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Edição 18 - Revista de Agronegócios - Janeiro/2008

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Edição 18 - Revista de Agronegócios - Janeiro/2008

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Tecnologia, política e certificação de produtosTecnologia, política e certificação de produtosTecnologia, política e certificação de produtosTecnologia, política e certificação de produtosTecnologia, política e certificação de produtos

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GIR LEITEIRO - FRANCA/SP

Certificação e Rastreabilidade.Nomes complicados e muitas vezescriticados pelos agricultores porconsiderarem estas exigências comosendo apenas mais um custo naprodução agrícola. Mas o que seobserva é que, a cada ano que sepassa, a certificação dos alimentos éexigida cada vez pelos mercadoscompradores. Antes, apenas no ex-terior. Mas hoje até mesmo nomercado interno, como é o caso dosalimentos orgânicos, após a aprovaçãodo decreto de regulamentação.

O agricultor e empresário que tiverinteresse em abrir ou ampliar seusmercados precisa compreender osbenefícios da certificação.

Apresentamos a partir desta ediçãoalgumas matérias e artigos referentes aeste tema, abrangendo produtos animaise vegetais, como orienta o Prof. SilvioMello, da FAFRAM, de Ituverava (SP).

Outro assunto que passaremos aincluir em todas as edições da revista

será o da silvicultura, abordando notíciase artigos sobre reflorestamento e oplantio de árvores.

Na cafeicultura, destaque para o dia-de-campo de produção de mudas de caféem tubetes plásticos, realizado no ViveiroMonte Alegre, em Ribeirão Corrente(SP). A tecnologia está sendo estudadacom responsabilidade pela empresa,buscando atender as exigências legais daproibição do uso do brometo de metila,mas também respaldando os produtoresquanto às orientações corretas para o

plantio das mudas.Na questão de mercado, a notícia

que mereceu destaque foi a previsãode safra da ABIC - AssociaçãoBrasileira da Indústria de Café entre46 e 48 milhões de sacas; bem supe-rior às estimativas oficiais divulgadaspelo IBGE (33 milhões de sacas).

Na fruticultura, a Dra. LauraMaria Meleti, do IAC - InstitutoAgronômico de Campinas, orientasobre a necessidade de polinização

manual do maracujazeiro.Mas foi no campo da política que os

agricultores - principalmente oscafeicultores - e os próprios traba-lhadores rurais tiveram o maior ganho.Em dezembro passado foi publicada aMedida Provisória 410, que cria oContrato de Trabalhador Rural por Pe-queno Prazo, possibilitando a prestaçãode serviços sem burocracia, garantindoos direitos trabalhistas e previdenciáriose reduzindo a informalidade no campo.

Boa leitura a todos....

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Cartas ou e-mails para a revista, comcríticas, sugestões e agradecimentosdevem ser enviados com: endereço,município, número de RG e telefone,para Editora Attalea Revista de Agro-negócios:- Rua Profª Amália Pimentel,2394, São José. CEP 14.403-440, Franca(SP) ou através do [email protected]@netsite.com.brrevistadeagronegocios@netsite.com.brrevistadeagronegocios@[email protected]

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Mudas de Café,variedade CatuaíVermelho, no Dia deCampo no ViveiroMonte Alegre,Ribeirão Corrente (SP).

6 - PECUÁRIA DE CORTE =6 - PECUÁRIA DE CORTE =6 - PECUÁRIA DE CORTE =6 - PECUÁRIA DE CORTE =6 - PECUÁRIA DE CORTE = Altura de pastagem: uma importante ferramenta de manejo.9 - LEITE =9 - LEITE =9 - LEITE =9 - LEITE =9 - LEITE = Começa uma nova etapa do Projeto CATI Leite.12 - CAFÉ =12 - CAFÉ =12 - CAFÉ =12 - CAFÉ =12 - CAFÉ = Sri-Lanka adotará tecnologia de Altinópolis (SP)14 - CAFÉ =14 - CAFÉ =14 - CAFÉ =14 - CAFÉ =14 - CAFÉ = Dia de Campo no Viveiro Monte Alegre.17 - FIQUE DE OLHO =17 - FIQUE DE OLHO =17 - FIQUE DE OLHO =17 - FIQUE DE OLHO =17 - FIQUE DE OLHO = Esforço da CNA reduz a burocracia na contratação de empregados rurais.18 - OVINOS =18 - OVINOS =18 - OVINOS =18 - OVINOS =18 - OVINOS = Aumentar o rebanho rumo à auto-suficiência.19 - DESTAQUE =19 - DESTAQUE =19 - DESTAQUE =19 - DESTAQUE =19 - DESTAQUE = Campagro solifica atuação em Minas Gerais e São Paulo.20 - DESTAQUE =20 - DESTAQUE =20 - DESTAQUE =20 - DESTAQUE =20 - DESTAQUE = Fábio Meirelles é reeleito por unanimidade na FAESP.21 - FRUTICULTURA =21 - FRUTICULTURA =21 - FRUTICULTURA =21 - FRUTICULTURA =21 - FRUTICULTURA = Certificação em Produção Integrada de Mamão.23 - FRUTICULTURA =23 - FRUTICULTURA =23 - FRUTICULTURA =23 - FRUTICULTURA =23 - FRUTICULTURA = Polinização do Maracujazeiro.26 - SILVICULTURA =26 - SILVICULTURA =26 - SILVICULTURA =26 - SILVICULTURA =26 - SILVICULTURA = Besouro-quatro-pintas ataca Eucalipto.27 - ARTIGO DO MÊS =27 - ARTIGO DO MÊS =27 - ARTIGO DO MÊS =27 - ARTIGO DO MÊS =27 - ARTIGO DO MÊS = Os Índices de Produtividade estão em Xeque.

O pesquisador Júlio Roberto Fagliari publica artigo referente à aplicação deaminoácidos nas lavouras, técnica que torna as plantas mais resistentes à seca.

Aminoácidos na agricultura: vigor e produtividadeAminoácidos na agricultura: vigor e produtividadeAminoácidos na agricultura: vigor e produtividadeAminoácidos na agricultura: vigor e produtividadeAminoácidos na agricultura: vigor e produtividade

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- Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (4) -- Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (4) -- Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (4) -- Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (4) -- Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (4) -Utilizando gordura na alimentação de vacas de alta produçãoUtilizando gordura na alimentação de vacas de alta produçãoUtilizando gordura na alimentação de vacas de alta produçãoUtilizando gordura na alimentação de vacas de alta produçãoUtilizando gordura na alimentação de vacas de alta produção

Josiane Hernandes Ortolan Josiane Hernandes Ortolan Josiane Hernandes Ortolan Josiane Hernandes Ortolan Josiane Hernandes Ortolan 11111

Dietas elaboradas para vacas com altaprodução de leite, quando o nível deconcentrado já está no limite máximo,hoje graças ao avanço das pesquisas emnutrição animal, os produtores podemlançar mão do uso de alimentos especiais.

A aplicação de gordura saturada (sebobovino) pulverizada sobre o concen-trado, em quantidades controladas (até 2% da MS da dieta), possibilita aumentar adensidade energética da dieta, semresultar em disfunção no rúmen.

Uma alternativa é o uso de caroço dealgodão ou de grão tostado de soja (ambosaté um máximo de 12 % da MS totalingerida) que são alimentos energéticosonde o óleo vegetal é liberado lentamenteno rúmen, sem causar queda no teor degordura do leite.

Altas produções de leite (> 60 litros/dia) requerem o emprego suplementar degordura “by-pass”gordura “by-pass”gordura “by-pass”gordura “by-pass”gordura “by-pass”, os chamados sabõesde cálcio (tipo Megalac), fazendo o teor

de gordura da dieta chegar até cerca de 8% da MS. O uso desses produtos deve sercriterioso e a dieta balanceada por umnutricionista, visando suprir um eventualdéficit energético agudo no pós-parto.

Outra opção seria os resíduos daagroindústria, como farelo de glúten demilho, casquinha de soja e polpa cítrica,que também são alimentos especiais queajudam a manter um teor de gorduranormal no leite.

Esses ingredientes fermentam rapi-damente no rúmen, liberando energiapara a síntese microbiana, sem baixar opH do rúmen, podendo substituir até 50% do grão nas dietas com alto nível deconcentrado.

Pesquisas mostram que a introduçãode gorduras do tipo “by-pass” (protegidasda fermentação no rúmen) na dieta davaca em lactação aumentam a proporçãode certos ácidos graxos na gordura doleite, como os ácidos ômega para reduziro colesterol nos consumidores, ou comoo ácido linolêico de ligações duplas conju-gadas, que além de baixar o colesterol teriaação anti-carcinogênica em relação adiversos tipos de câncer (melanoma,câncer de mama, câncer colo-retal) o

que sugere um grande potencial demercado para o leite e derivados com taispropriedades (Kennelly et al.,1999).

Vacas com lactação acima de 10.000litros demandam de suplementação comalimentos energéticos, e os níveis antescomuns de, apenas, 3 a 4 % de gordurana MS podem aumentar com o usocontrolado de gordura vegetal ou animale de produtos especiais, como a chamadagordura inerte no rúmen, ou “by-pass”(sabões de cálcio).

De acordo com Kennelly et al.(1999),a suplementação com gordura geralmen-te tem um efeito negativo sobre a percen-tagem de proteína do leite, embora emcertos estudos tenham sido encontradosaté aumentos na produção de proteína,face ao aumento da produção de leite.

Na próxima edição falaremos sobreproteína e energia na dieta da vaca e suarepercussão na produção de leite, semprepensando em sanar as principais duvidassobre a nutrição da vaca em lactação.

Gostaria também de lembrar quedúvidas e sugestões são bem vindas edevem ser mandadas à revista ou no e-mail, [email protected].

Até a próxima.

1 - Médica veterinária, mestre em Qualidade eProdutividade Animal e doutoranda emQualidade e Produtividade Animal pela FZEA-USP. Email: [email protected]

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Gilmar Brüning Gilmar Brüning Gilmar Brüning Gilmar Brüning Gilmar Brüning 11111, Ana, Ana, Ana, Ana, AnaVera Martins FrancoVera Martins FrancoVera Martins FrancoVera Martins FrancoVera Martins Franco

Brüning Brüning Brüning Brüning Brüning 22222

Para a otimização de sis-temas de produção em pastejosão necessários alguns cuidadoscom relação a planta, o animale o ambiente de pastejo, umavez que existe uma grandeinteração entre estes.

Em sistemas de alimentaçãoa cocho os alimentos forne-cidos, de forma geral, sãobalanceados e com concen-tração de nutrientes estável, jáanimais em pastagens estãosujeitos a contínuas mudançasna estrutura e composição damesma. Por outro lado, con-ciliar alta produção de forra-gem e perenidade do pastocom elevada produção animal,exige uma adequação do ma-nejo da desfolha dentro de umequilíbrio que respeite os limitesespecíficos de cada espécieforrageira e permita ao animal“colher” a máxima quantidadede nutrientes em um deter-minado período de tempo,limitado pelo ritmo circadianoe pela competição com o tempo neces-sário para outras atividades (Ruminação,descanso, socialização, etc.) (Carvalho,1997).

A altura da pastagem é uma impor-tante ferramenta de manejo, que podeser aplicada facilmente no dia a dia daspropriedades e contribuir para o aumentodos índices de produtividade. Em pastosmantidos mais baixos com maior taxa delotação o crescimento das plantas dimi-nui, o desempenho animal é reduzido e oprocesso de degradação é iniciado (Corsi,1994; Zimmer et al., 1998). Em alturasde pastejo mais elevadas, o desempenhoindividual do animal poderá ser maxi-mizado em função da possibilidade de

bocado mais profundo, maispesado, e consequentemente,maior consumo de matériaseca.

Conforme os dados apre-sentados na figura 1figura 1figura 1figura 1figura 1,Andrade 2003, observou queos valores de ganho de pesomédio diário (GMD) foramcrescentes com o aumento daaltura do dossel forrageiro, noperíodo de dezembro de2001 a março de 2002, sendoo menor valor mensuradonos pastos mantidos a 10 cmde altura. Pastos manejadosmais altos geraram maioresvalores de GMD individual,porém associados com meno-res taxas de lotação (figurafigurafigurafigurafigura22222). Por outro lado, o menordesempenho em pastos maisbaixos foi contrabalançadopor maiores taxas de lotação.Assim, as maiores produ-tividades (ganho de peso vivopor hectare) foram obser-vadas em pastos manejados a30 e 40 cm de altura.

Os valores de desempenhoanimal podem ser explicadospelos resultados obtidos por

A altura da pastagem: uma importanteA altura da pastagem: uma importanteA altura da pastagem: uma importanteA altura da pastagem: uma importanteA altura da pastagem: uma importanteferramenta de manejoferramenta de manejoferramenta de manejoferramenta de manejoferramenta de manejo

1- Zootecnista, MSc em Plantas Forrageiras,email: [email protected] Zootecnista, MSc em Produção Animal –Nutrição de Ruminantes – Depto TécnicoPremix.

Figura 1: Ganho médio diário em pastos de B.Figura 1: Ganho médio diário em pastos de B.Figura 1: Ganho médio diário em pastos de B.Figura 1: Ganho médio diário em pastos de B.Figura 1: Ganho médio diário em pastos de B.brizantha cv. Marandu mantido em quatro alturas debrizantha cv. Marandu mantido em quatro alturas debrizantha cv. Marandu mantido em quatro alturas debrizantha cv. Marandu mantido em quatro alturas debrizantha cv. Marandu mantido em quatro alturas demanejo durante o período dez/01 – mar/02 (Andrademanejo durante o período dez/01 – mar/02 (Andrademanejo durante o período dez/01 – mar/02 (Andrademanejo durante o período dez/01 – mar/02 (Andrademanejo durante o período dez/01 – mar/02 (Andrade2003) .2003) .2003) .2003) .2003) .

