Upload
leminh
View
215
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A AUDITORIA INTERNA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA
AS ORGANIZAÇÕES
Por: Lindsey Rodrigues Oliveira da Conceição
Orientadora
Prof.ª Luciana Madeira
Rio de Janeiro
2016
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A AUDITORIA INTERNA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA
AS ORGANIZAÇÕES
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada
como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Auditoria e Controladoria
Por: Lindsey Rodrigues Oliveira da Conceição
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço inicialmente ao meu Deus
pelo dom da vida. Aos meus pais, Cecília e
Edilson, pelos valores e amor. Pelo meu
irmão, Matheus, por acreditar em mim e nos
meus sonhos. Pelos professores que
compartilham suas experiências e
conhecimento. Amigos do curso, Daniela,
Osmar, Ezequiel e Anderson que me
apoiaram para a realização de mais um
sonho. Por grandes profissionais que me
acompanham e me apóiam no exercício da
profissão, em especial Eliane Ornelas e
Gabriela Santana.
.
DEDICATÓRIA
4
Dedico este trabalho ao meu Senhor por
sempre fazer parte da minha vida e família que
tanto amo.
RESUMO
5
O presente estudo contempla a importância da auditoria interna como
ferramenta de gestão para as organizações no assessoramento dos controles
internos, sendo ressaltada a relevância de forma gradual e sistêmica, pois o
aumento da complexidade das operações empresariais elevou a necessidade de
normas e controles internos Ao longo do estudo bibliográfico serão apresentados os
conceitos, diferenças entre a auditoria interna e externa, melhorias nos processos
para maximização do lucro e redução do tempo durante as atividades desenvolvidas
pelos colaboradores, evitando falhas e fraudes nos mecanismos utilizados, através
de soluções preventivas e corretivas.
Palavras Chaves: Auditoria Interna, Gestão Corporativa, Controle Interno
METODOLOGIA
6
O presente estudo foi fundamentado em pesquisas bibliográficas, consultas à
internet, artigos e teses de forma explicativa e descritiva sobre a auditoria interna
como ferramenta de gestão para as organizações, sendo abordados assuntos
relevantes, tais como fraudes, erros e melhorias nos processos internos. Foram
utilizando diversos autores, entretanto, a literatura de José Hernandez Perez Junior
foi de grande valia para a conclusão do trabalho em questão.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
7
CAPÍTULO I - Origem da auditoria 09
CAPÍTULO II - A auditoria 14
CAPÍTULO III – A auditoria interna como
ferramenta de gestão para as organizações 28
CONCLUSÃO 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 41
REFERÊNCIAS CONSULTADAS 43
INTRODUÇÃO
A auditoria surgiu para atender necessidades do sistema capitalista. No inicio,
as empresas eram familiares, posteriormente, com a evolução da economia, houve
a necessidade de captar dinheiro de terceiros.
8
Os investidores precisavam conhecer a posição patrimonial e financeira das
empresas que iriam investir. Essa necessidade de informação era fundamental para
que avaliassem a segurança, a liquidez e a rentabilidade do futuro investimento.
As empresas começaram a publicar suas demonstrações contábeis como
forma de prover informações sobre a situação econômica – financeira. Dessa forma,
surgiu a necessidade de uma avaliação independente da real situação da empresa.
Auditar é avaliar de forma sistêmica e independente as atividades
desenvolvidas em determinada área ou empresa, podendo ser dividida em auditoria
interna e externa.
Com o crescimento, volume e complexidade das operações dentro das
organizações, a insegurança e preocupação dos administradores para manter a
eficiência, eficácia das áreas atuantes de forma que o lucro fosse maximizado, com
redução do custo e tempo. Desta forma, houve a necessidade do acompanhamento
e aprimoramento dos processos que atendesse a empresa de forma significativa.
O objetivo dessa pesquisa em questão é apresentar a importância do trabalho
do auditor interno, com a finalidade de reduzir erros, fraudes e melhorias nas
atividades desenvolvidas pelos profissionais atuantes.
Dessa forma, será apresentado no capítulo primeiro o contexto histórico da
auditoria no decorrer do tempo no Brasil e demais países. O segundo irá abordar as
diferenças entre o auditor interno e externo, suas habilidades, responsabilidades e
ética. Já o terceiro capítulo irá abordar de forma significativa a sobre o papel do
auditor interno, passando pela fase de planejamento e controles internos.
Como a auditoria interna pode contribuir para minimizar os riscos, erros,
incertezas e assessorar na tomada de decisão, como ferramenta imprescindível de
gestão para as organizações?
CAPÍTULO I
ORIGEM DA AUDITORIA
O começo da auditoria é muito discutido pelos especialistas, no entanto
acredita – se que surgiu entre o século XV e XVI na Itália. Na cidade de Veneza, em
1581 foi constituído o primeiro Colégio de Contadores, cuja admissão o candidato
9
tinha que completar aprendizado de seis anos como Contador e submeter – se a
exame.
Contudo, a atividade de auditor foi mais abrangente na Inglaterra
mercantilista, controladora das rotas marítimas de comércio, onde eram
desenvolvidas grandes companhias comerciais e um sistema de imposto sobre o
lucro dessas empresas.
O crescimento das empresas, expansão dos mercados, a necessidade de
financiamento e a formação do mercado de capitais tornaram relevante a divulgação
de informações econômico–financeiras. Dessa forma as demonstrações contábeis
ganharam a importância para os credores e possíveis investidores.
Era necessário que essas demonstrações fossem examinadas por um
profissional independente da empresa e de reconhecida capacidade técnica que
confirmasse a qualidade e precisão das informações prestadas.
Em 1845, a profissão sofreu queda de prestígio devido à multiplicação de
negligência e incompetência de muitos profissionais. Por esse motivo, em 1850
criaram a as associações de classes, onde as primeiras surgiram na Escócia e
Inglaterra seguidas de outros países europeus.
Os auditores que pretendessem exercer a profissão precisavam fazer parte
das entidades de classe que ao mesmo tempo controlavam o exercício da profissão
como concediam títulos aos associados, tornando se aptos legalmente.
Segundo Auditoria registros de uma profissão do IBRACON, a moderna
auditoria cresceu na Inglaterra, que exportou para outros países, inclusive o Brasil
principalmente para a construção e administração de estradas de ferros e outros
serviços de utilidade pública.
Nos Estados Unidos, a auditoria adquiriu novos rumos após a crise de 1929.
Em meados de 1930, foi criado um grupo de trabalho para determinar regras para
as companhias com ações cotadas em bolsa de valores, tornando obrigatória a
Auditoria Contábil independente nas demonstrações financeiras.
Foi criada pelo governo a instituição da Securities and Exchange
Commission (SEC), em 1934, agência governamental responsável por proteger
investidores e manter a integridade dos mercados de valores mobiliários.
Conforme tabela abaixo com o contexto histórico do processo de evolução
da auditoria.
10
ANO ACONTECIMENTO
O AIA propõe ao Congresso Norte-Americano a regulamentação de
normas e padrões contábeis por profissionais altamente
capacitados.
