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Jornal quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo www.pucsp.br Tuca comemora 45 anos Data é marcada pela consolidação do Centro de Documentação e Memória Audiência pública Reitor e secretários-executivos falam com a comunidade História No dia 14/9, às 19h30, o reitor Dirceu de Mello e os secretários- executivos da Fundação São Paulo José Rodolpho Perazzolo e João Julio Farias Junior participam de audiência pública no Tuca, sob a mediação do professor José Arbex Jr., do curso de Jornalismo. O teatro da PUC-SP comemo- ra 45 anos, dia 11/9, com duas ótimas notícias: a reestruturação de seu Centro de Documentação e Memória (CDM) e a digitaliza- ção de todo o seu acervo de fotos, cartazes e documentos. Ambos os projetos se realizam sem ônus para a PUC-SP. O primeiro deles tem patrocínio do Banco Safra, após captação re- alizada por meio da Lei Rouanet, e o outro será feito em parceria com a Imprensa Oficial. Todo o processo, desde as obras estruturais até a digitalização do acervo, deve ser encerrado até fevereiro de 2011. Segundo a su- perintendente do Tuca, professora Ana Salles Mariano, durante este período o acervo continuará dis- ponível para consulta. |pág. 8 Homenagem Encontro reúne ex-alunos ilustres no Tucarena A 21ª edição do Encontro de Ex- Alunos se realizou no Tucarena, no útlimo dia 26/8 (foto). Além do reitor Dirceu de Mello, estavam presentes entre os docen- tes homenageados Paulo Edgar Almeida Resende, Maria do Car- mo Guedes, Nestor Efraim Rojas Thaís Polato Ano 2 Número 24 1ª quinzena setembro - 2010 Avaliação MEC No último dia 23/8, a Reitoria en- viou e-mail a toda a comunidade comentando a avaliação realizada pelo Ministério da Educação (MEC). O documento faz menção ao fato de que, na semana em que a PUC-SP completou 64 anos (dia 22/8), o resultado traz motivos para a Universidade comemorar: “O Ministério da Educação (MEC) acaba de divulgar o resultado da avaliação para recredenciamento da instituição. O relatório final re- força a excelência acadêmica e a pujança da comunidade puquiana. Na primeira avaliação institucional por que a PUC-SP passou em sua história, de 05 pontos possíveis, a Universidade obteve a nota 04. O processo avaliou a PUC-SP em dez dimensões. Três delas se destaca- ram e mereceram dos avaliadores a nota máxima”. |pág. 2 Haverá transmissão do evento pelo www.pucsp.br . As regras da audiência pública serão divulga- das às 12h do dia 13/9, também pelo site. O evento é aberto a toda a co- munidade e não há necessidade de inscrição prévia. Boccalandro, Antonio da Costa Ciampa, Tercio Sampaio Ferraz Junior e Maura Pardini Bicudo Vé- ras. O evento teve a participação do coral da PUC-SP, o Cuca, e a apresentação artística da dupla Duofel, interpretando Beatles. Bete Andrade / DCI Abertas inscrições para simpósios Estão abertas até 17/9 as inscri- ções de simpósios para o 4º Con- gresso de Pesquisa Discente, even- to que integra a programação da Semana Acadêmica 2010. O tema deste ano é Práticas Cientificas, Rela- ções Humanas e o Futuro e o evento acontece entre os dias 25 e 30/10. Pode cadastrar simpósio qualquer professor-doutor da PUC-SP. A pro- posta do simpósio será formalizada quando o coordenador enviar o títu- lo e um resumo com até 200 pala- vras, conforme instruções em formu- lário on line disponível no site www. pucsp.br/semanaacademica. Cada simpósio deve ser coordenado por um ou dois pesquisadores doutores, e ao menos um dos coordenadores deve ser da Universidade. O objetivo do Congresso de Pes- quisa Discente é apresentar, du- rante os simpósios, estudos reali- zados em nível de graduação e de pós-graduação stricto e lato sensu, Semana Acadêmica 2010 Evento ocorre entre os dias 25 e 30/10 Acessibilidade “Espaços de diálogo sobre di- versidade e inclusão social, como este promovido pela PUC-SP, são fundamentais na construção de novas soluções para o convívio de todos, com equiparação de opor- tunidades”. A frase que inicia esta reporta- gem é da jornalista Flávia Cintra, 37, repórter do Fantástico e tetra- plégica desde os 18. Ela é uma das participantes da Semana de Inclusão e Acessibili- dade da PUC-SP, que se realiza de 14 a 23/9, nos campi Perdi- zes, Barueri, Sorocaba, Santana e Consolação. A programação completa está disponível no site da Universida- de, pelo endereço www.pucsp.br/ semanaacessibilidade. Promoção: Pró-Reitorias de Cul- tura e Relações Comunitárias e de Graduação. |pág. 2 PUC-SP tem intercâmbio docente e discente O professor português Eduardo Rodrigues passou o mês de agosto na PUC-SP, vivenciando a diversida- de cultural e acadêmica da Univer- sidade, como ele próprio definiu. Rodrigues é professor da Univer- sidade do Porto (Portugal) e um dos participantes do projeto Mun- dus 17. Pelo mesmo programa, já estiveram em outros países os do- centes da PUC-SP Flávio Saraiva (Economia), Fabrício Bastos (Admi- nistração) e Reginaldo Mattar Nas- ser (Relações Internacionais). O Mundus 17 também promove intercâmbio entre estudantes, como o aluno do curso de Relações In- ternacionais da PUC-SP, Eduardo Gresse (foto). Ele cursou, por um semestre, Ciências Políticas na Universidade Georg-August de Goettingen, na Alemanha. |pág. 3 nas diferentes áreas de saber. Pela graduação, o evento compreende trabalhos conclusão de curso (TCC e equivalentes), Programa de Educa- ção Tutorial-PET, grupos de estudo e Ligas de Especialidades Médicas; em nível de pós-graduação, poderão ser apresentadas pesquisas de doutora- do, mestrado acadêmico e profissio- nal e monografias finais de especia- lização. Para os alunos que queiram apresentar pesquisas nos simpósios, as inscrições começam no dia 27/9. Informações: semanaacademica@ pucsp.br . Além do 4º Congresso de Pesqui- sa Discente, a Semana Acadêmica 2010 compreende também as ses- sões de comunicação e apresenta- ção de pôsteres do 19º Encontro de Iniciação Científica, que acontece dia 27/10. A Semana Acadêmica é promovida pelas Pró-Reitorias de Graduação; de Pós-Graduação; e de Educação Continuada. Acervo DCI Acervo pessoal Gal Costa, em show no Tuca, nos anos 70

