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IRINNEWSBLOG.WORDPRESS.COM - EDIÇÃO 1 - QUINTA-FEIRA, 1º DE SETEMBRO DE 2011 - 4 PÁGINAS O Conselho de Segurança das Nações Unidas aborda a situação de Jammu e Caxemira na reunião realizada nesta semana Página 3 UNSC discute situação de Jammu e Caxemira União Europeia em crise Mercado dificulta comércio de etanol brasileiro Página 4 Declaração do Milênio é tema principal da AGNU Página 4 http://irinnewsblog.wordpress.com/ Unasul e a intervenção na mídia Acesse Europa busca soluções para recuperar sua economia Página 2 Presidentes sul-americanos discutem limites dos meios de comunicação Página 4 Reunião da Unasul em Quito Jean-Claude Trichet afirma que a crise na Zona Eura não está relacionada à moeda Protesto muçulmano na Caxemira

Edição 1 dawn oficial

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IRINNEWSBLOG.WORDPRESS.COM - EDIÇÃO 1 - QUINTA-FEIRA, 1º DE SETEMBRO DE 2011 - 4 PÁGINAS

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aborda a situação de Jammu e Caxemira na reunião realizada nesta semana Página 3

UNSC discute situação de Jammu e Caxemira

União Europeia em crise

Mercado dificulta comércio de etanol brasileiro Página 4

Declaração do Milênio é tema principal da AGNU Página 4

http://irinnewsblog.wordpress.com/

Unasul e a intervenção na

mídia Acesse

Europa busca soluções para recuperar suaeconomiaPágina 2

Presidentes sul-americanos discutem limites dos meios de comunicação Página 4

Reunião da Unasul em Quito

Jean-Claude Trichet afirma que a crise na Zona Eura não está relacionada à moeda

Protesto muçulmano na Caxemira

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2 DAWN QUINTA-FEIRA, 1º DE SETEMBRO DE 2011

EDITORIAL

Com a globalização, as na-ções tornaram-se cada vez mais interligadas de modo que ques-tões antes restritas a determina-dos países hoje têm proporções mundiais. Exemplo disso foi a crise imobiliária americana que atingiu profundamente o mer-cado internacional, colocando em xeque a Zona do Euro, até então estável, além de resultar na queda drástica nas principais bolsas de valores mundiais.

Consequentemente, a dis-cussão de temáticas importan-tes no âmbito internacional é

CONSILIUM

Dois anos após a crise financeira internacional a Europa ainda busca soluções para recuperar sua economia e atrair investidorespor Aline MouraBruxelas

Mesmo dois anos após a crise financeira mundial, que desen-cadeou uma crise econômica na Europa, a União Europeia ainda tem o desafio de superar as crises econômicas e políticas de alguns países membros, especialmente a Grécia e a Irlanda. A possível exclusão de países da Zona Euro ronda as discussões como uma possível solução.

Segundo Paul Krugman, pro-fessor de Economia da Universi-dade de Princeton, esse impasse tem origem com os líderes eu-ropeus que ofereceram emprés-timos de emergência aos países em crise em troca de compro-missos com programas selvagens de austeridade, feitos de cortes da despesa, que acabariam por estimular a economia porque au-mentaria a confiança. No entan-to, Krugman disse acreditar que essa confiança nunca se estabele-ceu de fato. “A crise econômica nos países europeus com proble-mas de endividamento agravou-se, como seria de esperar, e a

Quanto à exclusão de países da Zona Euro, apesar do posi-cionamento favorável por parte de alguns países membros, Tri-chet disse acreditar em saídas mais conciliatórias. “Os que não se comportaram bem no passado devem corrigir a sua trajetória. É muito interessante observar hoje como estão as economias