Início dos anos 30
Criação da SEC (Security and Exchange Comission),nos EUA, aumentando a importância da profissão do auditorcomo guardião da transparência das informações contábeisdas organizações e sua divulgação para o mercado decapitais [...].
1934
1916Surgimento do IPA (Institute of Public Accountants), que sucede a
Associação supra citada em 1887.
1917Redenominação do IPA para AIA (American Institute of
Accountants).
1929Crash da Bolsa de Valores.
É criado na Holanda o Instituto Holandês de Contabilidade Pública.Início do séc. XX Surgimento das grandes corporações americanas erápida expansão do mercado de capitais.
1894
Início do século xxSurgimento das grandes corporações americanas
Cria-se nos EUA, a Associação dos Contadores Públicos Certificados.1887
A Revolução Industrial na Inglaterra e a expansão do capitalismo
propiciaram grande impulso para a profissão devido ao surgimento
das primeiras fábricas com uso intensivo de capital [...].
1756
Criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados na
Inglaterra.1880
11
1947 Declaração de Responsabilidade do auditor interno
Criação do IBRACON (Instituto Brasileiro de Contadores) .1971
Surgimento do IFAC (International Federation of Accountants), que
substituiu o International Coordination Committee for Accountancy
Profession, com a missão de emitir padrões profissionais e guias de
recomendação, além de buscar a convergência internacional desse
padrões.
1977
Surgimento do IASB (International Accounting Standards Board),
com sede na Grã-Bretanha, que assume a responsabilidade de
estudo de padrões contábeis, antes dirigidos pelo IASC
(International Accounting Standards Comitte), com o objetivo de
harmonizá-las internacionalmente.
2001
Com a Lei nº. 6404 - Lei das Sociedades por Ações - foram
normatizados as práticas e relatórios contábeis1976
Com a Lei nº. 6385, é criada a CVM (Comissão de Valores
Mobiliários), que tem a responsabilidade de normatizar as normas
contábeis e os trabalhos de auditoria das empresas de capital
aberto, além de fiscalizar.
1976
Surgimento do FASB (Financial Accounting Standards
Board), nos EUA, com o objetivo de determinar e
aperfeiçoar os procedimentos, conceitos e normas contábeis.
1973
Redenominação do AIA para AICPA (American Institute of Certified
Public Accountants), instituto que teve importância decisiva para o
desenvolvimento das práticas contábeis e de auditoria.
1957
Fonte tabela 1: Adaptado de Oliveira & Diniz Filho (2001).
Conforme tabela 1 a revolução industrial na Inglaterra, em 1956, foi o que
propiciou o inicio da auditoria devido ao surgimento das fábricas e o grande
investimento nas mesmas.
Com o passar dos anos foram – se criando mais associações e certificações
em países distintos devido à grande importância da profissão. Contudo, o marco da
auditoria foi com a quebra da bolsa de valores, em 1929, pois muitos investidores
12
chegaram à ruína ao tentarem realizar a venda das suas ações e não conseguirem.
À medida que havia excesso de vendedores e ausência de compradores.
Dessa forma, o poder de compra foi diminuído, reduzindo empregos e
investimentos em países que dependiam dos Estados Unidos.
Foi regulamenta a profissão através de normas e padrões profissionais
capacitados a exercer tal atividade, através de organizações ao redor do mundo.
Em 1976, foi criada a lei das associações por ações que normatizou as
práticas e relatórios contábeis, ocorrendo alterações no decorrer dos anos, mas não
desmerecendo a sua importância.
De 1977 a 2016 foram criadas novas comissões com intuito de assegurar a
confiabilidade das informações, assim como a transparência das mesmas para as
organizações e a sociedade como um todo.
1.1 A ORIGEM DA AUDITORIA NO BRASIL
No Brasil, a auditoria surgiu no período colonial quando o juiz era a pessoa de
confiança do rei, designada pela coroa Portuguesa para conferir os tributos do
tesouro. Na consolidação do processo capitalista, a expansão comercial e a forte
concorrência fizeram com que as empresas, anteriormente designadas familiares,
aumentassem suas instalações, investissem em tecnologia e aumentasse os
controles e procedimentos internos. Para que esses objetivos fossem alcançados foi
necessário recursos de terceiros por meio de financiamento e participação de novos
acionistas.
No ano de 1931, através do Decreto nº 20.158, a profissão de guardador de
livros passou a ser regulamentada e em 1945 devido à lei
nº 7.988 foi criado o curso de Ciências Contábeis de nível Superior e de técnico
para nível médio¹, tornando essas atribuições privativas ao profissional de
contabilidade.
Durante esse período os trabalhos de auditoria no Brasil eram escassos e
focados em controle administrativos. Entretanto, no final da segunda guerra mundial
as instalações de empresas no país foram acompanhadas de forma significativa por
estrangeiros que motivaram os empresários no Brasil sobre a importância da
auditoria.
13
No ano de 1976, com o advento da Lei 6.404 o parecer dos auditores
independentes nas demonstrações contábeis das entidades abertas tornou – se
obrigatório e nesse mesmo ano foi criada a Comissão de Valores Mobiliários,
denominada CVM.
Segundo Attiê (1998, p. 29), a lei das Sociedades Anônimas determinou que
as companhias abertas, além de observarem as normas expedidas pela CVM -
Comissão de Valores Mobiliários deve ser obrigatoriamente, auditada por auditores
independentes registrados na mesma comissão.
No próximo capítulo serão abordados conceitos diretamente ligados a
auditoria, diferenças entre o externo e o interno, formas de trabalho, documentação
até a fase do relatório final.
_______________________________________________________________
1 - A lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010, art. 76 no § 2o extingue o curso técnico. No
entanto, assegura os profissionais já registrados no Conselho Regional de Contabilidade e os que
fizeram até 1º de junho de 2015.
CAPÍTULO II
A AUDITORIA
14
A palavra auditoria origina – se do latim audire, que significa ouvir e do inglês
a palavra to audit que faz menção a examinar, ajustar, corrigir e certificar.
Auditoria interna tem por atividade revisar e avaliar a eficácia, a suficiência e
a aplicação dos controles contábeis, financeiros e operacionais, determinando grau
de confiança das informações, observando as normais internas e legislação
pertinente. A auditoria interna é realizada por profissional interno da organização
com o intuito de atender as necessidades da administração, cumprindo normas sem
infringir os aspectos contábeis e financeiros.
Crepaldi (2010) afirma que se pode definir auditoria, de forma bastante
simples, como: o “levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações,
operações, rotinas e demonstrações financeiras de uma entidade”.
Franco e Marra (2011) definem a auditoria da seguinte forma:
“A auditoria compreende o exame de documentos, livros e
registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações,
internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio,
objetivando mensurar a exatidão desses registros e das
demonstrações contábeis deles decorrentes”.
