
ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal
ou a Município.
IV. A prestação de contas é obrigatória para qualquer pessoa física ou
entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) II e III.
c) I e II.
d) I e III.
e) I, III e IV.
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25 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área
Judiciária) - O sistema de controle interno da Administração Pública
a) deve ser exercido de forma independente em relação ao controle
externo a cargo do Poder Legislativo, não cabendo integração entre as
duas modalidades de controle.
b) visa a assegurar a legalidade da atividade administrativa, não se
aplicando, todavia, à fiscalização contábil, financeira, orçamentária e
patrimonial da Administração, que são aspectos reservados ao controle
externo exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de
Contas.
c) autoriza a anulação dos próprios atos, quando eivados de vício, e a
revogação, por motivo de conveniência e oportunidade, vedado o exame
pelo Poder Judiciário.
d) decorre do poder de autotutela e, portanto, somente pode ser exercido
de ofício.
e) constitui o poder de fiscalização e correção que a Administração
exerce, de forma ampla, sobre sua própria atuação, sob os aspectos de
legalidade e mérito.
26 – (FCC - 2009 - TJ-PA - Analista Judiciário - Oficial de Justiça) - Quanto
a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, é INCORRETO afirmar:
a) Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte
legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades
perante o Tribunal de Contas da União.
b) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com
o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete, dentre outras,
fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital
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social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do
tratado constitutivo.
c) Os Ministros do Tribunal de Contas da União, em número de sete,
serão escolhidos um terço pelo Presidente da República, com aprovação
do Congresso Nacional, e dois terços pelo Senado Federal.
d) As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas
respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.
e) As decisões do Tribunal de Contas da União de que resulte imputação
de débito ou multa terão eficácia de título executivo.
27 - (MPU-02/2007 Técnico Apoio - Orçamento) - O tipo de orçamento
cuja principal característica é a não existência de direitos adquiridos da
unidade orçamentária em relação às verbas autorizadas no orçamento
anterior, cabendo a ela justificar todas as atividades que desenvolverá no
exercício corrente é o orçamento
(A) tradicional.
(B) financeiro.
(C) de desempenho
(D) pragmático.
(E) base zero.
28 - (MPU-02/2007 Técnico Apoio - Orçamento) - Em relação ao
orçamento-programa, é correto afirmar que
(A) é totalmente dissociado do processo de planejamento.
(B) seu único critério de classificação de despesas são as unidades
administrativas.
(C) sua estrutura enfatiza os aspectos contábeis da gestão.
(D) o controle orçamentário tem por objetivo avaliar a eficiência e a
eficácia das atividades.
(E) sua prioridade é respeitar as necessidades financeiras das unidades
orçamentárias.
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29 - (MPU - 02/2007 Analista Administrativo) - É característica do
orçamento base-zero:
(A) ênfase no acréscimo de gastos em relação ao orçamento anterior.
(B) decisões considerando as necessidades financeiras das unidades
operacionais.
(C) justificativa, em cada ano, de todas as atividades a serem
desenvolvidas.
(D) dissociação do conceito de planejamento e alocação de recursos.
(E) inexistência de mensuração dos resultados das atividades
desenvolvidas.
30 - (MPU - 02/2007 Técnico De Controle Interno) - O tipo de orçamento
cujas principais características são a decisão de alocações de recursos
baseada no volume de necessidades financeiras das unidades
administrativas e o controle da legalidade do cumprimento do disposto na
lei orçamentária anual é o orçamento
(A) tradicional.
(B) base zero.
(C) programa.
(D) de desempenho.
(E) pragmático.
31 – (FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área
Administrativa) - O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será
exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete
a) dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito
externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder
Público Federal.
b) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União
em operações de crédito externo e interno.
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c) sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a
decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.
d) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo
contra o Presidente e o Vice- Presidente da República e os Ministros de
Estado.
e) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida
mobiliária dos Estados.
32 – (FCC - 2009 - TJ-PA - Analista Judiciário - Área Judiciária) - A
respeito do controle da Administração é correto afirmar:
a) Trata-se de controle externo a ação de órgãos ou agentes do Poder
Judiciário para verificação da legitimidade e da regularidade dos atos
praticados ainda que pelo próprio judiciário.
b) O Poder Judiciário, quando provocado pelo interessado ou por
legitimado, no exercício do controle judicial do ato administrativo, pode
revogar ato praticado pelo Poder Executivo se constatado a sua
ilegalidade.
c) Compete ao Congresso Nacional, exclusivamente por meio da Câmara
dos Deputados, fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo.
d) A fiscalização da execução de um contrato durante a sua vigência é
denominado controle prévio.
e) O Tribunal de Contas da União é órgão auxiliar do Congresso Nacional
e a ele compete, dentre outras funções, fiscalizar as contas nacionais das
empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma
direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo.
33 – (FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área Judiciária)
- Quanto à fiscalização contábil, financeira e orçamentária da União e das
entidades da administração direta e indireta, é correto que
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a) o controle externo, a cargo exclusivo do Senado Federal, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União.
b) as decisões do Tribunal de Contas da União de que resulte imputação
de débito ou multa terão eficácia de titulo executivo.
c) o Tribunal de Contas da União encaminhará à Câmara dos Deputados,
semestralmente, o relatório de suas atividades.
d) o Tribunal de Contas da União será integrado por quinze Ministros com
mais de trinta e menos de setenta anos de idade.
e) o auditor do Tribunal de Contas, quando em substituição a Ministro,
terá as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos e vantagens dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal.
34 – (FCC - 2006 - TRT-24R - Analista Judiciário - Área Administrativa) -
Considere as seguintes assertivas sobre a Fiscalização Contábil, Financeira
e Orçamentária da União e das Entidades da Administração direta e
indireta:
I. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno.
II. O controle Externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com
o auxílio do Tribunal de Contas da União.
III. O Tribunal de Contas encaminhará ao Congresso Nacional, bimestral e
anualmente, relatório de suas atividades.
IV. O Tribunal de Contas da União, integrado por onze Ministros, tem sede
no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o
território nacional.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, III e IV.
d) II e III.
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e) II, III e IV.
Gabarito:
1 – E 2 – E 3 – E 4 – C 5 – E 6 – B 7 – E 8 – B
9 – C 10 – B 11 - B 12 – C 13 – D 14 – A 15 – D 16 – C
17 – A 18 – D 19 – E 20 – D 21 – C 22 – E 23 – A 24 – E
25 – E 26 – C 27 – E 28 – D 29 – C 30 – A 31 – C 32 – E
33 – B 34 – A
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Despesa pública: conceito e classificação; princípio da legalidade; técnica de realização da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento.
Despesa sob o enfoque patrimonial
Conceito
De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade nº
1.121, de 28 de março de 2008, que dispõe sobre a estrutura conceitual
para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, as
despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período
contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou
incremento em passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio
líquido e que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da
entidade.
Segundo os princípios contábeis, a despesa patrimonial deve ser
registrada no momento da ocorrência do seu fato gerador,
independentemente do pagamento.
A despesa patrimonial pode ser classificada:
a) Quanto à entidade que apropria a despesa:
Despesa Pública – aquela efetuada por entidade pública.
Despesa Privada – aquela efetuada pela entidade privada.
b) Quanto à dependência da execução orçamentária:
Despesa resultante da execução orçamentária – aquela que
depende de autorização orçamentária para acontecer. Exemplo: despesa
com salário, despesa com serviço, etc.
Despesa independente da execução orçamentária – aquela que
independe de autorização orçamentária para acontecer. Exemplo:
constituição de provisão, despesa com depreciação, etc.
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Despesa orçamentária
Conceito
Nas palavras do Manual de Despesa Nacional, o orçamento é
instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou privada, e
representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em determinado
período.
Dessa forma, Despesa/Dispêndio orçamentário é fluxo que
deriva da utilização de crédito consignado no orçamento da
entidade, podendo ou não diminuir a situação líquida patrimonial.
A despesa orçamentária pode ser classificada:
a) Quanto às entidades destinatárias do orçamento:
Despesa Orçamentária Pública – aquela executada por
entidade pública e que depende de autorização legislativa para sua
realização, por meio da Lei Orçamentária Anual ou de Créditos
Adicionais, pertencendo ao exercício financeiro da emissão do respectivo
empenho.
Despesa Orçamentária Privada – aquela executada por entidade
privada e que depende de autorização orçamentária aprovada por ato de
conselho superior ou outros procedimentos internos para sua consecução.
b) Quanto ao impacto na situação líquida patrimonial:
Despesa Orçamentária Efetiva – aquela que, no momento da sua
realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade.
Constitui fato contábil modificativo diminutivo.
Em geral, a Despesa Orçamentária Efetiva coincide com a Despesa
Corrente. Entretanto, há despesa corrente não-efetiva como, por exemplo,
a despesa com a aquisição de materiais para estoque e a despesa com
adiantamento, que representam fatos permutativos.
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Despesa Orçamentária Não-Efetiva – aquela que, no momento
da sua realização, não reduz a situação líquida patrimonial da
entidade e constitui fato contábil permutativo. Neste caso, além da
despesa orçamentária, registra-se concomitantemente conta de variação
ativa para anular o efeito dessa despesa sobre o patrimônio líquido da
entidade.
Em geral, a despesa não-efetiva coincide com a despesa de capital.
Entretanto, há despesa de capital que é efetiva como, por exemplo, as
transferências de capital que causam decréscimo patrimonial e, por isso,
classificam-se como despesa efetiva.
Reconhecimento da Despesa (Sob o Enfoque Patrimonial)
Em obediência aos Princípios da Oportunidade e da Competência,
as despesas devem ser reconhecidas no momento da ocorrência do
fato gerador, independentemente de pagamento.
Na área pública, esse procedimento está legalmente embasado
pelos seguintes dispositivos:
Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar 101/00:
“Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade
pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes:
[...]
II – a despesa e a assunção de compromisso serão registradas
segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter
complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de
caixa;”
Observa-se que o ato da emissão do empenho não constitui
passivo para a administração pública, em virtude de ainda não ter
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havido a entrega do bem/serviço contratado. Na maioria das vezes,
o momento mais adequado para o reconhecimento da obrigação no
ente público coincide com a liquidação da despesa orçamentária,
conforme artigo 63 da lei nº 4.320/1964:
“Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito
adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito.”
Conforme já visto acima, os mesmos artigos da Lei 4.320/1964, que
orientam a execução das Receitas, também dão as diretrizes para a
realização das Despesas. Vamos revisá-los:
“Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a
permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o
conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos
serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a
interpretação dos resultados econômicos e financeiros.”
“Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à
administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial.”
“Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que
abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as
variações independentes dessa execução e as superveniências e
insubsistência ativas e passivas, constituirão elementos da conta
patrimonial.”
Na maioria das vezes, o momento do fato gerador coincide com a
liquidação da despesa orçamentária, como, por exemplo, na entrega de
bens de consumo imediato ou de serviços contratados, que constituem
despesas efetivas. Neste caso, o reconhecimento da despesa orçamentária
coincidirá com a apropriação da despesa pelo enfoque patrimonial, visto
que ocorrerá uma redução na situação líquida patrimonial.
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Lançamentos Contábeis:
Empenho da Despesa Orçamentária
Título da Conta Sistema de Contas
D Crédito Disponível
C Crédito Empenhado a Liquidar
Orçamentário
Liquidação da Despesa Orçamentária e Apropriação da Despesa
Título da Conta Sistema de Contas
D Crédito Empenhado a Liquidar
C Crédito Empenhado Liquidado
Orçamentário
Título da Conta Sistema de Contas
D Despesa Orçamentária Efetiva
C Passivo Circulante
Financeiro
Em outras vezes, o momento da liquidação da despesa orçamentária
não coincide com o fato gerador. Exemplo: assinatura anual de revista.
Neste caso, o empenho e a liquidação (reconhecimento da despesa
orçamentária) ocorrerão em momento anterior ao fato gerador. Deve ser
apropriado um ativo relativo ao direito à assinatura anual e o
reconhecimento da despesa por competência deverá ser feita
mensalmente, nas contas do Sistema Patrimonial:
Lançamentos Contábeis:
Empenho da Despesa
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Título da Conta Sistema de Contas
D Crédito Disponível
C Crédito Empenhado a Liquidar
Orçamentário
Liquidação e reconhecimento do direito
Título da Conta Sistema de Contas
D Crédito Empenhado a Liquidar
C Crédito Empenhado Liquidado
Orçamentário
Título da Conta Sistema de Contas
D Despesa Orçamentária Não-Efetiva
C Passivo
Financeiro
Título da Conta Sistema de Contas
D Assinaturas e Anuidades a Apropriar
C Variação Ativa Orçamentária – Apropriação
de Direitos
Patrimonial
Pagamento
Título da Conta Sistema de Contas
D Passivo
C Bancos Conta Movimento
Financeiro
Reconhecimento da despesa por competência (mensalmente, na
proporção de 1/12)
Título da Conta Sistema de Contas
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D Variação Passiva Extra-Orçamentária
C Assinaturas e Anuidades a Apropriar
Patrimonial
Portanto, o reconhecimento da despesa por competência deve
ocorrer mesmo que ainda pendentes as fases de execução da
despesa orçamentária. Ou seja, tendo ocorrido o fato gerador, deve
haver o registro da obrigação no sistema patrimonial até que seja
empenhada e liquidada a despesa orçamentária, quando então deverá ser
reclassificado o passivo para o sistema financeiro. Por exemplo:
reconhecimento de dívida. Mesmo que não haja dotação orçamentária na
LOA, enquanto não for empenhada e liquidada a despesa orçamentária,
esta deverá estar registrada no Passivo Patrimonial.
Lançamentos Contábeis:
Reconhecimento de despesa por competência, tendo ocorrido o fato
gerador sem a existência de dotação orçamentária.
Título da Conta Sistema de Contas
D Variação Passiva Extra-Orçamentária
C Passivo Circulante
Patrimonial
Empenho (quando houver crédito orçamentário)
Título da Conta Sistema de Contas
D Crédito Disponível
C Crédito Empenhado a Liquidar
Orçamentário
Liquidação da Despesa
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Título da Conta Sistema de Contas
D Crédito Empenhado a Liquidar
C Crédito Empenhado Liquidado
Orçamentário
Título da Conta Sistema de Contas
D Despesa Orçamentária Não-Efetiva
C Passivo Circulante
Financeiro
Baixa do Passivo Patrimonial (no mesmo momento da liquidação)
Título da Conta Sistema de Contas
D Passivo Circulante
C Variação Ativa Extra-Orçamentária
Patrimonial
Relacionamento do Regime Orçamentário com o Regime de
Competência
A doutrina contábil costuma afirmar que na área pública o regime
contábil é um regime misto, ou seja, de competência para a despesa e de
caixa para a receita. Tal entendimento deriva da interpretação dada ao
artigo 35 da Lei nº 4.320/1964.
“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.”
É preciso ter o conhecimento de que o artigo 35 da Lei nº
4.320/1964 refere-se ao regime orçamentário e não ao regime contábil
aplicável ao setor público, que é disciplinado na lei a partir do artigo 83.
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Dessa forma, a Lei nº 4.320/1964, em seus artigos 85, 89, 100 e
104, determina que as variações patrimoniais devam ser evidenciadas,
sejam elas independentes ou resultantes da execução
orçamentária, conforme já estudado na execução da Receita.
Observa-se na leitura dos referidos artigos que, além do registro dos
fatos ligados à execução orçamentária, exige-se a evidenciação dos
fatos ligados à execução financeira e patrimonial, exigindo que os
fatos modificativos sejam levados à conta de resultado e que as
informações contábeis permitam o conhecimento da composição
patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros de
determinado exercício.
Portanto, com o objetivo de evidenciar o impacto no Patrimônio,
deve haver o registro da despesa em função do fato gerador,
observando os Princípios da Competência e da Oportunidade, mas
em alguns casos, como no registro de despesas antecipadas, deve
haver o registro do empenho, da liquidação e do pagamento em contas
específicas antes da ocorrência do fato gerador, observando a proibição de
se efetuar a realização de despesa sem prévio empenho. Porém, é
possível compatibilizar e evidenciar, de maneira harmônica, as alterações
patrimoniais e as alterações orçamentárias ocorridas na entidade,
cumprindo assim, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e o
disposto na Lei nº 4.320/64.
Em geral, pode-se utilizar o momento da liquidação como
referência para o reconhecimento da despesa, pois, tendo por base
esse estágio da execução da despesa orçamentária, verifica-se a
existência de três tipos de relacionamento entre o momento de
reconhecimento da despesa orçamentária (liquidação) e o de
reconhecimento da despesa patrimonial (fato gerador):
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a) Apropriação da despesa antes da liquidação – No registro da
provisão para 13º salário, situação em que se apropriam, mensalmente,
os direitos do trabalhador em função do mês trabalhado, e o empenho,
liquidação e pagamento ocorrem no mês de dezembro.
Apropriação mensal (1/12 do 13º salário)
Título da Conta Sistema de Contas
D Variação Passiva – Decréscimo Patrimonial
C Passivo – Provisão para 13º Salário
Patrimonial
Execução Orçamentária no mês de dezembro:
Empenho da Despesa
Título da Conta Sistema de Contas
D Crédito Disponível
C Crédito Empenhado a Liquidar
Orçamentário
Liquidação e transferência do passivo patrimonial para o financeiro
Título da Conta Sistema de Contas
D Crédito Empenhado a Liquidar
C Crédito Empenhado Liquidado
Orçamentário
Título da Conta Sistema de Contas
D Despesa Orçamentária Não-Efetiva
C Passivo – 13º Salário a pagar
Financeiro
Título da Conta Sistema de Contas
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D Passivo – Provisão para 13º Salário
C Variação Ativa Orçamentária
Patrimonial
Pagamento
Título da Conta Sistema de Contas
D Passivo – 13º Salário a pagar
C Bancos Conta Movimento
Financeiro
b) Apropriação da despesa simultaneamente à liquidação – No
fornecimento de prestação de serviço de limpeza e conservação;
Lançamentos Contábeis:
Empenho do Contrato
Título da Conta Sistema de Contas
D Crédito Disponível
C Crédito Empenhado a Liquidar
Orçamentário
Liquidação Mensal
Título da Conta Sistema de Contas
D Crédito Empenhado a Liquidar
C Crédito Empenhado Liquidado
Orçamentário
Título da Conta Sistema de Contas
D Despesa Orçamentária
C Fornecedores
Financeiro
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Pagamento
Título da conta Sistema de Contas
D Fornecedores
C Banco Conta Movimento
Financeiro
c) Apropriação da despesa após a liquidação – Na aquisição de
material de consumo que será estocado em almoxarifado para uso em
momento posterior, no qual será reconhecida a despesa;
Lançamentos Contábeis:
Empenho
Título da Conta Sistema de Contas
D Crédito Disponível
C Crédito Empenhado a Liquidar
Orçamentário
Liquidação e incorporação ao estoque
Título da Conta Sistema de Contas
D Crédito Empenhado a Liquidar
C Crédito Empenhado Liquidado
Orçamentário
Título da Conta Sistema de Contas
D Despesa Orçamentária Corrente
C Fornecedores
Financeiro
Título da Conta Sistema de Contas
D Almoxarifado Patrimonial
C Variação Ativa Orçamentária – Incorporação
Patrimonial
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de Estoque
Pagamento
Título da Conta Sistema de Contas
D Fornecedores
C Bancos Conta Movimento
Financeiro
Reconhecimento da Despesa por competência (no momento da saída do
estoque)
Título da Conta Sistema de Contas
D Variação Passiva Extra-Orçamentária – Baixa de Estoque C Almoxarifado
Patrimonial
Princípio Orçamentário da Legalidade
Tem o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado à
administração pública, segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou
deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou
seja, se subordina aos ditames da lei. A Constituição Federal de 1988,
no artigo 37 estabelece os princípios da administração pública, dentre os
quais o da legalidade e, no seu art. 165 estabelece a necessidade de
formalização legal das leis orçamentárias:
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.”
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Técnica de execução da despesa pública: empenho, liquidação e
pagamento.
Para melhor compreensão do processo orçamentário, pode-se
classificar a despesa orçamentária em três etapas:
• Planejamento;
• Execução; e
• Controle e avaliação.
Planejamento: A etapa do planejamento e contratação abrange, de
modo geral, a fixação da despesa orçamentária, a
descentralização/movimentação de créditos, a programação orçamentária
e financeira e o processo de licitação.
Execução: Os estágios da despesa orçamentária pública na forma
prevista na Lei nº 4.320/1964 são: empenho, liquidação e pagamento.
Fixação
Antes de falarmos sobre os estágios estabelecidos pela lei,
precisamos acrescentar que a Fixação é considerada pela doutrina com
estágio da execução da despesa em virtude da interpretação de vários
dispositivos constitucionais, como os que vedam a concessão de créditos
ilimitados e a realização de despesas que excedam os créditos
orçamentários e adicionais (art. 167, II e VII, da CF/88).
