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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
OS PRINCIPAIS ASPECTOS DO GERENCIAMENTO DE RISCO
NO SUPRIMENTO DE EMPREENDIMENTOS ESTRATÉGICOS
Por: Amanda Merlim Sobrinho Ferreira
Orientador
Prof. Nelson Magalhães
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
OS PRINCIPAIS ASPECTOS DO GERENCIAMENTO DE RISCO
NO SUPRIMENTO DE EMPREENDIMENTOS ESTRATÉGICOS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Projetos.
Por:. Amanda Merlim Sobrinho Ferreira
3
AGRADECIMENTOS
À todos que de alguma forma
contribuíram para a realização desse
projeto.
4
DEDICATÓRIA
Aos familiares, amigos e colegas de
trabalho pelo apoio, compreensão e
motivação.
5
RESUMO
Cada vez mais o gerenciamento de riscos ganha força nas
organizações. Com o aumento da concorrência cada vez mais acirrada entre
as empresas é necessário correr cada vez mais riscos para sobreviver. Com
isso cabe aos gestores tomar conhecimento dos riscos envolvidos a fim de
tomar a melhor decisão possível.
O primeiro capítulo vai abordar os conceitos da gestão, dando uma
visão sobre as definições envolvidas, a identificação e avaliação dos riscos, a
gestão das aquisições e por fim a gestão do risco no processo de aquisição.
O segundo capítulo vai dar o foco na categorização e identificação dos
riscos mostrando a relevância da Estrutura Analítica de Risco.
O terceiro e último capítulo vai abordar a importância das estratégias de
reação nos processos relevantes do planejamento da aquisição ao
encerramento do contrato.
6
METODOLOGIA
A monografia será baseada em pesquisa bibliográfica, a partir de
material já publicado e sites relacionados à área na internet. O conceito de
Gerenciamento de Risco nas aquisições das empresas será abordado de
forma explicativa e teórica.
Usando as melhores práticas do PMBOK 5ª. Edição além de autores
que tratam sobre Gestão de Projetos e Gestão da Cadeia de Suprimentos, tais
como: Kerzner, Almeida, Salles entre outros.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Conceitos de Gestão 09
CAPÍTULO II - Categorização e Identificação dos Riscos 28
CAPÍTULO III – Importância de Reação ao Risco 33
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA 41
8
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como foco a importância do gerenciamento de risco
no processo de aquisições de itens estratégicos buscando abordar os motivos
que essa prática agrega valor ao negócio/projeto e ainda, evidenciar as
vantagens competitivas que podem ser alcançadas com sua adoção.
Segundo o Independent Project Analysis (IPA) itens estratégicos são
amplamente usados em projetos de bens de capital, principalmente para os
empreendimentos de grande porte e representam um processo crítico para
realização dos objetivos do projeto.
Para Ferrari (2006), a aquisições destes itens possuem falta de
segurança em relação às especificações de compra, dificuldade de obtenção
do bem no mercado fornecedor, complexidade nas negociações contratuais,
grandes obstáculos logísticos, entres outros. Porém, podem também envolver
oportunidades através da aquisição dos bens em condições mais favoráveis ao
planejado.
A gestão dos riscos no processo de aquisição envolve o planejamento
de como se dará o gerenciamento, a identificação dos riscos internos e
externos, o controle dos riscos identificados e por fim as respostas a esse
processo através de ações preventivas ou mitigadoras que visem garantir o
desempenho do projeto.
No primeiro capítulo serão contextualizados os conceitos de gestão de
risco e gestão de suprimentos e ainda evidenciará a importância da gestão de
risco no processo de aquisição de bens. O segundo capítulo identificará os
principais riscos envolvidos no processo de aquisição para empreendimentos
de bens de capital e sua relação de perda e ganho na cadeia de suprimentos.
No terceiro e último capitulo será descrito a importância das estratégias de
reação apropriadas que auxiliam o suporte à decisões do projeto.
9
CAPÍTULO I
CONCEITOS E GESTÃO
Neste capitulo será a abordado os conceitos de teóricos relacionados à
gestão das áreas de conhecimento risco e aquisições.
1.1 – Gestão de Risco
1.1.1 – Definição de Riscos
O termo risco é uma derivação da palavra italiana denominada “rischio”
e traduz uma possibilidade de perigo, incerto mas previsível.
Segundo o PMBOK 5a Edição (2013) o risco de projeto é um evento ou
condição incerta que, se ocorrer, terá um impacto positivo ou negativo em um
ou em mais objetivos do projeto como escopo, tempo, custo e qualidade.
Para Cleland e Ireland (2002) as incertezas são assumidas pelas
premissas do projeto. Quando as informações para a tomada de decisões no
planejamento do projeto não são suficientes, as premissas respondem essas
incógnitas.
De acordo com FERMA (2003) o risco pode ser conceituado como a
combinação da probabilidade de um acontecimento e das suas consequências.
Também se encontra na literatura definições de risco como
possibilidade de algum evento ocorrer e ter impacto, tendo uma relação entre
probabilidade x consequência.
Diversos autores definem risco de formas distintas. Porém,
independente da fonte consultada, as variáveis: probabilidade, causa e efeito
estão associadas a risco.
10
De Almeida (2005) adaptou diversas definições de risco com seus
respectivos autores, conforme a tabela abaixo:
Nº AUTOR DEFINIÇÃO DE RISCO
1 (BIRCH apud AKINTOYE & MACLEOD. 1997
"Risco pode ser descrito como a combinação da ameaça que ocorre quando duas situações se sobrepõem. A ameaça consiste em que alguma coisa tenha efeito adverso das atividades da organização."
2 (BUFAIED apud AKINTOYE & MACLEOD. 1998
"Descreve o risco em relação à construção, como sendo a variação no processo do projeto da construção, cuja variação dos resultados causa incerteza tanto para o custo final, duração e qualidade do projeto."
3 (CHAPMAN apud RAFETRY.1994)
"Risco pode ser definido como uma possível exposição econômica de perda ou ganho financeiro, prejuízo ou dano físico, ou atraso como consequência da incerteza associada ao curso da ação de um determinado evento".
4 (JAAFARI, 2001)
"Risco é definido como a exposição à perda ou ganho, ou a probabilidade da ocorrência de perda ou ganho multiplicada por sua respectiva magnitude."
5 (KERZNER,1998) "Risco é a medição da probabilidade e das suas consequências, quando os objetivos não forem alcançados."
6 (LAPPONI,2000)
"Risco próprio são provenientes da dispersão e/ou dos erros das estimativas do projeto ou de outras causas que não foram antecipadas na construção do fluxo de caixa. O risco próprio afeta somente o projeto de investimento."
7 (LIMMER, 1997)
"Risco pode se definido como a perda potencial resultante de um incidente futuro, sendo geralmente subestimado antes da sua ocorrência e superestimado depois".
8 (MASON & MOAVENZADEH apud AKINTOYE & MACLEOD. 1997)
"Consideram o risco somente com relação à exposição às perdas".