Rui Otávio (2010) acredita que:
“A auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático
exame dos registros, demonstrações e quaisquer informes ou
elementos de consideração contábil, visando a apresentar opiniões,
conclusões, críticas e orientações sobre situações ou fenômenos
patrimoniais, quer ocorrido, quer por ocorrer ou prospectados e
diagnosticados”.
Em concordância com os escritores apresentados na página atual, a auditoria
compreende o controle do patrimônio como um todo, verificando a exatidão das
informações através dos registros e demonstrações.
2.1 Tipos de auditor
15
O auditor pode ser classificado como independente/ externo e interno,
dependendo do vínculo que se tem com a empresa. Dessa forma o auditor
independente realiza trabalhos voltados para o controle interno da empresa,
verificação de cálculos de tributos e verificação das demonstrações contábeis.
(NBC TI 01) “compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e
comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade,
adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de
informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de
riscos.”
A auditoria interna deve ser independente, onde o executivo chefe da
auditoria deverá ter acesso direto ao conselho de administração e ao presidente da
organização.
A auditoria externa, chamada de independente é aquela executada por
profissionais ou empresas que não possuem vínculo ou subordinação à empresa
auditada, com o objetivo de opinar de forma independente sobre a entidade.
A auditoria interna é aquela executada por funcionários da empresa ou
profissionais que possuem vinculo ou subordinação à empresa auditada, com o
objetivo de auxiliar para que os objetivos das organizações sejam alcançados por
meio de uma avaliação sistêmica do auditor interno.
Segundo, Rui Otávio (2010)
“A auditoria exerce uma função de assessoria, como órgão de staff. Nessa função, a auditoria não exerce qualquer tipo de autoridade sobre os demais departamentos, podendo apenas comentar, jamais impor, qualquer tipo de controle e outros procedimentos administrativos”.
O tipo de auditor que realizará o trabalho é definido pelo usuário, assim como
o objetivo, conforme o quadro comparativo:
16
Conforme mencionado na tabela 2, o trabalho de auditoria é segregado em
auditoria interna e externa e as suas atribuições e exigências estão relacionadas ao
trabalho executado.
O quadro comparativo a seguir, denominado 3, discorre sobre as
características do tipo de auditor, vinculando a ação, com o sujeito, trabalho
executado e usuários da informação.
Auditor Independente ou Externo Auditor Interno ou
Operacional Sujeito Profissional ou firma independente Funcionário da empresa
Vínculo com a empresa auditada
Contrato de prestação de serviço Contrato de trabalho
Ação e objetivo
Exame das demonstrações contábeis ou de alguma área específica ou procedimento predefinido como objeto de trabalho especial
Principalmente exame dos controles internos e avaliação da eficiência e eficácia da gestão
Finalidade Principalmente, emitir parecer sobre adequação das Demonstrações Contábeis
Promover melhoria nos controles operacionais e na gestão de recursos
Relatório principal Parecer do auditor independente
Recomendações para a melhoria dos controles internos e eficiênicia administrativa
Usuários do trabalho
A empresa e o público em geral A empresa
Responsabilidade Profissional, civil e criminal Trabalhista
Fonte tabela 3: Adaptado de Hernandes Perez Junior (2012)
A exigência da auditoria externa geralmente decorre de dispositivos legais,
podendo ser também por credores, controladores e por agências reguladoras de
atividades regulamentadas, enquanto a auditoria interna decorre formalmente
definida em um estatuto, com o Código de Ética e com as Normas estatutárias.
Auditor Usuários Objetivo
Independente/ Externo
Acionistas, investidores, credores, governo e público externo à empresa em geral
Atendimento de exigência legal ou estatutária
Interno Administradores e público interno à empresa em geral
Atender exigências operacionais e administrativas
Fonte tabela 2: Adaptado de Hernandes Perez Junior (2012)
17
O auditor interno deve respeitar o sigilo das informações obtidas durante o
seu trabalho, não as divulgando para terceiros, sem autorização da organização.
Devendo manter o sigilo depois do término do vínculo empregatício ou contratual.
2.2 Tipos de Auditoria
Segundo o autor Hernandes Perez Junior (2012) os tipos de auditoria são
descritos conforme a seguir:
Auditoria de demonstrações financeiras: é a análise das demonstrações
financeiras por um profissional independente, com a finalidade de emitir um parecer
técnico sobre sua fidedignidade.
Auditoria operacional/ gerencial: Possui a finalidade de avaliar a eficiência dos
resultados, em relação as metas fixadas, recursos empregados, organização,
utilização e coordenação dos referidos recursos e os controles estabelecidos pela
entidade.
Auditoria de compliance: É a obtenção de evidências para determinar se
atividades obedeçam as leis, condições, regras ou regulamentos a ela aplicáveis.
Serviços de assurance: São serviços profissionais independentes que melhoram a
qualidade da informação para a tomada de decisão
2.3 Princípios Éticos e Normas de Conduta do Auditor Interno
A atuação do auditor interno deve estar em conformidade com os princípios
contábeis descritos como Integridade, objetividade, confidencialidade e
competência.
18
Segundo o Curso de Auditoria Interna do CRC os princípios éticos e as
normas da auditoria são:
Integridade - A integridade dos auditores internos exige confiança e
representa a base para a confiabilidade em seu julgamento.
Devem realizar seus trabalhos com honestidade, diligência e
responsabilidade, observando a lei.
Não devem, quando de conhecimento, fazer parte de qualquer atividade
ilegal, ou se envolver em atos que o resultem em descrédito para a profissão de
auditor ou para a organização, respeitando e contribuindo de forma ética e objetiva
para a organização.
Objetividade - Auditores internos apresentam alto grau de objetividade
profissional na coleta, avaliação e comunicação de informações sobre a atividade.
Os profissionais geram uma avaliação equilibrada de todas as circunstâncias
relevantes e não podem ser influenciados de forma indevida pelos seus próprios
interesses ou por outros, na formulação de julgamentos e opiniões.
Confidencialidade - Os auditores internos devem ser prudentes no uso e
proteção das informações obtidas no desempenho de suas funções, respeitando as
informações a que têm acesso e não as divulgando sem a autorização apropriada a
não ser em caso de obrigação legal ou profissional.
Competência - Auditores internos devem aplicar o conhecimento, habilidades
e experiências na realização dos trabalhos de auditoria em conformidade com a
Norma Prática do Profissional da Auditoria Interna.
Devem continuamente melhorar o conhecimento técnico, a eficácia e
qualidade dos seus serviços executados.
A auditoria deve ser exercida em caráter de entendimento e que o trabalho
executado possua credibilidade, não sendo permissível existir qualquer sombra de
dúvida quanto à honestidade e aos padrões morais do auditor.
19
Crepaldi (2007) descreve a importância da ética na auditoria da seguinte
forma:
“A ética profissional é de grande valia em todas as profissões, notadamente na de auditor, que tem em suas mãos grande responsabilidade, pois mediante seu serviço é possível conhecer todas as irregularidades, erros, falhas dentro do grupo de empresas, conhecendo o responsável hierárquico e executores das rotinas, que originam estas informações.”
