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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O COMPORTAMENTO DO TURISMO CARIOCA PERANTE A COPA DO MUNDO DE 2014 NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Por: Carolina Dantas Cavalcanti Silva
Orientador
Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro
2014.
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O COMPORTAMENTO DO TURISMO CARIOCA PERANTE A COPA DO MUNDO DE 2014 NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Estratégica de
Vendas e Negociação..
Por: Carolina Dantas
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço este artigo a empresa que trabalhei durante 7 anos, onde cresci
profissionalmente e aperfeiçoei meus dons e talentos.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia ao meu marido e minha mãe, que sem eles não teria
concluído a minha pós-graduação. Sou eternamente grata por tudo que
sempre fizeram por mim.
5
RESUMO
O presente artigo versa sobre a influência da celebração da Copa do
Mundo de 2014 no turismo do Estado do Rio de Janeiro e tem como objetivo
destacar a postura do Mercado de Trabalho diante da realização de tamanho
evento. Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa exploratória, de
natureza bibliográfica. A coleta de dados foi realizada com base em
informações disponíveis em sítios de assuntos relacionados, consultas a teses,
periódicos e dissertações. A análise dos resultados foi fundamentada,
principalmente, no empenho e na mobilização das iniciativas pública e privada.
Para realização do evento é notório que a união das forças das três esferas
governamentais e das empresas privadas é determinante e tem caráter vital no
processo, ainda em curso, de promoção da Copa em virtude das ações e
planejamentos estratégicos implementados.
Palavras-Chave: Oportunidades. Mercado de Trabalho. Turismo.
6
METODOLOGIA
O método de estudo utilizado para a realização deste artigo, quanto
aos seus objetivos e procedimentos, foi a pesquisa exploratória, a qual visa
aprofundar o assunto abordado. Quanto aos procedimentos técnicos, o método
de estudo utilizado foi a pesquisa bibliográfica.
Com relação à coleta de dados, tratou-se de um tema atual e de
grande interesse para a sociedade como um todo. Para desenvolver o tema,
além das informações disponíveis em sítios de assuntos relacionados,
consultas a teses, periódicos e dissertações também foram utilizadas como
base a fim de nortear as diretrizes e o desenvolvimento.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
As realizações e a visão dos empresários 09
CAPÍTULO II
Desafios, atividade turística, posição do
governo e impacto sócio econômico 16
CAPÍTULO III
Expectativa de crescimento e resultados 29
CONCLUSÃO 30
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 32
ANEXOS 34
ÍNDICE 35
FOLHA DE AVALIAÇÃO 36
8
INTRODUÇÃO
Quando o mundo teve a notícia de que a sede dos jogos da Copa
do Mundo de 2014 seria no Brasil houve um “boom” na visão dos empresários
haja vista as oportunidades e os negócios que poderiam surgir em decorrência
de tamanho evento.
Por ser considerada como um dos principais centros econômicos,
financeiros e culturais do país, a escolha da Cidade Maravilhosa como palco
da grande final do Mundial não causou espanto aos brasileiros.
A partir do anúncio da Copa do Mundo, bem como do
estabelecimento das cidades-sede, o Rio de Janeiro vem preparando suas
instalações e seu pessoal para fazer com que o evento tenha sucesso e seja
indicado como referência entre as cidades escolhidas.
Absorver a ideia de que os benefícios decorrentes da Copa não
fiquem restritos apenas à época de sua realização, mas por muito tempo, é
fundamental. Muito mais valioso do que corresponder às expectativas externas
é construir uma atmosfera interna que seja capaz de aproveitar as
oportunidades advindas do evento com vistas a melhores condições de vida à
sociedade carioca.
O presente artigo versa sobre o pensamento das principais
lideranças do Turismo do Brasil, com ênfase nas perspectivas de
desenvolvimento da cidade do Rio de Janeiro com base na formulação de
políticas públicas, investimentos privados e na ação empresarial. Serão
avaliados as potencialidades e os entraves que devem ser considerados, por
meio de uma ação articulada entre os setores governamentais relacionados à
atividade e os setores de mercado envolvidos na produção e comercialização
do Turismo, além das expectativas de comportamento de variáveis
estratégicas e das recomendações e orientações que devem ser promovidas e
seguidas pelos diversos atores que interagem de forma articulada na gestão e
promoção do Turismo no Brasil.
9
CAPÍTULO I
As realizações e a visão dos empresários
Celebrar a Copa nas dependências do Maracanã significa muito
mais que a vasta empolgação dos cariocas pelos jogos de futebol. Celebrar a
Copa do Mundo envolve questões importantíssimas que carecem de um
planejamento estratégico focado no empreendedorismo e que seja
devidamente elaborado.
Em face dessas informações, questiona-se: a realização da Copa de
2014 no Rio de Janeiro influenciará o comportamento do turismo carioca?
O presente estudo tem como objetivo destacar o comportamento do
mercado de trabalho do Rio de Janeiro, com foco no segmento de turismo,
perante a celebração da Copa do Mundo de 2014.
• Salientar a estratégia a ser usada pelos empresários que seja
capaz de transformar a Copa do Mundo em oportunidades de
negócios;
• Enfatizar as necessidades do Rio de Janeiro em virtude da
realização da Copa com vistas a excelência nos serviços a serem
prestados antes, durante a após o evento;
• Ressaltar a postura e o comprometimento desejáveis dos Órgãos
Governamentais no que tange ao investimento a ser aplicado na
qualificação profissional e na geração de empregos.
