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Edição 164

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Por que uma população equivalente a 0,2% dos habitantes de Caxias quer ser anexada, oferecendo em troca uma área equivalente a 61% do território caxiense

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2Fotos: 8 e 10: Paulo Pasa/O Caxiense | 6: Luciana Lain/O Caxiense | 17: Acervo Pessoal, Divulgação/O Caxiense

Até março, IPI reduzido para carros novos

Aulas no You Tube

Cazuza Ferreira e Juá querem derrubar as fronteiras com Caxias e com os investimentos públicos

Agenda cultural vazia, masnão para quem quer aprender

A reconstituição da vida e da morte sem esclarecimentos de um jovem gaúcho na Bolívia

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Perca peso,calcule como

O que mais custa na mochila

Muiezinhas incomodativas e público insistente

CARROS E MOTOS

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Em 16 de fevereiro, quando O CAXIENSE publicou em www.ocaxiense.com.br o link para o abaixo-assinado direcionado ao go-vernador Tarso Genro (PT) para que cumpra a liminar do TJ que obriga a aquisição de um marca-passo diafragmático para o menino tetraplégico Jackson Bottim, de 8 anos, mo-rador de Caxias do Sul, o protesto tinha ade-são de 161 pessoas. Até a quinta-feira (24), após dezenas de compartilhamentos a partir das redes sociais da revista, esse número subiu para 2.686 assinaturas. A meta agora é atingir 5 mil adesões. O Estado deve recorrer da decisão, assim como o Município, que também é atingido pela liminar do Tribunal de Justiça. Acione o leitor de códigos QR de seu smartphone, tablet ou webcam e acesse o link direto para o abaixo-assinado virtual de iniciativa popular para ajudar o garoto Jackson:

Nesta edição, O CAXIENSE estreia a publicação de um conteúdo especial produzido pela Agência Pública. A revista e a agência têm, em sua essência, algo em comum: jornalismo independente, sem amarras com poder público ou privado. E é por causa desta sintonia que a essência do jornalismo, que deve sempre atender o in-teresse comunitário, ganha força nas nossas páginas. Nos tornamos, a partir de agora, republicadores do conteúdo investigativo e, portanto, multiplicadores da mensagem. A reportagem que inaugura esta parceria foi escrita pelo jornalista e mestre em Ciên-cias da Comunicação pela Unisinos Daniel

Cassol e pode ser lida a partir da página 17. A matéria, aprofundada e repleta de fontes vivas, registros históricos e pesquisa em livros, conta a história de uma rapaz gaúcho que poderia ser igual a qualquer outro jovem que viveu no Rio Grande do Sul nos anos 60, que fervia com o clima politico da Campa-nha da Legalidade e, posteriormente, com a censura da ditadura. Mas Dippy, Eugênio ou simplesmente Luiz Renato Pires de Almeida decidiu que participaria de uma guerrilha na Bolívia, depois da morte de Che Guevara, e lá desapareceu. O governo de Evo Morales não abre os documentos do período que poderia ajudar a esclarecer a morte de Luiz Renato. Tudo que se sabe foi condensado nas 7 páginas de reportagem que você tem à disposição para leitura.

Na semana passada fiz um convite: fugir do senso comum. A reportagem de capa, que fala sobre a anexação de Cazuza Ferreira e Juá a Caxias do Sul reforça o convite. Que tal não repetir o senso comum sobre o tema “mais gente para usar nosso serviço de saúde, mais gente para ocupar vaga nas nossas escolas, mais carros para piorar nosso trânsito”? Que tal olhar para o outro lado? Vamos pensar diferente, vamos pensar com pluralidade.

Boa leitura!Paula Sperb, diretora de Redação

Erramos: Diferente do publicado na edição 163, o partido do prefeito Alceu Barbosa Velho é PDT, não PMDB.

Ativismo virtuAl | Novo coNteúdo iNvestigAtivo | cAxiAs cAdA vez mAis plurAl

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) | 95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

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Andrei AndradeDaniela Bittencourt

Gesiele LordesLeonardo PortellaPaulo Pasa

Designer

Luciana Lain

COMERCIAL

Executiva de contas

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ASSINATURAS

Atendimento

Eloisa HoffmannAssinatura trimestral: R$ 30

Assinatura semestral: R$ 60

Assinatura anual: R$ 120

fOTO DE CAPAPaulo Pasa/O Caxiense

TIRAGEM5.000 exemplares

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BASTIDORESA matemática de perder pesoANtes de quAlquer mAteriAl escolAr, compre umA cAlculAdorA | AulAs grAtuitAs NA iNterNet | o cArismA do bAguAl

por Leonardo Portella

No café da manhã, uma fatia de pão e uma xícara de café com leite desna-tado consomem 6 pontos. O lanche da manhã não pontua, porque é composto por uma fruta, que vale 0. Na hora do almoço, o prato de feijão, arroz, carne (de preferência, grelhada e que deve ser do tamanho da palma da mão), e a rica variedade de saladas (com o minímo possível de sal, azeite e vinagre) somam mais 10 pontos. Uma leve sobremesa no lanche da tarde equivale a mais dois pontos. Na janta, uma alimentação leve e sem exageros na gordura, 6 pontos. É assim, seguindo um cardápio detalha-do e concentrados nas pontuações de cada alimento, que cerca de 35 caxienses emagreceram em 2012 o equivalente a 600 quilos com o programa Vigilantes do Peso.

O número poderia ser maior, segun-do a orientadora do programa, Sandra Brochado, de 49 anos. “Em Pelotas,

durante 7 meses, eles ultrapassaram os 600 quilos. Em Caxias, não se tem nada para fazer e aí as pessoas resolvem sair para comer”, diz Sandra, que se refere ao restaurante como o lazer mais comum na cidade. Natural de Porto Alegre, a orientadora percorre outras 5 cidades gaúchas para auxiliar homens e mulhe-res a chegarem no peso ideal. “Em todas as cidades, as pessoas chegam até mim achando que eu tenho a varinha de con-dão do emagrecimento e do corpo bo-nito. O que eu tenho é o estimulo que vai fazer com que a tua força de vontade provoque mudanças nos teus hábitos alimentares”, conta.

A dieta dos pontos é simples e varia conforme o peso a altura de cada pes-soa. Para todas, o mínimo é de 24 pon-tos diários. O máximo varia de acordo com a idade, sexo e a altura. Além disso, elas recebem 49 pontos semanais extras, para doces e outras extravagâncias. Mas 49 pontos não é algo que permita gran-des comilanças. Uma fatia pequena de

torta, por exemplo, consome 12 pon-tos. O churrasco ultrapassa os 20 pon-tos. “Tu estás tomando café e sabendo quantos pontos da tua cota está sendo consumida. Com o tempo, tu memoriza fácil os pontos”, explica Sandra, que dis-tribui, no primeiro encontro, um guia de bolso com todos os alimentos detalha-dos e suas pontuações. O Vigilantes do Peso distribui também uma calculadora de papel que faz a contagem dos pontos de alimentos industrializados, que não estão no guia. A calculadora define a pontuação conforme os carboidratos, proteínas e fibras do alimento, impres-sos no rótulo do produto, na chamada Informação Nutricional (que quase nin-guém lê).

Todas as quintas, em dois horários – às 16:30 e às 18:30 – em uma sala aluga-da em um hotel no bairro São Pelegrino, Sandra recebe de forma descontraída e bem humorada – que descarta qualquer possibilidade de ser comparado com reuniões equivalentes em outros grupos

Informativos, cardápios, guia de pontos, jornal pessoal e calculadora de produtos industrializados distribuídos aos iniciantes |Divulgação/O Caxiense

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de ajuda mútua – aqueles que estão em busca do peso ideal. Os cadas-trados no programa iam até um canto da sala e pesavam-se em uma balança tradicional, sob a atenção de Sandra. “As balanças eletrôni-cas são todas com placas e aí nem sempre são confiáveis. Em todos os lugares, eu uso sempre uma dessas grandes”, afirma Sandra. Em meio a férias e datas que se come além do normal, poucos apresentaram per-da de peso. Entre festejos e tristezas – emagrecer apenas 300 gramas em uma semana pode aborrecer mui-tas mulheres -, Sandra marcava em uma ficha a evolução de cada uma. Antes de subir na balança, vale até mesmo retirar os brincos e os aces-sórios, em busca de alguns gramas a menos no peso.

Após a pesagem, Sandra minis-tra uma rápida palestra com algum assunto que certamente provoca discussão. Na quinta (17), a orien-tadora ensinava a programar a ali-mentação. “Imaginem-se voltando da praia, cansadas, com fome e nada na geladeira e nem na dispen-sa. O que vocês fariam?”, pergunta-va Sandra, para cada uma delas. As respostas, sinceras, demonstravam a importância do assunto do dia. “Eu iria num restaurante comprar uma marmita”, disse uma delas. “Comeria a primeira coisa eu visse pela frente”, disse outra. Como or-ganização é o princípio básico para perder peso, a ordem era destinar alguns minutos para condicionar alimentos na geladeira, cortar as frutas em pequenos pedaços e ar-mazená-las. “Vocês são mulheres e são vocês que mandam na comida. Não adianta dizer que cozinham para os filhos e os maridos. Se eles não gostarem da comida saudável que vocês prepararam, existe um monte de boteco na esquina que faz comida gordurosa pra eles”, en-sinava Sandra.

Sandra é um exemplo a ser se-guido – princípio básico para ser orientadora do Vigilantes do Peso. “Eu era fora de forma e meu ma-rido era obeso mórbido. Frequen-távamos juntos o grupo, em Porto Alegre, e ele não deu a miníma para a dieta”, conta. Em 7 anos, Sandra emagreceu 37 kg com a die-ta dos pontos. Tamanho foi o su-cesso com o programa que a geren-

te regional do Vigilantes do Peso a chamou para expandir o trabalho no Interior do Estado. “Só quem é obeso sabe como é angustiante, como se sofre preconceito por ser fora de forma. As mulheres que vêm até aqui não querem ficar com o corpo sarado para mostrar nas ruas. Elas querem se sentir bem, ter mais qualidade de vida”, conta.

Há dois anos, Leila Pessôa Ho-ffmann, de 53 anos, estava de-sesperada para emagrecer. “Eu só tinha vontade de dormir”, diz. Nas dietas de revistas femininas a remédios para reter a vontade de comer, Leila não obteve sucesso. Conheceu o Vigilantes do Peso por meio de uma amiga e, a partir de então, o sucesso com a balança foi se tornando frequente, passan-do dos 81 kg para os 67 kg atuais. “O mais difícil não é emagrecer e sim manter-se no peso ideal. É por isso que é importante frequentar o grupo. Tu segues a dieta do pro-grama e encontra pessoas com os mesmos problemas que o teu, com as mesmas preocupações e acaba te ajudando a melhorar de vida”, con-ta ela. Além de eliminar a gordura, Leila conta outros benefícios. “O cabelo fica mais bonito, a pele fica menos ressecada. São problemas que eu não tenho mais”, afirma.

Uma das mais mulheres mais jovens do Vigilantes do Peso co-memorava a perda de 1 kg. Natalia Biazus, de 24 anos, conseguiu ema-grecer 17 kg em apenas um ano. Com o peso ideal, resolveu deixar o grupo e seguir fazendo a dieta. “Deixei o grupo, mas engordei de-mais e retornei ao Vigilantes para voltar ao peso ideal”, conta ela. A vantagem de fazer parte do grupo, segundo ela, é que não há restri-ções na alimentação. “Emagreci comendo chocolate todos os dias”, afirma.

Em vista do preço dos alimentos, o investimento não é tão alto. Na primeira semana, a adesão e mais 4 semanas, custam R$ 118 (pela in-ternet, o valor pode ser parcelado em duas vezes). Após, o preço cai para R$ 97 mensais. “A vantagem é que quando tu chegares ao teu peso ideal, tu não pagas mais e frequen-ta o grupo todas as semanas. É o estímulo para aquelas que chegam”, conta Sandra.

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Leila Pessôa Hoffmann, antes e depois |

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Para ajudar os pais a decidirem se levar os filhos às compras do material escolar é um bom negó-cio, O CAXIENSE percorreu 3 das principais livrarias da cidade em busca dos valores dos itens essen-ciais da lista. Veja a seguir, a faixa de valores dos produtos mais caros solicitados pelas escolas:

Dicionário da Língua PortuguesaMesmo com a prorrogação da validade do atual acordo ortográ-fico até 2016, é sempre bom ter um dicionário

atualizado em mãos. O menor preço para o produto foi de R$ 23,90 e o maior de R$ 36,90.

Tabela periódicaSim, a internet oferece

várias versões mais divertidas do que as

tradicionais vendidas em livrarias, mas ainda sim, a

versão à venda é bem mais resistente. Quem optar por comprar poderá pagar de R$ 4,90 a R$ 7,80.

TesouraÉ parceira dos lápis de cor em trabalhos de Artes e ferra-

menta na elaboração de cartazes que são produzidos, em uma série ou outra, em al-guma das disciplinas. O produto custa de R$ 1,70 a R$ 5,80.

Lápis de cor (24 cores)É um item que compõe a vaidade, so-bretudo, dos alunos das séries iniciais. Não ter perdido nenhum lápis até a

metade do ano é uma conquista e emprés-timos são concedidos apenas a best friends. Cores fluorescentes, então, é o auge do status estudantil. O item varia de R$ 8,95 a R$ 29,90.

