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1 Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da Humanidade”. Allan Kardec EVENTOS ESPÍRITAS REUNIÃO LÍTERO MUSICAL DOUTRINÁRIA União da Mocidade Espírita de Uberaba - UMEU Palestra: “DIGA SIM À VIDA E DIGA NÃO AO ABORTO” “A liberdade não é somente um direito que se reclama para si próprio. Ela é também um dever que se assume em relação aos outros”. Palestrante: Joamar Zanolini Nazareth Atrações: Apresentações músicais, sorteio de livros e, confraternização. Data: 30/06/2007 – sábado Horário: 19h30min. Local: Rua Barão de Ituberaba nº. 449 – Estados Unidos (Centro Espírita Uberabense) REALIZADO COM SUCESSO O VI FEMEU Foi realizado no dia 02 de junho, no Teatro Experimental de Uberaba – TEU (Rua Padre Zeferino nº 988 – Fabrício), com sucesso, o VI Festival de Música Espírita de Uberaba – VI FEMEU, organizado pela União da Mocidade Espírita de Uberaba – UMEU, com o apoio da Aliança Municipal Espírita de Uberaba – AME e da Livraria Espírita Emmanuel. Estiveram presentes no Festival, aproximadamente duzentos participantes que contribuíram com dois quilos de alimentos, que foram doados ao Sanatório Espírita de Uberaba e ao Lar Espírita de Uberaba. Participaram como jurados: Sergio Santos (Representante comercial; cantor e compositor espírita. Autor de 9 CD’s espíritas, com apresentações em vários estados do Brasil). Marilia Scalon Ferreira (Professora de música no Conservatório Estadual de Música Renato Fratesch. Vice-diretora do Conservatório Estadual de Música Renato Fratesch). Aurélio Barsanulfo Veloso (Músico e compositor. Participa do canto coral do Centro Espírita Caibar Schutel. Tendo já apresentado com artistas de renome nacional, tais como Marcio Borges; Beto Guedes; Nando Cordel; Alceu Valença, dentre outros). Lourival dos Santos (Vereador / trabalha na casa espírita Wilson Passaglia.

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Jornal Espírita de Uberaba com artigos sobre: juventude, estudos espíritas, mensagens espíritas, trabalhos espíritas importantes, datas importantes do movimento espírita, eventos espíritas, personalidades do movimento espírita. Tudo sobre a doutrina espírita.

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“Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da Humanidade”. Allan Kardec

EVENTOS ESPÍRITAS

REUNIÃO LÍTERO MUSICAL DOUTRINÁRIA União da Mocidade Espírita de Uberaba - UMEU

Palestra: “DIGA SIM À VIDA E DIGA NÃO AO ABORTO” “A liberdade não é somente um direito que se reclama para si próprio. Ela é também um dever que se assume em relação aos outros”. Palestrante: Joamar Zanolini Nazareth Atrações: Apresentações músicais, sorteio de livros e, confraternização. Data: 30/06/2007 – sábado Horário: 19h30min. Local: Rua Barão de Ituberaba nº. 449 – Estados Unidos (Centro Espírita Uberabense)

REALIZADO COM SUCESSO O VI FEMEU

Foi realizado no dia 02 de junho, no Teatro Experimental de Uberaba – TEU (Rua Padre Zeferino nº 988 – Fabrício), com sucesso, o VI Festival de Música Espírita de Uberaba – VI FEMEU, organizado pela União da Mocidade Espírita de Uberaba – UMEU, com o apoio da Aliança Municipal Espírita de Uberaba – AME e da Livraria Espírita Emmanuel.

Estiveram presentes no Festival, aproximadamente duzentos participantes que contribuíram com dois quilos de alimentos, que foram doados ao Sanatório Espírita de Uberaba e ao Lar Espírita de Uberaba. Participaram como jurados: Sergio Santos (Representante comercial; cantor e compositor espírita. Autor de 9 CD’s espíritas, com apresentações em vários estados do Brasil). Marilia Scalon Ferreira (Professora de música no Conservatório Estadual de Música Renato Fratesch. Vice-diretora do Conservatório Estadual de Música Renato Fratesch). Aurélio Barsanulfo Veloso (Músico e compositor. Participa do canto coral do Centro Espírita Caibar Schutel. Tendo já apresentado com artistas de renome nacional, tais como Marcio Borges; Beto Guedes; Nando Cordel; Alceu Valença, dentre outros). Lourival dos Santos (Vereador / trabalha na casa espírita Wilson Passaglia.

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Idealizador e coordenador do Projeto João de Barro e o Projeto de Valores Humanos). Manoel Pedro Leal (Músico; compositor e cantor. Participante do grupo Semearte de Igarapava/SP, com dois CD’s espíritas lançados. Desenvolve palestras espíritas cantadas e encenadas). Fizeram uso da palavra, na abertura do VI FEMEU: 1º) Marcio Roberto Arduini (vice-presidente da União da Mocidade Espírita de Uberaba – UMEU). 2º) Sônia Benaventana (presidente da Aliança Municipal Espírita – AME / Uberaba). 3º) Lourival dos Santos (presidente da Câmara Municipal de Uberaba). E após a abertura, o senhor José

Humberto fez o “Pai Nosso” cantado. As músicas foram sorteadas e apresentadas na seguinte ordem:

1ª) Música - Mil Perdões; Cantor - Wilson Ribeiro Borges Filho; Letra e Música – Wilson Ribeiro Borges Filho; Arranjo – Carlos Peres. 2ª) Música – Chico; Cantora – Eva Kennya; Letra e música – Hélcio Fantato. 3ª) Música – Santa Maria; Cantores – Pacto Áureo; Letra e Música – Aluisio Ferreira Elias. 4ª) Música – Canta Coração; Cantora – Adriana Ribeiro (Dry); Letra e Música – Fausto Reis Rocha Oliveira. 5ª) Música – Novo Tempo; Cantores – Jeavam; Francisco e Fátima; Letra e Música – Jeovam Batista Cortes. 6ª)Música – Oração da Paz; Cantor – Mardem da Paixão Kappel; Letra – Mensagem de Emmanuel (Psicografia de Francisco Cândido Xavier). 7ª) Música – Ser Espírita; Cantor – João Batista da Cunha; Letra e Música – João Batista da Cunha. 8ª) Música – Mensageiro de Luz; Cantores – Ricardo; Gardel e Coral do Amor Cristão; Letra E Música – Ricardo e Carlos Gardel; 9ª) Música – Obrigado; Cantor – Heli Dias Ferreira Junior; Letra e Música – Jorge Luiz de Souza.