Figura 2: Taxa de lotação média em pastos de B.Figura 2: Taxa de lotação média em pastos de B.Figura 2: Taxa de lotação média em pastos de B.Figura 2: Taxa de lotação média em pastos de B.Figura 2: Taxa de lotação média em pastos de B.brizantha cv. Marandu mantido em quatro alturas debrizantha cv. Marandu mantido em quatro alturas debrizantha cv. Marandu mantido em quatro alturas debrizantha cv. Marandu mantido em quatro alturas debrizantha cv. Marandu mantido em quatro alturas demanejo durante o período dez/01 – Dez/02 (Adaptadomanejo durante o período dez/01 – Dez/02 (Adaptadomanejo durante o período dez/01 – Dez/02 (Adaptadomanejo durante o período dez/01 – Dez/02 (Adaptadomanejo durante o período dez/01 – Dez/02 (Adaptadode Andrade 2003).de Andrade 2003).de Andrade 2003).de Andrade 2003).de Andrade 2003).

Figura 3: Relação entre altura do dossel forrageiro e (a) tamanho do bocado,Figura 3: Relação entre altura do dossel forrageiro e (a) tamanho do bocado,Figura 3: Relação entre altura do dossel forrageiro e (a) tamanho do bocado,Figura 3: Relação entre altura do dossel forrageiro e (a) tamanho do bocado,Figura 3: Relação entre altura do dossel forrageiro e (a) tamanho do bocado,(b) taxa de bocado, (c) tempo de pastejo e (d) consumo de forragem em(b) taxa de bocado, (c) tempo de pastejo e (d) consumo de forragem em(b) taxa de bocado, (c) tempo de pastejo e (d) consumo de forragem em(b) taxa de bocado, (c) tempo de pastejo e (d) consumo de forragem em(b) taxa de bocado, (c) tempo de pastejo e (d) consumo de forragem empastos de Capim Marandu (Sarmento 2003).pastos de Capim Marandu (Sarmento 2003).pastos de Capim Marandu (Sarmento 2003).pastos de Capim Marandu (Sarmento 2003).pastos de Capim Marandu (Sarmento 2003).

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Sarmento 2003, (figura 3figura 3figura 3figura 3figura 3) onde otamanho do bocado (aaaaa), respondeu deforma crescente ao aumento em alturado dossel forrageiro, com os valoresestimados para o tratamento de 40 cmsendo três vezes maior que o correspon-dente ao tratamento 10 cm. Animaismanejados em pastos com 10 cm apre-sentaram maior taxa de bocados (bbbbb) (51,3bocados/minuto), enquanto os animaismanejados em pastos com 40 cm apre-sentaram taxa de bocados mais reduzida(17,7 bocados/minuto).

Na situação de 10 cm de altura, paramanter a ingestão de forragem, os animaisaumentaram além da taxa de bocados otempo de pastejo (ccccc). Mesmo assim nãoconseguiram atingir o nível de consumo,de matéria seca, dos animais manejadosem alturas de 40 cm que tiveram umconsumo de forragem quase 60% maior,em relação aos animais manejados empastos com 10 cm de altura.

Para finalizar, produção animal a pastose faz com colheita eficiente de nutrientesdigestíveis. Não é somente produzirmassa. Há que se criar ambientes pastorisadequados e compatíveis com os reque-rimentos dos animais, onde eles possamcolher o que precisam sem se depararcom estruturas de pasto limitantes a suaingestão.

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

ANDRADE, F.M.E. Produção deforragem e valor alimentício do Capim-marandu submentido a regimes delotação contínua por bovinos de corte.Dissertação de Mestrado. Dissertação de Mestrado. Dissertação de Mestrado. Dissertação de Mestrado. Dissertação de Mestrado. ESALQ,Piracicaba – 2003. 141pg.

CARVALHO, P.C.F. A estrutura daspastagens e o comportamento ingestivode ruminantes em pastejo. IN:SIMPÓSIO SOBRE AVALIAÇÃO DE

PASTAGENS COM ANIMAIS, 1,MARINGÁ, 1997. pg 25 – 52.

CORSI M,; NASCIMENTO JR,D.Princípios de fisiologia e morfologia deplantas forrageiras aplicados no manejodas pastagens, IN: PEIXOTO, A.M.;MOURA, J.C.; FARIA, V.P. Pastagens:fundamentos da exploração racio-nal.2ed Piracicaba: FEALQ, 1994. p.15-48.

SARMENTO, D. Comportamentoingestivo de bovinos em pastos de capimmarandu submetidos a regimes de lotaçãocontínua. Dissertação de Mestrado.Dissertação de Mestrado.Dissertação de Mestrado.Dissertação de Mestrado.Dissertação de Mestrado.ESALQ, Piracicaba, 2003. 89 p.

ZIMMER, A.H.; EUCLIDES, V.P.B.;EUCLIDES FILHO, K.Ç; MACEDO,M.C.M. Considerações sobre índicesConsiderações sobre índicesConsiderações sobre índicesConsiderações sobre índicesConsiderações sobre índicesde produtividade da pecuária dede produtividade da pecuária dede produtividade da pecuária dede produtividade da pecuária dede produtividade da pecuária decorte em Mato Grosso do Sul.corte em Mato Grosso do Sul.corte em Mato Grosso do Sul.corte em Mato Grosso do Sul.corte em Mato Grosso do Sul. CampoGrande: Embrapa . Doctos, 70.

Para agregar valor à carne queexportam, os pecuaristas deverão ter orebanho aprovado pelo Sisbov - Serviçode Rastreabilidade da Cadeia Produtivade Bovinos e Bubalinos, em funciona-mento desde o dia 1º.

O alerta é do secretário de DefesaAgropecuária do Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento,Inácio Kroetz.

Em entrevista após reunião comtécnicos da área federal e dos estados,para discutir o processo de auditagemdas propriedades que já está em curso –por exigência dos importadores de carneda União Européia –, o secretário disse

Ministério alerta pecuaristas para valorMinistério alerta pecuaristas para valorMinistério alerta pecuaristas para valorMinistério alerta pecuaristas para valorMinistério alerta pecuaristas para valoragregado com rastreabilidade da carneagregado com rastreabilidade da carneagregado com rastreabilidade da carneagregado com rastreabilidade da carneagregado com rastreabilidade da carne

no dia 10 de janeiro que os novos métodosadotados serão aperfeiçoados epermitirão, em janeiro de 2009, aauditagem desde o nascimento dosbezerros.

Também não será permitida a compraentre propriedades que não estejamintegradas às normas do Sisbov, lembrouKroetz. Até o final do mês, acrescentou,será apresentada à União Européia a listadas propriedades rurais aprovadas paraexportação – em março, os europeusvirão conferir os dados fornecidos.

Segundo o secretário, ao longo do anooutras listas de propriedades que ade-rirem às condições de atender às exigên-

cias dos importadores serão enviadas àUnião Européia. Ele alertou ainda que“é grande o prejuízo do exportadorquando tem seu contêiner devolvido”.E lembrou que o Brasil tem um mercadopotencial de 350 mil toneladas por anode carne.

Os principais criadores do país estãonos estados de Goiás, Mato Grosso (com1.791 propriedades), Rio Grande do Sul,Espírito Santo, Minas Gerais e SantaCatarina.

Veterinários farão o trabalho deauditagem a cada seis meses, nas pro-priedades, e a cada dois meses, no gadoem confinamento.

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Nos dias 27 e28 de dezembro de2007, as Regionaisda CATI de Franca(SP) e de Catan-duva (SP) deraminício à nova etapado Projeto CATILeite - Desenvolvendo São Paulo. Seispropriedades receberam a visita dos téc-nicos Pedro César Barbosa Avelar,monitor do Projeto na Regional de Fran-ca, juntamente com os executores dasCasas da Agricultura e o gerente técnicodo Projeto, Méd. Vet. Carlos PaganiNetto.

Das seis propriedades visitadas, três jáparticipavam do trabalho conjuntodesenvolvido pela CATI e Embrapa. Asoutras estão em fase de implantação doprojeto. Para as propriedades que já fa-ziam parte, a visita foi para conferir as“tarefas”, acertar conceitos e, juntos, com-binar as atividades para a próxima visita,que será feita a cada três meses. Nas pro-priedades que pretendem iniciar as ativi-

Começa uma nova etapa do projeto CATI LeiteComeça uma nova etapa do projeto CATI LeiteComeça uma nova etapa do projeto CATI LeiteComeça uma nova etapa do projeto CATI LeiteComeça uma nova etapa do projeto CATI Leite

dades, houve uma breve explanação dasistemática do projeto, com todos osbenefícios, as obrigações e os deveres dosenvolvidos.

O Projeto de Viabilidade Leiteira naAgricultura Familiar, a partir de agora foidenominado CATI Leite – Desenvol-vendo São Paulo. Esse projeto teve inícionas regiões de Jales (SP), Fernandópolis(SP) e Votuporanga (SP), em 1999, pormeio de uma parceria entre a CATI e aEmbrapa – Pecuária Sudeste. Duranteessa fase eram escolhidas algumas pro-priedades que serviam de unidade de-monstrativa para difusão da tecnologia,pelos técnicos das Casas da Agricultura.

O objetivo do projeto sempre foi, econtinuará a ser, a aplicação de técnicas

adequadas de manejo,nutrição, sanidade, re-produção e gerencia-mento das atividadesque regem a pecuárialeiteira. Cada proprie-dade é estudada, caso acaso, na busca de solu-

ções viáveis, trazendo novas perspectivase melhores resultados.

Segundo o coordenador da CATI,Francisco E. B. Simões, a atividade leiteirafaz parte de uma programação do Go-verno do Estado, que prevê a geração derenda e emprego. O momento agora épromover um diagnóstico da realidadedos pequenos pecuaristas para montagemde projetos estratégicos. A metodologiautilizada visa trazer benefícios aos agricul-tores. A Embrapa treinou os técnicosextensionistas, que agora serão multipli-cadores junto aos produtores rurais. Ameta inicial é a implantação em 400propriedades leiteiras do Estado. Paraadesão e mais informações sobre o pro-jeto, procure a Casa da Agricultura.

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Dr. Silvio de Paula MelloDr. Silvio de Paula MelloDr. Silvio de Paula MelloDr. Silvio de Paula MelloDr. Silvio de Paula Mello11111

Ultimamente, muito tem sefalado sobre a rastreabilidade ecertificação dos produtos agro-pecuários e pecuários, principal-mente devido ao já conhecidofato de que há preocupações nomercado internacional comrelação à importação de produtosque permitam a identificação desua origem e respectivo processode produção. Dessa forma, arastreabilidade animal e vegetal éuma realidade na produção nacionalfrente às exigências do mercadointernacional, cada vez mais exigindocertificado de origem dos produtos.

As autoridades sanitárias e de defesado consumidor desenvolveram e edita-ram regulamentos para garantir a segu-rança alimentar. Diante disso, o setor pro-dutivo teve que desenvolver ferramentasde aperfeiçoamento para que a qualidadedos alimentos não fosse questionada.

Uma das formas de garantir aqualidade e a segurança alimentar é arealização do rastreamento, principal-mente quando se fala em carne bovina.Tal rastreamento é exigido pelo comér-cio internacional e requer a intensi-ficação do manejo nas propriedadesrurais.

A rastreabilidade é a atitude de reen-contrar o histórico, a utilização de umproduto qualquer por meio de identi-ficação registrado, ou seja, no caso deanimais, um sistema de controle quepermite a identificação individual decada animal desde o nascimento até oabate, registrando todas as ocorrênciasrelevantes ao longo de sua vida.

Todo o processo de rastreabilidadeganha maior credibilidade se omesmo estiver certificado. Sendoassim, a certificação nada mais é queo conjunto de medidas e atividadesdesenvolvidas por um organismoindependente da relação comercial,de terceira parte, com o objetivo deatestar publicamente, por escrito,que determinado produto, processoou serviço está em conformidadecom os requisitos especificados.

FAFRAM realiza curso de especialização em CertificaçãoFAFRAM realiza curso de especialização em CertificaçãoFAFRAM realiza curso de especialização em CertificaçãoFAFRAM realiza curso de especialização em CertificaçãoFAFRAM realiza curso de especialização em Certificaçãoe Rastreabilidade de Produtos Agropecuáriose Rastreabilidade de Produtos Agropecuáriose Rastreabilidade de Produtos Agropecuáriose Rastreabilidade de Produtos Agropecuáriose Rastreabilidade de Produtos Agropecuários

A rastreabilidade e a certificação dosprodutos oriundos das cadeias produtivasda soja, milho, cana de açúcar, frutas,produtos orgânicos, madeira entreoutros, é uma realidade e um diferencialpara o produtor que quer colocar nomercado produtos de melhor qualidade.Como exemplos, podemos citar ocertificado da Produção Integrada deFrutas (PIF), criado pelo Ministério deAgricultura, Pecuária e Abastecimento(MAPA), evidenciando que frutas como selo PIF desfrutam de espaço privi-legiado no mercado, sendo preferidas porconsumidores bem informados, quesabem tratar-se de um produto de con-sumo mais saudável e seguro.