Caderno (capa dura, 96 folhas)A regra é clara: a beleza das capas é proporcional ao gosto pela matéria. Para os peque-nos, os adesivos são objetos de escambo e podem valer outro adesivo mais bonito ou doces comprados no recreio. Já para aqueles que estão

mais próximos da faculdade, principalmente para os garotos, o item pode ser mais básico, desde que permita organização das matérias, o que representa menos peso na mochila. Preços variam entre R$ 3 e R$ 18.

Materiais mais carosTOP5

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Quando Stefanie Linz Polidoro tinha cerca de 2 anos, sua mãe ouviu de algum parente: “Tem que colocar esta menina em uma aula de dança”. A pequena Tefa – como seria reconhecida profissionalmente anos mais tar-de – demonstrava desenvoltura com ritmos, mas também já se expressava com pequenas atua-ções. “Em casa, sempre tive estí-mulo em relação a qualquer arte. Todo mundo via que eu gostava de cantar, atuar, dançar”, lembra a atriz e professora de teatro. Dos 2 aos 16 anos, ela se dedicou à mú-sica, com aulas de piano, dança e violão. Quando o diretor Raulino Prezzi a convidou para participar da peça Dona Otília Lamenta Muito, Tefa se descobriu atriz. “Hoje, não conseguiria escolher entre só dar aula ou só atuar. Em alguns momentos, a gente fica se

perguntando sobre a importância do nosso trabalho, se não é fútil, egocêntrico... Nessas crises, é nas aulas que vejo a importância do trabalho. Já no palco, eu me sin-to plena, é uma catarse”, define, apaixonada, a atriz formada em Teatro pela UFRGS e professora de teatro da escola Madre Imilda e do Teatro do Encontro, reco-nhecida por trabalhos como (E)Terno, inspirado na história de sua família. “Foi o mais desafia-dor para mim, por tudo que ele representa, por ser um momento marcante das nossas vidas, e foi concebido com muito cuidado.” (E)Terno não está em cartaz em Caxias, mas você pode assistir uma grande atriz caxiense em a premiada A Serpentina ou Meu Amigo Nelson (veja na página 27). Tefa e sua apaixonada catarse são destaques no elenco.

Uma atriz inspiradora

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Uma atriz inspiradoraChamado de “o melhor professor do mun-

do” por diversas publicações internacionais, o engenheiro e matemático Salman Khan é a inspiração do Ministério da Educação (MEC)

para levar aulas oferecidas nas universidades brasi-leiras à internet. Khan é o criador da Khan Academy, instituição que publica ví-deos de aulas no YouTube e permite que qualquer acesse. Ele, que já minis-trou mais de 2.700 aulas e tem mais de 115 milhões

de visualizações na rede, consegue promover o conteúdo em vídeos rápidos, de no máximo 15 minutos. Utilizando o método de Khan, o MEC promete colocar em prática ainda neste ano a implantação de um plano nacional que irá publicar as aulas oferecidas nas instituições brasileiras pela internet. O MEC vai consultar as instituições a partir de março. A adesão será voluntária.

CAMPUS

O método Khan no Brasil

Multimídia

Negócios

Opções de cursos

Esta não é a primeira iniciativa nacional de aulas em vídeos publicados na internet. No ano passado, a Faculdade Getúlio Vargas (FGV) lançou o projeto Ensino Médio Digital, um site com exercícios e vídeos animados com conteúdos focados no ensino médio. Em cada disciplina, um personagem interagia com o es-tudante, como Machado de Assis (Português e Literatura), Einstein (Física) e Pitágoras (Ma-temática). Veja mais em: ensinomediodigital.fgv.br

Destinado a profissionais que buscam am-pliar o conhecimento na área de negócios e estratégia, o Centro de Ensino Empresarial (CEEM) está com inscrições abertas para 27 cursos, entre gestão financeira, tributos, gestão de pessoas e marketing. São cursos de curta duração e podem ser consultados pelo site da instituição. Informações de datas e valores po-dem ser obtidas pelo telefone 3225-6644.

Faculdade da Serra GaúchaCalculadora HP com Aplica-ções em Matemática Finan-ceira. Inscrições até 22 de feve-reiro. Início em 23 de fevereiro. Estratégia de Vendas e Ne-gociação. Inscrições até 1° de fevereiro. Início em 4 de feve-reiro. Matemática Básica. Inscrições até 1° de março. Início em 2 de março.

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Mestrados na UCS

A Faculdade Anhanguera está com inscrições abertas para 16 cursos de pós-graduação, como Enfermagem do Trabalho, Gestão Ambiental e Marketing e Vendas. A seleção para ingresso nos cursos consiste na análise do currículo e entrevista com o coordenador do pro-grama, que será agendada mediante a inscrição. Inte-ressados podem se inscrever pelo site ou diretamente na unidade. O investimento mensal é a partir de R$ 249,99 e as aulas começam no dia 4 de março.

Sob a coordenação do professor Aldo José Pinheiro Dillon, os graduados e pós-graduados em qualquer área relacionada à Biotecnologia já podem se inscrever no Mestrado em Biotecnologia, na Universidade de Ca-xias do Sul (UCS). O mestrado foi implantado em 1993 em Caxias e já titulou 125 profissionais. O curso tem duração de dois anos, compreendendo 24 créditos mí-nimos em disciplinas e 10 créditos em dissertação. As inscrições ocorrem até 1° de fevereiro e custam R$ 106.

Além da Biotecnologia, a UCS abre inscrições para o Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática. A linha de pesquisa do curso abrange os fundamentos e estraté-gias educacionais no ensino de Ciências e Matemática e tecnologias, recursos e materiais didáticos. O curso tem a coordenação do professor Francisco Catelli. As inscri-ções ocorrem até 8 de março, no valor de R$ 70. Outras informações pelo telefone 3218-2100.

+ VESTIBULARAnglo-Americano/IDEAUVestibular agendado. Provas em 1º, 15 e 22 de fevereiro, sempre às 19:00. As matrículas iniciam toda segunda-feira posterior à realização da prova. R$ 30

WWW.UCS.BR. 3218-2800 | WWW.EUSOUMAISANGLO.COM.BR. 3536-4404 | WWW.FSG.BR. 2101-6000 | WWW.CEEM.COM.BR. 3225-6644 | WWW.POR-TALPOS.COM.BR. 3223-3910 |

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por Daniela Bittencourt

Estrela da segunda noite do 25º Rodeio Crioulo Nacional de Caxias do Sul, com show marcado para as 20:00 de domingo (20), no Pavilhão 2 do Parque de Even-tos Festa da Uva, Mano Lima estava 30 minutos antes no local. Sozinho, espera-va sentado em uma cadeira vermelha de plástico, impecavelmente pilchado em sua bombacha e camisa brancas, botas caramelo, lenço vermelho e chapéu. Do camarim improvisado atrás do palco, quis desligar o ar-condicionado. “É por causa da garganta”, explicou. Mesmo a ex-periência dos mais de 20 anos de carreira não permite que o músico relaxe antes de uma apresentação. Concentrado, Mano Lima exibia um certo cansaço – vinha de uma sequência de dois shows, no Paraná e em Santa Catarina, e 4 dias longe de casa, em São Borja –, mas o semblante sé-rio se dava muito mais pela concentração do que ao esgotamento físico. “Mesmo depois deste tempo todo, não tem como não sentir a tensão. Não é um frio na barriga, mas é um senso de responsabili-dade. E a responsabilidade deixa a gente tenso”, explicou.

Antes de ir para o camarim, Mano Lima havia sido interceptado por um grupo de fãs. Começou com um ho-mem, com cerca de 30 anos, que pediu para tirar uma fotografia com o cantor e acordeonista. Depois, vieram duas jo-vens, um pai com o filho pequeno e, em menos de 5 minutos, um grupo de quase 30 pessoas rodeava o tradicionalista, pe-dindo por fotografias e autógrafos. Mano Lima atendeu a todos. Ninguém impedia o acesso ao músico. “O povo de Caxias é insistente”, brincou, para depois assumir

um tom de agradecimento. “Já vim tantas vezes pra cá e eles insistem em me assistir. Vê a turma de jovens que me abordou an-tes, são sempre muito carinhosos.”

Enquanto o cantor aguardava que o show começasse, o número de cadeiras rente à grade que separa o público do palco, ia aumentando. Era o jeito de espe-rar pelo espetáculo sem se cansar. Havia aqueles que estavam lá há mais de duas horas: com suas cuias em mãos, as gar-rafas térmicas à frente, montaram uma espécie de camarote vip. O metalúrgico Nelson Teixeira, de 42 anos, não partilha-va do melhor espaço, mas não podia se queixar. Na segunda fileira da plateia, ele até conseguia enxergar bem o microfone frente ao qual o músico se posicionaria. E mesmo que não conseguisse, a melhor visão da noite ele tivera 10 minutos an-tes: acompanhado da esposa, Renata, e dos filhos Gustavo, de 10 anos e Gabriele, de 6, havia sido recebido por Mano Lima em seu camarim. O músico autografou seu mais recente CD adquirido por Nel-son, que tem os 13 discos de Mano Lima. Natural de Lavras do Sul, Nelson acom-panha o trabalho de Mano Lima desde 1990, 5 anos depois de vir para Caxias. Garante que as músicas ajudam a matar a saudade do campo. “Ele fala muito do campo, e a gente, que conhece, sabe que as histórias que ele conta não são mentira. É assim mesmo que acontece”, defendeu Nelson, lembrando da letra da música Estouro de Tropa, sobre uma boiada que foge ao controle do tropeiro. “Só quem viveu um estouro de boiada sabe como é”. A paixão do pai passou para o filho: Gus-tavo já aprendeu a tocar gaita e chegou até a ser convidado por Mano Lima para subir ao palco em um outro show em Ca-

xias. “Estamos sempre acompanhando os shows dele aqui na Serra”, contou o pai, minutos antes do show começar.

Quando o tradicionalista tomou seu lugar no palco, sob os acordes da banda que lhe acompanha, a plateia, que lotava o pavilhão aplaudiu, delirante. “Putututu-tutu, temo domando/ Temo aprendendo, temo ensinando/ O homem é igual ao ca-valo quando é bom já nasce pronto”, can-tava Mano Lima. Embora, no camarote vip improvisado, o público permanecesse sentado – as mulheres cantavam, os gau-dérios assistiam de braços cruzados –, da metade para trás a plateia se mostrava mais ousada. Muitos casais arriscavam passos de dança, e as cuias de chimarrão eram substituídas por copos de cerveja. Aplaudido efusivamente, Mano Lima es-tava à vontade. Fazia rimas, contava cau-sos e até fez um charme: “Eu agradeço o carinho de vocês e, se um dia eu vier a Caxias e não tiver ninguém no meu show, eu entendo: é que eu venho muito aqui. Mas meu público não foge à luta”.

Quando começou Muiézinha Incomo-dativa, recebeu como resposta gritos e braços para cima. As mulheres – desde senhoras acompanhadas de seus mari-dos até grupos de moças – cantavam a letra como se fosse escrita para elas. Os homens, pareciam se sentir confortados por uma letra que traduz as agruras do gênero: “Muiézinha incomodativa igual a minha ninguém tem/ Não se dá com mais ninguém/ Já brigou com a vizinhan-ça”. Após uma hora de show, um ou outro vivente havia ido embora, mas, em geral, o público ainda se mantinha fiel ao tradi-cionalista mais gaudério do Rio Grande do Sul. Pelo jeito, em Caxias Mano Lima não corre risco de ficar sem plateia.

Paulo Pasa/O Caxiense

Fidelidade gaudéria

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Vinicius Ribeiro (PDT) tem repetido que seu foco é Caxias do Sul, mas não é mero discurso. Nesta semana, visitou o secretário da Saúde Ciro Simoni e, além de se colocar à disposição para as demandas da Ser-ra, pediu atenção especial ao Hospital Geral. O deputado pediu empe-nho para que se cumpra o cronograma das obras da ala de radioterapia, com conclusão prevista para 2014.

“Sensibilizar que Caxias precisa de um olhar diferente”, assim define o deputado estadual Vinicius Ribeiro (PDT) sobre os seus primeiros dias na Assembleia Legislativa. Vinicius esteve na redação da revista O CA-XIENSE na quinta-feira (17), quando dedicou o dia para visitas a veícu-los de comunicação da cidade. O deputado está otimista e tem levado a mensagem de que suas principais bandeiras são as bandeiras de Caxias do Sul, que tem ficado desatendida pelo governo do Estado. O municí-pio só tem a ganhar com a dedicação do novo deputado.

Caxias do Sul está re-presentada no Conse-lhão de Tarso, anunciado na terça-feira (22). José Antônio Fernandes Mar-tins, da Marcopolo, Os-valdo Voges, presidente da Voges, e Guiomar Vi-dor, presidente da Cen-tral dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil/RS, seguem no Conselho. Todos estavam na com-posição anterior do gru-po que auxilia o governa-dor. As empresas Voges e Marcopolo apoiaram a campanha eleitoral de Tarso Genro (PT) ao go-verno em 2010. A Mar-copolo fez uma doação de R$ 100 mil e a Voges doou R$ 25 mil, confor-me a prestação de con-tas ao Tribunal Superior Eleitoral.

Discurso na prática

Otimismo na Assembleia

Caxias no Conselhão de Tarso

Homens na Cozinha

Franquia infantil

R$ 570, 35é o valor da cesta básica caxiense. O leve aumento foi impulsionado pela coxa de frango, que subiu 10,39%. Use o leitor de códigos QR de seu smartphone para decodificar a ima-gem e veja um infográfico com o valor da cesta básica em Caxias do Sul mês a mês durante 2012.