10ª) Música – No Templo da Educação; Cantor – João Batista Silveira; Letra e Música – Extraída do Livro Parnaso de Além Túmulo. Após a apresentação das músicas, os jurados se reuniram para a apuração dos resultados, e o nosso apresentador oficial, senhor Maurício Machado de Queiroz, apresentou o resultado final, sendo: Melhor Intérprete: Heli Dias Ferreira Junior; Entregou o Prêmio – Solange Aparecida de Oliveira.

Melhor Letra: Música – Mensageiro de Luz; Entregou o Prêmio – Jane Ribeiro. Melhor Arranjo: Música – Canta Coração; Entregou o Prêmio – José Humberto. 3º Lugar: Música – Mensageiro de Luz; Entregou o Prêmio – Sônia Benaventana. 2º Lugar: Música - Mil Perdões; Entregou o Prêmio – Márcio Arduini. 1º Lugar: Música – Canta Coração; Entregou o Prêmio – Luiz Carlos de Souza.

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Toda a premiação foi composta de estatuetas produzidas pelo artista plástico Havi Dionísio; O Livro dos Espíritos – Edição Comemorativa da FEB; Coleções de livros; CDs e DVDs.

Todos os representantes das músicas que não ganharam nenhum prêmio subiram ao palco para receberem como prêmio, dois livros espíritas (um deles, O Livro dos Espíritos, edição comemorativa da FEB), e os prêmios foram entregues pelos jurados.

Um breve histórico dos festivais de música espírita realizados foram pela ordem: I em 24/01/1981 no centro espírita batuíra; II em 23/01/1982 no Uberaba Tênis Clube; III em 22/01/1983 no Uberaba Tênis Clube; IV em 28/01/1984 no Centro Espírita Uberabense; V em 30/09/1990 no Centro Espírita Uberabense.

A partir do V Festival de Música Espírita de Uberaba, foram promovidos as “Noites da Música Espírita”, sendo: Em 03/05/1992 no Centro Espírita Uberabense; Em 25/09/1993 no Centro Espírita Uberabense; Em 28/08/1994 no Centro Espírita Uberabense e a última noite em 1995, sem mais registros. Estes eventos foram organizados pela Aliança Municipal Espírita – AME de Uberaba. Transcrevemos a música vencedora do VI Festival: “Canta, Coração!...” (Fausto Reis): Canta, Coração!... Transforme em versos sua visão, Das belezas da amplidão, Que vão muito além desse chão, Onde a emoção supera a razão. Escuta, Coração!... As notas que ecoam livres pelo espaço... Transcreva-as para a pauta em compassos, Gerando nova melodia, Inspirada no cantar dos pássaros. Ama, Coração!... Só assim terás a explicação, De onde surge tanta inspiração, Pra expressar o amor com exatidão, Como a rosa desabrocha o seu botão. Sinta, Coração!... As vibrações de paz que chegam pelo ar, Assim como as ondas calmas do mar; O sentimento busca a arte pra se manifestar, E dessa união, a criação se faz brilhar.

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ESTUDO

O PODER DA MENTE Um dos grandes dilemas da humanidade em todos os tempos tem sido determinar

a interface que separa os recursos da mente e do cérebro. A infinita variedade do comportamento humano, a pequena proporção de atos reflexos e comportamentos básicos que são herdados (mais ou menos 20%) e certos fenômenos de percepção denominados atualmente pela ciência oficial de paranormais são aspectos da intrigante relação entre o cérebro orgânico e a mente. Na antiguidade era comum se atribuir a mente como expressão do espírito. Com a evolução da neurofisiologia e neuropsicologia essa idéia foi estranhamente colocada de lado pela ciência.

Quando nos reportamos a evolução do homem deparamos com alguns aspectos interessantes. Sabe-se que segundo a teoria evolucionista introduzida por Charles Darwin, e amplamente reconhecida pela ciência, os animais apresentariam atualmente as características que, quando apareceram devido a mutações genéticas, lhes proporcionaram melhores condições de sobrevivência em relação aos outros que não tiveram as ditas mutações. Com isso as espécies foram selecionadas. Essa é também a teoria adotada pela Doutrina Espírita. Entretanto sabe-se na neurologia que o homem possui áreas no cérebro que quando lesadas não apresentam sintomatologia importante e às vezes nenhum sintoma é detectado. O hemisfério direito do encéfalo apresenta algumas áreas destas no lobo frontal e nas profundidades do lobo temporal. Seria o homem o único animal no reino dos seres vivos a ganhar áreas desnecessárias? Seriamos tentados a imaginar que essas funções teriam relação com o contato espiritual ainda por desenvolver, o que corrobora a idéia defendida por muitos que o homem em determinado nível da sua evolução recebeu a centelha Divina.

Gostaríamos de considerar alguns fenômenos ditos “paranormais” que a nosso ver mostram a necessidade imperiosa de considerarmos a mente como expressão do espírito que habita e se responsabiliza pelas as nossas ações:

1. Hipnotismo – Em certas experiências é possível recolher através do hipnotizado, informações não conhecidas do individuo em estado normal. Em outros relatos foram feitas experiências em que o individuo através de registros em aparelhos especializados apresentava reação de percepção sensitiva quando a sua orelha era estimulada por um facho de luz. André Luiz nos descreve a percepção do espírito em todo o corpo de qualquer estímulo

2. Psicografia – É bem conhecido por nós espíritas, em mensagens psicografadas o médium descrever fatos verídicos dos quais não tinha conhecimento. Damos como exemplo as mensagens consoladoras de pessoas desencarnadas que revelam fatos que somente a família ou mesmo apenas um único familiar tinha conhecimento.

