2
Home Primeiros passos Aliança & Identidade E agora...!!! o que eu faço??? Novo Testamento - Bri't Chadashá Yeshua, o Messias O Caminho Judaísmo Bíblico Cartas de Paulo & a Lei Mandamentos - Mitzvot O dia do Senhor - Shabat Alimentação bíblica - Kashrut Festas Bíblicas Artigos e Estudos Dúvidas frequentes Leitura da Torah Palestras e Áudios Videoteca Blogs Torah Viva Congregações Livraria Torah Viva Contribua com esta obra Pesquisar Desvendando a Marca da Besta Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis. (Guilyana/Apocalipse 13:18) O verso acima tem sido motivo de muita controvérsia ao longo dos séculos. Inúmeras tentativas mirabolantes já foram feitas para explicá-lo, fazendo os cálculos mais variados, nos mais diversos idiomas (especialmente o latim). Porém, não devemos nos esquecer que Yochanan (João) era um judeu e que, portanto, sua forma de pensar era completamente semita. Para entendermos corretamente a mensagem de Yochanan, é preciso interpretar as Escrituras como um judeu do primeiro século. Análise Textual Para fazermos a análise dessa passagem, de forma a melhor compreendê-la à luz do seu contexto de época, vamos utilizar as técnicas de hermenêutica que estavam disponíveis a um judeu do primeiro século, com as quais Yochanan (João) estaria familiarizado. O Contexto Evidentemente, pelo contexto de Guilyana (Apocalipse), a besta é associada a um reino cujo domínio se estende por todo o mundo. Isso fica bastante evidente pela autoridade sobre o comércio, explicitada no verso 15: Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta, para que a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. (Guilyana/Apocalipse 13:15) Lembrando que a divisão de capítulos foi feita artificialmente muito tempo depois, e que muitas vezes uma mudança de capítulos não significa uma mudança de assunto, vemos que o próprio Yochanan esclarece que Reino é esse, o qual aparece em conexão com a besta e a sua marca: Um segundo anjo o seguiu, dizendo: Caiu, caiu a grande Bavel, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição. Seguiu-os ainda um terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na fronte, ou na mão,q (Guilyana/Apocalipse 14:8-9) É quase que consenso entre os estudiosos que a referência a Bavel aqui seja uma forma indireta que Yochanan tinha de indicar Roma. Isso se torna evidente quando lemos o relato de Guiliyana (Apocalipse) 18:9-21. Lembremos que o texto foi escrito por Yochanan para um público do primeiro século. Quem é que esse público identificaria como o centro do poder (18:9-10), do mercantilismo (18:11-13) e da riqueza (18:14-15)? E quem perseguia os santos, emissários e profetas de Yeshua (18:20)? A resposta é bem evidente: o Império Romano! Reparem ainda que existe uma conexão entre a besta e o seu reino, feita através da palavra prostituição. No Tanach, essa palavra, quando em conexão com um povo/reino (especialmente as Casas de Israel), é sempre usada como sinônimo do abandono dos caminhos e da Torah de YHWH, para cair na rebeldia e na desobediência. Em Hoshea (Oséias), chegamos a ver que é justamente o espírito de prostituição (ie. negação da Torah) que impede a Efrayim de fazer teshuvá (vide Hoshea 5:4). Portanto, o reinado de Bavel (Roma) é um reinado de rebeldia para com a Torah de YHWH. Mas onde entra a conexão com a besta? Sha'ul [Paulo] identifica a besta como sendo “o homem que se opõe à Torah" (anomia), que é justamente o que representa a prostituição: l Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não acontecerá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem contrário à Torah, o filho da perdição,q (2 Tess. 2:3) Portanto, a besta e seu reino têm como propósito deturpar a Torah e os desígnios de YHWH. E vemos que a marca da besta tem conexão com Bavel, o qual implicitamente se refere a Roma. A Guematria O texto nos diz para calcularmos o número da besta. Isto pressupõe o uso da guematria, técnica em que números são associados a palavras, visto que o Alef-Beit (alfabeto hebraico) possui valores numéricos para cada letra. O grande erro da maioria das pessoas é tentarem fazer o cálculo com base no alfabeto latino, quando claramente Yochanan (João), como judeu, utilizou a guematria hebraica. Já vimos anteriormente que a besta é um homem, e que há uma conexão evidente com Roma. Ou seja, um romano. Curiosamente, analisemos a palavra “Romano” no hebraico _ à luz da guematria _ temos: Romiti (romano, em hebraico): Letra Transliterado Valor na Guematria Simples Reish 200 וVav 6 מMem 40 יYud 10 תTav 400 יYud 10 Total 666 Aqui temos uma conclusão sólida, não baseada em teorias conspiratórias, mas no próprio lcontexto de Guilyana, com base na Guematria (Sod). A indicação de Yochanan Yochanan diz que o número da besta é o número do homem. O que significa isso no pensamento semita? Dentro do Judaísmo, o número 6 é tido como o número do homem, e fica bem claro aqui que é essa a alusão que Yochanan faz. Mas por que número do homem? E o que significa? O número 6 é o número do dia em que o homem foi criado; Ao homem foram apontados 6 milênios antes da Era Messiânico; O homem trabalha 6 dias, e depois vem o Shabat. Enfim, o número do homem representa algo que é mundano, em oposição a algo que é Santo. Tradicionalmente, o número 6 também é associado à palavra hebraica Sheker (mentira), pois a soma dos algarismos (desconsiderando dezenas) da palavra sheker é Seis. Letra Transliterado Valor na Guematria Simples Página 1 de 2 TorahViva - Israelitas do Caminho 30/04/2011 http://www.torahviva.org/index.php?p=5_11