A produção de soja transgênica noBrasil e a restrição por parte de algunspaíses importadores, faz com que asegregação dos produtos geneticamentemodificados (OGMs) dos não modifica-dos seja exigida por esses países, sendonesse caso a rastreabilidade e a certi-ficação fatores decisivos para exportaçãodesse produto.

Assim, tudo aquilo que possa contri-buir para a melhoria da qualidade dosprodutos e serviços deve ser reconhecido

e, sobretudo, valorizado. Nessesentido, o processo de rastre-abilidade, que visa à identificaçãoe a certificação de produtosagropecuários devem ser muitobem vindo.

A rastreabilidade é com-provadamente um processocomplexo, que depende fun-damentalmente do sucesso naobtenção de mudanças no com-portamento dos produtores econsumidores. É um processo deeducação e de conscientização do

agricultor e de todos os demais setoresenvolvidos nas cadeias produtivas dealimentos.

Nesse contexto de um mundo glo-balizado, alta competitividade e umconsumidor mais exigente, a FAFRAM/FE – Faculdade “Dr. Francisco Maeda”de Ituverava (SP), promove o Curso depós graduação em Certificação e Ras-treabilidade de Produtos Agropecuáriosque tem como objetivo atender a de-manda existente por capacitação deprofissionais com diferentes formações naárea de produção animal e vegetal,permitindo por meio de subsídios teóri-cos e práticos de caráter interdisciplinar,fundamental para o exercício do controlede qualidade e certificação, preparando-os para o exercício de atividades deplanejamento, implementação, organi-zação e gerência de programas de rastre-abilidade da produção animal (bovino-cultura, suinocultura e avicultura) evegetal (cana de açúcar, cafeicultura,fruticultura, grãos, silvicultura e produtosorgânicos), realizadas em empresasprivadas, e instituições públicas defiscalização.

Estão aptos a realizar esse curso todosos profissionais de nível superiorligados às áreas de Agronomia,Zootecnia, Medicina Veterinária, ede outras áreas afins, que queiramse engajar num mercado de traba-lho que está cada vez mais globali-zado e competitivo.

O curso tem duração de 12 me-ses letivos, com uma carga horáriade 380 horas presenciais. As aulasserão ministradas em semanas alter-nadas e às sextas-feiras (informa-ções pelo site: www. feituveravawww. feituveravawww. feituveravawww. feituveravawww. feituverava.com.br/fafram.com.br/fafram.com.br/fafram.com.br/fafram.com.br/fafram)

1 - Zootecnista e professor da FAFRAM/FE Faculdade Dr. Francisco Maeda, deItuverava (SP).

PÓS-GRADUAÇÃO

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F U N D A Ç Ã OEDUCACIONAL

GEOPROCESSAMENTO e

GEOREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS

RONEGÓCIO e

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

EDUCAÇÃO AMBIENTAL e

RESPONSABILIDADE SOCIAL

AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA

AGROENERGIA e SUSTENTABILIDADE

PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA e

COMERCIALIZAÇÃO

CERTIFICAÇÃO e RASTREABILIDADE

DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

AG

DURAÇÃO

12 MESES LETIVOS

AULAS QUINZENAIS

CORPO DOCENTE ESPECIALIZADO

(IAC, ESALQ/USP, IEA, UNESP, FAFRAM/FE, FFLC/FE)

MATRÍCULAS ABERTAS

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O município pau-lista de Altinópolis é,atualmente, um dos —senão o — que possuimaior uso de tecno-logia em seus cafezais,além de ser o maiorprodutor estadual dogrão, juntamente comPedregulho.

Ciente disso e como intuito de alavancara cafeicultura em seupaís, o vice-ministro daAgricultura, Desenvol-vimento e ServiçosAgrários da RepúblicaSocialista do Sri Lanka, Siripala Gamlath,esteve ontem na Fazenda Cascata, depropriedade de Célio Fontão Carril.

Segundo o presidente do SindicatoRural de Altinópolis e diretor segundo-secretário da Faesp (Federação daAgricultura do Estado de São Paulo), JoãoAbrão Filho, a autoridade cingalesa ficouencantada com o que viu. “Apresentamosa tecnologia utilizada nas lavouras daregião, secadores, despolpadores, estru-turas de terreiro, plantios modernos etodos mecanizados, máquinas de café emfuncionamento, enfim, toda a tecnologiae a infra-estrutura que dispomos e osenhor Gamlath ficou bastante impres-sionado”, comentou.

Abrão explicou que Sri Lanka produzpouco café e a intenção, de acordo cominformações passadas pelo vice-ministro,é aumentar o plantio no país, cujas cultu-ras fortes são chá e canela. “Nesse sentido,ele demonstrou grande interesse no queviu e até disse que vai contratar oconsultor brasileiro Fernando Vicentini,

Governo do Sri Lanka adotará tecnologia de AltinópolisGoverno do Sri Lanka adotará tecnologia de AltinópolisGoverno do Sri Lanka adotará tecnologia de AltinópolisGoverno do Sri Lanka adotará tecnologia de AltinópolisGoverno do Sri Lanka adotará tecnologia de Altinópolis

que também esteve presente aqui, paratentar implantar a tecnologia brasileirapor lá”, anotou o presidente do Sindicato,que completou argumentando que ointuito dessa implantação é alavancar acafeicultura no Sri Lanka com base noobservado em Altinópolis.

Também de acordo com João AbrãoFilho, o representante do governo cinga-lês manterá contato para esclarecimentose dúvidas que possam surgir, “Porém, emprincípio, eles captaram o passado egostaram da maneira como trabalhamoscom café”, concluiu.

Além de Gamlath, marcaram pre-sença o analista de comércio exterior daSecretaria de Relações Internacionais doAgronegócio do Ministério da Agri-cultura, Artur Teixeira, o gerente donúcleo regional da Cooparaíso (Coope-rativa Regional dos Cafeicultores de SãoSebastião do Paraíso), Anderson Silva, eum grupo de 30 cafeicultores da região.(Fonte: Coffee Break - (Fonte: Coffee Break - (Fonte: Coffee Break - (Fonte: Coffee Break - (Fonte: Coffee Break - www.www.www.www.www.coffeebreak.com.brcoffeebreak.com.brcoffeebreak.com.brcoffeebreak.com.brcoffeebreak.com.br)))))

Depois de investir cerca de R$ 3milhões, o governo de Minas Geraisconclui a transferência da adminis-tração de todos os Centros de Exce-lência do Café do Estado para aassociação de produtores de café deMinas. Os três centros estão instaladosem Machado (Sul), Patrocínio (AltoParanaíba) e Viçosa (Zona da Mata) eforam construídos em parceria comprefeituras, universidades e asso-ciações com o objetivo de treinartrabalhadores, técnicos e outrosprofissionais ligados à cadeia produtivado café.

A última unidade a ser concluídafoi a das Matas de Minas, na Zona daMata. Localizado na UniversidadeFederal de Viçosa, ela será gerida pelaAssociação dos Produtores de CafésEspeciais das Serras de Minas. “Acriação dos centros foi uma demandaque partiu dos produtores de café doEstado”, afirma o assessor de Café daSecretaria de Agricultura de MinasGerais, Wilson Lasmar.

A cada três meses, os gestoresdeverão encaminhar à Secretaria deAgricultura um documento constandotodas as atividades desenvolvidas noscentros e um relatório da movi-mentação financeira. “É fundamentalque os centros sejam geridos pelosprincipais interessados pelo empre-endimento, ou seja, os produtores. Sãoeles quer irão cuidar da parte admi-nistrativa, financeira e operacional”,afirma Lasmar.

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A ABIC - Associação Brasileira daIndústria de Café prevê uma aumentona safra 2008/09 para um intervalo de46 milhões a 48 milhões de sacas, contra33,7 milhões de sacas (60 kg) oficialmenteestimadas em 2007/08.

Segundo um comunicado divulgadopela ABIC, mesmo com o aumentoconsiderável da safra no período de altano ciclo bienal de produção do caféarábica, a oferta será apertada neste ano-safra, em função da queda nos estoquesapós o ano de baixa na colheita e peloaumento do consumo no país.“Não tere-mos excedentes de grãos”, disse o pre-sidente da ABIC, Guivan Bueno, lem-brando que a safra “deverá ser intei-ramente demandada pela exportação epelo consumo interno”.

O presidente da ABIC ressaltou que“os estoques físicos brasileiros estão muitobaixos e devem chegar em março nosmenores níveis das últimas décadas”.

De acordo com a ABIC, para 2008,somando-se o consumo interno com asexportações, estimadas em torno de 28

ABIC prevê safra de até 48 milhões sacas de caféABIC prevê safra de até 48 milhões sacas de caféABIC prevê safra de até 48 milhões sacas de caféABIC prevê safra de até 48 milhões sacas de caféABIC prevê safra de até 48 milhões sacas de cafémilhões de sacas, tem-se uma demandatotal de 46 milhões de sacas —númeromais baixo do intervalo da estimativa.

A Abic estimou no dia 7 de janeiro(segunda-feira )o consumo de café noBrasil entre novembro de 2006 e outubrode 2007 em 17,1 milhões de sacas, cresci-mento de 4,74 por cento em relação aoperíodo anterior. Segundo a associação,“o mercado brasileiro de café continuarácrescendo de forma acentuada e consis-tente”. Para 2008, a Abic espera uma altano consumo para 18,1 milhões de sacas,com vendas alcançando 6,8 bilhões dereais. Em 2007, as vendas alcançaram 6,4bilhões de reais.

A entidade mantém a sua estimativade que o consumo nacional atingirá 21milhões de sacas em 2010. “Vamosincrementar e consolidar o mercado decafés superiores, gourmet e especiais”,disse o presidente da Abic, lembrando quea melhora na qualidade do produto é umdos fatores que impulsiona o consumo.

No dia começo de janeiro, a Conab -Companhia Nacional de Abastecimento

divulgou a primeira estimativa da safra2008/2009. Antes de uma seca que atin-giu as principais regiões produtoras doBrasil, por cerca de três meses no segundosemestre do ano passado, acreditava-seque o Brasil poderia colher mais de 50milhões de sacas, estabelecendo novo re-corde de produção.

No entanto, o tempo seco atrasou eprejudicou a florada em muitas regiões,especialmente no sul de Minas Gerais, aprincipal área produtora.

Carlos Paulino da Costa, presidenteda Cooxupé, a maior cooperativa cafe-eira do Brasil, com sede em Guaxupé (sulde MG), disse que antes da seca havia aexpectativa de se colher mais em 2008.“A previsão para 2008 está abaixo (dopotencial), havia uma expectativa para20 por cento a mais.

Mesmo assim, a Cooxupé estimareceber de seus cooperados um volumede café de 4,4 milhões de sacas neste anode alta do ciclo do arábica, contra 2,6milhões de sacas na temporada passada,ano de baixa do ciclo da lavoura.

Encomendas pelos Fones:

Fazenda Monte Alegre: (16) 3723-5784

André Cunha: (16) 9967-0804 / Luis Cláudio: (16) 9965-2657

Encomendas pelos Fones:

Fazenda Monte Alegre: (16) 3723-5784

André Cunha: (16) 9967-0804 / Luis Cláudio: (16) 9965-2657

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Mudas de café

certificadas pelo

Ministério da Agricultura

Mudas de café produzidas no sistema

convencional (saquinhos), tubetões

e mudões para replantio.

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Dia de Campo no Viveiro Monte Alegre:Dia de Campo no Viveiro Monte Alegre:Dia de Campo no Viveiro Monte Alegre:Dia de Campo no Viveiro Monte Alegre:Dia de Campo no Viveiro Monte Alegre:

Cerca de 300 pessoas participaram do dia-de-campo,Cerca de 300 pessoas participaram do dia-de-campo,Cerca de 300 pessoas participaram do dia-de-campo,Cerca de 300 pessoas participaram do dia-de-campo,Cerca de 300 pessoas participaram do dia-de-campo,acompanhando as palestras das empresas e visitando oacompanhando as palestras das empresas e visitando oacompanhando as palestras das empresas e visitando oacompanhando as palestras das empresas e visitando oacompanhando as palestras das empresas e visitando oplantio a campo.plantio a campo.plantio a campo.plantio a campo.plantio a campo.

Fernando Jardine (Nutriplant), André Cunha (ViveiroFernando Jardine (Nutriplant), André Cunha (ViveiroFernando Jardine (Nutriplant), André Cunha (ViveiroFernando Jardine (Nutriplant), André Cunha (ViveiroFernando Jardine (Nutriplant), André Cunha (ViveiroMonte Alegre), Israel Rosalin (Valoriza), Elias MarquesMonte Alegre), Israel Rosalin (Valoriza), Elias MarquesMonte Alegre), Israel Rosalin (Valoriza), Elias MarquesMonte Alegre), Israel Rosalin (Valoriza), Elias MarquesMonte Alegre), Israel Rosalin (Valoriza), Elias Marques(Valoriza) e Luis Cláudio (Viveiro Monte Alegre)(Valoriza) e Luis Cláudio (Viveiro Monte Alegre)(Valoriza) e Luis Cláudio (Viveiro Monte Alegre)(Valoriza) e Luis Cláudio (Viveiro Monte Alegre)(Valoriza) e Luis Cláudio (Viveiro Monte Alegre)

EVENTOS

A família Cunha: André, Luiz da Cunha e Luis Cláudio.A família Cunha: André, Luiz da Cunha e Luis Cláudio.A família Cunha: André, Luiz da Cunha e Luis Cláudio.A família Cunha: André, Luiz da Cunha e Luis Cláudio.A família Cunha: André, Luiz da Cunha e Luis Cláudio.

