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SmartDocs Inovação em Gestão Documental Ricardo João Correia Vieira Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Informática e de Computadores Júri Presidente: Prof. Alberto Cunha (IST) Orientador: Prof. José Borbinha (IST) Co-Orientador: Eng.ª Irene Oliveira (Fujitsu) Arguente: Prof. André Vasconcelos (IST) Outubro 2010

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em · mercado verificou-se a necessidade de definição de boas práticas de SGD, com o objectivo não só de auxiliar quem procura

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SmartDocs – Inovação em Gestão Documental

Ricardo João Correia Vieira

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Engenharia Informática e de Computadores

Júri

Presidente: Prof. Alberto Cunha (IST)

Orientador: Prof. José Borbinha (IST)

Co-Orientador: Eng.ª Irene Oliveira (Fujitsu)

Arguente: Prof. André Vasconcelos (IST)

Outubro 2010

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Agradecimentos

Gostaria de agradecer ao professor José Borbinha pelo tempo dispensado, conselhos e

ajuda dada durante todo este processo de tese de mestrado. À Engª Irene Oliveira e ao Engº

Nuno Semedo que me acompanharam durante todo o percurso da tese mostrando-se sempre

disponíveis para me ajudar. Às pessoas com quem trabalhei na Fujistu pelo excelente

ambiente de trabalho que me proporcionaram fazendo-me sempre sentir bem recebido e

apoiado.

Agradeço no mundo académico a todos os meus colegas e professores que me ajudaram

durante todo o meu percurso universitário e que dessa forma contribuíram para os meus

sucessos e conquistas como aluno e irão sempre ser parte do meu eventual sucesso como

profissional.

A todos os meus amigos que fazem parte da minha vida pelas manhãs, tardes e noites de

divertimento e por estarem presentes sempre que precisei. Sem eles nada disto seria possível.

Por último mas não menos importante aos meus pais, irmão e avós pelo apoio constante

durante todo o meu percurso académico (e durante toda a minha vida), pela motivação para

procurar sempre o melhor para mim e pelo exemplo de pessoas que representam para mim.

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2

Resumo

Um sistema de gestão documental (SGD) é hoje essencial para o aumento da produtividade

de uma empresa, razão pela qual poucas são as que não têm um implementado e muitas são

as soluções disponíveis no mercado. Com um leque de soluções variado disponível no

mercado verificou-se a necessidade de definição de boas práticas de SGD, com o objectivo

não só de auxiliar quem procura comprar, como quem pretende desenvolver este tipo de

sistemas. Por essa razão em 2001 foi disponibilizado online a primeira versão do MoReq, uma

especificação de requisitos para sistemas de gestão de documentos de arquivo. Com a

introdução e propagação do MoReq pela Europa este passou a ser considerado uma exigência

por parte dos consumidores de SGD deixando um problema para os fornecedores com

produtos já desenvolvidos: como avaliar os seus softwares com base no MoReq e quais os

desenvolvimentos necessários para cumprir os seus requisitos.

Esta dissertação analisa esse problema e propõe um processo de avaliação de SGC, classe

de sistemas onde os SGD se incluem, de acordo com uma especificação de requisitos como o

MoReq. Para obter o resultado final foram estudadas e aplicadas técnicas de avaliação de

software a um SGD já desenvolvido (SmartDocs) que pretende evoluir para um sistema em

total cumprimento com os requisitos do MoReq2, segunda versão do MoReq. A solução

proposta é o resultado das ilações retiradas na utilização dos métodos estudados no caso de

referência referido.

Palavras-chave: sistema de gestão documental; sistema de gestão de conteúdos;

sistema de gestão de documentos de arquivo; MoReq; avaliação de software; evolução de

software;

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Abstract

A document management system (DMS) is now essential to increase the productivity of a

company, which is why there are few who do not have one implemented and there are many

solutions available in the market. With a varied range of solutions available on the market there

was a need to define DMS’s best practices with the aim of, not only assist those looking to buy

but also those who want to develop similar systems. For this reason in 2001 the first version of

MoReq, a requirements specification for records management system, was made available

online. With the introduction and spread of MoReq in Europe the DMS’s consumers started to

consider its compliance a demand, leaving a problem for suppliers with products already

developed: how to evaluate their software based on MoReq and what developments are

necessary to meet its requirements.

In this dissertation we analyze this problem and propose a process for evaluating content

management systems, class of systems where the DMSs fall, according to a requirements

specification as MoReq. To achieve the final results we studied and applied techniques for

evaluating software in an already developed DMS (SmartDocs) who wants to evolve to a

system in full compliance with the requirements of MoReq2, the second version of MoReq. The

proposed solution is the result of the lessons taken from the use of the methods studied in the

reference case above.

Keywords: document management system; content management system; record

management system; MoReq; software evaluation; software evolution;

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Índice

Agradecimentos ......................................................................................................................1

Resumo ...................................................................................................................................2

Abstract ...................................................................................................................................3

Lista de Tabelas .......................................................................................................................6

Lista de Figuras ........................................................................................................................7

Lista de Acrónimos ..................................................................................................................8

1. Introdução ....................................................................................................................9

1.1. Problema e Motivação........................................................................................10

1.2. Objectivo ............................................................................................................10

1.3. Resultados ..........................................................................................................11

1.4. Estrutura da Dissertação.....................................................................................12

2. Estado da Arte ............................................................................................................13

2.1. Conceitos Fundamentais ........................................................................................13

2.1.1. Tipos de Conteúdo ..........................................................................................13

2.1.2. Tipos de Sistemas de Gestão de Conteúdos ...................................................14

2.2. Evolução de Software .............................................................................................14

2.3. Avaliação de Software ............................................................................................17

2.3.1. Listas de Verificação .......................................................................................19

2.3.2. Listas Ponderadas ...........................................................................................21

2.3.3. Análise de Intervalos.......................................................................................21

2.4. Sistemas de Gestão Documental ............................................................................22

2.4.1. Alfresco ...........................................................................................................23

2.4.2. Spring CM .......................................................................................................25

2.4.3. Open Text ECM Suite ......................................................................................26

2.4.4. FileNet P8 .......................................................................................................27

2.4.5. Comparação entre Sistemas ...........................................................................28

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3. SmartDocs ..................................................................................................................30

3.1. Enquadramento com os outros sistemas ...............................................................33

4. MoReq ........................................................................................................................35

4.1. Análise e Resumo do MoReq2 ................................................................................36

5. Análise do SmartDocs segundo o MoReq ...................................................................43

5.1. Lista de Verificação .................................................................................................43

5.2. Lista Ponderada ......................................................................................................46

5.3. Análise de Intervalos ..............................................................................................51

6. Validação dos Resultados ...........................................................................................54

6.1. Avaliação de um Sistema de Gestão de Conteúdos de acordo com uma

especificação de Requisitos ....................................................................................................54

6.2. Portal de Gestão de Requisitos de Sistemas de Gestão de Documentos de Arquivo

56

7. Conclusões e Trabalho Futuro ....................................................................................59

Bibliografia ............................................................................................................................61

ANEXO I – DIAGRAMAS DE MODELAÇÃO DOS REQUISITOS DO MOREQ2 ............................64

ANEXO II – RESULTADOS QUANTITATIVOS COMPLETOS DA AVALIAÇÃO POR LISTA DE

VERIFICAÇÃO. .............................................................................................................................79

ANEXO III – REESTRUTURAÇÃO DO MOREQ2 SEGUNDO OS DIAGRAMAS DE ANÁLISE DO

ANEXO I ......................................................................................................................................80

ANEXO IV – RESULTADOS QUANTITATIVOS COMPLETOS DA AVALIAÇÃO POR LISTA

PONDERADA. ..............................................................................................................................94

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Lista de Tabelas

TABELA 1. EXEMPLO DE RESPOSTA QUANTITATIVA EM LISTA DE VERIFICAÇÃO. ............................................................ 20

TABELA 2. DESCRIÇÃO DAS FUNCIONALIDADES BASE DE UM SGDA ......................................................................... 29

TABELA 3. FUNÇÕES DO SMARTDOCS ENQUADRADAS COM AS ÁREAS DE FUNCIONALIDADE DE UM SGDA. ....................... 33

TABELA 4. PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE UM SGD E UM SGDA (EDMS: ELECTRONIC DOCUMENT MANAGEMENT SYSTEM ;

ERMS: ELECTRONIC RECORD MANAGEMENT SYSTEM) ................................................................................ 34

TABELA 5 TABELA DE AVALIAÇÃO DO SUBCAPÍTULO 9.1 (“GENERAL ADMINISTRATION”) DO MOREQ2 UTILIZANDO O MÉTODO

DE LISTA DE VERIFICAÇÃO. ..................................................................................................................... 44

TABELA 6 TABELA DE RESULTADOS QUANTITATIVA DA AVALIAÇÃO POR LISTA DE VERIFICAÇÃO NO QUE DIZ RESPEITO A

REQUISITOS OBRIGATÓRIOS. LEGENDA: PRETO = 0-24%; VERMELHO = 25-49%; AMARELO = 50-74%; VERDE = 75-

100%; ............................................................................................................................................. 45

TABELA 7. PESOS DOS REQUISITOS APÓS REESTRUTURAÇÃO DO MOREQ2 ................................................................ 48

TABELA 8 SIGNIFICADO DAS RESPOSTAS QUANTITATIVAS DA AVALIAÇÃO POR LISTA PONDERADA .................................... 48

TABELA 9. TABELA DE RESULTADOS QUANTITATIVA DA AVALIAÇÃO POR LISTA PONDERADA NO QUE DIZ RESPEITO A

REQUISITOS OBRIGATÓRIOS DISCRIMINADOS PELO NÍVEL DE IMPORTÂNCIA DOS REQUISITOS. LEGENDA: PRETO = 0-24%;

VERMELHO = 25-49%; AMARELO = 50-74%; VERDE = 75-100%; .............................................................. 49

TABELA 10. TABELA DE RESULTADOS QUANTITATIVA DA AVALIAÇÃO POR LISTA PONDERADA NO QUE DIZ RESPEITO A

REQUISITOS OBRIGATÓRIOS DESCRIMINADOS PELA RESPOSTA QUANTITATIVA DADA. LEGENDA: PRETO = 0-24%;

VERMELHO = 25-49%; AMARELO = 50-74%; VERDE = 75-100%; .............................................................. 50

TABELA 11. LISTA DE PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO PARA O SMARTDOCS OBTIDA ATRAVÉS DA ANÁLISE DE INTERVALOS.

...................................................................................................................................................... 52

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Lista de Figuras

FIGURA 1. DIAGRAMA QUE DEFINE O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE UM SGC DE ACORDO COM UMA ESPECIFICAÇÃO DE

REQUISITOS, E AS SUAS DIVERSAS FASES. ................................................................................................... 11

FIGURA 2. TIPOS DE EVOLUÇÃO E MANUTENÇÃO DE SOFTWARE ............................................................................ 16

FIGURA 3 SIGNIFICADO DA CLASSIFICAÇÃO NO QUADRANTE GARTNER ..................................................................... 22

FIGURA 4 GARTNER ECM MAGIC QUADRANTE DE OUTUBRO DE 2009 ................................................................... 23

FIGURA 5. FUNCIONALIDADES DO MÓDULO DE GESTÃO DOCUMENTAL ALFRESCO (SHARIFF, 2007) ................................ 24

FIGURA 6. FUNCIONALIDADES DO MÓDULO DE GESTÃO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO ALFRESCO ................................. 25

FIGURA 7. FUNCIONALIDADES DO SISTEMA DE GESTÃO DOCUMENTAL SPRINGCM ...................................................... 26

FIGURA 8 PLANEAMENTO DAS NOVAS VERSÕES DO MOREQ .................................................................................. 36

FIGURA 9. ELEMENTOS E CONECTORES UTILIZADOS NOS DIAGRAMAS DE RESUMO DOS CAPÍTULOS DO MOREQ2................ 37

FIGURA 10 EXEMPLO DE UM PLANO DE CLASSIFICAÇÃO. ...................................................................................... 38

FIGURA 11 MODELO ENTIDADE-RELAÇÃO QUE REPRESENTA A BASE DE UM SGDA SEGUNDO O MOREQ2. ...................... 39

FIGURA 12. ESTRUTURA FIXA DA LISTAGEM DE REQUISITOS NO MOREQ2 ................................................................. 39

FIGURA 13. DIAGRAMA DE MODELAÇÃO DOS REQUISITOS DO CAPITULO 3.1 (“CONFIGURING THE CLASSIFICATION SCHEME”)

DO MOREQ2 ..................................................................................................................................... 47

FIGURA 14. DIAGRAMA QUE DEFINE O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE UM SGC DE ACORDO COM UMA ESPECIFICAÇÃO DE

REQUISITOS, E AS SUAS DIVERSAS FASES. ................................................................................................... 55

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Lista de Acrónimos

SGD Sistema de Gestão Documental

SGDA Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo

SGC Sistema de Gestão de Conteúdos

SGCE Sistema de Gestão de Conteúdos Empresariais

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1. Introdução

Em termos gerais, um Sistema de Gestão Documental (SGD) é um sistema de informação

concebido para gerir as fases do ciclo de vida de um documento. Essas tipicamente são: a

captura ou criação do documento, o armazenamento, a gestão de versões, o acesso e

eventualmente também a eliminação.

Na sua versão tradicional, um SGD é assim composto pelos espaços físicos de

armazenamento dos documentos (eles também objectos físicos) e pelos processos materiais

de gestão da informação de registo, pesquisa e acesso aos mesmos. A introdução de sistemas

de informação nesta área deu-se inicialmente com o suporte a essa informação de gestão,

vulgarmente chamada de “metadados”. Neste cenário continuamos a ter os documentos a

existir em suporte físico, mas os processos de registo, pesquisa e acesso já a ser suportados

digitalmente. Entretanto, com a desmaterialização total dos processos nas organizações,

também os documentos têm passado a existir em formatos digitais (nalguns casos

exclusivamente mesmo nessa forma), o que levou o âmbito dos SGD digitais a ser estendidos

à gestão dos metadados e dos próprios documentos.

Um SGD é assim hoje essencial para o aumento da produtividade de uma empresa.

Actualmente são poucas as grandes empresas que não têm um SGD implementado, havendo

um leque alargado de soluções disponíveis no mercado.

Na verdade, actualmente, um SGD não é mais que uma parte das soluções de sistemas de

gestão de conteúdos (SGC) que existem actualmente. Um perfil desse tipo de sistema é o

Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo (SGDA), um sistema de informação capaz de

gerir os documentos de arquivo de uma organização considerando os seus requisitos de

arquivo. Nesta perspectiva temos o conceito de documentos de arquivo que em última análise

refere não apenas documentos textuais como geralmente os entendemos, mas qualquer

objecto físico ou digital que tenha valor para a organização. Em concreto, um documento de

arquivo é qualquer documento produzido com o objectivo de fornecer prova e/ou informar um

procedimento administrativo ou legal.

Podemos assim dizer que um SGDA é um sistema da classe dos SGD que para além de

suportar os requisitos gerais de um sistema dessa classe (gestão de conteúdos, em termos

gerais), suporta também um conjunto de requisitos específicos impostos pelos objectivos de

um arquivo.

Em 2001 foi publicado o MoReq (Model of Requirements), um modelo de requisitos para

SGDA, desenvolvido pelo DLM Forum (uma iniciativa fortemente apoiada pela Comissão

Europeia) e recomendado em Portugal pela Direcção Geral de Arquivos. Apesar de não ser

uma norma formal, mas sim um conjunto de recomendações, começa cada vez mais a ser

exigido pelos utilizadores dos SGC que os requisitos definidos pelo MoReq sejam cumpridos. A

razão por detrás da exigência é que o cumprimento desses requisitos é visto actualmente como

uma definição de qualidade dos sistemas avaliados.

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1.1. Problema e Motivação

O SmartDocs é um produto da classe dos SGD, criado pela empresa Fujitsu Portugal,

contando com cerca de 170 instalações e mais de 20.000 utilizadores estimados. Consolidado

o produto no mercado, com forte penetração na Administração Pública, a Fujitsu procura novas

formas de melhorar o SmartDocs com o objectivo de melhorar a experiência dos seus clientes

e a qualidade do produto. Um dos pedidos dos clientes da Fujitsu e que começa a ser uma

exigência geral no mercado é que o SmartDocs esteja de acordo com os vários requisitos

formais estabelecidos pelo MoReq. Isto corresponde a uma tendência das organizações em

tentarem ter os seus processos gerais de gestão de conteúdos alinhados com os requisitos

específicos de gestão de arquivo. Historicamente tem havido a percepção de que numa

organização devem existir por um lado SGC tendo como objectivo suportar os processos

produtivos nucleares da organização1, e depois separado um serviço de arquivo que

eventualmente fará parte das actividades de suporte mas sem impacto relevante esperado nas

actividades nucleares. Esta concepção teria até a sua lógica num paradigma de objectos de

informação materiais, mas com a total desmaterialização dos processos e conteúdos tem

emergido uma percepção de que em última análise as soluções de SGC deveriam ser ao

mesmo tempo, sempre que exigido, sistemas com propriedades de gestão de arquivo.

O objectivo deste projecto, surgiu assim da constatação da emergência deste tipo de

cenário em que cada vez mais se começam a pedir a um SGD já desenvolvido que também

responda aos requisitos específicos de um SGDA, o que implica analisar o SGD à luz do

MoReq, compreender os vários requisitos e funcionalidades implicadas, e confrontá-los. Este

foi assim o problema abordado neste projecto, tendo o caso do SmartDocs sido utilizado como

motivação e contexto para avaliação das propostas.

1.2. Objectivo

O objectivo deste projecto de mestrado passa então por estudar os métodos de avaliação

de software existentes que são aplicáveis contra uma especificação de requisitos, quais as

suas vantagens e desvantagens e as conclusões que se podem retirar de cada um deles.

Como o SmartDocs é utilizado como caso de referência a correcção e análise dos métodos é

validada nos resultados que estes apresentam sobre o produto da Fujitsu.

O objectivo final é depois de analisado o MoReq2 e o SmartDocs perceber de acordo com

as ilações e resultados retirados de cada método qual o procedimento geral a aplicar para uma

avaliação correcta e objectiva de um SGC de acordo com uma especificação de requisitos,

quais as informações a retirar dessa mesma avaliação e quais os desenvolvimentos a efectuar

de acordo com a avaliação. Resumindo o objectivo deste projecto de mestrado passa por

identificar as actividades nucleares de um processo de avaliação essencial para o

desenvolvimento e evolução de um SGC de acordo com um conjunto de requisitos

especificados.

1 Ou actividades primárias, segundo o modelo de cadeia da valor de Porter

(http://en.wikipedia.org/wiki/Value_chain)

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1.3. Resultados

Depois de aplicados os métodos de avaliação estudados nomeadamente, a avaliação por

lista de verificação, avaliação por lista ponderada e a análise de intervalos concluiu-se que

apenas os dois últimos apresentam resultados fiáveis e com informação útil para um produtor

de software.

Para cada um dos métodos foram identificados factores-chave para a sua aplicação como a

análise e estruturação dos objectos que utilizam, as pessoas envolvidas na aplicação dos

métodos e os resultados a retirar de cada técnica aplicada. O resultado final, ilustrado na Figura

1, identifica as actividades necessárias para uma correcta avaliação de um SGC de acordo

com uma especificação de requisitos tendo em conta esses mesmos factores.

Figura 1. Diagrama que define o processo de avaliação de um SGC de acordo com uma especificação de

requisitos, e as suas diversas fases.

Esse processo identifica três fases principais que são a:

Análise de dados, tanto do SGC como da especificação de requisitos que são

essenciais, respectivamente, para a correcta aplicação da avaliação do sistema e

priorização dos requisitos a analisar.

Avaliação, fase da qual se irá retirar os resultados da avaliação que servirão de

base para todo o processo descrito.

Planeamento, onde se procede ao estudo dos resultados da fase anterior com o

objectivo de planear o desenvolvimento do software em estudo.

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1.4. Estrutura da Dissertação

Esta dissertação de mestrado encontra-se organizada da seguinte forma: no capítulo 2 são

apresentados os conceitos fundamentais para a correcta compreensão da dissertação, os

estudos relacionados com as áreas de evolução e avaliação de software e no último

subcapítulo é feita uma análise e comparação entre os principais SGCEs do mercado.

No capítulo 3 é feita uma a análise e descrição do SmartDocs e o seu enquadramento junto

dos SGCE analisados no capítulo anterior enquanto no capítulo 4 é feita uma análise e

descrição do MoReq2. No capítulo 5 os métodos de avaliação estudados no capítulo 2 são

aplicados utilizando como referência o SmartDocs e o MoReq2 e são tiradas as primeiras

conclusões sobre os mesmos.

No capítulo 6 são retiradas as conclusões finais dos resultados do capítulo anterior e

segundo estas é generalizado um processo de avaliação de SGC de acordo com uma

especificação de requisitos. É também feita uma descrição de um projecto de mestrado feito

em colaboração com um colega, que aplica os resultados obtidos nesta dissertação de

mestrado.

Por fim o capítulo 7 apresenta as conclusões finais e propostas para trabalho futuro.

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2. Estado da Arte

2.1. Conceitos Fundamentais

Para uma correcta compreensão deste projecto de dissertação é fundamental perceber os

termos definidos nesta área da gestão de informação. De maneira a ser rigoroso nos termos,

as definições aqui identificadas foram obtidas da norma ISO 15489, do site da AIIM1 e o site da

ARMS2. A norma ISO 15489 é uma das principais normas relevantes para a análise, desenho e

concretização de SGDA (sistemas onde incidem as recomendações do MoReq). A AIIM é uma

organização reconhecida internacionalmente na área, que tem como objectivo auxiliar os

utilizadores a perceber os desafios por detrás da gestão documental, conteúdos, documentos

de arquivo e processos de negócio. A ARMS é a secção de arquivo das Nações Unidas.

2.1.1. Tipos de Conteúdo

Um objecto de informação produzido numa organização, que genericamente podemos

designar de “conteúdo” pode ser físico ou digital, pode ser simples tratando-se apenas de um

ficheiro ou complexo no caso de vários, pode ser texto, imagem, vídeo, etc. Resumidamente

um conteúdo pode ser tudo o que contenha informação.

Um documento é definido como um objecto ou informação armazenada que pode ser

tratada como uma unidade. Com base no conceito de conteúdo, um documento é um

agrupamento lógico de conteúdos de maneira a poder ser tratado como uma unidade.

O conceito documento de arquivo é definido pela norma ISO 15489 como:

Informação criada, recebida e gerida como evidência por uma organização ou

pessoa por obrigação legal, ou num processo de negócio.

Por sua vez o comité sobre documentos de arquivo electrónicos do International Council on

Archives (ICA) definiu o mesmo termo como:

Informação guardada produzida ou recebida no início, durante ou fim de uma

actividade individual ou institucional e que contem conteúdo, contexto e

estrutura suficiente para servir como evidência de uma actividade.

Se olharmos para as duas definições reparamos que apesar de diferentes ambas

concordam que um documento de arquivo é informação que é utilizada como prova e como tal

tem requisitos de gestão específicos tais como a sua preservação a longo prazo. Esta definição

explica assim as afirmações da AIIM, que escreve que qualquer conteúdo pode ser designado

como um documento de arquivo e da ARMS que afirma que um documento de arquivo é um

documento com atributos específicos.