Debates pela democraciabastante relevante na busca de uma solução/prevenção. Com esse objetivo, a Simulação da Organização das Nações Unidas (SONU) reúne hoje estudantes universitários e do Ensino Mé-dio em Fortaleza para simular cinco comitês da Organização das Nações Unidas (ONU): União das Nações Sul-Ameri-canas (Unasul), Conselho de Segurança das Nações Unidas (UNSC), Conselho da União Europeia (Consilium), Tribunal de Arbitragem da Organização Mundial de Comércio (OMC)

EditoraAline Lima

DiagramaçãoAline Lima

RepórteresAline MouraNina RibeiroRochelle Guimarães

confiança, em vez de aumentar, está em queda livre. Tornou-se evidente que a Grécia, a Irlanda e Portugal não serão capazes de pagar as suas dívidas na totali-dade, embora Espanha talvez se aguente”, afirma o economista.

No entanto, apesar de toda a tensão mundial em relação à eco-nomia europeia, o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, em entrevista ao canal Euronews, disse acreditar na solidez do euro, tanto no ní-vel interno como internacional. “No que se refere ao déficit das finanças públicas, a Zona Euro como um todo atingiu provavel-mente 4,5% do PIB, enquanto que nos Estados Unidos e no Ja-pão atingiu os 10%, bem como outros valores elevados em vá-rias economias desenvolvidas. Logo, o que se passa na Zona Euro é um problema de falta de credibilidade de alguns dos seus membros e não tanto do euro como plataforma global e como moeda”, garante.

e Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU).

A realização de tais eventos é fundamental para o desen-volvimento da democracia no mundo, assegurando o direito à informação e ao voto, por exemplo. É necessário que os representantes dos Estados atentem para a importância de se investir no desenvolvimen-to econômico-social de países pobres a fim de que o abismo entre desenvolvidos e subde-senvolvidos seja amenizado ou mesmo aniquilado.

Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu acredita na solidez do Euro

Crise deixa economia da União Europeia vulnerável

mais avançadas em termos de resistência à crise mundial. Se virmos além da zona euro, há o caso do Canadá, que teve pro-blemas muito dramáticos nos anos 90. Por isso, quando há um problema tem de se avaliar as consequências e corrigir a trajetória para depois poder ser mais resiliente” afirma.

EXPEDIENTE

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DAWN 3 QUINTA-FEIRA, 1º DE SETEMBRO DE 2011

Conselho de Segurança debate situação da Caxemira

UNSC

Conflito entre Índia e Paquistão pelo domínio do território da Caxemira deverá ser mediado pelo UNSC

Manifestantes marcham em Muzaffarabad

por Rochelle GuimarãesNova Iorque

O Conselho de Segurança da Simulação da Organização das Nações Unidas (SONU) discu-tirá, de 01 a 04 de setembro, a situação de conflito na região de Jammu e Caxemira. Há mais de 60 anos, Índia e Paquistão dis-putam a posse desse território.

Como consequência de su-cessivas guerras, não é difícil encontrar rastros de destruição, de miséria e de outras mazelas sociais espalhadas pela zona plei-teada. Nesse caso, a intervenção do Conselho é fundamental para que se chegue a um ponto de convergência para os dois pa-íses e para a Caxemira.

Até 1947, todo o subcon-tinente indiano era colônia da Inglaterra. Depois de emanci-pada, essa área foi dividida em dois países: Índia e Paquistão. Na ocasião, ficou decidido que as regiões de maioria mulçuma-na constituiriam o Paquistão, enquanto as regiões de maioria hindu formariam a Índia.

A região que hoje corresponde

ao Estado de Jammu e Caxemira era, no período pós-colonização, de maioria mulçumana, porém governada por um marajá hin-du que decidiu incorporá-la à Índia, contrariando o Paquistão. Iniciaram-se, a partir de então, os embates pela Caxemira.

Entre 1947 e 1948, aconte-ceu a primeira guerra da Caxe-mira. Tropas, lideradas por mul-çumanos, mobilizaram-se contra o líder hindu. Pressionado, este decidiu buscar ajuda da Índia para solucionar a questão.

