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Estremoz Santo Amaro Évora Monte Sítios da P Sítios da P Sítios da P Sítios da P Sítios da Paz az az az az Benção do gado Benção do gado Benção do gado Benção do gado Benção do gado Josefa Calhordas Josefa Calhordas Josefa Calhordas Josefa Calhordas Josefa Calhordas Licores ECOS Director Eduar Eduar Eduar Eduar Eduardo Basso do Basso do Basso do Basso do Basso Quinzenário Regional Númer Númer Númer Númer Número 085 o 085 o 085 o 085 o 085 Ano V 21 de Maio de 2010 0,60 eur 0,60 eur 0,60 eur 0,60 eur 0,60 euros os os os os [email protected] 3ª edição Estremoz Moda 3ª edição Estremoz Moda 3ª edição Estremoz Moda 3ª edição Estremoz Moda 3ª edição Estremoz Moda Cerca de 1300 pessoas assistiram a um desfile único. Mas a fraca adesão nas restantes actividades pode ter tornado esta edição no último ESTREMOZ MODA. 07 08 06 Está agendado para os próxi- mos dias 28 e 29 de Maio o 3º. En- contro da Rede Europeia de Sítios da Paz (European Network of Places of Peace) , no Castelo de Évora Monte, numa organização da Liga dos Ami- gos do Castelo de Évora Monte com o apoio da Câmara Municipal de Estremoz e da Junta de Freguesia lo- cal. J osefa Calhordas produz um dos melhores licores do alentejo. O ECOS quis saber se só adoçam a boca ou se também nos aquecem o coração. O NÚMERO DE PESSOAS QUE ESTIVERAM PRESENTES NO DESFILE E AFTER-PARTY, NO PASSADO SÁBADO DIA 15 DE MAIO. 1300 300 300 300 300 Foi de 12 a 15 de Maio que decorreu a terceira edição do Estremoz Moda. Um evento que contou com workshops, formações e um desfile para todas as idades. Um evento do PALCO INICIATIVAS em conjunto com patrocinadores locais. Estremoz está na Moda Entrevista exclusiva com EDMUNDO EDMUNDO EDMUNDO EDMUNDO EDMUNDO VIERIA VIERIA VIERIA VIERIA VIERIA músico e modelo 14 05 CAMPING ALENTEJO CAMPING ALENTEJO CAMPING ALENTEJO CAMPING ALENTEJO CAMPING ALENTEJO O Camping Alentejo é a aposta de um serviço a favor do turismo na região e do prazer de viver o Alentejo numa janela virada para o montado português. Lazer 10

ECOS, jornal

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Quinzenário Regional, Estremoz, Alentejo, Portugal

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Page 1: ECOS, jornal

Estremoz

Santo Amaro Évora Monte Sítios da PSítios da PSítios da PSítios da PSítios da PazazazazazBenção do gadoBenção do gadoBenção do gadoBenção do gadoBenção do gado

Josefa CalhordasJosefa CalhordasJosefa CalhordasJosefa CalhordasJosefa CalhordasLicores

ECOSDirector EduarEduarEduarEduarEduardo Bassodo Bassodo Bassodo Bassodo Basso Quinzenário Regional NúmerNúmerNúmerNúmerNúmero 085o 085o 085o 085o 085 Ano VVVVV 21 de Maio de 2010 0,60 eur0,60 eur0,60 eur0,60 eur0,60 euros os os os os [email protected]

3ª edição Estremoz Moda3ª edição Estremoz Moda3ª edição Estremoz Moda3ª edição Estremoz Moda3ª edição Estremoz Moda Cerca de 1300 pessoas assistiram a um desfile único. Mas a fraca adesão nas

restantes actividades pode ter tornado esta edição no último ESTREMOZ MODA.

07

08

06Está agendado para os próxi-

mos dias 28 e 29 de Maio o 3º. En-contro da Rede Europeia de Sítios daPaz (European Network of Places ofPeace) , no Castelo de Évora Monte,numa organização da Liga dos Ami-gos do Castelo de Évora Monte como apoio da Câmara Municipal deEstremoz e da Junta de Freguesia lo-cal.

Josefa Calhordas produz um dosmelhores licores do alentejo. O

ECOS quis saber se só adoçam a boca ouse também nos aquecem o coração.

O NÚMERO DE PESSOASQUE ESTIVERAM PRESENTESNO DESFILE E AFTER-PARTY,

NO PASSADO SÁBADODIA 15 DE MAIO.

11111300300300300300

Foi de 12 a 15 de Maioque decorreu a terceiraedição do EstremozModa. Um evento quecontou com workshops,formações e um desfilepara todas as idades.Um evento do PALCOINICIATIVAS emconjunto compatrocinadores locais.

Estremozestá na Moda

Entrevistaexclusiva comEDMUNDOEDMUNDOEDMUNDOEDMUNDOEDMUNDOVIERIAVIERIAVIERIAVIERIAVIERIAmúsico e modelo

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CAMPING ALENTEJOCAMPING ALENTEJOCAMPING ALENTEJOCAMPING ALENTEJOCAMPING ALENTEJO O Camping Alentejo é a aposta

de um serviço a favor do turismo naregião e do prazer de viver o Alentejonuma janela virada para o montadoportuguês.

Lazer

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entradaEcos.Jornal Quinta-feira, 21 de Maio de 2010

(( MARIA JOÃO PINGARILHO ))

VozPOSITIVPOSITIVPOSITIVPOSITIVPOSITIVOOOOOO inestético suporte de 9 metros de

altura que suportava uma antena de comunicações no terraçoda Torre/Paço de Évora Monte foi finalmente retirado, 14 mesesapós lá ter sido colocado. Valeu a pena o esforço de defesadaquele Monumento Nacional do Concelho de Estremoz enca-beçado pela LACE, pela Câmara Municipal e pela Junta de Fre-guesia de Évora Monte, apesar da solução encontrada não co-incidir com a que defendiam, mas que é seguramente muitomelhor do que aquela que foi executada em Abril do ano passa-do. É caso para perguntar: se existia uma solução melhor por-que é que se optou pela pior. Provavelmente os responsáveisde tal atentado contra o Património pensariam que por aqui nin-guém ousaria levantar a voz…

A promulgação da lei do casamen-to homossexual, após toda a polémica que gerou entre os polí-ticos e entre a sociedade portuguesa em geral Com esta pro-mulgação, Portugal repara uma injustiça e coloca-se entre ospioneiros da modernidade. Registe-se e louve-se a coragem dequem propôs e lutou coerentemente pela sua aprovação naAssembleia da República.

José Mourinho, outra vez. Pode nãogostar-se de futebol, pode não gostar-se dos valoresinflacionadíssimos pelos quais se adquirem passes de jogado-res ou se transferem treinadores. Mas não se acredita que hajaum português que não sinta uma ponta de orgulho ao saber dosfeitos deste treinador lusitano nos melhores campeonatos domundo. Duplo campeão em Portugal, Inglaterra e, agora, emItália é obra. E a segunda liga milionária ainda está nacalha…com “nuestros hermanos” do Real Madrid já à espreita.

NEGATIVOA fraca adesão do público

estremocense ao ESTREMOZMODA 2010. Os jovensorganizadores e os seus apoiantes não terão ficado com muitavontade de repetir a façanha. Aquilo que poderia ter sido uma“pedrada no charco” nalgum pasmo da vida social citadina nãofoi mais afinal do que o reflexo de algum conservadorismo efalta de habituação a novas ideias e novos projectos. Salve-seo entusiasmo e o profissionalismo dos organizadores.

As explicações pouco convincentesda ministra do Trabalho sobre a não-abertura de concursos pú-blicos para diversos cargos de chefia no IEFP. Provavelmente oefeito mediático desta questão teria sido muito menor se a largamaioria dos nomeados sem concurso público não fossem diri-gentes locais do partido do Governo. Há alturas em que ummembro do Governo deve assumir frontalmente as suas debili-dades. No momento pode ser menos agradável mas terá resul-tados futuros muito importantes no que respeita à suacredibilidade. A ministra do Trabalho perdeu uma boa oportuni-dade de assumir as suas responsabilidades. Não o fez…e dei-xou outros sob a suspeita do favorecimento.

Cavaco Silva: pela falta de cora-gem, pela atabalhoada justificação com a crise para promulgara lei do casamento homossexual e por não ter conseguido es-capar-se a um discurso eleitoralista. E o pior é que a emenda foipior que o soneto: promulga a lei para não criar um entrave àresolução dos problemas que o País atravessa, como disse,mas cria outra crise pela forma como tentou justificar a sua não-concordância com a dita lei. Valia mais que se tivesse limitado apromulgar a lei no remanso do seu escritório de Belém, pou-pando-nos assim a semelhante discurso em horário nobre detelevisão.

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A noite de 3 Maio da FIAPEestava fria, mas depressa aqueceuao som de um concerto bastanteinteractivo do David Fonseca como público. Neste reportório musicalDavid Fonseca recuou até 1998para tocar músicas dos Silence 4e recuperou ainda a alegria deAntónio Variações. A FIAPE foimais uma vez muito entusiasta eespecial, com a aglutinação destands e mostras de artesanato aconcertos admiráveis!

O grupo parlamentar doCDS-PP realizou no dia 4 de Maioum debate com deputados, profis-sionais de saúde e familiares dedoentes sobre a problemática dosofrimento em fim de vida, numsimpósio intitulado “Cuidados Pa-liativos, Testamento Vital, Euta-násia”.

Este simpósio realizou-se naAssembleia da República e tevecomo oradores convidados, entreoutros, o bastonário da Ordem dosMédicos, Pedro Nunes, oneurocirurgião João Lobo Antunese Robert Preston, responsável porum relatório da Câmara dos Lordesdo Reino Unido sobre morte assis-tida. A intervenção de abertura foifeita pelo presidente do CDS-PP,Paulo Portas, e o encerramento dosimpósio coube às deputadas de-mocratas Teresa Caeiro e IsabelGalriça Neto, presidente da Asso-ciação Portuguesa de CuidadosPaliativos. Contou ainda com a pre-sença das jornalistas AlexandraBorges e Laurinda Alves.

Os cuidados paliativos sãoprestados a pessoas em situaçãode doença avançada, prolongada,incurável e progressiva, com oobjectivo de minimizar o sofrimen-to e melhorar a qualidade de vida

dos doentes e dos seus familiares.A problemática do sofrimen-

to em fim de vida deve preocupartransversalmente a sociedade por-tuguesa enquanto uma comunida-de que comunga valores, envolven-do contornos clínicos, éticos, le-gais, sociais, culturais e políticos,pelo que promover um debate alar-gado que possa melhorar o conhe-cimento desta problemática foi eserá de toda a pertinência.

Este colóquio contribuiu paraa compreensão dos princípios doscuidados paliativos e dos princípi-os éticos fundamentais na análisedas principais questões éticas re-lacionadas com o fim de vida, ten-do sido uma mais-valia que simbo-liza a abertura do parlamento auma realidade actual. A discussão

permitiu a distinção clara entre con-ceitos como a eutanásia, a suspen-são de terapêutica fútil, o testamen-to vital e os cuidados paliativos.