3. Psicometria – Neste caso o médium com um simples toque no objeto é capaz de delinear o passado, a quem pertenceu ou fatos relacionados com aquele objeto. O nosso querido médium Chico Xavier tinha essa mediunidade dando provas insofismáveis por diversas vezes.

4. Vidência /Audiência – O médium é capaz de receber instruções, por vozes que não são detectadas por outras pessoas próximas e verificadas serem corretas

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posteriormente. Médiuns que descrevem a presença de pessoas (espíritos) presentes que lhe são desconhecidos em condições normais e cuja descrição é conferida por pessoas que as identificam ou familiares presentes.

5. Telecinesia – Fenômeno dos mais intrigantes, em que um indivíduo, seria capaz de mover objetos ou deforma-los a distancia. Não é necessariamente considerada uma forma de mediunidade. Seria uma propriedade anímica.

6. Premonição – Fenômeno em que um indivíduo seria capaz de antever acontecimentos futuros, a distancia do local de ocorrência e com longo período de antecedência. Fenômeno muito bem estudado por Ernesto Bozano.

7. Xenoglossia – Possibilidade de falar ou escrever de forma automática em língua desconhecida pelo individuo.

8. Cirurgias mediúnicas – São geralmente realizadas em câmaras de passes para cura. Existem inúmeros casos confirmados de processos patológicos resolvidos pela simples imposição de mãos. Isso sem contar em cirurgias cruentas realizadas com abertura da pele, porem sem alcançar o local e retirando-se sem dificuldade tumores. Há de se ter em conta que geralmente essas cirurgias são realizadas sem assepsia convencional e com total desconhecimento do médium da anatomia local.

Esses fenômenos são proporcionados pela força da mente, quer de encarnados (material) quer de desencarnados (espíritos).

Em muitos deles seria necessário apenas a fé e o merecimento e em outros as condições orgânicas exigidas pela mediunidade.

Esses relatos e muitos outros nos possibilitaria considerar que a mente tem poderes que a estrutura do encéfalo, no que nós entendemos hoje, não apresenta os necessários recursos para uma explicação satisfatória. O espiritismo veio aclarar esse ponto porque viabiliza o espírito como uma parte do conjunto energético do homem (espírito, perispírito e corpo material) sendo ele uma espécie de energia com propriedades sensoriais e capazes de provocar, por sua vontade, modificações do meio material, também uma outra forma energética.

Esperamos que os leitores possam refletir na importância da mente e iniciem o seu próprio sistema de controle mental muito útil no orar e vigiar deixado pelo Mestre. Dr. Edson Márquez, é medico especializado em neurologia, professor universitário na área de neurologia e neurofisiologia, palestrante espírita e estudioso dos fenômenos mediúnicos.

PINGA FOGO COM CHICO XAVIER

Continuamos com o “Pinga Fogo” na antiga TV Tupi – Canal 4, entrevistando o nosso querido e inestimável CHICO XAVIER. 04 – Reale Junior – Eu gostaria de saber como o senhor explica a morte violenta de Arigó e a própria morte tormentosa de Joãozinho da Goméia? CHICO XAVIER – A pergunta está muito bem formulada. Conhecemos, por informação, a médium Ana Prado, em Belém do Pará, que foi responsável por fenômenos de materialização dos mais legítimos e que desencarnou num acidente, incêndio das próprias vestes. O nosso ponto de vista religioso não nos isenta da execução das leis cármicas no campo de nossos destinos. Podemos realmente trabalhar muito, fazer muito por determinada

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idéia, por determinado setor de educação social e em qualquer outro campo de progresso humano, mas não estamos isentos. A mediunidade não nos isenta com privilégios especiais com respeito à desencarnação. Devo acrescentar também que sem aplaudir o sofrimento dos nossos irmãos que partiram de maneira tão comovedora pra nos todos, perguntamo-nos: Não seria esse o processo de aliviá-los ou defende-los contra provações que dentro da lei do carma seriam para eles muito maiores, se eles continuassem na Terra? Se eu tiver, por exemplo, um problema – vamos dizer circulatório – que me iniba de trabalhar durante alguns anos, que me transforme o corpo num tropeço para aqueles que me amam, conquanto eu saiba que todos aqueles que me amam terão muito prazer em me ajudar, não seria melhor para mim que a misericórdia de Deus, os seus emissários me cassassem essa possibilidade de permanecer muitos anos na Terra dentro de um regime de inutilidade, auxiliando-me a partir de um momento para outro? Refiro-me à minha pessoa, conquanto não deseje a morte violenta para pessoa alguma. 05 – Almir Guimarês – Chico há uma pergunta aqui sobre o Arigó e ainda dentro dessa linha traçada (de telespectador), pelo Reale Junior. Eu vou formulá-la porque ela já fica respondida também nessa questão do Arigó. O telespectador deseja saber se o Arigó teria sido cientificado do seu fim como médium. CHICO XAVIER – Conheci pessoalmente José Arigó durante três anos de convivência muito estreita, de 1954 a 1956. Sempre me pareceu um apóstolo legítimo da nossa causa espírita e, sobretudo, da mediunidade a serviço do bem, um pai de família exemplar, um amigo de todos os sofredores. Depois da nossa mudança para Uberaba, em 1959, perdemos contato mais direto com Arigó. Não temos elementos para ajuizar a atuação de José Arigó no campo da mediunidade nos últimos anos. Mas fico também a pensar por mim; depois de recebidos esses livros, mais de 100 livros, depois de 40 anos, (estamos completando quase 45 anos de atividade mediúnica com a Doutrina Espírita, porque o fenômeno mediúnico se manifestou conosco de 4 a 5 anos de idade), então eu penso: Meu Deus, se eu tiver de criar um problema de desapontamento geral para todos aqueles que crêem nos bons espíritos por meu intermédio; se eu carrego tantas fraquezas a ponto de comprometer tudo aquilo que esses livros construíram através de minhas mãos, que são tão frágeis e que são tão incapazes e que eu reconheço absolutamente inaptas para realizarem um trabalho desses; durante tantos anos eu bendiria o amparo dos amigos espirituais que determinassem para mim a desencarnação violenta para que eu não crie mais problemas ou mais dificuldades para os meus irmãos da Terra, que crêem em Jesus e nos seus mensageiros, por intermédio da mediunidade, que tem sido para mim uma bênção durante tantos anos. Compreendo a minha condição humana e faço esta prece, que os bons espíritos me livrem de mim mesmo.

