E SE CRISTO VOLTASSE AMANHÃ?

segundo volume -1° semestre 2017

SINISA MILOVANOVIC

Tesoureiro Executivo AFM

JOSÉ PAULO MARTINI

Diretor Geral Unasp-EC

MARC COLEMAN Diretor Internacional de Missões AFM

JOHN BAXTER Diretor de Recrutamento AFM

EDSON ROMERO

Diretor de Desenvolvimento Espiritual Unasp-EC

MARCELO DIAS

Diretor do Núcleo de Missão Unasp-EC

SAMIR DOMINGUES COSTA

Diretor AFM Brasil

CONRAD A. RAYMOND VINE

Presidente AFM

COMISSÃO ADMINISTRATIVA

EDITORIAL

Depois de quatro anos servindo como missionário na República Tur-ca de Chipre do Norte, fui convidado para ser o diretor da nova agência da Adventist Frontier Missions no Brasil. Como pastor brasileiro, fiquei feliz em poder retornar ao meu país e por ge-renciar um projeto tão inspirador.

Os anos que passei trabalhando com os muçulmanos em Chipre do Norte me deram uma boa visão do trabalho mis-sionário na Janela 10/40. Lá eu tinha que fazer um trabalho sigiloso e não podia contar a ninguém quem eu real-mente era. Por isso, minha esposa e eu gerenciávamos uma empresa de con-sultoria na capital do país. No entanto, nosso objetivo real era alcançar aquele povo com a mensagem do evangelho.

Nos anos que passamos ali com nossas duas filhas, tivemos a alegria de falar da nossa fé para alguns ci-priotas. Sempre orávamos para que Deus enviasse seus filhos até nós, aqueles que o estavam buscando. E Ele enviou. Hoje oramos para que as sementes que plantamos em Chipre do Norte germinem e para que em breve possamos encontrar nossos amigos cipriotas no Céu.

Agora tenho este novo desafio: coor-denar o escritório da AFM Brasil, com a responsabilidade de recrutar jovens ad-ventistas para servir como missionários de fronteira. E neste ano de 2017, tive a alegria de ver nosso primeiro grupo de missioná-rios partir para países como Camboja, Tur-quia, Benim, Guiné e Filipinas.

Esses missionários participaram de um treinamento de três semanas com a equi-pe da AFM americana. Foi uma grande benção! Eles aprenderam sobre missão intercultural, choque cultural, as diferentes religiões do mundo, entre outros assun-tos. Mas o ponto alto do treinamento foi o aprendizado espiritual, quando os missio-nários aprenderam a confiar em Deus e a depender Dele em todas as circunstâncias.

Os primeiros missionários brasileiros da Adventist Frontier Missions deixaram o Brasil em fevereiro com um sorriso no ros-to e alegria no coração, pois sabiam que este ano eles teriam o melhor emprego do mundo: falar de Cristo a outros.

Nesta edição, você vai ver um pouqui-nho do que Deus tem feito através destes missionários e também das primeiras impressões que eles tiveram ao chegar em seu novo lar. Você vai ver também um pouquinho do nosso treinamento e co-nhecer melhor os projetos da AFM Brasil.

Enquanto nossos missionários tra-balham no campo para levar o evange-lho, nós continuamos trabalhando aqui no escritório da AFM Brasil, preparando o novo grupo de missionários que irá servir a Jesus em 2018. Você vai conhe-cê-los nesta edição

Por fim, eu o convido a orar pela AFM Brasil, pelos nossos missionários e pelos projetos que temos ao redor do mundo. Ore para que Deus conti-nue trabalhando no coração dos não alcançados e para que as sementes plantadas possam gerar frutos.

Pr. Samir CostaDiretor Geral da AFM BrasilOs desafios

As respostas

Entrevista: Dr. Wagner Kuhn

Histórias de vitória

É tempo de missão

Projetos da AFM

E se Jesus voltasse hoje?

Missão é gratidão

Futuros missionários

Sobre a AFM Brasil

Sou apenas um instrumento

Cada um alcança um, mas...

Mundo sem fronteiras

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SUMÁRIOChefe de redação: Dr. Rodrigo FollisEditores: Mauren Fernandes, Thiago BasílioJornalista responsável: Ma. Andréia Moura (MTB: 7338/PR)Fotos: Ana Paula Pirani, ShutterstockDiagramação: Jônathas Sant’Ana, Fábio Roberto

www.afmbrasil.orgPublicação Especial

DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente Samir Domingues Costa Secretário Conrad Athelstan Raymond VineTesoureiro Sinisa Milovanovic

COMISSÃO ADMINISTRATIVA

Samir Domingues CostaConrad Athelstan Raymond VineSinisa MilovanovicMarc ColemanJohn BaxterJosé Paulo MartiniMarcelo Eduardo da Costa DiasEdson Romero Marques

ADVENTIST FRONTIER MISSIONS BRAZIL

Centro Universitario Adventista - Unasp-ECRodovia Municipal Pr. Walter Boger, KM 2.0Lagoa BonitaEngenheiro Coelho - SPCEP 13165-000

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita do AFM e da Unaspress

A Adventist Frontier Missions, Inc. é um ministério de apoio independente da Igreja Adventista do Sétimo Dia; contudo, não faz parte de, ou é afiliada a, ou sustentada por, a As-sociação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, ou por qualquer afiliado da Igreja Adventista. Portanto, qualquer conteúdo ou opinião expressada, implicada ou incluída, as-sim como os serviços prestados pela Adventist Frontier Mis-sions, Inc. são exclusivamente da Adventist Frontier Missions, Inc. e não da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Revista produzida em parceria com a Unaspress

www.unaspress.com.brunaspress@unasp.edu.br

Conselho Editorial: José Paulo Martini, Afonso Cardoso, Elizeu de Sousa, Francisca Costa, Reinaldo Siqueira, Wilson Paroschi, Rodrigo Follis, Betania Lopes.

segundo volume -1° semestre 2017

5

2.670

Há 2.670 povos no mundo, num total de 204 milhões de pes-soas, que não tem a Bíblia disponível em seu idioma.

62

Há 62 milhões de chineses Jin que não tem a Bíblia traduzida em sua língua.

93 No Irã, há 93 comu-nidades, sendo que apenas 8 conhecem o evangelho. Destas 8, a maioria é estrangeira.

450.000 Na Índia, há 450 mil

vilas onde não há presença cristã.

70%70% da população

mundial vive em países com religião

restritiva.

4.000 Existem mais de 4 mil povos que ainda não conhecem o evange-

lho, totalizando mais de 3 bilhões de pes-

soas.

A cada minuto, 44 pessoas morrem sem

conhecer o evangelho e outras 106 nascem

nesse contexto.

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76

O MUNDO PADECE SEM A PALAVRA DE DEUS (OSÉIAS 4:6)

“O espírito missionário necessita ser rea-vivado em nossas igrejas. Cada membro deve estudar de que modo poderá contri-buir para o avanço da causa de Deus, tanto em seu país quanto em terras estrangeiras. Mal se tem realizado nos campos missioná-rios uma milésima parte do que deveria ser feito. Deus convida seus obreiros a anexa-rem novos territórios para ele. Existem ricos campos de labuta aguardando pelo obrei-ro fiel. Anjos ministradores cooperarão com cada membro da igreja que trabalhar sem egoísmo para o Mestre.” (Ellen G. Whi-te, Testemunhos para a Igreja, Vol. 6, p.29)

“Como os raios do Sol penetram até aos mais afastados recantos do globo, as-sim designa Deus que a luz do evangelho se estenda a toda alma sobre a Terra. Se a igreja de Cristo estivesse cumprindo o desígnio de nosso Senhor, a luz se espar-giria sobre todos quantos estão assenta-dos nas trevas e na região da sombra da morte.” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, pág. 42)

Fonte: joshuaproject.net

A RESPOSTA DA AFM PARA UM MUNDOCOM FOME DA PALAVRADE DEUS

Em mais de 30 anos de ministério, a Adven-tist Frontier Missions enviou mais de 500 mis-sionários para o campo. Destes, 178 eram mis-sionários de carreira e 408 eram estudantes missionários ou missionários de curto prazo.

Eles já serviram países como as Filipinas, o Cam-boja, países da África ocidental, a Mongólia, a Albâ-nia e muitos outros, totalizando 40 comunidades. O foco principal da AFM é enviar missionários para os países da janela 10/40, que vai desde o oeste da África até a Oceania. Atualmente, os missionários da AFM estão distribuídos em 21 países diferentes, servindo um total de 25 comunidades.

O desafio agora chegou até nós. A AFM Bra-sil está sediada no Unasp Engenheiro Coelho, a fim de enviar missionários brasileiros para o mundo. Você pode fazer parte dessa história!

ETAPAS DO MINISTÉRIO DA AFM

■ Treinamento e arrecadação de fundos

■ Aprendizado da cultura e do idioma

■ Desenvolvimento de material missionário

■ Apresentação do evangelho

■ Mudança da visão espiritual

■ Ensino da cultura cristã

■ Desenvolvimento de líderes

■ Transição para a associação local

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FILIPINAS

CAMBOJA

ÁSIA CENTRAL

SUDESTE ASIÁTICOGRÉCIA

UCRÂNIA

BALCÃS

ALBÂNIA

IRLANDA

TURQUIA

MALI

GUINÉ

BENIM

NAMÍBIA

IRÃ

MESOPOTÂMIA

BUTÃO

TAILÂNDIA

ÍNDIA

PAPUA-NOVA GUINÉ

O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO PARA CONTAR AOS OUTROS QUE ELE VIVE?

Um grupo de alunos mulçumanos do sexto ano da nossa escola adventista em Fria, Guiné, sentiu-se inspirado a testar o que tinham aprendido sobre a oração. Tanto em particular quanto em público, eles pediram a Jesus para ajudá-los a se prepararem para as provas nacionais. Ele respondeu às suas orações de maneira poderosa. Quando o resultado das provas foi anunciado, um dos alunos testemunhou em sala de aula dizendo: “Jesus é Deus!”. Outro aluno mandou uma mensagem à professora, dizendo: “Jesus está vivo.” Em Guiné as crianças muçulmanas estão testemunhando que Jesus está vivo. Nos ajude a continuar essa missão, para que mais pessoas possam também viver essa verdade.