O CDS-PP identifica, paraalém de falta de informação, umainsuficiente prestação deste tipo decuidados em Portugal, referindodados da Organização Mundial deSaúde segundo os quais os servi-ços existentes dão resposta ape-nas a 10% dos doentes que preci-sam de cuidados paliativos.

O CDS-PP tem-se afirmadocontra a eutanásia e a favor deuma rede de cuidados paliativosde qualidade em Portugal.

A 8 de Maio pudemos assis-tir na RTP 2 ao filme “Odete”, umfilme de João Pedro Rodrigues re-alizado em 2005, que contou coma participação da Estremocence:Marta Cabaço. Como o própriorealizador disse, “Odete” é um fil-me de “sentimentos extremos eexcessivos, em que as persona-gens não recuam e são levadas poreles”.

1. DavidFonseca, emconcerto, em

Estremoz

1.

Im... pressionou-meIm... pressionou-meIm... pressionou-meIm... pressionou-meIm... pressionou-me

ConcurConcurConcurConcurConcurso de fso de fso de fso de fso de foooootttttografografografografografiaiaiaiaia"Olhares sobre Estremoz""Olhares sobre Estremoz""Olhares sobre Estremoz""Olhares sobre Estremoz""Olhares sobre Estremoz"

A Câmara Municipal de Estremoz organiza o Concurso de Fotografia "Olhares Sobre Estremoz", que irádecorrer de 25 de Abril a 7 de Maio de 2010. O concurso destina-se a fotógrafos amadores, maiores de 18anos e residentes no Concelho de Estremoz, sendo admitidas fotografias sobre o património natural, construídoe imaterial do Concelho, num dos seguintes subtemas: fauna e flora; edifícios e monumentos; patrimónioimaterial: gentes, tradições e modos de vida. Os vencedores serão conhecidos no dia 13 de Maio de 2010(Feriado Municipal), durante a inauguração de exposição dos trabalhos a concurso, a realizar na Casa deEstremoz. Para mais informações acerca do Regulamento do concurso, deverão os interessados contactar oPosto de Turismo de Estremoz, no horário normal de funcionamento ou através do email [email protected]. fonte CME

Page 3: ECOS, jornal

3 EditorialQuinta-feira, 21 de Maio de 2010

ECOS

(( EDUARDO BASSO ))DIRECTOR ECOS

Jornal ECOS - Redacção, Administra-ção e Publicidade: Rua Professor Egas Moniz,1 - Apartado 78 - 7100-129 Estremoz; Telefone:268107677 e 965728026; E-mail:[email protected]; Titulo registado na ERCcom o n.º 124718; Propriedade: INOVAL -Associação para o desenvolvimento do Alentejo,Inovação e Valorização - Associação sem finslucrativos; Presidente: João Carlos Chouriço;Sede: Rua Professor Egas Moniz, 1 - Apartado78 - 7100-129 Estremoz; Contribuinte: 506 050890;

Director: Eduardo Basso; Redacção:Liliano Pucarinho, Telmo Coelho Colaboração:João Paulo Garcia, Jorge Canhoto Paginação eProjecto Gráfico: Liliano Pucarinho;Colunistas: António Garcia, Hernâni Matos,António Bouça; Maria João Pingarilho

Impressão: CIC - Centro de ImpressãoCoraze, Edifício Raínha - 4º Piso - Oliveira deAzeméis - Telefone 256 600 580

Assinatura anual: 12 Euros (IVA Incluído) Tiragem/Edição: 1500 exemplares

TERCEIRA PÁGINA)) onde a sua vozencontra a nossa ((

Após uma interrupção de largos anos da minha ligação estreitacom os órgãos de comunicação social, ligação que se iniciou em 1973com o Jornal “a Rabeca”, de Portalegre e só terminou em 2002 com ofim da condução da Correspondência da SIC no Alentejo, passandopela ex-Rádio Meridional (actual Telefonia do Alentejo) e pelo Jornal“Notícias d’Évora”, não estava de facto nos meus horizontes pessoaisrestabelecer a ligação com esta área, até porque é conhecida aactividade que exerço noutras áreas da vida social e política no conce-lho de Estremoz. No entanto, não tive coragem para dizer não ao con-vite que me foi endereçado pelo Presidente da Direcção da INOVAL,proprietária deste jornal, Dr. João Carlos Chouriço, com o qual já levoalguns anos de trabalho conjunto e com o qual comungo de muitasideias quer no campo social, quer nos campos político e ideológico.Por isso, decidi aceitar a Direcção do Jornal “ECOS”, tarefa que hojeinicio com prazer e consciente de que são grandes as dificuldades queenvolvem os órgãos de comunicação social regional mas também deque podem ser superadas com uma atitude simultaneamente românti-ca e profissional. Costuma fazer-se nestas ocasiões uma profissão defé pela isenção, pela independência e pela liberdade de expressão.

Não vou fugir à regra, mas entendo que estes conceitos, por de-mais invocados, estão banalizados e por isso surgem muitas vezesdespidos do seu conteúdo original. A isenção é frequentemente con-fundida com equidistância, significando isto que um órgão de comuni-cação social não tem o direito de tomar posições políticas nem o direitode se posicionar perante opções diferentes, sem fazer escolha, mes-mo que isso implique sonegar informação aos seus leitores. Ao órgãode comunicação social é cortado o direito de optar, esquecendo-seque só tem de prestar contas aos seus leitores e não ao dirigente distoou daquilo. E o que é triste é que esta noção adulterada da isençãoesconde muitas vezes subserviência e medo.

Por isso, não seremos isentos, se isso implicar subserviênciaou medo. Em Portugal generalizou-se a ideia peregrina, mas errónea,de que independente é aquele ou aquela que não possui um cartãopartidário e, por oposição, dependente é aquele ou aquela que o pos-sui, escamoteando-se o facto de que quem tem ideias e pensamentopróprios não deixa de os ter por estar filiado neste ou naquele partido.É por isso que muitos que não têm ideias nem pensamento própriosnão ousam sequer filiar-se num partido, de forma a poderem intitular-se publicamente como independentes quando, não raras vezes, nãopassam de meros instrumentos nas mãos de outrem, que os incenti-vam a tal auto-proclamação desde que não sejam independentes comeles próprios, claro. Por isso, não seremos independentes, na medi-da em que temos ideias e pensamento próprios.

A liberdade de expressão é talvez, de entre os três, o conceitoactualmente mais maltratado, assistindo-se à utilização da liberdadesem cuidar do consequente reverso da medalha – a responsabilidade.Sob a capa da liberdade de expressão têm-se cometido – muitos ór-gãos de comunicação social têm cometido – diversos atropelos à liber-dade dos outros, classificando de culpado quem nem sequer é arguido,utilizando o guarda-chuva do sigilo profissional para encobrir as res-ponsabilidades que lhe cabem, dando-se até ao luxo de ignorar ordensjudiciais.

Para quem como nós ainda se lembra do que significava ter delevar as provas à censura antes da saída de um jornal, a liberdade deexpressão é um direito caro, mas talvez por isso mesmo temos a per-feita consciência de que temos de o preservar, adicionando-lhe a ne-cessária dose de responsabilidade.

Por isso, seremos positivos apoiando e divul-gando todas as boas ideias, projectos e realiza-

ções no campo social, político, empresarial, re-ligioso e cultural

Por isso, seremos pedagógicos, privile-giando a informação sobre temas actuais, trans-mitindo a opinião e o conhecimento de quemsabe e contribuindo para a formação social ehumana de quem nos lê.

Por isso, seremos profissionais, na me-dida em que não regatearemos esforçospara cobrir todos os acontecimentos queinteressa serem divulgados, abrindoespaço às pessoas e aos protagonis-tas

Esperamos assim cor-res-ponder aos interesses dos nossosleitores e da região em que nosinserimos.

Efemérides

ECOS,ECOS,ECOS,ECOS,ECOS,prprprprprojectojectojectojectojectooooorenorenorenorenorenovvvvvadoadoadoadoado

A Inoval – Associação para o Desen-volvimento do Alentejo, Inovação e Moderni-zação, surgiu em 2003, como projecto de de-senvolvimento local e com a vocação paraintervir no território Alentejano.

Nos seus dois primeiros anos de exis-tência, teve a capacidade de disseminar poruma vasta área, um conjunto de cursos deformação, que permitiu a muitas pessoas me-lhorarem o seu inglês, ou aprenderem asbases da informática, tendo chegado a terno terreno, cerca de duas dezenas de cur-sos em simultâneo.

Como forma de divulgação das suasactividades, de levantar questões e de apon-tar soluções, a Inoval criou o Jornal Ecos,um novo meio de comunicação que permitiuaumentar a oferta e a pluralidade existente eser o contraste com outras opiniões.

Passados vários anos regressámos àDirecção da Associação e encontrámos umasituação financeira e organizativa, verdadei-ramente catastrófica. De uma folga financei-ra que deixámos, apenas encontrámos dívi-das, de uma estrutura existente e de um bomnome público, encontrámos rumores poucoabonatórios e confusão.

Toda esta envolvente provocou que aInoval, fosse obrigada a suspender a publi-cação do Jornal Ecos, publicação essa quehoje retomamos. Foi este intervalo de temponecessário, para fazer o levantamento da si-tuação financeira e dos problemas existen-tes, para falar com clientes, fornecedores eleitores. Foi este tempo necessário para re-tomar o projecto inicial da Inoval e por con-seguinte do Ecos, para podermos assegurarque honraremos os nossos compromissos eque o projecto tem a susten-tabilidade ne-cessária para se manter pelo tempo em queseja considerado como útil.

(( JOÃO CARLOS CHOURIÇO ))PRESIDENTE DA DIRECÇÃO

Voz

21 de Maio1894 - O anarquista francês ÉmileHenry é guilhotinado.

1904 - É fundada a FédérationInternationale de FootballAssociation, em Paris.

2006 - Os montenegrinos aprovam com 55%dos resultados um referendo que propõe aindependência da República do Montenegroem relação à Sérvia.

NASCERAM1844 - Henri Rousseau, pintor francês (m. 1910).

1921 - Andrei Sakharov, físico e activistasoviético (m. 1989).

1933 - Olga Savary, escritora brasileira.

MORRERAM 987 - Luís V da França (n. 967).1542 - Hernando de Soto, exploradorespanhol (n. 1500).1935 - Jane Addams, activista norte-america no (n. 1860).

Page 4: ECOS, jornal

políticaEcos.Jornal Quinta-feira, 21 de Maio de 2010

04

Esta coluna, tem comoobjectivo ajudar a entender, temaseconómicos que marcam aactualidade, que mexem com asnossas vidas e que por vezes sãodifíceis de entender.

A crise financeira que se aba-teu por todo o mundo em 2008, eque foi apelidada da maior crisedesde a Grande Depressão de1929, teve o seu inicio nos Esta-dos Unidos da América com a de-signação da crise do Subprime.

De uma forma didáctica, va-mos usar como exemplo a históriafictícia de Ted, um típico america-no de classe média, e umconsumista desenfreado:

Ted, comprou casa para ha-bitação própria, no começo dosanos 90 por 200.000 dólares pe-

O Economês DescomO Economês DescomO Economês DescomO Economês DescomO Economês Descomplicadoplicadoplicadoplicadoplicado(( ANTÓNIO GARCIA ))

Vozdindo para o efeito um empréstimobancário a 30 anos.

