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do Polo de Ecoturismo
Plano de Desenvolvimentodo Turismo Sustentável
de São Paulo
Execução Realização
cidadedesaopaulo.com/ecoturismo
Plano-Desenv.TurismoSP_CAPA.indd 1 16/03/2018 12:32:12
do Polo de Ecoturismo
Plano de Desenvolvimentodo Turismo Sustentável
de São Paulo2017
ORGANIZADORES:Marcela Pimenta Campos Coutinho
Isabela Rosa Sette Jair Galvão Freire Neto
Brasília, 2017
João Doria JúniorPrefeito de São Paulo
Realização:São Paulo Turismo S/A
David BarioniPresidente da São Paulo Turismo
Eduardo ColturatoDiretor de Turismo da São Paulo Turismo
Coordenação-Geral:Fernanda AscarGerente de Turismo
Coordenação Técnica:Raquel VettoriCoordenadora de Turismo
Equipe Técnica:Adriana OmuroFábio Montanheiro
Grupo de Trabalho (Portaria 174/14 - PREF):Secretaria de Governo MunicipalSão Paulo TurismoPrefeitura Regional de ParelheirosPrefeitura Regional de Capela do SocorroSec. Mun. das Prefeituras RegionaisSuperintendência das Usinas de AsfaltoSec. Mun. de Mobilidade e TransportesSec. Mun. do Verde e do Meio AmbienteSec. Mun. de Trabalho e EmpreendedorismoSec. Mun. de Urbanismo e LicenciamentoSec. Mun. de CulturaSec. Mun. de Segurança Urbana
Colaboração:Conselho Gestor do Polo de Ecoturismo de São Paulo – Congetur
Conselho Municipal de Turismo – Comtur
Elaboração:Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade – IABS
Equipe de Coordenação:Luís Tadeu Assad PhD em Conflitos Socioambientais e Doutor em Desenvolvimento Sustentável – Diretor-Presidente do IABS – Coordenador-Geral Institucional
Marcela Pimenta Campos CoutinhoMestre em Gestão Turística Sustentável – Coordenadora do Núcleo de Turismo do IABS – Coordenadora Técnica de Turismo
Isabela Rosa Sette Mestranda em Turismo pela Universidade de São Paulo (EACH/USP) – Consultora do IABS – Assessora Técnica de Coordenação
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Plano de desenvolvimento do turismo sustentável do polo de ecoturismo de São Paulo 2017 / [elaboração Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade-IABS] ; organizadores Marcela Pimenta Campos Coutinho, Isabela Rosa Sette, Jair Galvão Freire Neto. -- Brasília : Editora IABS, 2017. Realização: São Paulo Turismo S/A Vários colaboradores. Bibliografia. ISBN 978-85-64478-65-7 1. Desenvolvimento econômico 2. Desenvolvimento social 3. Desenvolvimento sustentável 4. Ecoturismo - São Paulo (Cidade) 5. Lazer 6. Negócios 7. Proteção ambiental 8. Turismo - Planejamento I. Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade. II. Coutinho, Marcela Pimenta Campos. III. Sette, Isabela Rosa. IV. Freire Neto, Jair Galvão.17-09764 CDD-338.4791
Índices para catálogo sistemático:1. Turismo sustentável : Economia 338.4791
Equipe de Consultores:Antoniel Silva Fernandes Geógrafo, Mestre em Geografia – Tratamento da Informação Espacial – Consultor do IABS – Consultor de Meio Ambiente
Benito Drummond de Camargo Especialista em Geoprocessamento pela PUC Minas – Consultor do IABS – Consultor de Georreferenciamento
Cláudia Marques Gonçalves Simeão Bióloga, PhD em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Consultora do IABS – Consultora de Meio Ambiente
Eliza Castilla Cientista Social, membro da coordenação do Centro de Trabalho Indigenista (CTI) – Consultora Ad hoc Indigenista
Fábio de Almeida Pinto Administrador, Mestre em Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social Corporativa – Coordenador Executivo do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) – Consultor Ad Hoc
Guilherme Barbosa Checco Bacharel em Relações Internacionais e Mestrando em Ciência Ambiental. É Pesquisador no Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) – Consultor Ad hoc de Política Pública
Jair Galvão Mestre em Estudos Turísticos – Consultor Ad hoc do IABS – Consultor de Marketing
José Euclides Cavalcanti PhD em Economia – Consultor Ad hoc do IABS – Consultor de Pesquisa e Estatística
Luciana Sagi Mestre em Hospitalidade – Consultora Ad hoc do IABS – Consultora Técnica de Campo
Marianne Costa Pós-graduada em Inovação Social, especialista em Gestão de Projetos Sociais e graduada em Turismo – Consultora Ad hoc do IABS – Consultora de Ecoturismo
Mirna Castro Folco Economista, coach e facilitadora de processos de desenvolvimento de organizações e territórios – Facilitadora das oficinas territoriais.
Natália Cordeiro Bacharel em Turismo e Especialista em Marketing (ESPM SP) – Consultora Ad hoc do IABS – Consultora de Marketing
Patrícia Reis Pereira Bióloga, Mestre em Geografia – Tratamento da Informação Espacial – Coordenadora do Núcleo de Meio Ambiente e Unidade de Conservação do IABS – Consultora de Meio Ambiente
Equipe Administrativa Larissa Prado Estruturação de Banco de Dados do Inventário
Priscilla Araújo Assistente Administrativa
Equipe de Campo:
Giuliano Prado Mobilizador Local
Pesquisadores:
Américo Júnior Camila Barbosa Cibele Eloá Fabíola Soares Iara Mancini
Ficha Técnica:
OrganizadoresMarcela Pimenta Campos Coutinho Isabela Rosa Sette Jair Galvão Freire Neto
Coordenação EditorialFlávio Silva Ramos (Editora IABS)
Projeto Gráfico e DiagramaçãoRodrigo Torres (IABS)
Revisão gramatical e ortográficaStela Máris Zica
Fotos da capaJosé Cordeiro/SPTuris
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Concluído em setembro de 2017
Propriedade agrícola Zundi no Polo de Ecoturismo de São Paulo
LISTA DE SIGLAS
Amteci: Associação de Micropousadas, Turismo, Eventos e Indústrias de Parelheiros
APC Japão: Assistência para Projetos Comunitários e de Segurança do Ser Humano – Consulado do Japão
BB: Banco do Brasil
Cades: Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Cati/SP: Coordenadoria de Assistência Técnica Integral da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
CET: Companhia de Engenharia de Tráfego
Cetesb: Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
CMDRSS: Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário
CMPD: Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência
Codasp: Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo
Comusan: Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional
Congetur: Conselho Gestor do Polo de Ecoturismo de São Paulo
Cooperapas: Cooperativa Agroecológica dos Produtores Rurais e de Água Limpa da Região Sul de São Paulo
Cosan: Coordenadoria de Segurança Alimentar do Município de São Paulo
Daee: Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo
Emae: Empresa Metropolitana de Águas e Energia
Feap: Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista
Fema: Fundo Especial de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Funai: Fundação Nacional do Índio
Fungetur: Fundo Geral do Turismo
GCM: Guarda Civil Metropolitana
GT: Grupo de Trabalho Intersecretarial do Polo de Ecoturismo de São Paulo
IAF: Inter-American Foundation
ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
Incra: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
Pesm: Parque Estadual da Serra do Mar
PL: Projeto de Lei
PNCF: Programa Nacional de Crédito Fundiário
PNMPO: Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado
Proger: Programa de Geração de Renda
Pronaf: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
RBCVSP: Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo
RBMA: Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
SAA/SP: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Sebrae: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Sehab: Secretaria Municipal de Habitação
Senac: Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
Senar: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
SFA/SP: Superintendência Federal de Agricultura no Estado de São Paulo
SGM: Secretaria do Governo Municipal
SMC: Secretaria Municipal de Cultura
SMDP: Secretaria Municipal de Desestatização e Parcerias
SME: Secretaria Municipal de Educação
SMPED: Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência
SMPR: Secretaria Municipal de Prefeituras Regionais
SMS: Secretaria Municipal de Saúde
SMSO: Secretaria Municipal de Serviços e Obras
SMSU: Secretaria Municipal de Segurança Urbana
SMTE: Secretaria Municipal do Trabalho e Empreendedorismo
SPTuris: São Paulo Turismo S/A
SSP/SP: Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo
SVMA: Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
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Borboletário Águias da Serra
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA: um trabalho a várias mãos
O QUE ACONTECE NO MERCADO TURÍSTICO?Viagens na Natureza: a oportunidade
O Lazer para o Paulistano
Quem é o viajante Paulistano?
CONHECENDO O POLO DE ECOTURISMO: situação atual do destino Aspectos importantes do território
O que temos de oferta para o turismo?
E a gestão do turismo do Polo?
Quem visita o Polo hoje?
Afinal, qual o turista desejado?
Olhando para bons exemplos: destinos próximos
COMO A OFERTA E O MERCADO SE CONECTAM?Forças competitivas
Linhas de Produtos
Desafios
ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO: Polo de Ecoturismo de São PauloMacroestratégia
Diretrizes Estratégicas
O Plano e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Programas e Ações
PRINCÍPIOS PARA GESTÃO E CONTROLE SOCIAL DO PLANOEstrutura de Gestão do Plano
REFERÊNCIAS
GLOSSÁRIO
11131721
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25
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3132
37
47
49
53
62
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69
75
7980
82
88
90
107110
111112
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
10
MENSAGEM DO PREFEITO
O turismo é muito importante para a economia paulistana, pois movimenta
diversos setores como hotelaria, gastronomia, empresas de transporte, comércio e
mais dezenas de outros. Com isso no radar, quando elaborei meu plano de governo,
percebi que no extremo sul da cidade, na área que inclui Parelheiros e a Ilha de
Bororé, havia uma vocação para uma atividade turística diferenciada do resto do
município e que também poderia gerar desenvolvimento sustentável e empregos
à comunidade local.
Para isso ser possível, estamos lançando o Plano de Desenvolvimento do Turismo
Sustentável do Polo de Ecoturismo de São Paulo. Trata-se de um estudo aprofundado
do potencial da região, com diretrizes e encaminhamentos do que deve ser feito
nos próximos anos para viabilizar a infraestrutura e os serviços necessários que
farão do local um polo ainda melhor de lazer e cultura.
Lembro ainda que a região tem recebido grande atenção em nossa gestão, com
melhorias de serviços essenciais para a população, como ações de zeladoria do
programa SP Cidade Linda e o esforço para a retomada da construção do Hospital
Municipal de Parelheiros – previsto para ser inaugurado em 2018 e que beneficiará
cerca de 200 mil pessoas.
Desta forma, agora com o fomento à atividade turística em um lugar tão rico de
atrativos naturais e rurais em plena capital paulista, todos os paulistanos, brasileiros
e também turistas estrangeiros poderão ganhar nos próximos anos mais uma
opção de visitação com estrutura adequada para serem bem recebidos.
João Doria
Prefeito da Cidade de São Paulo
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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APRESENTAÇÃO
O Polo de Ecoturismo de São Paulo, instituído pela lei 15.953/14, surgiu com a
necessidade de estimular e ordenar a atividade turística da região de Parelheiros,
Marsilac e Ilha do Bororé, no extremo Sul da cidade, estimulando o desenvolvimento
sustentável e a geração de emprego para a região com total compromisso com o
meio ambiente e as futuras gerações
É um local surpreendente, que possui duas grandes áreas de proteção ambiental,
cachoeiras, formações geológicas únicas, nascentes de rio, trilhas, parques naturais,
agricultura orgânica, borboletário, aldeias indígenas e muito mais. No entanto,
toda essa gama de atrativos da região, que ocupa 28% do território do município,
permanecia pouco estruturada, com grande fragilidade ambiental em uma área de
grande vulnerabilidade social.
Desta forma, foi criado um grupo de trabalho tripartite, formado pela administração
pública municipal, iniciativa privada e toda a comunidade local com o objetivo de
estruturar a região e levar desenvolvimento sustentável.
Assim nasceu este Plano. Com recurso vindo da Prefeitura de São Paulo, a São
Paulo Turismo (SPTuris) realizou a contratação de uma empresa especializada
para elaboração de um planejamento para a área, que envolveu uma equipe
multidisciplinar para a elaboração de inventário da oferta, pesquisa de demanda,
diversos estudos segmentados e contou com a participação de mais de 90
pessoas da comunidade para a definição de propostas através de oficinas técnicas,
participativas e consulta pública online.
Durante cerca de oito meses foi feita a coleta de todos esses dados, que foram
analisados e transformados em conhecimento, levando a um diagnóstico que
sistematiza o cenário, entende os desafios e sugere a priorização e o direcionamento
dos investimentos, dando uma visão macro e unificada da região e uma diretriz
mais clara, com propostas e sugestão de fontes de financiamento.
Outro ponto relevante do Plano foi reforçar a importância dos pequenos
empreendedores e da comunidade local para que o turismo sustentável realmente
aconteça e ainda mostrar que o turismo pode, de fato, ser uma ferramenta de
desenvolvimento social responsável para a área ao mesmo tempo em que é um
instrumento de preservação ambiental.
Assim, é com grande satisfação que entregamos o resultado de todo este trabalho
que, esperamos, seja um guia condutor para o crescimento sustentável da região e
que renda bons frutos para a cidade como um todo.
David Barioni Neto
Presidente da São Paulo Turismo (SPTuris)
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
13 Introdução
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
14
São Paulo é uma cidade surpreendente e complexa. Uma
das maiores metrópoles do mundo e o principal mercado
consumidor do País, é também um polo de turismo e lazer de
relevância internacional. Além dos turistas que frequentam o
destino, grande parte motivada pelo segmento de negócios
e eventos, os residentes – cerca de 12 milhões de pessoas no
núcleo administrativo, demandam uma ampla variedade de
opções de entretenimento em seu território.
Em se tratando de uma cidade cosmopolita com um ritmo
de vida intenso e desgastante, a busca por atividades que
contrapõem essa rotina cresce.
Embora existam dezenas de parques
e áreas verdes na cidade, ainda é
carente a oferta de atividades que
proporcionem certa desaceleração no
cotidiano, um contato mais íntimo
com a natureza ou uma roda de
conversa mais simples e informal.
O Polo de Ecoturismo da cidade de
São Paulo tem, nesse contexto, grande
potencial de atender à demanda de paulistanos e turistas
que buscam essa fuga. Situado no extremo sul da cidade, foi
criado oficialmente por lei municipal em 2014 (Lei 15.953 de
7 de janeiro) e ocupa mais de 400 quilômetros quadrados, o
que corresponde a aproximadamente 28% da área territorial
da cidade. Subdivide-se em três distritos – Marsilac,
Parelheiros e parte do Grajaú, mais especificamente o bairro
conhecido como Ilha do Bororé. Possui parte do seu território
caracterizado como zona rural, com belezas naturais notórias
e destaque para a presença de mata atlântica conservada,
unidades de conservação, rios e cachoeiras de águas límpidas
e um ar de cidade do interior em plena metrópole. A presença
indígena, a agricultura orgânica e a possibilidade de um
contato genuíno com a cultura da periferia e de participação
na transformação social são consideradas ainda aspectos
diferenciais do local.
O Polo de Ecoturismo ocupa mais de 400 km2 – isso corresponde a
cerca de 28% da área da cidade de São
Paulo.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
15
No entanto, o processo de formação da região contribuiu
para o surgimento de problemáticas sociais e urbanísticas,
tais como a ocupação desordenada, as invasões de terra, o
desmatamento e o florescimento de problemas sociais.