O estudo em questão versa sobre o comportamento do turismo
carioca diante da realização da Copa do Mundo de 2014 na cidade do Rio de
Janeiro, com ênfase nas oportunidades de negócios que poderão surgir diante
tamanho evento.
10
Não é de hoje que o termo desemprego assusta os cidadãos
brasileiros. Por este motivo, a presente pesquisa está voltada à geração de
empregos, melhores oportunidades no mercado de trabalho, além de indicar à
sociedade os requisitos que interferem diretamente em um processo seletivo.
O primeiro e mais importante jogo para o Brasil não será dentro dos
gramados, e sim fora deles. Os países que desejam sediar uma Copa do
Mundo de Futebol devem estar devidamente preparados para receber este
megaevento. Todas as esferas de governo mais a iniciativa privada e
entidades do terceiro setor, devem somar esforços no sentido de planejar e
executar as tarefas essenciais e indispensáveis à sua realização.
O artigo publicado pelo sítio projetoeobra.com. enfatiza a
necessidade de mão-de-obra qualificada para obras de infraestrutura.
Segundo Mário Moysés existe uma iniciativa do Governo Federal de
inserir beneficiários do Programa Bolsa Família no mercado de trabalho e, nos
segmentos de turismo e construção civil, servirá de preparação de mão-de-
obra para a Copa de 2014.
Representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia
de formatura de 1.080 alunos, o secretário do Ministério do Turismo ressaltou a
importância desta ação para o atendimento às demandas da Copa do Mundo
de 2014 e das Olimpíadas de 2016. “O país precisa de mão-de-obra
qualificada para as obras de infraestrutura e melhoria da qualidade dos
serviços de atendimento ao turista durante esses importantes eventos
mundiais”.
As cidades devem estar atentas aos projetos estruturais. Além
disso, o transporte dos torcedores ao Maracanã, com garantia da segurança
dos mesmos, bem como o acesso à rede hoteleira são os desafios do Rio de
Janeiro.
Com base na matéria publicada no sítio portaltransparencia.gov.br,
o Governo Brasileiro prepara um Plano de Segurança para a Copa 2014 que
11
garanta a integração e articulação entre os órgãos de policiamento e defesa
nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal). Segundo o
Ministério do Esporte, a estratégia prevê medidas de alcance internacional,
desde o monitoramento nos pontos de entrada de turistas ao controle de
distúrbios civis. As informações sobre segurança pública são fornecidas pela
Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça.
Em breve essas ações deverão ser formalizadas em um documento
semelhante à Matriz de Responsabilidades.
Já a matéria publicada no sítio sebrae.com.br ressalta alguns pontos
do evento, apresentando aspectos particulares de cada uma das fases (antes,
durante e depois) da Copa.
PRÉ-EVENTO: Fase anterior à realização do evento, na qual são
realizados investimentos para estruturação e adequação do país a fim de
receber o megaevento. Os impactos econômicos dessa fase têm dimensão
temporal finita.
EVENTO: Fase caracterizada, primordialmente, pelos gastos dos
visitantes e turistas nas atividades relacionadas com o megaevento e com o
turismo. No caso da Copa do Mundo de 2014, essa etapa tem início em 2013,
com o fluxo turístico decorrente da promoção da Copa das Confederações, e
término em 2014, com a realização da Copa.
PÓS-EVENTO: Legado deixado pelo megaevento em termos de
infraestrutura, exposição na mídia internacional, aumento do fluxo turístico etc.
Os impactos econômicos dessa fase podem ter a dimensão temporal infinita,
dificultando a sua mensuração.
No sítio jornalbrasil.com.br muito foi comentado pelo Ministro do
Turismo sobre a expectativa do órgão onde o Senac irá oferecer um milhão de
vagas em cursos de capacitação nas áreas de alimentação, hotelaria, saúde,
segurança, informática e ensino de idiomas. “Essa é uma das iniciativas que
vem para complementar o trabalho que estamos desenvolvendo no ministério”.
12
Segundo a Matéria do sítio revistapegn.globo.com/Revist, Ilan
Goldfajn – economista-chefe do banco Itaú – deixou sua colocação: “os
pequenos negócios brasileiros estão investindo na qualificação, atentos às
oportunidades do torneio”.
Para o superintendente do Sebrae em São Paulo, Bruno Caetano, a
Copa do Mundo é agora e as oportunidades estão aqui no Brasil. Caetano
citou o estudo realizado pela FGV a pedido do Sebrae que mapeou mais 900
oportunidades de negócios em todo o país para as micro e pequenas
empresas durante a Copa.
Em 30 de outubro de 2007 foi anunciada a realização de um grande
acontecimento mundial: a Associação das Federações Internacionais de
Futebol (Fifa, na sigla em inglês) elegeu o Brasil para sediar a Copa do Mundo
de 2014, tendo o Rio de Janeiro a grande missão de encerrar o evento nas
dependências do Maracanã. O que isso significa para os brasileiros no que diz
respeito às mudanças que ocorrerão em decorrência desse espetáculo?
Momentos após o anúncio, o presidente da época – Luís Inácio Lula
da Silva – externou sua alegria e preocupação com a confirmação da escolha
da Fifa. Realizar um evento deste porte exige muita responsabilidade e
comprometimento, porém, apesar de admitir problemas no país, garantiu a
realização de uma Copa do Mundo sem falhas. Tal fato obriga os brasileiros a
se organizarem para que a imagem do país seja a melhor possível, visto que o
mundo estará com os olhos voltados para o Brasil.