Mudas de café em tubetões expostas no evento.Mudas de café em tubetões expostas no evento.Mudas de café em tubetões expostas no evento.Mudas de café em tubetões expostas no evento.Mudas de café em tubetões expostas no evento.

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“Formação de mudas de café em tubetes”“Formação de mudas de café em tubetes”“Formação de mudas de café em tubetes”“Formação de mudas de café em tubetes”“Formação de mudas de café em tubetes”

Guilherme Morais (Campagro), André Cunha (ViveiroGuilherme Morais (Campagro), André Cunha (ViveiroGuilherme Morais (Campagro), André Cunha (ViveiroGuilherme Morais (Campagro), André Cunha (ViveiroGuilherme Morais (Campagro), André Cunha (ViveiroMonte Alegre), Engº Agrº Renato Pádua (BASF) e EngºMonte Alegre), Engº Agrº Renato Pádua (BASF) e EngºMonte Alegre), Engº Agrº Renato Pádua (BASF) e EngºMonte Alegre), Engº Agrº Renato Pádua (BASF) e EngºMonte Alegre), Engº Agrº Renato Pádua (BASF) e EngºAgrº Rafael Isaac (Campagro).Agrº Rafael Isaac (Campagro).Agrº Rafael Isaac (Campagro).Agrº Rafael Isaac (Campagro).Agrº Rafael Isaac (Campagro).

Engº Agrº Albino Rocchetti (AERF-Franca), Rafael JardiniEngº Agrº Albino Rocchetti (AERF-Franca), Rafael JardiniEngº Agrº Albino Rocchetti (AERF-Franca), Rafael JardiniEngº Agrº Albino Rocchetti (AERF-Franca), Rafael JardiniEngº Agrº Albino Rocchetti (AERF-Franca), Rafael Jardini(Valoriza), Rosalice Gomes (MecPrec), Isarel Rosalin(Valoriza), Rosalice Gomes (MecPrec), Isarel Rosalin(Valoriza), Rosalice Gomes (MecPrec), Isarel Rosalin(Valoriza), Rosalice Gomes (MecPrec), Isarel Rosalin(Valoriza), Rosalice Gomes (MecPrec), Isarel Rosalin(Valoriza) e Engª Agrª Silvia Leite de Campos (MecPrec).(Valoriza) e Engª Agrª Silvia Leite de Campos (MecPrec).(Valoriza) e Engª Agrª Silvia Leite de Campos (MecPrec).(Valoriza) e Engª Agrª Silvia Leite de Campos (MecPrec).(Valoriza) e Engª Agrª Silvia Leite de Campos (MecPrec).

A equipe Eucatex-Agro: Engº Agr Ricardo Munhoz, EduardoA equipe Eucatex-Agro: Engº Agr Ricardo Munhoz, EduardoA equipe Eucatex-Agro: Engº Agr Ricardo Munhoz, EduardoA equipe Eucatex-Agro: Engº Agr Ricardo Munhoz, EduardoA equipe Eucatex-Agro: Engº Agr Ricardo Munhoz, EduardoHolme (coordenador regional) e Engº Agrº Luiz HenriqueHolme (coordenador regional) e Engº Agrº Luiz HenriqueHolme (coordenador regional) e Engº Agrº Luiz HenriqueHolme (coordenador regional) e Engº Agrº Luiz HenriqueHolme (coordenador regional) e Engº Agrº Luiz HenriqueDamatto (gerente nacional).Damatto (gerente nacional).Damatto (gerente nacional).Damatto (gerente nacional).Damatto (gerente nacional).

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EVENTOS

Cafeicultores observam o plantio no campo experimental do Viveiro Monte Alegre das mudas produzidas em sistemaCafeicultores observam o plantio no campo experimental do Viveiro Monte Alegre das mudas produzidas em sistemaCafeicultores observam o plantio no campo experimental do Viveiro Monte Alegre das mudas produzidas em sistemaCafeicultores observam o plantio no campo experimental do Viveiro Monte Alegre das mudas produzidas em sistemaCafeicultores observam o plantio no campo experimental do Viveiro Monte Alegre das mudas produzidas em sistemaconvencional e em tubetões (destaque). Os interessados podem visitar o local para maiores informações.convencional e em tubetões (destaque). Os interessados podem visitar o local para maiores informações.convencional e em tubetões (destaque). Os interessados podem visitar o local para maiores informações.convencional e em tubetões (destaque). Os interessados podem visitar o local para maiores informações.convencional e em tubetões (destaque). Os interessados podem visitar o local para maiores informações.

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Conscientização, tecnologia epesquisa na produção de mudas de café.Estes foram os temas abordados porpesquisadores, no Dia de Campo “For-mação de Mudas de Café em Tubetes”,realizado no último dia 12 de janeiro, noViveiro Monte Alegre, tradicionalprodutor de mudas de café no municípiode Ribeirão Corrente (SP).

O evento contou com a participaçãode várias empresas, como a Casa dasSementes (Franca/SP), Fertsolo (Franca/SP), Valoriza Soluções Agrícolas (Patosde Minas/MG); Nutriplant Tecnologia eNutrição (Paulínia/SP); Eucatex-Agro(Paulínia/SP); Mec-Prec (Rio de Janeiro/RJ); Sol Pack (Uberlândia/MG); eCampagro/BASF (Franca/SP).

De acordo com André Cunha - queao lado do irmão Luis Cláudio e do paiLuiz da Cunha Sobrinho dirigem oViveiro Monte Alegre -, o objetivo prin-cipal de se organizar o dia de campo foi ode orientação aos cafeicultores. “Produ-zimos mudas de café há mais de 20 anose a cada ano estamos melhorando o nossopadrão de qualidade, investindo empesquisa e tecnologia para atender cadavez mais os padrões de mercado e asexigências dos produtores de café”,afirmou André.

Segundo ele, a proibição do uso dobrometo de metila para a desinfecção daterra e de esterco praticamente inviabilizao processo convencional de enchimentode saquinhos. “Esta proibição dificultarámuito a produção de mudas de café. Paraisto, estamos iniciando testes e pesquisasde campo para definir uma tecnologiaque seja tão ou mais eficiente que osistema tradicional, visando obterresultados que se apoiem também no tripéda sustentabilidade”, enfatizou André.

A formação de mudas de café emtubetões está sendo implantada no Vi-veiro Monte Alegre de forma gradual. Epara isto a família Cunha conta com acontribuição de empresas como a Valo-riza. “Estamos propondo aqui fazer naregião da Mogiana o mesmo que a Valo-riza fez em Minas Gerais, que foi a im-plantação de campos experimentais paraque o próprio cafeicultor tire a prova.Não somos nós que vamos falar que o tu-bete é melhor que o saquinho”, disse.

O Engº Agrº Luis Fernando Paulino,responsável técnico do Viveiro Monte

Alegre e profissional da Casa das Semen-tes, tradicional revenda de insumosagropecuários em Franca (SP) foi um dosorganizadores do evento e reforçou aimportância dos campos de pesquisa naregião. “A fruticultura e a floricultura jáutilizam substratos há muito tempo. Jápossuem a tecnologia para a produção.Falta agora a cafeicultura. É importantecontinuar a pesquisa”, afirmou.

De acordo com Israel Rosalin, diretortécnico da Valoriza, a empresa firmouparceria com o Viveiro Monte Alegre,pois tem como meta difundir a tecnologiade produção de mudas em tubetes,utilizando substratos recicláveis, como acasca de pinus e a fibra de coco. “Eu diriaassim que estamos resgatando esta técni-ca, já que ela foi usada no passado, mascom resultados frustrantes na época. Istodevido à falta de conhecimentos de todosos fatores envolvidos no processo de pro-dução de mudas. Hoje a pesquisa avan-çou, as informações estão mais claras.Houve um aperfeiçoamento tecnológicofantástico. Todas as empresas estãoproduzindo substratos de alta qualidade”,afirmou Rosalin.

Os irmãos André e Luis Cláudio res-saltam que a tecnologia de produção demudas de café em tubetões apresentavárias vantagens: sanidade e unifor-midade das mudas; redução no uso deagrotóxicos; melhor enraizamento;facilidade no manuseio; otimização dotransporte com segurança; agilidade noplantio; sistema radicular preservado noato do plantio; bom pegamento nocampo; e menor “agressão” ao meioambiente. “O sistema utiliza substratoecologicamente correto, tubetes e

Dia de Campo no Viveiro Monte Alegre orienta cafeicultoresDia de Campo no Viveiro Monte Alegre orienta cafeicultoresDia de Campo no Viveiro Monte Alegre orienta cafeicultoresDia de Campo no Viveiro Monte Alegre orienta cafeicultoresDia de Campo no Viveiro Monte Alegre orienta cafeicultoresquanto à produção de mudas de café em tubetesquanto à produção de mudas de café em tubetesquanto à produção de mudas de café em tubetesquanto à produção de mudas de café em tubetesquanto à produção de mudas de café em tubetes

O brometo de metila é um gás queage como inseticida e fumigante,utilizado para tratamento de solo,controle de formigas e fumigação deprodutos de origem vegetal. Servepara evitar que pragas e doenças sejamdisseminadas para outras cidades oupaíses, quando os produtos são expor-tados/importados, ou para “limpar” osolo para desenvolver o plantio. Oproduto mata os insetos, os patógenos(nematóides, fungos e bactérias), ervasdaninhas e qualquer outro ser vivopresente no solo e na zona de pene-tração do gás.

De acordo com o Protocolo deMontreal, cada átomo de bromo dobrometo de metila que alcança a estra-tosfera destrói 60 vezes mais ozônioque os átomos de cloro dos CFCs.

Em termos de prazos para a elimi-nação do consumo, pelo Protocolo deMontreal os países signatários tinhamaté 2005 para abolir o uso dobrometo.

Brometo de MetilaBrometo de MetilaBrometo de MetilaBrometo de MetilaBrometo de Metila

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bandejas plásticas retornáveis, fabricadasa partir de materiais reciclados e, noplantio, não deixa resíduos no campo”,finaliza Luis Cláudio.

O evento contou ainda com a parti-cipação do Engº Agrº Luiz HenriqueDamatto, gerente nacional de vendas daEucatex-Agro e do Engº Agrº EdgardBorrmann, gerente de vendas daNutriplant Tecnologia e Nutrição.

Os cafeicultores interessados emadquirir mudas de café de qualidade jápodem encomendá-las.

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O esforço da CNA - Confederaçãoda Agricultura e Pecuária do Brasil paradesburocratizar as relações de trabalhono campo obteve resultado positivo coma criação do contrato de trabalho ruralpor pequeno prazo, por meio da MedidaProvisória (MP) nº 410.

Segundo as novas regras, as con-tratações de natureza temporária – comduração de até dois meses – poderão serfeitas por meio de um contrato escrito,sem necessidade de anotação na Carteirade Trabalho e Previdência Social ou emLivro de Registro de Empregados. Aremuneração e os direitos devem ser cal-culados dia a dia e pagos diretamente aotrabalhador mediante recibo. O modelodo contrato pode ser obtido no sitewww.cna.org.br.

Segundo o presidente da ComissãoNacional de Relações do Trabalho ePrevidência Social da CNA, RodolfoTavares, a Medida Provisória atende aum antigo pleito dos produtores rurais econtribui para reduzir a informalidadeno campo. “A medida possibilita a pres-tação de serviço sem burocracia, garan-tindo os direitos trabalhistas e previ-denciários”, avalia Tavares. Caso o perío-do de prestação de serviço se estendaalém de dois meses, a relação temporáriase converte em contrato de trabalho porprazo indeterminado.

A CNA recomenda que produtores etrabalhadores rurais formalizem o con-trato escrito, pois este documento fa-cilitará a comprovação junto ao InstitutoNacional do Seguro Social (INSS) nomomento da solicitação debenefício ou aposentadoria.“O contrato deve mencio-nar que é celebrado combase na MP nº 410 e, porcautela, deve ter a assinaturade duas testemunhas e reco-nhecimento de firma. Essescuidados precisam ser to-mados para que não existamdúvidas em relação à datado início do trabalho e aquestões como salário ecarga horária”, diz RodolfoTavares. A MP equipara oacesso aos benefícios daaposentadoria e pensõesrurais do segurado.

Esforço da CNA reduz burocracia para contratação deEsforço da CNA reduz burocracia para contratação deEsforço da CNA reduz burocracia para contratação deEsforço da CNA reduz burocracia para contratação deEsforço da CNA reduz burocracia para contratação deempregados no meio rural. Cafeicultores comemoram.empregados no meio rural. Cafeicultores comemoram.empregados no meio rural. Cafeicultores comemoram.empregados no meio rural. Cafeicultores comemoram.empregados no meio rural. Cafeicultores comemoram.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 410, DEMEDIDA PROVISÓRIA Nº 410, DEMEDIDA PROVISÓRIA Nº 410, DEMEDIDA PROVISÓRIA Nº 410, DEMEDIDA PROVISÓRIA Nº 410, DE28 DE DEZ. 2007.28 DE DEZ. 2007.28 DE DEZ. 2007.28 DE DEZ. 2007.28 DE DEZ. 2007.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, nouso da atribuição que lhe confere o art. 62da Constituição, adota a seguinte MedidaProvisória, com força de lei:

Contratação de trabalhador ruralContratação de trabalhador ruralContratação de trabalhador ruralContratação de trabalhador ruralContratação de trabalhador ruralpor pequeno prazopor pequeno prazopor pequeno prazopor pequeno prazopor pequeno prazo

Art. 1o A Lei no 5.889, de 8 de junho de1973, passa a vigorar acrescida do seguinteartigo:

“Art. 14-A. O produtor rural pessoa físicapoderá realizar contratação de trabalhadorrural por pequeno prazo para o exercício deatividades de natureza temporária.