O contexto histórico tem forte influência na caracterização
atual do território: uma área periférica que possui certo
desordenamento urbano e alta
vulnerabilidade social, porém, com
a presença de elementos férteis para
o desenvolvimento da atividade
turística.
Em função das suas características
e peculiaridades – que diferem da
cidade como um todo, a Prefeitura
de São Paulo, por meio da São Paulo
Turismo – SPTuris, optou por realizar
um plano de desenvolvimento turístico exclusivo para o
Polo de Ecoturismo. Sua finalidade é a de estabelecer um
direcionamento estratégico que oriente a atuação dos atores
ligados ao turismo, sejam eles do poder público, iniciativa
privada ou terceiro setor.
O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade
(IABS) foi a entidade contratada para a elaboração do Plano. O
papel da organização foi, na essência, a consolidação de um
trabalho realizado a muitas mãos, que teve como premissa
a participação ativa do setor público e o envolvimento da
comunidade local, bem como a observância dos princípios
da sustentabilidade.
Este documento apresenta, portanto, o desafio de indicar
estratégias e ações para o desenvolvimento turístico
sustentável da região.
De um lado, desordenamento urbano e vulnerabilidade social; de outro, um terreno fértil para o desenvolvimento do turismo
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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Stand up padle no Rio Capivari
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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Metodologia:um trabalho a várias mãos
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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O processo de construção do Plano foi coordenado pelo IABS em parceria com a
SPTuris e teve como elementos centrais a elaboração de diversos estudos técnicos
pela equipe de consultores e o diálogo com a comunidade local para a proposição
de estratégias e ações para o desenvolvimento turístico.
Os produtos entregues envolveram etapas densas do ponto de vista técnico,
subsidiados por estudos e pesquisas específicas tais como: análise de tendências e
oportunidades, inventário da oferta turística, análise da demanda atual, pesquisa de
demanda potencial, estudos técnicos nas áreas de meio ambiente, terras indígenas,
posicionamento on-line, pesquisa com trade de vendas, análise da concorrência,
mapeamento de linhas de financiamento, levantamento de projetos com impacto
no turismo no território, entre outros.
Este documento apresenta uma versão resumida com as principais informações
e resultados dos estudos e não necessariamente segue a ordem cronológica de
construção do Plano. A versão completa dos estudos realizados encontra-se
disponível para consulta na SPTuris.
A figura apresenta a estratégia de construção do Plano a partir dos principais
estudos e levantamentos realizados.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO
TURÍSTICO
Consolidação das propostas para o desenvolvimento
turístico
Consultapública
Oficinas participativas territoriais para construção de
propostas
Definição das estratégias de
desenvolvimento turístico
Análise da situação
Estudo do mercado turístico
Tendências e oportunidades
Lições aprendidas
Inventário e análise da oferta
Demanda atual e potencial
Estudos técnicos setoriais
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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No turismo, assim como em outras áreas que envolvem prestação de serviços, o
entendimento do cliente é uma etapa importante: para tanto, foi realizado um estudo
que analisou a demanda turística atual do Polo e traçou o perfil e características de
consumo da demanda desejada (ou potencial).
A análise técnica acerca da conexão entre a oferta e o mercado considerou as
principais forças competitivas do território e os desafios, subsidiando a definição
das estratégias de desenvolvimento turístico.
A definição de programas para o desenvolvimento turístico foi realizada durante
as oficinas participativas, que tiveram como objetivo ouvir a comunidade local e
possibilitar um espaço de diálogo e proposição de alternativas – afinal de contas,
ninguém é melhor para saber as reais carências de um território do que seus
moradores e empresários. No total, foram realizadas cinco oficinas com a presença
de mais de 90 atores ligados ao turismo da região. Como o território é muito extenso,
as oficinas ocorreram por núcleos (Marsilac, Parelheiros e Ilha do Bororé) a fim
de possibilitar a participação de um número maior de pessoas. Para aqueles que
ainda assim não puderam participar, foi realizada uma consulta pública on-line
pela SPTuris. As propostas oriundas das oficinas participativas e consulta pública
passaram por revisão técnica e foram consolidadas por Programa, ajustadas e/ou
complementadas pela equipe do projeto.
Vale destacar aqui a participação ativa de dois entes que reforçam o trabalho
conjunto e o empenho de integração entre as secretarias: o Conselho Gestor
do Polo de Ecoturismo (Congetur) e o Grupo de Trabalho Intersecretarial. Este,
formado por representantes do poder público municipal, participou do processo
de construção do Plano, aprovando os produtos e apoiando a indicação de ações e
responsabilidades no âmbito da área de atuação de cada secretaria. Já o Congetur,
formado por representantes da iniciativa privada, poder público e sociedade
civil ligados ao turismo, foi envolvido nas oficinas participativas e em reuniões
específicas, opinando e aprovando os produtos entregues.
O resultado final do trabalho gerou o desenho da macroestratégia que se desdobrou
em diretrizes e programas, com ações agrupadas a partir de objetivos comuns,
apresentados neste documento.
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Propriedade rural
O que acontece no mercado turístico?
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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O turismo hoje surpreende en-
quanto atividade econômica e
desempenha um protagonis-
mo fundamental no comércio
internacional, enquanto repre-
senta, ao mesmo tempo, uma
das principais fontes de renda
para muitos países em desen-
volvimento. O total de negócios
gerados a partir desse setor já
iguala ou supera o de petróleo,
produtos alimentícios e até o do
setor automobilístico. Cresceu
4% no ano de 2016 superando
a marca de 1 bilhão de viagens
por ano em todo o mundo e em
2030 esse número deve chegar
a 1,8 bilhão.
No Brasil o turismo tem con-
tribuído principalmente na
conjuntura econômica atual,
alavancando indicadores de
visitantes internacionais que
em 2016, incentivados pelas
Olímpiadas e Paraolimpíadas
realizadas no Rio de Janeiro,
chegaram a 6,6 milhões, mas
principalmente incrementan-
do as viagens domésticas rea-
lizadas, que apenas na última
alta temporada (dezembro de
2016 a fevereiro de 2017) estão
estimadas em 73,4 milhões.
Na contramão da “crise”, o se-
tor tem crescido em algumas
regiões do País impulsionado,
em grande parte, pela flutuação
cambial que reduziu substan-
cialmente o número de viagens
internacionais dos brasileiros.
Uma das maiores metrópoles do
mundo, São Paulo conta hoje com
12 milhões de habitantes em sua
região administrativa, chegando
a 22 milhões na região metro-
politana. Trata-se do maior polo
de produção de riqueza do Brasil,
respondendo por 18% do PIB na-
cional, com importantes com-
plexos industriais, comerciais e
principalmente financeiros. No
turismo, apresenta-se como um
destino expressivo recebendo 12,4
milhões de turistas nacionais em
2016. É também a principal porta
de entrada para estrangeiros do
País, com 2.5 milhões de chega-
das no mesmo ano, motivados
principalmente pelo turismo de
negócios (48%). Esse segmento
representa a vocação central do
destino turístico, que abriga 42%
do mercado brasileiro de feiras e
negócios contribuindo significa-
tivamente com os 61,50% de ocu-
pação média hoteleira e com R$
277 milhões em impostos sobre
serviços arrecadados na cidade.
MUNDO BRASIL SÃO PAULO
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
23
Viajar pelo BrasilA crise econômica continua fazendo com que o brasileiro
viaje pelo Brasil, impulsionando viagens nacionais e
principalmente regionais. Há uma tendência de busca por
lugares próximos, assim como a valorização do regional.
Algumas Tendências!
Economia Compartilhada e ColaborativaA economia compartilhada e colaborativa continuará crescendo
no mercado turístico brasileiro. Serviços como Uber e Airbnb são
exemplos que comprovam essa tendência.
Destinos VirtuaisMuitos viajantes estão escolhendo destinos com base
no que é visto por meio de suas redes sociais. Estas são
cada vez mais determinantes na escolha da próxima
viagem. Destinos já vêm usando tecnologias de realidade
aumentada, enquanto outros já se aventuram no campo da
realidade virtual.
Experiência A procura por “viver” o destino e não só visitá-lo. Está relacionado,
mas não restrito à qualidade do serviço prestado. Envolve a
humanização da demanda, oferta e prestação de serviços, sendo a
criatividade e a inovação os seus sustentáculos.
Bleisure Travel Uma mistura de negócios (business) com lazer (leisure),
ou seja, viagens a trabalho associadas a lazer. Pesquisas
apontam que há um número considerável de viajantes de
negócios que ficam dias a mais em determinada localidade
e acreditam que a combinação trabalho + lazer beneficia o
trabalho durante a viagem.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
24
Viagens na Natureza: a oportunidade
Um dos segmentos turísticos que mais se destacam no mundo hoje é o de viagens na natureza. Enquanto a estimativa da OMT de crescimento das viagens internacionais é de cerca de 3% ao ano, as viagens de natureza apresentam taxas de crescimento anuais mais expressivas – entre 10% a 30% e respondem por 25% do mercado turístico mundial atualmente.
Gráfico: Crescimento do número de visitantes em Unidades de Conservação federais de
2007 a 2015
O turismo nas Unidades de Conservação – UCs brasileiras movimenta
aproximadamente R$ 4 bilhões por ano, gerando cerca de 43 mil empregos e
agregando R$ 1,5 bilhão ao PIB do País. Apenas nas áreas protegidas geridas pelo
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, houve um
aumento de 320% em visitação nos últimos dez anos, passando de 1,9 milhão de
pessoas em 2006 para 8 milhões em 2015.
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
9000000
8000000
7000000
6000000
5000000
4000000
3000000
2000000
1000000
0
Parques Nacionais
Total - Unidades de Conservação federais
Fonte: Brasil, 2016
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Boia cross no Rio Capivari
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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O Lazer para o PaulistanoA volumosa fatia da população paulistana economicamente ativa demanda grande
variedade de opções de lazer em seu território. Acompanhando o que ocorre em
grandes centros urbanos globais, a forma de lazer que mais cresce em São Paulo
são as atividades ao ar livre, incluindo o contato com a natureza.
Um potente demonstrativo do interesse do paulistano pelas atividades em
ambientes naturais é a sua relação de usufruto com o Parque Ibirapuera, apontado
como um dos 10 melhores parques urbanos do mundo, de acordo com o jornal
inglês The Guardian. Considerando apenas a frequência de fins de semana, tem-se
um total de mais de 7 milhões de visitantes por ano. Tal dado constitui apenas uma
fração da demanda por lazer em áreas naturais da cidade de São Paulo.
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Parque do Ibirapuera
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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Distribuição de área verde/habitante
Fonte: Metro Jornal, 2016
Ainda que existam dezenas de parques e
áreas verdes na cidade de São Paulo que
servem para atender parte da crescente
demanda de lazer na natureza, ainda
há um déficit proporcional à população
atual, ao menos no que se refere aos
padrões internacionais recomendados
de 12 metros quadrados de área verde por
habitante. Das 31 prefeituras regionais da
capital, apenas 10 alcançam o indicador
ideal.
O território do Polo de Ecoturismo de São Paulo
compreende a maior e mais importante reserva verde do município a ser resguardada e protegida
como patrimônio ecológico e também como espaço
capaz de dar opção de lazer e melhorar a qualidade de
vida da população ulistana.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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Quem é o viajante Paulistano?São Paulo é a cidade com o maior poder de consumo da América Latina e o
mais relevante polo emissor de turistas do Brasil. Uma tendência de melhoria na
confiança desse mercado consumidor certamente resultará em mais viagens e
atividades de lazer nos arredores pelos paulistanos.
IDADE
45%
33%
22%16 a 25anos
41 anosou mais
26 a 40anos
5%fundamental
70%superior
25%médio
ESCOLARIDADE
Datafolha, 2016
Em pesquisa realizada em 2016, levando em conta apenas as classes de viajantes
paulistanos A e B, 70% têm curso superior, viajaram a outros estados recentemente
e metade já viajou ao exterior. Entre eles, 45% têm 41 anos ou mais, 33% têm entre
26 e 40 anos e apenas 22% estão com idades entre 22 e 25 anos.
39%preço
FATOR MAISIMPORTANTE
PARA A ESCOLHA
DO DESTINO
22%conforto
4%distância9%
indicaçãode amigos
12%hospitalidade
14%clima 30%
classe ACLASSEECONÔMICA
70%classe B
Datafolha, 2016
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
28
47%masculino
GÊNERO 53%feminino
37%zona leste
31%zona sul
6% centro
11%zonaoeste
16%zonanorte
REGIÃO
Fonte: Datafolha, 2016
Um dos dados mais relevantes demonstra que, ainda que a renda seja acima da
média da população, o preço é de longe o fator mais importante para escolha
de um destino turístico. Vem seguido de conforto, com 22%, clima, com 14%,
hospitalidade, 12%, indicação de amigos, 9%, e distância, com 4%. Os resultados da
pesquisa apresentam um paulistano que não reconhece marcas ou que considera
que estas ocupam um lugar secundário na decisão de compra. Tal informação
pode significar que há um distanciamento de comunicação entre esse público e os
fornecedores de serviços turísticos.
Viagens próximas: O que os operadores e agentes de viagens
tem oferecido ao paulistano?
Em São Paulo (capital):
• City Tour
• Serra da Cantareira (1 dia)
• APA Capivari Monos
• Shows e Eventos em SP
• Roteiros de Experiência em São Paulo (Beer Tour, Photo Safari, Master Chef, Personal Shop, etc.)
• Bike Tour aos domingos (cidade)
• Circuitos temáticos na capital
• Circuito São Paulo além dos túmulos
• Roteiros temáticos em São Paulo (arquitetura, gastronomia, etc.)
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
29
Especializados – Ecoturismo / Aventura:
• Roteiros de Ecoturismo (geral)
• 4x4 em Atibaia
• Tour de Praias
• Canionismo em Botucatu
• Rapel e Rafting em Brotas
• Caminhada e Rapel em Biritiba Mirim
• Rapel em Mairinque
• Rapel em Mairiporã
• Caminhada e Rapel em Atibaia
• Balonismo em Boituva
• Raízes Caiçara
• Paraíso Verde
• Jipe Tour em Ilhabela
Especializados – Cultural e outros:
• Cultural / Roteiros e Passeios
• Rural
• Circuitos temáticos interior e litoral (até 150 km)
• Maria-Fumaça
• Lembrança da Itália
• Parques Temáticos
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Artesanatos da Aldeia Krukutu
Conhecendo o Polo de Ecoturismo:
situação atual do destino
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
32
Aspectos importantes do território
Mapa do Polo de Ecoturismo de
São Paulo
Estra da do Capivari
Legenda
Av. Belmira Marim
Esatr
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a Engenheiro M
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Ma rsi l ac
Rodoanel Mario Covas
Rua Jos é Lutzem b
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Estrada da Colô
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Estrada de Itaquaquecetuba
Av. Paulo Guilger Reimberg
Represa de Guarapiranga
Represa Billings
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do Campo
Itapecerica da
Serra
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Embu-Guaçu
Itanhaém
Termin al de Ôn ibus
Patrimônio Histórico
Lazer e Recreação
Aldeias Indígenas
Cratera da Colônia
Atrativos Naturais
Arte, Cultura e Espiritualidade
Hidrografia
Terra Indígena Tenondé Porã
Unidade de Conservação Ambiental
Balsa
Avenidas asfaltadas /
Estradas de terra /
Perímetro de Área de PreservaçãoAmbiental - APAS
Posto de Atendimento ao Turista - PAT
Estrada da Barragem
São Vicente
Parq ue Esta dual da Serra do Mar
Terra Indígena Tenondé Porã
São Bernardo
Terminal de Ônibus
Balsa
Avenidas asfaltadas
Estradas de terra
Perímetro de Área de Preservação Ambiental - APAS
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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Estra da do Capivari
Legenda
Av. Belmira Marim
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Ma rsi l ac
Rodoanel Mario Covas
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Patrimônio Histórico
Lazer e Recreação
Aldeias Indígenas
Cratera da Colônia
Atrativos Naturais
Arte, Cultura e Espiritualidade
Hidrografia
Terra Indígena Tenondé Porã
Unidade de Conservação Ambiental
Balsa
Avenidas asfaltadas /
Estradas de terra /
Perímetro de Área de PreservaçãoAmbiental - APAS
Posto de Atendimento ao Turista - PAT
Estrada da Barragem
São Vicente
Parq ue Esta dual da Serra do Mar
Terra Indígena Tenondé Porã
São Bernardo
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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Figura: A cidade de São Paulo e o Polo de Ecoturismo
Utilizada como passagem do litoral para o planalto por indígenas e caboclos, a região
do Polo de Ecoturismo era distrito de Santo Amaro e foi incorporada à cidade de São
Paulo apenas em 1935. Ao longo do seu processo de ocupação, recebeu imigrantes
alemães, austríacos, suíços, americanos e do Leste Europeu, além de japoneses que
chegavam para explorar a agricultura. A incorporação de Santo Amaro à capital foi
estimulada pela possibilidade de abrigar indústrias, tais como linha férrea e represa.