É importante ainda referir que a palavra documento de arquivo é adaptada da palavra

inglesa record que tem como tradução directa para português a palavra registo. A razão para

várias organizações portuguesas da área da informação, como a Direcção-Geral de Arquivos,

1 http://www.aiim.org/

2 http://archives.un.org/unarms/

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não usarem a tradução registo é para que esta não seja confundida com outro termo, definido

pela norma ISO 15489, pela AIIM e outras organizações internacionais, que é o registration

(acto de atribuir um identificador único no sistema a um documento de arquivo) que tem

também como tradução directa para português a palavra registo. Esta ressalva é apenas

importante porque ainda existe alguma confusão em publicações da área e a palavra registo é

usada para referir um documento de arquivo.

2.1.2. Tipos de Sistemas de Gestão de Conteúdos

Como já referido existem vários tipos de SGC que diferem entre si pelo tipo de conteúdo

que objectivam gerir. Os termos mais utilizados para definir estes sistemas são:

Sistema de Gestão Documental, responsável por gerir a criação, revisão, aprovação e

consumo do documento, ou seja, as várias etapas do seu ciclo de vida.

Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo, responsável pela eficiente e

sistemática gestão do documento de arquivo em todo o seu ciclo de vida, incluindo os

processos de captura e preservação como evidência de uma actividade.

Sistema de Gestão de Conteúdos Web, responsável pela gestão de conteúdo Web em

todo o seu ciclo de vida, incluindo os processos de publicação na rede.

Sistemas de Gestão de Processos de Negócio, que permitem a criação, execução,

monitorização e optimização de múltiplos processos de negócio automáticos,

envolvendo pessoas ou sistemas.

Sistemas de Gestão de Conteúdos Empresariais. Segundo um modelo criado pela AIIM

é um sistema que tem integrado os sistemas referidos acima e um sistema de

colaboração que oferece funcionalidades para auxiliar e optimizar a comunicação e

partilha de informação entre os utilizadores do sistema.

2.2. Evolução de Software

Com a crescente utilização de software na sociedade tornou-se uma necessidade que os

sistemas informáticos respondam com rapidez e eficácia à mudança de requisitos e ambiente

da área de negócio em que o produto se insere. A intenção de qualquer empresa fornecedora

de produtos de software de evoluir o seu produto com o MoReq está integrada numa área da

engenharia de software em claro crescimento: a evolução de software.

A evolução de software, ou manutenção de software como também é chamada, é definida

na norma IEEE 1219 como a modificação de um produto de software acabado para corrigir

falhas, aumentar o desempenho ou outros atributos, ou adaptar o produto a um ambiente

modificado. Uma definição semelhante é dada pela norma ISO 12207, que define o termo

como a actividade de modificar o código e documentação de um produto de software para

responder a uma necessidade de correcção ou melhoria, preservando a integridade do

software (ISO95 Int. Standards Organisation 1995).

Tanto o termo evolução de software, como manutenção de software são amplamente

utilizados e fazem parte desta área. Historicamente o termo de manutenção foi o primeiro a ser

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largamente reconhecido, grande parte devido ao conhecido artigo de Canning: “That

Maintenance Iceberg” de 1972 (Canning 1972) e também à categorização das actividades de

manutenção introduzida em 1976 por Swanson (Swanson 1976). O termo evolução surgiu

devido à pouca abrangência da palavra manutenção que, como Parnas e outros apontaram,

está mais relacionada com assegurar o funcionamento de um sistema sem alterar o seu

desenho. A palavra evolução dá assim a ideia de uma necessidade de mudança envolvendo

novos desenhos de sistema que evoluem de antigos (Parnas 1994) (Lehman, Perry e Ramil,

Implications of evolution metrics on software maintenance 1998).

Um dos pioneiros da área e dos primeiros a usar o termo evolução de sistema foi Lehman

que no seu estudo da evolução do sistema operativo OS360 da IBM, definiu as intituladas Leis

da Evolução (Lehman, Programs, Life Cycles, and Laws of Software Evolution 1980, Lehman,

Perry e Ramil, Implications of evolution metrics on software maintenance 1998):

1. Mudança contínua – um sistema torna-se progressivamente menos satisfatório ao

longo do tempo a menos que se adapte constantemente a novas necessidades.

2. Aumento de Complexidade – um sistema torna-se progressivamente mais complexo

a menos que sejam feitas mudanças para reduzir a complexidade.

3. Auto-Regulação - O processo de evolução de software é auto regulado em relação à

distribuição de produtos e processos que são produzidos.

4. Conservação da Estabilidade da Organização – Não existe crescimento de

actividade de evolução do sistema ao longo do tempo, ou seja, a quantidade de trabalho em

cada release do sistema é constante.

5. Conservação da Familiaridade – A quantidade de novo conteúdo em cada

lançamento do sistema tem tendência para ser constante ou decrescer ao longo do tempo.

6. Crescimento Contínuo – A quantidade de funcionalidades num sistema vai aumentar

ao longo do tempo de maneira a satisfazer os utilizadores.

7. Qualidade Decrescente – A qualidade de um sistema é vista como decrescente ao

longo do tempo a menos que o desenho do sistema tenha sido cuidadosamente mantido e

adaptado a novas restrições operacionais.

8. Feedback do Sistema – O sucesso de evolução de um sistema exige o

reconhecimento de que o processo de desenvolvimento é um ciclo envolvendo vários

agentes e os seus feedbacks.

É no seguimento e estudo das leis de Lehman que as actividades de evolução de software

se baseiam e objectivam.

Outro trabalho muito relevante na área foi a categorização das actividades de manutenção,

introduzidas por Swanson que definiu 4 classes principais de actividades de manutenção:

Adaptação, Perfeição, Correcção e Prevenção (Swanson 1976). Na prática, esta classificação

ainda é usada hoje em dia, mas actualizada pela norma ISO/IEC 1476 com novas definições e

novos termos (ISO/IEC-14764 2006):

1. Manutenção Correctiva, que inclui mudanças para reparar falha no código.

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2. Manutenção Adaptativa, onde se incluem alterações de infra-estrutura técnica.

3. Manutenção Perfectiva, inclui todas as alterações com o objectivo de melhorar o

sistema como adicionar novas funcionalidades, aumentar a performance, ou melhorar a

documentação.

4. Manutenção Preventiva, mudanças feitas para facilitar a futura manutenção e evolução

do sistema, como reorganizar dependências internas para melhorar coesão e introdução de

módulos.

No entanto muitos investigadores da área defendem que as categorias de Swanson são

insuficientes para classificar correctamente todas as actividades e processos da evolução de

software e procuram hoje novas taxionomias. Um dos trabalhos mais relevantes nesse sentido

foi feito por Ned Chapin (Chapin, et al. 2000).

Chapin criou a sua própria classificação refinando a classificação de Swanson (Swanson

1976) tendo em conta que as alterações a um software podem ocorrer a três níveis diferentes:

software, código e funcionalidade do utilizador, em que cada nível dá origem a tipos de

actividades diferentes que foram agrupadas em quatro grupos: Interface de Suporte,

Documentação, Propriedades de Software e Regras de Negócio. A Figura 2, retirada de

(Chapin, et al. 2000) resume o esquema base utilizado, onde se pode também verificar que

dentro de cada grupo existe mais uma refinação da actividade.

Figura 2. Tipos de Evolução e Manutenção de Software

O grupo A (Interface de Suporte) diz respeito à condição antes e depois do software. Se

esta se manteve, então o software foi usado como referência e as actividades fazem parte do

sub-grupo A1, A2 ou A3. O primeiro sub-grupo diz respeito a actividades de treino dos

stakeholders, como por exemplo aulas de formação aos utilizadores, o segundo envolve

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actividades de consulta, como estudar alterações ao sistema ou questionar consumidores

sobre a eficácia do sistema, e o terceiro concentra-se nas actividades de avaliação do sistema

que permitem ter uma visão completa do mesmo e assim agir correctamente na sua evolução.

O segundo grupo engloba as actividades de mudança de documentação, que se divide em

dois tipos de actividades:

Reformativa, que consiste em actividades de reformulação da documentação para que

esta esteja de acordo com as necessidades dos stakeholders.

Actualizadora, onde o objectivo das actividades é o de garantir que o conteúdo é

actualizado de maneira a que este seja o mais correcto possivel.

Se o código do software foi alterado mas não resultou em mudanças nas funcionalidades do

sistema, então as actividades de evolução estão enquadradas no grupo C. As actividades em

C1 dizem respeito a actividades de melhoramento, como substituir componentes e algoritmos

por outros mais simples ou elegantes, C2 diz respeito às mudanças de manutenção

preventivas que Swanson identificou. As mudanças para melhorar o desempenho do sistema

fazem parte de C3 e por último C4 inclui as mudanças adaptativas, como alterações para

garantir a conformidade com outra plataforma técnica, ou sistema operativo.

Por último temos o grupo das regras de negócio em que classificamos as actividades

como:

Reductivas, se as mudanças implementadas/alteradas reduzirem, ou restringirem, as

funcionalidades do utilizador, já existentes no sistema.

Correctiva, quando a mudança é para corrigir ou refinar alguma funcionalidade

existente.

Melhorativa, quando as alterações implicam a adição, substituição, ou expansão das

funcionalidades do software.

A classificação de Chapin (Chapin, et al. 2000) permite não só perceber os tipos de

actuações que estão associados à evolução de software mas também que esta é uma área

enorme em que cada actividade apresenta os seus desafios e problemas. A necessidade e o

porquê de se investir, e estudar, as actividades apresentadas são bem evidentes pelas Leis da

Evolução de Lehman (Lehman, Programs, Life Cycles, and Laws of Software Evolution 1980).

2.3. Avaliação de Software

Um dos tipos de actividades de evolução de software, como foi visto no subcapítulo

anterior, diz respeito à avaliação de software (grupo A3). Dentro dessas actividades temos

processos de auditoria, pesquisa, examinação, testes de regressão, estudos de sistemas,

testes de diagnóstico, cálculo de métricas para avaliar o sistema, entre outras que partilham o

mesmo objectivo: criar um entendimento do sistema necessário para o poder evoluir. Na

classificação de Chaplin a actividade de avaliação do sistema é inclusive estabelecida como

defeito no grupo de interface de suporte porque, segundo o autor, é a actividade que utiliza

mais de metade do tempo dispensado na evolução/manutenção de software (Chapin, et al.

2000).

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O objectivo da Fujistu em alinhar o seu produto com o MoReq necessita então da fase

essencial que é a avaliação de um sistema, em que neste caso particular, o instrumento de

avaliação utilizado é uma especificação de requisitos (MoReq). É neste tipo específico de

avaliação que esta dissertação se centra.

A avaliação de software é, como se pode verificar no subcapítulo anterior, uma actividade

antiga no mundo da evolução de software, mas a avaliação de SGD é bastante recente. Por

este tipo de sistemas terem características, funcionalidades e objectivos específicos, a sua

avaliação também tem que ser específica e ponderada.

Uma das primeiras abordagens à avaliação de SGD foi feita numa conferência organizada

pela AIIM em 2002 com o tema “A Informação Empresarial e a Gestão de Conteúdo” (The

Enterprise Information & Content Management Forum), por Len Asprey e Michael Middleton,

que apresentaram um artigo intitulado: especificar requisitos e seleccionar o fornecedor da

aplicação para gestão de documentos simples e de arquivo ("Specifying your requirements and

selecting your supplier for records and document management applications") (Asprey e

Middleton 2002).

No artigo de Asprey e Middleton estes suportam a ideia que o mercado de SGD está em

grande crescimento com a crescente criação de produtos e requisitos para os mesmos. Por

essa razão é importante que existam orientações para seleccionar os requisitos necessários e

escolher o produto de software que mais se adequa às necessidades dos consumidores.

Em relação ao primeiro problema, seleccionar os requisitos necessários, existem vários

desafios como determinar a função dos documentos no contexto do negócio, determinar

requisitos relevantes para a gestão dos documentos, especificar as funcionalidades

necessárias e definir requisitos de arquitectura, desempenho e administração, entre outros.

Para resolver estes problemas os autores do artigo sugerem a criação de uma especificação

de requisitos que detalhe as necessidades dos utilizadores e do sistema, incluindo requisitos

funcionais, não funcionais e de domínio. Na criação da especificação é aconselhável seguir os

passos do processo de análise definidos por Shelly, Chasman e Rosenblatt em 2001 (Shelly,

Chasman e Rosenblatt 2001) que são:

1. Determinar os requisitos, que consiste principalmente em perceber os processos de

negócio da organização.

2. Analisar os requisitos, que se focam em várias tecnologias e processos de negócio

de maneira a poder optimizá-los ou melhorá-los.

3. Especificar os requisitos, de integração ou adaptação com outros sistemas na

organização.

4. Validar os requisitos, que consiste em confirmar o documento por todas as partes

interessadas e com responsabilidade no sistema e negócio.

Para a conclusão de todo o processo de definição e análise de requisitos existem as

seguintes técnicas que podem ser usadas: entrevistas, recolher dados e analisá-los,

amostragem e/ou utilização de ferramentas analíticas para análise de funções, modelação de

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processos, diagramas de fluxos de dados, modelos de dados e descrições detalhadas de

processos (Asprey e Middleton 2002).

No artigo os autores não esqueçam também de relembrar que foi lançado em 2001 a

primeira versão do MoReq que pode, e deve, ser usado como fundação para a análise e

definição dos requisitos.

Em relação à escolha de um SGD esta necessita de vários passos que identificados são

também os desafios do problema:

1. Desenvolver uma estratégia para procura e selecção dos produtos que satisfazem as

necessidades do negócio.

2. Desenvolver uma estratégia de avaliação dos produtos.

3. Seleccionar informação dos produtos que vão de encontro aos requisitos específicos.

4. Escolher o fornecedor que tem o produto adequado e a experiência do domínio,

combinado com os recursos necessários para a manutenção e actualização do produto.

5. Negociar o contrato com o fornecedor para aceitação de todas as partes.

O principal desafio no entanto, segundo o autor, é claramente a avaliação do produto. Com

uma estratégia bem definida que dá origem a uma avaliação sucinta e qualitativa do produto o

processo de decisão torna-se muito mais fácil (Asprey e Middleton 2002). As técnicas

recomendadas pelos autores para avaliação do produto são:

Utilização de listas de verificação, que são desenhadas para ajudar organizações a

confirmar as capacidades do produto.

Listas ponderadas, que ajudam a diferenciar a relevância entre requisitos e

funcionalidades do produto.

Análise de Intervalos, técnica utilizada para identificar falhas, ou novas funcionalidade

do produto.

Os objectivos, os desafios e as partes interessadas desta dissertação não são os mesmos

que os identificados no artigo de Asprey e Middleton (Asprey e Middleton 2002). O objectivo

passa não por escolher um fornecedor de SGD, mas sim avaliar um e centrar a análise na

perspectiva do fornecedor em vez do consumidor. O processo de avaliação é no entanto

semelhante em muitos aspectos, visto que a avaliação é feita através de uma lista de

requisitos, o que resulta em semelhantes técnicas de avaliação, mas com diferente análise de

resultados. O objectivo deste subcapítulo é perceber como funcionam as técnicas

mencionadas, vantagens e desvantagens. No capítulo 5 (Análise do SmartDocs segundo o

MoReq2) essa análise será feita na perspectiva do objectivo que se pretende depois de

utilizados os métodos para avaliar o SmartDocs.

2.3.1. Listas de Verificação

Uma lista de verificação para avaliação de software consiste numa lista de itens que são

estruturados segundo categorias relevantes do produto. Os itens podem ser perguntas,

requisitos e/ou conceitos do sistema. Dependendo da cobertura da lista, quantidade de

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categorias e nível de detalhe, esta pode conter centenas de itens para avaliação (Tergan

1998). Tipicamente o tipo de resposta a uma lista de verificação é sim, ou não, indicando se o

item é cumprido, ou não, pelo produto, mas podem ser usados tipos de resposta quantitativos

que indicam estados de conformidade intermédios como ilustra a tabela 1. Com o uso de

respostas quantitativas é possível depois calcular a soma das respostas e atribuir uma

pontuação ao produto podendo ser feita uma análise do resultado por categorias ou conjunto

de itens (Prichard, Micceri e Barret 1989).

Valor Significado

0 Não - O produto não cumpre o item.

1 Baixo – O produto cumpre o requisito apenas parcialmente e necessita de melhoria

significativa.

2 Abaixo da Média – O produto praticamente cumpre o requisito sendo apenas

necessária ligeira melhoria.

3 Sim – O produto cumpre o item da lista em toda a sua extensão e não necessita de

melhoria.

4 Acima da Média – O produto cumpre o item e apresenta melhorias em relação ao

mesmo.

5 Alto – O produto excede todas as expectativas em relação ao item e distingue-se

pela qualidade que o diferencia.

NA Não se Aplica – O produto não foi avaliado.

Tabela 1. Exemplo de resposta quantitativa em lista de verificação.

A popularidade e vantagens das listas de verificação estão relacionadas principalmente com

os seguintes factores (Tergan 1998):

As listas de verificação permitem que o avaliador não tenha de se preocupar em criar

um método de avaliação próprio, podendo inclusive poupar muito dinheiro e tempo à

organização, que normalmente necessita de contratar especialistas de software para avaliação.

As listas de verificação são fáceis de manusear. O processo de avaliação é simples,

visto que basta percorrer a lista e marcar o quanto o produto cumpre, ou não, o item da lista.

As listas de verificação dão a impressão de uma avaliação completa, objectiva e

confiável através de um método simples e barato de avaliação.

No entanto existem também vários problemas associados às listas de verificação como

McDougall e Squires e outros identificaram (McDougall e Squires 1995) (Komoski 1987):

A verificação utilizando uma lista concentra-se na semelhança e esquece a diferença e

qualidade do produto, em contraste com a lista.

A avaliação é bastante subjectiva da opinião do avaliador, principalmente quando se

usa respostas quantitativas.

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A correcção e completude da lista são fundamentais para a qualidade da avaliação. Má

formulação dos itens, ou itens em falta na lista, podem levar a uma má avaliação.

O mesmo critério de avaliação pode não fazer sentido para todos os itens, por

exemplo, se o item for determinista não faz sentido ter o critério de resposta quantitativo.

2.3.2. Listas Ponderadas

A avaliação por Listas Ponderadas é uma das mais utilizadas para avaliação de software e

baseia-se em listas de verificação. O método de avaliação passa pelos seguintes passos

(Jadhav e Sonar 2009):

1. Atribuir pesos aos itens da lista que reflectem a sua importância na mesma.

2. Determinar o intervalo de respostas quantitativas possíveis em relação a cada item.

Diferentes itens podem ter diferentes intervalos de resposta.

3. Atribuir resposta a cada um dos itens.

4. Calcular a pontuação do produto utilizando a seguinte fórmula:

( ) ∑

Onde W j é o peso do item j e Sij é a resposta quantitativa i ao item j.

As vantagens desta avaliação são as mesmas que as listas de verificação, acrescentando

no entanto que este método permite uma análise mais objectiva e correcta do produto.

Em relação às desvantagens comparando com o método anterior, as três primeiras

mantêm-se enquanto a quarta é descartada, visto que este método permite diferentes critérios

de avaliação para diferentes itens.

2.3.3. Análise de Intervalos

A análise de intervalos é, na sua prática habitual, uma técnica para analisar as diferenças

entre o estado actual de software e aquele que se pretende atingir. A definição de intervalo na

análise é o espaço entre o estado onde o software se encontra e onde este quer estar. Este

tipo de análise ajuda a perceber a quantidade de trabalho que necessita ser feito para evoluir o

software e clarificar quais as principais diferenças entre os dois estados (Levine, A Sample Gap

Analysis Explained 2010) (Levine, Learn About Gap Analysis Methods: Wich is the Best? 2010).

Para estabelecer correctamente a ponte entre os dois espaços é preciso perceber não só o

estado que se quer atingir, mas também o estado onde nos encontramos, ou seja, neste caso

particular é preciso conhecer o sistema correctamente e perceber quais os seus pontos fortes

que podem ser usados para atingir o estado que se pretende.

Um dos métodos conhecidos na análise de intervalos é o método SWOT (Strengths,

Weakness, Opportunies and Threats), que como o próprio nome indica consiste em identificar

no produto, ou projecto de evolução, os pontos fortes e fracos, as oportunidades de evoluir e os

riscos associados (Levine, Learn About Gap Analysis Methods: Wich is the Best? 2010)

(Sharma 2010).

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2.4. Sistemas de Gestão Documental

Para o desenvolvimento da solução desta tese de mestrado foi utilizado o SmartDocs como

produto de teste e validação. De maneira a garantir que a resposta ao problema não é válida

apenas para um SGD foi feita uma análise a diversos produtos no mercado. O objectivo é

assegurar que o produto da Fujitsu nas suas funcionalidades nucleares se assemelha aos

produtos analisados e como consequência pode ser usado como caso de estudo e teste.

No directório de produtos do Google1 são identificados 244 produtos que oferecem uma

solução de gestão documental. Tendo esse número em consideração foi necessário fazer uma

selecção de produtos a analisar, feita com base nos estudos de mercado realizados pela

Gartner.

A Gartner2 é uma empresa de investigação de tecnologia informática responsável por, todos

os anos, divulgar um estudo do mercado de SGCE (ECM – Enterprise Content Management)

intitulado “Gartner ECM Magic Quadrant”. No estudo, os sistemas são classificados em relação

à sua:

Habilidade de execução, medida que engloba vários factores como a viabilidade

financeira do vendedor, resposta do mercado, desenvolvimento do produto, estatísticas de

vendas e apreciação do consumidor. (J. Lehman 2008)

Completude da Visão, que reflecte a inovação do fornecedor, se o sistema segue ou

não o mercado e se inova no sentido do desenvolvimento do mercado, segundo a visão da

Gartner. (J. Lehman 2008)

Figura 3 Significado da Classificação no Quadrante Gartner

1 http://www.google.com/Top/Computers/Software/Document_Management/

2 http://www.gartner.com/technology/home.jsp

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Depois de classificados em relação às medidas descritas, os produtos são introduzidos num

quadrante que reflecte as suas classificações tal como explicado na Figura 3, retirada de (J.

Lehman 2008).

Os produtos analisados nesta dissertação são então dos quadrantes à direita do quadrante

de 2009, último divulgado até à data pela Gartner (ver Figura 4), visto que são os que melhor

representam o mercado e o seu desenvolvimento futuro. Dentro dessa selecção e porque é

desnecessário analisar todos os sistemas, foram escolhidos para análise aqueles que mais

informação pública têm disponível. De realçar ainda que os produtos escolhidos são SGCEs,

mas que apenas foram analisadas as funcionalidades de SGD e SGDA.

Figura 4 Gartner ECM Magic Quadrante de Outubro de 2009

2.4.1. Alfresco

Alfresco é a plataforma líder de mercado Open Source para gestão de conteúdos

empresariais tendo já cerca de um milhão de downloads, 39.000 membros de comunidade,

21.000 instalações activas e mais de 300 clientes em diversos sectores desde o sector

bancário, comunicação social e educação até governamentais. (Alfresco Software, Inc)

Apesar de o produto inicial Alfresco ser uma solução de gestão documental, em Maio de

2006 foi anunciada a intenção de expansão para a gestão de conteúdo Web através da

contratação da equipa técnica e gestores da Interwoven (Business Wire, 2006). A partir dessa

contratação o sistema foi expandido e actualmente o Alfresco Enterprise Edition é uma

plataforma que oferece cinco sistemas integrados: gestão documental, gestão de documentos

de arquivo, serviços de colaboração, gestão de documentos Web e serviços de conteúdo

integrados (Alfresco Software, Inc).