O evento beneficente que faz homens trocarem ter-nos e gravatas por avental e panelas já tem data mar-cada. O Homens na Cozinha 2013 será em 6 de abril, um sábado, nos Pavilhões da Festa da Uva. O ingresso individual custará R$ 150 e pode ser adquirido com as entidades que colaboram com as cozinhas. O ingresso dá direito a degustar todos cardápios, vinho e espu-mante. Toda a renda é revertida para entidades sociais.

A Lecontando Escolas Infantis, que tem 3 unidades em Caxias do Sul nos bairros Centro, San Vitto e Sa-grada Família, está entrando no negócio de franquias. A escola também está com matrículas abertas para as turmas de Berçário, Maternal, Jardim e Pré.

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POR QUE ELES QUEREM SER CAXIENSESQuem anda pelas ruas do Juá e Cazuza Ferreira, acha que o movimento pela anexação a Caxias tem apoio da unanimidade. Mas há quem diga o contrário: a verdadeira maioria está calada, por enquanto. Dos dois lados, reclama-se da precariedade dos distritos de São Francisco de Paula. Quando um plebiscito encerrar o debate, possivelmente Caxias também irá votar

por Andrei Andrade

Paulo Pasa/O Caxiense

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do Sul, repetem esses argumentos quase como um mantra. A crença de que to-dos esses problemas serão resolvidos tem atraído grande parte dos mais de 2 mil habitantes dos dois distritos a se envolver no debate que já é antigo, vem desde os anos 70, mas que, por mobilização polí-tica e popular, ganhou força nas últimas semanas.

Na ruas do Juá, comunidade localiza-da a 40 quilômetros do Centro de Caxias e a 80 quilômetros de São Francisco de Paula, os mais de 800 moradores (segun-do dados do IBGE) parecem concordar que a anexação já deveria ter ocorrido há muito tempo. “Aqui estamos isolados, sem assistência nenhuma”, desabafa o aposentado Enedir Pedroso, de 72 anos. Ao contrário do coro por um posto de saúde na comunidade que hoje não conta com nenhum, Enedir diz que qualquer transporte regular para atendimento em São Francisco ou Caxias do Sul já resol-veria o seu problema. Isso porque, sem-pre que precisa fazer uma consulta – com alguma frequência visita o cardiologista – precisa pagar para algum vizinho levá-lo. O preço é salgado: R$ 150 (mais ou

menos o preço de um tanque cheio de gasolina). Outra alternativa é pegar uma carona até o Apanhador (por uns R$ 40) e depois um ônibus até Caxias, mas se o horário favorecer. “Uma vez tinha um se-nhor que nos levava de Kombi e cobrava barato, mas ele já faleceu. Desde então é só carona mesmo”, reclama Enedir, que vive a vida simples que o salário mínimo da aposentadoria lhe permite.

Outra razão para que os moradores de-fendam a anexação é a distância afetiva em relação a São Francisco de Paula, que alguns, principalmente os mais jovens, sequer conhecem o centro. A dona de casa Maria de Oliveira, por exemplo, as-sim como os filhos Matheus, Jéssica, Vi-nícius, Fabiele e Luis, considera que “Juá só é distrito de São Chico porque está no mapa. Porque nem ônibus para ir pra lá tem”. Maria e os filhos chegaram a mo-rar por 4 anos em Caxias, mas nenhum aprovou a experiência na cidade grande. “As crianças se deseducaram lá, porque na cidade não se ensina o respeito com os outros”, reclama Maria. Para a dona de casa, o que mais faz falta é uma escola de ensino médio. Na escola do Juá, o ensino

é só até a 5ª série. A partir da 6ª série, a maioria dos alunos vai estudar em Lajea-do Grande, comunidade distante cerca de 30 quilômetros.

Um dos principais entusiastas da ideia de tornar Juá um distrito de Ca-xias do Sul é o comerciante Orides dos Reis, de 68 anos, integrante da Comissão Pró-Anexação, que no último domin-go reuniu cerca de 500 pessoas em um encontro que teve participação do vice-prefeito de Caxias do Sul, Antonio Feld-mann (PMDB), e de deputados estaduais favoráveis à causa, como Marcos Daneluz (PT) e Vinícius Ribeiro (PDT). Orides, que mora nos fundos do seu armazém com a esposa, Leda Maria de Oliveira, e o sogro, Francisco de Oliveira, se mostra entusiasmado com o grupo. “Normal-mente a gente vê entidades do Interior nascerem com muita gente participando, mas depois vão diminuindo. A nossa só tem aumentado”, vibra. Há uma semana, seu armazém foi assaltado. A família es-tava tomando café da manhã na cozinha, quando homens amordaçaram e amar-raram a esposa e o sogro de Orides. Os ladrões levaram 600 maços de cigarro e

Estradas asfaltadas, alternativas de transporte público, maior segurança, médi-cos no posto de saúde, um posto de saúde. Os moradores das localidades de Cazu-za Ferreira e Juá, distritos de São Francisco de Paula, favoráveis à anexação a Caxias

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Enedir Pedroso |Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

Maria de Oliveira e seus filhos |

outros produtos do armazém, que deram um prejuízo de quase R$ 3 mil. Como os bandidos fugiram e a unidade de polícia mais próxima fica em Lajeado Grande, o comerciante preferiu nem chamar os policiais, que iriam demorar muito, para tentar perseguir os ladrões. “Se tivesse um posto policial por aqui, certamente estaríamos mais seguros”, afirma.

No distrito de Cazuza Ferreira, onde vivem mais mais de 1,2 mil pessoas, e que assim como o Juá, está mais próximo de Caxias do Sul (75 quilômetros) do que de São Francisco de Paula (103 quilôme-tros), as opiniões populares quase não di-ferem da dos moradores de Juá. Para eles, as estradas precárias, sem asfaltamento e muito esburacadas, são o principal problema. O aposentado Paulo Roberto D’Agostini, de 55 anos, ex-funcionário da metalúrgica Fras-Le, possui há 3 anos uma propriedade em Cazuza Ferreira. Segundo ele, “já demorou” para Cazuza virar parte de Caxias. “Meu sonho é po-der investir nessa propriedade, transfor-mar em um hotel fazenda. Mas não tem como fazer isso com a estrada do jeito que ela está hoje. Se vier alguém visitar não só não vai querer voltar como tam-bém não vai recomendar pra ninguém”, reclama. Ele deposita na anexação as es-peranças de ver os acessos ao distrito tão bons quanto os das comunidades no In-terior caxiense. “Se tu vai a Caxias, vê que tudo é asfaltado, é uma beleza. Não falo só por mim, mas também quem planta e

precisa levar sua produção para a cidade de caminhão sofre com isso.”

Paulo mora a poucos quilômetros do pórtico que dá boas-vindas aos visitantes de Cazuza Ferreira. Passando pelo pórti-co, descobre-se uma vila de poucas ruas, porém bem cuidadas, de jovens jogando futebol na praça, vizinhas conversando e transeuntes que olham com curiosidade para os visitantes. É uma localidade mais urbana e também mais populosa – 1,2 mil habitantes – do que Juá. Para quem mora em Cazuza, o transporte para Ca-xias não é tão difícil. Ônibus diários saem às 7:00 e às 17:00, enquanto que do Juá para Caxias o transporte é apenas 4 dias por mês, na primeira e na última semana. Se os moradores daquele distrito aguar-dam por um posto de saúde, em Cazu-za Ferreira os habitantes defendem que haja um médico que atenda diariamente no posto da comunidade. Atualmente, apenas uma enfermeira trabalha de se-gunda a sexta, enquanto que um médico atende duas tardes e uma manhã. Paulo D’Agostini comenta que, até pouco tem-po atrás, o médico aparecia apenas uma tarde por semana.

Além de citar as melhorias nas estradas e na saúde entre suas reivindicações, Ma-ria Regina Traslatti, de 57 anos, destaca as constantes faltas de energia elétrica como um dos problemas que precisa de solução urgente em Cazuza Ferreira. Ela se mu-dou em 2012 para curtir a aposentadoria depois de ter passado boa parte da vida entre São Francisco e Caxias, trabalhan-

do. Considera o distrito um paraíso, ape-sar dos problemas estruturais. Segundo ela, mais grave do que a frequência com que cai a energia é a demora no conserto que, segundo ela, costuma levar de dois a 3 dias. Se já houvesse ocorrido a ane-xação, não haveria o “empurra-empurra” entre as companhias que fornecem ener-gia na hora de fazer voltar a luz.

Quando se questiona aos morado-res de Cazuza se há alguém contrário à anexação, a resposta é uma só: “sim, o seu Nauro Bosse”. E como a comunida-de é pequena, todos sabem indicar onde ele mora. Mas o aposentado de 73 anos e sua esposa, Gilsene, de 63, e a filha, Már-cia, de 37, acreditam que não sejam eles os únicos que prefiram manter o distri-to pertencente a São Francisco de Paula. “Hoje os que querem anexar são os que mais se manifestam, quem é contra fica quieto. Mas acredito que se houver um plebiscito para saber a opinião do povo, ganham os contrários”, destaca Nauro.

O funcionário público aposentado diz que nem sempre a situação geral foi de precariedade nas condições oferecidas pelo poder público à população. Nauro põe a culpa pelas condição das estradas nos 8 anos de má administração de Décio Antônio Colla (PT) em São Francisco de Paula. Tem fé que o novo prefeito, Juarez Hampel (PTB), irá fazer mais pelos mo-radores, e que anexar seria um erro, por entregar a Caxias do Sul o potencial eco-nômico do distrito. “O que um distrito

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Nauro Bossle |Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

Leda Maria de Oliveira |

que tem tantos recursos energéticos e de hortifrutigranjeiros quanto o nosso pode ganhar se anexando a Caxias? Nada”, ava-lia. A esposa de Nauro, Gilsene, defende que as esperanças contidas em uma pos-sível anexação não passam de ilusão. “Não é passando para Caxias que tudo vai se resolver. Olha quantos problemas eles têm e não dão conta de resolver? É que a ci-dade não é só o centro, que muita gente conhece e acha uma maravilha”, comenta. Para a filha do casal, Maria, os morado-res deveriam se unir para reivindicar à prefeitura de São Francisco as melhorias que querem para o distrito. “Quer saúde? Quer estradas melhores? Leve o problema para o prefeito. Claro que não está bom do jeito que está, mas falta a comunidade fazer a sua parte antes de querer se anexar a Caxias.”

Citado por Nauro como alguém que não fez quase nada pelo distrito, o ex-prefeito de São Francisco de Paula, Décio Antônio Colla, que recentemente obteve destaque na mídia por acreditar que o município escaparia do fim do mundo previsto para o dia 21 de dezembro, mostrou-se radi-calmente contra a anexação durante sua gestão. Atualmente exercendo a profissão de médico em seu consultório e no hospi-tal da cidade que governou, Cola mantém sua posição. “Por que Caxias precisa de mais terras? O que São Chico, um muni-cípio cuja sobrevivência é baseada na sua extensão territorial, ganharia com isso? Trata-se de uma ação imperialista, movi-da por interesses econômicos. São os mes-mos motivos tiranos que fazem os Estados Unidos invadirem o Iraque e o Afeganis-tão”, compara. Segundo Colla, é um erro

achar que o povo ganharia em qualidade de vida com suas casas passando a fazer parte de Caxias do Sul. “Quem mora no Interior é simples, mas é rei. São pessoas importantes para seus vizinhos e felizes dentro de suas comunidades. Quando passam a fazer parte da cidade, continu-am sem dinheiro, mas passam a ser ‘zé-ninguém’. Todo mundo sabe que Caxias não é cidade para pobre. Só vive bem lá quem tem dinheiro”, declara. E que inte-resse Caxias teria em anexar um pedaço de São Francisco? Colla, que já sugeriu que a cidade grande depositaria seu lixo e seus presos na área anexada, teria uma carta na manga quando os vizinhos pre-cisassem daquela terra verde. “Mais cedo ou mais tarde, Caxias ia ter que comprar a nossa água.”

Enquanto os muitos moradores favo-ráveis e os poucos contrários (pelo menos de acordo com as manifestações nas ruas) aguardam pela anexação ou não dos dis-tritos, os agentes interessados trabalham para que a questão possa se resolver até o fim desse ano. Depende do ritmo com que a Assembleia Legislativa conduzir o caso. Não haverá mudança sem antes se realizar um plebiscito que, de acordo com a legis-lação federal, envolva todos os interessa-dos no tema – o que inclui, toda a popu-lação de Caxias do Sul e São Francisco de Paula. Se a questão for votada de acordo com uma lei estadual de 2010, votariam em plebiscito apenas os moradores dos distritos. Mas a tendência é que se aplique a lei federal. Se a anexação se confirmar, Caxias, que tem 1643 Km², ganha uma área equivalente a mais do que a metade

do seu atual território: 1.014 km². E um acréscimo bem menor de população: 1,3 mil pessoas se juntariam às nossas 435 mil.

“Acho que é um jogo em que todos ga-nham, a começar pela população, que não pode ficar abandonada, sem estrada, sem ônibus, sem saúde. Para São Francisco também seria positivo, pois desoneraria o município de atender comunidades muito afastadas e que precisam de investimentos que o município não tem condições de fa-zer. Por último, Caxias também ganharia com o que esses distritos têm a oferecer. Mas penso que as cidades não são são cen-trais nesse caso. O que importa é que as populações de Cazuza e Juá ganhem com isso”, afirma o ex-vereador de Caxias do Sul Vitor Hugo Gomes (PT), presidente do Conselho Deliberativo da Comissão Pró-Anexação. Em entrevista a O CA-XIENSE nesta semana, o atual prefeito de São Francisco, Juarez Juarez Hampel (PTB), declarou que irá respeitar o que for interesse da maioria. Disse ainda não ter em mãos estudos que apontem qual o im-pacto da perda dos distritos sobre a econo-mia do município. “A população tomará sua decisão com base no atendimento que prestarmos a eles. Independentemente da conclusão do processo, respeitamos o que for decidido pelos moradores e pretende-mos prestar o melhor serviço possível a eles”, comentou Hampel.