11
9
(PMBOK Guide PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE BODY of KNOWLEDGE, 2000)
"Risco é definido como um evento ou condição incerto que, se ocorrer terá efeitos positivos ou negativos no objetivo do projeto".
10
(PORTER, HEALEY, PERRY, HAYES apud AKINTOYE & MACLEOD. 1997)
"Risco é definido como a exposição econômica de perda ou ganho originária do envolvimento dos processos da construção."
11 (PRITCHARD. 1997)
"Risco é definido como a probabilidade da ocorrência de um evento indesejado e a significância da consequência dessa ocorrência (um evento com a sua probabilidade e o seu impacto".)
12 (RAFTERY, 1994)
"O risco e incerteza caracterizam situações onde existe a possibilidade do resultado real de um evento em particular, desviar-se do valor previsto estimado".
13 (VALERIANO, 2001) "É a possibilidade de ocorrência de um resultado indesejável, como consequência de um evento qualquer".
14 (WIDEMAN, 1992)
“Risco de projeto é a consequência acumulada da possibilidade da ocorrência incerta que afeta de maneira adversa os objetivos do projeto".
Tabela 1 – Adaptado de De Almeida (2005). Fonte: http://www.dominiopublico.gov.br/ download/
texto/cp001795.pdf
1.1.2 – Definição de Riscos em Projetos
Nas melhores práticas contidas no PMBOK 5a Edição (2013) a definição
de risco é definida da seguinte forma:
“Um risco pode ter uma ou mais causas e, se ocorrer, um
ou mais impactos. O risco do projeto se origina da
incerteza que está presente em todos os projetos. Os
riscos desconhecidos não podem ser gerenciados de forma
pró-ativa e uma resposta prudente da equipe de projetos
seria alocar contingência geral contra esses riscos, e
também contra todo os riscos conhecidos para os quais
12
pode não ser econômicos ou possível desenvolver uma
resposta pró-ativa.” PMBOK 5a Edição (2013)
Na sequência, segundo o PMBOK 5a Edição (2013) o gerenciamento de
risco envolve os seguintes processos:
• Planejar o gerenciamento do risco;
• Identificar os riscos;
• Realizar análise qualitativa dos riscos;
• Realizar análise quantitativa dos riscos
• Planejar respostas aos riscos;
• Monitor e controlar riscos
O gerenciamento de riscos em projetos tem por objetivo aumentar a
probabilidade e o impacto de acontecimentos positivos e reduzir
significativamente a probabilidade e impacto dos acontecimentos
desfavoráveis ao projeto.
1.1.3 – Identificação de Riscos em Projetos
Existem técnicas que servem para a identificação dos riscos os quais
determinado projeto está exposto. Essas ferramentas auxiliam o gestor de
projeto para o reconhecimento das fontes e na realização de ações de
prevenção dos riscos.
De acordo com De Almeida (2005) algumas técnicas de identificação de
riscos são:
Brainstorming – Técnica cuja a meta é obter uma relação generalizada
dos riscos que o projeto está sujeito. Normalmente, essa técnica é realizada
com um conjunto de especialistas de diferentes disciplinas. Todos os riscos
13
levantados são conduzidos através da liderança de um facilitador, por exemplo,
através de uma estrutura analítica dos riscos. Após o levantamento, os riscos
são identificados e consequentemente classificados por tipo de risco.
Grupo Nominal – Esta técnica busca a geração silenciosa de idéias
escritas na forma de frases simples. Após a exposição das idéias é feita uma
discussão entre os envolvidos para esclarecimento e avaliação e após isso o
grupo decide a classificação definindo uma ordem de prioridade. O objetivo
dessa técnica é ampliar a capacidade produtiva da equipe para estimular a
geração de idéias críticas, com isso elas podem ser agrupadas para melhor
tomada de decisões em equipe.
Delphis – A meta da técnica delphi é alcançar uma conformidade entre
os especialistas que, anonimamente, dispõe de idéias sobre os principais
riscos do projetos através de um questionário. O facilitador analisa as
informações e após algumas rodadas define um consenso. A técnica busca a
imparcialidade das informações evitando que um indivíduo influencie
indevidamente no resultado.
Sinética – Com o objetivo de solução de problemas de forma criativa,
essa técnica tem como foco reunir idéias aparentemente diferentes e
irrelevantes e através de elementos sem conexão é possível desenvolver a
compreensão do problema. O grupo deve ser formado com integrantes que
tenham grande imaginação e convicções em seus pontos de vista, uma vez
que tenham que fazer a conexão do problema com o elemento. Como desafio
o grupo deve identificar somente os aspectos positivos em que o elemento
poderá ser aplicado e criar a construção de alternativas para a resolução do
problema em questão.
Criação de Cenários – O objetivo dessa técnica é o desenvolvimento
de cenários hipotéticos que representam os processos a serem amadurecidos.
Através da análise do cenário verifica-se a existência de elementos de risco
que possam ocorrer simultaneamente, qual a relevância desses riscos para o
14
projeto e seus impactos no empreendimento. Possibilita também a análise de
possíveis eventos correlacionados entre si através de simulações, indicando os
impactos relacionados a esses riscos.
1.1.4 – Avaliação de Riscos
Uma vez sendo identificados os riscos do projeto é fundamental que
haja classificação de acordo com seu grau de impacto no projeto e na sua
probabilidade de ocorrência.
“Após a identificação dos riscos a equipe de projeto deve
proceder com a análise desses riscos, considerando que,
constantemente, por mais que seja investido no combate
de cada um deles, pela própria natureza conceitual do
projeto, não será possível antecipar todo e qualquer
imprevisto deixe de ocorrer durante a execução do projeto.
Considera-se uma prática recomendada pelo moderno
gerenciamento de projetos e análise da probabilidade e do
impacto de cada riscos identificados para que esse possam
ser tratados de modo conveniente e adequado.” (Salles,
2007).
São três os componentes do risco:
• O evento de risco, descrito como causa e efeito;
• A sua probabilidade de ocorrer;
• Seu impacto.
“Todo risco possui uma probabilidade associada que não é
zero (garantia de não ocorrência) tão pouco de 100% (isto
é, garantia da ocorrência, de um fato) e caso ocorra,
causará um impacto.” (Salles. 2007).
15
As fontes dos riscos nos projetos são resultantes de fatores externos e
internos. ( De Almeida, 2005).
As fontes externas resultam em uma ocorrência adversa à prevista no
projeto; uma situação de um evento externo que não pode ser controlado e
ainda classificado com previsível e imprevisível. Alguns exemplos são, entre
outros: a instabilidade político e sócio-economica, condições ecológicas e
climáticas; ausência ou desconhecimento tecnológico e disponibilidade de
matéria-prima e da mão de obra.