Edição 24

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Jornal quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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Jornal quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

www.pucsp.br

Tuca comemora 45 anos Data é marcada pela consolidação do Centro de Documentação e Memória

Audiência pública

Reitor e secretários-executivos falam com a comunidade

História

No dia 14/9, às 19h30, o reitor Dirceu de Mello e os secretários-executivos da Fundação São Paulo José Rodolpho Perazzolo e João Julio Farias Junior participam de audiência pública no Tuca, sob a mediação do professor José Arbex Jr., do curso de Jornalismo.

O teatro da PUC-SP comemo-ra 45 anos, dia 11/9, com duas ótimas notícias: a reestruturação de seu Centro de Documentação e Memória (CDM) e a digitaliza-ção de todo o seu acervo de fotos, cartazes e documentos. Ambos os projetos se realizam sem ônus para a PUC-SP.

O primeiro deles tem patrocínio do Banco Safra, após captação re-alizada por meio da Lei Rouanet, e o outro será feito em parceria com a Imprensa Oficial.

Todo o processo, desde as obras estruturais até a digitalização do acervo, deve ser encerrado até fevereiro de 2011. Segundo a su-perintendente do Tuca, professora Ana Salles Mariano, durante este período o acervo continuará dis-ponível para consulta. |pág. 8

Homenagem

Encontro reúne ex-alunos ilustres no Tucarena

A 21ª edição do Encontro de Ex-Alunos se realizou no Tucarena, no útlimo dia 26/8 (foto).

Além do reitor Dirceu de Mello, estavam presentes entre os docen-tes homenageados Paulo Edgar Almeida Resende, Maria do Car-mo Guedes, Nestor Efraim Rojas

Thaís Polato

Ano 2 • Número 241ª quinzena

setembro - 2010

Avaliação MECNo último dia 23/8, a Reitoria en-

viou e-mail a toda a comunidade comentando a avaliação realizada pelo Ministério da Educação (MEC).

O documento faz menção ao fato de que, na semana em que a PUC-SP completou 64 anos (dia 22/8), o resultado traz motivos para a Universidade comemorar: “O Ministério da Educação (MEC) acaba de divulgar o resultado da avaliação para recredenciamento da instituição. O relatório final re-força a excelência acadêmica e a pujança da comunidade puquiana. Na primeira avaliação institucional por que a PUC-SP passou em sua história, de 05 pontos possíveis, a Universidade obteve a nota 04. O processo avaliou a PUC-SP em dez dimensões. Três delas se destaca-ram e mereceram dos avaliadores a nota máxima”. |pág. 2

Haverá transmissão do evento pelo www.pucsp.br. As regras da audiência pública serão divulga-das às 12h do dia 13/9, também pelo site.

O evento é aberto a toda a co-munidade e não há necessidade de inscrição prévia.