Independentemente de quem irá obter a guarda ao final, o certo é que os morado-res querem soluções rápidas para os pro-blemas que afligem as comunidades, hoje bastante isoladas tanto de Caxias quanto de São Francisco de Paula.

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DESAPARECIDO NAS MONTANHAS

Festeiro e amigo leal, o jovem Luiz Renato Pires Almeida se transformou em idealista. O estudante gaúcho, que denunciou torturas da ditadura, tornou-se guerrilheiro na

Bolívia pós-Che Guevara e sumiu nas montanhas andinas

por Daniel Cassol | Agência Pública

Os guerrilheiros do Exército de Liber-tação Nacional estão quase completando a travessia do rio Chimate, ao norte da Bolívia. Acossados pelos militares, pre-cisam ser rápidos. A vanguarda já atra-vessou o rio e a coluna do centro avança, observada por Raúl e Dippy, soldados da retaguarda destacados para indicar aos companheiros o caminho seguido pelas duas colunas da frente. No relógio, “ex-propriado” pela guerrilha, Dippy vê que são 18:00 de 1º de setembro de 1970.

Uma patrulha militar ataca e a guerri-lha se parte em duas. A retaguarda não consegue atravessar o rio. Raúl e Dippy correm mato adentro para escapar dos tiros. Esperam até a noite, talvez sejam encontrados pelos companheiros. Escu-tam disparos de morteiros e percebem

que será impossível atravessar o rio. A retaguarda nunca mais iria se reencontrar com o resto da tropa.

Raúl é o nome de guerra do peruano Antero Callapiña Hurtado, estudante de engenharia civil na Polônia, recrutado para a guerrilha, assim como dezenas de jovens latino-americanos que estudavam em países socialistas. O outro, Dippy, ou Eugênio, era o único brasileiro entre os 67 combatentes que subiram as montanhas de Teoponte, a cerca de 200 quilômetros ao norte de La Paz, para retomar a guer-rilha em Ñancahuazú, abortada 3 anos antes com a morte de seu comandante, Ernesto Che Guevara.

Apartados do grupo, peruano e brasi-leiro passam quase 30 dias lutando pela sobrevivência na selva boliviana. Comem

palmito e mascam folhas de coca para não morrer de inanição. No último re-gistro de seu diário, o brasileiro escreve: “ Hoje é uma data que não posso deixar de lembrar: dia 25. Faz 4 meses que me casei com Susana e hoje lembro dela mais do que nunca. Sinto falta dela e quero encon-trá-la. Espero fazer isso antes do dia 1º de novembro e não pretendo me separar dela nunca mais”. O reencontro com a esposa, que àquela altura esperava um filho, nun-ca aconteceria.

Luiz Renato Pires Almeida é um dos 13 desaparecidos políticos brasileiros em território estrangeiro. As circunstâncias de sua execução nunca foram esclareci-das, tampouco seu corpo foi encontrado. O caminho que o levou de Formigueiro,

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no interior do Rio Grande do Sul, onde nasceu em 18 de novembro de 1943, até as montanhas bolivianas, onde morreu no começo de outubro de 1970, é o que se conta a seguir. Caçula de 11 irmãos, o menino de Formigueiro era um guri “me-donho”, como lembra a irmã Deni, e gos-tava de jogar futebol. Concluiu o ensino fundamental no Colégio Estadual Tiara-ju, onde fazia parte da chapa eleita para o Grêmio Estudantil em 1960.

No Rio Grande do Sul, vivia-se a efer-vescência da Campanha da Legalidade, liderada em 1961 pelo governador Leo-nel Brizola para garantir a posse do pre-sidente João Goulart, depois da renúncia de Jânio Quadros. Mas ele só descobri-ria a política para valer ao se mudar em 1962 para Santa Maria, maior cidade da região, para cursar o Clássico no Colé-gio Estadual Manuel Ribas, o tradicional Maneco, e cumprir o serviço militar no 7º Regimento de Infantaria. Ali, voltou a ter contato com armas, das quais aprendera a gostar nas caçadas com os irmãos. Em fevereiro de 1963, Renato ingressou na primeira turma do Colégio Agrotécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Eleito para a diretoria do Centro de Estudantes, entrou de cabeça no movi-mento estudantil. “Como era o mais velho da turma, era o líder da gurizada. Gostava de trago, fumava, andava armado. A guri-zada achava o máximo”, recorda o colega Beto Vargas, hoje médico na cidade de Bagé. A pistola de três canos que carrega-va na cintura é uma lembrança dos ami-gos da época. “Foi a única vez que vi uma pistola daquelas”, recorda Rogério Vargas, irmão de Beto.

Para a família, era visível a transfor-mação do filho mais novo. “Nas primei-ras férias que voltou de Santa Maria, era outra pessoa”, diz Zeca, um dos irmãos. “O Renato conversava um pouco com a gente e já vinha com a pregação do Mao Tsé-Tung”, lembra, achando graça. “Não seja tapado, tem que abrir os olhos”, dizia a Zeca. Chamava o pai de “tubarão” por estar politicamente ao lado dos ricos. Mas não deixava de abraçá-lo e chorar quan-do se despedia da família para retornar a Santa Maria. O apego à casa o faria escre-ver cartas aos irmãos de todos os lugares onde viveria depois.

Em janeiro de 1964, Luiz Renato re-tornou de um congresso na Paraíba eleito presidente da União Nacional dos Es-tudantes Agrotécnicos (UNEA). Quase por acaso assumiu o cargo que o levaria à clandestinidade. O candidato natural à

presidência pela delegação gaúcha era o atual governador, Tarso Genro (PT), na época com 16 anos. Mas Tarso desistiu da indicação em troca de seis passagens áreas para que a delegação gaúcha viajasse à Paraíba, como ele conta hoje: “Quando nós montamos a nossa delegação, conse-guimos passagens com o presidente João Goulart através do meu pai, que era ami-go do João Goulart”, relembra. “Mas aí o meu pai, naquela boa chantagem paterna, disse o seguinte: eu consigo as passagens para vocês, mas tu tens que prometer que não vais ser candidato a presidente da UNEA, tens que voltar para Santa Maria para continuar os estudos. E de fato cum-pri a promessa. Chegamos lá, substituí-mos o meu nome e apresentamos o nome do Luizinho, que foi eleito presidente da UNEA”, conta Tarso. Até os amigos mais próximos ficaram surpresos com a eleição de Luiz Renato, como lembra o colega Eros Marion Mussoi, hoje professor na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Ele era um cara cheio de vida e ideias, como boa parte da nossa gera-ção. No início não era propriamente um ‘revolucionário’, mas tinha ideias sociais e humanistas muito claras. Um sujeito de um grande coração e preocupado com os outros”, diz. Para Tarso Genro, de “Luizi-nho” ficou a lembrança da pistola de três canos: “Eu até menciono, num poema que eu fiz depois da morte dele, a pistola de três canos, um em cima do outro, que ele usava e era uma memória muito intensa que a gente consolidou, porque aquela pistola era uma identidade que ele tinha, em função da visão que iria percorrer posteriormente”, diz.

Como presidente da entidade, Renato transferiu-se para a Universidade Rural do Brasil (URB) e desembarcou no Rio de Janeiro no dia 2 de março de 1964. Menos de um mês depois, viria o golpe militar.

As lembranças da família são corta-das, esparsas. Após o golpe militar, as no-tícias de Luiz Renato escassearam. E hoje em dia, remexer nessas histórias é reavi-var a dor da perda do irmão caçula. Deni diz ter ouvido Renato discursando contra o golpe na rádio carioca Mayrink Veiga no dia 1º de abril de 1964. Em um pro-grama da própria UNEA, segundo outra irmã, a Ladi. Luiz Renato e alguns colegas teriam escapado da emissora antes de se-rem presos pelos militares. Após o golpe, Luiz Renato fazia aparições esporádicas na casa dos pais, sem dizer exatamente o que fazia nem por onde andava. Em de-poimento prestado no Inquérito Policial

“O Renato conversava um

pouco com a gente e já vinha com a pregação

do Mao Tsé-Tung”, lembra o

irmão Zeca

“Até menciono, num poema que eu fiz depois da morte

dele, a pistola de três canos, um em

cima do outro. Porque aquela

pistola era uma identidade que ele

tinha”, diz Tarso Genro

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Militar (IPM), depois da prisão, em mar-ço de 1966, disse que “temeroso de ser preso” abandonou a Escola Agrotécnica nos primeiros dias de abril de 1964 e vol-tou ao Rio Grande do Sul. Passou por São Sepé, reviu a família e teria partido para o Uruguai, assim como fizeram centenas de militantes com alguma ligação com o PTB de Leonel Brizola e João Goulart.

José Wilson da Silva, o “Tenente Ver-melho”, hoje capitão do Exército refor-mado, diz ter conhecido Luiz Renato em Montevidéu, embora não tenha convivi-do com ele. “Era calmo, muito conscien-te politicamente, sonhador como todos nós éramos. Tanto que saiu de lá para ir adiante. Enquanto estávamos tentando fazer alguma coisa, estava demorando, foi procurar outras guerras”, conta.

Havia muitos brasileiros no Uruguai. A pedido de Brizola, o desembargador aposentado Eliseu Gomes Torres mon-tou uma comissão para analisar os casos de quem poderia retornar ao Brasil. Tor-res não se lembra de Luiz Renato, mas é possível afirmar que o estudante tenha voltado em circunstância semelhante. O depoimento dado ao IPM fala que Renato “foi instado por outros a regressar, já que não pesava nenhuma acusação contra si” entre o final de janeiro e o começo de fe-vereiro de 1965.

No IPM, consta ainda que, em fevereiro

de 1966, Luiz Renato foi a Porto Alegre para tentar se matricular no Colégio São Judas Tadeu. Nesta ocasião, teria encon-trado o ex-coronel Pedro Alvarez, ex-pulso do Exército após o golpe, “a quem já conhecera em Santa Maria e em cuja residência já estivera hospedado cerca de duas vezes”.

Em 2003, Alvarez, que ainda mora na mesma casa onde hospedou Luiz Renato em 1966, a pedido do também militar José Pires Cerveira, contou: “Ele [Cerveira] me disse: ‘estou com um rapaz, um estu-dante que veio do Rio, e tenho impressão que já viram que ele está na minha casa. Tu não sabes onde podemos colocá-lo?’. Eu disse: ‘Faz o seguinte, numa noite des-sas, em que não haja ninguém por perto, traz ele aqui pra minha casa’. Realmente ele trouxe e ficou aqui bastante tempo, mais ou menos um mês”, relatou Alvarez.

A memória já não ajuda Alvarez, hoje com 94 anos. Ele ainda lembra do “rapaz muito educado, e bem preparado. Tinha conhecimento da situação, fazia uma aná-lise certa daquele momento, dava a solu-ção”. O irmão Zeca lembra de ter visitado o caçula na casa de Alvarez, acompanha-do por Ary, o mais velhos dos irmãos. O código era passar assoviando “Aquarela do Brasil” na calçada. Um dia, Alvarez teve de viajar para Santa Maria. “Eu disse:

‘Renato, faz o seguinte, não sai pra rua. Se já te viram ali na outra casa, eles podem te localizar aqui’”, contou. “Pois não é que um dia ele saiu e foi na padaria? Prende-ram ele e eu não sabia onde ele estava. Até que eu consegui saber que ele estava preso no DOPS.”

Preso por “ligações com o esquema subversivo de Leonel Brizola” no dia 25 de fevereiro de 1966, Renato foi recolhi-do ao Departamento de Ordem Política e Social. Data deste período o depoimento prestado no dia 10 de março daquele ano. Ficaria 59 dias detido, entre o DOPS e a Ilha do Presídio. No dia 7 de março, o ir-mão mais velho de Renato levou objetos de higiene e vestuário até lá.

O próprio Ary ajudaria o irmão a sair da prisão, possivelmente lançando mão das ligações do pai com a UDN para so-licitar ajuda junto à Secretaria de Segu-rança.

Após sair da prisão, já no Rio de Janei-ro, Renato escreve uma carta a Deni, pro-vavelmente de setembro de 1966. Conta que está fazendo um curso para trabalhar como jornalista, trata do envio de dinhei-ro pela família e avisa que, naquele dia, não estava com vontade de fazer mais nada porque estava abalado com uma notícia que havia recebido. “Os filhos da puta desses traidores da Pátria mataram,

Última Hora publica entrevista com Renato, denunciando as torturas sofridas pelo sargento Manoel Raimundo Soares, em 1967 |Acervo Pessoal, Divulgação/O Caxiense

Luiz Renato (3°, da esquerda para direita) no 7° Regimento de Infantaria de Santa Maria |Acervo Pessoal, Divulgação/O Caxiense

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Luiz Renato (3°, da esquerda para direita) no 7° Regimento de Infantaria de Santa Maria |Acervo Pessoal, Divulgação/O Caxiense

afogado e com as mãos amarradas atrás, o sargento Soares, que tanto tempo este-ve preso comigo, e ao qual deixei roupas, aparelho de barba e outras coisas. O as-sassinato foi aí em Porto Alegre e mais ou menos sei quem deu esta ordem. Esses são os homens bons que estão no gover-no, que vão à missa aos domingos e que durante as madrugadas torturam seus se-melhantes como se fossem animais, para depois matar da maneira mais covarde possível. Quanto mais sacrifício passarem os companheiros, mais disposição nós te-mos para enfrentar os traidores fascistas”, escreve.

