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Jornal quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Ano 2 Número 20 2ª quinzena maio - 2010 www.pucsp.br Fies muda regras e diminui juros Inscrições estão abertas permanentemente Processo Seletivo Vestibular de inverno Financiamento estudantil Estão abertas até 9/6 as inscrições para o Vestibular de Inverno da PUC-SP. A prova se realiza em 13/6. As inscrições devem ser feitas pelo site www.vestibular.pucsp.br , onde também é possível ter acesso ao manual do candidato. O resultado será divulgado em 21/6. |pág. 3 O Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), programa do Ministério da Educa- ção (MEC), tem novidades. Os juros caíram para 3,4% ao ano e o finan- ciamento pode ser solicitado em qualquer período. As inscrições são feitas pelo Sistema Informatizado do Fies (SisFIES). No site também é pos- sível conhecer o passo a passo para solicitar o financiamento: inscrição no SisFIES; validação das informa- ções e contratação do financiamen- to. Atualmente, cerca de 390 alunos da PUC-SP contam com o Fies. Des- de 1999, quando o programa foi criado, mais de 2.300 estudantes da Universidade já tiverem o benefício. Podem solicitar o financiamento es- tudantes regularmente matriculados em cursos de graduação não gratui- tos que tenham obtido avaliação po- sitiva no Sistema Nacional de Avalia- ção da Educação Superior (Sinaes) e que sejam oferecidos por instituição de ensino superior participante do Programa. É necessário apresentar um fiador para recorrer ao finan- ciamento. Para os estudantes que se candidatarem ao Fies este ano não é necessário ter feito o Exame Nacio- nal do Ensino Médio (Enem). Já aos estudantes ingressantes a partir do primeiro semestre do ano letivo de 2011 será exigido que tenha presta- do o Enem. |pág. 3 Artigo Professor fala sobre a paixão pelo futebol A proximidade da Copa do Mun- do da África movimenta a mídia e os torcedores de todo o mundo. Nesta edição, o professor Darcio Martins Geniccolo escreve sobre sua paixão pelo futebol, tema que estuda, relacionando a questão a aspectos econômicos. Martins é professor do Depto. de Economia da PUC-SP, graduado em Admi- nistração Pública (FGV) e mestre em Economia (PUC-SP). Em seu artigo, lança as pergun- tas: de onde vem tanto interesse por este esporte? O que move o mercado do futebol? |pág. 7 Da Redação Memória Despedida à professora Téia No início de maio, a Universida- de perdeu a professora Tereza Ma- ria de Azevedo Pires Sério, a Téia. Além de intelectual reconhecida em sua área Psicologia), a docente foi lembrada por professores, funcio- nários, alunos, ex-alunos e fami- liares, em ato realizado em 10/5, como alguém que tem sua história de vida misturada à própria histó- ria da PUC-SP. Ainda nesta edição, trazemos uma reportagem sobre a homena- gem da comunidade sorocabana ao quartanista de Medicina André Moraes Arantes, de 22 anos. O aluno morreu em 1º/5, vítima de um grave acidente de trânsito na cidade. Mais de 500 pessoas fo- ram à sua missa de sétimo dia e saíram em seguida passeata pelas ruas da cidade, pedindo paz no trânsito. |pág. 4, 5 e 8 SUS Professores e alunos participam do programa PET-Saúde , no campus Sorocaba O PET-Saúde iniciou suas ativida- des no campus Sorocaba, em 19/5 (foto). A Faculdade de Ciências Mé- dicas e da Saúde (FCMS) participa do programa em parceria com a prefeitura municipal. 185 integran- tes estão envolvidos no trabalho, a maior parte formada por estudantes dos cursos de Ciências Biológicas, Enfermagem e Medicina. O projeto da FCMS será desen- volvido por cinco grupos, cada um composto por um docente, seis pro- fissionais da Secretaria Municipal da Saúde, 12 alunos monitores bolsistas e mais 18 alunos monitores não-bol- sistas. As ações serão desenvolvidas nas Unidades de Saúde dos bairros Aparecidinha, Carlos Amorim, Habi- teto, Vila Sabiá e Vitória Régia. A estudante do 3º ano do curso de Medicina, Luciana Helena Benet- ti, participou do PET-Saúde 2009 e, este ano, estará novamente no pro- grama. Dizendo-se muito motivada, Luciana afirma que a integração com a comunidade e com os colegas de outros cursos é muito importan- te. “Gostei muito de ter participado e ajudar a comunidade”, resumiu. Mesmo para os estudantes que nun- ca participaram do PET-Saúde, a expectativa é grande. Este é o caso de Laís Rosa e Queren Hapuque, ambas do 1º ano de Enfermagem. “Quero aprender mais e poder con- tinuar o trabalho iniciado pela turma de 2009”, afirmou Queren. |pág. 6 Cultura Divulgação Marquês PUC Inovação é apresentado O campus Marquês de Parana- guá serviu de local para o início das apresentações que a equipe da Vice- Reitoria pretende fazer, por todos os campi , do projeto PUC Inovação. O primeiro encontro foi realizado dia 6/5. De acordo com o vice-reitor Antonio Vico Mañas, o PUC Inova- ção pretende reunir iniciativas da comunidade, por meio de projetos, de forma a fomentar a captação de recursos para a Universidade e a prestação de serviços e consultorias para empresas e órgãos públicos. Os encontros são organizados pelo Departamento de Desenvolvimen- to de Pessoal (Divisão de Recursos Humanos), com apoio do Núcleo de Comunicação Mercadológica (Divisão de Comunicação Institucio- nal). Já há outras datas de encontros marcadas. Mais informações sobre o PUC Inovação em www.pucsp.br/ puc-inovacao. |pág. 2 Educ Lançamentos Conheça os últimos lançamentos da Educ (Editora da PUC-SP), rea- lizados por professores e pesquisa- dores da Universidade. Há títulos nas áreas de filosofia, ciências so- ciais, história, publicidade e semió- tica. Alguns são resultado de teses e dissertações. |pág. 8 Sérgio Said Priscila Lacerda

Edição 20

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Jornal quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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Page 1: Edição 20

Jornal quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Ano 2 Número 202ª quinzena maio - 2010

www.pucsp.br

Fies muda regras ediminui jurosInscrições estão abertas permanentemente

Processo Seletivo

Vestibular de inverno

Financiamento estudantil

Estão abertas até 9/6 as inscrições para o Vestibular de Inverno da PUC-SP. A prova se realiza em 13/6. As inscrições devem ser feitas pelo site www.vestibular.pucsp.br, onde também é possível ter acesso ao manual do candidato. O resultado será divulgado em 21/6. |pág. 3

O Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), programa do Ministério da Educa-ção (MEC), tem novidades. Os juros caíram para 3,4% ao ano e o finan-ciamento pode ser solicitado em qualquer período. As inscrições são feitas pelo Sistema Informatizado do Fies (SisFIES). No site também é pos-sível conhecer o passo a passo para solicitar o financiamento: inscrição no SisFIES; validação das informa-ções e contratação do financiamen-to. Atualmente, cerca de 390 alunos da PUC-SP contam com o Fies. Des-de 1999, quando o programa foi criado, mais de 2.300 estudantes da

Universidade já tiverem o benefício. Podem solicitar o financiamento es-

tudantes regularmente matriculados em cursos de graduação não gratui-tos que tenham obtido avaliação po-sitiva no Sistema Nacional de Avalia-ção da Educação Superior (Sinaes) e que sejam oferecidos por instituição de ensino superior participante do Programa. É necessário apresentar um fiador para recorrer ao finan-ciamento. Para os estudantes que se candidatarem ao Fies este ano não é necessário ter feito o Exame Nacio-nal do Ensino Médio (Enem). Já aos estudantes ingressantes a partir do primeiro semestre do ano letivo de 2011 será exigido que tenha presta-do o Enem. |pág. 3

Artigo

Professor fala sobre a paixão pelo futebol

A proximidade da Copa do Mun-do da África movimenta a mídia e os torcedores de todo o mundo. Nesta edição, o professor Darcio Martins Geniccolo escreve sobre sua paixão pelo futebol, tema que estuda, relacionando a questão a aspectos econômicos. Martins é

professor do Depto. de Economia da PUC-SP, graduado em Admi-nistração Pública (FGV) e mestre em Economia (PUC-SP).

Em seu artigo, lança as pergun-tas: de onde vem tanto interesse por este esporte? O que move o mercado do futebol? |pág. 7

Da Redação

Memória

Despedida à professora Téia

No início de maio, a Universida-de perdeu a professora Tereza Ma-ria de Azevedo Pires Sério, a Téia. Além de intelectual reconhecida em sua área Psicologia), a docente foi lembrada por professores, funcio-nários, alunos, ex-alunos e fami-liares, em ato realizado em 10/5, como alguém que tem sua história de vida misturada à própria histó-ria da PUC-SP.