O processo de industrialização foi acompanhado da necessidade de aumento da
mão de obra, acarretando na migração de trabalhadores de diversas regiões do País
que se instalaram em vilas operárias, favelas e áreas periféricas. Por não terem sido
foco de um plano urbanístico, diversos problemas começaram a surgir decorrentes
da falta de estrutura e de serviços básicos.
Polo de Ecoturismo
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
35
Inserido na Macrozona de Proteção e Recuperação
Ambiental da cidade, o Polo é a principal área com vocação para conservação do município de São Paulo e apresenta fragmentos da Mata Atlântica em estágios avançados de regeneração,
além de importantes mananciais – fontes
relevantes de abastecimento da metrópole.
As Prefeituras Regionais foram criadas em 2002 e eram denominadas subprefeituras até 2016. Têm o papel de apoiar a gestão dos territórios, envolvendo questões de educação, saúde e cultura de cada região, além de cuidar da manutenção do sistema viário, da rede de drenagem, limpeza urbana, vigilância sanitária e epidemiológica. Contam com sede, recursos e estrutura organizacional própria.
Parte da região é definida como zona
rural pelo Plano Diretor Estratégico (PDE)
da cidade de São Paulo (Lei nº 16.050, de
31 de julho de 2014). Abriga mananciais
que integram importantes fontes de
abastecimento da região metropolitana:
a Represa de Guarapiranga e a Represa
Billings. O uso responsável dessas áreas
de mananciais é, portanto, crítico para
manter a disponibilidade hídrica em
quantidade e qualidade satisfatórias à
cidade.
A riqueza e importância ambiental da
região justificaram a implantação de
áreas protegidas como parques e Áreas
de Proteção Ambiental (APAs), entre
elas estão as APAs Capivari Monos e
Bororé Colônia, criadas em 2001 e 2006,
respectivamente, e o Parque Estadual
da Serra do Mar – Núcleo Curucutu
(PESM), além de parques naturais
municipais. A região está também na
área de abrangência de Reservas da
Biosfera reconhecidas pela Unesco: a
da Mata Atlântica e do Cinturão Verde
da cidade de São Paulo.
Administrativamente, a região é subdividida em três distritos – Marsilac, Parelheiros – geridos pela Prefeitura Regional de Parelheiros – e Grajaú,
mais especificamente o bairro conhecido como Ilha do Bororé, gerido pela
Prefeitura Regional de Capela do Socorro.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
36
A área do Polo abrange ainda um território
indígena: a Terra Indígena Tenondé
Porã, cujos limites foram reconhecidos
pela Funai (despacho de 18 de abril de
2012) e reafirmados por meio da Portaria
Declaratória do Ministério da Justiça (n.
548, de 2016). A área possui 15.969 hectares
reconhecidos como terras tradicionais do
povo guarani e declaradas como de uso
exclusivo dessa comunidade. O arcabouço
legal brasileiro prevê a possibilidade de realização de atividades turísticas em terras
indígenas, sempre que alinhadas aos preceitos voltados à valorização da cultura,
preservação do meio ambiente e mediante elaboração de um Plano de Visitação, que
estabelecerá os objetivos e regras da visitação
turística (Instrução Normativa da Funai No. 3,
de 2015).
A região possui, no entanto, baixos índices de
desenvolvimento social e alta vulnerabilidade,
fruto, em parte, do processo histórico de
ocupação sem planejamento, que atendeu ao
crescimento populacional da cidade. O acesso
a serviços básicos é precário na maior parte do território. No geral, os três distritos
que integram o Polo encontram-se entre os piores desempenhos nos indicadores
relacionados à educação, saúde e disponibilidade de equipamentos culturais.
Outros indicadores, como serviço de abastecimento de água e coleta de esgoto, a
despeito de alta desigualdade entre as regiões, encontram-se consideravelmente
abaixo da média municipal. Tais aspectos, somados à ocupação desordenada e
irregular, afetam a qualidade dos recursos naturais e contribuem para a propagação
de problemas sociais que transcendem a atividade turística.
As atividades turísticas na TI Tenondé Porã estão
sujeitas às regras e diretrizes estabelecidas no seu Plano de Visitação, devendo zelar
pelo respeito e valorização da cultura guarani e bem-estar
da comunidade.
Acesso precário a serviços básicos e baixos indicadores sociais: uma realidade da região do Polo de Ecoturismo.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
37
O que temos de oferta para o turismo?
Atrativos Naturaisais
Elementos da natureza que atraem ou podem atrair turistas e visitantes
Unidades de Conservação e Áreas Protegidas
O Polo de Ecoturismo possui nove Unidades de Conservação, sendo um Parque
Estadual (o da Serra do Mar – Núcleo Curucutu), cinco Parques Naturais
Municipais, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) e duas APAs.
Apesar do grande número de UCs, são poucas as que possuem instrumentos legais
– como o plano de manejo e estrutura para receber visitantes e turistas. Há ainda a
Terra Indígena Tenondé Porã, que é considerada uma área protegida.
Um exemplo de UC que possui condições atuais de ampliar a visitação é o PESM que abriga em seu Núcleo Curucutu um importante remanescente de Mata Atlântica. Caminhadas em trilhas de baixo nível de dificuldade permitem entrar em contato com paisagens panorâmicas – a partir do mirante do Curucutu tem-se uma bela vista da baixada santista –, se refrescar em rios e observar a marcante diversidade de aves, já que o núcleo registra mais de 350 espécies diferentes.
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Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Curucutu
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
Cachoeiras, Quedas D’água e Rios
As cachoeiras existentes são quedas-d’água de pequeno porte – algumas se
encontram em UCs (como o PESM) e na Terra Indígena Tenondé Porã. Foram
mapeadas sete cachoeiras, das quais apenas duas são consideradas atrativos
turísticos. As demais, assim como os rios (o Capivari e o Monos), são classificadas
como recursos, não possuindo estrutura para turistas.
Trilhas e Mirantes
A maioria das trilhas está em áreas protegidas, como o PESM – sendo este o único
local que abriga trilhas estruturadas atualmente. Há ainda trilhas na Terra Indígena
e em outras áreas de proteção que ainda não estão abertas oficialmente à visitação.
No caso dos mirantes, foram identificados dois – o da Ponte Alta e o da Cratera da
Colônia, porém, estes carecem de estrutura para atender turistas e visitantes.
A Cachoeira do Marsilac é operada pela Selva SP. O local oferece estrutura de lazer e atividades de turismo de aventura como rapel, tirolesa, trilhas, rafting, stand up paddle e boia cross. Está na área da Terra Indígena Tenondé Porã.
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Stand up paddle em Cachoeira do Polo
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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Atrativos Culturais
Bens e valores culturais (materiais ou não) que atraem ou podem atrair turistas e
visitantes
Manifestações de Arte, Cultura e Artesanato
Manifestações ligadas à cultura e ao artesanato que vão desde apresentações
culturais, venda de produtos locais, conjunto arquitetônico em processo de
tombamento e galerias de arte até centros de cultura fruto de iniciativas locais.
Alguns exemplos são o Sarauê, uma apresentação cultural do tipo sarau; o Recanto
Maggini, que vende produtos beneficiados a partir do Cambuci, típico da região; o
Vinil na Kombi, que mistura música e cerveja artesanal; o Centro de Cultura Afro-
brasileira Asé Ylê do Hozooane e a Casa do Rosário (no Centro Paulus).
O cambuci é uma árvore frutífera nativa da Mata Atlântica, típica da região do Polo de Ecoturismo. A fruta, que tem uma relação com a história de São Paulo e seus povos, serve como base para os produtos do Recanto Magini. São produtos de produção artesanal, como geleias, licores, doces, chás, biscoitos, entre outros, que podem ser adquiridos ou degustados na região.
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Produtos com Cambuci
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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Os aspectos gerais da cultura indígena, como os costumes e tradições, saberes,
artesanato, entre outros, são considerados grandes atrativos. No entanto, as
atividades turísticas permitidas na área deverão seguir o Plano de Visitação da Terra
Indígena.
Cultura Indígena
O território do Polo de Ecoturismo possui espaços de cunho religioso e
de manifestação de fé e espiritualidade, que demonstram a diversidade e
heterogeneidade cultural da região. Há, por exemplo, o Solo Sagrado, de origem
nipônica; o Asé Ylê do Hozooane, ligado ao candomblé, além de igrejas católicas.
Religiosidade e Espiritualidade
O Solo Sagrado, ligado à Igreja Messiânica, é o maior templo da igreja fora do Japão. O local, que possui mais de 300.000 m2, se configura um dos maiores espaços para contemplação da natureza e meditação do Brasil. A beleza do local, aliada ao grandioso templo, atrai tanto visitantes e turistas em busca de paz e equilíbrio quanto admiradores e curiosos. No local, há ainda um centro cultural ligado à tradição japonesa.
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Artesanato da Aldeia Tenonde Porã
Solo Sagrado
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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Apesar de contar ainda com edificações e conjuntos arquitetônicos históricos,
como o ferroviário (a Estação Evangelista de Souza, por exemplo), que guardam a
memória de desenvolvimento do território, estes não possuem estrutura voltada à
visitação turística.
Atrativos de valor educativo, social ou atividades econômicas
Locais que permitem aprendizado ou cultivo que podem ser visitados ou
promoverem vivências ou produtos agregados
São espaços focados na reprodução, cultivo e manutenção do ambiente de flores,
borboletas e garças, que contam com estrutura tecnológica e de manutenção
técnica que geram conhecimento e experiências ligadas à preservação da natureza.
O Borboletário Águias da Serra, o orquidário Sítio das Palmeiras – Nagase e o Ninhal
das Garças – Sítio Paiquerê são exemplos.
Borboletário Orquidário Ninhário
O borboletário proporciona ao visitante vivenciar todas as etapas de vida das borboletas, em uma experiência interativa com esse curioso inseto que permeia o imaginário de crianças, jovens e adultos. Além de poder interagir com o inseto, são realizadas palestras e visitas técnicas que mostram desde os ovos até a formação de casulos e o nascimento das borboletas, que são cuidadosamente monitorados e manejados em um laboratório. F
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Borboletário
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
Agricultura orgânica e/ou tradicional
Sítios de agricultura, alguns de produção orgânica e outros de produção tradicional,
são os principais atrativos ligados à característica rural do território.
Os principais produtos cultivados são hortaliças, legumes, frutas e cogumelos.
Os visitantes podem conhecer as áreas, trocar experiências com os agricultores e
adquirir produtos em alguns casos. Foram identificados nove sítios com esse perfil
no território, porém, atualmente, apenas o Sítio Paiquerê desenvolve atividades
periódicas ligadas à visitação e ao turismo. Há, no entanto, potencial para ampliação
desse tipo de oferta, uma vez que há mais de 400 unidades de produção agrícola
na região.
O Sítio Paiquerê chama a atenção pela imponência da estrutura, com belas esculturas e arquitetura, porém, é na natureza e no dia a dia, que se assemelha ao cotidiano da vida rural, que a área se destaca. Atividades possíveis: visitar um ninhário de garças, uma rica plantação de orgânicos e aprender algumas técnicas, além de realizar trilhas e passeios de barco. Na área são realizados cursos e vivências ligadas à permacultura, em parceria com outros grupos locais.
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Sítio Paiquerê
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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Associações, coletivos, entidades ligadas ao desenvolvimento sociocultural, ambiental, e econômico da comunidade local
Coletivos culturais, redes, associações que desenvolvem trabalhos voltados ao
acesso à cultura e práticas sustentáveis: há uma variedade de iniciativas inovadoras
que são consideradas atrativos no território e permitem uma interação que vai
além da observação passiva. São exemplos no território a Casa Ecoativa, Meninos
da Billings, Pró-Brasil, Instituto Pedro Matajs, entre outros. Há ainda alguns que
oferecem cursos de temáticas pouco convencionais, como a permacultura e a
agricultura orgânica.
Além dos descritos, há outros equipamentos que compõem a oferta turística ou de
lazer do território, tais como pesqueiros, clubes, paintball, entre outros.
A Casa Ecoativa foi criada por moradores do extremo sul de São Paulo com a finalidade de promover agroecologia, atividades culturais e desenvolver a comunidade por meio da preservação da biodiversidade local. O projeto realiza oficinas, saraus, mutirões de plantio e promove diversos passeios e roteiros temáticos, entre outras atividades para crianças, jovens e adultos interessados em ampliar o desenvolvimento da região. Em suas atividades, envolvem turistas e moradores locais tanto em sua sede – Casa Ecoativa, quanto em parceria com outros locais.
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Casa Ecoativa
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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Serviços e Equipamentos Turísticos
- Hospedagem
2equipamentos
de hospedagem
68UHs 190leitos
12alojamentos coletivos
como sítios, hostel,campings e locais
de lazer; e 3 motéis
122 UHs 1.057leitos
TOTAL DE EMPREGOSGERADOS
134360
permanentes
temporários
Grande parte dos meios de hospedagem é caracterizada como alojamentos
coletivos sendo, em sua maioria, espaços de lazer. Trata-se de campings, hostels
e equipamentos de lazer que atendem grupos diversos (como escolas, grupos
religiosos, etc.) e contam com estruturas de quartos coletivos, com beliches
e banheiros compartilhados, em sua maioria. O objetivo principal desses
equipamentos não é a hospedagem e sim a utilização do espaço para lazer ou
outros fins – a hospedagem é, portanto, um serviço complementar. Equipamentos
de hospedagem voltados ao turista são apenas dois, que totalizam 68 UHs e 190
leitos.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
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- Para alimentação
29locais
identificados
2.087 6.170
TOTAL DE EMPREGOSGERADOS
14957
permanentes
temporários
Os equipamentos de alimentação envolvem restaurantes, lanchonetes, bares
e cafeterias. Alguns estão em áreas de lazer, como pesque e pague, chácaras e
sítios. Apesar do número de locais identificados – 29, são poucos os que possuem
estrutura voltada a um público mais exigente no que se refere à qualidade.