Este estágio da despesa é representado pela autorização dada pelo
Poder Legislativo ao Poder Executivo, mediante a fixação de dotações
orçamentárias aprovadas na Lei Orçamentária Anual, para a execução de
programas pelos órgãos e unidades orçamentárias, para que possa gastar
os recursos públicos, mediante a emissão de empenho.
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• Empenho: Empenho, segundo o artigo 58 da Lei nº 4.320/1964, é
o ato emanado de autoridade competente que cria para o
Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição. Consiste na reserva de dotação
orçamentária para um fim específico. E de acordo com seu artigo
35, pertencem ao exercício financeiro as despesas nele legalmente
empenhadas.
O empenho será formalizado mediante a emissão de um
documento denominado “Nota de Empenho”, do qual deve
constar o nome do credor, a especificação do credor e a
importância da despesa, bem como os demais dados
necessários ao controle da execução orçamentária.
Ressalta-se que o artigo 60 da Lei nº 4.320/1964 veda a
realização da despesa sem prévio empenho. Entretanto, o § 1º
do referido artigo estabelece que, em casos especiais, pode ser
dispensada a emissão do documento “nota de empenho”. Ou
seja, o empenho, propriamente dito, é indispensável.
Quando o valor empenhado for insuficiente para atender à
despesa a ser realizada, o empenho poderá ser reforçado. Caso
o valor do empenho exceda o montante da despesa realizada, o
empenho deverá ser anulado parcialmente. Será anulado
totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou
ainda, no caso de ter sido emitido incorretamente. Os empenhos
podem ser classificados em:
o Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de
valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento
deva ocorrer de uma só vez;
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o Estimativo: é o tipo de empenho utilizado para as despesas
cujo montante não se pode determinar previamente, tais
como serviços de fornecimento de água e energia elétrica,
aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e
o Global: é o tipo de empenho utilizado para despesas
contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a
parcelamento, como, por exemplo, os compromissos
decorrentes de aluguéis.
• Liquidação: Conforme dispõe o artigo 63 da Lei nº 4.320/1964, a
liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo
credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito e tem por objetivo apurar:
o A origem e o objeto do que se deve pagar;
o A importância exata a pagar; e
o A quem se deve pagar a importância para extinguir a
obrigação.
As despesas com fornecimento ou com serviços prestados
terão por base o contrato, ajuste ou acordo respectivo; a nota
de empenho; e os comprovantes da entrega de material ou da
prestação efetiva dos serviços.
• Pagamento: O pagamento consiste na entrega de numerário ao
credor por meio de cheque nominativo, ordens de pagamentos ou
crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular
liquidação da despesa.
A Lei nº 4.320/1964, em seu artigo 64, define ordem de
pagamento como sendo o despacho exarado por
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autoridade competente, determinando que a despesa
liquidada seja paga.
Controle e Avaliação: Esta fase compreende a fiscalização
realizada pelos órgãos de controle e pela sociedade. O Sistema de
Controle visa à avaliação da ação governamental, da gestão dos
administradores públicos e da aplicação de recursos públicos por
entidades de Direito Privado, por intermédio da fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, com finalidade de:
a) Avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual,
a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; e
b) Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia
e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos
e entidades da Administração Pública, bem como da aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado.
Exercícios:
1 – (FCC - 2009 - TJ-PI - Analista Judiciário – Contabilidade) - No que
concerne ao empenho da despesa pública, é correto afirmar:
a) É permitida a realização de despesa sem prévio empenho.
b) O empenho da despesa cujo montante não se possa determinar é
denominado empenho global.
c) É permitido o empenho por estimativa de despesas contratuais e
outras, sujeitas a parcelamento.
d) Em casos especiais previstos na legislação específica, será dispensada a
emissão da nota de empenho.
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e) O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente
que somente cria para o Estado obrigação de pagamento após a
liquidação da despesa.
2 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário –
Contabilidade) - O servidor responsável quando empenha despesa pelo
seu valor total e efetua o pagamento de forma parcelada utiliza a
modalidade de empenho
a) por estimativa.
b) global.
c) ordinário.
d) específico.
e) total.
3 – (FCC - 2007 - TRE-MS - Analista Judiciário - Área Administrativa) - De
conformidade com o estabelecido pela Lei no 4.320/64, é correto afirmar
que:
a) O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente
que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição.
b) A despesa anulada no exercício reverte-se à dotação. A despesa
anulada no exercício seguinte será considerada despesa extra-
orçamentária do ano em que se efetivar.
c) Em hipótese alguma será dispensada a emissão da Nota de Empenho.
d) A dívida flutuante compreende apenas os serviços da dívida a pagar,
depósitos e restos a pagar, excluídos os serviços da dívida.
e) O empenho da despesa pode exceder o limite de crédito concedido.
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4 – (ESAF – AFC/CGU – 2006) – A despesa orçamentária será efetivada
por meio do cumprimento de estágios. Com relação aos estágios da
despesa pública, identifique a opção incorreta.
a) É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
b) O empenho global é destinado a atender a despesa de valor não
quantificável durante o exercício.
c) A liquidação é o estágio que consiste na verificação do direito do
credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito.
d) O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente
que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de
implemento de condição.
e) O pagamento representa a fase final do processo de despesa pública e
somente poderá ser efetuado quando ordenado após sua regular
liquidação.
5 – (FCC – Auditor/TCE-SP - 2008) - Sobre a despesa pública e seu
processamento, é correto afirmar:
a) O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente
que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição.
b) É permitida a realização de despesa sem prévio empenho e, em casos
especiais, justificados pela autoridade competente, será dispensada a
emissão da nota de empenho.
c) Não será permitido o empenho por estimativa, quando o montante da
despesa não se possa determinar.
d) Não é permitido o empenho global de despesas contratuais e outras,
sujeitas a parcelamento.
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e) Para cada empenho será extraído um documento denominado
"autorização de empenho" que indicará o nome do devedor, a
representação e a importância da despesa.
6 – (ESAF – Sefaz/CE – Analista – 2006) - Segundo a Lei n. 4.320/64, a
realização da despesa ocorre em três estágios: empenho, liquidação e
pagamento. Assinale a opção falsa em relação ao estágio liquidação.
a) A liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor.
b) Na liquidação, verifica-se a origem e o objeto que se deve pagar.
c) A liquidação de despesa, por fornecimento de bens ou serviços, deverá
ser realizada com base no contrato, se houver, e na nota de empenho.
d) A despesa pública é reconhecida no estágio da liquidação.
e) A liquidação da despesa somente pode ocorrer caso haja recursos em
caixa suficientes para pagá-la.
7 - (ESAF – AFC/CGU – 2008) - A Despesa Pública segue um ordenamento
jurídico, com requisitos que precisam ser atendidos em uma seqüência
específica, predeterminada e ordenada. No que diz respeito a esse
assunto, julgue os itens que se seguem e marque a opção que
corresponde à ordem correta.
I. É vedada a realização da despesa sem prévio empenho, mas em casos
especiais, previstos na legislação específica, poderá ser dispensada a
emissão da nota de empenho.
II. Ao final do exercício, não será anulado o empenho da despesa cujo
contrato estabelecer como data-limite, para a entrega do serviço, dia 31
de março.
III. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento
respectivo consignava créditos próprios, com saldo suficiente para atendê-
las, que não tenham sido processadas, na época própria, e cuja obrigação
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tenha sido cumprida pelo credor, deverão ser inscritas em Restos a Pagar
do exercício e pagas como tal.
IV. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos
concedidos, exceto no caso de créditos extraordinários.
V. Entre os estágios da despesa orçamentária, é somente na liquidação
que se reconhece a obrigação a pagar.
a) V,V,F,V,F
b) V,V,F,F,V
c) F,V,F,F,V
d) V,F,V,F,F
e) V,F,V,V,F
Gabarito:
1 – D 2 – B 3 – A
4 - B 5 - A 6 – E
7 – B
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Lei de Responsabilidade Fiscal: receita e despesa públicas. Controle do déficit público e limitação de empenho e movimentação financeira. Renúncia de receita. Despesas continuadas: conceito, condições, limites e recondução aos limites; despesas obrigatórias e não obrigatórias; despesa com pessoal e despesa com seguridade social. Operações de crédito: conceito, condições, limites e recondução aos limites. Restos a pagar: conceito, condições.
A LRF dedicou especial atenção às Receitas e às Despesas,
regulando vários procedimentos que disciplinam a gestão fiscal
responsável dos recursos arrecadados pelo ente. Vejamos os artigos que
tratam especificamente do tema.
Receita corrente líquida
Art. 2º. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:
IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias,
de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços,
transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios
por determinação constitucional ou legal, e as contribuições
mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art.
239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por
determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos
servidores para o custeio do seu sistema de previdência e
assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira citada no § 9o do art. 201 da Constituição.
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§ 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os
valores pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar no 87, de
13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito
Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da
União para atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1o
do art. 19.
§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as
receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores,
excluídas as duplicidades.
Previsão e arrecadação
Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na
gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os
tributos da competência constitucional do ente da Federação.
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências
voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se
refere aos impostos.
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e
legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do
índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator
relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos
últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se
referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
§ 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será
admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.
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§ 2o O montante previsto para as receitas de operações de crédito
não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto
de lei orçamentária.
§ 3o O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos
demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do
prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os
estudos e as estimativas das receitas para o exercício subseqüente,
inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.
Art. 13. No prazo previsto no art. 8o, as receitas previstas serão
desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação,
com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de
combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações
ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do
montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.
Renúncia de Receita
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de
natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar
acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no
exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes,
atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma
das seguintes condições:
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi
considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na forma
do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais
previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período
mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da
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elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação
de tributo ou contribuição.
§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito
presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração
de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução
discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que
correspondam a tratamento diferenciado.
§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício
de que trata o caput deste artigo decorrer da condição contida no inciso
II, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas
referidas no mencionado inciso.
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica:
I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I,
II, IV e V do art. 153 da Constituição, na forma do seu § 1o;
II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos
respectivos custos de cobrança.
A LRF também dispensa tratamento detalhado de como deve ser a
composição das despesas e impõe limites rigorosos para sua criação.
Da Geração da Despesa
Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e
lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção de
obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17.
Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação
governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado
de:
I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no
exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes;
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II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem
adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e
compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias.
§ 1o Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:
I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de
dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito
genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie,
realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam
ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício;
II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes
orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos,
prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer
de suas disposições.
§ 2o A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada
das premissas e metodologia de cálculo utilizadas.
§ 3o Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa considerada
irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.
§ 4o As normas do caput constituem condição prévia para:
I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou
execução de obras;
II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do art.
182 da Constituição.
Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa
corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por
um período superior a dois exercícios.