SEJA UM INTERCESSOR | SEJA UM PATROCINADORSEJA UM MISSIONÁRIO SAIBA MAIS: 19 3858 9031 | WWW.AFMBRASIL.ORG

Missão já é pauta antiga nas igrejas, mas os crentes nem sempre sabem como se engajar no trabalho. A ordem de Jesus para seus filhos é simples: Ide. Contudo, como lidar com as limitações que cada um possui? Como entender qual seu dom e usá-lo da melhor maneira possível para a salvação de outros? Wagner Kuhn, Ph.D., é professor de Missão Mundial e Estudos Interculturais e diretor dos programas de Doutorado em Missiologia e Pós-Doutora-do em Teologia na Universidade Andrews (EUA). Além de diretor associado do Ins-tituto de Missão Mundial da Associação Geral dos Adventistas, foi missionário na República Autônoma de Naquichevão e no Azerbaijão, quando dirigiu progra-mas de assistência e desenvolvimento da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA). Com toda sua experiência teórica e prática neste as-sunto, que é a alma da igreja, Kuhn acon-selha enfatizar a necessidade do trabalho voluntário e explica como ser um missio-nário, não importa onde você estiver.

AFM Brasil_Em sua visão, quão enga-jadas as pessoas de nossa igreja estão na missão, principalmente quando se fala de missão transcultural?

Wagner Kuhn_Muitas pessoas se man-têm engajadas, mas inconscientemente. Muitas vezes nem mesmo sabem que estão fazendo missão transcultural por-que não entendem que se relacionar com pessoas de outras culturas no lugar

em que se vive também é missão trans-cultural. Elas poderiam estar muito mais envolvidas se tivessem mais informações. Isso tudo é uma questão de informação, de geografia e de intencionalidade.

AFM_O que falta para que as pessoas se engajem mais e estejam cientes da ur-gência deste trabalho atualmente?

Kuhn_Obviamente o que falta muitas vezes é a compreensão do plano da salvação de uma maneira muito mais abrangente de forma que se viva isso no todo do seu ser. Quando se com-preende melhor e se aceita o plano da salvação, nós conseguimos entender muito melhor a necessidade de as pes-soas que nunca ouviram falar da pri-meira vinda de Jesus, e muito menos da segunda, também compreendam esse plano. Sendo assim, o que falta é mais compreensão e mais informação do que existe do outro lado do rio, do outro lado do mar, do outro lado da fronteira, do outro lado de uma religião. Muitas vezes também não nos envolve-mos mais porque não sentimos a ur-gência de apresentar Jesus, já que nos sentimos confortáveis onde estamos.

AFM_Como fica nossa responsabilida-de em relação a salvação dos outros se a salvação é individual?

Kuhn_Eu acho que as duas coisas andam de mãos dadas. Não existe salvação “só individual” ou “só co-letiva”. Existe uma responsabilidade

A LEI DO CÉU É DOAREntrevista com Wagner Kuhn por Ana Flávia

que Deus coloca no coração de to-dos nós, por exemplo, por que Je-sus mandou os discípulos de dois em dois, ou os doze, ou os setenta? Geralmente é um ajudando o outro. Assim, entendemos que a decisão da salvação é uma decisão que cada pessoa toma pelo livre arbítrio que se tem. Mas, depois, ela é sempre vi-vida dentro de um grupo.

AFM_De acordo com o que Jesus fala em Mateus 24:14, afirmando que “o Evangelho será pregado em todo o mundo e então virá o fim”, como os

cristãos podem se envolver mais com este trabalho mesmo com suas pos-síveis limitações?

Kuhn_Este verso demonstra uma urgên-cia e uma abrangência muito maior, mas missão não é apenas em outros lugares do mundo. Muitas vezes somos levados a fazer missão num outro lugar, numa outra cultura, mas como realizar esse trabalho apesar das limitações geográ-ficas? Trabalhando localmente. Eu sem-pre digo que missão se faz em parceria e às vezes o que você não pode fazer, uma outra pessoa que conhece diferentes lín-

“MUITAS VEZES TAMBÉM NÃO NOS ENVOLVEMOS MAIS PORQUE NÃO SENTI-MOS A URGÊNCIA DE APRESENTAR JESUS, JÁ QUE NOS

SENTIMOS CONFORTÁVEIS ONDE ESTAMOS”.

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“JESUS COMPREENDE CLARAMENTE AS LIMITAÇÕES DAS PESSOAS E SABE OS DONS E HABILIDADES DIFERENCIADAS QUE DEU PARA CADA UM.”

guas e tem flexibilidade para viajar, faz. Será como uma extensão sua, uma vez que, em certo sentido, foi você que le-vou aquela pessoa para ir ao campo em um outro lugar. Desta forma, onde esti-vermos podemos influenciar para que o evangelho seja pregado. Logo depois de Mateus 24:14, em Mateus 25, Jesus nos diz que “tudo quanto fizestes a um des-tes meus pequeninos, a mim o fizestes”, ou seja, cuidando dos doentes, visitan-do os hospitais, indo às prisões, abrindo trabalho nas casas dos pobres ou dando de comer. Seja como for, nós podemos e precisamos ser a voz do evangelho.

AFM_O “ide” de Cristo é para todos ou existe um grupo seleto de pessoas que irão sair para levar a salvação aos que nunca tiveram acesso a tal mensagem?

Kuhn_Eu acredito piamente que o cha-mado de Cristo é para todos e também não é uma sugestão, é uma ordem. Exemplo disto é Paulo e Barnabé. Jesus compreende claramente as limitações das pessoas e sabe os dons e habilida-des diferenciadas que deu para cada um. Paulo era destemido, corajoso, ele ia e falava. Ao mesmo tempo, Barnabé era um discípulo muito mais das conexões, da influência, das recomendações. Bar-nabé era aquele homem que conectava as pessoas umas com as outras. Ele nun-ca foi um missionário como Paulo, mas trabalhou com suas próprias caracterís-ticas, seguindo o seu chamado.

AFM_Com o pensamento comum de que “Jesus pode voltar amanhã” os cristãos acabam se acomodando em relação a pregação do evangelho, já que acreditam que apenas um pre-paro pessoal basta. Contudo, sabe-se

que existem muitos lugares ainda inal-cançados e para todos ouvirem sobre Cristo, anos de trabalho seriam neces-sários. Como deixar clara esta realida-de para a igreja e levá-la ao trabalho nestes lugares remotos?

Kuhn_Eu acho interessante aquela pas-sagem bíblica que diz assim: “e como ouvirão se não há quem pregue?” e a outra que basicamente responde: “eles crerão ao ouvirem a palavra. E a salva-ção vem pelo ouvir esta palavra”. Sendo assim, eu diria que pela informação e conhecimento. Eu acredito que a co-municação é muito importante. O tra-balho da AFM, por exemplo, tanto no preparo de missionários em si, como da própria divulgação de realidades que normalmente não são vistas por nós e nem sonhamos que existem, é comuni-cação, transmissão de conhecimento. Nesse mesmo sentido, a Bíblia é cheia de histórias que nos contam as diver-sas necessidades dos seres humanos. Para alguns apenas o estudo pessoal bastaria. Mas nós morremos espiritual-mente quando não estamos engajados em ajudar os outros. Quando vamos a outros lugares estamos estendendo o reino de Deus, estamos estendendo a igreja, a misericórdia divina. Se não fi-zermos isso, morreremos, porque a lei do céu é doar. Quando nós vamos, nós estamos dando de Deus, do céu, de nós mesmos. Nesse caso, por exemplo, o trabalho de informar a outras pessoas onde há necessidade faz parte da mis-são, pois muitos estão alheios a isso. Quanto mais informação – coerente e precisa – mais poderemos despertar a necessidade de irmos aonde o evange-lho nunca foi pregado.

NAS PRÓXIMAS PÁGINAS VOCÊ ACOMPANHA INCRÍVEIS HISTÓRIAS VIVIDAS NO CAMPO MIS-SIONÁRIO, EM LOCAIS DE ATUAÇÃO DA AFM.

HISTÓRIAS DE VITÓRIA

Quando o desconhecido se revela ..... p. 16Explicar o inexplicável ..... p. 19Trabalho pesado ..... p. 22O que ser quando crescer ..... p. 25Propósito divino ..... p. 28

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QUANDO O DESCONHECIDO SE REVELABruna Queiroz

Muito se debate hoje em dia sobre a existência de Deus e sobre o agir dele em nossas vidas. Sempre estive inseri-da nessas discussões, porém, nunca de maneira pessoal. Apesar de saber que existia um Jesus, eu não o conhecia. Vi-via meus dias de maneira indiferente.

Incrível é como Deus não desiste dos seus. Quando pequena conheci o clube de desbravadores Novo Horizonte e des-de então me apaixonei. Entretanto, nunca havia conhecido o Deus que o clube me apresentava e ,por isso, tentei viver meus caminhos a minha própria maneira. An-dei por onde eu bem quis, achando que conhecia bem por onde andava. Seguia desdenhando a vida de oração de pes-soas que me amavam. Até que certo dia precisei de ajuda e Ele, ainda desconheci-do em minha vida, me ajudou.Depois dis-so, quando realmente me converti, senti que deveria retribuir à altura.

BenimHá duas palavras que descrevem mi-

nha chegada a Benim: choque cultural! E isso foi desde o aeroporto em Cotonou até Natitingou, cidade onde trabalho. Durante dois dias na “Big City” fui me adaptando à uma cultura bem distinta da nossa. O mercado, por exemplo, está bem longe de ser o que imaginamos e

''Logo na chegada vi a simpatia deste povo tão especial,

até porque eu já os amava sem mesmo

conhecê-los, ape-nas por orar

por eles.''

A DESBRAVADORA QUE CONHECEU DEUS ENQUANTO SERVIA AOS OUTROS EM BENIN NA ÁFRICA

meta R$ 32.500,00

arrecadado R$ 17.836,63

falta R$ 14.663,37

comecei a entender porque a África é a o alvo de muitas missões. Além da falta de semáforos, não há lixeiras, por isso, tudo é jogado pelas ruas e pelo mercado, sen-do difícil distinguir o que estava à venda e o que era lixo. Isso foi algo que me mar-cou muito, mas ainda assim lembrei-me do meu desafio e da minha missão e consegui vencer essa etapa.

Ao chegar a Natitingou fui muito bem recepcionada. Cachorros, gali-

nhas, idosos, jovens e crianças fize-ram parte desse momento. Logo na chegada vi a simpatia deste povo tão especial, até porque eu já os amava sem mesmo conhecê-los, apenas por orar por eles. Agora esse amor vai criando forma e tornando-se ainda mais especial.

As instalações podem parecer simples, mas para mim, são ótimas. Embora não haja um banheiro como

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“Minha oração é que Jesus me ajude a mostrá-Lo ao maior número de pessoas.