Boccalandro, Antonio da Costa Ciampa, Tercio Sampaio Ferraz Junior e Maura Pardini Bicudo Vé-ras.

O evento teve a participação do coral da PUC-SP, o Cuca, e a apresentação artística da dupla Duofel, interpretando Beatles. Be

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Abertas inscrições para simpósios

Estão abertas até 17/9 as inscri-ções de simpósios para o 4º Con-gresso de Pesquisa Discente, even-to que integra a programação da Semana Acadêmica 2010. O tema deste ano é Práticas Cientificas, Rela-ções Humanas e o Futuro e o evento acontece entre os dias 25 e 30/10.

Pode cadastrar simpósio qualquer professor-doutor da PUC-SP. A pro-posta do simpósio será formalizada quando o coordenador enviar o títu-lo e um resumo com até 200 pala-vras, conforme instruções em formu-lário on line disponível no site www.pucsp.br/semanaacademica. Cada simpósio deve ser coordenado por um ou dois pesquisadores doutores, e ao menos um dos coordenadores deve ser da Universidade.

O objetivo do Congresso de Pes-quisa Discente é apresentar, du-rante os simpósios, estudos reali-zados em nível de graduação e de pós-graduação stricto e lato sensu,

Semana Acadêmica 2010

Evento ocorre entre os dias 25 e 30/10

Acessibilidade “Espaços de diálogo sobre di-

versidade e inclusão social, como este promovido pela PUC-SP, são fundamentais na construção de novas soluções para o convívio de todos, com equiparação de opor-tunidades”.

A frase que inicia esta reporta-gem é da jornalista Flávia Cintra, 37, repórter do Fantástico e tetra-plégica desde os 18.

Ela é uma das participantes da Semana de Inclusão e Acessibili-dade da PUC-SP, que se realiza de 14 a 23/9, nos campi Perdi-zes, Barueri, Sorocaba, Santana e Consolação.

A programação completa está disponível no site da Universida-de, pelo endereço www.pucsp.br/semanaacessibilidade.

Promoção: Pró-Reitorias de Cul-tura e Relações Comunitárias e de Graduação. |pág. 2

PUC-SP tem intercâmbio docente e discenteO professor português Eduardo

Rodrigues passou o mês de agosto na PUC-SP, vivenciando a diversida-de cultural e acadêmica da Univer-sidade, como ele próprio definiu.

Rodrigues é professor da Univer-sidade do Porto (Portugal) e um dos participantes do projeto Mun-dus 17. Pelo mesmo programa, já estiveram em outros países os do-centes da PUC-SP Flávio Saraiva (Economia), Fabrício Bastos (Admi-nistração) e Reginaldo Mattar Nas-ser (Relações Internacionais).

O Mundus 17 também promove intercâmbio entre estudantes, como o aluno do curso de Relações In-ternacionais da PUC-SP, Eduardo Gresse (foto).

Ele cursou, por um semestre, Ciências Políticas na Universidade Georg-August de Goettingen, na Alemanha. |pág. 3

nas diferentes áreas de saber. Pela graduação, o evento compreende trabalhos conclusão de curso (TCC e equivalentes), Programa de Educa-ção Tutorial-PET, grupos de estudo e Ligas de Especialidades Médicas; em nível de pós-graduação, poderão ser apresentadas pesquisas de doutora-do, mestrado acadêmico e profissio-nal e monografias finais de especia-lização. Para os alunos que queiram apresentar pesquisas nos simpósios, as inscrições começam no dia 27/9. Informações: [email protected].

Além do 4º Congresso de Pesqui-sa Discente, a Semana Acadêmica 2010 compreende também as ses-sões de comunicação e apresenta-ção de pôsteres do 19º Encontro de Iniciação Científica, que acontece dia 27/10. A Semana Acadêmica é promovida pelas Pró-Reitorias de Graduação; de Pós-Graduação; e de Educação Continuada.

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Gal Costa, em show no Tuca, nos anos 70

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EditorialBasta passar em frente ao Tuca às quintas-feiras, por volta das

9 da noite, há alguns meses, para notar a quantidade de jovens que se dirige ao auditório da PUC-SP. Muitos deles vão pela primeira vez ao teatro, embalados pelo sucesso do espetáculo Improvável. Alguns sabem que pisam em um teatro histórico, que abriu suas portas, cadeiras e coxias para ajudar a consoli-dar a democracia no país.

Essa mistura, entre o novo e o que já é uma honrosa memó-ria, revela o tipo de teatro que o Tuca comemora ser, ao chegar aos seus 45 anos, neste 11 de setembro. O presente para esta data não poderia ser melhor: a realização do projeto, há muito esperado, de consolidação do seu Centro de Documentação e Memória.