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§ 1o Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o
caput deverão ser instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art.
16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.
§ 2o Para efeito do atendimento do § 1o, o ato será acompanhado de
comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as
metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1o do art. 4o,
devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser
compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução
permanente de despesa.
§ 3o Para efeito do § 2o, considera-se aumento permanente de
receita o proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de
cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
§ 4o A comprovação referida no § 2o, apresentada pelo proponente,
conterá as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do
exame de compatibilidade da despesa com as demais normas do plano
plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.
§ 5o A despesa de que trata este artigo não será executada antes da
implementação das medidas referidas no § 2o, as quais integrarão o
instrumento que a criar ou aumentar.
§ 6o O disposto no § 1o não se aplica às despesas destinadas ao
serviço da dívida nem ao reajustamento de remuneração de
pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição.
§ 7o Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada
por prazo determinado.
Das Despesas com Pessoal
Definições e Limites
Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como
despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da
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Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a
mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e
de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais
como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios,
proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive
adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de
qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições
recolhidas pelo ente às entidades de previdência.
§ 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra
que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão
contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal".
§ 2o A despesa total com pessoal será apurada somando-se a
realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente
anteriores, adotando-se o regime de competência.
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da
Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e
em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da
receita corrente líquida, a seguir discriminados:
I - União: 50% (cinqüenta por cento);
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por cento).
§ 1o Na verificação do atendimento dos limites definidos neste
artigo, não serão computadas as despesas:
I - de indenização por demissão de servidores ou empregados;
II - relativas a incentivos à demissão voluntária;
III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6o do art.
57 da Constituição;
IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período
anterior ao da apuração a que se refere o § 2o do art. 18;
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V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e
Roraima, custeadas com recursos transferidos pela União na forma dos
incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e do art. 31 da Emenda
Constitucional no 19;
VI - com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico,
custeadas por recursos provenientes:
a) da arrecadação de contribuições dos segurados;
b) da compensação financeira de que trata o § 9o do art. 201 da
Constituição;
c) das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado
a tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos,
bem como seu superávit financeiro.
§ 2o Observado o disposto no inciso IV do § 1o, as despesas com
pessoal decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas no limite do
respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.
Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá
exceder os seguintes percentuais:
I - na esfera federal:
a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o Legislativo,
incluído o Tribunal de Contas da União;
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) para o
Executivo, destacando-se 3% (três por cento) para as despesas com
pessoal decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da
Constituição e o art. 31 da Emenda Constitucional no 19, repartidos de
forma proporcional à média das despesas relativas a cada um destes
dispositivos, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos
três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação
desta Lei Complementar;
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d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Público da
União;
II - na esfera estadual:
a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de
Contas do Estado;
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;
d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados;
III - na esfera municipal:
a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de
Contas do Município, quando houver;
b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo.
§ 1o Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites
serão repartidos entre seus órgãos de forma proporcional à média das
despesas com pessoal, em percentual da receita corrente líquida,
verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da
publicação desta Lei Complementar.
§ 2o Para efeito deste artigo entende-se como órgão:
I - o Ministério Público;
II- no Poder Legislativo:
a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de Contas da União;
b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribunais de Contas;
c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas
do Distrito Federal;
d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de Contas do
Município, quando houver;
III - no Poder Judiciário:
a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da Constituição;
b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando houver.
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§ 3o Os limites para as despesas com pessoal do Poder Judiciário, a
cargo da União por força do inciso XIII do art. 21 da Constituição, serão
estabelecidos mediante aplicação da regra do § 1o.
§ 4o Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos
Municípios, os percentuais definidos nas alíneas a e c do inciso II do
caput serão, respectivamente, acrescidos e reduzidos em 0,4% (quatro
décimos por cento).
§ 5o Para os fins previstos no art. 168 da Constituição, a entrega dos
recursos financeiros correspondentes à despesa total com pessoal por
Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentuais definidos
neste artigo, ou aqueles fixados na lei de diretrizes orçamentárias.
Quadro esquemático dos limites de despesa com pessoal
Executivo Legislativo
e TC
Judiciário Ministério
Público
Totais
União 40,9% 2,5% 6% 0,6% 50%
Estados/DF 49% 3% 6% 2% 60%
Estados
com TC dos
Municípios
48,6% 3,4% 6% 2% 60%
Municípios 54% 6% - - 60%
Do Controle da Despesa Total com Pessoal
Art. 21. É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da
despesa com pessoal e não atenda:
I - as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar, e o
disposto no inciso XIII do art. 37 e no § 1o do art. 169 da Constituição;
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II - o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com
pessoal inativo.
Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato de que
resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta
dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou
órgão referido no art. 20.
Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos
arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada quadrimestre.
Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95%1
(noventa e cinco por cento) do limite, são vedados ao Poder ou órgão
referido no art. 20 que houver incorrido no excesso:
I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de
remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou
de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no
inciso X do art. 37 da Constituição;
II - criação de cargo, emprego ou função;
III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de
despesa;
IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de
pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de
aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde
e segurança;
V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II
do § 6o do art. 57 da Constituição e as situações previstas na lei de
diretrizes orçamentárias.
Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido
no art. 20, ultrapassar os limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo
das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser
eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um 1 Limite Prudencial.
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terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas
nos §§ 3o e 4o do art. 169 da Constituição.
§ 3o Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto
perdurar o excesso, o ente não poderá:
I - receber transferências voluntárias;
II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;
III - contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas
ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução
das despesas com pessoal.
§ 4o As restrições do § 3o aplicam-se imediatamente se a despesa
total com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano
do mandato dos titulares de Poder ou órgão referidos no art. 20.
Das Despesas com a Seguridade Social
Art. 24. Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade
social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação da
fonte de custeio total, nos termos do § 5o do art. 195 da Constituição,
atendidas ainda as exigências do art. 17.
§ 1o É dispensada da compensação referida no art. 17 o aumento
de despesa decorrente de:
I - concessão de benefício a quem satisfaça as condições de
habilitação prevista na legislação pertinente;
II - expansão quantitativa do atendimento e dos serviços
prestados;
III - reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de
preservar o seu valor real.
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se a benefício ou serviço de
saúde, previdência e assistência social, inclusive os destinados aos
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servidores públicos e militares, ativos e inativos, e aos
pensionistas.
Da Dívida e do Endividamento
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as
seguintes definições:
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total,
apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados
e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo
superior a doze meses;
II - dívida pública mobiliária: dívida pública representada por
títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil,
Estados e Municípios;
III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em
razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição
financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da
venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;
IV - concessão de garantia: compromisso de adimplência de
obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou
entidade a ele vinculada;
V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos
para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.
§ 1o Equipara-se a operação de crédito a assunção, o
reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação,
sem prejuízo do cumprimento das exigências dos arts. 15 e 16.
§ 2o Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à
emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil.
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§ 3o Também integram a dívida pública consolidada as
operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas
tenham constado do orçamento.
§ 4o O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não
excederá, ao término de cada exercício financeiro, o montante do final do
exercício anterior, somado ao das operações de crédito autorizadas no
orçamento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de
atualização monetária.
Dos Limites da Dívida Pública e das Operações de Crédito
Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação desta Lei
Complementar, o Presidente da República submeterá ao:
I - Senado Federal: proposta de limites globais para o montante da
dívida consolidada da União, Estados e Municípios, cumprindo o que
estabelece o inciso VI do art. 52 da Constituição, bem como de limites e
condições relativos aos incisos VII, VIII e IX do mesmo artigo;
II - Congresso Nacional: projeto de lei que estabeleça limites para o
montante da dívida mobiliária federal a que se refere o inciso XIV do art.
48 da Constituição, acompanhado da demonstração de sua adequação aos
limites fixados para a dívida consolidada da União, atendido o disposto no
inciso I do § 1o deste artigo.
§ 1o As propostas referidas nos incisos I e II do caput e suas
alterações conterão:
I - demonstração de que os limites e condições guardam coerência
com as normas estabelecidas nesta Lei Complementar e com os objetivos
da política fiscal;
II - estimativas do impacto da aplicação dos limites a cada uma das
três esferas de governo;
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III - razões de eventual proposição de limites diferenciados por
esfera de governo;
IV - metodologia de apuração dos resultados primário e nominal.
§ 2o As propostas mencionadas nos incisos I e II do caput também
poderão ser apresentadas em termos de dívida líquida, evidenciando a
forma e a metodologia de sua apuração.
§ 3o Os limites de que tratam os incisos I e II do caput serão
fixados em percentual da receita corrente líquida para cada esfera
de governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federação que a
integrem, constituindo, para cada um deles, limites máximos.
§ 4o Para fins de verificação do atendimento do limite, a apuração do
montante da dívida consolidada será efetuada ao final de cada
quadrimestre.
§ 5o No prazo previsto no art. 5o, o Presidente da República enviará
ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional, conforme o caso, proposta
de manutenção ou alteração dos limites e condições previstos nos incisos I
e II do caput.
§ 6o Sempre que alterados os fundamentos das propostas de que
trata este artigo, em razão de instabilidade econômica ou alterações nas
políticas monetária ou cambial, o Presidente da República poderá
encaminhar ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional solicitação de
revisão dos limites.
§ 7o Os precatórios judiciais não pagos durante a execução do
orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida consolidada,
para fins de aplicação dos limites.
A dívida consolidada dos Estados, DF e Municípios é regulada pela
Resolução do Senado Federal n° 40/01 e as Operações de crédito destes
Entes pela Resolução do Senado Federal n° 43/01, reproduzidas a seguir:
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Resolução do Senado Federal n° 40/01
Art. 3º A dívida consolidada líquida dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, ao final do décimo quinto exercício financeiro contado a
partir do encerramento do ano de publicação desta Resolução, não poderá
exceder, respectivamente, a:
I - no caso dos Estados e do Distrito Federal: 2 (duas) vezes a
receita corrente líquida, definida na forma do art. 2; e
II - no caso dos Municípios: a 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes
a receita corrente líquida, definida na forma do art. 2.
Parágrafo único. Após o prazo a que se refere o caput, a
inobservância dos limites estabelecidos em seus incisos I e II sujeitará os
entes da Federação às disposições do art. 31 da Lei Complementar nº
101, de 4 de maio de 2000.
Art. 4º No período compreendido entre a data da publicação desta
Resolução e o final do décimo quinto exercício financeiro a que se refere o
art. 3, serão observadas as seguintes condições:
I - O excedente em relação aos limites previstos no art. 3º apurado
ao final do exercício do ano da publicação desta Resolução deverá ser
reduzido, no mínimo, à proporção de 1/15 (um quinze avo) a cada
exercício financeiro;
II - para fins de acompanhamento da trajetória de ajuste dos limites
de que trata o art. 3, a relação entre o montante da dívida consolidada
líquida e a receita corrente líquida será apurada a cada quadrimestre civil
e consignada no Relatório de Gestão Fiscal a que se refere o art. 54 da Lei
Complementar nº 101, de 2000.