06 – Saulo Gomes – Chico Xavier: Dentro do plano espiritual que tão bem você aborda e conhece, o homem conquistou o espaço antes ou depois do tempo previsto? CHICO XAVIER – Cremos, com a palavra dos bons espíritos, que o homem por mais se lhe amplie a inteligência e a cultura, o homem

está subordinado aos poderes da Divina Providência. Portanto, admitimos que o homem está deslanchando do nosso grande planeta maravilhoso que chamamos Terra, na hora certa.

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MENSAGEM ESPÍRITA

RAIVA A raiva não somente caracteriza as imperfeições que ainda domiciliam em nossos corações, como notifica a necessidade que temos de nos manter vinculado às lições de Jesus, nos árduos instantes em que nossos valores sentimentais são auferidos. Na hora da raiva, se recolha, busque o socorro do alto, antes de permitir que o coração se contamine pelas intemperanças e se envolvam nas próprias sombras. Se julgar prudente se aconselhar com alguém, em vista do episódio que lhe tenha envolvido perante uma atitude de pilhéria, desprezo ou deboche, procure por alguém ponderado e acredite que seus ouvidos irão registrar a serena voz da sabedoria que lhe falará na inconveniência da mágoa, da desnecessidade do revide, da paga do mal com o bem, da atitude altruística de não se nivelar aos que não se situam na faixa do respeito e do amor fraterno pelo próximo. A raiva é veneno.

Que seu coração seja receptáculo apenas de sentimentos mais elevados. Quem conhece as lições de Jesus, mais imune deve estar perante as condutas dos adversários gratuitos que desferem golpes sem justas razões. Não ensombrei sua estrada. Não comprima seu coração, e nem se martirize em função de ataques de pessoas enfermas. Há tantas coisas mais importantes com que se preocuparem. Então, faça isto: ore, e volte a se sintonizar com os planos divinos que pretendem ocupar sua cabeça com idéias elevadas e convites para atuar em prol da propagação do bem. Irmã Valquíria (Mensagem recebida no Lar Espírita Irmã Valquíria, no dia 18/03/2006, pelo médium Alaor Borges Jr.).

TRABALHO IMPORTANTE

HOSPITAL DO PÊNFIGO (FOGO SELVAGEM) O Jornal Espírita On Line de Uberaba (J.E.O.L.U.) saiu a campo e foi

entrevistar a Dona Aparecida, fundadora do Hospital do Pênfigo, com o objetivo de divulgar o trabalho que é desenvolvido neste hospital. A seguir, a entrevista. J.E.O.L.U. – O que é a doença do pênfigo, mais conhecida como doença do “fogo selvagem”? DONA APARECIDA – Pênfigo é o fogo selvagem, foliáceo e vulgar que são diferentes. J.E.O.L.U. – A doença do pênfigo pode ser considerada uma doença do espírito? DONA APARECIDA – Dito pelo Chico Xavier sim, são inquisidores. J.E.O.L.U. – Há diagnósticos da doença? Como é o tratamento dela? Quanto tempo dura? DONA APARECIDA – Vários médicos têm feito, mas não disseram o modo. O tratamento é banho de permanganato, pomada, remédio, passe e água fluida, mais ou menos de 3 anos a 18 anos. J.E.O.L.U. – Quando a Dona Aparecida tomou conhecimento

dessa doença e começou a tratar dos pacientes?

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DONA APARECIDA – Quando comecei a tratar não conhecia a doença e o tratamento foi com a experiência. J.E.O.L.U. – Quando e como surgiu o Hospital do Pênfigo? DONA APARECIDA – No mês de julho de 1956. Convidaram a mim para trabalhar no isolamento do Hospital das Clínicas. Quando os médicos mandaram os pacientes embora do Hospital porque naquele dia não tinha comida para eles. Fomos para o necrotério do Asilo São Vicente para ficarmos 10 dias e ficamos 10 anos. J.E.O.L.U. – Como foi a construção do Hospital do Pênfigo? DONA APARECIDA – Tendo 35 doentes e as condições eram precárias. A minha vontade era de mostrar ao homem o que era capaz de fazer, construindo um Hospital com esmola, rifa, bingo, jantares, tudo realizado em São Paulo, sendo presa e respondendo a um processo. A televisão veio mostrar as condições dos doentes e o povo começou a me ajudar. J.E.O.L.U. – A doença tem aumentado ou tem diminuído de quando ela foi descoberta até os dias atuais? DONA APARECIDA – Acho que continua – só que hoje o médico atende o doente e antes não atendia. J.E.O.L.U. – No Brasil, algum outro hospital cuida dessa doença? DONA APARECIDA – Hospital Adventista de Campo Grande – e Padre Bento em São Paulo, só que atende a outras doenças também. J.E.O.L.U. – Hoje o Hospital do Pênfigo tem quantos pacientes em tratamento? DONA APARECIDA – 12 internos mais os que fazem tratamento ambulatorial. J.E.O.L.U. – Dentro do Hospital do Pênfigo tem o Lar da Caridade, qual é o objetivo dele? DONA APARECIDA – Foi criado para os filhos das mães doentes. J.E.O.L.U. – Como funciona o Lar da Caridade? DONA APARECIDA – Funciona como abrigo para crianças e adolescentes em risco social e pessoal. J.E.O.L.U. – Quantas crianças estão internadas no Lar da Caridade? DONA APARECIDA – Estão abrigadas 50 crianças e adolescentes. J.E.O.L.U. – Como o Hospital do Pênfigo e o Lar da Caridade têm se mantido? DONA APARECIDA – Com ajuda da família espírita de São Paulo.