Com a valorização imobiliá-ria nos anos seguintes, em 2006 acasa de Ted tinha valorizado e foiavaliada em 1 milhão de dólares.

Mesmo ainda faltando cercade 15 anos para pagar o emprésti-mo, o banco perguntou se ele que-ria um financiamento de 800.000dólares, ou seja, uma segunda hi-poteca, sobre a sua casa.

Ted não precisava do dinhei-ro, tinha um emprego estável, mo-rava numa simpática casa no su-búrbio de uma grande cidade, mascomo todo o americano, não podiaouvir a palavra crédito. Ele aceitouo empréstimo, fez a nova hipotecae ficou com os 800.000 dólares.

Com o dinheiro na conta, Tedia sendo informado pelo seu gestor

bancário que o mercado imobiliá-rio continuava a valorizar fortemen-te.

Ted foi então aconselhado ainvestir no ramo imobiliário e deci-diu comprar 3 casas em constru-ção, na parte mais nobre da cida-de, dando como entrada 300.000dólares e contraindo novos em-préstimos para concluir essas ca-sas.

A diferença, 500.000 dólares,que Ted tinha recebido do banco,gastou em novos carros para ele epara a esposa, em novas mobíli-as, plasmas, viagens e por fim umacirurgia plástica para a esposa.

Ted era o sonho americanoem forma de pessoa, só havia umproblema, toda a gente estava a tera mesma ideia.

No começo de 2007 come-

çaram a correr boatos que os pre-ços das casas estavam a cair. Aiaconteceu o que muitos temiam, achamada Bolha Imobiliária “estou-rou”.

As casas que Ted tinha com-prado e estavam em fase final deconstrução caíram vertiginosamen-te de preço e as taxas de juro dashipotecas que pagava começarama subir astronomicamente. Os com-pradores desapareceram. Ted co-meçou a não poder pagar aos ban-cos os empréstimos das casas.

Os bancos começaram entãoa ficar sem receber de milhões deespeculadores iguais ao Ted e ti-veram que executar as hipotecas.

Ted, teve de entregar aosbancos as 3 casas que comproucomo investimento perdendo tudoo que tinha investido, e ainda fican-

do a dever muito dinheiro.Os bancos que entretanto

haviam transformado os emprésti-mos de milhões de Ted’s em Títu-los Negociáveis, que estavam dis-seminados por todo o sistema fi-nanceiro de todo o mundo, de ummomento para o outro ficaram comtítulos sem valor nos seus activossendo apelidados de Títulos Tóxi-cos. Os imóveis eram as garantiasdos empréstimos, mas esses em-préstimos foram feitos e baseadosnum preço que esses imóveis nãovaliam mais.

A farra do crédito fácil aca-bou, enfim. Os bancos pararam deemprestar por medo de não rece-ber e os Ted‘s tiveram de parar deconsumir porque não tinham cré-dito. E você leitor? Quantos Ted’sconhece?

PSD Estremoz

Manuel José Broaeleito presidente

Borba apoia colectividadese associações

O Município de Borba apro-vou em reunião de Câmara os pro-tocolos a estabelecer com dez as-sociações e colectividades do con-celho para este ano. Os protoco-los são assinados e analisadosentre o Município e as associaçõesanualmente, definindo os apoiostécnicos, materiais e financeiros, aatribuir pela autarquia para o de-senvolvimento das actividades decada representação associativa,envolvendo os seus associados ea população em geral.

No concelho existem diver-

sas associações e colectividadesque, unindo os seus recursos téc-nicos, humanos e financeiros, pro-curam defender objectivos comuns,caminhando assim numa missãoclaramente pré-determinada. Asactividades que desenvolvem sãobastante importantes para o con-celho, procurando a autarquia, namedida das suas possibilidades,apoiar as representaçõesassociativas em diferentes frentes,contribuindo para um maior dina-mismo, alargamento e inovaçãodas suas actividades.

Serão celebrados protocoloscom a Associação de Reformadose Pensionistas de Borba, APD – As-sociação Portuguesa de Deficien-tes (Delegação de Évora), Associ-ação de Dadores Benévolos deSangue de Orada, AssociaçãoBorba Jovem, Associação Jovemde Orada, Casa da Cultura de Ora-da, Centro Cultural de Borba, Cen-tro de Cultura e Desporto da Fre-guesia Matriz, Clube de Rugby deBorba e Grupo Recreativo e Cultu-ral das Festas de São Tiago de Riode Moinhos.

Na terça-feira, dia 18 de Maio, de-correu na sede da Secção de Estremozdo PSD, na Rua 5 de Outubro, eleiçõespara os órgãos internos da Concelhia.

À Comissão Política da Secçãoconcorreram duas listas. A Lista A lidera-da pelo militante Manuel José Broa e alista B encabeçada pelo militante RuiPedro Pimenta Ribeiro. Noque refere à Mesa do Plená-rio de Militantes da Secçãoapresentou-se somente umalista, cujo militante que a en-cabeçava era JoaquimMiguel Pimenta Raimundo.

O acto eleitoral decor-reu com elevação e cordiali-dade, sendo muito participa-do e onde se obtiveram osseguintes resultados: a Lis-ta A obteve cerca de 60%dos votos expressos emurna, contra os cerca de40% da Lista B.

Desta forma o novo Presidente daComissão Política da Secção deEstremoz do PSD é o professor ManuelJosé Broa.

Relativamente à Mesa do Plenário,esta será presidida pelo Dr. JoaquimMiguel Raimundo.

A tomada de posse decorrerá bre-vemente, nos prazos estipulados pelosestatutos do Partido.

VOTOS EX-PRESSOS EMURNA, CONTRAOS CERCA DE40 POR CENTODA LISTA B

60 %60 %60 %60 %60 %

Page 5: ECOS, jornal

economiaEcos.Jornal Quinta-feira, 21 de Maio de 2010

Nós perguntamos istNós perguntamos istNós perguntamos istNós perguntamos istNós perguntamos istooooo

0505

Liliano Pucarinho

“Tudo começou com umabrincadeira há alguns anos. Nun-ca pensei levar isto a sério”, conta-nos Josefa Calhordas, produtora atítulo particular de um dos melho-res licores da região.

Porque se procura sempre adiferenciação e os produtos regio-nais estão de volta às casas dosportugueses, Josefa Calhordashoje assume o seu papel comoimportante meio de divulgação daregião alentejana. Quem não sabe,tem o prazer de provar “alentejo-em-garrafa”.

Como começouJosefa Calhordas diz-nos

que “ tudo não passou de caroliceminha. Comecei por fazer algunslicores de baunilha e saíram bem.Depois experimentei de rosas etambém saíram bem. A partir daínunca parei.”

Foi na Cozinha dosGanhões, evento que tem lugar emEstremoz, em mês invernoso, quedespertou o bichinhopela produçãodestes licores. “Estava a venderartesanato e soube que ocorreramuns workshops sobre produtos re-gionais e até fiquei bastante inco-modada por não saber disso a tem-po. Foi aí que pela primeira vezouvi falar dos tais licores, mas to-dos tinham infra-estruturas ade-quadas para os produzir. Entretan-to soube que era possível fazer omesmo a partir de casa e comeceia tentar. Sou muito perfeccionista,

Licoresque sabema AlentejoNão se perde a tradição por cada vez que JosefaCalhordas nos revela o segredo dos seusextraordinários licores. Produzidos de formaartesanal e já sob licença deixam no ar o cheirinhoque não nos passa indiferente. O ECOS quis saberse só adoçam a boca ou se também nos aquecem ocoração.

estava sempre com medo que nãoresultasse”, revela-nos Josefa.

E não perdeu tempo. De umdia para o outro já preparava a pa-pelada para conseguir licenciar osseus licores que já lhe tinham dito“ser difícil e que precisava de serbastante persistente. E fui”, contaJosefa, ajeitando a rosa que traziaao peito.

Os fãs número umNão se cansa de agradecer

a todos os que ajudam que os seuslicores sejam hoje bem recebidos.“ Aos meus amigos, filhos e restan-te família, são eles a quem dou aprovar tudo o que faço”, conta-nosJosefa que, antes de produzir lico-res já produzia artesanato.

E tudo se foi encaminhando.A produção caseira foi aumentan-do, foi-se construindo uma rotinaentre o que a lei e o que a ASAEpermitia e, pouco a pouco, os lico-res foram nascendo. Mas o que“me dá realmente muito prazer é irpara a serra D’Ossa apanhar os fru-tos com que faço cada uma daspreparações. Sabe, eu nasci naserra e tenho-lhe muito amor. Ésempre um prazer quando mepercopor lá”, descreve Josefa Ca-lhordas, sorrindo a cada palavra.

A divulgaçãoActualmente os licores tam-

bém vivem no seu espaço, naInternet, ficando disponíveis parapraticamente todo o mundo. Coma ajuda de amigos e dos filhosconstruiu um website para dar mais

visibilidade ao produto, “ainda quecom medo. Não gosto de me expo”,conta-nos a produtora de licoresque também já esteve recentemen-te na RTP2 mostrando as suasvalências. O boca-a-boca continua,de acordo com Josefa Calhordas,como o melhor meio de divulgaçãodo produto.

O segredoDiz não ter segredos. Josefa

Calhordas apenas explica que foitentando de várias maneiras atéatingir o produto que queria, em-bora revele que é muito difícil man-ter sempre o mesmo produto, jáque é feito vezes sem conta, “mas

o perfeccionismo leva-me a fazersempre mais e melhor”, esclarece.

A liçença para venda e pro-dução destes licores foi meio ca-minho andado para colocar os pro-dutos no mercado. Josefa contaque: “fui pioneira nestas coisas ebati a muitas portas e sempre mepediram que falasse noutra altura,que outro dia enviasse email, quedeixasse para depois... mas insitisempre e devo muito a toda a gen-te que não me deixou desistir”.

Licor que é licor...A venda do produto é sobre-

tudo nas lojas gourmet, mais es-pecíficas e únicas. Mesmo com osucesso alcançado a produtoragarante que não quer produzir maisquantidade que a habitual para nãoperder a qualidade e que os pon-tos de venda são importantes masque, por enquanto, não precisa demuitos mais.

Quanto custaTodo o processo envolve

custos. Josefa Calhordas vende erevende, aconselhando que cadalicor seja adquirido por cerca de 13euros. “Houve muita gente nas fei-ras a dizer-me que vendia o pro-duto muito barato. Eu gostava queos licores fossem mais acessíveispara que toda a gente pudessecomprar, mas se for a deitar con-tas às horas de trabalho”...

A produtora acredita queestamos a voltar às nossas tradi-ções e cada vez mais se consomeo que é nosso “desde a música, aos

produtos portugueses”.Se tivesse de fazer tudo ou-

tra vez, Josefa teria começadomais cedo a produzir os seus lico-res caseiros. Garante que faz tudocom muito amor e dedicação e quea sua família e os seus amigos nun-ca a deixariam desistir. Assim tam-bém esperamos.