Práticas Sustentáveis: os equipamentos de hospedagem e alimentação
possuem poucas práticas voltadas à sustentabilidade ambiental e
desenvolvimento dos funcionários, com exceção de algumas iniciativas
de coleta seletiva de lixo e de compostagem de resíduos orgânicos
(verificada em apenas um empreendimento). Em se tratando de um
destino que carrega a bandeira da sustentabilidade, é imprescindível
a difusão de boas práticas ligadas ao tema pelas empresas, atrativos e
equipamentos ligados ao turismo do território!
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
46
- Locais para eventos
Os serviços e equipamentos para eventos são voltados para
a realização de eventos sociais, como casamentos, festas e
confraternizações familiares, com caráter regional. Há ainda locais
que comportam reuniões e eventos corporativos de pequeno
porte. No total, há 28 espaços desse tipo no Polo.
- Agências e operadores de atividades turísticas
Foram identificadas cinco agências e/ou operadores de atividades na região, sendo
três com atuação regular no território.
Atividades oferecidas:
• roteiros com motivação pedagógica;
• atividades de educação ambiental;
• atividades de aventura;
• passeios na jardineira de turismo;
• passeios na Represa Billings.
O Polo conta também com um PAT – Posto de atendimento ao Turista, em local
administrado pela prefeitura regional de Parelheiros com o apoio da São Paulo
Turismo e da Amteci e que deve ser fortalecido e divulgado para se transformar em
um importante ponte de apoio para o turismo local.
O que temos de melhor na oferta turística:
- Unidades de Conservação
- Presença indígena
- Sítios e agricultura (destaque para a orgânica)
Atrativos turísticos com considerável
potencial
- Entidades que desenvolvem ações para o desenvolvimento humano e cultural
- Oferta de cursos em temáticas interessantes (ex.: permacultura e agricultura orgânica)
Inovação no que se refere ao
desenvolvimento humano e experiências
comunitárias
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
47
...e o que é necessário avançar...
E a gestão do turismo do Polo?O processo de planejamento, estruturação e desenvolvimento turístico deve ser,
idealmente, discutido e compartilhado entre as partes interessadas e impactadas,
sejam elas ligadas ao poder público, iniciativa privada ou terceiro setor. Mesmo
quando o desenvolvimento turístico se constitui em uma estratégia de governo,
considera-se fundamental promover o diálogo entre os setores e instituições,
bem como a cooperação entre os atores envolvidos com a atividade.
Apesar de contar com atrativos relativamente estruturados, há um grande número de recursos turísticos , ou seja, potenciais atrativos que carecem de estruturação para serem ofertados aos turistas.
Os atrativos e equipamentos não se conectam e não oferecem produtos turísticos estruturados
Há poucos hotéis e pousadas com a função principal de atender turistas.
Carência de estabelecimentos de alimentação com estrutura mais qualificada.
Praticamente não há adoção de práticas sustentáveis pelos atrativos e equipamentos turísticos.
Necessidade de estruturação de
atrativos
Desconexão do território
Oferta restrita de hospedagem e
alimentação
Carência de adoção
de práticas sustentáveis
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
48
O Polo de Ecoturismo de São Paulo
conta com diversas entidades e
organizações que atuam diretamente
ou em áreas correlatas ao turismo,
tais como conselhos, associações
e órgãos públicos. No entanto, o
ambiente político-institucional oficial
da governança turística do Polo é o
Conselho Gestor do Polo de Ecoturismo,
o Congetur, instituído por Portaria
Municipal.
O Congetur possui caráter consultivo e participativo, sendo formado por
representantes do setor público, privado e sociedade civil e engloba os principais
segmentos ligados ao turismo do território. O Congetur possui ainda cadeira como
convidado no Conselho Municipal de Turismo da
cidade de São Paulo, o Comtur.
Uma função estratégica do Congetur, além de
promover a articulação entre os atores públicos,
privados e a sociedade civil, é pressionar pela
continuidade da política e projetos ligados
ao turismo, principalmente quando ocorrem
mudanças na gestão pública.
Além do Congetur, o Polo conta com o Grupo de
Trabalho Intersecretarial, instituído por portaria
municipal e composto por secretarias municipais, tendo como função viabilizar
a elaboração do Plano de Desenvolvimento Turístico da região, acompanhar e
incentivar a aplicação da lei que cria o Polo, além de integrar, propor, incentivar
e monitorar políticas, ações e investimentos das diversas secretarias na área de
atuação do GT.
É importante que a governança turística do território seja fortalecida e atue de modo
a promover o protagonismo local no desenvolvimento turístico!
A governança turística é entendida como um
ambiente de gestão democrática que compartilha responsabilidades e decisões
acerca do desenvolvimento turístico. Tais ambientes
devem envolver representantes de diversos
setores ligados direta ou indiretamente ao turismo.
O Congetur é o principal ambiente de discussão de propostas, regras e estratégias ligadas ao desenvolvimento turístico do Polo de Ecoturismo.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
49
O NOSSO CLIENTE: a demanda
Quem visita o Polo hoje?O público que hoje visita o Polo de Ecoturismo de São Paulo é prioritariamente
local. Os números apontam que 70% do fluxo é proveniente da própria cidade.
70%São Paulo capital
10%Interior de SP
2%Outros estados
2%Outros países
O segundo grupo mais importante de visitantes é originário de municípios do entorno (Mongaguá, Taboão da Serra, São Bernardo do Campo, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra e São Vicente), que representam 6% do fluxo total. Somados à região metropolitana e
outros municípios do interior de São Paulo, totalizam 10%.
masculino36,3%
16,1%não respondeu
47,5%feminino
0% 20% 40% 60%
16
16 a 22
23 a 30
31 a 42
43 a 56
+57
Não respondeu
Gênero e faixa etária da demanda real
0% 20% 40% 60%
Carro
Transporte público
Ônibus fretado
Bicicleta
Táxi
Outro
Não respondeu
0% 10% 20% 30% 40%
Amigo(s)
Cônjuge
Filho(s)
Sozinho
Parente(s)
Comp.(s) de trabalho
Não respondeu
Meio de transporte utilizado Com quem viajou
Meio de transporte e companhia da demanda real
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PT
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s, 2
017
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
50
17%
0% 5% 10% 15% 20%
Solo Sagrado
Borboletário
Cachoeiras
Centro Paulus
Parque Estadual da Serra do Mar
Aldeias
Pesqueiros
Asé llê Hozooane
Bairro da Colônia
Outros
Motivo da viagem e atrativos visitados pela demanda real
13%
7%3% 4%
56%lazer
outrostrabalho
cursos/educação
conhecer
atrativos específicos
26%indicação
24%internet
21%no Polo
8%intermediários
6%empreendimentos
4%mídia
2%divulgação
9%outros
MARSILAC
PARELHEIROS
GRAJAÚ
CIDADE DUTRA
PEDREIRA
JARDIM ÂNGELA
SOCORRO
CAMPOGRANDE
CIDADEADEMAR
JABAQUARA
CURSINOSACOMÃSANTO
AMARO
JARDIMSÃO LUÍS
CAPÃOREDONDO
CAMPOLIMPO
VILAANDRADE CAMPO
BELO
SAÚDE
MOEMAITAIMBIBI
MORUMBIVILASÔNIA
RAPOSOTAVARES
RIOPEQUENO
BUTANTÃ
JAGUARÉ
ALTO DEPINHEIROS
PINHEIROSJARDIMPAULISTA
VILAMARIANA IPIRANGA
VILAPRUDENTE
SÃO LUCAS
SAPOPEMBA
SÃO RAFAELIGUATEMI
CIDADETIRADENTES
JOSÉBONIFÁCIO
PARQUEDO CARMO
SÃO MATEUS
GUAIANASES
LAJEADO
VILACURUCA
ITAIMPAULISTA
JARDIMHELENA
SÃOMIGUELVILA
JACUÍ
ITAQUERAARTURALVIM
CIDADELÍDER
ARICANDUVA
VILAFORMOSA
ÁGUARASA
VILAMALTIDE
CARRÃO
ERMELINDOMATARAZZO
CANGAÍBA
PONTERASA
PENHA
TATUAPÉ
VILAMARIA
BELÉM
MOOCA
VILAMEDEIROS
TUCURUVI
JAÇANÃ
TREMEMBÉ
MANDAQUÍ
SANTANACASA
VERDELIMÃO
CACHOEIRINHA
FREGUESIADO Ó
BRASILÂNDIAJARAGUÁ
PIRITUBA
SÃO DOMINGOS
ANHANGUERA
PERUS
VILALEOLPODINA
BARRAFUNDA
PERDIZES
CONSOLAÇÃO
BELAVISTALIBERDADE
CAMBUCI
BRÁS
BOMRETIROSANTA
CECÍLIAREPÚBLICA
SÉ
4,8%CIDADE ADEMAR
26,6%CAPELA DOSOCORRO
1,0%JABAQUARA
3,9%SANTO AMARO
26,6%PARELHEIROS
3,9%M’ BOI MIRIM
1,4%CAMPO LIMPO
4,8%BUTANTÃ
4,8%LAPA
JAGUARA LAPA
2,4%PINHEIROS
0,5%IPIRANGA
0,5%VILA PRUDENTE
4,3%SÉ
VILAGUILHERME
PARI
0,5%ITAQUERA
0,5%GUAIANASES
1,0%PENHA
1,0%ARICANDUVA-
FORMOSA
1,4%MOOCA
0,5%VILA MARIA
0,5%TREMENBÉ-
JAÇANÃ
1,9%SANTANA
0,5%FEGUESIA
DO Ó
6,8%VILA MARIANA
Mapa da origem da
demanda turística atual
do polo
Fonte: Pesquisa de Demanda Real do Polo Ecoturístico de São Paulo. SPTuris, 2017.
Motivo da viagem e atrativos visitados pela demanda real
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
51
O que buscam hoje, na opinião dos empresários e profissionais locais, os turistas do Polo?
Na opinião dos empresários e profissionais que atuam no Polo, os turistas que
visitam os atrativos da região buscam primeiramente a natureza, palavra mais
repetida entre os entrevistados. Esta é, portanto, um fator motivacional chave,
transversal aos diferentes perfis de demanda atraídos, também expressa por outras
palavras, como “verde”, “Mata Atlântica”, “ambiente natural”, “cachoeiras” e “água”.
Em segundo plano estão palavras que evocam a relação com a natureza e com o
lugar, entre as quais estão “contato”, com sentido mais contemplativo; “interação”,
com sentido mais dinâmico e interativo e “vivências”, envolvendo uma interação
mais profunda e autêntica e de aprendizagem, reforçada pela palavra “diferente”,
que remete à busca por algo não usual.
17%
0% 5% 10% 15% 20%
Solo Sagrado
Borboletário
Cachoeiras
Centro Paulus
Parque Estadual da Serra do Mar
Aldeias
Pesqueiros
Asé llê Hozooane
Bairro da Colônia
Outros
Motivo da viagem e atrativos visitados pela demanda real
13%
7%3% 4%
56%lazer
outrostrabalho
cursos/educação
conhecer
atrativos específicos
26%indicação
24%internet
21%no Polo
8%intermediários
6%empreendimentos
4%mídia
2%divulgação
9%outros
Como ficou sabendo do Polo?
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
52
Que tipos de turismo existem no Polo hoje?
Turismo de Aventura e Ecoturismo
Praticado em geral por jovens, reconhecidos pelos empresários do Polo como um público que quer economizar, gastar pouco, “mochileiro”, de classe mais baixa, mas com alto grau de interesse nos atrativos naturais, como trilhas e cachoeiras, e nas atividades de aventura e cursos (rapel, rafting, etc.).
Turismo Religioso
Motivado pelos templos religiosos que estão presentes no território, especialmente o templo messiânico Solo Sagrado de Guarapiranga, que atrai números consideráveis de visitantes de diversas partes do Brasil e do mundo. Trata-se, porém, de um público com interesses específicos e que muitas vezes não possui outro contato com o Polo e com a região durante sua estadia na cidade.
Turismo Pedagógico
Presente em diversos equipamentos do Polo, é constituído por grupos escolares ou pedagógicos de diferentes perfis, seja de escolas públicas ou privadas. O foco é geralmente atividades de interação com a natureza e educação ambiental, adequadas aos conteúdos pedagógicos das diferentes faixas etárias e nos acampamentos de férias.
Eventos Regionais
Espaços de eventos com caráter regional, que atendem a casamentos, aniversários, confraternizações de empresas, ONGs, grupos religiosos, etc. As confraternizações de empresas e eventos corporativos tendem a se concentrar mais no fim do ano. No restante do ano, os espaços atendem aos diferentes perfis de eventos, especialmente casamentos no campo, para um público médio classe C (maior escala) e B (menor escala).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
53
Entre os grupos motivados por eventos, há também pessoas que vêm ao Polo
para participar de cursos de formação em antroposofia, além de terapias diversas
e retiros. Trata-se de um público diferente do anterior, geralmente da cidade de
São Paulo, de classe A/B, mas que também vem mobilizado pelo interesse em uma
atividade/evento programado, muitas vezes ofertado/organizado por terceiros.
Afinal, qual o turista desejado?Qual o perfil desejado na opinião dos empresários e profissionais locais?
Em maior escala a expectativa é de turistas e moradores da própria cidade de São
Paulo e, em menor, turistas do entorno e turistas de outras cidades, estados e países
em visita a São Paulo, que podem ser mobilizados à medida que a oferta do Polo se
agrega à oferta turística e à agenda de lazer da cidade.
Palavras citadas pelos empresários e profissionais locais sobre o interesse dos turistas
A aposta, de acordo com empresários e profissionais locais, é de um público mais
qualificado em dois sentidos: de maiores propensões de gasto e de maiores níveis
de interesse e engajamento com a proposta de experiência proporcionada pelo
Polo, seja cultural ou de natureza, embora os interesses específicos sejam diversos
e variados.
A partir dos nichos (tipos de turismo) trabalhados no Polo, das informações
obtidas do estudo de demanda, das oportunidades de mercado reconhecidas
por empresários e identificadas nos dados econômicos investigados foi possível
determinar público-alvo e as “personas” desejadas como turistas potenciais do Polo
de Ecoturismo de São Paulo.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
54
Nichos atuais e clientes potenciais do Polo de Ecoturismo de São Paulo
A definição de um público-alvo não significa que os equipamentos devem
desconsiderar os nichos específicos que já são trabalhados individualmente.
“PERSONAS“
Formadores de opinião
PAULISTANO
LOCAL E ENTORNO
TURISTA EM SÃO PAULO
EVENTOS RURAL
PEDAGÓGICOHOLÍSTICO/RELIGIOSO
ECOTURISTA E AVENTURA
Dentro do “ecoturismo e aventura” existem nichos ainda mais específicos que podem ser trabalhados, como, por exemplo, a observação de aves (birdwatching), o cicloturismo e o campismo.
NICHOS
MERCADOS POTENCIAIS
PÚBLICO-ALVO
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
55
Personas: Clientes potenciais do Polo de Ecoturismo de São Paulo
São pessoas fictícias que têm o perfil de formadores de opinião,
podendo influenciar a demanda potencial e, por isso, estão no topo
da pirâmide.
Após a definição das “personas” por um grupo de especialistas
e lideranças locais, foi feita uma pesquisa (focus group) com
representantes de cada perfil caracterizado, a fim de compreender
os hábitos e comportamentos relacionados a viagens e/ou
atividades de lazer.