O corpo de Manoel Raimundo Soares, sargento do Exército com ideias nacio-nalistas e militância na organização dos suboficiais, foi encontrado boiando, com mãos e pés atados, nas águas do rio Jacuí no dia 24 de agosto de 1966. O episódio ficou conhecido como o “Caso das Mãos Amarradas”. Foi um dos primeiros casos de tortura e morte por parte dos órgãos de repressão sobre o qual se teve notícia na época.

Luiz Renato dividiu a cela com Raimun-do Soares duas vezes. Depois de liberado, enviou uma carta ao jornal Última Hora relatando as idas e vindas do sargento das sessões de torturas e apontando como responsáveis os delegados José Morsch e Itamar Fernandes de Souza, carta esta que seria lida em sessão da Comissão Parla-mentar de Inquérito da Assembleia Legis-lativa gaúcha que investigou o caso, no dia 12 de abril de 1967.

De volta ao Rio de Janeiro, onde ficou

pouco mais de um ano, Luiz Renato ten-tou retomar os estudos e arranjar traba-lho. Comunicava-se por cartas com a fa-mília, algumas assinadas por “Rodrigo”. No dia 13 de julho de 1967, informa à fa-mília que viajaria a Moscou para prosse-guir os estudos. Como milhares de jovens de todo o mundo, Luiz Renato estava de partida para a Universidade da Amizade dos Povos Patrice Lumumba.

O gaúcho chegou a Moscou em setem-bro de 1967, prestes a completar 24 anos, e se adaptou rapidamente. O economista Rafael Alves da Cunha, hoje vice-presi-dente da Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul, também estudou na Pa-trice Lumumba e foi presidente da União dos Estudantes Brasileiros na União So-viética. A afinidade entre os dois gaúchos foi imediata: Rafael é natural de Caçapava do Sul, vizinha a São Sepé, e os moradores das duas cidades têm sempre na ponta da língua alguma brincadeira sobre os vizi-nhos. Luiz Renato era um jovem agitado, brincalhão, festeiro, recorda Rafael. Esta-va sempre disposto a participar das ativi-dades promovidas pela entidade, como os concorridos carnavais dos estudantes bra-sileiros. “Podia contar com ele. Se encar-regava de uma coisa, ou da cozinha, ou da bebida, pegava uma coisa, estava sempre pronto”, diz Rafael. A disposição do colega também tinha grande valia nos jogos de futebol. “Ele era ruim de bola. Mas era go-zadérrimo”, conta Rafael. “Entrava dando trombada em todo mundo. Quando bo-tavam para marcar um cara, aquele cara

não fazia nada. Ele ficava ao lado, derru-bava, fazia qualquer negócio”, diz.

Politicamente, Renato demonstrava o mesmo temperamento: não apresentava grandes formulações teóricas, mas tinha disposição para as tarefas políticas e an-siedade pelas ações, lembra Rafael: “Não dava demonstração de muito conteúdo filosófico, político. Mas tinha um entu-siasmo fora do comum e uma positivi-dade enorme. Era um guerrilheiro, tinha um espírito de guerrilha. Se eu fosse fazer qualquer coisa numa revolução, gostaria de ter um batalhão de Luiz Renato”, com-pleta.

Com o aumento da influência cubana entre os estudantes, a universidade passou a pressionar aqueles que divergiam da li-nha soviética, como Renato. As contradi-ções entre os estudantes e a direção sovi-ética tornaram-se ainda mais agudas com as primaveras de Paris e Praga. Em 1968, durante o Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, em Sófia, capital da Bul-gária, Luiz Renato estava entre os que par-ticipavam dos debates acalorados sobre os rumos da revolução.

O chefe da delegação brasileira era o atual vice-prefeito de São Carlos (SP), Emerson Leal, à época vice-presidente da entidade presidida por Rafael. “Ele (Luiz Renato) era um dos defensores mais ferrenhos e combativos da luta armada. Por isso era grande sua sintonia com os estudantes da Bolívia e do Peru, muitos dos quais defendiam essa linha. Princi-palmente com os bolivianos – afinal, o Che Guevara tinha morrido na Bolívia e

“Era um guerrilheiro,

tinha um espírito de guerrilha. Se

eu fosse fazer qualquer coisa

numa revolução, gostaria de ter um

batalhão de Luiz Renato”, diz Rafael

Alves da Cunha

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Renato na URSS, em 1967 |Fotos: Acervo Pessoal, Divulgação/O Caxiense

À esquerda, com a irmã Ladi no Rio de Janeiro |

os guerrilheiros bolivianos preparavam a segunda fase da guerrilha”, lembra.

“Ele queria ver as coisas acontecerem rapidamente. O Luiz Renato, literalmen-te, ‘quebrava o pau’, porque achava que nossos países latino-americanos eram governados por ditadores ou por pessoas subservientes aos interesses do imperia-lismo. E, como dizia, a única linguagem que este ‘pessoal’ entendia era a da luta armada, como aconteceu em Cuba”, pros-segue Leal.

Um dia, Luiz Renato sumiu. “Qual não foi minha surpresa quando vi, em um jornal boliviano mostrado por colegas da Patrice Lumumba, uma foto do Luiz posando junto com outros militantes ar-mados na Bolívia. O jornal noticiava sua morte”, recorda Leal. Tal era o entusiasmo e a radicalidade demonstradas por Rena-to que militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) chegavam a cogitar que ele fosse um agente infiltrado, fazendo-se passar como revolucionário para con-quistar a confiança dos companheiros. De um colega do PCB, ouviu: “Imagine, e eu que pensava que o Luiz fosse um agente da direita”.

O boliviano Osvaldo “Chato” Peredo estudava Medicina na Universidade Pa-trice Lumumba, em 1966, quando rece-beu dos irmãos mais velhos, Inti e Coco, a missão de recrutar estudantes dispostos a engrossar as fileiras do Exército de Li-bertação Nacional, que sob a liderança de Ernesto Che Guevara iniciava sua cam-panha na Bolívia. Em setembro de 1967, quando Luiz Renato chegava a Moscou

para estudar na Patrice Lumumba, Chato Peredo já havia se graduado médico e an-dava pelo mundo a recrutar jovens para a guerrilha. Coco morreria no mesmo mês, em combate, e Guevara, em outubro. Inti Peredo seria o principal líder do ELN e um dos cinco sobreviventes da guerrilha do Che a deixar a Bolívia rumo a Cuba, de onde no ano seguinte redigiria o ma-nifesto, publicado em julho de 1968, no qual proclamava: “A guerrilha boliviana não morreu. Voltaremos às montanhas”.

Foi por esse período que Luiz Renato se engajou na “outra guerrilha guevaris-ta” na Bolívia, sequência do movimento iniciado por Che. Chato não sabe precisar se conheceu Luiz Renato em Moscou. “Eu me reunia com as pessoas, e possivelmen-te assim foi o contato com Renato, porque não recordo o momento em que ele se in-corpora”, diz.

A entrada na Bolívia, depois de um período de treinamento em Cuba e de preparação no Chile, se deu em meados de 1969. Em setembro daquele ano, antes mesmo de entrar em ação, a guerrilha so-freria um duro golpe com a morte de Inti Peredo, emboscado pela polícia em uma casa onde vivia clandestinamente. Com a morte de Inti, o dirigente estudantil e mi-neiro Rodolfo Saldaña assumiu a chefia do ELN, defendendo o retorno ao Chile. Chato passou a liderar um grupo con-trário à decisão do novo comandante. O ELN sofreu novo golpe com a notícia de que os cubanos Pombo, Urbano e Benig-no, sobreviventes da campanha do Che, tinham decidido ficar em Cuba em vez de participar da nova empreitada guerrilhei-

ra. Em dezembro de 1969 apenas 12 com-batentes do grupo original que treinou em Cuba decidiram ficar, lembra Chato. Luiz Renato estava entre os que quiseram continuar.

Mesmo na Bolívia, prestes a pegar defi-nitivamente em armas, Renato continuou escrevendo para a família. Deni guarda duas cartas. “Na situação em que encon-tro-me, não é possível mandar notícias seguido”, diz o jovem, então com 26 anos, no dia 27 de junho de 1970. Respondendo à irmã, reafirma sua convicção em pegar em armas. “Como tu disseste, todos te-mos um ideal e por este temos que lutar, assim entendo também e lutarei até as úl-timas consequências”, escreve, informan-do ter se casado, ainda que a companheira soubesse “que poderá ficará viúva mais ou menos rápido”.

Luiz Renato se casou com Susana, mi-litante do ELN que atuava no apoio ur-bano à guerrilha. Na carta de 15 de julho de 1970, pede que lhe mandem a certidão de nascimento, “para que minha mulher possa registrar o filho que deverá, dentro de uns meses, nascer”. Na mesma mensa-gem, anuncia, escrevendo em portunhol: “Esta possivelmente é a última vez que te escrevo. Amanhã partirei definitivamente para las montanhas, começará la guer-ra breve e aspiramos expandir por toda América”.

No dia 18 de julho de 1970, um grupo de 67 guerrilheiros partiu, em dois cami-nhões, para a localidade de Teoponte, si-tuada a pouco mais de 200 quilômetros ao norte de La Paz. Bandeiras brancas com

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1925.JAN.2013

um grande “A” azul sinalizavam que aque-le seria um grupo de estudantes voluntá-rios da Campanha de Alfabetização pro-movida pelo governo do general Alfredo Ovando Candia. Dias antes, o próprio ditador havia entregado cartilhas e cre-denciais a Horácio Rueda Peña, dirigente da Confederação Universitária Boliviana (CUB) e combatente do ELN. Nos cami-nhões, sob as cartilhas, iam armamentos escondidos. Luiz Renato, sem pretensões de comando, estava na retaguarda da guerrilha comandada pelo estudante bo-liviano de origem camponesa Estanislao Vilca.

Luiz Renato é descrito como exímio atirador pelo historiador Gustavo Rodrí-guez, autor do livro Teoponte – Sin tiempo para las palabras. Já Osvaldo Peredo, que foi seu chefe na guerrilha, lembra mais de Luiz Renato como um companheiro dis-posto a qualquer tarefa.

Chato faria um gesto de reconhecimen-to ao valor do combatente brasileiro na primeira ação da guerrilha. No dia 19 de julho, o ELN tomou a localidade de Teo-ponte, assaltou a companhia South Ame-rican Places e fez reféns dois engenheiros alemães. O rolex de um deles foi dado por Chato a Luiz Renato. “Quando lhe dou o relógio, foi simbólico, como dizer ‘você está por trás de tudo isso’, porque era deci-dido e disciplinado”, diz Chato.

A guerrilha seria dizimada em cer-ca de 100 dias. O general Candia havia prometido uma guerra sem feridos nem prisioneiros, e foi mais ou menos o que ocorreu. Inexperientes, os guerrilheiros sucumbiram diante de um Exército muito mais preparado do que na época do Che. Não contavam, além disso, com o apoio da totalidade da esquerda boliviana, que discordava de uma ação guerrilheira con-tra um governo militar de corte naciona-lista. Após o dia 7 de outubro, quando o general Juan José Torres derrubou Candia e assumiu o poder, mandou manter vivos os nove sobreviventes da guerrilha de Te-oponte, entre eles Chato Peredo. Luiz Re-nato, no entanto, já teria sido executado.

Uma versão falsa sobre as circunstân-cias da morte de Luiz Renato circulou há mais de dez anos, e é uma das últimas referências ao brasileiro nos jornais. No dia 9 de junho de 1999, o Jornal do Bra-sil noticiou que ele teria sido punido por ter tomado uma lata de leite condensado retirada das provisões. Até hoje a família de Luiz Renato se incomoda com essa ver-são, publicada pelo jornal a partir de um equívoco. Segundo o texto, essa revelação

havia sido feita por Cláudio Gutiérrez, ex-preso político gaúcho que chegou a par-ticipar de treinamento do ELN no Chile, sem ingressar na Bolívia.

As circunstâncias exatas da morte de Luiz Renato nunca foram esclarecidas – não há registros oficiais –, mas a versão de que o brasileiro teria sido executado pela própria guerrilha é falsa.

No dia 1º de agosto de 1971, cerca de 10 meses após o fim da guerrilha, o jor-nal boliviano El Diário publicou uma re-portagem intitulada “Los caídos y verdu-gos de Teoponte”, difundida pela agência cubana Prensa Latina e assinada por um certo Ariel Rojo, provavelmente um pseu-dônimo. Trata-se de um relato de como ocorreram as execuções de vários guerri-lheiros, entre eles Luiz Renato. Para Gus-tavo Ostría, entrevistado em Santa Cruz de la Sierra, uma das hipóteses é que essas informações tenham saído de dentro do próprio Exército, durante o governo de Juan José Torres, e sido escritas por algum membro do ELN.

Embora nunca tenha sido comprovado, é um relato plausível e rico em detalhes do que teria acontecido no dia 26 de setem-bro de 1970, um dia depois, portanto, do último registro no diário de Luiz Renato. Um camponês do povoado de Yaycurá te-ria revelado que dois guerrilheiros – no-mes de guerra Eugenio e Raúl – estavam no povoado de Masapa, “em muito más condições”. A dupla de combatentes do ELN teria sido traída por “boteros” (bar-queiros), aos quais haviam dado dinheiro e seus relógios em troca de serem levados para algum povoado não patrulhado pe-los militares. “Mas depois de terem rece-bido o pagamento, os deixaram em Masa-pa, povoado que estava a 20 quilômetros de nosso acampamento”, diz o relato.