As fontes internas são aquelas que possibilitam uma previsão e controle
dos especialistas que as analisam. São definidas como falha ou ausência de
uma adequada avaliação preliminar e posteriormente detalhada do projeto;
falta de planejamento; falhas nos cronogramas de prazo e na orçamentação
dos custos; deficiência em relação ao estoque de material e aquisição de mão-
de-obra; falta de domínio tecnológico; ineficiência na gestão da equipe; falha
na regularização legal dos documentos pertinentes ao projeto. (Machado,
2002)
1.1.4.1 – Análise Qualitativa de Riscos
O PMBOK 5a Edição (2013) define a análise quantitativa de riscos da
seguinte forma:
“Análise qualitativa dos riscos é o processo de priorização
de riscos para análise ou ação adicional através da
avaliação e combinação de sua probabilidade de
ocorrência e impacto. As organizações podem aumentar o
desempenho do projeto se concentrando nos riscos de alta
prioridade. O processo de Realizar a análise qualitativa dos
riscos avalia a prioridade dos riscos identificados usando a
16
sua relativa probabilidade ou plausibilidade de ocorrência,
o impacto correspondente nos objetivos do projeto se os
riscos ocorrerem, bem como outros fatores, como o
intervalo de tempo para resposta e a tolerância a riscos da
organização associada com as restrições de custo,
cronograma, escopo e qualidade do projeto.“ PMBOK 5a
Edição (2013).
Ainda de acordo com o PMBOK 5a Edição (2013) o processo de Análise
Qualitativa de Riscos é dividida em 6 etapas:
Avaliação de probabilidade e impacto dos riscos - Verifica a
probabilidade de cada risco específico acontecer e o possível efeito sobre um
objetivo do projeto, como cronograma, custo, qualidade ou desempenho,
incluindo tanto os resultados negativos das ameaças como os resultados
positivos das oportunidades. É realizada para cada risco identificado. Os riscos
podem ser avaliados em reuniões com participantes selecionados por seu
conhecimento das categorias dos riscos ou em entrevistas.
Matriz de probabilidade e impacto - Antes da iniciação do projeto são
feitas regras de classificação de riscos e incluídas nos processos
organizacionais. A avaliação da importância de cada risco e,
consequentemente, da prioridade de atenção, normalmente é realizada usando
uma matriz de probabilidade e impacto ou uma tabela de referência. Essa
matriz determina as combinações de probabilidade e impacto que resultam em
uma classificação dos riscos com prioridades baixa, moderada ou alta. Pode-
se classificar um risco isoladamente para cada objetivo (por exemplo, escopo,
tempo e custo). Além do mais, permite-se desenvolver formas para determinar
uma classificação geral para cada risco identificado. Por fim é possível tratar as
oportunidades e ameaças na mesma matriz, usando as definições dos
diferentes níveis de impacto que são apropriados a cada uma delas.
17
Avaliação da qualidade dos dados sobre os riscos – Para ser
merecedora de crédito, a análise qualitativa dos riscos necessita de dados
exatos e imparciais. É necessário avaliar o nível em que os dados sobre riscos
podem ser úteis para o gerenciamento dos riscos. Isso implica o exame do
grau em que o risco é compreendido, e também a qualidade, exatidão,
confiabilidade e integridade dos dados relativos ao risco. Caso a qualidade dos
dados for considerada inadmissível, pode ser necessário coletar dados de
qualidade superior.
Categorização de riscos – Os riscos do projeto podem ser
categorizados por fontes de risco, área do projeto afetada ou outra categoria
útil para as áreas do projeto mais expostas aos efeitos do risco.
Avaliação da urgência dos riscos - Os riscos que demandam reação a
curto prazo podem ser considerados mais urgentes. Os indicadores de
prioridade podem incluir o tempo para gerar uma resposta ao risco, sintomas e
sinais de alerta e a classificação do risco. Em algumas análises qualitativas, a
avaliação da urgência dos riscos pode ser combinada com a classificação dos
riscos definida a partir da matriz de probabilidade e impacto para criar uma
classificação final da gravidade dos riscos.
Opinião especializada – Importante para avaliar a probabilidade e o
impacto de cada risco afim de estipular sua localização na matriz.
Frequentemente são pessoas que têm experiência com projetos semelhantes
que aconteceram em um tempo passado não muito distante. A obtenção de
opinião especializada geralmente é efetuada com a aplicação de entrevistas ou
seminários de facilitação de riscos. A predileção dos especialistas deve ser
levada em consideração nesse processo.
1.1.4.2 – Análise Quantitativa de Riscos
18
Para o PMBOK 5a Edição (2013) análise quantitativa de riscos é o
processo de analisar numericamente o efeito dos riscos identificados nos
objetivos gerais do projeto. A análise quantitativa é realizada nos riscos que
foram priorizados pela análise qualitativa de riscos como tendo influência
potencial e substancial nas demandas concorrentes do projeto. Analisa o
impacto desses acontecimentos de riscos e pode servir para atribuir uma
classificação numérica a esses riscos individualmente ou para avaliar o efeito
combinado de todos os riscos que afetam o projeto. Apresenta também uma
abordagem quantitativa para a tomada de decisões na presença de incertezas.
A análise quantitativa de riscos usualmente segue o processo da análise
qualitativa de riscos. Em alguns casos, realizar somente a análise qualitativa é
necessária para levantar respostas eficazes a riscos. A disponibilidade de
tempo e orçamento e a necessidade de declarações qualitativas ou
quantitativas sobre os riscos e impactos, vão determinar o(s) método(s) a
ser(em) usado(s) em qualquer projeto. A análise quantitativa de riscos deve ser
repetida posteriormente ao planejamento para monitorar e controlar os, para
determinar se o risco geral do projeto diminuiu satisfatoriamente. Os resultados
podem demonstrar a necessidade de mais ou menos ações de gerenciamento
dos riscos.
Conforme observado no PMBOK 5a Edição (2013) o processo de
Análise Quantitativa de Riscos é dividida em 3 etapas:
1. Coleta e apresentação dos dados
Entrevistas - As técnicas de entrevistas dependem da experiência e
dos dados históricos para quantificar a probabilidade e o impacto dos riscos
nas finalidades do projeto. Por exemplo, seriam coletadas informações sobre
os cenários otimista (baixa), pessimista (alta) e mais provável para algumas
distribuições usadas. Para garantir a confiabilidade e a credibilidade da
19
análise a documentação das faixas de riscos e das premissas por trás delas
são elementos importantes da entrevista sobre riscos.
Distribuições de probabilidade - Vastamente usadas em modelagem e
simulação, representam a incerteza em valores tais como durações de
atividades do cronograma e custos de componentes do projeto. Só podem ser
usadas se não houver nenhum valor óbvio que seja mais provável que os
outros entre os limites superior e inferior especificados, como no início do
estágio de concepção.
2. Modelagem e análise quantitativa dos riscos
Análise de sensibilidade - Busca determinar quais riscos têm mais
impacto potencial no projeto. Examina o alcance da incerteza de cada
elemento do projeto e como isso afeta o objetivo que está sendo examinado
quando todos os outros elementos incertos são mantidos em seus valores de
linha de base.