1. Josefa Calhordas,com um dos seus licores.

2. A produtoraaconselha a que cada um

dos seus licores sejavendido por cerca de 13

euros. Pode escolherdiversas variedades: café,

morango, geripapo...

1.

2.

AREANATejodeu início à prestação de serviços na área da “GEM - Gestão

Energética Municipal”, no âmbito da qual é disponibilizado acompanha-mento especializado e personalizado para o desempenho de funçõesque vão desde o registo e monitorização dos consumos de energia àNumaprimeira fase, encontram-se envolvidos neste serviço os Municípios deCampo Maior, Crato e Sousel.

JOSEFA CALHORDAS ESTEVERECENTEMENTE NO CANALTELEVISIVO RTP2 PARA UMA

MOSTRA DOS SEUS PRODUTOS.

RRRRRTP2TP2TP2TP2TP2

Page 6: ECOS, jornal

06

RegiãoEcos.Jornal Quinta-feira, 21 de Maio de 2010

O Encontro vem noseguimento de outros dois realizados

no ano passado, o primeiro dosquais em Évora Monte que contoucom a presença de delegações de6 países europeus, decidiu a cons-tituição da Rede e elegeu a sua Co-missão Instaladora. Esta ComissãoInstaladora voltou a reunir-seWageningen, na Holanda, em Ou-tubro passado e decidiu as basesestatutárias da futura AssociaçãoEuropeia tendo também sido deci-dido que a sua escritura públicaseria feita em Évora Monte e tam-bém que a sua sede europeia fica-ria instalada nesta freguesia doconcelho de Estremoz.

Serão estes os pontos altosdeste 3º. Encontro, estando previs-ta a realização da escritura da As-

Évora Monte recebe sede da redeeuropeia de Sítios da PazEstá agendado para os próximos dias 28 e 29 de Maio o 3º. Encontro da Rede Europeia de Sítios da Paz (European Network of Placesof Peace) , no Castelo de Évora Monte, numa organização da Liga dos Amigos do Castelo de Évora Monte com o apoio da CâmaraMunicipal de Estremoz e da Junta de Freguesia local.

sociação para o dia 28 às 11 ho-ras, na Torre/Paço e a inauguraçãoda sede para a mesma hora do diaseguinte, na Casa da Convenção,cedida pela Câmara Municipal deEstremoz com base num protoco-lo assinado por esta entidade e aLiga dos Amigos do Castelo deÉvora Monte. A especificidade des-ta Rede está no facto de pretenderunir todas as cidades e locais daEuropa onde foram assinados Tra-tados ou Convenções de Paz,como é o caso de Évora Monte,donde partiu a ideia inicial da suacriação. A valorização dos Sítios daPaz, o diálogo cultural entre todosos povos e países da Europa e odesenvolvimento do Turismo Cul-tural para a Paz inscrevem-se en-tre os principais objectivos daRede. Desde o princípio do ano fo-

ram endereçados convites paravários países da Europa estandoprevista a participação neste 3º.Encontro de delegações da Alema-nha, Bósnia-Herzegovina,Bulgária, Croácia, Eslováquia,Espanha, Holanda e Turquia, paraalém das 3 delegações portugue-sas: Município de Estremoz, Fre-guesia de Évora Monte e LACE. Noentender da organização o núme-ro de países representados, nummomento de crise que se atraves-sa em toda a Europa, é bem o es-pelho da aceitação que esteProjecto tem tido na Europa, sen-do que estarão representados Mu-nicípios, Associações sem fins lu-crativos e institutos universitários.E apenas motivos de ordem finan-ceira ou logística impedem que al-guns países estejam representa-dos, como é o caso da Grécia ouda República Checa que tem elei-ções gerais naquele fim-de-sema-na. Mesmo assim a organizaçãoainda não fechou as inscrições e éprovável que ainda outras delega-ções venham a confirmar a suaparticipação.

SEGUNDO DIAO segundo dia deste Encon-

tro, dia 29 de Maio, será especial-mente dedicado aos 176 Anos daConvenção de Évora Monte e teráo seu ponto alto na Sessão Oficialdas Comemorações em que parti-ciparão, entre outros, o Prof. Dr.Diogo Freitas do Amaral, o Presi-dente do Turismo do Alentejo, ERT,António Ceia da Silva e a DirectoraRegional de Cultura do Alentejo,Dra. Aurora Carapinha. O Prof. Dr.Diogo Freitas do Amaral, que temacompanhado o desenvolvimentodeste Projecto desde o seu início,participará também, na véspera, naEscritura Pública da Associaçãoapós o que proferirá uma Confe-rência, aberta ao público. Todo oPrograma de dia 29, sábado, éaberto ao público, e inclue umaApresentação do Percurso do Ima-ginário de Évora Monte, às 10 ho-ras, a Inauguração da Sede daRede às 11 horas e a já referidaSessão Oficial a partir das 11, 30horas.

HTTP://WWW.PLACESOFPEACE.EU/MISSION

176 Anos da Convenção de Évora Monte.O ponto alto na Sessão Oficial das Comemora-ções em que participarão, entre outros, o Prof.

Dr. Diogo Freitas do Amaral, o Presidente doTurismo do Alentejo, ERT, António Ceia da Silva

e a Directora Regional de Cultura do Alentejo,Dra. Aurora Carapinha.

WWW.LACE.ESTREMOZ.PT/

A LACE é membro da ComissãoInstaladora da Rede Europeia de Sítios daPaz (European Network of Places of Peace)que deu os seus primeiros passos precisa-mente em Évora Monte, nos dias 22 e 23 deMaio de 2009.

+

1. Casa onde foiassinada a convenção que

restabeleceu paz aPortugal

1.

Localizaçãoexacta da casa da

convenção emÉvora Monte

Page 7: ECOS, jornal

07

Eduardo Basso

Aqui a tradição cumpre-se,revivendo duma forma alegre e

participada velhos hábitos e costumes queos habitantes da vila fazem questão de mos-trar às centenas de visitantes que a procu-ram nestes dois dias.

Foi mais uma vez assim no passadodia 8 de Maio. Os festejos abrem com a pro-cissão que, a partir da Igreja segue para olocal da Bênção pelas ruas da vila, acompa-nhada de centenas de pessoas, homens,mulheres e crianças, algumas delas trans-portando com muito amor e carinho os seusanimais de estimação.

Após cerca de um quilómetro percor-rido a pé, chegamos ao local da Bênção.

Está tudo preparado e muito bempreparado…o local para pousar os andoresdos santos que são parte essencial da pro-cissão, o pote da água benta, o local onde oPadre cumprirá a sua função, os animais …porcos e vacas…e até o muito bem enfeita-do carro, puxado por um burro ajudado poralguns elementos da organização, que trans-porta as crianças do Jardim de Infância lo-cal, todas vestidas a rigor.

As pessoas organizam-se em duas fi-las paralelas ao longo do terreno e uma equi-pa de homens inicia a sua função…uma vara

A Benção da tradiçãoCostuma dizer-se que “a tradição já não é o que era”, mas esta frase não se adapta à vila de SantoAmaro (Sousel) especialmente se estivermos em dia de Bênção do Gado.

de porcos, alentejanos claro, abre o desfilepelo corredor aberto pelas pessoas e o pa-dre atarefado e compenetrado do acto lá vaidistribuindo a água benta pelos belos exem-plares que passam (…correm) à sua frente,com o aplauso de todos ospresentes…seguem-se mais duas ou trêsmanadas de vacas, conduzidas irrepre-ensivelmente pelos elementos da organiza-ção não “vá o diabo tecê-las” e os cavalosque transmitem um toque de requinte e be-

leza à cerimónia.Nem a chuva, que também não quis

faltar à festa, faz arredar seja quem fôr.É o momento de aparecerem, sabe-

se lá donde, dezenas de outros animais deestimação conduzidos pelos seus jovensdonos. Postam-se perante o padre que osvai contemplando com mais uns pingos deágua…benta.

A alegria e a boa disposição de todosos presentes é um facto.

Reorganiza-se a procissão que, pelomesmo percurso, vai terminar na Igreja.

É TARDESão 13 horas e os estômagos já ape-

lam por comida. Mas ninguém se preocupa,porque no largo da vila já estão montadasvárias mesas corridas…uns trazem o farnelde casa, outros aguardam pelo repasto pre-parado pela organização: ensopado de bor-rego, bacalhau e…porco assado em dois es-petos ali bem à vista de todos os comen-sais.

É hora de repor as forças porque já deseguida cavalos e cavaleiros se preparampara mostrar as suas habilidades num hipó-dromo improvisado no campo de futebol davila.

E o lema “Bênção do Gado – A Festae o Campo” assenta-lhe que nem uma luva.

1. 2.

1. Água Benta.Inúmeros animais foram

abençoados em Santo Amaro.

2. Benditos. Não faltou gato...

Não há imNão há imNão há imNão há imNão há impossívpossívpossívpossívpossíveis!eis!eis!eis!eis!Confrontado com os rumores de

que esta seria a última Bênção doGado em Santo Amaro, AntónioPernão, Presidente da Junta de

Freguesia e principal animador dasFestas, é peremptório: “Não há

impossíveis. As pessoas gostam destaFesta, recebemos muitos visitantes

que animam e desenvolvem a nossaeconomia local, por isso estou segurode que há-de haver quem continue a

Bênção do Gado”. António Pernãoafasta o rumor de que haja problemas

com a segurança e a sanidade dosanimais dizendo que “a Direcção-Geral de Veterinária não põe nem

nunca pôs qualquer entrave àrealização da Bênção e à presençados animais” para logo de seguida

explicar a verdadeira razão que podeafectar a realização futura do evento:

“ O problema tem apenas a ver com aexistência de local para realizar a

bênção. O local em que a temosrealizado nos últimos anos, a Herdade

da Alvarinha está arrendado àCooperativa Barro Negro mas o

contrato de arrendamento termina nopróximo mês de Setembro e para o

próximo ano se quisermos fazer aBênção teremos já de procurar outro

local que permita o acesso do gadoem condições de segurança para as

pessoas e para os animais”. E remata:“Não adivinho o futuro, mas acho que

o problema há-de resolver-se”. Parabem da tradição, de Santo Amaro e do

Alentejo.

3. ...Não faltou cão...

`3.

*

RegiãoEcos.Jornal Quinta-feira, 21 de Maio de 2010

António Pernão afasta o rumorde que haja problemas com a segu-rança e a sanidade dos animais di-zendo que “a Direcção-Geral de Ve-terinária não põe nem nunca pôsqualquer entrave à realização da Bên-ção e à presença dos animais”

+

Page 8: ECOS, jornal

Café CentralQuinta-feira, 21 de Maio de 2010Ecos.Jornal8CAFÉ CENTRAL

)) A nossa reportagem.O seu previlégiode informação ((

CERCA DE 1300.O NÚMERO DE PESSOAS QUEESTIVERAM PRESENTES NO

DESFILE E AFTER-PARTY,SÁBADO DIA 15 DE MAIO.

11111300300300300300

Estremoz esteve no centro das atenções.O evento Estremoz Moda trouxe vida à cidade, em mais umainiciativa de valorização da região e do comércio tradicional.Saiba tudo. Aqui.