2.4 Planejamentos da Auditoria Interna
Todo trabalho de auditoria necessita ser planejado, compreendendo exames
preliminares das áreas, atividades e processos. Dessa forma é definida a
abrangência e a época que o trabalho será realizado.
O planejamento precisa ser documentado e detalho para ser executado
formalmente em termos de natureza, extensão, equipe técnica e colaboração de
especialistas.
A Norma Brasileira de Contabilidade (NBC TI 01) estabelece que o
planejamento deve considerar os fatores relevantes na execução dos trabalhos,
especialmente os seguintes:
a) o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de
gestão de riscos da entidade;
b) o conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos
sistemas contábil e de controles internos e seu grau de confiabilidade
da entidade;
c) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de
auditoria interna a serem aplicados, alinhados com a política de
gestão de riscos da entidade;
d) a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas
que estejam no âmbito dos trabalhos da Auditoria Interna;
e) o uso do trabalho de especialistas;
f) os riscos de auditoria, quer pelo volume ou pela complexidade das
transações e operações;
g) o conhecimento do resultado e das providências tomadas em
relação a trabalhos anteriores, semelhantes ou relacionados;
20
h) as orientações e as expectativas externadas pela administração
aos auditores internos;
i) o conhecimento da missão e objetivos estratégicos da entidade;
Para Attie (1998),
“O planejamento é o alicerce sobre o qual todo trabalho deve ser fundamentado e funciona como um mapa estrategicamente montado para atingir o alvo. A montagem do planejamento objetiva percorrer uma estrada predeterminada, num rumo identificado, estabelecido e analisado.”
Os programas de trabalho de auditoria devem ser elaborados como um meio
de controle e roteiro, sendo atualizados e revisados sempre que necessário. Deverá
conter a avaliação dos riscos para que sejam determinadas as prioridades na
execução do trabalho.
A avaliação do risco devera ser documentada e avaliada pelo menos uma vez
ao ano, verificando a relevância relacionada com a atividade, considerando a
possibilidade de erros significativos, fraudes, não conformidades e outras situações
encontradas na realização do mesmo.
Para que o trabalho seja feito da melhor forma possível é preciso que sejam
estabelecidos critérios de avaliação dos controles e gerenciamentos de risco. Sendo
assim, os auditores internos devem verificar junto ao conselho de administração
para adequação dos objetivos e metas, maximizando a adequação dos
procedimentos adotados.
2.5 Riscos de Auditoria
Risco de auditoria é a possibilidade do auditor interno concluir o trabalho de
forma inadequada não atingido de forma satisfatória o objetivo. O auditor necessita
obter maior nível de certeza para restringir o risco de auditoria ao menor possível.
Para Franco e Marra (1991, p.248), auditoria:
“é um trabalho complexo, que envolve a aplicação de variados e sofisticados procedimentos para sua consecução. Em decorrência dessa complexidade e sofisticação, é inevitável que em todos os trabalhos de auditoria haja um certo grau de risco de que erros ou irregularidades existentes nos registros e nas demonstrações
21
contábeis possam não ser detectados durante o procedimento auditoria.”
Para obter razoável segurança o auditor deve obter evidências suficientes e
adequadas para minimizar os riscos de auditoria a um nível reduzido para que seja
orientada a administração da entidade de forma fundamentada. Os riscos de
auditoria podem ser descritos de três formas como inerentes, controle e execução.
Segundo Costa (2015) os riscos de auditoria podem ser classificados
conforme:
Risco Inerente
O risco inerente está relacionado com a própria atividade que está inserida.
Podendo ser definido como a susceptibilidade de transações e determinadas contas
que por sua natureza não estarem em acordo.
O profissional da execução do trabalho deve levar em consideração o risco e
a relevância do fato, à medida que a existência de um controle pode constituir fator
que eleve consideravelmente o custo, superando os benefícios proporcionados.
Todavia se faz necessário mitigar os riscos inerentes a operação da empresa.
Risco de controle
O risco de controle está relacionado com a eficácia e manutenção dos
controles internos da entidade, podendo até ocorrer falha humana na execução.
Esse tipo de risco está associado à falta ou desvio nos controles internos,
fazendo com que os mesmos não sejam detectados ou evitados, não sendo
corrigidas em tempo oportuno as anomalias ou deficiência na gestão.
Risco de detecção
Risco de detecção é aquele que o auditor não identifica a existência dos
erros. Dessa forma, o auditor conclui o trabalho sem detectar as inconsistências que
existem, mesmo aplicando os procedimentos adequados.
22
O risco de detecção é inversamente posicionado ao risco inerente e de
controle, pois quanto maior for o risco de detecção, menor será o inerente e o de
controle, funcionando de forma inversa para menor risco de detecção.
2.6 Procedimentos e testes de auditoria
Procedimentos são técnicas que permitem ao auditor obter evidências
suficientes e adequadas para a conclusão e recomendação à administração da
entidade. Constitui em exames e investigações, incluindo testes de observância e
testes substantivos que permitem o profissional ter subsidio para fundamentar seu
parecer.
A NBC TI 01 afirma que “Os testes substantivos visam à obtenção de
evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos
sistemas de informação da entidade.”
Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança que os
controles internos definidos pela administração estão funcionando de forma
significativa pelos colaboradores, fornecedores e gestão. Devendo ser considerado
os procedimentos grifados a seguir, segundo a Norma Brasileira de Contabilidade -
NBC TI 01 (2012).
Inspeção
Engloba exame de registros ou documentos, podendo ser internos ou
externos, em papel, digital e ativo físico.
A inspeção documental consiste na análise realizada em elementos formais
de informação. Entretanto, devem ser atendidas nos exames documentais a
autenticidade (verificação da fidedignidade), normalidade (transação de acordo com
a normalidade da entidade), aprovação (por pessoa autorizada) e registro
(contabilização das operações de forma correta).
23
Como exemplo pode ser citado notas fiscais, escrituras de imóveis, contratos
empréstimos e câmbio.
Já a inspeção física requer inspeção in loco, constatação no próprio local,
corpórea. Devendo ser atendida a existência física (comprovação visual do bem),
autenticidade (verificação da fidedignidade do bem), quantidade (apuração da
quantidade real física) e qualidade (Comprovação visual de que o bem examinado
está em condições de uso perfeitas).
Como exemplo o inventário de estoque.
Observação
A observação consiste no acompanhamento do procedimento ou processo de
sua execução. A evidência de auditoria obtida refere – se à execução, no entanto
possui a limitação no momento em que ocorre.
Como exemplo a observação da contagem de um estoque ou o input de
informações dentro do sistema.
Investigação e confirmação
Está diretamente relacionada com a obtenção de informações perante
pessoas detentoras das informações interna ou externa na empresa.
A indagação pode ser feita de forma escrita formal ou verbal informal,
cabendo o auditor avaliar os resultados das respostas obtidas. Dependo das
informações adquiridas o profissional pode executar testes adicionais ou
modificação dos mesmos.