do a Marca Da Besta

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: do a Marca Da Besta

Home

Primeiros passos

Aliança & Identidade

E agora...!!! o que eu faço???

Novo Testamento - Bri't Chadashá

Yeshua, o Messias

O Caminho

Judaísmo Bíblico

Cartas de Paulo & a Lei

Mandamentos - Mitzvot

O dia do Senhor - Shabat

Alimentação bíblica - Kashrut

Festas Bíblicas

Artigos e Estudos

Dúvidas frequentes

Leitura da Torah

Palestras e Áudios

Videoteca

Blogs Torah Viva

Congregações

Livraria Torah Viva

Contribua com esta obra

Pesquisar

Desvendando a Marca da Besta

Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis. (Guilyana/Apocalipse 13:18)

O verso acima tem sido motivo de muita controvérsia ao longo dos séculos. Inúmeras tentativas mirabolantes já foram feitas para explicá-lo, fazendo os cálculos mais variados, nos mais diversos idiomas (especialmente o latim).

Porém, não devemos nos esquecer que Yochanan (João) era um judeu e que, portanto, sua forma de pensar era completamente semita. Para entendermos corretamente a mensagem de Yochanan, é preciso interpretar as Escrituras como um judeu do primeiro século.

Análise Textual

Para fazermos a análise dessa passagem, de forma a melhor compreendê-la à luz do seu contexto de época, vamos utilizar as técnicas de hermenêutica que estavam disponíveis a um judeu do primeiro século, com as quais Yochanan (João) estaria familiarizado.

O Contexto

Evidentemente, pelo contexto de Guilyana (Apocalipse), a besta é associada a um reino cujo domínio se estende por todo o mundo. Isso fica bastante evidente pela autoridade sobre o comércio, explicitada no verso 15:

Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta, para que a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. (Guilyana/Apocalipse

13:15)

Lembrando que a divisão de capítulos foi feita artificialmente muito tempo depois, e que muitas vezes uma mudança de capítulos não significa uma mudança de assunto, vemos que o próprio Yochanan esclarece que Reino é esse, o qual aparece em conexão com a besta e a sua marca:

Um segundo anjo o seguiu, dizendo: Caiu, caiu a grande Bavel, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição. Seguiu-os ainda um terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na fronte, ou na mão,q (Guilyana/Apocalipse 14:8-9)

É quase que consenso entre os estudiosos que a referência a Bavel aqui seja uma forma indireta que Yochanan tinha de indicar Roma. Isso se torna evidente quando lemos o relato de Guiliyana (Apocalipse) 18:9-21. Lembremos que o texto foi escrito por Yochanan para um público do primeiro século. Quem é que esse público identificaria como o centro do poder (18:9-10), do mercantilismo (18:11-13) e da riqueza (18:14-15)?