Quero fazer esse trabalho se possível, por toda minha vida até que Ele volte”.

Histórias de vitória

estamos acostumados, aos poucos vou me dando conta que usar a la-trina não é tão ruim quanto parece e que tomar banho de “canequinha” é bem divertido, comer com a mão é muito bom e me lembra alguns mo-mentos de minha infância.

Aqui a Igreja Adventista ainda é pe-quena e não tem uma estrutura forte, há apenas uma na cidade e eu estou a 3 km dela, o trajeto é feito a pé, de bicicleta ou de moto. Grande parte dos membros não falam o francês, mas sim o Ditamari (dialeto de determinada tribo). Temos a felicidade de sermos uma igreja com muitas crianças, mas não há divisão de ministérios ainda, aventureiros, desbravadores e jovens estsão juntos e chamam-se JA (pro-nuncia-se /GA/). Tudo o que se tem ensinado aqui é para a necessidade lo-

cal. Na primeira reunião em que estive presente, eles construíram um Tippy Tap, para que eles criem o hábito de lavar as mãos após usarem o banheiro (as crianças ficaram muito felizes com a dinâmica que realizamos).

Minha oração é que Jesus me aju-de a mostrá-lo ao maior número de pessoas. Quero fazer esse trabalho, se possível, por toda minha vida, até que Ele volte. Você pode nos ajudar a levar o evangelho àqueles que não conhe-cem a Jesus, para que eles também saibam do amor de Deus e da espe-rança no retorno de Jesus. Aproveito para agradecer todas as doações. Elas fazem a diferença na vida de várias pessoas. Mas se você ainda não nos ajuda, faça seu compromisso para que, juntos, possamos guiar várias pessoas até Cristo.

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''Cada refeição aqui tem um cheiro

único da madeira queimando e que

rapidamente se mescla com o tem-pero utilizado para

o arroz.''

AS DIFERENÇAS CULTURAIS NA ADORAÇÃO AO MESMO DEUS

EXPLICAR O INEXPLICÁVELDenys Felipe

Colocar em palavras o que é ser um missionário é uma tarefa com-plicada e me arrisco a dizer que é quase tão complicado quanto colo-car em palavras alguns sentimentos, como por exemplo, tentar explicar para alguém, através de um texto, o que é saudade. Ou até mesmo ter que explicar como é o vermelho para uma pessoa que nunca o tenha visto. Acredito que ser missionário é algo que sentimos pelos outros, algo que nos faz querer servir as pessoas e atender as suas necessidades.

Quem é ou já foi missionário sabe qual é a sensação e a mistura de sentimentos de estar desbravando o desconhecido de uma nova cultura, língua e povo, simplesmente para se tornar um deles e ajudá-los em suas necessidades reais, demonstrando amor por eles.

PalawanosSão 6h40 da manhã. O clima está

agradável, cerca de 23°C e eu estou dentro da minha barraca. Acabei de acordar e estou ansioso para saber como será o meu primeiro sábado no campo missionário. Ontem choveu praticamente o dia inteiro, coisa atí-pica para uma sexta-feira no meio da temporada seca, na qual é possível fi-

meta R$ 32.500,00arrecadado R$ 4.138,64

falta R$ 28.361,36

“Logo dei um jeito de me apresentar e todos deram risada quando eu falei que

vinha do Brasil. ”

Histórias de vitória

20 21

car até seis meses sem cair uma gota. Quem sabe essa chuva fora de época tenha alguma coisa para dizer.

Saio da barraca e me junto a alguns nativos ao redor de um fogo de chão onde estão cozinhando arroz e alguns vegetais para o final de semana. Cada refeição aqui tem um cheiro único da madeira queimando e que rapidamen-te se mescla com o tempero utilizado para o arroz. Durante aquela refeição tento me comunicar com os nativos

usando algumas das palavras que aprendi durante os meus primeiros dias aqui, mas não tive muito suces-so. Logo chega uma das coordenado-ras do projeto e fala para eu trocar de roupa, pois iríamos para a igreja. Acos-tumado com a igreja no Brasil, coloco uma calça e um tênis e então saímos.

Depois de cerca de 30 minutos den-tro do mini caminhão andando por uma estrada de pedras e cercada por plantações de arroz dos dois lados,

chegamos a uma pequena construção de palha, suspensa por algumas ma-deiras e que continha degraus que le-vavam a uma grande entrada. Ao lado, uma pequena placa azul que indicava que ali era o nosso destino. Preciso di-zer que era completamente diferente de tudo que eu já tinha visto antes.

Ao me aproximar percebo que antes do primeiro degrau estão alguns pares de chinelo. Perguntei para a coordena-dora o que aquilo representava e ela me explicou que de acordo com a cul-tura local, não pode entrar na casa das pessoas com os pés sujos com a sujeira da rua. Subo aqueles degraus e logo te-nho toda a atenção voltada para mim. Cerca de 25 pessoas, todas sentadas no chão de uma forma que deixou bem

claro que homens e mulheres não sen-tam juntos, mesmo os casados.

Logo dei um jeito de me apresentar e todos deram risada quando eu falei que vinha do Brasil. Acredito que eles acharam o nome diferente e engraça-do. Isso ajudou a quebrar o clima e ali, naquele ambiente agradável, cercado de crianças transbordando ânimo e alegria, eu fiquei o resto do sábado. No fim da tarde, voltando para a fazenda, sentado na carroceria do mini cami-nhão, olhando as montanhas intera-girem com as plantações de arroz, eu pude ter certeza que aquela chuva fora de época queria me dizer que grandes experiências estavam por vir.

meta R$ 32.500,00arrecadado R$ 30.929,00

falta R$ 1.571,00

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Giancarlo Ferrari

Vivemos em uma época em que é tão comum ouvirmos as pessoas re-clamarem seus direitos que estamos acostumados com cada um lutando pelo que quer e por si. O “amor próprio” acabou sufocando o amor a Deus e ao próximo. As pessoas entendem “viver”, como fazer o que eu quero, quando quero e se eu quiser.

Quando você decide ser um mis-sionário envolve muito mais do que pegar um voo e parar num outro país onde poucos ou quase ninguém co-nhece a Jesus. Se dedicar ao trabalho missionário envolve você abrir mão do eu. Envolve você entender que as suas ações não serão mais guiadas pela sua vontade e sim pela de Deus. Você está caminhando totalmente na contramão do mundo. Ser missionário é entender que você pode usar barba, mas se isso for visto como algo negativo onde você estiver, você não usará para poder al-cançar melhor as pessoas daquele lu-gar. É entender que existem alguns pe-rigos que você pode correr, mas que ali você não está passando férias, e sim vi-vendo pela salvação daquelas pessoas. O preço é alto! É muito difícil deixar o que você ama para trás, deixar família, amigos e projetos pessoais, ainda mais por pessoas que podem nem te receber

''As pessoas aqui têm pouco e as

condições de so-brevivência são bem precárias,

mas o maior desa-fio é você encon-trar uma criança

sem um sorriso no rosto para oferecer

ou um adulto que não esteja sempre disposto a ajudar.”

COMO UMA ESCOLA CRISTÃ NO CAMBOJA MUDOU A VIDA DE ALUNOS, PROFESSORES E MISSIONÁRIOS

TRABALHO PESADO

ou te ouvir. Às vezes já fiquei me ques-tionando se eu estava pronto para pa-gar esse preço. É muito difícil!

#PartiuCambojaÉ incrível como as coisas boas da

vida são de graça e, mesmo assim, a gente luta para conquistar dinheiro, posses e objetos que nos dão a impres-são de que estamos completos. As pes-soas aqui têm pouco e as condições de sobrevivência são bem precárias, mas o maior desafio é você encontrar uma criança sem um sorriso no rosto para oferecer, ou um adulto que – apesar da

feição séria, – não esteja sempre dis-posto a ajudar. O povo é muito silencio-so e tímido, não gosta de atrapalhar. No meu segundo dia aqui eu marquei com o Savoen, motorista do tuk tuk, para sair de casa às 07h e não me atrasar. Conforme marcado, fiquei esperando. Quando foi 07h05, sem notícias do Sa-voen, eu resolvi sair de casa para olhar e ele estava lá fora, me olhando.

- Eu estava te esperando, não queria atrapalhar — isso exemplifica muito bem como é o povo aqui!

As pessoas na escola são muito boas e todos são professores de pri-

“Se dedicar ao trabalho missionário en-volve você abrir mão do eu. Envolve você

entender que as suas ações não serão mais guiadas pela sua vontade e sim

pela de Deus”.

Histórias de vitória

Quando eu era criança imaginava que missionário fosse algo parecido com o Indiana Jones. O caçador de tesouros era forte, valente, destemido e inteligente. Com astúcia conseguia sair das mais diversas e desafiadoras situações. Na minha inocente imagi-nação infantil, pensava que o trabalho missionário era assim também, como um filme em que tudo dá certo no fi-nal. Como acontece com toda criança quando cresce, minha imaginação deu lugar à realidade e percebi que missio-nário não era bem um Indiana Jones, mas que tinha lá suas similaridades.

Depois de formada fui trabalhar em uma multinacional e nesse período conheci o projeto Missão Calebe. Me lembrei dos pensamentos de criança, quando acreditava que para ser mis-sionário precisava ser tão bom quan-to o Indiana Jones. Demorei para entender que bom mesmo, só Deus, e que longe de ser um herói, o missio-nário é um humilde servo. Ali, no meio das pessoas, entendi que missionário é parecido com o caçador de tesou-ros. A diferença está no tesouro que se caça. Acredito que não há pedra preciosa, por mais valiosa que elas sejam, que valha o sangue de Deus. O ser humano é o maior tesouro que alguém pode conquistar e o missio-nário é quem entrega esse tesouro

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meira viagem. Essa é a única escola particular aqui na região. Todos os professores da escola são cristãos, mas nem sempre foi assim. Os que não eram, receberam estudos bíbli-cos. Os que não são ainda, estão fa-zendo estudos e a escola é uma refe-rência para a comunidade cristã. Os recursos da escola, porém, são bem limitados, tanto em recursos huma-nos quanto financeiros. Tudo que pode ser feito para economizar, fa-zemos. Isso porque, com o valor eco-nomizado ao final do mês, é possível oferecer um projeto diferente para as crianças. Uma nova escola, bem maior que a atual, está sendo cons-truída com o objetivo de atender as

crianças da fila de espera. Mas a prin-cipal pergunta é: quem as ensinará?