Ainda nesta edição, trazemos uma reportagem sobre a homena-gem da comunidade sorocabana ao quartanista de Medicina André Moraes Arantes, de 22 anos. O aluno morreu em 1º/5, vítima de um grave acidente de trânsito na cidade. Mais de 500 pessoas fo-ram à sua missa de sétimo dia e saíram em seguida passeata pelas ruas da cidade, pedindo paz no trânsito. |pág. 4, 5 e 8

SUS

Professores e alunos participam do programa PET-Saúde, no campus SorocabaO PET-Saúde iniciou suas ativida-

des no campus Sorocaba, em 19/5 (foto). A Faculdade de Ciências Mé-dicas e da Saúde (FCMS) participa do programa em parceria com a prefeitura municipal. 185 integran-tes estão envolvidos no trabalho, a maior parte formada por estudantes dos cursos de Ciências Biológicas, Enfermagem e Medicina.

O projeto da FCMS será desen-volvido por cinco grupos, cada um composto por um docente, seis pro-fissionais da Secretaria Municipal da Saúde, 12 alunos monitores bolsistas e mais 18 alunos monitores não-bol-sistas. As ações serão desenvolvidas nas Unidades de Saúde dos bairros Aparecidinha, Carlos Amorim, Habi-teto, Vila Sabiá e Vitória Régia.

A estudante do 3º ano do curso de Medicina, Luciana Helena Benet-ti, participou do PET-Saúde 2009 e, este ano, estará novamente no pro-

grama. Dizendo-se muito motivada, Luciana afirma que a integração com a comunidade e com os colegas de outros cursos é muito importan-te. “Gostei muito de ter participado e ajudar a comunidade”, resumiu. Mesmo para os estudantes que nun-

ca participaram do PET-Saúde, a expectativa é grande. Este é o caso de Laís Rosa e Queren Hapuque, ambas do 1º ano de Enfermagem. “Quero aprender mais e poder con-tinuar o trabalho iniciado pela turma de 2009”, afirmou Queren. |pág. 6

Cultura

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Marquês

PUC Inovaçãoé apresentado O campus Marquês de Parana-

guá serviu de local para o início das apresentações que a equipe da Vice-Reitoria pretende fazer, por todos os campi, do projeto PUC Inovação. O primeiro encontro foi realizado dia 6/5. De acordo com o vice-reitor Antonio Vico Mañas, o PUC Inova-ção pretende reunir iniciativas da comunidade, por meio de projetos, de forma a fomentar a captação de recursos para a Universidade e a prestação de serviços e consultorias para empresas e órgãos públicos.

Os encontros são organizados pelo Departamento de Desenvolvimen-to de Pessoal (Divisão de Recursos Humanos), com apoio do Núcleo de Comunicação Mercadológica (Divisão de Comunicação Institucio-nal). Já há outras datas de encontros marcadas. Mais informações sobre o PUC Inovação em www.pucsp.br/puc-inovacao. |pág. 2

Educ

Lançamentos

Conheça os últimos lançamentos da Educ (Editora da PUC-SP), rea-lizados por professores e pesquisa-dores da Universidade. Há títulos nas áreas de filosofia, ciências so-ciais, história, publicidade e semió-tica. Alguns são resultado de teses e dissertações. |pág. 8

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EditorialNão é fácil escrever o editorial deste jornal, que traz a tris-

te notícia da morte de dois membros de nossa comunidade. O que torna esta tarefa possível, no entanto, é o mesmo sentimento que moveu as homenagens realizadas a Téia e André: para além da tristeza, que suas repentinas ausên-cias causaram, todos celebraram suas intensas vidas e se dispuseram a apoiar uns aos outros e “tocar em frente”.

Com os mesmos sentimentos teve que lidar o elenco do espetáculo Alma boa de Setsuan, em cartaz no Tuca. Em plena temporada, de imenso sucesso, e também forma re-pentina, a produção perdeu, dia 19/5, o ator Marcos Cesa-na. Mas, como diz o velho ditado, “o espetáculo não pode parar”. Depois de render homenagens ao amigo, experien-te ator e dramaturgo, com uma carreira que estava em ple-na ascensão, a produção integrou ao elenco Laerte Mello e voltou a apresentar o espetáculo no último dia 21/5.

Grão-Chanceler: Dom Odilo Pedro SchererReitor: Dirceu de Mello Vice-reitor: Antonio Vico Mañas Pró-Reitores: André Ramos Tavares (Pós-Graduação) Haydee Roveratti (Educação Continuada)Hélio Roberto Deliberador (Cultura e Relações Comunitárias) José Heleno Mariano (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão) Marina Graziela Feldmann (Graduação)Chefe de Gabinete: Claudio José Langroiva Pereira Diretora da Divisão de Comunicação Institucional: Eveline Denardi (MTb 27.655)Editora: Thaís Polato (MTb 30.176)Reportagem: Bete AndradeEveline Denardi Priscila Lacerda Thaís Polato Thiago Pacheco Assistente-administrativa: Vera LucasProjeto Gráfico e Editoração: Núcleo de Mídias Digitais Impressão: Artgraph Tiragem: 2 mil exemplares Redação: Rua Monte Alegre, 984, sala T-34 Perdizes, São Paulo, SPCEP 05014-901Tel.: (11) 3670-8196E-mail: [email protected]

2ª quinzena de maio - 2010

PUC Inovação

Equipe apresenta programa no campus Marquês de Paranaguá

A equipe da Vice-Reitoria iniciou em maio a apresen-tação do projeto PUC Inova-ção para toda a comunida-de universitária.

O primeiro encontro foi realizado dia 6/5, no anfite-atro do campus Marquês de Paranaguá: no total, cerca de 50 professores e funcio-nários compareceram às duas sessões do evento para entender o funcionamento do programa.

De acordo com o vice-reitor Antonio Vico Mañas, o PUC Inovação pretende reu-nir iniciativas da comunida-de, por meio de projetos, de forma a fomentar a capta-ção de recursos para a Uni-versidade e a prestação de serviços e consultorias para empresas e órgãos públicos.

“A PUC-SP não pode pa-rar no tempo. Precisamos inovar, buscar soluções ori-ginais para nos mantermos vivos e competitivos. O PUC Inovação pretende fazer da instituição uma das mais destacadas prestadoras de serviço ligadas ao setor educacional, no Brasil e no mundo, preservando sua prática acadêmica humanis-ta, solidária e cristã”, decla-rou.

O professor Ricardo Zanot-ta, assessor da Vice-Reitoria e integrante do PUC Inova-ção, apresentou em núme-ros o potencial da Instituição nessa modalidade: “O fa-turamento da PUC-SP é de R$ 400 milhões ao ano. Há universidades que, só com a prestação de serviços, cap-tam R$ 200 milhões”. E pro-vocou a platéia: “Atualmen-te, toda nossa receita está baseada nas mensalidades. Mas e se tivéssemos que atingir 30% da receita por meio da prestação de servi-ços? Capital intelectual para isso nós temos, e iniciamos também um mecanismo para incentivar e agrupar essas idéias. Dependemos

Thiago Pacheco

O Depto. de História promove, dia 29/5, às 9h, a Conferência dilemas éticos contemporâneos, com Roberto Romano da Silva, na sala 521 (5º andar, Prédio Novo). Informações: [email protected].

Dilemas éticos

agora dos projetos de vo-cês: quem vai responder se a PUC-SP pode ser uma ins-tituição inovadora é a comu-nidade, e não a Reitoria ou a Fundação São Paulo”.

CRIATIVIDADE – Envolver professores, funcionários e alunos no PUC Inovação, incentivando a participação e a proposição de proje-tos por meio do programa, é o principal objetivo das apresentações. “Perdemos oportunidades, muitas ve-zes, porque as pessoas da comunidade têm idéias, mas não sabem quem procurar. A PUC-SP propicia a criati-vidade, e o PUC Inovação é exatamente a área da insti-tuição em que vamos reunir essas idéias, formatá-las em projetos e vender”, explicou o vice-reitor.

Os encontros estão sendo organizados pelo Departa-mento de Desenvolvimento de Pessoal (Divisão de Recur-sos Humanos), com apoio do Núcleo de Comunicação Mercadológica (Divisão de Comunicação Institucional).

No dia 1/6, às 17h30, haverá uma apresentação dirigida a professores e fun-cionários da Faculdade de Direito e da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (campi Monte Alegre e San-tana), no auditório “Paulo de Barros Carvalho” (sala 239, 2º andar, prédio novo, cam-pus Monte Alegre).