J.E.O.L.U. – Quais são as dificuldades do Hospital do Pênfigo e do Lar da Caridade? DONA APARECIDA – É uma só. O pagamento da folha salarial, água e luz. A alimentação o povo doa. J.E.O.L.U. – O que a senhora gostaria de ver acontecer com o Hospital do Pênfigo e com o Lar da Caridade? DONA APARECIDA – Que o hospital evolua cada vez mais e seja descoberto a causa da doença. J.E.O.L.U. – Qual a mensagem que a senhora

gostaria de dar à população de Uberaba e à nação brasileira? DONA APARECIDA – Agradecer por terem me aceitado na cidade.

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PERSONALIDADES DE DESTAQUE NO MOVIMENTO ESPÍRITA

DONA APARECIDA CONCEIÇÃO FERREIRA A cidade de Uberaba, além de sua beleza e

prosperidade, abriga, em seu seio, importantes personagens do movimento espírita brasileiro. Uma delas, que trabalhou ao lado de Chico Xavier, é Dona Aparecida Conceição Ferreira, que se projetou nacionalmente pela Fundação do "Hospital do Fogo Selvagem", especializado no tratamento dos portadores do “Pênfigo Foliáceo”, uma doença cujos sintomas se assemelham a labaredas que percorrem o corpo e deixam na pele verdadeiras marcas de queimadura.

“Dona Cida” começou esse trabalho no ano de 1957, quando trabalhava como enfermeira no Isolamento da Santa Casa de Uberaba. Como o tratamento do Pênfigo era difícil e dispendioso, o hospital acabou por suprimi-lo. A abnegada servidora de Jesus não titubeou: levou os doentes para a sua própria casa.

Pedindo esmolas nas vias públicas e recorrendo aos meios de comunicação, sobretudo com a ajuda dos jornalistas Moacir Jorge e Saulo Gomes, este, através da extinta TV Tupi, e contando com o irrestrito apoio de Chico Xavier, Dona Cida ergueu o grande complexo hospitalar destinado ao tratamento da insidiosa enfermidade.

Depois, com a alteração dos estatutos surgiu o “Lar da Caridade”, que chegou a abrigar mais de trezentos desamparados ao mesmo tempo.

Embora conhecesse Chico Xavier, e dele recebesse ajuda desde o início, tornou-se espírita somente em 1964. Foi o Chico quem a incentivou a fundar o Centro Espírita “Deus e Caridade”, onde ele comparecia para transmitir passes e receber mensagens psicografadas, grande parte delas assinadas por Maria Dolores e Jesus Gonçalves.

Em visita à abençoada seareira, agraciada com o título de Cidadã Uberabense por seus méritos, a "Folha Espírita" dela obteve longa entrevista, da qual destaca alguns lances de sua maravilhosa existência.

As origens: “De acordo com os assentamentos nasci em Igarapava, Estado de São Paulo, filha de Maria Abadia de Almeida, às 4 horas da manhã, no dia 19 de maio de 1917. Meus avós maternos foram Manoel Inocêncio Ferreira e Joaquina Angélica de Jesus. Pelos registros tenho a idade de 82 anos, mas acredito que tenha 86. Nunca vi meu pai e fui criada por avô e tio. Casei-me em Igarapava, no dia 14 de junho de 1934, com Clarimundo Emidio Martins. Lá fiquei até a idade de 36 anos, onde tive meus cinco filhos. De Igarapava fui para Nova Ponte, onde exerci o magistério na zona rural”.

Em Uberaba: “De Nova Ponte, vim para Uberaba, onde fiz de tudo para manter minha família. Até limpeza de cisternas, porque quando cheguei à chácara onde fui morar não havia o que comer. Então, saía limpando cisternas. Eu descia no fundo dos poços, e eles puxavam o barro. Depois, me dediquei à horta. Os médicos da Beneficência Portuguesa vinham comprar as verduras e com isso não precisava sair vendendo”.

Enfermeira: “O dono da chácara foi candidato a Prefeito e perdeu a eleição. Dizia ele que gostava do meu trabalho, mas não daqueles que vinham à minha casa. Verdade seja dita, eu não trabalhei na campanha dele. E eu lhe falava: ‘Quem vem na minha casa é melhor que eu’, e procurei um jeito de sair de lá. Foi uma cabeçada, sofri bastante. Certo dia, o Dr. Jorge me convidou para trabalhar no hospital. Relutei muito, porque o quadro que eu presenciei no Isolamento era terrível: doentes com tuberculose,

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tétano, febre amarela... Mas acabei aceitando porque a oferta ia subindo, subindo... Afinal, me oferecerem três mil e trezentos, enquanto meu marido ganhava cento e oitenta”.

Problemas: “Eu trabalhava no hospital havia dois anos e alguns meses. Venceu o mandato daquela diretoria, e entrou outra. A eleição foi dia 4, e dia 6 eles tomaram posse. Os novos diretores, parece-me que tinham alguma rixa com nosso médico, que era irmão do Pedro Aleixo e partidário da UDN. A turma que ganhou era do PTB. Falaram para mim: ‘Olha, hoje não tem almoço para os doentes, pode mandar todos pra casa". ‘Como?’, eu disse, ‘eles não têm dinheiro, estão ruins’. ‘Ordem dada, ordem executada’, replicaram. Ou seja, não havia apelação, os doentes estavam na rua”.