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Figura 5. Funcionalidades do módulo de gestão documental Alfresco (Shariff, 2007)

O módulo de gestão documental do Alfresco tem uma gama de funcionalidades (Broadbent,

2009) (Anderson, 2008), listadas na Figura 5, que se dividem nos seguintes temas:

Serviços de modelação do conteúdo, que permitem classificar e identificar o

documento no sistema de ficheiros virtuais da plataforma.

Serviços de biblioteca, para controlo de alterações e acções do documento, assim

como facilitar o acesso à informação por parte do utilizador.

Serviços de pesquisa, para recuperação de qualquer documento armazenado num

repositório Alfresco.

Serviços de Colaboração, que fornecem ao utilizador o suporte necessário para a

utilização do sistema com outros utilizadores.

Serviços de Segurança, que asseguram a confidencialidade e autenticidade dos

documentos e utilizadores do sistema.

O módulo de gestão documental de arquivo Alfresco, certificado pelo Departamento da

Defesa dos EUA como cumpridor da norma 5015.02. adiciona às funcionalidades (Powell,

2008) (Broadbent, 2009) listadas acima, os seguintes serviços:

•Sistema de Ficheiros Virtuais.

•Sincronização por CIFS.

•Acesso por Portal utilizando JSR-168.

•Extracção automática de metadados.

•Conversão de Ficheiros.

Serviços de Modelação de Conteúdo

•Controlo de Versões.

•Ferramentas de Auditoria.

•Relações entre Documentos.

Serviços de Biblioteca

•Pesquisa simples e avançada.

•Pesquisa através do Internet Explorer ou Firefox.

Serviços de Pesquisa

•Suporte à criação de espaços partilhados.

•Suporte através de fóruns.

•Criação de Fluxos de Trabalho simples através de correio electrónico.

•Criação de Fluxos de Trabalho complexos através de uma integração jBPM.

•Suporte à gestão de tarefas.

•Notificações por correio electrónico e RSS.

•Criação de Fluxos de Trabalho para gestão do ciclo de vida dos documentos.

Serviços de Colaboração

•Gestão de permissões de utilizadores, grupos de utilizadores e/ou papéis de utilizadores.

•Segurança ao nível do documento.

•Autenticação por NTLM ou DLAP.

Serviços de Segurança

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Serviços de Gestão do Ciclo de Vida do Documento, através de um plano de

classificação pré-estruturado que permite classificar o documento e consequentemente

determinar o seu ciclo de vida.

Serviços de Suporte ao Destino do Documento, assegurando que todos os

documentos são tratados convenientemente no fim do seu período útil de vida segundo as

politicas da organização.

As funcionalidades dos serviços descritos são listadas na figura 6.

Figura 6. Funcionalidades do módulo de gestão de Documentos de Arquivo Alfresco

2.4.2. Spring CM

SpringCM é um SGCE, que oferece gestão documental e soluções de fluxo de trabalho para

negócios e organizações. A companhia do mesmo nome tem sede em Chicago e tem o apoio

da Fundation Capital uma empresa que fez um grande investimento na companhia em Janeiro

de 2006, tornando-a uma das empresas de renome na área da gestão de conteúdos

empresariais.

A SpringCM divide as funcionalidades do seu produto (SpringCM) nas seguintes áreas:

Captura e Armazenamento de Documentos, de variadas maneiras podendo o

utilizador utilizar aquela que for mais conveniente para o processo de negócio.

Gestão Documental, onde se incluem as funcionalidades de pesquisa, manutenção,

revisão e controlo dos documentos.

Fluxo de Trabalho e Colaboração, onde se encontram as funcionalidades para

optimizar operações de negócio.

Entrega de Documentos, onde é dado foco aos vários métodos de envio de

documentos que o sistema permite.

Gestão de Documentos de Arquivo, onde se incluem as funcionalidades para um

eficaz controlo e gestão da retenção e destino dos documentos.

Gestão de Relatórios, que fornecem a informação necessária para o controlo das

actividades do sistema e suas optimizações.

•Criação de um Plano de Classificação.

•Numeração automática dos documentos de arquivo.

•Categorização do Documento, determinando o seu ciclo de vida e classificação.

•Gestão Automática do Ciclo de Vida.

•Relatórios configuráveis sobre os documentos de arquivo.

•Pesquisa rápida.

Serviços de Gestão e Controlo do Ciclo de Vida do Documento

•Criação de políticas de retenção.

•Conversão automática de ficheiros para preservação.

•Exportação para "repositorio arquivo".

•Suporte ao destino do Documento de Arquivo.

Serviços de Suporte ao Destino do Documento

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As funcionalidades presentes em cada uma das áreas seguintes encontram-se listadas na

figura 7.

Figura 7. Funcionalidades do sistema de gestão documental SpringCM

2.4.3. Open Text ECM Suite

A Open Text é uma companhia líder em software de gestão de conteúdos empresariais que

tem como objectivo ajudar as organizações a gerir e aproveitar o valor do seu conteúdo

•Captura de Documento através de Aplicações Office, Windows Explorer, Web Browsers e FTP.

•Armazenamento automático de Documentos.

•Captura de Correio Electrónico.

•Captura através de digitalização.

•Captura através de Serviços Web.

•Captura de Documentos em Bloco.

•Captura de Metadados e Indexação

•Reconhecimento de texto e OCR

Captura e Armazenamento de Documentos

•Check-in/Check-out de Documentos.

•Anotação de Documentos.

•Controlo de Versões.

•Pesquisa simples e avançada.

•Plano de Classificação.

•Gestão de permissões de acesso.

•Rotinas de Auditoria.

Gestão de Documentos

•Criação de Fluxos de Trababalho Simples e Complexos.

Fluxo de Trabalho e Colaboração

•Envio de Documentos por Correio Electronico, Fax ou Correio.

•Assinatura electrónica para aprovação do documento.

•Criação de Pastas Publicas acessiveis pela Internet.

•Conversão de ficheiros para PDF.

Entrega de Documentos

•Criação de períodos de retenção para documentos.

•Atribuição automática de períodos de retenção consoante a classificação do documento.

•Suporte a pausas legais.

Gestão de Documentos de Arquivo

•Criação de Relatórios Simples e Avançados configuráveis.

•Criação de Templates de Relatórios.

Gestão de Relatórios

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empresarial. A Open Text foi fundada em 1991 e suporta hoje mais de 50 milhões de

utilizadores em 114 países. O produto principal e do qual advêm muito do sucesso e reputação

da companhia é o Open Text ECM Suite (OpenText s.d.).

A Open Text na informação divulgada sobre o seu produto prefere, ao contrário dos outros

produtos já analisados, centrar-se no âmbito das funcionalidades do seu sistema, não referindo

tecnologia e não sendo específica. Assim o módulo de gestão documental do Open Text ECM

Suite tem as seguintes áreas de funcionalidade (OpenText, 2009):

Serviços de Repositório e Biblioteca, que permitem capturar, armazenar e organizar

informação em pastas, espaços de trabalho, e documentos compostos personalizados.

Classificações de Conhecimento, consiste em dar identidade ao documento

atribuindo-lhe classificações pré-existentes, categorias ou atributos aos seus metadados.

Recuperação de Informação, com funcionalidades de pesquisa através de texto livre,

metadados, XML e linguagem natural. O resultado das pesquisas pode depois ser ordenado,

resumido, agrupado ou destacado, entre outros.

Suporte de todos os tipos de ficheiros, com acesso a todas as operações do

sistema.

Controlo de Versões.

Fluxo de Trabalho Integrado, com operações de sistema flexíveis para a criação de

processos de revisão e aprovação de documentos.

Rotinas de Auditoria, que garantem o total controlo do sistema.

Controlo de Acesso, através de um sistema de gestão de permissões.

Integração com o Ambiente de Trabalho, assim como aplicações Office.

O módulo de gestão de documentos de arquivo para além da simples gestão dos prazos de

retenção e suporte ao destino dos documentos inclui funcionalidades de (OpenText, 2009):

Preservação de Documentos de Arquivo Essenciais, ou seja, permite a

identificação de documentos como sendo vitais ou oficiais para que o sistema coloque em

prática medidas de salvaguarda e recuperação extras, e impeça a alteração desses

documentos.

Pausa legal, que consiste em suspender as acções de destino dos documentos para

que estes possam ser auditados.

Gestão de Documentos físicos, através de códigos de barras que permitem a gestão

dos locais onde os documentos físicos estão guardados assim como controlar a sua circulação

entre espaços físicos.

2.4.4. FileNet P8

A plataforma FileNet P8 é o produto mais conhecida da empresa FileNet, companhia

adquirida pela IBM em 2006, que desenvolve software de suporte à gestão de conteúdos e

processos de negócio de uma empresa. A plataforma reúne num único produto módulos de

gestão de, conteúdos, processos de negócio e documentos de arquivo (Zhu, et al., 2009).

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O gestor de documentos de arquivo centra as suas funcionalidades na manutenção de um

plano de classificação sobre o qual os documentos são identificados e categorizados o que irá

determinar o prazo de retenção do documento. Ao longo do prazo de retenção o sistema

permite controlar os acessos e permissões sobre os documentos ao nível do plano de

classificação, utilizadores e seus grupos. No fim do prazo o sistema suporta vários destinos do

documento como a destruição do objecto, armazenamento em arquivo, revisão, etc. O sistema

tem também a possibilidade de efectuar uma pausa legal nos documentos impedindo que estes

sejam destruídos para que seja efectuada uma auditoria (Zhu, et al., 2009) (Zhu, Chan, Flaig,

Wang, Wheeler, & Hogg, 2007).

O gestor de conteúdos acrescenta funções essenciais à gestão documental como a captura

através de várias aplicações (Ex: Outlook, Microsoft Office, ente outros), controlo de versões,

criação de fluxos de trabalho, rotinas de auditoria e relatórios, pesquisa simples e avançada,

ligação entre documentos, entre outros (Zhu, et al., 2009) (FileNet).

2.4.5. Comparação entre Sistemas

Analisados os sistemas é então possível criar uma visão geral das funcionalidades base que

um SGD contém. De realçar que isso não significa que todos os produtos analisados

funcionam da mesma maneira: as tecnologias utilizadas nas funcionalidades, a interface

utilizada, a velocidade da operação, a eficácia, entre outros factores, são características de

cada funcionalidade que fazem a diferença no produto final. Nesta análise apenas se levou em

conta o objectivo principal da funcionalidade.

As funcionalidades nucleares encontradas em todos os sistemas estão descritas na

tabela 2.

Área da

Funcionalidade Âmbito da Área

Plano de

Classificação

Funções para criação e manutenção de uma estrutura ou base para o

armazenamento e identificação dos documentos.

Identificação e

Categorização

Inclui todas as funções que permitem uma melhor identificação do documento

como suporte de metadados, anotações, atribuir categorias, etc.

Captura de

Documentos

Diversos métodos de captura como aplicações de gestão de correio

electrónico, aplicações Office, entre outras aplicações geradoras de

conteúdo.

Serviços de Biblioteca

Categoria que inclui funcionalidades para uma melhor gestão dos

documentos, como a conversão de ficheiros, criação de relações entre os

documentos, controlo de versões, rotina de auditoria, etc.

Pesquisa Pesquisa simples ou avançada das entidades do sistema.

Fluxo de Trabalho

Funções para criação e gestão de fluxos de trabalho que optimizem a

deslocação de documentos entre utilizadores para aprovação, revisão, entre

outros.

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29

Segurança

Gestão de Permissões de acesso, e outras acções, sobre os documentos,

utilizadores, grupos de utilizadores e papéis de utilizadores. Autenticação de

utilizadores.

Prazo de Retenção Funcionalidades relacionadas com a criação, alteração e suspensão de

prazos de retenção e à associação dos mesmos aos documentos.

Suporte ao Destino

dos Documentos

O sistema tem que ter funcionalidades que suportem os varios destinos do

documento após a sua vida útil como a sua eliminação, exportação para um

repositório, posterior avaliação, entre outros.

Tabela 2. Descrição das funcionalidades base de um SGDA

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30

3. SmartDocs

O SmartDocs é um SGD desenvolvido pela Fujitsu Portugal contando com cerca de 170

instalações e mais de 20.000 utilizadores estimados principalmente no sector da Administração

Pública. O objectivo do programa é a gerir a documentação de forma rápida, fácil e eficiente

para um melhor controlo e utilização de toda a informação da organização.

O SmartDocs assenta sobre um repositório de dados, ao qual dá o nome de Arquivo, que

contém uma estrutura hierárquica de pastas e subpastas, onde se encontra a estrutura da

organização. À unidade básica de informação no sistema dá-se o nome de registo. O processo

de captura de um documento para o sistema é então realizado com a criação de um registo.

Na criação do registo o utilizador é solicitado a preencher a componente propriedade que

irá definir o tipo de registo criado. Para além dos campos óbvios obrigatórios como o autor, o

assunto, entidade responsável, entre outros, destaca-se os campos tipo, perfil e nível de

acesso.

O registo pode ser do tipo documento ou do tipo pasta. A diferença entre ambos é que o

tipo pasta cria um novo nível no Arquivo ao qual podem ser adicionados novos registos. O

campo perfil dependendo do tipo de registo escolhido será indicativo de que documento

estamos a tentar capturar, por exemplo, se escolhermos um registo do tipo documento

podemos ter então um perfil “factura” que indica o tipo de documento a capturar. O campo nível

de acesso permite identificar a confidencialidade do registo consoante diferentes categorias de

segurança.

Preenchendo a componente propriedade o registo disponibiliza então as seguintes

componentes:

Capa. Componente onde são preenchidos os metadados do registo consoante o perfil

escolhido.

Anexos. Nesta componente o utilizador pode acrescentar ao registo os ficheiros

digitais associados.

Anotações. Descrições em texto livre que podem ser associados por vários

utilizadores com acesso ao registo.

Processos Decisórios. Onde o utilizador pode requerer pareceres ou decisões sobre

o registo.

Relações. Onde se permite criar uma relação com outros registos definindo o motivo

da relação.

Localização. Pasta(s) onde o registo se encontra.

Dentro de cada componente é possível então aceder a várias funcionalidades do

sistema:

Na componente anexos existe a possibilidade de inserir um ficheiro através de várias

fontes: ficheiro local, digitalização e correio electrónico, e estes podem ser, editados,

apagados, copiados, exportados e convertidos para pdf. A cada alteração de um anexo o

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31

sistema automaticamente cria diferentes versões do mesmo para evitar qualquer perca de

informação, permitindo ao utilizador repor versões antigas sem nunca perder as actuais. O

utilizador tem também a possibilidade de assinar o anexo caso este se trate de um formato de

ficheiro que permita assinaturas digitais. Um anexo depois de assinado pode ser finalizado não

permitindo que este seja alterado ou eliminado. Por fim na componente anexos é ainda

possível utilizar a tecnologia OCR para reconhecimento de caracteres em imagens ou a

tecnologia de leitura de códigos de barras para o preenchimento automático de metadados na

capa.

Nas anotações para além das simples funções de edição de texto livre existe tal como nos

anexos a possibilidade de criar uma assinatura digital. A uma anotação pode ainda ser

associado um alerta para notificar o utilizador de alguma acção a tomar sobre o registo.

Na componente Processos Decisórios o utilizador ao criar um processo decisório tem que

definir os utilizadores para os quais se destina o processo. Os utilizadores em questão são

então notificados que devem emitir uma decisão ou parecer, iniciar novo processo decisório ou

concluir o actual.

Na componente Relações para além do já referido existe ainda a função de “criar um

registo consequente” onde é possível criar uma cópia do registo com uma relação já criada

entre o original e a cópia.

Para além das funcionalidades presentes nas componentes de um registo o SmartDocs

possui ainda outras funcionalidades globais.

Impressão de registos, permitindo seleccionar quais as componentes a imprimir.

Certificar documentos. Consiste em imprimir a identificação do registo no documento

original através de uma certificadora.

Duplicação de Registos, permitindo indicar quais as componentes a duplicar.

Notificação de Registos, principal meio de circulação de registos no sistema, que consiste

em avisar um utilizador ou vários que é necessária actuar sobre o registo. Os utilizadores

avisados podem então ao receber a notificação, responder, reenviar ou concluir a

notificação.

Históricos. O Sistema permite consultar o histórico de acções sobre um registo, um anexo

e ainda sobre o reencaminhamento de registos por notificações.

Permissões. O SmartDocs possui um sistema de permissões baseado em matrizes de

acesso sobre utilizadores, ou seja, uma matriz que indica as funções permitidas para cada

utilizador ou grupo de utilizadores. As permissões podem ser definidas sobre um perfil, um

registo, um anexo, uma anotação e um processo decisório, possibilitando assim restringir o

acesso apenas a partes do registo.

Descritores. A cada registo é possível atribuir palavras-chave (denominadas descritores)

que permitem uma melhor identificação do registo.

Enviar Registo via e-mail, através da integração do SmartDocs com o Microsoft Outlook.

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32

Exportação e Importação de registos. A exportação cria um ficheiro com o formato sdr

(formato criado pelo Fujitsu Portugal) que contém toda a informação do registo de modo

compactado. A importação de registos é feita também através do formato sdr.

Subscrição de registos. O utilizador ao subscrever um registo recebe notificações pelo

SmartDocs ou por e-mail de alterações ao registo, podendo personalizar o tipo de acções

que deseja ser notificado.

Fluxo de Trabalho. O utilizador pode iniciar através de um registo um circuito de acções

pré-definidas pelo administrador. O sistema gere então o registo dentro do circuito

garantindo que quando todas as acções de uma etapa forem concluídas o sistema avança

para a próxima etapa.

Relatórios. O sistema permite criar 3 tipos de relatórios sobre um registo:

o Relatório Simples, contendo apenas os campos base do registo (ex: tipo, referência,

perfil, titulo, etc.).

o Relatório de Perfil, contendo informação mais detalhada sobre o perfil e os seus

metadados.

o Relatórios Configuráveis, criados pelo administrador seleccionando qual a

informação a incluir no relatório.

Delegação. Esta funcionalidade permite ao utilizador sempre que se ausentar delegar as

suas funções a um ou mais utilizadores permitindo que estes efectuem acções em seu

nome. O utilizador delegado pode assim utilizar a opção “trabalhar em nome de…” para

aceder à área do utilizador que o delegou e trabalhar por este. A informação de que se

trata de um delegado fica no entanto sempre presente no sistema e o utilizador que

delegou pode inclusive, ao regressar, consultar as acções que o delegado tomou por ele.

Pesquisa. A funcionalidade de pesquisa está sempre disponível no sistema e é totalmente

configurável permitindo pesquisa por texto livre ou utilizando conectores lógicos. É possível

também uma pesquisa mais avançada onde podemos seleccionar se queremos pesquisar

nos campos (e quais) do perfil, das propriedades, da capa, dos anexos, dos processos

decisórios, da localização, dos descritores ou das notificações.

O produto SmartDocs inclui também uma ferramenta de administração que é instalada

aos administradores do sistema e através da qual podem aceder às funcionalidades

administrativas do sistema.

A ferramenta permite gerir todo o sistema incluindo utilizadores, perfis, níveis de acesso,

descritores, formas de notificação, processos decisórios, assinaturas digitais, entre outros. Das

funcionalidades disponíveis destacam-se as seguintes:

Interoperabilidade. Necessita de um módulo adicional instalado mas permite

configurar a comunicação entre o SmartDocs e outros sistemas.

Gestão de Repositório de Anexos. Permite modificar a localização dos anexos,

move-los, copiá-los ou criar outros repositórios.

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Auditoria. Através deste ponto de gestão o administrador pode efectuar consultas

sobre o histórico do sistema, o log e estatísticas. As consultas podem ser feitas sobre

um registo, e/ou um utilizador, e/ou uma acção especifica.

É através da ferramenta de administração que o utilizador pode também criar todos os

relatórios e modelos configuráveis do sistema.

3.1. Enquadramento com os outros sistemas

Tal como no subcapítulo 2.4.5 se fez uma comparação entre os varios SGC estudados no

que diz respeito às suas funcionalidades de SGDA é necessário fazer também o

enquadramento do SmartDocs com esses sistemas. A tabela 3 ilustra esse enquadramento

categorizando as funcionalidades descritas neste capítulo com as áreas de funcionalidade

identificadas no subcapítulo 2.4.5.

Área de

Funcionalidade Funções Presentes no SmartDocs

Plano de Classificação Arquivo e as funções sobre este; Exportação e Importação de Registos.

Identificação e

Categorização Capa, Anotações e Localização do Registo; Descritores;

Captura de

Documentos

Perfil do Registo; Anexos; Captura de Correio Electrónico através de

integração com o Outlook

Serviços de Biblioteca

Impressão de Registo; Certificar Documentos; Duplicação de Registos;

Históricos de um Registo; Subscrição de Registos; Relatórios simples, de

perfil e configuráveis; Delegação;

Pesquisa Pesquisa e funções associadas.

Fluxo de Trabalho Fluxo de Trabalho e as funções associadas.

Segurança Sistema de Permissões; Assinaturas Digitais;

Prazo de Retenção Não possui funcionalidades para gerir os prazos de retenção de um

documento.

Suporte ao Destino

dos Documentos Não possui funcionalidades para gerir o suporte ao destino dos documentos.

Tabela 3. Funções do SmartDocs enquadradas com as áreas de funcionalidade de um SGDA.

Como se pode verificar pela tabela, o SmartDocs tem funcionalidades que se enquadram

em praticamente todas as áreas de funcionalidade de um SGDA excepto as áreas que incluem

as funcionalidades para gestão do prazo de retenção e suporte ao destino dos documentos. A

causa para essa ausência de funcionalidades é o facto de o produto da Fujistu ser um SGD

enquanto as funcionalidades dos sistemas analisadas são de SGDA. Como já referido no

subcapítulo 2.1.2 estes dois sistemas gerem tipos de conteúdo diferentes mas, tal como o seu

nome indica e o enquadramento regista, são sistemas com bastantes similaridades.

Pelo enquadramento feito podemos reparar que um SGD não possui funcionalidades para

gerir a preservação dos documentos a longo prazo. Esse facto é derivado do facto de um

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documento não necessitar necessariamente de constituir informação ou prova de um processo

de negócio a longo prazo podendo ser apenas necessário num curto espaço de tempo após a

sua criação. Já um documento de arquivo é por definição, como apresentada no subcapítulo

2.1.1, um documento que é gerido como evidência de um processo de negócio ou uma

actividade da organização o que implica uma obrigatoriedade de preservação a médio/longo

prazo.

Na perspectiva de que um documento é apenas uma unidade de informação esta pode

inclusivamente não estar completa sendo necessária a sua finalização para ser considerada útil

a longo prazo tornando-se assim um documento de arquivo. Resumindo a principal diferença

entre os dois objectos é o objectivo com que são geridos implicando diferentes

comportamentos dos sistemas que o gerem mas funcionalidades semelhantes visto que ambos

se tratam de documentos. O MoReq2 na subsecção 10.3 intitulada “Gestão Documental e

Trabalho Colaborativo” apresenta a tabela 4 aqui reproduzida que identifica as principais

diferenças de comportamento entre um SGD e um SGDA.

An EDMS… An ERMS…

allows documents to be modified; prevents records from being

modified;

allows documents to exist in several

versions;

allows a single final version of a

record to exist;

may allow documents to be deleted by

their owners;

prevents records from being deleted

except in certain strictly controlled

circumstances;

may include some retention controls; must include rigorous retention

controls;

may include a document storage

structure, which may be under the

control of users;

must include a rigorous record

arrangement structure (the

classification scheme) which is

maintained by an administrative role;

is intended primarily to support day-to-

day use of documents for ongoing

business.

may support day-to-day working, but

is primarily intended to provide a

secure repository for business

records.

