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Doma Racional Equideos Redeas
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FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO 2 2 2 2 2
TRABALHADOR NA DOMA RACIONAL DE EQÜÍDEOS
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO
FÁBIO DE SALLES MEIRELLESPresidente
AMAURI ELIAS XAVIERVice-Presidente
EDUARDO DE MESQUITAVice-Presidente
JOSÉ CANDÊOVice-Presidente
MAURÍCIO LIMA VERDE GUIMARÃESVice-Presidente
LENY PEREIRA SANT'ANNADiretor 1º Secretário
JOÃO ABRÃO FILHODiretor 2º Secretário
MANOEL ARTHUR B. DE MENDONÇADiretor 3º Secretário
LUIZ SUTTIDiretor 1º Tesoureiro
IRINEU DE ANDRADE MONTEIRODiretor 2º Tesoureiro
SIGEYUKI ISHIIDiretor 3º Tesoureiro
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURALADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
FÁBIO DE SALLES MEIRELLESPresidente
GERALDO GONTIJO RIBEIRORepresentante da Administração Central
BRAZ AGOSTINHO ALBERTINIPresidente da FETAESP
EDUARDO DE MESQUITARepresentante do Segmento das Classes Produtoras
AMAURI ELIAS XAVIERRepresentante do Segmento das Classes Produtoras
VICENTE JOSÉ ROCCOSuperintendente em exercício
SÉRGIO PERRONE RIBEIROCoordenador Geral Administrativo e Técnico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 33333
TRABALHADOR NADOMA RACIONAL DE
EQÜÍDEOSRÉDEAS
TRABALHADOR NADOMA RACIONAL DE
EQÜÍDEOSRÉDEAS
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURALADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
SÃO PAULO - ABRIL DE 2005
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO 4 4 4 4 4
TRABALHADOR NA DOMA RACIONAL DE EQÜÍDEOS
IDEALIZAÇÃOFábio de Salles MeirellesPresidente da FAESP e do SENAR/SP
COORDENAÇÃOJair KaczinskiChefe da Divisão Técnica do SENAR/SP
AUTORJean Clanei GuimarãesTécnico em Agropecuária - Divisão Técnica do SENAR/SP
COLABORADORESCentro de Treinamento Cuba - Presidente Prudente/SPLuis Celso CubaProfessor Eqüestre
Osmar FlausinoTreinador de Eqüinos
REVISÃO DO TEXTOAntonio Nazareno FavarinProfessor
DIAGRAMAÇÃOThais Junqueira FrancoDiagramadora do SENAR/SP
FOTOSPaulo Norberto Rotta
Ficha Catalográfica elaborada porMaria Amélia L. de Campos Maravieski - Bibliotecária
CRB/8 nº 4898
Direitos Autorais: é proibida areprodução total ou parcial des-ta cartilha, e por qualquer pro-cesso, sem a expressa e préviaautorização do SENAR/SP.
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Administração S514t Regional do Estado de São Paulo.
Trabalhador na doma racional de eqüídeos: rédeas / Elaboração de Jean Clanei Guimarães e colaboração de Luis
Celso Cuba e Osmar Flausino. São Paulo : SENAR, 2000. 49 p. : il.
Bibliografia.
1.Cavalo - Doma 2. Cavalo - Adestramento I. Guimarães, Jean Clanei II. Cuba, Luis Celso III. Flausino, Osmar IV. Título.
CDU 636.1.088 CDU 636.1.088 CDU 636.1.088 CDU 636.1.088 CDU 636.1.088
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APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
OSERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEMRURAL - SENAR, criado em 23 de dezembrode 1991, pela Lei n° 8.315, e regulamentado em
10 de junho de 1992, como Entidade de personalidadejurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve aAdministração Regional do Estado de São Paulo criadaem 21 de maio de 1993.
Instalado no mesmo prédio da Federação da Agriculturado Estado de São Paulo - FAESP, o SENAR/SP tem, comoobjetivo, organizar, administrar e executar, em todo oEstado de São Paulo, o ensino da Formação Profissionale da Promoção Social Rurais dos trabalhadores epequenos produtores rurais que atuam na produçãoprimária de origem animal e vegetal, na agroindústria,no extrativismo, no apoio e na prestação de serviçosrurais.
Atendendo a um de seus principais objetivos, que é o deelevar o nível técnico, social e econômico do Homem doCampo e, conseqüentemente, a melhoria das suascondições de vida, o SENAR/SP elaborou esta cartilhacom o objetivo de proporcionar, aos trabalhadores epequenos produtores rurais, um aprendizado simples eobjetivo das práticas agro-silvo-pastoris e o uso corretodas tecnologias mais apropriadas para o aumento da suaprodução e produtividade.
Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recursode fundamental importância para os trabalhadores epequenos produtores, será também, sem sombra dedúvida, um importante instrumento para o sucesso naaprendizagem a que se propõe esta Instituição.