As inscrições devem ser fei-tas pelo e-mail [email protected], informando nome, e-mail e telefone.

REMUNERAÇÃO – O PUC Inovação existe desde feve-reiro de 2009. Desde então, foram realizados alguns eventos no âmbito do pro-grama e uma parceria com a SKY para oferecer cursos de extensão aos assinantes da operadora de TV a cabo.

Segundo Vico, esse pe-ríodo foi dedicado à re-

gulamentação e também à promoção de acertos e desenvolvimento de alguns pontos específicos do pro-grama – por exemplo, em relação à remuneração das pessoas envolvidas nos pro-jetos. “Há possibilidade de remuneração para cada ação que seja viabilizada”, esclareceu o professor Edu-ardo Nakamiti, integrante do PUC Inovação e assessor da Vice-Reitoria.

“Os proponentes terão participação nos resultados e poderão receber até 6% do valor contratado. Outros 20% serão encaminhados para a Fundação São Pau-lo. Dos 74% restantes, uma parte ficará para os cus-tos de implementação do projeto e outra parte será destinada, como incentivo, aos gestores e executores do projeto. Ainda destina-remos um percentual desse montante para um fundo, administrado pela Reitoria, voltado a investimentos em

PUC Inovação apóia iniciativa ambiental

Estão abertas as inscrições para os interessados em par-ticipar da 15ª edição do mutirão de limpeza realizado pela entidade Zeladoria do Planeta do Brasil (ZPB).

A varrição ocorre na avenida Paulista, no próximo dia 30/5. A iniciativa é uma parceria da ZPB, Aiesec e PUC-SP, no âmbito do PUC Saudável e PUC Inovação. Para se inscrever, basta enviar e-mail para [email protected]. Saiba mais sobre o projeto em www.zpb.org.br.

Prestação de serviços a empresas e órgãos públicos e captação de recursos para a Universidade são objetivos do programa

tecnologia, infra-estrutura e benefícios para funcioná-rios”, pontuou.

INTERESSADOS – A equi-pe do PUC Inovação (que inclui também os professo-res Geraldo Gianini, Luiz Carlos Rusilo, Flávio Crocce Caetano e o funcionário Ri-cardo Dias) já está à dispo-sição da comunidade.

Os interessados em apre-sentar projetos podem en-trar em contato pelo tele-fone (11) 3670-8284 ou pelo e-mail [email protected]. É preciso informar o nome do proponente, se-tor, telefone, e-mail, com-ponentes da equipe (quan-do houver), descrição e classificação (projeto, idéia ou indicação), justificativa, objetivos, cliente/público alvo e necessidades opera-cionais.

Mais informações sobre o PUC Inovação podem ser obtidas na página www.pucsp.br/puc-inovacao. Th

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Vice-reitor Antônio Vico Mañas está à frente do programa

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O Fundo de Financiamen-to ao Estudante do Ensino Superior (Fies), programa do Ministério da Educação (MEC), tem novidades este ano. Agora, o Fundo Nacio-nal de Desenvolvimento da Educação é o novo Agente Operador do Programa. Os juros, que já chegaram a ser de 9,5%, caíram para 3,4% ao ano e o financiamento pode ser solicitado em qual-quer período, ou seja, não há mais período determina-do para adesão.

As inscrições são feitas pelo Sistema Informatizado do Fies (SisFIES). Para aces-sar as informações sobre o Fies e realizar a inscrição, basta ir ao endereço http://sisfiesportal.mec.gov.br. No site também é possível conhecer o passo a passo para solicitar o financia-mento: inscrição no SisFIES; validação das informações e contratação do financia-

Dia 29/5, às 8h, no campus Monte Alegre, se realiza o IV Colóquio de Fonoaudiologia,Educação e Psicopedagogia. Inscrições: http://coloquiofpe.blogspot.com.

Colóquio

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03Fies

Em novo formato, programa fica com inscrições permanentemente abertas

Financiamento estudantil muda regras e diminui juros

Da Redação* mento.Atualmente, cerca de 390

alunos da PUC-SP contam com o Fies. Desde 1999, quando o programa foi criado, mais de 2.300 es-tudantes da Universidade já tiverem o benefício. “O novo formato aumenta ain-da mais as possibilidades dos estudantes de arcarem com seus estudos quando já estiverem no mercado de trabalho. Também amplia o acesso a universidades de qualidade, como a PUC-SP, contribuindo para o desen-volvimento do país”, afirma o professor Hélio Roberto Deliberador, pró-reitor de Cultura e Relações Comu-nitárias.

INGRESSO – Podem solici-tar o financiamento estudan-tes regularmente matricula-dos em cursos de graduação não gratuitos que tenham obtido avaliação positiva no Sistema Nacional de Avalia-ção da Educação Superior

(Sinaes) e que sejam ofereci-dos por instituição de ensino superior participante do Pro-grama. O estudante somente poderá solicitar o financia-mento para um único curso de graduação em que estiver regularmente matriculado. Não serão considerados re-gularmente matriculados os estudantes cuja matrícula acadêmica esteja em situa-ção de trancamento geral de disciplinas durante o período de inscrição no Fies. Também

Conheça as novas condições de pagamento

Fase de utilizaçãoDurante o período de duração do curso, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50, referente ao pagamento de juros incidentes sobre o fi-nanciamento.

Fase de carênciaApós a conclusão do curso, o estudante terá 18 meses de carência para recompor seu orçamento. Nesse pe-ríodo, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50, referente ao pagamento de juros in-cidentes sobre o financiamento.

Fase de amortizaçãoEncerrado o período de carência, o saldo devedor do estudante será parcelado em até três vezes o período financiado do curso, acrescido de 12 meses.

ExemploUm estudante que financiou todo o curso com duração de 4 anos pagará desta forma:

Durante o curso: pagamento trimestral de até R$ 50. Carência: nos 18 meses após a conclusão do curso, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50. Amortização: ao final da carência, o saldo devedor do estudante será dividido em até 13 anos [3 x 4 anos (pe-ríodo financiado do curso) + 12 meses].

é necessário apresentar um fiador para recorrer ao finan-ciamento.

Para os estudantes que se candidatarem ao Fies este ano não é necessário ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Já aos estu-dantes ingressantes a partir do primeiro semestre do ano letivo de 2011 será exigido que tenha prestado o Enem.

* Com informações do Minis-tério da Educação

Estão abertas, até 9/6, as inscrições para o vestibular de inverno da PUC-SP. A prova será realizada na manhã de 13/6. As obras exigidas são: Antologia poética (com base na 2ª edição aumentada, Vinicius de Moraes); Capi-tães da areia (Jorge Amado); Dom Casmurro (Machado de Assis); O cortiço (Aluísio de Azevedo) e Vidas secas (Gra-ciliano Ramos).

As incrições devem ser fei-tas pelo site www.vestibular.pucsp.br, onde também é possível ter acesso ao manu-al do candidato. O processo seletivo oferece vagas nos campi Monte Alegre, Barueri, Santana e Sorocaba, assim como na Faculdade Santa Marcelina e Faculdades Inte-gradas Rio Branco.

Os resultados serão divul-gados em 21/6 e a primeira chamada de matrículas será dias 22 e 23/6. Informações: (11) 3670-3344.

Vestibular

Bete Andrade

Inscrições

O curso de Publicidade e Propaganda venceu cinco das sete categorias da 18ª Exposição da Pesquisa Expe-rimental em Comunicação. Os alunos foram vitoriosos nas categorias Agência Jr, Campanha Publicitária, Car-taz, Outdoor e Fotografia Artística. O evento aconteceu de 13 a 15/5, durante o 15º Congresso Brasileiro de Ci-

Publicidade e Propaganda

Bete Andrade

Curso leva cinco prêmios

ências da Comunicação da Região Sudeste, realizado na Universidade Federal do Espí-rito Santo.

Os alunos da PUC-SP são os únicos representantes da Região Sudeste inscritos no 33º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que ocorre de 2 a 6/9, na Universidade de Caxias do Sul. Na ocasião, concorrerão com alunos de instituições de ensino superior de outras re-giões do país.

Estudantes viajaram ao Espírito Santo para a premiação

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Beatriz Barros Picchi (foto)é aluna do quarto ano de Enfermagem e foi uma das participantes da 6ª Jornada de Enfermagem, de 12 a 15/5, no campus Soroca-ba. Para ela, a atividade é essencial a um profissional que está prestes a encarar a realidade. “Temos conta-to com profissionais concei-tuados”, afirmou.

Já para o novato Tiago Oliveira Melo, do 1° ano, a jornada traz muito mais

Jornada de Enfermagem

que a realidade, traz a his-tória da enfermagem. “Além de representar a integração com profissionais e alunos, a jornada resgata a história da enfermagem. Tive con-tato com coisas que eu não conhecia”, declarou.

