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Documentos de Orientação DGOTDU 03/2007

Guia das Alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial

Introduzidas pela Lei n.º 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 16 de SetembroOutubro 2007

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Ficha Técnica

Título

Guia das Alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão TerritorialIntroduzidas pela Lei n.º 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 16 de Setembro

Colecção

Documentos de Orientação 03/2007Outubro de 2007

© Propriedade da DGOTDU — Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, 2007

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor

Entidade responsável pela edição

Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano

Autores

Ana Cristina Catita, Gabinete do Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades

Isabel Moraes Cardoso, Consultora

Maria José Morgado, Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano

Sandra Guerreiro, Gabinete do Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades

Virgínia Ferreira de Almeida, Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano

Design gráfico

Vitor Higgs

Impressão e acabamento

Xcut, Publicidade e Imagem, Lda

Tiragem

1000 exemplares

ISBN

978-972-8569-40-2

Depósito Legal

267416/07

Quaisquer pedidos de esclarecimento, observações ou sugestões, relativos à presente publicação devem

ser dirigidos a DGOTDU, a/c Divisão de Divulgação e Comunicação, Campo Grande, 50, 1749-014 LISBOA,

tel. 21.782.50.00, endereço electrónico: [email protected].

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Índice

Abertura 7

Nota de Apresentação 9

1. Introdução 11

2. Sintesedescritivaejustificativadasalteraçõesmaisrelevantes 15

2.1 Noção, objectivos, conteúdo e tramitação procedimental dos instrumentos de gestão territorial 15

2.1.1 Programa nacional da política de ordenamento do território 15

2.1.2 Planos sectoriais de ordenamento do território 16

2.1.3 Planos especiais de ordenamento do território 17

2.1.4 Planos regionais de ordenamento do território 19

2.1.5 Planos intermunicipais de ordenamento do território 20

2.1.6 Planos municipais de ordenamento do território 20 2.1.6.1 Elaboração e acompanhamento do plano director municipal 20

2.1.6.2 Elaboração e acompanhamento dos planos de urbanização e dos planos de pormenor 22

2.1.6.3 Concertação nos planos municipais de ordenamento do território 23

2.1.6.4 Discussão pública nos planos municipais de ordenamento do território 24 2.1.6.5 Aprovação dos planos municipais de ordenamento do território e ratificação governamental 24

2.1.6.6 Objecto e conteúdo dos planos municipais de ordenamento do território 25

2.1.6.7 Modalidades específicas de plano de pormenor 27

2.2 Efeitos registais dos planos de pormenor 27

2.3 Dinâmica dos instrumentos de gestão territorial 30

2.4 Medidas preventivas dos planos municipais de ordenamento do território 31

2.5 Operações de reparcelamento 31 2.6 Contratos para planeamento 32

3. Análise comparada do articulado do RJIGT com as novas alterações introduzidas pela Lei n.º 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro 33

4. Perguntas mais frequentes 93

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Anexo Diagramas de procedimentos e notas explicativas PEOT - Plano Especial de Ordenamento do Território III Diagrama de Procedimentos

PROT - Plano Regional de Ordenamento do Território IV Diagrama de Procedimentos

PIOT - Plano Intermunicipal de Ordenamento do Território V Diagrama de Procedimentos

PMOT - Plano Municipal de Ordenamento do Território - suspensão VI Diagrama de Procedimentos

MP - Medidas Preventivas VII Diagrama de Procedimentos

PDM - Plano Director Municipal - elaboração e revisão VIII Diagrama de Procedimentos Nota explicativa X

PDM - Plano Director Municipal - alteração XVI Diagrama de Procedimentos Nota explicativa XVIII

PU/PP - Plano de Urbanização /Plano de Pormenor XXIV Diagrama de Procedimentos Nota explicativa XXV

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Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano

Abertura

Acredibilizaçãodosistemadeplaneamentoterritorial,objectivofirmedoXVIIGoverno,implicou,entre outras medidas, a revisão de diversos aspectos do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, quedesenvolveasbasesdapolíticadeordenamentodoterritórioedeurbanismoedefineoregimejurídico dos instrumentos de gestão territorial.

Osmotivosquejustificamasalteraçõesefectuadaseosprincípiosquepresidiramaessamudançaencontram-se expressos no preâmbulo do novo diploma, o Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Se-tembro.

Deumpontodevistapolítico,descentralização,responsabilização,simplificaçãoetransparênciasão as palavras-chave das alterações operadas.

Uma repartição mais clara e diferenciadora de atribuições e de responsabilidades entre o Estado easAutarquiasLocais,umacoordenaçãomaiseficienteentreserviçosdaadministraçãopúblicae,porúltimo,processosdedecisãobaseadosemprocedimentosmaisconcentradosesimplificadosdeverãopermitircompatibilizarodesejávelgraudeexigênciadosprocessosdeplaneamentocomos tempos próprios de decisores públicos e privados de sociedades modernas e democráticas.

Na verdade, é inaceitável, porque desresponsabilizante, que os prazos de elaboração e aprovação de um plano municipal de ordenamento do território excedam o período de quatro anos para o qual são eleitas as equipas autárquicas.

É também inaceitável, porque irresponsável, inviabilizar a concretização de bons projectos apenas porqueprocessosinjustificadamentelentosecomplexosdesmotivamosseuspromotores.

As alterações introduzidas no regime jurídico de instrumentos de gestão do território não o colocam em causa, antes o aperfeiçoam. Os ensinamentos de cerca de oito anos de prática de elaboração e aprovaçãodeplanoseaassumpçãodeumparadigmadeintervençãopúblicabaseadonaconfiançaenaresponsabilizaçãodosváriosactoresenvolvidospermitemenriqueceraversãoanterior,reafir-mando os aspectos comprovadamente adequados mas alterando aqueles que exigem actualização.

O pleno aproveitamento de tais alterações implica uma resposta informada, coordenada e coerente de todos os actores envolvidos nos processos de planeamento territorial. Neste contexto, e para que a aplicação do Decreto-Lei n.º 316/2007 seja bem sucedida, foi preparado este Guia informativo, pedagógico e de apoio e orientação técnica.

Lisboa, Outubro de 2007

João Ferrão Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades

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Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano

Nota de apresentação

O presente Guia tem por objectivo esclarecer os principais actores da gestão territorial sobre os objectivosestratégicoseasfinalidadesquesãoperseguidaspelasrecentesalteraçõesaoRegimeJurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, introduzidas pela Lei n.º 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro.

ApublicaçãodoGuianasequênciadirectadaentradaemvigordaquelesdiplomasinauguraumaprática que se deve tornar normal e que consiste em fazer acompanhar qualquer nova legislação da publicação de documentos de orientação doutrinária ou metodológica que contribuam para um entendimento uniforme e uma aplicação esclarecida dos textos legais. Esta prática insere-se no exercício das responsabilidades da DGOTDU enquanto autoridade técnica nacional de ordenamento do território e de urbanismo.

O documento tem por destinatários primordiais os eleitos e os técnicos da Administração local, a quem cabe a responsabilidade de promover e conduzir a elaboração e execução dos planos munici-pais de ordenamento do território (PMOT), e os técnicos da Administração central que participam na elaboração e revisão dos instrumentos de desenvolvimento territorial e dos instrumentos de naturezaespecialouqueintervêmnaelaboração,revisãoealteraçãodosPMOT.

Complementarmente,odocumentodirige-seaostécnicosparticularesqueintervêmnasacçõesdegestão territorial e ao restante universo de entidades públicas, organizações e pessoas interessadas nestasmatérias.Referênciaespecialparaosestudantesdoensinosuperiorquefrequentamcursosnasáreascientíficasdeinteresseparaoordenamentodoterritórioeourbanismo,paraquemestetipo de documentos constitui um importante auxiliar de formação.

A DGOTDU está a preparar diversas iniciativas destinadas a promover um melhor conhecimento do quadro legal e regulamentar do ordenamento do território e do urbanismo e, desse modo, a contribuir para práticasmais qualificadas e competentes de gestão territorial. Estas iniciativascompreendem acções de informação e de formação. O presente Guia é também um instrumento para essas iniciativas.

Termino formulando o agradecimento da DGOTDU aos autores materiais do Guia e o voto de que a sua utilização possa contribuir decisivamente para que sejam alcançados os objectivos perseguidos com a sua elaboração.

DGOTDU, Outubro de 2007

Vitor Campos Director-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano

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1. Introdução

A alteração introduzida pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro, ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial1(RJIGT),concretizaamedidadoSIMPLEX’072 que preconiza a revisãodoDecreto-Lein.º380/99comoobjectivodesimplificareflexibilizarosprocessosdeor-denamento do território.

Os impactos esperados da revisão incidem em dois níveis. Ao nível do procedimento, na maior ce-leridade dos processos de elaboração e aprovação dos instrumentos de gestão territorial. Ao nível substancial,namaiorflexibilidadedosconteúdosdosplanosmunicipaisdeordenamentodoterritó-rio, susceptível de obstar às permanentes necessidades de alteração ou suspensão motivadas pela dinâmica do desenvolvimento económico e social.

Comefeito,acapacidadedosistemadegestãoterritorialresponderdeformaeficienteeatempadaàs necessidades de desenvolvimento e à mutabilidade da realidade que se lhe encontra subjacente constitui o objectivo fundamental a que o sistema deverá dar resposta. Os problemas colocados pelo ordenamento do território são, por natureza, dinâmicos e a forma do sistema os resolver tem necessariamentede ser capazde corresponder, demodoeficiente, a essedinamismo.O factortempo, conjugado com a diversidade do interesse público subjacente às opções de planeamento, constitui um aspecto fundamental do desenvolvimento territorial, que as regras instituídas e as práticastécnicaseadministrativastêmnecessariamentedeteremconta.

A alteração introduzida no RJIGT pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro, tem por ob-jectivogeraloreforçodaeficiênciadosprocessosdeordenamentodoterritórioe,por isso,daoperatividade do sistema.

As alterações introduzidas assentam em quatro vectores essenciais:

1. Simplificação de procedimentos;

2. Descentralização de competências para os municípios, associada à correspondente responsabilização e desconcentração de competências no âmbito dos serviços e entidades da Administração central;

3. Reforço dos mecanismos de concertação dos interesses públicos e destes com os inte-resses privados subjacentes aos processos de planeamento;

4. Clarificação e diferenciação de conceitos e de instrumentos de intervenção.

Estesquatrovectoresconcorrem,assim,paraoobjectivodaeficiênciadosprocessosdeplanea-mento,mastambém,emtermosderesultados,paraaqualificaçãodaspráticastécnicaseadminis-trativas e dos próprios instrumentos de gestão territorial.

1 Previamente alterado pelo Decreto-Lei n.º 53/2000, de 7 de Abril, pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro, pela Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro, e pela Lei n.º 56/2007, de 31 de Agosto.2 ProgramadeSimplificaçãoAdministrativaeLegislativa.

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Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano

A oportunidade da presente alteração é manifesta no quadro das dinâmicas de elaboração dos ins-trumentos de gestão territorial da responsabilidade da Administração central. Encontram-se apro-vados o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território e a revisão do Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve, e estão em elaboração quatro planos regionais de ordena-mentodoterritório-Alentejo,Norte,OesteeValedoTejoeCentro-,queirãoestabeleceroquadrodereferênciaestratégicadelongoprazoquepermiteaosmunicípiosdefiniremassuasopçõesdedesenvolvimento e gestão territorial no âmbito do processo generalizado de revisão dos respectivos planos directores municipais.

As alterações agora introduzidas no RJIGT são, por isso, essenciais para o enquadramento do proces-so de revisão dos planos directores municipais, propósito que se completa com a próxima revisão da portaria que regula a constituição, a composição e o funcionamento da comissão que acompanha a elaboração ou revisão do plano director municipal.

O Decreto-Lei n.º 316/2007 procede, também, à adaptação do regime geral relativo à avaliação ambiental de planos e programas, à avaliação ambiental dos instrumentos de gestão territorial, contido no Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, tendo como objectivo introduzir nos pro-cedimentos de elaboração e aprovação dos instrumentos de gestão territorial o procedimento de avaliaçãoambientalrespectivo,obedecendoaocitadovectordasimplificaçãoprocedimental.

É adaptado o regime geral da avaliação ambiental de planos e programas aos procedimentos espe-cíficosdeelaboração,acompanhamentoeaprovaçãodosinstrumentosdegestãoterritorial,man-tendo-se a aplicação subsidiária do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, em tudo quanto não forobjectoderegulaçãoespecíficanoâmbitodoRJIGT.

Uma vez que os vectores que norteiam a alteração ao RJIGT são transversais ao procedimento de elaboração e alteração dos instrumentos de gestão territorial, em especial dos planos municipais deordenamentodoterritório,asmodificaçõesintroduzidasemmatériadeavaliaçãoambiental,conteúdo documental dos planos, elaboração e acompanhamento, concertação e discussão pública, incidemsobretodososinstrumentosdegestãoterritorial,emboracomespecificidadesdecorrentesdanaturezaefunçãodecadatipodeplano,explicitadasnasíntesejustificativasubsequente.

Justifica-seumaalusãoparticularàfundamentaçãodasalteraçõesintroduzidasnoprocedimentode elaboração e acompanhamento dos planos sectoriais de ordenamento do território. As modi-ficações introduzidaspartemdaverificaçãodequepoucos sãoosplanosque, sendomaterialesubstantivamente planos sectoriais - instrumentos que programam ou concretizam as políticas de desenvolvimentoeconómicoesocialcomincidênciaespacial,determinandoorespectivoimpacteterritorial - obedecem, do ponto de vista orgânico e formal, à tramitação procedimental prevista no RJIGT e, por isso, aos princípios que se lhe encontram subjacentes, designadamente em matéria de coordenação de interesses e de intervenções3 e de participação pública.

Assim, pretendeu-se agilizar o procedimento de elaboração destes planos e torná-lo mais autónomo por parte da entidade sectorial competente, sem perder de vista a necessária articulação com os

3 Cfr., a propósito da coordenação de intervenções, os arts. 20.º a 22.º do RJIGT, e, em especial, em matéria de coordenação interna quanto aos planos sectoriais, o art. 38.º, n.º 3, do RJIGT.

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demais instrumentos de gestão territorial, em especial, com os instrumentos de âmbito municipal, de forma a garantir-se a necessária coordenação de intervenções.

No que respeita aos planos municipais de ordenamento do território, salientam-se as alterações queconcretizamovectordadescentralizaçãodecompetênciasparaosmunicípios,associadaàcorrespondente responsabilização, em dois aspectos principais. O primeiro, por via do carácter ex-cepcionaldaratificação,unicamente,doplanodirectormunicipalquandoincompatívelcomplanosectorial ou plano regional de ordenamento do território, e da eliminação do registo com funções de controlo de legalidade. O segundo, no domínio das relações com as comissões de coordenação e de-senvolvimento regional, concretizado no carácter facultativo do acompanhamento destes planos.

Aresponsabilizaçãomunicipalassociadaàsimplificaçãodeprocedimentosquejustificaaalteraçãodoregimedaratificaçãogovernamentaleaeliminaçãodoinstitutodoregistodosplanosmunicipaisdeordenamentodoterritório(PMOT)comfunçõesdecontrolodelegalidade,sãodasmodificaçõesmaissignificativasdapresentealteraçãolegislativa.

As alterações introduzidas na comissão que acompanha a elaboração dos planos especiais e do plano director municipal (PDM) - planos vinculativos dos particulares cujo acompanhamento é efectuado porcomissão-justificam-seporrazõesdeeficiência.Comosesalientanopreâmbulodaalteraçãoao RJIGT, a avaliação do funcionamento das comissões mistas de coordenação que acompanham a elaboraçãodaquelesplanospermitiuverificarquearespectivacomposição,demasiadoalargadae,por isso, pouco operativa, não permitiu alcançar os objectivos de coordenação de interesses que se encontravam subjacentes à sua previsão.

Para além da alteração da designação - passam a designar-se comissões de acompanhamento – dei-xam de incluir representantes dos interesses económicos, sociais, culturais e ambientais.

Verificou-sequeostrabalhosdascomissõesqueacompanhamosplanosconsistem,namaiorpartedos casos, no debate e análise de questões de carácter essencialmente técnico. Ora, a tónica e a natureza das preocupações dos representantes privados dos interesses económicos, sociais, cultu-rais e ambientais não se prendem com o debate técnico, mas, em regra, com questões estratégicas, de carácter mais global e abrangente, sendo pouco operacional a análise e o debate de questões de natureza diferente num mesmo fórum.

Também a adopção, no âmbito do acompanhamento destes planos, do modelo de decisão em con-ferênciadeserviçosjustificaaalteraçãoefectuada,umavezquearepresentaçãodeinteressesprivados é pouco coerente com este mecanismo.

Osrepresentantesprivadosdosinteresseseconómicos,sociais,culturaiseambientaisnãovêem,no entanto, cerceadas as suas possibilidades de intervenção por meio do direito de participação ao longo de todo o procedimento de elaboração dos planos, nos termos e com o conteúdo previsto no art. 6.º do RJIGT, em especial no decurso do período de participação preventiva e de discussão pública.

Distingue-se, assim, a comissão que acompanha a elaboração dos planos que não são vinculativos dos particulares, designada comissão consultiva, da comissão de acompanhamento, quer em função da respectiva composição (uma vez que a comissão consultiva integra representantes dos interesses

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económicos, sociais, culturais e ambientais) quer da forma de funcionamento, já que à comissão consultivanãosãoaplicáveisasnormasrelativasàconferênciadeserviços.

Em matéria de reforço de mecanismos de participação privada, refere-se a expressa admissibilidade e a regulação dos contratos para planeamento, de utilidade manifesta não só para enquadrar as actuações administrativas correntes mas também como reconhecimento das suas virtualidades en-quanto forma adequada de conciliar interesses públicos e privados e de operacionalizar a execução dos planos de urbanização e dos planos de pormenor, responsabilizando os seus destinatários pela concretização das operações neles previstas.

A republicação do RJIGT contempla, ainda, as alterações entretanto introduzidas pela Lei n.º 56/2007, de 31 de Agosto, que impõe a obrigação, em prazos determinados, de transcrição di-gital georreferenciada e disponibilização na Internet dos planos municipais de ordenamento do território.

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2. Síntesedescritivaejustificativadasalteraçõesmaisrelevantes

2.1 Noção, objectivos, conteúdo e tramitação procedimental dos instrumentos de gestão territorial

2.1.1 Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território

As alterações introduzidas no regime do Programa Nacional da Política de Ordenamento do Ter-ritório4 (PNPOT), com excepção de uma alteração pontual no art. 30.º, n.º 15, através da qual se procede à actualização da entidade à qual compete, no âmbito do Governo, a coordenação da elaboração do PNPOT – ministro responsável pelo ordenamento do território - incidem sobre a fase da concertação e o período da discussão pública.

Em matéria de concertação, a alteração introduzida no regime do PNPOT obedece ao propósito desimplificaçãoprocedimental,eliminando-seafasedenovospareceresescritosapósaemissãodoparecerfinaldacomissãoconsultiva,dadoqueasrazõesdaobjecçãoàpropostadeProgramajáhaviamsidoexpostasnaqueleparecerfinal,nãosejustificandoumnovoperíodode30diaspara reiterar as razões da discordância.

Em simultâneo, a alteração tem por base uma opção de carácter substantivo que consiste em antecipar a concertação de interesses para a fase de elaboração e acompanhamento da proposta do PNPOT (art. 32.º, n.º 1). Esta opção apresenta inegáveis vantagens, quer do ponto de vista da celeridade procedimental quer da construção de soluções mais partilhadas, porquanto se pretende que ao longo do procedimento de acompanhamento, em sede de comissão consultiva ou de comissão de acompanhamento, as entidades públicas nelas representadas contribuam, de forma propositiva, para os trabalhos de elaboração do Programa.

Assim, a realização da concertação, enquanto fase procedimental autónoma, passa a revestir natureza facultativa, por decisão da entidade responsável pela elaboração de cada instrumento de gestão territorial, e a concretizar-se por meio de reuniões de concertação, a realizar no prazo de20diasapósaemissãodoparecerfinaldacomissãoconsultiva(art.32.º,n.º2).Acircuns-tância de a lei apontar para a concretização da concertação de interesses através da realização de reuniões de concertação, não impede a entidade responsável pela elaboração do PNPOT de promoveroutrasdiligênciasqueentendaadequadasasanarasobjecçõesquehajamsidoformu-ladasemsededeparecerfinal.

Considerando a natureza mínima dos prazos previstos no RJIGT em matéria de inquérito público, optou-se por reduzir o período de anúncio prévio do inquérito público, que passa a ser de 5 dias6, e a duração mínima do inquérito público que passa de 60 para 44 dias.

4 Aprovado pela Lei n.º 58/2007, de 4 de Setembro.5 TodasasnormasatributivasdecompetênciasaosmembrosdoGovernoexistentesnoRJIGTforamactualizadas,tendo-se optado pela designação de ministro responsável pelas área de atribuições do respectivo ministério, o que evita a desactualização do diploma em função de eventual alteração da orgânica governativa.6 Todos os prazos respeitantes ao inquérito público são prazos de natureza administrativa que se contam em dias úteis, nos termos do art. 72.º do Código do Procedimento Administrativo.

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2.1.2 Planos sectoriais de ordenamento do território

No art. 35.º, alínea a), é substituída a expressão “cenários de desenvolvimento respeitantes aos diversos sectores”, por “planos, programas e estratégias” , o que designa de forma ade-quada as diversas modalidades que enquadram os instrumentos de programação ou de concre-tizaçãodasdiversaspolíticascomincidêncianaorganizaçãodoterritório.

Em matéria de avaliação ambiental, os planos sectoriais podem ou não encontrar-se sujeitos a procedimento de avaliação (art. 3.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho).

Trata-se, consoante o plano sectorial, de determinar se o mesmo constitui enquadramento para afuturaaprovaçãodeprojectos,sendosusceptíveldeterefeitossignificativosnoambiente(art. 3.º, alíneas a) e c), daquele diploma7) , cabendo à entidade responsável pela respectiva elaboração proceder à averiguação se o plano se encontra sujeito a avaliação ambiental.

Para este efeito, a entidade responsável pode promover a consulta das entidades às quais, emvirtudedas suas responsabilidades ambientais específicas,possam interessar osefeitosambientais resultantes da aplicação do plano (alínea g) do n.º 2, e n.os 4 e 5, do art. 38.º, do RJIGT).

Os pareceres solicitados para efeitos de determinação da necessidade de avaliação e, em caso afirmativo,sobreoâmbitodaavaliaçãoeainformaçãoaincluirnorelatórioambientalsãoemitidos no prazo de 15 dias (art. 38.º, n.º 6, do RJIGT) e, tal como resulta do regime geral da avaliação ambiental (art. 3.º, n.º 4), podem não ser considerados, caso sejam emitidos após esse prazo8 .

Quando o plano sectorial se encontra sujeito a avaliação ambiental, o relatório ambiental, elaboradonostermosdoDecreto-Lein.º232/2007,de15deJunho,ecomoconteúdoaífixado(art. 6.º), passa a fazer parte do respectivo conteúdo documental, acompanhando o plano.

Na óptica de autonomia da entidade competente, a elaboração dos planos sectoriais deixa de ser determinada por Resolução do Conselho de Ministros, passando a competir unicamente ao ministro competente em razão da matéria por meio de despacho (art. 38.º, n.º 2, do RJIGT).

O procedimento contido no RJIGT passa a revestir natureza mínima no que se refere aos actos e formalidades a praticar em sede de elaboração, acompanhamento e participação, podendo odespachoquedeterminaaelaboraçãodoplanosectorialpreveroutrasexigênciasprocedi-mentais ou de participação em função da complexidade da matéria ou dos interesses a salva-guardar (art. 38.º, n.º 2, alínea f), do RJIGT).

7 São os planos e programas referidos no art. 3.º, n.º 1, alínea c), do diploma referido – planos e programas em sectores não abrangidos pela alínea a) do mesmo número e os planos e programas incluídos nesses sectores mas que constituem enquadramento para projectos que não são mencionados nos anexos I e II do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio.8 Significa esta formulação legal que os pareceres emquestão são obrigatórios,mas quenão têmque ser ponderadospela entidade responsável pela elaboração do plano se emitidos uma vez decorrido o prazo (art. 99.º, n.º 3, do Código do Procedimento Administrativo).

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9 Cfr.supran.º20,quantoaocaráctermínimodasexigênciasprocedimentaisprevistasnalei.10 Art. 42.º, n.º 2, do RJIGT.

O acompanhamento da elaboração dos planos sectoriais deixa de ser efectuado através da comissão mista de coordenação, sendo garantido através da consulta e emissão de parecer da comissão de coordenação e desenvolvimento regional competente, das entidades ou serviços da Administração central representativos dos interesses a ponderar e das câmaras municipais das autarquias abrangidas (art. 39.º, n.º 1, do RJIGT).

A entidade responsável pela elaboração do plano sectorial pode optar pela emissão dos pare-ceres (incluindo os pareceres sobre o relatório ambiental das entidades às quais, em virtude das suas responsabilidadesambientaisespecíficas, seja susceptívelde interessarosefeitosambientaisresultantesdaaplicaçãodoplano)emconferênciadeserviços,àqualseaplicao novo art. 75.º-B do RJIGT em matéria de vinculação das entidades e serviços presentes na conferênciapormeiodaposiçãomanifestadapelorespectivorepresentante,substituiçãodeparecereseomissãodeconcordânciaexpressaoufaltadecomparênciaàconferência.

Atentaaespecificidadedosplanossectoriaisnoâmbitodosistemadegestãoterritorial,nãoseprevê,aindaquefacultativa,afasedeconcertação,oquenãosignifica,porém,queaentidaderesponsável se encontre impedida9 depromoverdiligênciassuplementarescomvistaaalcançaruma solução concertada com as entidades que hajam emitido pareceres desfavoráveis.

2.1.3 Planos especiais de ordenamento do território

Elimina-se do conteúdo material dos planos especiais de ordenamento do território (PEOT) a referênciaàfixaçãodeusos,porseentenderqueosplanosespeciaisdevemconterregimesdesalvaguardaderecursosevaloresnaturaisenãoclassificarequalificarousodosolo,porviaquerdaalteraçãodeperímetrosurbanosdefinidosnosinstrumentosdeplaneamento,querdadefiniçãodascategoriasàsquaisseencontramassociadasutilizaçõeseparâmetrosdeocupa-ção – são meramente planos de salvaguarda de recursos e valores naturais.

Os planos especiais de ordenamento do território, por estabelecerem regimes de salvaguarda derecursosevaloresnaturais,assegurandoapermanênciadossistemasindispensáveisàutili-zação sustentável do território10, encontram-se contemplados no art. 3.º, n.º 1, alínea a), do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, estando, por isso, sujeitos a avaliação ambiental.

Daí a inclusão, no conteúdo documental dos planos especiais, do relatório ambiental com o conteúdo previsto no art. 6.º do regime relativo à avaliação ambiental de planos e programas (art. 45.º, n.º 2, alínea b), do RJIGT).

A elaboração dos planos especiais passa a ser determinada por despacho do ministro compe-tente em razão da matéria, prevendo-se que, por meio de Resolução do Conselho de Ministros, sejam estabelecidos os critérios para a composição da comissão de acompanhamento para todos os PEOT (art. 46.º, n.os 1 e 2, do RJIGT).

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Atentososinteressespúblicosespecíficosdecarácterambiental11 que são prosseguidos através daactualtipologialegaldeplanosespeciais,justifica-sequeadecisãodeelaboraçãodoplanopertença ao membro do Governo responsável pelo domínio em questão.

ÀreferidaResoluçãodoConselhodeMinistroscabedefinir,emfunçãodatipologiadeplanosedos objectivos que prosseguem, os critérios de composição da comissão de acompanhamento, osquaisdevempermitiridentificarasentidadeseosserviçosdaAdministraçãodirectaeindi-rectadoEstadoque,atentasasrespectivascompetências,sedevemencontrarrepresentadosna comissão de acompanhamento cuja constituição se efectua no despacho que determina a elaboração do plano. Estes critérios devem assegurar que seja designado um representante único por interesse público a salvaguardar, evitando situações de sobre representação.

O acompanhamento dos planos especiais em sede de comissão de acompanhamento (art. 47.º, n.º 1)12 integra as entidades às quais, em virtude das suas responsabilidades ambientais es-pecíficas,possam interessarosefeitosambientais resultantesdaaplicaçãodoplano.Estasentidadesexercem,nacomissãodeacompanhamento,ascompetênciasconsultivasqueselheencontram cometidas nos arts. 5.º e 7.º do regime relativo à avaliação ambiental de planos e programas,eacompanhamaelaboraçãodorelatórioambiental.Oparecerfinaldacomissãointegra os pareceres daquelas entidades sobre o relatório ambiental (art. 47.º, n.os 2 e 4, do RJIGT).

É eliminado o parecer autónomo da comissão de coordenação e desenvolvimento regional no âmbito do processo de acompanhamento e concertação. Esta entidade passa a pronunciar-se no parecerfinaldacomissãodeacompanhamento,apreciandoobrigatoriamenteaarticulaçãoeacoerênciadapropostacomosobjectivos,princípioseregrasaplicáveisaoterritórioemcausa,definidosporquaisqueroutrosinstrumentosdegestãoterritorialaplicáveis(art.47.º,n.º5).

É aplicável à comissão de acompanhamento dos PEOT o art. 75.º-B, em matéria de vinculação das entidades e serviços por meio da posição manifestada pelo respectivo representante, substituição deparecereseomissãodeconcordânciaexpressaoufaltadecomparênciaàconferência.

Introduz-se a divulgação da discussão pública pela Internet, uniformiza-se o período de divul-gação para 5 dias e corrige-se a metodologia de ponderação e divulgação dos resultados da discussão pública (art. 48.º, n.os 3, 4 e 8).

11ParaalémdosprevistosnaLBPOTUenoRJIGT,oart.6.ºdoDecreto-Lein.º131/2002,11deMaio,qualificaosplanosde ordenamento dos parques arqueológicos como planos especiais, e dispõe que a sua elaboração e conteúdo material e documental deve observar o RJIGT.12Cfr. ponto 1, quanto às razões justificativas das alterações introduzidas no regime das anteriores comissões mistasde coordenação. Note-se que, em sentido técnico-jurídico, tais comissões não dispunham de poderes de coordenação, entendidos como poderes ou faculdades de decisão relativamente às propostas de planos municipais que excedessem o controlo da compatibilidade com os demais instrumentos de gestão territorial, já que a averiguação da conformidade legal não se inclui no âmbito de relações de coordenação.

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2.1.4 Planos regionais de ordenamento do território

No que respeita ao conteúdo material dos planos regionais de ordenamento do território (PROT), explicita-se que estes procedem à articulação espacial das orientações contidas no PNPOT e nos demais planos, programas e estratégias sectoriais preexistentes (art. 53.º, alínea c), e dispõe-se expressamente que o PROT delimita a estrutura regional de protecção e valori-zaçãoambiental,emconsonânciacomoart.14.º,n.º1,doRJIGT,emmatériadeidentificaçãode valores e sistemas de protecção e valorização ambiental, uma vez que a referida estrutura se encontrava mencionada no conteúdo do relatório que acompanha o plano regional (actual alínea c), do n.º 2 do art. 54.º).

Em consonância, é alterado o conteúdo documental (art. 54.º, n.º 2, alínea c) -alteração da referida alínea c) para incluir os estudos que conduzem à delimitação da referida estrutura regional de protecção e valorização ambiental e o relatório ambiental (n.º 3).

Parte-se do pressuposto que os PROT se encontram sempre sujeitos a avaliação ambiental, porquanto do respectivo conteúdo material resulta necessariamente o enquadramento de fu-turos projectos, designadamente, de iniciativa pública e de interesse e âmbito regional.

No que se refere ao procedimento de avaliação ambiental, adopta-se a solução de integra-ção na comissão que acompanha a elaboração do plano das entidades às quais, em virtude dassuasresponsabilidadesambientaisespecíficas,possaminteressarosefeitosambientaisresultantes da aplicação do plano. Estas entidades exercem, na comissão de acompanha-mento,ascompetênciasconsultivasqueselheencontramcometidasnosarts.5.ºe7.ºdoDecreto-Lei n.º 232/2007, de 15 Junho, e acompanham a elaboração do relatório ambiental (art. 56.º, n.os 2 e 4).

Oparecerfinaldacomissãointegraospareceresdaquelasentidadessobreorelatórioambien-tal,garantindo-seainexistênciadeduplicaçãodeprocedimentos.

A comissão, composta pelos representantes das entidades e serviços que asseguram a prosse-cução dos interesses a ponderar na elaboração do plano e dos representantes dos interesses económicos, sociais, culturais e ambientais, passa a designar-se por comissão consultiva (art. 56.º, n.º 1).

Em matéria de concertação, adopta-se a solução descrita no parágrafo 4 relativa ao PNPOT (art. 57.º, n.º 2).