Antero e Luiz Renato teriam sido presos e levados para o acampamento militar, em Yaycurá, no dia 2 de outubro. No dia se-guinte, chegou “um helicóptero para tras-ladar os prisioneiros a sua última morada, que seria em San Jorge, povoado próximo a Mapiri”, na região de Teoponte.

Às 11h25 da manhã de 2 de outubro de 1971, segundo o relato, Raúl tentou fugir e foi ferido por um soldado. “Eugenio, que estava no chão, sem forças para nada, gri-ta desesperadamente que não o matem, mas o mesmo soldado abre fogo contra ele”, diz o texto. “Raúl e Eugenio caem no chão, queixando-se de dor. Os soldados disparam até acabar com suas vidas”.

Assinando como Carla, Susana escreve uma carta para Deni no dia 25 de janei-ro de 1971. “Francamente, não sei como

“Na situação em que encontro-me,

não é possível mandar notícias

seguido”, diz Renato em carta

enviada da Bolívia

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20

começar esta carta inacreditável”, come-ça. “Há quatro dias, me asseguraram que Luiz Renato morreu, possivelmente fuzi-lado pelo Exército”, diz Susana, que conta ainda que o filho deles nasceria “dentro de dois meses”.

Não se sabe onde foram enterrados os restos mortais de Luiz Renato. Em feve-reiro de 2010, o governo Evo Morales en-tregou aos familiares os restos mortais de 4 guerrilheiros. O trabalho foi realizado pela Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF), com ajuda de pesqui-sadores bolivianos, entre eles Gustavo Rodríguez Ostría, mas não prosseguiu.Os arquivos militares do período na Bo-lívia são fechados. O historiador Gustavo Rodríguez Ostría, que chegou a ser vice-ministro de Educação da Bolívia, conse-guiu manusear alguns documentos rela-cionados à guerrilha durante a pesquisa para seu livro. Entre eles, algumas folhas datilografadas com a transcrição do que seria uma parte do diário de Luiz Renato – com registros esporádicos que, pelo que estava escrito, eram mesmo do brasileiro. A Associação de Familiares de Detidos, Desaparecidos e Mártires da Libertação

Nacional tentou levar adiante um projeto de lei para a abertura dos arquivos mili-tares, mas nunca obteve uma sinalização positiva do governo.

Chato Peredo disse ter enviado duas cartas para o presidente Evo Morales soli-citando a abertura dos arquivos militares. “Mas se vê que no Exército há uma resis-tência grande, porque significa ratificar a imagem de um Exército de fuziladores. Seguramente muitos documentos estão aí, ou estão desaparecendo. E creio que nisso não tem a decisão o presidente Evo Morales de dizer ‘bueno, descodifiquem’. Não me respondeu”, afirmou Chato.

O Ministério da Defesa e o gabinete de Evo Morales não responderam às solici-tações de informações para esta reporta-gem. Susana, companheira de Renato na Bolívia e mãe de Mabel, atendeu o tele-fone na Inglaterra, onde vive. Foi solícita, mas não quis dar entrevistas. Limitou-se a dizer: “Prefiro não tocar neste assunto, que dói muito em meu coração. A família de Luiz Renato tem todas as informações e creio que eu não teria mais a acrescentar. Não gostaria que meus sentimentos fos-sem publicados. É um tema muito dolo-roso para mim”.

“Prefiro não tocar neste

assunto, que dói muito em

meu coração”, diz Susana,

companheira de Renato na época e mãe de Mabel

Renato (2° sentado da esquerda para direita) com o grupo da escola de samba que venceu um concurso cultural da Universidade Patrice Lumuba, em Moscou |

Acervo Pessoal, Divulgação/O Caxiense

Fábia Vasconcellos | Jair Moraes | Fotos: Divulgação/O Caxiense

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2125.JAN.2013

PLATEIA

Tradicionalmente, os primeiros meses do ano em Caxias são de poucas atrações nos teatros (esta semana de agenda cheia é atípica, veja na página 27). Mas 2013 iniciou com boas opções para quem quer aproveitar a baixa safra de plateia para ganhar conhecimento de palco. Até fevereiro, 8 oficinas de teatro e dança ocorrem na cidade. E 4 destas são gratuitas. Confira a lista e saiba como se inscrever.

Teatro para adolescentesO ator e diretor caxiense Márcio Ra-

mos ministra uma oficina para adoles-centes de 12 a 16 anos no Teatro Moinho da Estação. Em 3 aulas, Márcio ensina técnicas de improvisação através de jogos. A oficina ainda tem exercícios de coordenação, criatividade, memorização, expressão corporal, oralidade e socia-lização. Divertido e produtivo até para quem não pretende ser ator. Inscrições pelo fone 3537-7933.SEX. (25), SÁB. (26) e DOM. (27). 14:00. R$ 80. Teatro Moinho da Estação

Dança ClássicaCom aulas para iniciantes e interme-

diários, o Ballet Margô promove o Curso de Verão de Dança Clássica, com a pau-listana Fábia Vasconcellos e o curitibano Jair Moraes como convidados. Diploma-da pela Royal Academy of Dance e pela Escuela Nacional de Cuba, Fábia recebeu o prêmio de 1º Bailarina Cuballet e é

professora e mentora registrada pela Royal Academy of Dance. Jair foi solista do Corpo de Baile do Teatro Municipal de São Paulo e no Ballet Gulbenkein, em Lisboa. Atualmente é mâitre do Ballet Teatro Guaíra e diretor da Cia de Dan-ça Masculina Jair Moraes. Informações e inscrições pelos fones 3222-5338 e 9166-9771. As aulas ocorrem no Ballet Margô.

Módulo I - Barre a Terre, Ballet Clássi-co e Técnica de Pontas com Jair MoraesSÁB. (26) a QUA. (30). R$ 300. Módulo II - Curso Intermediário - Bal-let Clássico, Técnica de Pontas e Ballet de Repertório com Fábia VasconcellosTER. (29) a SEX. (1°). R$ 250.

Módulo III - Curso Iniciante - Ballet Clássico com Fábia Vasconcellos e alon-gamento com Akacio Camargo TER. (29) a SEX. (1°). R$ 220Módulos I + II - R$ 490. Aulas avulsas - R$ 40)

Teatro e PedagogiaO Teatro do Encontro promove, em

fevereiro, a primeira edição da Jorna-da de Pedagogia Teatral. O trabalho será coordenado pela pedagoga, atriz e diretora argentina Ana Woolf, com par-ticipação do assistente italiano Giorgio Zamboni. A programação tem workshop e palestra, ambos gratuitos. Para o workshop, as inscrições estão abertas até 31 de janeiro e incluem seleção. Interes-sados devem enviar currículo resumido para o e-mail teatrodoencontro@terra.

com.br. Já a palestra tem limite de 40 vagas, que serão preenchidas no dia, por ordem de chegada.

Workshop Caminhos, Paisagens e Pontes. Do treinamento à construção de materiais e cenasSEG. (18) a SEX (22/02). 8:45 às 12:45. Gratuito. Sala de Teatro do Ordovás

Palestra  Encontro com Ana Woolf. Pedagogia do ator no teatro contempo-râneoQUI (21/02). 19:00 às 21:00. Gratuito. Teatro do Encontro

Mostra de MonólogosA 1ª Mostra de Monólogos de Caxias

do Sul oferece 4 oficinas e 4 espetáculos. Todas as oficinas são gratuitas. Informa-ções e inscrições pelo fone 3221.3130.

Espaço íntimo do ator, com Márcio RamosDOM. (17/02). 14:00 às 17:00

O ator no solo narrativo: o ator sem representação, com Julio AdriãoTER. (19/02). 14:00 às 17:00

Em estado de graça, com Ana FuchsQUI. (21/02). 14:00 às 17:00

Processos híbridos de criação, com João de RicardoSÁB. (23/02). 14:00 às 17:00

Verão para aprimorar a técnicadjANgo chegou, com liNcolN | quANto tempo, Nei lisboA! | cArNAvAl com NelsoN rodrigues |gAleriA fechAdA

Julio AdriãoMAria Eliza Franco, Div./O Caxiense

Fábia Vasconcellos | Jair Moraes | Fotos: Divulgação/O Caxiense

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22

CINE

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

Jamie FOX. Leonardo DiCAPRiO. Christoph WALTz. De Quentin TARANTiNO

Michelle WiLLiAMS. Seth ROgEN. De Sarah POLLEy.

DJANGO LIVRECom uma semana de atraso, chega aos cinemas caxienses o mais novo filme de Tarantino.

Django é um escravo famoso por sua brutalidade. Procurado pelo caçador de recompensas Dr. King Shultz para auxiliar na busca dos irmãos Brittle, ele aceita a proposta em troca de sua liber-dade e com a promessa de que Shultz ajudará a encontrar sua esposa, Broomhilda. Estreia.

CiNÉPOLiS 18:00-21:30gNC 14:50 | 18:10-21:20 16 2:45

ENTRE O AMOR E A PAIXÃO Sabe aquela melancolia que surge do nada e desapa-

rece tão rapidamente quanto? Não? Bom, a protago-nista Margot sabe bem do que se trata. Sensível e um tanto melancólica, ela conhece Daniel durante uma apresentação de teatro. Compartilhando o mesmo voo de volta para casa, surge um interesse mútuo, que se intensifica quando Margot descobre que o rapaz é seu vizinho. O impasse é: deixar-se levar pelo curio-sidade sobre o excêntrico Daniel ou respeitar o rela-cionamento de 5 anos com o namorado Lou? Estreia.

ORDOVÁS SEX. (25) 19:30. SÁB. (26) E DOM. (27) 20:00. QUi (31) 19:30. 14 1:56

A VIAGEMNão, não é um remake da novela espíri-

ta exibida em 1975 e em 1994 pela Globo (bem que poderia, né?). Esta viagem se trata de uma parceria entre Tom Tykwer (Corra, Lola, Corra) e os irmãos Lana e Andy Wachowski (Matrix). Mas também traz o tema causa e efeito: o quanto nos-sas ações podem influenciar em aconteci-mentos futuros? Este é o fio condutor que liga as 6 histórias entre os anos de 1850 e 2144, condensadas em quase 3 horas de filme. Com Tom Hanks. Susan Sarandon. De Tom Tykwer, Lana Wachowski e Andy Wachowski. 3ª semana.

CiNÉPOLiS 14:00-20:30gNC 21:00 16 2:52

AS AVENTURAS DE PIPi, o menino que sobreviveu a um

naufrágio e à convivência com um tigre de bengala em alto mar, narra sua histó-ria para um escritor. Com 11 indicações ao Oscar, é uma das apostas na categoria Efeitos Visuais (não poderia ser diferente). Com Suraj Sharma. Irrfan Khan. De Ang Lee. 6ª semana.

gNC 13:40 4 ★ 10 2:10

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2325.JAN.2013

Daniel DAy-LEWiS. Sally FiELD. De Steven SPiELBERg.

O RESGATEWill Montgomery (Nicolas Cage) é um criminoso recém-saído

da prisão. E já arrumou encrenca. Seu ex-parceiro de crime tran-cou sua filha no porta-malas de um carro e exige 20 milhões de dólares para devolvê-la. A solução de Will? Roubar um banco para conseguir o dinheiro. Na tela, todas opções (uma só) de expressão facial de Nicolas Cage. Estreia.

CiNÉPOLiS 16:10-18:30-20:50gNC 13:20-15:20-19:30-21:40 14 1:36

LINCOLNCom 12 indicações ao Oscar, a trama acompanha os últi-

mos meses de mandato do presidente americano Abraham Lincoln, entre 1861 a 1865. Tentando levar adiante a iniciati-va de abolir a escravidão nos Estados Unidos, Lincoln busca apoio, enquanto o país está em guerra. O roteiro é baseado na biografia Team of Rivals, escrita pela historiadora Doris Kearns Goodwuin e vencedora do Pulitzer. Estreia.