Enquanto orava, Deus me respon-deu. Se Jesus, filho de Deus, deixou tudo que Ele tinha no Céu, sem pen-sar duas vezes para viver entre seres tão inferiores como nós e nos salvar, quem sou eu para negar o chamado de deixar minha vida para viver entre pessoas iguais a mim que também precisam de salvação?

Deixar Deus atuar na vida das pes-soas através de você é uma experiên-cia única. Ao final de uma missão você tem duas escolhas: apagar da sua me-mória tudo que você viveu ali ou então mudar sua vida por completo!

Lucília Maria

''Diferente do Indiana Jones, Jesus veio e

serviu por amor. Correu atrás daqueles que nem

sabiam que estavam perdidos e por amor ao

ser humano, doou a si mesmo por inteiro.''

A REALIDADE DE UM MISSIONÁRIO É BEM DIFERENTE DO IMAGINADO

O QUE SER QUANDO CRESCER

meta R$ 32.500,00arrecadado R$ 6.033,00

falta R$ 26.467,00

ao Espírito Santo, para que possa ser lapidado. Diferente do Indiana Jones, Jesus veio e serviu por amor. Correu atrás daqueles que nem sabiam que estavam perdidos e por amor ao ser humano, doou a si mesmo por intei-ro. Deus é o único suficientemente forte, valente, destemido e inteligente capaz de resgatar a humanidade.

O dia em BenimChegamos ao aeroporto de Benim

por volta das 13h. Um funcionário pediu para que a gente preenchesse

um guia com informações da viagem e depois passamos pela imigração. Fizeram poucas perguntas, mas ao sair, alguns homens vestidos à pai-sana com um crachá meio apagado, disseram que eram da Polícia Fede-ral. Abriram nossa mala de mão, fi-zeram muitas perguntas e então nos liberaram. Na próxima porta tinham uns homens uniformizados e disse-ram que podiam nos ajudar com as malas. Fomos levadas até Suzy e Uli. A Suzy estava sentada e a Uli em pé. Logo que nos viram acenaram com o

“O ser humano é o maior tesouro que alguém pode conquistar e o missionário é quem entrega esse tesouro ao Espírito

Santo, para que possa ser lapidado”.

Histórias de vitória

braço, em cumprimentos. Elas per-guntaram como foi a viagem e de-pois fomos para um hostel.

Nos apresentamos na Associação Adventista de Benim e passamos em uma das igrejas só para buscar algum material para o evangelismo em Nati-tingou e Taguietá. Logo depois fomos para um mercado ao ar livre para com-prar roupa. Tudo é colocado no chão e as roupas estavam amontoadas em cima de um plástico preto. Nós puxáva-mos as peças e víamos se gostávamos e caso alguma chamasse nossa atenção, era preciso experimentar colocando a roupa por cima da que já estávamos vestindo, pois aqui não tem provador. Além de roupas, o mercado oferecia co-mida, produtos de higiene e livros, mas compramos só saias, algumas camise-tas e umas calças bem largas.

No terceiro dia acordamos às 5h30 para enfrentarmos 12 horas de via-gem até Natitingou e Taguietá, nosso destino final. Olivia, uma nativa que irá me ensinar o francês daqui, nos acompanhou na viagem. Apesar do meu inglês fraco, estou conseguindo me comunicar e entender muita coi-sa. Percebi que entre elas havia uma apreensão sobre nossa chegada e de como seríamos nesse ambiente tão diferente da nossa realidade no Brasil. Espero superar as expectati-vas, tanto minhas quanto as deles. O Senhor me chamou e eu aceitei o convite de vir, mas você também pode ser um missionário e ajudar a outros também irem. Ore por mim, pela missão, pelos tesouros que se-rão alcançados e contribua com a missão de Deus.

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João Silva

Em uma sociedade com tantas lu-zes que nos chamam a atenção, é nor-mal que jovens busquem o sucesso e ascensão profissional como formas de alcançar a felicidade alardeada e ven-dida nos belos anúncios publicitários. Neste cenário urbano, cheio de pro-messas, eu vivia e esperava construir minha carreira. Trabalhava no coração financeiro do Brasil, tentando, como muitos da minha idade, encontrar a realização pessoal tão almejada.

Mas Deus tinha um plano diferente, um plano que realmente não parecia fazer sentido, mas que era totalmente contrário ao que já havia imaginado. Algumas pessoas relatam que suas ex-periências de “chamado” para servir de maneira integral na obra de Deus, ocor-reram de maneira sobrenatural ou espe-tacular. Bom, no meu caso não foi desta forma. O Espírito Santo foi paciente fa-lando ao meu coração e mostrando que nada daquilo que eu estava buscando tinha realmente valor quando compara-do com a necessidade urgente das pes-soas ouvirem o evangelho.

Quantos anos mais eu passaria den-tro de um escritório, enquanto lá fora tantos não sabem sobre este amor maravilhoso que venceu a cruz por

''Desta vez o cená-rio urbano não é

mais uma cortina de fumaça produ-

zida pela busca de sonhos fugazes,

mas o local onde Deus me trouxe

para viver uma ex-periência inesque-cível ao lado dele.''

APRESENTAR CRISTO A PESSOAS DE OUTRO PAÍS É DESAFIADOR, PORÉM NECESSÁRIO

PROPÓSITO DIVINO

meta R$ 32.500,00arrecadado R$ 9.389,29

falta R$ 23.110,71

nós? Relutei por um tempo, pois, não fazia sentido, do ponto de vista hu-mano, largar uma carreira promissora para me aventurar a ser um estudante de Teologia e muito menos para ser um missionário.

A TurquiaUma suave voz conduziu o meu

processo até aqui, pois, desde que decidi iniciar o curso, no meu coração estava o desejo de servir como mis-sionário. Ao longo dos meus estudos este sentimento foi aumentando gra-dativamente. E hoje, enquanto você está lendo este artigo, eu estou como missionário em uma grande cidade do Oriente Médio. Desta vez o cená-

rio urbano não é mais uma cortina de fumaça produzida pela busca de so-nhos fugazes, mas o local onde Deus me trouxe para viver uma experiência inesquecível ao lado dele.

No momento estou em uma cidade com muitas universidades e que recebe pessoas de diversos lugares do mundo. É possível, em um mesmo dia, dividir a mesa com paquistaneses, afegãos, ni-gerianos e uma sala de aula com ucra-nianos e coreanos. A cidade pulsa no ritmo frenético do cotidiano de uma metrópole com suas buzinas tão carac-terísticas. O trânsito como é de se espe-rar, carrega milhares de pessoas rumo aos seus compromissos. Carrega so-

“Uma suave voz conduziu o meu proces-so até aqui, pois, desde que decidi iniciar o curso, no meu coração estava o desejo

de servir como missionário”.

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nhos e como em todos os lugares, tam-bém têm a esperança de dias melhores sem a quase que constante ameaça de terrorismo. É perceptível em todos os lugares que as tensões provocadas pelos recentes ataques ainda pairam pelo ar. Detectores de metal e revista são frequentes nos lugares mais movi-mentados da cidade.

Eu poderia mencionar aqui as dife-renças na alimentação, na forma de se comportar - não use o seu sapato dentro de uma casa ou dormitório turco - ou até mesmo sobre as dife-renças na hora de usarmos o banhei-ro ou de lavarmos a roupa em uma máquina com instruções e botões indecifráveis. Tudo isso existe e cau-sa um impacto para quem está aqui

há apenas poucos dias como eu. Mas nada disso se compara ao impacto de estar em uma cidade, em um país, com milhões de pessoas que nascem, vivem e morrem sem saber que exis-te um Salvador. Sem saber que existe um plano de amor para a eternidade e que existe alguém que pode ali-viar todas as dores e que morreu por amá-los. Quantas gerações já vieram e já se foram - estamos falando de um país milenar - e quantas mais terão que passar para que saibam sobre as verdades do Evangelho? Enquanto isso, seus filhos continuam a seguir a sua vida, simplesmente sem saber que Jesus ama cada um deles – algo que para nós é tantas vezes repetido.

Todo tempo é tempo de missão. Bus-car e salvar o perdido tem sido a priorida-de do céu, e para todo aquele que aceita o chamado de Deus essa tem sido tam-bém a prioridade. Mas agora, mais do que nunca, vivemos em um tempo de missão. O foco principal da Associação Geral é “total envolvimento dos membros”, o que na Divisão Sul Americana definimos como “meu talento, meu ministério”.

Para a honra e glória de Deus estamos presenciando uma ação grandiosa do Espírito Santo movendo principalmente jovens, mas também pessoas das mais diversas faixas etárias em dedicar in-tegralmente um tempo das suas vidas para a pregação do evangelho. É nesse contexto que desejo me referir a um dos personagens bíblicos que mais nos ins-pira para a missão: o apóstolo Paulo. O que movia Paulo, o porquê da disposi-ção em viver a uma vida de sacrifícios, e qual a sua expectativa final em relação aos que se convertiam?

Em 2 Coríntios 5:14, Paulo fala da força que o movia em suas decisões na vida cris-tã: “Pois o amor de Cristo nos constrange”. Ele tinha uma imensa gratidão pelo que o Senhor havia feito em seu favor e isso era a força motora da sua vida. Em sua carta aos filipenses, ele continua dizendo: “te-nhais o mesmo amor” (Fl 2:2). Esse amor era manifesto através da sua disposição em fazer sacrifícios por aquilo que era o grande objetivo da vida: salvar almas. Em 1 Coríntios 9:19 e 22, lemos: “Porque, sen-do livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais” e “fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns”. Sobre esse tipo

de amor e sacrifício, Ellen White escreveu: “O coração do verdadeiro cristão está imbuído do verdadeiro amor, da mais ardorosa sede de almas. Não descansa enquanto não estiver fazendo tudo que está nas suas forças para buscar e salvar o perdido. Gastam-se tempo e forças; não se evita o trabalho exaustivo. Deve dar a outros a verdade que tanta alegria, paz e regozijo no Espírito Santo trouxe à alma”. Paulo também tinha uma clara visão de discipulado, pois o seu cuidado para com os conversos a quem chama de “filhos” revela que sua missão não era apenas torna-los irmãos em Cristo, mas a de ver a transformação que o poder do evange-lho iria realizar em suas vidas. Em Gálatas 4:19 ele diz: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cris-to seja formado em vós”.