OcarácterestratégicoeprogramáticodosPROTjustificaqueaAdministraçãocentralpossacontratualizar com os municípios as formas e os prazos de adequação dos planos municipais ou intermunicipaisaonovoPROT.Assim,prevê-sequeaResoluçãodoConselhodeMinistrosqueaprova o PROT preveja as formas e os prazos, previamente acordados com os municípios, para adaptação dos respectivos planos (art. 59.º, alínea a), do RJIGT).

AcontratualizaçãovisaasseguraraexecuçãodoPROT,considerandoascondiçõesespecíficasde aplicação das suas orientações nos diversos municípios. Pode incidir, designadamente, sobre adefiniçãodosinstrumentosdeplaneamento,suasalteraçõesourevisõesqueirãoconcretizar

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o PROT, dos prazos de elaboração ou das parcerias com a Administração central em matéria de investimentos estruturantes de carácter regional que decorram do PROT.

Paraalémdaquelasmatérias,aidentificação,naResoluçãodoConselhodeMinistrosqueapro-va o PROT, das disposições incompatíveis dos PMOT que devem ser objecto de alteração por adaptação (alínea d), do n.º 1, do art. 97.º) passa a incluir a delimitação da estrutura regional de protecção e valorização ambiental [art. 59.º, alínea b)].

2.1.5 Planos intermunicipais de ordenamento do território

Noqueserefereàaplicaçãodaavaliaçãoambientalaosplanosintermunicipais,justifica-se,face ao disposto no art. 3.º, n.º 1, alíneas a) e c), do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Ju-nho,eaosobjectivosqueseencontramfixadosparaestesplanosnoart.61.ºdoRJIGT,queos mesmos podem, ou não, constituir enquadramento para a futura aprovação de projectos. Deste modo, cabe à entidade responsável pela elaboração do plano proceder à averiguação se o plano se encontra sujeito a avaliação ambiental, nos mesmos termos acima referidos quanto aos planos sectoriais (arts. 63.º e 64.º do RJIGT).

Em matéria de acompanhamento, reitera-se o que acima se referiu quanto ao acompanhamen-to por uma comissão consultiva, assim como a eliminação do parecer autónomo da comissão de coordenaçãoedesenvolvimentoregional,oqualpassaaintegraroparecerfinaldacomissãoconsultiva (art. 65.º, n.º 2).

O regime dos planos intermunicipais sofreu, ainda, profundas alterações, à semelhança do que sucede com o dos PMOT, em matéria de controlo da legalidade por via da eliminação da ratificaçãogovernamental.

Assim,umavezconcluídaaversãofinalapósaponderaçãodosresultadosdadiscussãopública,a proposta de plano é enviada pela entidade ou pelas entidades responsáveis pela elaboração do plano à comissão de coordenação e desenvolvimento regional competente, a qual emite parecer no prazo de 10 dias (art. 66.º, n.º 1).

Este parecer não possui carácter vinculativo e incide apenas sobre a conformidade com as disposições legais e regulamentares vigentes e sobre a compatibilidade ou conformidade com osinstrumentosdegestãoterritorialeficazes,oquesignificaque,qualquerquesejaosenti-do do parecer, as assembleias municipais interessadas ou a assembleia intermunicipal podem aprovar o plano, ou alterá-lo no sentido do parecer emitido (art. 67.º).

2.1.6 Planos municipais de ordenamento do território

2.1.6.1 Elaboração e acompanhamento do plano director municipal

O acompanhamento da elaboração do PDM (arts. 75.º-A e 75.º-B, aditados pela presente alte-

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ração) compete à comissão de acompanhamento, com os objectivos que constam no art. 75.º. A comissão de acompanhamento inclui as entidades às quais, em virtude das suas responsabili-dadesambientaisespecíficas,possaminteressarosefeitosambientaisresultantesdaaplicaçãodoplano(n.º2).Estasentidadesexercem,nacomissãodeacompanhamento,ascompetênciasconsultivas que se lhe encontram cometidas nos arts. 5.º e 7.º do regime relativo à avaliação ambiental de planos e programas e acompanham a elaboração do relatório ambiental. O pa-recerfinaldacomissãodeacompanhamentointegraospareceresdaquelasentidadessobreorelatório ambiental (n.º 6).

A comissão de acompanhamento deve ser constituída no prazo de 30 dias após solicitação da câmara municipal (art. 75.º-A, n.º 3), remetendo-se para a portaria do membro do Governo responsável pelo ordenamento do território13 acompetênciaparaasuaconstituiçãoedemaisaspectos relativos à sua composição e funcionamento.

Osaspectossobreosquaisincideoparecerfinaldacomissãodeacompanhamentosãoexpli-citados (art. 75.º-A, n.º 5), distinguindo-se: o cumprimento das normas legais e regulamenta-res, a compatibilidade ou conformidade da proposta de plano com os instrumentos de gestão territorialeficazeseofundamentotécnicodassoluçõesdefendidaspelacâmaramunicipalemconcretização da obrigação constante do art. 4.º do RJIGT.

Deformainovatória,aalteraçãoprevêregrasreferentesaofuncionamentodacomissãodeacompanhamentodoPDM(art.75.º-B)enquantoconferênciaprocedimentalinstrutória:reu-nião com todas as entidades administrativas envolvidas no acompanhamento para emissão de um único parecer sobre a proposta de plano, o qual substitui todos os pareceres que aquelas entidades devessem emitir, a qualquer título, sobre o plano.

Non.º1daqueleartigo,prevê-seomecanismodadelegaçãodepoderescomoformadevin-cular as entidades e os serviços da Administração central que integram a comissão de acompa-nhamento por meio da posição manifestada pelos respectivos representantes. Destinando-se aposiçãomanifestadanaconferênciaasubstituirosreferidospareceres,istosignificaque,namesma,seexercemcompetênciasadministrativasqueexprimemaposiçãooficialdasen-tidadesedosserviçosrepresentadosnacomissão,peloque,ounaconferênciaseencontrapresente o titular do órgão ou o representante do serviço ou entidade deverá encontrar-se habilitado por meio de delegação de poderes14.

Paragarantirqueafaltadepronúnciaoudecomparênciadosrepresentantesnãoconduzaàparalisaçãodoprocedimento(exactamenteoquesepretendeevitaratravésdafiguradaconferênciaprocedimental),atribui-seumvalorjuridicamentesignificativodesinalpositivoàomissão de pronúncia expressa no prazo de 5 dias após a comunicação do resultado da confe-rência(art.75.º-B,n.º3).

13 Esta portaria irá alterar, substituindo, o regime actualmente contido na Portaria n.º 290/2003, de 5 de Abril.14Estasoluçãonãoénovanodireitoportuguês,constandodoart.28.ºdoDecreto-Lein.º328/86,noqualsepreviaumaconferência deliberativa para apreciação da localização de empreendimentos turísticos em que os representantes dasentidadesseencontravammunidosdedelegaçãodepoderes,eéumadecorrênciadoprincípiodalegalidadenoexercíciodecompetênciasadministrativas.

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2.1.6.2 Elaboração e acompanhamento dos planos de urbanização e dos planos de pormenor

Em matéria de planos de urbanização e de planos de pormenor, a alteração ao RJIGT adapta o regime geral respeitante à avaliação ambiental de planos e programas, nos termos que cons-tam dos n.os 5 a 9 do art. 74.º.

O n.º 5 daquele artigo concretiza, no âmbito dos planos de ordenamento do território, uma das situações de isenção à avaliação ambiental, prevista no art. 4.º, n.º 1, do Decreto-lei n.º 232/2007, de 15 de Junho: planos que, constando do elenco das alíneas a) e b), do n.º 1, do art. 3.º daquele diploma, determinem a utilização de pequenas áreas a nível local.

Assim, os planos de urbanização e os planos de pormenor que impliquem a utilização de pe-quenas áreas a nível local, só serão objecto de avaliação ambiental no caso de se determinar quesãosusceptíveisdeterefeitossignificativosnoambiente.

A decisão de isenção de avaliação compete à câmara municipal, tal como nos planos sectoriais e intermunicipais tal decisão compete à entidade responsável pela respectiva elaboração do plano. Nos demais aspectos segue-se o regime já explicitado quanto aos planos cuja avaliação ambiental se encontra dependente de averiguação sobre os respectivos efeitos no ambiente (art. 74.º, n.os 6 a 9).

Optou-se ainda por, antes da deliberação que determina a elaboração do plano de urbanização ou do plano de pormenor, prever a possibilidade de realização de uma reunião com a CCDR, a solicitação da câmara municipal, com vista à indicação de quais as entidades representativas de interesses públicos que devem intervir no acompanhamento do plano.

A reunião permitirá à câmara municipal ter em conta quais as entidades a consultar em sede deacompanhamentoouquaisasentidadesqueirãointervirnaconferênciadeserviçosprevis-tanofinale,assim,identificarosinteressesquedeveráponderar.Areuniãopoderáaindade-sempenharumafunçãoútilnoqueserefereaoaperfeiçoamentodostermosdereferênciadoplanoouàexistênciadeorientaçõesdacomissãodecoordenaçãoedesenvolvimentoregionalrelativamente aos trabalhos de elaboração.

Com efeito, ao abrigo do anterior regime, as comissões de coordenação e desenvolvimento regional, em momento anterior à recepção formal da proposta de plano para efeitos de promo-ção de consultas das referidas entidades, acompanhavam, de forma mais ou menos contínua e de acordo com as solicitações das câmaras municipais, o desenvolvimento dos trabalhos de elaboração da proposta de plano, por meio da realização de reuniões ou da emissão de informaçõesescritas,oquesignificavaqueoacompanhamentodeplanosdeurbanizaçãoedeplanos de pormenor não se cingia à recolha dos pareceres das entidades representativas dos interessesaponderareàemissãodeumparecerfinalpelacomissãodecoordenaçãoedesen-volvimento regional, conforme resultava dos anteriores n.os 7 a 10 do art. 75.º.

Estas práticas, que não encontravam apoio directo no procedimento regulado no RJIGT, consti-tuem o que a doutrina designa por actuações administrativas informais, no sentido de que, não

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podendoserreconduzidasaprocedimentoscomconfiguraçãolegal,permitemresponderaumobjectivo de cooperação institucional e, em especial, garantir a prossecução dos objectivos do acompanhamento previstos no art. 75.º.

Não obstante, sendo nesta fase que se encontram maiores delongas nos processos de plane-amento,justifica-seque,combasenadescentralizaçãoenaresponsabilizaçãomunicipal,seatribua às câmaras municipais o controlo desta fase procedimental.

Assim, o acompanhamento dos planos de urbanização e dos planos de pormenor passa a ser facultativo, competindo à câmara municipal solicitá-lo à comissão de coordenação e desenvol-vimento regional territorialmente competente e às demais entidades representativas de inte-resses a ponderar, através da realização de reuniões ou da emissão de pareceres (art. 75.º-C, n.os 1 e 2).

Concluída a elaboração, a câmara municipal apresenta a proposta de plano, os pareceres eventualmente emitidos e o relatório ambiental, caso o plano se encontre sujeito a avaliação ambiental, à comissão de coordenação e desenvolvimento regional que, no prazo de 22 dias, procedeàrealizaçãodeumaconferênciadeserviçoscomtodasasentidadesrepresentativasdos interesses a ponderar, sendo aplicáveis as regras acima referidas em matéria de vinculação dasentidadesrepresentadasedenãooposiçãoàpropostadeplanooufaltadecomparênciaàconferênciaconstantesdoart.75.º-B(art.75.º-C,n.os 3 e 4).

Sendoaconferênciadeserviçosrealizadanos22diassubsequentesàrecepçãodapropostadeplanoeconvocadacomaantecedênciade15dias,acomissãodecoordenaçãoedesenvolvi-mentoregionaldispõede7diasparaprocederàconvocatóriadaconferência,semprejuízodaanálisedoplanodecorreratéàrealizaçãodaconferência.

2.1.6.3 Concertação nos planos municipais de ordenamento do território

As alterações introduzidas no art. 76.º em matéria de concertação no âmbito dos PMOT corres-pondem ao regime acima descrito relativamente aos demais instrumentos de gestão territo-rial, com excepção dos planos sectoriais: antecipação da concertação de interesses para a fase de elaboração, eliminação da fase de pareceres escritos, concertação facultativa por iniciativa da câmara municipal através da realização de reuniões de concertação ou, em alternativa, de umaconferênciadeserviços.

A possibilidade de a câmara municipal promover reuniões de concertação nos 20 dias subse-quentesàrealizaçãodaconferênciadeserviçosacimareferida,podelevaràrealizaçãodeduasconferênciasdeserviçosnoquerespeitaaosplanosdeurbanizaçãoeaosplanosdepor-menor, porquanto, uma delas é obrigatória, uma vez concluída a elaboração da proposta (art. 76.º, n.º 3).

Aparentementepoucosimplificador,estemecanismoobstaaquereuniõesdeconcertaçãocom cada uma das entidades, ou de carácter sectorial, venham a resultar em novas pro-postas de plano que ponham em causa as posições assumidas pelas outras entidades. O

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mecanismodaconferênciadeserviços,permitindoumaapreciaçãoglobalesimultâneadetodososinteressados,éomaisaptoasuperarconflitosdeinteressessectoriaisnestafasedeconcertação.

2.1.6.4 Discussão pública nos planos municipais de ordenamento do território

Não tendo sido revisto, em termos substantivos, o modelo de participação pública, as altera-ções introduzidas cingem-se aos prazos mínimos estabelecidos. Assim, reduz-se a participação preventivapara15dias,jáqueaexperiênciademonstraquenestafasesãopoucasederedu-zido interesse as observações e sugestões formuladas. O período relativo ao aviso da discussão pública, à semelhança dos demais IGT, é reduzido para 5 dias, introduzindo-se a divulgação pela Internet e reduzindo-se os prazos da discussão pública para 30 dias no PDM e para 22 dias nos planos de urbanização e nos planos de pormenor.

A participação pública para efeitos de avaliação ambiental, designadamente sobre o relatório eospareceresemitidospelasentidadescomresponsabilidadesambientaisespecíficas,éinse-rida na discussão pública da proposta de plano.

2.1.6.5 Aprovação dos planos municipais de ordenamento do território e ratificação governamental

Os planos de urbanização e os planos de pormenor deixam de se encontrar sujeitos a controlo finaldelegalidadeporpartedaAdministraçãocentral.

Umavezconcluídaaversãofinaldapropostadeplano,apósaponderaçãodosresultadosdadiscussão pública e sua divulgação, a proposta de plano é remetida pela câmara municipal à assembleia municipal para efeitos de aprovação (art. 79.º, n.º 1).

Sendo o plano aprovado, a Câmara Municipal envia-o para publicação na 2.ª série do Diário da República [art. 148.º, n.º 4, alínea d)], e envia para a Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU) para efeitos de depósito (art. 151.º, n.º 1), no prazo de 15 dias após a publicação.

AeficáciadoplanodependedarespectivapublicaçãonoDiáriodaRepública(art.148.º,n.º1)e o depósito dos instrumentos de gestão territorial na DGOTDU passa, assim, a desempenhar a função de repositório centralizado e de publicitação de todos os instrumentos de gestão terri-torial, cujo acesso e consulta pública será garantido por meio da disponibilização em linha no âmbito do Sistema Nacional de Informação Territorial.

AprovadooProgramaNacionaldaPolíticadeOrdenamentodoTerritórioenapendênciadosprocedimentos de elaboração de quatro novos planos regionais de ordenamento do território, optou-seportornararatificaçãogovernamentalummecanismoverdadeiramenteexcepcional,justificadopelanecessidadedeflexibilizaçãodosistemadegestãoterritorial.

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Oinstitutodaratificaçãogovernamentalmantémasuanaturezadeactodecontrolopreven-tivointegrativodaeficáciadadeliberaçãodaassembleiamunicipalqueaprovaoplano,masosPDMpassamaencontrar-sesujeitosaratificaçãounicamentequando,noprocedimentodeelaboração, seja suscitada a questão da sua incompatibilidade com planos sectoriais ou re-gionais de ordenamento do território e sempre que a câmara municipal assim o solicite, para que, em concretização do princípio da hierarquia mitigada, o Governo possa ponderar sobre a derrogação daqueles instrumentos de gestão territorial (art. 80.º, n.os 1, 2 e 3).

Umavezconcluídaaversãofinal,apósaponderaçãodosresultadosdadiscussãopública,aproposta de PDM é enviada à comissão de coordenação e desenvolvimento regional competen-te, a qual pode emitir parecer no prazo de 10 dias (art. 78.º, n.º 1).

Este parecer não possui carácter vinculativo e incide apenas sobre a conformidade com as disposições legais e regulamentares vigentes e a compatibilidade ou conformidade com os instrumentosdegestãoterritorialeficazes(art.78.º,n.º2),àsemelhançadoquesucedecomo parecer emitido sobre a proposta de plano intermunicipal de ordenamento do território.

Em face do referido parecer, e caso seja suscitada a desconformidade da proposta de PDM com as disposições legais e regulamentares ou a desconformidade ou incompatibilidade com plano sectorial ou regional de ordenamento do território, em resultado da apreciação da co-missãodecoordenaçãoedesenvolvimentoregionaloudeoutraentidadecomcompetênciasno âmbito da elaboração e acompanhamento do PDM (art. 80.º, n.º 2), a câmara municipal pode optar por:

• Alterar o PDM, no sentido da supressão da referida desconformidade ou incompatibilidade, procedendo em seguida à respectiva aprovação, publicação no Diário da República e depó-sito na DGOTDU (arts. 79.º, n.º 1, 148.º, n.º 4, alínea d), e 151.º, n.º 1);

• AprovaroPDM,mantendoaversãosujeitaaparecer,devendosersolicitadaaratificaçãogovernamental, por iniciativa da câmara municipal e através da comissão de coordenação e desenvolvimento regional (arts. 79.º, n.º 2, e 80.º, n.º 4, do RJIGT).

Aratificaçãopodeserparcial,aproveitandoapenasàpartecompatívelcomosplanossecto-riaiseregionais(art.80.º,n.º3),oquesignificaqueoGovernopodeexcluirderatificaçãoasdisposições incompatíveis com os citados planos, não permitindo a respectiva derrogação.

2.1.6.6 Objecto e conteúdo dos planos municipais de ordenamento do território

As alterações introduzidas nas disposições relativas ao objecto e conteúdo material dos PMOT (arts. 84.º, 87.º, 88.º, 90.º, 91.º a 92.º do RJIGT), assim como a introdução de modalidades es-pecíficasdeplanodepormenor(art.91.º-A),concretizamovectordeclarificaçãoediferenciaçãodeconceitosedeinstrumentosdeintervenção,emsimesmoumfactordeeficiênciadosistema.

A prática administrativa mostrou que alguns dos conceitos utilizados no RJIGT em matéria deconteúdomaterialdosPMOTtêmconstituídomotivodacomplexidadeemorosidadedos

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procedimentos administrativos, encontrando-se desajustados dos actuais processos de trans-formação do território, pelo que se procurou actualizá-los e objectivá-los, tornando-os mais operativos, sem perder de vista a articulação e a harmonia conceptuais ao longo do diploma.

NoquerespeitaaoPDM,procedeu-seàclarificaçãodoseuobjecto,reafirmandooseucarácterestratégico e de enquadramento dos demais planos de âmbito municipal.

No conteúdo material, foi acrescentada uma disposição que se destina a evitar que a não ela-boração de planos de urbanização ou de pormenor para áreas nas quais o PDM determina que a ocupaçãoficadependentedaexistênciadestesplanos,impeçaolicenciamentodeoperaçõesurbanísticas (art. 85.º, n.º 2).

Em matéria de conteúdo material do plano de urbanização e do plano de pormenor, as neces-sidadesdeclarificaçãodoconteúdomaterialflexíveldosplanosemfunçãodosrespectivosobjectivosestratégicosjustificamasalteraçõesintroduzidasnocorpodoart.88.ºenoart.91.º, n.º 1.

Consagra-se, assim, o princípio de que os planos de urbanização e os planos de pormenor, sem prejuízo da tipicidade associada, devem adoptar um conteúdo material apropriado às condi-çõesdaáreaterritorialaquerespeitameaosobjectivosprevistosnostermosdereferênciae na deliberação municipal que determina a sua elaboração, realçando-se, também neste aspecto,aresponsabilizaçãomunicipalpeladefiniçãodosobjectivosestratégicoseoperativosdos respectivos processos de planeamento.

A alteração introduzida no objecto do plano de urbanização tem em conta as necessidades dos actuais processos de planeamento que visam estruturar globalmente áreas extensas do terri-tório com execução a médio e longo prazo e que, em virtude destas características, não são susceptíveis de ser objecto de plano de pormenor.

Define-seoplanodeurbanizaçãocomoumplanodeestruturaçãodeumadeterminadaáreadoterritório municipal, independentemente de se tratar de solo urbano ou rural. Neste sentido, o plano de urbanização destina-se a articular funções e redes sobre uma determinada área de intervenção,estruturandooespaço,definindoregimesdeusodosoloecritériosparaatrans-formação do uso e estabelecendo uma programação para a sua ocupação.

O plano de urbanização deixa de ter por objecto apenas áreas incluídas no perímetro urba-no e o solo rural complementar, e passa a poder abranger outras áreas do território munici-pal não incluídas em perímetro urbano mas que, de acordo com os objectivos e prioridades estabelecidos no PDM, possam ser destinadas a usos e funções urbanas, designadamente à localização de instalações e parques industriais, logísticos ou de serviços ou à localização de empreendimentos turísticos e equipamentos e infra-estruturas associadas (art. 87.º, n.º 2, alínea b).

Tenha-seemcontaqueareclassificaçãodosolocomourbano,encontra-sesempresujeitaaoprincípio da excepcionalidade e da necessidade, consagrado no art. 72.º, n.º 3, pelo que nem todaaáreadeintervençãodeumplanodeurbanizaçãoteráforçosamentedeserclassificadacomo solo urbano.

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Asalteraçõesintroduzidasnoobjectoeconteúdomaterialdoplanodepormenorreafirmama sua vocação como instrumento de planeamento para a execução urbanística e reforçam a flexibilidadedoseuconteúdoemfunçãodosobjectivosdefinidosnostermosdereferênciapara a sua elaboração. Simultaneamente, procedeu-se à actualização dos conceitos e da ter-minologia utilizada e procurou-se uma enunciação mais objectiva do conteúdo material do plano de pormenor.

2.1.6.7 Modalidades específicas de plano de pormenor

Noâmbitodatipologialegaldeplanosdepormenor,foiabandonadaafiguradosplanosdepormenordemodalidadesimplificada,cujautilizaçãosevinharevelandodedifíciloperacio-nalizaçãopráticaesemqueaespecificidadedorespectivoregimeprocedimentalevidenciasseganhosdeeficiênciasignificativos.

As normas transitórias do diploma de alteração (art. 4.º, n.º 4), mantendo em vigor a norma que na redacção actual do RJIGT – art. 91.º, n.º 2 - permite à câmara municipal adoptar mo-dalidadessimplificadas,garantequeosplanosdepormenordemodalidadesimplificadacujaelaboração haja sido deliberada e se encontre em curso possam prosseguir, nos termos do regime material anterior.

Em termos procedimentais, contudo, aplica-se o regime resultante da alteração.

Abandonadooconceitodemodalidadesimplificadadeplanodepormenorfoi,noentanto,adoptadoodemodalidadeespecífica(art.91.º-A),aoqualseencontramassociadosconteú-dosmateriaisprópriosemfunçãodedeterminadasfinalidadese,nalgunscasos,dasuaarti-culação com regimes legais relativos à salvaguarda de interesses públicos: a lei de bases da políticaedoregimedevalorizaçãodopatrimónioculturalportuguês,nocasodosplanosdepormenor de salvaguarda, ou o regime jurídico da reabilitação urbana, no caso dos respecti-vos planos de pormenor.

Com carácter demodalidade específica,mantém-se a figura de plano de intervenção noespaço rural [art. 91.º-A, n.º 2, alínea a)], procedendo-se à explicitação do respectivo conte-údo material (n.º 3 do mesmo artigo). A este respeito, é de referir que a actual Portaria n.º 389/2005, de 5 de Abril, que estabelece o conteúdo documental do projecto de intervenção em espaço rural, deve considerar-se tacitamente revogada, uma vez que são revogadas as respectivas normas habilitantes.

2.2 Efeitos registais dos planos de pormenor

Asexigênciasdesimplificaçãojustificam,também,aintroduçãodapossibilidadedeosplanosdepormenorcomumconteúdosuficientementedensopoderemfundardirectamenteopera-ções de transformação fundiária, relevantes para efeitos de registo predial e inscrição predial dos novos prédios assim constituídos (arts. 92.º-A e 92.º-B), dispensando-se um subsequente

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procedimento administrativo de controlo prévio em sede de licenciamento ou de aprovação de operação de loteamento ou de reparcelamento.

Reconhecida a identidade funcional entre muitos planos de pormenor e as operações de lote-amentoereparcelamentourbanoedeestruturaçãodacompropriedade,justifica-se,salva-guardada a autonomia da vontade dos proprietários, que o plano de pormenor possa fundar directamente a operação de transformação fundiária de fraccionamento, de emparcelamento ou de reparcelamento das propriedades na área de intervenção do plano.

Estapossibilidadeapenasseconfigurarelativamenteaosplanosdepormenorquecontenhamas menções previstas nas alíneas a) a d), h) e i) do n.º 1 do artigo 91.º:

• Adefiniçãoecaracterizaçãodaáreadeintervençãoidentificando,quandosejustifique,osvalores culturais e naturais a proteger;

• Asoperaçõesdetransformaçãofundiárianecessáriaseadefiniçãodasregrasrelativasàsobras de urbanização;

• Odesenhourbano,exprimindoadefiniçãodosespaçospúblicos,decirculaçãoviáriaepedonal, de estacionamento bem como do respectivo tratamento, alinhamentos, implan-tações, modelação do terreno, distribuição volumétrica, bem como a localização dos equi-pamentos e zonas verdes;

• Adistribuiçãodefunçõeseadefiniçãodeparâmetrosurbanísticos,designadamenteíndi-ces, densidade de fogos, número de pisos e cérceas;

• A implantação das redes de infra-estruturas, com delimitação objectiva das áreas a elas afectas;

• Os critérios de inserção urbanística e o dimensionamento dos equipamentos de utilização colectiva e a respectiva localização no caso dos equipamentos públicos.

Apenas nos casos em que o plano de pormenor contém as menções acima descritas é possível, do pontodevistasubstancial,definircomrigoraconcretaoperaçãodetransformaçãofundiáriae,por isso, dispensar o fraccionamento, emparcelamento, reparcelamento da propriedade ou estru-turação da compropriedade de subsequente procedimento administrativo de controlo prévio.

Note-se que, só por si, a aprovação do plano e a sua entrada em vigor não produzem a transformação fundiária da área de intervenção, sendo sempre necessário que os proprie-tários promovam no registo predial a inscrição dos prédios resultantes das operações de loteamento, estruturação da compropriedade ou reparcelamento previstas no plano (art. 92.º-A, n.º 2).

Com efeito, o plano de pormenor como acto regulamentar do poder público não é susceptível de substituir a vontade dos particulares em procederem à transformação fundiária da área de intervenção, pelo que:

• No caso de simples loteamento de um ou vários prédios, o registo apenas incide sobre as

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descrições prediais de que o requerente ou os requerentes sejam titulares inscritos (art. 92.º-A, n.º 2);

• Nas situações de estruturação da compropriedade ou de reparcelamento, o registo depen-de da apresentação, respectivamente, do acordo de estruturação da compropriedade ou de um dos contratos previstos no n.º 8 do artigo 131.º - contrato de urbanização ou con-trato de desenvolvimento urbano, os quais regulam, respectivamente, as relações entre os proprietários e outras entidades interessadas na operação de reparcelamento e as relações entre estas e o município.

Sempre que se pretenda proceder ao registo predial dos novos prédios constituídos com base no plano de pormenor, as peças escritas e desenhadas que acompanham o plano, consistem obrigatoriamente em:

• Planta do cadastro original;

• Quadrocomaidentificaçãodosprédios,natureza,descriçãopredial,inscriçãomatricial,áreas e confrontações;

• Plantadaoperaçãodetransformaçãofundiáriacomaidentificaçãodosnovosprédios;

• Quadrocomaidentificaçãodosnovosprédiosoufichasindividuais,comaindicaçãodares-pectiva área, área destinada à implantação dos edifícios e das construções anexas, área de construção, volumetria, cércea e número de pisos acima e abaixo da cota de soleira para cada um dos edifícios, número de fogos e utilização dos edifícios e dos fogos;

• Plantacomasáreasdecedênciaparaodomíniomunicipal;

• Quadrocomadescriçãodasparcelasaceder,suafinalidadeeáreadeimplantaçãoedeconstrução dos equipamentos de utilização colectiva;

• Quadro de transformação fundiária explicitando o relacionamento entre os prédios origi-nários e os prédios resultantes da operação de transformação fundiária.

Com efeito, só através dos citados elementos é possível estabelecer em sede de registo predial aexactacorrespondênciaentreasituaçãofundiáriadepartidaeaquelaqueresultadatrans-formação operada pelo plano de pormenor, quer quanto aos titulares inscritos quer quanto à configuraçãodosprédios.

A possibilidade de os planos de pormenor fundamentarem directamente o registo predial dos novos prédios conduziu à necessidade de explicitação, em sede de regime de licenciamento ou aprovação das operações de reparcelamento urbano previstas no art. 131.º do RJIGT, de que a operação de reparcelamento em área abrangida por plano de pormenor que contenha as men-ções constantes das alíneas a) a d), h) e i) do n.º 1 do artigo 91.º pode concretizar-se através dos contratos de urbanização ou contrato de desenvolvimento urbano e registo efectuado nos termos dos artigos 92.º-A e 92.º-B, não carecendo de licenciamento ou aprovação pela câmara municipal, nos termos gerais relativos às operações de reparcelamento reguladas pelo RJIGT (art. 131.º, n.º 6).

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2.3 Dinâmica dos instrumentos de gestão territorial

No domínio do regime da dinâmica dos instrumentos de gestão territorial, as alterações intro-duzidasconcretizamovectordaclarificaçãoediferenciaçãodeconceitoseinstrumentosedão resposta a lacunas do regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial em vigor.

Procede-se,assim,àreclamadadelimitaçãoconceptualdasfigurasdarevisãoedaalteraçãodosinstrumentosdegestãoterritorial,autonomizando-seprocedimentosespecíficosdealte-ração quanto aos instrumentos de gestão territorial vinculativos dos particulares.

ORJIGTpassaadispordeumconceitoderevisão,modificaçãoqueabrangeassituaçõesmaisestruturais de mutabilidade do planeamento, à qual se aplica, com as devidas adaptações, o regime procedimental relativo à elaboração do plano em questão (art. 96.º, n.º 7).

A revisão dos instrumentos de gestão territorial implica, assim, a reconsideração e reaprecia-ção global, com carácter estrutural ou essencial, das opções estratégicas do plano, dos prin-cípioseobjectivosdomodeloterritorialdefinidooudosregimesdesalvaguardaevalorizaçãodos recursos e valores territoriais (art. 93.º, n.º 3).

Pretendendo-seflexibilizareagilizarosprocedimentosdealteraçãoemfunçãodasdinâmicasde desenvolvimento económico, social e ambiental e, assim, obviar ao recurso sistemático à figuradasuspensãodoplano,osprocedimentosdealteraçãodosinstrumentosdegestãoterri-torial vinculativos dos particulares (PEOT e PMOT) passam a seguir procedimentos diferencia-dos dos procedimentos da revisão ou da elaboração.

As alterações aos PEOT (art. 96.º, n.º 2, do RJIGT) passam a seguir o regime relativo ao acom-panhamento dos planos de urbanização e dos planos de pormenor, previsto no art. 75.º-C:

• As alterações aos PEOT resultantes de circunstâncias excepcionais, designadamente em situações de calamidade pública ou de alteração substancial das condições económicas, sociais,culturaiseambientaisquefundamentaramasopçõesdefinidasnoplano(art.95.º,n.º 2, alínea c);

• As alterações resultantes de situações de interesse público não previstas nas opções do plano reconhecidas por despacho do membro do Governo responsável pelo ordenamento do território e do ministro competente em razão da matéria, designadamente decorrentes da necessidade de instalação de infra-estruturas de produção e transporte de energias renováveis, de infra-estruturas rodoviárias, de redes de saneamento básico e de abaste-cimento de água, de acções de realojamento, da reconversão de áreas urbanas de génese ilegal e as relativas à reserva ecológica e à reserva agrícola nacionais, bem como da clas-sificaçãodemonumentos,conjuntosesítios[art.95.º,n.º2,alínead)].

Todas as alterações ao PDM passam a obedecer ao regime de elaboração e acompanhamento dos planos de urbanização e dos planos de pormenor previsto no art. 75.º-C (art. 96.º, n.º 2, partefinal).

Tambémnecessidadesdeclarificaçãojustificamadistinçãooperadaentreassituaçõesdealte-ração motivadas pela entrada em vigor de novas leis, regulamentos ou planos supervenientes,

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designadasdealteraçãoporadaptação(art.97.º),easmerasrectificaçõesaosinstrumentosde gestão territorial (art. 97.º-A).