E quem perseguia os santos, emissários e profetas de Yeshua (18:20)? A resposta é bem evidente: o Império Romano!

Reparem ainda que existe uma conexão entre a besta e o seu reino, feita através da palavra prostituição. No Tanach, essa palavra, quando em conexão com um povo/reino (especialmente as Casas de Israel), é sempre usada como sinônimo do abandono dos caminhos e da Torah de YHWH, para cair na rebeldia e na desobediência. Em Hoshea (Oséias), chegamos a ver que é justamente o espírito de prostituição (ie. negação da Torah) que impede a Efrayim de fazer teshuvá (vide Hoshea 5:4).

Portanto, o reinado de Bavel (Roma) é um reinado de rebeldia para com a Torah de YHWH. Mas onde entra a conexão com a besta? Sha'ul [Paulo] identifica a besta como sendo “o homem que se opõe à Torah" (anomia), que é justamente o que representa a prostituição: l

Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não acontecerá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem contrário à Torah, o filho da perdição,q (2 Tess. 2:3)

Portanto, a besta e seu reino têm como propósito deturpar a Torah e os desígnios de YHWH. E vemos que a marca da besta tem conexão com Bavel, o qual implicitamente se refere a Roma.

A Guematria

O texto nos diz para calcularmos o número da besta. Isto pressupõe o uso da guematria, técnica em que números são associados a palavras, visto que o Alef-Beit (alfabeto hebraico) possui valores numéricos para cada letra. O grande erro da maioria das pessoas é tentarem fazer o cálculo com base no alfabeto latino, quando claramente Yochanan (João), como judeu, utilizou a guematria hebraica.

Já vimos anteriormente que a besta é um homem, e que há uma conexão evidente com Roma. Ou seja, um romano. Curiosamente, analisemos a palavra “Romano” no hebraico _ à luz da guematria _ temos:

Romiti (romano, em hebraico):

Letra Transliterado Valor na Guematria Simples

ר Reish 200

ו Vav 6

מ Mem 40

י Yud 10

ת Tav 400

י Yud 10

Total 666

Aqui temos uma conclusão sólida, não baseada em teorias conspiratórias, mas no próprio lcontexto de Guilyana, com base na Guematria (Sod).

A indicação de Yochanan

Yochanan diz que o número da besta é o número do homem. O que significa isso no pensamento semita? Dentro do Judaísmo, o número 6 é tido como o número do homem, e fica bem claro aqui que é essa a alusão que Yochanan faz.

Mas por que número do homem? E o que significa?

O número 6 é o número do dia em que o homem foi criado;

Ao homem foram apontados 6 milênios antes da Era Messiânico;

O homem trabalha 6 dias, e depois vem o Shabat.

Enfim, o número do homem representa algo que é mundano, em oposição a algo que é Santo. Tradicionalmente, o número 6 também é associado à palavra hebraica Sheker (mentira), pois a soma dos algarismos (desconsiderando dezenas) da palavra sheker é Seis.

Letra Transliterado Valor na Guematria Simples

Página 1 de 2TorahViva - Israelitas do Caminho

30/04/2011http://www.torahviva.org/index.php?p=5_11

Page 2: do a Marca Da Besta

ש Shin 3

כ Kuf 1

ר Reish 2

Total 6

Portanto, o número 6 é associado àquilo que é mundano ou falso _ algo que vem do homem, ao invés de YHWH. Dentro do contexto de Guilyana (Apocalipse), podemos dizer que se trata de um engano, uma fabricação humana _ em oposição à verdade de YHWH. A repetição trina do número 6 expressa uma ênfase neste fato, mostrando que é algo que deve ser levado fortemente em consideração.

Examinando o Tanach

Um fato que é praticamente ignorado é o de que não é apenas em Guilyana (Apocalipse) que o número 666 aparece. Na realidade, há dois momentos em que ele aparece no Tanach (Primeiro Testamento).