FÁBIO DE SALLES MEIRELLESPresidente do SENAR/SPPresidente da FAESP1º Vice-Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA
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SUMÁRIOSUMÁRIOINTRODUÇÃO
ASPECTOS GERAIS
I - RÉDEAS .......................................................13
II - P REPARO DO ANIMAL PARA O TREINAMENTO
DE RÉDEAS...................................................19III - F LEXIONAMENTO DO ANIMAL ........................23
IV - TRABALHO EM CÍRCULOS ..............................29
V - RECUO .........................................................31
VI - MUDANÇA DE DIREÇÃO EM 180º “ROLLBACK” .... 33
VII - G IRO EM 360 GRAUS “SPIN” ........................37
VIII -E SBARRO......................................................41
IX - EXERCÍCIO DE TROCA DE MÃO .....................45
X - ADAPTAÇÃO AO TRABALHO ............................47
XI - BIBLIOGRAFIA ..............................................49
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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOA modalidade Rédeas, como muitas do HipismoWestern, surgiu nos Estados Unidos.
Durante a colonização americana, o cavalo foi umapeça muito importante, principalmente para o homemdo campo.
Foram esses colonizadores, os futuros cowboys(vaqueiros), que sentiram a necessidade de ter umcavalo bem adestrado, para facilitar seus trabalhosdiários: lavrar o solo e auxiliar na lida com o gado emsuas propriedades.
Precisavam, também, de um meio de transporteseguro para levá-los à cidade e suas crianças à escola.
Anos se passaram e, após muitas observações eestudos, foram-se aperfeiçoando a criação e otreinamento dos cavalos. Criaram-se, assim, váriasmodalidades de hipismo, entre elas as técnicas deRédeas.
Surgiu, então, a Indústria da Rédeas, que hoje empregamilhares de pessoas, direta e indiretamente, dentroda Eqüideocultura.
A utilização de eqüídeos é fator relevante no processoprodutivo; cabe, pois, destacar a importância dessaatividade.
O "Trabalhador na Doma Racional de Eqüídeos" éuma ocupação que vem recebendo a atenção doSENAR/SP, em suas ações de aperfeiçoamento damão-de-obra rural, dentre elas, destacando-se a deRédeas.
A capacitação dos trabalhadores e pequenosprodutores rurais é de suma importância para aobtenção de melhores resultados nas tarefas do dia-a-dia, atuando, corretamente, de acordo com astécnicas e procedimentos recomendados nestacartilha.
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TRABALHADOR NA DOMA RACIONAL DE EQÜÍDEOS
A profissionalização proporciona ao domador opreparo para a atuação profissional e a competitividadeno mercado de trabalho.
Com isso, poderemos oferecer melhor serviço e,conseqüentemente, bons resultados, tanto no aspectopessoal quanto no financeiro, proporcionandobenefícios ao homem do campo.
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ASPECTOS GERAISASPECTOS GERAISO treinamento de Rédeas é a continuidade da domaracional de eqüídeos, e se constitui de um conjuntode manobras e exercícios fundamentais para treinar aagilidade e a flexibilidade do animal, exigidos no dia-a-dia. Portanto, essa técnica é considerada umadestramento básico.
Esse adestramento é fundamental para o sucesso dequalquer atividade com animais montados, pois ter ocontrole sobre eles não significa apenas guiá-los, master total domínio de seus movimentos.
Para desenvolver as técnicas de rédeas, é necessárioque o domador faça o manejo básico do animal e oprepare para o treinamento.
Os exercícios básicos de rédeas são:
a) flexionamento: conjunto de exercícios quetrabalham o animal desde o focinho até a garupa;
b) trabalho em círculos: consiste em movimentar oanimal, a galope e em círculos, grandes e pequenos,com controle de velocidade;
c) mudança de direção em 180 graus "Rollback" sobreas patas traseiras;
d) giro de 360 graus "Spin" sobre as patas traseiras;
e) esbarro: consiste em parar o animal de maneirarápida e precisa;
f) exercício de troca de mão: é o treinamento quevisa ao posicionamento correto dos membrosdianteiros e traseiros do animal, no momento demudança de direção do percurso;
g) adaptação ao trabalho: processo pelo qual o animalé submetido, de forma racional, a um novotrabalho, ao qual ele não estava, até então,"acostumado".
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TRABALHADOR NA DOMA RACIONAL DE EQÜÍDEOS
Enfim, é necessário, para o sucesso do treinamentode Rédeas, que essas etapas sejam cumpridasrigorosamente, para que o domador possa obter, aofinal do processo, um animal confiável e bemadestrado.
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I - RÉDEAS
FIG. 2 - Manta
I - RÉDEASÉ a continuidade do adestramento dos eqüídeos. Odomador utiliza técnicas apropriadas, sensibilidade,disciplina, perseverança e paciência para com osanimais, pois eles só aprendem por meio de contínuasrepetições.
O animal a ser submetido ao treinamento de rédeasdeve ter seus membros protegidos, ou seja, as regiõesde maiores riscos de lesões, tais como: coroa doscascos, canela e boleto, para que não haja nenhumprejuízo no seu adestramento.
Os materiais utilizados para o treinamento de rédeassão: sela, manta, protetor da coroa dos cascos(Cloches), caneleiras, boleteiras (Skidd Boot), gamarra,fechador de boca, rédeas, cabeçada, bridões, freios,martingale e esporas. O limpador de casco e arascadeira ou escova contribuirão para o processo dedesenvolvimento do animal.
Cada material possui uma função específica:
a) Sela
A sela é utilizada na montaria tanto para proteger odorso do animal como para proporcionar maiorconforto e segurança ao cavaleiro. Pode ser de couroou de náilon (neoprene) e deve, indispensavelmente,possuir dois pares de loros com estribos e barrigueiradianteira.
b) Manta ou bacheiro
É um forro que deve ter a espessura de mais ou menostrês (3) centímetros e ser macio, a fim de proteger odorso do animal. Os mais utilizados são feitos de lãou algodão; contudo, existem outros que são feitoscom materiais diversos.