Para os casos em que cessam restrições e servidões de utilidade pública ou se procede à desa-fectaçãodebensimóveisdodomíniopúblicooudefinsdeutilidadepública,introduziu-seummecanismocéleredealteraçãosimplificadadeplanosmunicipaisdeordenamentodoterritó-rioparadefinirumnovoregimedeusodosolo(art.97.º-B).

2.4 Medidas preventivas dos planos municipais de ordenamento do território

Em matéria de medidas preventivas, assinala-se a introdução da possibilidade do seu estabele-cimentopormotivodarevisãooualteraçãodeumplanoexigirnãosóasuspensãodaeficáciadeste, mas também a suspensão dos demais planos municipais aplicáveis à mesma área (art. 107.º, n.º 3).

OcarácterexcepcionaldaratificaçãopeloConselhodeMinistrosaplica-setambémemsededemedidaspreventivas,peloqueapenasseencontramsujeitasaratificaçãoasmedidaspre-ventivas relativas ao PDM quando estas consistam em medidas antecipatórias e seja suscitada, nos termos do n.º 2 do art. 80.º a incompatibilidade com plano sectorial ou plano regional de ordenamento do território (art. 109.º, n.º 3).

A suspensão dos PMOT, incluindo do PDM, por deliberação da assembleia municipal (art. 100.º,n.º2,alíneab),doRJIGT),continuasujeitaaratificaçãopeloGoverno,aqualsedestina a assegurar o cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis (art. 100.º, n.º 5).

Nestes casos, como a suspensão não resulta do estabelecimento de medidas preventivas no âmbito de um procedimento já em curso de revisão ou alteração de PMOT (art. 107.º, n.º 3, do RJIGT),justifica-seaintervençãodoGovernodeformaaacautelarocumprimentodascondi-cionantes legais em vigor.

Se a suspensão incidir sobre o PDM e for acompanhada de medidas preventivas antecipatórias, sendo suscitada pela comissão de coordenação e desenvolvimento regional (art. 96.º, n.º 8) a incompatibilidade com plano sectorial ou plano regional de ordenamento do território, a ratificaçãoincidesobreadeliberaçãodesuspensãoesobreoestabelecimentodasmedidaspreventivas.

2.5 Operações de reparcelamento

As alterações introduzidas no regime das operações de reparcelamento visam operacionalizar a execução dos planos de urbanização e dos planos de pormenor, admitindo a possibilidade de outras entidades que não os proprietários iniciais do solo participarem nas operações urbanís-ticasemsededeexecuçãodoplanoebeneficiaremdaadjudicaçãodeparcelasdecorrentesda operação de transformação fundiária, nos termos dos adequados instrumentos contratuais (art. 131.º, n.os 1, 3, 4, 8 e 9).

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2.6 Contratos para planeamento

Osarts6.º-Ae6.º-BaditadosaoRJIGTprocedemàdefiniçãodoregimedosdesignadoscontra-tosparaplaneamento,clarificandoqueosparticularespodemapresentarpropostasdecontra-tos que tenham por objecto a elaboração, revisão ou alteração de planos de urbanização ou de planos de pormenor e a respectiva execução.

Oart.6.º-Aclarificaosprincípiosfundamentaisaqueseencontramsujeitososcontratoseoregime do procedimento contratual: irrenunciabilidade e indisponibilidade dos poderes públi-cosdeplaneamento,transparênciaepublicidade(art.6.º-A,n.os 2 a 6).

Note-se que a decisão de elaboração, revisão ou alteração do plano de urbanização ou do pla-no de pormenor é sempre da responsabilidade da câmara municipal, que a deve fundamentar em critérios de oportunidade e juízos de interesse público (art. 74.º, n.º 2 do RJIGT).

Por seu turno, o art. 6.º-B vem garantir que a participação dos privados por via da apresen-tação de propostas de elaboração de planos de urbanização e de planos de pormenor possa constituir um mecanismo de execução dos PDM sujeito a procedimento concursal.

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Guia das A

lterações ao Regime Jurídico dos Instrum

entos de Gestão Territorial

Introduzidas pela Lei n.º 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 16 de Setem

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3. Análise comparada do articulado do RJIGT com as novas alterações introduzidas pela Lei n.º 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro

Texto alterado

Art. 2º, n.º 2 c)Os planos especiais de ordenamento do território, compreendendo os planos de ordenamento de áreas protegidas, os planos de ordenamento de albufeiras de águas públicas e os planos de ordenamen-to da orla costeira.

Novo texto

Art. 2º, n.º 2 c)Os planos especiais de ordenamento do território, compreendendo os planos de ordenamento de áreas protegidas, os planos de ordenamento de albufeiras de águas públicas, os planos de ordenamento da orla costeira e os planos de ordena-mento dos estuários.

Art. 6º - A (Aditado)Contratualização1 - Os interessados na elaboração, altera-ção ou revisão de um plano de urbaniza-ção ou de um plano de pormenor podem apresentar à câmara municipal propostas de contratos que tenham por objecto a elaboração de um projecto de plano, sua alteração ou revisão, bem como a respec-tiva execução.2 - Os contratos previstos no número an-terior não prejudicam o exercício dos po-deres públicos municipais relativamente ao procedimento, conteúdo, aprovação e execução do plano, bem como à ob-servância dos regimes legais relativos ao uso do solo e às disposições dos demais instrumentos de gestão territorial com os quais o plano de urbanização ou o plano de pormenor devam ser compatíveis ou conformes.3 - Para além do disposto no número an-terior, o contrato não substitui o plano na definiçãodoregimedousodosolo,ape-nasadquirindoeficáciaparatalefeitonamedida em que vier a ser incorporado no

Descrição das alterações

Introdução dos planos de ordenamento dos estuários em articulação com a Lei da Água, aprovada pela Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro.

Consagração da iniciativa privada na ela-boração e execução de PU e PP.

Nota explicativa

O presente artigo e o seguinte visam intro-duzir no processo de planeamento munici-pal a participação dos particulares através de contratos de elaboração e de execução de PU e PP, sendo certo que a responsabi-lização pela defesa do interesse público e o cumprimento da legalidade se mantém como responsabilidade do município que aprecia e aprova as propostas apresenta-das pelos particulares.

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plano e prevalecendo em qualquer caso o disposto neste último. 4 - O procedimento de formação do con-trato depende de deliberação da câmara municipal, devidamente fundamentada, que explicite, designadamente:a) As razõesque justificama suaadop-ção;b) A oportunidade da deliberação ten-doemcontaos termosdereferênciadofuturo plano, designadamente a sua ar-ticulação e coerência com a estratégiaterritorial do município e o seu enqua-dramento na programação constante do plano director municipal ou do plano de urbanização;c) A eventual necessidade de alteração aos planos municipais de ordenamento do território em vigor.5 - As propostas de contratos e a delibe-ração referida no número anterior são ob-jecto de divulgação pública nos termos do n.º 2 do artigo 77.º do presente diploma, pelo prazo mínimo de 10 dias.6 - Os contratos são publicitados conjun-tamente com a deliberação que determi-na a elaboração do plano e acompanham a proposta de plano no decurso do período de discussão pública nos termos do n.º 3 do artigo 77.º do presente diploma.7 - Aos contratos celebrados entre o Es-tado e outras entidades públicas e as au-tarquias locais que tenham por objecto a elaboração, alteração, revisão ou execu-ção de instrumentos de gestão territorial, aplicamse, com as necessárias adapta-ções, os n.º 2 e 3 do presente artigo.

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Art. 25º, n.º 33 - Na ratificação de planos municipaisde ordenamento do território devem ser expressamente indicadas quais as normas dos instrumentos de gestão territorial pre-existentes que revogam ou alteram.

Art. 30º, n.º 11 - A elaboração do programa nacional da política de ordenamento do território compete ao Governo, sob coordenação do Ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente

Art. 32º, n.ºs 1, 2, 3 e 41 - Concluída a elaboração, o Governo re-mete, para parecer, a proposta de progra-ma nacional da política de ordenamento do território, acompanhada do parecer da comissão consultiva às entidades que,

Art. 6º – B (Aditado)Procedimento concursal1 - O regulamento do plano director muni-cipal ou do plano de urbanização pode fa-zer depender de procedimento concursal e da celebração de contrato, a elaboração de planos de urbanização ou de planos de pormenor para a respectiva execução.2 - Nos regulamentos referidos no núme-ro anterior devem ser estabelecidas as regras gerais relativas ao procedimento concursaleàscondiçõesdequalificação,avaliação e selecção das propostas, bem como ao conteúdo do contrato e às formas de resolução de litígios.

Art. 25º, n.º 33 - Na ratificação de planos directoresmunicipais e nas deliberações munici-pais que aprovam os planos não sujeitos a ratificação devem ser expressamenteindicadas as normas dos instrumentos de gestão territorial preexistentes revogadas ou alteradas.

Art. 30º, n.º 11 - A elaboração do programa nacional da política de ordenamento do território compete ao Governo, sob coordenação do ministro responsável pelo ordenamento do território.

Art. 32º, n.ºs 1, 2, 3 e 41 - O acompanhamento da elaboração da proposta de programa nacional da polí-tica de ordenamento do território inclui a concertação com as entidades que, no decurso dos trabalhos da comissão consul-

Possibilidade da iniciativa privada referida no art. anterior depender de procedimen-toconcursaladefiniremsedederegula-mento do PDM ou PU.

As normas dos PMOT preexistentes altera-das ou revogadas por novo PMOT passam a ser indicadas na deliberação municipal que aprova o novo plano.

Substituição do Ministro das Cidades, Or-denamento do Território e Ambiente, pelo ministro responsável pelo ordenamento do território.

Integração da fase de concertação no pro-cesso de acompanhamento do PNPOT.Concertação de carácter facultativo após a emissão do parecer da Comissão Consul-tiva.

Introduz a possibilidade da execução do PDM ou do PU depender da elaboração de PU e/ou PP decorrentes de processo con-cursal.

Ajustamento da anterior disposição ao novoregimedoart.80ºqueapenasprevêa ratificação de PDM incompatíveis comPROT e PS em vigor.

• Integraçãodaconcertaçãodeinteressesna fase de elaboração e acompanhamento que implica celeridade procedimental e a construção de soluções mais partilhadas;• Simplificaçãoprocedimental,eliminan-do-se a fase de novos pareceres escritos

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no âmbito da mesma, hajam formalmen-te discordado das orientações do futuro programa.2 – Os pareceres a que se refere o número anterior incidem sobre as razões da dis-cordância oposta à proposta de programa nacional da política de ordenamento do território.3 – Os pareceres referidos no número 1 são emitidos no prazo de 30 dias, interpretan-do-se a falta de resposta dentro desse prazo como parecer favorável que sana a discordância anteriormente oposta.4 – Recebidos os pareceres, o Governo promoverá a realização de reuniões com as entidades que os tenham emitido ten-do em vista obter uma solução concertada que permita ultrapassar as objecções for-muladas, nos 30 dias subsequentes.

Art. 33º, n.ºs 1, 3 e 51 – Emitido o parecer da comissão con-sultiva e, quando for o caso, decorrido o período de concertação, o Governo proce-de à abertura de um período de discussão pública, através de aviso a publicar no Di-ário da República e a divulgar através da comunicação social do qual consta a indi-cação do período de discussão e dos locais onde se encontra disponível a proposta, acompanhada do parecer da comissão consultiva e dos demais pareceres even-tualmente emitidos, bem como da forma como os interessados podem apresentar as suas observações ou sugestões.3 – O período de discussão pública deve seranunciadocomaantecedênciamíni-ma de 15 dias e não pode ser inferior a 60 dias.5 – Findo o período de discussão pública

tiva, formulem objecções às orientações do futuro programa.2 - Concluída a elaboração da proposta de programa e emitido o parecer da comissão consultiva, o Governo pode ainda promo-ver, nos 20 dias subsequentes à emissão daquele parecer, a realização de reuniões de concertação com as entidades que, no âmbito daquela comissão, hajam formal-mente discordado das orientações do fu-turo programa, tendo em vista obter uma solução concertada que permita ultrapas-sar as objecções formuladas.3 - Revogado4 - Revogado

Art. 33º, n.ºs 1, 3 e 51 - Emitido o parecer da comissão consul-tiva e, quando for o caso, decorrido o pe-ríodo adicional de concertação, o Governo procede à abertura de um período de dis-cussão pública, através de aviso a publicar no Diário da República e a divulgar através da comunicação social e da sua página na Internet, do qual consta a indicação do pe-ríodo de discussão, das eventuais sessões públicas a que haja lugar e dos locais onde se encontra disponível a proposta, acom-panhada do parecer da comissão consulti-va, dos demais pareceres eventualmente emitidos e dos resultados das reuniões de concertação, bem como da forma como os interessados podem apresentar as suas observações ou sugestões.3 - O período de discussão pública deve seranunciadocomaantecedênciamíni-

Recurso à Internet Redução do período de aviso da discussão pública bem como do decurso da mesma.

após a emissão de novos pareceres escri-tosapósaemissãodoparecerfinaldaCo-missão Consultiva;• Afaseautónomadaconcertaçãopassaa revestir natureza facultativa.

Reforço da divulgação dos avisos e dos re-sultados da discussão pública através do recurso à Internet.Redução de prazos tendo em vista uma maior celeridade procedimental.

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o Governo divulga e pondera os respecti-vosresultadoseelaboraaversãofinaldapro-posta a apresentar à Assembleia da República.

Art. 35º, n.º 2 alínea a)2 a) Os cenários de desenvolvimento respeitantes aos diversos sectores da ad-ministração central, nomeadamente nos domínios dos transportes, das comunica-ções, da energia e dos recursos geológi-cos, da educação e da formação, da cul-tura, da saúde, da habitação, do turismo, da agricultura, do comércio, da indústria, dasflorestasedoambiente;

Art. 37º

Art. 38º, n.º 2 f) 2 – A elaboração dos planos sectoriais é determinada por Resolução do Conselho

ma de 5 dias e não deve ser inferior a 44 dias.5 - Findo o período de discussão pública, o Governo pondera e divulga os respecti-vos resultados, designadamente através da comunicação social e da sua página na Internet,eelaboraaversãofinaldapro-posta a apresentar à Assembleia da Repú-blica.

Art. 35º, n.º 2 alínea a)2 a) Os planos, programas e estratégias de desenvolvimento respeitantes aos di-versos sectores da administração central, nomeadamente nos domínios dos trans-portes, das comunicações, da energia e dos recursos geológicos, da educação e da formação, da cultura, da saúde, da ha-bitação, do turismo, da agricultura, do comércio,daindústria,dasflorestasedoambiente;

Art. 37º, n.º 3 (novo)3 - Sempre que seja necessário proceder à avaliação ambiental nos termos do ar-tigo 3.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, o plano sectorial é acom-panhado por um relatório ambiental, no qualseidentificam,descrevemeavaliamoseventuaisefeitossignificativosnoam-biente resultantes da aplicação do plano e as suas alternativas razoáveis que tenham em conta os objectivos e o âmbito de apli-cação territorial respectivos.

Art. 38º, n.º 2 f) e n.º 2 g), e n.ºs 4, 5 e 6 novos)2 - A elaboração dos planos sectoriais é

Substituição da noção de cenários por pla-nos, programas e estratégias de desenvol-vimento.

Introdução do relatório de avaliação am-biental no conteúdo documental do plano sectorial.

A decisão de elaboração do plano secto-rial deixa de ser objecto de Resolução de Conselho de Ministros para ser objecto de

Alteração de designação tendo em vista uma maior clarificação do conceito deplano sectorial.

A introdução do relatório ambiental decor-re do cumprimento do DL n.º 232/2007, de 15 de Junho, diploma que transpôs para a ordem jurídica interna as Directivas do Parlamento Europeu e do Conselho n.º 2001/42 /CE, de 27 de Junho, e n.º 2003/35/CE, de 26 de Maio.

Verpontos12e13daSíntesedescritivaejustificativadasalteraçõesmaisrelevan-tes.

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de Ministros da qual devem, nomeada-mente, constar:f) A composição da comissão mista de co-ordenação quando haja lugar à respectiva constituição

Art. 39º, n.os 1, 2, 3 e 4Acompanhamento e concertação 1 – A elaboração dos planos sectoriais é acompanhada pelas autarquias locais cujos territórios estejam incluídos no res-pectivo âmbito de aplicação.2 – Quando a pluralidade dos interesses asalvaguardarojustifique,aelaboraçãodos planos sectoriais é ainda acompanha-

determinada por despacho do ministro competente em razão da matéria, do qual deve, nomeadamente, constar:f) As exigências procedimentais ou departicipação que em função da complexi-dade da matéria ou dos interesses a sal-vaguardar, se considere serem de adoptar para além do procedimento definido nopresente diploma;g) A indicação se o plano está sujeito a avaliação ambiental ou as razões que jus-tificamasuainexigibilidade.4 - A decisão a que se refere a alínea g) do n.º 2 pode ser precedida da consulta pre-vista no n.º 3 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho.5 - Sempre que a entidade responsável pela elaboração do plano solicite parece-res nos termos do número anterior, esses pareceres devem também conter a pro-núncia sobre o âmbito da avaliação am-biental e sobre o alcance da informação a incluir no relatório ambiental, aplicando-se o disposto no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho.6 - Os pareceres solicitados ao abrigo dos números anteriores são emitidos no prazo de 15 dias e podem não ser considerados, caso sejam emitidos após o decurso des-se prazo.

Art. 39º, n.os 1, 2, 3 e 4Acompanhamento1 - No decurso da elaboração do plano sectorial, a entidade responsável pela elaboração do plano solicita parecer à co-missão de coordenação e desenvolvimen-to regional territorialmente competente, às entidades ou serviços da administração central representativas dos interesses a

despacho do ministro competente em ra-zão da matéria.

A comissão mista de coordenação é subs-tituída por pareceres das entidades repre-sentativas dos interesses a ponderar, bem como das autarquias abrangidas, da CCDR e das entidades responsáveis pelos aspec-tos ambientais.Tais pareceres podem ser emitidos em conferênciadeserviços.É eliminada a fase de concertação.

Verpontos14,15e16daSíntesedescri-tiva e justificativa das alterações maisrelevantes.

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da pela comissão mista de coordenação, cuja composição deve traduzir a natureza daqueles interesses e a relevância das im-plicações técnicas a considerar.3 – O acompanhamento mencionado nos números anteriores será assíduo e conti-nuado,devendo,nofinaldostrabalhosdeelaboração, formalizar-se num parecer escrito assinado pelos representantes das entidades envolvidas, com menção ex-pressa da orientação defendida.4 – São adoptados na elaboração dos pla-nos sectoriais, com as necessárias adap-tações, os mecanismos de concertação previstos no art. 32º.

Art. 40º, n.os 1, 2, 3 e 41 – Emitidos os pareceres das entidades consultadas, bem como o da comissão mista de coordenação, quando exista, e, quando for o caso, decorrido o período de concertação, a entidade pública respon-sável procede à abertura de um período de discussão pública da proposta de plano sectorial através de aviso a publicar no Di-ário da república e a divulgar através da comunicação social.2 – Durante o período de discussão públi-ca, que não pode ser inferior a 30 dias, os

ponderar, bem como às câmaras munici-pais das autarquias abrangidas, as quais se devem pronunciar no prazo de 22 dias, findo o qual se considera nada terem aopor à proposta de plano.2 - Na elaboração dos planos sectoriais sujeitos a avaliação ambiental, caso não tenha sido promovida a consulta prevista no n.º 4 do artigo anterior, deve ser solici-tado o parecer previsto no n.º 5 do mesmo artigo, bem como os pareceres sobre a proposta de plano e o respectivo relatório ambiental nos termos do n.º 3 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 232/ 2007, de 15 de Junho, os quais devem ser emitidos no prazo previsto no número anterior, poden-do não ser considerados caso sejam emiti-dos após o decurso daquele prazo.3 - Quando a entidade competente para a elaboração do plano assim o determine, os pareceres previstos nos números anterio-respodemseremitidosemconferênciadeserviços, aplicando-se com as necessárias adaptações o disposto no artigo 75.º - B.4 - [Revogado].

Art. 40º, n.os 1, 2, 3, 4 e (5 novo)1 - Concluída a elaboração do plano sec-torial e emitidos os pareceres previstos no artigo anterior ou decorridos os prazos aí fixados, a entidade pública responsávelpela elaboração do plano procede à aber-tura de um período de discussão pública da proposta de plano sectorial através de avisoapublicarcomaantecedênciade5dias, no Diário da República e a divulgar através da comunicação social e da Inter-net.2 - Durante o período de discussão públi-

É reduzido o período de discussão públi-ca.O anúncio e os resultados da discussão pública são divulgados também através da Internet.

Reforço da divulgação dos resultados da discussão pública através do recurso à In-ternet.Redução de prazos tendo em vista uma maior celeridade procedimental.

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documentos referidos no número anterior podem ser consultados nas sedes da enti-dade pública responsável pela elaboração e dos municípios incluídos no respectivo âmbito de aplicação.3 – A discussão pública consiste na recolha de observações e sugestões sobre as solu-ções da proposta de plano sectorial.4 – Findo o período de discussão pública, a entidade pública responsável pondera e divulga os respectivos resultados e elabo-ra a versão final da proposta para apro-vação.

Art. 44ºOs planos especiais de ordenamento do território estabelecem regimes de sal-vaguarda de recursos e valores naturais, fixandoosusoseoregimedegestãocom-patíveis com a utilização sustentável do território.

Art. 45º, n.º 2 b) e n.º 32 b) Planta de condicionantes, que iden-tificaasservidõeserestriçõesdeutilida-de pública em vigor.3 – Os demais elementos que podem acom-panhar os planos especiais de ordenamen-to do território são fixados por portariado Ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente.

ca, que não pode ser inferior a 22 dias, o plano, os pareceres emitidos ou a acta daconferênciadeserviçossãodivulgadosna página da Internet da entidade pública responsável pela sua elaboração e podem ser consultados na respectiva sede, bem como na dos municípios incluídos no res-pectivo âmbito de aplicação.3 - Sempre que o plano sectorial se encon-tre sujeito a avaliação ambiental, a en-tidade competente divulga, juntamente com os documentos referidos no número anterior, o respectivo relatório ambien-tal.4 - [Anterior n.º 3].5 - Findo o período de discussão pública, a entidade pública responsável pondera e divulga os respectivos resultados, desig-nadamente através da comunicação social edaInternet,eelaboraaversãofinaldaproposta para aprovação.

Art. 44ºOs planos especiais de ordenamento do território estabelecem regimes de salva-guarda de recursos e valores naturais e o regime de gestão compatível com a utili-zação sustentável do território.

Art. 45º, n.º 2 b) e (n.º 2 c) e n.º 3 novo)2 b) Relatório ambiental no qual se iden-tificam,descrevemeavaliamoseventuaisefeitos significativos no ambiente resul-tantes da aplicação do plano e as suas al-ternativas razoáveis que tenham em conta os objectivos e o âmbito de aplicação ter-ritorial respectivos;c) [Anterior alínea b)].

OsPEOTdeixamdefixarosusosdosolo.

Introdução do relatório da avaliação am-biental no conteúdo documental dos PEOT.Substituição do Ministro das Cidades, Or-denamento do Território e Ambiente, pelo ministro responsável pelo ordenamento do território.

Eliminação no conteúdo material da refe-rência à fixação de usos do solo, por seentender que os PEOT devem conter re-gimes de salvaguarda de recursos e não classificarequalificarousodosolo.

A introdução do relatório ambiental decor-re do cumprimento do DL n.º 232/2007, de 15 de Junho, diploma que transpôs para a ordem jurídica interna as Directivas do Parlamento Europeu e do Conselho n.º 2001/42/CE, de 27 de Junho, e n.º 2003/35/CE, de 26 de Maio

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Art. 46º, n.os 1 e 21 – A decisão de elaboração dos planos especiais de ordenamento do território compete ao Governo.2 – A elaboração dos planos especiais de ordenamento do território é determinada por Resolução do Conselho de Ministros, da qual devem nomeadamente constar:a) O tipo de plano especial;b) A finalidade do plano especial commenção expressa dos interesses públicos prosseguidos;c)Aespecificaçãodosobjectivosaatin-gir;d) O âmbito territorial do plano especial, com menção expressa das autarquias lo-cais envolvidas;e) A indicação da entidade, departamen-to ou serviço competente para a elabora-ção, bem como das autarquias locais que devem intervir nos trabalhos;f) A composição da comissão mista de co-ordenação;g) O prazo de elaboração.

Art. 47º, n.os 1, 2, 3 e 41 – A elaboração técnica dos planos es-peciais de ordenamento do território é acompanhada pela comissão mista de co-ordenação, cuja composição deve tradu-zir a natureza dos interesses a salvaguar-

3 - Os demais elementos que podem acom-panhar os planos especiais de ordenamen-to do território são fixados por portariado membro do Governo responsável pelo ordenamento do território.

Art. 46º, n.os 1 e 21 - A elaboração dos planos especiais de ordenamento do território é determinada por despacho do ministro competente em razão da matéria, do qual deve, nomeada-mente, constar:a) O tipo de plano especial; b) A finalidade do plano especial, commenção expressa dos interesses públicos prosseguidos; c) Aespecificaçãodosobjectivosaatin-gir;d) O âmbito territorial do plano especial, com menção expressa das autarquias lo-cais envolvidas; e) A indicação do serviço ou entidade competente para a elaboração, bem como dos municípios que devem intervir nos tra-balhos;f) A composição da comissão de acompa-nhamento;g) O prazo de elaboração.2 - A composição da comissão de acompa-nhamento é definida tendo em conta oscritérios estabelecidos em Resolução do Conselho de Ministros.

Art. 47º, n.os 1, 2, 3,4, (5, 6 e 7 novos)1 - A elaboração técnica dos planos espe-ciais de ordenamento do território é acom-panhada por uma comissão de acompa-nhamento cuja composição deve traduzir a natureza dos interesses a salvaguardar

A decisão de elaboração do plano especial de ordenamento do território deixa de ser objecto de Resolução de Conselho de Mi-nistros para ser objecto de despacho do ministro competente em razão da maté-ria.

Substituição da Comissão Mista de Coor-denação por uma Comissão de Acompa-nhamento e estabelecimento de regras para a sua composição e funcionamento, designadamente a delegação de poderes nos representantes dos serviços e entida-

Com objectivo de simplificação procedi-mental é eliminado o parecer autónomo da CCDR no âmbito do processo de acom-panhamento e concertação.Também,comobjectivosdesimplificaçãoe celeridade procedimental, as entidades

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dar, designadamente pela participação de organizações não governamentais de ambiente, e a relevância das implicações técnicas a considerar.2 – O acompanhamento mencionado no número anterior será assíduo e continu-ado, devendo, no final dos trabalhos deelaboração, formalizar-se num parecer escrito assinado pelos representantes das entidades envolvidas, com menção ex-pressa da orientação defendida.3 – No âmbito do processo de acompa-nhamento e concertação, a comissão de coordenação e desenvolvimento regional emite um parecer escrito incidindo sobre aarticulaçãoecoerênciadapropostacomos objectivos, princípios e regras aplicá-veisaoterritórioemcausa,definidosporquaisquer outros instrumentos de gestão territorialeficazes.4 – São adoptados na elaboração dos pla-nos especiais de ordenamento do terri-tório, com as necessárias adaptações, os mecanismos de concertação previstos no artigo 32º.

e a relevância das implicações técnicas a considerar, integrando representantes de serviços e entidades da Administração directa ou indirecta do Estado, das Regi-ões Autónomas, do município e de outras entidades públicas cuja participação seja aconselhável no âmbito do acompanha-mento da elaboração do plano.2 - Na elaboração dos planos especiais de ordenamento do território deve ser garantida a integração na comissão de acompanhamento das entidades às quais, em virtude das suas responsabilidades am-bientaisespecíficas,possaminteressarosefeitos ambientais resultantes da aplica-ção do plano, as quais exercem na comis-sãoascompetênciasconsultivasatribuídaspelos artigos 5.º e 7.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, e acompanham a elaboração do relatório ambiental.3 - O acompanhamento mencionado nos números anteriores será assíduo e conti-nuado,devendo,nofinaldostrabalhosdeelaboração, formalizar-se num parecer escrito assinado pelos representantes das entidades envolvidas com menção expres-sa da orientação defendida. 4 - O parecer final da comissão integraa apreciação da proposta de plano e do relatório ambiental, considerando especi-ficadamenteaposiçãodasentidadesrefe-ridas no n.º 2.5-Noâmbitodoparecerfinal,aposiçãoda comissão de coordenação e desenvolvi-mento regional inclui obrigatoriamente a apreciaçãodaarticulaçãoecoerênciadaproposta com os objectivos, princípios e regras aplicáveis ao território em causa, definidosporquaisqueroutrosinstrumen-tosdegestãoterritorialeficazes.6 - É aplicável à comissão de acompanha-

des da Administração Central adequados para efeitos de vinculação dos mesmos serviços e entidades.

que integram a comissão de acompanha-mento encontram se vinculadas pela po-sição manifestada pelo respectivo repre-sentante.

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Art. 48º, n.os 1, 2, 3, 4 e 81 – Ao longo da elaboração dos planos es-peciais de ordenamento do território, a entidade pública responsável deve facul-tar aos interessados todos os elementos relevantes para que estes possam conhe-cer o estado dos trabalhos e a evolução da tramitação procedimental, bem como formular sugestões à entidade pública responsável e à comissão mista de coor-denação.2 - A entidade pública responsável publi-citará, através da divulgação de avisos, a Resolução do Conselho de Ministros que determina a elaboração do plano, por for-ma a permitir, durante o prazo estabele-cido na mesma, o qual não deve ser infe-rior a 15 dias, a formulação de sugestões, bem como a apresentação de informações sobre quaisquer questões que possam ser consideradas no âmbito do respectivo pro-cedimento de elaboração.3 - Concluído o período de acompanha-mento e, quando for o caso, decorrido o período de concertação, a entidade públi-ca responsável procede à abertura de um período de discussão pública, através de aviso a publicar no Diário da República e a divulgar através da comunicação social, do qual consta a indicação do período de discussão, das eventuais sessões pú-blicas a que haja lugar e dos locais onde se encontra disponível a proposta, acom-panhada do parecer da comissão mista

mento dos planos especiais de ordena-mento do território o disposto no artigo 75.º- B do presente diploma com as devi-das adaptações. 7 - [Anterior n.º 4].

Art. 48º, n.os 1, 2, 3, 4 e 81 - Ao longo da elaboração dos planos es-peciais de ordenamento do território, a entidade pública responsável deve facul-tar aos interessados todos os elementos relevantes para que estes possam conhe-cer o estado dos trabalhos e a evolução da tramitação procedimental, bem como formular sugestões à entidade pública responsável e à comissão de acompanha-mento. 2 - A entidade pública responsável publi-citará, através da divulgação de avisos, o despacho que determina a elaboração do plano por forma a permitir, durante o prazo estabelecido no mesmo, o qual não deve ser inferior a 15 dias, a formulação de sugestões, bem como a apresentação de informações sobre quaisquer questões que possam ser consideradas no âmbito do respectivo procedimento de elaboração.3 - Concluído o período de acompanha-mento e, quando for o caso, decorrido o período adicional de concertação, a enti-dade pública responsável procede à aber-tura de um período de discussão pública, através de aviso a publicar no Diário da República e a divulgar através da comu-nicação social e da respectiva página na Internet, do qual consta a indicação do período de discussão, das eventuais ses-sões públicas a que haja lugar e dos locais onde se encontra disponível a proposta de plano, o respectivo relatório ambiental, o

Ajuste do texto legal aos novos procedi-mentos atrás referidos, designadamente à substituição da Comissão Mista de Coorde-nação pela Comissão de Acompanhamen-to; o aviso do despacho que determina a elaboração do plano, em vez da Resolução de Conselho de Ministros; o período adi-cional de concertação e a divulgação do período de discussão pública e respectivos resultados através da Internet.

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de coordenação e dos demais pareceres eventualmente emitidos, bem como da forma como os interessados podem apre-sentar as suas reclamações, observações ou sugestões.4 - O período de discussão pública deve seranunciadocomaantecedênciamíni-ma de 8 dias e não pode ser inferior a 30 dias.8 - Findo o período de discussão pública, a entidade pública responsável divulga e pondera os respectivos resultados e ela-boraaversãofinaldapropostaparaapro-vação.

Art. 53º c), d) e f)c) As medidas de articulação, ao nível regional, das políticas estabelecidas no programa nacional da política de ordena-mento do território e nos planos sectoriais preexistentes, bem como das políticas de relevância regional contidas nos planos in-termunicipais e nos planos municipais de ordenamento do território abrangidos;d) A política regional em matéria am-biental, bem como a recepção, ao nível regional, das políticas e das medidas esta-belecidas nos planos especiais de ordena-mento do território;f) Medidas específicas de protecção econservação do património histórico e cultural.