Resolução do Senado Federal n° 43/01
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Art. 7º As operações de crédito interno e externo dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios observarão, ainda, os seguintes limites:
I - o montante global das operações realizadas em um exercício
financeiro não poderá ser superior a 16% (dezesseis por cento) da receita
corrente líquida, definida no art. 4;
II - o comprometimento anual com amortizações, juros e demais
encargos da dívida consolidada, inclusive relativos a valores a
desembolsar de operações de crédito já contratadas e a contratar, não
poderá exceder a 11,5% (onze inteiros e cinco décimos por cento) da
receita corrente líquida;
Art. 10. O saldo devedor das operações de crédito por antecipação
de receita orçamentária não poderá exceder, no exercício em que estiver
sendo apurado, a 7% (sete por cento) da receita corrente líquida, definida
no art. 4, observado o disposto nos arts. 14 e 15.
Da Recondução da Dívida aos Limites
Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação
ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser
a ele reconduzida até o término dos três subseqüentes, reduzindo o
excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.
§ 1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:
I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou
externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvado o
refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária;
II - obterá resultado primário necessário à recondução da dívida
ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho,
na forma do art. 9o.
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§ 2o Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto
perdurar o excesso, o ente ficará também impedido de receber
transferências voluntárias da União ou do Estado.
§ 3o As restrições do § 1o aplicam-se imediatamente se o montante
da dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do
mandato do Chefe do Poder Executivo.
§ 4o O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmente, a relação dos
entes que tenham ultrapassado os limites das dívidas consolidada e
mobiliária.
§ 5o As normas deste artigo serão observadas nos casos de
descumprimento dos limites da dívida mobiliária e das operações de
crédito internas e externas.
Das Operações de Crédito
Da Contratação
Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos
limites e condições relativos à realização de operações de crédito de cada
ente da Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou
indiretamente.
§ 1o O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em
parecer de seus órgãos técnicos e jurídicos, demonstrando a relação
custo-benefício, o interesse econômico e social da operação e o
atendimento das seguintes condições:
I - existência de prévia e expressa autorização para a contratação,
no texto da lei orçamentária, em créditos adicionais ou lei específica;
II - inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos
provenientes da operação, exceto no caso de operações por antecipação
de receita;
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III - observância dos limites e condições fixados pelo Senado
Federal;
IV - autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de
operação de crédito externo;
V - atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da
Constituição;
VI - observância das demais restrições estabelecidas nesta Lei
Complementar.
Das Vedações
Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da dívida
pública a partir de dois anos após a publicação desta Lei Complementar.
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente
da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia,
fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas
entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação,
refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente.
§ 1o Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as
operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação,
inclusive suas entidades da administração indireta, que não se destinem
a:
I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição
concedente.
§ 2o O disposto no caput não impede Estados e Municípios de
comprar títulos da dívida da União como aplicação de suas
disponibilidades.
Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição
financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de
beneficiário do empréstimo.
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Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição
financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública
para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de
emissão da União para aplicação de recursos próprios.
Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:
I - captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo
ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo
do disposto no § 7o do art. 150 da Constituição;
II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder
Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com
direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação;
III - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou
operação assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços,
mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando
esta vedação a empresas estatais dependentes;
IV - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com
fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços.
Das Operações de Crédito por Antecipação de Receita
Orçamentária
Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se
a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá
as exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes:
I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do
exercício;
II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes,
até o dia dez de dezembro de cada ano;
III - não será autorizada se forem cobrados outros encargos que
não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada
à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir;
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IV - estará proibida:
a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não
integralmente resgatada;
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou
Prefeito Municipal.
§ 1o As operações de que trata este artigo não serão computadas
para efeito do que dispõe o inciso III do art. 167 da Constituição, desde
que liquidadas no prazo definido no inciso II do caput.
§ 2o As operações de crédito por antecipação de receita realizadas
por Estados ou Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito
junto à instituição financeira vencedora em processo competitivo
eletrônico promovido pelo Banco Central do Brasil.
§ 3o O Banco Central do Brasil manterá sistema de acompanhamento
e controle do saldo do crédito aberto e, no caso de inobservância dos
limites, aplicará as sanções cabíveis à instituição credora.
Da Garantia e da Contragarantia
Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações de
crédito internas ou externas, observados o disposto neste artigo, as
normas do art. 32 e, no caso da União, também os limites e as condições
estabelecidos pelo Senado Federal.
§ 1o A garantia estará condicionada ao oferecimento de
contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a ser
concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente a
suas obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas,
observado o seguinte:
I - não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio
ente;
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II - a contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou
pelos Estados aos Municípios, poderá consistir na vinculação de receitas
tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de
transferências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor
para retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da dívida
vencida.
§ 2o No caso de operação de crédito junto a organismo
financeiro internacional, ou a instituição federal de crédito e fomento
para o repasse de recursos externos, a União só prestará garantia a ente
que atenda, além do disposto no § 1o, as exigências legais para o
recebimento de transferências voluntárias.
§ 5o É nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo
Senado Federal.
§ 6o É vedado às entidades da administração indireta, inclusive
suas empresas controladas e subsidiárias, conceder garantia, ainda
que com recursos de fundos.
§ 7o O disposto no § 6o não se aplica à concessão de garantia por:
I - empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à
prestação de contragarantia nas mesmas condições;
II - instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei.
§ 8o Excetua-se do disposto neste artigo a garantia prestada:
I - por instituições financeiras estatais, que se submeterão às
normas aplicáveis às instituições financeiras privadas, de acordo com a
legislação pertinente;
II - pela União, na forma de lei federal, a empresas de natureza
financeira por ela controladas, direta e indiretamente, quanto às
operações de seguro de crédito à exportação.
§ 9o Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de garantia
prestada, a União e os Estados poderão condicionar as transferências
constitucionais ao ressarcimento daquele pagamento.
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§ 10. O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela União
ou por Estado, em decorrência de garantia prestada em operação de
crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos ou financiamentos até a
total liquidação da mencionada dívida.
Dos Restos a Pagar
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20,
nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação
de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que
haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão
considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final
do exercício.
Restos a Pagar Lei 4.320/64
Na execução do orçamento, por mais que ocorram esforços para o
cumprimento do princípio da anualidade, sempre restam obrigações que
ficaram sem seu devido pagamento, mas que ainda constituem
pendências orçamentárias e que a Lei 4.320/64 nomeia Restos a Pagar.
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas
mas não pagas até o dia 31 de dezembro distinguindo-se as
processadas das não processadas.
Pelo regime de competência as despesas devem ser computadas
quando empenhadas (realizadas). Se esta despesa for paga no exercício
seguinte será considerada extraorçamentária. E, conforme orienta o
artigo 103 da Lei 4.320/64 em seu parágrafo único: Os Restos a Pagar
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do exercício serão computados na receita extraorçamentária para
compensar sua inclusão na despesa orçamentária, ou seja, a Inscrição
de Restos a Pagar é uma receita extraorçamentária.
Quando uma despesa empenhada é inscrita em Restos a Pagar (RP)
duas situações podem ter acontecido até o dia 31 de dezembro.
RP Processados: significa que a despesa além de empenhada foi
também liquidada, ou seja, foi reconhecido o direito liquido e certo do
credor, faltando apenas o pagamento.
RP Não Processados: neste caso, a despesa foi empenhada, mas
como não ocorreu a entrega do bem ou serviço por parte do fornecedor
até o fim do exercício financeiro, esta não foi liquidada, mas não será
imediatamente cancelada pois ainda é possível que a despesa se realize
no exercício seguinte, desde que sejam atendidas certas condições
previstas no Decreto 93.872/86:
Art . 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado
anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando:
I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo
credor, nele estabelecida;
II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em
cursos a liquidação da despesa ou seja de interesse da Administração
exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou
privadas;
IV - corresponder a compromissos assumidos no exterior.
Caso a despesa inscrita em restos a pagar venha a ser cancelada
mas ainda seja válido do direito do credor (RP com prescrição
interrompida), estes poderão ser pagos à conta de despesas de
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exercícios anteriores, que veremos em detalhes mais adiante. A LRF
também disciplina a inscrição de restos a pagar em seu artigo 42:
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20,
nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação
de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que
tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja
suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão
considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final
do exercício.
Os Restos a Pagar serão pagos no exercício seguinte à conta das
dotações orçamentárias obedecendo aos procedimentos legais (empenho
e liquidação). Caso até 31 de dezembro estes não tenham sido cobrados,
serão automaticamente cancelados, restando ainda o direito do credor em
cobrar o pagamento por um período de cinco anos a partir da inscrição
dos Restos a Pagar. Nesta situação, os Restos a Pagar serão pagos com
recursos de dotação destinada ao pagamento de Despesas de Exercícios
Anteriores.
Exercícios:
1 - (ESAF – APO/MPOG -2008) - A Lei de Responsabilidade Fiscal, na
seção que trata dos limites da Dívida Pública e das Operações de Crédito
determina que, para fins de verificação do atendimento do limite, a
apuração do montante da dívida consolidada será efetuada ao final de
cada:
a) mês.
b) semestre.
c) trimestre.
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d) quadrimestre.
e) ano.
2 - (FCC - 2007 - TRF-2R - Analista Judiciário - Área Administrativa) -
Conforme Lei Federal no 4.320/64, artigo 36: Consideram-se restos a
pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro,
distinguindo-se as processadas das não processadas. Despesa não
processada é aquela
a) operação do sistema financeiro de escrituração contábil, sendo a
despesa realizada normalmente pela sua liquidação, e lançada como
despesa orçamentária do exercício a pagar.
b) cujo empenho foi legalmente emitido, mas depende, ainda, da fase de
dotação orçamentária.
c) cujo empenho foi entregue ao credor, que por sua vez entregou o
material, prestou o serviço e a despesa foi considerada liquidada, estando
na fase de pagamento.
d) que em termos orçamentários foi considerada despesa realizada,
faltando apenas o processamento do pagamento.
e) cujo empenho foi legalmente emitido, mas depende, ainda, da fase de
liquidação.
3 - (ESAF – AFC/CGU – 2008) - A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF
instituiu mecanismos mais rigorosos para a administração das finanças
nas três esferas de governo e funciona como um código de conduta para
os administradores públicos, que devem obedecer às normas e limites
estabelecidos na lei. Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, assinale
a opção incorreta.
a) A LRF estabelece limites para gastos com pessoal, sendo que na União
esse limite chega a 50% do total das Receitas Correntes.