Quero concluir estas considerações so-bre Paulo com as palavras de 1 Coríntios 10:33 – 11:1; “Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar. Sede meus imitadores, como também eu de Cristo”. Mais do que nunca, é tempo de nos en-volvermos com a missão, de viver uma experiência missionária que ainda não experimentamos. Tempo de apoiar os nossos filhos e motiva-los para a missão.

É tempo de apoiar mais, de partici-par mais, de contribuir mais. Tempo de abrir mão de uma vida mais tranquila para experimentar sacrifícios em favor da salvação de outros. Tempo de se-guir os passos do apóstolo Paulo. Que o amor de Cristo nos constranja a buscar por todos os meios salvar ainda mais.

Já é hora de viver essa experiência Pr. Helder Roger Vice-presidente da Divisão Sul-Americana

É TEMPO DE MISSÃO

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PROJETOS DA AFM BRASILSaiba onde a AFM Brasil ajuda a pregar o amor de Cristo

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Língua: KhmerPopulação: 15.775.000Religião: Budismo (85,1%)Número de pessoas não alcançadas: 15.670.000 (99.3%)

Língua: Francês População: 11.099.000Religião: Cristianismo (33,5%)Número de pessoas não alcançadas: 1.971.000 (17,8%)

CAMBOJA

BENIM

Na província de Mondulkiri, na divisão do Camboja com o Vietnam, há montanhas cobertas por uma densa flores-ta. Onde se encontram lindos rios, cachoeiras e vales. É no meio dessa floresta que vive o povo Pnong, morando em ocas feitas de bambu. Eles são, em sua maioria, agriculto-res, conhecidos por domarem os elefantes e lhes ensinarem a transportar árvores e outros tipos de carga. Eles praticam a agricultura de corte e queima, e trabalham intensamente. Os Pnongs usam um mesmo local para agricultura e mora-dia durante cinco anos, depois mudam para um novo lugar. É um povo animista, que faz suas devoções para os espíritos da natureza, com cerimônias que tem por objetivo apazi-guar a ira dos deuses e manipulá-los. Em 2000, a primeira família missionária adventista chegou à aldeia dos Pnongs. Esses missionários da AFM instituíram uma escola no meio daquele povo e hoje usam o ensino para evangelizar.

Os pendjari estão na região norte de Benim, na África, distri-buídos em três pequenas vilas. Ainda não existem cristãos entre o povo pendjari e a Bíblia ainda não foi traduzida na língua deles. Porém, no ano de 2014, a AFM enviou o primei-ro casal missionário adventista para evangelizar os pendjari. Eles tem realizado a obra de Deus em Benim por meio de amizades desinteressadas, levando a mensagem da saúde e cuidados médicos àquele povo.

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Khon Kaen é um estado na região nordeste da Tailândia e sua capital, que tem o mesmo nome do estado, é a maior cidade da região, com pouco mais de 140.000 habitantes. Ali, uma equipe de missionários da AFM gerencia uma es-cola de música, a Peace Music Academy. Os missionários da AFM chegaram em 2011 e em 2013 a escola foi estabeleci-da. O objetivo principal é alcançar os corações dos budistas da região. Para facilitar este trabalho, nossos missionários tem criado hinos de louvor com características da música tailandesa, a fim de tocar mais profundamente o coração dos novos conversos. Além disso, eles também vem desen-volvendo materiais evangelísticos cuidadosamente elabo-rados para alcançar o povo de Khon Kaen. 

Nossos missionários chegaram a Palawan nas Filipinas em 1997 e, pelo poder do Espírito Santo, têm realizado um grande trabalho de evangelização junto ao povo palawa-no. Hoje, depois de quase vinte anos de trabalho, existem 3 igrejas adventistas ali, com 125 membros. Nossos missioná-rios estão atualmente na fase de discipulado desses irmãos, para que os nativos possam levar adiante a obra de evange-lização dos seus compatriotas.

TAILÂNDIA

FILIPINAS

O povo Susu de Guiné, na região noroeste da África, consti-tui quase 1 milhão de pessoas. O principal meio de susten-to dos susus é a agricultura, sendo o cultivo do arroz e de painço o produto principal. Eles também plantam manga, abacaxi e côco. Os susus são descendentes do Império de Mali, do século 18. Eles se mudaram para Guiné depois de 1725, quando o povo Fulani tentou dominá-los e conseguiu convertê-los ao islamismo. No meio deste povo estão os missionários da AFM, que chegaram em 2002 e têm servido àquele povo desde então. 

GUINÉ

Língua:TailandêsPopulação: 68.198.000Religião: BudismoNúmero de pessoas não alcançadas: 67.232.000 (98%)

Língua: PalawanoPopulação: 103.644.000Religião: CristianismoNúmero de pessoas não alcançadas: 5.180.000 (5%)

Língua: FrancêsPopulação: 13,145,000Religião: Islamismo (88%)Número de pessoas não alcançadas: 11,416,000 (86.8%)

Fonte: Relatórios da AFM e Joshua Project (joshuaproject.net)

A República da Turquia é um país com mais de 75 milhões de habitantes e está entre os maiores países do mundo. A língua oficial do país é o turco e a religião predominante é o Islamismo. A AFM está presente neste país desde 2003, com um projeto diferente de todos os outros. Na cidade de Esmirna, uma grande metrópole com quase 3 milhões de habitantes, nossos missionários tentam falar do evangelho para a população local, que é muito resistente. Há muito a ser feito para a pregação do evangelho na Turquia.

A República Popular Democrática do Laos é um país asiáti-co, cuja religião predominante é o Budis-mo. Desde 2001, a AFM está presente neste país, com uma escola de idiomas, que atende a população Tai-Kadai. Este povo é influenciado tanto pelo budismo quanto pelo animismo, com a crença em espíritos e no poder de ancestrais. Neste contexto, os missionários da AFM têm tentado levar o amor de Jesus. Depois de tantos anos no local, o Projeto Tai-Kadai já con-seguiu estabelecer uma igreja adventista e dois grupos de estudo da Bíblia, no entanto, ainda há muito a ser feito en-tre aquele povo.

TURQUIA

LAOS

Papua Nova Guiné, situado na Oceania, ocupa a segunda maior ilha do planeta (Nova Guiné). O país possui quase 7 milhões de habitantes e tem como religião predominante o Cristianismo. No entanto, há tribos indígenas, onde o Ani-mismo é a religião que predomina. No meio da floresta de Papua está situado o Projeto Gogodala, projeto da AFM que existe desde 2004. Os missionários da AFM já conseguiram estabelecer uma igreja adventista na região e estão fundan-do um Clube de Desbravadores para evangelizar as crianças e jovens das tribos circunvizinhas. A AFM Brasil enviará o pri-meiro missionário para Papua Nova Guiné em 2018. 

PAPUA NOVA GUINÉ

Língua:TurcoPopulação: 80,315,000 1Religião: Islamismo (96.3%)Número de pessoas não alcançadas: 79,712,000 (99.2%)

Língua: LaoPopulação: 6,969,000Religião: Budismo (60.5%)Número de pessoas não alcançadas: 5,669,000 (81.3%)

Língua: InglêsPopulação: 7,851,000Religião: Cristianismo (95.9%)Número de pessoas não alcançadas: 1.000

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A importância do serviço missionário voluntário na abreviação do advento

Ronaldo Pascoal Estudante de Jornalismo no Unasp

E SE CRISTO VOLTASSE AMANHÃ?

Num universo em que os sentimen-tos tomam forma, o Amor se encarnou e tomou a forma humana. Desceu à Terra e ensinou um novo estilo de vida, uma maneira em que os seres humanos pu-dessem conviver em paz e harmonia. O Amor ensinou aos terráqueos tudo o que sabia, porém, estes o julgaram. Dis-seram que sua mensagem era pesada demais, impossível de ser seguida. O executaram. Ainda assim, o Amor pro-meteu que voltaria e levaria aqueles que acreditassem nele para morar em um lu-gar repleto de ouro e pedras preciosas. Um lugar cheio de luz e glória onde o próprio Amor viveria com eles por toda a eternidade. Um lugar em que nem a morte, a dor, ou os pesares achariam lugar. Essa história parece ficção, não é mesmo? Mas longe de ser algo inven-tado, é a biografia do universo descrita pela percepção bíblica da história.

Em seus escritos, o apóstolo Mateus afirma que “o evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, como teste-munho a todas as nações, e então virá o fim” (Mt 24:14, NVI). O fim descrito pelo apóstolo culmina com o retorno de Cris-to à Terra em resgate dos seus. O pastor e mestre em Teologia Bíblica, Diego San-tos, argumenta que a profecia descrita em Mateus 24 é real e que se trata de um trabalho em conjunto entre Deus e seus filhos. “A pregação do evangelho irá ocor-rer de forma literal. Jesus tem um plano e escolheu usar o ser humano para partici-par dessa obra”, explica. Santos também destaca o agente “divino passivo” con-tido na profecia e esclarece que apesar de Deus escolher usar o ser humano na obra missionária, Ele levantará outros no lugar daqueles que rejeitam o trabalho. “Se você não fizer, Deus levantará um sal-vamento de outro lugar. Mas uma coisa é certa, haverá salvação”, garante. Ainda de acordo com o pastor, a igreja não pode se esquecer do legado deixado por gera-

ções passadas, uma vez que esquecido, perde-se o propósito em existir.

Fiel em seus princípios e crenças, o fí-sico Fernando Moreira, acredita que em dias difíceis, como os que se vive hoje, a esperança torna-se uma vontade des-controlada para que o retorno de Jesus aconteça logo. “Devemos proclamar a todo custo, a fim de que Ele volte ama-nhã”, ressalta. Moreira adverte ainda que apesar de o evangelho estar cres-cendo, é necessário que os membros das igrejas se engajem mais na obra missionária, para que então Jesus vol-te. “Enquanto a própria igreja de Cristo não compreender, na sua totalidade, a magnitude da obra que deve ser feita, nosso Pai não voltará”, enfatiza.

Falta tempoDe acordo com o texto bíblico de

Mateus 24, a condição para o retorno de Jesus é a propagação do evange-lho por todo o globo terrestre. Segun-do o último levantamento do Joshua Project, um projeto evangelístico res-ponsável por monitorar o número de grupos com menor seguidores de Cris-to, isso significa que aproximadamen-te mais de 3 bilhões de pessoas que ainda não ouviram sobre Jesus, pre-cisaria conhecer sua mensagem. Nes-se número, inclui-se grupos étnicos brasileiro, como também países com restrição e até mesmo perseguição religiosa, como é o caso dos países localizados à “Janela 10|40”. Seguindo a lógica do apóstolo Mateus, ainda há muito trabalho até que a profecia se cumpra, haja vista que o mundo ainda precisa ser alcançado.