Jovem aposentada
Mulher
+55 anos
aposentada
estabilizada $
solteira
viúva ou divorciada
ativa
investe em viagens, passeios
e experiências
Jovem engajado
Mulher/homem
18 a 26 anos
universitário
renda individual baixa/estagiário
+ consciente
preocupado com o desenvolvimento
social e sustentável
Hiperconectado
Adulto engajado
Mulher/homem
30 a 40 anos
solteiro e/ou casado sem filhos
estabilizado $
bem informado
+ consciente
interessado em desenvolvimento
sustentável, preservação da natureza, alimentação
saudável e bem estar
Família Consciente
Mulher/homem
40 a 50 anos
casado e com filhos/chefe de
família
estabilizado $
+ consciente/valores
predisposto a proporcionar experiências
na natureza aos filhos
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
56
O que dizem os clientes potenciais do Polo sobre uma viagem curta ou “escapada” ideal?
Uma viagem curta ideal está associada ao fazer o programado, mesmo que este
seja não fazer nada. Também está relacionada à maior interação com a paisagem,
com a natureza e maior sintonia com as pessoas que o acompanham.
Para passeios de um dia ou viagens curtas, é necessário receber algum aviso:
Convite de amigo ou parente com local para dormir / SMS / Ligação / Email
com sugestão / Evento no facebook / Post no facebook ou Instagram /
Visualizar foto de amigo no destino ou passeando / Whatsapp / IndicaçãoF
oto
: Jo
sé C
ord
eir
o/S
PT
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oto
: Jo
sé C
ord
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o/S
PT
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Esportes aquáticos
Casa do Rosário
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
57
O que é ideal para tempo livre ou viagens curtas?
Jovem aposentada
Desconectar;
“Andar + devagar”;
Entrar no ritmo daquela cidade;
Ganhar espaço;
Ouvir e sentir a natureza
(flores, sabor da terra, grilos,
vagalumes);
Sem regras – liberdade;
Ter novas experiências;
Aventurar-se com segurança.
Jovem engajado
Isolar-se com amigos / parceiro;
Desligar / Refúgio;
Dormir;
Desacelerar;
Sair da rotina;
Descontrair;
Aproveitar;
Agitar;
Movimentar;
Aventurar.
Adulto engajado
Relaxar;
Desligar (não trânsito/ trabalho);
Esquecer dos problemas;
Distração, ver a paisagem;
Sem compromisso;
Sair do automático;
Escolher o que fazer;
Tomar sol;
Namorar;
Alimentação gostosa;
Cerveja;
Hospitalidade.
Família Consciente
Estar com a família;
Programar-se para aproveitar mais
com menos;
Contato com animais e
natureza – “pé na terra”;
Proposta educacional;
Caseiro;
Relaxar;
Reconhecimento: oferecer o melhor
que puder aos filhos.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
58
Hábitos em viagens curtas ou passeios de um dia do viajante em potencial
Jovem aposentada
Jovem engajado
Adulto engajado
Família Consciente
QUANDOPelo menos 2x mês
1x mês 1-2x mês 1x mês
DISTÂNCIA? 1-2 horas 1-2 horas 1-2 horas 1-3 horas
COM QUEM? Amigas/família Amigos/parceiro Parceiro/família Parceiro/família
QUANTO TEMPO?
1-4 dias 1-2 dias 1-2 dias 1-2 dias
QUANTO PAGAM?
R$ 200 - 300 fdsR$ 100-150 dia /R$ 200 fds
R$150 dia / R$ 500 casal fds
R$ 200 casal dia / R$ 500 família fds
MOTIVAÇÃO DAS VIAGENS CURTAS / PASSEIOS DE 1 DIA
Resgate do campo, do rural, com a leveza, calma e alegria (de uma aventura calculada e segura) que me deixe viva e renovada.
Possibilidade de me desligar de tudo e de todos e com bastante distração.
Descansar minha mente dos problemas do dia a dia e poder ter o mínimo de conforto e prazer como recompensa
Chance de entreter todos e ainda ensinar a felicidade encontrada nas descobertas e na simplicidade
EXPERIÊNCIA PRÉVIA: EXEMPLO DE DESTINOS PARA VIAGENS CURTAS E/OU PASSEIOS DE 1 DIA
Poços de Caldas, Águas de Lindoia, Embu das Artes, Horto Florestal, Águas de São Pedro, Guararema, São Lourenço da Serra, Socorro, Amparo, Monte Sião, Pedreira, Brotas, São Roque e Santo Antônio do Pinhal
São Tomé das Letras, Serra da Cantareira, Guarulhos, Guarujá , Praia Grande, Itanhaém, Brotas, Juquitiba, Ibiúna, Elias Fausto, Ubatuba e São Francisco Xavier
Campos do Jordão, Serra Negra, Mairiporã, Riacho Grande, Atibaia, Jaguariúna, Socorro, Botucatu, Águas de Lindoia, Valinhos, Sorocaba, São Roque, Boituva, Brotas e Capitólio
Águas de Lindoia, Paraty, Ubatuba, Santos, Santa Isabel, Jaguariúna, São Lourenço da Serra, Embu das Artes e Bernardino de Campos
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
59
O que motivaria o viajante em potencial a conhecer o Polo de Ecoturismo de São Paulo?
MOTIVAÇÃO PRINCIPAL: NATUREZA E ATIVIDADES AO AR LIVRE• Ecoturismo, Contemplação e
Aventura
• Animais / Natureza / Água /
Vegetação
• Preservação / Sustentabilidade
MOTIVAÇÃO SECUNDÁRIA: SENSORIAL / EXPERIMENTAÇÃO / PALADAR / OLHAR / OLFATO• Rural, Cultivo de Plantas, Local,
Orgânico, Rústico, Pescaria:
cachaça (sabor diferente),
colheita e venda de orgânicos,
degustação / Aulas / Workshops e
educacional
• Cratera de Colônia:
desconhecido, descoberta
MOTIVAÇÃO TERCIÁRIA: CULTURA, PATRIMÔNIO E TEMPLOS• Preservação histórico-cultural e
artística
• Religiosidade e templos
• Turismo étnico/indígena
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
60
Além das motivações, o que influencia na decisão?
As motivações principais do turista e visitante em potencial estão ligadas ao
contato com a natureza e seus elementos, com as atividades ao ar livre e com as
propostas de preservação e sustentabilidade, desde que elas possam ser “vistas”
e vivenciadas efetivamente nas atividades lúdicas, equipamentos e serviços; as
motivações secundárias estão associadas a ofertas que podem despertar sensações
por meio da experimentação, interação e novas descobertas – onde as atividades
rurais ganham destaque; já as motivações terciárias se relacionam às propostas
de turismo cultural e étnico. Nesse caso, os participantes citam a necessidade de
contextualização do patrimônio e dos estímulos culturais que promovam interação,
para que tenham maior valor e sejam considerados durante a visita.
Tempo; Orçamento; Informações sobre a infraestrutura
local; Comentários de outros viajantes; Estradas / Acesso
/ Transporte / Estacionamento; Hospedagem / Serviços /
Atividades; Alimentação / Bebidas; Segurança no trajeto
e no local; Informações sobre o local / atrativos.
O que
mais tem
influência?
Likes- Possibilidade para toda a família / amigos – diversidade;
- Contemplação e natureza;
- Turismo de Aventura / Ecoturismo em São Paulo;
- Vegetação nativa;
- Atividades educacionais;
- Lazer ecológico.
Dislikes- Desconhecido;
- Não conhece o acesso / infraestrutura local;
- Faltam informações para organizar a viagem;
- Qual é a proposta objetiva de lazer?;
- Ofertas culturais “descontextualizadas”.
Diferenciais do Polo
- Surpreende pela quantidade e variedade de atrativos;
- Não é apenas um Polo de Ecoturismo;
- Fica dentro de São Paulo;
- Ninguém conhece (o que pode ser positivo e negativo).
Entre os quatro perfis ideais, a identificação do turista possível considera aqueles
perfis que poderiam ter interesse em realizar a visita no curto prazo, a partir de
esforços mínimos de organização/estruturação da oferta e de comunicação.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
61
Jovem aposentada Jovem engajado Adulto engajado Família Consciente
A diversidade de atividades a serem exploradas.
Preocupa o acesso e hospedagem
Atraídos pelas atividades de aventura e contemplação.
Questionam a possibilidade de hospedagem e bebidas
Contemplação e possibilidade de diversão perto de SP.
Questionam toda a infraestrutura e segurança, acesso e a alimentação.
Atividades de aventura, proposta educacional de preservação da natureza e cultural.
Questionam a infraestrutura, segurança, alimentação e acesso.
As Jovens Aposentadas e os Jovens Engajados expressaram maior nível de interesse
pelo Polo e predisposição explícita para a viagem no curto prazo, assim como
menor nível de exigência de infraestrutura relativamente. Demonstraram bastante
interesse pelas atividades e ofertas e poderiam considerar o roteiro a partir de
informações objetivas sobre os serviços de hospedagem, alimentação e condições
facilitadas de acesso, especialmente se organizadas.
As Famílias Conscientes são mais exigentes em relação à informação, infraestrutura,
alimentação, segurança e acesso (“com todo mundo tem que ter mais estrutura –
banheiro, um restaurante melhor, wi fi para o filho adolescente, saúde / pronto-
socorro se acontecer alguma coisa”). Ao mesmo tempo são mais adaptáveis a
propostas mais “simples”, que envolvam toda a família e “de menor custo” (“falta
perto de São Paulo uma coisa bacana que caiba pra todo mundo e no bolso”), têm
grande atração pelas ofertas, atividades e experiências que o Polo já oferece e que
pode vir a oferecer (ecoturismo, educacional, preservação da natureza e cultural).
Os Adultos Engajados são públicos potenciais para maiores gastos (desde que
percebam boa relação custo x benefício do programa), aceitam um pouco mais
de risco nas viagens curtas, não fazem muita pesquisa e também não gostam de
se programar com muita antecedência. Querem a liberdade de “decidir e ir”, mas
com a segurança de que vai dar tudo certo. Nesse aspecto, a chancela / opinião
de quem já foi é essencial. São mais exigentes sobre infraestrutura, segurança,
serviços, acesso e principalmente alimentação (é um fator preponderante, não
necessariamente que haja grande diversidade, mas um equipamento realmente
diferenciado).
Inte
ress
es
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
62
Olhando para bons exemplos: destinos próximosAs boas práticas que estão sendo desenvolvidas por destinos até 300 km de São
Paulo, que já trabalham com o segmento de viagens na natureza, podem ser
consideradas vantagens competitivas, na medida em que servem como modelos
comparáveis e replicáveis ao Polo de Ecoturismo de São Paulo.
PRESTADORES DE SERVIÇOS CERTIFICADOS
EM NORMAS TÉCNICAS
Socorro e Brotas são considerados referência nos segmentos de ecoturismo e turismo de aventura e têm mantido o bom desempenho em parte pela credibilidade e tranquilidade aos praticantes das modalidades por possuírem prestadores de serviços turísticos certificados nas normas técnicas do segmento. O estímulo à adequação às normas técnicas é, portanto, um importante diferencial competitivo para destinos que atuam no segmento.
EMPRESÁRIOS MOBILIZADOS COM
PARTICIPAÇÃO ATIVA NA GESTÃO DO DESTINO
Um dos sinais positivos no desenvolvimento de destinos turísticos é a natural e necessária mobilização e articulação entre o setor privado. Entidades representativas devem ter protagonismo na gestão dos destinos pautando, principalmente, as políticas públicas para o setor, como, por exemplo, a Abrotur, em Brotas. O fortalecimento e a participação das entidades existentes no Polo é fundamental.
TURISMO ACESSÍVEL COMO DIFERENCIAL
COMPETITIVO
Uma das mais importantes referências é o tema da acessibilidade, tão bem representado no destino de Socorro. Além de ser uma agenda inclusiva, é um nicho de demanda estratégico, tendo em vista o número expressivo de pessoas com deficiência no Brasil e no mundo, bem como a grande carência de oferta turística apta a receber essa demanda reprimida.
COMUNIDADES TRADICIONAIS
ENGAJADAS E RECEBEM APOIO DE INICIATIVAS
INDEPENDENTES
Dada a fragilidade das comunidades tradicionais que lutam historicamente para preservar sua cultura, e a complexidade no relacionamento com a sociedade moderna, dificilmente núcleos quilombolas ou tribos indígenas conseguem se inserir no mercado turístico de forma independente. Assim, projetos sociais e culturais são viabilizados para dar adequado suporte na condução de um trabalho que precisa ser cauteloso. Os casos da Aldeia Boa Vista e Quilombo da Fazenda Picinguaba, ambos em Ubatuba, são interessantes pelas interlocuções e parcerias institucionais.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
63
PRESENÇA INDÍGENA INTEGRADA À ATIVIDADE
TURÍSTICA
A visitação a aldeias indígenas representa uma curiosa experiência para diversos perfis de turistas. Há de se ter cuidado, no entanto, com possíveis impactos negativos, como o choque de culturas, a “produtificação” das comunidades e costumes e a influência dos recursos financeiros abundantes no turismo de massa. A aldeia Boa Vista, em Ubatuba, tem um formato de visita extremamente interessante, não permitindo a intermediação no processo de visita e sendo obrigatório o agendamento por meio da própria tribo, o que indica uma atividade turística que acontece conforme o tempo e condições estipulados pelos indígenas.
EXISTÊNCIA DE COLETIVO CULTURAL
RECONHECIDO - PONTO DE CULTURA
Pontos de cultura frequentemente significam diferenciais competitivos em destinos turísticos por reunir de forma organizada as expressões culturais de um povo ou região, contribuindo para sua valorização, continuidade e disseminação, como é o caso do Quilombo da Fazenda Picinguaba, em Ubatuba. Ainda que não sejam reconhecidos pelo Ministério da Cultura, o incentivo e o fortalecimento dos indivíduos ou coletivos culturais do Polo devem ser parte das linhas de ações previstas no plano, especialmente os que já vêm de forma espontânea se associados à atividade turística.
PROJETOS DE INCLUSÃO PRODUTIVA
ASSOCIADOS A AÇÕES DE REFLORESTAMENTO
O projeto Juçara, iniciativa com foco na consolidação da cadeia produtiva da juçara no Quilombo da Fazenda Picinguaba, foi pioneiro e uma referência inovadora na área de reflorestamento da Mata Atlântica de espécie em extinção, ao mesmo tempo em que gera renda e alternativas econômicas para comunidades tradicionais por meio da produção de poupa e venda de sementes que repovoam os territórios da Serra do Mar. O Polo divide o mesmo Parque Estadual, e ideias como essa podem reforçar a identidade turística de um destino que tem metade da área verde da capital paulista.
AGROTURISMO E AGRICULTURA ORGÂNICA
Segmento complementar em Socorro, o agroturismo exercido com o turismo rural e acompanhado da agricultura orgânica vem ganhando força no destino. Esse nicho é substancialmente potencial no Polo de Ecoturismo de São Paulo, tendo em vista a crescente demanda do homem urbano por um relacionamento diferente com a alimentação e o meio ambiente. O desafio é criar produtos turísticos capazes de atender às expectativas e promover uma experiência genuína.``
EXISTÊNCIA DE CANAIS DIRETOS DE
COMUNICAÇÃO COM OS TURISTAS
Um dos elementos mais importantes na competitividade de um destino turístico diz respeito a sua capacidade de se comunicar com a respectiva demanda: o exemplo da comunidade tradicional Quilombo da Fazenda Picinguaba merece destaque, pois representa um esforço de divulgação que certamente gera resultados. Eles possuem website próprio, com definição dos profissionais que irão receber agendamentos por telefone e e-mail, atrativos e produtos bem definidos, precificados e com nível de dificuldade visíveis. Há a opção de compra individual ou em grupos, sendo possível adquirir roteiros predefinidos. Estratégias claras de marketing como essas, assim como a construção de experiências e a objetividade comercial são tão importantes quanto o desenvolvimento de ações promocionais e de divulgação.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
64
Orquidário
Fo
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Como a oferta e o mercado se conectam?