Sob a coordenação da superintendente do teatro, professora Ana Salles Mariano, o CDM é tocado por uma jovem de nome Luiza que em 2005, aos 22 anos, mergulhou fundo numa enor-me quantidade de documentos, fotos, cartazes, histórias e “cau-sos” acumulados por mais de quatro décadas. Ex-estagiária e há dois anos funcionária do teatro, Luiza agora vê nascer da forma que sempre sonhou o CDM, possibilitando que mais e mais pessoas tenham acesso à história do Tuca. História, aliás, que inspira seu mestrado, em fase de conclusão. Luiza pesquisa a produção cultural do Tuca, da década de 60 até os dias atu-ais, sob a orientação do prof. Antonio Rago Filho.

Boa leitura!

Grão-Chanceler: Dom Odilo Pedro SchererReitor: Dirceu de Mello Vice-reitor: Antonio Vico Mañas Pró-Reitores: André Ramos Tavares (Pós-Graduação) Haydee Roveratti (Educação Continuada)Hélio Roberto Deliberador (Cultura e Relações Comunitárias) José Heleno Mariano (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão) Marina Graziela Feldmann (Graduação)Chefe de Gabinete: Claudio José Langroiva Pereira Diretora da Divisão de Comunicação Institucional: Eveline Denardi (MTb 27.655)Editora: Thaís Polato (MTb 30.176)Reportagem: Bete AndradeEveline Denardi Priscila Lacerda Thaís Polato Thiago Pacheco Assistente-administrativa: Vera LucasProjeto Gráfico e Editoração: Núcleo de Mídias Digitais Impressão: Artgraph Tiragem: 2 mil exemplares Redação: Rua Monte Alegre, 984, sala T-34 Perdizes, São Paulo, SPCEP 05014-901Tel.: (11) 3670-8196E-mail: [email protected]

1ª quinzena de setembro - 2010

Institucional

Semana debate acessibilidade

Dias 14, 15 e 16/9 se realizam sessões abertas do curso de Pós-Doutorado em Ciências Sociais, Infância e Juventude. Inf.: http://www4.pucsp.br/projetojovensurbanos.

Infância e Juventude

Entre os participantes, está a jornalista do Fantástico Flávia Cintra, que inspirou o novelista Manuel Carlos, em Viver a Vida

“Espaços de diálogo sobre diversidade e inclusão so-cial, como este promovido pela PUC-SP, são fundamen-tais na construção de novas soluções para o convívio de todos, com equiparação de oportunidades”. A frase que inicia esta reportagem é da jornalista Flávia Cintra (foto), de 37 anos, repórter do Fantástico e tetraplégica desde os 18. Ela é uma das participantes da Semana de Inclusão e Acessibilidade na PUC-SP, que se realiza de 14 a 23/9, nos campi Perdi-zes, Barueri, Sorocaba, San-tana e Consolação.

Sua vida inspirou a perso-nagem Luciana, da nove-la Viver a Vida, de Manoel Carlos, exibida pela TV Glo-bo este ano. Nos bastidores da trama, Flávia trabalhou orientando a atriz Alinne Moraes na composição de sua personagem.

A jornalista conta que, ao sofrer o acidente de car-ro em uma rodovia de São Paulo que mudou radical-

mente sua vida, passou por um duro período de adap-tação. Superada esta fase, Flávia se tornou ativista pela causa dos deficientes físicos e hoje ministra palestras so-bre superação em empresas e instituições. “Naquele mo-mento de fragilidade, tudo o que aparecia eram possibili-dades”, afirma.

ATIVIDADES – O rela-to da experiência de Flávia integrará a série de ativi-dades destinada a alunos, professores e funcionários da PUC-SP, além de interes-sados em geral. Elas trata-rão dos temas da inclusão e da acessibilidade a partir de variados enfoques, abor-dando o direito das pessoas com deficiência, passando por apresentação dos tra-balhos acadêmicos e comu-nitários desenvolvidos pela PUC-SP e discussões sobre tecnologia assistiva.

A abertura do evento ocor-re no dia 14/9, às 19h30, no campus Monte Alegre, com a mesa-redonda Aces-sibilidade e Inclusão: Con-

Bete Andrade

Na semana em que a PUC-SP completa seus 64 anos, surge mais um mo-tivo para nos orgulharmos de fazer parte desta Uni-versidade. O Ministério da Educação (MEC) acaba de divulgar o resultado da avaliação para recreden-ciamento da instituição. O relatório final reforça a excelência acadêmica e a pujança da comunida-de puquiana. Na primei-ra avaliação institucional por que a PUC-SP pas-sou em sua história, de 05 pontos possíveis, a Universidade obteve a nota 04.

O processo avaliou a PUC-SP em dez dimen-sões. Três delas se desta-caram e mereceram dos avaliadores a nota máxi-ma.