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b) São princípios gerais da LRF o Planejamento, a Transparência e a
Responsabilização.
c) Estão sujeitos às disposições da LRF todos os entes da federação
inclusive suas empresas estatais dependentes na forma definida na Lei.
d) São exemplos de instrumentos de transparência da gestão fiscal,
segundo a LRF: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias;
as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório
Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal.
e) A LRF proíbe a realização de operação de crédito entre entes da
Federação, inclusive por intermédio de fundo, ainda que sob a forma de
novação de dívida contraída anteriormente.
4 - (ESAF – AFC/CGU – 2008) - A LRF estabelece a obrigatoriedade do
Poder Executivo elaborar a programação financeira e o cronograma de
execução mensal de desembolso e, quando for o caso, poderá ser
promovida a limitação de empenho e de movimentação financeira. No que
se refere a esses procedimentos, assinale a opção correta.
a) Em nenhuma hipótese serão objeto de limitação as despesas que
constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas
destinadas ao pagamento do serviço da dívida.
b) Se verificada a necessidade de contingenciamento, cada um dos
poderes, por ato próprio e nos montantes necessários, terá até o final do
bimestre seguinte para efetuar a limitação de empenho e movimentação
financeira.
c) No governo federal, os saldos de caixa apurados ao final do exercício e
que integraram o superávit primário são utilizados para pagamento da
dívida pública, independentemente de sua vinculação.
d) Os critérios para realização da limitação de empenho e de
movimentação financeira serão estabelecidos na Lei Orçamentária Anual.
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e) A limitação de que trata a LRF somente acontecerá se verificado que ao
final do quadrimestre a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário e nominal estabelecidas na
LDO.
5 - (ESAF – AFC/STN – 2008) - A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF):
a) exige a liquidação das operações de ARO (antecipação de receitas
orçamentárias) até o final do exercício financeiro de sua contratação.
b) veda a inscrição em restos a pagar nos últimos dois anos do mandato,
quando não houver disponibilidade financeira suficiente para o seu
pagamento.
c) proíbe aumento de despesa de pessoal ao longo de todo o último ano
do mandato.
d) estabelece limite para os gastos com pessoal de 60% sobre a receita
corrente líquida, para a União, os Estados e Municípios.
e) considera que os gastos com inativos e pensionistas não devem ser
incluídos nas despesas com pessoal.
6 - (ESAF – APO/MPOG – 2005) - A Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF
(Lei Complementar nº 101/2000) estabelece normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. Com base nas normas
da LRF, aponte a única norma não pertinente.
a) Orçamento público – rigoroso equilíbrio entre receita e despesa.
b) Receita pública – previsão e arrecadação.
c) Despesa pública – definições e limites.
d) Gestão patrimonial.
e) Poupança pública – definições, limites e fiscalização.
7 - (ESAF – AFC/CGU – 2006) - Na Lei de Responsabilidade Fiscal,
aprovada em maio de 2000, enfatiza-se a transparência como condição
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para o controle social das ações dos governos, a fim de que os
contribuintes tomem consciência do uso que os administradores públicos
dão aos recursos extraídos da tributação. Entre as normas estabelecidas
pela LRF aponte a opção errada.
a) Limites para gastos com pessoal – a remuneração dos servidores não
deve ultrapassar a 60% das receitas líquidas correntes.
b) Limites para o endividamento – o Senado pode aprovar uma revisão
dos limites atuais proposta pelo Presidente da República.
c) Metas fiscais anuais – o planejamento orçamentário deve estabelecer
metas fiscais para três anos consecutivos.
d) Provisão para despesas correntes – as autoridades públicas não podem
tomar medidas que criem despesas futuras que durem mais de dois anos
sem apontar para uma fonte de financiamento ou um corte compensatório
em outros gastos.
e) Provisão especial para os anos eleitorais – a lei proíbe que os
governadores e prefeitos nos dois últimos anos do mandato antecipem
receitas tributárias por meio de empréstimo de curto prazo, concedam
aumento de salários e contratem novos servidores públicos.
8 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Os
dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal não obrigam:
a) a administração direta municipal.
b) as autarquias e fundações estaduais.
c) os tribunais de contas municipais.
d) as empresas controladas não dependentes estaduais.
e) as empresas estatais federais que recebem recursos para pagamento
de despesas com pessoal, custeio ou capital.
Caro aluno, o autor deste trabalho empregou muitas horas de dedicação para produzi-lo com conteúdo de qualidade e, assim, contribuir para sua aprovação. Não copie e nem distribua este material sem prévia autorização. Respeite e incentive o trabalho do professor. Obrigado!
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9 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Acerca da
repartição dos limites globais da despesa com pessoal estabelecidos na Lei
Complementar n. 101/2000, é correto afirmar que:
a) a despesa com pessoal dos Tribunais de Contas será inclusa nos limites
do respectivo Poder Judiciário.
b) na esfera municipal, o limite para o Ministério Público está incluído no
do respectivo Poder Executivo.
c) na União, inclui-se no limite do Poder Executivo as despesas com
pessoal do Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios.
d) no ministério público de cada esfera, o limite será repartido entre seus
ramos proporcionalmente à média das despesas com pessoal, em
percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios
financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF.
e) a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total
com pessoal do Poder Executivo será a resultante da aplicação dos limites
com pessoal.
10 – (FCC - 2007 - TRE-PB - Técnico Judiciário - Especialidade –
Contabilidade) - Os Restos a Pagar do exercício são computados na
receita extra-orçamentária para
a) compensar sua inclusão no ativo compensado.
b) equilibrar o resultado independente da execução orçamentária.
c) compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
d) ajustar o balanço patrimonial.
e) evitar uma insubsistência passiva.
11 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Segundo a
Lei Complementar n. 101/2000, a responsabilidade na gestão fiscal não
pressupõe
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a) ação planejada e transparente.
b) prevenção de riscos e correção de desvios.
c) cumprimento de metas de resultado entre despesas e receitas.
d) obediência às condições para a inscrição de restos a pagar.
e) observância aos limites para a despesa com serviços de terceiros.
12 – (FCC - 2007 - TRE-PB - Analista Judiciário - Área Administrativa) -
Restos a Pagar decorrem de
a) despesas orçamentárias empenhadas, mas não pagas até o término do
exercício financeiro.
b) obrigação de despesa contraída entre maio e dezembro do último ano
do mandato.
c) despesas extra-orçamentárias, regularmente empenhadas, mas não
quitadas até 31 de novembro de cada ano civil.
d) dívidas assumidas em anos anteriores, ainda não empenhadas.
e) valor principal das operações de crédito por antecipação da receita
orçamentária (ARO).
13 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - A Lei
Complementar n. 101/2000, entre os conceitos e definições acerca da
dívida e do endividamento público, adota o seguinte:
a) a dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante total
sem duplicidade das obrigações financeiras do ente da Federação para
amortização em prazo não superior a doze meses.
b) a dívida pública mobiliária corresponde à dívida pública representada
por títulos emitidos e contratos assumidos pela União, inclusive os do
Banco Central, pelos Estados, Distrito Federal e Municípios.
c) a concessão de garantia corresponde aos ativos vinculados por ente da
Federação ou entidade a ele vinculada ao compromisso de adimplência de
obrigação financeira ou contratual assumida por outro ente da Federação.
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d) considera-se operação de crédito, a aquisição financiada de bens,
recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de
bens e serviços, e o arrendamento mercantil, inclusive com o uso de
derivativos financeiros.
e) o refinanciamento da dívida mobiliária corresponde à emissão de títulos
por ente da Federação para pagamento do principal acrescido dos
respectivos juros e atualização monetária dessa dívida.
14 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Acerca das
diretrizes para o estabelecimento dos limites para a dívida pública e a
realização de operações de crédito estabelecidas pela Lei de
Responsabilidade Fiscal, não é correto afirmar:
a) os limites para a dívida pública e a realização de operações de crédito
serão fixados em proporção da receita corrente líquida para cada uma das
esferas de governo, e serão aplicados igualmente a todos os entes da
Federação integrantes da respectiva esfera.
b) o refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao
término do exercício financeiro, o montante ao final do exercício anterior,
acrescido das operações de crédito autorizadas no orçamento e realizadas
para esse fim, acrescido de atualização monetária.
c) os limites globais e condições para as operações de crédito externo e
interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de
suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público
Federal, serão estabelecidos pelo Senado Federal por proposta do Chefe
do Poder Executivo da União.
d) os limites globais para o montante da dívida consolidada da União,
Estados e Municípios serão fixados pelo Senado Federal por proposta do
Chefe do Poder Executivo da União.
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e) os limites para o montante da dívida mobiliária federal, estadual e
municipal serão estabelecidos pelo Congresso Nacional, mediante projeto
de lei encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo da União.
15 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - De acordo
com a Lei Complementar n. 101/2000, o estabelecimento da programação
financeira e do cronograma de execução mensal de desembolso
obedecerá, entre outras diretrizes, à
a) manutenção dos recursos legalmente vinculados à finalidade específica
no mesmo exercício em que ocorrer o ingresso.
b) avaliação trimestral do cumprimento das metas de resultado primário e
nominal.
c) possibilidade de limitação das despesas destinadas ao pagamento do
serviço da dívida.
d) recomposição ilimitada das dotações orçamentárias objeto de limitação
de empenho, em caso de restabelecimento da receita prevista.
e) extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e
Ministério Público.
16 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Com base na
Lei de Responsabilidade Fiscal, não é correto afirmar acerca da apuração
dos limites com pessoal:
a) não serão computados no limite de pessoal da União os valores
transferidos ao Distrito Federal e aos Estados do Amapá e Roraima.
b) as despesas com pessoal da administração direta decorrentes de
sentenças judiciais serão incluídas no limite do respectivo órgão ou
entidade.
c) não serão computadas as despesas com pessoal decorrentes da
convocação extraordinária do Congresso Nacional.
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d) serão computadas as despesas com pessoal decorrentes de decisão
judicial da competência do mesmo período de apuração do limite.
e) não serão computadas as despesas com pessoal inativo custeadas por
meio de fundo específico decorrentes da contribuição dos servidores
inativos.
17 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Com base na
Lei de Responsabilidade Fiscal, não é lícito afirmar acerca da previsão e
arrecadação da receita pública:
a) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos são
requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal.
b) as previsões de receita devem considerar, entre outros fatores
relevantes, os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice
de preços e do crescimento econômico.
c) é vedada a realização de transferências voluntárias ao ente da
federação que não institui, prevê e arrecada todos os tributos.
d) a reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só poderá ser
feita em caso de erro ou omissão de ordem técnica ou legal.
e) em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, o Poder Executivo
deve desdobrar as receitas previstas em metas bimestrais de arrecadação.