Após um período de conflitos e desgastes e sem muito avanço por nenhuma das partes, o pri-meiro-ministro da Índia resol-veu mencionar o conflito duran-te a ONU de 1948. No mesmo ano, o Conselho de Segurança decidiu, entre as principais re-soluções, que Índia e Paquistão deveriam se unir em prol da realização de um plebiscito que decidiria o futuro de Jammu e Caxemira.

A sugestão de plebiscito não

foi acatada por nenhuma das partes. Além disso, aconteceram mais três guerras pelo domínio desse território. Uma em 1965, que iniciou quando o Paquistão se insurgiu contra a Índia, en-viando soldados para a região da Caxemira. Outra em 1971, liga-da à Guerra de Independência de Bangladesh. E a última, em 1999, conhecida como Guerra de Kargil, ficou marcada como um conflito nuclear.

Do ponto de vista da Índia, a Caxemira deveria ser parte do seu território desde que o chefe hindu, em 1947, assim decidiu. Além disso, a Índia afirma saber integrar bem as minorias.

Já o Paquistão alega que o marajá não era um líder popular e que era visto como um déspota pelo povo da Caxemira. O maior argumento desse país é que a re-volta caxemire, em que o povo decide desvincular-se da Índia, indica que ou querem ser parte do Paquistão ou independentes.

Que o mundo está cada vez mais globalizado, com novas formas de engajamento social, de agregar conhecimento e de alcançar informação, ninguém tem dúvida, mas se tais ferra-mentas são utilizadas positiva-mente é outro assunto.

Hoje, além do tradicional jornal impresso, há o on-line, revistas, redes sociais. Temos mais do que nunca várias pos-sibilidades para quem tem gana por conhecimento.

Em que pese o fácil acesso à informação, há que se discutir se existe a exata noção do que tal avanço representa para o mundo. E ouso afirmar que, em regra, não apenas se desconhece tal importância como também o utiliza para disseminar discrimi-nação, preconceito, terrorismo.

Além disso, este precioso canal tem sido alvo de demons-trações autoritárias e ganancio-sas de alguns governos, como o recente bloqueio do governo Paquistanês ao acesso a sites que julgavam inadequados.

Tais ações revelam violação aos direitos inerentes a pessoa humana de acesso à informa-ção e livre manifestação, bem como transtornos: o blecaute mundial no youtube – o pro-grama utilizado para proibir o acesso dos paquistaneses ao site teria sobrecarregado servidores de outros países; o prejuízo às empresas locais, impossibilita-das de realizarem comunicações corporativas, quando Autorida-des de Telecomunicações do Pa-quistão resolveram restringir as atividades on-line no País.

As intervenções estatais nos meios de comunicação, ainda tão comuns no século XXI – paradoxalmente o cenário do avanço tecnológico e informa-cional - demonstram a imatu-ridade de muitos governos de aproveitarem o potencial da-queles de disseminar desenvol-vimento, diversidade e demo-cracia. Uma lástima!

ARTIGO

por Andreza GaldinoAdvogada

Uma lástima!

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4 DAWN QUINTA-FEIRA, 1º DE SETEMBRO DE 2011

Chefes de Estado sul-americanos repensam os limites dos meios de comunicação

por Nina RibeiroQuito

UNASUL reavalia intervenção estatal

na mídia

Os direitos à liberdade de ex-pressão e de informação cabíveis a todas as pessoas, conforme des-crito na Declaração Universal dos Direitos Humanos, implicam, nas atuais sociedades democrá-ticas, a possibilidade de que haja produção e consumo de bens do campo das artes em geral, como também de informativos, os bens de caráter jornalístico.

No entanto, em 2009, após ser reeleito, o presidente do Equador Rafael Correa se referiu aos meios de comunicação como os maiores rivais do governo equatoriano por 31 anos. Na reunião de cúpula da União das Nações Sul-americanas (Unasul), também no mesmo ano, o presidente se pronunciou a favor de um controle geral da im-prensa na América Latina, visan-do acabar com seus “excessos”.