Segundo a secretária estadual de Esporte e Lazer, Marcia Lins, o
fato do Maracanã ser o palco da decisão da Copa do Mundo é demonstração
de força do Rio, além de ser a representação do país, internacionalmente.
Para conquistar a celebração da Copa foi necessário o
detalhamento de planos de trabalho indicando que, além da construção de
estádios, ações corretivas e preventivas imediatas deverão ser adotadas nas
áreas de infraestrutura, segurança, educação, esporte e sustentabilidade
ambiental. Com isso, tanto o setor público quanto o setor privado deverão se
13
mobilizar para assegurar a realização da Copa, a fim de transformar o evento
em oportunidades de negócio, elaborando processos de gestão eficientes para
que possam proporcionar benefícios à sociedade
Para o presidente da Federação de Hospitalidade da África do Sul
(Fedhasa), Eddy Khosa, o balanço da Copa 2010 foi positivo, mesmo com o
movimento de cerca de 350 mil turistas, abaixo dos 500 mil previstos. Vale
ressaltar que 90% dos mesmos não conheciam o país, fato que comprova que
um evento desse porte influencia o turismo local de maneira substancial.
Cada visitante gastou R$ 11 mil reais em média, alavancando a renda e
atingindo diretamente a receita do país.
É importante destacar que a qualificação profissional sempre teve
destaque na organização do evento. Nesse sentido, Khosa admitiu que se
pudesse corrigir erros, teria começado o trabalho pela qualificação de pessoal
e fez a recomendação para o Brasil investir tanto no aprimoramento das
atividades profissionais quanto no ensino, pelo menos, de palavras-chave e
frases em inglês para ajudar na orientação do turista e proporcionar um
sentimento maior de integração.
PESQUISA REALIZADA DURANTE A COPA DA ÁFRICA.
83%
85%
80%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Sexo Masculino
Formação Superior
Visitantes pela 1ª vez
Pesquisa realizada com 4.835 turistas na Africa do Sul que foram indagados se viriampara a Copa de 2014 no Brasil.
14
Neste contexto, o Ministério do Turismo vem planejando
investimentos e ações, primeiramente por meio do levantamento das principais
demandas, de forma particularizada para cada uma das cidades-sede. Em
complemento a este trabalho, o MTur articula-se com outros países buscando
a troca de experiências sobre a organização de megaeventos esportivos.
Objetivando a excelência nos serviços durante a realização da
Copa, o mercado de trabalho deve se adequar às exigências que o assunto
requer. Na visão dos empresários, o fato do Rio de Janeiro ser o palco de
encerramento da Copa do Mundo faz com que o evento seja muito mais
importante do que vestir-se de verde e amarelo.
O desenvolvimento empresarial e as oportunidades que surgirão em
todos os ramos do mercado são comparadas a chances indispensáveis de
alavancar a economia do estado em virtude da sua influência direta na receita
do Rio. Nesse sentido, as empresas possuem papel fundamental pois findados
os investimentos e concretizada a Copa, o prosseguimento dos impactos
positivos dependerá da expertise dos stakeholders (agentes envolvidos) em
aproveitar as ocasiões e os legados do evento.
“O grande diferencial do Brasil é que a Copa será realizada no país
do futebol. Todos estarão de olho no país e as oportunidades são imensas em
todos os setores”, avaliou o presidente da Traffic, empresa de marketing
esportivo, Júlio Mariz.
De acordo com Joseph Blatter, presidente da Fifa, atualmente o
Brasil possui a sétima maior economia do mundo mas, depois do evento, é
esperado que assuma a quinta posição pois a Copa do Mundo será uma
grande oportunidade de mostrar ao mundo o Brasil como um todo, e não
apenas seu futebol.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de
Janeiro (ABIH-RJ) a Copa do Mundo de 2014 consolida o Rio de Janeiro como
um dos mais procurados destinos turísticos do planeta. “O Rio vive sua década
15
de ouro e a hotelaria carioca protagoniza o desenvolvimento econômico da
cidade”, afirmou o Presidente da Associação, Alfredo Lopes.
16
CAPÍTULO II
Desafios, atividade turística, posição do governo e
impacto sócio econômico
Conforme estimativas da Ernst & Young juntamente com a
Fundação Getúlio Vargas (FGV), a construção civil, o setor de alimentos e
bebidas, serviços de utilidade pública (eletricidade, água, esgoto, gás e
limpeza urbana), serviços prestados às empresas, serviços imobiliários e
serviços de informação serão os setores mais beneficiados pela Copa do
Mundo, porém, carecem de necessidades que precisam ser atendidas para
que o evento seja bem sucedido, a fim de se evitar uma imagem negativa do
Brasil na cobertura internacional.
Os empresários já detectaram as maiores dificuldades a serem
sanadas antes da realização da Copa. Um dos principais apontamentos é a
falta de qualificação de mão-de-obra em diversos segmentos de mercado, que
tem grande impacto na qualidade dos serviços prestados e na ampliação e
valorização das ocupações em Turismo.
O capital humano devidamente capacitado é de suma importância
em áreas relacionadas à realização e gestão de grandes eventos, além da
prestação de serviços inovadora e diferenciada. Essa carência está
relacionada à limitação de informações sobre a mão de obra de Turismo no
Brasil, tanto no que se refere à demanda, quanto à oferta de qualificação.