Preocupada com essa estimativa e procurando abreviar a volta de Jesus, a Adventist Frontier Missions (AFM), in-veste no treinamento e na capacita-ção de missionários e os envia para os países em que a mensagem de Cristo

encontra resistência. O diretor de trei-namentos da AFM nos Estados Unidos, Laurence Burn, explica como o trabalho missionário é importante, ainda mais em nossos dias. “Existem 6.741 grupos de pessoas não alcançadas. Isso sig-nifica que se quisermos enviar apenas três famílias para cada grupo, precisa-ríamos enviar 20.223 casais. São 40.446 pessoas. Se queremos chegar a muitas pessoas não alcançadas em nossa ge-ração de 25 anos, precisamos enviar 1.618 pessoas por ano”, enfatiza.

Diante disso a AFM envia missionários a países do Oeste da África, Oriente Médio e Ásia, com a missão de ficarem um ano, ou mais, no local e se misturarem com os nativos do país, para então falarem do Cristo que um dia morreu no lugar deles e hoje os aguarda de braços abertos.

Jerusalém, Judeia e SamariaHavia um pastor de ovelhas que es-

tava recolhendo seu rebanho quando notou a falta de uma de suas 100 ove-lhas. O pastor preocupado, saiu na es-curidão da noite e não descansou até que a tivesse encontrado. Quando a encontrou deu uma grande festa para comemorar e chamou os vizinhos e amigos para celebrar com ele.

Provavelmente você conhece essa parábola e tantas outras ensinadas por Cristo que falam do amor de Deus por seus filhos. Isso porque a Bíblia já foi traduzida em português, inglês, es-panhol e tem livre circulação no Brasil. Mas hoje, cerca de 204 milhões de pes-soas não tem a Bíblia traduzida em seu idioma e 70% da população mundial vive em países com restrição religiosa,

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“Para mim é importante falar e mostrar o evangelho aos que estão mais próximos para que eu seja capaz de falar em qualquer outro lugar”

“Se pessoas aqui no Brasil, um país de liberdade re-ligiosa, um país de muitas igrejas, ainda sentem um vazio, procurando a verdade, imagine lá fora? Isso é animador não? Você carrega uma verdade que muitos procuram, e quando elas encontram você consegue ver o brilho no rosto”

“Alguém segundo o coração de Deus. É uma luta sabe, e isso para mim é exercício de fé e confiança em Deus, porque nem tudo é fácil. As missões locais ou em outros países sempre trazem uma dificuldade e cada desafio nos torna outra pessoa”

Albani

o que as impedem de conhecerem a Jesus e seu plano de salvação.

Cristo enquanto esteve na Terra comis-sionou seus discípulos para que fossem suas testemunhas em todo os lugares, até os confins do planeta, já que todos necessitam da Água da Vida. Foi com esse chamado em mente que o estudante de Letras com habilitação em Hebraico, pela Universidade de São Paulo (USP), Gian-carlo Decol Ferrari, escolheu se dedicar mais às pessoas e ir a lugares ainda não alcançados. “Nós temos uma realidade muito confortável aqui no Brasil com tan-tas igrejas, pastores e tudo mais. Eu enten-di que o chamado de Deus era para que eu fosse até os confins da Terra”, enfatiza. O fato de muitas pessoas não terem paz, ou esperança em Jesus, foi o que incenti-vou a diretora do ministério Atos 29, Albani Cristina de Souza, a se voluntariar no ser-

viço missionário. “Deus me mostrou que as pessoas precisam estar no céu, sentir a paz e ter uma esperança”, comenta.

Ferrari explica que os missionários apenas plantam o amor de Jesus no co-ração das pessoas e que com o tempo o Espírito Santo realiza a boa obra. “Você levar uma vida como a de Jesus é a me-lhor pregação que se pode fazer”, pontua. Albani lembra do legado que foi deixado por Jesus aos cristãos. “Nós carregamos uma verdade que muitos procuram e quando elas encontram você consegue ver o brilho no rosto”, destaca.

Como em uma ilha, há náufragos es-perando por resgate em cada canto do globo. A personificação do Amor morreu por cada um, seja de qualquer nação, tri-bo, língua ou povo e cabe a cada resga-tado compartilhar desse Amor que é de todos e para todos.

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“Uma das minhas maiores surpresas é descobrir que em alguns lugares sem a presença de cristãos, você vê muito mais Jesus nas ações do que em boa parte dos países ditos cristãos. Ainda há muita coisa a ser feita, sim! Mas também temos muito a aprender. Então acho que ‘as pedras estão falando’. Deus tem agido mesmo sem missionários. Deus utilizar missionários é na verdade um privilégio que Ele nos proporciona de fazermos parte da sua obra.”

“É uma honra e um privilégio muito grande entender que eu estou fazendo parte do maior plano da história da humanidade! Eu me sinto importante! Não porque eu seja diferenciado, mas porque Ele me chamou para fazer parte disso.”

“Existem projetos de mais de 20 anos que mostraram Jesus de modo profundo para umas 100 pessoas. Nesses projetos, você percebe que quando um missionário sai, o projeto continua. Porém, é muito difícil ver um trabalho feito de modo profundo em menos de 10 anos. E, mesmo assim, é um projeto para alcançar 20 pessoas que façam o mesmo no futuro.”

Giancarlo

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Quando me perguntam por que eu quero ser um missionário, muitas res-postas vêm à mente, e quiçá todas elas se encaixem bem como resposta, mas talvez a que mais me motiva a servir como um missionário é o fato da retri-buição. Desde pequeno Deus me conce-deu muitas bênçãos. Me deu uma ótima família, me concedeu a oportunidade de morar em outros países, aprender novos idiomas, conhecer vários lugares, fazer novos amigos, experimentar diferentes tipos de comidas e muitas outras coisas.

Para se ter uma ideia, o meu lugar pre-ferido é o aeroporto, mas o que isso tem a ver com eu querer ser um missionário? Bom, chegou um momento em minha vida que eu falei comigo mesmo: “cansei de só receber, agora eu quero devolver o que eu recebi”. Ao pensar assim, vi que as coisas não aconteciam por acaso, por sorte ou por simples chuvas de bênçãos de Deus, mas elas aconteciam porque Ele tinha um propósito. Foi quando eu reconheci que tudo isso vinha de Deus e que Ele queria algo de mim. Eu percebi que eu tinha que retribuir para Ele 100%. Como? Sendo um missionário. Fazendo aquilo que eu amo, aprendendo novos idiomas, vivendo em diferentes culturas, viajando por vários aeroportos e cum-prindo o papel que Deus tem para mim.

Banho de baldeDizem que a primeira impressão é a

que fica, certo? Bom, creio que a minha primeira impressão daqui vai mudar pro-gressivamente. No meu primeiro dia em Guiné, a primeira coisa que pensei em fa-zer ao acordar era tomar um bom banho depois de mais de um dia de viagem. En-tão receoso sobre como fazer isso - tendo em mente a ideia de que na África a água

é preciosa e deve ser gasta com sabedoria porque não há muita – fui falar com Destin.

- Eu queria tomar um banho, como eu faço? – uma pergunta um pouco irônica, mas ele respondeu olhando atentamente para mim.

- Eu te mostro, vem aqui.Chegando no banheiro eu vejo que

há um chuveiro, mas ele me mostra um galão de 20 litros e um balde. Destin en-tão vira o galão com água até a metade do balde e o entrega a mim. Não sabia o que fazer, estava mentalmente prepara-do para isso, mas na prática foi diferen-te. Então lá fui eu para meu banho pen-sando em como seriam meus próximos dez meses de banhos de balde. Depois de alguns minutos saí de lá conforma-do com a ideia, mas ainda não acostu-mado. No dia seguinte fui conversar com os missionários responsáveis pelo projeto para ver questões de trabalho e também sobre como me comportar de início com algumas questões culturais. Me dirigi até os líderes do projeto para conversar sobre es-sas questões e, é claro, a água foi uma delas.

- Tio Fred e Tia Isatta, tenho uma dúvida. Me perdoem pela ignorância, mas nós que viemos de fora temos uma ideia de que na África não tem muita água, então como eu devo me comportar com relação a isso? – eles me fitaram com um sorriso no rosto.

- Rodrigo, deixe-nos te explicar uma coisa. Só quem já viveu na África pode falar como as coisas funcionam. Aqui nós temos água em abundância e de graça. A energia é bem barata, mas quando acaba a energia, acaba também a água. E foi isso que aconteceu essa manhã.. Esse fato me ajudou a ver como eu preciso aprender. Ser um missionário é isso, retribuir e ao mesmo tempo nunca parar de receber!

MISSÃO É GRATIDÃOSão muitas coisas para agradecer e retribuirRodrigo Sampaio

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“Quando Jesus disse da viúva: “lançou mais do que todos” (Lucas 21:3), suas pa-lavras eram reais, não somente quanto aos motivos da doadora, como também aos resultados da oferta. As “duas pe-quenas moedas correspondentes a um quadrante” (Marcos 12:42), têm levado ao tesouro de Deus uma soma de dinhei-ro muito maior do que as contribuições dos ricos judeus. Como uma corrente pe-quenina ao princípio, mas que se amplia e aprofunda à medida que corre para o oceano, a influência daquela ofertazinha se tem dilatado e tornado mais profunda com o fluir através dos séculos.

O exemplo de abnegação dado pela viúva pobre tem agido e reagido sobre milhares de corações em todas as terras e em todos os séculos. Ele tem levado ao tesouro do Senhor dádivas de elevados e humildes, de ricos e pobres. Tem ajuda-do a manter missões, a estabelecer hos-

pitais, a alimentar os famintos e a pregar o evangelho aos pobres. Multidões têm sido beneficiadas por seu ato de des-prendimento. E da mesma maneira toda dádiva feita, todo ato praticado com um sincero desejo de que sirva para a glória de Deus, acha-se vinculado aos desígnios da Onipotência. Ser humano algum pode avaliar seus resultados para o bem.” (Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, pág. 467)

Para os missionários da AFM, toda moeda doada tem grande importância para o “Ide”. Para cada um que deseja dedicar tempo e esforços no campo missionário, são necessários R$ 32,500 a serem alcançados, individualmente. Nas próximas páginas, você vê quem são os missionários para o ano de 2018. Eles precisam da sua ajuda. Abaixo você tem várias opções para investir na pregação do evangelho. Por favor, nos ajude a ajudar o mundo.

