ENSINO FUNDAMENTAL 2: 7os, 8os e 9os anos - 2018

Queridos alunos e alunas,

E num piscar de olhos o período de festas de fim de ano e de férias já aconteceram. Estimo que todos tenham aproveitado o máximo este tempo, cada qual à sua maneira.

E a volta ao trabalho 2018 já se iniciou. Com ele, espero que vocês tenham renovado as energias e que metas sejam colocadas para orientar o novo tempo.

A cada início de ano, sugiro, na carta que escrevo a vocês, uma reflexão em torno de um tema que envolve pensar na vida, fazendo o convite para ações que possam ajudar na formação de pessoas: alunos, pais, professores e funcionários.

Este ano usarei a ideia do trem e de estação na relação com a vida. Gosto muito das imagens de pessoas na estação rumando para um outro lugar, sejam elas em estações antigas, nos trens à vapor, ou nos modernos trens, nas estações de nossa contemporaneidade. Uma pena, o Brasil não ter optado por manter viva e desenvolver a nossa malha ferroviária, tanto para passageiros como para carga. (somente um pequeno comentário).

Quando observo as pessoas esperando o trem na estação,

reflito sobre: Para onde vão? Por quê? Estão à procura de quê? Quais são as expectativas? Vão consolidar caminhos e/ou manter as amizades? Vão à procura de novos caminhos e de novas pessoas?

Que sentimentos carregam? O que levam na bagagem? Conseguiram priorizar o necessário ou levaram tudo para se garantir? O que pretendem experimentar para acrescentar em sua bagagem? Vão sozinhas ou acompanhadas?

Enfim... muitas perguntas interessantes cabem para entender os viajantes, os passageiros.

Vamos ouvir a música: Encontros e Despedidas, de Milton Nascimento e Fernando Brant

https://www.youtube.com/watch?v=xSXcPgRySeQ

“... o trem que chega é o mesmo trem da partida.

... é um vai e vem, a vida se repete na estação.”

Mas a vida de cada um se repete, com os mesmos personagens, com as mesmas experiências?

A vida se repete no que diz respeito aos mecanismos básicos do viver, com as mesmas pessoas (ou não), num mesmo ambiente (ou não) – há o que se perpetua e o que se modifica. Mas a vida é sempre nova quando entendemos que, o que vamos viver, é novíssimo, o script não está pré-escrito.

A vida é surpreendente, se nos deixamos surpreender. E se não nos deixamos, ela surpreende de qualquer forma.

Para os que não tem essa perspectiva, a vida se repete na mesma estação, sempre.

Para os passageiros, aqueles que se entendem sempre de passagem, as oportunidades, mesmo as mais pequeninas, são possibilidades de vida nova, de se fazer um pouco mais e diferente do que já fizeram, num processo de melhoria de sua própria construção.

Aí, sim, essa perspectiva de ânimo para o novo, para o melhor, para a superação, para as mudanças, para as diferenças, para a busca de possibilidades, para o ensinar e o aprender sempre mais .... é absolutamente imprescindível. Ser passageiro constante, entrando e saindo dos trens, experimentando a beleza dos lugares e das pessoas diferentes, os desafios dos encontros e desencontros, em diversas estações, devem ser marcas de cada um de nós. Cada ano, é uma nova estação. E cada tempo do ano, no que se refere ao planejamento das etapas, são chegadas e partidas.

O que você está delineando para o percurso deste ano. Em que estações pretende parar?

Vou dividir com vocês os nomes de algumas estações que escolhi para o meu percurso deste ano: a primeira delas é a Estação Saúde e as outras: Estação Coragem, Estação Equilíbrio, Estação Amizade, Estação Aguas Claras, Estação Ar Puro... Sei que precisarei passar por estas estações, e talvez por outras, para conseguir que o meu trem não descarrilhe.

Desejo que cada um desenhe este ano escolar com percursos significativos, motivadores e consistentes.

Grande abraço,

Sandra M. Salgado Galli