§ 1o O contrato de trabalhador rural porpequeno prazo que superar dois meses dentrodo período de um ano fica convertido emcontrato de trabalho por prazo inde-terminado.

§ 2o A filiação e a inscrição do trabalha-dor de que trata este artigo na PrevidênciaSocial decorre, automaticamente, da sua in-clusão, pelo empregador, na Guia de Reco-lhimento do Fundo de Garantia do Tempode Serviço e Informações à Previdência Social- GFIP, cabendo à Previdência Social instituirmecanismo que permita a sua identificação.

§ 3o O contrato de trabalhador rural porpequeno prazo não necessita ser anotado naCarteira de Trabalho e Previdência Social ouem Livro ou Ficha de Registro de Empregados,mas, se não houver outro registro documental,é obrigatória a existência de contrato escritocom o fim específico de comprovação para afiscalização trabalhista da situação dotrabalhador.

§ 4o A contribuição do segurado traba-lhador rural contratado para prestar serviçona forma deste artigo é de oito por cento so-bre o respectivo salário-de-contribuiçãodefinido no inciso I do art. 28 da Lei no 8.212,de 24 de julho de 1991.

CADASTRO NO INCRA (C.C.I.R.), I.T.R.,IMPOSTO DE RENDA, DEPARTAMENTOPESSOAL, CONTABILIDADE E OUTROS

33 ANOS PRESTANDO SERVIÇOS CONTÁBEISAOS PROPRIETÁRIOS RURAIS

Rua Gonçalves Dias, 2258, Vila NicácioFranca (SP) - PABX (16) 3723-5022

Email: [email protected]

Escritório deContabilidade Rural

ALVORADA

§ 5o A não-inclusão do trabalhador naGFIP pressupõe a inexistência de contrataçãona forma deste artigo, sem prejuízo decomprovação, por qualquer meio admitidoem direito, da existência de relação jurídicadiversa.

§ 6o O recolhimento das contribuiçõesprevidenciárias far-se-á nos termos da legisla-ção da Previdência Social.

§ 7o São assegurados ao trabalhador ruralcontratado por pequeno prazo, além deremuneração equivalente à do trabalhador ruralpermanente, os demais direitos de naturezatrabalhista.

§ 8o Todas as parcelas devidas ao traba-lhador de que trata este artigo serão calculadasdia-a-dia e pagas diretamente a ele medianterecibo.

§ 9o O Fundo de Garantia do Tempo deServiço - FGTS deverá ser recolhido nostermos da Lei no 8.036, de 11 de maio de1990.”(NR)

Previdência de trabalhador ruralPrevidência de trabalhador ruralPrevidência de trabalhador ruralPrevidência de trabalhador ruralPrevidência de trabalhador ruralArt. 2o Para o trabalhador rural

empregado, o prazo previsto no art. 143 daLei no 8.213, de 24 de julho de 1991, ficaprorrogado até o dia 31 de dezembro de 2010.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto nocaput ao trabalhador rural enquadrado nacategoria de segurado contribuinte individual,que presta serviços de natureza rural, emcaráter eventual, a uma ou mais empresas,sem relação de emprego.

Art. 3o Na concessão de aposentadoriapor idade do empregado rural, em valorequivalente ao salário mínimo, será contadopara efeito de carência:

I - até 31 de dezembro de 2010, o períodocomprovado de emprego, na forma do art.143 da Lei nº 8.213, de 1991;

II - de janeiro de 2011 a dezembro de2015, cada mês comprovado de emprego serámultiplicado por três dentro do respectivoano civil; e

III - de janeiro de 2016 a dezembro de2020, cada mês compro-vado de emprego serámultiplicado por dois,limitado a doze mesesdentro do respectivo anocivil.

Parágrafo único:Aplica-se o disposto nocaput e respectivo incisoI ao trabalhador ruralenquadrado na categoriade segurado contribuinteindividual, que compro-var a prestação de serviçode natureza rural, emcaráter eventual, a umaou mais empresas, semrelação de emprego.

LUIZ INÁCIO LULADA SILVA Arno HugoFilho, Carlos Lupi, LuizMarinho

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Aumentar o rebanho rumo à autosuficiênciaAumentar o rebanho rumo à autosuficiênciaAumentar o rebanho rumo à autosuficiênciaAumentar o rebanho rumo à autosuficiênciaAumentar o rebanho rumo à autosuficiênciaPaulo Afonso Schwab Paulo Afonso Schwab Paulo Afonso Schwab Paulo Afonso Schwab Paulo Afonso Schwab 11111

A ovinocultura brasileira passa porum momento que pode ser consideradono mínimo, anacrônico. Apesar depossuirmos um rebanho de mais de 20milhões de cabeças – volume que até épequeno para as nossas potencialidades -estamos sendo um bom cliente de outrospaíses, na medida em que somos impor-tador de carne (mais de 50% do consumointerno), pele, lã e derivados, justamentepara suprir nossas necessidades. Pordiversas vezes através de ações isoladas,já demonstramos capacidade para alteraresta situação, via programas de produçãode ovinos. Mas, na maioria das vezes, estesprojetos se findam no meio do caminho,salvo raras exceções.

Precisamos e podemos alterar estecenário. Precisamos ser donos de nossopróprio mercado e atingirmos o estágiode exportadores destes produtos, assimcomo o frango, o suíno e o boi consegui-ram fazer.

Isto se faz com o aumento do rebanho,com a implantação e execução deprogramas de incentivo à ovinocultura,com a organização de toda a cadeiaprodutiva e com um intenso trabalho demelhoramento genético de todo o nossorebanho. Um melhoramento que deveatingir a todos os níveis, desde os animaisPO até os que não possuam registro. Eisto se faz urgente!

Desde sua criação a ARCO tem sepautado por trabalhar na assistênciatécnica e, de certa forma, na extensão

rural do setor, buscando auxiliar osprodutores no trabalho de seleçãogenética e aprimoramento do rebanho.Com o seu fortalecimento como umaentidade que é sinônimo de um “cartóriode registros”, agora cada vez mais emnível nacional, ganhamos ainda mais aresponsabilidade de direcionar aovinocultura para a posição de destaqueque ela sempre mereceu ter.

E começamos este caminho fazendoo tema de casa. Buscamos estruturar aparte administrativa, treinando todo opessoal para a melhoria no atendimentoàs necessidades do nosso associado. Já háalgum tempo estamos trabalhando noaperfeiçoamento do Banco de Dados ede toda a parte de informática, para

permitir que tanto os inspetores técnicosquanto o associado façam suas comu-nicações de forma fácil e de qualquerparte do país.

Na parte de “políticas externas”estamos buscando apoiar a fundação deassociações estaduais de criadores, queajudam na organização da atividade emnível regional. Com isto tambémfortalecemos ainda mais a presença daARCO como entidade nacional daovinocultura.

E, para assinalarmos cada vez maiseste aspecto, estamos atuando de formaincisiva, nas várias Câmaras Setoriais daOvinocultura, tanto as estaduais quantoa nacional.

Por fim, e não menos importante,realizamos o Iº Encontro Nacional deInspetores Técnicos da nossa entidade,evento que reuniu profissionais de todoo Brasil, pela primeira vez.

Com tudo isto reafirmamos queestamos trabalhando para que a ARCOseja, cada vez mais, a entidade quetrabalha pela ovinocultura em todos osâmbitos, desde o campo até as questõespolíticas e de regulação da atividade.

Buscando elevar o agronegócioovinos a uma condição de relevânciaeconômica e política, semelhante a que abovino-cultura de corte, por exemplo,tem hoje. E isto conseguiremos, comcerteza.

1 - Presidente da Associação Brasileira dosCriadores de Ovinos

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Distrito Industrial - Franca (SP)

Av. Wilson Sábio de Mello, 1945

Distrito Industrial - Franca (SP)

Tel. (16) 3701-3342Tel. (16) 3701-3342

“SOLUÇÕES INTELIGENTES PARA NOSSOS CLIENTES”“SOLUÇÕES INTELIGENTES PARA NOSSOS CLIENTES”

A Campagro é uma empresa espe-cializada na comercialização e distri-buição de insumos e sementes com a maisalta qualidade para várias culturas, taiscomo cana-de-açúcar, milho, feijão, café,hortifruti e soja.

Com sede no município de Orlândia(SP), a Campagro cresceu baseada nobom atendimento, na maior proximi-dade com o produtor rural e disponi-bilizando apenas produtos compradosdiretamente dos fabricantes, trabalhandoassim com preço e qualidade.

A empresa tem como missão levarsoluções para o cliente através de assis-tência técnica, produtos de qualidade,informações de mercado, visandoaumentar a lucratividade com respeitototal ao meio ambiente e a todos osenvolvidos.

A Campagro foi fundada em 1990.Nestes 17 anos atuando no mercado deinsumos, a empresa se solidificou no

Campagro solidifica atuação em Minas e São PauloCampagro solidifica atuação em Minas e São PauloCampagro solidifica atuação em Minas e São PauloCampagro solidifica atuação em Minas e São PauloCampagro solidifica atuação em Minas e São Paulo“Soja Inox”: a“Soja Inox”: a“Soja Inox”: a“Soja Inox”: a“Soja Inox”: a

variedade resistentevariedade resistentevariedade resistentevariedade resistentevariedade resistenteà ferrugem-asiáticaà ferrugem-asiáticaà ferrugem-asiáticaà ferrugem-asiáticaà ferrugem-asiática

mercado da Alta Mogiana, Triângulo eSudoeste Mineiro, com filiais em Batatais(SP), Franca (SP), São José do Rio Pardo(SP), Guaíra (SP), Passos (MG), Uberaba(MG) e Sacramento (MG).

A empresa é representante dasprincipais empresas do agronegócionacional, como a BASF, Monsanto,Nortox, Milenia, Chemtura, Cheminova,Agromen, Arysta, Agripec, GrupoBiosoja, Serrafértil, Compo, DowAgroSciences e Morlan

Alteração de telefoneAlteração de telefoneAlteração de telefoneAlteração de telefoneAlteração de telefone

O telefone da matriz da Campagro,em Orlândia, mudou para (16) 3820-0200. Essa mudança ocorreu em razãoda migração do telefone para umaplataforma digital, que possibilita umautilização de novos recursos tecnológicos,visando entre outras vantagens, ummelhor atendimento ao cliente.

A Fundação de Apoio à PesquisaAgropecuária do Mato Grosso lançaráno dia 08 de fevereiro a primeiravariedade de soja resistente ao fungocausador da ferrugem da soja.

Batizada de “Soja Inox” -referência a materiais anti-ferrugem -a variedade começou a ser pesquisadaem 2002 e estará à disposição dosprodutores de sementes para a safra2008/2009 no Cerrado, segundoFario Minoru Hiromoto, diretor-superintendente da Fundação MT.“Vamos continuar pesquisando paralevar o material a outras regiões, comoParaná e Rio Grande do Sul. Nãosabemos se será possível ainda para apróxima safra”, avisa Hiromoto.

Ele diz que ainda não há um preçodefinido para a nova variedade. “Mas,certamente, terá um custo menor doque se o produtor tivesse que comba-ter a doença em variedades conven-cionais”, adianta o especialista. Segun-do ele, é recomendável que o produ-tor, ao usar a Inox, faça uma aplicaçãode fungicida, para dificultar que seestabeleça resistência à variedade.

O novo material estará disponívelpara os ciclos precoce, médio e longoe é adaptado aos estados do MatoGrosso, Mato Grosso do Sul, Goiás,Minas Gerais, Tocantins, Maranhão eBahia.

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O Presidente da CNA - ConfederaçãoNacional da Agricultura, Fábio de SallesMeirelles, foi reeleito, no dia 6 dedezembro, por unanimidade dos 194delegados representantes votantes, paraa Presidência da FAESP - Federação daAgricultura do Estado de São Paulo, emeleição realizada, na sede da entidade,para a escolha da diretoria para o triênio2008- 2010.

A FAESP congrega 236 sindicatosrurais, que, com 310 Extensões de Base,perfazem um total de 543 municípiospaulistas representados nos dias atuais dototal de 646 municípios. Após o encer-ramento da votação, Meirelles defendeua união do setor e das entidades represen-tativas como forma de sensibilização dosPoderes Públicos para que seja implan-tada no País uma política agrícola abran-gente, de longo prazo. Assim acredita,seriam atenuado os efeitos das políticasmacroeconômicas e se asseguraria produ-ção e renda aos produtores, dando condi-ções para o desenvolvimento, concomi-tantemente, tanto da agricultura energé-tica e produção de alimentos para oabastecimento de mais de 200 milhões debrasileiros. “Temos todas as possibilidadesde produzir alimentos e biocombustíveistanto para o mercado interno quanto parao externo, com custos extremamentecompetitivos com desenvolvimentosustentável”.

Destacou ainda como uma das maio-res premências o seguro rural, “queatualmente carece de ajustes e de recursospara garantir renda e não apenas indeni-zação contra sinistros.”