CERCA DE 14 ESTABELECIMENTOSCOMERCIAS E OUTRAS EMPRESAS

LIGADAS AO RAMO, QUISERAM FAZERPARTE DO ESTREMOZ MODA

lojaslojaslojaslojaslojas

1. As lojas aderentesdisponibilizaram, de acordocom a organização, todo oapoio necessário naorganização do evento. IvoMoreira conta que “muitasvezes nos ligaram aperguntar como estavatudo a ser preparado”.

2. Os estabelecimentosaderentes: Palrux, NewLook, Três Agulhas,JN5,Império Comercial; Meias eMiminhos.

Cristina Marçal, InêsCabelereiros, MariaAdelaide Marçalo, ClínicaSantos Pereira

Gente Miúda, Patrícios,

Estúdios Correia, òpticaReis e Sapataria Manaus

Estremozestá na Moda

25 modelos responderam aoapelo para desfilarem vestindo

as roupas do comercio tradicio-nal, em Estremoz. Outros tantosde vários pontos do país fizeram

chegar a sua disponiblidadepara participar do evento

Foi de 12 a 15 de Maio que decorreua terceira edição do Estremoz Moda. Cercade 1300 pessoas marcaram presençaneste evento que contou com workshops,formações e um desfile para todas asidades. Um evento do PALCO INICIATIVASem conjunto com patrocinadores locais.

A cidade de Estremoz recebeu quatrodias de grande festa e movimentação. Devolta ao Alentejo esteve a moda, a formação,a música e diversos workshops.

De realçar os castings de produção,demonstração das novas tendências,

Page 9: ECOS, jornal

09Quinta-feira, 21 de Maio de 2010

ECOS

*

Na passadeira desfilaramjovens de várias idades. A

aposta foi primaveril.Em desfile estiveram

também uma gama variadade sapatos e óculos de sol

produções fotográficas, workshop deposses fotográficas, vitrinismo, LAC (lojaamiga do cliente), montras humanas -durante a manhã de sábado, um flashfashion dance, desfiles de moda e umaconcorrida after-party. Um evento que, emfase inicial, se deveria ter realizado noRossio Marquês de Pombal, para umamelhor visibil idade, refere fonte daorganização.

A apadrinhar o evento esteve oelemento e músico da banda DZRT,Edmundo Vieira que poderá ler ementrevista exclusiva ao ECOS, páginas àfrente.

A organização faz um balanço nãomuito positivo pela falta de comparênciade público em geral nas actividades queantecederam o dia do desfile.

FALTARAM PESSOASIvo Moreira, da organização do evento

conta-nos que este ano “foi um risco ter feitoo Estremoz Moda com a duração de quatrodias. Não sabíamos muito bem como poderiacorrer e tivemos pontos forte e fracos.Notória a falta adesão na maioria dasactividades. Toda a gente se queixa que acidade tem pouca actividade e quandopromovemos, ninguém aparece”.

Pedro Borrego, organizador doEstremoz Moda também faz referência àfalta de adesão por parte dosestremocenses. “Promovemos um evento,pela primeira vez durante quatro dias emque oferecíamos formação e tínhamosworkshops e apareceu muito pouca gente”,revela-nos Pedro.

ESTREMOZ MODA EM RISCOpor falta de apoiosOs organizadores contaram a ECOS

que dificilmente haverá uma quarta ediçãodeste evento, visto a falta de apoios epatrocinadores ter sido bastante restrita.

Em risco fica a cidade com “a perda de umevento valorativo para a região e para ocomércio em geral”, conta Ivo Moreira.

De acordo com Pedro Borrego, todosos lojistas gostaram da participação e“dizem-nos que valeu muito a pena”.

O futuro do Estremoz Moda fica entãoa depender dos apoios e ajudas necessáriaspara que um evento deste calibre possavoltar a acontecer na cidade de Estremoz.

A apadrinhar o eventoesteve o elemento emúsico da banda DZRT,Edmundo Vieira quepoderá ler em entrevistaexclusiva ao ECOS,páginas à frente.

Os organizadores contaram aECOS que dificilmente

haverá uma quarta ediçãodeste evento, visto a falta deapoios e patrocinadores tersido bastante restricta.

Page 10: ECOS, jornal

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lazerEcos.Jornal Quinta-feira, 21 de Maio de 2010

Camping Alentejo- prazeres do campo -

Chama-se Siebo Foreman, é de nacionalidade holandesa e é fiel proprietário do novo parque de campismo da nossa região, perto deÉvora Monte. O Camping Alentejo é a aposta de um serviço a favor do turismo na região e do prazer de viver o Alentejo numa janela

virada para o montado português.

Liliano Pucarinho

Depois de avaliado o negó-cio de camping na zona do alentejo,Siebo Foreman e família, decidiramapostar num negócio que sofria degraves lacunas na nossa região, ocampismo selvagem. “Há só um oudois parques de campismo comcondições desde a fronteira atéÉvora. As pessoas não paravammuito por aqui porque não tinhamonde acampar ou parar com assuas caravanas”, conta-nos o pro-prietário.

Propriedade agrícolaQuando Siebo veio para Por-

tugal, foi aqui que encontrou outracasa. “Casei cá em Portugal, coma minha esposa de nacionalida-de portuguesa e criámos esta

propriedade agrícola. Depois pen-samos como explorá-la e nasceueste espaço”, revela-nos apontan-do para a entrada do edifício. Énotória a impaciência com quedescreve o edifício que construiucom o seu dinheiro sem apoios esem co-financiamentos, que fazquestão de reforçar.

Passado uns anos nasceuo Camping Alentejo, um local comuma paisagem e espaços reco-mendáveis a quem goste do des-canso e do bem-estar.

A estruturaUm edifício criado de raiz

com uma traça moderna que incor-pora na perfeição, a paisagem queabsorve. Depois de “inspeccionadae verificadas todas as questões desegurança passamos à divulgação

do Camping. Temos um site queestá em construção que vai ajudaras pessoas a chegar até aqui. Cadavez mais as pessoas planeiamonde ficar, antes de saírem dassuas casas e nós queremos ser umdesses locais”, explica-nos Siebo,no seu português quase perfeito.

O parque é constituído poruma entrada térrea e espaço deestacionamento. “Contamos comespaço para as caravanas e acam-pamento para cerca de 30 tendas.A todas elas disponibilizamoselectricidade e água corrente”, enu-mera o proprietário.

Arquitectura modernaCom um ar rural e apazigua-

dor, bem visível na recepção doedifício, o cliente dispõe de um le-que variado de opções de Cam-

ping. Estão disponíveis os balneá-rios para homens, mulheres e ou-tro para necessidades especiais.Poderá também usufruir de zona delavagem de loiça e outros utensíli-os e principalmente, usufruir deuma paisagem sobre o montadoalentejano e vista para o castelode Estremoz.

VisitasPor enquanto ainda não tive-

ram visitas “porque abrimos há unsdias e ainda não divulgámos mui-to. Mas basta aparecerem pesso-as que vão falando umas com asoutras sobre o parque e depois fi-camos instalados nos roteiros decampismo. Esperamos agora noverão um fluxo maior, por serem osmeses mais dedicados a estas vi-agens de recreio”, exemplificaSiebo Foreman.

1. A recepção do CampingAlentejo, criteriosamentedecorada.

2. A família proprietária donovo espaço de campismo.

3. O espaço onde poderácolocar a sua tenda.Rodeado das primaverisflores da época

4. Arquitectura moderna que seadequa ao meio envolvente.

1. 2.

3. 4.

“““““Contamos com espaçopara as caravanas eacampamento paracerca de 30 tendas. Atodas elasdisponibilizamoselectricidade e águacorrente”””””Siebo FSiebo FSiebo FSiebo FSiebo Foremanoremanoremanoremanoreman

O VALOR DIÁRIO DA ESTADIA NOCAMPING ALENTEJO, COM TODOS

OS EXTRAS NECESSÁRIOS

1111133333

Rituais doRituais doRituais doRituais doRituais doPPPPPoderoderoderoderoder, Armas Orientais, Armas Orientais, Armas Orientais, Armas Orientais, Armas Orientais

Poderá ser visitada no Museu deÉvora, até ao dia 13 de Junho, a Exposi-ção Rituais do Poder, Armas Orientais(colecção de Jorge Caravana).

Page 11: ECOS, jornal

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RegiãoEcos.Jornal Quinta-feira, 21 de Maio de 2010

Passada que está mais umaFIAPE parece oportuna uma pon-deração sobre o conjunto de infra-estruturas que constituem o equi-pamento municipal denominadoParque de Feiras e ExposiçõesEng. André de Brito Tavares nome-adamente, no que respeita a aces-sibilidades, espaços de apoio paraparqueamento, adequabilidade aosfins para que foi criado, formas decomo melhor possa serrentabilizado.

Esta última questão é tãomais importante quanto os investi-mentos nele efectuados ao longode mais de três mandatos ultrapas-saram em muito as necessidadesdo tecido empresarial concelhioque, por si só, nunca teria justifica-do o investimento, tornando-setambém por isso os custos de ges-tão e manutenção bem mais pesa-dos para os cofres municipais.

Localizado na saída para Ar-cos, o Parque sofre dos mesmosmales de acessibilidade da cidadeno seu conjunto: inexistência de

O PO PO PO PO Parararararqqqqque de Fue de Fue de Fue de Fue de Feiraseiraseiraseiraseiras(( ANTÓNIO BOUÇA ))ARQUITECTO

Vozuma rede viária principal de distri-buição urbana devidamente pensa-da e concretizada.

A projectada via no leitoactual do caminho de ferro, noâmbito da chamada Refun-cionalização dos Espaços Ferrovi-ários da Cidade, a variante defini-da no PDM articulando as ENs 18e 4 por NE mas, com implantaçãodiversa, s a variante ao IP2, sãodeterminantes à resolução da situ-ação.

Os apoios de espaços deestacionamento e a articulaçãodestes com o Parque é outra pechapor todos reconhecida já que, oparque foi concebido “às avessas”:o acesso nobre do recinto aconte-ce do lado oposto daquele em quese estaciona. Literalmente entra-sepelas traseiras, por porta sem omínimo de dignidade e condiçõesde pavimento o que urge corrigir.

A esse erro de base, um ou-tro se lhe juntou já que, tambémsem qualquer sentido, a varianteurbana do PDM, a acontecer nos

termos propostos, se interporiaentre o parque e as áreas de esta-cionamento o que obrigaria as mul-tidões que acedem aos certamesa atravessarem aquela que seria aprincipal via distribuidora de tráfe-go da cidade.

Só a não concretização atéhoje desta variante não evidenciouesse tremendo erro de concepçãoe planeamento municipais e, feliz-mente, a proposta no âmbito darevisão do PDM em curso, de afas-tar-lhe o traçado daquela área, per-mitirá corrigi-lo.

Internamente o Parque en-ferma de outras erróneas opções,essas bem mais difíceis de ultra-passar, não só porque respeitam àslógicas de implantação dos edifíci-os já construídos mas também àsdos arranjos de espaços exteriorestambém ali concretizados.