Tabela 4. Principais diferenças entre um SGD e um SGDA (EDMS: Electronic Document Management System ;

ERMS: Electronic Record Management System)

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4. MoReq

O DLM-Forum1 foi criado e oficializado por iniciativa da comissão europeia em 1997 para

servir como suporte à coordenação, cooperação, gestão e armazenamento adequado dos

arquivos públicos dos países membros. No entanto, o primeiro encontro do DLM-Forum foi

realizado em 1996 em Bruxelas e foi nele que se identificou a necessidade de criar uma

especificação compreensiva de requisitos para a gestão de documentos de arquivo

electrónicos. A comissão europeia tomou então a iniciativa de iniciar e gerir o desenvolvimento

dessa especificação, que mais tarde ficou conhecida como MoReq, modelo de requisitos para

a gestão de documentos de arquivo electrónicos.

A equipa que desenvolveu a especificação foi acompanhada durante todo o processo por

especialistas na área de gestão de documentos de arquivo de vários países tanto de

organizações públicas como privadas. O MoReq ficou disponível electronicamente pela

primeira vez em 2001 e foi publicado oficialmente pela comissão europeia em 2002.

Actualmente está disponível online no site Europa2 e encontra-se traduzido em 7 línguas,

incluindo o português. A versão portuguesa é uma tradução do original, adaptada à realidade

portuguesa. A especificação foi desenvolvida para ser aplicável, tanto por sectores públicos ou

privados, que pretendem adquirir ou avaliar um sistema de gestão de arquivos electrónicos.

Desde a disponibilização do MoReq que este provou ser uma especificação bastante útil e

começou a ser usado em diversos países na Europa. No entanto, com o rápido crescimento e

desenvolvimento das tecnologias de informação começou-se a reconhecer a falta de

actualização ao seu conteúdo de maneira a manter o seu valor como um modelo de referência.

Representantes do DLM-Forum iniciaram então discussões com a comissão europeia para a

possível fundação do MoReq2 e os resultados dessas discussões foram apresentados no

DLM-Forum 2005, onde se concordou em lançar uma versão actualizada do MoReq em 2007

que acabou apenas por ser lançada em 2008 intitulada MoReq2.

O MoReq2 contou imediatamente com a reputação do seu antecessor e rapidamente

começou a ser utilizado sendo que actualmente já se encontra traduzido em 5 línguas

diferentes (onde não se inclui o português). Um dado que permite perceber melhor essa

reputação é o facto de que desde o lançamento da primeira versão do MoReq terem sido já

criadas 23 novas especificações de requisitos baseadas no MoReq/MoReq2.

Na mesma reunião de 2005 foi também discutido o futuro do MoReq ficando definido que

este terá uma nova actualização em 2010 e no futuro terá versões específicas para diferentes

negócios tal como exemplifica a figura 8.

1 http://www.dlmforum.eu

2 http://ec.europa.eu/transparency/archival_policy/moreq/doc/moreq_en.pdf

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36

Figura 8 Planeamento das novas versões do MoReq1

4.1. Análise e Resumo do MoReq2

Nesta dissertação a versão utilizada do MoReq será a intitulada MoReq2. As principais

diferenças em relação à versão anterior são:

Framework de teste. Foi criada um conjunto de simples testes práticos que caso

consigam ser realizadas num software conclui-se que este cumpre os requisitos do MoReq2.

Cada capítulo da especificação tem um conjunto de testes e é indicado para cada um qual o

requisito que valida.

Monitorização e Certificação. Foi criado um grupo independente que tem como

missão controlar e monitorizar traduções, extensões e alterações ao MoReq2, bem como

ajudar na compreensão e utilização da especificação.

Estrutura da Especificação. Foram criados 13 novos subcapítulos de módulos

opcionais, um novo esquema de metadados maior, mais completo e simples e foi introduzido o

conceito do capítulo zero que deve ser especifico para cada país e deve fornecer informações

sobre:

o Traduções para as terminologias e conceitos importantes da especificação.

o Requisitos Legislativos do país.

o Requisitos provenientes de normas ou guias do país.

o Outros requisitos que possam ser considerados importantes nacionalmente.

o Sites, documentos e outros recursos que possam acrescentar valor ao capitulo.

Conteúdo. Foram adicionados e alterados vários requisitos de maneira a garantir que

o MoReq2 se mantenha actualizado e correcto.

O MoReq2 tem actualmente 792 requisitos divididos em 13 capítulos e 9 anexos, com mais

de 70 subsecções. A versão em formato Word contém 377 paginas e mais de 91 000 palavras.

Resumindo é uma especificação bastante extensa, com alguma complexidade e que precisa de

ser analisada para total compreensão dos seus requisitos. Assim para cada um dos capítulos

1 Imagem retirada do site do DLM Forum :

http://www.dlmforum.eu/index.php?option=com_content&view=article&id=21&Itemid=25

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principais do MoReq2 foi feito um diagrama onde se agrupam os requisitos de acordo com

funcionalidade/assunto a que se referem e se identificam dependências entre estes. O

objectivo é que através dos diagramas se consiga perceber rapidamente e resumidamente o

que cada capítulo cobre. Os diagramas foram criados utilizando a ferramenta “Enterprise

Architect, versão 7.5.844” utilizando os elementos e conectores ilustrados na figura 9. Os

diagramas de todos os capítulos encontram-se no anexo I.

Figura 9. Elementos e Conectores utilizados nos diagramas de resumo dos capítulos do MoReq2

O MoReq2 é estruturado, como referido atrás, em 13 capítulos. O primeiro capítulo é

introdutório e fala um pouco sobre a história, objectivo e organização da especificação que já

foram aqui descritos. O segundo capítulo introduz uma visão geral de um SGDA e alguns

conceitos para além dos já falados no subcapítulo 2.1. desta dissertação, nomeadamente:

Dossiê. Conjunto de documentos de arquivo que pode ser tratado como uma unidade.

Os documentos de arquivo são agrupados num dossiê por uma relação entre eles, tal como, o

assunto a que se referem, serem tipologicamente idênticos, entre outros.

Sub-Dossiê. Subdivisão intelectual de um dossiê com o objectivo de distinguir

documentos de arquivo no dossiê.

Volume. Subdivisão mecânica, tipicamente automática, de um dossiê com o objectivo

de melhorar o controlo e gestão de dossiês. Como por exemplo, dividir um dossiê por ano.

Classificação. Identificação e categorização de um documento de arquivo de acordo

com convenções, métodos e procedimentos de maneira a que estes possam ser representados

logicamente num plano de classificação.

Plano de Classificação. Um plano de classificação é uma hierarquia de documentos

de arquivos de acordo com a classificação dos mesmos. É a estrutura hierárquica sobre a qual

assenta todo o sistema. A figura 10 dá um exemplo de um plano de classificação.

Classe. O termo classe é usado pelo MoReq2 para se referir a uma parte da hierarquia

representada no plano de classificação por uma linha traçada de qualquer ponto da hierarquia

até ao nível mais baixo a partir desse ponto. No exemplo da figura 10, por exemplo, ao

referirmo-nos à classe “Recrutamento e Progressão” referimo-nos a todos os dossiês, sub-

dossies, volumes e documentos de arquivo abaixo desta. Serve também para dar uma

estrutura ao plano de classificação e ao dossiê inserido na classe.

req Requirements Model [Legendas]...

Requisito YRequisito X

Agrupamento de Requisitos. Todos os

requisitos dentro da caixa pertencem ao

assunto, funcionalidade ou categoria

indicada.

<Assunto, Funcionalidade ou

Categoria dos Requisitos>

Referência

<Resumo do Requisito>O cumprimento do Requisito Y depende

do cumprimento do Requisito X

Requisito Opcional

Requisito Obrigatório

Referência

<Resumo do Requisito>

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Tabela de Selecção. Tabela associada a um documento de arquivo, volume, sub-

dossiê, dossiê ou classe, que define o período de retenção e o destino da entidade

associada.

Figura 10 Exemplo de um Plano de Classificação.

Com base nos conceitos apresentados o MoReq2 define então a base para um SGDA com

base num modelo entidade-relação apresentado na figura 11.

Introduzidos os conceitos e a base de um SGDA o MoReq2 lista os requisitos principais nos

capítulos seguintes. Todos os requisitos são apresentados numa tabela de estrutura fixa

(apresentada na figura 12 e retirada do MoReq2) com os seguintes campos: referência

(identificador) do requisito, descrição do requisito, onde aparece sempre a palavra “must” ou

“should” indicando se o requisito é, respectivamente, obrigatório ou opcional e o campo de

teste que indica se o requisito pode ser testado através da framework de teste do MoReq2.

O primeiro capítulo de requisitos (capitulo 3 do MoReq2) intitulado: “Plano de Classificação

e organização de dossiês” descreve nos seus requisitos o seguinte:

Um Plano de Classificação deve ser sempre compatível com a organização e não o

inverso e deve ser gerido e mantido por um Administrador de sistema.

O Administrador deve poder importar, exportar ou copiar todo, ou parte, do plano.

As classes e dossiês devem ter metadados associados que devem ser herdados

segundo a hierarquia, metadados identificadores como um título e metadados

automáticos como a data de criação.

Deve ser possível dividir dossiês em sub-dossies e volumes, ou apenas um deles, e só

deve haver um volume aberto em cada momento que tipicamente é o mais

recentemente criado. Uma entidade do plano de classificação fechada é uma entidade

que não pode receber documentos de arquivo nem ser subdividida.

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39

O plano de classificação tem de ser estável devendo este manter relações, estados e

referências em todas as operações sobre o mesmo (ex: movimentação de dossiês).

As classes do plano de classificação devem poder ser divididas ou combinadas entre si.

Figura 11 Modelo Entidade-Relação que representa a base de um SGDA segundo o MoReq2.

Figura 12. Estrutura fixa da listagem de requisitos no MoReq2

Os requisitos do capítulo seguinte (“Controlos e Segurança”) descrevem que:

Apenas um utilizador autenticado no sistema deve poder efectuar acções sobre o

mesmo e que é responsabilidade do Administrador definir acessos e permissões a

utilizadores, grupos de utilizadores ou papéis de utilizadores.

1

1

1

Sub-file

1

0 - *

Component

1 - *

File

0 - *

1

Volume

0 - *

IS MADE

UP OF

APPLIES

TO

MAY

CONTAINMAY

CONTAIN

MAY BE

DIVIDED

INTO

MAY BE

DIVIDED

INTO

MAY BE

DIVIDED

INTO

MAY BE

DIVIDED

INTO

RecordDocument Record

Type1

1

0 - *1 - *

1 - *

HASIS FORMED

OF

Classification Scheme1

Classification Scheme1

1

1 - *

1 - *

CONTAINS CONTAINS

1 - *

0 - 1

1 - *

1

1 - *

1 - *

1 - *

APPLIES

TO

1 - *APPLIES

TO

1 - *

Retention &

Disposition

Schedule

1 - *

IS MADE

UP OF

1

1 - *

Document

Type

HAS

1

1 - *

IS STORED IN

IS STORED IN

IS MADE UP OF

IS MADE UP OF

Class

1

0 - *

Exactly one Zero or one Zero or more One or more Exclusive OR1 0 – 1 0 - * 1 - *

Key:

1

MAY BE

DIVIDED

INTO

MAY BE

DIVIDED

INTO

0 - *

Ref Requirement Test

13.1.1 The ERMS must provide … Y

NUMBER REQUIREMENT TESTABILITY

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40

O sistema deve possuir uma rotina de auditoria inalterável que regista todos os eventos

do sistema e pode ser alvo de pesquisa ou auditoria por utilizadores autorizados.

A preservação dos dados deve ser assegurada por mecanismos de salvaguarda e

recuperação que devem ser geridos pelo Administrador.

Um utilizador deve poder marcar um documento de arquivo como essencial garantindo

que o sistema irá assegurar medidas de salvaguarda extra no mesmo.

No capítulo 5 (“Retenção e Destino”) a especificação define que:

Uma tabela de retenção e destino deve ter um identificador, um título, um período de

retenção e um destino. Os destinos possíveis são: preservar indefinidamente, reavaliar,

eliminar automaticamente, eliminar após autorização do Administrador, ou transferir

para um repositório externo.

O Administrador deve ser responsável por criar, gerir, alterar ou remover as tabelas de

selecção, mas o sistema deve garantir que todas as entidades do plano de classificação

têm pelo menos uma tabela associada.

As entidades do plano de classificação devem poder ser alvo de uma pausa legal,

operação que impede as mesmas de serem apagadas ou afectadas por acções das

tabelas de selecção.

O sistema deve ter mecanismos de suporte à transferência e exportação de

documentos de arquivo como destino. Após um desses destinos o Administrador pode

optar por manter no sistema metadados de rasto que indiquem que um documento de

arquivo foi transferido ou exportado.

O capítulo seguinte (“Captura de Documentos de Arquivo”) descreve que:

O sistema deve ser capaz de capturar documentos de arquivo independentemente do

seu formato atribuindo-lhes uma localização válida no plano de classificação. Se o

documento tiver várias componentes, estas devem ser juntamente capturadas, mas o

documento deve sempre ser tratado como uma unidade.

Na captura de documentos deve ser responsabilidade do utilizador a introdução dos

seus metadados e responsabilidade do sistema a validação dos mesmos devendo

alguns metadados serem preenchidos automaticamente como por exemplo a data de

criação do documento.

O sistema deve permitir a introdução de palavras-chave ao documento para uma melhor

identificação do mesmo.

O sistema deve permitir a captura em bloco de vários documentos de arquivo.

O sistema deve possibilitar a captura de correio electrónico juntamente com os seus

anexos de forma manual ou automática.

O sistema deve assegurar que todos os documentos têm um tipo associado e o

conjunto de tipos de documentos que podem existir deve ser gerido pelo Administrador.

O sistema deve permitir a integração com pelo menos uma solução de digitalização de

maneira a assegurar a captura de documentos digitalizados.

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O capítulo 7 intitulado “Referenciação” descreve que todas entidades do plano de

classificação devem ter sempre um identificador único no nível do plano de classificação em

que se encontram e um identificador completo único em toda a hierarquia. O sistema para

gestão e manutenção interna deve associar sempre um identificador de sistema às entidades

do plano de classificação.

O capítulo seguinte (“Pesquisa, Recuperação e Apresentação”) identifica como requisito:

O sistema dever ter um sistema de pesquisa que permite pesquisar todas as entidades

do plano de classificação utilizando vários termos de pesquisa como metadados,

conteúdo de texto, palavras-chave, localização, entre outros.

Os campos apresentados na lista de resultados de uma pesquisa devem poder ser

configurados pelo Administrador.

O sistema deve permitir a impressão de diversos elementos do sistema como os

documentos de arquivo, os resultados de uma pesquisa, parâmetros administrativos,

lista de dossiês, lista de palavras-chave, entre outros.

O último capítulo principal (“Administração Geral”) identifica as seguintes funcionalidades

que o sistema deve ter disponíveis aos Administradores do sistema:

Verificação de espaço livre de armazenamento.

Criação de relatórios específicos sobre vários elementos do sistema como actividades

das tabelas de selecção, acções da rotina de auditoria, tentativas de acesso não

autorizado, erros existentes nos processos de transferência, exportação, eliminação e

importação, entre outros.

Dois modos de funcionamento do sistema:

o Modo por defeito, onde uma eliminação/relocação é apenas simulada e os

dados permanecem no sistema.

o Modo de eliminação, onde uma eliminação/relocação é definitiva.

Possibilidade de truncar um documento, que consiste em copiá-lo, eliminando ou

escondendo informação sensível e criando assim um extracto do documento.

O capítulo 10 do MoReq2 é um capítulo onde são listados requisitos para o

desenvolvimento dos seguintes módulos opcionais de sistema:

Gestão de Documentos de Arquivo Físicos.

Destino de Documentos de Arquivo Físicos.

Gestão Documental e Trabalho Colaborativo. Módulo que permite gerir os

documentos antes de se tornam documentos de arquivo.

Fluxo de Trabalho. Módulo que permite criar vários fluxos de trabalho para optimizar e

automatizar os processos de negócio.

Dossiês de Projecto. Módulo que permite criar uma nova entidade no plano de

classificação denominada “Dossiês de Projecto”, que simula a criação de uma pasta de

trabalho de um projecto partilhada pela equipa do mesmo.

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42

Integração com Sistemas de Conteúdo.

Assinaturas Electrónicas.

Encriptação.

Gestão de Direitos de Autor.

Sistemas Distribuídos.

Trabalho offline e remoto.

Integração com Fax.

Categorias de Segurança. Módulo que permite criar e associar categorias de

segurança aos documentos de arquivo para uma melhor gestão das suas permissões.

O capítulo 11 lista os requisitos não funcionais do sistema, o capitulo 12 lista requisitos

de metadados e o capítulo final apresenta um glossário dos termos utilizados na especificação

e uma explicação detalhada do modelo entidade-relação, apresentado anteriormente na figura

11.

É importante realçar, que a descrição dos requisitos de cada capitulo é centrada nos

requisitos obrigatórios e que esta não passa de um resumo muito sucinto dos mesmos. O

objectivo é que ao ler a descrição se fique com uma ideia geral dos requisitos do MoReq2, não

substituindo nunca a leitura e análise completa da especificação para uma noção total dos

requisitos.

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43

5. Análise do SmartDocs segundo o MoReq

Depois de analisados os dois artefactos que vamos utilizar: SmartDocs e MoReq2 e após

obter um melhor conhecimento sobre ambos torna-se então possível efectuar uma avaliação

do produto em relação à especificação de requisitos. O objectivo pretendido não é apenas

perceber quais os requisitos não cumpridos pelo SmartDocs, mas sim fazer uma análise

objectiva do produto utilizando como material de avaliação o MoReq2.

Para essa análise foram utilizados os seguintes métodos de avaliação: avaliação por lista de

verificação, lista ponderada e análise de intervalos. Neste capitulo irá ser descrito como cada

método foi utilizado e quais as conclusões retiradas com os resultados.

Importante ainda realçar que as avaliações centram-se nos capítulos principais do MoReq2

(Capitulo 3 a 9), não abrangendo portanto os módulos opcionais da especificação e os seus

requisitos não-funcionais. As razões para esta decisão foram:

Da análise e leitura dos módulos opcionais do MoReq2 fica a ideia que vários exigem

um investimento, tanto a nível de trabalho de desenvolvimento, como de tecnologia no produto

que não compensa se realmente não for um módulo pretendido. Módulos demasiado

específicos como o módulo de “pastas de trabalho” apenas fazem sentido serem avaliados se

realmente for um objectivo do fornecedor, ou um desejo do consumidor. De qualquer das

formas é possível utilizar a mesma metodologia usada nesta dissertação para avaliar os

módulos opcionais se assim for desejado.

Os requisitos não-funcionais têm métodos de avaliação completamente distintos dos

explorados nesta dissertação e não devem ser avaliados apenas por uma pessoa, devido à sua

grande subjectividade, mas sim por um grupo de utilizadores. Para esta dissertação isso

simplesmente não era possível visto que o acesso aos utilizadores do produto era escasso e a

complexidade da tese aumentava exponencialmente.

5.1. Lista de Verificação

Relembrando muito sucintamente, esta técnica de avaliação consiste em comparar o

produto com uma lista de verificação, indicando se o produto cumpre os itens da lista. Neste

caso em particular a lista utilizada para a avaliação é os requisitos do MoReq2. Assim para

cada subcapítulo da especificação de requisitos foi criada uma tabela com os seguintes

campos:

Referência. Que corresponde ao identificador do requisito no MoReq2.

Essencial. Que, se assinalado com uma cruz, indica que o requisito é dado como

obrigatório pelo MoReq2.

Justificação. Este campo indica a razão da decisão tomada em cada requisito e é

importante para que se possa perceber as razões da avaliação, não só para qualquer pessoa

que consulte a lista, mas até para memória futura do avaliador

Cumprimento. Se assinalado indica que o requisito é cumprido.

Total de Requisitos Obrigatórios.

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44

Total de Requisitos Cumpridos e a percentagem de requisitos obrigatórios

cumpridos em relação ao total de requisitos obrigatórios.

A tabela 5 exemplifica um dos subcapítulos avaliados do MoReq2. No exemplo, podemos

constatar que o requisito obrigatório 9.1.1. (“O sistema tem que permitir que Administradores

consigam visualizar e reconfigurar parâmetros e configurações de sistema feitas no período de

configuração”) é cumprido, visto que o SmartDocs permite que o Administrador aceda e altere

parâmetros de configuração do sistema. O requisito opcional 9.1.4 (“Quando existe verificação

de taxas de erro nos dispositivos de armazenamento, o sistema deve monitorizar as mesmas e

reportar aos Administradores a existência de um dispositivo no qual a frequência de erros

exceda um parâmetro definido em período de configuração ou mais tarde”) não é cumprido,

porque não existe uma integração do SmartDocs com dispositivos de armazenamento que

permita a monitorização de erros. Podemos ainda verificar através da mesma tabela que

existem 3 requisitos obrigatórios no subcapítulo 9.1 num total de 5 requisitos, 3 requisitos são

cumpridos e 67% dos requisitos obrigatórios são cumpridos.

Tabela 5 Tabela de avaliação do subcapítulo 9.1 (“General Administration”) do MoReq2 utilizando o método

de lista de verificação.

Os resultados quantitativos completos encontram-se no anexo II. Nestes resultados a

primeira impressão da tabela é que o produto da Fujitsu não cumpre a maioria dos requisitos

do MoReq2.

Analisando os resultados em relação aos requisitos obrigatórios (resultados reproduzidos na

tabela 6), cujo cumprimento deve ser prioritário, podemos verificar que no capítulo de retenção

e destino não existe nenhum requisito cumprido, devido ao facto de o SmartDocs não ter

mecanismos de retenção e destino dos seus documentos. Esse facto não é surpreendente

pois, tal como mencionado atrás, o produto é um SGD e não um SGDA. Esta circunstância faz

com que a avaliação seja negativa no capítulo 5 do MoReq2, mas também afecta outros

capítulos, como por exemplo o capitulo 9.2, que tem 11 capítulos (4 obrigatórios) relacionados

com a criação de relatórios sobre tabelas de selecção.

No capítulo do Plano de Classificação e Organização de Pastas, a justificação para a baixa

percentagem de requisitos cumpridos deve-se ao facto do produto não ter um processo de

importação/exportação de todas as entidades do plano de classificação, mas apenas de

algumas, e também devido a não ter o conceito de entidade fechada e aberta.

Ref. Essencial Justificação Cumprimento

9.1.1 x O Administrador de sistema é o único com possibilidade de visualizar e reconfigurar as definições de sistema.

X

9.1.2 x O Administrador pode atribuir funções a utilizadores assim como atribuir papéis de utilizadores.

X

9.1.3 x Não existe aviso de falta de espaço. 9.1.4 Não existe integração com suportes de armazenamento

de maneira a registar erros no suporte e notifica-los ao administrador.

9.1.5 O Administrador consegue facilmente mover utilizadores entre grupos e papéis.

X

Total 3 3 (67%)

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45

Tabela 6 Tabela de Resultados Quantitativa da avaliação por lista de verificação no que diz respeito a

requisitos obrigatórios. Legenda: Preto = 0-24%; Vermelho = 25-49%; Amarelo = 50-74%; Verde = 75-100%;

No capítulo da segurança as principais falhas são o sistema não ter um mecanismo de

gestão e manutenção de recuperação e salvaguarda de dados, apesar de fazer

recomendações e apresentar maneiras de criar tais rotinas, conjugado com o facto de não

reconhecer o conceito de documento de arquivo essencial.