Já a confirmação consiste em obter uma resposta de forma física ou
eletrônica, junto a terceiros das informações coletados como verdadeiras. A
confirmação externa é muito utilizada para confirmação de saldo contábil,
transações efetivadas e contratos firmados.
2.7 Técnicas de Auditoria
24
Conjunto de processos e ferramentas operacionais com o objetivo de coletar
evidências adequadas e relevantes para conclusão dos trabalhos de auditoria.
Podendo ser realizada de acordo com o andamento da auditoria.
Indagação escrita ou oral - Uso de questionários e entrevistas da equipe/ pessoas
auditadas para a obtenção de informações.
Análise documental - Exame de processos, contratos e documentos avulsos em
geral.
Carta de circularização – Confirmação junto a fontes externas ao auditado sobre a
fidedignidade das informações obtidas internamente.
Exame de registros – Verificação dos registros de controle, relatórios
sistematizados, mapas e demonstrativos formalizados, elaborados de forma manual
ou por sistemas informatizados.
Correlação das informações obtidas – Comparação de informações obtidas de
fontes independentes, autônomas e distintas da organização auditada.
Inspeção física – Exame usado para testar a efetividade dos controles relativos à
segurança física dos bens tangíveis.
Observação das atividades – Verificação das atividades que exigem grau maior de
testes, com a finalidade de revelar erros, problemas de controles através da
observação das atividades específicas.
Corte das operações ou “Cut – off” – Corte interruptivo das operações ou
transações para apurar, de forma seccionada, a dinâmica de um procedimento ou
processo.
25
Rastreamento - Investigação minuciosa, com exame de documentos, setores,
unidades, órgãos e procedimentos interligados, visando dar segurança à opinião do
responsável pela execução do trabalho sobre o fato observado.
2.8 Documentações da auditoria
Os papéis de trabalho constituem documentos de registros dos fatos,
informações obtidas na execução da auditoria, dando suporte as críticas e
recomendações. Podem ser em meio físico ou digital, devendo ser arquivada de
forma sistemática e consciente. Deve abranger de forma suficiente para propiciar a
compreensão do planejamento no procedimento de auditoria executada.
Segundo a Norma Brasileira de Contabilidade (NBC TI 01),
“A Auditoria Interna deve ser documentada por meio de papéis de trabalho, elaborados em meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e racional. Os papéis de trabalho constituem documentos e registros dos fatos, informações e provas, obtido no curso da auditoria, a fim de evidenciar os exames realizados e dar suporte à sua opinião, críticas, sugestões e recomendações.”
O auditor trabalha com amostra de uma população, isto é parte de um todo,
possibilitando uma base razoável sobre todo o conteúdo testado. A amostra pode
ser aleatória, sistêmica, por unidade monetária, acaso ou bloco dependendo da
atividade ou objeto auditado.
A auditoria interna deve assessorar o conselho de administração na
prevenção de erros, falhas ou até mesmo fraude. Devendo informar a administração
sempre por escrito, de forma reservada a administração da entidade sugerindo
melhoras no procedimento. Entretanto, a responsabilidade da prevenção, erros ou
fraude é da administração e não da auditoria, através da manutenção e criação de
controles internos adequados.
2.9 Relatório da auditoria interna e programa de avaliação
26
O relatório de auditoria interna é um documento formal e técnico que é
apresentado o resultado do trabalho do auditor. Deve ser elaborado de forma clara e
objetiva, de forma imparcial, expressando as conclusões e recomendações para
administração. Pode ser entregue de forma parcial, caso a auditoria encontre
irregularidades que necessitem de providências a serem tomadas com urgência.
Segunda NBC TI 01 o relatório da Auditoria Interna deve abordar, no mínimo,
os seguintes aspectos:
a) o objetivo e a extensão dos trabalhos; b) a metodologia adotada; c) os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão; d) eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria; e) a descrição dos fatos constatados e as evidências encontradas; f) os riscos associados aos fatos constatados; g) as conclusões e as recomendações resultantes dos fatos constatados.
O documento redigido deve conter o objetivo e a extensão do trabalho,
metodologia adotada para execução, procedimentos de auditoria aplicados,
limitações encontradas, descrição de fatos constatados e evidências encontradas,
riscos associados, conclusões e recomendações.
O programa de avaliação da qualidade e melhoria é uma avaliação periódica
e contínua de todo trabalho desempenhado da auditoria. È composta de processos
rigorosos, testes contínuos e supervisão para avaliação da eficiência e eficácia das
atividades e identificação de oportunidades de melhoria.
No próximo capítulo serão abordados os controles internos, diferenças entre
fraude e erro, governança corporativa, relatando a importância da auditoria interna
para as organizações.
27
CAPÍTULO III
A AUDITORIA INTERNA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO
PARA AS ORGANIZAÇÕES
A Auditoria Interna deve apresentar todo ano à administração ou conselho
administrativo, para que seja aprovado, o seu plano de trabalho que conterá as
áreas e atividades a serem auditadas.
O plano em questão serve como base para o orçamento da empresa e o
plano estratégico que será desenvolvido, assim como metas de curto e longo prazo.
Para que o mesmo seja elaborado a equipe de auditoria interna deverá ter
conhecimento sobre financeiro, contabilidade, orçamento, departamento pessoal,
fiscal, legal, suprimento, Rh, vendas, assim como os processos da empresa.
28
Deverá testar fazer alguns teste importantes, tais como: Receita, despesa,
controles internos, compras, amostra de notas e contratos, estoque de produtos,
entre outros. Contudo, deverá ter apoio da empresa como um todo na liberação de
documentos e perguntas sobre a operação.
O objetivo maior do planejamento é fazer com que se obtenha conhecimento
da atividade auditada, cumprindo os prazos estabelecidos previamente, dando
atenção as áreas mais importantes, dentro de uma legislação aplicável, coordenado
trabalhos efetuados por outros especialistas associados à equipe de auditoria.
Segundo a NBC TI 01 o apoio de especialistas é fundamental para conclusão
do trabalho de auditoria.
“O uso de técnicas de Auditoria Interna, que demandem o emprego de recursos tecnológicos de processamento de informações, requer que exista na equipe da Auditoria Interna profissional com conhecimento suficiente de forma a implementar os próprios procedimentos ou, se for o caso, orientar, supervisionar e revisar os trabalhos de especialistas.”
O conteúdo do planejamento deverá conter o cronograma, procedimentos de
auditoria, fatos relevantes, os riscos durante a auditoria, pessoas designadas, horas
estimadas e indagações para a conclusão do trabalho.
Fonte Figura 1: Adaptado do portal de auditoria (2016)
29
É recomendável que o auditor interno esteja subordinado ao nível mais
elevado possível dentro da organização, como ao Presidente da entidade conforme
figura 1. Refletindo diretamente sobre a qualidade do trabalho executado e os
resultados obtidos.
3.1 Prevenções de Fraudes e Erros
As fraudes existem desde o início da civilização, entretanto, encontram-se
mais presente atualidade, nas organizações públicas e privadas.