Na época, o presidente Hugo Chávez apoiou Correa, uma vez que já promovia ações que ob-jetivavam interromper o pleno exercício jornalístico de algumas emissoras de rádio na Venezue-

la. A justificativa destes líderes, publicada em jornais do mundo inteiro, está na hipótese de que os detentores dos meios de comuni-cação mantém apenas “negócios lucrativos” que se ocupam de fa-zer uma agressiva oposição políti-ca as suas gestões.

Às vésperas de mais uma edição da Simulação da Organização das Nações Unidas (SONU), na qual o tema será avaliado novamente pelos chanceleres da Unasul, é possível verificar posturas de extrema intervenção estatal na mídia em alguns países integrantes do grupo, como na Bolívia e nos já citados Venezuela e Equador. A intervenção estatal nos meios de comunicação, em realidade, interessa a todas as nações que apoiam a democracia, conside-rando-se que a liberdade para manifestar-se em opinião é, há muito, legitimada. Os desdobramentos da reunião de cúpula da União das Nações Sul-americanas são, então, bastante aguardados.

deveriam ser preservadas. Ale-gam ainda que, com o desmata-mento provocado pela produção da cana-de-açúcar, o processo de efeito estufa pode ser agravado consideravelmente.

O governo brasileiro garante, todavia, que a produção do seu etanol utiliza-se de cana-de-açú-car produzida em áreas que já fo-ram utilizadas para o plantio de outras culturas, não precisando, portanto, desmatar para cultivar.

Do ponto de vista brasileiro, as barreiras ambientais são vistas como um pretexto utilizado pe-los EUA e pela União Européia para conter a entrada de produ-tos estrangeiros, tendo em vista a proteção e o fortalecimento do mercado interno frente à desace-leração da economia mundial.

UNASUL

O Brasil recorre à Organização Mundial do Comércio (OMC) a fim de garantir as livres relações de negócio do etanol brasileiro, derrubar as barreiras protecio-nistas dos países em crise e dimi-nuir as altas taxas de exportação do produto. Exige uma solução imediata para esses percalços.

O Estado brasileiro está en-tre os principais produtores de etanol. Acontece que o produto encontra, atualmente, sérias difi-culdades para circular nos EUA e na União Européia, seus impor-tadores mais relevantes.

Norte-americanos e europeus utilizam como argumento, para a prática de proteção ao mercado interno, o discurso ambientalis-ta. Defendem que o etanol bra-sileiro é produzido em áreas que

Mercado dificulta comércio de etanol brasi-

leiropor Rochelle GuimarãesGenebra

OMC

AGNU

A Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), órgão intergo-vernamental, plenário e delibera-tivo da Organização das Nações Unidas (ONU), pretende revisar e avaliar os resultados da Decla-ração do Milênio. O documento foi desenvolvido em grandes con-ferências internacionais durante a década de noventa, abordando temas como população, meio ambiente, gênero, direitos hu-manos, desenvolvimento social, entre outras.

A Declaração do Milênio foi aprovada na Cúpula do Milênio, realizada de 06 a 08 de setembro de 2000, em Nova Iorque. Reflete as preocupações e o comprometi-mento de diversas autoridades de um total de 189 países, que pro-

Declaração do Milênio é tema principal da AGNU

por Aline MouraNova Iorque

curam integrar os compromissos assumidos nessas conferências e adotar uma agenda global de de-senvolvimento.

Para que os compromissos assumidos se traduzam em ações concretas, foi criado um conjunto de oito macro-objetivos a serem atingidos até 2015, prazo cada vez mais próximo e urgente que contrasta com o número de ações já realizadas até o momento.

Dentre os objetivos da De-claração, chamados de Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), estão: erradicar a extre-ma pobreza e a fome, atingir o ensino básico universal, promo-ver a igualdade entre os gêneros e a autonomia das mulheres e re-duzir a mortalidade infantil.

Representantes dos países da Unasul antes do início da cúpula extraordinária em Buenos Aires