A atividade foi promovida pela Faculdade de Ciên-cias Médicas e da Saúde (FCMS), Hospital Santa Lu-cinda (HSL), Prefeitura de Sorocaba e Centro Acadê-mico 12 de Maio.

Dias 28 e 29/5, a partir das 9h, o Pós em Fonoaudiologia promove o Seminário em Clí-nica e Pesquisa, no auditório “Paulo de Barros Carvalho” (sala 239, 2º andar, prédio novo). Acesse www.pucsp.br para conhecer a programa-ção. Informações: (11) 3670-8518.

Notas

Fono

Até 28/5, acontece no cam-pus Monte Alegre, saguão da Biblioteca Nadir Gouvêa Kfouri (térreo, prédio novo), a exposição AfroBrasil. A proposta do evento é apre-sentar a proximidade histó-rica e cultural da África e do Brasil. Realizada pelos estu-dantes africanos da PUC-SP, a exposição é uma parceria das pró-reitorias de Cultura e Relações Comunitárias e de Graduação, do Centro de Estudos Africanos (Cecafro) e do Setor de Atendimento Co-munitário (PAC).

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“A Téia era, claramen-te, certamente, o signo da PUC-SP, tanto pelo traba-lho acadêmico quanto pela mobilização político-institu-cional que fazia aqui den-tro”. “Parte de mim, par-te desta Universidade vai com ela”. A primeira frase é do professor Luiz Augus-to de Paula Souza, o Tuto, diretor-adjunto da Faculda-de de Ciências Humanas e da Saúde; a segunda, do professor Hélio Delibera-dor, pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias da PUC-SP. Ambas foram ditas durante o ato que home-nageou a professora Tere-za Maria de Azevedo Pires Sério, a Téia, que faleceu subitamente, aos 64 anos, no último dia 8/5.

Juntas, as frases sinte-tizam a homenagem: a PUC-SP não queria se des-pedir de Téia. Pelo contrá-rio. As filhas Ana Cristina e Ana Luiza, seu ex-marido, alunos, ex-alunos, funcio-nários e colegas de docên-

Até 28/5, se realiza a Semana de Jornalismo 2010, com o tema Jornalismo e Direitos Humanos, no campus Monte Alegre. Acesse a programação em www.pucsp.br.

Jornalismo

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Thiago Pacheco

Tereza Maria de Azevedo Pires Sério, carinhosamente chamada de Téia, faleceu em 8/5; homenagem dia 10/5 lembrou sua trajetória de docência e militância na Universidade

PUC-SP se despede da professora Téia, em ato que lembrou sua história na UniversidadeMemória

cia (inclusive a professora Maria Amália Andery, ain-da se recuperando de um acidente): os presentes ao ato queriam avivar sua pre-sença, e por meio de depoi-mentos e lembranças (leia alguns depoimentos nesta página) tentavam prolon-gar sua permanência, o seu espírito questionador, de rigor científico, e também carinhoso – assim como a PUC-SP.

“Téia foi sempre atuante e esteve presente em todos os momentos significativos da história da PUC-SP nos últimos 30 anos. Ela mere-ce ser lembrada por todas as ações, pela coerência com que exerceu sua pro-fissão”, destacou em men-sagem enviada ao PUC em Notícias, a professora Ana Salles Mariano, superinten-dente do Tuca. Antes mes-mo da homenagem realiza-da no dia 8/5, a docente já ressaltava à equipe de jor-nalistas a importância de se preparar uma reportagem sobre Téia.

TRAJETÓRIA – Téia in-

gressou como aluna do cur-so de Psicologia da PUC-SP em 1968. Concluiu o curso em 1973, mas iniciou a car-reira docente antes disso, como monitora, em 1971. Formada, passou a integrar

a equipe de Metodologia Científica do Ciclo Básico (1971 a 1987) – experi-ência marcante para ela, para a Universidade e para a sociedade brasileira. Os professores eram organiza-

dos em grupos de trabalho e elaboravam tudo juntos: currículo, formato das au-las e material didático; as equipes que ministravam as aulas eram interdisciplina-res, assim como as classes eram formadas por alunos de diversos cursos.

“Queríamos uma Univer-sidade mais democrática, que abrisse novos canais de comunicação. Essa es-perança era uma marca. Havia um otimismo, uma crença de que era possível interferir na realidade mais perto da gente, que era a Universidade, para produ-zir resultados sociais mais abrangentes”, afirmou Téia ao Jornal da PUC-SP, em 2001, em reportagem so-bre os 30 anos do Ciclo Básico. “Existia uma experi-ência de Universidade que hoje não há mais. Acho que a PUC-SP deveria pensar um projeto que colocasse de novo em pauta aspectos que o Ciclo Básico trouxe”, defendeu, na ocasião.

Téia tornou-se mestre em Psicologia Social, pela PUC-SP, em 1983, e, em

1990 concluiu o doutora-do, em Psicologia Experi-mental, na USP. Em 1999, integrou o grupo que criou o programa de Pós em Psicologia Experimental: Análise do Comportamen-to da PUC-SP. Orientou 40 mestrados e um doutorado, além de 13 trabalhos de conclusão de curso (TCC´s) e 29 pesquisas de iniciação científica. Militante, foi tam-bém uma das fundadoras da Associação dos Profes-sores da PUC-SP (Apropuc), em 1976, e participou de inúmeros movimentos e mobilizações na Universi-dade, ao longo dos anos.

Mas números e datas são frios. A transcrição dos de-poimentos realizados du-rante o ato, embora não possa transmitir a emoção da homenagem, permi-te dimensionar a força da participação de Téia na his-tória da PUC-SP e das pes-soas que conviveram com ela. E podem ajudar a ex-plicar os motivos que leva-ram tanta gente, de tantas idades, áreas de saber, e épocas, a se reunir por ela.

“Quero falar da minha ale-gria em ver a presença de todos, num momento tão tris-te. Estamos aqui para home-nagear a Téia, mas também para nos apoiarmos uns aos outros.

Não fizemos esta homena-gem com muita organização, e sim com o desejo de estar com as pessoas e agüentar juntos o peso dessa dor e des-sa perda. Nos encontramos recentemente na solenidade do título de professora emé-rita para a Maria do Carmo Guedes. Ela estava alegre, e

quando alegre, parecia uma criança. Os discursos da oca-sião me fizeram lembrar tem-pos difíceis da PUC-SP, que às vezes eu esqueço. A Téia era, claramente, certamente, o signo da PUC-SP, tanto pelo trabalho acadêmico quanto pela mobilização político-ins-titucional que fazia aqui den-tro. Sem ela, a PUC-SP perde muito.”

Luiz Augusto de Paula Souza, o Tuto, diretor-adjun-to da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde

“Nos conhecemos aos 18 anos, na Ação Popular. Ela sempre participou da Apro-puc, em épocas de muita ou de pouca mobilização. Foi da primeira Diretoria da Asso-ciação e, nos últimos tempos, conversávamos para que ela participasse de uma chapa para a direção.”

Maria Beatriz Abrami-des, presidente da Associa-ção dos Professores (Apropuc) – a professora leu uma carta da entidade sobre a perda da colega, que pode ser lida no site www.apropucsp.org.br

“Entrei como aluna em 1972 e fui de sua primeira turma. No final do ano, eu e outros colegas fomos convidados para sermos monitores de Metodologia Científica do Ci-clo Básico. Então posso dizer que entrei na PUC-SP e con-tinuo aqui até hoje, 38 anos depois, pelas mãos da Téia. Ela dava sentido a nossas lu-tas e estudos, e estará sempre presente em nossa vida, nossa Universidade.”

Priscila Cornalbas, direto-ra e ex-presidente da Apropuc

“Nosso último encontro terminou com um abraço afetivo, na entrega do título a Maria do Carmo Guedes. Gostaria de lembrar a intensi-dade da história que vivemos na PUC-SP. Da maneira como fizemos uma construção co-letiva, superando diferenças menores em nome de causa maiores. Ela era guerreira e devemos continuar fazendo, coletivamente, a história da Universidade e do país.”

Maria da Graça Gon-çalves, ex-diretora da antiga Faculdade de Psicologia

“Fui aluna da PUC-SP nos anos 70. Não fui aluna da Téia, mas nos encontramos nas grandes lutas dessa Uni-versidade. Ela deixou uma marca grande em cada um de nós. A gente via nela uma direção, era um exemplo de coragem, postura, luta. Fize-mos passeatas juntas... Como foi importante viver isso. Que a lembrança desses bons momentos seja suporte para agüentar o agora.”