FIG. 1 - Sela
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FIG. 3 - Protetores da coroa doscascos (Cloches)
FIG. 4 - Caneleiras de neoprene
FIG. 7 - Fechador de boca de couro
c) Protetores da coroa dos cascos (Cloches)
Os protetores são capas de couro ou náilon (neoprene)que cobrem e protegem a coroa dos cascos do animal.Estes evitam lesões, caso o animal esbarre as patasdianteiras ou estas com as traseiras. Eles são necessáriossomente nas patas dianteiras.
d) Caneleiras
São protetores de canelas que evitam lesões, duranteos movimentos do animal, e podem ser de couro ounáilon (neoprene). São utilizados nas quatro canelasdo animal.
e) Boleteiras (Skidd Boot)
São protetores de couro ou náilon (neoprene) queprotegem os boletos (machinho) do animal, nasmanobras de esbarros, evitando lesões.
f) Gamarra
É um arco de corda de náilon duro ou de arame, queé colocado no chanfro do animal e preso na barrigueiradianteira. Tem por finalidade posicionar a cabeça doanimal para obter maior domínio em seus movimentos.
g) Fechador de boca
O fechador de boca é uma cabeçada mais estreita,feita de couro ou náilon, que tem por finalidadecondicionar o animal a trabalhar com a boca fechada.Isto facilitará os comandos exigidos.
FIG. 6 - Gamarra de náilon
FIG. 5 - Boleteiras de neoprene
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FIG. 8 - Rédeas abertas de couro
h) Rédeas abertas
São compostas por duas cordas, de náilon ou couro,medindo, cada uma delas, dois metros e vintecentímetros (2,20 m) de comprimento. Têm afinalidade de facilitar a condução do animal em seusmovimentos.
i) Cabeçada
Cabeçada é um equipamento, de couro ou náilon, quese ajusta à cabeça do animal e serve para prender osbridões, freios e outros equipamentos utilizados.
j) Bridões
O bridão é um equipamento de ferro que é colocadona boca do animal. Tem a função de iniciar o processode embocadura. Pode ser de vários materiais; contudo,é recomendado que o bocal seja de ferro ou de cobre,uma vez que são melhor aceitos pelos animais.
Também são recomendados os bridões "D" e "O",liso e torcido, de acordo com o estágio de embocadurado animal, pois estes modelos proporcionam melhoradaptação do animal e maior rendimento naembocadura.
É utilizado, também, o "Guegui Bid", arco feito decabo de aço, que possui um bridão móvel, ajustadona cabeça do animal. O "Guegui Bid" contribui parao flexionamento e a embocadura.
FIG. 9 - Cabeçada de couro
FIG. 10 - A - Bridão "D" liso B - Bridão "O" liso
A
B
A
B
FIG. 11 - A - bridão "D" torcido B - bridão "O" torcido
FIG. 12 -"Guegui Bid"
liso
RÉDEAS
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l) Freio
É um equipamento usado na boca do animal, a fimde obter seu maior domínio. Utilizado na etapa finalda embocadura, pode ser feito de vários materiais;contudo, é recomendado que tenha o bocal de ferroou de cobre.
Existem vários tipos de freios, porém, para odesenvolvimento da técnica de rédeas, sãorecomendados: o freio bridão, o freio "Bili Ali" e ofreio "Loomes", pois estes modelos proporcionammelhor adaptação do animal e maior rendimento naembocadura.
m) Martingale
É um equipamento, feito de couro ou de náilon,contendo duas argolas em suas duas extremidades(pontas).
O martingale contribui para o posicionamento dacabeça e do pescoço do animal e o flexionamento emseus movimentos.
n) Espora
É um equipamento que se ajusta à bota do cavaleiro eé fundamental para o condicionamento do animal emsuas manobras. Proporciona ao cavaleiro total controlesobre o animal, no qual está montado.
As esporas deverão possuir rosetas rombudas (sempontas agudas), para que o animal aceite, sem receio,os comandos sem sofrer lesões.
o) Limpador de casco
É um ferro fino com espessura, aproximada, de um lápise com a ponta virada em forma de "L". Serve para retiraros resíduos de terra, mato, pedras e outros, que prejudicamos cascos do animal em sua locomoção.
FIG. 13 -Freio bridão
FIG. 14 -Freio "bili ali"
FIG. 15 -Freio loomes
FIG. 16 - Martingale de náilon
FIG. 17 - Esporas
FIG. 18 - Limpadores de casco
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p) Escova
Escova de plástico ou borracha que é utilizada pararemover pêlos e sujeiras do corpo do animal.
Atenção!
Estes materiais deverão estar limpos e emperfeitas condições de uso, a fim de contribuirno rendimento, segurança e qualidade do serviço.
Trajes recomendados para o domador
O domador também precisa se proteger; para tanto,ele deve usar os seguintes trajes:
a) Roupas justas: as roupas justas possibilitammobilidade nas operações, contribuindo notrabalho.
b) Botas ou botinas: devem estar em perfeitoestado, a fim de propiciar conforto e segurança aodomador.
c) Boné ou chapéu: o uso do boné ou chapéuproporciona à cabeça proteção contra os raiossolares.
Atenção!