Em busca de socorro: “Eu procurava consolar os doentes dizendo-lhes: ‘Não chorem, não, nós vamos fazer uma passeata e o povo vai nos ajudar’. Fui a uma rádio pediram-me para ‘refrescar a cabeça’, noutra, a mesma coisa, no jornal, igual. Eu não sabia que estava brigando com a nata da cidade: Prefeito, Escola de Medicina, Saúde Pública. Mandaram-me pra casa e fui muito triste, nervosa, matutando como fazer. Eram doze doentes. Fomos para minha casa”.

Momento de decisão: “Em casa, um de meus filhos me disse: ‘A senhora escolhe, ou nós ou os doentes’. Não vacilei e respondi: ‘Hoje, fico com os doentes, porque eles têm Deus e eu por eles, vocês estão crescidos e vão se virar’. Chamei todos eles para dentro, e entraram chorando. E aí os vizinhos me davam um, o caixote; o outro, um colchão; outro uma tábua; e eu agasalhei os doze. Fui fazer o almoço, eram três ou quatro horas da tarde. A gente estava só com o café da manhã. Enquanto fazia comida, gritava para minhas filhas esquentarem água para eles tomarem banho na lata de querosene e assim permanecemos ali por dois dias”.

Asilo São Vicente de Paulo: “No fim de dois dias, chegaram os diretores da Escola de Medicina e da Saúde Pública para ver as condições, que eram precárias. E aí arrumaram o Asilo São Vicente de Paulo, para que ficássemos dez dias porque, no final de dez dias, como prometiam, iriam arrumar alguma coisa melhor. Foram dez anos, nunca mais os vi. Foi o tempo que eu levei para construir isso aqui, com a graça de Deus e a ajuda do povo”.

Preconceitos: “Havia muito preconceito para com os doentes. Eu saía para pedir esmolas com três deles. Muita gente nos via e descia da calçada. Eu falava: ‘Não saiam não, porque se vocês saírem, apanham’. Se nós entrávamos nos ônibus, o pessoal descia. Fomos pedir em uma casa daqui, cuja dona se dizia espírita e os meninos tocaram no portão. Antes que subíssemos, ela mandou passar álcool no portão para desinfetar. A doença do pênfigo é triste, é horrorosa; o doente na primeira fase é um pedaço de carne podre. E o povo tinha medo, porque ninguém conhecia, nós vencemos. Para fazer esta casa aqui foi uma luta, tantos foram os abaixo-assinados para que não fosse feita...”.

BIBLIA DO CAMINHO A Doutrina de Jesus, Kardec e Chico em um site. Acesse o site: www.blibliadocaminho.com.br

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Oito dias no xadrez: “Aqui não tem um grão de areia dado pela Prefeitura, nem pelo Estado ou pela União. Foi o povo quem me ajudou. O pessoal espírita daqui fazia a campanha ‘Auta de Souza’ e traziam as coisas para mim. Mas não dava para manter a casa, porque no final de um mês eu tinha trinta e cinco doentes. Fui para São Paulo e ficava no Viaduto do Chá, em frente da Light. Punha um lençol, as meninas segurando, e eu com um sino dizia: ‘Me dêem uma esmola pelo amor de Deus, para os doentes do Fogo Selvagem de Uberaba’. E aí o povo ia jogando níqueis. Na época, foram dois vereadores daqui passear em São Paulo: um advogado e um médico. Achando que eu estava desmoralizando Uberaba, fizeram Ofícios para o Chateaubriand (*) e para a Delegacia. Fiquei oito dias no xadrez, até que uma advogada, Doutora Izolda, me tirou. Quem mandou ela me tirar, não sei até hoje, pois ela já morreu”.

No Palácio dos Campos Elíseos com Scheilla: “Um dia, eu e o Lauro (*) estávamos andando na Avenida Rio Branco, nos Campos Elíseos, e eu o convidei para entrar. Atônito, ele disse: ‘Você está doida, nós estamos sujos, fedendo a suor, entrar aí no palácio do governador?’. Mostrei as fotos dos doentes ao policial da portaria, ele ficou muito revoltado e me mandou segui-lo.... Passamos por saguões, escadas e tapetes vermelhos. Dona Leonor (*) estava conversando com um senhor. Em outra poltrona, estava sentado Don Evaristo e na terceira, nós. Ela acabou de conversar com os dois, e chegou nossa vez. Quando ela ia fazer menção de se sentar eu disse: ‘A Scheilla quebrou um vidro de perfume’. Entre nós e a Dona Leonor ficou igual neblina e aquele perfume sufocando. Precisamos procurar ar. Quando melhorou, ela perguntou o que queríamos e lhe disse que pedia ajuda para o Hospital do Pênfigo. Ela disse: ‘Eu não posso ajudar, porque a senhora mora em Minas, e eu sou de São Paulo’. Mas acabou me dando uma máquina de costura, duas peças de cretone e dez contos. Mas fiquei pensando: "O Chico não está aqui, como é que veio aquele perfume?”.

O primeiro passe: “No mesmo dia em que estivemos com Dona Leonor, à noite, eu e o Lauro fomos a um Centro Espírita, uma casa velha, com muita gente. Logo que começou, o presidente da mesa falou: ‘A pessoa do fogo selvagem que estiver aí faça o favor de se dirigir à mesa". Não fui. Quando acabaram os trabalhos, todos foram saindo, menos aqueles da mesa. O presidente tornou a falar sobre a pessoa do "Fogo Selvagem’. Eu me apresentei, e ele pediu-me desculpas porque não sabia quem eu era e falou que o ‘Mentor da Casa’ tinha dito que era para eu dar um passe na Presidente do Centro, que já fazia três meses estava entrevada. Eu nunca tinha dado passe, mas agüentei firme. Subimos aquela escada de madeira em caracol e lá chegamos. Ela se chamava Mafalda, uma portuguesa. Estava sob um cortinado ‘chic’, a turma rodeou a cama dela, e me puseram frente-a-frente. Eu iniciei a oração, senti algo estranho e pensei: ‘Nossa Senhora, agora vai sair bobagens aqui". Dei o passe e fomos embora. Dizem que em três dias ela andou. Aí, eu falei: "Preciso ser Espírita, porque a coisa está me apertando. A comida nós ganhamos do povo espírita, agora a Scheilla me deu essa permissão, esse passe’. Dona Mafalda me ajudou muito, fazia bingos, rifas, jantares, até