Sandra Mraz, diretora da Faculdade de Filosofia, Co-municação, Letras e Artes

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Dia 29/5, às 8h, o seminário Por um novo Brasil – social e economicamente justo, politicamente ético e ambientalmente sustentável analisa os projetos dos presidenciáveis, no Tuca. Informações: (11) 3670-8517.

Presidenciáveis

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05

Tereza Maria de Azevedo Pires Sério, carinhosamente chamada de Téia, faleceu em 8/5; homenagem dia 10/5 lembrou sua trajetória de docência e militância na Universidade

PUC-SP se despede da professora Téia, em ato que lembrou sua história na Universidade

“Estou aqui desde 1981 e a entrevistei várias vezes. A última delas foi longa, an-tes da eleição para a atual Reitoria, período conturbado de novo Estatuto, novo Regi-mento. Uma das primeiras pessoas que procuramos para discutir aquele momen-to foi a Téia, que de início não queria falar: ‘Valdir, to desanimada... Não sei se quero falar sobre isso...’, di-zia. Mas o desânimo era da boca para fora. Na fala dela havia esperança na PUC-SP.”

Valdir Mengardo, pro-fessor do Depto. de Jornalis-mo e editor do PUCViva

“Estou aqui desde 1969, e nesse período compreendi a maneira de ser e lutar, a de-dicação e a personalidade da professora Téia. A única coisa certa da vida é a morte, mas não a inesperada, que nos castiga demais: foi assim que recebi a notícia. O número de pessoas no velório, no sepul-tamento e hoje, aqui, são a

“Minha palavra é para vo-cês duas (filhas de Téia), que refletem o fruto mais bonito dela, a beleza de ser mulher, a presença feminina dela entre nós. Parte de mim, parte desta Universidade, vai com ela. A finitude marca a existência, a impermanência é a marca do humano. Mas é também o que faz a beleza da vida, e só

prova evidente do que a Téia representou para a Universi-dade. Falo pessoalmente, em meu nome, e não como reitor. É como o coração sangrando que estamos aqui para esta homenagem à Téia, que só fez por engrandecer nossa Universidade.”

Dirceu de Mello, reitor

as mulheres podem trazer a vida. Só o tempo transforma a dor, que tira um pedaço, em saudade, agradecimento à presença dela, o que dela fica em vocês e em cada um de nós.”

Hélio Deliberador, pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias

“Estamos aqui como ami-gos, companheiros, vocês sa-bem quanto andamos juntos por aqui... Usei a roupa dela na minha gravidez, havia amor na nossa relação.

Lembro de uma cadeirada que levamos de um aluno do Ciclo Básico. Ele não con-cordou com nossa avaliação, pois o havíamos reprovado. Por isso, jogou uma cadeira na gente. Conseguimos nos livrar abaixando e a cadeira passou por cima. Felizmente não atingiu ninguém.”

Lucia Helena Rangel, di-retora-adjunta da Faculdade de Ciências Sociais

“Estamos todos tristes, mas dispostos a nos apoiar, para ajudar uns aos outros.”

Marilda Pierro de Oli-veira Ribeiro, coordenado-ra do curso de Psicologia

“Não sou professora nem fui amiga íntima da professo-ra, mas a conheci numa outra época da PUC-SP. Ela falava, vibrava, não passava desper-cebido. Era uma realidade mais difícil, há 20 anos, mas havia uma alegria de lutar juntos.

Nossa comunidade é gran-de, uma cidade; a gente pode se ver pouco, mas não esque-ce do outro. Fazia tempo que não via tanta gente junta em nome do carinho. Exatamente como era a Téia: ela agrega-va as pessoas.”

Marta Rojas, funcionária da Ouvidoria

“No velório, os alunos fo-ram chegando e ficando, mesmo com a chuva, o can-saço, a demora... ninguém foi embora. É como se dis-sessem: “Eu vou estar aqui por você, como você sempre esteve por mim”. Ela nos fa-zia acreditar que podíamos mudar o mundo.”

Mateus Pereira, aluno do Pós em Psicologia Expe-rimental: Análise do Com-portamento

“Somos aprendizes eter-nos da Téia.”

Clarissa Pereira, idem

“Ninguém vai esquecer o que era ser aluno da Téia.”

João Mariano, idem

“Se a PUC-SP para mim é família, o pós é o meu cír-culo mais íntimo. Quando

“O sentimento de tristeza é de toda a pós-graduação em psicologia, todos os progra-mas de Psicologia Experimen-tal. Embora consternados, lembramos a liderança aca-dêmica da Téia. Cada conver-sa com ela era de instigação intelectual.

Nela havia rigor de pensa-mento e entusiasmo com a ci-ência. Seu comprometimento com a integridade, a vida, vai ficar em todos nós que estu-damos com ela.”

Emmanuel Tourinho, professor da Univ. Federal do Pará e coordenador da área de Psicologia da Capes

“Não vivi tão próxima da professora, mas sinto que é uma perda enorme para a PUC-SP, mais até que para o programa de Psicologia Experimental. É um alerta para cuidarmos, em vida, daqueles que amamos. A perda não é só para quem conviveu com a Téia, é tam-bém para aqueles que co-nheceram sua personalida-de. Gastaria de falar ainda do afeto que senti desde que entrei nesta sala hoje. Sinto mais orgulho pelo grupo da Psicologia.”

Neide Noffs, diretora da Faculdade de Educação

“Fui aluno da Téia na gra-duação, na pós-graduação, nos corredores... Com ela a gente aprendia em cada conversa, não em aula. Se-rei sempre o ‘Thomaz San’, como ela me chamava.”

Thomaz Woelz, ex-aluno

fui ingressar e a professo-ra Maria do Carmo Gue-des me perguntou por que queria continuar aqui, onde havia feito graduação, eu respondi: ‘Porque não que-ro deixar as pessoas que eu amo’. Temos uns aos outros, e vamos tocar pra frente.”

Daniel Del Rey, idem

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06

Cerca de 500 pessoas, entre colegas, professores, diretores e funcionários da Faculdade de Ciências Mé-dicas e da Saúde (FCMS) e do Hospital Santa Lucin-da participaram, em 7/5, da missa de sétimo dia em intenção ao estudante An-dré Moraes Arantes, de 22 anos. Ele cursava o quarto ano do curso de medicina na PUC-SP e faleceu em de-corrência de um grave aci-dente de trânsito, na cidade de Sorocaba.

Com tarjas pretas presas nas mangas dos jalecos, estudantes de todas as tur-mas dos cursos de Medicina e Enfermagem lotaram o auditório “Maracanã”, na-quele campus, e não con-seguiam conter a dor e a emoção pela perda do ami-go. Procurados pelos repór-

De 1º a 20/6, a Coordenadoria Geral de Estágios (CGE) realiza o acompanhamento on-line dos estágios não obrigatórios. Informações: [email protected].

Estágios

Sérgio Said

Missa de sétimo dia para André Moraes Arantes, de 22 anos, foi seguida de passeata pela cidade de Sorocaba; comunidade pedia paz e cidadania nas ruas

Violência no trânsito mata estudante de Medicina Memória

teres dos principais jornais e emissoras de televisão que cobriram a missa, os cole-gas de turma do estudante morto não conseguiam se-quer responder as pergun-tas, tamanha a comoção com a morte.

Familiares de André vie-ram de Araçatuba (SP) para assistir à missa. Seu irmão, Marcelo Moraes Arantes, falou com a imprensa: “É comovente saber que meu irmão era tão querido aqui em Sorocaba. Agradece-mos todo o apoio e carinho que estamos recebendo. O André amava a medicina e nasceu para estudar o que estudava. Ele sempre lutou pela vida, mas acabou per-dendo-a”.

O professor José Eduardo Martinez, diretor da FCMS, destacou a postura dos estudantes que compare-ceram ao ato religioso. “A lição de amizade e cidada-

nia que os alunos da nossa faculdade nos deram nesta ocasião merece nosso res-peito e admiração”. O pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias, professor Hélio Roberto Deliberador, também ressaltou a impor-tância do ato dos estudan-tes. “Foi uma lição de cida-dania e solidariedade, que nos deixa esperançosos no sentido de que estes valores estejam sempre presentes no cotidiano da Universida-de. Também foi uma atitude importante para que a famí-lia e todos os amigos pos-sam elaborar e superar este momento tão difícil que é o luto”, afirmou.

Após a missa, um grupo de estudantes saiu em pas-seata por algumas ruas do centro de Sorocaba, para homenagear o colega e pedir, por meio de faixas e cartazes, mais paz, respeito e consciência no trânsito.

A Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) da PUC-SP foi, novamente, contemplada pelos ministé-rios da Educação e da Saúde para participar do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), que será desenvolvido em parceria com a Prefeitu-ra Municipal de Sorocaba (PMS).