As principais lacunas identificadas no capítulo de captura e declaração de documentos de

arquivo são: a falta de integração da gestão de correio electrónico com as suas aplicações, a

ausência de importações em bloco e opções limitadas no processo de captura e digitalização.

O capítulo de referenciação é o mais completo pecando apenas por uma melhor

configuração dos identificadores que podem ser atribuídos às entidades do sistema.

No que diz respeito às funcionalidades de pesquisa, recuperação e visualização existe

pouca possibilidade de configuração dos elementos e campos a imprimir, e alguma falta de

mero

de

Req

uis

ito

s

Req

uis

ito

s

Cu

mp

rid

os

Req

uis

ito

s

Cu

mp

rid

os (

%)

Plano de Classificação e Organização de Pastas 72 21 29%

Configuração do Plano de Classificação 19 5 26%

Classes e Pastas 12 6 50%

Volumes e Sub-Pastas 18 5 28%

Gestão do Plano de Classificação 22 5 23%

Segurança e Controlo 45 22 49%

Acesso 21 13 62%

Rotina de Auditoria 15 8 53%

Salvaguarda e Recuperação 5 1 20%

Documentos de Arquivo Vitais 4 0 0%

Retenção e Destino 61 0 0%

Tabelas de Selecção 34 0 0%

Revisão do Destino 7 0 0%

Transferência, Exportação e Eliminação 20 0 0%

Captura e Declaração de Documentos de Arquivo 63 29 46%

Captura 26 13 50%

Importação em Bloco 8 0 0%

Gestão de Correio Electronico 15 5 33%

Tipos de Documentos de Arquivo 5 5 100%

Imagens e Digitalização 9 6 67%

Referenciação 12 9 75%

Codigos de Classificação 8 5 63%

Identificadores de Sistema 4 4 100%

Pesquisa, Recuperação e Visualização 34 17 50%

Pesquisa e Recuperação 19 11 58%

Apresentação: Visualização de Documentos de Arquivo 1 1 100%

Apresentação: Impressão 13 5 38%

Apresentação: Outros 1 0 0%

Funções Administrativas 36 13 36%

Administração Geral 3 2 67%

Relatorios 17 4 24%

Alterar, Eliminar e Truncar Documentos de Arquivo 16 7 44%

Requisitos Obrigatórios

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46

flexibilidade na pesquisa, o que faz com que apenas metade dos requisitos obrigatórios sejam

cumpridos.

No último capítulo registam-se limitações na criação e configuração de relatórios e

inexistência de um processo para truncar documentos de arquivo, que sendo dois dos seus

subcapítulos resultam numa avaliação negativa.

Em conclusão fica a ideia de que o SmartDocs tem muito a melhorar mas também que os

resultados são demasiado negativos para aquilo que o sistema possui. Na opinião de avaliador

existem vários requisitos que não são cumpridos, apenas por pequenos detalhes, o que não é

visível nos resultados mas na análise da lista. Existem ainda funcionalidades não existentes

que dão origem ao não cumprimento de vários requisitos em diferentes capítulos, ou seja a

técnica de avaliação pesa demasiado negativamente uma única falha do sistema.

5.2. Lista Ponderada

Uma das características do MoReq2 identificadas na análise feita no capítulo 4.1. é que

existem vários requisitos que estão relacionados, ou mesmo dependentes uns dos outros. Esse

factor tal como referido na avaliação anterior penaliza exageradamente, por exemplo, um

produto que possui todas as funcionalidades identificadas na especificação de requisitos, mas

que falha em pequenos atributos dessas funcionalidades. Por essa razão torna-se necessário

fazer uma distinção desses requisitos e atribuir-lhes diferentes pesos nesta avaliação para que

não aconteça o mesmo problema.

Nesse sentido foi feita uma reestruturação do MoReq2 introduzindo os conceitos de

requisitos principais e sub-requisitos e novos requisitos principais. O objectivo é que um

requisito principal identifique uma funcionalidade, ou um processo, que o sistema tem que

possuir, enquanto os sub-requisitos são apenas características ou atributos desse requisito

principal. Essa reestruturação foi feita com base na análise por diagramas realizada no capítulo

4.1.

Para se perceber melhor o trabalho desenvolvido reproduz-se na figura 13 o diagrama do

capítulo 3.1 do MoReq2 (“Configuring the Classification Scheme”) onde podemos identificar

uma dependência entre os requisitos 3.1.12-15. Essa dependência existe porque o requisito

3.1.12 identifica a necessidade de o sistema suportar a importação do plano de classificação,

ou parte dele, enquanto os requisitos seguintes 3.1.13, 3.1.14 e 3.1.15 identificam

características que o processo de importação deve cumprir, como rejeitar classes que não

contenham título, importar juntamente com as entidades do plano de classificação as tabelas

de selecção associadas e validar os metadados importados. Assim, de acordo com o objectivo

da reestruturação o requisito 3.1.12 é considerado um requisito principal e os restantes seus

sub-requisitos.

No mesmo diagrama podemos ver também um agrupamento dos requisitos 3.1.23 e 3.1.24

visto que o primeiro afirma que ao copiar um plano de classificação, ou parte dele, os

metadados associados devem ser copiados, enquanto o segundo afirma que ao copiar um

plano de classificação, ou parte dele, as tabelas de selecção associadas devem ser incluídas

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47

na cópia. Mais uma vez, estes requisitos são característicos de um processo que é o de copiar

um plano de classificação, no entanto neste caso não existe nenhum requisito que identifique

especificamente esse processo, portanto na reestruturação efectuada esse requisito é

adicionado como requisito principal dos requisitos 3.1.23 e 3.1.24.

A reestruturação completa do MoReq2 é apresentada no anexo III.

Nota: Nem todos os agrupamentos/dependências dão origem a requisitos principais visto

que em alguns raros casos os agrupamentos são demasiado abrangentes o que tem como

consequência a desvalorização de todos os requisitos englobados, mesmo quando estes são

realmente parte importante de um processo.

Figura 13. Diagrama de modelação dos requisitos do capitulo 3.1 (“Configuring the Classification Scheme”) do

MoReq2

Com a reestruturação do MoReq2 podemos então dar relevância aos requisitos principais

na avaliação, visto que estes não só indicam um processo que o sistema deve ter

(independentemente de cumprir todas as suas características ou atributos) como do ponto de

vista da implementação o custo de acrescentar características a um processo, ou

custom Configuring the Classification Scheme

3.1.11 Import/Export ::

MoReq2 XML Schema

3.1.1 Organization

Compatible

3.1.2 Internal Integrity

3.1.3 Identifier, Title and

Description

3.1.4 Hierarchy of Classes.

3.1.5 Administration

Management

3.1.6 User Management

3.1.7 Number of Levels

3.1.9 Titl ing Mechanism

3.1.10 Textual Scope Notes

3.1.12 Import ::

Classification Scheme

3.1.13 Import :: Retention

Schedules & Audit Trails

3.1.14 Import :: Exception

Report

3.1.15 Import :: Hierarchical

Code

3.1.16 Import :: Validation

Rules

3.1.17 Export ::

Classification Scheme

3.1.18 Export :: Select

Metadata3.1.19 Export :: Select

Retention Schedules

3.1.20 Export :: Select Audit

Trail3.1.21 Export ::

Documentation

3.1.22 Export :: XML

3.1.23 Copy :: Classification

Scheme3.1.24 Copy :: Retention

Schedules

3.1.25 Add Classes

3.1.26 Multiple Classification

SchemesCopying All or Part of the

Classification Scheme

Export All or Part of the Classification

Scheme

Import All or Part of the

Classification Scheme

3.1.8 Classification Scheme

Creation

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48

funcionalidade, é tipicamente menor do que criar uma nova funcionalidade. Resumindo, um

sistema que cumpra um requisito principal está mais próximo de cumprir os seus sub-requisitos

e isso deve ser valorizado.

Dessa forma passamos a ter duas medidas a ter em conta no MoReq2: o nível do requisito

criado com a reestruturação e a sua obrigatoriedade já existente na especificação que podem

ser combinados para atribuir os pesos dos requisitos como se ilustra na tabela 7.

A multiplicação das duas medidas foi usada para dar maior foco na medida já existente no

MoReq2, visto que resulta numa prioridade muito maior (dobro), quando os requisitos são

obrigatórios.

O resultado do cruzamento entre as duas

medidas é a multiplicação das mesmas.

Requisito

Opcional (Peso 1)

Requisito

Obrigatório (Peso 2)

Requisito Principal (Peso 4) 4 8

Requisito Normal (Peso 3) 3 6

Sub-Requisito de um Requisito Principal

Obrigatório (Peso 2)

2 4

Sub-Requisito de um Requisito Principal

Opcional (Peso 1)

1 2

Tabela 7. Pesos dos Requisitos após reestruturação do MoReq2

De maneira a obter então uma pontuação como o método exige é também necessário

atribuir respostas quantitativas na avaliação. Assim, utilizaram-se as medidas de resposta

apresentadas na tabela 8.

Medida Significado

0 “Não Cumpre” – O Sistema não cumpre o requisito.

1 “Cumpre Parcialmente” – O Sistema cumpre parte do requisito mas necessita

ainda de algum desenvolvimento para o cumprir na totalidade.

2 “Cumpre Praticamente” – O Sistema praticamente cumpre o requisito falhando

apenas em algum detalhe.

3 “Cumpre Totalmente” – O Sistema cumpre totalmente o requisito.

Tabela 8 Significado das respostas quantitativas da avaliação por Lista Ponderada

Relembrando a técnica aplicada, para cada requisito existe um peso pré-definido ao qual

será dado uma resposta quantitativa. A multiplicação do peso com a resposta dá origem à

pontuação do requisito enquanto a soma das pontuações dá a pontuação do sistema.

No anexo IV apresentam-se então os resultados completos. Como se pode rapidamente

reparar, as percentagens de cumprimento dos requisitos subiram significativamente sendo que

em alguns casos são inclusive o dobro da avaliação anterior. Como é obvio o sistema não foi

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alterado entre as duas avaliações e a única razão para esta subida de percentagem é por esta

técnica de avaliação ser mais especifica do que a anterior.

A primeira razão para a melhoria registada está relacionada com a reestruturação do

MoReq2. Se analisarmos a tabela 9, que apresenta um resumo das percentagens obtidas nos

requisitos obrigatórios, podemos reparar que as maiores percentagens encontram-se nos

níveis superiores. Estes resultados são a validação daquilo que na qualidade de avaliador foi

observado anteriormente, mas que não ficou registado nos resultados anteriores: as

funcionalidades principais identificadas na especificação estão presentes no SmartDocs

falhando principalmente em detalhes, características ou atributos dessas mesmas

funcionalidades.

Tabela 9. Tabela de Resultados Quantitativa da avaliação por Lista Ponderada no que diz respeito a requisitos

obrigatórios discriminados pelo nível de importância dos requisitos. Legenda: Preto = 0-24%; Vermelho = 25-49%;

Amarelo = 50-74%; Verde = 75-100%;

Olhando para a tabela podemos também rapidamente identificar quais as principais

funcionalidades em falta no produto através da coluna dos requisitos principais. Os valores

mais baixos encontram-se no:

Req

uis

ito

s

Pri

ncip

ais

(%

)

Req

uis

ito

s

No

rmais

(%

)

Su

b-

Req

uis

ito

s (

%)

To

tal

(%)

Plano de Classificação e Organização de Pastas 61% 61% 39% 51%

Configuração do Plano de Classificação 83% 78% 40% 64%

Classes e Pastas 67% 75% 67% 69%

Volumes e Sub-Pastas 44% 0% 33% 34%

Gestão do Plano de Classificação 56% 48% 32% 43%

Segurança e Controlo 70% 75% 52% 63%

Acesso 80% 80% 74% 77%

Rotina de Auditoria 67% 67% 52% 60%

Salvaguarda e Recuperação 100% - 17% 44%

Documentos de Arquivo Vitais 0% - 0% 0%

Retenção e Destino 0% 0% 0% 0%

Tabelas de Selecção 0% 0% 0% 0%

Revisão do Destino 0% 0% 0% 0%

Transferência, Exportação e Eliminação 0% 0% 0% 0%

Captura e Declaração de Documentos de Arquivo 70% 59% 53% 60%

Captura 87% 69% 63% 72%

Importação em Bloco 0% 0% 0% 0%

Gestão de Correio Electronico 33% 50% 33% 45%

Tipos de Documentos de Arquivo 100% - 100% 100%

Imagens e Digitalização 100% 67% 75% 76%

Referenciação 92% - 83% 88%

Codigos de Classificação 89% - 73% 82%

Identificadores de Sistema 100% - 100% 100%

Pesquisa, Recuperação e Visualização 38% 63% 53% 54%

Pesquisa e Recuperação 67% 67% 50% 65%

Apresentação: Visualização de Documentos de Arquivo - 100% - 100%

Apresentação: Impressão 20% 60% 56% 40%

Apresentação: Outros - 0% - 0%

Funções Administrativas 42% 58% 17% 42%

Administração Geral - 67% - 67%

Relatorios 11% 52% 0% 35%

Alterar, Eliminar e Truncar Documentos de Arquivo 60% 100% 23% 46%

Requisitos Obrigatórios

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50

Subcapítulo “Volumes e pastas” devido ao facto de o SmartDocs não reconhecer o

conceito de entidades, do plano de classificação, abertas e fechadas.

Subcapítulo “Gestão do Plano de Classificação” devido ao facto de não possuir

duas das funcionalidades identificadas nessa secção da especificação: combinação e

divisão de classes.

Capitulo “Retenção e Destino” devido a ausência de mecanismos de controlo e

retenção de documentos.

Subcapítulo “Importação em Bloco” por o SmartDocs não possuir essa

funcionalidade.

Subcapítulo “Gestão de Correio Electrónico” principalmente por o sistema não

permitir captura automática de correio electrónico.

Subcapítulos “Apresentação: Impressão” e “Relatórios” pela quantidade limitada

de opções e elementos que podem ser impressos ou sobre os quais podem ser

pedidos relatórios.

Tabela 10. Tabela de Resultados Quantitativa da avaliação por Lista Ponderada no que diz respeito a

requisitos obrigatórios descriminados pela resposta quantitativa dada. Legenda: Preto = 0-24%; Vermelho = 25-

49%; Amarelo = 50-74%; Verde = 75-100%;

Cu

mp

re

To

talm

en

te(%

)

Cu

mp

re

Pra

ticam

en

te (

%)

Cu

mp

re

Parc

ialm

en

te (

%)

Não

Cu

mp

re (

%)

Plano de Classificação e Organização de Pastas 35% 11% 14% 38%

Configuração do Plano de Classificação 35% 20% 10% 25%

Classes e Pastas 62% 8% 8% 23%

Volumes e Sub-Pastas 32% 0% 5% 63%

Gestão do Plano de Classificação 23% 14% 27% 36%

Segurança e Controlo 47% 16% 6% 31%

Acesso 58% 25% 4% 13%

Rotina de Auditoria 50% 13% 0% 38%

Salvaguarda e Recuperação 20% 0% 40% 40%

Documentos de Arquivo Vitais 0% 0% 0% 100%

Retenção e Destino 0% 0% 0% 100%

Tabelas de Selecção 0% 0% 0% 100%

Revisão do Destino 0% 0% 0% 100%

Transferência, Exportação e Eliminação 0% 0% 0% 100%

Captura e Declaração de Documentos de Arquivo 48% 11% 5% 36%

Captura 56% 19% 7% 19%

Importação em Bloco 0% 0% 0% 100%

Gestão de Correio Electronico 33% 13% 7% 47%

Tipos de Documentos de Arquivo 100% 0% 0% 0%

Imagens e Digitalização 67% 0% 0% 33%

Referenciação 75% 17% 0% 8%

Codigos de Classificação 63% 25% 0% 13%

Identificadores de Sistema 100% 0% 0% 0%

Pesquisa, Recuperação e Visualização 50% 6% 0% 44%

Pesquisa e Recuperação 58% 5% 0% 37%

Apresentação: Visualização de Documentos de Arquivo 100% 0% 0% 0%

Apresentação: Impressão 38% 8% 0% 54%

Apresentação: Outros 0% 0% 0% 100%

Funções Administrativas 32% 5% 8% 54%

Administração Geral 67% 0% 0% 33%

Relatorios 22% 11% 11% 56%

Alterar, Eliminar e Truncar Documentos de Arquivo 38% 0% 6% 56%

Requisitos Obrigatórios

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51

A segunda razão para a melhoria de resultados do sistema tem a ver com a utilização de

resposta quantitativa. Como a tabela 10 mostra, em vários capítulos existe uma amostra

significativa de requisitos (média de 14%) que são praticamente ou parcialmente cumpridos.

Isso para além de ser uma das causas da melhoria, apresenta também novos dados para a

avaliação do produto mostrando que existem requisitos que teoricamente podem, com relativa

facilidade em comparação com os outros, ser cumpridos contribuindo assim para um melhor

sistema.

5.3. Análise de Intervalos

Das técnicas estudadas para avaliação de um produto, a análise de intervalos é a menos

rigorosa e formal. Existem vários templates online que exemplificam e ajudam a fazer este tipo

de avaliação mas todos têm algo em comum: são construídos especificamente para cada

projecto. O objectivo da avaliação é claro: perceber onde o software se encontra e onde este

quer estar. Com os resultados das avaliações anteriores não há necessidade de explorar

novamente onde o software se encontra ainda mais quando não existe novo método formal

para o fazer, restando portanto perceber o desenvolvimento que é necessário fazer para atingir

o objectivo final: alinhar o SmartDocs com o MoReq2.

Nesse sentido foi feita uma avaliação focada nos requisitos não cumpridos do MoReq2 de

maneira a apresentar uma lista de propostas de desenvolvimento para o SmartDocs. A

estrutura fixa utilizada para apresentar uma proposta foi a seguinte:

Titulo da Proposta, indicativo da funcionalidade ou desenvolvimento que se pretende

propor.

Requisitos Relacionados, do MoReq2 utilizando as referências da especificação.

Propostas Relacionadas, da lista de propostas indicando uma dependência entre elas

ou que, por questões lógicas, devem ser desenvolvidas conjuntamente.

Peso da Proposta, somatório dos pesos dos requisitos, relacionados com a proposta,

utilizados na avaliação anterior.

Cumprimento da Proposta, somatório das respostas quantitativas dos requisitos,

relacionados com a proposta, utilizadas na avaliação anterior.

Classificação da Proposta, de acordo com a classificação de Swanson (Swanson

1976) estudada no subcapitulo 2.2.

Descrição da Proposta, em linguagem natural apresentando na prática um resumo

dos requisitos da proposta.

A tabela 11 apresenta o resumo da lista final ordenada pelo peso da proposta e com

propostas relacionadas já agrupadas. A barra verde divide a lista de acordo com a classificação

de Swanson (Swanson 1976).

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52

Tabela 11. Lista de propostas de desenvolvimento para o SmartDocs obtida através da análise de intervalos.

A nível de propostas de adaptação, ou sejam que implicam modificações em

funcionalidades actuais, a captura e classificação de documentos e manutenção de permissões

são aquelas que mais modificações impõem o que obviamente resulta num maior peso de

proposta. A proposta de papéis de utilizadores é na verdade uma proposta de perfeição mas é

englobada com a manutenção de permissões, porque para além dos requisitos relacionados

não faz sentido desenvolvê-la sem modificar o actual sistema de manutenção de permissões

do SmartDocs.

Ranking Título da Proposta Requisitos RelacionadosPeso da

Proposta

Cumprimento

da Proposta

Manutenção de Permissões 4.1.2-5; 4.1.19 40 13

Papeís de Utilizadores 4.1.2-4; 4.1.8; 4.1.10; 4.1.20 42 9

2 Captura e Classificação de Documentos

3.3.13; 6.1.1; 6.1.4-7; 6.1.12;

6.1.14-15; 6.1.17-19; 6.1.30;

6.1.33-35; 6.1.37-41

81 14

3 Opções de Pesquisa8.1.6-7; 8.1.21-22; 8.1.25-31;

8.1.3354 8

4 Funções de Digitalização 6.5.9; 6.5.12-13; 6.5.15-22 33 3

5 Manutenção de Palavras-chave no documento 6.1.23-28 23 6

6 Eventos Registados na Rotina de Auditoria 4.2.8; 4.2.11; 4.2.16 20 4

7 Configuração de Identificadores 7.1.5; 7.1.8-10 18 6

8 Captura, Manutenção e Apresentação de de Metadados 3.2.2; 3.2.6-7; 6.1.12 13 6

9 Apresentação e Visualização de Documentos 8.2.2; 8.4.1 9 1

Conceito de Tabelas de Selecção3.4.13; 5.1.1-8; 5.1.10-13;

5.1.15-27; 5.1.29-30;133 0

Funções da Tabela de Selecção5.1.3; 5.1.9; 5.1.14; 5.1.28;

5.1.31-3336 0

Suporte ao Destino dos Documentos 5.2.1-8; 5.3.1-18; 5.3.24 114 0

Funções de Manutenção do Plano de Classificação3.1.25; 3.3.16-17; 3.4.2-3; 3.4.5;

3.4.7-16; 3.4.24; 3.4.28-2990 17

Conceito de Entidades Fechadas/Abertas3.3.4-12; 3.3.18-19; 3.4.10-11;

3.4.20-22; 6.1.4177 3

Importação de Dados 3.1.11-16; 6.2.1-8; 6.5.21 71 7

Copia de Dados 3.1.23-24 16 6

Metadados Automáticos3.2.8;3.2.10; 3.4.12; 6.1.17-18;

6.3.10; 6.3.13; 6.5.19-2056 1

Criação e Manutenção de Relatorios5.3.24; 9.2.1; 9.2.4-7; 9.2.10-14;

9.2.16-17; 9.2.19; 9.2.37-52122 12

Impressão de Dados 8.3.2; 8.3.3-6; 8.3.8-17 65 2

4 Gestão de Correio Electronico 6.3.1-18 69 5

5 Conceito de Pausa Legal 5.1.34-43 34 0

6 Truncar Documento 9.3.10-15; 9.3.17-19 34 0

7 Metadados de Rasto 5.3.19-23 24 0

8 Conceito de Registos Vitais 4.4.1-5 23 0

9 Funções da Rotina de Auditoria 4.2.2; 4.2.5; 4.2.13; 4.2.15 22 0

10 Exportação de Dados 3.1.17-22; 3.2.16 16 6

11 Mecanismo de Salvaguarda e Recuperação 4.3.2-5 16 2

12 Utilização de Vocabulario Controlado 3.2.13-3.2.14; 8.1.16-19 15 0

13 Acesso através de outras aplicações 4.1.21; 6.3.2; 6.3.6 10 0

14 Marcar para Eliminação 9.3.6-7 8 1

15 Conceito de Identificadores Globais 7.2.4-5 4 0

1 Prevenções do Sistema 3.4.19; 8.1.20; 9.3.1; 9.3.3 12 2

Propostas de Adaptação

Propostas de Perfeição

1

3

Propostas de Correcção

1

2

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53

Nas propostas de Perfeição, que consistem na adição de novas funcionalidades ou

conceitos, a proposta mais relevante está relacionada com o capítulo de Retenção e Destino

do MoReq2, que como avaliado anteriormente não tem nenhum requisito cumprido pelo

SmartDocs. Esse facto é determinante na colocação da proposta em primeiro lugar da lista

apesar do aglomerado de propostas em segundo lugar ter um peso maior no seu conjunto.