Art. 54º, n.º2 c)2 c) Estrutura regional de protecção e valorização ambiental

parecer da comissão de acompanhamen-to e os demais pareceres eventualmente emitidos, bem como da forma como os interessados podem apresentar as suas re-clamações, observações ou sugestões.4 - O período de discussão pública deve seranunciadocomaantecedênciamíni-ma de 5 dias e não pode ser inferior a 30 dias.8 - Findo o período de discussão pública, a entidade pública responsável pondera e divulga os respectivos resultados, desig-nadamente através da comunicação social e da sua página na Internet, e elabora a versãofinaldapropostaparaaprovação.

Art. 53º c), d) e f)c)Aincidênciaespacial,aonívelregional,das políticas estabelecidas no programa nacional da política de ordenamento do território e nos planos, programas e estra-tégias sectoriais preexistentes, bem como das políticas de relevância regional a de-senvolver pelos planos intermunicipais e pelos planos municipais de ordenamento do território abrangidos;d) A política regional em matéria ambien-tal, incluindo a delimitação da estrutura regional de protecção e valorização am-biental, bem como a recepção, ao nível regional, das políticas e das medidas esta-belecidas nos planos especiais de ordena-mento do território;f)Medidasespecíficasdeprotecçãoeva-lorização do património cultural

Art. 54º, n.º2 c) e (n.º 3 novo)2 c) Estudos relativos à caracterização da estrutura regional de protecção e valo-

Alteração e clarificação da redacção doconteúdo material do PROT.

Alteração da redacção e introdução do relatório de avaliação ambiental no con-teúdo documental do PROT.

ClarificaafunçãodoPROT,enquantoins-trumento que traduz as orientações dos IGT de âmbito nacional, designadamente no que respeita à espacialização regio-nal.

A introdução do relatório ambiental decor-re do cumprimento do DL n.º 232/2007, de 15 de Junho, diploma que transpôs para

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Art. 56º, n.os 1, 2, 3, 4 e 51 – A elaboração dos planos regionais de ordenamento do território é acompanhada por uma comissão mista de coordenação, integrada por representantes dos Ministé-rios das Cidades, Ordenamento do Territó-rio e Ambiente, da Economia, da Agricul-tura, Desenvolvimento Rural e Pescas, da Cultura e das Obras Públicas, Transportes e Habitação, dos municípios abrangidos, e de outras entidades públicas cuja par-ticipação seja aconselhada no âmbito do plano, bem como de representantes dos interesses económicos, sociais, culturais e ambientais.2–Acomissãoficaobrigadaaumacom-panhamento assíduo e continuado dos trabalhos de elaboração do futuro plano, devendo,nofinal,apresentarumparecerescrito, assinado por todos os seus mem-bros, com menção expressa da orientação defendida, que se pronuncie sobre o cum-primento das normas legais e regulamen-tares aplicáveis e, ainda, sobre a adequa-çãoeconveniênciadassoluçõespropostaspela comissão de coordenação e desenvol-vimento regional.3 – O parecer da comissão exprime a apre-ciação realizada pelas diversas entidades

rização ambiental;3 – Os planos regionais de ordenamento do território são ainda acompanhados por um relatório ambiental, no qual se identi-ficam,descrevemeavaliamoseventuaisefeitos significativos no ambiente resul-tantes da aplicação do plano e as suas al-ternativas razoáveis que tenham em conta os objectivos e o âmbito de aplicação ter-ritorial respectivos.

Art. 56º, n.os 1, 2, 3, 4, 5 e 6 1 - A elaboração dos planos regionais de ordenamento do território é acompanha-da por uma comissão consultiva, integrada por representantes das entidades e servi-ços da administração directa e indirecta do Estado que assegurem a prossecução dos interesses públicos relevantes, desig-nadamente, em matéria de ordenamento do território, ambiente, conservação da natureza, habitação, economia, agricultu-ra,florestas,obraspúblicas,transportes,comunicações, educação, saúde, seguran-ça, protecção civil, desporto, cultura, dos municípios abrangidos, bem como de re-presentantes dos interesses económicos, sociais, culturais e ambientais.2 - Na elaboração dos planos regionais de ordenamento do território deve ser garantida a integração na comissão con-sultiva das entidades às quais, em virtu-de das suas responsabilidades ambientais específicas, possam interessar os efeitosambientais resultantes da aplicação do plano, as quais exercem na comissão as competênciasconsultivasatribuídaspelosartigos 5.º e 7.º do Decreto-Lei n.º 232/ 2007, de 15 de Junho, e acompanham a elaboração do relatório ambiental.

Substituição da Comissão Mista de Coor-denação por uma Comissão Consultiva in-tegrada por representantes das entidades e serviços da Administração Central que assegurem a prossecução dos interesses públicos relevantes, bem como de repre-sentantes dos interesses económicos, so-ciais, culturais e ambientais.

a ordem jurídica interna as Directivas do Parlamento Europeu e do Conselho n.º 2001/42/CE, de 27 de Junho, e n.º 2003/35/CE, de 26 de Maio.

A substituição da CMC por uma Comissão Consultiva que congrega um conjunto de entidades representativas de interes-ses públicos e privados mais ajustado ao acompanhamento de IGT de natureza es-tratégica.

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representadas, havendo lugar a posterior audiênciadaquelasqueformalmenteha-jamdiscordadodasorientaçõesdefinidasno futuro plano.4–Oparecerfinaldacomissãoacompa-nha a proposta de plano apresentada para aprovação ao Governo.5 – A composição e o funcionamento da comissão são regulados pela Resolução do Conselho de Ministros que determina a elaboração do plano regional de ordena-mento do território.

Art. 57º, n.os 1, 2, 3, e 41 – Concluída a elaboração, a comissão de coordenação e desenvolvimento regional remete, para parecer, a proposta de pla-no regional de ordenamento do território, acompanhada do parecer da comissão mista de coordenação, às entidades que, no âmbito da mesma, hajam formalmente discordado das soluções definidas no fu-turo plano.2 – Os pareceres a que se referem os nu-meros anteriores devem incidir sobre as razões da discordância oposta à propos-ta de plano regional de ordenamento do território, bem como sobre a articulação com o programa nacional da política de ordenamento do território e com os pla-nossectoriaiscomincidênciaregional.3 – Os pareceres referidos nos números anteriores são emitidos no prazo de 30 dias, interpretandose a falta de resposta dentro desse prazo como parecer favorá-vel que sana a discordância anteriormente oposta.4 – Recebidos os pareceres, a comissão de coordenação e desenvolvimento regional promoverá a realização de reuniões com

3 - [Anterior n.º 2].4 - O parecer da comissão exprime a apre-ciação realizada pelas diversas entidades e integra a análise sobre o relatório am-biental, considerando especificadamentea posição das entidades referidas no n.º 2.5 - [Anterior n.º 4].6 - [Anterior n.º 5].

Art. 57º, n.os 1 e 21 - O acompanhamento da elaboração da proposta de plano regional de ordena mento do território inclui a concertação com as entidades que, no decurso dos tra-balhos da comissão consultiva, formulem objecçõesàssoluçõesdefinidasparaofu-turo plano.2 - Concluída a elaboração da proposta de plano e emitido o parecer da comissão consultiva, a comissão de coordenação e desenvolvimento regional pode ainda pro-mover, nos 20 dias subsequentes à emissão daquele parecer, a realização de reuniões de concertação com as entidades que, no âmbito daquela comissão, hajam formal-mente discordado das soluções definidaspara o futuro plano, tendo em vista obter uma solução concertada que permita ul-trapassar as objecções formuladas.3 - [Revogado].4 - [Revogado].

Integração da concertação na fase de elaboração do PROT, sendo dada a pos-sibilidade de um período adicional de concertação através de reuniões, após a conclusão da elaboração.

Integração da concertação de interesses na fase de elaboração e acompanhamento que implica celeridade procedimental e a construção de soluções mais partilhadas.Simplificaçãoprocedimental,eliminando-se a fase de novos pareceres escritos após a emissão de novos pareceres escritos apósaemissãodoparecerfinaldaComis-são Consultiva.A fase autónoma da concertação passa a revestir natureza facultativa.

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as entidades que os tenham emitido, ten-do em vista obter uma solução concertada que permita ultrapassar as objecções for-muladas, nos 30 dias subsequentes.

Art. 58ºA discussão pública dos planos regionais de ordenamento do território regese, com as necessárias adaptações, pelas disposições relativas ao programa nacional da política de ordenamento do território.

Art. 59º, n.º 22 – A Resolução do Conselho de Ministros referida no número anterior deve identi-ficarasdisposiçõesdosplanosmunicipaisde ordenamento do território abrangidos incompatíveis com a estrutura regional do sistema urbano, das redes, das infra-es-truturas e dos equipamentos de interesse regional.

Art. 63º

Art. 58º, (n.os 1 e 2 novos)1 - A discussão pública dos planos regio-nais de ordenamento do território rege- -se, com as necessárias adaptações, pelas disposições relativas ao programa nacional da política de ordenamento do território.2 - Juntamente com a proposta de plano é divulgado o respectivo relatório ambien-tal.

Art. 59º, n.º 22 - A Resolução do Conselho de Ministros referida no número anterior deve:a) Consagrar as formas e os prazos, pre-viamente acordados com as câmaras mu-nicipais envolvidas, para adequação dos planos municipais de ordenamento do território abrangidos e dos planos inter-municipais de ordenamento do território quando existam;b) Identificar as disposições dos planosmunicipais de ordenamento do território abrangidos incompatíveis com a estrutu-ra regional do sistema urbano, das redes, das infra-estruturas e dos equipamentos de interesse regional e com a delimitação da estrutura regional de protecção e valo-rização ambiental, a adaptar nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 97.º

Art. 63º, ( n.º 3 novo)3 - Sempre que seja necessário proceder à avaliação ambiental nos termos do ar-

Foi introduzido um novo n.º que refere que juntamente com a proposta de plano é divulgado o respectivo relatório ambien-tal.A discussão pública passa a incidir sobre a proposta do plano e o respectivo relatório ambiental.

Introduz na RCM que aprova o PROT a con-tratualização com os municípios sobre as formas e os prazos para estes adequarem os PMOT ou PIOT ao novo PROT.

Introduz a necessidade do conteúdo do-cumental dos PIOT incluir um relatório de avaliação ambiental, quando for o caso.

Introdução da contratualização no sentido de assegurar a execução do PROT conside-rando carácter estratégico e programático deste.

A introdução do relatório ambiental decor-re do cumprimento do DL n.º 232/2007, de 15 de Junho, diploma que transpôs para

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Art. 64º, n.º 22 – A deliberação de elaboração do plano intermunicipal deve ser comunicada ao Governo e à comissão de coordenação e desenvolvimento regional.

tigo 2.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, os planos intermunicipais de ordenamento do território são ainda acompanhados pelo relatório ambien-tal,noqualse identificam,descrevemeavaliamoseventuaisefeitossignificativosno ambiente resultantes da aplicação do plano e as suas alternativas razoáveis que tenham em conta os objectivos e o âmbito de aplicação territorial respectivos.

Art. 64º, n.os 2 e (3, 4 e 5 novos)2 - A deliberação de elaboração do plano intermunicipal deve ser publicada no Di-ário da República e divulgada através da comunicação social e da Internet pelos municípios ou associações de municípios.3 - A deliberação a que se refere o número anterior deve indicar se o plano está sujei-to a avaliação ambiental, ou as razões que justificamasuainexigibilidade,podendopara este efeito ser precedida da consulta prevista no n.º 3 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho.4 - Sempre que os municípios ou as asso-ciações de municípios solicitem pareceres nos termos do número anterior, esses pa-receres devem também conter a pronún-cia sobre o âmbito da avaliação ambiental e sobre o alcance da informação a incluir no relatório ambiental, aplicando-se o ar-tigo 5.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho.5 - Os pareceres solicitados ao abrigo dos numeros anteriores são emitidos no prazo de 15 dias e podem não ser considerados, caso sejam emitidos após o decurso desse prazo.

Divulgação da deliberação de elaborar o PIOT através da Internet e regulamenta-ção do conteúdo da respectiva delibera-ção.Regulação dos pareceres relativos às questões ambientais e determinação do respectivo prazo de emissão.

a ordem jurídica interna as Directivas do Parlamento Europeu e do Conselho n.º 2001/42/CE, de 27 de Junho, e n.º 2003/35/CE, de 26 de Maio

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Art. 65ºO acompanhamento, a concertação e a discussão pública dos planos intermunici-pais de ordenamento do território regem-se, com as necessárias adaptações, pelas disposições relativas ao plano director municipal

Art. 66º, n.os 1 e 21-Concluídaaversãofinal,apropostadeplano intermunicipal de ordenamento do território é objecto de parecer da comis-são de coordenação e desenvolvimento regional.2 - O parecer da comissão de coordenação e desenvolvimento regional incide sobre a conformidade com as disposições legais e regulamentares vigentes e a articulação e coerênciadapropostacomosobjectivos,princípios e regras aplicáveis no território emcausa,definidosporquaisqueroutrosinstrumentos de gestão territorial efica-zes.

Art. 65º, n.os 1 e 2 novos1 - A elaboração dos planos intermuni-cipais de ordenamento do território é acompanhada por uma comissão consul-tiva, aplicando-se quanto ao acompanha-mento, concertação e discussão pública destes planos, as disposições relativas ao plano director municipal, com as necessá-rias adaptações.2-Noâmbitodoparecerfinaldacomissãoconsultiva, a posição da comissão de co-ordenação e desenvolvimento regional in-clui obrigatoriamente a apreciação sobre a conformidade com as disposições legais e regulamentares vigentes e a articulação ecoerênciadapropostacomosobjecti-vos, princípios e regras aplicáveis no ter-ritórioemcausa,definidosporquaisqueroutros instrumentos de gestão territorial eficazes.

Art. 66º, n.os 1 e 21 - Concluída a versão final, a propostade plano intermunicipal de ordenamen-to do território é enviada à comissão de coordenação e desenvolvimento regional territorialmente competente, a qual pode emitir parecer no prazo de 10 dias, im-prorrogáveis,anotificar,sendoocaso,àsassembleias municipais interessadas e à assembleia intermunicipal.2 - O parecer referido no número anterior, quando emitido, não possui carácter vin-culativo e incide apenas sobre a confor-midade com as disposições legais e regu-lamentares vigentes e a compatibilidade ou conformidade com os instrumentos de gestãoterritorialeficazes.

Introdução de um novo número que consa-gra a obrigatoriedade da CCDR, no âmbito doparecerfinaldaComissãoConsultiva,incluir a apreciação da conformidade do plano com as disposições legais e regula-mentares vigentes e a articulação com os IGT em vigor no território em causa.

Determinação do carácter facultativo e não vinculativo do parecer da CCDR sobre aversãofinaldapropostadoPIOT.

Controle de legalidade da CCDR na fase de acompanhamento visto que o PIOT deixa deserobjectoderatificaçãoeopareceranterior à aprovação não tem carácter vinculativo.

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Art. 68º Ratificação1-SãoobjectoderatificaçãopeloGover-no os planos intermunicipais de ordena-mento do território, bem como as altera-ções de que sejam objecto, com excepção dasdecorrentesde ratificaçãodeplanosmunicipais de ordenamento do território.2-AratificaçãopeloGovernodosplanosintermunicipais de ordenamento do ter-ritório destina-se a verificar a sua con-formidade com as disposições legais e regulamentares vigentes, bem como com quaisquer outros instrumentos de gestão territorialeficazes.3 -A ratificação pode ser parcial, apro-veitando apenas à parte conforme com as normas legais e regulamentares vigentes e com os instrumentos de gestão territo-rial. 4 -A ratificação dos planos intermunici-pais de ordenamento do território é feita por Resolução do Conselho de Ministros.

Art. 74º, n.º 11 - A elaboração dos planos municipais de ordenamento do território compete à câ-mara municipal, sendo determinada por deliberação, a publicar no Diário da Repú-blica e a divulgar através da comunicação social, que estabelece os respectivos pra-zos de elaboração.

Art. 68ºRevogado

Art. 74º, n.os 1, (4, 5, 6, 7, 8 e 9 novos)1 - A elaboração dos planos municipais de ordenamento do território compete à câ-mara municipal, sendo determinada por deliberação, a publicar no Diário da Repú-blica e a divulgar através da comunicação social e na respectiva página da Internet, que estabelece os respectivos prazos de elaboração e do período de participação a que se refere o n.º 2 do artigo 77.º4 - No caso dos planos de urbanização e dos planos de pormenor, a câmara muni-cipal, previamente à deliberação referi-da no n.º 1, pode solicitar à comissão de coordenação e desenvolvimento regional a realização de uma reunião com vista à

EliminaçãodaratificaçãodosPIOT.

Recurso à Internet como meio de divulga-ção da deliberação que determina a ela-boração dos PMOT para efeito de partici-pação pública.Regula os aspectos relativos à necessidade de avaliação ambiental do PU e do PP bem como as situações em que a mesma pode-rá ser dispensada.

Simplificação procedimental que implicaa responsabilização dos municípios envol-vidos.

Reforço da divulgação, através do recurso à Internet, da deliberação de elaboração do PMOT como incentivo à participação pública de carácter preventivo.A introdução do relatório ambiental decor-re do cumprimento do DL n.º 232/2007, de 15 de Junho, diploma que transpôs para a ordem jurídica interna as Directivas do Parlamento Europeu e do Conselho n.º 2001/42/CE, de 27 de Junho, e n.º 2003/35/CE, de 26 de Maio.

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indicação de quais as entidades represen-tativas de interesses públicos que devem intervir no acompanhamento do plano.5 - Os planos de urbanização e os planos de pormenor que impliquem a utilização de pequenas áreas a nível local só são ob-jecto de avaliação ambiental no caso de se determinar que são susceptíveis de ter efeitossignificativosnoambiente.6-Aqualificaçãodosplanosdeurbaniza-ção e dos planos de pormenor para efeitos do número anterior compete à câmara municipal de acordo com os critérios es-tabelecidos no anexo ao Decreto-Lei n.º 232/ 2007, de 15 de Junho, podendo ser precedida de consulta às entidades às quais, em virtude das suas responsabili-dadesambientaisespecíficas,possamin-teressar os efeitos ambientais resultantes da aplicação do plano.7 - Tendo sido deliberada a elaboração de plano de urbanização ou de plano de por-menor, a câmara municipal solicita pare-cer sobre o âmbito da avaliação ambiental e sobre o alcance da informação a incluir no relatório ambiental, nos termos do ar-tigo 5.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho.8 - Sempre que a câmara municipal so-licite parecer nos termos do n.º 6, esse parecerdeve,noscasosemquesejustifi-que, conter também a pronúncia sobre os aspectos referidos no número anterior.9 - Os pareceres solicitados ao abrigo dos numeros anteriores são emitidos no prazo de 15 dias e podem não ser considerados, caso sejam emitidos após o decurso desse prazo.

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Art. 75º, n.os 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 101 - O acompanhamento da elaboração dos planos municipais de ordenamento do ter-ritório visa:a) Apoiar o desenvolvimento dos traba-lhoseassegurararespectivaeficácia;b) Promover a conformação com os instru-mentosdegestãoterritorialeficazes,bemcomo a compatibilização com quaisquer outros planos, programas e projectos de interesse municipal ou supramunicipal;c) Permitir a ponderação dos diversos actos da Administração Pública susceptí-veis de condicionar as soluções propostas, garantindo uma informação actualizada sobre os mesmos;d) Promover o estabelecimento de uma adequada concertação de interesses.2 - O acompanhamento da elaboração do plano director municipal é assegurado por uma comissão mista de coordenação cons-tituída por despacho do Ministro das Cida-des, Ordenamento do Território e Ambien-te, devendo a sua composição traduzir a natureza dos interesses a salvaguardar e a relevância das implicações técnicas a considerar, integrando técnicos oriundos de serviços da administração directa ou indirecta do Estado, das Regiões Autóno-mas, do município e de outras entidades públicas cuja participação seja aconselhá-vel no âmbito do plano, bem como de re-presentantes dos interesses económicos, sociais, culturais e ambientais.3-Acomissãoficaobrigadaaumacom-panhamento assíduo e continuado dos trabalhos de elaboração do futuro pla-no, devendo, no final, apresentar umparecer escrito, assinado por todos os seus membros, com menção expressa da orientação defendida, que se pronuncie

Art. 75º, n.os 11 - O acompanhamento da elaboração dos planos municipais de ordenamento do ter-ritório visa:a) Apoiar o desenvolvimento dos traba-lhoseassegurararespectivaeficácia;b) Promover a compatibilidade ou con-formidade com os instrumentos de gestão territorialeficazes,bemcomoasuacom-patibilização com quaisquer outros pla-nos, programas e projectos de interesse municipal ou supramunicipal;c) Permitir a ponderação dos diversos actos da Administração pública susceptí-veis de condicionar as soluções propostas, garantindo uma informação actualizada sobre os mesmos;d) Promover o estabelecimento de uma adequada concertação de interesses. 2 - [Revogado]. 3 - [Revogado]. 4 - [Revogado]. 5 - [Revogado]. 6 - [Revogado]. 7 - [Revogado]. 8 - [Revogado]. 9 - [Revogado].10 - [Revogado].

O artigo 75º passa apenas a regular gene-ricamente os objectivos do acompanha-mento dos planos municipais de ordena-mento do território.

Simplificaçãoprocedimental.O desenvolvimento do acompanhamento dos PMOT passou para novos artigos: art. 75º-A, 75º-B e 75º-C

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sobre o cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis e, ainda, sobre aadequaçãoeconveniênciadassoluçõesdefendidas pela câmara municipal.4 - O parecer da comissão exprime a apre-ciação realizada pelas diversas entidades representadas, havendo lugar a posterior audiênciapelacâmaramunicipaldaquelasque formalmente hajam discordado das soluções projectadas.5-Oparecerfinaldacomissãoacompanhaa proposta de plano apresentada pela câ-mara municipal à assembleia municipal.6 - A composição e o funcionamento da comissão são regulados por portaria do Ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente.7 - O acompanhamento da elaboração dos planos de urbanização e dos planos de pormenor é assegurado pela comissão de coordenação e desenvolvimento regional, que promove a audição das entidades re-presentativas dos interesses a ponderar no prazo de cinco dias após a recepção da proposta de plano.8 - As entidades representativas dos in-teresses a ponderar ao abrigo do número anterior dispõem do prazo máximo de 44 dias, contados desde a data da recepção da solicitação, para emitirem parecer.9 - O prazo previsto no número anterior é de 22 dias para os planos de pormenor mencionados no n.º 2 do artigo 91.º10 - A comissão de coordenação e desen-volvimento regional elaborará um parecer escrito nos termos do n.º 3, no prazo de 10 dias a contar da recepção dos pareceres das entidades representativas dos inte-resses a ponderar ou do termo dos prazos previstos nos números anteriores.53

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Art. 75º - A Acompanhamento dos planos directores municipais (Aditado)1 - O acompanhamento da elaboração do plano director municipal é assegurado por uma comissão de acompanhamento, cuja composição deve traduzir a natureza dos interesses a salvaguardar e a relevância das implicações técnicas a considerar, integrando representantes de serviços e entidades da administração directa ou indirecta do Estado, das Regiões Autóno-mas, do município e de outras entidades públicas cuja participação seja aconselhá-vel no âmbito do plano.2 - Deve ser garantida a integração na co-missão de acompanhamento das entidades às quais, em virtude das suas responsabi-lidadesambientaisespecíficas,possamin-teressar os efeitos ambientais resultantes da aplicação do plano, as quais exercem nacomissãoascompetênciasconsultivasatribuídas pelos artigos 5.º e 7.º do De-creto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, e acompanham a elaboração do relatório ambiental.3 - A comissão de acompanhamento deve ser constituída no prazo de 30 dias após solicitação da câmara municipal.4-Acomissãoficaobrigadaaumacom-panhamento assíduo e continuado dos trabalhos de elaboração do futuro plano, devendo,nofinal,apresentarumparecerescrito, assinado por todos os seus mem-bros, com menção expressa da orientação defendida, que se pronuncie sobre os as-pectos seguintes:a) Cumprimento das normas legais e regu-lamentares aplicáveis;b) Compatibilidade ou conformidade da proposta de plano com os instrumentos de

Estabelece as novas regras de acompa-nhamento do PDM por uma Comissão de Acompanhamento dispondo, designada-mente sobre a sua composição.

Esteartigoprevêqueoacompanhamentodo PDM seja assegurado por uma comissão de acompanhamento (CA), reformulando a sua composição.

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gestãoterritorialeficazes;c) Fundamento técnico das soluções de-fendidas pela câmara municipal.5 - O parecer da comissão deve exprimir a apreciação realizada pelas diversas enti-dades representadas, incluindo a posição finaldasentidadesqueformalmentedis-cordaram das soluções projectadas.6-Oparecerfinaldacomissãoacompanhaa proposta de plano apresentada pela câ-mara municipal à assembleia municipal.7 - Para efeitos de avaliação ambiental, o parecerfinaldacomissãointegraaanálisesobre o relatório ambiental considerando especificadamente a posição das entida-des referidas no n.º 2.8 - A constituição, a composição e o funcionamento da comissão de acompa-nhamento são regulados por portaria do membro do Governo responsável pelo or-denamento do território.

Art. 75º - B (Aditado)Comissão de Acompanhamento1 - Para efeitos do disposto nos n.os 1 e 2 do artigo anterior, a designação dos representantes dos serviços e entidades da administração directa ou indirecta do Estado e das Regiões Autónomas inclui a delegação ou subdelegação dos poderes adequados para efeitos de vinculação da-queles serviços e entidades.2 - A posição manifestada pelos represen-tantes dos serviços e entidades da admi-nistração directa ou indirecta do Estado e das Regiões Autónomas no parecer pre-visto no n.º 3 do artigo anterior substitui os pareceres que aqueles serviços e enti-dades devessem emitir, a qualquer título, sobre o plano, nos termos legais e regula-

Inclui a obrigatoriedade de delegação de poderes nos representantes dos serviços e entidades da Administração Central que integram a Comissão de Acompanhamen-to, adequados para efeito de vinculação daqueles serviços e entidades.

Agilizar procedimentos e atribuir respon-sabilidade aos representantes das entida-descomassentonaCAenasconferênciasde serviços, cujas posições tomadas vin-culam as respectivas entidades represen-tadas.

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mentares.3 - Caso o representante de um serviço ou entidade não manifeste, na reunião da comissão de acompanhamento que aprova oparecer final, a sua concordância comas soluções projectadas, ou, apesar de regularmente convocado, não compareça à reunião, considera-se que o serviço ou entidade por si representado nada tem a opor à proposta de plano director munici-pal, desde que não manifeste a sua discor-dância no prazo de 5 dias após a comuni-cação do resultado da reunião.

Art. 75º - C (Aditado)Acompanhamento dos planos de urbaniza-ção e dos planos de pormenor1 - O acompanhamento da elaboração dos planos de urbanização e dos planos de pormenor é facultativo.2 - No decurso da elaboração dos planos, a câmara municipal solicita o acompanha-mento que entender necessário, designa-damente a emissão de pareceres sobre as propostas de planos ou a realização de reuniões de acompanhamento à comis-são de coordenação e desenvolvimento regional territorialmente competente ou às demais entidades representativas dos interesses a ponderar.3 - Concluída a elaboração, a câmara mu-nicipal apresenta a proposta de plano, os pareceres eventualmente emitidos e o relatório ambiental, à comissão de coor-denação e desenvolvimento regional ter-ritorialmente competente que, no prazo de 22 dias, procede à realização de uma conferênciadeserviçoscomtodasasen-tidades representativas dos interesses a ponderar, aplicando-se, com as necessá-

Determina o carácter facultativo do acom-panhamento da elaboração dos PU e PP.

Prevê a realização de uma conferênciade serviços promovida pela CCDR, após a conclusão da elaboração do PU e PP, para efeitos de ponderação dos interesses que incidem sobre a área em causa, designa-damente dos ambientais.Daactadaconferênciadeserviçosconstao parecer da CCDR.

Simplificaçãoeagilizaçãodeprocedimen-tos.

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Art 76º, n.os 1, 2, 3, 4, 5 e 61 – Concluída a elaboração, a câmara mu-nicipal remete, para parecer, a proposta de plano director municipal, acompanha-da do parecer da comissão mista de coor-denação, às entidades que, no âmbito da mesma, hajam formalmente discordado das soluções projectadas.2 – Os pareceres a que se refere o número anterior incidem sobre as razões da dis-cordância oposta à proposta de plano di-rector municipal.3 – Os pareceres referidos nos números anteriores são emitidos no prazo de 30 dias interpretando-se a falta de resposta dentro desse prazo como parecer favorá-vel que sana a discordância anteriormente oposta.4 - Recebidos os pareceres, a câmara mu-nicipal promoverá a realização de reuniões com as entidades que os tenham emitido, tendo em vista obter uma solução concer-

rias adaptações, o disposto no artigo 75.º- B e devendo a acta respectiva conter o parecer da comissão de coordenação e de-senvolvimento regional sobre os aspectos previstos no n.º 4 do artigo 75.º-A.4-Sãoconvocadasparaaconferênciadeserviços as entidades às quais, em virtu-de das suas responsabilidades ambientais específicas, possam interessar os efeitosambientais resultantes da aplicação do plano.5-Aconvocatóriadaconferênciadeservi-ços é acompanhada das propostas de pla-no de urbanização e de plano de porme-nor, bem como dos respectivos relatórios ambientais, e deve ser efectuada com a antecedênciade15dias.

Art. 76º, n.os 1, 2 e 31 - O acompanhamento da elaboração da proposta de plano director municipal in-clui a concertação com as entidades que, no decurso dos trabalhos da comissão de acompanhamento, formulem objecções às soluçõesdefinidasparaofuturoplano.2 - Concluída a elaboração da proposta de plano e emitido o parecer da comis-são de acompanhamento, a câmara mu-nicipal pode ainda promover, nos 20 dias subsequentes à emissão daquele parecer, a realização de reuniões de concertação com as entidades que, no âmbito daquela comissão, hajam formalmente discordado das soluções do futuro plano, tendo em vista obter uma solução concertada que permita ultrapassar as objecções formu-ladas.3 - No caso dos planos de urbanização e dos planos de pormenor, a câmara munici-pal pode igualmente promover nos 20 dias

Integração da fase de concertação no acompanhamento da elaboração do PDM e a previsão de um período adicional para a realização de reuniões de concertação.Previsão de um período adicional à con-ferênciadeserviçosparaarealizaçãodereuniões de concertação no caso do PU e do PP.Foi eliminada a fase autónoma de concer-tação.

Simplificaçãoeagilizaçãodeprocedimen-tos.

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tada que permita ultrapassar as objecções formuladas, nos 30 dias subsequentes.5 - As propostas de plano de urbanização e de plano de pormenor, acompanhadas do parecer da comissão de coordenação e desenvolvimento regional, são subme-tidas à apreciação das entidades públicas que devam pronunciar-se e dos represen-tantes dos interesses económicos, sociais, culturais e ambientais a salvaguardar, em termos análogos ao disposto nos números anteriores, devendo a câmara municipal promover as necessárias reuniões de con-certação.6 - Não observam o disposto no número anterior os procedimentos de elaboração dos planos de pormenor previstos no n.º 2 do artigo 91.º, sem prejuízo de, por deci-são da câmara municipal e nos termos por estadefinidos,combasenoparecerrefe-rido no n.º 10 do artigo anterior, poderem ser promovidas reuniões de concertação.

Art. 77º, n.os 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e112 – A câmara municipal publicitará, atra-vés da divulgação de avisos a deliberação que determina a elaboração do plano por forma a permitir, durante o prazo estabe-lecido na mesma, o qual não deve ser in-ferior a 30 dias a formulação de sugestões, bem como a apresentação de informações sobre quaisquer questões que possam ser consideradas no âmbito do respectivo pro-cedimento de elaboração.3 – O prazo a que se refere o número ante-rior é de 15 dias para os planos de porme-nor previstos no n.º 2 do artigo 91º.4 - Concluído o período de acompanha-mento e, quando for o caso, decorrido o período de concertação, a câmara munici-

subsequentesàrealizaçãodaconferênciade serviços, a realização de reuniões de concertação em termos análogos ao dis-posto no n.º 2 ou nova conferência deserviços com as entidades representativas dos interesses a ponderar que se justifi-quem e com a comissão de coordenação e desenvolvimento regional.4 – [Revogado].5 – [Revogado].6 – [Revogado].

Art. 77º, n.os 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 92 - Na deliberação que determina a elabo-ração do plano é estabelecido um prazo, que não deve ser inferior a 15 dias, para a formulação de sugestões e para a apre-sentação de informações sobre quaisquer questões que possam ser consideradas no âmbito do respectivo procedimento de elaboração.3 - Concluído o período de acompanha-mento e, quando for o caso, decorrido o período adicional de concertação, a câ-mara municipal procede à abertura de um período de discussão pública, através de aviso a publicar no Diário da República e a divulgar através da comunicação social e da respectiva página da Internet, do qual

Redução de prazos para o exercício do di-reito de participação.Divulgação através da Internet.

Reforço da divulgação dos avisos e dos re-sultados da discussão pública através do recurso à Internet.Redução de prazos tendo em vista uma maior celeridade procedimental.