Tranqüilidade no campoTranqüilidade no campoTranqüilidade no campoTranqüilidade no campoTranqüilidade no campo

Meirelles ainda afirmou que para ha-ver tranqüilidade no campo é necessária

Fábio Meirelles é reeleito por unanimidade na FAESPFábio Meirelles é reeleito por unanimidade na FAESPFábio Meirelles é reeleito por unanimidade na FAESPFábio Meirelles é reeleito por unanimidade na FAESPFábio Meirelles é reeleito por unanimidade na FAESP

a redução das diferenças regionais, “comoforma de proporcionar a todos os pro-dutores e trabalhadores rurais brasileirosas condições indispensáveis para manteros ganhos de produtividade, gerar empre-gos e renda no campo, com o fortaleci-mento das cadeias produtivas”.

Mas, para que isso aconteça, considerade fundamental importância o fortaleci-mento das Federações da Agricultura eSindicatos Rurais, cuja atuação junto aosprodutores e na representação do setorgarantirá o acesso a novas tecnologias, asegurança sanitária animal e vegetal e apolíticas públicas adequadas e suficientespara o desen-volvimento da atividade.

Ao finalizar, ressaltou que o Brasil temtodas as condições para desenvolverainda mais a sua agropecuária, assumindoum papel de liderança mundial naprodução e na exportação de alimentos,fibras e biocombustíveis. “Para tanto, épreciso ter ousadia e visão de futuro,investimento e planejamento emconsonância com as potencialidadesbrasileiras.”

A região da Alta Mogiana está maisuma vez bem representada na novadiretoria da FAESP. O Dr. Irineu deAndrade Monteiro, presidente doSindicato Rural de Patrocínio Paulista(SP), é membro efetivo da diretoria. Jáo presidente do Sindicato Rural deFranca (SP), Geraldo Cintra Diniz, estácomo suplente.

Confira a composição da diretoriaeleita da FAESP:-

DIRETORIADIRETORIADIRETORIADIRETORIADIRETORIAFábio de Salles MeirellesAmauri Elias XavierEduardo de MesquitaJosé CandêoMauricio Lima Verde GuimarãesLeny Pereira Sant ́ AnnaJosé Eduardo Coscrato LelisArgemiro Leite FilhoLuiz SuttiIrineu de Andrade MonteiroAngelo Munhoz Benko

SUPLENTESSUPLENTESSUPLENTESSUPLENTESSUPLENTESTirso de Salles MeirellesPedro Luiz Olivieri LucchesiGeraldo Cintra DinizArmando Prato NetoFernando Carvalho de SouzaSaladino Simões de Almeida FilhoEduardo Luiz Bicudo FerraroMárcio Antonio VassolerEneida Ramalho PaschoalIvo BotonLourivalKoji Kawasima

Irineu MonteiroIrineu MonteiroIrineu MonteiroIrineu MonteiroIrineu Monteirorepresenta a regiãorepresenta a regiãorepresenta a regiãorepresenta a regiãorepresenta a região

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Jailson Lopes CruzJailson Lopes CruzJailson Lopes CruzJailson Lopes CruzJailson Lopes Cruz11111

O mamoeiro é uma plantatropical, que encontra excelentescondições de desenvolvimento emvárias regiões do Brasil. A par-ticipação brasileira na produçãomundial de mamão é da ordem de24%, com um volume de 1,6milhão de toneladas de frutos(FAO, 2006), e apresentando umvalor da produção estimado em R$765 milhões (IBGE, 2006).

Dentre os Estados com maioresvolumes de produção destacam-se a Bahia, responsável por 46% daprodução nacional, e o Espírito Santo,com 40% (IBGE, 2006). Vale ressaltarque a cultura do mamão é uma dasprincipais atividades da fruticulturabaiana, gerando em torno de 30 milempregos.

Em relação ao mercado da fruta, omamão encontra-se listado na pauta deexportações brasileira, tendo atingido,em 2005, um montante superior a 30milhões de dólares, classificando-a comoa sexta fruta fresca em valor exportado(FAO, 2006).

Mesmo ocupando essa posição, aparticipação brasileira na exportação demamão ainda está muito aquém dodesejado, pois a quantidade que é colo-cada no mercado internacional corres-ponde a menos de 2,5% da produçãonacional.

No entanto, o potencial brasileiro deexportação do mamão é muito grande,visto que as variedades produzidas noPaís são compatíveis com a demanda domercado externo.

Um dos problemas relacionados àpequena capacidade de exportação domamão brasileiro é a falta de certificaçãoque ateste a qualidade das frutas e a formamais sustentável como elas foramproduzidas.

Exigências dessa natureza têm sidofeitas pelo Mercado Comum Europeu,principal comprador do mamãobrasileiro, bem como pelo mercado norteamericano.

Segundo Fachinelo (1999) “a Produ-ção Integrada de Frutas (PIF) surgiucomo uma extensão do Manejo Integrado

Certificação em Produção Integrada de MamãoCertificação em Produção Integrada de MamãoCertificação em Produção Integrada de MamãoCertificação em Produção Integrada de MamãoCertificação em Produção Integrada de Mamão

de Pragas (MIP) nos anos 70, como umanecessidade de reduzir o uso de pesticidase de se obter maior respeito ao ambiente.Nesta época os produtores de maçãs doNorte da Itália verificaram que os ácarosda macieira tinham adquirido resistênciaaos acaricidas.

Em função disso, e com auxílio depesquisadores, iniciaram um programa demanejo integrado de ácaros, usandomonitoramento e técnicas alternativas decontrole. Posteriormente foi verificadoque o problema dos ácaros perdeuimportância e os produtores voltaramaos velhos costumes. Em conjuntodecidiram que deveria haver mudançasprofundas em todo o sistema e que aspráticas isoladas para o controle de umapraga ou doença não eram suficientes;era necessária uma integração com asdemais práticas culturais.

Assim foram dados os primeiros passospara o estabelecimento das bases para aProdução Integrada de Frutas (PIF)”. NoBrasil, técnicos da Embrapa Uva e Vinhoperceberam a necessidade brasileira detambém responder aos apelos da socie-dade para se obter produtos agrícolasdentro dos critérios de sustentabilidade,o que fundamentou a decisão de proporum processo para a maçã.

Para isto, convidaram no fim de 1996instituições públicas e privadas paradesenvolver no Brasil este sistema eofereceram à Associação Brasileira deProdutores de Maçã (ABPM) e a quatroempresas e uma cooperativa de pequenosprodutores a parceria para implantar, emcada uma delas, a primeira versão de umsistema de Produção Integrada no Brasil(Sanhueza, 2007).

Os Sistemas de Produção Integradavisam estabelecer práticas que, no seuconjunto, tenham como objetivo viabi-

lizar, a médio e longo prazo, oempreendimento rural comonegócio rentável, com segurançapara a saúde humana e comsustentabilidade. Assim, essesistema estabelece várias metas nasquais se incluem a redução/racionalização no uso de agro-químicos para a proteção (pes-ticidas) e nutrição (fertilizantes) dasplantas, substituindo-os, ainda queparcialmente, por métodosalternativos.

Estabelece, ainda, a necessi-dade de avaliação dos efeitos das

práticas culturais sobre a qualidade do ar,da água e do solo. Essa forma de praticara agricultura, melhorando a qualidade dofruto e preservando o meio ambiente,tem como enfoque principal oconhecimento holístico do sistemaagrário, o qual combina o uso de métodosnaturais, biológicos e químicos, consideraa melhoria do meio ambiente e leva emconsideração o atendimento às demandassociais.

Assim, a Produção Integrada de Frutasveio para substituir os atuais sistemas deprodução - que têm gerado aumento decustos, problemas ao ambiente (erosão,desertificação, poluição por agrotóxicose perda de biodiversidade) e problemasà saúde do consumidor (altos níveis depesticidas nos frutos) - por sistemas deprodução mais sustentável.

Situação atualSituação atualSituação atualSituação atualSituação atual

Todos os principais países produtoresda Europa, além da Austrália, da Novada Zelândia e da África do Sul, têm osistema de Produção Integrada emfuncionamento, especialmente paramaçãs, para outras frutas de climatemperado e para alguns produtosderivados, tais como o vinho.

Esta estratégia de produção tambémestá sendo implementada para hortaliçase cereais. No ano de 1998, o Ministérioda Agricultura, Pecuária e Abastecimentoconcebeu o programa geral de Projetode Produção Integrada de Frutas comoforma de melhorar o padrão de qualidadedas frutas brasileiras e dinamizar asexportações, bem como atender ocrescente anseio da população brasileira– mercado interno – por frutas maissaudáveis e produzidas com base em boaspráticas agrícolas.

1 - Pesquisador da Embrapa Mandioca eFruticultura Tropical, Cx. Postal 007 – Cruzdas Almas (BA) Email: [email protected]

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O programa foi expandido para além da fruticultura etransformou-se em SAPI - Sistema Agropecuário de Pro-dução Integrada, abrangendo 56 projetos e incorporandoculturas e criações diversas. A partir do ano de 2004, acoordenação da Produção Integrada de Mamão na Bahia(PI Mamão) passou a ser exercida pela Embrapa Mandiocae Fruticultura Tropical que, juntamente com a Adab, EBDAe Sebrae, conseguiu implantar esse sistema em algumaspropriedades da região do extremo sul desse Estado. Osnúmeros referentes à Produção Integrada encontram-se naTabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1.

Vantagens da Produção IntegradaVantagens da Produção IntegradaVantagens da Produção IntegradaVantagens da Produção IntegradaVantagens da Produção Integrada

Para o produtor:- Organização da base produtiva;- Produtos de melhor qualidade;- Valorização do produto e maximização dos lucros;- Diminuição dos custos de produção;- Produto diferenciado;- Competitividade;- Permanência nos mercados.

Para o consumidor- Garantia de frutas de alta qualidade;- Índice de resíduos de acordo com padrões brasileiros einternacionais;- Sustentabilidade do processo de produção e pós-colheita.

Diferenças entre sistemas de produçãoDiferenças entre sistemas de produçãoDiferenças entre sistemas de produçãoDiferenças entre sistemas de produçãoDiferenças entre sistemas de produção

A comparação entre três sistemas de produção pode servisto na Tabela 2Tabela 2Tabela 2Tabela 2Tabela 2.

Uma das principais diferenças entre os sistemas entre osistema PIF e o convencional, além da legislação existente, éque nesse novo sistema a aplicação de defensivos deve levarem consideração os seguintes aspectos:

- Produtos registrados;- Métodos preventivos;- Não aplicação calendário;- Racionalização do uso e do número de aplicações;- Produtos seletivos;- Baixa toxicidade ao homem, animais e ao meio ambiente;- Aplicação correta, evitando contaminar o aplicador e o meio

ambiente.

RastreabilidadeRastreabilidadeRastreabilidadeRastreabilidadeRastreabilidade

A rastreabilidade é a ação de poder determinar, a partir de umcerto momento, todas as condições em que foi produzida,transportada e embalada a fruta. Estas ações requerem a corretaidentificação do produto, de forma que se consiga determinar,através de registros existentes, todas as condições mencionadas. Asfrutas produzidas dentro do sistema de produção integrada devem-se manter sempre identificadas desde o momento da colheita até oembarque para o local definitivo de venda. A rastreabilidade é umsistema de identificação e registros que permitem encontrar ahistória, a origem do lote e, eventualmente, a causa de umaimpropriedade (GIRARDI, 2001), ou seja, com a rastreabilidade épossível saber a procedência dos produtos; os procedimentostécnicos adotados e quais os produtos utilizados no processoprodutivo.

Certificação em PIFCertificação em PIFCertificação em PIFCertificação em PIFCertificação em PIF

Depois que os auditores concluírem que não existe nenhumainconformidade na propriedade (baseada na lista de verificação),emitem um documento certificando a área avaliada.

Quando o produtor dispõe de casa de embalagem e desejacertificá-la, também é possível realizá-la no âmbito da PIF. Asinspeções são realizadas por organismos credenciados, que estãosob o rígido controle do INMETRO. (Texto adaptado deTexto adaptado deTexto adaptado deTexto adaptado deTexto adaptado deOliveira, 2002Oliveira, 2002Oliveira, 2002Oliveira, 2002Oliveira, 2002)

Maçã*Manga*Uva**Mamão*Citros*Banana*Pêssego*Caju*MelãoGoiaba*Figo*Caqui*Maracujá*Coco*AbacaxiMorangoTotalTotalTotalTotalTotal

EspécieEspécieEspécieEspécieEspécie

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206 26 212 67 105 15 39 27 25 23 30 12 16

1931 .5211 .5211 .5211 .5211 .521

Nº de produtoresNº de produtoresNº de produtoresNº de produtoresNº de produtores /empresas /empresas /empresas /empresas /empresas

17.319 461.8607.025 172.221

4.031 133.6701.200 120.0001.315 30.425

500 17.500520 6.240

1.500 1.8005.500 85.000

75 300120 1.093

84 3.00056 5.500

414 20.368125 4.000105 2.550

39.889 1.065.52739.889 1.065.52739.889 1.065.52739.889 1.065.52739.889 1.065.527

ÁreaÁreaÁreaÁreaÁrea(ha)(ha)(ha)(ha)(ha)

ProduçãoProduçãoProduçãoProduçãoProdução(t)(t)(t)(t)(t)

Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1. Situação atual da Produção Integrada de Frutas.

* projetos com Normas Técnicas Específicas publicadasFonte: DEPROS/SDC/MAPA – 18/12/2006

Manejo do soloAgroquímicosAdubaçãoLegislação

Intenso Mínimo MínimoPouco controle Restritos NaturaisPouco controle Sob controle Orgânica Não dispõe IN 20/2001 Lei CCE 2092

Tabela 2.Tabela 2.Tabela 2.Tabela 2.Tabela 2. Rápida comparação entre três sistemas de produção.