A implantação disseminadados pavilhões central, multiusos edo gado impede a utilização con-junta destes, nos eventos que nãoutilizem os espaços exteriores, si-

tuação que se vê agravada nosperíodos de maior intempérie.

Por outro lado a opção dosarranjos exteriores com pavimen-tos rígidos e de desenho definitivoe impositivo impede a desejávelvariabil idade de soluçõesorganizativas tornando de ano paraano os certames, sobretudo os denatureza cíclica, sempre iguais.Veja-se o caso da FIAP quer no seuconjunto ou, mais especificamen-te na Feira de Artesanato, semprecom as mesmas previsíveis implan-tações, não lhes sendo permitidasquaisquer inovação de imagem etornando-as enfadonhamente sem-pre iguais.

Pelos investimentos já reali-zados, só soluções parciais e deminimização são ainda possíveistais como: a criação de uma arti-culação coberta entre os pavilhõesmultiuso e do gado; a procura devariação nos pavilhõesdesmontáveis contratados anual-mente; maiores investimentos emdecoração festiva tanto no exterior

como no interior dos pavilhões, deresto sempre algo demasiadoparcimonioso nas acções realiza-das.

Em termos de rentabilizaçãodo Parque, o caminho traçado peloanterior executivo municipal de di-versificar e multiplicar os certamesao longo do ano, abrindo -o a ou-tras áreas e dinâmicas concelhiasque não as estritamenteeconómicas ou gastronómicas,como antes acontecia, parece sero mais correcto.

Contudo, boas ideias tam-bém da anterior gestão autárquica,que não houve tempo para concre-tizar, como a utilização em fim desemana de uma das alas de cozi-nhas do multiusos, como bares deapoio a esplanadas numa lógica de“docas” nocturnas estremocenses,ou a utilização das áreas exterio-res para um enorme cinema “drive-in”, pela inegável atractividade deâmbito regional que poderão assu-mir, seriam acções a não abando-nar e bem ao contrário a por de pé.

Olhares de ontem e de hoje

A “importância estratégica”desta obra, cujo concurso públicofoi lançado pelo anterior Executivoe cuja adjudicação já decorreu soba égide do actual Governo, foirealçada pelo Presidente daedilidade estremocense, que de-fendeu a sua util izaçãomultifuncional nos campos doabastecimento de água às popula-ções, do aproveitamentohidroagrícola e da utilização parafins recreativos e turísticos.

Uma vez que ainda se en-contra em curso o processo dasexpropriações necessárias à suaconstrução, a obra, da responsa-bilidade do ministério da Agricultu-ra, do Desenvolvimento Rural e dasPescas, iniciou-se em terrenosmunicipais.

Barragem de Veirosiniciou construçãoCinquenta e alguns anos depois, iniciaram-se finalmente as obras de construção da Barragem de Veiros com a instalação dosestaleiros da obra e a abertura dos acessos ao local onde vai ser construído o paredão.

PLANO DE REGADO ALENTEJO

A Barragem de Veiros já es-tava incluída no chamado “Plano deRega do Alentejo” desenvolvidonos anos 50 do século passado eirá permitir a criação de uma áreade 1.114 hectares de regadio, dis-tribuídos pelo freguesia de Veiros,do concelho de Estremoz e peloconcelho vizinho de Monforte, oque permitirá substituir a agricultu-ra de sequeiro, pouco rentável, pre-dominante na zona, por uma agri-cultura moderna e que seguramen-te contribuirá para a fixação daspopulações com a abertura de no-vos e mais promissores postos detrabalho.

É pelo menos isso que espe-ra a Associação de Beneficiários do

Perímetro de Rega de Veiros, cons-tituída há cerca de uma ano e queconta actualmente com cerca de40 associados.

A obra da Barragem deVeiros representa o maior investi-mento do Estado naquela fregue-sia e conta com a comparticipaçãofinanceira da União Europeia.

NÚMEROS DE ASSOCIADOS DOSBENEFICIÁRIOS DO PERIMETRO

DE REGA DE VEIROS

4040404040

fotos CME

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históriaEcos.Jornal Quinta-feira, 21 de Maio de 2010

PPPPPoesia Poesia Poesia Poesia Poesia Popularopularopularopularopular(( HERNÂNI MATOS ))

VozO FRANCO_ATIRADOR

A Associação FilatélicaAlentejana que comemora este anoo seu 27º aniversário, há muito quevem desenvolvendo trabalho compoetas populares, promovendo umou mais Encontros anuais, visan-do o convívio entre eles e a comu-nidade, bem como a apresentaçãopública dos seus trabalhos. Foi oque aconteceu no passado sába-do, dia 15 Maio, quando um grupode poetas populares interveio noacto inaugural da exposição “De-fesa do Património” no Centro Cul-tural Dr. Marques Crespo, emEstremoz. Altino Carriço,Constantina Babau, Joaquim Ga-vião, Manuel Gomes, MateusMaçaneiro e Renato Valadeiro fo-ram os poetas populares presen-tes no evento. À noite, o Encontrode Poetas Populares continuou noMuseu Municipal de Estremoz, in-tegrado no evento internacional

conhecido por “Noite dos Museus”,que registou a participação de Mu-seus de toda a Europa e contoucom o alto patrocínio da UNESCO.Antes da actuação dos poetas po-pulares, coube-me comopalestrante convidado, dissertarsobre Poesia Popular. Dada a vas-tidão e a complexidade do tema,debrucei-me apenas por contextos

que tenho investigado sob um pon-

to de vista etnológico. Em primeiro

lugar, o “Cancioneiro Agro-Pasto-

ril”, produzido por homens e mu-

lheres, em tarefas de grupo,

cíclicas e sazonais, como a mon-

da, a ceifa, a azeitona, a vindima e

a tiragem da cortiça. Produzido

também por pastores na solidão da

sua vida de nómadas., esse canci-oneiro é constituído sobretudo pordécimas e quadras que registaramno livro vivo da sua memória, pois

muitos nem sequer sabiam ler. Amaior parte dessas composiçõestornaram-se anónimas e transmi-tindo-se oralmente passaram a in-tegrar o património colectivo. Emsegundo lugar, o “Cancioneiro Po-pular de Natal”, porque ajuda aperceber a religiosidade própria dohomem alentejano, o qual apesarda sua pouca religiosidade, nutrerespeito pela Sagrada Família, aqual todavia é tratada terra a terrae mesmo com uma certa ironia. OCancioneiro Popular que temos érico e diversificado. Dele nos de-vemos orgulhar por ser parte inte-grante da nossa identidade cultu-ral, que urge preservar e transmitiràs gerações mais novas. Daí a im-portância da sua recolha e registoescrito como forma de assegurar aperpetuidade do que tem de maisrico e genuíno a nossa memóriacolectiva.

Rossio Marquês de PombalSímbolo de Soberania Popular

Um dos maiores espaçoscomunitários do país, que ao lon-go dos anos tem assumido parti-cular importância na vida da urbe.Palco de actividades religiosas ede paradas militares, onde seconcentravam e donde partiamtropas e onde foi descoberto umcemitério medieval.

Passeio PúblicoPavimentado em toda a

sua orla por calçada à portugue-sa, por onde os estremocensespasseiam, visando manter a for-ma física e pôr as conversas emdia, “lavando a roupa suja” e “cor-tar na casaca”, jeitos locais defazer crítica social e política. Pal-co de concertos de bandasfilarmónicas, desde a inaugura-ção do Coreto em 13 de Setem-bro de 1888, quando este passoua animar o Passeio Público, apóso encerramento do Convento dosCongregados.

Mercados e FeirasDiariamente se realiza ali o

Mercado que aos sábados atin-ge o auge. Ali convergem vende-dores de concelhos limítrofes edo concelho, alguns dos quaissão camponeses da região.

No espaço central junto aoCoreto funcionou o MercadoAbastecedor antes de se vir a fi-xar no pavilhão actual. Frente àCâmara sempre decorreu a ven-da da loiça de barro vermelho,assim como de cestos, alcofas,esteiras, pincéis, vasculhos eescadas de madeira para as fai-nas agrícolas.

Palco de feiras, como a“Feira de Santiago”, a “Feira deSanto André” (desde 1754), a“Feira de Maio” (desde 1925), a“Feira de Artesanato” (desde1983) e a “FIAPE” (desde 1986)até ser transferida para o Parquede Feiras.

Palco ainda da “Feira deGado”, no tempo dos “motores decombustão a palha”, quando acarroça e o trem eram imprescin-díveis nas fainas agrícolas e notransporte de pessoas e merca-dorias. Ali, negociantes, ciganos,tosquiadores e alveitares eramreis e senhores. Onde hoje é oBES havia um ferrador e mesmoali ao lado, a “Estalagem do Peú-gas”, antiga estação de muda daMala-Posta do Alentejo, onde secomia, se recolhia gado e se per-noitava com ele.

A Feira das Velharias só alise instalou depois da urbaniza-ção do chamado Campo da Fei-ra.

Frente ao Hospital, vendi-am-se queijos e cal branca. Aí,em churriões-taberna, improvi-savam poetas populares como oHermínio Babau e o Jaime daManta Branca.

Frente aos cafés semprefoi a zona de cavaqueira, ondese encetavam ou rematavam ne-gócios que transitavam pelasmesas e balcões dos caféslimítrofes, entre goles de vinhoe garfadas dum petisco de oca-sião.

Aos sábados, a animaçãosonora era feita por CarmoPequito da Agência APAL, “apalavra mágica da propaganda”e por ali paravam os vendedo-res da banha da cobra ou ven-dedores ambulantes como oPainho, fala-barato bastante po-pular.

Animação variadaLocal das Festas à

Exaltação da Santa Cruz, dechegada de excursões, de con-centrações militares e da Refor-ma Agrária, bem como de come-moração do 1º de Maio.

Local de aprendizagem decondução de bicicleta e de au-tomóvel, de gincanas e de lan-çamento de pára-quedistas, deaterragem de helicópteros, deamaragem de balões, deactuação de ranchos folclóricos,

bandas filarmónicas, circos e com-panhias de teatro ambulante.

Memórias de Tempos IdosA todos, o Rossio e o casario

que o emoldura, despertam memó-rias de tempos idos, nas quais o

Rossio, hoje maioritariamente umincaracterístico parque de estacio-namento, sempre serviu de sala devisitas e de espaço cívico de feste-jo e de convívio.

Apesar das vicissitudes eatentados que tem sofrido, o Ros-

sio e com ele o Mercado de Sába-do, símbolos de identidade cultu-ral estremocense, permanecemunos e indivisíveis, como símbolosperenes da soberania popular quederrotou nas urnas, aqueles que osqueriam retalhar.

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desportoQuinta-feira, 21 de Maio de 2010Ecos.Jornal

Natação

IV TorneioVila dosGamas

por Rui Lopes

O Clube de Futebol deEstremoz deslocou-se aVidigueira para participar no IVTorneio Vila dos Gamas, provarealizada no passado dia 15 deMaio com organização do ClubeDesportos Aquáticos de Vidigueirae Associação de Natação doAlentejo.