A única proposta de correcção diz respeito a requisitos que descrevem eventos ou acções

que o sistema deve evitar que aconteçam, como a eliminação de uma pasta por um utilizador

que não é Administrador, e que o SmartDocs não cumpre.

Page 55: Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em · mercado verificou-se a necessidade de definição de boas práticas de SGD, com o objectivo não só de auxiliar quem procura

54

6. Validação dos Resultados

Depois de utilizadas as técnicas estudadas para a avaliação de um produto impõem-se

agora retirar ilações e algumas conclusões sobre o trabalho desenvolvido.

6.1. Avaliação de um Sistema de Gestão de Conteúdos de acordo

com uma especificação de Requisitos

Considerando os três métodos de avaliação e o quadro geral da avaliação feita ao

SmartDocs podemos retirar as seguintes ilações:

1. Todas as avaliações requerem um conhecimento elevado tanto da especificação como

do sistema em avaliação. Quanto maior for o conhecimento de ambos mais rápido e

correcto se torna o processo de decisão nos métodos de avaliação.

2. Tanto a avaliação por lista de verificação e lista ponderada são métodos que demoram

bastante tempo (média de 80 horas para cada) para uma especificação tão extensa

como o MoReq2, no entanto a segunda permite-nos obter um bom volume de dados

conclusivos que a primeira não permite.

3. A análise e compreensão do MoReq2 são vitais para qualquer das avaliações. A

correcção dos resultados na avaliação por lista ponderada é directamente proporcional

à correcção dos pesos dos requisitos, ou seja, depende particularmente da análise da

especificação.

4. O documento produzido na análise de intervalos (lista de propostas) é o que tem mais

valor para uma equipa de desenvolvimento de software, no entanto, seria um processo

muito mais complexo e demorado se não tivesse partido das avaliações anteriores.

Tendo em consideração as ilações tiradas define-se na figura 14 um método de avaliação

para SGC de acordo com uma especificação de requisitos, com as seguintes fases:

Análise de Dados.

o Objectivo: Fase de análise e compreensão do sistema em avaliação e da

especificação de requisitos.

o Objectos de Entrada: Especificação de Requisitos e Sistema.

o Pessoas a Envolver:

Avaliador(es) do processo, de preferência dois ou mais para evitar

subjectividades na avaliação.

Consumidor do sistema e/ou autor da especificação, para ajudar na

compreensão, análise e atribuição de prioridades dos requisitos da

especificação.

Fornecedor do sistema, para ajudar na compreensão e análise do

sistema.

o Técnicas a utilizar: Técnicas de análise e modelação de requisitos e sistemas.

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55

o Objectos de Saída: Lista de verificação baseada na especificação de

requisitos com prioridades já atribuídas.

Figura 14. Diagrama que define o processo de avaliação de um SGC de acordo com uma especificação de

requisitos, e as suas diversas fases.

Avaliação

o Objectivo: Avaliar o sistema de acordo com a especificação de requisitos.

o Objectos de Entrada: Objecto de Saída da fase anterior, ou seja, lista de

verificação baseada na especificação de requisitos com prioridades já

atribuídas.

o Pessoas a envolver: Avaliador(es).

o Técnicas a utilizar: Avaliação por lista ponderada.

o Objectos de saída: Resultados da Avaliação que inclui a lista de verificação

avaliada, dados estatísticos e conclusão dos dados.

Planeamento

o Objectivo: Analisar os requisitos não cumpridos pelo sistema na perspectiva

do seu desenvolvimento.

o Objectos de Entrada: Objecto de Saída da fase anterior, ou seja, resultados

da Avaliação que inclui a lista de verificação avaliada, dados estatísticos e

conclusão dos dados.

o Pessoas a envolver:

Avaliador(es), que irão elaborar a lista de propostas e atribuir

prioridades.

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56

Equipa de Desenvolvimento do Fornecedor, que irão refinar o detalhe

da lista de propostas e poderão fazer uma análise custo/risco da

proposta juntamente com o(s) avaliador(es).

o Técnicas a utilizar: Análise de Intervalos, Análise custo/risco, Análise de

viabilidade das propostas.

o Objectos de saída: Lista de propostas para o cumprimento dos requisitos da

especificação.

6.2. Portal de Gestão de Requisitos de Sistemas de Gestão de

Documentos de Arquivo

Como foi referido no subcapítulo 6.1. a avaliação de um SGDA só tem benefícios na

aproximação das partes interessadas nesta área de negócio. No caso particular desta

dissertação a avaliação foi feita com a colaboração da equipa de desenvolvimento da Fujitsu

que ajudou em muito a análise e compreensão do sistema antes da sua avaliação. No entanto

a Fujitsu é apenas parte interessada no negócio e existem outras que podem contribuir em

muito para o sucesso de todas as partes.

É com esse objectivo em mente, e como consequência da colaboração entretanto

desenvolvida com outro projecto de mestrado de um colega (Veiga 2010), surgiu a

oportunidade de criar um portal para automatizar e auxiliar a gestão de requisitos de SGDA.

Em (Veiga 2010) foi feita uma análise das partes interessadas nos SGDA identificando-se,

nomeadamente as seguintes:

Gestores de especificações. Entidade responsável pelo desenvolvimento de

especificações de SGD como o MoReq, MoReq2, Pro 2002, DoD 5015.2, entre outros.

Fornecedores de software e serviços de gestão de documentos de arquivo, onde

se incluem as empresas responsáveis por produzir este tipo de sistemas, as suas

equipas de desenvolvimento, os gestores de software, analistas de sistemas, entre

outros.

Consumidores de software e serviços de gestão de documentos de arquivo, que

engloba os utilizadores dos sistemas e serviços, as organizações consumidoras e os

seus gestores tecnológicos, consultores/operadores, entre outros.

Legislação e Conformidade. Onde se incluem os legisladores e auditores deste tipo

de sistemas que asseguram que estes cumprem as leis e normas da área de gestão de

documentos de arquivo.

Identificadas as partes interessadas no negócio o portal pretende apresentar uma vista de

negócio para cada uma delas assegurando as funcionalidades necessários para a gestão de

todas. Assim os:

Gestores de especificações e entidades ligadas à legislação e conformidade têm que

ter ao seu dispor funcionalidades para gerir os requisitos do negócio como:

o Criação, alteração e eliminação de requisitos.

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57

o Identificação dos requisitos por categorias e/ou referências internas e externas.

o Ferramenta de estruturação de requisitos que permite a manutenção dos

vários requisitos do portal.

Consumidores de sistemas e serviços de gestão de documentos de arquivo têm de ter

ao dispor duas actividades principais:

o Criação de caderno de encargos, que detalhe o tipo de serviços/sistemas que

procuram através dos requisitos no portal.

o Avaliação de Propostas/Respostas ao caderno de encargos.

Fornecedores de sistemas e serviços de gestão de documentos de arquivo têm de ter

ao dispor também duas actividades principais:

o Representação do sistema/serviço que representam através dos requisitos no

portal.

o Criação de Propostas/Respostas aos cadernos de encargos dos

consumidores.

Com as funcionalidades referidas o sistema permite auxiliar duas actividades principais

recorrentes: a selecção de produtos por parte dos consumidores e a resposta às exigências

dos consumidores por parte dos fornecedores.

Assim foi definido em conjunto com o André que um requisito seria descrito no sistema por

um identificador interno, uma prioridade por defeito, um autor/criador do requisito, descrição e

categoria do mesmo. Todos os campos referidos são obrigatórios na criação de um requisito e

existe ainda o campo opcional notas que permite adicionar qualquer informação que se

considere relevante sobre o mesmo.

O requisito depois de criado deve poder ser apagado, alterado, relacionado com outro

(indicando o motivo e tipo de relação) e/ou dividido, que consiste em criar dois sub-requisitos

que representam uma refinação (ou simplificação) do requisito principal. Dois requisitos podem

ainda ser unidos tornando-se sub-requisitos de um novo requisito principal.

As funcionalidades referidas permitem assim estruturar os requisitos da mesma maneira

que, por exemplo, foi feito para o MoReq2 nesta dissertação.

Tanto os cadernos de encargos como os produtos dos fornecedores são então

representados indicando os requisitos do portal que cumprem, podendo também criar novos

requisitos não existentes na base de dados do portal, e introduzir notas sobre os mesmos.

Essa representação é feita através de uma lista de verificação onde se apresentam os

requisitos disponíveis e são indicados quais os requisitos pretendidos, no caso do caderno de

encargos, e os requisitos cumpridos, no caso do produto do fornecedor. Na criação de um

caderno de encargos é possível ainda definir prioridades (pesos) para cada um dos requisitos

pretendidos.

A avaliação/selecção de produtos foi determinada que ocorreria da seguinte forma:

1. Quando criado um caderno de encargos, o criador ou responsável pelo mesmo tem as

seguinte opções à sua disposição:

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58

a. Tornar o caderno de encargos público no portal permitindo resposta a todos os

fornecedores.

b. Seleccionar quais os fornecedores registados no portal a que pretende divulgar

o caderno de encargos.

c. Converter o caderno de encargos em documento (formato PDF, Word,

OpenOffice, etc) e divulgá-lo pelos meios que considerar adequados.

2. Tirando a hipótese 1.c. todas as outras podem dar origem a uma resposta de um

fornecedor. O responsável, ou responsáveis, pelo produto do fornecedor tem as

seguintes hipóteses de resposta:

a. Responder directamente ao caderno de encargos, que implica seleccionar quais

os requisitos que o seu produto cumpre, podendo adicionar notas sobre cada

um dos requisitos.

b. Se tiver um produto representado no portal, pode optar por fazer uma avaliação

automática e responder com base nela. A avaliação automática é feita

comparando os dois conjuntos de requisitos (caderno de encargos e produto) e

seleccionando automaticamente os que são cumpridos. Depois da avaliação o

responsável pelo produto tem ainda a opção de adicionar mais requisitos

cumpridos não identificados no processo e acrescentar detalhes à sua

representação do produto.

c. Converter o caderno de encargos em documento e responder da maneira e

pelos meios que considerar adequados.

3. As respostas dos fornecedores são enviadas ao consumidor, responsável pelo caderno

de encargos, que pode então tomar uma decisão sobre o produto a contratar com base

nos dados fornecidos.

Para além das funcionalidades já referidas todos os utilizadores do portal têm que se

autenticar para o poder utilizar e possuem um sistema de pesquisa de requisitos para auxiliar

na gestão e selecção dos mesmos.

Com as funcionalidades do portal os fornecedores têm não só uma oportunidade de

divulgação dos seus produtos e um meio central para responder às exigências dos seus

consumidores, como têm uma base de dados de requisitos que pode ser usada como base

para a evolução do seu software.

Infelizmente à data de conclusão deste relatório de dissertação o portal não tem ainda todas

as funcionalidades implementadas faltando principalmente o processo de resposta aos

cadernos de encargos. As funcionalidades de gestão de requisitos e representação de um

caderno de encargos e produtos estão feitas mas encontram-se ainda em fase de testes pelo

que seria prematuro dá-las como concluídas. O portal encontra-se temporariamente disponível

em http://web.ist.utl.pt/~ist155406/RMPortal/index.php.

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59

7. Conclusões e Trabalho Futuro

Esta dissertação teve como objectivo final compreender o estado da arte da avaliação de

software de maneira a poder propor um processo de avaliação especifico para SGC de acordo

com especificações de requisitos. O objectivo foi atingido e considera-se que o trabalho

realizado para atingir esse propósito é útil e cria novos temas de desenvolvimento e

investigação. As conclusões retiradas dos métodos de avaliação permitem que o sistema em

análise (SmartDocs) principie um processo de desenvolvimento com visto uma evolução e um

alinhamento com os requisitos do MoReq2. A reestruturação do MoReq2 permite obter uma

nova vista dos requisitos da especificação, o que pode facilitar não só a sua utilização como

também o seu processo de análise. O resultado final permite estruturar um processo que se

prevê recorrente nas organizações que pretendem que os seus SGC estejam alinhados com

especificações de requisitos.

A área de avaliação de software, tal como referido no capítulo 2, é bastante extensa e

antiga e existe um conjunto grande (mais de 15000) de artigos, trabalhos e projectos

publicados sobre a mesma. No entanto a maior parte dos artigos centram-se no

enquadramento e importância da avaliação de software como fase crucial do processo de

desenvolvimento e evolução de um software, e no que diz respeito a técnicas de avaliação a

utilizar estas baseiam-se principalmente em técnicas de decisão pouco formais e definidas

utilizando varios produtos de software. Os artigos encontrados poucas vezes referem a análise

de requisitos como meio de avaliação dando muitas vezes a entender que a gestão de

requisitos e a aplicação destes é única e exclusivamente utilizada no desenvolvimento do

software e não na sua evolução. Inclusive tal como referido no subcapítulo 2.3 as técnicas de

avaliação utilizadas nesta dissertação são normalmente utilizadas com objectivos diferentes da

avaliação de um sistema de acordo com uma especificação de requisitos. As listas de

verificação e listas ponderadas são tipicamente utilizadas para ajudar no processo de decisão e

selecção de um produto de acordo com um conjunto de produtos a analisar, visto que

apresentam resultados que mesmo sem posterior análise podem ser usados para comparar

produtos de acordo com uma pontuação ou resultado quantitativo.

Esses factos foram o maior problema no desenvolvimento deste projecto de mestrado mas

são também os que dão mais valor científico aos resultados obtidos. Tendo conhecimento que

existe pouca investigação para este problema específico e que existe áreas de negócio em que

esse conhecimento pode ser aplicado, a solução encontrada tem valor, pelo menos, em última

instância como ponto de partida. O projecto de mestrado de (André Veiga, 2010) no qual

colaborei é um exemplo claro de varias áreas de negocio com varias perspectivas (evolução de

software, gestão de especificação de requisitos e selecção de software) em que a solução aqui

apresentada pode ser utilizada.

Existem no entanto aspectos que podem ser melhorados nas fases identificadas da solução

proposta (análise, avaliação e planeamento):

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A análise tanto do sistema como da especificação usada não foi baseada em nenhuma

técnica formal. O conhecimento das funcionalidades do SmartDocs foi obtido por

experimentação, leitura dos manuais do produto e acções de formação para utilizadores

contando sempre com a ajuda e disponibilidade da equipa de desenvolvimento do produto

para o esclarecimento de qualquer dúvida. Para a análise do MoReq2 foram utilizados

diagramas que categorizam os requisitos da especificação (referidos no capítulo 4 e

apresentados no anexo I), e a leitura tanto da especificação como de artigos de análise à

mesma. Apesar de nenhum dos métodos poder ser considerado errado visto que cumpre o

objectivo de dar a conhecer os elementos a utilizar ao avaliador, a não existência de

actividades definidas para essa análise e obtenção de conhecimento, acentua o problema

da subjectividade da avaliação. Um trabalho a desenvolver seria a criação de um processo

de análise bem definido que garantisse que o avaliador compreendeu totalmente todos os

aspectos da especificação e do produto em estudo.

Tal como referido no capítulo anterior a correcção dos resultados na avaliação por lista

ponderada é directamente proporcional à correcção dos pesos dos requisitos, ou seja,

depende particularmente da análise da especificação. No caso específico deste projecto de

mestrado a atribuição de pesos foi feita com base numa reestruturação da especificação de

requisitos tendo em conta as dependências entre eles e uma categorização dos mesmos.

Um trabalho a realizar principalmente nas futuras versões do MoReq e outras

especificações de requisitos seria a criação de diversas perspectivas dos requisitos que

permitisse não só facilitar a priorização destes, as suas dependências e as áreas que estes

abrangem.

Reconhecendo também o valor e utilidade do portal para a gestão de requisitos de SGDA

seria importante terminar o projecto e disponibiliza-lo online visto que, apesar do valor do

conceito, este só terá significado com a utilização e aderência das partes interessadas dos

processos de negócio visados.

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61

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ANEXO I – DIAGRAMAS DE MODELAÇÃO DOS REQUISITOS DO MOREQ2

Cada diagrama representa um subcapítulo do MoReq2 cujo nome se encontra no canto superior esquerdo de

cada diagrama.

3. CLASSIFICATION SCHEME AND FILE ORGANISATION

custom Configuring the Classification Scheme

3.1.11 Import/Export ::

MoReq2 XML Schema

3.1.1 Organization

Compatible

3.1.2 Internal Integrity

3.1.3 Identifier, Title and

Description

3.1.4 Hierarchy of Classes.

3.1.5 Administration

Management

3.1.6 User Management

3.1.7 Number of Levels

3.1.9 Titl ing Mechanism

3.1.10 Textual Scope Notes

3.1.12 Import ::

Classification Scheme

3.1.13 Import :: Retention

Schedules & Audit Trails

3.1.14 Import :: Exception

Report

3.1.15 Import :: Hierarchical

Code

3.1.16 Import :: Validation

Rules

3.1.17 Export ::

Classification Scheme

3.1.18 Export :: Select

Metadata3.1.19 Export :: Select

Retention Schedules

3.1.20 Export :: Select Audit

Trail3.1.21 Export ::

Documentation

3.1.22 Export :: XML

3.1.23 Copy :: Classification

Scheme3.1.24 Copy :: Retention

Schedules

3.1.25 Add Classes

3.1.26 Multiple Classification

SchemesCopying All or Part of the

Classification Scheme

Export All or Part of the Classification

Scheme

Import All or Part of the

Classification Scheme

3.1.8 Classification Scheme

Creation

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req Classes and Files

Use of Controlled Vocabulary TermsInherited Metadata

Classes and Files Metadata

Title and Classification Code

3.2.1 Capture, Mantain and

Present Metadata

3.2.2 Restrict the ability to

add Metadata

3.2.3 Hierarchical

Classification Code

3.2.4 Title

3.2.5 Use of Classification

Code and Textual File Title

3.2.6 Configure

Classification Code3.2.7 Configuration of

Classification Code

3.2.8 Date of

Opening/Closing Class or

File

3.2.9 Date of Creation of

a Class, File, Sub-File or

Volume

3.2.10 Inherited Metadata

3.2.11 Modify inherited

Metadata

3.2.12 All child inherit

Metadata

3.2.13 Controlled

Vocabulary Terms

compliant to ISO 2788

3.2.14 Controlled

vocabulary terms

compliant to ISO 5694

3.2.15 No Number Limit

of Classes or Files

3.2.16 Export a l ist of all

Files

3.2.17 Configura a Class

to store Records

custom Volumes and Sub-Files

Delete Volume

Open/Close Volumes

Create Volumes and/or Sub-Files within Files

3.3.1 Ability to create

Sub-Files and/or Volumes

3.3.2 Allow only Sub-Files

within Files3.3.3 Allow only Volumes

within Files

3.3.4 Open/Close Volumes

3.3.5 Prevent adding

Records to closed Volumes3.3.6 Add Volume to

Sub-File not closed3.3.7 Add Sub-Files to File

not closed

3.3.8 Close Sub-File3.3.9 Date of Volume or

Sub-File Opening

3.3.10 Common parent fi le's

metadata

3.3.11 Identifier of Volume

3.3.12 Volume Close Date

3.3.13 Most recently created

volume

3.3.14 Creation of Multiple

open Sub-Files

3.3.15 Delete an Empty

Volume

3.3.16 Delete and re-open

Volumes

3.3.17 Template of

Sub-Files

3.3.18 Automatically close

sub-fi les

3.3.19 Allow Users to close

Volumes

exclusive

exclusiveexclusive

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req Maintaining the Classification Scheme [Maintaining the Classification Scheme] ...

Other Maintance OperationsMaintaining Classification Scheme Operations

Copy RulesRellocate & Copy RulesRellocate Rules

3.4.1 Relocate a Class

3.4.2 Combine two Classes 3.4.3 Divide a Class

3.4.4 Copy a Class

3.4.5 Classes reclassified

3.4.6 Relocate, divide,

combine and copy without

import and/or export

3.4.7 Relocato or copy

according to the rules

3.4.8 Rellocate Records with

Classes and/or Files

3.4.9 Copy Records with

Classes and/or Files

3.4.10 Mantain Close Status

while Relocating

3.4.11 Close or reference

open Files3.4.12 Inheritance in

relocation

3.4.13 Apply inheritable

Retention and Disposition

Schedules during relocation or

copy

3.4.14 Reason for relocation

or copying

3.4.15 Log status prior to the

relocation or copying

3.4.16 Log values of their

metadata pior to the

relocation

3.4.17 Mark as inactive

3.4.18 Delete an empty class

3.4.19 Prevent deletion of File

and contents

3.4.20 Allow File to be Closed

3.4.21 Close Volume

automattically

3.4.22 Equal visualization of

Open and Close entities

3.4.23 Cross-references

between Files

3.4.24 Multiple entries of

Records without duplication

3.4.25 Reporting tools

3.4.26 Ad hoc reports of

activity

3.4.27 Navigate throught

context and parents

3.4.28 Reason for changing

keyword

3.4.29 Clear trace of

Keywords

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4.Controls and Security

req Acess [Acess]

Acess Denied

Profile Acess Rights

Administrator Remote Acess

Administrator can create rules and roles

Administrator Groups, Roles and Lists Rights

Administrator Acess Rights4.1.1. Only authorised users

4.1.2 Administrator allocate

acess

4.1.3 No limit to number of

roles or groups

4.1.4 Administrator maintain

permissions

4.1.5 Administrator can

restric/denie acess

4.1.6 Acess throught

integrated network log-on

4.1.7 Administrator

add/remove users from

roles/groups

4.1.8 Administration rights

over Classification Scheme

4.1.9 Mark user as inactive

4.1.10 Define same access

rights to user roles as for

users

4.1.11 Selecions of access

across roles

4.1.12 Administrator set up

and mantain groups of users

4.1.13 User can be member

of zero or more groups

4.1.14 Administrator can set

ad hoc lists of users

4.1.15 Systems functions only

to Administrator

4.1.16 Administrator set up

users profiles

4.1.17 User with ownership

can set acess

4.1.18 Only Administrator

make changes to groups,

roles or users profiles

4.1.19 Administrator can set

up and manage rules of

acess

4.1.20 Administrator can

create roles

4.1.21 Administrator can

provide acess throught

another application system

4.1.22 Only show records with

acess in a search result

4.1.23 ERMS must have

different responses to access

denied

4.1.24 Acess denied

response is set on classes

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req Audit Trails [Rotinas de Auditoria]

Audit Trail Search

Audit Trail Data

Audit Trail Parameters

Unalterable Audit Trail

4.2.1 The ERMS must

keep and unalterable

audit trail

4.2.2 Audit trail data can

be transfer out of the

ERMS maintaining integrity

and structure

4.2.3 Audit Trail must log

any acess

4.2.4 The audit trail

parameters configurable

4.2.5 All changes to audit

trail parameters must be

logged

4.2.6 Track actions

automatically after audit

trail set of parameters

4.2.7 Preserve Audit Trail

4.2.8 All actions performed

in entities of the

classification scheme must

be logged

4.2.9 Changes to

metadata must be logged

4.2.10 Annotation and

amendment to a record

must be logged

4.2.11 Changes to

Administrative parameters

must be logged

4.2.12 Audit Trail always

available for inspection

4.2.13 Allow authorised

users to search for

information in audit trail

4.2.14 Search of Audit

Trail must include specified

events, objects, users,

groups, etc

4.2.15 Export specified

parts of the audit trail

4.2.16 ERMS must

capture and store acess

violation

req Backup and Recov ery [Backup and Recov ery] ...