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
66
Forças competitivasApoiadas na análise das principais tendências e oportunidades de mercado e
considerando a oferta turística do Polo, somada ao conhecimento do perfil do
cliente potencial, foram identificadas as principais forças competitivas do Polo.
FORÇAS COMPETITIVAS
TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES
DE MERCADO
OFERTA TURÍSTICA
DEMANDA POTENCIAL
Entende-se como forças competitivas o potencial do destino em oferecer produtos e serviços que podem resultar em experiências turísticas valorizadas por turistas e visitantes, considerando o perfil da demanda turística potencial, assim como de características que favorecem o desenvolvimento sustentável do setor.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
67
E quais as principais forças competitivas do Polo de Ecoturismo da cidade de São Paulo?
Localização
O Polo de Ecoturismo integra a cidade de São Paulo, que é o maior e mais importante
centro emissor de turistas do País. Além de demandar grande variedade de opções
de lazer em seu território, há uma tendência internacional de busca crescente por
espaços naturais para atividades de lazer e turismo.
Presença do bioma Mata Atlântica preservado e com extensão significativa
Ter uma área com a extensão e importância ambiental da Mata Atlântica em plena
megalópole é um fato que merece ser destacado.
Principais forças
competitivas do Polo de
Ecoturismo
Produção orgânica e vivências
Presença indígena
Diversidade sociocultural
Boas práticas de inovação social Participação
ativa na transformação
social
Cultura do interior (desaceleração)
Qualidade dos recursos
Diversidade e qualidade de áreas protegidas
Presença de Mata Atlântica extensa e conservada
Localização: maior
mercado emissor do
país
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
68
Diversidade e qualidade ambiental das áreas protegidas
A presença de Unidades de Conservação (UCs) e áreas protegidas contribui para
a defesa do meio natural da região e a existência de matas preservadas, além das
Áreas de Proteção Ambiental.
Qualidade ambiental dos recursos hídricos
A presença de rios e cachoeiras com águas propícias ao uso recreativo em uma
cidade tão habituada a conviver com a poluição é também um ponto que merece
destaque.
Cultura do interior, ruralidade
A região, classificada oficialmente como zona rural, conta com a presença de
sítios e chácaras com atividades agrícolas e características gerais que remetem à
ruralidade típica do interior. A impressão de desaceleração do cotidiano agitado da
grande cidade é percebida em grande parte do território.
Possibilidade de participação ativa na transformação social / Compartilhamento de experiências
O potencial de desenvolvimento de atividades que possibilitam a interação e a
vivência, tais como aquelas propiciadas pelos coletivos socioculturais (como
exemplo o sarau do Sarauê), a questão rural (com destaque para a vivência do
cultivo de orgânicos), entre outros, tem capacidade para experiências turísticas
que enaltecem o sensorial e criam oportunidades de transformação para ambos os
lados (comunidade e turista/visitante).
Laboratório de inovação social / boas práticas locais
A possibilidade de colocar a mão na massa e aprender efetivamente a partir das
boas práticas locais, sejam elas ligadas ao meio ambiente (como a questão da
permacultura), rural (agricultura orgânica), economia criativa, mobilização social,
entre outras.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
69
Diversidade sociocultural
O processo histórico de formação da região contribui com ampla diversidade
sociocultural do território. Isso cooperou também para a instalação de equipamentos
que se configuram em recursos e atrativos interessantes na região, tais como
aqueles ligados à questão religiosa (a exemplo do Solo Sagrado), indígena e rural
(cultivo de orgânicos e plantas ornamentais por influência da cultura japonesa).
Presença indígena
A presença da comunidade Guarani com seus costumes e tradições é, sem dúvida,
um aspecto de grande interesse turístico. No entanto, considera-se importante que
sejam estabelecidas estratégias que promovam o fortalecimento e valorização da
cultura indígena por meio do turismo, criando mecanismos para que a atividade
seja de fato respeitosa e minimamente impactante, no que se refere aos aspectos
ambientais e culturais.
Produção orgânica e vivências relacionadas
O potencial da agricultura orgânica é a grande joia do território. A possibilidade
de inserção da produção orgânica na cadeia do turismo e o potencial de
desenvolvimento de atividades de vivência ligadas à temática são aspectos que
podem agregar muito valor à experiência turística. Vale ressaltar ainda que a prática
proporciona o uso adequado à conservação dos recursos naturais, estando alinhada
com os fundamentos da sustentabilidade.
Linhas de ProdutosA partir das forças competitivas e os principais
atrativos identificados, foram desenhadas
linhas de produtos turísticos, ou seja, grupos de
produtos turísticos com características comuns
que atendem às necessidades específicas de
mercado. A união dos atrativos se dá por terem
públicos-alvo similares, usarem os mesmos
canais de distribuição, oferecerem práticas
de preços equivalentes, entre outros fatores
complementares.
Linhas de produto são agrupamentos de atrativos e produtos turísticos (tais como circuitos, roteiros, rotas e pacotes) que têm características comuns e visam atender às necessidades específicas de mercado.
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PRINCIPAIS ATRATIVOS RELACIONADOS
Borboletário Águias da Serra, Sítio Paiquerê, Cachoeira de Marsilac / Parque de Aventura, Parque Estadual da Serra do Mar
CARACTERÍSTICAS
Unidades de Conservação, atividades e vivências
na natureza ou em áreas protegidas
PRINCIPAIS ATRATIVOS RELACIONADOS
Sítio Paiquerê , Recanto Magini - produtos de Cambuci, demais sítios agrícolas
CARACTERÍSTICAS
Cultura do interior, produção agrícola
(destaque para a produção orgânica), desaceleração
do cotidiano
PRINCIPAIS ATRATIVOS RELACIONADOS
Borboletário Águias da Serra, Sítio Paiquerê, Casa Ecoativa, Parque Estadual da Serra do Mar, Sítio 13 Luas
CARACTERÍSTICAS
Possibilidade de “colocar a mão na massa” e aprender a partir das boas práticas locais,
sejam elas ligadas ao meio ambiente (como a questão da permacultura), rural
(agricultura orgânica), economia criativa, mobilização social, dentre outros.
PRINCIPAIS ATRATIVOS RELACIONADOS
Solo Sagrado, Ase Ylê do Hozooane, Centro Paulus
CARACTERÍSTICAS
Atividades ligadas a questões espirituais e
holísticas
PRINCIPAIS ATRATIVOS RELACIONADOS
Casa Ecoativa, Aldeias indígenas, Asé Ylê do Hozooane
Sarauê e Vinil na Kombi
CARACTERÍSTICAS
Atividades de interação e a vivência com capacidade para experiências
turísticas que enaltecem o sensorial e criam oportunidades de transformação para ambos os lados
(comunidade e turista/visitante)
natureza
ruralidade
laboratório vivo
desenvolvimento e bem-estar
experiências comunitárias
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71
Para cada linha de produto foi analisada a aderência de mercado, ou seja, o
alinhamento da linha de produto para cada um dos quatros perfis de público
potencial. Assim, considerando as características da demanda, cada linha de produto
pode ter alta, média ou baixa aderência ao perfil dos potenciais consumidores.
ALTA MÉDIA BAIXA
natureza
Aderência à demanda
Jovem aposentada
Adulto engajado
Família Consciente
Jovem engajado
A natureza é a única linha de produto com potencial de aderência a todos os perfis
de público potencial.
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72
ALTA MÉDIA BAIXA
ruralidade
Aderência à demanda
Jovem aposentada
Adulto engajado
Família Consciente
ALTA MÉDIA BAIXA
laboratório vivo
Aderência à demanda
Jovem aposentada
Adulto engajado
Família Consciente
Jovem engajado
*Jovem engajado não possui aderência
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ALTA MÉDIA BAIXA
desenvolvimento e bem-estar
Aderência à demanda
Jovem aposentada
Adulto engajado
Família Consciente
ALTA MÉDIA BAIXA
experiênciascomunitárias
Aderência à demanda
Jovem aposentada
Adulto engajado
Família Consciente
Jovem engajado
*Jovem engajado não possui aderência
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74
Jovem aposentada
A jovem aposentada é o perfil estrela para o Polo
de Ecoturismo de São Paulo. Tem alto grau de
aderência a três linhas de produtos e é um perfil
que, com poucos ajustes na estruturação de
produto nas linhas com maior aderência, tem
excelente potencial de visitação ao destino.
Adulto engajado
Para o adulto engajado, o destino deve apostar nas
linhas natureza, laboratório vivo e experiências
comunitárias. Por ser um perfil mais exigente, a
estruturação e o desenvolvimento de produtos
devem se dar de maneira mais completa e efetiva.
Jovem engajado
O jovem engajado possui maior aderência à linha
de produto natureza e média aderência às linhas
laboratório vivo e experiências comunitárias. Para
esse perfil de público, não se recomenda esforços
nas linhas de ruralidade e desenvolvimento e
bem-estar.
Família Consciente
A família consciente tem maior aderência às
linhas natureza e laboratório vivo. Pelos mesmos
motivos do adulto engajado, a estruturação e o
desenvolvimento de produtos devem se dar de
maneira mais completa e efetiva.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
75
DesafiosApesar do potencial, ainda há desafios para o desenvolvimento do turismo no Polo
que, muitas vezes, extrapolam o turismo e têm a ver com questões estruturais,
sociais ou ambientais do território.
Desafios Estruturais
O local apresenta sérias carências de infraestrutura básica e urbana, como o
saneamento básico e a coleta de resíduos, por exemplo. Há ainda dificuldades
de deslocamento e mobilidade, sendo frequente a existência de trânsito para
chegar ao local. O acesso e a estrutura viária da região estão aquém da ideal o que
compromete de maneira considerável o acesso aos atrativos e equipamentos. É
praticamente ausente a presença de elementos de acessibilidade para portadores
de deficiência nos atrativos, equipamentos e serviços de apoio ao turismo. Um
ponto também frágil é o sinal de celular e internet: há diversos pontos sem ou com
cobertura reduzida das operadoras de telefonia.
Desafios Sociais
Foram observadas poucas iniciativas de empreendedorismo e baixa qualificação da
mão de obra local voltadas à atividade turística ou correlacionadas, sendo importante
Infraestrutura básica e urbana
Acesso e estrutura viária
AcessibilidadeSinal de celular
e internet
Empreen-dedorismo
Mão de obra local
SegurançaTurismo em terras indígenas
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
76
o fortalecimento do capital social e incentivo às práticas empreendedoras. Por ser
uma área de periferia, com alta vulnerabilidade social, há ocorrências negativas
ligadas à segurança.
Do ponto de vista social, é importante destacar que o turismo em terras indígenas é
complexo e envolve questões delicadas, como a necessidade de ações de proteção
da cultura e natureza local, a compatibilização de interesses diversos e a desintrusão
de áreas antes ocupadas por particulares, por exemplo.
Desafios Ambientais
Apesar de serem uma grande riqueza do território, as UCs carecem de estratégias,
estruturas e gestão voltadas ao uso público e utilização turística. Além disso, os
moradores locais possuem pouco entendimento sobre a importância e o valor da
natureza local e pouco se envolvem na conservação e na proteção da biodiversidade.
A região carece ainda de gestão ambiental mais efetiva, demandando maior
integração entre programas relacionados ao meio ambiente por diversos órgãos
e esferas. A falta de regularização fundiária e as invasões têm consequências
prejudiciais ao território e, além de causar insegurança e transtorno para moradores
e empreendimentos turísticos, comprometem ainda novos investimentos.
Gestão para uso público das UCs
Percepção sobre valor da natureza por moradores
Gestão ambiental
Regularização fundiária e
invasões
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77
Desafios de Comunicação
O desconhecimento e a falta de informação sobre o destino contribuem para a
insegurança da demanda potencial em conhecer a região. Além disso, o estudo
de demanda potencial apontou casos em que os entrevistados já tinham ouvido
falar da região ou dos bairros que a compõem, porém, vinculados a uma imagem
negativa, que tem relação com o problema de segurança local.
Desafios Turísticos
Há carência de produtos turísticos formatados na região. O que se encontra são
atrativos e equipamentos dispersos, sem organização. Embora haja serviços
e equipamentos de apoio, tais como restaurantes e lanchonetes e serviços de
entretenimento, por exemplo, há poucas opções voltadas a um público mais exigente
no que se refere à qualidade. Diretamente ligado à questão da oferta pequena de
produtos turísticos, observou-se que há poucas iniciativas de conexão entre
atrativos e equipamentos e de ações conjuntas entre empresários, poder público
e demais prestadores de serviços turísticos (muitos atores nem se conhecem). Os
equipamentos e atrativos da região carecem de capacitação para sustentabilidade
e competitividade, o que contribui com a baixa inovação na maneira de ofertar
atividades turísticas. No que diz respeito à gestão turística, apesar de contar com
um Conselho estruturado (Congetur), a governança turística precisa evoluir no que
se refere a sua organização, legitimidade e efetividade. Esse fato contribui para a
questão da conexão do território e a pouca oferta de produtos turísticos estruturados.
Informação do destino
Percepção negativa sobre a
região
Oferta de produtos turísticos
Serviços e equipa- mentos de
apoio
Desconexão do território
Sustentabi- lidade e
competiti- vidade
Governança
Parque Estadual da Serra do MarNúcleo Curucutu
Fo
to: J
osé
Co
rde
iro
/SP
Tu
ris
Estratégia de desenvolvimento turístico:
polo de ecoturismo de são paulo
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
80
MacroestratégiaTurismo como vetor de integração da conservação do meio ambiente, inclusão
social e desenvolvimento econômico do território.
Os estudos e resultados que subsidiaram a construção do Plano indicam que o
turismo é uma das principais atividades, senão a principal, capaz de integrar as
questões econômicas e socioambientais do Polo de Ecoturismo de São Paulo,
consolidando uma visão de desenvolvimento territorial sustentável.
Trata-se de uma atividade que pode ser forte aliada na conservação do meio
ambiente, uma vez que é capaz de promover a conscientização ambiental e a
valorização da natureza; pode fomentar a integração e o respeito entre diferentes
grupos sociais e contribuir para a diminuição das desigualdades, incluindo a
comunidade local como parte ativa do processo de desenvolvimento. Pode ainda
estimular a geração de renda, emprego e distribuição de riquezas, contribuindo
para o desenvolvimento econômico, alinhado aos princípios da sustentabilidade.
Conservação do meio
ambiente
Inclusão social
Desenvolvi-mento
econômico
TURISMODesenvolvimento
sustentável
Polo de Ecoturismo de São Paulo Estratégia de Atuação
Estruturação e ampliação do Turismo
Desenvolvimento de Base
Desenvolvimento territorial
associado ao Turismo
Forças Competitivas
Desafios
- Aprimoramento do Produto
Turístico
- Fortalecimento da Governança
- Promoção e Apoio à
Comercialização
- Valorização e Fortalecimento da
Cultura Indígena
- Produção Agrícola Orgânica
associada ao Turismo
- Infraestrutura Básica e Urbana
- Fortalecimento Ambiental
+ =
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
81
As características culturais e ambientais particulares que demonstram ser a fonte das
principais forças competitivas do Polo são, ao mesmo tempo, áreas fundamentais
para a conservação de serviços ambientais que contribuem com aspectos vitais da
metrópole como um todo (água potável, alimentos e qualidade do ar, entre outros)
e a preservação de parte de sua identidade.
As Unidades de Conservação estabelecidas, apesar de contribuírem para a
conservação, controle da poluição e biodiversidade, têm seus objetivos ameaçados
pelas ocupações irregulares.
