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CURSO: Curso Nacional Qualificação de Gestores do SUS – São Paulo Data: 02/03/2013 Aluna: Érica Magalhães Furukawa Parte 1- Capítulo 3 Tutor Leonardo Di Colli As Comissões Intergestores tem o objetivo de “(...) propiciar o debate e a negociação entre os três níveis de governos no processo de formulação e implementação da política de saúde, devendo submeter-se ao poder fiscalizador e deliberativo dos conselhos de saúde participativos”, onde as decisões a cerca das políticas de saúde não se restringe somente aos governantes e técnicos da saúde, como também aos prestadores de serviços, profissionais da saúde e usuários, para uma melhor superação de problemas existentes no sistema de saúde. A Comissão Intergestores Bipartite funciona através de um fórum de negociação entre gestores do Estado e Municípios na implantação e operacionalização do SUS e as decisões sempre serão tomadas por consenso. Sua composição é dividida de forma igualitária para os representantes da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems). Estes fóruns têm como objetivo promover a orientação, a regulação e a avaliação dos aspectos operacionais do processo de descentralização das ações e Serviços de Saúde, tem papel fundamental para cumprir objetivos e aperfeiçoar a universalidade da saúde, garantir a integralidade da assistência e obter a equidade de acesso às ações e serviços de saúde entre as diferentes regiões do Estado. Segundo Pacto pela Saúde a Comissão Intergestores Bipartite – SP, em 19 de julho de 2007 referendou o reconhecimento de 64 Regiões de Saúde com os respectivos Colegiados de Gestão Regional – CGR e os 17 Departamentos Regionais de Saúde – DRS (Figura 1). Figura 1- Distribuição Geográfica das Redes Regionais de Atenção Básica à Saúde – Março 2012. 1

EAD Gestores Do SUS_Parte I_Capitulo 3

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CURSO: Curso Nacional Qualificação de Gestores do SUS – São Paulo

Data: 02/03/2013Aluna: Érica Magalhães FurukawaParte 1- Capítulo 3Tutor Leonardo Di Colli

As Comissões Intergestores tem o objetivo de “(...) propiciar o debate e a negociação entre os três níveis de governos no processo de formulação e implementação da política de saúde, devendo submeter-se ao poder fiscalizador e deliberativo dos conselhos de saúde participativos”, onde as decisões a cerca das políticas de saúde não se restringe somente aos governantes e técnicos da saúde, como também aos prestadores de serviços, profissionais da saúde e usuários, para uma melhor superação de problemas existentes no sistema de saúde.

A Comissão Intergestores Bipartite funciona através de um fórum de negociação entre gestores do Estado e Municípios na implantação e operacionalização do SUS e as decisões sempre serão tomadas por consenso. Sua composição é dividida de forma igualitária para os representantes da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems). Estes fóruns têm como objetivo promover a orientação, a regulação e a avaliação dos aspectos operacionais do processo de descentralização das ações e Serviços de Saúde, tem papel fundamental para cumprir objetivos e aperfeiçoar a universalidade da saúde, garantir a integralidade da assistência e obter a equidade de acesso às ações e serviços de saúde entre as diferentes regiões do Estado.

Segundo Pacto pela Saúde a Comissão Intergestores Bipartite – SP, em 19 de julho de 2007 referendou o reconhecimento de 64 Regiões de Saúde com os respectivos Colegiados de Gestão Regional – CGR e os 17 Departamentos Regionais de Saúde – DRS (Figura 1).

Figura 1- Distribuição Geográfica das Redes Regionais de Atenção Básica à Saúde – Março 2012.

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Em 2011, foram instituídas 17 Redes Regionais de Atenção à Saúde (RRAS) através da Deliberação CIB nº 36 de 21/09/2011 na 204ª reunião da Comissão Intergestora Bipartite, através delas há a regionalização considerando diversidade do território, complementariedade entre as regiões e integralidade da atenção, com relações horizontais organizadas, sistematizadas e reguladas entre a atenção básica e os demais pontos de atenção do sistema de saúde, compostas ainda, por várias Redes Temáticas, onde os pontos de atenção de uma Rede Temática podem se localizar no território de uma ou mais RRAS.

As RRAS têm por diretrizes: - a parceria entre a SES e os municípios; - superação da fragmentação do sistema por meio da gestão compartilhada entre a SES e os municípios com objetivo de definir as responsabilidades dos entes federados; - subordinação dos prestadores que compõe a rede SUS da região ao processo de co-gestao regional, sem prejuízo do comando único.

O município de São Paulo configura a RRAS 6 e “o CGR de São Paulo é o responsável pela pactuação das estratégias de condução e operacionalização do SUS no âmbito do município de São Paulo.” (EQUIPE VERDE DA TUTORA ROSELI)

O Colegiado de Gestão Regional é uma instância deliberativa de co-gestão regional composta por todos os gestores municipais de saúde dos municípios que integram a Região de Saúde e por representantes do gestor estadual (Deliberação CIB nº 153/2007), com composição não paritária e suas decisões são sempre por consenso, e quando não houver a instância de recurso é a Comissão Intergestores Bipartite.

No município de São Paulo temos 01(um) colegiado composto por 07 (sete) representantes da SES e 07 (sete) do COSEMS conforme publicação em DOE de 05/05/11, seção I, p. 37, da CIB nº 17 de 04/05/11.

O CGR em São Paulo:“possui Regimento Interno, mas ainda não foi publicado. A periodicidade das reuniões é mensal e as pautas são definidas em conjunto. O CGR é apoiado pela Câmara Técnica formada por representantes do estado e do município que se reúnem antes do Colegiado para analisar temas e pleitos da reunião. Os assuntos abordados não se restringem aos temas de assistência à saúde, mas também, de saúde e de gestão (planejamento, programação, regulação e avaliação das ações e serviços de saúde). A relação entre o funcionamento do Colegiado e a CIB-SP é muito estreita, principalmente, em questões regionais ou que demandam pactuações entre as demais RRAS. (...)” (EQUIPE VERDE DA TUTORA ROSELI).

Referências:

BRASIL. CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE. Seminário Regionalização no Estado de São Paulo. Apresentação "Redes Regionais de Atenção à Saúde" - Dra. Fátima Palmeira Bombarda - Coordenadoria de Regiões de Saúde. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/ces/homepage/rras/fatima_-_apresentacaoredesatualizado_junho_12.pdf. Acessado em 25 fev. 2013.

BRASIL. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE. Pacto pela Saúde-Plano Diretor de Regionalização. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pdr_sp.pdf>. Acessado em 25 fev. 2013.

GONDIM, R., GRABOIS V. E MENDES W. (ORG.). Qualificação de gestores do SUS. 2ª Edição revisada e ampliada. Rio de Janeiro: EAD/Escola Nacional de Saúde Pública, 2011.

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