A utilização desses trajes é de suma importância,para prevenir riscos de acidentes como pisõesdo animal e outros. Também, devemos nospreocupar com as doenças causadas pelos raiossolares, tais como a insolação, o câncer de peleetc., uma vez que o domador, devido à suaatividade, fica muito exposto ao ambienteexterno.
FIG. 19 - Escovas
FIG. 20 - Trajes recomendados
RÉDEAS
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II - PREPARO DO ANIMAL PARA OTREINAMENTO DE RÉDEAS
II - PREPARO DO ANIMAL PARA OTREINAMENTO DE RÉDEAS
Esta etapa consiste no manejo básico do animal, ouseja, ele deve ser conduzido ao ambiente no qual seráfeita a sua limpeza e o seu encilhamento, que devemser realizados antes do início de qualquer outraatividade. Este preparo é muito importante, poiscontribuirá para o sucesso do treinamento de rédeas.
Procedimentos para o preparo do animal:
a) trazer o animal a um local limpo para escová-lo,por inteiro, a fim de retirar resíduos de pêlos e desujeiras que possam incomodá-lo;
Atenção!
A escovação bem-feita proporciona boaaparência e possibilita maior afetividade entre odomador e o animal.
b) limpar os cascos do animal com o limpador decascos, para remover os resíduos de terra, mato,pedras e outros detritos que possam prejudicá-lo;
Atenção!
A limpeza dos cascos é muito importante e deveser feita antes de começar os trabalhos, uma vezque contribuirá para que o animal se movimentenaturalmente.
FIG. 21 - Animalem lugar limpo
FIG. 22 - Animalsendo escovado
FIG. 23 - Limpando o casco
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TRABALHADOR NA DOMA RACIONAL DE EQÜÍDEOS
Precaução:
Caso o animal esteja ferrado e a ferradura oualgum cravo estejam soltos, providencie o reparoimediatamente, a fim de evitar acidentes.
c) colocar a manta e a sela, após a limpeza do animal,posicionando-os e ajustando-os corretamente;
d) colocar, no animal, os equipamentos de proteção:caneleiras, protetores da coroa dos cascos (Cloches)dianteiros e as boleteiras (Skidd Boot) dos cascosposteriores, posicionando-os e ajustando-ossuavemente;
e) colocar o fechador de boca e a cabeçada com o bridão,posicionando-os e ajustando-os corretamente;
FIG. 24 - Ajustandoa sela no animal
FIG. 25 - Colocandoas caneleiras
FIG. 26 - Colocandoos protetores da coroa do casco
FIG. 27 - Colocandoas boleteiras
FIG. 28- Colocando fechadorde boca
FIG. 29 - Colocandoa cabeçada
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LIXO
f) passar as rédeas dentro do martingale e regular aaltura necessária, para o posicionamento da cabeçae do pescoço do animal. Em seguida, prenda omartingale na barrigueira dianteira (frente);
Atenção!
O zelo (cuidado) com o animal e com os materiaisutilizados será fundamental para o sucesso dotrabalho a ser desenvolvido.
FIG. 30 - Colocaçãodo martingale
PREPARO DO ANIMAL PARA O TREINAMENTO DE RÉDEAS
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III - FLEXIONAMENTO DO ANIMALIII - FLEXIONAMENTO DO ANIMALÉ o conjunto de exercícios que trabalham o animaldesde o focinho até a garupa. O movimento é feitoem círculos, ladeando o animal e em arco reverso.
Possibilita maior agilidade e desempenho e é realizadocom o animal montado. O domador, por sua vez,deve utilizar os comandos das mãos e a pressão daspernas, simultaneamente.
Tem por finalidade fazer com que o animal obedeçaaos comandos do domador, contribuindo para asmanobras a serem realizadas, uma vez que oflexionamento e o alinhamento são a base na técnicade rédeas.
Estes exercícios devem ser repetidos, sempre quenecessário, durante os treinos, pois proporcionam aoanimal condicionamento para os comandos exigidos.
Procedimentos de flexionamento em círculo:
a) flexionar a nuca do animal, encurtando as rédeas,e fazer com que ele ande para frente;
Atenção!
A correta postura do domador, sobre a sela, éfundamental para o condicionamento do animalnas atividades realizadas.
FIG.31 - Flexionamento da nuca
Animalparado
Animal emmovimento
Postura do cavaleiro
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b) parar e recuar o animal, alinhado, utilizando apressão das pernas;
c) aliviar as rédeas e fazer uma pausa (parada);
Atenção!
A pausa (parada) contribui para que o animalassimile (aprenda), aos poucos, as manobras.
d) pressionar a perna esquerda e movimentar o animalem círculos à esquerda, flexionando suas costelas eo seu pescoço;
e) repetir este procedimento à direita, ou seja,pressionar a perna direita e movimentar o animalem círculos à direita, flexionando suas costelas e oseu pescoço.
FIG. 32 - Recuando o animal
Animal alinhado Animal desalinhado
FIG. 33 - Animal parado
FIG. 34 - Flexionamento decostela e pescoço
FIG. 35 - Flexionamentode costela e pescoço
FIG. 36 - Flexionamento decostela, pescoço e garupa
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f) trabalhar com o animal a passo e em círculos,puxando a rédea de dentro e pressionando a perna,do mesmo lado, para que ele vire o focinho paradentro do círculo e realize a manobra comfacilidade;
g) repetir o mesmo procedimento a trote (com maisvelocidade), assim que o animal estiver realizandocorretamente esta manobra a passo.