COMO AJUDAR NOSSOS MISSIONÁRIOS

PARA DOAR PARA OS PROJETOS DE 2017 E 2018:

CARTÕES DE DÉBITO/CRÉDITO E BOLETO BANCÁRIOacesse noso site: www.afmbrasil.org

DÉBITO EM CONTA CORRENTEADVENTIST FRONTIER MISSIONS BRASIL

Banco - BRADESCOAgência 0892-3

C/C 3470 - 3

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Ana Carolina Rodrigues Vieira

Se converteu à Igreja Adventista através da TV Novo Tempo e assistiu ao canal por dois anos enquanto recebia estudos bíblicos. Foi batizada em 2014 e, desde então, participou de vários projetos missionários tais como a Missão Calebe. Ana gosta de evangelizar atra-vés de amizades. Ela acredita que a conver-são é um papel do Espírito Santo e que ela tem de mostrar o amor de Jesus aos outros.

Jarbes Diego Goldoni Barboza

Nascido adventista e batizado em 2006. Jarbes é colportor e participou da Missão Calebe, uma iniciativa Igreja Adventista na América do Sul que leva jovens a trabalhar em comunidades pobres durante o verão. Ele é um cristão comprometido, que sem-pre participou das atividades da igreja.

Guilherme Cavalcante Silva

Filho de pastor, foi batizado em 2002. Atual-mente auxilia no departamento infantil da Igreja Adventista que frequenta. Guilherme Gosta de visitar as pessoas e orar com elas. Ele acredita que o melhor evangelismo é amizade. Já participou da Missão Calebe, do Projeto Zacarias, na Irlanda, e de um projeto missionário em Lima, no Peru.

Michelle A. Carletto Aguero

Ela conheceu a Igreja Adventista quando criança. Sua mãe trabalhou para a Univer-sidade Adventista do Peru e conheceu a igreja enquanto trabalhava lá, mas elas se converteram e foram batizadas depois que se mudaram para o Brasil. Michelle foi bati-zada em 2010. Ela é colportora e participou de duas missões diferentes, uma dentro do Brasil e outra na Bolívia.

André Luis Rodrigues

Conheceu a igreja aos 6 anos de idade e foi batizado aos 12. Ele gosta de dar estudos bíblicos, fazer serviço voluntário e pregar. André participou de uma missão no Para-guai, através do Numci, e se apaixonou por missões. Agora, ele se prepara para ir à Pa-pua Nova Guiné pela AFM Brasil.

Lucyane de Aguiar Casais

Lucyane é adventista desde seu nascimen-to e foi batizada aos 8 anos de idade. Ela é filha de pastor. No entanto, quando seu pai faleceu em 2013, teve um encontro maior com Deus e prometeu viver e trabalhar para Ele toda a sua vida. Além da experiência na colportagem, trabalhou para a ADRA Bangla-desh, onde serviu como professora de inglês.

Guiovanne F. F. Venturelli

Nascido adventista e batizado em 2005, Guiovanne gosta de dar estudos bíblicos, pregar e ajudar os outros. Em sua vida cris-tã, ele teve a oportunidade de ajudar pes-soas a pararem de fumar através do pro-grama Como Deixar de Fumar e já ajudou a coordenar o projeto Escola Cristã de Férias.

João Pedro Voos Ramos

Quinta geração de adventistas em uma fa-mília de obreiros e pastores. Batizado em 2010, participou como diretor associado de desbravadores e do projeto Missão Ca-lebe, onde teve a oportunidade de dar es-tudos bíblicos. Com forte atuação na área musical, João ensina piano e canto no con-servatório da escola. Ele está terminando um curso de Técnico em Música, que lhe permitirá ensinar musicalização.

Projeto Pnong Camboja

Projeto Gogodala Papua Nova Guiné

Projeto Palawan Filipinas

Projeto Susu Guiné Conakry

Projeto Khon Khaen Tailândia

Projeto Pnong Camboja

Projeto Tai-Kadai Sudeste Asiático

Projeto Tai-Kadai Sudeste Asiático? ?

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Paulo H. Gonçalves Perrone

Adventista desde seu nascimento e batiza-do em 2008, Paulo é colportor e também já deu estudos bíblicos. Ele é apaixonado por missão e gosta de estudar a Bíblia com ou-tras pessoas. Participou de um programa de missão que ofereceu estudos bíblicos de porta em porta e 30 pessoas foram bati-zadas no final do projeto. Segundo ele, seu forte é participar de atividades sociais.

João Henrique Nascimento de Castro

Nasceu em meio a fé adventista, mas afir-ma que se converteu de verdade quando começou a colportar. A dependência de Deus o fez perceber quão importante Ele é em sua vida. João ajudou a plantar duas Igrejas na região que ele vive. Gosta de aju-dar o Clube de Desbravadores e o depar-tamento de música. Ele também rege um coral e lidera a Escola Sabatina de jovens.

Leandro e Haline

Haline conheceu a IASD em 2001 através de alguns amigos. Ela começou a frequen-tar um pequeno grupo e logo foi batizada. Neste pequeno grupo, ela conheceu Lean-dro, que passou a frequentar o grupo de estudos e foi batizado dois anos depois. Os dois se casaram e decidiram dedicar sua vida a Deus através do ministério pastoral. Leandro se forma em Teologia em dezem-bro de 2017.

Joás Jone Dantas Ribeiro

Nascido adventista e batizado em 2009, Joás é um cristão comprometido, que sempre esteve envolvido em atividades da igreja. Além de ter participado do projeto Missão Calebe, exerceu muitos papéis de liderança, como por exemplo: diretor de música, diretor de jovens, professor de es-cola sabatina, entre outros.

Gabriela Messias

Gabriela é nascida em lar adventista, filha de pastor e foi batizada em 2010. Ela par-ticipou da Missão Calebe e já colportou. Faz amigos com facilidade, o que a ajudou a trazer algumas pessoas para Cristo. Ela canta no coral da escola e ajuda com o co-ral das crianças na igreja. Gabriela também toca piano e violino.

Christhof e Maiara

Christhof é filho de pastor e foi missionário quando criança. Apaixonado por missão, ele decidiu voltar ao campo missionário agora com sua esposa. Maiara também é filha de pastor e já morou em diversas ci-dades brasileiras. Ela tem o desejo de ser-vir a Deus em terras estrangeiras, levando o evangelho a povos de outras religiões.

Natália Freire de Lima Pedro

Natália nasceu em um lar adventista e foi batizada aos 12 anos de idade. Ela é muito ativa na igreja. Gosta de dar estudos bíblicos e está participando de um projeto missioná-rio em que ela faz par com outro membro da igreja para compartilhar a Bíblia com os outros. Ela sai todos os sábados com sua dupla para dar estudos bíblicos.

Projeto Palawan Filipinas Projeto Oriente Médio Projeto Pendjari Benin Projeto Khon Khaen - Tailândia

Projeto Pnong Camboja

Projeto Central Thai -Tailândia

Projeto Susu - Guiné Conakry

PARA DOAR PARA OS PROJETOS DE 2017 E 2018:

CARTÕES DE DÉBITO/CRÉDITO E BOLETO BANCÁRIOacesse noso site: www.afmbrasil.org

DÉBITO EM CONTA CORRENTEADVENTIST FRONTIER MISSIONS BRASIL

Banco - BRADESCOAgência 0892-3

C/C 3470 - 3

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“A América do Sul está vivendo um momento significativo em relação às necessidades missionárias do mundo, especial-mente àqueles referentes à Janela 10/40. O estabelecimen-to da AFM no Brasil reflete esse despertamento missionário e, certamente, contribuirá para que muitos voluntários en-contrem o senso de realização plena no campo de missão.” Wellington Barbosa; Pastor e editor da Revista Ministério, na Casa Publicadora Brasileira.

DEPOIMENTOS SOBRE A AFM BRASIL

Wellington Barbosa

“Parte da declaração de missão do Unasp-EC é educar para a ex-celência no servir. Nossa escola está se tornando uma formadora de missionários para o mundo. Acreditamos que a AFM Brasil é mais um passo nessa direção. Nossos alunos têm a oportuni-dade de se tornarem missionários de longo prazo nas regiões mais desafiadoras, levando o evangelho até os confins da terra.” José Paulo Martini; Diretor geral do Unasp Engenheiro Coelho.

“A AFM, em parceria com as administrações da igreja, tem desenvolvido um relevante trabalho de proclamação do evangelho, especialmente em lugares extremamente desafiadores. Que a AFM Brasil, junto ao Núcleo de Missões do Unasp-EC, possa ser mais uma fonte de inspiração para o crescimento do movimento missionário adventista ao redor do mundo.” Helder Roger C. Silva; Vice-presidente da Divisão Sul-Americana.

Helder Roger C. Silva

José Paulo Martini

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SOU APENAS INSTRUMENTOAna Flávia da Silva

O povo de Israel estava afastado de Deus e sofria grande opressão dos midianitas. Após ouvir o clamor de seu povo e adverti-los, o Senhor aparece a Gideão e o envia para a missão de libertar o povo. Contudo, Gideão se considerava o menor de todos os homens de Israel e achou não ter a capacidade de cumprir a tarefa que lhe fora incumbida. “Você pode fazer isso, Eu o ajudarei”, foi a resposta do Todo Poderoso ao hu-milde servo. Esta história se encon-tra em Juízes e enfatiza o fato de que mesmo os menos capacitados aos olhos humanos podem se tornar grandes homens quando aceitam a ajuda do Criador. Pela palavra do próprio Deus a Gideão, conclui-se que capacitação, em primeiro lugar, vem dele. Dentro do contexto da missão, é Ele quem se dispõe a aju-dar, quem coloca o desejo e a cora-gem no coração e abre os caminhos.

Ellen G. White, em Patriarcas e profetas, p. 133-134, escreve sobre o desejo de Deus de usar o seu povo e a necessidade de que sejam repre-sentantes de Deus na Terra. “É seu desígnio que eles [os filhos de Deus] sejam luzes nas trevas morais deste mundo. Espalhados por todo o país, nas cidades, vilas e aldeias, são eles

as testemunhas de Deus, os condu-tos pelos quais Ele comunicará a um mundo incrédulo o conhecimento de sua vontade e as maravilhas de sua graça. É seu plano que todos os que são participantes da grande salvação, sejam para Ele missionários”.