quando morreu de câncer”. Chico Xavier: “Tantos e tantos foram os

episódios interessantes que pude vivenciar com Chico Xavier... Certa vez, eu estava fazendo campanha em São Paulo, a situação estava difícil, e aquele dia não estava bom para pedir esmolas. Estava na Avenida Paulista, em frente da Televisão, amargurada, fazendo minha oração, triste, porque não estava rendendo nada. De repente, eu olho e vejo o Chico na outra calçada. Até que eu procurasse um lugar para passar e ir de encontro com o Chico, cadê o Chico? Que Chico, nada...

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Mas, daquela hora em diante, as coisas melhoraram para mim, desci a Brigadeiro e fui para o Anhangabaú, e ali a mina nasceu...

Meu primeiro encontro com o Chico foi quando eu tinha uma doente muito obsediada; na época, eu dizia que ela estava doida. Fazia quinze dias que ela não dormia e nem deixava ninguém dormir. O Chico tinha acabado de chegar aqui. Um acadêmico de Medicina, Aldroaldo, me convidou para levar a doente ao Chico. Eu disse: ‘Sou católica, não queria ser espírita, porque tinha comigo que para servir a Deus não precisava mudar de seita, em qualquer delas se pode servir’. Então, o Aldroaldo apareceu com uma ‘chimbica’ junto com outro estudante. A doente queria saltar pela janela, a colocamos no meio. Chegamos lá no Chico, o quarto era pequeno e estava repleto de gente. O Chico estava de pé, escrevendo. Mas eu não vi o Chico, eu vi o Castro Alves. Nem me lembrei que Castro Alves tinha morrido. Falei: ‘Que Chico, que nada, é Castro Alves, com cabelo à ‘a garçon’, grisalho". Por fim, eu disse: "Vamos embora, vamos embora". Na volta, a doente veio moderada, entrou dentro do carro sozinha e dormiu a noite toda...”.

O Espiritismo: “Eu detestava o Espiritismo. Só a partir de 1964 é que me aproximei do Espiritismo, quando estava fazendo a campanha de tijolos para esta casa. Como já disse, fiquei pensando, não é possível, o povo faz campanhas de mantimentos e os trazem para mim, o povo me agrada, me dão dinheiro, a Scheilla me aparece em São Paulo. Naquela noite, eu não dormi, matutando: ‘Eu vou lá na mulher, nunca tinha dado passe na vida, me mandam dar passe, só virando espírita’. E o Espiritismo não é brincadeira, é coisa muito séria, não se pode brincar com o Espiritismo. Às vezes, você vai em um Centro pensando que vai levar e você volta carregada. Eu não brinco”.

Uma mensagem aos Espíritas: “Aos que buscam desenvolver algum trabalho, a minha mensagem é de que tenham muito amor, muita sinceridade e que façam as coisas para si e não para os outros verem. Porque a maioria faz as coisas para os outros verem. E não importa o que os outros falam, porque todas as pessoas que vão fazer a caridade levam o título de ‘ladrona’. Meu título era de ladrona. Alguém foi perguntar para o Chico, porque todos diziam que eu estava roubando. Porque quando eu comprava um terreno, diziam: ‘Comprou mais um terreno para o filho’. Comprava outro, era a mesma coisa. Então, o Chico disse àqueles que foram lhe falar: ‘Me digam onde ela roubou, que eu vou ajudar ela a roubar’. A partir daí, o povo foi parando de falar que eu roubava”.

(*) Lauro (acompanhante de campanha); Leonor (primeira dama, esposa do governador Ademar de Barros); Chateaubriand (jornalista Assis Chateaubriand).

Sobre a vida e obra de Aparecida Conceição Ferreira sugerimos a leitura do excelente livro: “Uma Vida de Amor e Caridade”, de Izabel Bueno, Editora Espírita Cristã Fonte Viva, Belo Horizonte-MG. Publicada na Folha Espírita, São Paulo, Setembro/99.

DATAS IMPORTANTES DO ESPIRITISMO 11/06/1941 – Funda-se a Sociedade de Medicina e Espiritismo do Rio de Janeiro. 10/06/1854 – Funda-se em Nova York , EE. UU., a primeira organização espírita regular, denominada “Sociedade para a Difusão do Conhecimento Espírita”. 14/06/1900 – Funda-se em Buenos Aires a Confeceración Espiritista Argentina. 06/1905 – Realiza-se em Liége, Bélgica, um Congresso Espiritualista Internacional. 24/06/1908 – Funda-se em Belo Horizonte, a União Espírita Mineira, sendo seu primeiro presidente o Sr. Antônio Lima.

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LIVROS DO “CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA”

DEPARTAMENTO – CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA MARIA DOLORES

(Rua Artur Machado nº 288 – sala 4 – Centro – Telefone:

3312-8327) EXILADOS POR AMOR – De Lucius (espírito), Pela médium Sandra Carneiro. Neste romance convidamos o leitor a uma emocionante viagem no tempo e no espaço, acompanhando a trajetória de Ernesto. Habitante de um orbe do sistema de Capela no momento em que este sofria as mesmas transformações que hoje atingem o

nosso planeta, ele é exilado de seu mundo e enviado para a Terra. Ao testemunhar algumas etapas da caminhada desse espírito, passando pelo Egito antigo e mais tarde vivendo como importante personagem na época em que Jesus esteve encarnado entre nós, vamos refletir sobre o estado de perplexidade em que se encontra a humanidade terrena e o impacto das mudanças planetárias em nossas vidas. Tal qual nos avisaram escritos bíblicos, profecias e mensagens mediúnicas, em diferentes ocasiões, agora a ciência comprova, dia a dia: já se iniciou o processo de transição da Terra e é imprescindível despertar. Um dia este mundo será de paz e harmonia, amor e prosperidade. Não haverá mais guerra e a fraternidade dominará nosso orbe. As Leis de Deus estarão pulsando em todos os corações. Cabe a cada um de nós, corajosamente,

empenhar-se em contribuir com a sua parte, permanecendo na Terra e trabalhando ao lado de Jesus, para que assim possamos resgatar nossas almas, assumindo nossa destinação gloriosa rumo ao Criador. O CÓDIGO PENAL DOS ESPÍRITOS (A Justiça do Tribunal da Consciência) de José Lázaro Boberg Com base na compreensão da Vida, proporcional ao estágio evolutivo alcançado, o homem, ao criar seus símbolos, projeta a idéia de Deus, de acordo com sua faixa de entendimento. Assim, a consciência humana, numa determinada fase, criou as mais utópicas expectativas sobre o Código Penal Divino, denominando-as para dar força de crédito, por “palavras de Deus”. Em razão deste entendimento, presa ao medo e à idéia de punição, como “castigo do Senhor”, grande parte das criaturas, retarda, temporariamente, o crescimento de sua individualidade. E, no dizer de Nilton Bonder: “O universo que não conhecia a punição a descobriu na consciência humana”. À medida, contudo, que a consciência alcança, gradativamente, patamares mais elevados no crescimento espiritual, também vai, na mesma proporção se libertando da

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idéia de Deus policial, rancoroso e cruel; amplia-se, também, a visão, para o de um Pai de infinita bondade e amor, que atua sempre, imparcialmente, através de Suas leis, sábias e eternas, em todas as criaturas, independente de suas convicções, sejam elas quais forem. E, como tal, concede a todos uma parcela de si, em forma potencial, para que cada um, mediante trabalho e esforço, a desenvolva a seu modo, rítimo, e tempo próprios. Com este evolve, chegará o dia em que não atribuiremos mais a Ele os insucessos, as dores, as punições, frutos, ainda de carências temporárias de entendimento para comandar o mecanismos da vida. Dia virá, igualmente que não transferiremos mais a Ele a função de fiscal de nossas ações, pronto a todo instante e, e nos mínimos detalhes, para cobrar os débitos e punir nossas iniqüidades. Nesse dia, positivamente, o homem compreenderá, numa visão lógica e racional, que a Lei Divina atua sempre pela Justiça do Tribunal da Consciência, na proporção do grau e compreensão de cada um.

SUGESTÃO DE LEITURA A GÊNESE (Os milagres e as Predições Segundo o Espiritismo) – Allan Kardec É uma das cinco obras básicas da Codificação do Espiritismo. Para os espíritas, um livro que precisa ser conhecido e estudado. Para o leitor não espírita, é uma oportunidade excepcional de imersão em grandes temas de interesse universal, abordados de forma lógica e reveladora. Divide-se em 3 (três) partes: - Na primeira parte, analisa a origem do planeta Terra, de forma coerente, fugindo às interpretações misteriosas e mágicas sobre a criação do mundo. - Em sua segunda parte, abordada a questão dos milagres, explicando a natureza dos fluidos e os fatos extraordinários contidos do Evangelho. - Na terceira parte enfoca as predições do Evangelho, os sinais dos tempos e a geração nova. Os argumentos que compõem os 18 (dezoito) Capítulos desta obra têm como base a imutabilidade das grandiosas leis divinas. OS MENSAGEIROS – De André Luis (Espírito), Pelo Médium Francisco Cândido Xavier.

Este livro revela que a morte física descortina a vida espiritual em contínua evolução. Em cinqüenta e um capítulos relata as experiências de vários espíritos que reencarnaram com trabalhos programados, necessários aos seus próprios aprimoramentos. Trata ainda de temas como: culto do Evangelho no lar, os benefícios da prática do bem, invigilância e medo da morte. O autor espiritual evidencia a oportunidade de trabalho dos médiuns, alertando-os quanto à necessidade da prática dos ensinamentos na esfera íntima, a fim de se evitar o retorno ao Plano Espiritual sem o cumprimento dos compromissos assumidos.

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RAPIDINHAS:

REUNIÃO BIMESTRAL DO PRÉ-JUVENTUDE No dia 17/06/2007, às 15 horas, no Grupo Espírita Assistencial “Herculano Pires”

(Rua José Castro Dessen, 65 - Pq das Américas), o DIJ-Juventude I Ciclo, sob a coordenação de Sylvia Regina Barsante Santos, estará realizando mais uma reunião, abordando o tema “Trabalhando ‘O Livro dos Espíritos’ para a Pré-Juventude”.

ENCONTRO DAS EEE

No dia 24/06/2007, às 09 horas, no Centro Espírita Aurélio Agostinho (Av. Lucas Borges, 61- Fabrício), o DIJ-Setor Infância, sob a coordenação de Sônia Barsante Santos, estará realizando o 64º Encontro da EEE (Escola Espírita de Evangelizadoras), quando será realizada oficina em torno de ALLAN KARDEC e do médium FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER.

Evangelizador participe! Leve suas crianças!

SIMPÓSIO DA JUVENTUDE A Aliança Municipal Espírita – AME/Uberaba, está lançando a campanha “O

JOVEM NA CASA ESPÍRITA”.

Esta campanha tem como objetivos: 1º) Levar o jovem a participar e freqüentar o Centro Espírita. 2º) Organizar novas Mocidades Espíritas. 3º) Fortalecer as Mocidades Espíritas existentes. 4º) Realizar no dia 18/08/2007, o I SIMPÓSIO – O JOVEM NA CASA ESPÍRITA, abordando os temas: O jovem e os conflitos familiares; A mediunidade na juventude; e, Mocidade espírita – o espaço do jovem.