A produção de alimentos também tem papel fundamental para o abastecimento
da metrópole. O Plano Diretor da Cidade de São Paulo define grande parte da
região sul de São Paulo como zona de contenção urbana e uso sustentável, ou
até preservação de ecossistemas naturais, ambas com forte sobreposição à área do
Polo. Considerando que trata-se da principal parcela do território municipal com
essas finalidades, e diante da escassez de áreas de produção agrícola próximas ao
centro, a agricultura orgânica se apresenta como uma grande oportunidade para
os habitantes locais, com forte potencial de integração nas cadeias de consumo
urbanas.
Esse cenário de oportunidades de conciliação entre o potencial turístico e a
valorização dos ativos socioambientais é complementado pela presença de povos
tradicionais na região, como a comunidade indígena.
Em paralelo, não menos importante, há um grande desafio de garantir a melhoria
da condição de vida de um expressivo contingente populacional que habita a área
compreendida pelo Polo de Ecoturismo de São Paulo e suas adjacências.
Elementos como a violência e precariedade de serviços básicos, além de ferir
direitos humanos básicos das populações que lá habitam, impedem a concretização
da demanda potencial do Polo de Ecoturismo de São Paulo como elemento
transformador da realidade local e promotor do desenvolvimento sustentável no
território.
A macroestratégia vislumbrada busca convergir esse diagnóstico situacional
com a possibilidade de estruturação e desenvolvimento do destino turístico,
com potencial de novos atrativos e produtos. Vale destacar que o Polo apresenta
ações relacionadas à organização e ordenamento territorial em prol da proteção
e salvaguarda dos bens ambientais e culturais, bem como um visível processo
de evolução e fortalecimento da governança, que favorecem a implementação a
médio e longo prazo dos objetivos do presente Plano.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
82
Importante destacar que por ser uma área ampla, com diversas outras atividades
e demandas envolvidas além do turismo, outros planos com diversos objetivos
estão sendo elaborados no momento de conclusão desse documento. A consulta e
sinergia com esses planos e ações devem ser considerados. Destaque para o Plano
da Mata Atlântica e o Plano de Desenvolvimento Rural Solidário e Sustentável.
Desenvolvimento de BaseAs regiões que buscam no turismo um meio de desenvolvimento sustentável
inclusivo precisam estar minimamente estruturadas em diversos aspectos,
sobretudo no que se refere à infraestrutura, acesso a serviços básicos e ordenamento
territorial. Tratam-se de elementos básicos que viabilizam condições de vida
dignas à população local e, ao mesmo tempo, prestam suporte a qualquer atividade
socioeconômica que ali se estabeleça, como no caso do turismo.
A região, conforme já destacado, apresenta problemáticas sociais e urbanísticas
complexas e se caracteriza pela pouca incidência de políticas públicas adequadas
à complexidade local. Atualmente, o território pode ser caracterizado por uma área
periférica que possui certo desordenamento urbano e alta vulnerabilidade social.
Há, portanto, iniciativas de base que, se não implementadas, relegam a região do
Polo a uma condição de negligência socioambiental e minam a efetividade dos
esforços para o desenvolvimento do turismo sustentável e inclusivo.
Estruturação e Ampliação da Atividade Turística
Desenvolvimento Territorial associado ao Turismo Sustentável
Desenvolvimento de Base
Diretrizes Estratégicas
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
83
Nesse sentido, o Programa de Infraestrutura Básica e Urbana e o Programa de
Fortalecimento Ambiental visam apoiar o desenvolvimento de base, ou seja,
estabelece condições mínimas que o território precisa apresentar para que as
demais linhas de ação apresentem resultados.
1 Programa de Infraestrutura Básica e Urbana
No que se refere às deficiências de infraestrutura, as principais questões com
grande impacto na atividade turística regional relacionam-se à infraestrutura de
acesso, comunicação, orientação ao visitante e segurança.
A ocorrência e a grande repercussão de incidentes ligados à segurança pública,
que colocam a região entre as mais violentas da capital, limitam a atratividade do
Polo. A falta de estrutura e comunicação viária, iluminação e outros equipamentos
que favorecem a atividade turística também são elementos-chave que dificultam a
exploração de todo o potencial do local pelos visitantes.
Os projetos apresentados no escopo desse programa visam, portanto, eliminar
essas barreiras. Ainda assim, há uma série de outras questões não contempladas no
âmbito do programa, que prestariam suporte à atividade turística na região, como,
por exemplo, a melhoria da infraestrutura de telecomunicações, de saúde pública
e de educação.
2 Programa de Fortalecimento Ambiental
As questões de ordenamento territorial com
foco na conservação ambiental e inclusão
social complementam o eixo estruturante que
possibilita o desenvolvimento do turismo no
Polo de Ecoturismo de São Paulo. Ações como
a regulação fundiária e a gestão adequada das
UCs locais, o respeito à legislação ambiental e
às diretrizes do Plano Diretor, a valorização do
meio ambiente por meio de atividades educativas
e a adequação da infraestrutura e serviços de
saneamento básico fazem parte do escopo de
projetos idealizados no âmbito desse programa.
As principais fragilidades socioambientais presentes no território estão diretamente associadas ao processo de ocupação desordenada. A integração governamental e social para a regularização fundiária e para o saneamento básico do território são pressupostos fundamentais para seu processo de estruturação.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
84
A implantação dessas iniciativas beneficiaria
não somente os habitantes da região e a
atividade turística, como também grande
parte dos habitantes da Grande São Paulo.
O Polo de Ecoturismo e suas adjacências
concentram o maior fragmento preservado
de Mata Atlântica na capital do estado,
além de contar com corpos hídricos que
garantem o abastecimento de água de
aproximadamente 4 milhões de pessoas,
por meio do Sistema Guarapiranga-Billings.
São, ainda, inúmeros os serviços ambientais e ecossistêmicos prestados pelas
áreas de vegetação natural no território, tais como a própria recarga e garantia de
qualidade desses mananciais e a purificação do ar.
Desenvolvimento Territorial associado ao Turismo SustentávelO turismo como oportunidade de desenvolvimento só se concretizará se conectado
às características físicas e socioeconômicas locais. É preciso que se criem
dinâmicas territoriais associadas à preservação do meio ambiente e à valorização
da diversidade sociocultural, que, além de importantes para a sustentabilidade na
região, são a origem vocacional do Polo de Ecoturismo de São Paulo.
O baixo índice de urbanização dessa porção da metrópole permitiu que se
preservasse a identidade cultural marcada pela ruralidade, com grande influência
de colonos e presença de populações indígenas.
Porém, à medida que o centro urbano paulistano passa por processo de saturação,
aumenta a pressão pela ocupação de áreas ainda de baixa densidade populacional.
Os riscos de deterioração da paisagem natural e de perda da tradição local são
relevantes, o que minaria o potencial turístico da região, alteraria o equilíbrio
ambiental da principal área de preservação da cidade de São Paulo e poderia resultar
em processos nocivos à população local, como a gentrificação ou o aumento das
áreas de ocupação irregular.
Nesse sentido, são propostos dois programas com incidência sobre temas
diretamente relacionados à valorização da identidade e cultura locais, com impacto
positivo para o turismo, da preservação do meio ambiente e da melhoria da condição
de vida dos habitantes da região. O Programa de Valorização e Fortalecimento da
Cultura Indígena trabalha com a perspectiva da valorização dos povos tradicionais
ali presentes em toda sua riqueza e complexidade, enquanto que o Programa de
A fiscalização e monitoramento ambiental são necessários para o território. Nesse sentido, recomenda-se a integração dos órgãos governamentais fiscalizadores e gestores do território para otimização dessas atividades, como o uso do helicóptero e em ações de patrulhas e vistorias, por exemplo.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
85
Produção Orgânica associada ao Turismo propõe a estruturação da atividade como
forma de preservar a principal área rural do município e articular sua produção
com o consumo das áreas mais centrais.
3 Programa de Valorização e Fortalecimento da Cultura Indígena
A Terra Indígena Tenondé Porã envolve mais de 15 mil hectares reconhecidos
como terras tradicionais de uso exclusivo do povo guarani.
Sua utilização turística deve, no entanto, estar alinhada com os interesses da
população indígena local.
O processo de construção deste Plano buscou promover maior integração das
comunidades indígenas ao território e com os demais atores do Polo, sempre
respeitando o protagonismo da comunidade no que se refere ao desenvolvimento
turístico nas terras indígenas. Como resultado, foram estruturados diversos projetos
no âmbito desse programa, que visam à valorização da cultura local, apoio à
comercialização de seus produtos, formação e controle dos impactos da atividade
turística, entre outras ações.
Importante ressaltar que as propostas devem estar alinhadas com o Plano de
visitação da Terra Indígena Tenondé Porã que está em fase de finalização.
4 Programa de Produção Agrícola Orgânica associada ao Turismo
A agricultura de pequena escala tem longo histórico na região sul de São Paulo,
que tem forte correlação com a chegada de imigrantes à região, sobretudo os
japoneses, a partir de 1940. A produção concentra-se em hortaliças, flores e plantas
ornamentais, que são distribuídas e comercializadas em feiras na área urbana da
cidade de São Paulo.
Desde 2012, há um movimento voltado à certificação das propriedades como
produtores orgânicos, um mercado que está em expansão. Esse processo é de suma
importância tanto para a população local, que agrega valor à produção e acessa
novos mercados, quanto para a população de outras regiões da cidade, que podem
consumir alimentos saudáveis produzidos localmente e que ainda colaboram
para a conservação ambiental, equilíbrio ecossistêmico e qualidade dos recursos
hídricos que abastecem grande parte dos habitantes da metrópole. Cabe ressaltar
que muitas das propriedades rurais locais encontram-se em Áreas de Preservação
Ambiental.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
86
Especificamente para o turismo, a peculiaridade da região dentro da cidade de São
Paulo gera grande potencial, promovendo a integração entre campo e cidade, e
permitindo vivências relacionadas à ruralidade e produção orgânica alinhada ao
respeito ao meio ambiente.
Nesse sentido, foram propostos projetos que abarcam desde o mapeamento das
propriedades até a comercialização de seus produtos localmente, passando ainda
por atividades de formação e incentivo à produção certificada.
Todas as ações desse programa, no momento de sua execução, devem ser alinhadas
ao Plano de Desenvolvimento Rural Solidário e Sustentável que está em fase de
elaboração pelo CMDRSS.
Estruturação e Ampliação da Atividade Turística
O turismo pode ser um elemento de promoção da sustentabilidade e inclusão
social na região do Polo de Ecoturismo de São Paulo e seu entorno. Essa aspiração,
porém, depende tanto da realização dos programas de desenvolvimento de base
e territoriais associados ao turismo apresentados acima, quanto da melhoria da
gestão da atividade turística.
A oferta do território é rica e diversificada. Isso, somado à localização, gera
grandes oportunidades para a consolidação de um laboratório social, promotor do
desenvolvimento sustentável a partir do turismo.
Os programas propostos nessa linha de atuação procuram, portanto, eliminar
as barreiras que impedem esse potencial de se materializar. Entre os principais
obstáculos encontram-se a limitada atividade empreendedora, a falta de
informações sobre o destino, a baixa oferta de produtos turísticos e equipamentos
de apoio, a necessidade de capacitação da população local e a pouca eficiência da
governança turística.
O Programa de Aprimoramento do Produto Turístico, o Programa de Fortalecimento
da Governança e o Programa de Promoção e Apoio à Comercialização abarcam as
principais ações de estruturação e ampliação do turismo no Polo como eixo de
desenvolvimento sustentável territorial.
5 Programa de Aprimoramento do Produto Turístico
A limitada exploração do potencial turístico do Polo decorre em parte da falta de
ações para qualificação do produto oferecido ao visitante. A oferta, além de restrita,
tem pouco a oferecer a clientes mais exigentes.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
87
A fragmentação do território, com pouca
conexão entre atrativos e equipamentos,
bem como a baixa apropriação da
atividade turística pela população local,
torna a atividade um nicho de mercado
pouco explorado e com ganhos limitados.
Há, por exemplo, poucas iniciativas
empreendedoras locais com resultados
expressivos ligados ao turismo.
Portanto, esse programa contempla várias
ações de aprimoramento do produto turístico, que envolvem a capacitação (básica
e técnica), o fomento a novos negócios e o planejamento para preenchimento das
principais carências do turismo local.
6 Programa de Fortalecimento da Governança
O principal objetivo de uma instância de governança é instituir uma esfera de
gestão articulada entre os diversos interesses locais, definindo prioridades e
planejando e coordenando as ações que garantem o desenvolvimento do turismo
em determinada região.
A efetiva atuação do Conselho Gestor de
Turismo do Polo de Ecoturismo de São Paulo
(Congetur) é, portanto, fundamental para
garantir que os objetivos do presente Plano
sejam alcançados. Além disso, na medida
em que a atividade turística é pensada
como elemento-chave para geração de
renda, inclusão social e preservação do
meio ambiente, o Congetur deve atuar de
forma articulada com outras instâncias
de governança com incidência no Polo,
tais como os Conselhos das APAs Bororé
Colônia e Capivari Monos, os Conselhos
dos Parques Municipais e as diferentes redes estabelecidas, sejam elas de moradores,
produtores rurais ou outras.
A oferta turística atual é insuficiente para atender ao perfil de consumo da demanda potencial. Nesse sentido, recomenda-se o incentivo fiscal para abertura de empresas, principalmente hotéis e restaurantes, com padrão de qualidade que atenda a esse tipo de demanda.
A complexidade e o histórico do território explicam a efervescência cultural instalada, assim como o aparecimento de redes, associações, cooperativas e coletivos. As iniciativas locais são bem-vindas para o processo de desenvolvimento do território. Processos como esses devem ser estimulados.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
88
A atuação da SPTuris no que se refere à articulação com as diferentes instâncias do
poder público local e na garantia de capacitação técnica para a gestão do turismo
também é crítica para garantir a eficiência da governança local.
Portanto, esse programa visa criar um ambiente institucional que favoreça a
expansão e estruturação da atividade turística, com papel central do Congetur, mas
também com mecanismos que garantam que a rede de instâncias com influência
sobre o território esteja articulada e trabalhe em sinergia.
7 Programa de Promoção e Apoio à Comercialização
O Polo de Ecoturismo de São Paulo é pouco
conhecido pelos próprios paulistanos de
outras regiões da cidade. Entre os milhões de
visitantes que passam pela cidade todos os anos,
uma porcentagem ínfima tem contato com
informações sobre o Polo e são poucos os que
escolhem a zona para visitação.
Diante de todo o potencial evidenciado no
presente Plano, há, claramente, elementos de
comunicação que carecem de maior atenção.
Esse programa visa, portanto, fortalecer a identidade e os atrativos do Polo, dar
maior visibilidade a seus atrativos e promover ações de comercialização dos
produtos turísticos.
O Plano e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) se configuram em um pacto
global realizado em 2015 entre os 193 Estados-Membros da Organização das Nações
Unidas para promover um futuro mais sustentável para o mundo. Tais objetivos
deverão ser perseguidos nos 15 anos subsequentes ao pacto e estão consolidados
em um documento denominado Agenda 2030.
Os 17 (dezessete) ODS desdobram-se em 169 (cento e sessenta e nove) metas, por
sua vez acompanhadas de indicadores para monitoramento de sua implementação.
Os compromissos têm como um de seus pontos centrais não deixar ninguém para
trás (“Leave No One Behind”) nos temas pertinentes ao desenvolvimento, com foco
em 5 (cinco) dimensões: pessoas, planeta, prosperidade, paz e parcerias.