Ao escolher seus discípulos, Je-sus também deixa ensinamentos sobre a capacitação para a missão. Em Lucas 10, quando envia os 72 discípulos, ele deixa recomenda-ções e instrui a forma como devem se portar, o que devem dizer e re-força a importância do trabalho no qual os designou. Antes de ir ao céu, Cristo enfatiza ainda essa ideia de preparo quando, no livro de Atos, ordena para que não saiam de Jeru-salém antes do recebimento do Es-pírito Santo. “Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer so-bre vocês, e [só então] serão minhas testemunhas [não mais apenas] em Jerusalém, [mas] em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At. 1:8). “O que isto nos diz é que a obra missionária começa com o re-cebimento de algo de Deus. A mis-são é primeiramente a obra de Deus e depois a nossa. É nossa responsa-bilidade esperar, receber e depois ir”, explica Laurence Burn, diretor de

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treinamentos da Adventist Frontier Missions (AFM) dos Estados Unidos.

Operação conjuntaEsperar, receber e depois ir. Contudo,

o preparo espiritual é apenas o primei-ro passo. Para um corredor não bastaria apenas uma boa alimentação se não houvesse treinamento, exercícios físi-cos e corridas diárias. Seu corpo pode-ria até se manter saudável parcialmen-te, mas não haveria resistência e muito menos a capacidade de chegar ao final de uma grande competição. O que na obra missionária não é diferente. Um missionário, ao receber um chamado já deve estar se alimentando daquilo que Deus tem para lhe dar. Consequente-mente, buscará o preparo físico, cultu-ral, linguístico e o que mais necessitar para concluir seu trabalho.

Burn afirma que “um dos sinais da verdadeira religião é a vontade de ir”. E para ir é preciso mais. Segundo o pastor Samir Costa, diretor da AFM Brasil, cada um precisa se desfazer de sua mala cul-tural, estar aberto para as diferenças que encontrará no campo e ter “capa-cidade de crucificar um pouco mais o próprio eu”, enfatiza Costa, uma vez que o envolvimento com “a outra cul-tura deve levar você a estar de coração aberto para entender, observar, apren-der e posteriormente, de alguma forma, contribuir movido pelo Espírito Santo”.

O preparo dentro da AFM“A missão se inicia no coração do

próprio missionário e talvez por isso este processo seja tão mágico e desa-fiador pois nos leva a refletir que para levar a mensagem de salvação é ne-cessário que ela primeiramente tenha

transformado a mim mesmo”, ressalta Bruna Queiroz, integrante do primeiro grupo de missionários enviados pela AFM Brasil, em 2017.

A AFM Brasil, ciente de toda esta ne-cessidade de preparo que os missio-nários possuem, ofereceu um treina-mento entre os dias 15 de janeiro a 02 de fevereiro, no qual trabalharam to-dos os aspectos já citados com os mis-sionários, agora já enviados. Desde o preparo pessoal no âmbito espiritual, até recomendações básicas como a alimentação recomendada. “Eles sem-pre falavam para que cuidássemos muito com o que fossemos comer na rua quando chegássemos ao nosso destino. Logo que cheguei aqui, por conta de um descuido, aprendi a lição do pior jeito”, conta Rodrigo Sampaio, missionário enviado pela AFM Brasil, neste ano, para Guiné.

Ser missionário requer preparo, de-dicação e esforço uma vez que dentro da missão transcultural – trabalho rea-lizado pela AFM – os desafios são ainda maiores. “Quanto mais o missionário se distancia da sua realidade cultural, mais ele deve se preparar”, adverte Costa.

Ana Vieira faz parte da equipe de missionários que já está se preparando para a missão de 2018 e sabe que todo preparo e conhecimento que adquirir será de grande valia. “Certa vez um ami-go me disse: mire nas nuvens, mas te-nha em mente que acertará as árvores. Minhas expectativas são altas e tenho dado o melhor para Deus”, afirma. Além disso, “sempre me recordo que não é a Ana quem vai fazer qualquer coisa, mas sim, Deus. Então, deixo-me em suas mãos. A obra é dele e com certeza Ele já está cuidando de tudo”.

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Suponhamos que a igreja ociosa realmente se torne a igreja militante. Os membros da igreja comecem a acordar e percer que os sinais dos tempos estão bradando em alta voz, proclamando que a volta de Jesus se aproxima a um ritmo cada vez mais rápido. O fim de todas as coisas está às portas, e cada pessoa começaria a fazer sua parte na pregação do evangelho.

Imagine: cada pessoa na igreja fa-zendo um esforço para ganhar outra pessoa. Cada um alcançando um. Rapi-damente aqueles que são alcançados estão alcançando seus amigos, que, por sua vez, alcançam seus amigos, e as maravilhosas novas do salvador crucifi-cado, ressurreto e prestes a vir parecem estar indo ao mundo inteiro. Mas...

Ainda que cada membro fizesse o seu melhor – orando, compartilhando e dando estudos bíblicos a seus amigos e vizinhos –, ainda precisariam enfrentar um desafio: os não alcançados. Os não alcançados são aquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de ouvir o evangelho eterno – e nunca terão –,

a menos que alguém esteja disposto a abandonar sua zona de conforto e se movimentar interculturalmente para encontrá-las, amá-las e compartilhar com elas a mensagem do Calvário.

A maioria dos não alcançados vive em territórios onde não há testemunho cristão ativo, e certamente nenhum ati-vo testemunho cristão adventista do sé-timo dia. É por isso que existe a Adven-tist Frontier Missions (AFM) – para levar a mensagem extraordinária, maravilhosa e incrível de perdão, cura, redenção e vida eterna àqueles que nunca conhe-ceram o salvador, Jesus Cristo.

Estamos orando para que você seja um daqueles membros da igreja militan-te que reconhece as evidências bíblicas de que a volta do Senhor está se aproxi-mando rapidamente. Você está envolvi-do ativamente em compartilhar o amor de Jesus com seus amigos e vizinhos, e Deus tem abençoado seus esforços? Você percebe que está sendo chamado para levar essa mensagem a outra cultu-ra ou a um grupo de pessoas não alcan-çadas? Seja como Jesus. Vá!

CADA UM ALCANÇA UM, MAS...John Baxter

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John Baxter é diretor de recrutamento da Adventist Frontier Missions (AFM)

A era da informação, caracterizada principalmente pelo desenvolvimento da internet e a oferta dessa comunica-ção instantânea ao redor do mundo, deu origem a um mundo virtualmente sem fronteiras. Essa era de integração global desafia normas e práticas domi-nantes em muitas sociedades. Cultu-ras se adaptam, novidades emergem, inovações prosperam e instituições sociais tentam acompanhar.

A crise dos refugiados envolven-do 20 milhões de pessoas que estão fora do seu país, um dos maiores pro-blemas atualmente, tem chamado a atenção para a realidade das frontei-ras geográficas. Nunca tantas pessoas se mudaram em busca de oportunida-des, de paz, de abrigo e refúgio.

Buscando mapear essa nova realida-de mutante do mundo como um orga-nismo dinâmico com fluxo de pessoas, ideias e materiais, criou-se a conectogra-fia – a ciência para mapear as conexões e o futuro da civilização global.

Para a missão cristã, esse panora-ma de multiculturalismo e pluralismo

apresenta, além de desafios, oportuni-dades, se o povo de Deus compreen-der os tempos de rápida mobilidade e interdependência tecnológica. O estu-do dessas oportunidades é chamado de missiologia de diáspora (dispersão) – uma moldura para a compreensão e participação na missão redentora de Deus entre pessoas que moram fora do seu lugar de origem.

É possível comunicar o amor de Deus às pessoas quando se compreen-de o contexto contemporâneo. É im-portante reconhecer o potencial em se ministrar para e através da diáspora. As pessoas tendem a ser mais receptivas ao evangelho durante uma transição. Sem as barreiras geográficas, cristãos podem alcançar os novos membros da sua comunidade ou ir ao encontro de-les, onde quer que estejam.

Algumas compreensões importan-tes sobre missão incluem:

1- A missão é policêntrica: não mais de lá (hemisfério norte) para cá (hemisfério sul), mas de todo lu-gar para todo lugar.

MUNDO SEM FRONTEIRASMarcelo Dias, doutor em missiologia

“É POSSÍVEL COMUNICAR O AMOR DE DEUS ÀS PESSOAS QUANDO SE COMPREENDE O CONTEXTO CONTEMPORÂNEO.”

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SEJA UM INTERCESSOR

SEJA UM MISSIONÁRIO

SEJA UM DOADOR

A oração intercessora é uma ferramenta imprescindível para um missionário. Você pode abençoar um de nossos missionários ao se tornar um intercessor da AFM Brasil.

Faça uma doação para a AFM Brasil e ajude-nos a levar o evangelho a toda nação, tribo, língua e povo.Adventist Frontier Missions BrazilBanco BradescoAgência 0892-3 | C/C 3470-3

A AFM Brasil está buscando pessoas que queiram compartilhar o amor de Jesus com aqueles que ainda não o conhecem. Precisamos de jovens adventistas entusiasmados, que desejam dedicar um tempo de suas vidas para falar de Cristo a povos de terras distantes.

SAIBA MAIS:19 3858 9031

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ENDEREÇO:Estrada Municipal Pr. Walter Boger, s/nLagoa Bonita, Engenheiro Coelho, SPinfo@afmbrasil.org

Apoio:

2- O ministério da hospitalidade tem provado ser uma estratégia missionária e de discipulado rele-vante para estes dias.3- A diáspora tem ajudado a re-vitalizar o cristianismo em várias partes do mundo.4- A diáspora tem permitido testemu-nhar para pessoas que anteriormente não tinham contato com cristãos.5- A missão é integral e multidi-mensional.Uma das principais compreensões

nesse contexto é a substituição de fron-teiras por pontes e o mapa do mundo tem sido redesenhado, não a partir de suas divisões, mas a partir de suas co-nexões. A conectividade, apesar de ser a esperança de muitos para melhores condições de vida, amplia a comple-

xidade e incerteza no mundo. Essas transformações não têm eliminado as diferenças e as condições sociais. Mui-tos ainda não têm acesso a eletricida-de, comida, educação, saúde, abrigo, trabalho. De acordo com especialistas, a migração mudou o mundo e definirá o seu futuro através das novas confi-gurações demográficas, econômicas, trabalhistas e religiosas.

Toda essa reconfiguração não eli-minará o desafio da missão. Desde o Éden, o plano de Deus inclui o seu povo espalhado com uma missão de ajuntamento. Assim, a figura do pere-grino ilustra a caminhada do cristão. O missionário do século 21 não deixa de ser um tipo de migrante, que navega neste mundo sem fronteiras.

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ALCANÇANDO OS POVOS NÃO ALCANÇADOS

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