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pal procede à abertura de um período de discussão pública, através de aviso a pu-blicar no Diário da República e a divulgar através da comunicação social, do qual consta a indicação do período de discus-são, das eventuais sessões públicas a que haja lugar e dos locais onde se encontra disponível a proposta, acompanhada do parecer da comissão mista de coorde-nação ou da comissão de coordenação e desenvolvimento regional e dos demais pareceres eventualmente emitidos, bem como da forma como os interessados po-dem apresentar as suas reclamações, ob-servações ou sugestões. 5 - O período de discussão pública deve seranunciadocomaantecedênciamínimade 15 dias para o plano director munici-pal, e de 10 dias, para o plano de urbani-zação e o plano de pormenor, e não pode ser inferior a 44 dias para o plano director municipal e a 22 dias para o plano de ur-banização e para o plano de pormenor.6 - O período de discussão pública dos pla-nos de pormenor previstos no n.º 2 do arti-go 91º do presente diploma deve ser anun-ciadocomumaantecedênciamínimade5dias e não pode ser inferior a 15 dias.7 – A câmara municipal ponderará as recla-mações, observações, sugestões e pedidos de esclarecimento apresentados pelos particulares,ficandoobrigadaa respostafundamentada perante aqueles que invo-quem, designadamente:a) A desconformidade com outros instru-mentosdegestãoterritorialeficazes;b) A incompatibilidade com planos, pro-gramas e projectos que devessem ser pon-derados em fase de elaboração;c) A desconformidade com disposições le-gais e regulamentares aplicáveis;

consta a indicação do período de discus-são, das eventuais sessões públicas a que haja lugar e dos locais onde se encontra disponível a proposta, o respectivo rela-tório ambiental, o parecer da comissão de acompanhamento ou da comissão de coordenação e desenvolvimento regional, os demais pareceres eventualmente emi-tidos, os resultados da concertação, bem como da forma como os interessados po-dem apresentar as suas reclamações, ob-servações ou sugestões.4 - O período de discussão pública deve seranunciadocomaantecedênciamíni-ma de 5 dias, e não pode ser inferior a 30 dias para o plano director municipal e a 22 dias para o plano de urbanização e para o plano de pormenor.5 - [Anterior n.º 7].6 - [Anterior n.º 8].7 - [Anterior n.º 9].8 - Findo o período de discussão pública, a câmara municipal pondera e divulga, de-signadamente através da comunicação so-cial e da respectiva página da Internet, os respectivos resultados e elabora a versão finaldapropostaparaaprovação.9 - [Anterior n.º 11].10 – [Revogado].11 - [Revogado].

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d) A eventual lesão de direitos subjecti-vos.8 – A resposta referida no número anterior será comunicada por escrito aos interes-sados, sem prejuízo do disposto no arti-go 10º, n.º4 da Lei n.º 83/95, de 31 de Agosto.9 – Sempre que necessário ou convenien-te, a câmara municipal promove o escla-recimento directo dos interessados, quer através dos seus próprios técnicos quer através do recurso a técnicos da adminis-tração directa ou indirecta do Estado e das Regiões Autónomas.10 - Findo o período de discussão pública, a câmara municipal divulga e pondera os respectivos resultados e elabora a versão finaldapropostaparaaprovação.11 – São obrigatoriamente públicas to-das as reuniões da câmara municipal e da assembleia municipal que respeitem à elaboração ou aprovação de qualquer categoria de instrumento de planeamento territorial.

Art. 78º, n.os 1 e 21 – Concluída a versão final, a propostados planos municipais de ordenamento do território é objecto de parecer da comis-são de coordenação e desenvolvimento regional.2 – O parecer da comissão de coordenação e desenvolvimento regional incide sobre a conformidade com as disposições legais e regulamentares vigentes, bem como sobre aarticulaçãoecoerênciadapropostacomos objectivos, princípios e regras aplicá-veisnomunicípio,definidosporquaisqueroutros instrumentos de gestão territorial eficazes.

Art. 78º, n.os 1 e 21-Concluídooprojectodeversãofinaldoplano director municipal, este é enviado à comissão de coordenação e desenvolvimento regional territorialmente competente, a qual pode emitir parecer no prazo de 10 dias, im-prorrogáveis,anotificar,sendoocaso,àcâ-mara municipal e à assembleia municipal.2 - O parecer referido no número anterior, quando emitido, não possui carácter vin-culativo e incide apenas sobre a confor-midade com as disposições legais e regu-lamentares vigentes e a compatibilidade ou conformidade com os instrumentos de gestãoterritorialeficazes.

A CCDR pronuncia-se sobre o projecto da versãofinaldoPDM.Introdução de um prazo para o parecer da CCDR.Carácter não vinculativo do parecer da CCDR.

Esta medida tem por objectivo agilizar procedimentos porquanto, a CCDR só emi-tirá o parecer final para propostas querevelem inconformidade com disposições legais e regulamentares vigentes e incom-patibilidadecomIGTeficazes.

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Art. 79º, n.º 22 – Caso sejam introduzidas, pela assem-bleia municipal, alterações à proposta apresentada pela câmara municipal, de-vem ser adoptados os procedimentos es-tipulados nos artigos 77º e 78º, sendo os prazos referidos no artigo 77º reduzidos a metade.

Art. 80º, n.os 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 81–AratificaçãopeloGovernodosplanosmunicipais de ordenamento do território exprime o reconhecimento da sua con-formidade com as disposições legais e regulamentares vigentes, bem como com quaisquer outros instrumentos de gestão territorialeficazes,abrangendo:a) Os planos directores municipais;b) Os planos de urbanização, na falta de planodirectormunicipaleficaz;c) Os planos de pormenor, na falta de pla-no director municipal ou plano de urbani-zaçãoeficazes.2–Aratificaçãodosplanosmunicipaisdeordenamento do território pode ser par-cial, aproveitando apenas à parte confor-me com as normas legais e regulamentares vigentes e com os instrumentos de gestão territorialeficazes.3–Quandonãoseverifiqueaconformida-de devida, o Governo pode ainda proceder àratificaçãonocasode:a) O plano director municipal, não obs-tante a incompatibilidade com o plano regional de ordenamento do território, ter sido objecto de parecer favorável da comissão mista de coordenação;b) O plano director municipal, não obs-tante a desconformidade com o plano sectorial, ter sido objecto de parecer

Art. 79º, n.º 22 - Se o plano director municipal aprovado mantiver incompatibilidades com plano sectorial ou plano regional de ordenamen-to do território, deve ser solicitada a sua ratificaçãonostermosdoartigo80.º

Art. 80º, n.os 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 1 -A ratificação pelo Governo do planodirector municipal tem como efeito a der-rogação das normas dos planos sectoriais e dos planos regionais de ordenamento do território incompatíveis com as opções municipais. 2-AratificaçãopeloGovernodoplanodi-rector municipal ocorre, a solicitação da câmara municipal, quando, no âmbito do procedimento de elaboração e aprovação, for suscitada pelos serviços e entidades comcompetênciasconsultivasnoâmbitoda elaboração e do acompanhamento, a incompatibilidade com os instrumentos de gestão territorial referidos no número anterior. 3-Aratificaçãodoplanodirectormunici-pal pode ser parcial, aproveitando apenas à parte compatível com os instrumentos de gestão territorial referidos no n.º 1 do presente artigo.4 - A apreciação pelo Governo de pedido deratificaçãodeplanodirectormunicipalé suscitada através da competente comis-são de coordenação e de desenvolvimento regional, devendo, quando tenha lugar, ser acompanhada de parecer fundamen-tado da parte desta.5-Aratificaçãodoplanodirectormunici-pal nos termos do número anterior implica

Revogação da disposição que obrigava à realização de nova discussão pública sem-pre que a Assembleia Municipal introdu-zisse alterações à proposta do plano.

AratificaçãopeloGoverno incideapenassobreoPDMnoscasosemqueseverifiqueincompatibilidade com o PROT ou PS em vigor e só ocorrerá a solicitação da Câma-ra Municipal.A ratificação implica a revogação ou al-teração das disposições dos PROT ou PS afectados.

É sublinhada a necessidade de solicitar a ratificaçãodoPDMsemprequemantiverincompatibilidades com plano sectorial ou plano especial de ordenamento do terri-tório.

Verpontos69e70daSíntesedescritivaejustificativadasalteraçõesmaisrelevan-tes.

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favorável da entidade responsável pela elaboração deste no âmbito da comissão mista de coordenação;c) O plano director municipal, não obstan-te a incompatibilidade com o plano inter-municipal de ordenamento do território, ter sido objecto de parecer favorável da comissão mista de coordenação, ouvidos os restantes municípios;d) O plano de urbanização, não obstante a incompatibilidade com o plano director municipal, ter sido objecto de parecer favorável da comissão de coordenação e desenvolvimento regional;e) O plano de pormenor, não obstante a incompatibilidade com o plano director municipal ou o plano de urbanização, ter sido objecto de parecer favorável da co-missão de coordenação e desenvolvimen-to regional.4 – Os pareceres referidos nas alíneas a), b) e c) do número anterior devem men-cionar expressamente a concordância da alteração proposta com os resultados da avaliação do plano efectuada.5 –A ratificação de qualquer planomu-nicipal de ordenamento do território nos termos do n.º 3 implica a automática re-vogação das disposições constantes dos instrumentos de gestão territorial afec-tados, determinando, nos casos previstos nas alíneas a), b) e c) a correspondente alteração de regulamentos e plantas por forma que traduzam a actualização da disciplina vigente.6–Sãoigualmenteobjectoderatificaçãoas alterações dos planos municipais de or-denamento do território que não resultem do disposto no número anterior.7 – Após a aprovação do programa nacio-nal da política de ordenamento do territó-

a revogação ou alteração das disposições constantes dos instrumentos de gestão territorial afectados, determinando a correspondente alteração dos elementos documentais afectados por forma a que traduzam a actualização da disciplina vi-gente. 6 - A alteração e a revisão do plano direc-tormunicipal são objecto de ratificaçãonos termos do n.º 2 do presente artigo.7-Aratificaçãodoplanodirectormunici-pal é efectuada por Resolução do Conse-lho de Ministros.

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rio e dos planos regionais de ordenamento do território a ratificação pelo Governodos planos municipais de ordenamento do território terá carácter excepcional, ocor-rendo apenas nos seguintes casos:a) Quando, no âmbito do procedimento municipal de elaboração e aprovação, for suscitada a violação das disposições legais e regulamentares vigentes ou a incom-patibilidade com instrumentos de gestão territorialeficazes;b) A solicitação da câmara municipal.8–Aratificaçãodosplanosmunicipaisdeordenamento do território é feita por Re-solução do Conselho de Ministros.

Art. 81º, n.os 2 e 32 - Os procedimentos administrativos sub-sequentes à conclusão da elaboração dos planos municipais de ordenamento do ter-ritório devem ser concretizados de modo que, entre a respectiva aprovação e a pu-blicação no Diário da República, medeiem os seguintes prazos máximos:a) Plano director municipal – 12 meses;b) Plano de urbanização – 6 meses;c) Plano de pormenor – 6 meses.3-Osprazosfixadosnonúmeroanteriorsuspendem-se no caso de devolução do plano ao município para reapreciação.

Art. 81º, n.os 2 e 32 - Os procedimentos administrativos sub-sequentes à conclusão da elaboração dos planos municipais de ordenamento do ter-ritório devem ser concretizados de modo que, entre a respectiva aprovação e a pu-blicação no Diário da República, medeiem os seguintes prazos máximos:a) Plano director municipal – 3 meses;b) Plano de urbanização – 2 meses;c) Plano de pormenor – 2 meses.3-Osprazosfixadosnonúmeroanteriorsuspendemse nos casos previstos no n.º 2 do artigo anterior.

Art. 83º – A (Aditado pelo Lei n.º 56/2007)Disponibilização da informação na Inter-net1 – Os planos municipais de ordenamento do território estão acessíveis, a todos os cidadãos, na Internet.2 – Para efeitos do número anterior os municípios devem proceder à transcrição

Redução de prazos para publicação no Di-ário da República.

Foram introduzidos dois novos artigos dis-pondo sobre a obrigatoriedade das câma-ras municipais disponibilizarem os PMOT na Internet em formato digital e geore-ferenciados, de modo que seja garantida a sua disponibilização actualizada a todos os cidadãos.

Introduz uma redução de prazos tendo em vista a agilização procedimental.

É reforçada a vertente da divulgação dos planos após a sua aprovação com vista a garantirmaior transparência e interven-ção pública.

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Art. 84º, n.os 1, 2 e 31 – O plano director municipal estabelece o modelo de estrutura espacial do terri-tório municipal, constituindo uma síntese da estratégia de desenvolvimento e orde-namento local prosseguida, integrando as opções de âmbito nacional e regional com incidêncianarespectivaáreadeinterven-ção.

digital georeferenciada de todo o conteú-do documental porque são constituídos os planos municipais de ordenamento do ter-ritório, disponibilizando-o nos respectivos sítios electrónicos.3 – As plantas devem estar disponíveis à mesma escala e com as mesmas cores e símbolos dos documentos aprovados pelo respectivo município.4 – O acesso às legendas das plantas deve ser simples e rápido por forma a garantir oentendimentodosignificadodascoresesímbolos utilizados.

Art. 83º – B (Aditado pelo Lei n.º 56/2007)Actualização do conteúdo da informação1 – Em cada município devem ser referen-ciados em planta, deforma consolidada, todos os planos de urbanização ou planos de pormenor em vigor.2 – deve ser simples e directo o acesso aos planos de urbanização ou planos de por-menor em vigor, assim como as eventuais medidas preventivas ou outras que sus-pendamaeficáciadeumplano.3 – O município deve actualizar o conteú-do de cada plano no prazo máximo de um mêsapósaentradaemvigordequalqueralteração.

Art. 84º, n.os 1, 2, 3 e 41 - O plano director municipal estabelece a estratégia de desenvolvimento territo-rial, a política municipal de ordenamento do território e de urbanismo e as demais políticas urbanas, integra e articula as orientações estabelecidas pelos instru-mentos de gestão territorial de âmbito nacional e regional e estabelece o modelo

ClarificaçãodoobjectodoPDM.

A informação que é divulgada pelas Câ-maras Municipais deve estar actualizada e ser facilmente acessível.

ClarificaoobjectodeaplicaçãodoPDM.

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2 – O modelo de estrutura espacial do ter-ritóriomunicipalassentanaclassificaçãodosoloedesenvolve-seatravésdaqualifi-cação do mesmo.3 – O plano director municipal é de elabo-ração obrigatória.

Art. 85º

de organização espacial do território mu-nicipal.2 - O plano director municipal é um ins-trumentodereferênciaparaaelaboraçãodos demais planos municipais de ordena-mento do território e para o estabeleci-mento de programas de acção territorial, bem como para o desenvolvimento das intervenções sectoriais da administração do Estado no território do município, em concretização do princípio da coordena-ção das respectivas estratégias de orde-namento territorial. 3 - O modelo de organização espacial do território municipal tem por base a classi-ficaçãoeaqualificaçãodosolo.4 - [Anterior n.º 3].

Art. 85º, (n.º 2 novo)2 - Na ausência dos índices, parâmetrose indicadores de natureza supletiva a que alude a alínea j) do número anterior para áreas sujeitas à elaboração de plano de urbanização ou de plano de pormenor, são aplicáveis às operações urbanísticas a re-alizar em zona urbana consolidada, como tal identificadanoplano,os índices,pa-râmetroseindicadoresdereferência,nasseguintes condições:a) Tenha decorrido o prazo de cinco anos sobre a data de entrada em vigor do pla-no director municipal, sem que haja sido aprovado o plano de urbanização ou o pla-no de pormenor;b)Osíndiceseparâmetrosdereferênciaestabelecidos no plano director municipal definamosusoseacérceamáximaaob-servar, bem como os indicadores relativos àdefiniçãodaredeviáriaedoestaciona-mento.

Regulamenta a aplicação de índices em solo urbanizado sujeito a programação.

Concretiza o conteúdo material do PDM no sentido de evitar lacunas na regulamenta-ção do solo urbanizado sujeito a progra-mação.

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Art. 86º, n.º 1 alínea b), n.º 2 alíneas b) e c) e n.º 31 - a) Planta de ordenamento, que re-presenta o modelo de estrutura espacial do território municipal, de acordo com a classificaçãoequalificaçãodossolos,bemcomo com as unidades operativas de pla-neamentoegestãodefinidas;2 - b) Relatório fundamentando as solu-ções adoptadas;c) Programa contendo disposições indica-tivas sobre a execução das intervenções municipais previstas bem como sobre os meiosdefinanciamentodasmesmas.3 - Os demais elementos que acompanham oplanodirectormunicipalsãofixadosporportaria do Ministro das Cidades do Orde-namento do Território e do Ambiente.

Art. 87ºO plano de urbanização define a orga-nização espacial de parte determinada do território municipal, incluída em perímetros urbanos, podendo englobar solo rural complementar que exija uma

Art. 86º, n.º 1 alínea b), n.º 2 alíneas b), c ) e d) e n.º 31 - b) Planta de ordenamento, que repre-senta o modelo de organização espacial do território municipal, de acordo com os sistemasestruturanteseaclassificaçãoequalificaçãodossoloseaindaasunidadesoperativas de planeamento e gestão de-finidas;b) Relatório, que explicita os objectivos estratégicos e as opções de base territo-rial adoptadas para o modelo de organi-zação espacial, bem como a respectiva fundamentação técnica, suportada na avaliação das condições económicas, so-ciais, culturais e ambientais para a sua execução;c) Relatório ambiental, no qual se identi-ficam,descrevemeavaliamoseventuaisefeitos significativos no ambiente resul-tantes da aplicação do plano e as suas al-ternativas razoáveis que tenham em conta os objectivos e o âmbito de aplicação ter-ritorial respectivos;d) Programa de execução, contendo de-signadamente disposições indicativas so-bre a execução das intervenções munici-pais previstas, bem como sobre os meios definanciamentodasmesmas.3 - Os demais elementos que acompanham oplanodirectormunicipalsãofixadosporportaria do membro do Governo responsá-vel pelo ordenamento do território.

Art. 87º, (n.os 1, 2 e 3 novos)1 - O plano de urbanização concretiza, para uma determinada área do território municipal, a política de ordenamento do território e de urbanismo, fornecendo o quadrodereferênciaparaaaplicaçãodas

ClarificaoconteúdodocumentaldoPDMde acordo com as novas disposições intro-duzidas pela presente alteração ao RJIGT.

Redefine o âmbito de aplicação do PU,introduzindo a possibilidade do PU poder incidirsobreosolorural,especificandoassituações em que tal pode ocorrer.

A introdução do relatório ambiental decor-re do cumprimento do DL n.º 232/2007, de 15 de Junho, diploma que transpôs para a ordem jurídica interna as Directivas do Parlamento Europeu e do Conselho n.º 2001/42/CE, de 27 de Junho, e n.º 2003/35/CE, de 26 de Maio.

É dada a possibilidade de estruturar, através de PU, áreas extensas de solo rural destinadas, designadamente, a parques industriais, logísticos e empre-endimentos turísticos cuja execução se prevêfaseadaamédioprazo.

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intervenção integrada de planeamento.

Art. 88º, alíneas a), c), e), f), g), h), i) e j)O plano de urbanização prossegue o equi-líbrio da composição urbanística, nomea-damente estabelecendo:a)Adefiniçãoecaracterizaçãodaáreadeintervenção identificando os valores cul-turais e naturais a proteger; c)Adefiniçãodozonamentoparalocali-zação das diversas funções urbanas, de-signadamente habitacionais, comerciais, turísticas, de serviços e industriais, bem comoidentificaçãodasáreasarecuperar

políticasurbanasedefinindoaestruturaurbana, o regime de uso do solo e os crité-rios de transformação do território. 2 - O plano de urbanização pode abran-ger: a) Qualquer área do território do muni-cípio incluída em perímetro urbano por planodirectormunicipaleficazeaindaosolo rural complementar de um ou mais perímetros urbanos, que se revele neces-sário para estabelecer uma intervenção integrada de planeamento;b) Outras áreas do território municipal que, de acordo com os objectivos e prio-ridades estabelecidas no plano director municipal, possam ser destinadas a usos e funções urbanas, designadamente à localização de instalações ou parques industriais, logísticos ou de serviços ou à localização de empreendimentos turís-ticos e equipamentos e infra-estruturas associadas.3 - Sem prejuízo do disposto na alínea d) do artigo 88.º, o solo rural complementar referido na alínea a) do número anterior nãopodeserobjectodereclassificação.

Art.88º, alíneas a), c), e), f), g), h), i) e j)O plano de urbanização deve adoptar o conteúdo material apropriado às condi-ções da área territorial a que respeita, aos objectivos das políticas urbanas e às transformações previstas nos termos de referênciaenadeliberaçãomunicipalquedeterminou a sua elaboração, dispondo nomeadamente sobre:a) A definição e caracterizaçãoda áreade intervenção, identificando os valoresculturais e naturais a proteger;

Reajusta o conteúdo material do PU às no-vas disposições introduzidas pela presente alteração ao RJIGT.

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ou a reconverter;e) Os indicadores e os parâmetros urba-nísticos aplicáveis a cada uma das catego-rias e subcategorias de espaços; f) A estruturação das acções de perequa-ção compensatória a desenvolver na área de intervemção;g) As subunidades operativas de planea-mento e gestão.

Art. 89, n.º 1 alínea b) e n.os 2 e 31 - b) Planta de zonamento, que represen-ta a organização urbana adoptada;2 - a) Relatório fundamentando as solu-ções adoptadas;b) Programa contendo disposições indica-tivas sobre a execução das intervenções municipais previstas, bem como sobre os meiosdefinanciamentodasmesmas.

b) ….c)Adefiniçãodozonamentoparalocali-zação das diversas funções urbanas, de-signadamente habitacionais, comerciais, turísticas, de serviços e industriais, bem comoaidentificaçãodasáreasarecupe-rar ou reconverter; d) …..e) O traçado e o dimensionamento das redes de infra-estruturas gerais que estru-turamoterritório,fixandoosrespectivosespaçoscanal;f) Os critérios de localização e de inser-ção urbanística e o dimensionamento dos equipamentos de utilização colectiva;g) As condições de aplicação dos instru-mentos da política de solos e de política urbana previstos na lei, em particular os que respeitam à reabilitação urbana e à reconversão urbanística de áreas urbanas degradadas;h) Os indicadores e os parâmetros urba-nísticos aplicáveis a cada uma das catego-rias e subcategorias de espaços; i) A delimitação e os objectivos das uni-dades ou subunidades operativas de pla-neamento e gestão e a estruturação das acções de perequação compensatória;j)Aidentificaçãodossistemasdeexecu-ção do plano.

Art. 89, n.º 1 alínea b) e n.os 2 e 31 – b) Planta de zonamento, que represen-ta a estrutura territorial e o regime de uso do solo da área a que respeita;2 – a) Relatório, que explicita os objectivos estratégicos do plano e a respectiva funda-mentação técnica, suportada na avaliação das condições económicas, sociais, cultu-rais e ambientais para a sua execução;

ClarificaoconteúdodocumentaldoPUdeacordo com as novas disposições introdu-zidas pela presente alteração ao RJIGT.

A introdução do relatório ambiental decor-re do cumprimento do DL n.º 232/2007, de 15 de Junho, diploma que transpôs para a ordem jurídica interna as Directivas do Parlamento Europeu e do Conselho n.º 2001/42/CE, de 27 de Junho, e n.º 2003/35/CE, de 26 de Maio.

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3 - Os demais elementos que acompanham o plano de urbanização são fixados porportaria do Ministro das Cidades, Ordena-mento do Território e Ambiente.

Art. 90º, n.os 1 1 - O plano de pormenor desenvolve e concretiza propostas de organização es-pacial de qualquer área específica doterritóriomunicipal,definindocomdeta-lhe a concepção da forma de ocupação e servindo de base aos projectos de execu-ção das infraestru-turas, da arquitectura dos edifícios e dos espaços exteriores, de acordo com as prioridades estabelecidas nos programas de execução constantes do plano director municipal e do plano de ur-banização.

Art. 91º, n.os 1 b), g), h) e n.º 2 1 - Sem prejuízo da necessária adaptação àespecificidadedamodalidadeadoptada,o plano de pormenor estabelece, nomea-

b) Relatório ambiental, no qual se identi-ficam,descrevemeavaliamoseventuaisefeitos significativos no ambiente resul-tantes da aplicação do plano e as suas al-ternativas razoáveis que tenham em conta os objectivos e o âmbito de aplicação ter-ritorial respectivos;c) Programa de execução, contendo de-signadamente disposições indicativas so-bre a execução das intervenções munici-pais previstas, bem como sobre os meios definanciamentodasmesmas.3 - Os demais elementos que acompanham o plano de urbanização são fixados porportaria do membro do Governo responsá-vel pelo ordenamento do território.

Art. 90º, n.os 1 e (3 novo)1 - O plano de pormenor desenvolve e concretiza propostas de ocupação de qualquer área do território municipal, es-tabelecendo regras sobre a implantação das infra-estruturas e o desenho dos es-paços de utilização colectiva, a forma de edificaçãoeadisciplinadasuaintegraçãona paisagem, a localização e inserção ur-banística dos equipamentos de uti-lização colectiva e a organização espacial das de-mais actividades de interesse geral.3 - O plano de pormenor abrange áreas contínuas do território municipal, corres-pondentes, designadamente, a uma uni-dade ou subunidade operativa de planea-mento e gestão ou a parte delas.

Art. 91º, n.os 1 b), g), h) e (n.º 1 i), j), l) novos)1 - O plano de pormenor deve adoptar o conteúdo material apropriado às con-

Clarifica o objecto do PP e o respectivoâmbito de aplicação a áreas contínuas do território.

Reajusta o conteúdo material do PP e re-vogaasmodalidadessimplificadas.

Vem clarificar algumas dúvidas sobre aaplicação de PP a espaços que devem ser contínuos.

Considerandoquesetinhaverificadoalgu-ma confusão sobre o âmbito de aplicação dasmodalidadessimplificadasdePPedosrespectivos conteúdos materiais, foram

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damente:b) A situação fundiária da área de inter-venção, procedendo, quando necessário, à sua transformação;g) A estruturação das acções de perequa-ção compensatória a desenvolver na área de intervenção;h)Aidentificaçãodosistemadeexecuçãoa utilizar na área de intervenção.2 - O plano de pormenor pode ainda, por deliberação da câmara municipal, adop-tar uma das seguintes modalidades simpli-ficadas:a) Projecto de intervenção em espaço rural;b)Planodeedificaçãoemáreadotadaderede viária, caracterizando os volumes a edificar,comdefiniçãodos indicadoreseparâmetros urbanísticos a utilizar;c) Plano de conservação, reconstrução e reabilitação urbana, designadamente de zonas históricas ou de áreas críticas de re-cuperação e reconversão urbanística;d)Planodealinhamentoecércea,defi-nindo a implantação da fachada face à via pública;e)Projectourbano,definindoaformaeo conteúdo arquitectónico a adoptar em área urbana delimitada, estabelecendo a relação com o espaço envolvente.

dições da área territorial a que respeita e aos objectivos previstos nos termos de referênciaenadeliberaçãomunicipalquedeterminou a sua elaboração, estabele-cendo nomeadamente:b) As operações de transformação fundi-árianecessáriaseadefiniçãodas regrasrelativas às obras de urbanização;g) As regras para a ocupação e gestão dos espaços públicos;h) A implantação das redes de infra-es-truturas, com delimitação objectiva das áreas a elas afectas;i) Os critérios de inserção urbanística e o dimensionamento dos equipamentos de utilização colectiva e a respectiva loca-lização no caso dos equipamentos públi-cos;j)Aidentificaçãodossistemasdeexecu-ção do plano e a programação dos inves-timentos públicos associados, bem como a sua articulação com os investimentos privados;l) A estruturação das acções de perequa-ção compensatória.2 - Revogado

Art. 91º - A (Aditado)Modalidadesespecíficas1 - O plano de pormenor pode adoptar modalidades específicas com conteúdomaterial adaptado a finalidades particu-lares de intervenção previstas nos termos de referênciadoplanoenadeliberaçãomunicipal que determinou a respectiva elaboração.

Estabelece 3modalidades específicas dePP e os respectivos âmbitos de aplicação e conteúdos materiais.

revogadas estas modalidades.

Foram estabelecidas 3 modalidades es-pecíficas de PP com conteúdo materialadaptado a finalidades particulares deintervenção:• Oplanode intervençãoemespaçoru-ral;• O plano de pormenor de reabilitaçãourbana;• Oplanodepormenordesalvaguarda.

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2-Sãomodalidadesespecíficasdeplanode pormenor:a) O plano de intervenção no espaço ru-ral;b) O plano de pormenor de reabilitação urbana;c) O plano de pormenor de salvaguarda.3 - O plano de intervenção no espaço rural abrange solo rural e estabelece as regras relativas a:a)Substituiçãodareferênciaaoministrodas cidades, do Ordenamento do Território e do Ambiente, pelo Membro do Governo responsável pelo Ordenamento do Territó-rioerequalificaçãodapaisagem.4 - O plano de intervenção no espaço ru-ral não pode promover a reclassificaçãodo solo rural em urbano, com excepção justificadadasáreasexpressamentedes-tinadasàedificaçãoeusosurbanoscom-plementares.5 - O plano de pormenor de reabilitação urbana abrange solo urbano correspon-dente à totalidade ou a parte de:a) Um centro histórico delimitado em pla-no director municipal ou plano de urbani-zaçãoeficaz;b) Uma área crítica de recuperação e re-conversão urbanística;c) Uma área de reabilitação urbana cons-tituída nos termos da lei.6 - O plano de pormenor de reabilitação urbana pode delimitar áreas a sujeitar à aplicaçãoderegimesespecíficosdereabi-litação urbana previstos na lei.7 - O conteúdo do plano de pormenor de salvaguardaédefinidonostermosprevis-tos na Lei n.º 107/2001, de 8 de Setem-bro.

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Art. 92º, n.º 1 b), n.º 2 a), b) e c) e n.os 3 e 41 - b) Planta de implantação;2 - a) Relatório fundamentando as solu-ções adoptadas;b) Peças escritas e desenhadas que su-portem as operações de transformação fundiária previstas, nomeadamente para efeitos de registo predial;c) Programa de execução das acções pre-vistaserespectivoplanodefinanciamen-to.3 - Os demais elementos que acompa-nhamoplanodepormenorsãofixadosporportaria do Ministro das Cidades, Ordena-mento do Território e Ambiente.4 - Os elementos que acompanham a mo-dalidade de projecto de intervenção em espaçoruralsãofixadosporportariacon-junta dos Ministros das Cidades, Ordena-mento do Território e Ambiente e da Agri-cultura, Desenvolvimento Rural e Pescas.

Art. 92º, n.º 1 b), n.º 2 a), b), c) e d) e n.os 3 e 41 – b) Planta de implantação, que repre-senta o regime de uso, ocupação e trans-formação da área de intervenção; 2 – a) Relatório, contendo a fundamenta-ção técnica das soluções propostas no pla-no,suportadanaidentificaçãoecaracte-rização objectiva dos recursos territoriais da sua área de intervenção e na avaliação das condições económicas, sociais, cultu-rais e ambientais para a sua execução;b) Relatório ambiental, sempre que seja necessário proceder à avaliação ambien-tal nos termos dos n.os 5 e 6 do artigo 74.º,noqualseidentificam,descrevemeavaliamoseventuaisefeitossignificativosno ambiente resultantes da aplicação do plano e as suas alternativas razoáveis que tenham em conta os objectivos e o âmbito de aplicação territorial respectivos;c) Peças escritas e desenhadas que su-portem as operações de transformação fundiária previstas, nomeadamente para efeitos de registo predial;d) [Anterior alínea c)].3 - Para efeitos de registo predial, as pe-ças escritas e desenhadas previstas na alí-nea c) do número anterior consistem em:a) Planta do cadastro original;b) Quadro coma identificaçãodos pré-dios, natureza, descrição predial inscrição matricial, áreas e confrontações;c) Planta da operação de transformação fundiária com a identificação dos novosprédios;d)Quadrocomaidentificaçãodosnovosprédiosoufichasindividuais,comaindi-cação da respectiva área, área destinada à implantação dos edifícios e das constru-ções anexas, área de construção, volu-

Reajusta o conteúdo documental do PP às exigênciasdapresentealteraçãoaoRJIGT,designadamente indicando as peças escri-tas e desenhadas necessárias para efeitos de registo predial.

A introdução do relatório ambiental decor-re do cumprimento do DL n.º 232/2007, de 15 de Junho, diploma que transpôs para a ordem jurídica interna as Directivas do Parlamento Europeu e do Conselho n.º 2001/42/CE, de 27 de Junho, e n.º 2003/35/CE, de 26 de Maio.Foi ainda intenção deste artigo indicar as peças escritas e desenhadas do PP neces-sárias para efeitos registais.