Na participação dosnadadores estremocenses desta-que para:

- Hugo Gambutas, 1ºclassificado nos 100 metros cos-tas; Catarina Cachucho, 1º lugarnos 100 estilos; Miguel Arvana, 1ºlugar também nos 100 estilos;Ângela Duarte classificou-se em1º lugar nos 100 bruços; DiogoBanha foi 1º classificado nos 50mariposa e 100 bruços; Luís Fon-seca alcançou o 1º lugar nos 100costas; David André foi 3º tambémnos 100 costas; Ana Monteiro,Cláudia Pardal, Andreia Sequeirae Dina Letras ficaram em 3º lugarna estafeta de 4x50 estilos; Jai-me Vieira, José Semedo, HugoGambutas e Luís Fonseca classi-ficaram-se em 3º lugar também naestafeta de 4x50 estilos; JoãoCotovio foi 4º classificado nos 100estilos; Andreia Mártires foi 4ª nos100 bruços; Daniela Rosado al-cançou o 4º lugar nos 100 mari-posa; também nos 100 mariposa,Mykola Gumennyk foi 6º classifi-cado e Miguel Gambutas foi 6ºnos 100 bruços.

No Torneio Vila dosGamas participaram 98 atletas emrepresentação dos clubesAminata de Évora, AssociaçãoZona Azul de Beja, Centro Repu-blicano Aljustrelense, GrândolaSports Club, Clube de Futebol deEstremoz e Clube Desportos Aqu-áticos de Vidigueira.

Futsal

ÉvoraMonte

Numa iniciativa de um gru-po de jovens de Evoramonte vaiter início no próximo dia 4 de Ju-nho um Torneio de Futsal para oqual se encontram abertas as ins-crições até ao próximo dia 28 deMaio, através dos telefones 963169 094 ou 968 890 733 ou do e-mail:

[email protected] a realização deste Tor-

neio a organização pretende darum pouco de animação às noitesde verão que se aproximam e di-namizar aquela vila do concelhode Estremoz, pois como afirmam“é por nós que passa o seu futu-ro”.

Consciente da sua respon-sabilidade social, o grupo de jo-vens que organiza este Torneio deFutsal decidiu distribuir 40 porcento dos seus lucros por duasinstituições de solidariedade so-cial: a Cercimoz e a Liga Portu-guesa contra o Cancro (Delega-ção de Évora).

Ciclismo

Afinalhá Volta

Depois do anunciado fim daVolta ao Alentejo em Bicicleta,pela Associação de Municípios doDistrito de Évora (AMDE) afinal aprova vai realizar-se entre 10 e 13de Junho com partida deVidigueira e Meta em Évora.

A organização é da PAD/João Lagos Sport, com o apoio daComunidade Inter-municipal doAlentejo Central. A prova tem or-çamento de 200 mil euros e nocalendário do ciclismo portuguêsocupa a data do grande PrémioCTT, que não vai para a estradaeste ano.

Monforte

V Semanada Saúdee Exercício

FísicoPelo quinto ano a Câmara

Municipal de Monforte organiza de24 a 30 de Maio a Semana daSaúde e Exercício Físico.

As populações interessadasem participar têm ao seu disporum vasto programa, onde se des-taca o rastreio à Obesidade, Higi-ene Oral, Pic Nic na Praia Fluviale a Caminhada da Saúde.

Paralelamente, durante asemana estará ainda patente naBiblioteca Municipal uma exposi-ção sobre a temática.

Alandroal

VIII Corridados

CastelosA Câmara Municipal de

Alandroal, com o apoio técnico daAssociação de Atletismo deÉvora, organiza a VIII edição daCorrida dos Castelos. A provaprincipal, numa extensão de 18Km, com inicio marcado para as09:30h, do dia 23 de Maio, decor-re entre Juromenha e Alandroal edestina-se aos escalões deSeniores e Veteranos, de ambosos sexos.A “Mini Prova dos Cas-telos” dirigida a atletas do esca-lão de infantis, com 1300 metros,será disputada nas ruas dealandroal. Para o escalão de ini-ciados a prova terá a extensão de2600 metros, enquanto os esca-lões de juvenis e juniores terão depercorrer 3900 metros.Todas asprovas são abertas a atletasfederados ou a simples amantesda corrida que terão como ofertauma t-shirt, sendo que para o pri-meiro classificado em seniores háainda um prémio monetário de400 euros.

Évora

Jogarà Bola

O Programa “Jogar À Bola”,da responsabilidade da Associa-ção de Futebol de Évora em con-junto com uma dúzia de clubesseus filiados, terá mais uma jor-nada dia 22 de Maio. Desta vez aorganização do convívio cabe aoJuventude Sport Clube e está pre-visto decorrer entre as 09H30 eas 13H00. Este programa temcomo principal finalidade a demotivar atletas com idades entreos 5 e os 9 anos para a prática dofutebol.

A organização é da PAD/João Lagos Sport, com oapoio da ComunidadeInter-municipal doAlentejo Central

1.º Encontro Raiano de

Árbitrosde Futebol

O Núcleo de Árbitros deFutebol da Zona dos Mármores“Professor Jorge Pombo” organi-za, dia 22 de Maio, o primeiro En-contro Raiano de árbitros de Fu-tebol. Do referido encontro desta-ca-se às 9 horas o TorneioQuadrangular entre Évora,Portalegre, Beja e Badajoz, noEstádio Municipal José GomesPalmeiro da Costa e às 15:30 ho-ras o Colóquio “Análise Compa-rativa da Actividade Regional:Captação, Formação, Evolução eProgressão”, que terá lugar naCasa de Estremoz.Do programaconsta, ainda, uma visita culturalpela Cidade de Estremoz e o al-moço convívio entre os participan-tes.”

Futsal da

Zona dos MármoresTerminou o campeonato distrital de Évora de futsal com uma

esclarecedora vitória da Casa do Benfica de Vendas Novas. Nos 18jogos disputados, esta equipa apenas conheceu o sabor amargo daderrota uma vez, tendo empatado também uma única vez. Foi ainda aequipa que mais vezes festejou o golo e aquela que menos vezes viu abola dentro da sua baliza. A Casa do Benfica de Vendas Novas disputa-rá também a final da Taça do Distrito de Évora, dia 23 de Maio, emMontemor-o-Novo, e terá como opositor o Juventude ou o Borbense,que disputam o acesso à final a 21 de Maio. Sortes diferentes para asduas equipas da Zona dos Mármores. O Borbense sagrou-se vice-cam-peão, e pode chegar a final da Taça do Distrito, com um total de 37pontos, enquanto a AJES se quedou pelo oitavo posto, entre dez equi-pas, tendo obtido seis vitórias, um empate e onze derrotas.

Estrela deEstrela deEstrela deEstrela deEstrela deVVVVVendas Noendas Noendas Noendas Noendas Novvvvvasasasasasperperperperperdededededeinininininvvvvvencibilidadeencibilidadeencibilidadeencibilidadeencibilidade

A uma jornada para o término do campeonatoda divisão de honra da Associação de Futebol deÉvora, o Estrela de Vendas Novas perdeu ainvencibilidade. A equipa de Vendas novas, que atéaqui apenas conhecia a alegria da vitória foi derrota-da à 25.ª jornada no campo do Monte de Trigo poruma bola a zero.

A derrota em casa do segundo classificado nãomancha o excelente campeonato efectuado peloEstrela de Vendas Novas.

A equipa do Sporting Arcoense voltou a serderrotada, desta feita no seu reduto, ante o Sportingde Viana e mantém a última posição com 13 pontos.Na 26.ª e última jornada desloca-se a Portel, paradefrontar a equipa local que se encontra a meio databela com 33 pontos.

*

+

Na foto Hugo Gambutas+

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entrevistaEcos.Jornal Quinta-feira, 21 de Maio de 2010

Liliano Pucarinho

Como recebeste o convitepara apadrinhar o EstremozModa?

O convite foi-me endereçadopela minha agência, que me pôsde imediato a par deste grandeevento que é o Estremoz Moda.Pediram-me para apadrinha oevento e não pensei duas vezes.É importante estarmos atentos aoque se passa no nosso país e aju-dar o mais que podemos.

É um evento valorativopara a região. Como o entende?

Acho este tipo de eventosextremamente importantes. Hámuita gente bonita por aí e a cida-de de Estremoz não é excepção.Já deu para ver neste pouco tem-po que existem aí muitos homense mulheres bonitas, mais as mulhe-res, os homens que me desculpem(risos). Não é a minha primeira vezem Estremoz, já estive cá em con-certo, também num certame impor-tante, aqui neste mesmo recinto.

Entendes a Moda para umaúnica faixa etária?

A Moda deve envolver todasas pessoas, das mais velhas àsmais novas, gordos, magros... oimportante é sentirmo-nos bemconnosco. Quem faz a moda talveza direccione para uma faixa etária,talvez de jovens, à média idade,mas cada vez se procura maisdireccionar a moda para toda agente. Somos pessoas na vida real,não somos manequins feitos emfábricas. Cada um de nós tem ca-racterísticas diferentes que nos tor-nam únicos.

A Moda ajuda à projecçãodo comércio tradicional?

Aliás, é uma excelente ideiaporque projecta o comércio tradici-onal. É muito positivo este tipo deeventos porque a evolução do co-mércio depende disso também.Cada vez mais os pequenos negó-cios estão a desaparecer e esta éuma forma de lhes fazer frente. Eumesmo compro muita coisa no co-mércio tradicional. Também em In-glaterra é muito habitual comprar-

Edmundo é um dos membros do grupoDZRT, bem conhecido dos mais novos, napraça pública. Como músico e modelo foiembaixador do evento a convite do EstremozModa 2010.ECOS, em entrevista a Edmundo Vieira.

se no comércio tradicional.É um óptimo conceito para

que as pessoas prestem mais aten-ção ao comércio local.

Portugal está cada vezmais na moda?

Portugal sempre esteve namoda. Mas de há uns anos paracá, há cada vez mais pessoas alevar o nome do nosso país alémfronteiras. Temos o caso doCristiano Ronaldo, Mariza, Figo euma panóplia de outros atletas emúsicos, como os Buraka Som Sis-tema que há bem pouco tempo fo-ram número um dos tops espa-nhóis.

E a tua responsabilidadesocial, enquanto figura pública?

Tento sempre estar muitoatento ao que se passa no nossopaís e no mundo. Fora o meu de-ver cívico e naquilo que posso aju-dar, gosto de fazer o que possopelo desenvolvimento do meu país.É uma das responsabilidades en-quanto figura pública.

< Portugal sempre esteve na moda >

EDMUNDO MIGUEL VIEIRA22 de Novembro de 1983

Desporto : FutebolFilme: Moulin Rouge

Música : Stevie Wonder,CraigDavid,Sting,Blue,Elton John,Bryan Adams

*Edmundo é

um dos quatroelementos que da

banda juvenil DZRT,famosa depois da

formação aindadurante a série

televisivaMORANGOS

COM AÇUCAR

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partid

a

Exposição Utopia Arte Fantástica 3

Quinta-feira, 21 de Maio de 2010

ECOS

Exposição Utopia Arte Fantás-tica 3 é a continuação das exposi-ções que o Núcleo Português de ArteFantástica, projecto comissariado porVictor Lages, tem vindo a desenvol-ver desde 1 de Abril de 2008.