Análise do valor monetário esperado - (VME – em Inglês EMV) é um
conceito estatístico que calcula o resultado médio quando o futuro inclui
cenários que podem ocorrer ou não (ou seja, análise em situações de
incerteza). O VME das oportunidades normalmente será expresso em valores
positivos, enquanto o dos riscos terá valores negativos, e requer uma premissa
neutra em relação ao risco: nem aversa nem propensa a riscos. O VME do
projeto é calculado multiplicando o valor de cada resultado possível pela sua
probabilidade de ocorrência e somando esses produtos.
Modelagem e simulação - A simulação de um projeto utiliza um modelo
que converte as incertezas especificadas de maneira detalhada e o seu
possível impacto nos objetivos do projeto. Em uma análise de riscos de custos,
a simulação usa avaliações de custos. Já em uma análise de riscos do
20
cronograma, são utilizados o diagrama de rede do cronograma e estimativas
de duração.
3. Opinião especializada
Ideal que seja realizada por especialistas com experiência relevante e
recente, é importante para identificar os impactos potenciais no custo e no
cronograma, estimar a probabilidade e determinar as entradas para as
ferramentas. Deve ser usada também para a interpretação dos dados.
1.2 – Gestão de Aquisição
1.2.1 – Definição de Gestão de Aquisição
O PMBOK 5a Edição (2013) cita que o gerenciamento das aquisições do
projeto compreende os indispensáveis para comprar ou adquirir produtos,
serviços ou resultados externos à equipe do projeto. Abrange também os
processos de gerenciamento de contratos e controle de mudanças que são
imprescindíveis para desenvolver e gerir contratos ou pedidos de compra
emitidos por membros autorizados da equipe do projeto. O gerenciamento das
aquisições do projeto também inclui a gestão de todos os contratos emitidos
por uma organização externa (o comprador) que está adquirindo o projeto da
organização executora (o fornecedor) e a administração das obrigações
contratuais atribuídas à equipe do projeto pelo contrato.
Sendo que para o PMBOK 5a Edição (2013) tipicamente os ciclos de
aquisição envolvem:
Planejar as aquisições — Processo de documentação das decisões de
compras do projeto, apontando a abordagem e identificando potenciais
fornecedores.
21
Realizar as aquisições — Processo que objetiva a obtenção de respostas
de fornecedores, seleção de um fornecedor e adjudicação de um contrato.
Administrar as aquisições — Processo de gestão das aquisições que
deve monitorar o desempenho dos contratos e a realização de alterações e
correções que sejam necessárias.
Encerrar as aquisições — Processo para finalizar todas as atividades de
aquisições do projeto.
Esses processos envolvem contratos que são documentos legais que
estabelecem a relação entre um comprador e um fornecedor, representando
um acordo mútuo onde gera obrigações entre ambas as partes e que obriga o
fornecedor a entregar os produtos, serviços ou resultados especificados e
obriga o comprador a efetuar pagamento monetário ou de outro tipo
especificado no acordo.
Um contrato de aquisição deve incluir termos e condições e pode também
incorporar outros itens especificados pelo contratante (comprador) para
determinar o que o contratado (fornecedor) deve fornecer. É responsabilidade
do gerente do projeto e consequentemente da equipe de gerenciamento
assegurar que todos os itens adquiridos atendam às necessidades específicas
do projeto e que cumpram ao mesmo tempo as políticas de aquisição da
organização.
Ainda que todos os documentos do projeto sejam sujeitos a algum tipo de
revisão e aprovação, o principal foco do processo de revisão e aprovação é
garantir que as especificações do contrato especifiquem os produtos, serviços
ou resultados que deverão atender aos objetivos do projeto.
O ciclo de vida do contrato é composto por diversas atividades envolvidas
nos processos de gerenciamento das aquisições do projeto. Com uma redação
22
cuidadosa dos termos e condições das aquisições e o gerenciamento ativo do
ciclo de vida do contrato, alguns riscos que foram identificados no projeto
podem ser evitados, mitigados ou transferidos para um fornecedor. Firmar um
contrato de produtos ou serviços é um dos métodos para colocar a
responsabilidade pelo gerenciamento ou partilhar riscos potenciais.
“Um projeto complexo pode envolver o gerenciamento de
múltiplos contratos ou subcontratos simultaneamente ou
em sequência. Nesses casos, o ciclo de vida de cada
contrato pode terminar durante qualquer fase do ciclo de
vida do projeto.” (PMBOK, 2013).
Dependendo do escopo do contrato, o contratado pode ser chamado de
vendedor, fornecedor, contratada, subcontratada, ou prestador de serviços. Já
o caso da posição do contratante no ciclo de aquisição do projeto, ele pode ser
chamado de comprador, cliente, solicitante, contratada principal, contratada,
organização compradora ou órgão governamental. O fornecedor também pode
ser visto durante o ciclo de vida do contrato em um primeiro momento como
um licitante, podendo passar a ser a fonte selecionada e posteriormente como
o fornecedor ou vendedor contratado.
Devido a ampla divulgação e conhecimento na comunidade de
gerenciamento de projetos, este estudo irá utilizar como referência os
processos de gerenciamento de aquisições definidos no PMBOK 5a Edição
(2013)
1.2.2 – Planejar Aquisições
“É o processo de documentação das decisões de compras
do projeto, determinando a abordagem e identificando os
fornecedores em potencial. Identifica também as
exigências do projeto que podem, ou devem, ser melhor
23
atendidas com a aquisição de produtos, serviços ou
resultados fora da organização do projeto, em relação com
as necessidades do projeto que podem ser realizadas pela
equipe do projeto. Envolve determinar se será contratado
apoio externo e, em caso afirmativo, o que e como será
contratado, o quanto é necessário e quando deverá ser
realizado”. (PMBOK, 2013).
O processo de planejamento das aquisições também pode incluir a
consideração de potenciais fornecedores, principalmente se o comprador
almeja desempenhar algum grau de influência ou controle sobre as
deliberações da aquisição.
Os requisitos contidos no cronograma do projeto podem influenciar
significativamente a estratégia durante o processo de planejamento das
aquisições. As decisões tomadas na construção do plano de gerenciamento
das aquisições também podem impactar o cronograma do projeto e estão
associadas com os processos de desenvolvimento do cronograma, assim
como na estimativa dos recursos das atividades e com as decisões de fazer ou
comprar.
Esse processo inclui também as considerações dos riscos envolvidos em
cada decisão do gerente do projeto entre fazer ou comprar. Engloba a
alteração do tipo de contrato planejado para ser usado em relação à mitigação
dos riscos, às vezes visando a transferência de riscos para o fornecedor.
1.2.3 – Realizar as Aquisições
É o processo de obtenção de respostas de fornecedores, seleção de um
fornecedor e adjudicação de um contrato. Nesse processo, é recebido as
licitações ou propostas e aplicados alguns critérios de seleção previamente
24
estipulados para definir um ou mais fornecedores que possuam qualificações
para realizar o trabalho e aceitáveis como fornecedor.
Para os itens de aquisições mais relevantes, o processo geral de solicitação
de respostas dos fornecedores e avaliação dessas respostas pode ser
repetido. É possível criar uma lista especifica e concisa de fornecedores aptos
e qualificados com base em uma proposta preliminar. Uma avaliação mais
criteriosa poderá ser realizada de acordo com um documento de requisitos
mais específicos e detalhados solicitado aos fornecedores da lista.