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metria, cércea e número de pisos acima e abaixo da cota de soleira para cada um dos edifícios, número de fogos e utiliza-ção dos edifícios e dos fogos;e)Plantacomasáreasdecedênciaparao domínio municipal;f) Quadro com a descrição das parcelas a ceder,suafinalidadeeáreadeimplanta-ção e de construção dos equipamentos de utilização colectiva;g) Quadro de transformação fundiária ex-plicitando o relacionamento entre os pré-dios originários e os prédios resultantes da operação de transformação fundiária.4 - Os demais elementos que acompanham oplanodepormenorsãofixadosporpor-taria do membro do Governo responsável pelo ordenamento do território.

Art. 92º - A (Aditado)Efeitos registais 1 - A certidão do plano de pormenor que contenha as menções constantes das alí-neas a) a d), h) e i) do n.º 1 do artigo 91.º, constitui título bastante para a individu-alização no registo predial dos prédios resultantes das operações de loteamento, estruturação da compropriedade ou re-parcelamento previstas no plano.2 - O registo previsto no número anterior in-cide apenas sobre as descrições prediais de que o requerente seja titular inscrito.3 - Nas situações de estruturação da com-propriedade ou de reparcelamento, o re-gisto referido no n.º 1 depende da apre-sentação, respectivamente, do acordo de estruturação da compropriedade ou de um dos contratos previstos no n.º 8 do artigo 131.º4 - O acordo e os contratos referidos no

É aditado um novo artigo que atribui ao PP efeitos registais, em determinadas cir-cunstâncias.

Asexigênciasdesimplificaçãoadministra-tivajustificamaintroduçãodapossibilida-de dos planos de pormenor, com conteúdo suficientemente denso que permita ope-rações de transformação fundiária ime-diatas, sejam relevantes para efeitos de registo predial e inscrição predial dos no-vos prédios constituídos.

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numero anterior são oponíveis ao proprie-tário ou ao comproprietário que tenha inscrito o seu direito após a data da res-pectiva celebração.5 - É dispensada a menção do sujeito pas-sivo nas aquisições por estruturação da compropriedade ou por reparcelamento. 6 - As parcelas de terreno cedidas ao mu-nicípio integramse no domínio municipal no acto de individualização no registo pre-dial dos lotes respectivos.7 - Nas situações previstas no presente ar-tigo não é aplicável o disposto no n.º 1 do artigo 49.º do regime jurídico da urbaniza-çãoedaedificação.

Art. 92º - B (Aditado)Taxas e obras de urbanização1 - Sempre que outra solução não resulte do plano de pormenor, a emissão da cer-tidão referida no n.º 1 do artigo anterior depende do prévio pagamento:a) Da taxa prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo 6.º da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de Dezembro, apenas nos casos em que o plano de pormenor não preveja a realização de obras de urbanização;b) Das compensações em numerário de-vidas nos termos do n.º 4 do artigo 44.º do regime jurídico da urbanização e da edificação.2 - A certidão do plano de pormenor identificaaformaeomontantedacau-ção de boa execução das obras de urba-nização referentes aos lotes a individua-lizar nos termos do artigo anterior.3 - Na falta de indicação e fixação decaução nos termos do número anterior, a caução é prestada por primeira hipoteca legal sobre os lotes a individualizar, cal-

Prevêopagamentopréviodetaxas,com-pensações e de caução de execução das obras de urbanização, para efeitos de re-gisto predial.

Considerando que o PP é equiparado às operações de loteamento no que concer-neaosefeitosregistais,esteartigoprevêum regime similar no que respeita ao pa-gamento prévio de taxas, compensações e de caução, para a obtenção de certidão habilitante ao registo predial.

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Art. 93º, n.os 1,2 e 31- Os instrumentos de gestão territorial podem ser objecto de alteração, de revi-são e de suspensão.2 - A alteração dos instrumentos de gestão territorial pode decorrer:a) Da evolução das perspectivas de desen-volvimentos económico e social que lhes estão subjacentes e que os fundamentam, desde que não ponham em causa os seus objectivos globais;b)Daratificaçãodeplanosmunicipaisouda aprovação de planos especiais de orde-namento do território que com eles não se compatibilizem;3 - A revisão dos planos municipais e es-peciais de ordenamento do território de-corre da necessidade de actualização das disposições vinculativas dos particulares contidas nos regulamentos e nas plantas que os representem.

culada de acordo com a respectiva com-participação nos custos de urbanização.4 - Cada prédio responde apenas pela parte do montante da garantia que lhe cabe nos termos da parte final do nú-mero anterior, sendo lícito ao seu titu-lar requerer a substituição da hipoteca legal por outro meio de caução admis-sível, valendo a deliberação camarária de aceitação, como título bastante para cancelamento da inscrição da hipoteca legal.

Art. 93º, n.os 1, 2 e 31 - Os instru os mentos de gestão territo-rial podem ser objecto de alteração, de rectificação,derevisãoedesuspensão.2 -a) Da evolução das condições econó-micas, sociais, culturais e ambientais que lhes estão subjacentes e que fun-damentamasopçõesdefinidasnoplano,desde que revista carácter parcial, de-signadamente se restrinja a uma parte delimitada da respectiva área de inter-venção; b) Da ratificação ou da aprovação deplanos municipais ou da aprovação de planos especiais de ordenamento do ter-ritório que com eles não se compatibili-zem ou conformem;3 - A revisão dos instrumentos de gestão territorial implica a reconsideração e reapreciação global, com carácter estru-tural ou essencial, das opções estratégi-cas do plano, dos princípios e objectivos domodeloterritorialdefinidooudosre-gimes de salvaguarda e valorização dos recursos e valores territoriais.

Introduz a distinção entre as situações de alteração e de revisão.

Verpontos101,102e103daSíntesedes-critivaejustificativadasalteraçõesmaisrelevantes.

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Art. 95º, n.º 2 a), b), c)2 -a) As alterações previstas no artigo 97.º;b) A possibilidade de alteração resultan-te de circunstâncias excepcionais, desig-nadamente em situações de calamidade pública ou de alteração substancial das condições económicas, sociais, culturais e ambientais que fundamentaram as opções definidasnoplano;c) As alterações resultantes de situações de interesse público não previstas nas op-ções do plano, reconhecidas por despacho do Ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente e do ministro com-petente em razão da matéria, designa-damente decorrentes da necessidade de instalação de infra-estruturas de produ-ção e transporte de energias renováveis, de infra-estruturas rodoviárias, de redes de saneamento básico e de abastecimento de água, do Programa Especial de Realoja-mento, da reconversão das áreas urbanas de génese ilegal e em matéria de Reserva Ecológica Nacional e de Reserva Agrícola Nacional.

Art. 96º, n.os 1, 2 e 31 - As alterações aos instrumentos de ges-tão territorial seguem, com as devidas adaptações, os procedimentos previstos no presente diploma para a sua elabora-ção,aprovação,ratificaçãoepublicação,com excepção das alterações previstas nas alíneas b) e c) do n.º 2 do artigo anterior, cujo acompanhamento é sempre assegu-rado nos termos do disposto nos n.os 7 a 10

Art. 95º, n.º 2 a), b), c) e (n.º 2 d) e) novos)2 - a) As alterações por adaptação previs-tasnoartigo97.ºeasrectificaçõesprevis-tas no artigo 97.º-A;b)Asalteraçõessimplificadasprevistasnoartigo 97.º - B;c) [Anterior alínea b)];d) As alterações resultantes de situações de interesse público não previstas nas op-ções do plano reconhecidas por despacho do membro do Governo responsável pelo ordenamento do território e do ministro competente em razão da matéria, desig-nadamente decorrentes da necessidade de instalação de infra-estruturas de produ-ção e transporte de energias renováveis, de infra-estruturas rodoviárias, de redes de saneamento básico e de abastecimento de água, de acções de realojamento, da reconversão de áreas urbanas de génese ilegal e as relativas à reserva ecológica e reserva agrícola nacionais, bem como da classificação de monumentos, conjuntose sítios;e) As alterações aos planos de ordena-mento de áreas protegidas decorrentes de alterações dos limites da área protegida respectiva.

Art. 96º, n.os 1, 2, 3, (4, 5, 6, 7 e 8 no-vos)1 - As alterações aos instrumentos de ges-tão territorial seguem, com as devidas adaptações, os procedimentos previstos no presente diploma para a sua elabora-ção,aprovação,ratificaçãoepublicação,com excepção do disposto nos números e artigos seguintes.2 - São objecto de acompanhamento

Ajustamento do antigo texto às alterações previstas nos artigos 97º, 97º - A e 97º - B.

O acompanhamento das alterações aos PDM e PEOT previstas nas alíneas b) a d) do n.º 2 do art. 95º passa a ser faculta-tivo.É introduzida, no procedimento da altera-ção, a questão da avaliação ambiental.

Pretende-seflexibilizareagilizarospro-cedimentos de alteração dos IGT vincula-tivos dos particulares (PEOT e PMOT) em função das dinâmicas de desenvolvimento económico, social e ambiental, e, assim, obviaraorecursosistemáticoàfiguradasuspensão desses planos.

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do artigo 75.º do presente diploma.2 - A revisão dos planos municipais e dos planos especiais de ordenamento do território segue, com as devidas adapta-ções, os procedimentos estabelecidos no presente diploma para a sua elaboração, aprovação,ratificaçãoepublicação.3 - A suspensão dos instrumentos de ges-tão territorial é sempre instruída com a colaboração da comissão de coordenação e desenvolvimento regional.

nos termos do disposto no artigo 75.º-C do presente Decreto-Lei com as devidas adaptações, as alterações aos planos es-peciais de ordenamento do território pre-vistas nas alíneas b) a d) do n.º 2 do artigo anterior, bem como as alterações ao plano director municipal.3 - As pequenas alterações aos instrumen-tos de gestão territorial só são objecto de avaliação ambiental no caso de se deter-minar que são susceptíveis de ter efeitos significativosnoambiente.4-Aqualificaçãodasalteraçõesparaefei-tos do número anterior compete à entida-de responsável pela elaboração do plano de acordo com os critérios estabelecidos no anexo ao Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, podendo ser precedida de consulta às entidades às quais, em virtu-de das suas responsabilidades ambientais específicas, possam interessar os efeitosambientais resultantes da aplicação do plano.5 - Sempre que seja solicitado parecer nos termos do número anterior, esse parecer deve,noscasosemquesejustifique,con-ter também a pronúncia sobre o âmbito da avaliação ambiental e sobre o alcance da informação a incluir no relatório am-biental.6 - Os pareceres solicitados ao abrigo dos numeros anteriores são emitidos no prazo de 15 dias e podem não ser considerados, caso sejam emitidos após o decurso desse prazo.7 - A revisão dos instrumentos de gestão territorial segue, com as devidas adapta-ções, os procedimentos estabelecidos no presente diploma para a sua elaboração, aprovação,ratificaçãoepublicação.8 - [Anterior n.º 3].

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Art. 97º, n.os 1, 2 3 e 4Alteraçõessujeitasaregimesimplificado1 - Estão sujeitas a um regime procedi-mentalsimplificado:a) As alterações aos instrumentos de ges-tão territorial que decorram da entrada em vigor de leis ou regulamentos, desig-nadamente planos municipais de ordena-mento do território e planos especiais de ordenamento do território; b) As alterações aos instrumentos de ges-tão territorial decorrentes da entrada em vigor de planos sectoriais;c) As alterações aos instrumentos de ges-tão territorial determinadas pela revoga-ção referida no n.º 6 do artigo 23.º;d) As alterações aos planos municipais de ordenamento do território decorrentes da incompatibilidade com a estrutura re-gional do sistema urbano, das redes, das infra-estruturas e dos equipamentos de interesse regional definida em plano re-gional de ordenamento do território pos-teriormente aprovado;e) As alterações de natureza técnica que traduzam meros ajustamentos do plano.2 - As alterações referidas na alínea e) do número anterior consistem, designada-mente, ema) Correcções de erros materiais nas dis-posições regulamentares ou na represen-taçãocartográfica;b) Acertos de cartografia determinadospor incorrecções de cadastro, de trans-posiçãodeescalas,dedefiniçãode limi-tesfísicos identificáveisnoterreno,bemcomo por discrepâncias entre plantas de condicionantes e plantas de ordenamen-to;c) Correcções de regulamentos ou de plantas determinadas por incongruência

Art. 97º, 1, 2 e 3Alteração por adaptação1 - A alteração por adaptação dos instru-mentos de gestão territorial decorre:a) Da entrada em vigor de leis ou regu-lamentos, designadamente planos secto-riais, planos especiais e planos municipais de ordenamento do território;b) [Revogada];c) Da incompatibilidade com a estrutu-ra regional do sistema urbano, das redes, das infra-estruturas e dos equipamentos de interesse regional e com a delimitação da estrutura regional de protecção e valo-rizaçãoambientaldefinidasemplanore-gional de ordenamento do território pos-teriormente aprovado, no caso dos planos municipais de ordenamento do território;d) Da variação total máxima de 3% da área de construção inicialmente prevista em planos de urbanização e de pormenor;e) [Revogada].2 - As adaptações referidas no número an-terior devem estar concluídas, no prazo de 90 dias, pela entidade responsável pela elaboração do plano, através da reformu-lação dos elementos na parte afectada, aplicando-se o disposto nos artigos 148.º a 151.º do presente diploma. 3 - Para além do disposto no número ante-rior, às adaptações aos planos municipais de ordenamento do território referidas no n.º 1 aplica-se o disposto no n.º 1 do ar-tigo 79.º4 - [Revogado].

Substituição das alterações de regime simplificado previstas no n.º 1 do artigo97º para alterações por adaptação.

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entre os mesmos;d) Alterações até 3% da área de constru-ção em planos de urbanização e planos de pormenor.3 - As alterações referidas no n.º 1 devem ser elaboradas pela entidade responsável pela elaboração do plano, no prazo de 90 dias, através da reformulação dos ele-mentos na parte afectada.4 - Às alterações aos planos municipais de ordenamento do território referidas no n.º 1 aplica-se o disposto no n.º 1 do artigo 79.º, após o que são comunicadas à comis-são de coordenação e desenvolvimento regional, encontrando-se ainda sujeitas ao previsto nos artigos 148.º a 151.º do presente diploma.

Art. 97º - A (Aditado)Rectificação1 -As rectificações dos instrumentos degestão territorial são admissíveis para efeitos de:a) Correcções de erros materiais prove-nientesdedivergênciasentreoselemen-tos aprovados e os elementos publicados;b) Correcções de erros materiais ou de calculo, patentes e manifestos, nas dispo-sições regulamentares ou na representa-çãocartográfica;c) Acertos de cartografia determinadospor incorrecções de cadastro, de transpo-siçãodeescalas,dedefiniçãodelimitesfí-sicosidentificáveisnoterreno,bemcomopor discrepâncias entre plantas de condi-cionantes e plantas de ordenamento;d) Correcções de regulamentos ou de plantas determinadas por incongruênciaentre os mesmos.2 - Ao procedimento de elaboração, apro-

Opresenteartigorefere-seàrectificação,explicitando o respectivo procedimento.

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vação e publicação das declarações de rectificaçãoaplica-seodispostonosn.os 2 e 3 do artigo anterior.

Art. 97º - B (Aditado)Alteraçãosimplificada1 - Estão sujeitas a um regime procedimen-tal simplificado as alterações de planosmunicipais de ordenamento do território que resultem da necessidade de integrar a lacuna originada pela cessação de res-trições e servidões de utilidade pública ou pela desafectação de bens imóveis do domínio público ou dos fins de utilidadepública a que se encontravam adstritos, designadamente os do domínio privado in-disponível do Estado, quando:a) A área se insira em perímetro urbano;b) A área seja igual ou inferior à da maior parcela existente na área envolvente e que constituíam uma unidade harmoniosa que garanta a integração do ponto de vis-ta urbanístico e a qualidade do ambiente urbano.2 - A integração a que se refere o número anterior procede-se por analogia, através da aplicação das normas do plano aplicá-veisàsparcelasconfinantes.3 - A deliberação da câmara municipal que determina a alteração simplificada nostermos do presente artigo deve conter a proposta integradora que resulta da apli-cação das normas aplicáveis às parcelas confinantes.4 - Decidida a alteração, a câmara muni-cipal procede à publicitação e divulgação da proposta, estabelecendo um prazo, que não deve ser inferior a 10 dias, para a apresentação de reclamações, observa-ções ou sugestões.

O presente artigo consagra um novo tipo dealteraçãosimplificada.

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Art. 99º, n.os 1 e 21 - A suspensão, total e parcial, de ins-trumentos de desenvolvimento territorial e de instrumentos de política sectorial é determinada por Resolução do Conselho de Ministros quando se verifiquem cir-cunstâncias excepcionais resultantes de alteraçãosignificativadasperspectivasdedesenvolvimento económico-social incom-patíveis com a concretização das opções estabelecidas no plano, ouvidas as câma-ras municipais das autarquias abrangidas e a comissão de coordenação e desenvol-vimento regional.2 - A Resolução do Conselho de Ministros referida no número anterior deve conter afundamentação,oprazoeaincidênciaterritorial da suspensão, bem como indi-car expressamente as disposições suspen-sas.

Art. 100º, n.os 2 a) e 32 - a) Por decreto regulamentar, em ca-sos excepcionais de reconhecido interesse nacional ou regional, ouvidas as câmaras

5 - Findo o prazo previsto no número an-terior e ponderadas as participações, a câmara municipal reformula os elementos do plano na parte afectada.6 - As alterações aos planos municipais de ordenamento do território referidas neste artigo estão sujeitas ao disposto nos ar-tigos 78.º e 79.º, aplicando-se o disposto nos artigos 148.º a 151.º

Art. 99º, n.os 1, 2 e (3 novo)1 - A suspensão, total e parcial, de ins-trumentos de desenvolvimento territorial e de instrumentos de política sectorial ocorre quando se verifiquem circunstân-cias excepcionais resultantes de alteração significativadasperspectivasdedesenvol-vimento económico-social incompatíveis com a concretização das opções estabele-cidas no plano, ouvidas as câmaras muni-cipais das autarquias abrangidas, a comis-são de coordenação e desenvolvimento regional e a entidade pública responsável pela elaboração do plano sectorial.2 - A suspensão dos instrumentos de de-senvolvimento territorial e de instrumen-tos de política sectorial é determinada pelo mesmo tipo de acto que os haja aprovado.3 - O acto que determina a suspensão deve conter a fundamentação, o prazo e aincidênciaterritorialdasuspensão,bemcomo indicar expressamente as disposi-ções suspensas.

Art. 100º, n.os 2 a), 3 e (5 novo)2 - a) Por Resolução do Conselho de Minis-tros, em casos excepcionais de reconhe-cido interesse nacional ou regional, ouvi-

Clarificaçãoderedacção.

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municipais das autarquias abrangidas;3 - A Resolução do Conselho de Ministros, o decreto regulamentar e a deliberação referidos nos números anteriores devem conter a fundamentação, o prazo e a in-cidência territorial da suspensão, bemcomo indicar expressamente as disposi-ções suspensas.

Art. 101º, n.º 11 - A compatibilidade entre os diversos instrumentos de gestão territorial é con-dição da respectiva validade.

Art. 102º, n.º 1São nulos os planos elaborados e aprova-dos em violação de qualquer instrumento de gestão territorial com o qual devessem ser compatíveis.

Art. 104º, nº 6 e n.º 8 a)6 - A sanção prevista no n.º 1 é comuni-cada ao Instituto dos Mercados de Obras Públicas e Particulares e do Imobiliário.8 - a) O presidente da câmara municipal ou o presidente da comissão de coordena-ção e desenvolvimento da área, no caso de violação de plano municipal de orde-namento do território;

das as câmaras municipais das autarquias abrangidas;3 - As resoluções do Conselho de Ministros e a deliberação referidas nos números an-teriores devem conter a fundamentação, oprazoea incidênciaterritorialdasus-pensão, bem como indicar expressamente as disposições suspensas.5-AratificaçãopeloGovernodadelibe-ração da assembleia municipal prevista na alínea b) do n.º 2 incide exclusivamente sobre a suspensão do plano municipal de ordenamento do território e destina-se a assegurar o cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis.

Art. 101º, n.º 11 - A compatibilidade ou conformidade entre os diversos instrumentos de gestão territorial é condição da respectiva vali-dade.

Art. 102º, n.º 1São nulos os planos elaborados e aprova-dos em violação de qualquer instrumento de gestão territorial com o qual devessem ser compatíveis ou conformes.

Art. 104º, nº 6 e n.º 8 a)6 - A sanção prevista no n.º 1 é comunica-da ao Instituto da Construção e do Imobi-liário, I. P. 8 – a) O presidente da câmara municipal ou o presidente da comissão de coordena-ção e desenvolvimento regional da área, no caso de violação de plano municipal de ordenamento do território;

Introdução do critério de conformidade enquanto condição de validade do plano.

Introdução do critério de conformidade enquanto condição de validade do plano.

Actualizaçãoeclarificaçãodaredacção.

Vertexto….síntesejustificativa

Vertexto…síntesejustificativa

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Art. 105º, n.os 1 b), 2 e 41 - b) Pelo Ministro das Cidades, Ordena-mento do Território e Ambiente, quando violem plano especial de ordenamento do território;c) Pelo Ministro das Cidades, Ordenamen-to do Território e Ambiente, quando este-ja em causa a prossecução de objectivos de interesse nacional ou regional.2 - Quando se verifique a realização detrabalhos ou obras, não precedidos do licenciamento legalmente devido, que violem plano municipal ou plano especial de ordenamento do território, o Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente deve participar o facto ao presi-dente da câmara municipal para os efeitos previstos no número anterior. 4 - As ordens de embargo e de demolição são objecto de registo na conservatória de registo predial competente mediante comunicação do presidente da câmara municipal, da comissão de coordenação e desenvolvimento regional ou do órgão competente do Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, procedendo-se oficiosamente aos neces-sários averbamentos.

Art. 107º, n.º 33 - O estabelecimento de medidas preven-tivas por motivo de revisão e alteração de umplanodeterminaasuspensãodaeficá-cia deste, na área abrangida por aquelas medidas.

Art. 105º, n.os 1 b), 2 e 41 – b) Pelo membro do Governo responsá-vel pelo ordenamento do território, quan-do violem plano especial de ordenamento do território ou quando esteja em causa a prossecução de objectivos de interesse nacional ou regional.c) Revogado2 - Quando se verifique a realização detrabalhos ou obras, não precedidos do licenciamento ou comunicação prévia le-galmente devidos, que violem plano mu-nicipal ou plano especial de ordenamento do território, o membro do Governo res-ponsável pelo ordenamento do território deve participar o facto ao presidente da câmara municipal para os efeitos previs-tos no número anterior.4 - As ordens de embargo e de demolição são objecto de registo na conservatória de registo predial competente mediante comunicação do presidente da câmara municipal, da comissão de coordenação e desenvolvimento regional ou do órgão competente dependente do membro do Governo responsável pelo ordenamento doterritório,procedendo-seoficiosamen-te aos necessários averbamentos.

Art. 107º, n.º 33 - O estabelecimento de medidas pre-ventivas por motivo de revisão ou altera-ção de um plano determina a suspensão da eficácia deste na área abrangida poraquelas medidas e, ainda, sob proposta da câmara municipal à assembleia municipal, a suspensão dos demais planos municipais de ordenamento do território em vigor na mesma área, nos casos em que assim se justifique.

SubstituiçãodareferênciaaoministrodasCidades, do Ordenamento do Território e do Ambiente, pelo Membro do Governo responsável pelo Ordenamento do Terri-tório.

Prevêapossibilidadedesuspensão,emsi-multâneo, de todos os PMOT em vigor na área a abranger por medidas preventivas.

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Art. 109º, 2 e 32 - O estabelecimento de medidas preven-tivas nos casos previstos no n.º 8 do artigo 107.º é aprovado por Resolução do Conse-lho de Ministros.3 - As medidas preventivas estão sujeitas a ratificaçãoquandoaelaestiveremsujei-tos os planos a que respeitam.

Art. 113º, n.º 66 - A sanção prevista no n.º 1 é comuni-cada ao Instituto dos Mercados de Obras Públicas e Particulares e do Imobiliário.

Art. 114º, n.º 22 - A competência para ordenar o em-bargo, a demolição, a reposição da con-figuração do terreno ou a recuperaçãodo coberto vegetal referidos no número anterior pertence ao presidente da câ-mara municipal ou, quando se trate de medidas preventivas estabelecidas pelo Governo, ao presidente da comissão de coordenação e desenvolvimento regional ou ao órgão competente do Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Am-biente.

Art. 115ºSão nulos os actos administrativos que

Art. 109º, 2, 3 e (5 novo)2 - O estabelecimento de medidas preven-tivas nos casos previstos no n.º 9 do artigo 107.º é aprovado por Resolução do Conse-lho de Ministros.3-Apenasestãosujeitasaratificação,nostermos do n.º 2 do artigo 80.º, as medidas preventivas relativas ao plano director municipal que consistam na limitação ou na sujeição a parecer vinculativo das ac-ções previstas no n.º 4 do artigo 107.º 5 - A deliberação municipal referida no n.º 1, bem como a de prorrogação das medi-das preventivas está sujeita a publicação nos termos da alínea e) do n.º 4 do artigo 148.º

Art. 113º, n.º 66 - A sanção prevista no n.º 1 é comunica-da ao Instituto da Construção e do Imobi-liário, I. P.

Art. 114º, n.º 22-Acompetênciaparaordenaroembar-go, a demolição, a reposição da confi-guração do terreno ou a recuperação do coberto vegetal referidos no número an-terior pertence ao presidente da câmara municipal ou, quando se trate de medidas preventivas estabelecidas pelo Governo, ao presidente da comissão de coordena-ção e desenvolvimento regional ou ao ór-gão competente dependente do membro do Governo responsável pelo ordenamen-to do território.

Art. 115ºSão nulos os actos administrativos que

Rectificaçãodotexto.Érestringidooâmbitodaratificaçãodasmedidas preventivas aos PDM objecto de ratificação e que consistam apenas nalimitação ou sujeição a parecer vincula-tivo.A prorrogação das medidas preventivas deixadeserratificada.

Actualização do texto.

SubstituiçãodareferênciaaoministrodasCidades, do Ordenamento do Território e do Ambiente, pelo Membro do Governo responsável pelo Ordenamento do Terri-tório.

Clarificaçãodaredacção.84

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decidam pedidos de licenciamento com inobservância das proibições ou limita-ções consequentes do estabelecimento de medidas preventivas ou que violem os pa-receres vinculativos nelas previstos.

Art. 117º, n.os 1, 2 e 61 - Nas áreas a abranger por novas regras urbanísticas constantes de plano munici-pal ou especial de ordenamento do ter-ritório ou sua revisão, os procedimentos de informação prévia, de licenciamento edeautorizaçãoficamsuspensosapartirdadatafixadaparaoiníciodoperíododediscussão pública e até à data da entrada em vigor daqueles instrumentos de plane-amento.2 - Cessando a suspensão do procedi-mento, nos termos do número anterior, o pedido de informação prévia, de licencia-mento ou de autorização será decidido de acordo com as novas regras urbanísticas em vigor.6 - Caso o plano seja aprovado com altera-ções ao projecto a que se refere o número anterior, o requerente pode, querendo, reformular a sua pretensão; de idênticapossibilidade dispondo o requerente que não tenha feito uso da faculdade prevista no mesmo número.

Art. 131º, n.os 1, 3, 4 e 81 - O reparcelamento da propriedade é a operação que consiste no agrupamento de terrenos localizados dentro de perímetros urbanos delimitados em plano municipal de ordenamento do território e na sua posterior divisão ajustada àquele, com a

decidam pedidos de licenciamento ou ad-mitam comunicações prévias com inobser-vância das proibições ou limitações con-sequentes do estabeleimento de medidas preventivas ou que violem os pareceres vinculativos nelas previstos.

Art. 117º, n.os 1, 2 e 61 - Nas áreas a abranger por novas regras urbanísticas constantes de plano especial ou municipal de ordenamento do territó-rio ou sua revisão, os procedimentos de informaçãopréviaede licenciamentofi-camsuspensosapartirdadatafixadaparao início do período de discussão pública e até à data da entrada em vigor daqueles instrumentos de planeamento.2 - Cessando a suspensão do procedimen-to nos termos do número anterior, este é decidido de acordo com as novas regras urbanísticas em vigor.6 - Caso o plano seja aprovado com altera-ções ao projecto a que se refere o número anterior, os interessados podem, queren-do, reformular a sua pretensão, dispondo deidênticapossibilidadeaquelesquenãotenham feito uso da faculdade prevista no mesmo número.

Art. 131º, n.os 1,3, 4, 8, (9 e 10 novos)1 - O reparcelamento da propriedade é a operação que consiste no agrupamento de terrenos localizados dentro de perímetros urbanos delimitados em plano municipal de ordenamento do território e na sua posterior divisão ajustada àquele, com a

Ajustamento do texto ao disposto no Re-gimeJurídicodaurbanizaçãoedaEdifi-cação.

Introdução da possibilidade de no repar-celamento intervirem outras entidades para além dos proprietários. As relações e acordos entre os proprietários e as outras entidades são reguladas por contrato de urbanização.

Articulação do regime jurídico dos IGT com o regime jurídico da urbanização e daedificação.

As alterações introduzidas no regime das operações de reparcelamento visam ope-racionalizar a execução dos planos, admi-tindo a possibilidade de outras entidades que não os proprietários iniciais do solo participarem nas operações urbanísticas em sede de execução do plano e bene-

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adjudicação dos lotes ou parcelas resul-tantes aos primitivos proprietários.3 - A operação de reparcelamento é da iniciativa dos proprietários ou da câmara municipal, isoladamente ou em coopera-ção.4 - A operação de reparcelamento de iniciativa dos proprietários inicia-se por requerimento subscrito por todos os pro-prietários dos terrenos abrangidos dirigido ao presidente da câmara municipal e ins-truído com o projecto de reparcelamen-to.8 - As relações entre os proprietários ou entre estes e o município são reguladas por contrato de urbanização e contrato de desenvolvimento urbano, respectiva-mente.

adjudicação das parcelas resultantes aos primitivos proprietários ou a outras enti-dades interessadas na operação. 3 - A operação de reparcelamento é da iniciativa dos proprietários, directamente ou conjuntamente com outras entidades interessadas, ou da câmara municipal, is-soladamente ou em cooperação.4 - A operação de reparcelamento da ini-ciativa dos proprietários inicia-se com a apresentação de requerimento dirigido ao presidente da câmara municipal, ins-truído com o projecto de reparcelamento e subscrito por todos os proprietários dos terrenos abrangidos, bem como pelas de-mais entidades interessadas, no caso de iniciativa conjunta.8 - As relações entre os proprietários e entre estes e outras entidades interessa-das são reguladas por contrato de urbani-zação, sendo as relações entre estes e o município reguladas por contrato de de-senvolvimento urbano.9 - Os contratos previstos no número ante-riorpodempreveratransferênciaparaasoutras entidades interessadas dos direitos de comercialização dos prédios ou dos fo-gos e de obtenção dos respectivos proven-tos, bem como a aquisição do direito de propriedade ou de superfície. 10 - A operação de reparcelamento em área abrangida por plano de pormenor que contenha as menções constantes das alíneas a) a d), h) e i) do n.º 1 do artigo 91.º, pode concretizar-se através dos con-tratos referidos no números anteriores e registo efectuado nos termos dos artigos 92.º-A e 92.º-B, não lhe sendo aplicável o disposto no n.º 6 do presente artigo.

As operações de reparcelamento em áreas abrangidas por PP que contenham deter-minadasmenções,expressasnalei,ficamisentas de licenciamento ou de aprovação, são concretizadas através de contratos e têmefeitosregistais.

ficiarem da adjudicação de parcelas de-correntes da operação de transformação fundiária, nos termos dos adequados ins-trumentos contratuais.

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Art. 132º, n.º 22 - Os proprietários poderão, no entanto, fixar,porunanimidade,outrocritério.

Art. 133ºO licenciamento ou a aprovação da opera-ção de reparcelamento produz os seguin-tes efeitos:a) Constituição de lotes para construção ou de parcelas para urbanização;b)Substituição,complenaeficáciareal,dos antigos terrenos pelos novos lotes ou parcelas;c) Transmissão para a câmara municipal, de pleno direito e livre de quaisquer ónus ou encargos, das parcelas de terrenos para espaços verdes públicos e de utiliza-ção colectiva, infra-estruturas, designa-damente arruamentos viários e pedonais, e equipamentos públicos que, de acordo com a operação de reparcelamento, de-vam integrar o domínio público.

Art. 134º, n.º 33 - Os custos da urbanização serão repar-tidos pelos proprietários ou por estes e pela câmara municipal nos termos do art. 142.º.

Art. 132º, n.º 22-Osproprietáriospodemfixar,poruna-nimidade, outro critério, tendo em conta, designadamente, a participação das ou-tras entidades interessadas nos encargos decorrentes da operação de reparcela-mento.