Nota sobre o resultado da avaliação institucional do MEC

Recebeu a nota máxima, 05, a dimensão 2 (“A polí-tica para o ensino – gradu-ação e pós-graduação –, a pesquisa, a extensão, nor-mas de operacionalização, incluídos os procedimentos para estímulo à produção acadêmica, as bolsas de pesquisa, de monitoria e demais modalidades”), que trata da alma, da essência mesmo de uma instituição de ensino superior. O rela-tório não só atesta a quali-dade acadêmica de nossa Universidade como também afirma que, em muitos que-sitos, a PUC-SP se encontra “muito além” dos referen-ciais mínimos de qualidade.

Também foi avaliada com a nota máxima, 05, a di-mensão 3 (“A responsabi-lidade social da instituição, considerada especialmen-

quistas e Desafios. Estarão presentes os pró-reitores Hélio Roberto Deliberador e Marina Graziela Feldmann. Entre os participantes da mesa estão Mara Gabrilli (psicóloga, publicitária e vereadora), Linamara Ri-zzo Batistella (especialista em Medicina Física e Rea-bilitação), Luiz Alberto Da-vid Araujo (pós em Direito Constitucional) e Marcos Belizário (secretário munici-pal da Pessoa com Deficiên-cia e Mobilidade Reduzida). A mediadora será a mes-tranda em Comunicação e Semiótica Viviane Ferreira Silva.

A Semana conta também com a presença de Lauro Luiz Gomes, promotor de Justiça do Ministério Públi-co do Estado de São Paulo e integrante da Promotoria de Justiça de Proteção das Pessoas com Deficiência, e de Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, desembarga-dor Federal do Trabalho e primeiro juiz cego brasileiro.

Estão previstas ainda dis-tribuição do manual Pessoas

com deficiência: trocando experiências e apresenta-ções culturais, como uma exposição dos quadros da Associação dos Pintores com Boca e Pés (APBP). Todo o evento terá tradução em Libras.

A jornalista Flávia Contra encerra a Semana, com a palestra Possibilidades e re-alizações das pessoas com deficiência.

A programação completa está disponível no site da Universidade, pelo endere-ço www.pucsp.br/semana-acessibilidade. Promoção: Pró-Reitorias de Cultura e Relações Comunitárias e de Graduação.

te no que se refere à sua contribuição em relação à inclusão social, ao de-senvolvimento econômico e social, à defesa do meio ambiente, da memória cul-tural, da produção artística e do patrimônio cultural”), que reforça outra marca da PUC-SP: sua preocupação com a transformação social. Trata-se de uma conquista antiga da instituição e da-queles que cotidianamente, ao longo da sua história, lutam por uma sociedade pautada pelos valores hu-manistas e cristãos.

A dimensão 6 (“Organiza-ção e gestão da instituição, especialmente o funciona-mento e representatividade dos colegiados, sua inde-pendência e autonomia na relação com a mantene-dora, e a participação dos

segmentos da comunida-de universitária nos pro-cessos decisórios”), mais uma a ser contemplada com a nota máxima, 05, reflete o pioneirismo da gestão da Universidade e o caráter comunitário de suas decisões.

É com orgulho, portan-to, que comemoramos os resultados dos três pila-res que sustentam nossa PUC-SP: a excelência aca-dêmica, a histórica luta pela transformação social e a democracia interna. E é também com orgulho que vivemos, no cotidia-no, estas três dimensões que nos impulsionam ao futuro.

Parabéns a toda a comu-nidade.

A Reitoria

Julio

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A DRH e o Depto de Português estão com inscrições abertas para a oficina Português para o Mundo Corporativo Inf.: [email protected] ou (11) 3670-3383.

Oficinas de Português

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03Internacional

Estudantes da PUC-SP também participam do programa, que deixou de ser restrito a universidades européias

Erasmus Mundus promove intercâmbio docente

Sociólogo, o professor por-tuguês Eduardo Rodrigues passou o mês de agosto na PUC-SP, vivenciando a diversi-dade cultural e acadêmica da Universidade, como ele pró-prio definiu. Daqui, disse ter levado só boas experiências. “Tive a oportunidade de co-nhecer toda a parte acadêmi-ca, os alunos, a cidade, suas dinâmicas sociais e modelos de organização. Para um so-ciólogo, isto são sempre ques-tões centrais. Levo as melho-res referências e a vontade de manter e ampliar os contatos e os trabalhos”, afirma.

Rodrigues é professor da Universidade do Porto (Portu-gal) e um dos participantes do projeto Mundus 17, consórcio baseado na parceria estabe-lecida entre instituições e as-sociações de ensino superior européias, brasileiras, para-guaias e uruguaias. O consór-cio é constituído no âmbito do Programa Erasmus Mundus – Acção 2 e financiado pela Comissão Européia.