Para solucionar a questão, o Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial (Senac) lançou o Programa Nacional de Educação Profissional para
a Copa de 2014. A instituição irá oferecer um milhão de vagas em cursos nas
áreas de Turismo, Gastronomia, Idiomas, Hotelaria, Comércio, Saúde,
Segurança e Informática. Além disso, o Senac pretende abrir vagas para os
cursos de Alemão, Espanhol, Francês, Italiano, e Libras (Linguagem Brasileira
17
de Sinais) pois serão fundamentais para que os cariocas possam receber os
estrangeiros na competição.
A segmentação turística precisa ser desenvolvida de forma a
aproximar a oferta da demanda e dos novos nichos de mercado. A
identificação e conceituação dos segmentos mais expressivos da oferta
turística nacional são referências para o planejamento e para a promoção nos
mercados nacional e internacional. O Brasil possui hoje um conjunto de
produtos e segmentos diversificado, possibilitando expandir a oferta e sua
comercialização para um mercado de consumo ampliado e diverso.
No âmbito da estruturação dos produtos turísticos, deve haver uma
atenção especial com a perspectiva da inclusão da produção local como fator
de sustentabilidade, particularmente em territórios fragilizados
economicamente.
A produção associada e o Turismo de base comunitária devem ser
compreendidos como uma alternativa estratégica de valorização e qualificação
dos destinos, com grande impacto para o desenvolvimento local e que
contribuem para a promoção da diversificação da oferta turística.
Outro ponto que merece destaque é o empenho do Sebrae –
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – em criar
oportunidade de negócios antes, durante e após a Copa do Mundo.
O Sebrae Nacional lançou o Projeto Expoart que promove
showrooms de artesanato nas cidades que vão sediar os mundiais, objetivando
reposicionar o artesanato no mercado e ampliar a comercialização desses
produtos. “O Brasil estará no centro das atenções internacionais por um longo
período. É o momento ideal para fazer grandes investimentos na promoção
comercial do artesanato”, lembrou o gerente de Atendimento Coletivo na área
de Comércio do Sebrae, Juarez de Paula.
18
Os estudos realizados junto à iniciativa privada confirmam que o
setor de Turismo no Brasil começa a atingir a maturidade econômica, com a
ampliação da participação no mercado internacional e um crescimento setorial
acima das taxas de crescimento geral da economia.
As empresas relacionadas ao Turismo vêm, de modo geral,
registrando desempenho satisfatório nos últimos anos. Estes resultados,
apresentados a seguir, revelam que, para estes ramos e para o universo que
eles representam, a atividade turística no País vem se fortalecendo e se
consolidando como um importante segmento gerador de negócios e de
empregos diretos e indiretos.
Com vistas a um atendimento de excelência e destaque, os
Governos Federal, Estadual e Municipal vem somando forças a fim de
consolidar o Rio de Janeiro como destino de turismo e negócios. A partir do
esforço empreendido pelas esferas públicas e privadas, da prioridade dada ao
setor e da implementação da Política Nacional de Turismo, a atividade vem
alcançando números crescentes nos últimos anos.
Segundo o Ministro do Turismo, a Gestão Descentralizada do
Turismo que tem permitido a obtenção dos bons resultados nos últimos anos,
sinaliza para uma ampla perspectiva de interlocução para o enfrentamento dos
desafios relacionados à realização da Copa 2014. Está claro que o País possui
uma rede de gestão descentralizada e compartilhada do Turismo, que envolve
o Governo Federal, os governos estaduais e municipais, que vem se
organizando para a implementação das políticas de Turismo nas diversas
19
esferas de gestão. O Conselho Nacional de Turismo e o Fórum Nacional de
Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo, em permanente articulação
com o Ministério do Turismo, constituem instâncias fundamentais neste
processo de interlocução no âmbito nacional.
A Secretaria Especial de Turismo / Riotur lançou o Programa Rio +
Hospitaleiro em maio de 2010, que consiste na capacitação dos profissionais
que estão no Mercado de Trabalho para atender melhor ao turista por acreditar
que a imagem positiva que o povo carioca tem de ser o mais hospitaleiro do
mundo deve ter uma cultura de bom atendimento. O Programa usa recursos na
ordem de R$ 1,5 milhão destinados pelo Ministério do Turismo. Tem como
público alvo os profissionais que atuam no ramo de alimentação (bares,
restaurantes, quiosques, barracas de praia e lanchonetes), transporte (taxistas
e motoristas), segurança (guardas municipais, batalhão de policiamento
turístico) e turismo (recepcionistas de hotéis, agentes de viagem, guias e
atendentes de postos de informação).
O Próximo Passo é uma ação de qualificação profissional, iniciada
em 2008 pelo Governo Federal – Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome, Ministério do Trabalho e Emprego e com apoio do Ministério
do Turismo – em conjunto com empresários e trabalhadores, estados e
municípios. Os investimentos em ações do programa são da ordem de R$
131,2 milhões. Até 30 de outubro, 39.609 beneficiários já estavam em sala de
aula, recebendo as aulas de qualificação, ou formados, correspondendo a
34,05% do total de vagas já preenchidas, segundo a Casa Civil, coordenadora
do projeto. Trata-se de uma das iniciativas do governo federal para inserir
beneficiários do Programa Bolsa Família no mercado de trabalho, e no turismo
servirá de preparação de mão-de-obra para a Copa de 2014.
“Mobilidade urbana, com os corredores expressos e o aumento da
frota de trens e metrôs, políticas de segurança pública, com a pacificação de
comunidades, e a ampliação da capacidade hoteleira, com a construção de
novos hotéis são algumas das melhorias que serão realizadas para atender ao
Mundial e que deixarão um legado de qualidade de vida para a população”
20
disse a presidente Dilma Rousseff no sorteio dos grupos das eliminatórias da
competição considerado como o primeiro evento oficial do Mundial.