18 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Segundo a
Lei Complementar n. 101/2000, acerca da renúncia de receita, pode-se
afirmar que
a) a concessão da renúncia de receita deve estar acompanhada de
estimativa do impacto orçamentário financeiro, nos próximos três
exercícios.
b) uma das condições para a concessão de renúncia de receita é a adoção
de medidas compensatórias, por meio da redução das despesas.
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c) as condições para a renúncia de receita não se aplicam em caso de
redução das alíquotas do Imposto de Renda.
d) a renúncia de receita condicionada à adoção de medidas
compensatórias entra em vigor após verificado o efeito das medidas.
e) não se compreende, na renúncia de receita, a redução indiscriminada
de tributos ou contribuições.
19 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - De acordo
com a Lei Complementar n. 101/2000, é correto afirmar, acerca da
verificação do cumprimento aos limites da despesa com pessoal, que
a) se a despesa com pessoal exceder o limite, os gastos com cargos em
comissão ou funções de confiança deverão ser reduzidos no mínimo em
vinte por cento.
b) se a despesa com pessoal exceder a noventa e cinco por cento do
limite, é vedada, ao poder ou órgão em que incorrer, a concessão de
aumento decorrente da revisão geral anual de remuneração.
c) se a despesa com pessoal exceder o limite, o excesso deve ser
eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo no mínimo metade no
primeiro.
d) se a despesa com pessoal exceder o limite, e não alcançada a redução
no prazo estabelecido, enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá
receber transferências constitucionais.
e) a verificação do cumprimento aos limites será efetuada
quadrimestralmente, comparando o mês atual com os onze meses
anteriores.
20 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Com base na
Lei Complementar n. 101/2000, a receita corrente líquida compreende o
somatório de todas as naturezas de receitas correntes, deduzida(s):
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a) as transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios destinadas ao
custeio do Sistema Único de Saúde.
b) as parcelas entregues por Municípios aos Estados e Distrito Federal por
determinação constitucional.
c) a contribuição dos trabalhadores e empregadores para o custeio do
regime geral da previdência social.
d) as receitas correntes próprias arrecadadas pelas autarquias e
fundações públicas.
e) as contribuições dos entes públicos para os fundos de pensão das
empresas estatais.
21 - (Analista Contábil Financeiro Sefaz/CE – ESAF – 2006) - Para os
efeitos da Lei Complementar n.101/2000, considera-se despesa com
pessoal:
a) as reparações econômicas a anistiados políticos não membros da
administração pública.
b) o auxílio-alimentação dos servidores.
c) a terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira dos
servidores.
d) as aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de poder executivo.
e) as aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência
social.
22 - (ESAF – AFC/CGU – 2008) - Existem ocorrências especiais na
execução da despesa pública, tais como os restos a pagar. No que diz
respeito a esse assunto, julgue os itens que se seguem e marque a opção
que corresponde à seqüência correta.
I. Compreendem somente despesas empenhadas, liquidadas ou não, e
não-pagas até o final do exercício.
Caro aluno, o autor deste trabalho empregou muitas horas de dedicação para produzi-lo com conteúdo de qualidade e, assim, contribuir para sua aprovação. Não copie e nem distribua este material sem prévia autorização. Respeite e incentive o trabalho do professor. Obrigado!
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II. O pagamento da despesa inscrita em Restos a Pagar independe de
autorização orçamentária.
III. A despesa empenhada e liquidada é passível de inscrição em Restos a
Pagar - Processados, enquanto as despesas empenhadas, mas não-
liquidadas, somente são passíveis de inscrição em Restos a Pagar - Não-
Processados, se forem atendidas determinadas condições.
IV. O superávit financeiro do exercício deve ser reservado
preferencialmente para pagamento de Restos a Pagar.
V. As dívidas de exercícios anteriores, reconhecidas na forma da legislação
pelo ordenador de despesa e que não foram pagas no exercício deverão
ser inscritas como Restos a Pagar.
a) V, V, F, F, F
b) F, F, V, F, F
c) V, V, V, F, F
d) V, F, F, V, V
e) F, F, V, V, V
23 – (ESAF – ACE/TCU – 2002) - As operações de crédito por antecipação
da receita, mais conhecidas como AROs, além de sujeitarem-se às normas
da Resolução nº 78/1988, do Senado da República, sujeitam-se à da Lei
de Responsabilidade Fiscal. Identifique a única opção proibida na
mencionada Lei, com relação às AROs.
a) Somente poderão ser realizadas a partir do 10º dia do início do
exercício.
b) Não serão autorizadas se forem cobrados outros encargos incidentes
que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou
indexada à taxa básica financeira, ou à que a vier substituir.
c) Deverão ser liquidadas (pagas), com juros e outros encargos
incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano.
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d) Estarão proibidas enquanto existir operação anterior da mesma
natureza não integralmente resgatada.
e) Serão permitidas suas contratações mesmo que seja o último ano de
mandato do Presidente, do Governador ou Prefeito Municipal.
24 – (FCC - 2007 - TRE-PB - Analista Judiciário - Área Administrativa) -
No que toca à despesa de pessoal, a Lei de Responsabilidade Fiscal
determina que
a) em até 3 (três) quadrimestres, tal gasto retome seu limite máximo.
b) o limite prudencial corresponde a 90% do limite máximo.
c) os limites são antepostos somente para todo o nível de governo; nunca
para cada Poder estatal.
d) os subsídios dos mandatos eletivos e o pagamento de pensionistas
integram ambos o cômputo daquele gasto público.
e) a apuração considera apenas o gasto havido no mês anterior,
proporcionalmente à receita corrente líquida.
25 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Técnico Judiciário - Tecnologia
da Informação)
Responsabilidade fiscal
Para disciplinar a aplicação do dinheiro público e regulamentar os limites
de endividamento, foi promulgada em 2000 a Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF). A aprovação da LRF é, nos últimos anos, a maior modificação
na gestão das finanças públicas no Brasil. Ela é um manual de regras
sobre como administrar as contas públicas, inspirado no Código de Boas
Práticas para a Transparência Fiscal, do Fundo Monetário Internacional
(FMI). Suas principais inovações são: fixar limites para as despesas com
pessoal; estabelecer regras que obrigam os poderes a indicar de onde
virão as receitas para fazer frente às despesas que suas iniciativas
implicam; definir regras para a criação e a administração de dívidas
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públicas. Além disso, estabelece normas e prazos para a divulgação das
contas públicas aos cidadãos, facilitando, assim, a fiscalização dos poderes
pelo povo.
Quem desobedecer à LRF se arrisca a perder o mandato, os direitos
políticos, a pagar pesadas multas e até a ser preso. Ela viabiliza a
fiscalização pela oposição e pela sociedade, que passaram a ter acesso
aos números e às contas públicas.
A lei autoriza, ainda, qualquer cidadão a entrar com uma ação judicial
pedindo seu cumprimento. Outro objetivo da lei é que ela se torne um
obstáculo à corrupção, por meio do controle público do orçamento.
Mas muitos municípios alegam dificuldade para se adaptar à legislação,
em especial por causa da alta soma que tem de ser comprometida com o
pagamento de dívidas passadas. Os prefeitos queixam-se de que suas
despesas aumentaram muito desde que assumiram os gastos com o
ensino fundamental e o atendimento básico de saúde, como determina a
Constituição de 1988. (Almanaque Abril 2009, p. 60)
Considere as seguintes afirmações:
I. A LRF assume um caráter de orientação para os gestores das finanças
públicas no Brasil, em consonância com orientações fixadas num código
do FMI.
II. Deve-se entender que os principais atingidos pelas sanções da LRF são
os políticos que ocupam cargos do poder legislativo e judiciário.
III. A LRF estende a todos os cidadãos o direito de fiscalizar os gastos
públicos, bem como o de promover ações judiciais contra os responsáveis
por irregularidades nesses gastos.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
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e) I e III.
26 – (FCC - 2008 - MPE-PE - Promotor de Justiça) - A Lei de
Responsabilidade Fiscal
a) é uma lei complementar que prevê crimes de responsabilidade.
b) define os limites mínimos de despesas com pessoal da União, dos
Estados e do Distrito Federal.
c) disciplina a renúncia de receita, apresentando as condições para sua
efetivação.
d) disciplina o plano plurianual, definindo de forma enumerada seu
objeto.
e) é omissa quanto às operações créditos de cada ente da Federação.
27 – (FCC - 2006 - TRT-24R - Analista Judiciário - Área Administrativa) -
Nos três meses finais de seu mandato, determinado Prefeito Municipal
enviou projeto de lei à Câmara dos Vereadores propondo a criação de dez
cargos em comissão. No prazo de duas semanas, transformado em lei, os
servidores foram nomeados. Diante da situação narrada e, nos termos do
disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar no 101/00),
o ato
a) de nomeação é nulo, uma vez que nos 180 (cento e oitenta) dias que
antecedem o final do mandato apenas podem ser nomeados servidores
concursados.
b) de nomeação é válido, uma vez que expedido dentro de prazo de até 3
(três) meses que antecede o término do mandato.
c) que ocasionou o aumento de despesa com pessoal é anulável ante a
regra que proíbe a nomeação de servidores durante o último ano de
mandato.
d) que culminou com o aumento de despesas pode ser convalidado, no
exercício financeiro seguinte, pelo sucessor do prefeito.
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e) que resultou no aumento da despesa com pessoal é nulo de pleno
direito, posto que expedido dentro dos 180 (cento e oitenta) dias
anteriores ao final do mandato.
Gabarito:
1 – D 2 – E 3 – A 4 – A 5 – A
6 – E 7 – E 8 – D 9 – C 10 – C
11 – E 12 – A 13 – D 14 – E 15 – E
16 – A 17 – C 18 – E 19 – A 20 – C
21 – D 22 – C 23 – E 24 – D 25 – E
26 – C 27 – E
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Controle e transparência: controle pelos Tribunais de Contas e
pelo Poder Legislativo; penalidades administrativas e civis. Lei
complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Entre as funções básicas do Tribunal de Contas da União e, por
conseguinte, dos demais Tribunais, está a função sancionadora (incisos
VIII a XI do art. 71 da Constituição Federal), a qual configura-se na
aplicação de penalidades aos responsáveis, em caso de ilegalidade de
despesa ou irregularidade de contas. As sanções estão previstas na
Lei nº 8.443/92 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União) e também
na Lei n° 12.160/93 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas dos Municípios
do Estado do Ceará) e podem envolver desde aplicação de multa e
obrigação de devolução do débito apurado, até afastamento
provisório do cargo, o arresto dos bens de responsáveis julgados em
débito e a inabilitação para o exercício de cargo em comissão ou
função de confiança no âmbito da administração pública.