Ocorrem em países ocidentais, orientais, desenvolvidos ou subdesenvolvidos.
Envolvendo organizações de segmentos distintos e de portes diferentes. De modo
que nenhuma organização está totalmente imune aos efeitos das fraudes sobre
suas operações.
A NBC TI 01 define fraude como “ato intencional de omissão ou manipulação
de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis”,
podendo ser caracterizada por apropriação indébita de ativos, aplicação de práticas
contábeis indevidas, supressão ou omissão de transações nos registros contábeis e
apropriação indébita de ativos. Já o erro como ato sem intencional na elaboração de
registros e demonstrações contábeis, que resulte em incorreções dos mesmos.
A auditoria deve assessorar a empresa na prevenção de fraudes e erros. Ao
detectar quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades, a auditoria interna
tem a obrigação de informar, sempre por escrito, de maneira reservada, à
administração a sugerir medidas corretivas. Entretanto, a responsabilidade de
prevenção e identificação de fraude e erros é da administração, através da
implementação de adequado sistema de controle.
Algumas leis foram criadas no Brasil e no mundo para que seja evitado
fraudes dentro das organizações no país de origem ou no exterior.
O Foreign Corrupt Practices Act (FCPA)³ é uma lei federal norte-americana,
promulgada em 1977, que tem como objetivo combater a corrupção transnacional
por determinadas pessoas ou entidades relacionadas aos EUA. O FCPA possui
duas disposições principais, em relação a contabilidade e o antissuborno. Sendo a
primeira sob requisitos de transparência contábeis baseada na lei de Valores
Mobiliários de 1934 e a segunda que torna ilegal o pagamento de propinas a
30
funcionários públicos estrangeiros com a finalidade de obtenção ou manutenção de
negócios.
__________________________________________________________
3 - Desde a criação do Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), as disposições anti-suborno são
aplicadas a todas as pessoas dos Estados Unidos e determinados estrangeiros que emitam valores
mobiliários nos EUA.
Essa lei foi apelidada de Sarbox e SOX e foi criada com o objetivo de garantir
mecanismos de auditoria e segurança confiáveis nas empresas, para que fossem
supervisionadas as atividades e operações, de modo que os riscos do negócio
fossem mitigados, evitando a ocorrência de fraudes ou assegurando que haja meios
de identificá-las quando ocorrem, garantindo a transparência na gestão das
empresas.
No Brasil a lei de anticorrupção é a determinada pelo nº 12.846/2013. Uma lei
ordinária de autoria do poder executivo que trata da responsabilização objetiva
administrativa e civil de empresas pela prática de atos contra a Administração
Pública, nacional ou estrangeira, foi sancionada pela atual presidente, Dilma
Rousseff, em 1 de agosto de 2013 e publicada no Diário Oficial da União em 02 de
agosto do mesmo ano. Possui o objetivo punir aqueles que praticam atos lesivos à
administração pública nacional ou estrangeira.
Dentro da organização a responsabilidade da prevenção e identificação de
fraudes e/ou erros é da administração da empresa, mediante a manutenção de
sistemas adequados de controle. Dessa forma os processos necessitam ser
mapeados e testados para que sejam evitados problemas futuros.
31
Para que fraudes sejam evitados alguns cuidados necessitam ser tomados
com o intuito de restringir ou extinguir o acontecimento.
A segregação das funções estabelece a independência entre as funções de
operação, de registro e de proteção, a rotatividade de funcionários prevê a troca de
funcionários das áreas críticas e sensíveis da empresa, os limites de Alçada
estabelece limites, em valor, para aprovação de compras, contratação de serviços,
realização de despesas e alteração de datas de recebimento, quanto a
determinação de funções faz com que cada funcionário possua claramente definido
quais são as suas metas, objetivos, responsabilidades e atribuições.
O controle interno possibilita a medição de padrões, a avaliação de
desempenho e a fiscalização de eventos, com o intuito de corrigir informações,
comparar resultados, detectar desvios ou anormalidades, além de simplificar rotinas.
Esse monitoramento se faz necessário para que não comprometa a organização.
Toda entidade possui controle, embora nem sempre eficaz e relevante.
Contudo, a continuidade da organização depende da qualidade de seus controles e
processos.
3.2 Controle interno
Controle interno é o processo de planejamento, implementação e é mantido
pelos funcionários, administrativos e governança para fornecer informações
confiáveis com segurança razoável.
Os controles internos podem ser caracterizados como preventivos e
detectivos. Dessa forma, são projetados com a finalidade de evitar erros e de
detectar erros respectivamente.
O sistema de controle pode ser caracterizado como contábil e administrativo,
devendo ser organizado, planejado. Caso necessite o planejamento deverá ser
revisto conforme figura 2. O primeiro possui o objetivo de proteger o patrimônio
contra erros e fraudes, mantendo a confiabilidade e tempestividades dos registros.
O controle administrativo está relacionado com a eficiência e a eficácia
operacional e cumprimento das diretrizes fornecidas pela entidade. Contudo, a
administração é responsável pelo estabelecimento do sistema de controle limitando
o acesso aos ativos, segregando funções e atribuindo aos funcionários suas rotinas.
32
Fonte figura 2: Estratégicas de gestão (2010)
3.3 A auditoria Interna e Controles Internos
A auditoria Interna deve auxiliar a administração na manutenção de controles
efetivos a partir da avaliação de eficácia e eficiência proporcionando melhorias
continuas.
Deve avaliar a adequação e a eficiência dos controles sobre os riscos,
abrangendo a governança, as operações e os sistemas de informação da
organização.
O controle interno possui algumas limitações que podem ser caracterizados
como erro de julgamento na tomada de decisão, falha humana causada por falta de
zelo, distração ou cansaço e conluio entre duas ou mais pessoas com o objetivo de
receber vantagem.
As informações sobre o controle interno são obtidas através de leitura dos
manuais sobre os procedimentos de execução das tarefas, conversas com
funcionários da empresa e acompanhamento dos processos do inicio ao fim.
Entretanto, podem ocorrer deficiências no controle quanto ao planejamento,
fazendo com que não sejam detectadas, corrigidas ou prevenidas tempestivamente
distorções ou mesmo por falta de controle necessário para prevenir, detectar ou
corrigir as distorções.
33
Governança corporativa
A Governança Corporativa tem como objetivo garantir a confiabilidade
da empresa, criando um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos
como de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos executivos
esteja sempre alinhado com o interesse dos acionistas.
Essa medida contribui para que ocorra desenvolvimento econômico,
proporcionando melhorias nas organizações. Dessa forma, tornam-se
indispensáveis à presença de administradores qualificados, sistemas de gestão de
qualidade á fim de que sejam reduzidos os fracassos empresariais, abusos de
poder, erros e fraudes.
Fonte figura 3: Curso de Auditoria Interna (CRC 01/2015)
Segundo, o instituto brasileiro de governança corporativo (IBGC)
“Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
As boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem comum”.