Lamentavelmente, a maioria dos estudos acerca da marca desconsidera essa informação, quando na realidade ela é essencial. É inegável que Yochanan (João) tivesse bom conhecimento do Tanach, e soubesse que os leitores de Guilyana (Apocalipse) também estariam familiarizados com essas duas passagens. Na realidade, quando Yochanan cita a necessidade de “sabedoria” para o entendimento do número da besta, faz uma referência à necessidade de se sondar as Escrituras para poder entender as próprias Escrituras.

Mantenhamos em mente a informação de que o número da besta é “o número do homem” e, portanto, refere-se a uma construção humana/mundana, algo mentiroso (sheker) e maligno.

A primeira passagem em que encontramos 666 em Divrei HaYamim Beit (2 Crônicas) 9:13, que diz:

Ora, o peso do ouro que se trazia cada ano a Shlomo era de seiscentos e sessenta e seis talentos.

Ora, é inevitável estabelecer uma relação entre Shlomo e a besta através do número 666. Mas que relação seria essa? É simples: Quem foi Shlomo? Foi o Filho de David, herdeiro do trono e rei de Israel.

Portanto, podemos aqui dizer que o número da besta simboliza que a besta alega ser como Shlomo, ou seja, ser filho de David, herdeiro do trono, e rei de Israel.

Mantenhamos em mente, porém, que se trata de uma mentira maligna, e não algo de fato e de direito.

A segunda passagem em que encontramos 666 é em Ezra 2:13 que diz:

Os filhos de Adonikam, seiscentos e sessenta e seis.

Aqui, podemos estabelecer uma interpretação conectando os filhos de Adonikam com o número da besta. Mas, qual a conexão? Ora, os filhos/seguidores da besta são como os filhos de Adonikam. Mas o que significa Adonikam no hebraico?

Adonikam significa literalmente “Meu Senhor se levantou” _ num nível sod de interpretação, podemos dizer que os filhos da besta alegam que ele é “o senhor que se levantou dos mortos”.

Conclusão

Juntando todos esses elementos, que são puramente bíblicos, acerca do número da besta, temos uma impressionante revelação acerca de sua identidade: trata-se de uma grande mentira/engano de um homem romano que alega ser filho de David (messias), rei de Israel, ressuscitado dentre os mortos e cujos seguidores chamam de Senhor. Ou seja, a besta é uma mentira criada por homens (e inspirada por Satan, evidentemente, pois ele deu poder à besta para ser adorada), um homem romano que tenta se fazer passar por Yeshua.

Se juntarmos a isso o fato de que Sha'ul [Paulo] o chama de “homem que se opõe à Torah” _ (anomia), então vemos que a besta é o cristo romano, uma falsa versão antinomínia do verdadeiro Messias Yeshua.

A marca da besta é, portanto, algo que identificará justamente esse personagem. Poderá ser o seu nome, ou algo que o identifique (como a letra “Qui”, símbolo da palavra “Cristo”), ou qualquer coisa do gênero.

Esse é o ardil de Satan. A única forma de enganar a humanidade e fazê-la aceitar tal marca é se a marca for um símbolo do falso salvador romano.

Pare e reflita por um minuto:

Quantas pessoas você conhece que alegremente receberiam “a marca de Jesus Cristo” na sua testa ou mão?

Leia também

Estudos sobre Yeshua Artigos e Estudos Dúvidas frequentes

Coletânea em 3 volumes

Estudos sobre a vida e obra de Yeshua e seu impacto em nossa visão sobre o Judaísmo do Caminho.

A visão Bíblica

Artigos com questões importantes para a compreensão de nossa fé

Respostas pelas Escrituras

Abordagem de temas atuais e as respostas conforme a Bíblia nos ensina para cada uma das questões levantadas.

Copyright [c] 2003 - 2011 Torah Viva -

Os artigos e materiais existentes neste site foram produzidos por Sha'ul Bentsion - a reproducao, uso, total ou parcial, so pode ser feita com mencao da fonte original e link do site.

Página 2 de 2TorahViva - Israelitas do Caminho

30/04/2011http://www.torahviva.org/index.php?p=5_11