Em setembro, a Editora da PUC-SP (Educ) apresenta dois novos lançamentos da série Hipótese.

A coleção traz as teses e dis-sertações de destaque defen-didas nos programas de pós-graduação da Universidade.

No dia 1º/9, Aluísio Ferreira

Educ apresenta lançamentos em Relações Internacionais e PsicologiaPesquisa

de Lima lançou Metamorfose, anamorfose e reconhecimen-to perverso – A identidade na perspectiva da Psicologia So-cial Crítica.

A obra é resultado da tese defendida pelo autor, no Pós em Psicologia Social.

A obra pretende explicitar,

Pelo mesmo programa, já estiveram em outros países, como professores visitantes, os docentes da PUC-SP Flávio Saraiva (Economia), Fabrício Bastos (Administração) e Re-ginaldo Mattar Nasser (Rela-ções Internacionais). Saraiva esteve na Universiteit Gent (Bélgica), Bastos e Nasser es-tiveram na Universidade do Porto (Portugal).

O objetivo do Mundus 17 é promover enriquecimento mútuo entre a União Européia

Priscila Lacerda

e a América Latina, por meio do intercâmbio de pessoas, conhecimentos e capacidades ao nível do ensino superior.

Durante sua estada em São Paulo, Rodrigues, que é pro-fessor do Depto. de Sociolo-gia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, lecionou na graduação e na pós-graduação, nos cursos de Sociologia e de Relações Inter-nacionais. Também deu início a um projeto de investigação com a participação da profes-

sora da PUC-SP Carla Cristi-na Garcia (Depto. de Socio-logia) e realizou palestras na Semana de Ciências Sociais e no curso de Direito (neste curso, a convite da professora Heloisa Derzi).

Segundo Rodrigues, sua es-colha pela PUC-SP se deve ao fato da instituição ter um gran-de prestígio nas suas áreas de interesse. “Aqui encontrei condições para aprofundar meus estudos e abrir canais para um projeto conjunto de investigação. Considero im-perativo abrir e reforçar ca-nais acadêmicos entre nossos países”, ressaltou o docente português.

ALUNOS – O Mundus 17 também promove intercâm-bio entre estudantes. Aluno do último semestre do curso de Relações Internacionais da PUC-SP, Eduardo Gresse cur-sou, por um semestre, Ciên-cias Políticas na Universidade Georg-August de Goettingen (Alemanha). “Escolhi o pro-grama por conhecer seu su-cesso na Europa. Fiquei muito surpreso com a dedicação, a

atenção e o excelente trata-mento oferecido por toda a equipe, tanto na Alemanha quanto no Brasil”, ressalta.

O intercâmbio também deu a Gresse a oportunidade de confirmar a excelência do curso de Relações Interna-cionais da PUC-SP. “Antes de iniciar o intercâmbio, cheguei a pensar que a universidade alemã, por estar entre as mais renomadas em seu país, seria melhor em infra-estutura e qualidade acadêmica do que a PUC-SP. De fato, a estrutura

deles é invejável, mas pude perceber como nosso curso de RI é altamente qualificado. Um simples exemplo disso é o fato de que, em uma das matérias, o professor de lá passou a mesma bibliografia a que temos acesso aqui na PUC-SP”, destaca.

Além de Gresse, outros nove alunos da PUC-SP participa-ram do Mundus 17, progra-ma pelo qual a Universidade também já recebeu quatro estudantes. Para saber mais: http://mundus17.up.pt.

Gresse, estudante de RI, na Alemanha

Rodriguez é professor da Universidade do Porto

a partir da teoria de identi-dade proposta por Antonio da Costa Ciampa (expressa-da no sintagma identidade-metamorfose-emancipação), como ocorre a construção da personagem doente mental a partir do reconhecimento de diferentes atores sociais, e a

relação que essa personagem estabelece com o discurso da saúde mental proposto pela reforma psiquiátrica.

Já no dia 15/9, às 18h30, Thiago Rodrigues lança Guer-ra e política nas Relações In-ternacionais, na Livraria Cor-tez (rua Bartira, 301).

No livro, o autor (doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP) efetua uma análise das rela-ções internacionais exterior ao campo jurídico-político das teorias liberal e realista. Ro-drigues procura ativar um es-tudo da guerra, da política e das relações internacionais, a

partir de leituras de Pierre-Jo-seph Proudhon e Michel Fou-cault – deslocamento que, de acordo com o autor, permitiria observar a política não como paz civil, mas como a continu-ação da guerra por meio das instituições e das relações de poder.