Segundo o diretor da FCMS, professor José Eduardo Mar-tinez, a participação em mais uma edição do PET-Saúde é uma oportunidade para es-treitar ainda mais o relacio-namento entre as áreas aca-dêmica e da saúde pública. “Os resultados apresentados no último ano mostram que a PUC-SP e a Prefeitura Mu-nicipal têm muito a contribuir para a saúde pública”, afir-mou, referindo-se às diversas ações executadas durante o PET-Saúde 2009.

O PET-Saúde é regulamen-

tado pela Portaria Interminis-terial nº 421, de 3 de março de 2010, inspirado no Pro-grama de Educação Tutorial (PET), do Ministério da Edu-cação, e tem como objetivo geral fomentar a formação de grupos de aprendizagem tutorial em áreas estratégi-cas para o Sistema Único de Saúde (SUS), caracterizando-se como instrumento para qualificação em serviço dos profissionais da saúde, bem como de iniciação ao traba-lho e vivências dirigidos aos estudantes das graduações em saúde, de acordo com as necessidades do SUS.

Para 2010, o projeto Forta-lecimento Contínuo da Aten-ção Integral em Sorocaba-SP, elaborado conjuntamente entre a FCMS e a PMS foi selecionado e contemplado pelo PET-Saúde e será de-senvolvido por cinco grupos tutoriais, cada um composto por um docente (três do curso de Medicina, um do de Enfer-magem e um do de Ciências

Biológicas), seis profissionais da Secretaria Municipal da Saúde, 12 alunos monito-res bolsistas e mais 18 alu-nos monitores não-bolsistas (pertencentes aos três cursos. Os grupos tutoriais atuarão nas Unidades de Saúde dos bairros Aparecidinha, Carlos Amorim, Habiteto, Vila Sabiá e Vitória Régia.

As ações executadas no contexto do PET-Saúde vi-sam facilitar o processo de integração entre as unida-des de ensino, os serviços de saúde públicos e a co-munidade, institucionalizar as atividades pedagógicas dos profissionais dos servi-ços de saúde; valorizar es-sas atividades pedagógicas; promover a capacitação do-cente dos profissionais dos serviços; estimular a inserção das necessidades do serviço como fonte de produção de conhecimento e pesquisa na universidade; e incentivar o ingresso de profissionais do serviço na carreira docente.

PUC-SP é contemplada com o PET-Saúde

Campus Sorocaba

Sérgio Said

Campus Barueri realiza palestra sobre Economia

O Centro Acadêmico Leão XIII, realizou dia 7/5, no auditório do campus Barueri, o I Ciclo de Pales-tras de 2010. Na ocasião, o professor Rubens Sa-waya falou sobre o tema As escolas do pensamen-to econômico.

A palestra contou com a participação dos alunos dos cursos de Economia e Comércio Internacional, que lotaram o auditório do campus.

A campanha de vacinação promovida pela Universida-de foi um sucesso, de acordo com o professor Hélio Delibe-rador, pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias. Du-rante o dia 17/5, foram va-cinadas 349 mulheres (90% delas até 26 anos, e 10% maiores de 27 anos; acima desta idade, era preciso pres-

Mulheres recebem vacina contra HPV

Prevenção

crição do ginecologista para tomar a vacina). Deliberador enfatizou a importância da campanha, que realiza pre-venção do câncer do colo de útero, para a saúde da mu-lher; destacou ainda o des-conto significativo no valor da vacina aplicada na PUC-SP em relação ao preço de mercado.

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Colega do curso de Medicina observa foto de André, durante a missa

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Com a proximidade da Copa do Mundo da África do Sul, fica evidente o altís-simo grau de interesse que este evento atrai em todo o mundo. A cobertura da im-prensa é grandiosa. Trans-mitem-se treinos, jogos, entrevistas e todo tipo de acontecimento relaciona-do ao principal torneio do futebol mundial. Bilhões e bilhões de dólares são desti-nados à organização: cons-trução de estádios e vultosos investimentos em infraestru-tura e turismo. Vendas de camisas, bandeiras e outros adereços ligados à temáti-ca da Copa do Mundo são elementos complementares deste contexto milionário que ocorre a cada quatro anos.

Sem dúvida, o chamado mercado do futebol já é um setor bastante relevan-te da economia mundial, movimentando bilhões de dólares por ano. Patrocí-nios milionários, salários astronômicos de jogadores e técnicos, direitos de trans-missão televisiva valoriza-dos compõem um cenário bastante auspicioso para este esporte profissional. Há uma relevante demanda no mundo para tudo que é re-lacionado ao futebol. Além de sua importância econô-mica, o futebol tem grande relevância cultural e social.

As perguntas que motivam minha breve reflexão feita neste espaço são: de onde vem todo este interesse por tal esporte? O que move este mercado do futebol? Não tenho a menor preten-são de tentar explicar isso cientificamente, usando a Economia, Sociologia ou a Psicologia. Contudo, pre-tendo, a partir da minha ex-periência pessoal, fornecer alguns elementos para uma possível discussão mais ela-borada.

Comecei a pensar sobre isso conversando com ami-gos que, assim como eu, são fanáticos por futebol. Pas-so, no mínimo, umas vinte

Estão abertas, até 28/5, as inscrições para interessados em estagiar no Núcleo de Estudos Avançados do Terceiro Setor (Neats), do Pós em Administração. Informações: [email protected].

Oportunidade

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Uma breve reflexão sobre a paixão pelo futebol, em ano de Copa do Mundo

Opinião

Dárcio Martins Geniccolo*e cinco horas semanais na frente da televisão, acompa-nhando de tudo ligado a fu-tebol: de jogos grandiosos, como Barcelona e Real Ma-dri, até discussões intermi-náveis (e inúteis) sobre a im-previsibilidade das partidas de futebol (“O futebol é uma caixinha de surpresas...”). A pergunta é: por que diabos faço isso?!? Será que existe alguma racionalidade neste comportamento? E o que é mais intrigante: pensando no tamanho do mercado mundial do futebol, é muito provável que eu não seja o único a fazer essa loucura semanal.

Bem, se tivesse que res-ponder, subitamente, qual seria a razão essencial deste comportamento (quase um vício!), diria que é porque gosto de futebol. Gosto mui-to. Gosto da dinâmica do jogo, do barulho da torcida,

de xingar o árbitro. Gosto de ter a presunção de achar que sei mais sobre a esca-lação e esquemas táticos do que os técnicos. Gosto de saber que, como várias outras crianças, o futebol foi uma das primeiras experi-ências sociais que tive com meu pai (apesar de ser, com muito orgulho, são-paulino e meu pai um fanático co-rintiano!). Este sentimento

nostálgico me faz muito bem. E, além disso, à medi-da que leio mais profunda-mente a respeito de futebol, em suas diversas dimen-sões, fico mais apaixonado.

Por exemplo, é extrema-mente interessante ler sobre as origens históricas, so-ciais e econômicas do fute-bol moderno. A história da prática do esporte pratica-do com os pés começa em tempos remotíssimos. Na China Antiga, na Civiliza-ção Asteca e na Florença re-nascentista já se praticavam versões muito primitivas de futebol, muitas vezes se uti-lizando crânios de inimigos como bola. Contudo, o fute-bol como conhecemos, com regras unificadas e com a presença de um árbitro tem início em meados de 1840, na Inglaterra.

Neste período, nas escolas da elite inglesa, começou-se

a praticar um esporte an-cestral do futebol e do rúgbi atuais: era permitido o uso de pés e mãos na sua prá-tica. Ao longo do tempo, os próprios alunos discutiam e deliberavam a respeito das regras deste esporte; portanto, uma construção social intensa. E, mais inte-ressante ainda, cada escola tinha suas próprias regras, que refletiam a dinâmi-

ca sociopolítica própria de cada estabelecimento de ensino.

Alguns dos principais edu-cadores ingleses, incluin-do Thomas Arnold, diretor da Rugby School, um dos principais expoentes des-ta época, eram ardorosos defensores das práticas es-portivas como instrumentos pedagógicos importantes. Acreditavam, já naquela época, que participando de esportes coletivos organiza-dos (principalmente o fute-bol), os alunos exercitariam várias habilidades pessoais/sociais: cooperação, com-petição, respeito às regras (formais e informais) e ao árbitro, lidar com potenciais sanções impostas, aprender a vencer e perder, dentre outras.

Dentro desta visão peda-gógica e, sempre a partir da iniciativa dos alunos, no final do século XIX, tais es-colas se reuniram e decidi-ram unificar as regras. Lon-ge de ter sido uma reunião que gerasse um resultado harmonioso, sem discor-dâncias, surge aí a primeira versão contemporânea do chamado Football Associa-tion.