Procedimentos de flexionamento com o animalladeando:
a) flexionar a nuca do animal, encurtando as rédeas,e fazer com que ele ande para a frente, empurrandocom as pernas;
b) pressionar a perna direita nas costelas e a rédeadireita no pescoço do animal, empurrando-o paraque ande à esquerda, ladeando;
FIG. 39 - Flexionando o animal
FIG. 40 - Posicionamento para ladear FIG. 41 - Ladeando para a esquerda
FIG. 37 - Flexionandoem círculo
FIG. 38 - Flexionamentoem círculo
FLEXIONAMENTO DO ANIMAL
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c) parar, aliviar as rédeas e dar uma pausa;
d) repetir o movimento à direita, flexionando a nucado animal, e pressionar a perna esquerda nas suascostelas e a rédea esquerda no pescoço,empurrando-o para andar para a direita, ladeando;
e) parar, aliviar as rédeas e dar uma pausa (parada),para que o animal assimile (aprenda) as manobras;
FIG 43 - Posicionamentopara ladear
FIG. 44 - Ladeandopara a direita
FIG. 45 - Agradando erelaxando o animal
FIG. 42 - Animal parado
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Atenção!
Essa operação deverá ser repetida até que oanimal não apresente resistência em virar paraos dois lados.
A pressão das pernas do cavaleiro nas costelasdo animal contribuirá para que ele não feche ocírculo e não force as rédeas.
Procedimentos de flexionamento de arco reverso:
a) andar com o animal a passo e em círculos, à direita,posicionando-o;
b) puxar a rédea, que está do lado de dentro do círculo,para fora e pressionar a perna direita, nas costelasdo animal, a fim de que ele coloque o focinho parafora do círculo e realize um círculo inverso;
c) parar, aliviar as rédeas e fazer uma pausa (parada),para que o animal assimile (aprenda) as manobras;
Exercício de ladeamento
FIG. 47 - Posicionandopara o arco reverso
FIG. 48 - Animal realizandoo arco reverso
FIG. 49 - Animal parado
FIG. 46 - Animal em círculo
FLEXIONAMENTO DO ANIMAL
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d) andar com o animal a passo e em círculos, àesquerda;
e) puxar a rédea, que está do lado de dentro do círculo,para fora e pressionar a perna esquerda, nas costelasdo animal, a fim de que ele coloque o focinho parafora do círculo e realize um círculo inverso;
f) parar, aliviar as rédeas e fazer uma pausa (parada),para que o animal assimile (aprenda) as manobras.
Atenção!
É fundamental que o domador faça um afago(agrado) no animal, após cada manobracorretamente concluída. Dessa maneira, o animalse sentirá mais confiante.
FIG. 50 - Posicionamentopara o arco reverso
FIG. 51 - Animalrealizando o arco reverso
FIG. 52 - Agradando o animal
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IV - TRABALHO EM CÍRCULOSIV - TRABALHO EM CÍRCULOSConsiste em movimentar o animal a galope e emcírculos, grandes e pequenos, à direita e à esquerda, demaneira cadenciada (no mesmo ritmo) e com controlede velocidade.
Esse trabalho deve ser realizado de forma alternadacom o do flexionamento, ou seja, um após o outro,para obter melhor rendimento do animal.
Esses exercícios deverão ser repetidos até que o animalfaça as manobras corretamente, ou seja, trabalhealinhado e realize o percurso determinado.
Procedimentos para o trabalho em círculos:
a) fazer o animal executar círculos a galope, no sentidoanti-horário (à esquerda), pressionando a pernadireita em suas costelas e posicionando a pernaesquerda, à frente;
b) manter o controle do movimento. Para aumentara velocidade, posicionar o tronco e as mãos (comas rédeas) para frente. Para diminuí-la, posicionaro tronco para trás, sentando mais fundo na sela, eretirar a folga das rédeas;
c) parar o animal, recuar e fazer uma pausa (parada),após certificar-se de que foram realizadoscorretamente vários círculos para a esquerda, a fimde que ele assimile (aprenda) as manobras;
FIG. 53 - Posicionamento do animal FIG. 54 - Trabalho em círculo
FIG. 55 - Trabalho em círculo
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d) fazer o animal executar círculos a galope, no sentidohorário (à direita), pressionando a perna esquerdaem suas costelas e posicionando a perna direita, àfrente;
e) parar o animal, recuar e fazer uma pausa (parada),após certificar-se de que foram realizadoscorretamente vários círculos para a direita, a fimde que ele assimile (aprenda) as manobras.
FIG. 56 - Posicionamentodo animal
FIG. 57 - Trabalhandoem círculo
FIG. 58 - Trabalhandoem círculo
FIG. 59 - Agradando e relaxando o animal
Exercícios em círculos
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V - RECUOV - RECUOO recuo significa fazer com que o animal se movapara trás.
Nas paradas deve-se, normalmente, exigir que o animalrecue (mova-se para trás), alinhado, a uma distânciade, aproximadamente, três (3) metros. Dessa maneira,o domador terá mais controle sobre o animal nodesenvolvimento das técnicas de rédeas.
Procedimentos do recuo:
a) com o animal parado, puxar as rédeas para trás,pressionar o assento da sela e utilizar,simultaneamente, a pressão das pernas nas suascostelas;
Atenção!