Backup and Recovery

4.3.1 ERMS must provide

automated backup and

recovery procedures

4.3.2 Administrator schedule

backup routines

4.3.3 Administrator can

restore backups

4.3.4 After a restore system

must have full integrity of the

data

4.3.5 Only administratores can

set checkpoints and database

roll-forwards

req Vital Records [Vital Records]

Vital Records Backup and Recover

4.4.1 ERMS must have the

concept of "vital records"

4.4.2 ERMS must have extra

backup to vital records

4.4.3 After recover of "vital

backup" system must be fully

operational

4.4.4 ERMS must have two

methods of restoring

4.4.5 Records can be

marked as no longer vital

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5.Retention and Disposition

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req Reav aliação [Reav aliação] ...

Review Process5.2.1 Administrator must be notified

of retention and dispositions

schedules wich will come into force

5.2.2 ERMS must support the

review process presenting all the

information to be reviewed

5.2.3 ERMS apply disposition

actions simultaneously in all

different renditions of a record

5.2.4 A reviewer can mark for

destruction, transfer, further review

or infinite retention

5.2.5 Date of review must be

logged

5.2.6 Reviewers can enter reasons

of review decisions

5.2.7 ERMS must keep an

unalterable history of review

decisions including reasons

5.2.8 If an entitie refered by

another one is about to be

destroyed the administrador should

be notified

req Transferência, Exportação e Eliminação [Transferência, Exportação e Eliminação]

Metada Stub

Transfer Process

Data Transferred or Exported

Export Process

5.3.1 Export Records

compliant with MoReq2

XML Schema

5.3.2 In a transfer or

export all components

must go with the record

and preserve their

relantionships

5.3.3 ERMS must have a

transfer process

5.3.4 Export Records in

form of a submission

information package as

defined by OAIS standard

5.3.5 When

transfering/exporting all

content "below" in

classification scheme must

go along

5.3.6 All implicit metada

must be explicit in a export

or transfer process

5.3.7 The retention and

disposition schedules

must be exported or

transfered along or printed

explicited

5.3.8 The access rights

must be exported or

transfered along or printed

explicited

5.3.9 In a transfer or

export the content,

structure, components

and links are preserved

5.3.10 If one of the record

exported or transfered has

a pointer then the content

pointed must also go

along

5.3.11 In a transfer or

export the format of a

record must be preserved

5.3.12 In a transfer or

export the format of

renditions must be

preserved

5.3.13 ERMS can migrate

transfered or exported

records to another format

5.3.14 ERMS must retain

all data being transferred

until confirmation of a

successful transfer

5.3.15 ERMS must delete

all data transfered after

confirmation except

metada retained as stub

5.3.16 ERMS exported

classes preserve relative

location and can rebuild

the whole parent class

branch

5.3.17 ERMS can add

user-defined metadata

elements for achival

management purposes

5.3.18 ERMS must ensure

complete destruction of a

record

5.3.19 ERMS must have

the ability to retain a

metadata stub for entities

wich have been destroyed

or transferred

5.3.20 Metada Stub

includes date,

classification code, title,

description, user

responsible, reason and

references

5.3.21 Administrator can

specify more metada as

stub

5.3.22 Metadata stubs

can also be exported

along with records.

5.3.23 Information can be

exported more than once

5.3.24 ERMS must

provide a report after

information transfer or

export

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6.Capturing and Declaring Records

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req Bulk Importing [Bulk Importing]

Bulk Import

6.2.1 ERMS must

be able to bulk

import records

consistent with

MoReq2 XML

schema

6.2.2 ERMS must

be ablte to

capture

transactional

records

generated by

other systems

6.2.3

Automatically

capture metadata

in a bulk import

6.2.4 ERMS

needs to validade

metadata in a

bulk import just

l ike manual

capture

6.2.5 Audit Trails

can be imported

along with

imported records

6.2.6 The audit

trails imported in

6.2.5 dont go to

the audit trail of

the ERMS

6.2.7 ERMS must

manage input

queues

6.2.8

Administrator can

choose to close

the enitities

imported

req e-Mail Management [e-Mail Management]...

Methods to Capture E-mails

Metadata of Captured E-mails

6.3.1 A captured e-mail

must retain header

information

6.3.2 The capture of a

e-mail can be done within

the e-mail application

6.3.3 The ERMS must be

totally configurable about

capturing sent mails

6.3.4 The ERMS must be

totally configurable about

capturing received mails

6.3.5 ERMS must

automatically support the

extraction of metada in

outgoing and incoming

mails

6.3.6 User can capture

an e-mail by dragging it

from an e-mail client to

the ERMS

6.3.7 User can select if

he wants just the e-mail,

just the attachments or

both

6.3.8 Records and

attachments captured

separately must be linked

6.3.9 When capturing a

attachment only the user

needs to enter metadata

for it

6.3.10 The title of an

e-mail record must be by

default the subject of the

e-mail

6.3.11 A user capturing

an e-mail can edit the

record title

6.3.12 If a user captures

a delivery status

notification report the

ERMS should link it to the

respective e-mail record

6.3.13 Metadata of

e-mails and attachments

must be captured

automatically

6.3.14 User can set date

sent and date received of

an e-mail record

6.3.15 A user can

capture several e-mails in

one action

6.3.16 The ERMS should

capture automatically an

e-mail type specified by a

user

6.3.17 Users can save

proprietary format mails in

open formats

6.3.18 ERMS should

capture display names

rather than address fields

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7.Referencing

req Record Types [Record Types]

Record Types

6.4.1 Records

types can be

defined and

mantain

6.4.2 All records

must have exactly

one record type

6.4.3 Definition

and maintenance

of record types is

exclusive to

Administrators

6.4.4

Administrator can

restricte the

creation of record

types to specified

group of users

6.4.5

Administrator can

define a record

type as default

who can be used

by all users

req Scanning and Imaging [Scanning and Imaging]

Annotation Funcionality

OCR Funcionality

Scanning Solution

6.5.1 At least one

scanning solution can

be integred

6.5.2 The scanning

solution should support

monochrome and colour

scanning

6.5.3 Scanning result

must be in standard

formats

6.5.4 Scanning feature

must be capable of

saving images at

different resolutions

6.5.5 Scanning feature

should be capable of

saving images in colour

or greyscale

6.5.6 Scanning feature

must handle at least A4

and A3 paper format

6.5.7 Scanning feature

should have OCR

6.5.8 When OCR is

present it must be able

to treat image and text

as a single record

6.5.9 When OCR is

present it must allow full

text search

6.5.10 ERMS should

identify single

documents in a bulk

scanning process

6.5.11 Scanning feature

must be able to send

scanned images to a

queue after scanning

6.5.12 ERMS should

support inspection of

scanned images

6.5.13 Administrator can

set a threshold for image

information

6.5.14 ERMS can have

different set-up scanning

parameters for different

document types

6.5.15 User can

annotate images

6.5.16 Anotation of

images cant be changed

or removed

6.5.17 Annotations must

have identity of user,

time and date, attached

6.5.18 A scanning

session should be

logged

6.5.19 ERMS should

automatically capture

relevant metadata when

scanning

6.5.20 ERMS should

have automated

classification based on

metadata that was

automatically captured

6.5.21 ERMS should be

capable of bulk import

scanned imagens and

their metadata

6.5.22 Thumbnails of

scanned imagens

should be display to hel

navigation and search

6.5.23 Users can

capture scanned images

as records

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req Classification Codes [Classification Codes]

Manual/Automatic Classification Codes

Fully-Qualified Classification Codes

Classification Codes

7.1.1 Classes, Files, Sub-Files,

Volumes, Records and

Components must have a

Classification Code

7.1.2 The Fully-Qualified

Classification Code is unique

within a classification scheme

hierarchy

7.1.3 After a realocation the

Fully-Qualified Classification

Codes and Classification

Codes must be unique

7.1.4 Classification Codes must

be stored as metadata

7.1.5 Administrator can

configure the Classification

Codes

7.1.6 Fully-Qualified

Classification Codes must

consist in several Classification

Codes separated by a

separator character

7.1.7 Separator character can

be selected from a list

7.1.8 Administrator can

configure the system to accept

manual or automatic

Classification Codes

7.1.9 ERMS must generate

next sequence number in

Classification Code

7.1.10 ERMS must validate a

Classification Code inputed by

a user

req System Identifiers [System Identifiers]

System Identifiers

7.2.1 All Classification Schemes,

Classes, Files, Sub-Files,

Volumes, Records, redactions,

retention and disposition

schedules and document hava a

system identifier.

7.2.2 The System Identifier must

be unique in the classification

scheme and ERMS instance

7.2.3 Metadata elements can

refer to entities by their system

identifiers

7.2.4 System Identifiers should be

globally unique

7.2.5 ERMS should use the UUID

algorithm to generate globally

unique system identifiers

7.2.6 Users never enter any

System Identifier for any ERMS

function

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8.Searching, Retrieval and Presentation

req Search and Retriev al [Search and Retriev al] ...

Result DisplayThesaurus Use

Search Terms8.1.1 ERMS search function

only shows result who have

security clearance to the user

8.1.2 Users can search all

entities of the Classification

Scheme

8.1.3 Users can specify any

combination of metadata

elements as search terms

8.1.4 Users can specify wich

type of entity they are

searching

8.1.5 Search function should

appear the same to users

regardless of entity search

8.1.6 Users can search text

content of records

8.1.7 Search can be used as

part of declaration process

8.1.8 User can use any

combination of metadata

elements and/or textual

record content in a search

8.1.9 Seach should operate

in an integrated and

consistent manner across

both record content and

metadata

8.1.10 A search must present

the number of result and how

many are being displayed

8.1.11 Users can re-fine a

search without having to

re-enter search criteria

8.1.12 Administrator can

configure the elements shown

to diference results of a

search

8.1.13 Search function can

use Boolean operator

8.1.14 Users can search

keywords

8.1.15 Keyword terms search

can be selected from

controlled vocabularies

8.1.16 ERMS should have a

thesaurus to search by

concept

8.1.17 When using thesaurus

for concept searching it

should be compliant with at

least ISO 2788 and ISO 5964

8.1.18 If thesaurus compliant

with ISO 2788 or ISO 5694 is

being used the ERMS should

use full features

8.1.19 Administrator is

responsable to mantain

thesaurus

8.1.20 Keywords can only be

changed by an Administrator

8.1.21 ERMS should support

partial match of search term

8.1.22 ERMS should support

word proximity searching

8.1.23 Users can limit the

scope of any search

8.1.24 When retrieving a

entity it most show all

contents and contextual

metadata associated

8.1.25 ERMS must behave in

an identical manner when

searching regardless of

location of results

8.1.26 Users can save and

re-use search terms

8.1.27 Users can share saved

search terms

8.1.28 Users can specify time

intervals in calendar

8.1.29 Time intervals in

search should be specified

either as dates or in natural

language

8.1.30 Administrator can

configure display of search

results

8.1.31 ERMS should provide

implicit or explicit relevance

ranking of the search results

8.1.32 When a result is a

redaction the ERMS should

relate the record from wich it

has generated

8.1.33 ERMS can set other

search engine other than the

default one

req Presentation: Displaying Records [Presentation: Displaying Records]

Displaying Records

8.2.1 ERMS must

be able to

present the

contents of

Classification

Scheme entities

by a mouse click

or keystroke

8.2.2 ERMS

should be able to

present records

even if the

software

associated with

them are not

present

8.2.3 The ERMS

should be able to

present records in

a way that

original visual

presentation is

preserved and all

component are

together

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req Presentation: Printing [Presentation: Printing]

Printable Elements

Printing Configuration

8.3.1 ERMS must be able to print the

content of records and metadata

8.3.2 ERMS can print all or specified

metadata

8.3.3 ERMS must allow multiple

record printing in one operation

8.3.4 Users can create a summary of

selected metadata for selected

aggregations of records

8.3.5 Administrator can choose

metadata default that are printed with

a record

8.3.6 Users can amend the dafault

metada elements that are appended

to printouts

8.3.7 Users can print results of a

search

8.3.8 Administrator can print all or

selected administrative parameters

8.3.9 Administrator can print retention

and disposition schedules

8.3.10 Administrator can print

thesaurus

8.3.11 ERMS can print a l ist of each

controlled vocabulary

8.3.12 ERMS should be able to

export a l ist of each controlled

vocabulary

8.3.13 When controlled vocabulary is

a thesaurus ERMS should print all

terms and relationships

8.3.14 Authorised user can print all or

part of the Classification Scheme

8.3.15 User can specify the content

and format of the printed

Classification Scheme

8.3.16 Administrator can print a l ist of

all fi les classified against a specified

class

8.3.17 User can specify the

sequence, content and format of the

printed list of fi les from specified class

8.3.18 Administrator can print all or

parts of audit trails

8.3.19 ERMS printings must preserve

the layout and include all printable

components of a record

req Presentation: Other [Presentation: Other]

8.4.1 ERMS must include features for

presenting and outputting to appropriate

media, records wich cannot be printed

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9.Administrative Functions

req General Administration [General Administration]

Administration Responsabilities

9.1.1 Administrator can retrieve,

display and re-configure system

parameters and settings

9.1.2 Administrator can allocate

functions to users and roles

and alocates users to roles

9.1.3 Administrator must be

warned when available storage

is below a level set at

configuration time

9.1.4 If ERMS supports error

rate reporting then

Administrator should be warned

about excessive error rate

9.1.5 Administrator can easily

move users between user

groups and roles

req Reporting [Reporting]

Retention and Dispostion Schedules ReportsReport Configuration

Types of Reports

9.2.1 Administrator can

produce periodic reports

and specify ad hoc reports

9.2.2 ERMS must include

features to print, visualize

and store reports

9.2.3 User can capture a

report as a record

9.2.4 Reports should

covered a specified date

range or time interval

9.2.5 ERMS must allow

sorting and selecting

information included in

reports

9.2.6 ERMS should have

features for totall ing and

summarising report

information

9.2.7 ERMS should have

graphical reporting

9.2.8 Reports requests can

be saved for future re-use

9.2.9 Reports can be

exported for use in other

application

9.2.10 ERMS must have

reports on total number and

location of several

combinations of entities

9.2.11 ERMS must have

reports about rate of

capture, retrieval and

creation

9.2.12 If ERMS have a

document management

then must able to provide

reports about it

9.2.13 Reports can be

specified to cover only part

of the system, specified

users or/and specified dates

9.2.14 ERMS should have

reports on actions sorted by

user, workstation and

network address

9.2.15 Reports described in

9.2.11 should cover

specified time interval

9.2.16 ERMS must have

reports l isting fi les, sub-fi les

and volumes for all or part

of the classification scheme

9.2.17 ERMS must have

report about system storage

in use and available

9.2.18 ERMS must have

reports on the audit trail

9.2.19 Administrator can

produce audit trails reports

based on security

categories, user groups or

other metadata

9.2.20 ERMS must have

reports on the outcome of a

disposition process

indicating any failure

9.2.21 ERMS must have

reports on the outcome of

an export process indicating

any failure

9.2.22 ERMS must have

reports on disposition

activity indicating disposition

actions that are overdue

9.2.23 Administrator can

restrict acess to selected

reports

9.2.24 Administrator can

produce report on

attempted acess control

and other security policy

violations

9.2.25 Administrator should

be able to specify the

frequency of retention and

disposition schedule, the

information reported and

highlighting exceptions9.2.26 ERMS should have

reports of records about to

be reviewed 9.2.27 ERMS should

support reporting and

analysis tools for the

management of retention

and disposition schedules

9.2.28 ERMS should

accumulate statistics of

review decisions and

provide reports about it

9.2.29 ERMS should

accumulate statistics of the

imposition and lifting of

disposal holds and provide

reports about it

9.2.30 ERMS must have

report about any failure

during a transfer, export,

destruction or deletion

9.2.31 ERMS must have

report about any failure

during an importation

9.2.32 ERMS should

support the import process

by tracking and reporting on

its progress and status

9.2.33 ERMS should be

able to sort fi les selected for

transfer into ordered lists

according to selected

metadata 9.2.34 ERMS should be

able to produce

user-defined reports

describing fi les and records

being exported or

transferred

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req Changing, Deleting and Redacting Records [Changing, Deleting and Redacting Records]

System Configuration

Redaction

Administrator Rights and Responsability

9.3.1 ERMS must

have

configuration that

prevent any

record from being

deleted or moved

even by

Administrators

9.3.2 ERMS must

have

configuration that

allow deleting

and moving a

record

9.3.3 If option

9.3.1 is selected

then ERMS

simulates deletion

and copies or

moves records in

relocation

9.3.4 If option

9.3.2 is selected

then ERMS really

delet and move

the record

9.3.5

Administrator can

delete Classes,

Files, Sub-Files,

Volumes and

Records

9.3.6 Users can

mark Classes,

Files, Sub-Files,

Volumes and

Records as

candidates for

deletion

9.3.7 A deletion

implies logging,

reporting,

deleting, ensure

that ERMS stays

consistent, warn

about l inks to

other fi les and

maintain integrity

of the metadata

9.3.8

Administrator can

change any

user-entered

metadata

9.3.9 All changes

to metadata must

be logged

9.3.10

Administrator can

create one or

more redactions

of a record

9.3.11 ERMS

must allow

removal or hiding

of sensitive

information within

a redaction

9.3.12 During

redaction creation

date, time and

creator must be

stored in

redaction and

record metadata

9.3.13 During

redaction creation

user must enter a

reason to be

stored in record

and redaction

metadata

9.3.14

Redactions

should be

considered

records and be

classified in the

same

aggregation

9.3.15 During

redaction creation

metadata can be

copied from

record

9.3.16 ERMS

should enable

amendment of

selected metdada

values to users

with permission

9.3.17 Records

and redaction

should be

cross-reference

9.3.18 In a record

user can see all

the redactions

made from that

record

9.3.19 In a

redaction, user

can see the

original record

9.3.20 Any

change made as

result of any

requirement in

this section must

be logged

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ANEXO II – RESULTADOS QUANTITATIVOS COMPLETOS DA AVALIAÇÃO

POR LISTA DE VERIFICAÇÃO.

Tabela 1. Resultados da avaliação por lista de verificação discriminados pela obrigatoriedade dos requisitos.

mero

de

Req

uis

ito

s

Req

uis

ito

s

Cu

mp

rid

os

Req

uis

ito

s

Cu

mp

rid

os (

%)

mero

de

Req

uis

ito

s

Req

uis

ito

s

Cu

mp

rid

os

Req

uis

ito

s

Cu

mp

rid

os (

%)

mero

de

Req

uis

ito

s

Req

uis

ito

s

Cu

mp

rid

os

Req

uis

ito

s

Cu

mp

rid

os (

%)

Plano de Classificação e Organização de Pastas 72 21 29% 19 11 58% 91 32 35%

Configuração do Plano de Classificação 19 5 26% 6 5 83% 26 10 38%

Classes e Pastas 12 6 50% 5 1 20% 17 7 41%

Volumes e Sub-Pastas 18 5 28% 1 0 0% 19 5 26%

Gestão do Plano de Classificação 22 5 23% 7 5 71% 29 10 34%

Segurança e Controlo 45 22 49% 5 1 20% 50 23 46%

Acesso 21 13 62% 3 0 0% 24 13 54%

Rotina de Auditoria 15 8 53% 1 1 100% 16 9 56%

Salvaguarda e Recuperação 5 1 20% 0 0 - 5 1 20%

Documentos de Arquivo Vitais 4 0 0% 1 0 0% 5 0 0%

Retenção e Destino 61 0 0% 14 0 0% 75 0 0%

Tabelas de Selecção 34 0 0% 9 0 0% 43 0 0%

Revisão do Destino 7 0 0% 1 0 0% 8 0 0%

Transferência, Exportação e Eliminação 20 0 0% 4 0 0% 24 0 0%

Captura e Declaração de Documentos de Arquivo 63 29 46% 32 7 22% 95 36 38%

Captura 26 13 50% 15 1 7% 41 14 34%

Importação em Bloco 8 0 0% 0 0 - 8 0 0%

Gestão de Correio Electronico 15 5 33% 3 0 0% 18 5 28%

Tipos de Documentos de Arquivo 5 5 100% 0 0 - 5 5 100%

Imagens e Digitalização 9 6 67% 14 6 43% 23 12 52%

Referenciação 12 9 75% 4 1 25% 16 10 63%

Codigos de Classificação 8 5 63% 2 1 50% 10 6 60%

Identificadores de Sistema 4 4 100% 2 0 0% 6 4 67%

Pesquisa, Recuperação e Visualização 34 17 50% 22 5 23% 56 22 39%

Pesquisa e Recuperação 19 11 58% 14 4 29% 33 15 45%

Apresentação: Visualização de Documentos de Arquivo 1 1 100% 2 1 50% 3 2 67%

Apresentação: Impressão 13 5 38% 6 0 0% 19 5 26%

Apresentação: Outros 1 0 0% 0 0 - 1 0 0%

Funções Administrativas 36 13 36% 23 4 17% 59 17 29%

Administração Geral 3 2 67% 2 1 50% 5 3 60%

Relatorios 17 4 24% 17 2 12% 34 6 18%

Alterar, Eliminar e Truncar Documentos de Arquivo 16 7 44% 4 1 25% 20 8 40%

Requisitos Obrigatórios Requisitos Opcionais Total

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ANEXO III – REESTRUTURAÇÃO DO MOREQ2 SEGUNDO OS DIAGRAMAS

DE ANÁLISE DO ANEXO I

Todas as tabelas de reestruturação apresentam a mesma estrutura fixa com os campos:

Referência original, do MoReq2.

Mudança, indicação da mudança no requisito que pode ser:

o Requisito Principal, o requisito passa a ser um requisito principal.

o Sub-Requisito, o requisito passa a ser um sub-requisito.

o Novo Requisito Principal, introdução de um novo requisito na especificação.

o Não, não há alteração do nível do requisito.

Nova Referência, de acordo com a nova estruturação e identificativa das relações entre requisitos principais

e sub-requisitos.

Descrição do Novo Requisito.

Cada tabela corresponde a um subcapítulo do MoReq2 e são apresentadas pela mesma ordem (para facilitar a

análise, usam-se nos títulos das secções os mesmos termos originais em Inglês usados do documento de referência

do MoReq2).