Sobre o assunto em epígrafe, vale ressaltar a declaração do
Secretário Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Frederico
Costa, no que tange aos benefícios do turismo trazido pela Copa, mesmo
antes do evento:
“Podemos pegar a experiência dos Jogos Panamericanos realizados
no Rio de Janeiro. Antes do início dos Jogos, havia uma grande dúvida sobre a
capacidade do Brasil e do Rio de Janeiro de realizar um evento dessa
magnitude. Serviu como um exemplo para o mundo de que o Brasil está , sim,
preparado, e de como a sociedade também está preparada para realizar
eventos desse porte com infraestrutura não só para o esporte, mas com
infraestrutura turística adequada para receber o montante de turistas que um
evento desses recebe. A Copa do Mundo, sem dúvida, será o maior evento a
ser realizado no Brasil nos próximos dez anos, e isso possibilitará que o Brasil
se apresente para o mundo como um país com capacidade de receber o turista
estrangeiro com qualidade, como um país que tem “n” atributos para oferecer
ao turista. E não só no turismo de negócios, que hoje predomina no turismo
internacional no Brasil, mas também no turismo de lazer, dentro dos 65
destinos – e levando em conta a prioridade pensada pelo Ministério para
desenvolver o turismo, como também belezas que outras cidades podem
oferecer, riquezas culturais e ecológicas”.
Além do Ministério do Turismo, outras pastas governamentais estão
empenhadas em fazer da Copa 2014 um grande evento de oportunidades para
inovar e surpreender o turista, apresentando ações e diretrizes para
recepciona-los. Como exemplo, vale citar a implementação de projetos, por
parte do Ministério das Comunicações, para explorar a tecnologia de quarta
geração – 4G, facilitando a comunicação para os mesmos ao utilizarem
aplicativos bilíngues e trilíngues.
21
Desde a criação do Ministério do Turismo e a reativação do
Conselho Nacional de Turismo, em 2003, a atividade vem ganhando o devido
reconhecimento como um importante vetor de desenvolvimento
socioeconômico. Institucionalmente, isto se reflete na credibilidade que o
Ministério do Turismo tem obtido na formulação e implementação das políticas
públicas para o setor, no âmbito de um processo aberto e democrático
decorrente de uma proposta de gestão descentralizada. A elaboração do Plano
Nacional de Turismo, em suas duas edições 2003/2007 e 2007/2010, contou
com a ampla participação dos setores representativos e foi precedida de
momentos de reflexão, no âmbito do Ministério do Turismo e do Conselho
Nacional de Turismo, sobre as perspectivas para o desenvolvimento da
atividade.
A prioridade dada ao Turismo pelo Governo Federal se reflete nos
orçamentos anuais e sua execução. No período de janeiro de 2003 a
dezembro de 2009, o Ministério do Turismo aplicou, em apoio às atividades,
ações e projetos do setor, o valor correspondente a R$ 9,2 bilhões, incluindo
recursos de programação e emendas parlamentares. Considerando os limites
autorizados anualmente, conforme decretos de programação financeira, desde
a sua criação o Ministério tem procedido a execução de quase 100% do limite
disponibilizado, o que enfatiza o seu compromisso frente ao setor.
22
Considerando a data limite para conclusão das reformas e
construções necessárias, a preparação para a realização da Copa do Mundo
antecipa e prioriza os investimentos no desenvolvimento da infraestrutura
básica e turística. Diversos acordos e compromissos vêm sendo assumidos por
entes governamentais e instituições privadas no sentido de priorizar os
investimentos necessários ao evento.
O quadro a seguir, elaborado a partir da Matriz de
Responsabilidades celebrada entre União, Estados e Municípios, refere-se aos
compromissos assumidos para os temas “mobilidade urbana” e
“estádios/arenas”, cujos recursos estão divididos entre privado, municipal,
estadual e federal. Os recursos privados são da ordem de R$333 milhões,
sendo de responsabilidade dos clubes brasileiros de futebol profissional que
são proprietários de estádios a serem utilizados. Os investimentos municipais
serão de R$1,48 bilhões, os estaduais de R$3,99 bilhões, e os federais de
R$11,36 bilhões, totalizando mais de R$ 17,17 bilhões.
Além dos compromissos assumidos de acordo com a Matriz de
Responsabilidades, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
– BNDES lançou programa específico de financiamento para a Copa do Mundo
de 2014 destinado ao setor de hospedagem, com recursos da ordem de R$ 1,0
bilhão.
Para incentivar a revitalização do parque hoteleiro, o setor obteve
importantes conquistas na política de aplicação dos recursos do BNDES e dos
Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), Nordeste (FNE) e
23
Centro-Oeste (FCO). A partir de 2010, as programações de financiamento dos
Fundos já disponibilizam maior volume de recursos para o setor, além de
ampliar o prazo de pagamento nas operações com meios de hospedagem, que
passou a ser de até 20 anos, incluída a carência de até cinco anos. Em ação
articulada com o BNDES, foi criada a linha de crédito Pró-Copa Turismo,
destinada ao setor hoteleiro para reforma, ampliação e construção de novos
hotéis.
Com a nomeação para competição de 2014, o Brasil será o quinto
país a sediar duas edições da Copa do Mundo a qual se trata de uma
competição de grande porte que requer um extenso processo de preparação.
Todo esse processo trará benefícios em diversos setores da economia e
sociedade brasileira, mas também podem se tornar em riscos caso não sejam
geridos de forma eficiente.