1.2.4 – Administrar Aquisições
“Esse processo é responsável por gerenciar as relações de
aquisição, monitorar o desempenho do contrato e fazer
mudanças e correções conforme necessário. Tanto o
comprador como o fornecedor administram o contrato de
aquisição para objetivos semelhantes. Cada um precisa
assegurar que as duas partes cumpram suas obrigações
contratuais e que seus próprios direitos legais sejam
protegidos. O processo de administração das aquisições
garante que o desempenho do fornecedor cumpra os
requisitos da aquisição e que o comprador cumpra os
termos do contrato legal. Em projetos maiores com vários
fornecedores, um aspecto fundamental da administração
de contratos é gerenciar as interfaces entre os diversos
fornecedores.” (PMBOK, 2013).
Administrar aquisições engloba aplicar processos de gerenciamento de
projetos adequados às relações contratuais estabelecidas e a como a gestão
desses processos integram no gerenciamento do projeto. Os processos de
gerenciamento de projetos que são aplicados podem incluir, entre outros:
25
• Orientar e gerenciar a execução do projeto para liberar o trabalho do
fornecedor na ocasião apropriada;
• Reportar o desempenho para monitorar o escopo do contrato, os
custos, o cronograma e o desempenho técnico;
• Realizar o controle da qualidade para inspecionar e verificar a
adequação do produto do fornecedor;
• Realizar o controle integrado de mudanças para garantir que as
mudanças sejam aprovadas de forma adequada e que todas as
pessoas envolvidas estejam cientes dessas mudanças e
• Monitorar e controlar os riscos para garantir a mitigação dos riscos.
O processo de administrar as aquisições também tem uma parte de
gerenciamento financeiro que envolve o controle dos pagamentos ao
fornecedor que serve para garantir que os termos definidos no contrato sejam
cumpridos e que a remuneração do fornecedor seja vinculada de acordo com o
seu progresso, conforme estabelecido no contrato. Uma das preocupações
fundamentais da administração das aquisições é garantir que exista uma
gestão rigorosa com os pagamentos feitos e o trabalho realizado.
Uma das tarefas do processo de administração das aquisições é analisar e
documentar o desempenho de cada um dos fornecedores, verificar se o
mesmo desempenhou de acordo com os termos contratuais e estabelecer
ações corretivas sempre que necessário. Compreende também, a
administração de qualquer parte ou totalidade do escopo que possa vir a ser
cancelado (por justa causa, inadimplemento ou conveniência) de acordo com
as cláusulas de rescisão definidas no contrato.
1.2.5 – Encerrar as Aquisições
Esse processo implica em confirmar se todo o trabalho e suas entregas são
aceitáveis, apoia o processo de encerramento de fase ou do projeto O
26
encerramento das aquisições trata cada contrato pertinente ao projeto ou a
uma fase do projeto.
Atividades administrativas como, por exemplo, a finalização das
reivindicações em aberto, atualização dos registros que refletem as realizações
finais e arquivamento desses dados para uso posterior também fazem parte do
processo de encerramento das aquisições.
Um caso especial para o encerramento das aquisições é quando ocorre o
cancelamento de um contrato, que é consequência de um acordo mútuo entre
as partes envolvidas, do inadimplemento de uma das partes ou por
conveniência do comprador caso esteja estabelecido no contrato.
Considerando os termos e condições das aquisições contratadas, o
comprador pode ter o direito de suspender todo o contrato ou uma parte dele a
qualquer momento por conveniência ou justa causa. No entanto, com base nos
termos e condições dos contratos, o fornecedor pode ser ressarcido pelo
comprador devido às preparações e por qualquer trabalho que tenha sido
concluído e aceito relacionado à parte do escopo cancelada do contrato.
1.3 – Gestão de Risco no processo de aquisição de bens
Segundo Kovács (2004) é substancial o conhecimento do ambiente
externo e interno a organização empreendedora. Deve ser considerado o
ambiente externo através de seus fatores sócio, econômicos e políticos, bem
como a situação do mercado fornecedor e o ambiente interno através do
conhecimento dos procedimentos e normas corporativas internas para a
aquisição de bens e serviços, bem como as questões organizacionais da
empresa.
Considerando que a maioria das aquisições para empreendimentos
estratégicos, projetos de bens de capita, por exemplo, geralmente os itens
27
Como a maioria das aquisições de bens e serviços para os projetos de bens de
capital, envolve normalmente itens feitos sob encomenda para atender os
requisitos do projeto, o escopo dos bens e serviços é desenvolvido em fases
adotando estratégias apropriadas de aquisições para o nível de qualidade
exigido de abordagem ao mercado.
Ferrari apud Garret (2003) destaca a difícil decisão do contratante de ser
suficiente arrojado buscando negociar o melhor preço com o fornecedor e,
portanto aumentando os riscos de fornecimento. Ou, por outro lado, ter uma
postura mais conservadora, protegendo-se dos riscos de fornecimento, porém
podendo pagar mais do que pagaria através de uma negociação com o
fornecedor.
Em um processo de escolha dos fornecedores, as duas partes principais
envolvidas, contratante e fornecedor, se encontram em posições diferenciadas
e com os seus próprios dilemas pertinentes a suas posições.
Para o PMBOK (2013) é esperado evitar ou mitigar alguns riscos
identificáveis do projeto gerenciando diligentemente o ciclo de vida do contrato
e compondo cuidadosamente os termos e as condições do contrato. Firmar um
contrato de produtos ou serviços é uma maneira de alocar a responsabilidade
do gerenciamento ou de assumir riscos potenciais.
Kerzner (2003) aconselha, para mitigar os riscos contratuais, englobar
nas propostas e contratos os seguintes itens: escopo dos serviços e descrição
do projeto, termos de administração do contrato, termos de pagamento,
obrigações do cliente e itens fornecidos, garantias, limitações de
responsabilidades e danos consequênciais, indenizações, taxas, indenizações
por patentes, informações confidenciais, provisão de encerramento, mudanças
e extras, designações, atrasos (incluindo força maior).
28
CAPITULO II –
CATEGORIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS
Atualmente existem muitas ferramentas que podem e devem ser utilizadas
para identificar e comunicar riscos de projetos, uma das mais relevantes é a
Estrutura Analítica de Riscos (EAR), que é simplesmente uma estrutura
hierárquica que descreve os fatores de riscos de um projeto definido divididos
em grupo por categorias, fornecendo diversas vantagens para as etapas do
processo de gerenciamento de riscos.
Este capítulo irá apresentar os conceitos e aplicações de uma EAR nos
principais riscos envolvidos no processo de aquisição para empreendimentos
de bens de capital e sua relação de perda e ganho na cadeia de suprimentos.
2.1 – Categorização dos Riscos
No contexto de gestão de riscos, com a aplicação de técnicas e métodos,
comumente são gerados a partir do processo de identificação de riscos, uma
extensa lista de riscos. Porém, uma lista de riscos pode complicar a
compreensão e a priorização dos riscos, por não fornecer dados suficientes
para auxiliar na fase de análise qualitativa e quantitativa dos riscos do projeto.