A correta postura do domador, na sela, éfundamental para o condicionamento do animalnas atividades executadas.
b) recuar (afastar) o animal, alinhado, a uma distânciade, aproximadamente, três (3) metros, e parar,aliviando as rédeas e a pressão das pernas nascostelas.
Atenção!
No momento em que o animal estiver cedendo,ou seja, recuando com facilidade, condicione-o,a fim de que ele realize esta manobra somentecom o comando das pernas.
FIG. 60 - Posicionamentodo animal
FIG. 61 - Posicionamento para o recuo FIG. 62 - Recuando o animal
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VI - MUDANÇA DE DIREÇÃO EM180 GRAUS “ROLLBACK”
VI - MUDANÇA DE DIREÇÃO EM180 GRAUS “ROLLBACK”
Este exercício consiste na mudança completa dedireção (180 graus) do animal sobre as patas traseiras(posteriores), ou seja, deve-se obrigá-lo a virar para aposição oposta (contrária) a qual estava indo.
Para facilitar as primeiras manobras, o domador poderáutilizar, como recurso, uma cerca, para ajudar a executara manobra com maior controle, pois servirá como linhaparalela, direcionando o movimento a ser executado.
Esta manobra deve ser repetida várias vezes, para queo animal fique condicionado a realizá-la.
Procedimentos para o "Rollback", com autilização de cerca:
a) conduzir o animal, a passo, em paralelo (lado a lado),à esquerda de uma cerca;
b) percorrer, aproximadamente, dez (10) metros eparar o animal. Recuar e realizar o giro de 180 graus,fazendo com que o animal se apóie em suas patastraseiras (posteriores), forçando as rédeas, nomesmo lado, e pressionando a perna esquerda nascostelas do animal, posicionar a perna direita parafrente como indicativo;
FIG. 63 - Conduzindo o animal ao lado da cerca FIG. 64 - Conduzindo o animal
FIG. 65 - Realizando o girode 180 graus “rollback”
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c) aliviar as rédeas e a pressão da perna e caminharcom o animal ao lado (paralelo) da cerca, após ogiro;
d) percorrer no sentido contrário (inverso),aproximadamente, dez (10) metros, e parar oanimal. Recuar e realizar o giro de 180 graus,fazendo com que o animal se apóie em suas patastraseiras (posteriores), forçando as rédeas, nomesmo lado, e pressionando a perna direita nascostelas do animal, posicionar a perna esquerdapara frente como indicativo;
e) aliviar as rédeas e a pressão da perna e caminharcom o animal ao lado (paralelo) da cerca, após ogiro.
Atenção!
A manobra de "Rollback", com o auxílio de umacerca, deverá ser executada até que o domadorperceba que o animal está seguro do movimento,ou seja, que ele o realiza com naturalidade.
FIG. 66 - Conduzindo oanimal ao lado da cerca
FIG. 67 - Realizando o girode 180 graus "rollback"
FIG. 68 - Conduzindo oanimal após o giro
Exercício de mudança de direção em 180 graus“rollback”, com utilização de cerca
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Procedimentos para o "Rollback", sem autilização de cerca:
a) conduzir o animal em linha reta até o centro dapista, parar, fazer um recuo de dois (2) passos eefetuar o giro de 180 graus, puxando as rédeaspara a esquerda e pressionando a perna direita nascostelas do animal;
b) aliviar as rédeas e a pressão da perna e caminharcom o animal em linha reta, após o giro;
c) percorrer, aproximadamente, vinte e cinco (25)metros, parar o animal e fazer um recuo de dois(2) passos. Efetuar, então, o giro de 180 graus,puxando as rédeas para a direita, pressionando aperna esquerda nas costelas do animal;
FIG. 69 - Conduzindo oanimal até o centro da pista
FIG. 70 - Realizandoo giro de 180 graus FIG. 71 - Finalizando o giro
FIG. 72 -Conduzindo o animal
FIG. 73 - Conduzindoo animal
FIG. 74 - Realizando a parada
FIG. 75 - Retornando ogiro de 180 graus (rollback)
MUDANÇA DE DIREÇÃO EM 180 GRAUS “ROLLBACK”
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d) aliviar as rédeas e a pressão da perna e caminharcom o animal em linha reta, após o giro.
Atenção!
Repita o exercício a passo, trote e galope por todaa extensão da pista de treinamento, para que oanimal aprenda a realizá-lo em qualquer lugar.
“Rollback” à direita “Rollback” à esquerda
Exercícios de “Rollbacks”
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VII - GIRO DE 360 GRAUS “SPIN”VII - GIRO DE 360 GRAUS “SPIN”Este exercício consiste em fazer com que o animalgire (360 graus) em eixo sobre o posterior interno (péde dentro do sentido do círculo), auxiliado peloposterior externo (pé de fora do sentido do círculo) eanteriores (patas dianteiras); ou seja, dê uma voltacompleta e retorne à posição inicial.
Com esse exercício, o animal irá adquirir mais equilíbrio,contribuindo no desenvolvimento do processo derédeas.
A velocidade dos giros vai depender da vontade e daagilidade de cada animal, e isso eles adquiremgradativamente.
Atenção!
Para que o animal realize o "Spin", é necessárioque esteja recuando bem, fazendo bons"Rollbacks", e tenha bom posicionamento emtodos os exercícios que antecedem esta etapa.