Os princípios da governança corporativa incluem a transparência, onde a
administração deverá cultivar e incentivar a boa comunicação com o intuito da
34
obtenção da confiabilidade. Contudo, o tratamento justo e igualitário a todos os
acionistas deverá ser de forma equidade, inclusive com os acionistas, clientes e
fornecedores.
Conforme figura 3, os princípios seguem um grau de importância que
influencia toda estrutura da organização.
Os membros da administração deverão prestar contas de sua atuação de
forma transparente e responsável, caso ocorram distorções de conduta deverão
responder pelos seus atos praticados, essa atuação é denominada accountability.
A responsabilidade corporativa deverá zelar pela sustentabilidade do planeta,
a fim de contribuir para que geração futura possa ter uma vida favorável com os
recursos limitados, através de políticas sociais e ambientais.
A auditoria interna deve avaliar e propor recomendações apropriadas
para a melhoria do processo de governança promovendo à ética e valores dentro da
organização assegurando o gerenciamento e a prestação de contas.
O termo compliance tem origem no verbo em inglês to comply, que significa
agir de acordo com uma regra ou instrução. È o método utilizado para que as
normas legais e regulares sejam cumpridas, tanto as políticas, como as diretrizes
estabelecidas para o negócio, com o objetivo de mitigar os riscos da reputação da
empresa, legais e regulatórios.
Programas denominados Compliance começaram nos Estados Unidos, no
século XX, quando as agências reguladoras começaram a emergir. O governo norte-
americano criou um modelo de fiscalização centralizado, inclusive promulgou do
FCPA (Foreign Corrupt Practices Act), a lei anticorrupção, que obrigava as
empresas a manter livros e registros que reflitam precisamente as suas transações
e estabeleçam um sistema adequado de controles internos com o intuito de prevenir
o descumprimento de fraudes, corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de conduta.
As instituições sujeitas ao Banco Central devem elaborar relatórios, no
mínimo semestrais contendo informações que incluem recomendações a respeito
de eventuais deficiências e medidas adotadas para que as mesmas sejam sanadas.
O documento deverá permanecer á disposição do banco denominado, BACEN pelo
prazo de cinco anos.
COSO
35
A auditoria interna vem ao longo do tempo passando por mudanças que
envolvem alterações instrumentais e metodologias, assim como sua própria função
dentro da organização. Esse modelo está sendo usado pelas empresas e
principalmente por instituições financeiras.
Em 1985, foi criada, pelos Estados Unidos, uma comissão composta por
representantes das associações de classes ligados a área de finança. Esta
comissão foi denominada – National Commission on Fraudulent Financial Reporting
que possui objetivo principal de estudar as causas da ocorrência de fraudes e
relatórios financeiros/ contábeis.
Em 1992, a comissão publicou um documento chamado de Internal Control –
Integrated Framework, ficando conhecido como COSO I, contendo critérios práticos
para o estabelecimento de controles internos e proteção contra riscos.
Segundo, o trabalho apresentado CRC (2015)
“O documento COSO I define o controle interno como um processo constituído de cinco elementos básicos, atualmente denominados de "componentes", que se inter-relacionam. São eles: ambiente de controle; avaliação e gerenciamento de riscos; atividades de controle; informação e comunicação; e monitoramento.”
Fonte figura 4: Curso de Auditoria Interna – Conselho Regional de Contabilidade/ RJ (CRC 01/2015)
36
O COSO I, conforme figura 4, estabeleceu uma estrutura de controles
internos e trouxe ferramentas de avaliação que foram utilizadas pelas entidades na
avaliação do sistema de controle.
Ambiente de controle interno é a cultura organizacional que influencia a
consciência das pessoas que trabalham na entidade, sendo à base dos demais
componentes.
A avaliação de riscos é a identificação e análise dos riscos relevantes para o
cumprimento das metas e objetivos
Atividades de controles são políticas e procedimentos que possuem
finalidade assegurar as diretrizes da entidade para que se sejam cumpridas.
Informação e comunicação é o método pelo qual a informação é gerenciada
pela entidade.
Monitoramento é o processo pelo qual a avaliação da qualidade do
desempenho do controle interno.
Posteriormente a comissão foi convertida em comitê que passou ser
conhecida como Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway
Commission (Internal Control – Integrated Framework: Controles Internos – Um
modelo integrado), patrocinado por 5 instituições, denominadas AICPA, AAA, FEI,
IIA e IMA com o objetivo de orientar sobre o gerenciamento de riscos
corporativos, controles internos e redução da fraudes.
A intensificação da preocupação com riscos através de muitos escândalos e
falências dos negócios de grande repercussão fez com que o COSO elaborasse
uma estratégia de fácil utilização pelas organizações para avaliar e melhorar o
próprio gerenciamento de riscos. Dessa forma, foi a publicação, em 2004, do
modelo Enterprise Risk Management – Integrated Framework (Gerenciamento de
Riscos Corporativos – Estrutura Integrada), também conhecida como COSO ERM
ou COSO II.
O COSO II, conforme figura 5, expandiu o controle interno para uma estrutura
de gerenciamento dos riscos corporativos de forma ampla e com enfoque nos
riscos.
_______________________________________________________________
37
4 – Fonte: Livro de Auditoria Interna – Conselho regional de Contabilidade (01/2015)
AICPA - American Institute of Certified Public Accountants
AAA - American Accounting Association
FEI - Financial Executives International
IIA -The Institute of Internal Auditors
IMA - Institute of Management Accountants
Fonte figura 5: Curso de Auditoria Interna – Conselho Regional de Contabilidade/ RJ (CRC 01/2015)
Ambiente interno - Inclui a cultura organizacional como um todo,
influenciando a consciência dos empregados sobre os riscos e da administração. È
base para os componentes dos riscos corporativos, compreendendo a integridade e
fatores éticos.
Determinação dos objetivos – São fixados de forma estratégica, com intuito
de abranger a operação, comunicação e cumprimento das normas. O intuito maior
da determinação é identificar de forma eficaz os riscos, avaliando e tendo respostas
para os mesmos.
Identificação de Eventos - A entidade deve identificar os eventos potenciais
que se ocorrerem, trarão impactos e determinar se representam oportunidades ou
riscos na estratégica de alcançar os objetivos.
38
Avaliação de riscos - A administração deverá avaliar os eventos em
perspectivas de probabilidade e impacto, devendo ser analisado isoladamente de
forma negativa ou positiva.
Respostas ao risco - A administração deverá deve determinar qual sua
atitude mediante os riscos, podendo reduzir, evitar, compartilhar ou aceitar.
Devendo ser avaliado o efeito os custo e benefícios e a tolerância desejada.
Atividades de controles - São as políticas e procedimentos que contribuem
para assegurar as respostas aos riscos, compreendem uma série de atividades e
fazem parte da estrutura.
Informação e comunicação - As informações são identificadas, coletadas e
comunicadas de forma coerente e tempestiva, permitindo que as pessoas cumpram
suas responsabilidades entendendo que o trabalho realizado influencia nas demais
áreas.