Art. 133º, n.º 1 e (n.º 2 novo)1 - O licenciamento ou a aprovação da operação de reparcelamento produz os seguintes efeitos:a) Constituição de lotes para construção ou de parcelas para urbanização; b)Substituição,complenaeficáciareal,dos antigos terrenos pelos novos lotes ou parcelas; c) Transmissão para a câmara municipal, de pleno direito e livre de quaisquer ónus ou encargos, das parcelas de terrenos para espaços verdes públicos e de utiliza-ção colectiva, infra-estruturas, designa-damente arruamentos viários e pedonais, e equipamentos públicos que, de acordo com a operação de reparcelamento, de-vam integrar o domínio público. 2 - A operação de reparcelamento concre-tizada nos termos do n.º 10 do artigo 131.º, produz os efeitos referidos no número an-terior com as adaptações decorrentes do disposto nos artigos 92.º-A e 92.º-B.

Art. 134º, n.º 33 - Os custos da urbanização são repartidos pelos proprietários e as outras entidades interessadas ou por estes e pela câmara municipal nos termos do artigo 142.º

Ajustamento do texto às novas disposições sobre operações de reparcelamento.

Ajustamento do texto às novas disposições sobre concretização das operações de re-parcelamento.

Ajustamento do texto às novas disposições sobre operações de reparcelamento.

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Art. 144º, n.os 1 e 21 - As entidades responsáveis pela elabo-ração dos instrumentos de gestão territo-rial promoverão a permanente avaliação da adequação e concretização da discipli-na consagrada nos mesmos.2 - Para os efeitos do disposto no núme-ro anterior, será criado, no âmbito do Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, um observatório responsável pela recolha e tratamento da informação de carácter estatístico, técnicoecientíficorelevante,oqualela-borará relatórios periódicos de avaliação incidindo, nomeadamente, sobre o desen-volvimento das orientações fundamentais do programa nacional da política de orde-namento do território e em especial sobre a articulação entre as acções sectoriais, recomendando, quando necessário, a res-pectiva revisão ou alteração.

Art. 147ºO observatório referido no artigo 144.º promoverá a criação e o desenvolvimen-to de um sistema nacional de dados sobre o território, integrando os elementos de análise relevantes aos níveis nacional, re-gional e local.

Art. 144º, n.os 1 e 21 - As entidades responsáveis pela elabo-ração dos instrumentos de gestão territo-rial promovem a permanente avaliação da adequação e concretização da disciplina consagrada nos mesmos, bem como, rela-tivamente aos planos sujeitos a avaliação ambiental,dosefeitossignificativosdasuaexecução no ambiente, por forma a iden-tificar os efeitos negativos imprevistos eaplicar as necessárias medidas correctivas previstas na declaração ambiental.2 - Para os efeitos do disposto no número anterior, será criado, no âmbito da Direc-ção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, um observató-rio responsável pela recolha e tratamen-to da informação de carácter estatístico, técnicoecientíficorelevante,oqualela-borará relatórios periódicos de avaliação incidindo, nomeadamente, sobre o desen-volvimento das orientações fundamentais do programa nacional da política de orde-namento do território e em especial sobre a articulação entre as acções sectoriais, recomendando, quando necessário, a res-pectiva revisão ou alteração.

Art. 147ºO Governo promove a criação e o desen-volvimento de um sistema nacional de informação territorial, integrando os ele-mentos de análise relevante nos âmbitos nacional, regional e local, a funcionar em articulação com o observatório referido no artigo 144.º

É introduzido o dever de proceder, no de-curso do processo de avaliação a que as entidades responsáveis pela avaliação dos IGTficamobrigadas,àavaliaçãoambien-tal, designadamente aos efeitos da execu-ção dos IGT no ambiente.

Substituição da referência ao Ministériodas Cidades, do Ordenamento do Territó-rioedoAmbientepelareferênciaàDirec-ção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU).

A introdução desta disposição visa compa-tibilizar o RJIGT com o DL n.º 232/2007, de 15 de Junho.

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Art. 148º, n.º 2 b), f) e j), e n.º 32 - b) O decreto regulamentar que deter-mina a suspensão de plano municipal de ordenamento do território;d) A Resolução do Conselho de Ministros queratificaoplanointermunicipaldeor-denamento do território, incluindo o rela-tórioeaspeçasgráficasilustrativas;f) A Resolução do Conselho de Ministros que ratifica o plano municipal de orde-namento do território, incluindo o regu-lamento, a planta de ordenamento, de zonamento ou de implantação e a planta de condicionantes;j) A Resolução do Conselho de Ministros queratificaasuspensãodoplanomunici-pal de ordenamento do território, incluin-do a respectiva planta de delimitação.3 - São publicados na 2.ª série do Diário da República:a) Os avisos de abertura do período de discussão pública dos instrumentos de gestão territorial;b) A deliberação municipal que determina a elaboração do plano municipal de orde-namento do território;c) A deliberação municipal que aprova o plano municipal de ordenamento do terri-tório não sujeito a ratificação, incluindoo regulamento, a planta de zonamento ou de implantação e a planta de condi-cionantes;d) A deliberação municipal que aprova as medidas preventivas não sujeitas a rati-ficação, incluindo o respectivo texto eplanta de delimitação;e) A deliberação municipal que determina a suspensão do plano municipal de orde-namento do território.

Art. 148º, n.º 2 b), f) e j), e n.os 3 e (4 novo)2 – b) A Resolução do Conselho de Ministros que determina a suspensão de plano mu-nicipal de ordenamento do território;d) [Revogada];f) A Resolução do Conselho de Ministros queratificaoplanodirectormunicipal,in-cluindo o regulamento, a planta de orde-namento e a planta de condicionantes;j) A Resolução do Conselho de Ministros que ratifica a suspensão do planomuni-cipal de ordenamento do território, in-cluindo o respectivo texto e a planta de delimitação.3 - No caso da ratificação prevista naalínea f) do número anterior ser parcial, devem ser identificadas no regulamentopublicadoasdisposiçõesnãoratificadas.4 - São publicados na 2.ª Série do Diário da República:a) Os avisos de abertura do período de discussão pública dos instrumentos de gestão territorial;b) A deliberação municipal que determina a elaboração de plano municipal de orde-namento do território;c) A deliberação das assembleias munici-pais ou da assembleia intermunicipal que aprova o plano intermunicipal de ordena-mento do território, incluindo o relatório easpeçasgráficasilustrativas;d) A deliberação municipal que aprova o plano municipal de ordenamento do terri-tório não sujeito a ratificação, incluindoo regulamento, a planta de zonamento ou de implantação e a planta de condi-cionantes;e) A deliberação municipal que aprova as medidas preventivas não sujeitas a ratificação, incluindo o respectivo texto

Consagração do Sistema Nacional de Infor-mação Territorial.Regula a publicação no Diário da Repúbli-ca dos actos sujeitos a divulgação pública de acordo com as disposições introduzidas pelo novo texto legal.

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Texto alterado Novo texto Descrição das alterações Nota explicativa

Art. 149º, n.os 1 e 21 - O programa nacional da política de ordenamento do território, os planos sec-toriais, os planos especiais e os planos regionais de ordenamento do território divulgados nos termos previstos no arti-go anterior devem ainda ser objecto de publicação em dois jornais diários e num semanário de grande expansão nacional.2 - Os planos municipais de ordenamento do território e as medidas preventivas de-vem ser objecto de publicitação nos bole-tins municipais, caso existam, bem como em dois jornais de expansão regional ou local e num jornal de expansão nacional.

Art. 150º, n.os 1 e 3Registo e consulta1 - A Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano pro-cede ao registo de todos os instrumentos de gestão territorial, com o conteúdo documental integral estabelecido no pre-sente diploma, incluindo as alterações, revisões e suspensões de que sejam ob-jecto, bem como das medidas preventi-vas, para consulta de todos os interessa-dos.3 - A consulta dos instrumentos de ges-tão territorial prevista neste artigo deve

e a planta de delimitação, bem como a deliberação municipal que aprova a pror-rogaçãodoprazodevigênciadasmedidaspreventivas.

Art. 149º, n.os 1 e 21 - O programa nacional da política de ordenamento do território, os planos sec-toriais, os planos especiais e os planos re-gionais de ordenamento do território divulgados nos termos previstos no arti-go anterior devem ainda ser objecto de publicitação em dois jornais diários, num semanário de grande expansão nacional e na página da Internet das entidades res-ponsáveis pela sua elaboração.2 - Os planos municipais de ordenamento do território e as medidas preventivas de-vem ser objecto de publicitação nos bole-tins municipais, caso existam, bem como em dois jornais diários, num semanário de grande expansão nacional e na página da Internet das entidades responsáveis pela sua elaboração.

Art. 150º, n.os 1 e 3Depósito e consulta1 - A Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano pro-cede ao depósito de todos os instrumen-tos de gestão territorial com o conteúdo documental integral previsto no presente diploma, incluindo as alterações, revi-sões, suspensões, adaptações e rectifi-cações de que sejam objecto, bem como das medidas preventivas, disponibilizando a sua consulta a todos os interessados.3 - A consulta dos instrumentos de ges-tão territorial prevista neste artigo deve

Regula outros meios de publicidade, de-signadamente a obrigação de recorrer à divulgação através da Internet

Substitui o registo dos IGT na DGOTDU pelo depósito dos IGT na mesma Direcção-Geral.A consulta de IGT é disponibilizada em su-porte informático, designadamente atra-vés do Sistema Nacional de Informação Territorial.

Remete para a DGOTDU o depósito de to-dos os IGT e o dever de disponibilizar a sua consulta ao público em suporte informáti-co e através do SNIT.

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Guia das A

lterações ao Regime Jurídico dos Instrum

entos de Gestão Territorial

Introduzidas pela Lei n.º 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 16 de Setem

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Direcção-G

eral do Ordenam

ento do Território e Desenvolvim

ento Urbano

Texto alterado Novo texto Descrição das alterações Nota explicativa

igualmente ser possível em suporte infor-mático adequado.

Art. 151º, n.os 1, 2, 3, 4 e 5Instrução dos pedidos de publicação e re-gisto1 - Para efeitos do registo a que se refere o artigo anterior, e sem prejuízo do dispos-to nos números seguintes para os planos municipais de ordenamento do território não sujeitos a ratificação, as entidadesresponsáveis pela elaboração dos instru-mentos de gestão territorial devem reme-ter à Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, no prazo de 15 dias após a publicação no Di-ário da República, uma colecção comple-tadaspeçasescritasegráficasque,nostermos do presente diploma, constituem o conteúdo documental do instrumento de gestão territorial.2 - Para efeitos do registo e da publicação no Diário da República de planos muni-cipais de ordenamento do território não sujeitos a ratificação, assim como dasrespectivas alterações e revisões, e ainda de medidas preventivas, a câmara muni-cipal deve remeter à Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvi-mento Urbano, no prazo de 15 dias após a aprovação, duas colecções completas dasrespectivaspeçasescritasegráficas,bem como cópia autenticada da delibera-ção da assembleia municipal que aprova o plano, e ainda os pareceres das entidades mencionadas no n.º 7 do artigo 75.º, os re-sultados da discussão pública e o parecer previsto no n.º 1 do artigo 78.º, quando a eles houver lugar.

igualmente ser possível em suporte infor-mático adequado e através do sistema nacional de informação territorial.

Art. 151º, n.os 1 e 2 Instrução dos pedidos de depósito1 - Para efeitos do depósito de planos in-termunicipais e de planos municipais de ordenamento do território não sujeitos a ratificação, assim como das respectivasalterações e revisões, e ainda de medidas preventivas, no prazo de 15 dias após a sua publicação no Diário da República, a assembleia intermunicipal ou a câmara municipal, conforme o caso, remete à Di-recção-Geral do Ordenamento do Territó-rio e Desenvolvimento Urbano uma colec-çãocompletadaspeçasescritasegráficasque, nos termos do presente decreto-lei, constituem o conteúdo documental do instrumento de gestão territorial, bem como cópia autenticada da deliberação da assembleia municipal que aprova o plano, o respectivo relatório ambiental, os pareceres emitidos nos termos do pre-sentediplomaouaactadaconferênciadeserviços, quando a eles houver lugar, e o relatório de ponderação dos resultados da discussão pública.2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, no prazo de 15 dias após a pu-blicação no Diário da República., as en-tidades responsáveis pela elaboração dos demais instrumentos de gestão territorial previstos no presente decreto-lei reme-tem à Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano uma colecção completa das peças escritas e gráficasque,nos termosdopresentedi-ploma, constituem o conteúdo documen-

Obriga as Câmaras Municipais responsá-veis pela elaboração e aprovação de PMOT e PIOT a remeterem os respectivos planos aprovados, suas alterações, revisões ou medidas preventivas, à Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvi-mento Urbano para depósito, após a sua publicação no Diário da República.

Na óptica da responsabilização municipal associada à simplificação administrativaé substituído o procedimento do registo dos PMOT e dos PIOT pelo seu depósito na DGOTDU.As funções de controlo de legalidade dos PMOT associadas ao registo foram revoga-das.

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entos de Gestão Territorial

Introduzidas pela Lei n.º 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 16 de Setem

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3 - A Direcção-Geral do Ordenamento do Ter-ritório e Desenvolvimento Urbano comunica à câmara municipal, ouvida a comissão de coordenação e desenvolvimento regional, no prazo de 44 dias a contar da data da recep-ção do processo, a aceitação ou recusa do registo dos planos municipais de ordenamen-todoterritórionãosujeitosaratificação.4 - A falta de resposta no prazo referido no número anterior interpreta-se, para todos os efeitos, como aceitação do pedido de registo. 5 - A Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano só pode recusar o registo com fundamento na violação de qualquer instrumento de ges-tão territorial com o qual o plano devesse ser compatível ou no não cumprimento de disposições legais e regulamentares vigen-tes, cabendo recurso para o Ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Am-biente do acto de recusa do registo.

tal do instrumento de gestão territorial.3 - Revogado4 - Revogado5 - Revogado

Art. 151º - A (Aditado)Informação e divulgação1 - Após a publicação em Diário da Repú-blica de instrumento de gestão territorial sujeito a avaliação ambiental, a entidade competente pela respectiva elaboração envia àAgênciaPortuguesadoAmbienteuma declaração, contendo os elementos referidos no artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho.2 - A informação referida no número an-terior é disponibilizada ao público pela entidade responsável pela elaboração do plano através da respectiva página da Internet, podendo igualmente ser publi-citada na página da Internet daAgênciaPortuguesa do Ambiente.»

Nos IGT sujeitos à elaboração de Avaliação Ambiental, a entidade responsável pela sua elaboração envia à Agencia Portugue-sa do Ambiente uma declaração nos ter-mos do DL n.º 232/2007, de 15 de Junho.A declaração é divulgada na Internet pela entidade responsável pela elaboração do plano e pela Agencia Portuguesa do Am-biente.

A introdução desta disposição visa compa-tibilizar o RJIGT com o DL n.º 232/2007, de 15 de Junho.

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4. Perguntas mais frequentes

4.1 Perguntas mais frequentes relativas aos PMOT

4.1.1 Quais os planos municipais de ordenamento do território (PMOT) sujeitos a avaliação ambiental e quem decide quando se aplica o procedimento de avaliação ambiental?

Quais os PMOT sujeitos a avaliação ambiental?

A avaliação ambiental é obrigatória quando os planos são susceptíveis de dar enquadramento a projectos que possam ter impactes ambientais.

De acordo com esta regra geral, a elaboração e a revisão dos PDM, pela sua natureza, conteúdo e incidênciaterritorial,sãosempresusceptíveisdeenquadrarprojectosquepossamviraterimpac-tes ambientais, pelo que são procedimentos que integram necessariamente a avaliação ambiental.

Esta regra geral aplica-se da mesma forma à elaboração de PIOT.

No caso de alterações de PDM e de elaboração, revisão ou alteração de PU e de PP, a Câmara Munici-pal(CM)deveponderar,faceaostermosdereferênciadoplanoemcausa,qualasituaçãoaplicável.Por exemplo, um PU ou PP em solo urbanizado poderá não requerer avaliação ambiental, enquanto que um PP em solo rural poderá não o dispensar.

Quem decide quando se aplica o procedimento de avaliação ambiental?

Cabeàentidaderesponsávelpelaelaboraçãodoplanoponderar,faceaostermosdereferênciadoplano em causa, se este é, ou não, susceptível de enquadrar projectos que possam vir a ter impac-tes ambientais.

Esta ponderação pode ser feita com recurso à consulta das entidades com responsabilidades am-bientaisespecíficas(art.74.º,n.º6).

Mesmo nos casos em que haja recurso a outras entidades, a decisão de sujeitar ou não o plano a avaliação ambiental é sempre da entidade responsável pela elaboração do plano, atentos os crité-rios referidos no DL n.º 232/2007, de 15 de Junho.

4.1.2 Quando se deve iniciar o procedimento de avaliação ambiental? Poderá decorrer em paralelo com a elaboração do plano? Os planos que se encontram actualmente em elaboraçãotêm que integrar o procedimento de avaliação ambiental?

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Quando se deve iniciar o procedimento de avaliação ambiental?

PIOT – Com a deliberação de elaborar o plano, uma vez que as câmaras municipais associadas ou a AssociaçãodosMunicípiostêmqueindicarseoplanoestáounãosujeitoaAvaliaçãoAmbiental(AA)e,nosegundocaso,apresentarasrazõesquejustificamasuanãoexigência.

PDM – Com o início da elaboração da proposta do plano, uma vez que o relatório de AA é de elabo-ração obrigatória.

PU e PP – Com a deliberação de elaborar o plano, uma vez que a CM deve averiguar se o plano se encontrasujeitoaAAe,emcasoafirmativo,solicitarparecersobreoâmbitodaAAesobreainfor-mação a incluir no relatório ambiental.

Poderá o procedimento de avaliação ambiental decorrer em paralelo com a elaboração do plano?

Deve decorrer em paralelo até à abertura da discussão pública, uma vez que o relatório ambiental deve estar disponível para consulta nesta fase procedimental.

Nos casos em que a elaboração ou alteração dos planos não é acompanhada por comissão consultiva ou por comissão de acompanhamento, deve ser promovida a audição das entidades com responsa-bilidadesambientaisespecíficas.

Quando a elaboração ou alteração dos planos é acompanhada por comissão consultiva ou comissão deacompanhamento,asentidadescomresponsabilidadesambientaisespecíficasintegramacomis-são e acompanham a elaboração do relatório ambiental.

Os planos que se encontram actualmente em elaboração têm que integrar o procedimento de avaliação ambiental?

O DL n.º 232/2007, de 15 de Junho, aplica-se a todos os planos, designadamente aos que ainda estão em elaboração. No entanto, o DL n.º 316/2007, de 19 de Setembro, veio instituir um regime transitório através do qual apenas os planos que se encontram em fase de Discussão Pública, à data da entrada em vigor deste diploma, estão dispensados de avaliação ambiental.

Os planos que ainda não chegaram à fase de Discussão Pública devem ser objecto de avaliação ambiental, nos termos do RJIGT em vigor (DL n.º 380/99, de 22 de Setembro, com alterações in-troduzidas pelo DL n.º 310/2003, de 10 de Dezembro, e pelo DL n.º 316/2007, de 16 de Setembro) comaaplicaçãosupletiva,emtudooquenãoseencontreespecificamentereguladopeloRJIGT,do DL n.º 232/2007, de 15 de Junho.

Considerando que os dois regimes (RJIGT e Regime da avaliação dos efeitos de determinados planos eprogramasnoambiente)consagramumafasedediscussãopúblicahouveconveniênciaemfazê-lacoincidir, mesmo que para tal o plano em elaboração tenha que aguardar a produção do relatório ambiental.

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4.1.3 Quando tem início a fase da Discussão Pública?

A fase da Discussão Pública tem início com a deliberação da Câmara Municipal que, uma vez conclu-ídas a fase de acompanhamento e, caso exista, a fase de concertação adicional, determina a aber-tura de um período de discussão pública que será publicitado através de aviso a publicar na 2ª Série do Diário da República e a divulgar na comunicação social e na respectiva página da Internet.

4.1.4 Quais os PMOT que deixam de ir a ratificação pelo Governo? Em que circunstâncias se mantém a ratificação? Os PMOT que estão em revisão, alteração ou elaboração também deixam de ir a ratificação?

QuaisosPMOTquedeixamdeiraratificaçãopeloGoverno?

AratificaçãopeloGovernopassouaserumactoexcepcional,quesóseaplicaaosPDMemrelaçãoaos quais for suscitada, no âmbito da respectiva elaboração, revisão ou alteração, a incompatibili-dade com planos sectoriais ou com planos regionais de ordenamento do território.

Destemodo,deixadeexistirprocedimentoderatificaçãoparatodososPUeosPP,mesmoquevenham a alterar o PDM.

EmquecircunstânciassemantémaratificaçãopeloGoverno?

Nos PDM em que, no âmbito do procedimento da respectiva elaboração e aprovação, tenha sido suscitada a sua incompatibilidade com planos sectoriais ou planos regionais de ordenamento do território.

OsPMOTqueestãoemrevisão,alteraçãoouelaboraçãotambémdeixamdeiraratificaçãopeloGoverno?

As disposições referidas aplicam-se igualmente aos PMOT (PDM, PU e PP) que se encontram actual-mente em elaboração, alteração ou revisão.

4.1.5 A suspensão de um PMOT com o estabelecimento de medidas preventivas também deixa de ir a ratificação pelo Governo?

A suspensão de um PMOT por deliberação da Assembleia Municipal (AM) implica obrigatoriamente o estabelecimento de medidas preventivas. A deliberação da AM que aprova a suspensão de PMOT estásempresujeitaaratificaçãopeloGoverno.

Se a suspensão incidir sobre o PDM e for acompanhada de medidas preventivas que consistam na

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limitação ou na sujeição a parecer vinculativo das acções previstas no art. 107.º, n.º 4 e quando, no âmbito da instrução da suspensão, a CCDR tiver suscitado a sua incompatibilidade com PROT ou planosectorial,aratificaçãodoGovernoincidesobreadeliberaçãodesuspensãoetambémsobreo estabelecimento das medidas preventivas.

Casonãoseverifiquea situaçãoreferidanoparágrafoanterior,a ratificaçãodoGoverno incideexclusivamente sobre a suspensão, devendo, no entanto, serem também publicadas as medidas preventivas com a respectiva Resolução do Conselho de Ministros.

4.1.6 Foi eliminado o controlo final de legalidade feito pela CCDR e pela DGOTDU em todos os PMOT?

FoieliminadoocontrolofinaldelegalidadefeitopelaCCDR?

Considerandoqueocontrolofinalde legalidadeocorre imediatamenteantesdaaprovaçãopelaAssembleia Municipal, na alteração jurídica agora introduzida apenas foi eliminado este controlo para os PU e PP.

No que respeita ao PDM, a CCDR pode exercer esse controlo através da emissão de um parecer, nos termos do art. 78.º, que, contudo, não possui carácter vinculativo. Efectivamente, se a CCDR, concluída a versão final da proposta do plano, verificar que subsistem inconformidades comasdisposições legais e regulamentares vigentes e incompatibilidade ou não conformidade com os IGT eficazes,podeemitirumparecer,noprazode10dias,enotificá-loàCMeàAM.Casocontrário,nãohaverá necessidade de emitir tal parecer.

NocasodosPDMsujeitosaratificaçãopeloGoverno,aCCDRexercetambémessecontrolonopare-cerfundamentadoqueacompanhaoplanopararatificação.

FoieliminadoocontrolofinaldelegalidadefeitopelaDGOTDU?

O controlo que era exercido pela DGOTDU deixa de existir, na medida em que esta entidade deixa deacompanharosprocedimentos,mesmonoscasosemquehálugararatificaçãodoplanopeloGoverno.

Estamedidainsere-senosobjectivosdedescentralizaçãodecompetênciasassociadaàresponsabi-lização dos municípios pelo planeamento do seu território.

4.1.7 Quem envia os PMOT para publicação e depósito?

Quem envia os PMOT para publicação?

São as Câmaras Municipais que enviam os planos para publicação no DR e também para depósito na DGOTDU.AexcepçãoaestaregrageralconsistenosPDMqueforemobjectoderatificação.Nestecaso, a sua publicação é promovida pelo Governo.

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Osplanosmunicipaisdeordenamentodoterritórioapenasadquiremeficáciaatravésdasuapubli-cação no Diário da República (art. 148.º, n.º 1).

Quem envia os PMOT para depósito?

Após a publicação no DR, as CM enviam, no prazo de 15 dias, os PMOT para depósito na DGOTDU.

4.1.8 A CCDR deixa de acompanhar a elaboração dos Planos de Urbanização e dos Planos de Pormenor? Quais os pareceres da CCDR que foram eliminados?

A CCDR deixa de acompanhar a elaboração dos Planos de Urbanização e dos Planos de Porme-nor?

O acompanhamento da elaboração, revisão ou alteração dos PU e dos PP pela CCDR deixa de ser obrigatório. Pode, no entanto, ocorrer sempre que a Câmara Municipal o solicite, traduzindo-se na emissão de pareceres ou na realização das reuniões que se entendam necessárias.

Durante a elaboração do plano, a Câmara Municipal pode ainda solicitar os pareceres de outras en-tidades que entenda necessários, os quais serão apresentados juntamente com a proposta de plano àCCDR.Nestafasefinal,aCCDRconvocaumaconferênciadeserviçoscomasentidadesrelevantes,sendoqueaactadaconferênciaintegraoparecerdaCCDR.

Quais os pareceres da CCDR que foram eliminados?

Emissão de pareceres pela CCDR

PDM

PU PP

Mantém-se,integradonoparecerfinaldaComissão de Acompanhamento, quando está em causa a elaboração/revisão do PDM, ou integradonaactadaConferênciadeserviços,quando está em causa a alteração do PDM.

Mantém-se, integrado na Acta daConferênciadeServiços

No final da fase de acompanhamento,antes da discussão pública

Mantém-se, integrado na Acta daConferênciadeServiços

Foi eliminado

Foi eliminado

No âmbito do processo de registo

Foi eliminado

Mantém-se (com carácter facultativo e não vinculativo)

Foi eliminado

Antes da aprovaçãopela AM

Foi eliminado

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4.1.9 Antes da deliberação de elaboração de um PU ou de um PP é preciso consultar a CCDR?

A consulta prévia não tem carácter obrigatório.

A consulta é, por isso, facultativa e tem como principal objectivo permitir que a CM acorde com a CCDR quais as entidades representativas de interesses públicos que devem intervir no acompanha-mento.

4.1.10 A CMC para acompanhamento da elaboração e revisão dos PDM foi substituída por uma comissão de acompanhamento (CA). Quais as diferenças entre CMC e CA? O que vai acontecer às CMC que estão constituídas e em funcionamento?

Quais as diferenças entre CMC e CA?

As principais diferenças entre CMC e CA incidem, por enquanto, nas respectivas composições, uma vez que, de acordo com o art. 75.º-A, n.º 8, “a composição e o funcionamento das CA são regulados por portaria do membro do Governo responsável pelo ordenamento do território”. Essa portaria será publicada brevemente.

Representantes dos serviços da administração directa ou indirecta do Estado que asseguram a prossecução dos interesses públicos sectoriais com relevância na área de intervenção do plano.

Representantes do município e dos municípios vizinhos.

Representantes das organizações económicas, sociais, culturais e ambientais de maior relevância na área do município.

Representantes de serviços e entidades da administração directa ou indirecta do Estado ou das Regiões Autónomas.

Representantes do município.

Representantes de outras entidades públicas cuja participação seja aconselhável.

Representantes das entidades com responsabilidadesambientaisespecíficasaquempossam interessarem os efeitos ambientais resultantes da aplicação do plano.

CMC CA

A CA já não inclui os representantes das organizações económicas, sociais, culturais e ambientais, porquanto resultou da avaliação do sistema a falta de operacionalidade de comissões demasiado extensas. Privilegia-se, por isso, a intervenção daqueles representantes nas fases de participação pública preventiva e de discussão pública.

Por outro lado, foram considerados representantes das entidades com responsabilidades ambientais específicas,demodoagarantiraintegraçãodosprocedimentosdeelaboraçãodoplanoedeavalia-ção ambiental, dando cumprimento ao disposto no DL n.º 232/2007, de 15 de Junho.

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Noquerespeitaaofuncionamento,adopta-senasCAomodelodeconferênciadeserviços,oque permite integrar a concertação e dar maior celeridade ao processo de acompanhamento em geral.

O que vai acontecer às CMC que estão constituídas e em funcionamento?

De acordo com o disposto no art. 4.º do DL 316/2007, de 19 de Setembro, é garantida a salvaguarda dos actos já praticados ao abrigo do anterior regime.

Nestaperspectiva,asCMCjáconstituídaseemfuncionamentomantêm-se.

Será publicada em breve uma nova Portaria que regulará a constituição e funcionamento das CA, bem como as condições em que as Comissões Mistas de Coordenação (CMC) e as Comissões Técnicas de Acompanhamento (CTA) em vigor se poderão converter em Comissões de Acompanhamento.

4.1.11 O que é a conferência de serviços?

É uma reunião na qual estão presentes os representantes das entidades que se devem pronunciar sobreoplanoemcausa,dotadosdedelegaçãodepoderesparaassumiraposiçãooficialdoorga-nismo que representam.

Daconferênciadeserviçosresultaumaactaqueincluioparecerdasentidadesrepresentadas.

AconferênciadeserviçosépromovidapelaCCDR,apósaapresentaçãopelaCMdapropostadePUou de PP ou na conclusão da alteração do PDM.

4.1.12 Se no decurso da elaboração de um PU ou de um PP as entidades consultadas emitirem pareceres escritos, têm ainda que ser convocadas para a Conferência de Serviços promovida pela CCDR?

Sim. A CCDR tem que convocar todas as entidades representativas dos interesses a ponderar, de-signadamente as que tenham sido consultadas pela CM no decurso da elaboração da proposta de plano.

4.1.13 Quais os parâmetros que a Administração Central utiliza para fazer a apreciação dos planos?

No acompanhamento dos planos, as entidades da Administração Central devem pronunciar-se sobre o cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis, a compatibilidade ou conformidade dapropostadeplanocomosinstrumentosdegestãoterritorialeficazesesobreofundamentotéc-nico das soluções defendidas pela CM.

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4.1.14 Quais os procedimentos previstos para a alteração de um PDM?

O procedimento de alteração do PDM foi revisto no que respeita ao acompanhamento e controlo finaldelegalidade,reduzindoosmomentosdeintervençãoobrigatóriosporpartedasentidadesdaAdministração Central.

AsalteraçõesdePDMpassaramaterumregimedeacompanhamentoidênticoaodosPUedosPP,diferenciando-se assim do regime da elaboração e revisão de PDM.

4.1.15 Os PU e os PP podem alterar o PDM sem necessitarem de ser ratificados pelo Governo?

Podem,umavezqueaelaboração,revisãooualteraçãodePUedePPnãonecessitaderatificaçãopelo Governo.

Nestes casos, as CM devem proceder à actualização dos elementos constituintes (peças escritas e gráficas)doPDMconformeaalteraçãopromovidapeloPUoupeloPP.

4.1.16 Se um PU ou PP alterar um PDM, deve-se em seguida desenvolver um procedimento de alteração do PDM?

Na deliberação municipal que aprova o PU ou o PP que altera o PDM, devem ser expressamente in-dicadas as disposições do PDM revogadas ou alteradas. Após a provação do PU ou do PP, o município deve alterar o PDM, por recurso ao procedimento de adaptação previsto no art. 97º do RJIGT, no prazodeummês(art.83.º-B,n.º3,doRJIGT).

4.1.17 Em que momento são aprovadas as plantas de redelimitação da REN e da RAN, no âmbito da elaboração, revisão ou alteração de um PMOT?

A planta de redelimitação da RAN deve ser objecto de parecer favorável da Comissão Regional da ReservaAgrícolaemmomentoanterioràelaboraçãodoparecerfinaldaComissãodeAcompanha-mento,nocasodosPDM,oudaactadaConferênciadeServiços,noscasodePUouPP.

A planta de redelimitação da REN deve ser objecto de aprovação, por RCM, em momento anterior à aprovação do PMOT pela Assembleia Municipal, sob pena de ilegalidade desta.

Na transição para o novo RJIGT, podem ocorrer situações em que o plano já foi aprovado pela Assembleia Municipal mas ainda o não foi a planta de redelimitação da REN, porquanto o acto de aprovaçãodestapodiaser,aoabrigodoregimedaREN,simultâneocomoactoderatificaçãodoplano.

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Nonovoquadrolegal,nãosendooplanojáobjectoderatificação,aRCMqueaprovararedeli-mitaçãodaRENdeveatribuireficáciaretroactivadamesma,àdatadaaprovaçãodoplanopelaAssembleia Municipal.

4.1.18 Uma alteração sujeita a regime simplificado, aprovada pela Assembleia Municipal (AM) anteriormente à entrada em vigor do novo RJIGT, deve ser novamente aprovada pela AM, como alteração por adaptação, alteração simplificada ou rectificação, conforme o caso?

O art. 4.º do DL n.º 316/2007, de 19 de Setembro, exclui da aplicação do novo RJIGT os actos já praticados anteriormente à sua entrada em vigor.

Assim,aaprovaçãopelaAMdeumaalteraçãosujeitaaregimesimplificado,emdataanteriora24de Setembro de 2007, apenas necessita de ser enviada pela Câmara Municipal para publicação no Diário da República, juntamente com a deliberação da AM, e seguidamente ser remetida à DGOTDU para depósito.