A marca do Polo deve ser incorporada, fortalecida e reproduzida fielmente pelos atores do território. Tal processo pressupõe um acompanhamento efetivo. No futuro, pode-se trabalhar a modernização da marca como forma de demonstrar a evolução do turismo no território.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
89
Fonte: Organização das Nações Unidas (ONU)
Para que os ODS sejam alcançados, as nações, as organizações, as empresas e
a sociedade civil devem incorporá-los em suas estratégias, atuando de maneira
alinhada com esse pacto global.
A construção do Plano de Desenvolvimento
do Polo de Ecoturismo de São Paulo levou em
conta os ODS. Cada objetivo estratégico do Plano
mantém correlação com um ou mais Objetivos
do Desenvolvimento Sustentável, o que o torna
uma ferramenta alinhada à mais importante e
atual estratégia de desenvolvimento sustentável
do planeta.
O Plano está alinhado à mais importante e atual estratégia de desenvolvimento sustentável do planeta.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
90
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Princípios para gestão e controle social do Plano
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
108
O Plano de Desenvolvimento do Turismo
Sustentável do Polo de Ecoturismo é um
documento, resultado de um processo de
planejamento. No entanto, o processo não
se encerra com a entrega do Plano, e a sua
implantação estabelece uma outra fase, bastante
dinâmica e cheia de desafios.
O modelo aqui apresentado resulta em uma proposta para gestão e implementação
do Plano. Antes de tudo, considera-se importante observar alguns princípios e
conceitos norteadores:
O Plano como instrumento dinâmico de planejamento – O modelo de gestão
adota o conceito-base de que o Plano não pode ser estático, como instrumento de
planejamento. Devem ser consideradas as necessidades de revisões, realinhamento
e replanejamento contínuo e estratégico de seus projetos/ações e metas.
O Plano é complexo e demanda esforços múltiplos – Para viabilidade e
efetividade da execução do Plano de Desenvolvimento do Turismo Sustentável
no Polo de Ecoturismo de São Paulo, é necessário considerar os grandes desafios
do território. Os anseios da sociedade local são complexos e envolvem ações de
grande magnitude para atender às demandas crescentes. Há ainda a escassez de
recursos institucionais, o que requer integração da rede local e do município. A
integração de ações entre as diversas Secretarias Municipais, prefeituras regionais
e demais instituições deve ser alinhada com projetos e atividades do setor privado
e da sociedade civil organizada. Essa integração é prevista no modelo de gestão
proposto e busca evitar duplicidade de ações; maximizar esforços e recursos;
construir arranjos institucionais e redes colaborativas e complementares; e facilitar
a comunicação com a sociedade.
O Plano deve ser incorporado às instituições e apropriado pela sociedade –
As diversas instituições públicas, privadas e do terceiro setor que promovem ou
contribuem para o desenvolvimento do destino devem conhecer e se envolver com
o Plano e suas ações. O modelo de gestão proposto considera, portanto, espaços
públicos de interação institucional e de controle social que contribuam com essa
interação e apropriação.
O Plano deve considerar outros planos e programas de desenvolvimento de
impacto no território – Diversas ações e esforços de planejamento, mesmo que
não diretamente ligados ao turismo, já foram realizados e alguns programas de
desenvolvimento estão sendo implementados. Muitos desses esforços contaram
Uma vez concluído e validado o planejamento, vem o desafio da sua implementação!
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
109
com a participação da sociedade e de lideranças vinculadas aos diversos temas
e setores afetados pelo Plano. Nesse sentido, é fundamental que a dinâmica de
gestão e a execução sejam permanentemente consideradas.
A execução do Plano deve estar alinhada com outras ações e políticas regionais,
nacionais e internacionais – O desenvolvimento do território deve ser planejado
e executado considerando um escopo municipal, regional e nacional de outros
programas e políticas aos quais se vincula.
O Plano demanda uma gestão de informações contínua, transparente e de
qualidade – O acompanhamento, monitoramento e avaliação da execução do
Plano, seus resultados e efetividade devem ser permanentes. A consolidação de
uma sistemática de monitoramento deve ser priorizada.
É necessário dar transparência e promover um controle social – Propõe-se a
criação de procedimentos e espaços de interação que promovam o envolvimento
e controle social de forma transparente, participativa e acessível, promovendo a
apropriação do Plano pela sociedade.
Monitoraravanços e resultados
AvaliarAtualizar
ReplanejarRever prioridades
Transparênciae controle
socialEnvolver
a sociedade
Integrarações deexecução
Evitar duplicidadeSomar esforços institucionais
Maximizar recursosFortalecer redes
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
110
Estrutura de Gestão do Plano
Estratégico
Comitê Gestor
Congetur
SPTuris GT Interse-cretarial
Objetivo Periodicidade
Construir parcerias, revisar e atualizar o Plano e identificar
financiadores
Anual / Bianual
Controle Social
Congetur
Reuniões específicas para acompanhar e avaliar a
execução do Plano
Objetivo Periodicidade
Avaliar a execução técnica e a proposta
de gestão
Semestral / Anual
Operacional
Câmara Técnica Objetivo Periodicidade
Avaliar indicadores de processo e
integrar ações de cada órgão envolvido
Trimestral
SPTuris Secretarias GT Intersecretarial
Entidades do Congetur Empresários
A estrutura de gestão proposta para o Plano de Desenvolvimento do Polo de
Ecoturismo de São Paulo prevê diferentes fóruns de acompanhamento, nos níveis
estratégico, de controle social e operacional.
O nível estratégico, denominado Comitê Gestor, é o espaço de deliberação sobre as
estratégias de execução do Plano, assim como o ambiente propício para construção
de parcerias com possíveis financiadores desse Plano. A atualização de diretrizes,
objetivos estratégicos, programas e ações passa pelo Comitê Gestor.
O fórum para realização do controle social do Plano está estabelecido e em
funcionamento. É o Congetur. As reuniões do Conselho que tratarão do
acompanhamento e execução do Plano podem ser abertas à comunidade. É uma
forma de participação efetiva dos atores locais na implementação do Plano.
O nível operacional, Câmara Técnica, é o espaço para encaminhamento técnico das
ações. Desse espaço devem participar os técnicos das instituições e empresários,
quando for o caso. Esse ambiente deve ser dinâmico e versátil, pode ter diferentes
configurações dependendo de cada etapa de execução do Plano.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
111
REFERÊNCIAS
AAKER, D. A.; KUMAR, V.; DAY, G. S. Pesquisa de Marketing. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
AAKER, D. Administração estratégica de mercado. Bookman. 2007.
BRASIL. Ministério do Turismo. Segmentação do Turismo e o Mercado. 1. ed. Brasília: MINISTÉRIO DO TURISMO, 2010.
BRASIL. Ministério do Turismo. Dados e Fatos. Pesquisa de Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem. Brasília, 2017. Disponível em: <http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/sondagens-conjunturais/sondagem-do-consumidor-intenção-de-viagem.html>. Acesso em: 03 mar. 2017.
BRASIL. Ministério do Turismo. Brasil registra recorde na entrada de turistas estrangeiros. Disponível em: <http://www.turismo.gov.br/ultimas-noticias/7391-brasil-registra-recorde-na-entrada-de-turistas-estrangeiros.html>.
BRASIL. Portal Brasil, Casa Civil. Número de Visitantes em Unidades de Conservação. Brasília, 2016. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/turismo/2016/02/numero-de-visitantes-em-unidades-de-conservacao-cresce-320-em-10-anos>. Acesso em: 03 mar. 2017.
DATAFOLHA. Pesquisa mostra potencial no imaginário do paulistano para escolher os melhores. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2016/08/1807381-pesquisa-revela-potencial-no-imaginario-do-paulistano.shtml>.
METRO JORNAL. Distribuição de área verde/habitante nos distritos de São Paulo em 2015. Disponível em: <https://www.metrojornal.com.br/foco/2016/07/28/apenas-oito-regioes-sao-paulo-tem-area-verde-adequada.html>.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/conheca-os-novos-17-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel-da-onu/>.
REVISTA EXAME. 10 curiosidades do Parque Ibirapuera, que completa 60 anos. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/brasil/parque-ibirapuera-completa-60-anos/>.
SÃO PAULO. Lei 15.953, de 07 de janeiro de 2014. Dispõe sobre a criação do Polo de Ecoturismo nos Distritos de Parelheiros e Marsilac até os limites da Área de Proteção Ambiental Bororé-Colônia, e dá outras providências. Disponível em: <http://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/negocios_juridicos/cadlem/integra.asp?alt=08012014L%20159530000>. Acesso em: 03 mar. 2017.
SÃO PAULO. Observatório do Turismo e de Eventos da cidade de São Paulo. Disponível em: <http://www.observatoriodoturismo.com.br>.
THE GUARDIAN. The Best 10 Parks. Disponível em: <https://www.theguardian.com/culture/2015/aug/07/10-best-parks-urban-green-spaces-high-line-new-york-hampstead-london-park-guell-barcelona>.
WORLD TOURISM ORGANIZATION. 2016 Annual Report. UNWTO, 2017. Disponível em:<http://cf.cdn.unwto.org/sites/all/files/pdf/annual_report_2016_web_0.pdf>.
Acesso em: 10 abr. 2017.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO DE ECOTURISMO DE SÃO PAULO
112
GLOSSÁRIOÁreas de Proteção Ambiental (APA) – É uma categoria de Unidade de Conservação de uso sustentável estabelecida por lei federal e se configura em uma área, em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais (Lei 9.985, de 18/07/2000).
Atrativos turísticos – Elementos da natureza, da cultura e da sociedade – lugares, acontecimentos, objetos, pessoas e ações – que motivam alguém a sair do seu local de residência para conhecê-los ou vivenciá-los.
Benchmarking – É a arte de aprender com as empresas que apresentam um desempenho superior em algumas tarefas. O objetivo é copiar ou aprimorar com base em melhores práticas.
Congetur – Conselho Gestor do Polo de Ecoturismo de São Paulo, instituído por Portaria Municipal pela Prefeitura de São Paulo. Tem caráter consultivo e participativo, sendo o órgão responsável pela gestão turística do Polo. É um Conselho paritário e prevê um número de vagas equivalente para representantes do poder público e da sociedade civil. A composição mais recente do Congetur está disposta na Portaria 06/00-SPPA/GAB/2016, de 05 de maio de 2016.
Famtour – Viagem de familiarização voltada ao mercado de turismo (agentes de viagem e operadores).
GT Intersecretarial – Grupo de Trabalho criado por Portaria Municipal pela Prefeitura de São Paulo com o intuito de acompanhar e incentivar a aplicação da Lei de criação do Polo de Ecoturismo, bem como monitorar as ações e investimentos das diversas Secretarias na região. A composição mais recente do GT está disposta na Portaria 624, de 4 de abril de 2017. É coordenado pela Secretaria de Governo e envolve a SPTuris, Prefeituras Regionais de Parelheiros e Capela do Socorro, Secretaria das Prefeituras Regionais, Superintendente das Usinas de Asfalto, Secretaria de Mobilidade e Transportes, Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, Secretaria de Trabalho e Empreendedorismo, Secretaria de Urbanismo e Licenciamento, Secretaria de Cultura e Secretaria de Segurança Urbana.
Norma ABNT – ABNT é a sigla de Associação Brasileira de Normas Técnicas, um órgão privado e sem fins lucrativos que se destina a padronizar as técnicas de produção feitas no País. A normalização técnica dos produtos científicos e tecnológicos documentais é fundamental para a total e ampla compreensão e identificação destes.
Oferta Turística – São todos os bens e serviços que estão à disposição dos consumidores e turistas, por um dado preço. Envolve os atrativos turísticos, os serviços e equipamentos, tais como hospedagem, alimentação, entretenimento, agenciamento, etc. e infraestrutura de apoio turístico, como o sistema de transportes, rede de saneamento, entre outros.
Parques Naturais Municipais – Trata-se de uma categoria de Unidade de Conservação de proteção integral criada pelo poder público municipal e tem como objetivo a conservação de ecossistemas naturais de relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.
Permacultura – É uma cultura que engloba métodos holísticos para planejar, atualizar e manter sistemas de escala humana (jardins, vilas, aldeias e comunidades) ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis.
Personas – A identificação de personas é uma técnica muito utilizada em marketing. Trata-se da caracterização de indivíduos fictícios que representam o cliente potencial ou desejado. O exercício consiste em descrever as personas com detalhes possibilitando a criação de perfis capazes de representar um grupo de pessoas com características similares.
Presstrip – Viagem de familiarização voltada à imprensa especializada e formadores de opinião.
Produção orgânica – Sistema de produção que tem por objetivo principal preservar a saúde do meio ambiente, dos ciclos, das atividades biológicas do solo e da biodiversidade. A produção de alimentos e demais produtos vegetais é feita sem a utilização de fertilizantes sintéticos, agrotóxicos ou pesticidas em geral e reguladores de crescimento ou aditivos sintéticos para a alimentação dos animais.
Produto turístico – Combinação de elementos tangíveis e intangíveis, como os recursos naturais, culturais e artificiais, atrações, instalações, serviços e atividades que juntos criam uma experiência turística integrada. Um produto turístico tem preço e é vendido por meio de canais de distribuição (como agências e operadoras, sites, entre outros).
Programa Aldeias – É fruto de uma parceria da Secretaria, por meio do Núcleo de Cidadania Cultural, com as comunidades guarani Mbya e de um convênio com o Centro de Trabalho Indigenista (CTI). O Programa é realizado em seis aldeias (Tekoa) localizadas na cidade de São Paulo: Tekoa Krukutu, Tekoa Tenondé Porã e Tekoa Kalipety, inseridas na Terra Indígena Tenondé Porã, e Tekoa Pyau e Tekoa Ytu.
Programa Ligue os Pontos – O projeto tem como finalidade impulsionar o fortalecimento da agricultura local como forma de promoção de sustentabilidade socioambiental na zona rural sul da cidade de São Paulo, complementando as políticas de regulação e fiscalização que atuam na área de proteção aos mananciais. Vale destacar que grande parte dos agricultores são de pequeno porte e de agricultura familiar, com alta vulnerabilidade social e renda domiciliar média de R$ 2 mil reais mensais.
Projeto de Lei Teko Porã – Tem por objetivo criar uma política municipal de fortalecimento ambiental, cultural e social de terras indígenas.
Reserva da Biosfera – É um modelo adotado internacionalmente de gestão integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais, com os objetivos básicos de preservação da diversidade biológica, desenvolvimento de atividades de pesquisa, monitoramento ambiental, educação ambiental, desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida das populações.
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) – É uma categoria de Unidade de Conservação de uso sustentável estabelecida por lei federal e se configura em uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica (Lei 9.985, de 18/07/2000).
Serviços e equipamentos de lazer – Conjunto de itens referentes à oferta de lazer do destino, tais como parques, espaços livres e áreas verdes, instalações esportivas, instalações náuticas, espaços de diversão e cultura e outros espaços de recreação.
Serviços e equipamentos turísticos – Conjunto de itens referentes à oferta de meios de hospedagem, restaurantes e de empresas ou profissionais de receptivo e apoio ao turista, bem como à estrutura de sinalização turística e oferta de centros de atendimento ao turista para atender ao produto.
Unidade de Conservação (UC) – É o espaço territorial e seus recursos ambientais com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo poder público, com objetivos de conservação e limites definidos, onde são aplicadas garantias adequadas de proteção e
administradas sob regime especial, nos termos da Lei 9.985, de 18/07/2000.
do Polo de Ecoturismo
Plano de Desenvolvimentodo Turismo Sustentável
de São Paulo
Execução Realização
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