CiNÉPOLiS 11:50 (SOMENTE SÁB. (26) E DOM. (27)) | 15:00-18:20-21:40 gNC 15:00-18:20-21:30 10 2:33

SAMMY: A GRANDE FUGAEm 2011, o público acompanhou, nos cinemas, o nascimento e

desenvolvimento da tartaruguinha Sammy. Agora, o personagem, que já é avô, acaba sendo capturado por uma rede e levado para um aquário em Dubai, junto com seu amigo Ray. Seus netos, os peque-nos Ricky e Ella, tentarão trazê-los de volta. Tipo um Procurando Nemo, só que com tartarugas e bem menos engraçado. De Ben Stas-sen. 2ª semana

CiNÉPOLiS 3D 13:30-15:50gNC 3D 13:00 L 1:33

DE PERNAS PRO AR 2A comédia brasileira estrelada por Ingrid Guimarães, Maria Paula

e “grande elenco”, conforme promete o trailer, já arrecadou R$ 3,9 bilhões, apesar da trama repetida e das piadas fracas. E promete alavancar as vendas de produtos de sex shop. Com Bruno Garcia. Eriberto Leão. De Roberto Santucci. 5ª semana

CiNÉPOLiS 14:30-17:10-19:30-22:00gNC 14:00-16:00-18:00-20:00-22:00 12 1:35

JOÃO E MARIA – CAÇADORES DE BRUXASOs irmãos, que eram mantidos em uma casa de doces e alimen-

tados por uma bruxa megera para engordarem e virarem jantar, fugiram, cresceram, aprenderam a lutar e adquiriram armas. Longe de serem mocinhos tradicionais dos contos de fadas, os protagonis-tas do conto dos irmãos Grimm, vingam toda sua fúria matando bruxas mundo afora. E continuam esbeltos. Com Jeremy Renner. Gemma Arterton. De Tommy Wircola. Estreia

CiNÉPOLiS 3D 13:20-17:40 | 3D 15:30-19:50-22:10gNC 3D 15:50 | 3D 17:50-19:50-21:50 14 1:23

O ÚLTIMO DESAFIOUm chefão do narcotráfico escapou recentemente da prisão e

pretende cruzar a fronteira dos Estados Unidos com o México em um carro a 300 km/h. Cabe ao xerife durão Ray Owens impedir que isso aconteça. É quando o personagem – interpretado por Ar-nold Schwarzenegger, aos 65 anos mas em forma – recruta todo pessoal e armas disponíveis para mostrar quem é que manda. Com Eduardo Noriega. Rodrigo Santoro. De Kim Jee-Woon. 2ª semana

CiNÉPOLiS 17:30gNC 18:45 14 1:47

JACK REACHER – O ÚLTIMO TIROSangue no olho é o que define o personagem-título, vivido por

Tom Cruise no longa. Jack Reacher é um policial militar aposen-tado, invocado por um atirador de elite que foi preso ao matar 5 pessoas. Por esse motivo, ele começa a investigar o caso, na tenta-tiva de descobrir que relação poderia ter com o acontecimento, o que desencadeia perseguições em alta velocidade, muitas brigas e alguns tiros. Com Rosamund Pike. Joseph Sikora. De Christopher McQuarrie. 3ª semana.

gNC 16:10 14 2:10

DETONA RALPHO vilão que quer ser bonzinho entra em sua 5ª semana em cartaz

e tem agradado público e crítica. Mérito não só do cenário da ani-mação, que passeia pelos diversos universos de videogames, mas também da boa construção dos personagens Ralph, o vilão desen-gonçado e carismático, e da pequena Vanellope Von Schweetz, a amiga que ele encontra durante a aventura.

CiNÉPÓLiS 3D 13:40gNC 17:20 | 3D 13:30 L 1:41

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24

Zão e Zoraida (teatro)SEX. (25). 17:00. Gratuito. Praça Pinheiro Machado. TorresBanda Di Da DóSEX. (25). 19:00. Gratuito. Praça Pinheiro Machado. TorresLéo FozzySEX. (25). 21:15. Gratuito. Praça do Centrinho. TramandaíFilhos de GayaSEX. (25). 22:15. Gratuito. Praça do Centrinho. TramandaíPaulinho OliveiraSEX. (25). 22:30. Gratuito. Praça do Centrinho. TramandaíErnesto Nunes e Zé da Oito Baixos e BandaSEX. (25). 22:00. R$ 10. Cabanas Bom Jesus. Arroio do SalBanda Indústria NacionalSEX. (25). 22:00. Gratuito. Hotel Rondinha. Arroio do SalErnesto Nunes e Zé da Oito Baixos e BandaSEX. (25). 22:00. R$ 10. Cabanas Bom Jesus. Arroio do SalBanda Indústria NacionalSEX. (25). 22:00. Gratuito. Hotel Rondinha. Arroio do SalCampeonato Regional de Jiu JitsuSÁB. (26). 9:00. Sociedade Amigos de Arroio do Sal (SAAS). Arroio do SalI Circuito Gaúcho de SlacklineSÁB. (26). 15:00. Gratuito. Praia Grande. A Megera Domada (teatro)SÁB. (26). 19:00. R$ 10. TorresGrupo Chão de AreiaSÁB. (26). 21:15. Gratuito. Praça do Centrinho. TramandaíGrupo SensaSÁB. (26). 22:15. Gratuito. Praça do Centrinho. TramandaíCopa Verão de MotocrossSÁB. (26) e DOM. (27). A partir das 9:30. Valores não divulgados. Quatro Lagos. Arroio do SalCircuito Municipal de PescaDOM. (27). 8:00. SAAS. Arroio do SalTorneio de Vôlei de Praia SESC DOM. (27). 11:00. Gratuito. Quiosque do Zequinha. Areias BrancasMadame Satã (filme)SEG. (28). 21:00. R$ 5. Centro Municipal de Cultura. Torres

+ EVENTOS

LITORAL

Muita pegada (só que não)

Atrações no meio da semana

Negalora em Tramandaí

Laluna e Vinicius já contam com 3 anos de estrada e deixaram pra trás o status de cantores de uma música só. Os guris de Sapiranga emplacaram sucesso no verão passado que certamente continuará no carro de muito pegador no litoral. A canção apenas diz que “só de me olhar eu já sei sei sei a pegada que você quer”. Outro sucesso da dupla chama todo mundo pra beber, pular, beijar e dançar (não necessariamente nessa ordem).

SÁB. (26). 22:00. Praça da Emancipação. gratuito. Arroio do Sal.

Arroio do Sal é a praia do litoral norte mais bem organizada na programação cultural. Se não bastasse uma agenda completa de atrações nos finais de semana até fevereiro, a prefeitura anunciou nesta semana a criação do Quartas In Con-cert, um festival com gêneros musicais clássicos e com MPB, rock e blues. As pró-ximas atrações serão a Orquestra Sinfônica de Tramandaí e banda de rock local Autopia, formada por Johnny Gross (voz e guitarra), Rodrigo Ginn (bateria) e Luan Gonçalves (baixo e guitarra).

QUA. (30). 21:00. gratuito. Calçadão Central. Arroio do Sal

Cláudia Leitte começou 2013 cantando para mais de 2,3 milhões de pessoas em pleno Réveillon de Copacabana, no Rio de Janeiro. O furacão carioca (não pense que ela é baiana) desta vez chega ao litoral do Rio Grande do Sul para apresentar seu novo disco: Negalora Íntimo. Seu novo sucesso chama-se Lar-gadinho, com uma coreografia alto astral que fará muito praieiro descer até o chão, subir e balançar.

SÁB. (26). Abertura dos portões às 20:00. ingressos entre R$ 30 e R$ 140. Estádio Municipal de Tramandaí.

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2525.JAN.2013

SEXTA-FEIRA (25)

Alexandre França & Banda 22:30. R$ 20 e R$ 15. MississippiEvânio e Gaita 21:00. R$ 8 e R$ 6. PaiolEddie 22:30. R$ 20. Portal BowlingOrelhão Indie Party Style – DJs Paulinho S. + Pati Heuser + Saulo Campagnolo 23:00. R$ 15 a R$ 20. LevelGrupo Tira Onda + DJ marcelo Heck 23:30. R$ 20 e R$ 10. Boteco 13DJ Guga Gazzola 23:30. R$ 5. Cachaçaria SarauFesta Full House – DJs 23:30. R$ 20 e R$ 10. Olimpo

SÁBADO (26)

Alquimia Voodoo 22:30. R$ 20 e R$ 15. MississippiCanto Charrua 22:00. R$ 8 e R$ 6. PaiolDinamite Joe + DJ Eddy 22:30. R$ 20. Portal BowlingFesta Meninas Más Edição Es-pecial Divas Surtadas 23:00. R$ 15 a R$ 20. LevelJoão Villaverde e Filhos de Yê + DJ Marcelo Heck 23:30. R$ 20 e R$ 10. Boteco 13Festa Local House – Vários DJs 23:00. R$ 15 a R$ 40. HavanaBanda H5N1 00:30. R$ 15 e R$ 12. VagãoFesta Oh My God! – Vários DJs 23:30. R$ 13 a R$ 25. Nox VersusMoby Dick + DJ Alemão 23:00. R$ 15 e R$ 20. Buku’s AnexoThiago e Danny + DJ Cris-tiano Lemes 23:30. R$ 40 e R$ 20. OlimpoFesta Play 4 Life – DJs 22:45. R$ 50 e R$ 25. Pepsi

+ SHOWS

MUSICACerveja e sertanejo

Rock para dançar

A festa Budweiser Summer Ni-ght tem como atração principal o paranaense Alexandre Cazarin, fruto da nova safra do sertanejo universitário. O cantor e composi-tor participou do programa Fama em 2005 e vem se destacando no cenário sertanejo do Paraná e San-ta Catarina. Não Sou Seu Brinque-do, hit do músico, deve constar no repertório. Também participam da festa os Djs Luciano Lancini e Lilo Lorandi. A noite terá ainda sorteio de Ice Buckets originais da Budweiser (ou, no bom portu-guês, aqueles baldes para gelar be-bida). Detalhe: eles já vêm cheios.

SEX. (25). 23:30. R$ 25 a R$ 45. Bulls

O power trio João Perez (guitarra), Daniel Antoniazzi (baixo) e André Qua-dros (bateria) é conhecido (e querido) dos caxienses. Depois do lançamento do álbum Dual, em 2009, e do sucesso do videoclipe Homo Volans, em 2010, a Zava ganhou força no Estado. O grupo está preparando um terceiro álbum, repleto de referências roqueiras. Enquanto isso, o jeito é aproveitar a banda ao vivo – que, nesta noite, divide o palco com o rock dançante da Frida.

SEX. (25). 00:30. R$ 15 e R$ 12. Vagão

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DOMINGO (27)

Sertanejo.com 22:30. R$ 20. Portal Bowling

SEGUNDA-FEIRA (28)

Rafa Gubert & Tita Sachet 21:30. R$ 12 e R$ 8. Mississippi

TERÇA-FEIRA (29)

Acústico David Wallauer 21:30. Gratuito. Boteco 13Black Sheep Blues Trio 22:00. R$ 20 e R$ 15. Mississippi

QUARTA-FEIRA (30)

Victor Hugo e Samuel + DJ Marcelo Heck 23:00. R$ 10 e R$ 5. Boteco 13Banda C3PO 22:00. R$ 5. Cachaçaria Sarau

QUINTA-FEIRA (31)

Blackbirds 22:00. R$ 18 e R$ 12. MississippiJhonatan e Carlos 21:00. Gratuito. PaiolDinamite Joe + DJ Marcelo Heck 23:30. R$ 10 e R$ 5. Boteco 13Ana Jardim e Pietro Ferretti 23:00. R$ 5. Cachaçaria SarauDJs Frederico Barco + Flavinha Leite 19:00. R$ 20 e R$ 15. Havana

+ SHOWS

Nei Lisboa de volta

Noite de seresta

Quem perdeu a apresentação de Nei Lisboa na última edição do Mississippi Delta Blues Festival, em novembro passado, tem a oportunidade de reparar a falha agora. O músico volta a sua terra natal para apresentar uma retrospectiva da carreira, com músicas dos 8 discos autorais (quase 35 anos de carreira que influenciaram a música gaúcha), entre elas Pra Viajar no Cosmos Não Precisa Gasolina, Telhados de Paris, Faxineira e Cena Beatnik. Pelo menos uma delas você sabe cantar.

SEX. (25). 21:00. R$ 20 a R$ 30. Teatro Municipal

Samba de raiz é a especialidade da Seresteiros do Luar. Além da simpatia, é claro. Unindo, com maestria, estas duas características, o tradicional grupo ca-xiense formado por Sérgio Perdigão (voz e pandeiro), Cleber Medeiros (cava-quinho e bandolim), Milton (pandeiro), Dejair (surdo) e Luiz Carlos (violão) resgata sucessos da Velha Guarda, sambas-enredos e clássicos do samba e da gafiera.

SÁB. (26). 23:30. R$ 5. Cachaçaria Sarau

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2725.JAN.2013

PALCO

MULITASOlmiro Derli Lemes Saraiva

já gravou 6 CDs e dois DVDs com o seu personagem, o Mu-lita. Nesta edição do show, além do contador de piadas, Olmiro dá vida a Mano Limão, Renato Viadeti, entre outros persona-gens.

SEg. (28). e TER. (29). 21:00.R$ 40, R$ 30 (antecipados)

e R$ 20 (meia-entrada). Teatro Municipal

14 1:30

Analista com selo de qualidade

Carnaval no parque

Alô, é o Willmutt

A história do psicanalista “freudiano barbaridade” de Luis Fernando Verissimo estreia em Caxias. Sim, estreia. Este não tem a sexóloga de lingerie e atende pacientes, como no texto original. O Analista de Bagé, do Teatro Velho do Saco, de Porto Alegre, é interpre-tado por Tchakaruga de Paranaguá. No papel dos 8 pacientes, se revezam Leandro Coimbra e Totonho Lisboa. João Bonstup faz a trilha ao violão. O gaudério trata crise existencial, incontinência urinária, mega-lomania e homossexualismo. Mas tudo com a bênção dos direitos autorais de Verissimo.

SÁB. (26) e DOM. (27). 21:00. R$ 40, R$ 30 (antecipados) e R$ 20 (meia-entrada). Teatro Municipal 14 1:30

É Carnaval. Guida, que vive um casamento feliz, se compadece da irmã, Lígia, vítima de um casamento infeliz e que pensa em morrer. Lígia não conhece o amor carnal. Guida tem a solução: emprestar o marido para a irmã por uma noite. Isso é Nelson Ro-drigues, claro. Inspirada em A Serpente, a última peça de Nelson, A Serpentina ou Meu Amigo Nelson, adaptação do grupo Pindaibanos, de Porto Alegre, leva a comicidade e o deboche de Nelson à rua, ao som de marchinhas de Carnaval executadas ao vivo pelos atores da peça. O espetáculo venceu o prêmio máximo do Mais Revelação 2012, da Coordenação de Artes Cênicas de Porto Alegre, além do prêmio do Júri Popular, Melhor Direção a Evelise Mendes e Melhor Ator a Marcelo Pinheiro. Além destes, o elenco tem Alexandre Borin, Fabiana Santos, Gyan Celah, Létz Pinheiro e a caxiense Tefa Polidoro. Torça para não chover.