Simultaneamente a este processo de unificação de regras, o esporte começou a “pular” os muros des-tas instituições de ensino: iniciava-se a irreversível (e fundamental) popularização e massificação da prática do futebol. É muito interessante verificar que, ao longo do século XX, auge da popula-rização mundial do futebol, houve um intenso processo de evolução do jogo e das regras, captando ou ten-tando captar características específicas de cada região do planeta. O que, acredito, faça com que as pessoas, no mundo inteiro se identifi-quem muito com o jogo: as regras gerais, além de fácil assimilação, refletem valo-res sociais universais como nenhum outro esporte faz.

O futebol traz consigo um caráter humano inigualável na dinâmica de seu jogo. Por exemplo, ele é pratica-

do com os pés, o que já faz com que haja uma impre-cisão muito maior na exe-cução de seus fundamentos principais, por exemplo, que o basquetebol, jogado com as mãos. O erro no futebol é muito mais frequente e esperado que em outros es-portes. Já os momentos de alegria, de clímax no futebol são muito raros, são joga-das de exceção: os gols são geralmente escassos. A vida que levamos é muito similar.

Uma outra coisa bastante intrigante é perceber que – a Copa do Mundo deste ano será uma nova oportunida-de para isso – apesar do caráter universal do futebol e de suas regras e, de viver-mos no tal mundo globali-zado, com abundância de informações e tudo o mais, as diversas seleções nacio-nais de futebol apresentam maneiras de jogar, dinâmi-cas de jogo, comportamen-tos táticos diferentes entre si: refletem valores culturais e sociais de cada lugar. Claro que não estou me referindo àqueles estereótipos simplis-tas que a imprensa esportiva propaga, como dizer que o brasileiro é individualista, o alemão é “frio” e preciso ou o argentino é “catimbeiro”. Mas é possível verificar dife-renças na maneira como se encara o jogo.

Exagerando (bastante!) no

argumento, creio que o fu-tebol reflete muito nosso cotidiano, nossa vida. Os elementos do futebol, do jogo em si e de seu entor-no, atraem multidões por essa razão fundamental: as diferentes interpretações das regras pelo árbitro, os heróis e vilões das partidas, a grande possibilidade de uma equipe pequena vencer uma de maior expressão/qualidade técnica, a identifi-cação com um time de fute-bol (sentimento de pertencer a algo maior)... Talvez, por isso, mais do que qualquer outra razão, este esporte tenha tantos seguidores, tor-cedores, fiéis. Ou tanta de-manda.

Talvez por isso tudo (e mais!), a cada quatro anos, o mundo todo se mobiliza para acompanhar a Copa do Mundo. E, talvez por isso eu passe este tempo todo assistindo/consumindo fute-bol e me comporte como um Homem de Neandertal rai-voso durante uma partida.

* Professor do depto. de Economia da PUC-SP, gra-duado em Administração Pú-blica (FGV) e mestre em Eco-nomia (PUC-SP). Pesquisa temas nas áreas de Organi-zação Industrial, Regulação, Política da Concorrência, Comércio Exterior e Econo-mia do Esporte/Futebol.

O mercado do futebol já é um setor relevante da eco-nomia mundial, movimen-tando bilhões de dólares por ano. Patrocínios milionários, salários astronômicos de jo-gadores e técnicos, direitos de transmissão televisiva valori-zados compõem um cenário bastante auspicioso para este esporte profissional.

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Nos dias 7 e 8/6, se realiza o 2º Seminário Web Currículo, no campus Monte Alegre. O tema deste ano é Integração de tecnologias na prática pedagógica e no currículo. Informações: [email protected].

Web Currículo

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Itinerários cruzados: os caminhos da contem-poraneidade filosófica francesa nas obras de Jean-Paul Sartre e Mi-chel Foucault

O professor André Yazbek (Departamento de Filosofia) lançou seu livro Itinerários cruzados: os caminhos da contemporaneidade filosó-fica francesa nas obras de Jean-Paul Sartre e Michel Foucault (Educ), dia 4/5. A obra é resultado da tese de-fendida pelo professor no Pós em Filosofia: partindo do antagonismo represen-tado pelos projetos concor-rentes de Jean-Paul Sartre e Michel Foucault no horizonte dos anos 60, Yazbek revisita a trajetória dos dois autores para delinear as opções e os

A companhia Ópera Por-tátil apresenta no Tuca o espetáculo Rita (foto), ópera cômica em um ato de Gaetano Donizetti. O espetáculo conta a história de Rita, dona de uma hos-pedaria, que vive a maltra-tar seu segundo marido. No entanto, a vida do ca-sal sofre uma reviralvolta com a inesperada chegada de Gasparo, primeiro ma-rido da protagonista, que todos acreditavam tives-se morrido afogado num naufrágio.

Criada em 2005, a Ópe-ra Portátil é a primeira companhia brasileira que surge com a proposta de

Produção científica

Cultura

dilemas (teóricos e políticos) de duas gerações distintas da filosofia contemporânea francesa.

Horizontes do perdão: reflexões a partir de Paul Ricoeur e Jacques Derri-da

Maria Luci Buff Migliori (doutora em Filosofia pela PUC-SP) lançou no último dia 4/5 seu livro Horizontes do perdão: reflexões a partir de Paul Ricoeur e Jacques Der-rida (Educ). A obra integra a coleção Hipótese, da Educ, que apresenta as teses e dis-sertações de destaque nos programas de pós-gradua-ção da Universidade: no caso de Horizontes de perdão, a autora procura indagar a for-ma de inscrição ética do per-

dão na filosofia, mostrando que esta questão demanda a incursão no não-filosófico.

As práticas políticas de Adhemar de Barros

Ari Marcelo Macedo Couto (doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP) lança seu livro Adhemar de Barros: práticas e tensões políticas no poder (Educ) dia 20/5, às 19h, na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos (av. das Nações Unidas, 4777). Na obra, originada de sua tese de doutorado, o autor busca revelar quais eram as prá-ticas políticas utilizadas por Adhemar de Barros para se manter sempre em evidência no cenário político – a traje-tória política de Adhemar de Barros (governador paulis-ta em três ocasiões: 1938 a

Confira lançamentos da Educ e de professores e pesquisadores da PUC-SP

Thiago Pacheco

Bete Andrade

Tuca apresenta ópera em portuguêsMontagem da companhia Ópera Portátil conta a história de Rita, dona de uma hospedaria

popularizar óperas, apre-sentando montagens total-mente traduzidas e canta-das em português. Rita é a terceira montagem do gru-po que é formado por ex-perientes artistas do meio musical e teatral.

A direção do espetáculo é de Pablo Moreira. No elen-co, estão Jamile Evaristo, Paulo Menegon e Ossian-dro Brito. A direção musi-cal é de Wesley Lacerda.

As próximas apresenta-ções acontecem nos dias 30/5 e 6/6, no Tuca – Sala Ensaio (rua Monte alegre, 1.024), às 16h30. Os in-gressos para a comuni-dade da PUC-SP custam R$ 10. Mais informações: (11)2626-0938.

1941; 1947 a 1951; e 1963 a 1966) é um exemplo da di-nâmica política que abarca o período de incorporação das massas ao processo político e a formação do populismo no Brasil.

Estratégias Semióticas da Publicidade

Os professores Maria Lucia Santaella (Pós em Tecnolo-gias da Inteligência e Design Digital, Tidd) e Winfred Nöth (Kassel University, Alemanha) acabam de lançar Estratégias Semióticas da Publicidade (Editora Cengage Learning). A obra busca detectar as estratégias utilizadas tanto pela comunicação de produ-tos quanto nos produtos de comunicação para compre-ender as variadas camadas

de influências emocionais e culturais que agem sobre o consumidor.

Revista Projeto História, nº 36

O Pós em História acaba de lançar a edição 36 da revis-ta Projeto História. O tema desta edição é Nacionalis-mo, Internacionalismo e Ide-ologias: o conjunto de textos apresenta um leque variado, plural e com temporalidades distintas sobre a natureza his-tórica das ideologias, formas específicas do nacionalismo e do internacionalismo. A revista investiga as tradições culturais, personagens e pro-tagonistas históricos, grupos sociais e frações de classe que se empenharam na de-fesa e consolidação dessas

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Resultado de um grande esforço de pesquisa, o livro Adhemar de Barros: práticas e tensões políticas no poder traz ao leitor a oportunidade de conhecer o funcionamento

da política brasileira, mais especificamente do estado de São Paulo. A trajetória política de Adhemar de Barros é um

exemplo da dinâmica política que abarca o período de incorporação das massas ao processo político e a formação

do populismo no Brasil. Ao relatar as práticas e tensões políticas que vivenciou Adhemar de Barros, Ari Marcelo

Macedo Couto revela-nos as teias do poder paulista, destacando dois períodos: os governos adhemaristas

de 1947 e 1962. Esses dois momentos são importantes para compreender a atuação do líder político estudado,

pois apresentam as articulações, alianças, artimanhas, conchavos e outras práticas políticas adotadas pelo político.