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A Divisão de Recursos Humanos (DRH São Paulo e Sorocaba) e o Hospital Santa Lucinda acabam de finalizar o terceiro ciclo de avaliação do corpo técnico-administrativo do Hospital. “Trata-se de um instrumento de mão dupla”, considera Angela Renna, gerente da DRH.

“A avaliação auxilia os gestores a acompanhar a atuação dos funcionários e a pensar em metas, e tam-bém ajuda o próprio funcio-nário a ponderar sobre seu desempenho”, completa.

Os resultados da avalia-ção de 2010 (com dados referentes ao ano de 2009) foram apresentados na reu-nião do Conselho de Admi-nistração do Hospital Santa Lucinda, dia 20/8.

De um resultado até 100% (conceito “muito satisfató-rio”), a média geral dos fun-cionários atingiu 84%, e a das chefias, 88%.

O processo teve participa-ção de todo o corpo admi-nistrativo do Hospital: 379 profissionais, sendo 236 de

Funcionários do HSL completam 3º ciclo de avaliaçãoDRH - Santa Lucinda

Thiago Pacheco

Processo, que inclui funcionários e chefias, foi iniciado em 2007; neste ano, atingiu todos os funcionários do Hospital

Enfermagem, 125 técnicos-administrativos e 18 chefias.

As avaliações de desem-penho começaram em 2007. De acordo com An-gela, o processo se iniciou como consequência da im-plantação, em 2006, do Plano de Cargos e Salários do campus Sorocaba (para funcionários do Hospital e do então Centro de Ciências Médicas e Biológicas, atual Faculdade de Ciências Mé-dicas e da Saúde).

Até o final deste ano, o terceiro ciclo da avaliação deve ser realizado também com os funcionários e che-fias da Faculdade.

PROCESSO – O processo compreende três etapas. Pri-meiro, cada funcionário efe-tua sua autoavaliação; em seguida, as chefias fazem a avaliação dos profissionais; por último, a chefia se reú-ne com cada funcionário e, juntos, realizam uma ava-liação conjunta do desem-penho laboral.

As chefias também fazem as autoavaliações, e seus desempenhos são analisa-dos por seus superiores hie-rárquicos.

Lusofonia: PUC-SP lança primeiro MBA lecionado em três países

Aula inaugural do MBA Atlântico, realizada em 30/8, no campus Perdizes, marca a abertura no país do MBA Atlântico, primei-ro Master in Business Ad-ministration lecionado em três países: Angola, Brasil e Portugal.

“A integração no cam-po do ensino superior, de universidades situadas em continentes distintos, mas marcadas pelo mesmo espírito cristão-católico, é um acontecimento de particular importância e destaque”, afirmou o rei-tor Dirceu de Mello, no início da sessão solene, que contou ainda com palestra do professor Ma-

rio Sergio Cortella (Pós em Educação: Currículo), com o tema Diversidade Cultural e Ambiente de Negócios: desafios e oportunidade, e apresentação do Coral da PUC-SP (Cuca).

A aula inaugural també teve a presença do vice-rei-tor Antônio Vico Mañas, dos professores Paulo Romaro (chefe do Depto. de Admi-nistração da PUC-SP), Nuno Côrte Real (diretor da Escola de Gestão da Universidade Católica Portuguesa) e dos coordenadores do curso nos três países: professores Clotilde Perez (Brasil), Paulo Lancastre (Portugal) e José Amaral (Angola).

Mais informações sobre o curso: www.pucsp.br/co-geae e www.mbaatlantico.com.

Priscila Lacerda

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Surpresa, muitos sorrisos e aplausos. Foi assim a reação dos pacientes do Hospital Santa Lucinda (HSL) diante da apresentação da trupe Tera-pia do Riso, criada há cerca de três anos por um grupo de amigos. “Nosso objetivo é levar alegria, harmonia e es-perança às pessoas que estão em asilos, creches, orfanatos e hospitais”, conta Eduardo Estevani, um dos integrantes do grupo, que se apresentou em 19 e 20/8.

Caracterizados como Mi-chael Jackson, Elvis Presley, Roberto Carlos e outras cele-bridades artísticas, os artistas voluntários conseguiram atin-gir seu objetivo. Essa foi a opi-nião de Kelen Cristina Rosa de

Show surpreende pacientes

Bruna Pretel

Almeida da Silva, que acom-panhava sua filha, Camila Almeida da Silva, internada no HSL. “Não esperava por essa visita tão especial”, con-fessou Kelen. “Num momento de dificuldade e tristeza, eles trouxeram muita alegria para nós”, elogiou.

A apresentação do grupo Terapia do Riso foi coordena-da pelo Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) do HSL.

Como o processo é anual e a dinâmica do trabalho no Hospital é grande, a equipe criou o Relatório de Fatos Relevantes (Refar), para as-sinalar cotidianamente os acontecimentos positivos ou negativos.