Para contribuir no entendimento, gerenciamento e comunicação de riscos em
projetos, a melhor forma de representar as informações relativas aos riscos de
um projeto, é de forma estruturada (Hillson, 2002), sistemática e explícita
(Gusmão, 2007). Uma opção para apresentar os riscos de forma estruturada é
através de uma Estrutura Analítica de Riscos (EAR) ou, em inglês, Risk
Breakdown Structure (RBS), a qual pode auxiliar na identificação de riscos, e
nas demais etapas do processo de gerenciamento de riscos. Similar a uma
Estrutura Analítica do Projeto (EAP) a qual é considerada uma importante
ferramenta utilizada pelos gestores, a EAR pode ser definida como:
29
“... um agrupamento orientado à fonte de risco que
classifica e define a exposição aos riscos identificados do
projeto. Cada nível descendente da EAR representa uma
definição mais detalhada dos fatores de riscos do projeto”
(HILLSON, 2002).
Figura 1 – Exemplo de Estrutura Analítica de Risco (EAR) (PMBOK,2009).
Como uma ferramenta simples que demonstra a partir de uma estrutura
hierárquica e categorizada dos principais riscos do projeto, a EAR permite
identificar quais os riscos podem ameaçar os propósitos do projeto, além de
auxiliar no entendimento de forma visual compreensão de quais as áreas do
projeto precisam de atenção especial, possibilitando a visualização de riscos
recorrentes e concentrações de riscos.
Uma maneira de organização dos riscos em grupos lógicos é a
categorização, o que favorece no reconhecimento e análise dos riscos.
Algumas empresas possuem suas categorias de riscos pré-estabelecidas, que
podem ser empregadas para diferentes projetos de qualquer seguimento. De
30
acordo com o PMBOK 5º Edição (2013), os riscos para o projeto podem ser
categorizados por fontes de risco (usando o EAR), a área do projeto afetada
(usando o EAP), ou outras categorias úteis (fase do projeto) para determinar
as áreas do projeto mais exposta aos impactos de incerteza. Os riscos também
podem ser categorizados por causas comuns. Esta técnica ajuda determinar
pacotes de trabalho, atividades, as fases do projeto, ou mesmo papéis no
projeto, o que pode levar ao desenvolvimento mais eficaz de respostas aos
riscos.
A Estrutura Analítica de Risco permite a utilização de diversas técnicas
combinadas com outras formas de identificação de risco. Supondo que a EAR
está aplicada corretamente ao projeto, ela garante que todas as probabilidades
de riscos comuns aos objetivos do projeto terão sido observada e estudadas,
fazendo assim a identificação dos riscos mais eficaz.
Os primeiros níveis, também chamados de mais altos da EAR podem ser
utilizados como referência para incentivar os envolvidos a identificar os riscos
em um brainstorming, a partir dos níveis expostos da EAR. Podem ser
utilizados também como orientação na realização de entrevistas com
participantes e especialistas envolvidos no projeto. Nesta etapa, os riscos são
identificados e agrupados conforme sua procedência. Os níveis mais baixos da
EAR podem ser utilizados para gerar uma lista de verificação de riscos. É
aconselhável que essa lista de verificação seja armazenada para ser utilizada
em projetos futuros, seja como referência ou até mesmo uma lição aprendida.
A EAR também pode ser utilizada para estruturar listas de riscos
produzidas através de outras técnicas de identificação, fornecendo assim
melhor visualização dos riscos relativos ao projeto.
2.2– Estrutura Analítica de Risco de Aquisição
31
O processo de aquisição é, por natureza, suscetível aos eventos de risco.
Se estes riscos interferem no desempenho do gerenciamento do projeto como
um todo, é necessário um estudo objetivando a gestão e possível mitigação de
tais elementos.
Após análise da Estrutura Analítica de Risco, voltada para o processo de
aquisição de bens de capital, é possível categorizar os principais riscos em:
• Técnicos
• Fabricação/Instalação
• Comissionamento
• Logística e Acessos
• Legislação do País
• Comercial
• Contratual
Dentre essas categorias verifica-se que os riscos de maiores relevância
estão concentrados nos grupos técnicos, comercial e contratual.
Observa-se que alguns itens das categorias identificadas, também são
previamente citados na teoria, indicando assim a existência de alguma
aderência da prática à teoria, entretanto percebe-se que como a avaliação da
relevância das categorias e dos riscos pode ser afetada por alguns fatores e
portanto fica difícil definir uma padronização para a relevância dos riscos.
como:
• Tipo de contratação
• Grau de tecnologia e inovação envolvidas na aquisição
• Localização física da obra,
• Situação do mercado
• Objetivos do projeto
32
Os riscos identificados mais relevantes para a categoria de riscos técnicos
são:
• Emissão das requisições técnicas com dados inconsistentes ou
incompletas;
• Complementação e/ou alteração de escopo durante a fase de
contratação;
• Atrasos na emissão de parecer técnico no processo de aquisição;
• Atrasos na emissão da requisição técnica;
• Atrasos na emissão e análise dos desenhos dos fornecedores.
• Desenho dos fornecedores em desacordo com o projeto básico;
• Erros nos cálculos estruturais;
Já no caso de riscos contratuais é identificado como riscos mais relevantes
para a categoria os elementos:
• Atraso na mobilização geral das equipes da contratada.
• Atrasos na mobilização da equipe de inspeção em fábrica por parte
do contratante.
Já para os riscos comerciais é identificado como riscos mais relevantes
para a categoria:
• Não adequação da lista de proponentes;
• Mercado no limite da capacidade física de fornecimento;
• Atrasos nas aprovações do processo de aquisição.
Devido à importância em escala global dentro da organização a
abordagem sistêmica do gerenciamento de riscos no processo de aquisições
pode contribuir significativamente para o desempenho dos projetos visto que,
as aquisições para os projetos de bens de capital tem um papel relevante nos
resultados dos projetos.
33
CAPITULO III–
IMPORTÂNCIA DE REAÇÃO AO RISCO
O processo de planejar as respostas aos riscos atua com o
desenvolvimento de opções e ações para aumentar as oportunidades e
minimizaras ameaças aos objetivos do projeto e compreende a identificação e
a indicação de uma pessoa/pessoas para ser responsável por cada resposta
ao risco acordada e financiada. O planejamento de respostas aos riscos e
categorizado pela prioridade e, conforme necessário é inserido recursos e
atividades no orçamento, no cronograma e no plano de gerenciamento do
projeto.
Nesse capitulo será descrito a importância das estratégias de reação
apropriadas para auxilio à tomada de decisões do projeto.
3.1– Planejamento de Resposta ao Risco
A primeira preocupação que o gerente de projetos deve ter antes de
desenvolver as respostas a todos os riscos é identificar e analisar somente os
riscos de alto e médio impacto. Não se deve perder tempo com os riscos de
baixo impacto em um primeiro momento.