Claudio Luis de Camargo Penteado

O passado não reconhece o seu lugar: teima em aparecer no presente.

Mário Quintana

Corrupção, clientelismo, fisiologis-mo, manipulações e articulações partidárias, ardis de marketing, “rouba, mas faz” são questões presentes no nosso cotidiano político, constituem elementos de denúncias frequentes nos noticiários, causando indignação e descrença nas possibilidades de transformação. A história política brasileira caracteriza-se por perma-nências e mudanças, trajetórias nas quais emergem memórias de lideran-ças e práticas do passado; entre outras, merece destaque a de Adhemar de Barros.

Nascido na elite paulista, Adhemar de Barros formou-se médico, comple-tando seus estudos na Europa, iniciou sua trajetória política nos anos 1930, como opositor de Getúlio Vargas, mas foi por este nomeado interventor de São Paulo (1938), o que impulsionou sua carreira política. Exímio orador, sedutor de correligionários e eleito-res, teve vários cargos públicos (deputado estadual, prefeito e gover-nador por três mandados – candidato à presidência da República) e tornou-se um dos mais influentes políticos das décadas de 1940, 50 e 60.

Procurando dialogar com estas e outras questões do passado e do presente, o livro Adhemar de Barros: práticas e tensões políticas no poder, de Ari Macedo Couto, desvenda a trajetória de Adhemar de Barros, priorizando o período de 1947 a 1962. O texto proporciona uma leitura envolvente, fundamen-tada em extensa investigação documental e coleta de depoimen-tos realizados para a tese de douto-rado, defendida na PUC-SP.

Exímio conhecedor do ofício de pesquisa, o autor, com magia e transparência, conseguiu recuperar personagens e práticas, remontar cenários e desvendar tensões, contribuindo para as discussões sobre as práticas e relações de poder, ultrapassando o foco exclusi-vo nos partidos políticos. Com rara sensibilidade, privilegiou em sua análise as experiências das articula-ções políticas, o que lhe permitiu descobrir o inesperado, não no sentido de apontar o excepcional, mas de trazer à tona o que, até então, estava submerso e que se mantém na contemporaneidade.

Maria Izilda S. Matos

ADHEMAR DE BARROSpráticas e tensões políticas no poder

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Coleção Humanidades

978-85-283-0403-9

Ari Marcelo Macedo Couto

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orizontes do perdão

Não é à toa que Luci Buff intitulou seu trabalho Horizontes do

Perdão. Se horizonte pode querer dizer a probabilidade de de-

senvolvimento e melhoria, pode também significar um limite ou,

ao contrário, uma extensão indefinida. O perdão sempre pode

ser utilizado para uma melhora de determinada situação, como

limite para interromper algo insustentável, mas o perdão tem

também uma extensão indefinida que os olhos não alcançam.

Escolher o tema do perdão é assumir o dilema do imperdoável.

O perdão sempre será um grande desafio, que neste livro foi

assumido, sem dúvida, com seriedade e muito talento.

Cláudia Perrone-Moisés

Luci Buff

Horizontes do perdãoReflexões a partir de Paul Ricoeur e Jacques Derrida

O texto de Luci Buff, escrito com cuidado e delicadeza, chega num momento oportuno, num kairos histórico e político preciso: a saber, o questio-namento, cada vez mais intenso, na opinião pública brasileira, a respeito da relação do presente do país com seu doloroso passado. Presente democrático, mas que continua marcado por exclusão e violência, tortura e morte de tantos cidadãos, muitas vezes anônimos; e passado da ditadura militar, marcado pela violência, pela tortura, pela morte e pelo desa-parecimento de muitos, cujos nomes se tornam cada vez mais conhecidos.

Nesse debate muitas vezes tumultuoso, em parti-cular a respeito da revisão ou não da famosa “Lei da Anistia”, os instrumentos da reflexão filosófica, uma reflexão paciente, lenta, precisa e honesta, tanto em suas incertezas quanto em sua radicalidade, podem, sim, ajudar a pensar e a agir melhor. É isso que faz este texto, primeiro uma tese de doutorado defendida no Programa de Estudos Pós-Graduados da PUC-SP em 2007, agora publicado sob forma de livro. Maria Luci parte do pensamento de dois filósofos franceses contemporâneos, Paul Ricoeur e Jacques Derrida, que vêm de horizontes ideológicos e religiosos diferen-tes, mas que são, ambos, observadores atentos das questões éticas e políticas presentes. Ambos meditam sobre o escândalo do mal que homens desejam e conseguem fazer a outros homens, uma reflexão filosófica antiga que ressurge com virulência a partir da Shoah; meditam, igualmente, sobre a possibilidade de uma retomada da vida em comum, mesmo depois de experiências coletivas traumáticas, interpelados ambos pela corajosa instauração da “Comissão Verdade e Reconciliação” na África do Sul, depois do fim do Apartheid.

Certamente, Ricoeur e Derrida diferem bastante em suas considerações a respeito do conceito nuclear deste trabalho, o conceito de perdão. Ao ler o livro de Maria Luci, algo se torna, porém, claro, de maneira irrecusável: perdoar não é nem esquecer, nem anis-tiar, nem apagar. O perdão significa, pelo contrário, uma retomada e elaboração conscientes do passado em vista de uma “reconciliação” não imposta, mas verdadeira. Ele significaria muito mais como uma aposta, talvez sobre-humana, na possibilidade de uma renovação da vida em comum, tanto no presente quanto no futuro.

Cabe a cada leitor entender o que significa tal exigência no Brasil de hoje.

Jeanne Marie Gagnebin

Do grego, o termo que nomeia esta Série da Editora da PUC-SP, EDUC, remete à ideia de base, fundamento, princípio de algo, suposição.

Academicamente, expressa uma ou mais proposições antecipadas que, pro-visoriamente, buscam a explicação para fatos e fenômenos que serão ulterior-mente verificados pela dedução ou pela experiência.

Essa, a razão do nome da Série Hipótese: um conjunto de teses e dis-sertações que ao serem publicadas e divulgadas ficam disponibilizadas para, segundo o processo natural da Ciência, serem analisadas, criticadas, sempre em busca do novo, da solução de problemas.

Iniciada em 1991, na EDUC, a Série Hipótese mantém seu objetivo origi-nal de premiar teses e dissertações da PUC-SP que anualmente tenham se destacado em seus Programas de Pós-Graduação pela qualidade acadêmica, pelo avanço na produção do conheci-mento na área.

A seleção dos trabalhos tem início no Programa e só se conclui com o encami-nhamento feito pelo Comitê de avaliação da Pós-Graduação, que submete cada tese ou dissertação ao crivo analítico de mais dois pareceristas de áreas afins.

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ideologias.Nesta edição, há uma tra-

dução do conjunto de artigos jornalísticos A Guerra Anglo-Francesa contra a Rússia, de Karl Marx; artigos sobre a questão agrária na Revolu-ção Mexicana, a atual crise econômica mundial, as idéia de Leonel Brizola durante o governo João Goulart, os 70 anos de fundação da IV Inter-nacional, o nacionalismo na cultura brasileira, o sentido de nação nos artigos futebo-lísticos de Nelson Rodrigues. Reúne também projetos de pesquisa sobre o cinema de Walter Hugo Khouri, a imprensa cearense duran-te a Guerra do Paraguai, a identidade nacional nas charges da revista Careta, entre outros. Há ainda rese-nhas dos livros O pêndulo da História. Tempo e eternida-de no pensamento Católico (1800-1960) (de Ivan Apa-recido Manoel), O encontro da Revolução com a história, socialismo como projeto na tradição marxista (de Valério Arcary) e A Venezuela que se inventa – poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez (de Gilberto Maringoni). Inf. sobre a revista Projeto Histó-ria: (11) 3670-8511.

A Escola de Atores do Tuca está com inscrições abertas para nova turma do curso Teatro para facilitar a comu-nicação. O objetivo do curso é aprimorar a comunicação pessoal pelo trabalho de preparação vocal, consci-ência corporal e eficácia ar-gumentativa. As aulas, que começam em 25/5, terão exercícios de preparação de voz e de expressão corporal em situações comunicativas próprias da vida profissio-nal. Também haverá tra-balho de interpretação de textos para desenvolvimento de eficácia argumentativa. Acesse www.teatrotuca.com.br para saber mais sobre o curso. Informações: (11) 3670-8453 ou [email protected].

Teatro e Comunicação

Curso

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