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 CURSO GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA 1 FORMAÇÃO DE PROFESSORAS/ES EM GÊNERO, SEXUALIDADE, ORIENTAÇÃO SEXUAL E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS Ministério da Educação Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial Ao assistir programas de TV que tratam da situação das mulheres em diferentes países, se percebe como são adversas as condições nas quais mulheres têm que sobreviver e criar os lhos. Nota-se também, em d ferentes contextos, a r g dez dos costumes locais, que as obrig am a cobrir todo o corpo e o rosto, como ocorre nos países muçulmanos; a submeter-se à mutilação genital, como em alguns países africanos; a praticar o aborto de fetos do sexo femnno, em razão da preferênca socal por um lho homem, como acontece na Chna. No mundo todo, a stuação das mulheres é preocupante. Em países pobres, às stuações de mséra e de exclusão socal que atngem homens e mulheres somam-se as dscrmnações de gênero, sexual, étnca e racal presentes nos dstntos contextos socoeconômcos. Em todas as classes socas, as mulheres são vítmas de volênca (físca, pscológca, moral e sexual), enfrentam dculdades de acesso ao trabalho e à geração de renda, à escolarzação e à partcpação na vda polítca. Em um país de dimensões continentais como o Brasil, com mensas desgualdades socas em razão da dstrbução de renda extremamente desgual, o quadro socal torna-se bastante complexo. As desgualdades de gênero e de raça/ etna são produzdas em meo a profundas dversdades regonas e tradções culturas dstntas. Nordest nos, gaúchos, amazonenses, caboclos, d ferentes grupos indígenas, nas áreas rurais e urbanas, possuem regras sociais e moralidades que estabelecem os costumes locais e a inserção da mulher em uma dada cultura. Na literatura de cordel, A discriminação de gênero coloca as mulheres em desvantagem em relação ao homem em dversas stuações socas. T al desvantagem se agrava anda mas quando o fator de gênero se une à dscrmnação étnco-rac al. Este texto ntroduz essas questões, que serão aprofundadas nos demas textos desta undade. Procure dentcar, no seu da-a-da, stuações em que se perceba essas dscrmnações. MÓDULO 2 - GÊNERO | UNiDADE 2 | TEXTO 1 Dscrmnação de gênero em contexto de desgualdade socal e étnco-racal  Dica de vídeo: Retratos de mulher.  Narrad o em primeira pessoa e atra vés de fotos, o vídeo conta a história de lutas, dramas e conquistas da mulher brasileira, de 1500 até o século XX.  Direção de Carmen Barroso e texto de Maria Lúcia de Barros Mott (Brasil, Fundação Carlos Chagas/SP, 15 min).  Casal de retirantes, desenho de Vinicius Mattoso inspirado nas  x i l o g r a v u ra s q ue i l us tr a m a literatura de cordel

Discriminacao de Genero Em Contexto de Desigualdade Social e Etnico-racial-1

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CURSO GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA

1

FORmaçãO de PROFeSSORaS/eS em GÊNERO, SExuALIDADE, ORIENtAçãO SExuAL E RELAçõES ÉtNICO-RACIAIS

Ministério

da Educação

Secretaria Especial de

Políticas para as Mulheres

Secretaria Especial de Políticas

de Promoção da Igualdade Racial

ao ssistir progrs TV qu trt situo s

ulhrs ifrnts píss, s prcb coo so vrss

s coniõs ns quis ulhrs tê qu sobrvivr crir

os lhos. Nota-se também, em dferentes contextos, a rgdezos costus locis, qu s obrig cobrir too o corpo o

rosto, como ocorre nos países muçulmanos; a submeter-se àutilo gnitl, coo lguns píss fricnos; prticr

o aborto de fetos do sexo femnno, em razão da preferêncasocal por um lho homem, como acontece na Chna.

No mundo todo, a stuação das mulheres é preocupante. Em países pobres, às stuações demséra e de exclusão socal que atngem homens e mulheres somam-se as dscrmnações degênero, sexual, étnca e racal presentes nos dstntos contextos socoeconômcos. Em todasas classes socas, as mulheres são vítmas de volênca (físca, pscológca, moral e sexual),enfrentam dculdades de acesso ao trabalho e à geração derenda, à escolarzação e à partcpação na vda polítca.

e u pís insõs continntis coo o Brsil, co

mensas desgualdades socas em razão da dstrbução derenda extremamente desgual, o quadro socal torna-sebastante complexo. As desgualdades de gênero e de raça/etna são produzdas em meo a profundas dversdadesregonas e tradções culturas dstntas.