Monitoramento - Deve ser realizado o monitoramento mediante atividades
contínuas de forma geral e as deficiências no gerenciamento de risco corporativo
devem ser relatadas aos órgãos internos competentes.
A diferença entre os componentes do COSO I e do COSO II consiste na
abordagem do risco, pois o componente "Avaliação e gerenciamento de riscos" do
COSO I deu origem em quatro componentes, denominados como fixação de
objetivos, identificação de eventos e a resposta do risco.
39
CONCLUSÃO
A auditoria interna é uma ferramenta importante para a manutenção e o
bom funcionamento da organização. Por meio deste campo de atuação é possível
encontrar melhorias para os processos, testificando a funcionalidade e os métodos
de execução, podendo ser encontrados erros, falhas e até mesmo fraudes.
A pesquisa elaborada relatou aspectos relevantes relacionados à auditoria
interna, desde sua origem até o momento atual, fornecendo ao leitor maior
compreensão das técnicas, aplicações e benefícios do tema apresentado.
O grande objetivo deste trabalho foi apresentar a importância da auditoria
interna como ferramenta de gestão para as organizações visando a eficácia e
eficiências dos controles internos, contribuindo para o crescimento da empresa de
forma global. Relatando como a auditoria interna pode contribuir para minimizar os
riscos, erros, incertezas e assessorar na tomada de decisão, como ferramenta
imprescindível de gestão para as organizações.
Sendo assim, conclui - se que a pesquisa apresentada contribui para que a
importância da auditoria seja ressaltada, constatando – se que o controle interno é
uma forma e eficaz no gerenciamento das informações capaz de otimizar e
aperfeiçoar o trabalho desempenhado pelos profissionais de diversas áreas. Dessa
forma, o auditor interno age como um consultor de negócios, estando atento às
novas tendências do mercado em que a entidade atua, procurando participar de
forma significativa no desenvolvimento de estratégias de ação em um ambiente
competitivo, buscando melhores resultados para a organização.
40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Rui Otávio Bernades/ Amboni, Nério. Estratégias de Gestão:
Processos e funções do Administrador. Elsevier, 2010
ATTIE, Willian. Auditoria conceitos e aplicações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
CONTABILIDADE, Conselho Federal. Normas brasileiras de contabilidade:
auditoria interna: NBC TI 01 e NBC PI 01/ Conselho Federal de Contabilidade. --
Brasília: Conselho Federal de Contabilidade, 2012.
COSTA, Renata. Curso de Auditoria Interna. Conselho Regional de Contabilidade
do Rio de Janeiro, 2015.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. 4ª ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. Ed. São
Paulo: Atlas, 2010.
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil. 2.ed. São Paulo: Atlas,
1991.
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil. 4.ed. São Paulo: Atlas,
2011.
41
JUNIOR, José. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e procedimentos. 5.
Ed. – São Paulo: Atlas, 2012.
Lei das S.A - Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm>. Acessado em: 17-
01. 2016.
OLIVEIRA, Luís; CHINEREGATO, Renato; JUNIOR, José; GOMES, Marliete. Manual
de Contabilidade Tributária. 11. Ed – São Paulo: Atlas, 2012.
Registro de uma profissão. Disponível em:
<www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detInstitucional.php?cod=2>. Acessado
em: 12-11. 2015.
42
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. Ed.
São Paulo: Atlas, 2010.
ANDRADE, Rui Otávio Bernades/ Amboni, Nério. Estratégias de Gestão:
Processos e funções do Administrador. Elsevier, 2010
ATTIE, Willian. Auditoria conceitos e aplicações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
Auditoria. Disponível em:
<portalcfc.org.br/coordenadorias/fiscalizacao/faq/faq.php?id=6409>. Acessado em:
27-09. 2015.
BORELY, Armando. Auditoria Operacional. Conselho Regional de Contabilidade
do Rio de Janeiro. 2012.
CONTABILIDADE, Conselho Federal. Normas brasileiras de contabilidade:
auditoria interna: NBC TI 01 e NBC PI 01/ Conselho Federal de Contabilidade. --
Brasília: Conselho Federal de Contabilidade, 2012.
Controle Interno e Prevenção contra as fraudes contábeis nas organizações
privadas: uma parceria virtuosa. Disponível em:
<http://www.convibra.com.br/upload/paper/2012/33/2012_33_4958.pdf>>.Acessado
em: 03-01. 2016.
COSTA, Renata. Curso de Auditoria Interna. Conselho Regional de Contabilidade
do Rio de Janeiro, 2015.
43
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. 4ª ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. Ed. São
Paulo: Atlas, 2010.
Curso Técnico em Contabilidade. Disponível em:
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12249.htm>. Acessado em:
12-11. 2015.
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil. 2.ed. São Paulo: Atlas,
1991.
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil. 4.ed. São Paulo: Atlas,
2011.
JUNIOR, José. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e procedimentos. 5.
Ed. – São Paulo: Atlas, 2012.
Lei das S.A - Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm>. Acessado em: 17-
01. 2016.
OLIVEIRA, Luís; CHINEREGATO, Renato; JUNIOR, José; GOMES, Marliete. Manual
de Contabilidade Tributária. 11. Ed – São Paulo: Atlas, 2012.
Origem da Auditoria. Disponível em: <www.classecontabil.com.br/artigos/origem-
evolucao-e-desenvolvimento-da-auditoria >. Acessado em: 27- 09. 2015.
Planejamento de Auditoria. Disponível em:
<www.portaldeauditoria.com.br/sobreauditoria/planejamento-de-auditoria-interna-e-
fatores-de-risco.asp>. Acessado em: 30-12. 2015.
Portal de Auditoria. Disponível em:
44
<http://images.google.de/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fwww.portaldeauditoria.co
m.br%2Fimagens%2Forganograma.jpg&imgrefurl=http%3A%2F%2Fwww.portaldeau
ditoria.com.br%2Fauditoria-interna%2FA-importanciia-da-auditoria-
interna.asp&h=528&w=875&tbnid=-5-xwpKGah-
zxM%3A&docid=CjAG_WYycIQbeM&ei=QhqcVpibCYePwgTulZTgCg&tbm=isch&iac
t=rc&uact=3&dur=910&page=1&start=0&ndsp=20&ved=0ahUKEwiYxK_99rHKAhW
Hh5AKHe4KBawQrQMIUTAR>
Acessado em: 06- 02. 2016.
Registro de uma profissão. Disponível em:
<www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detInstitucional.php?cod=2>. Acessado
em: 12-11. 2015.
Riscos de Auditoria. Disponível em:
<www.portaldeauditoria.com.br/legislacao/normas/auditoria.htm>.
Acessado em: 01-01. 2016.
Riscos de Auditoria. Disponível em:
<www.dcc.uem.br/semana2006/anais2006/Anais_2006_arquivo_32.pdf>. Acessado
em: 01-01. 2016.
Técnica de Auditoria - Disponível em:
<http://www.contas.cnt.br/auditoriagovernamental/tecnicas-de-auditoria/>. Acessado
em: 17-01. 2016.