Práticas Práticas Práticas Práticas PráticasAgronômicasAgronômicasAgronômicasAgronômicasAgronômicas

Convencional Convencional Convencional Convencional Convencional PIF PIF PIF PIF PIF Orgânico Orgânico Orgânico Orgânico Orgânico

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Laura Maria Molina Meletti Laura Maria Molina Meletti Laura Maria Molina Meletti Laura Maria Molina Meletti Laura Maria Molina Meletti 11111

Camilla de Andrade PachecoCamilla de Andrade PachecoCamilla de Andrade PachecoCamilla de Andrade PachecoCamilla de Andrade Pacheco22222

O Brasil é, atualmente, o maiorprodutor mundial de maracujá-amarelo(Passiflora edulis Sims.), produzindo cercade 500 mil toneladas anuais. A culturaestá presente em quase todo o territórionacional, com forte apelo social, e pro-porciona renda para inúmeros pequenosmunicípios, cuja economia baseia-se naagricultura familiar. A cultura se destacapelo uso intensivo de mão-de-obra, gera-ção de empregos e fixação do homem aocampo.

O maracujazeiro-amarelo é uma dasmuitas plantas cultivadas que exige apolinização cruzada para a produção defrutos. Isso significa que há necessidadede uma eficiente troca de pólen entreflores de diferentes plantas para a obten-ção de níveis satisfatórios de produti-vidade, compatíveis com os elevadoscustos de produção da fruteira.

A polinização das flores do maracu-jazeiro-amarelo pode ser natural, quandorealizada por insetos bastante específicos,como a mamangava. Pode ser tambémrealizada artificialmente, de formamanual. Embora o Brasil seja atualmenteo maior produtor mundial de maracujá,a produtividade média nacional ainda ébaixa, bastante inferior àquela obtidaquando níveis adequados de polinizaçãoe irrigação são atingidos.

Quando a polinização é realizadaeficientemente, resulta em frutos maiorese mais pesados. Se ela não ocorre, oresultado é o inverso, obtendo-se frutosmuito leves, pequenos e parcialmentevazios, sem valor comercial. Isto aindapode ser bastante observado em campo,apesar dos esforços dos técnicos. Adesinformação de produtores inexpe-rientes e de alguns técnicos ligados aoutras culturas têm resultado em pro-blemas na polinização, que acabam emfrustração de safra. Observa-se, nestescasos, total ausência de frutificação ousignificativa redução na produtividade,pelo manejo inadequado desta im-portante etapa da produção do maracujá.

O maracujazeiro é uma planta cujasflores são entomófilas, ou seja, sãopolinizadas apenas por insetos. O ventonão realiza esta operação porque o pólendas flores do maracujá é pegajoso epesado, impossibilitando o transporte deuma flor para outra. Os insetos que visi-tam as flores do maracujá são muitos.Algumas espécies selvagens são polini-zadas por beija-flores, morcegos, masdentre todos os visitantes florais do mara-cujá, apenas as mamangavas (Xylocopaspp.) demonstram as características ecomportamento necessários para seremconsideradas polinizadores eficientes dosplantios comerciais do maracujá.

As mamangavas são eficientes napolinização devido ao seu tamanho e seucomportamento durante a coleta denéctar e pólen. Entretanto, essas abelhastêm se tornado escassas na natureza, emfunção do desmatamento e das pulve-

rizações químicas realizadas em largaescala, principalmente em monoculturasextensivas. Na falta delas, a polinizaçãomanual das flores tem sido adotada comoprática corrente nos pomares comerciais.

Diferentemente do que ocorre empomares de outras frutas, as abelhaseuropéias (Apis mellifera) e as irapuás(Trigona spp) têm sido consideradasnocivas à cultura do maracujá, porquecausam efeitos negativos na produtivi-dade. Elas coletam praticamente todo opólen produzido pela flor, às vezes antesmesmo dela se abrir. Também retiramtodo o pólen de botões florais semi-abertos, antecipando a abertura das florese ocasionando a ausência de pólenquando as mamangavas chegam paratrabalhar. Na prática, este comporta-mento determina queda drástica naprodutividade, porque quando os produ-tores chegam às flores para fazer a polini-zação artificial, prática corrente e reco-mendada para ampliar a produtividadedos pomares, já não encontram maispólen nas flores.

Para os produtores que não adotama polinização manual, a mais eficiente,ou não querem arcar com os custos destaprática, os estudos relacionados compolinização natural do maracujazeirocitam a eficiência de várias espécies dogênero Xylocopa, mais conhecidas comomamangavas, como os únicos agentespolinizadores para pomares comerciais

1 - Pesquisadora Científica, InstitutoAgronômico, IAC. Caixa Postal 28, Campinas,SP. CEP: 13.012-970. e-mail: [email protected] - Graduanda em Engenharia Agronômica,UFSCar, Via Anhanguera, km 174 – C. Postal153, 13600-970 - Araras-SP. E-mail:[email protected]

Polinização do MaracujazeiroPolinização do MaracujazeiroPolinização do MaracujazeiroPolinização do MaracujazeiroPolinização do Maracujazeiro

Flor do Maracujá-Amarelo (Passiflora edulis)Flor do Maracujá-Amarelo (Passiflora edulis)Flor do Maracujá-Amarelo (Passiflora edulis)Flor do Maracujá-Amarelo (Passiflora edulis)Flor do Maracujá-Amarelo (Passiflora edulis)

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(NISHIDA, 1958; CARVALHO &TEÓFILO SOBRI-NHO, 1973;RUGGIERO et al., 1975; CAMILLO,1978; CORBET & WILLMER,1980). A abelha comum A.A.A.A.A.melliferamelliferamelliferamelliferamellifera foi considerada comoinseto-praga pelos produtores devárias regiões importantes na pro-dução de maracujá, de norte a sul dopaís, como por exemplo, em Araguari(MG), onde se concentram ospomares da agroindústria MaguaryS.A.

Também no Estado de São Paulo,vários relatos de produtores indicaramque há um período do ano em que asmamangavas desaparecem ou diminuemmuito e as abelhas-europa (Apis mellifera)atacam as flores do maracujazeiro commais voracidade, tornando-se pragasimportantes para a cultura. A reduçãoda diversidade de culturas gerada pelasextensas áreas de monocultura (ex: cana-de-açucar) têm levado à conseqüentediminuição da disponibilidade dealimento para as abelhas, que passaram acompetir com outros insetos poliniza-dores. Diferentemente de outras culturas,como a da laranja, a presença das abelhasdurante a florada é altamente prejudicial,pelos motivos apontados anteriormente.

Estudos quantitativos realizados peloIAC, instituto que completou 120 anosde tradição e trabalho de pesquisaagrícola em 2007, apontaram umvingamento das flores da ordem de 62%resultante da polinização cruzadamanual, contra 35% em flores polini-zadas por mamangavas, desde que semqualquer interferência de abelhas, eapenas 6% com sua interferência. Diantede resultados tão expressivos, já existemrelatos de estudos acadêmicos visandopráticas culturais para reduzir o ataque

de abelhas sobre o maracujazeiro, pelaoferta de fontes alimentares alternativasnos momentos em que apenas eleencontra-se florido numa determinadaregião agrícola.

Uma dessas opções alimentares é oplantio de manjericão, que deve estarlocalizado no meio do caminho entre amata onde esses insetos tenham seusninhos e o pomar. Ali, as abelhas encon-tram alimento farto e abundante empraticamente todo o ano, sem que oprodutor tenha trabalho adicional, poiso manjericão cresce sozinho e nãonecessita de cuidados especiais.

Desta forma, as abelhas saem de seusninhos para obter alimento, encontramum campo florido e com fartura depólen, deixando as flores do maracujá,ou a maioria delas, livres para asmamangavas.

Quando existem problemas nopegamento das flores nos pomares, elascaem em grande quantidade. Para queuma flor de maracujá fecunde e setransforme em frutos, há necessidade dapolinização. Ela pode ser natural, feitapor mamangavas, mas onde elas sãopoucas ou não existem, a polinização temque ser realizada manualmente,trocando-se pólen entre flores de plantasdiferentes.

Se esta operação não é realizada, aflor não fecundada cai no chão entre 1 e3 dias após sua abertura. Se houver umperíodo de dias nublados ou chuvosos,então o pólen molha e estoura.Igualmente, a flor não fecundada cai nochão em poucos dias. Por isso, muitaspessoas que desejam ter um pé demaracujá produzindo em casa nuncaconseguem ver frutos. A causa é a faltade polinização, muitas vezes pelo fato dese ter uma única planta, que nãopossuiuma parceira com quem possa efetuar atroca de pólen e frutificar.

Para ter certeza de que houvepolinização, primeiro é preciso ter

também a certeza de que o pólenutilizado na fecundação está vindo deplantas diferentes, ou seja, que estejahavendo cruzamento entre plantasentre plantasentre plantasentre plantasentre plantasdiferentesdiferentesdiferentesdiferentesdiferentes. Se houver transferênciade pólen de uma flor para outra,dentro da mesma planta, não haveráfecundação, porque o maracujazeironão aceita pólen dele mesmo, porqueapresenta o fenômeno da auto-incompatibilidade.

É importante ter a certeza de queas mudas forma originadas de plantasdiferentes. É comum que um pro-

dutor alinhe 10-15 plantas formadas apartir de sementes de um mesmo fruto.Neste caso, todas estas plantas são irmãs enão cruzam entre si.

Excluída a possibilidade de parentesco,para solucionar eventuais problemas napolinização, é preciso ainda verificar ohorário em que ela está sendo realizada.As flores do maracujazeiro podem setransformar em frutos apenas quando aflor está totalmente aberta, em dias secose ensolarados, e quando as estruturasfemininas estão completamente curvadassobre a coroa vermelha da flor.

Se a polinização for feita comumidade no ar (dias nublados ou antesde chuva), o pólen estoura e não háfecundação. Se ela for feita muito cedo(antes das 14 horas), a flor ainda não estáreceptiva. E se chover até 2 horas após apolinização, o pólen estoura antes decompletar a fecundação. Finalmente, épreciso verificar também se a pessoa queestá polinizando tem as mãos secas. Seela apresentar suor abundante nas mãos,esta umidade estoura o pólen e não háfrutificação nas plantas.

Uma vez executada corretamente apolinização, com população adequada demamangavas ou mediante orientação dosoperadores da polinização artificial, omaracujazeiro é capaz de produzir umagrande quantidade de frutos, grande,pesados, saborosos, que certamentedarão água na boca daqueles queplantaram e estarão vendo, literalmente,os frutos do seu trabalho.

Mamangava (Xylocopa) em flor de maracujáMamangava (Xylocopa) em flor de maracujáMamangava (Xylocopa) em flor de maracujáMamangava (Xylocopa) em flor de maracujáMamangava (Xylocopa) em flor de maracujáF

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O efeito positivo da polinizaçãomanual no vingamento de frutos demaracujazeiro é bastante conhecido porpesquisadores, mas os produtores aindanão têm a devida consciência do valordesta prática cultural na rentabilidadedos pomares.

Flores polinizadas manualmenteresultam numa taxa média de 76% devingamento (pegamento dos frutos), oque ocorre com apenas 7% das florespolinizadas naturalmente. Isso repre-senta 10 vezes mais produtividade nopomar. Além disso, a quantidade desementes resultantes de flores polini-zadas à mão é pelo menos quatro vezessuperior, o que implica em frutosmaiores e mais pesados, com maior por-centagem de suco. Como o maracujá éuma fruta cuja aparência externadetermina o valor comercial e écomercializado por peso, o benefício éduplo.

Sazima e Sazima (1978) obtiveram53% de vingamento da flor compolinização cruzada manual, contra25% em flores polinizadas por maman-gavas desde que sem qualquer inter-ferência de abelhas irapuás ou apenas6% com sua interferência.

Quando fazer a polinizaçãoQuando fazer a polinizaçãoQuando fazer a polinizaçãoQuando fazer a polinizaçãoQuando fazer a polinizaçãomanualmanualmanualmanualmanual

1 - Em pomares infestados pormuitas pragas, o uso freqüente deinseticidas provoca uma reduçãodrástica na população de mamangavas,porque elas são altamente sensíveis aesses produtos. A ausência delasdetermina a polinização manual (PM);

2 - Locais com extensas plantaçõesde grãos e sem matas nativas nãopossuem mamangavas em quantidadesuficiente.

3 - Onde há ataque de abelhas (Apismellifera) ou elevada população deabelhas irapuás (abelhas cachorro) apolinização manual é imprescindível. Asabelhas retiram todo o pólen das florese não efetuam a polinização, porque nãopossuem o tamanho necessário para estafinalidade. Prejudicam, também,porque repelem as mamangavas.

4 - Em pomares muito grandes, commais de 3.000 plantas. Neste caso, onúmero de mamangavas dificilmenteserá suficiente para visitar todas as flores.

Quando não se deve fazer aQuando não se deve fazer aQuando não se deve fazer aQuando não se deve fazer aQuando não se deve fazer apolinização manualpolinização manualpolinização manualpolinização manualpolinização manual

Quando há excesso de oferta demaracujá no mercado, o preço da frutase reduz significativamente, por questõesde mercado (oferta e procura). Nestasituação, pode não compensar para oprodutor bancar o custo desta operação,fazer polinização manual e ampliar aprodutividade, para vender os frutos abaixos preços. Além disso, uma elevadaprodutividade no período desfavorávelpode provocar o esgotamento da planta,fazendo com que ela produza pouco noperíodo de preços mais altos. Em regiõeslitorâneas, com áreas de preservaçãoambiental, existe uma população bastantegrande de mamangavas. A polinizaçãomanual complementar, nestas situações,pode resultar em excesso de produçãona planta, o que geralmente, diminui otamanho dos frutos.