Nordestnos, gaúchos, amazonenses, caboclos, dferentes gruposinígns, ns árs ruris urbns, possu rgrs sociis

orlis qu stblc os costus locis insro

da mulher em uma dada cultura. Na lierara de cordel,

a iscriino gênro coloc s ulhrs svntg rlo o ho

em dversas stuações socas. Tal desvantagem se agrava anda mas quando o fatorde gênero se une à dscrmnação étnco-racal. Este texto ntroduz essas questões,que serão aprofundadas nos demas textos desta undade. Procure dentcar, no seuda-a-da, stuações em que se perceba essas dscrmnações.

MÓDULO 2 - GÊNERO | UNiDADE 2 | TEXTO 1

Dscrmnação de gênero em contexto de 

desgualdade socal e étnco-racal

 Dica de vídeo: Retratos de mulher.

 Narrado em primeira pessoa e através

de fotos, o vídeo conta a história de

lutas, dramas e conquistas da mulher 

brasileira, de 1500 até o século XX.

 Direção de Carmen Barroso e texto

de Maria Lúcia de Barros Mott 

(Brasil, Fundação Carlos Chagas/SP,

15 min).

Casal de retirantes, desenho de

Vinicius Mattoso inspirado nas

  xilogravuras que i lustram a

literatura de cordel

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2

FORmaçãO de PROFeSSORaS/eS em GÊNERO, SExuALIDADE, ORIENtAçãO SExuAL E RELAçõES ÉtNICO-RACIAIS

Ministério

da Educação

Secretaria Especial de

Políticas para as Mulheres

Secretaria Especial de Políticas

de Promoção da Igualdade Racial

por exemplo, uma das manfestações da cultura popular do Nordeste, a mulher aparece descrtaor coo moça casadoira, or coo donzela, or coo prostituta ou doméstica – ns váris

stuações, reforçam-se os papés e os lugares socas atrbuídos às mulheres: o espaço prvado, otrabalho doméstco, a procração, o cudado e a educação dos lhos. isto sgnca que, além de

lutarem contra a exclusão socal que as atnge, bem como a suas famílas, mutas mulheres têmque enfrentar preconcetos e superar dculdades advndas daposio socil suborin qu ocup rlo os hons,

ndependentemente de sua condção socoeconômca.

A stuação de pobreza ede dscrmnação étnco-racal agrava esta realdade.

Mulheres em stuação de pobreza, mulheres negras endígenas, além de admnstrarem o cotdano doméstco e

dsputarem vagas no mercado de trabalho sem qualcaçãoqu, v nfrntr o prconcito por sr pobrs

e por não serem brancas. Alguns dados de pesqusasrcnts ilustr rli construí plo chiso

e pelo racsmo presentes em nossa socedade. Comovmos, as desgualdades de gênero combnam-se com adscrmnação socal e étnco-racal. Desde cranças, asnins po sr prtris plos pis rlo os

rmãos. Quando adultas, possuem menos oportundadesde acesso ao mundo públco, suportam a sobrecarga de

trabalhos doméstcos e têm poucas chances de realzarsonhos que as conduzam à emancpação nancera ousocal. Se não tverem acesso a uma boa formação escolare ncentvo podem lmtar-se a reproduzr o destno de suasmães, além de carem expostas ao rsco da gravdez nãoprvist s no tivr oportuni obtr ios pr

contracepção. Anda hoje, as mulheres, sobretudo as jovense de áreas mas perfércas, têm dculdade de acesso aosservços de saúde e a polítcas públcas ecazes para asuperação destas dculdades socas.

(...) as desigualdades de

gênero combinam-se

com a discriminação

social e étnico-racial.  Dicas de pesquisa:

1. Para saber mais sobre os temas

relativos à sexualidade e à saúde

reprodutiva das mulheres, tais como

contracepção, aborto e mortalidade

materna, visite o site do Ministério

da Saúde da Rede Feminista de

Saúde, Direitos Sexuais e Direitos

 Reprodutivos: www.redsaude.org.br .

O tema também será analisado mais

 profundamente no Módulo III.

 2. Se você se interessar pelo tema, leia

O feminino na literatura de cordel:

desafios de Cícero Pedro de Assis,

e A mulher na literatura de cordel- Análise de “O pavão misterioso”:

romance de João Melchíades da

Silva.

 3. Para saber mais sobre a mulher 

negra, acesse o texto A mulher negra

no mercado de trabalho, de Maria

  Aparecida Silva Bento, em http:// 

 portalfeminista.org.br/REF/PDF/ 

v3n2/Bento

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