A ideia é que toda essa preparação não seja para um evento de
alguns dias, mas sim de muitos anos deixando um legado positivo para a
sociedade. Todo esse impacto positivo direto ou indireto dependerá dos
agentes envolvidos que souberem aproveitar as oportunidades que o evento
trará.
Com o foco nos setores mais beneficiados pelo evento, tais como:
construção civil, serviço de informação, turismo, hotelaria entre outros a Copa
deverá gerar 3,63 milhões de emprego/ano e R$63,48 bilhões de renda para
população no período de 2010-2014.
Visando “testar” toda essa infraestrutura que está sendo
desenvolvida, tem-se a realização um ano antes do evento a Copa das
Confederações. Com 1/4 dos visitantes esperados em relação a Copa de 2014
e com o número de seleções reduzidas, o Brasil deverá contar com as
infraestruturas dos estádios, transporte, rede hoteleira para que sejam testados
e concluídos a tempo para o grande dia.
Segundo as estatísticas da Fundação Getúlio Vargas – FGV, cerca
de 31 milhões de brasileiros ascenderam de classe social entre os anos de
24
2003 e 2008, sendo que 19,4 milhões deixaram a classe E (que traça a linha
da pobreza no país) e 1,5 milhão migraram da classe D para classes
superiores. Com isso, nesse período, ocorreu uma queda acumulada de 43%
na classe E. No mesmo período, a classe AB (grupo com renda domiciliar mais
elevada, superior a R$4.807,00) ganhou 6 milhões de pessoas, totalizando
19,4 milhões em 2008.
A classe C, dominante pelo percentual populacional, recebeu 25,9
milhões de brasileiros entre 2003 e 2008, passando a constituir 49,22% da
população. Já a classe D representava 24,35% dos brasileiros, enquanto a
classe E abrangia 16,02% da população em 2008. Os 29,9 milhões de
brasileiros desta classe seriam aproximadamente 50 milhões de pessoas, se a
miséria não houvesse diminuído entre 2003 e 2008. Como consequência, as
classes média e alta ganharam maior representatividade populacional. Esses
indicadores traduzem melhorias importantes na composição social do País,
abrindo perspectivas promissoras para o desenvolvimento sustentável e
equilibrado com benefícios para todos.
Existe uma forte correlação entre o ambiente econômico e a
expansão da atividade turística. Quando a economia cresce, o nível da receita
disponível aumenta e parte desta receita é gasta com atividades afetas ao
Turismo. Por outro lado, a redução do ritmo de crescimento da economia
frequentemente resultará na diminuição do gasto turístico.
Conforme divulgado pela Organização Mundial de Turismo – OMT
no documento Panorama do Turismo Internacional – Edição 2009, atualmente,
o mercado de viagens representa 30% das exportações mundiais de serviços e
6% das exportações mundiais totais. Para muitos países, a atividade turística é
uma das principais fontes de receita e imprescindível para a geração de
emprego e renda.
Em entrevista, o Diretor do Sebrae – Paulo Manso Cabral – diz que
dias da Copa serão bons para se ganhar dinheiro:
25
“A Copa coloca um holofote mundial sobre as cidades que sediam
os jogos e esses destinos dão saltos gigantescos no recebimento de turistas
de todo o mundo nos anos seguintes. A partir de eventos como estes, muda-se
o padrão de qualidade da cidade para sempre. Temos que conscientizar os
empresários e donos de estabelecimentos que não vejam simplesmente a
possibilidade de ganhar dinheiro por 30 dias ou até cometer o equivoco de
explorar visitantes de forma oportunista. O importante é olhar 30 anos à
frente”.
Devido à exposição do país internacionalmente, o Brasil se motiva
cada vez mais com a Copa. Isso porque o evento poderá proporcionar até 79%
no crescimento de turistas estrangeiros gerando, dessa forma, um impacto
socioeconômico direto ou indireto na compra de bens e serviços, aumento da
produtividade, emprego e renda atraídos pela Copa, conforme gráfico a seguir
baseado no livro Brasil Sustentável da Ernst & Young:
DESPESAS COM CONSUMO DOS VISITANTESEm R$ milhões
902,88
831,6
528,66
516,78
273,24
760,32
2.126,52
0 500 1000 1500 2000 2500
Hotelaria
Alimentação
Compras
Transporte
Cultura e Lazer
Comunicações
Outros (serviços médicos e jurídicos, etc.)
Fonte: Brasil Sustentável – Ernst & Young
Entre todas as cidades sedes o Rio de Janeiro está entre os três
estados que tem mais estrutura para atender tal demanda esperada, mesmo
com a estimativa de R$ 3,16 milhões de investimentos nesta área além de
R$2,84 bilhões para revitalização das áreas turísticas e 19,5 mil unidades para
26
expansão da capacidade hoteleira das cidades sedes. Todos esses ganhos
com o turismo trarão benefícios de longo prazo.
A desconcentração do Turismo contribui para a redução das
desigualdades e para a promoção de um ambiente favorável ao
desenvolvimento mais equilibrado. Significa, também, uma via de inclusão do
Turismo na estratégia de luta contra a pobreza, vinculando a atividade aos
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
A exposição do país na mídia para todo mundo mostrará que o
Brasil não é regido apenas por samba ou futebol, mas sim pelos grandes
centros de pesquisas, desenvolvimentos, inovação e uma economia estável.