Procedimentos para o giro de 360 graus “Spin”:
a) movimentar o animal a passo, em círculos pequenos,à esquerda, diminuindo o círculo gradativamente;
FIG. 76 - Movimentando oanimal em círculo pequeno FIG. 77 - Diminuindo o círculo
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b) iniciar o giro de 360 graus, indicando com as rédease com a perna para dentro do círculo, pressionandoa perna direita nas costelas do animal;
Atenção!
A correta postura do domador é fundamentalpara a harmonia do movimento.
c) aliviar as rédeas e a pressão da perna e movimentaro animal para frente, após o giro “Spin”;
d) movimentar o animal a passo, em círculos pequenos,à direita, diminuindo o círculo gradativamente;
e) iniciar o giro de 360 graus, indicando com as rédease com a perna para dentro do círculo, pressionandoa perna esquerda nas costelas do animal;
FIG. 78 - Realizando o girode 360 graus “spin”
FIG. 79 - Movimentandoo animal para frente
FIG. 81 - Diminuindo o círculoFIG. 80 - Movimentando oanimal em círculo pequeno
FIG. 82 - Posicionando o animal FIG. 83 - Realizando o giroem 360 graus “spin”
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f) aliviar as rédeas e a pressão da perna e movimentar,naturalmente, o animal para frente, após o giro“Spin”.
Atenção!
É fundamental que o domador faça um afago(agrado) no animal, após cada manobracorretamente concluída. Dessa maneira, o animalse sentirá mais confiante.
FIG. 84 - Movimentandoo animal para frente
Exercícios de giros de 360 graus “Spin”
“Spin”
GIRO DE 360 GRAUS “SPIN”
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VIII - ESBARROVIII - ESBARROO esbarro consiste em parar o animal de maneirarápida e precisa.
O animal flexiona suas patas traseiras (membrosposteriores), posicionando e escorregando-as abaixo deseu corpo, em uma posição fixa, sem balançar(desequilibrar), e impulsionando sua garupa para a frente.
Para que o animal esbarre corretamente, são necessáriosmeses ou até anos de treinamento e dedicação, pois elesó aprenderá por meio de contínuas repetições.
Neste trabalho, é indispensável o uso de boleteiras(protetores dos boletos), pois nas paradas o animalesfrega (arrasta) seus boletos no chão e, caso nãoestejam protegidos, ocorrerão lesões gravíssimas.
Procedimentos do esbarro a trote:
a) movimentar o animal, a passo, até o final da cercae dar o comando de voz, em tom grave (ôôôh!!!),para fazer com que ele pare por si próprio;
b) fazer uma pequena pausa, realizar um giro de 180 graus"Rollback" e voltar, a trote, ao ponto de partida;
c) voltar, em seguida, com o animal trotando ealinhado até o final da cerca, sentando-secorretamente na sela; dar o comando de voz(ôôôh!!!), posicionando as rédeas, e deixar o animalparar, por si próprio, no final da cerca;
FIG. 85 - Animal parando
FIG. 86 - Posicionamentopara a retomada do exercício
FIG. 87 - Realizando ogiro de 180 graus “rollback”
FIG. 88 - Animal parando
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d) recuar e fazer uma pequena pausa, após a parada;
e) fazer um giro de 180 graus "Rollback" e voltar como animal, a trote, ao ponto de partida;
f) voltar com o animal trotando e alinhado, dar ocomando de voz (ôôôh!!!), e fazer a parada antesdo final da cerca, posicionando-se corretamentena sela e apoiando-se nas rédeas.
Atenção!
Esses procedimentos devem ser repetidos, váriasvezes, até que o animal esteja realizando estamanobra com naturalidade.
Procedimentos do esbarro a galope:
a) movimentar o animal, a trote, até o final da cerca edar o comando de voz, em tom grave (ôôôh!!!),fazendo com que ele pare por si próprio;
FIG. 89 - Realizando ogiro de 180 graus “rollback”
FIG. 90 - Parando antes da cerca
FIG. 91 - Animal parando
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FIG. 92 - Animal parado
b) fazer uma pequena pausa, realizar um giro de 180graus "Rollback" e voltar, a trote, ao ponto departida;
c) voltar com o animal galopando e alinhado até ofinal da cerca, sentando-se corretamente na sela;dar o comando de voz (ôôôh!!!), posicionando asrédeas, e deixar o animal parar, por si próprio, nofinal da cerca;
d) recuar e fazer uma pequena pausa, após a parada;
e) fazer um giro de 180 graus "Rollback" e voltar como animal, a galope, ao ponto de partida;
f) voltar com o animal galopando e alinhado, dar ocomando de voz (ôôôh!!!) e fazer a parada antesdo final da cerca, sentando-se corretamente na selae posicionando as rédeas;
g) fazer um giro de 180 graus "Rollback" e voltar como animal, a galope, ao ponto de partida.
Atenção!
Esses procedimentos devem ser repetidos, váriasvezes, até que o animal esteja realizando estamanobra com naturalidade.
FIG. 93 - Animal parando
FIG. 94 - Parando antesda cerca
ESBARRO
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IX - EXERCÍCIO DE TROCA DE MÃOIX - EXERCÍCIO DE TROCA DE MÃOTroca de mão é o posicionamento correto dosmembros dianteiros e traseiros do animal no momentode mudança de direção do percurso.