4.1.19 Os PP de modalidade simplificada que se encontram em elaboração, designadamente os Projectos de Intervenção em Espaço Rural (PIER) podem ser aprovados pela AM? O conteúdo documental indicado na Portaria n.º 389/2005, de 5 de Abril, mantém-se?

O regime transitório do DL n.º 316/2007, de 16 de Setembro, (art. 4.º, n.º 4) mantém em vigor as modalidadessimplificadasdeplanodepormenor,doDLn.º380/99,de22deSetembro,cujaelabo-ração se encontre em curso à data de entrada em vigor do novo RJIGT, pelo que tais planos podem ser aprovados, aplicando-se ao procedimento subsequente o novo regime.

A Portaria n.º 389/2005, de 5 de Abril, encontra-se tacitamente revogada, uma vez que foi elimi-nada do RJIGT a respectiva norma habilitante (anterior art. 92.º, n.º 4). Os demais elementos que acompanham o Projecto de Intervenção em Espaço Rural, poderão vir a constar da Portaria prevista no actual n.º 4 do art. 92º.

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Anexo

Diagramas de procedimentos e notas explicativas

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Nota explicativa sobre a tramitação da elaboração/revisão do plano director municipal

Legislação de enquadramento

A tramitação dos procedimentos exigíveis nos processos de elaboração e revisão de planos directo-res municipais (PDM) é regulada pelos seguintes diplomas legais:

• Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a redacção que lhe é conferida pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro, que, no presente texto se designa por RJIGT (Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial).

Fases

A tramitação da elaboração e revisão de PDM implica o cumprimento de fases, cada uma constituída por um conjunto de procedimentos encadeados, desde a decisão inicial de elaborar ou rever o plano atéaoseudepósitonaDGOTDU,apósasuapublicação.Asfases,aseguiridentificadas,erespecti-vos procedimentos são apresentados no presente texto e podem ser observados no diagrama anexo, onde estão também apresentados os prazos legais e as entidades competentes:

• Elaboração

• Participação pública

• Acompanhamento

• Concertação

• Discussão Pública

• Parecer Final

• Aprovação

• Ratificação

• Publicação

• Depósito e divulgação

1 - INÍCIO DA ELABORAÇÃO RJIGT, arts. 74º e 77º

A câmara municipal delibera a elaboração ou revisão do Plano, em reunião, obrigatoriamente pública, devendo estabelecer os respectivos prazo de elaboração e de participação preventiva e, previamente,identificareponderarosplanos,programaseprojectoscomincidêncianaáreadomunicípio, tanto os que existem como os que se encontram em preparação, de modo a assegurar as necessárias compatibilizações.

A deliberação é publicada na IIª Série do Diário da República e, simultaneamente, divulgada através

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da comunicação social, por avisos, e na respectiva página da Internet, dando lugar a um período, mínimo de 15 dias, de participação preventiva por parte dos cidadãos, para formulação de suges-tões e pedidos de informação sobre a elaboração do plano.

2 - ACOMPANHAMENTO RJIGT, art. 75.º

O acompanhamento da elaboração ou revisão dos PDM é assegurado por uma comissão de acompa-nhamento (CA), integrando:

• representantes dos serviços e entidades da administração directa ou indirecta do Estado ou das Regiões Autónomas;

• representantes do município;

• representantes de outras entidades públicas cuja participação seja aconselhável no âmbito do plano;

• representantes de entidades que, em virtude das suas responsabilidades ambientais espe-cíficas,possaminteressarosefeitosambientaisresultantesdaaplicaçãodoplano.

A designação dos representantes dos serviços e entidades da administração directa ou indirecta do Estado e das Regiões Autónomas inclui a delegação ou subdelegação dos poderes para efeitos de vinculação daqueles serviços e entidades.

A câmara municipal comunica à CCDR o teor da deliberação de elaborar ou rever o PDM e solicita a constituição da comissão de acompanhamento, no prazo de 30 dias.

ACAestáobrigadaaumacompanhamentoassíduoecontinuadodostrabalhos,devendo,nofimdesta fase, apresentar um parecer escrito, assinado por todos os membros, com menção expressa da orien-tação defendida, que se pronuncia sobre os seguintes aspectos:

• O cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis;

• A compatibilidade ou conformidade da proposta de plano com os instrumentos de gestão territorialeficazes;

• O fundamento técnico das soluções defendidas pela Câmara Municipal.

A posição manifestada pelos representantes dos serviços e entidades da administração directa ou indirectadoEstadoedasRegiõesAutónomasnoparecerfinalsubstituiospareceresqueaquelesserviços e entidades devessem emitir nos termos legais e regulamentares.

No caso de não concordância com a proposta do plano ou falta de tomada de posição, considera-se que o serviço ou entidade representada nada tem a opor à proposta do PDM se não manifestar a sua discor-dâncianos5diasposterioresàcomunicaçãodoresultadodareuniãoqueaprovouoparecerfinal.

3 - CONCERTAÇÃO RJIGT, art. 76º

O acompanhamento da elaboração da proposta de plano director municipal inclui a concertação com as entidades que, no decurso dos trabalhos da comissão de acompanhamento, formulem ob-jecçõesàssoluçõesdefinidasparaofuturoplano.

XI

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Pode, no entanto, haver lugar a uma fase autónoma de concertação, promovida pela Câmara Mu-nicipal após a conclusão da elaboração da proposta de plano e emitido o parecer da CA, nos 20 dias subsequentes à emissão daquele parecer. Nesse período a Câmara Municipal pode promover a realização de reuniões de concertação com as entidades que, no âmbito da CA, hajam formalmente discordado das soluções do futuro plano, tendo em vista obter uma solução concertada que permita ultrapassar as objecções formuladas.

NasequênciadasdecisõestomadasnasreuniõesdeconcertaçãoeatentooparecerdaComissãodeAcompanhamento,acâmaramunicipalprocedeàreformulaçãodoplano,casosejustifique.

4 - DISCUSSÃO PÚBLICA RJIGT, art. 77.º

A câmara municipal procede ao anúncio de abertura do período de discussão pública através de aviso a publicar no Diário da República (IIª Série) e a divulgar na comunicação social e na respectiva página da Internet.

Deste aviso deve constar a indicação do período de discussão, das eventuais sessões públicas a que haja lugar e dos locais onde se encontra disponível a proposta, o respectivo relatório ambiental, o parecer da CA, os demais pareceres eventualmente emitidos e os resultados da concertação, quan-do houver lugar, bem como da forma como os interessados podem apresentar as suas reclamações, observações ou sugestões.

Salienta-se que, caso haja lugar à redelimitação da RAN ou da REN, a planta de condicionantes, a submeter à discussão pública, deverá conter a redelimitação da RAN, devidamente sancionada pela Comissão Regional da Reserva Agrícola, e a proposta de redelimitação da REN, a aprovar por RCM, anteriormente à aprovação do plano pela Assembleia Municipal.

O período de discussão pública não pode ser inferior a 30 dias úteis e deve ser anunciado com a antecedênciamínimade5diasúteis.

A câmara municipal pondera as reclamações, observações, sugestões e pedidos de esclarecimento apresentadospelosparticulareseficaobrigadaaresponder,porescrito,fundamentadamente,pe-rante aqueles que invoquem, designadamente:

• Adesconformidadecomoutrosinstrumentosdegestãoterritorialeficazes;

• A incompatibilidade com planos, programas e projectos que devessem ser ponderados em fase de elaboração;

• A desconformidade com disposições legais e regulamentares aplicáveis;

• A eventual lesão de direitos subjectivos.

Para além das respostas escritas, a câmara municipal pode, sempre que o considere necessário, promover o esclarecimento directo dos interessados.

Quando as reclamações, observações, sugestões ou pedidos de esclarecimento sejam subscritos por mais de 20 cidadãos, a câmara municipal deve promover a publicação das respostas em dois jornais diários e um regional, quando exista.

Findo o período de discussão pública, a câmara municipal pondera e divulga, através da comunicação social edarespectivapáginadaInternet,osresultadoseelaboraaversãofinaldapropostaparaaprovação.

XII

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5 - PARECER FINAL DA CCDR RJIGT, art. 78.º

AcâmaramunicipalremeteàCCDRaversãofinaldapropostadeplanoparaefeitosdaemissãodoparecerfinal.

ACCDRpodeemitiroparecernoprazode10dias,improrrogáveis,anotificaràCâmaraMunicipale à Assembleia Municipal.

O parecer da CCDR não possui carácter vinculativo e incide sobre a conformidade com as disposi-ções legais e regulamentares vigentes e a compatibilidade ou conformidade com os instrumentos degestãoterritorialeficazes.

6 - APROVAÇÃO RJIGT, art.79.º

O plano, acompanhado do parecer da CA, é aprovado, pela assembleia municipal, em sessão públi-ca, mediante proposta apresentada pela câmara municipal.

Sempre que haja lugar à redelimitação da REN, vale a pena recordar que esta Reserva deve ser aprovada por RCM anteriormente à deliberação da Assembleia Municipal que aprova o plano.

Caso o PDM seja compatível com o PROT e os Planos Sectoriais em vigor, a Câmara Municipal proce-de à publicação conforme o descrito no ponto 7.

Caso o PDM não se seja compatível com o PROT ou Plano Sectorial em vigor, a Câmara Municipal desencadeiaoprocedimentodaratificaçãoconformeodescritonospontos8e9.

7 - PUBLICAÇÃO E DEPÓSITO RJIGT, arts. 81.º, 148.º, 150.º, 151.º e 151.º-A

Após a aprovação do plano pela Assembleia Municipal, a Câmara Municipal remete para publi-cação, na IIª Série do Diário da República, a deliberação municipal que aprova o plano director municipal, o regulamento, a planta de ordenamento e a planta de condicionantes.

O prazo que medeia entre a data de aprovação e a data de publicação não pode ser superior a 3 meses.

Após a publicação a Câmara Municipal envia, no prazo de 15 dias, à DGOTDU para efeitos de depó-sitoumacolecçãocompletadaspeçasescritasegráficasqueconstituemoconteúdodocumentaldo PDM, bem como uma cópia autenticada da deliberação da Assembleia Municipal que aprova o plano, o respectivo relatório ambiental, os pareceres ou actas emitidos, quando a eles houver lugar, e o relatório de ponderação dos resultados da discussão pública.

Também após a publicação em Diário da República, a Câmara Municipal procede à publicação na respectiva página da Internet do plano e da declaração contendo os elementos referidos no artigo 10.ºdoDecreto-Lein.º232/2007,de15deJunhoeenvia,amesmadeclaração,àAgênciaPortu-guesa do Ambiente, para efeitos de divulgação na sua página da Internet.

XIII

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8 - RATIFICAÇÃO RJIGT, arts. 80.º e 81.º

A câmara municipal procede ao envio à CCDR do processo completo do plano, para efeitos de rati-ficaçãosempreque,noâmbitodaelaboraçãoeaprovaçãoforsuscitadapelosserviçoseentidadescomcompetênciasconsultivasaincompatibilidadecomplanosectorialoucomplanoregionaldeordenamento do território.

OpedidoderatificaçãoéenviadoaoGovernopelaCCDRacompanhadodeparecerfundamentadodesta entidade.

AratificaçãodoPDMpeloGovernoimplicaarevogaçãooualteraçãodasdisposiçõesconstantesdosplanos sectoriais ou do plano regional de ordenamento do território afectados, determinando a correspondente alteração dos elementos documentais afectados por forma a que traduzam a actu-alização da disciplina vigente.

OGovernopodeprocederàratificaçãoparcialdoPDM,aproveitandoapenasàpartecompatívelcom os planos sectorial ou regional de ordenamento do território

OGovernoratificaoplano,porresoluçãodeConselhodeMinistroseprocedeàpublicaçãodarefe-rida resolução e do plano em Diário da República (Iª série).

9- PUBLICAÇÃO E DEPÓSITO DOS PLANOS SUJEITOS A RATIFICAÇÃO

Após a publicação da Resolução do Conselho de Ministros em Diário da República, a Câmara Muni-cipal envia, no prazo de 15 dias, à DGOTDU para efeitos de depósito uma colecção completa das peçasescritasegráficasqueconstituemoconteúdodocumentaldoPDM,bemcomoumacópiaautenticada da deliberação da Assembleia Municipal que aprova o plano, o respectivo relatório ambiental, os pareceres ou actas emitidos, quando a eles houver lugar, e o relatório de ponderação dos resultados da discussão pública.

Também após a publicação em Diário da República, a Câmara Municipal procede à publicação na respectiva página da Internet do plano e da declaração contendo os elementos referidos no artigo 10.ºdoDecreto-Lein.º232/2007,de15deJunhoeenvia,amesmadeclaração,àAgênciaPortu-guesa do Ambiente, para efeitos de divulgação na sua página da Internet.

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Nota explicativa sobre a tramitação da alteração do plano director municipal

Legislação de enquadramento

A tramitação dos procedimentos exigíveis nos processos de alteração de planos directores munici-pais (PDM) é regulada pelos seguintes diplomas legais:

• Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a redacção que lhe é conferida pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro, que, no presente texto se designa por RJIGT (Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial).

Fases

A tramitação da alteração do PDM implica o cumprimento de fases, cada uma constituída por um conjunto de procedimentos encadeados, desde a decisão inicial de alterar o plano até ao seu de-pósitonaDGOTDU,apósasuapublicação.Asfases,aseguiridentificadas,erespectivosprocedi-mentos são apresentados no presente texto e podem ser observados no diagrama anexo, onde estão também apresentados os prazos legais e as entidades competentes:

• Elaboração

• Participação pública

• Acompanhamento

• Concertação

• Discussão Pública

• Parecer Final

• Aprovação

• Ratificação

• Publicação

• Depósito e divulgação

1- INÍCIO DA ELABORAÇÃO

RJIGT, arts. 96.º e 74.º A câmara municipal delibera a alteração do Plano, em reunião, obrigatoriamente pública, devendo estabelecer os respectivos prazo de elaboração e de participação preventiva e, previamente, iden-tificareponderarosplanos,programaseprojectoscomincidêncianaáreadomunicípioobjectodaalteração, tanto os que existem como os que se encontram em preparação, de modo a assegurar as necessárias compatibilizações.

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Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano XIX

A deliberação é publicada na IIª Série do Diário da República e, simultaneamente, divulgada através da comunicação social, por avisos, e na respectiva página da Internet, dando lugar a um período, mínimo de 15 dias, de participação preventiva por parte dos cidadãos, para formulação de suges-tões e pedidos de informação sobre a elaboração da alteração do plano.

2 - ACOMPANHAMENTO RJIGT, arts. 96.º e 75.º- C

O acompanhamento da elaboração da alteração do PDM é facultativo.

No decurso da elaboração da alteração a Câmara Municipal pode solicitar o acompanhamento que entender necessário, designadamente a emissão de pareceres sobre a proposta de alteração ao plano ou a realização de reuniões de acompanhamento à CCDR territorialmente competente e/ou às demais entidades representativas dos interesses a ponderar.

Após a conclusão da elaboração da proposta de alteração do plano, a Câmara Municipal envia esta proposta,osparecereseventualmenteemitidoseorelatórioambiental(casosejustifique)àCCDRque,noprazode22dias,procedeàrealizaçãodeumaconferênciadeserviços,comtodasasenti-dades representativas dos interesses a ponderar, devendo a convocatória das entidades ocorrer com aantecedênciade15diaseseracompanhadapelaspropostasdealteraçãodoplanoedorespectivorelatório ambiental (caso exista).

Só são objecto de avaliação ambiental as pequenas alterações ao PDM que são susceptíveis de ter efeitossignificativosnoambiente.

AactadaconferênciadeserviçosdeveconteroparecerdaCCDRsobre:

• O cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis;

• A compatibilidade ou conformidade da proposta de alteração do plano com os instrumen-tosdegestãoterritorialeficazes;

• O fundamento técnico das soluções defendidas pela Câmara Municipal.

3 – CONCERTAÇÃO RJIGT, art. 76.º

Paraalémdaconcertaçãoque severificanaconferênciade serviços,acâmaramunicipalpodeigualmentepromover,nos20diassubsequentesàrealizaçãodareferidaconferência,reuniõesdeconcertação com as entidades que hajam nela discordado das soluções da alteração do plano, tendo em vista obter uma solução concertada que permita ultrapassar as objecções formuladas ou nova conferênciadeserviçoscomasentidadesrepresentativasdosinteressesaponderareaCCDR.

Casosejustifique,acâmaramunicipalprocedeàreformulaçãodaalteraçãodoplanoemfunçãodasdecisõestomadasnasreuniõesdeconcertaçãoounasconferênciasdeserviços.

Os representantes dos serviços e entidades da administração directa ou indirecta do Estado e das Regiões Autónomas são investidos de delegação ou subdelegação dos poderes para efeitos de vincu-lação daqueles serviços e entidades.

A posição manifestada pelos representantes dos serviços e entidades da administração directa ou

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Guia das Alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão TerritorialIntroduzidas pela Lei n.º 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 16 de Setembro

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Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano XX

indirectadoEstadoedasRegiõesAutónomasnasactasdasreuniõesouconferênciassubstituiospareceres que aqueles serviços e entidades devessem emitir nos termos legais e regulamentares.

No caso de não concordância com a proposta de alteração do plano ou falta de tomada de posição, considera-se que o serviço ou entidade representada nada tem a opor à proposta da alteração se não manifestar a sua discordância nos 5 dias posteriores à comunicação das actas das respectivas conferênciasoureuniões.

4 - DISCUSSÃO PÚBLICA RJIGT, arts. 96.º e 77.º

A câmara municipal procede ao anúncio de abertura do período de discussão pública através de aviso a publicar no Diário da República (IIª Série) e a divulgar na comunicação social e na respectiva página da Internet.

Deste aviso deve constar a indicação do período de discussão, das eventuais sessões públicas a que haja lugar e dos locais onde se encontra disponível a proposta, o respectivo relatório ambiental (casoexista),aactadaconferênciadeserviços,osdemaisparecereseventualmenteemitidoseosresultados da concertação, quando houver lugar, bem como da forma como os interessados podem apresentar as suas reclamações, observações ou sugestões.

Salienta-se que, caso haja lugar à redelimitação da RAN ou da REN, a planta de condicionantes, a submeter à discussão pública, deverá conter a redelimitação da RAN, devidamente sancionada pela Comissão Regional da Reserva Agrícola, e a proposta de redelimitação da REN, a aprovar por RCM, anteriormente à aprovação do plano pela Assembleia Municipal.

O período de discussão pública não pode ser inferior a 30 dias úteis e deve ser anunciado com a antecedênciamínimade5diasúteis.

A câmara municipal pondera as reclamações, observações, sugestões e pedidos de esclarecimento apresentadospelosparticulareseficaobrigadaaresponder,porescrito,fundamentadamente,pe-rante aqueles que invoquem, designadamente:

• Adesconformidadecomoutrosinstrumentosdegestãoterritorialeficazes;

• A incompatibilidade com planos, programas e projectos que devessem ser ponderados em fase de elaboração;

• A desconformidade com disposições legais e regulamentares aplicáveis;

• A eventual lesão de direitos subjectivos.

Para além das respostas escritas, a câmara municipal pode, sempre que o considere necessário, promover o esclarecimento directo dos interessados.

Quando as reclamações, observações, sugestões ou pedidos de esclarecimento sejam subscritos por mais de 20 cidadãos, a câmara municipal deve promover a publicação das respostas em dois jornais diários e um regional, quando exista.

Findo o período de discussão pública, a câmara municipal pondera e divulga, através da comunica-çãosocialedarespectivapáginadaInternet,osresultadoseelaboraaversãofinaldapropostadealteração ao PDM para aprovação.

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5 – PARECER FINAL DA CCDR RJIGT, arts. 96.º e 78.º

AcâmaramunicipalremeteàCCDRaversãofinaldapropostadealteraçãodoplanoparaefeitosdaemissãodoparecerfinal.

OparecerdaCCDRpodeseremitidonoprazode10dias,improrrogáveis,anotificaràCâmaraMu-nicipal e à Assembleia Municipal.

O parecer da CCDR não possui carácter vinculativo e incide sobre a conformidade com as disposi-ções legais e regulamentares vigentes e a compatibilidade ou conformidade com os instrumentos degestãoterritorialeficazes.

6 – APROVAÇÃO RJIGT, art. 96.º e 79.º

A alteração ao PDM é aprovada pela assembleia municipal, em sessão pública, mediante proposta apresentada pela câmara municipal.

Sempre que haja lugar à redelimitação da REN, vale a pena recordar que esta Reserva deve ser aprovada por RCM anteriormente à deliberação da Assembleia Municipal que aprova o plano.

Caso o PDM seja compatível com o PROT e os Planos Sectoriais em vigor, a Câmara Municipal proce-de à publicação conforme o descrito no ponto 7.

Caso o PDM não seja compatível com o PROT ou Plano Sectorial em vigor, a Câmara Municipal de-sencadeiaoprocedimentodaratificaçãoconformeodescritonospontos8e9.

7 – PUBLICAÇÃO E DEPÓSITO RJIGT, arts. 96.º, 81.º, 148.º, 150.º, 151.º e 151.º-A

Após a aprovação da alteração ao PDM pela Assembleia Municipal, a Câmara Municipal remete para publicação, na IIª Série do Diário da República, a deliberação municipal que aprova a alteração, os artigos do regulamento alterados, a planta de ordenamento e a planta de condicionantes actuali-zadas.

O prazo que medeia entre a data de aprovação e a data de publicação não pode ser superior a 3 meses.

Após a publicação a Câmara Municipal envia, no prazo de 15 dias, à DGOTDU para efeitos de depó-sitoumacolecçãocompletadaspeçasescritasegráficasqueconstituemoconteúdodocumentaldoPDM alterado, bem como uma cópia autenticada da deliberação da Assembleia Municipal que aprova a alteração do plano, o respectivo relatório ambiental (caso exista), os pareceres ou actas emitidos, quando a eles houver lugar, e o relatório de ponderação dos resultados da discussão pública.

Também após a publicação em Diário da República, a Câmara Municipal procede à publicação na respectiva página da Internet do plano alterado e da declaração contendo os elementos referidos noartigo10.ºdoDecreto-Lein.º232/2007,de15deJunhoeenvia,amesmadeclaração,àAgênciaPortuguesa do Ambiente, para efeitos de divulgação na sua página da Internet.

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8 – RATIFICAÇÃO RJIGT, art. 96.º e 80.º

A câmara municipal procede ao envio à CCDR do processo completo da alteração do plano, para efeitosderatificaçãosempreque,noâmbitodaelaboraçãoeaprovaçãoforsuscitadapelosserviçoseentidadescomcompetênciasconsultivasaincompatibilidadecomplanosectorialoucomplanoregional de ordenamento do território.

OpedidoderatificaçãoéenviadoaoGovernopelaCCDRacompanhadodeparecerfundamentadodesta entidade.

AratificaçãodoPDMpeloGovernoimplicaarevogaçãooualteraçãodasdisposiçõesconstantesdosplanos sectoriais ou do plano regional de ordenamento do território afectados, determinando a correspondente alteração dos elementos documentais afectados por forma a que traduzam a actu-alização da disciplina vigente.

OGovernopodeprocederàratificaçãoparcialdaalteraçãodoPDM,aproveitandoapenasàpartecompatível com os planos sectorial ou regional de ordenamento do território

OGovernoratificaalteração,porresoluçãodeConselhodeMinistroseprocedeàpublicaçãodestaresolução e da alteração em Diário da República (Iª série).

9 - PUBLICAÇÃO E DEPÓSITO DOS PLANOS SUJEITOS A RATIFICAÇÃO

Após a publicação da Resolução do Conselho de Ministros em Diário da República, a Câmara Muni-cipal envia, no prazo de 15 dias, à DGOTDU para efeitos de depósito uma colecção completa das peçasescritasegráficasqueconstituemoconteúdodocumentaldaalteraçãodoPDM,bemcomouma cópia autenticada da deliberação da Assembleia Municipal que aprova a alteração, o respectivo relatório ambiental (caso exista), os pareceres ou actas emitidos, quando a eles houver lugar, e o relatório de ponderação dos resultados da discussão pública.

Também após a publicação em Diário da República, a Câmara Municipal procede à publicação na respectiva página da Internet do plano alterado e da declaração contendo os elementos referidos noartigo10.ºdoDecreto-Lein.º232/2007,de15deJunhoeenvia,amesmadeclaração,àAgênciaPortuguesa do Ambiente, para efeitos de divulgação na sua página da Internet.

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Introduzidas pela Lei n.º 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 16 de Setem

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Nota explicativa sobre a tramitação da elaboração/revisão de planos de urbanização e planos de pormenor

Legislação de enquadramento

A tramitação dos procedimentos exigíveis nos processos de elaboração e revisão de planos de urba-nização (PU) e planos de pormenor (PP) é regulada pelos seguintes diplomas legais:

• Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a redacção que lhe é conferida pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro e pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro, que, no presente texto se designa por RJIGT (Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial).

Fases

A tramitação da elaboração ou revisão de PU e PP implica o cumprimento de fases, cada uma consti-tuída por um conjunto de procedimentos encadeados, desde a decisão inicial de elaborar ou rever o planoatéaoseudepósitonaDGOTDU,apósarespectivapublicação.Asfases,aseguiridentificadas,e respectivos procedimentos são apresentados no presente texto e podem ser observados no diagra-ma anexo, onde estão também apresentados os prazos legais e as entidades competentes:

• Elaboração

• Participação pública

• Acompanhamento

• Concertação

• Discussão Pública

• Aprovação

• Publicação e Depósito

1 – INÍCIO DA ELABORAÇÃO RJIGT, arts. 74.º, 77.º e 91.º-A

A Câmara Municipal delibera a elaboração ou revisão do Plano, em reunião obrigatoriamente pú-blica,definindo,previamente,aoportunidadeeostermosdereferênciadoplano,bemcomoamodalidadeespecíficadoPP,seforocaso.

Previamente à referida deliberação a Câmara Municipal pode solicitar à CCDR uma reunião com vista à indicação de quais as entidades representativas de interesses públicos que devam intervir no acompanhamento do plano.

A deliberação, que deve estabelecer os prazos de elaboração ou de revisão do plano e da participa-ção preventiva, é publicada na IIª Série do Diário da República e, simultaneamente, divulgada atra-vés da comunicação social, por avisos, e na respectiva página da Internet dando lugar a um período,

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Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano XXVI

mínimo de 15 dias, para formulação de sugestões e pedidos de informação sobre a elaboração do plano, por parte dos cidadãos (participação preventiva).

2 – ACOMPANHAMENTO RJIGT, art. 75.º-C

O acompanhamento da elaboração dos PU e PP é facultativo.

No decurso da elaboração dos planos a Câmara Municipal pode solicitar o acompanhamento que en-tender necessário, designadamente a emissão de pareceres sobre a proposta de plano ou a realiza-ção de reuniões de acompanhamento à CCDR territorialmente competente ou às demais entidades representativas dos interesses a ponderar.

Após a conclusão da elaboração da proposta do plano, a Câmara Municipal envia esta proposta, os pareceres eventualmente emitidos e o relatório ambiental à CCDR que, no prazo de 22 dias, procedeàrealizaçãodeumaconferênciadeserviços,comtodasasentidadesrepresentativasdosinteressesaponderar,devendoaconvocatóriadasentidadesocorrercomaantecedênciade15diase ser acompanhada pelas propostas do plano e do respectivo relatório ambiental.

AactadaconferênciadeserviçosdeveconteroparecerdaCCDRsobre:

• O cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis;

• A compatibilidade ou conformidade da proposta de plano com os instrumentos de gestão territorialeficazes;

• O fundamento técnico das soluções defendidas pela Câmara Municipal.

3 – CONCERTAÇÃO RJIGT, art. 76.º

Paraalémdaconcertaçãoque severificanaconferênciade serviços,acâmaramunicipalpodeigualmentepromover,nos20diassubsequentesàrealizaçãodareferidaconferência,reuniõesdeconcertação com as entidades que hajam nela discordado das soluções do futuro plano, tendo em vista obter uma solução concertada que permita ultrapassar as objecções formuladas ou nova con-ferênciadeserviçoscomasentidadesrepresentativasdosinteressesaponderareaCCDR.

Casosejustifique,acâmaramunicipalprocedeàreformulaçãodoplanoemfunçãodasdecisõestomadasnasreuniõesdeconcertaçãoounasconferênciasdeserviços.

Os representantes dos serviços e entidades da administração directa ou indirecta do Estado e das Regiões Autónomas são investidos de delegação ou subdelegação dos poderes para efeitos de vincu-lação daqueles serviços e entidades.

A posição manifestada pelos representantes dos serviços e entidades da administração directa ou indirectadoEstadoedasRegiõesAutónomasnasactasdasreuniõesouconferênciassubstituiospareceres que aqueles serviços e entidades devessem emitir nos termos legais e regulamentares.

No caso de não concordância com a proposta do plano ou falta de tomada de posição, considera-se que o serviço ou entidade representada nada tem a opor à proposta do plano se não manifestar a sua dis-cordâncianos5diasposterioresàcomunicaçãodasactasdasrespectivasconferênciasoureuniões.

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4 – DISCUSSÃO PÚBLICA RJIGT, art. 77.º

Concluída a elaboração da proposta de plano e, quando for o caso, decorrido o período de concerta-ção, a câmara municipal procede ao anúncio de abertura do período de discussão pública através de Aviso a publicar no Diário da República (IIª Série), a divulgar na comunicação social e na respectiva página da Internet.

Deste aviso deve constar a indicação do período de discussão, das eventuais sessões públicas a que haja lugar e dos locais onde se encontra disponível a proposta, o respectivo relatório ambiental, o parecer da CCDR e dos demais pareceres eventualmente emitidos, os resultados da concertação bem como da forma como os interessados podem apresentar as suas reclamações, observações ou sugestões.

Salienta-se que, caso haja lugar à redelimitação da RAN ou da REN, a planta de condicionantes, a submeter à discussão pública, deverá conter a redelimitação da RAN, devidamente sancionada pela Comissão Regional da Reserva Agrícola, e a proposta de redelimitação da REN, a aprovar por RCM, anteriormente à aprovação do plano pela Assembleia Municipal.

O período de discussão pública não pode ser inferior a 22 dias úteis e deve ser anunciado com a antecedênciamínimade5diasúteis.

A câmara municipal pondera as reclamações, observações, sugestões e pedidos de esclarecimento apresentadospelosparticulareseficaobrigadaaresponderfundamentadamente,porescrito,pe-rante aqueles que invoquem, designadamente:

• Adesconformidadecomoutrosinstrumentosdegestãoterritorialeficazes;

• A incompatibilidade com planos, programas e projectos que devessem ser ponderados em fase de elaboração;

• A desconformidade com disposições legais e regulamentares aplicáveis;

• A eventual lesão de direitos subjectivos.

Para além das respostas escritas, pode a câmara municipal, sempre que o considere necessário, promover o esclarecimento directo dos interessados.

Caso as reclamações, observações, sugestões ou pedidos de esclarecimento sejam subscritos por mais de 20 cidadãos, a câmara municipal deve promover a publicação das respostas em dois jornais diários e um regional, caso exista.

Findo o período de discussão pública a câmara municipal pondera e divulga os resultados através dacomunicaçãosocialedarespectivapáginadaInterneteelaboraaversãofinaldapropostaparaaprovação.

5 – APROVAÇÃO RJIGT, art. 79.º

O plano é aprovado, pela Assembleia Municipal, em sessão pública, mediante proposta apresentada pela câmara municipal.

Sempre que haja lugar à redelimitação da REN, vale a pena recordar que esta Reserva deve ser

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aprovada por RCM anteriormente à deliberação da Assembleia Municipal que aprova o plano.

Com a aprovação do plano pela Assembleia Municipal a fase de elaboração encontra-se concluída.

6 – PUBLICAÇÃO E DEPÓSITO RJIGT, arts. 81.º, 148.º, 150.º, 151.º e 151.º-A

Após a aprovação do plano pela Assembleia Municipal, a Câmara Municipal remete para publicação, na IIª Série do Diário da República, a deliberação municipal que aprova o plano, o regulamento, a planta de zonamento ou de implantação e a planta de condicionantes.

O prazo que medeia entre a data de aprovação e a data de publicação não pode ser superior a 2 meses.

Após a publicação a Câmara Municipal envia, no prazo de 15 dias, à DGOTDU para efeitos de depó-sitoumacolecçãocompletadaspeçasescritasegráficasqueconstituemoconteúdodocumentaldo plano, bem como uma cópia autenticada da deliberação da Assembleia Municipal que o aprova, o respectivo relatório ambienta, caso exista, os pareceres ou actas emitidos, quando a eles houver lugar, e o relatório de ponderação dos resultados da discussão pública.

Também após a publicação em Diário da República, a Câmara Municipal procede à publicação na respectiva página da Internet do plano e da declaração contendo os elementos referidos no artigo 10.ºdoDecreto-Lein.º232/2007,de15deJunhoeenvia,amesmadeclaração,àAgênciaPortu-guesa do Ambiente, para efeitos de divulgação na sua página da Internet.

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