O efeito social gerado em função da Copa irá estimular a escolaridade e
renda da população, a exposição do país na mídia mundial, redução de
violência e criminalidade, melhorias na infraestrutura e em todo ambiente que
se cria em torno do grande evento. Para que tudo isso seja aproveitado pela
sociedade é preciso considerar alguns fatores de riscos, como o atendimento
das necessidades de cada cidade-sede, a eficiência econômica para que não
haja desperdício de dinheiro com finalidades inadequadas, o não
aproveitamento das oportunidades, entre outros.
Para que o Brasil alcance o maior retorno social sobre os
investimentos, todas as ações devem estar relacionadas de forma eficiente
com menor custo para obter um bom resultado, isso é, realizar obras e ações
dentro dos prazos e orçamentos estipulados.
Segundo a OMT o Turismo é responsável pela geração de 6% a 8%
do total de empregos no mundo. Além disto, é uma das atividades econômicas
que demanda o menor investimento para a geração de trabalho. Segundo
pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica – FIPE a hotelaria, um
segmento intensivo em mão de obra e com grande participação na atividade
turística, demanda cerca de R$ 16.198,60 do valor de produção da atividade
para a geração de uma unidade de emprego. Valor este bem menor do que o
27
demandado por outros setores econômicos, tais como indústria têxtil (R$
27.435,20), construção civil (R$ 28.033,00) e siderurgia (R$ 68.205,90).
A dimensão econômica do Turismo pode ser avaliada por meio da
metodologia de Contas Satélites do Turismo, conforme recomendação da
OMT, que delimita os setores da economia relacionados ao setor. Estes
setores, denominados Atividades Características do Turismo – ACTs,
constituem a base para a avaliação do mercado de trabalho do Turismo, a
partir dos dados da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, do
Ministério do Trabalho e Emprego, que registram as ocupações formais no
País.
Estrutura Analítica das atividades do setor de turismo
Fonte: Sebrae
De acordo com metodologia da OMT e os dados da RAIS, o
mercado formal de trabalho nas Atividades Características do Turismo – ACTs,
no Brasil, passou de 1,71 milhões de pessoas empregadas, em 2002, para
2,27 milhões de pessoas empregadas em 2008, o que representa um
crescimento da ordem de 32,70% em seis anos. No ano de 2008, este número
correspondeu a 5,76 % do total de empregos formais acumulados no País.
A prestação de serviços turísticos no Brasil se desenvolveu de maneira
informal em decorrência das dificuldades burocráticas inerentes ao processo
de formalização empresarial. O turismo brasileiro ainda é uma atividade que
opera com grande participação do mercado informal. Um objetivo permanente,
como parte do processo de qualificação desses serviços, é a atração de um
28
número cada vez maior desses agentes turísticos para a formalidade. A análise
do processo de formalização pode auxiliar no diagnóstico das dificuldades da
atividade e contribuir para a proposição de ações que atuem no enfrentamento
deste gargalo.
As agências de viagem formam um enorme contingente de micro e
pequenas empresas que, segundo o Sebrae, movimenta mais de R$ 60
bilhões por ano no Brasil.
A formalização das atividades é um caminho eficiente para se
avançar no processo de qualificação dos serviços turísticos. Isso pode ser
estimulado, não só por meio de campanhas de sensibilização junto aos
agentes turísticos, mas também por meio de ações de incentivo relacionadas à
simplificação dos procedimentos normativos e regulamentares, para os quais
são particularmente sensíveis as pequenas e médias empresas, que
predominam no universo de prestadores de serviços turísticos no País.
29
Capitulo III
Expectativa de crescimento e resultados
Com base nos dados coletados, foi possível verificar que a
celebração da Copa 2014 no Rio de Janeiro visa não somente a promoção de
um evento esportivo, mas também tem o crescimento do mercado de trabalho,
a qualificação profissional, o crescimento econômico, a responsabilidade social
e ambiental, que influenciam diretamente em resultados positivos para o Brasil.
Para atender as expectativas do mercado, foram realizados
planejamentos estratégicos que são considerados papel determinante no
alcance da excelência dos serviços. Em observância e obediência a tais
planejamentos, o país tem a oportunidade de expor sua boa reputação,
consequência da conduta e ética nos negócios.
A análise foi fundamentada no empenho e na mobilização das
iniciativas públicas e privadas, além de aumentar o crescimento da classe C
que, a partir da nomeação do Brasil para sediar a Copa, passou a ter maior
representatividade populacional.
O estudo possibilitou o entendimento de que todo o investimento
empregado, seja em inovação, tecnologia e qualificação, valoriza
significativamente a imagem do Brasil e garante a eficiência e eficácia de suas
operações, além da valoração do profissional.
Ante o exposto, com o cumprimento dos programas, prazos e metas
estabelecidos pelos órgãos competentes, o Brasil se consolida como potência
mundial gerando visibilidade positiva.
30
CONCLUSÃO
As declarações presentes neste artigo são claras ao afirmar que o
Brasil vive constantemente em crescimento. Com o advento da Copa de 2014
nas dependências do Maracanã, o Mercado de Trabalho do Rio de Janeiro, em
especial o segmento do turismo, já está sendo beneficiado em virtude do
planejamento estratégico implementado pelas esferas públicas e privadas.
Por enfatizar um objeto de interesse de todos os brasileiros, no que
diz respeito a Mercado de Trabalho, o presente artigo apresenta assuntos que
agregam valor e conhecimento à sociedade como oportunidade de negócios,
possibilidade de promoção do desenvolvimento de organizações, entre outros.