Cumpre destacar que essas penalidades não excluem a aplicação
de sanções penais, administrativas e eleitorais pelas autoridades
competentes, em razão das mesmas irregularidades constatadas pelos
Tribunal de Contas. Entre elas está a declaração de inelegibilidade por
parte da Justiça Eleitoral.
Periodicamente, os Tribunais de Contas enviam ao Ministério Público
Eleitoral os nomes dos responsáveis cujas contas foram julgadas
irregulares nos cinco anos anteriores, para os fins previstos na Lei
Complementar no 64/90, que trata da declaração de inelegibilidade.
Os Tribunais podem, ainda, conforme disposto nos incisos IX e X do
art. 71 da Constituição, fixar prazo para que o órgão ou entidade adote
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as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, caso haja
alguma ilegalidade, ou sustar o ato impugnado.
No caso de contratos, se não atendido, o Tribunal comunica o
fato ao Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, conforme o caso,
a quem compete adotar o ato de sustação.
A função sancionadora é crucial para que os Tribunais possam inibir
irregularidades e garantir o ressarcimento ao erário. Entre as penalidades
normalmente aplicadas estão, por exemplo, a aplicação de multa
proporcional ao débito imputado, multa por infração à LRF,
afastamento do cargo de dirigente que obstrui a auditoria,
decretação de indisponibilidade de bens por até um ano,
declaração de inidoneidade para contratar com a administração
pública por até cinco anos, declaração de inabilitação para o
exercício de função de confiança, dentre outras.
A decisão do Tribunal da qual resulte imputação de débito ou
cominação de multa torna a dívida líquida e certa e tem eficácia de título
executivo. Nesse caso, o responsável é notificado para, no prazo de
quinze dias, recolher o valor devido. Se o responsável, após ter sido
notificado, não recolher tempestivamente a importância devida, é
formalizado processo de cobrança executiva, o qual é encaminhado ao
Ministério Público junto ao Tribunal para promover a cobrança judicial da
dívida ou o arresto de bens.
Vamos ver o que a Lei Orgânica do TCM-CE diz sobre as sanções e
penalidades.
Aviso: o edital não deixou claro se será cobrado conhecimento
específico sobre o TCM-CE ou mais genérico sobre todos os Tribunais de
Contas. Recomendamos a leitura adicional dos artigos correspondentes na
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Lei Orgânica do TCU e respectivo Regimento Interno. Links disponíveis na
bibliografia.
SANÇÕES
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 54 O Tribunal de Contas dos Municípios poderá aplicar aos
Administradores ou responsáveis, na forma estabelecida no Regimento
Interno, as sanções previstas neste Capítulo.
SEÇÃO II
Multas
Art. 55 O Tribunal poderá aplicar multa de até cem por cento do
valor real do dano causado ao erário.
*Art. 56 O Tribunal poderá aplicar multas de até o valor
equivalente a 6.000 UFIRs (seis mil Unidades Fiscais de Referência) aos
responsáveis por:
* Alterado pela Lei nº13016, de 22 de maio de 2000 – D.O.E.
de 22.05.2000.
I - contas julgadas irregulares, de que não resulte débito, nos
termos do parágrafo único, do art.19 desta lei.
II - ato praticado com grave infração à norma legal ou
regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional
e patrimonial;
III - ato ilegítimo ou anti-econômico de que resulte injustificado
dano causado ao erário;
IV - não atendimento no prazo fixado, sem causa justificada, à
diligência do Relator ou à decisão do Tribunal;
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V - obstrução ao livre exercício das inspeções e auditorias
determinadas;
VI - sonegação de processo, documento ou informação em
inspeções e auditorias realizadas pelo Tribunal;
VII - atraso na remessa de balancetes mensais e prestação de
contas anual;
VIII- sonegação de livros e documentos de sua gestão;
IX - reincidência no descumprimento de determinação do Tribunal.
*Parágrafo 1º- No caso de extinção da Unidade Fiscal de
Referência enquanto não for fixado por lei outro valor unitário para
substituí-la, o Tribunal estabelecerá parâmetro a ser utilizado para o
cálculo de multa prevista neste artigo.
*Parágrafo 2º- Para efeito do disposto no artigo anterior, o
pagamento da multa arbitrada, poderá ser efetuada em até 24 (vinte e
quatro) parcelas mensais.
* Alterado pela Lei nº13016, de 22 de maio de 2000 – D.O.E.
de 22.05.2000.
Art. 57 O débito decorrente de multa aplicada pelo Tribunal de
Contas dos Municípios nos termos dos arts. 55, 56 desta lei, quando pago
após o seu vencimento, terá o valor real atualizado, nas datas do efetivo
pagamento.
SEÇÃO III
Outras Sanções
Art. 58 Ao responsável que tenha suas contas julgadas irregulares
poderá o Tribunal de Contas dos Municípios, aplicar, cumulativamente com
o previsto na seção anterior, a sanção de inabilitação para o exercício de
cargo em comissão ou de função gratificada na Administração Municipal,
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por prazo não superior a cinco anos, bem como, de servidor, a pena de
demissão na forma da lei, comunicando a decisão à autoridade
competente para a efetivação da medida.
Art. 59 O Tribunal poderá, por intermédio do Ministério Público,
solicitar à Procuradoria Geral da Justiça as medidas necessárias ao arresto
de bens dos responsáveis julgados em débito, devendo ser ouvido quanto
à liberação dos bens arrestados e as respectivas restituições.
Sanções previstas na LRF
Como um dos principais objetivos da LRF é promover a gestão fiscal
responsável, ela também prevê sanções os responsáveis pelo mau uso dos
recursos públicos. Essas sanções estão previstas na legislação que trata
dos crimes de responsabilidade fiscal (Lei 10.028, de 19 de outubro de
2000) e em outros instrumentos, conforme podemos depreender da
leitura do art. 73.
Art. 73. As infrações dos dispositivos desta Lei Complementar serão
punidas segundo o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal); a Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950; o Decreto-Lei no
201, de 27 de fevereiro de 1967; a Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992; e
demais normas da legislação pertinente.
As penalidades alcançam todos os responsáveis, dos três poderes da
União, estados e municípios. E todo cidadão será parte legítima para
denunciar. São duas as sanções previstas:
Sanções Institucionais: recaem sobre o ente público.
Sanções Pessoais: recaem sobre o agente que cometer crime ou
infração administrativa.
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Medidas de responsabilização
Sanções Institucionais (LRF):
• Suspensão de transferências voluntárias: essas transferências
(federais e/ou estaduais) são geralmente efetivadas por meio de
convênios destinados a programas e obras de interesse da
população (educação, habitação, saneamento, etc.)
• Suspensão das contratações de operações de crédito.
• Suspensão de garantias e avais.
Sanções Pessoais (Lei nº 10.028/00):
• Esferas administrativas, civil e penal – penas funcionais,
patrimoniais e pessoais.
A punição penal, nos termos da Lei de Crimes, recairá sobre aquele
administrador público que não seguir as regras gerais da LRF, desde a
confecção das leis orçamentárias nos termos da Lei (artigo 4º), até a
publicação de todos os relatórios exigidos pela LRF, passando pela
observação dos limites para contratação de pessoal, serviços terceirizados
e endividamento. Cumpre ressaltar que a Lei 10.028 alterou o Decreto-Lei
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a Lei nº 1.079, de
10 de abril de 1950 (Define os crimes de responsabilidade e regula o
respectivo processo de julgamento) e o Decreto-Lei nº 201, de 27 de
fevereiro de 1967 (dispõe sobre a responsabilidade dos Prefeitos e
vereadores, e dá outras providências).
As punições penais recairão diretamente sobre o agente
administrativo, importando na cassação de mandato, multa de 30% dos
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vencimentos anuais, inabilitação para o exercício da função pública e
detenção, que poderá variar entre 6 meses e 4 anos. Por outro lado, as
punições fiscais recairão sobre o ente público, o que representa a
transferência para a população local dos efeitos da irresponsabilidade
fiscal dos seus governantes. Resguarda a LRF no seu artigo 25º, a
garantia para a continuidade de transferências relativas as ações de
saúde, educação e assistência social . Isto no que diz respeito àqueles
convênios já em execução. O ente que estiver descumprindo a LRF não
poderá contratar novos convênios, nem mesmo aqueles destinados às
ações citadas anteriormente.
Transparência da Gestão Fiscal
(atenção: artigo da LRF recentemente alterado. Não deixe de ler
também na Lei os artigos 73-A, 73-B e 73-C)
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal,
aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos
de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer
prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o
Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses
documentos.
Parágrafo único. A transparência será assegurada também
mediante: (Redação dada pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
I – incentivo à participação popular e realização de audiências
públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei
de diretrizes orçamentárias e orçamentos; (Incluído pela Lei
Complementar nº 131, de 2009).
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II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da
sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a
execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso
público; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
III – adoção de sistema integrado de administração financeira
e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo
Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A. (Incluído pela Lei
Complementar nº 131, de 2009).
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único
do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa
física ou jurídica o acesso a informações referentes a: (Incluído pela Lei
Complementar nº 131, de 2009).
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades
gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua
realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número
do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à
pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso,
ao procedimento licitatório realizado; (Incluído pela Lei Complementar nº
131, de 2009).
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a
receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos
extraordinários. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo
ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder
Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para
consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá
demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências financeiras oficiais de
fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com
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recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso
das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de
suas atividades no exercício.
Exercícios:
1- (FCC - 2007 - TRE-MS - Analista Judiciário - Área Administrativa) -
Corresponde à atividade exercida pelo Controle da Execução
Orçamentária:
a) Tem como único objetivo verificar o cumprimento da Lei do
Orçamento, pelo Poder Legislativo, conforme disposto na Lei no 4.320/64.
b) A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária de
forma prévia, concomitante e subseqüente.
c) Permitir ao Ministério Público exigir a limitação de empenho quando,
verificado que, ao final de um semestre, a realização da receita poderá
não cumprir as metas de resultado primário estabelecidos no Anexo de
Metas Fiscais.
d) Determinar que o montante previsto para as receitas de operações de
crédito poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do
projeto de lei orçamentária.
e) Especificar quais as despesas destinadas ao pagamento do serviço da
dívida que podem ser objeto de limitação.
Gabarito:
1 - B
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Lei de responsabilidade fiscal - guia prático para o cidadão.
http://www.sefin.fortaleza.ce.gov.br/apresentacoes/gerados/cartilha_lrf_fi
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