E importante que para cada tipo de risco haja uma ação ou estratégia mais
apropriada, que tente evitar, reduzi-lo ou somente aceita-lo. Existem várias
estratégias de respostas a riscos disponíveis. Para cada risco, deve ser
selecionada uma estratégia ou uma mistura de estratégias com alta
probabilidade de ser eficaz. Para aplicar essas estratégias ações são
desenvolvidas, considerando estratégias principais e alternativas, se
necessário. Na maioria das vezes, são estabelecidas verbas de contingências
de prazo e/ ou custo, sendo necessário identificar algum mecanismo de
acionamento para o seu uso.
34
O PMBOK (2013) cita 3 estratégias de resposta ao risco em que
geralmente se aplicam os risco ou ameaças que impactam negativamente nos
objetivos do projeto.
Eliminar – Buscando evitar o evento do risco é mais comumente que se
elimine a causa do risco e uma das maneiras de fazer isso compreende na
mudança do plano de gerenciamento do projeto para retirar totalmente a
ameaça. No início do projeto surgem alguns riscos que podem ser evitados
entendendo melhor os requisitos, obtendo informações, melhorando a
comunicação ou adquirindo conhecimentos especializados.
Transferir – Uma prática muito comum e transferência dos riscos para
outro grupo. Isso exige a alteração do risco junto com a responsabilidade da
resposta para um terceiro. Transferir não elimina o risco. Transferir a
responsabilidade pelo risco é mais eficaz ao lidar com a exposição a riscos
financeiros. Uma das formas de transferir o risco para terceiro é usando
contratos que tenha uma clausulo que indique é aquele risco é de
responsabilidade do contratado. Normalmente ele é remunerado por isso.
Outra forma, é através de seguros, que é uma opção menos usada devido seu
alto custo.
Mitigar - Mitigar riscos envolve na diminuição da probabilidade e/ou do
impacto de um evento de risco, buscando limites aceitáveis. A mitigação pode
ser feita alterando o plano, aumentando recursos ou até mudando a
tecnologia. Encorajar processos menos complexos, fazer mais testes ou
selecionar um fornecedor mais estável são exemplos de ações de mitigação.
Se eliminar, transferir ou mitigar não é possível, cabe o gerente do projeto
aceitar o risco ou cancelar o projeto. Uma das estratégias de aceitação é
estabelecer uma reserva de contingência que inclua tempo, dinheiro ou recurso
que serão utilizados para lidar com o risco.
35
Já para o caso de resposta aos riscos positivos e oportunidade o PMBOK
(2013) cita, também 3 estratégias. São elas:
Explorar – Quando há desejo por parte da organização de concretizar uma
oportunidade essa é a estratégia pode ser selecionada para riscos com
impactos positivos. Ela busca eliminar a falta de segurança associada a um
determinado risco positivo, garantindo que a oportunidade realmente aconteça.
Isso pode acontecer, por exemplo, quando se realoca os recursos mais
qualificados para determinado projeto a fim de reduzir o tempo ou o custo.
Compartilhar – Essa estratégia envolve a alocação integral ou parcial da
oportunidade a um terceiro que possua mais habilidade de inserir a
oportunidade nos objetivos do projeto. Exemplos de ações dessa estratégia é
formação de parcerias, equipes, empresas para fins especiais ou joint
ventures, que são estabelecidas buscando o aproveitamento máximo da
oportunidade e dos benefícios dela.
Melhorar – Melhorar um risco é quando há a possibilidade de elevar a
probabilidade e/ou os impactos positivos de uma oportunidade. É preciso
identificar os principais potencializadores dos riscos de impacto positivo e
garantir que eles aumentem a probabilidade de ocorrência. Pode-se ver uma
estratégia de melhora aplicada quando, por exemplo, recursos são acrescidos
para terminar uma atividade mais cedo.
3.2 Resposta aos Riscos de Aquisições Estratégicas
É sabido que os projetos e as operações são diferentes, principalmente
que projetos são temporários e exclusivos enquanto operações são contínuas
e repetitivas.
Com isso, entende-se que a aquisição para projetos e diferente das
aquisições para operações uma vez que projetos são exclusivos, as aquisições
36
para projetos muitas vezes são exclusivas, ou seja, ainda não se tem
experiência na aquisição daquele bem anteriormente. Haverá necessidade de
conhecimento do profundo do mercado a ser explorado bem como dos seus
fornecedores.
Atualmente, as organizações têm reconhecido cada vez o valor das
práticas de gerenciamento dos riscos na aquisição de bens para
empreendimentos estratégicos. Porém, ainda trata-se de um processo crítico
para projetos de grande porte. Isso se deve a:
• Grande número de aquisições;
• Grande esforço no projeto;
• Necessidade de equipes multidisciplinares (Jurídica/Técnica/Financeira);
• O fornecedor, uma vez contratado, passa fazer parte da equipe de
projeto;
• Gestão Integrada Fornecedor/Contratante;
• Auditorias;
• Muitas partes interessadas;
Considerando os principais riscos categorizados no capítulo II uma série de
estratégias de resposta ao risco ou ameaças de impacto negativo podem se
utilizada.
Um instrumento importante utilizado no processo de planejar compras e é
a seleção do tipo de contrato planejado para ser usado buscando à mitigação
de riscos e/ou à transferência de riscos para o fornecedor.
Segundo o PMBOK (2013) é possível evitar ou mitigar alguns riscos
identificáveis do projeto gerenciando ativamente o ciclo de vida do contrato e
redigindo cuidadosamente os termos e as condições do contrato.
37
Kerzner (2003) aconselha incluir nas propostas e contratos os seguintes
itens: escopo dos serviços e descrição do projeto, termos e gerenciamento do
contrato, termos de pagamento, obrigações do cliente e itens fornecidos,
garantias, delimitações de responsabilidades, danos e consequências,
indenizações, taxas, indenizações por patentes, informações confidenciais,
provisão de encerramento, mudanças e extras, designações, atrasos (incluindo
força maior). Isso tudo buscando a mitigação dos riscos contratuais,
Uma ação da estratégia de mitigação dos riscos nos processos de
aquisição é a auditoria das etapas do processo, a qual o objetivo é reconhecer
sucessos e falhas que abastecem uma base que é utilizada para
reconhecimento na administração de contrato ou na preparação de outros
contratos de aquisição no projeto ou em outros projetos dentro da organização.
Outra forma de tentativa de eliminação do risco e o detalhamento máximo
das especificações técnicas que serão enviadas ao fornecedor. Porém não há
possibilidade de transferência desse risco ao fornecedor, sendo de total
responsabilidade do contratante.