A dificuldade de obtenção de dados produzidos e organizados de
forma sistemática e contínua não é um problema exclusivo do setor turístico,
mas, especificamente, para esta atividade, são imprescindíveis informações
que subsidiem as decisões. Por se tratar de uma atividade relativamente
recente, este fato é agravado pela falta de referência conceitual. Além disso,
trata-se de uma atividade econômica que não se define pela produção, mas
pelo consumo, o que impõe grandes limitações na obtenção de dados pelos
métodos estatísticos tradicionais. Grandes avanços vêm sendo obtidos com
relação à produção de estudos e pesquisas sobre o setor, o que tem
propiciado maior efetividade nos processos de gestão, mas ainda existem
lacunas para um conhecimento mais aprofundado da atividade e seus
impactos.
O maior desafio para os próximos anos é a preparação do País para
sediar a Copa do Mundo de Futebol FIFA em 2014, evento que exige um
planejamento estruturado de ações, que tem sido articulado pelo governo
federal, envolvendo diversos setores governamentais, além das parcerias com
as instituições da iniciativa privada.
O compromisso com a realização da Copa do Mundo constitui uma
grande oportunidade para o fortalecimento da articulação intersetorial e da
31
priorização dos investimentos governamentais, demandados pelo Turismo, nas
três esferas da gestão pública.
As ações tomadas e as que ainda estão em andamento constituem
um exercício de diálogo pelo qual o Turismo pode ganhar cada vez mais
reconhecimento como fator de desenvolvimento econômico e repercussão na
alocação de recursos públicos e privados demandados para infraestrutura.
32
ANEXOS
33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
• PAÍS precisa de mão-de-obra qualificada para as obras de infraestrutura,
diz Mário Moysés. Disponível em <
http://projetoeobra.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=
154&catid=2>. Acesso em 09 jun. 2014.
• RIO de Janeiro. Disponível em <http://www.portal2014.org.br/cidades-
sedes/RIO+DE+JANEIRO/>. Acesso em: 17 mai. 2014.
• RIO de Janeiro. Disponível em
<http://www.portaltransparencia.gov.br/copa2014/rio-de-janeiro/>. Acesso
em 20 abr. 2014.
• SOUZA, Paulo. Cidade Referência para a Copa 2014. E daí? Disponível
em <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/cidade-
referencia-para-a-copa-2014-e-dai/61888/>. Acesso em 20 abr. 2014.
• COPA do Mundo FIFA 2014: Mapa de Oportunidades para as Micro e
Pequenas Empresas nas Cidades-Sede. Disponível em
<http://www.sebraesp.com.br/PortalSebraeSP/Noticias/Noticias/Documents/
Resumo%20Executivo%20-
%20Mapa%20de%20Oportunidades%20Nacional%20Consolidado.pdf>.
Acesso em 20 abr. 2014
• COPA 2014: Oportunidades e Desafios. Disponível em
<http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/8F965136B2FF43DD832
5793700574CB2/$File/NT000465C6.pdf>. Acesso em 22 mar. 2014.
• BRASIL Sustentável. Impactos socioeconômicos da Copa do Mundo de
2014. Disponível em
<http://www.ey.com/Publication/vwLUAssets/Brasil_Sustentavel_Copa2014
_novamarca/$FILE/PDF_copa.do.mundo_port.2011.pdf>. Acesso em 22
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• A Copa de 2014. Disponível em <http://www.copa2014.gov.br/pt-br/sobre-a-
copa/copa-de-2014>. Acesso em 13 mar. 2014.
34
• JF na rota das olimpíadas e copa pode gerar crescimento no mercado de
trabalho. Disponível em <http://www.ecaderno.com/profissional/mercado-
de-trabalho/jf-na-rota-das-olimpiadas-e-copa-pode-gerar-crescimento-no-
mercado-de-trabalho>. Acesso em 13 mar. 2014
• COPA do mundo de 2014. Disponível em
<http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/copa_do_mun
do/index.shtml>. Acesso em 13 mar.2014.
• EXPANSÃO do mercado de trabalho no rio pode chegar a 10%. Disponível
em <http://mais.uol.com.br/view/99at89ajv6h1/expansao-do-mercado-de-
trabalho-no-rio-pode-chegar-a-10-04028D9B3070C0A12326?types=A&>.
Acesso em 13 mar. 2014.
• ESPECIALISTAS apontam expansão do mercado de trabalho no Rio.
Disponível em
<http://www.jb.com.br/economia/noticias/2012/02/07/especialistas-apontam-
expansao-do-mercado-de-trabalho-no-rio/>. Acesso em 13 mar. 2014.
• FALTA de planejamento poderá comprometer brilho da copa do mundo de
2014. Disponível em <http://www.revistahoteis.com.br/materias/5-
Entrevista/4975-Falta-de-planejamento-podera-comprometer-brilho-da-
Copa-do-Mundo-de-2014>. Acesso em 13 mar. 2014.
• PRATO cheio. Disponível em
<http://www.istoe.com.br/reportagens/119397_PRATO+CHEIO>. Acesso
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• COPA de 2014 será das pequenas empresas. Disponível em
<http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI282264-17180,00-
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mar. 2014.
• COPA 2014:
teleconferênci<http://www.jornalbrasil.com.br/interna.php?autonum=23786>
. Acesso em 13 mar. 2014.
35
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
As realizações e a visão dos empresários 09
CAPÍTULO II
Desafios, atividade turística, posição do
governo e impacto sócio econômico 16
CAPÍTULO III
Expectativa de crescimento e resultados 29
CONCLUSÃO 30
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 32
ANEXOS 34
ÍNDICE 35