Como fazer a polinização manualComo fazer a polinização manualComo fazer a polinização manualComo fazer a polinização manualComo fazer a polinização manual

A flor do maracujá é completa, ouseja, composta de partes femininas(estígma, estilete e ovário) e masculinas(antera e estames). Apesar disso, ela nãose auto-fecunda, porque possui ummecanismo fisiológico que faz com que aflor de uma planta não aceite o pólen delamesma. Por isso, há necessidade de trocarpólen entre plantas diferentes, para quea fecundação da flor ocorra, resultandoem frutos.

O pólen, um pó amarelo, é produ-zido na antera. Ele deve ser trazido deflores de outras plantas diferentes daquelaque se deseja polinizar, o que exigecuidados especiais. Para que a polinizaçãomanual seja bem sucedida, o produtordeve conhecer bem as fases de curvaturado estilete (parte feminina da flor) paradefinir a hora exata em que iniciará aatividade.

As flores do maracujá são classificadasde acordo com a curvatura do estileteem três tipos: flor com estilete totalmentecurvado; flor com estilete parcialmentecurvado; e flor com estilete sem nenhumacurvatura. Os três tipos ocorremsimultaneamente na mesma planta, masas produtivas apresentam pelo menos70% de flores totalmente curvas, que é oestágio em que a polinização é bem-sucedida.

Geralmente, as flores do maracu-jazeiro-amarelo se abrem a partir das13:00 horas (horário de verão) nosperíodos quentes, mas, o maior índicede flores com máxima curvatura dosestiletes só ocorre a partir das 15:00horas, em horário de verão.

Depois que as flores estão comple-tamente abertas e com os estiletestotalmente curvos sobre a coroa defilamentos roxos, o produtor deve tocaros dedos nas anteras até que fiqueimpregnado com pólen (pó amarelo) etocar levemente nas 3 estigmas de umaoutra flor. Em seguida, nesta mesmaflor, o produtor deve tocar novamenteas anteras para retirar mais pólen.

Na prática, deve fazer ummovimento giratório com os dedos aoredor da coluna central da flor, o quefaz com que o pólen grude em seusdedos, para depois fazer um movimentoascendente nesta mesma coluna,quando então colocará o pólen que estáem suas mãos na parte feminina da flor,promovendo a polinização.

Uma pessoa treinada, utilizando asduas mãos, consegue polinizar entre1500 e 2000 flores por hora. Algunsprodutores preferem usar dedeiras deflanela para colocar mais pólen sobreas flores, mas as dedeiras não sãorecomendadas, pois tiram asensibilidade do operador, diminuindoo rendimento e provocando ferimentosou quebrando os estigmas.

Nos locais onde as abelhas roubamtodo o pólen, pode-se utilizar “culturas-armadilhas” fora do pomar. É comumplantar-se uma quadra de manjericão,por exemplo, que floresce o ano todo eé altamente atrativo para as abelhas.Assim, elas obtêm uma fonte alimentaralternativa, prejudicando menos asflores do maracujá.

Recomenda-se, em altas infestaçõesde abelhas, que, antes da abertura dasflores, o produtor vá até ao pomar, porvolta das 12:00 horas, e abra algunsbotões que apresentam a ponta branca(10% das flores,que se abrirão emseguida). Desta amostra, retira as anterascom os grãos de pólen, que são asestruturas amarelas. Coloca-as numavasilha, mantendo-as em localsombreado até a hora em que as demaisflores estiverem aptas para serempolinizadas.

Benefícios da polinizaçãoBenefícios da polinizaçãoBenefícios da polinizaçãoBenefícios da polinizaçãoBenefícios da polinização

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O Secretário de Estado José CarlosCarvalho enviou projeto de lei àAssembléia Legislativa do Estadoobjetivando a auto-suficiência dassiderúrgicas mineiras quanto ao uso decarvão vegetal proveniente de flores-tas plantadas. Segundo o Projeto, apartir de 2008, o uso de carvão prove-niente da mata nativa de Minas Geraisnão poderá mais exceder a 10% deconsumo total, independentementedas taxas a serem cobradas. O restantedo carvão a ser utilizado, deverá seroriginário de florestas plantadas ou deoutros Estados. O prazo é de 10 anospara que as siderúrgicas atinjam osuprimento pleno de seus autos-fornoscom carvão vegetal oriundo deflorestas plantadas.

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

A terceirização do plantio florestalcom pequenos e médios produtoresrurais evita o custo de aquisição e imo-bilização de capital em novas terrraspor parte das empresas verticalizadas.Esse procedimento permite, de umlado, que os fabricantes contem comuma fonte alternativa de abaste-cimento; de outro lado, permite queos proprietários rurais aproveitemeconomicamente suas terras ociosas econtem com uma alternativa derenda. O proprietário rural obtém, dasempresas, financiamento para im-plantação e formação da floresta,acompanhado de assistência técnica eorientação gerencial, possibilitando aoempreendedor rural auferir lucro parareinvestir na atividade. Tal financia-mento será pago, no futuro, com parteda madeira produzida.

Nova Lei FlorestalNova Lei FlorestalNova Lei FlorestalNova Lei FlorestalNova Lei Florestalem Minas Geraisem Minas Geraisem Minas Geraisem Minas Geraisem Minas Gerais

Reflorestamento emReflorestamento emReflorestamento emReflorestamento emReflorestamento empequenas propriedadespequenas propriedadespequenas propriedadespequenas propriedadespequenas propriedades

Por 25 votos a 1, foi aprovado emdezembro passado, na Comissão deAgricultura da Câmara dos Deputados, onovo Código Florestal Brasileiro. Oprojeto de lei segue agora para ascomissões de Meio Ambiente e Desen-volvimento Sustentável e de Constituição,Justiça e Cidadania, antes de ir para oSenado.

O relator do projeto, deputado Ho-mero Pereira (PR-MT), apresentou umsubstitutivo ao original. Este substitutivofoi aprovado com quatro emendas apre-sentadas pelos demais deputados da co-missão. Duas destas emendas são do de-

Câmara aprova Novo Código FlorestalCâmara aprova Novo Código FlorestalCâmara aprova Novo Código FlorestalCâmara aprova Novo Código FlorestalCâmara aprova Novo Código Florestalputado Valdir Colatto (PMDB-SC), únicoa votar contra a aprovação do proje-to.Há dois anos tramitando no CongressoNacional, o novo Código Florestal é alvodas atenções de produtores rurais e ambi-entalistas. Ele prevê, por exemplo, amanutenção dos limites de reservas legaisnas propriedades da Amazônia Legal, quecompreende nove estados: Acre, Amapá,Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima,Tocantins, Maranhão e parte do MatoGrosso. Elas são parcelas de propriedadesdestinadas à conservação da floresta, masque podem ser utilizadas para a explora-ção sustentável.

O Besouro Desfo-lhador ou besouro-quatro-pintas é umdesfolhador de euca-lipto ainda poucoconhecido. Vem sedestacando devido aoseu elevado potencialde desfolhamento emplantações de eucalip-tos. As perdas na pro-dução foram estima-das em 16,5% e13,57% no cresci-mento em altura e nodiâmetro, respectivamente, dois anosapós o ataque, em eucaliptos com um anode idade.

Como em outros casos, estas perdasdevem aumentar ainda mais com a idade,até o corte das árvores, resultando emexpressivos prejuízos na produção demadeira.

O besouro é um Chrysomelidae,Metaxyonycha angusta, conhecidopopularmente como besouro de quatro-pintas. Ataca as partes mais tenras das

Besouro-quatro-pintas em eucaliptoBesouro-quatro-pintas em eucaliptoBesouro-quatro-pintas em eucaliptoBesouro-quatro-pintas em eucaliptoBesouro-quatro-pintas em eucaliptoárvores de euca-lipto provocandograndes perdas naprodução de ma-deira.

Os insetos adul-tos apresentamcom coloraçãoamarelo e brilhan-te. Sobre as asasexistem quatromanchas azul-es-verdeadas, combrilho metálico, oque deve ter gera-

do o nome popular de “besouro-quatro-pintas”. Todo o corpo é de coloraçãoamarelada brilhante e sem pêlos. Aspernas e abdome têm coloração amarelae os tarsos são negros, assim como osolhos. Esses besouros alimentam emárvores de Eucalyptus spp. comendo asextremidades dos ramos, como os pon-teiros tenros e as folhas jovens e as folhasdo terço superior das árvores atacadas.Em alguns casos, os insetos deixam apenasas nervuras principais das folhas.

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Os índices de produtividade estão em xequeOs índices de produtividade estão em xequeOs índices de produtividade estão em xequeOs índices de produtividade estão em xequeOs índices de produtividade estão em xeque

Cesário Ramalho da SilvaCesário Ramalho da SilvaCesário Ramalho da SilvaCesário Ramalho da SilvaCesário Ramalho da Silva é presidenteda SRB - Sociedade Rural Brasileira

CESÁRIO RAMALHO DA SILVA

O debate sobre a atua-lização dos índices de pro-dutividade agropecuáriosrecrudesceu após dois arti-gos publicados recente-mente no jornal Folha de S.Paulo. Um do ex-ministroRoberto Rodrigues e o outrodo titular do MDA - Minis-tério do DesenvolvimentoAgrário, Guilherme Cassel.

Hoje, a medição da pro-dutividade leva em contaapenas dois fatores: a ocu-pação intensiva no limite deuso do imóvel rural (lavoura ouanimais) e o quanto a propriedadeproduz economicamente, porexemplo, de carne ou soja, tendo comoperíodo de análise somente um ano-safra.

O cálculo desconsidera condiçõesclimáticas e socioeconômicas a que oprodutor rural estava sujeito na horade produzir e os impactos da atividadeao entorno socioambiental. Rodrigues,assertivamente, defendeu o fim dosíndices, argumentando que o mercadojá se encarrega de funcionar como ins-trumento medidor da produtividade.

Corroborando a opinião do ex-ministro, destaco que a terra por si sónão garante renda. Ela retorna o querecebe em tecnologia, manejo ambien-tal, gestão responsável de pessoas eprocessos, entre outros investimentos.Quem não faz assim fica naturalmentefora do negócio. Por outro lado, oprodutor, que se mantém competitivoem um mercado extremamenteacirrado como temos hoje, conse-quentemente cumpre a função socialda terra.

Cassel, por sua vez, procuroudesqualificar a linha de raciocínio deRodrigues. Mas, diferentemente do queescreveu, que é preciso “superar a

lógica do vale tudo nas áreas rurais”, afir-mo ao senhor ministro do MDA que jáexistem sim políticas públicas para aagropecuária, especialmente relativas aouso da terra.

A Constituição está aí para provar.Estabelece no artigo 185 que é insuscetívelde desapropriação a propriedade produ-tiva. Afirma no artigo 184 que competeà União desapropriar o imóvel rural quenão cumpra a função social. E define noartigo 186 que a função social é cumpridaquando a propriedade rural atende, si-multaneamente, segundo graus e critériosda Lei 8.629/03, os seguintes requisitos:

a) - aproveitamente racional e ade-quado;

b) - utilização adequada dos recursosnaturais disponíveis e preservação domeio ambiente;

c) - observância das disposições queregulam as relações de trabalho;

d) - exploração que favoreça o bem-estrar dos proprietários e dos traba-lhadores.

A existência dos índices coloca emconflito os atributos que definem aprópria função social da terra, criandosituações paradoxais. O produtor, obri-gado a cumprir um indicador inadequadoao perfil de sua propriedade, fica encur-ralado. Ou produz a qualquer custo,tendo que, por exemplo, invadir a áreade preservação ambiental de sua fazenda,

o que contraria o “uso ade-quado dos recursos naturais ede preservação do ambiente”ou não cumpre o índice e ficasob o risco de desapropriação.

Ou ainda ele terá queproduzir só para atingir oíndice, mesmo não tendo paraquem vender, em um período,por exemplo, no qual o mer-cado não tenha demanda.

Este produtor amargaráprejuízos, que serão sentidostambém pelos funcionários,criando um efeito-cascata

prejudicial à “exploração que favoreçao bem-estar dos proprietários e dostrabalhadores”. A legislação ficou ultra-passada.

É preciso um novo conceito de me-dição, que considere níveis de pro-dutividade, mas não de forma estática.Um formato que contemple as diferen-tes características de solo, clima, nívelde tecnologia e situação do mercadode cada propriedade. Projeto de lei doatual secretário de Meio Ambiente doEstado de São Paulo, Xico Graziano,elaborado no período em que ele eradeputado federal, sugere esta novasistemática.

Propõe a avaliação com base emum laudo de avaliação técnico-agronô-mico feito por um profissional habilitadoem ciências agrárias e as áreas mantidascom cobertura vegetal original ou emfase adiantada de regeneração ficamfora do cálculo de medição. Se a pro-priedade rural mantiver nível de apro-veitamento agropecuário e florestalsustentável e compatível com suasdiferentes variáveis, será consideradaprodutiva.

É um método mais completo ejusto, até porque, ao ser lastreado emum projeto de lei prevê o debate aoCongresso Nacional, fato oposto aodispositivo dos índices, uma medidaunilateral do executivo.

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