Esse exercício é fundamental para que o animalaprenda a posicionar e cadenciar suas passadas,harmoniosamente, para o lado que o domador indicarcom o uso das rédeas e pela pressão das pernas.
Esse exercício contribui para as manobras de círculose nas mudanças de direção.
Procedimentos de troca de mão:
a) flexionar a nuca e posicionar o focinho do animal,para iniciar o exercício de círculo à esquerda;
b) com o focinho do animal voltado para o lado dedentro do círculo que será realizado, pressionar aperna direita nas costelas do animal e posicionar aperna esquerda, levemente, à frente;
c) aliviar as rédeas e a pressão da perna e galopar àesquerda em círculo, com a pata (mão) esquerdaposicionada no sentido do círculo;
Atenção!
O posicionamento das patas (mãos) do animal éfundamental para a harmonia e o equilíbrio dosmovimentos.
FIG. 95 - Posicionamento doanimal na mão esquerda em círculo
FIG. 96 - Movimentando oanimal em círculo
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d) realizar vários círculos, controlando a velocidade ecadenciando o movimento do animal;
e) mudar ou inverter a direção do círculo, indicandocom as rédeas e, simultaneamente, pressionando aperna esquerda nas costelas do animal; posicionara perna direita, levemente, à frente, fazendo comque ele galope à direita em círculo, com a pata (mão)direita posicionada no sentido do círculo;
f) repetir este procedimento, várias vezes, até que oanimal realize a manobra corretamente.
Atenção!
Certifique-se de que o animal esteja trabalhandoalinhado, para que ele não faça uma troca de mãoincompleta, ou seja, mude somente as anteriores(patas dianteiras).
FIG. 97 - Troca de mãopara a direita
FIG. 98 - Galopandona mão direita
FIG. 99 - Troca de mãopara a esquerda
Exercícios de troca de mão
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X - ADAPTAÇÃO AO TRABALHOX - ADAPTAÇÃO AO TRABALHOA adaptação ao trabalho é o processo pelo qual oanimal é submetido, de forma racional, a um novotrabalho, o qual ele não estava, até então, acostumado.
Neste processo de adaptação, o animal adquire maiorconfiança e proporciona segurança ao seu condutornos trabalhos do dia-a-dia.
O animal, nesta etapa, é submetido a trabalhosdiferentes, como: abrir porteiras, apartar, laçar etc.
Este trabalho deve ser feito somente quando o animaltiver passado por todas as etapas do processo dadoma de rédeas. Dessa maneira, o animal será confiávelpara desenvolver qualquer atividade no meio rural,como abrir e fechar a porteira, apartar e trilhar o gadoe segurar uma rês (garrote) no laço.
Estas atividades deverão ser realizadas com plenocontrole do animal e com segurança, a fim de evitaracidentes.
Após o término das atividades executadas, o animaldeverá ser lavado, escovado e alimentado para que,no dia seguinte, tenha disposição para o trabalho.
FIG. 100 - Abrindoe fechando a porteira
FIG. 101 - Apartando o gado FIG. 102 - Trilhando o gado FIG. 103 - Segurando uma rês(garrote) no laço
FIG. 104 - Lavando o animal FIG. 105 - Enxugandoo animal
FIG. 106 - Alimentando o animal
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"O pr"O pr"O pr"O pr"O preço da perfeição é a prática constante".eço da perfeição é a prática constante".eço da perfeição é a prática constante".eço da perfeição é a prática constante".eço da perfeição é a prática constante".
(Dito popular)
"Embora os mestr"Embora os mestr"Embora os mestr"Embora os mestr"Embora os mestres e os livres e os livres e os livres e os livres e os livros sejamos sejamos sejamos sejamos sejamauxiliarauxiliarauxiliarauxiliarauxiliares necessários, é do esforço próprioes necessários, é do esforço próprioes necessários, é do esforço próprioes necessários, é do esforço próprioes necessários, é do esforço próprioque rque rque rque rque resultam os mais completos e brilhantesesultam os mais completos e brilhantesesultam os mais completos e brilhantesesultam os mais completos e brilhantesesultam os mais completos e brilhantesrrrrresultados".esultados".esultados".esultados".esultados".
(Dito popular)
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XI - BIBLIOGRAFIAXI - BIBLIOGRAFIA11
SENAR/SP - Serviço Nacional de AprendizagemRural. Administração Regional do Estado de SãoPaulo. Trabalhador na Doma Racional deEqüídeos. Elaborado por Jean Clanei Guimarães,Luís Celso Cuba, Márcio José Camargo de Oliveirae Paulo Afonso da Cunha. São Paulo: FAESP/SENAR, 1999.
LOOMIS, Bob. The Reining Horse (Fita de Vídeo).Oklahoma, USA.
JOHNSON, C. Reining Basics (Fita de Vídeo). USA,1996.
A.Q.H.A. - American Quarter Horse Association.Official Handbook of Rules & Regulations.Texas, USA, 1999.
A.B.Q.M. - Associação Brasileira dos Criadores deCavalos Quarto de Milha. Regulamento Geral deConcursos e Competições. São Paulo, 1995.
A.N.C.R. - Associação Nacional do Cavalo de Rédeas.Regulamento Geral de Competições. 3 ed.,Bauru (SP): Joarte, 1995.
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RUA BARÃO DE ITAPETININGA, 224CEP 01042-907 - SÃO PAULO (SP)TELEFAX.: (11) [email protected]