São consideradas melhores práticas de resposta ao risco de suprimentos
para projetos estratégicos são:
• Ter procedimentos de gerenciamento de riscos das aquisições
• Evitar excluir ou etapas no processo;
• Treinar equipe para melhor gestão dos riscos, pensar na possibilidade
de uma equipe dedicada;
• Evitar etapas de aquisição incompletas, evitando o aumento de prazos e
custos;
• Especificações claras de direito de propriedade das entregas finais no
caso de tecnologia nova, por exemplo;
• Utilizar lições aprendidas de processos anteriores;
• Obter estimativa de custo como referência na comparação entre ofertas
38
• Auditorias em todas as fases do processo
• Utilizar sistema de suporte para o monitoramento do risco. Ex.: Project
Risk Analysis;
• Usar indicadores de desempenho de gerenciamento de risco
• Atrelar marcos de entrega a eventos de pagamento. Ex. Aprovação de
desenhos, fabricação, inspeção do equipamento...
É necessário adotar uma postura pró-ativa nos casos dos riscos de
aquisição que não possam ser eliminados, mas sim gerenciados. É importante
que seja feita a identificação e a análise dos riscos de aquisição caso a caso. ´-
É determinístico que o risco seja alocado na parte mais competente de
gerenciá-lo de forma que o custo do risco seja o menor possível. Transferir o
risco para terceiro pode ser visto como um estímulo para a melhoria da
performance. No entanto, obrigar uma parte a acolher um risco o qual ela tem
pouca chance de gerenciá-lo pode não ser produtivo e ainda gerar problemas
no futuro. Para a alocação do risco, caso haja dúvidas, pode-se utilizar como
premissa o aumento do custo relativo em uma ação de transferi-lo ou retê-lo.
39
CONCLUSÃO
Toda literatura consultada defende a importância e a necessidade da
prática de gerenciamento de risco nos processos de aquisição. Erradamente
risco é entendido como sinônimo de eventos negativos com consequências
negativas, como perda financeira, atrasos. No entanto um risco pode ocorrer e
impactar positivamente os objetivos do projeto.
Esse estudo buscou trazer conceitos relacionados à gestão de risco,
evidenciando objetivo primário desse processo que é aumentar a probabilidade
e o impacto de acontecimentos positivos e reduzir a probabilidade e impacto
dos acontecimentos desfavoráveis ao projeto. Foi mostrado também as
principais etapas do processo de aquisição para que fosse possível
contextualizar a gestão de riscos na aquisição de bens de empreendimentos
estratégicos
Foi indicado também que um plano de gerenciamento de risco visa à
eliminação ou redução dos riscos na complexidade das aquisições de itens
estratégicos. O plano deve apresentar as estratégias e ações pertinentes para
cada etapa do processo.
A utilização da categorização dos riscos possibilitou a identificação dos
riscos mais relevantes para o processo. Verificou-se que os riscos de maiores
relevância estão concentrados nos grupos técnicos, comercial e contratual.
De forma geral, o trabalho apontou as melhores práticas de resposta ao
risco buscando focar principalmente nas categorias mais impactadas. Mostrou
que o tipo de contratação impacta consideravelmente na relevância do risco da
mesma forma que o detalhamento das especificações técnicas e o controle
feito através de auditorias internas nos processos de aquisição.
40
Esse estudo conclui que o gerenciamento de riscos em aquisições
estratégicas é de extrema importância para construir vantagem competitiva e
agregar valor no resultado final do empreendimento. É importante que as
organizações busquem, cada dia mais, se familiarizar com práticas de
eliminação, transferência e mitigação de riscos de forma a otimizar as
oportunidades possíveis em cada projeto.
41
ANEXO I
SIGLAS E VERBETES
Analise de Risco do Projeto, em inglês: Project Risk Analysis – é todo o
processo de identificar, analisar de forma quantitativa e qualitativa além de
classificar e avaliar os riscos do projeto.
Brainstorming – Também chamada de Tempestade de Ideias, é uma técnica
utilizada para identificação de riscos.
Delphis - Técnica de identificação de riscos semelhante ao brainstorming,
porém os envolvidos não se conhecem.
EAP - Estrutura Analítica do Projeto, sua sigla em inglês: WBS – Work
Breakdown Structure, é uma organização estruturada de forma hierárquica
utilizada para identificar os elementos terminais do projeto.
EAR - Estrutura Analítica de Riscos, sua sigla em inglês: RBS - Risk
Breakdown Structure, é uma organização estruturada utilizada de forma
hierárquica dos riscos do projeto.
42
BIBLIOGRAFIA
CLELAND; IRELAND. Gerência de Projetos. Rio de Janeiro: Reichmann &
Affonso, 2002
GUSMÃO, C. M. G.; MOURA, H. P. mPRIME Multiple Project Risk
Management Tool. 2007 2nd IEEE/IFIP International Workshop on Business
Driven IT Management. 2007
HILLSON, D. The risk breakdown structure (RBS) as an aid to effective risk
management. Fifth European Project Management Conference. Cannes. 2002
KOVÁCS, A. Enhancing Procurement Practices: Comprehensive Approach to
Acquiring Complex Facilities and Projects, 2004
MACHADO, Cristina A. Filipak. Um método para identificar e Quantificar Risco
de Prazo em Projetos de Desenvolvimento de Software. Curitiba, 2002.
Dissertação de mestrado. Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
PMBOK Guide – Project Management Body of Knowledge. 5.ed. Pennsylvania,
Estados Unidos: Project Management Institute, 2013.
SALLES JÚNIOR, Carlos Alberto Corrêa et al. Gerenciamento de Risco em
Projetos. Rio de Janeiro. Editora FGV, 2007.
KERZNER, H. A Systems Approach to Planning, Scheduling and Controlling.
8th Edition, John Wiley & Sons, 2003
43
WEBGRAFIA
DE ALMEIDA, Eliézer Pedrosa. Técnicas de Análise de Risco Aplicadas à
Planejamento e Programação de Projetos da Construção Civil. Niterói:
Universidade Federal Fluminense, 2005. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp001795.pdf. Acessado:
Dezembro/2014
FERMA - FEDERATION OF EUROPEAN RISK MANAGEMENT
ASSOCIATIONS. Norma de Gestão de Riscos. AIRMIC, ALARM, IRM: 2002,
translation copyright FERMA: 2003. Disponível em:
http://www.ferma.eu/app/uploads/2011/11/a-risk-management-standard
portuguese-version.pdf. Acessado: Novembro/2014
FERRARI, O. Aquisições, Contratações e Suprimentos em Projetos: Um
modelo para avaliação das práticas de gestão. Dissertação (Mestrado) Escola
Politécnica – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. Disponível em:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3135/tde-2207200723613/ptbr.php
Acessado: Janeiro/2015
44
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
CONCEITOS E GESTÃO 09
1.1 – Gestão de Risco 09
1.2 – Gestão de Aquisição 19
1.3 – Gestão de Risco no Processo de Aquisição de Bens 26
CAPÍTULO II
CATEGORIZAÇÃO e IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS 28
2.1 – Categorização dos Riscos 28
2.2 – Estrutura Analítica dos Riscos de Aquisição 30
CAPÍTULO III
IMPORTÂNCIA DE REAÇÃO AO RISCO 33
3.1 – Planejamento de Resposta ao Risco 33
3.2 – Resposta aos Riscos de Aquisições Estratégicas 35
CONCLUSÃO 39
ANEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 42
WEBGRAFIA 43
ÍNDICE 44