Este projecto tem comoobjectivo a divulgação, promoção edesenvolvimento da Arte FantásticaContemporânea, que não sendo umestilo em si, abrange um leque enor-me de estilos e expressões artísticas,como o surrealismo e o visionário, osimbolismo, o onírico e o absurdo, oirracional ou o tabu, assim como omístico, o metamórfico ou ometafísico, entre outras formas depensamento e arte que provoqueme façam pensar.

Arte Fantástica é sobretudo fi-

gurativa e é a alteração do real emimaginário a sua marca fundamen-tal. Procura-se através da imagemrealizada na obra de arte fantástica,a transmissão de ideias e aborda-gens dos mais diversos interessesdas sociedades, das pessoas, ou asfantasias e sonhos, que muitos gos-tariam que se tornassem realidade.

A realização de uma exposiçãocomo esta, realizada em Estremoz,terra do interior do país, tem oobjectivo de levar para fora dos gran-des centros, uma cultura e a umaarte diferente, de forma a divulgar umpensamento mais onírico e criativo,que os artista criadores de obras fan-tásticas em geral têm, em relação aoutras expressões artísticas mais

abstractas, naturalistas ou outrasmais comuns e menos criativas.

O conjunto de artistas repre-sentado nesta exposição, são na suamaioria artista com nome e obra re-conhecidos, no meio artístico e cul-tural, tanto no país como no estran-geiro. Serão então expostos traba-lhos de Victor Lages, Carlos Mar-ques, Ana Garrett, David Cara-Nova,Lya Alves, Ana Marques, LudgeroRolo, Luis Athouguia, CarlosGodinho, Firmo Silva, ElisabeteBarradas, Victor Belém e LuisFernandes.

Integrada no VirVer Museus2010, a mostra estará patente naSala de Exposições Temporárias doCentro Cultural Dr. Marques Crespoaté 10 de Julho. A entrada é gratuita.

A mostra estarápatente na Sala

de ExposiçõesTemporárias doCentro Cultural

Dr. MarquesCrespo até 10 deJulho. Entrada é

gratuita.

PONTO DE PARTIDA)) Escolha a partir das nossassugestões e aventure-se na

cultura do nosso país ((

*

TTTTTemememememporada de Arporada de Arporada de Arporada de Arporada de Arttttte ee ee ee ee eCultura - ArCultura - ArCultura - ArCultura - ArCultura - Artttttes ao Sules ao Sules ao Sules ao Sules ao Sul

A Direcção Regional de Cultura doAlentejo abre a Temporada de Artee Cultura - Artes ao Sul, no próximodia 22 de Maio, com o concerto AEscola de Música da Sé de Évora -Oito compositores, pelo CoroPolifónico Eborae Mvsica , que terálugar na Sé de Évora, às 17 horas,ao qual se dignará assistir Sua Ex-celência a Ministra da Cultura.

Bridge em BorbaBridge em BorbaBridge em BorbaBridge em BorbaBridge em BorbaNos dias 28, 29 e 30 de Maio, a cida-

de de Borba vai ser anfitriã do Festival deBridge que irá decorrer nas instalações daCasa Terreiro do Poço. Em Portugal é dirigi-do pela Federação Portuguesa de Bridge,membro do Comité OlímpicoPortuguês.Qualquer idade, dos 8 aos 80, éboa para o início desta prática fantástica, po-dendo ser praticado até sempre. Sendo umjogo de parceiros, a componente lúdica, oespírito de equipa e as interacções sociaisque promove são muito gratificantes.O Mu-nicípio de Borba associou-se à organizaçãodeste Torneio de Bridge, promovendo juntodos seus participantes os produtos locais,desde o mármore aos vinhos, passando pe-los queijos e os enchidos. Cerca de 100 pes-soas, 20 das quais estrangeiras, deslocar-se-ão propositadamente à cidade de Borbapara participar neste torneio.

Gala do FGala do FGala do FGala do FGala do Fado da Rádio Camado da Rádio Camado da Rádio Camado da Rádio Camado da Rádio Campanáriopanáriopanáriopanáriopanário O soberbo espaço dos Claustros do Seminário de S. José, em Vila

Viçosa, servirá de palco da 2ª Grande Gala do Fado , no dia 29 de Maio, pelas20 horas. O espectáculo contará com um elenco de luxo, composto pelos Fa-distas Teresa Tapadas, João Chora e Lenita Gentil, entre outras vozes do fado,que serão acompanhados, pelas guitarras de Filipe Vaz da Silva, Carlos Es-torninho e Dinis Lavos. Da ceia regional fará parte o típico caldo verde, pão,vinho e chouriço, entre outros sabores da região. Para reservas ou mais infor-mações contacte os números 268980222 e 268999122

Contrabando do CaféContrabando do CaféContrabando do CaféContrabando do CaféContrabando do CaféO Município de Marvão está a organizar o II Percurso Interna-

cional do Contrabando do Café, trilho criado no âmbito da I Feira doCafé que se realizou na Vila de Marvão em Setembro de 2009. Estainiciativa visa recordar e homenagear este modus vivendi de muitasaldeias da fronteira de Portugal. A iniciativa, a ter lugar no dia 06 deJunho, terá início pelas 08:00h na Igreja dos Galegos, localidadefronteiriça, com a degustação de Migas do Contrabandista com caféda chocolateira.

EncontrEncontrEncontrEncontrEncontro de Bloggero de Bloggero de Bloggero de Bloggero de Bloggers Estremozs Estremozs Estremozs Estremozs EstremozNuma iniciativa da Associação Filatélica

Alentejana e com o apoio dos membros do bloguecolectivo ESTREMOZ NET, tem lugar em Estremoz, nopróximo dia 29 de Maio de 2010 (sábado), no Hotel Im-perador, em Estremoz, o I Encontro de Bloggers,Webmasters e Facebookers do Concelho de Estremoz.O Encontro visa o convívio entre todos aqueles queduma forma ou de outra, utilizam a comunicação “online”. A participação no Encontro e no almoçofaz-se mediante preenchimento de um im-presso de inscrição e pagamento de 20euros por pessoa. A entrega po9de serfeita no Jornal Brados do Alentejo ouna Ourivesaria Varela, no Rossio Mar-quês de Pombal, durante as horas deexpediente. Só serão consideradas asinscrições entradas até o dia 22 deMaio, acompanhadas do respectivo pa-gamento.

Contacto : 937 274 775

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Sugerimos para si!

Page 16: ECOS, jornal

xÚLTIMA PÁGINA. X.

)) Fecho de edição.Olhar atento. ((

Os bancos devem saber mais segredosque as esposas que em casa os esperam oujá não. Debaixo do sol que começa a aquecer,juntam-se como miúdos, os velhos que já oforam. Contam saudades aos pombos e riem-se da vida, sem a saberem explicar. Da próxi-ma vez, meto conversa.

Não qNão qNão qNão qNão queirasueirasueirasueirasueirassaber de mimsaber de mimsaber de mimsaber de mimsaber de mim

MinistrMinistrMinistrMinistrMinistro dos negócioso dos negócioso dos negócioso dos negócioso dos negóciosestrangeirestrangeirestrangeirestrangeirestrangeiros demitos demitos demitos demitos demite-see-see-see-see-se “A biblioteca não tem as condições necessárias e já estão na mesaduas possíveis soluções: uma poderá passar pela adaptação daexistente, a outra pela criação de uma nova”, revela a ministra daCultura.

POPULAÇÃORESIDENTE

0,60 EUROS. ECOS JORNAL . 21 de Maio de 2010 . [email protected] . QUINZENÁRIO . Rua professor Egas Moniz, 1 - Apartado 78 - 7100-129 Estremoz . 268 107 677 . ERC n.º 124718

No dia 18 de Maio, pelas16h, no Museu Regional

de Beja, foi entregue ao Museu Mu-nicipal de Estremoz Prof. JoaquimVermelho, pelo Secretário de Es-tado da Cultura Dr. ElísioSummavielle, o certificado de ade-são do Museu Municipal deEstremoz Prof. Joaquim Vermelhoà Rede Portuguesa de Museus(RPM).

A adesão deste Museu resul-ta de um trabalho continuado, ondepor etapas foram sendo debeladascarências estruturais como as Re-servas Museológicas ou Gabinetesde Trabalho, ou a falta de apare-lhos essenciais para o controle eregulação ambiente comoTermohigrografos, Ar-Condiciona-do e Desumidificadores. Em termosde estruturas de apoio e de apare-lhos, apesar de ainda não estartudo solucionado (faltam por exem-plo adquirir mais ar-condicionadosou abrir uma cafetaria/bar), a RPM,na visita técnica que efectuou aoMuseu Municipal, entendeu queestava o Museu com as condiçõesmínimas para assegurar a integri-dade do acervo ao seu cuidado,pelo que a apreciação foi franca-mente positiva.

Museude EstremozIntegração na rede portuguesa de Museus

Mas, para que nos serve estaadesão? De forma resumida, acertificação visa dar dignidade, re-conhecimento e uma melhor divul-gação da estrutura museológicamunicipal, permitindo de futuro acandidatura a fundos europeus, oacompanhamento técnico especi-alizado das colecções e dos diver-sos núcleos museológicos, bemcomo a possibilidade de frequênciaassídua por parte dos colaborado-res afectos ao sector museológicode acções de formação especi-alizada. Ou seja, é todo um novoleque de oportunidades e demelhoria técnica, quer dos recur-sos humanos, quer dos recursosmateriais, que se abre ao Museu.

Provavelmente, é nesta ade-são que reside o futuro do Museuda Alfaia Agrícola, não só em ter-mos de possíveis apoios financei-ros que permitam a adequação deum espaço ao acervo, mas tambémem termos de acompanhamentotécnico por parte de antropólogose especialistas em conservaçãopreventiva e restauro.

De salientar que o Museu deEstremoz foi um dos dezseleccionados, entre cinquenta emseis candidaturas, para integrar

esta Rede, que existe desde 2000,o que, sem falsas modéstias, en-che todos os colaboradores de or-gulho. Os restantes museus cer-tificados são:. Museu Regional de Beja. Museu de ArtePré-Históricae do Sagrado Vale do Tejo. Museu da Indústriade Chapelaria. Museu Marítimo de Ílhavo. Museu Municipalde Ferreira do Alenetjo. Museudo Convento dos Lóios. Museu Municipalde Coimbra. Museu da Luz. Museu da Carris

A RPM é uma secção do Ins-tituto dos Museus e da Conserva-ção, que tem por objectivo acertificação da qualidade e funcio-namento dos espaçosmuseológicos em Portugal. Esteano a referida Rede comemora osseus 10 anos de existência, sendoa cerimónia da adesão dos 10 no-vos membros, também um acto co-memorativo que visa assinalar adécada de actividade desta secçãodo Instituto dos Museus e da Con-servação.

O NÚMERO DE CANDIDATOS ÀINTEGRAÇÃO DA REDE PORTU-GUESA DE MUSEUS. MUSEU DE

ESTREMOZ FOI UM DOSSELECCIONADOS

5656565656

+ Na fotografiao Secretário de

Estado da Cultura,Elísio Summavielle

Museu de EstremozProf. JoaquimVermelho já pertenceà rede Portuguesade Museus