DOM. (27). 17:00. gratuito. Parque dos Macaquinhos L 0:50

Cleiton Geovani Kurtz, natural de Marechal Cândido Rondon (PR), trabalhou como servente de pedreiro, carteiro, atendente de farmácia e vendedor de loja até passar um trote em 2013. A pegadinha com a atendente de uma operadora telefônica rendeu boas risadas entre os amigos e ficou guardada por 2 anos. Em 2005, foi parar no YouTube onde atingiu mais de 3 milhões de visitas. Willmutt, o personagem de sotaque alemão que passa trotes em empresas, virou humorista. E conseguiu no palco 10% do número que conquistou na internet.

QUA. (30) e QUi. (31). 21:00. R$ 40, R$ 30 (antecipados) e R$ 20 (meia-entrada). Teatro Municipal 14 1:30

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ARTE

O 5º Festival César Passarinho, que ocorre durante o 25° Rodeio Crioulo Nacional, recebe a exposição 40 anos dos Festivais de Música Nativista. A mostra itinerante da Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, da Secretaria da Cultura do Estado, conta a história dos grandes encontros musicais, da realidade política de cada evento, da evolução e da identidade da música no Rio Grande do Sul.

40 anos dos Festivais de Música NativistaSEX. (25). 9:00-23:00. Centro de Eventos dos Pavihões

Festival de histórias

Atelier Revisitado Márcia Casal. SEG.-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

Capelinhas: Memória e Fé Coletiva. TER.-SÁB. 9:00-17:00. Museu Municipal

Férias em Família PUC Deise Pieretti. SEG.-SEG. 9:00-22:00. Estação San Pelegrino

Turminha da Soama Coletiva. SEG.-DOM. 13:00-22:30. Estação San Pelegrino.

Edital de Citação - Cível6ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: 20 (vinte} dias. Natureza: Cobrança Processo: 010/1.11.0011977-9 (CNJ:.0041069-40.2011.0.21.00/0}. Autor: Super Pneus Importação e Comér-cio Ltda. Réu: Maria Luiza Deon Bandeira e outros. Objeto: CITAÇÃO de Ma-ria Luiza Deon Bandeira e Airto Jose Bandeira, atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no PRAZO de QUINZE (15) dias, a contar do término do presente edital (art. 232, IV, CPC), contestar, querendo, e, não o fazendo, serão tidos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor na inicial.

Caxias do Sul, 12 de dezembro de 2012. SERVIDOR, Maria Gorete Grisa. JUIZ: Silvia Muradas Fiori.

Edital da Citação - Cível 4ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: 20 (VINTE) dias. Natureza: Revisão de Contrato Processo: 010/1.08.0011152-7 (CNJ:.0111521-80.2008.8.21.0010). Autor: Renato Iplinski. Réu: Felipe Pedrosa. Objeto: CITAÇÃO de Felipe Pedrosa, atu-almente em lugar incerto e não sabido, para, no PRAZO de QUINZE (15) dias, a contar do término do presente edital (art. 232, IV, CPC), contestar, querendo, e, não o fazendo, serão tidos como verdadeiros os fatos articu-lados pelo autor na inicial.

Caxias do Sul, 01 de novembro de 2012.SERVIDOR: Osmar Cezar da Silva. JUIZ: Sergio Augustin.

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LEgENdADuração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Ação. Animação. Artes.Circenses. AventuraBonecos. Comédia. Documentário. Drama Fantasia. Ficção.Científica. Faroeste Infantil. Musical. Policial. Romance. Suspense. Terror.

MúsicaBlues. Coral. Eletrônica. Erudita. Folclórica. Funk. Hip.hop Indie. Jazz. Metal. MPB. Pagode. Pop. Reggae. Rock. Samba. Sertanejo. Tango. Tradicionalista

DançaClássico. Contemporânea. Flamenco. Folclore. Forró. Jazz. Dança.do.Ventre Hip.hop Salão.

ArtesAcervo. Desenho. Diversas Escultura. Fotografia. Grafite. Gravura. Instalação Pintura.

ENdERE OSCINEMAS:CINÉPOLIS. AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CARTEIRINHA. | GNC. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. SEG. QUA. QUI.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. SEX. SAB. DOM. FER. R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). SALA 3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ORDOVÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

MÚSICA:BIER HAUS. TRONCA, 3.068. RIO BRANCO. 3221-6769 | BOTECO 13. DR. AU-GUSTO PESTANA, S/N°, LARGO DA ESTAÇÃO FÉRREA, SÃO PELEGRINO. 3221-4513 | BUkUS ANEXO. RUA OSMAR MELETTI, 275. CINQUENTENáRIO. 3215-3987 | BULLS. DR. AUGUSTO PESTANA, 55. ESTAÇÃO FÉRREA. 3419.5201 | CACHAÇARIA SARAU. CORONEL FLORES, 749. ESTAÇÃO FÉRREA. 3419-4348 | COND. ANGELO MURATORE, 54. DELLAZZER. 3229-5377 | HAVANA. DR. AUGUSTO PESTANA, 145. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEVEL CULT. CORONEL FLORES, 789. 3223-0004 | MISSISSIPPI. CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | NOX VERSUS. DARCy ZAPAROLI, 111. VILAGGIO IGUATEMI. 8401-5673 | OLIMPO MUSIC. PERIMETRAL BRUNO SEGALLA, 11655, SÃO LEOPOLDO. 3213-4601 | PAIOL. FLORA MAGNA-BOSCO, 306. 3213-1774 | PEPSI CLUB. RUA GUERINO SANVITTO, 1412. VILLAG-GIO IGUATEMI.3019-0809 | PORTAL BOWLING. RS 453, kM 2, 4140. SHOPPING MARTCENTER. 3220-5758 | VAGÃO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616

TEATROS:TEATRO MUNICIPAL. DOUTOR MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 | CASA DE TEATRO: RUA OLAVO BILAC, 300. SÃO PELEGRINO. 3221-3130

GALERIAS:CAMPUS 8. ROD. RS 122, kM 69 S/Nº. 3289-9000 | ESTAÇÃO SAN PELEGRI-NO. AV. RIO BRANCO, 425. SÃO PELEGRINO. 3022-6700 | GALERIA MUNICI-PAL. DR. MONTAURy, 1333, CENTRO, 3215-4301 | MUSEU MUNICIPAL. VIS-CONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | ORDOVÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZ ZOLO. 3901-1316 | SESC. MOREIRA CÉSAR, 2462. PIO x. 3221-5233 |

CAMARIMMarcelo araMis

* A colunista Carol De Barba (1ª Fila) está em férias.

Tintas no zoo

Fora da agenda

O cenário serve de inspiração, mas não necessariamente. Mas não é a paisagem o que tem de mais inspirador no projeto Atelier Livre, da Curadoria Mona Carva-lho. A proposta de arte em local aberto promove o diálogo entre os artistas: as obras em formação ficam expostas e eles pintam, desenham, esculpem, fotogra-fam, param para conversar com os curio-sos, tomam chimarrão. Nesta edição, que ocorre no sábado (26), das 15:00 às 18:00, no Zoológico da UCS, os convidados es-peciais são Artur Volpato, Daniela Antu-nes,  Lindonês Silveira, Natalia Bianchi, Matias Lucena e Rafael Dambrós. Passe lá para interromper as criações e bater um papo. Ou para fazer a sua arte ao lado deles.

A Galeria Municipal do Ordovás está vazia e sem previsão de ter uma nova ex-posição, pelo menos em fevereiro. Não é um desperdício do melhor espaço de exposições em Caxias? Reconduzida ao cargo de diretora da Unidade de Artes Vi-suais, Carine Turelly tem respostas. Nesse período é difícil compor a agenda, os ar-tistas preferem expor quando o ano come-ça de fato. E o Acervo Municipal de Artes Plásticas (Amarp) – tem coisas ótimas lá, você nunca viu? – não poderia sair da ge-ladeira no verão? Poderia, mas o Amarp não foi feito para tapar buraco de agenda e, segundo Carine, suas saídas à galeria têm maior apelo educacional do que qualquer exposição. Daí a opção por mostrá-lo tam-bém quando o ano começa. Além disso, por mais tranquila que tenha sido a tran-sição Sartori/Alceu – na Cultura se manti-veram quase todos os cargos – o período de leves incertezas travou o planejamento. Agora que cada um voltou à sua mesa, da qual nem tirou seus objetos pessoais, pode-se voltar a fazer planos. Enquanto a galeria passa por pequenas manutenções, Carine providencia uma nova exposição. Então, que tal aproveitar a calmaria e pen-sar em ampliar o horário de atendimento da galeria, que hoje não funciona nos ho-rários do cinema e shows no Zarabatana, com grande circulação de público? Carine pensa nisso todos os dias, mas, por falta de pessoal (só um guarda municipal não é su-ficiente), ainda não colocou no papel. Por enquanto, fica só a utopia de transformar a visita à galeria em um programa cultural independente, não uma atividade de inter-valos. E a galeria fica muito tempo vazia até quando está aberta.

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CARROS E MOTOS

Uma das principais bandeiras do go-verno federal é estimular o crescimento econômico focando em corte de impos-tos e tributos. Além da chamada linha branca (geladeiras, fogões, lavadoras e micro-ondas), a partir desde mês, os carros contam com redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Porém, o reajuste ocorre gradualmente e as alíquotas do imposto sobem no decorrer do ano. Para automóveis de até 1.000 cilindradas, a alíquota normal de IPI era de 7%. De janeiro a março deste ano, passa a ser de 2%. Já de abril a junho de 2013, aumenta para 3,5%. A partir de julho de 2013, a alíquota deve voltar ao normal, ou seja, 7%.

Com imposto reduzido desde o ano passado, as vendas de veículos bateram recorde. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veícu-los Automotores (Fenabrave), foram comercializadas 3.807.859 veículos em todo o país em 2012, um aumento de 4,65% em relação a 2011. Excluindo-se o comércio de caminhões e ônibus, as vendas de veículos (carros e comerciais leves) cresceram 6,11% em 2012 em comparação ao ano anterior.

Aquele buraco no asfalto ou o trecho sem pavimentação adequada na Rota do Sol ainda está difícil de ser arrumado. Isso porque o edital que contratará uma empresa para obras na rodovia e em outras 3 estradas na Ser-ra Gaúcha, ainda não foi publicado. Segundo a Central de Licitações do Estado do RS (Celic), faltariam especi-ficações técnicas, como espessura do asfalto e o tipo de material utilizado na recuperação das rodovias. Ante-

riormente, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou irregularidades no edital, na exigência de qualificação técnica quantitativa de engenheiros para as obras. O Crema/Serra prevê investimento de mais de R$ 140 mi-lhões para recuperar 196 quilômetros da RS-324, entre Nova Araçá e Nova Prata, a RS-470 entre Nova Prata e Bento Gonçalves, a RS-122 entre Ipê e a localidade de Samuel, e a Rota do Sol entre Caxias e Lajeado Grande.

Carros mais baratos até março

Recorde de vendas Atraso na Rota do Sol

Divulgação/O Caxiense

AUTOMóVEIS

Até 1.000 cc

De 1.000 cc a 2.000 cc (flex)

De 1.000 cc a 2.000 cc (gasolina)

Utilitários

Caminhões

ALíQUOTA NORMAL

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ALíQUOTA ATUAL (janeiro a março)

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ABRIL A JUNHO

3,5

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3

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3125.JAN.2013

Você deve ter reparado que o número de veículos nas ruas de Caxias do Sul aumen-tou. E os números comprovam. Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RS), a frota caxiense apontou crescimento de 14.998 veículos em 2012, comparando com números de 2011. Atual-mente, são 263.964 veículos em circulação na cidade, uma média de 1,6 habitante por veículo. Segundo o secretário municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidades (SMT-TM), Zulmir Baroni Filho, ainda é cedo para pensar em rodízio de carros na cidade. Veja outros dados em: goo.gl/ZWSAS.

Após 14 anos de concessão, os gaúchos estão próximos de ver o fim das praças de pedágio. Na terça (22), o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social (CDES/RS) divulgou o cronograma de encerramento do contrato de concessão nos 7 polos de pedágio: Carazinho, Metropolitano, Lajeado, Farrou-pilha, Gramado, Santa Cruz do Sul e Vacaria. Em Farroupilha, o fim está marcado para o dia 16 de abril. Na última semana,

O CAXIENSE lançou em seu site a contagem regressiva para a extinção da praça. O contador permanecerá na barra lateral do site da revista até que a cobrança do pedágio seja encerrada. O CDES/RS também marcou uma audiência pública na cidade para 5 de abril (exatos 11 dias antes do término) para debater o novo modelo de concessão de pedá-gios, que deve passar a entrar em vigor ainda neste ano. Veja mais em: goo.gl/w9oFA

1,6 habitante por veículo

Fim do pedágio Caxias-Farroupilha

GARAGEM

Essa é para os garotos. O carro do modelo é um Audi TT, feito de feltro. Pode ser também uma su-gestão de presente.

Bem pra carro de me-nininha (limpinha!). Sapo lúdico lembra acessório de criança.

O detalhe na cabeça da cavei-ra mostra a ten-dência a lixeira ser adotada por uma mulher.

É o que menos precisa de trocas, pelo tamanho. Tem 25 cm de altura.

VRUMM

FROg TERROR

gRANDãO

Elo 7 | R$ 6

Elo 7 | R$ 20

Elo 7 | R$ 17

Elo 7 | R$ 18

Foto

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O símbolo da sorte e do amor para os asiáticos é uma lixeirinha bem feminina.

MEigO

Elo 7 | R$ 20

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