3. Classification Scheme and File Organisation

3.1. Configuring the Classification Scheme

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

3.1.1 Não -

3.1.2 Não -

3.1.3 Não -

3.1.4 Não -

3.1.5 Não -

3.1.6 Não -

3.1.7 Não -

3.1.8 Não -

3.1.9 Não -

3.1.10 Não -

3.1.11 Não -

3.1.12 Requisito Principal 3.1.12.0

3.1.13 Sub-Requisito 3.1.12.1

3.1.14 Sub-Requisito 3.1.12.2

3.1.15 Sub-Requisito 3.1.12.3

3.1.16 Sub-Requisito 3.1.12.4

3.1.17 Requisito Principal 3.1.13.0

3.1.18 Sub-Requisito 3.1.13.1

3.1.19 Sub-Requisito 3.1.13.2

3.1.20 Sub-Requisito 3.1.13.3

3.1.21 Sub-Requisito 3.1.13.4

3.1.22 Sub-Requisito 3.1.13.5

- Novo Requisito Principal 3.1.14.0The ERMS must support the copying of

all or part of a classification scheme

3.1.23 Sub-Requisito 3.1.14.1

3.1.24 Sub-Requisito 3.1.14.2

3.1.25 Não 3.1.15

3.1.26 Não 3.1.16

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3.2. Classes and Files

3.3. Volumes and Sub-Files

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

3.2.1 Requisito Principal 3.2.1.0

3.2.2 Sub-Requisito 3.2.1.1

- Novo Requisito Principal 3.2.2.0

The ERMS must support the creation,

maintenance and use of a classification

code and title to each class, file, sub-file

and volume in the classification scheme

3.2.3 Sub-Requisito 3.2.2.1

3.2.4 Sub-Requisito 3.2.2.2

3.2.5 Sub-Requisito 3.2.2.3

3.2.6 Sub-Requisito 3.2.2.4

3.2.7 Sub-Requisito 3.2.2.5

3.2.8 Não 3.2.3

3.2.9 Não 3.2.4

3.2.10 Requisito Principal 3.2.5.0

3.2.11 Sub-Requisito 3.2.5.1

3.2.12 Sub-Requisito 3.2.5.2

- Novo Requisito Principal 3.2.6.0

The ERMS should support the allocation

of controlled vocabulary terms as

descriptive class or file metadata subject

terms, in addition to the other

requirements in this section

3.2.13 Sub-Requisito 3.2.6.1

3.2.14 Sub-Requisito 3.2.6.2

3.2.15 Não 3.2.7

3.2.16 Não 3.2.8

3.2.17 Não 3.2.9

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

- Novo Requisito Principal 3.3.1.0

It must be possible for and

administrative role to configure the

ERMS at configuration time or later to

remove the ability to create sub-files

and/or volumes (or only one of them)

within files across the classification

scheme

3.3.1 Sub-Requisito 3.3.1.1

3.3.2 Sub-Requisito 3.3.1.2

3.3.3 Sub-Requisito 3.3.1.3

3.3.4 Requisito Principal 3.3.2.0

3.3.5 Sub-Requisito 3.3.2.1

3.3.6 Sub-Requisito 3.3.2.2

3.3.7 Sub-Requisito 3.3.2.3

3.3.8 Sub-Requisito 3.3.2.4

3.3.9 Sub-Requisito 3.3.2.5

3.3.10 Sub-Requisito 3.3.2.6

3.3.11 Sub-Requisito 3.3.2.7

3.3.12 Sub-Requisito 3.3.2.8

3.3.13 Não 3.3.3

3.3.14 Sub-Requisito 3.3.2.9

3.3.15 Sub-Requisito 3.3.4.1

3.3.16 Requisito Principal 3.3.4.0

3.3.17 Não 3.3.5

3.3.18 Sub-Requisito 3.3.2.10

3.3.19 Sub-Requisito 3.3.2.11

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3.4. Maintaining the Classification Scheme

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

3.4.1 Requisito Principal 3.4.1.0

3.4.2 Requisito Principal 3.4.2.0

3.4.3 Requisito Principal 3.4.3.0

3.4.4 Requisito Principal 3.4.4.0

3.4.5 Sub-Requisito 3.4.1.1 & 3.4.4.1

3.4.6 Sub-Requisito3.4.1.2 & 3.4.2.1 &

3.4.3.1 & 3.4.4.2

3.4.7 Sub-Requisito 3.4.1.3 & 3.4.4.3

3.4.8 Sub-Requisito 3.4.1.4

3.4.9 Sub-Requisito 3.4.4.4

3.4.10 Sub-Requisito 3.4.1.5

3.4.11 Sub-Requisito 3.4.1.6

3.4.12 Sub-Requisito 3.4.1.7 & 3.4.4.5

3.4.13 Sub-Requisito 3.4.1.8 & 3.4.4.6

3.4.14 Sub-Requisito 3.4.1.9 & 3.4.4.7

3.4.15 Sub-Requisito 3.4.1.10 & 3.4.4.8

3.4.16 Sub-Requisito 3.4.1.11

3.4.17 Não 3.4.5

3.4.18 Não 3.4.6

3.4.19 Não 3.4.7

3.4.20 Não 3.4.8

3.4.21 Não 3.4.9

3.4.22 Não 3.4.10

3.4.23 Não 3.4.11

3.4.24 Não 3.4.12

3.4.25 Não 3.4.13

3.4.26 Não 3.4.14

3.4.27 Não 3.4.15

3.4.28 Não 3.4.16

3.4.29 Não 3.4.17

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4. Controls and Security

4.1. Access

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

4.1.1 Não -

- Novo Requisito Principal 4.1.2.0

The ERMS must allow administrative

roles to allocate, restric and maintain

access to records, sub-files, files,

classes and metadata to specified

users and/or user roles and/or user

groups and for specified periods of

time

4.1.2 Sub-Requisito 4.1.2.1

- Novo Requisito Principal 4.1.3.0

The ERMS must allow na

administrative role to set up and

maintain roles and/or groups of users

4.1.3 Sub-Requisito 4.1.3.1

4.1.4 Sub-Requisito 4.1.2.2

4.1.5 Sub-Requisito 4.1.2.3

- Novo Requisito Principal 4.1.4.0 The ERMS should allow remote access

4.1.6 Sub-Requisito 4.1.4.1

4.1.7 Sub-Requisito 4.1.3.2

4.1.8 Não 4.1.5

4.1.9 Não 4.1.6

4.1.10 Sub-Requisito 4.1.2.4

4.1.11 Sub-Requisito 4.1.2.5

4.1.12 Sub-Requisito 4.1.3.3

4.1.13 Sub-Requisito 4.1.3.4

4.1.14 Sub-Requisito 4.1.3.5

4.1.15 Não 4.1.7

4.1.16 Requisito Principal 4.1.8.0

4.1.17 Não 4.1.9

4.1.18 Sub-Requisito 4.1.3.6 & 4.1.8.1

4.1.19 Requisito Principal 4.1.10.0

4.1.20 Sub-Requisito 4.1.10.1

4.1.21 Sub-Requisito 4.1.4.2

- Novo Requisito Principal 4.1.11.0

The ERMS must assure that a user

can't access a record withou

permission to it

4.1.22 Sub-Requisito 4.1.11.1

4.1.23 Sub-Requisito 4.1.11.2

4.1.24 Sub-Requisito 4.1.11.3

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4.2. Audit Trails

4.3. Backup and Recovery

4.4. Vital Records

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

4.2.1 Requisito Principal 4.2.1.0

4.2.2 Sub-Requisito 4.2.1.1

- Novo Requisito Principal 4.2.2.0The ERMS audit trail must be capable

of logging all system's events

4.2.3 Sub-Requisito 4.2.2.1

4.2.4 Requisito Principal 4.2.3.0

4.2.5 Sub-Requisito 4.2.3.1

4.2.6 Sub-Requisito 4.2.3.2

4.2.7 Não 4.2.4

4.2.8 Sub-Requisito 4.2.2.2

4.2.9 Sub-Requisito 4.2.2.3

4.2.10 Sub-Requisito 4.2.2.4

4.2.11 Sub-Requisito 4.2.2.5

4.2.12 Não 4.2.5

4.2.13 Requisito Principal 4.2.6.0

4.2.14 Sub-Requisito 4.2.6.1

4.2.15 Não 4.2.7

4.2.16 Sub-Requisito 4.2.2.6

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

4.3.1 Requisito Principal 4.3.1.0

4.3.2 Sub-Requisito 4.3.1.1

4.3.3 Sub-Requisito 4.3.1.2

4.3.4 Sub-Requisito 4.3.1.3

4.3.5 Sub-Requisito 4.3.1.4

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

4.4.1 Requisito Principal 4.4.1.0

4.4.2 Sub-Requisito 4.4.1.1

4.4.3 Sub-Requisito 4.4.1.2

4.4.4 Não 4.4.2

4.4.5 Sub-Requisito 4.4.1.3

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5. Retention and Disposition

5.1. Retention and Disposition Schedules

5.2. Review of Disposition Actions

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

5.1.1 Requisito Principal 5.1.1.0

5.1.2 Sub-Requisito 5.1.1.1

5.1.3 Sub-Requisito 5.1.1.2

5.1.4 Não 5.1.2

5.1.5 Não 5.1.3

5.1.6 Sub-Requisito 5.1.4.1

5.1.7 Sub-Requisito 5.1.4.2

5.1.8 Requisito Principal 5.1.4.0

5.1.9 Não 5.1.5

5.1.10 Requisito Principal 5.1.6.0

5.1.11 Sub-Requisito 5.1.6.1 & 5.1.7.1

5.1.12 Requisito Principal 5.1.7.0

5.1.13 Sub-Requisito 5.1.7.2

5.1.14 Sub-Requisito 5.1.1.3

5.1.15 Sub-Requisito 5.1.7.3

5.1.16 Sub-Requisito 5.1.6.2

5.1.17 Sub-Requisito 5.1.7.4

5.1.18 Sub-Requisito 5.1.6.3 & 5.1.7.5

5.1.19 Requisito Principal 5.1.8.0

5.1.20 Requisito Principal 5.1.9.0

5.1.21 Não 5.1.10

5.1.22 Sub-Requisito 5.1.9.1

5.1.23 Não 5.1.11

5.1.24 Sub-Requisito 5.1.9.2

5.1.25 Sub-Requisito 5.1.8.1

5.1.26 Sub-Requisito 5.1.8.2

5.1.27 Sub-Requisito 5.1.8.3

5.1.28 Sub-Requisito 5.1.9.3

5.1.29 Sub-Requisito 5.1.9.4

5.1.30 Sub-Requisito 5.1.9.5

5.1.31 Sub-Requisito 5.1.9.6

5.1.32 Não 5.1.12

5.1.33 Não 5.1.13

5.1.34 Requisito Principal 5.1.14.0

5.1.35 Sub-Requisito 5.1.14.1

5.1.36 Sub-Requisito 5.1.14.2

5.1.37 Sub-Requisito 5.1.14.3

5.1.38 Sub-Requisito 5.1.14.4

5.1.39 Sub-Requisito 5.1.14.5

5.1.40 Sub-Requisito 5.1.14.6

5.1.41 Sub-Requisito 5.1.14.7

5.1.42 Sub-Requisito 5.1.14.8

5.1.43 Sub-Requisito 5.1.14.9

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

5.2.1 Não -

5.2.2 Sub-Requisito 5.2.3.1

5.2.3 Não 5.2.2

5.2.4 Requisito Principal 5.2.3.0

5.2.5 Sub-Requisito 5.2.3.2

5.2.6 Sub-Requisito 5.2.3.3

5.2.7 Sub-Requisito 5.2.3.4

5.2.8 Não 5.2.4

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5.3. Transfer, Export and Destruction

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

5.3.1 Não -

5.3.2 Sub-Requisito 5.3.2.1

5.3.3 Requisito Principal 5.3.2.0

5.3.4 Sub-Requisito 5.3.2.2

5.3.5 Sub-Requisito 5.3.2.3

5.3.6 Sub-Requisito 5.3.2.4

5.3.7 Sub-Requisito 5.3.2.5

5.3.8 Sub-Requisito 5.3.2.6

5.3.9 Sub-Requisito 5.3.2.7

5.3.10 Sub-Requisito 5.3.2.8

5.3.11 Sub-Requisito 5.3.2.9

5.3.12 Sub-Requisito 5.3.2.10

5.3.13 Sub-Requisito 5.3.2.11

5.3.14 Sub-Requisito 5.3.2.12

5.3.15 Sub-Requisito 5.3.2.13

5.3.16 Sub-Requisito 5.3.2.14

5.3.17 Não 5.3.3

5.3.18 Não 5.3.4

5.3.19 Requisito Principal 5.3.5.0

5.3.20 Sub-Requisito 5.3.5.1

5.3.21 Sub-Requisito 5.3.5.2

5.3.22 Sub-Requisito 5.3.5.3

5.3.23 Sub-Requisito 5.3.2.15

5.3.24 Não 5.3.6

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6. Capturing and Declaring Records

6.1. Capture

6.2. Bulk Importing

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

6.1.1 Requisito Principal 6.1.1.0

6.1.2 Sub-Requisito 6.1.1.1

6.1.3 Requisito Principal 6.1.2.0

6.1.4 Sub-Requisito 6.1.2.1

6.1.5 Sub-Requisito 6.1.2.2

6.1.6 Sub-Requisito 6.1.2.3

6.1.7 Não 6.1.3

6.1.8 Requisito Principal 6.1.4.0

6.1.9 Sub-Requisito 6.1.4.1

6.1.10 Sub-Requisito 6.1.1.2

6.1.11 Sub-Requisito 6.1.4.2

6.1.12 Não 6.1.5

6.1.13 Não 6.1.6

6.1.14 Requisito Principal 6.1.7.0

6.1.15 Não 6.1.8

6.1.16 Não 6.1.9

6.1.17 Não 6.1.10

6.1.18 Não 6.1.11

6.1.19 Não 6.1.12

6.1.20 Não 6.1.13

6.1.21 Não 6.1.14

6.1.22 Não 6.1.15

6.1.23 Requisito Principal 6.1.16.0

6.1.24 Sub-Requisito 6.1.16.1

6.1.25 Sub-Requisito 6.1.16.2

6.1.26 Sub-Requisito 6.1.16.3

6.1.27 Não 6.1.17

6.1.28 Sub-Requisito 6.1.16.4

6.1.29 Não 6.1.18

- Novo Requisito Principal 6.1.19.0The ERMS must be able to warn a user

if some action requires attention

6.1.30 Sub-Requisito 6.1.19.1

6.1.31 Não 6.1.20

6.1.32 Não 6.1.21

6.1.33 Não 6.1.22

6.1.34 Sub-Requisito 6.1.7.1

6.1.35 Sub-Requisito 6.1.7.2

6.1.36 Não 6.1.23

6.1.37 Sub-Requisito 6.1.19.2

6.1.38 Sub-Requisito 6.1.19.3

6.1.39 Sub-Requisito 6.1.19.4

6.1.40 Sub-Requisito 6.1.19.5

6.1.41 Não 6.1.24

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

6.2.1 Requisito Principal 6.2.1.0

6.2.2 Não 6.2.2

6.2.3 Sub-Requisito 6.2.1.1

6.2.4 Sub-Requisito 6.2.1.2

6.2.5 Sub-Requisito 6.2.1.3

6.2.6 Sub-Requisito 6.2.1.4

6.2.7 Sub-Requisito 6.2.1.5

6.2.8 Sub-Requisito 6.2.1.6

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6.3. E-Mail Management

6.4. Record Types

6.5. Scanning and Imaging

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

6.3.1 Não -

6.3.2 Não -

6.3.3 Não -

6.3.4 Não -

6.3.5 Não -

6.3.6 Não -

6.3.7 Requisito Principal 6.3.7.0

6.3.8 Sub-Requisito 6.3.7.1

6.3.9 Sub-Requisito 6.3.7.2

6.3.10 Requisito Principal 6.3.8.0

6.3.11 Sub-Requisito 6.3.8.1

6.3.12 Não 6.3.9

6.3.13 Não 6.3.10

6.3.14 Não 6.3.11

6.3.15 Não 6.3.12

6.3.16 Não 6.3.13

6.3.17 Não 6.3.14

6.3.18 Não 6.3.15

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

6.4.1 Requisito Principal 6.4.1.0

6.4.2 Sub-Requisito 6.4.1.1

6.4.3 Sub-Requisito 6.4.1.2

6.4.4 Sub-Requisito 6.4.1.3

6.4.5 Sub-Requisito 6.4.1.4

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

6.5.1 Requisito Principal 6.5.1.0

6.5.2 Sub-Requisito 6.5.1.1

6.5.3 Sub-Requisito 6.5.1.2

6.5.4 Sub-Requisito 6.5.1.3

6.5.5 Sub-Requisito 6.5.1.4

6.5.6 Sub-Requisito 6.5.1.5

6.5.7 Requisito Principal 6.5.2.0

6.5.8 Sub-Requisito 6.5.2.1

6.5.9 Sub-Requisito 6.5.2.2

6.5.10 Não 6.5.3

6.5.11 Não 6.5.4

6.5.12 Não 6.5.5

6.5.13 Não 6.5.6

6.5.14 Não 6.5.7

6.5.15 Requisito Principal 6.5.8.0

6.5.16 Sub-Requisito 6.5.8.1

6.5.17 Sub-Requisito 6.5.8.2

6.5.18 Não 6.5.9

6.5.19 Não 6.5.10

6.5.20 Não 6.5.11

6.5.21 Não 6.5.12

6.5.22 Não 6.5.13

6.5.23 Não 6.5.14

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7. Referencing

7.1. Classification Codes

7.2. System Identifiers

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

7.1.1 Requisito Principal 7.1.1.0

7.1.2 Requisito Principal 7.1.2.0

7.1.3 Sub-Requisito 7.1.2.1

7.1.4 Sub-Requisito 7.1.1.1

7.1.5 Sub-Requisito 7.1.3.1

7.1.6 Sub-Requisito 7.1.2.2

7.1.7 Sub-Requisito 7.1.2.3

7.1.8 Requisito Principal 7.1.3.0

7.1.9 Sub-Requisito 7.1.3.2

7.1.10 Sub-Requisito 7.1.3.3

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

7.2.1 Requisito Principal 7.2.1.0

7.2.2 Sub-Requisito 7.2.1.1

7.2.3 Sub-Requisito 7.2.1.2

7.2.4 Sub-Requisito 7.2.1.3

7.2.5 Sub-Requisito 7.2.1.4

7.2.6 Sub-Requisito 7.2.1.5

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8. Searching, Retrieval and Presentation

8.1. Search and Retrieval

8.2. Presentation: Displaying Records

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

8.1.1 Não -

8.1.2 Não -

8.1.3 Não -

8.1.4 Requisito Principal 8.1.4.0

8.1.5 Sub-Requisito 8.1.4.1

8.1.6 Não 8.1.5

8.1.7 Não 8.1.6

8.1.8 Não 8.1.7

8.1.9 Não 8.1.8

8.1.10 Não 8.1.9

8.1.11 Não 8.1.10

8.1.12 Não 8.1.11

8.1.13 Não 8.1.12

8.1.14 Requisito Principal 8.1.13.0

8.1.15 Sub-Requisito 8.1.13.1

8.1.16 Requisito Principal 8.1.14.0

8.1.17 Sub-Requisito 8.1.14.1

8.1.18 Sub-Requisito 8.1.14.2

8.1.19 Sub-Requisito 8.1.14.3

8.1.20 Não 8.1.15

8.1.21 Não 8.1.16

8.1.22 Não 8.1.17

8.1.23 Não 8.1.18

8.1.24 Não 8.1.19

8.1.25 Não 8.1.20

8.1.26 Requisito Principal 8.1.21.0

8.1.27 Sub-Requisito 8.1.21.1

8.1.28 Requisito Principal 8.1.22.0

8.1.29 Sub-Requisito 8.1.22.1

8.1.30 Não 8.1.23

8.1.31 Não 8.1.24

8.1.32 Não 8.1.25

8.1.33 Não 8.1.26

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

8.2.1 Não

8.2.2 Não

8.2.3 Não

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8.3. Presentation: Printing

8.4. Presentation: Other

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

8.3.1 Requisito Principal 8.3.1.0

8.3.2 Sub-Requisito 8.3.1.1

8.3.3 Sub-Requisito 8.3.1.2

8.3.4 Sub-Requisito 8.3.1.3

8.3.5 Requisito Principal 8.3.2.0

8.3.6 Sub-Requisito 8.3.2.1

8.3.7 Não 8.3.3

8.3.8 Não 8.3.4

8.3.9 Não 8.3.5

8.3.10 Não 8.3.6

8.3.11 Requisito Principal 8.3.7.0

8.3.12 Sub-Requisito 8.3.7.1

8.3.13 Sub-Requisito 8.3.7.2

8.3.14 Requisito Principal 8.3.8.0

8.3.15 Sub-Requisito 8.3.8.1

8.3.16 Requisito Principal 8.3.9.0

8.3.17 Sub-Requisito 8.3.9.1

8.3.18 Não 8.3.10

8.3.19 Não 8.3.11

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

8.4.1 Não -

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9. Administrative Functions

9.1. General Administration

9.2. Reporting

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

9.1.1 Não -

9.1.2 Não -

9.1.3 Não -

9.1.4 Não -

9.1.5 Não -

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

9.2.1 Não -

9.2.2 Não -

9.2.3 Não -

9.2.4 Não -

9.2.5 Não -

9.2.6 Não -

9.2.7 Não -

9.2.8 Não -

9.2.9 Não -

9.2.10 Não -

9.2.11 Requisito Principal 9.1.11.0

9.2.12 Requisito Principal 9.1.12.0

9.2.13 Sub-Requisito 9.1.11.1 & 9.1.12.1

9.2.14 Não 9.1.13

9.2.15 Sub-Requisito 9.1.11.2

9.2.16 Não 9.1.14

9.2.17 Não 9.1.15

9.2.18 Não 9.1.16

9.2.19 Não 9.1.17

- Novo Requisito Principal 9.1.18.0

The ERMS must be able to produce

reports about the retention and

disposition schedules and all actions

related to them

9.2.20 Sub-Requisito 9.1.18.1

9.2.21 Sub-Requisito 9.1.18.2

9.2.22 Sub-Requisito 9.1.18.3

9.2.23 Não 9.1.19

9.2.24 Não 9.1.20

9.2.25 Sub-Requisito 9.1.18.4

9.2.26 Sub-Requisito 9.1.18.5

9.2.27 Sub-Requisito 9.1.18.6

9.2.28 Sub-Requisito 9.1.18.7

9.2.29 Sub-Requisito 9.1.18.8

9.2.30 Sub-Requisito 9.1.18.9

9.2.31 Não 9.1.21

9.2.32 Não 9.1.22

9.2.33 Sub-Requisito 9.1.18.10

9.2.34 Sub-Requisito 9.1.18.11

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9.3. Changing, Deleting and Redacting Records

Referência Original Mudança Nova Referência Descrição de Novo Requisito

9.3.1 Requisito Principal 9.3.1.0

9.3.2 Requisito Principal 9.3.2.0

9.3.3 Sub-Requisito 9.3.1.1

9.3.4 Sub-Requisito 9.3.2.1

9.3.5 Requisito Principal 9.3.3.0

9.3.6 Sub-Requisito 9.3.3.1

9.3.7 Sub-Requisito 9.3.3.2

9.3.8 Requisito Principal 9.3.4.0

9.3.9 Sub-Requisito 9.3.4.1

9.3.10 Requisito Principal 9.3.5.0

9.3.11 Sub-Requisito 9.3.5.1

9.3.12 Sub-Requisito 9.3.5.2

9.3.13 Sub-Requisito 9.3.5.3

9.3.14 Sub-Requisito 9.3.5.4

9.3.15 Sub-Requisito 9.3.5.5

9.3.16 Não 9.3.6

9.3.17 Sub-Requisito 9.3.5.6

9.3.18 Sub-Requisito 9.3.5.7

9.3.19 Sub-Requisito 9.3.5.8

9.3.20 Não 9.3.7

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ANEXO IV – RESULTADOS QUANTITATIVOS COMPLETOS DA AVALIAÇÃO

POR LISTA PONDERADA.

Tabela 1. Resultados da avaliação por lista ponderada discriminados por obrigatoriedade dos requisitos.

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Tabela 2. Resultados da avaliação por lista ponderada nos requisitos principais discriminados por obrigatoriedade dos requisitos.

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Tabela 3. Resultados da avaliação por lista ponderada nos requisitos normais discriminados por obrigatoriedade dos requisitos.

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Tabela 4. Resultados da avaliação por lista ponderada nos sub-requisitos discriminados por obrigatoriedade dos requisitos

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Tabela 5. Resultados da avaliação por lista ponderada discriminados por respostas quantitativas