Os formulários utilizados durante o processo foram elaborados por um comitê, com apoio de uma consul-toria externa e validação pela Comissão Própria de Avaliação (CPA).

PARTICIPAÇÃO – O co-mitê foi integrado por mem-bros da Direção do então CCMB, da DRH e represen-tantes das unidades acadê-micas e administrativas.

Angela ressalta o caráter participativo da formatação deste instrumento avaliativo, e conta que todos os funcio-nários foram capacitados para participar do processo.

Os formulários dirigidos aos profissionais diferem pouco daqueles dirigidos às chefias.

Os primeiros contemplam itens relacionados a compe-tência técnica, competência interpessoal e disciplina. O das chefias, além destes,

contém ainda itens relacio-nados ao assessoramento. Também há distinções entre a ponderação de cada um destes aspectos para funcio-nários e chefias.

RESULTADOS – Ao final do processo, Angela afirma que os resultados positivos resultam em elogios, e os negativos indicam pontos que devem ser corrigidos.

“O foco do processo não é fiscalizar, mas sim corrigir desvios, de modo a aperfei-çoar o trabalho e o relacio-namento funcionário-che-fia”, explica.

Ela observa que os resul-tados também auxiliam os gestores a avaliar a neces-sidade de promover ações de capacitação, tanto de funcionários e quanto de chefias.

Ela destaca ainda que o processo permite estabele-cer comparações entre os resultados anuais.

A avaliação, tabulação de dados e relatórios finais de 2010 já foram feitas pelo RM (módulo “Totvs – Avalia-ção e Pesquisa”).

Os resultados anteriores, porém, também foram lan-

çados no sistema. Os relatórios serão en-

viados a cada funcionário, apresentando os dados de seu desempenho individual, a cada ano, e também in-formando as médias com-parativas aos outros setores.

LIDERANÇAS – Agora, ao final de mais uma etapa do processo, a gerente da DRH afirma que será realizada uma reunião com lideran-ças do Hospital para atua-lizar o processo.

“Queremos entregar os comparativos e reforçar os

conceitos, para que todos saibam lidar com os resul-tados. E, principalmente, devemos reafirmar os prin-cípios da avaliação. Enten-demos esse processo como um monitoramento contí-nuo, portanto devemos re-fletir constantemente sobre ele com o objetivo de aper-feiçoá-lo”, declara.

A DRH deve iniciar o pro-cesso de avaliação de de-sempenho dos profissionais dos outros campi da Uni-versidade após a revisão do atual Plano de Cargos e Salários.

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Hospital Santa Lucinda, em Sorocaba

No dia 18/9, a Pastoral Universitária e o Núcleo da Fé e Cultura realizam a Oficina sobre Educação, proposta da Arquidiocese de São Paulo. Inf.: www.pucsp.br/pastoral.

Congresso de Leigos

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Estão abertas até 15/9 as inscrições de alunos de Ciência da Computação e Tecnologia e Mídias Digitais para estágio em EaD. Leia o edital em www.pucsp.br.

Estágios no campus Consolação

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A antropóloga Carmen Junqueira dedicou mais de quatro décadas de estudos e trabalhos à questão indí-gena.

Um documentário recém-lançado pelo Núcleo de Sociabilidade Libertária (Nu-Sol, Pós em Ciências Sociais), produzido pela TV PUC, celebra essa obra.

Por meio de suas reminis-cências e observações de campo, a própria Carmen vai tecendo um painel da vida dos povos indígenas, ao mesmo tempo em que apresenta a sua concepção de Antropologia.

Carmen se graduou em Ciências Políticas e Sociais na Escola de Sociologia e Política, em 1959, e dou-

Vídeo do Nu-Sol e da TV PUC traz depoimentos sobre seus mais de 40 anos de estudos em torno da temática indígena

Documentário homenageia a obra de Carmen Junqueira Antropologia

torou-se na Unicamp, em 1967.

Uma das mais respeita-das indigenistas do país, suas pesquisas estão mais relacionadas aos povos ka-maiurá (no Parque Indígena do Xingu, MT) e cinta-larga (no Parque Indígena do Ari-puanã, MT/RO). “Ainda vou lá todo ano”, ressalta a do-cente.

Professora emérita da PUC-SP desde 2002, Car-men começou a lecionar na Universidade em 1963.

PIONEIRA – Além dos incontáveis alunos que formou na graduação, foi pioneira também na pós-graduação – ao criar, em 1973, o Programa de Es-

tudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP.

Além das narrativas e das reflexões da professora, o vídeo carmen junqueira-kamauirá: a antropologia MENOR, lançado na noite de 30/8, no Tuca, traz o depoimento de quatro ami-gos, colegas, ex-alunos de Carmen: os professores Ri-naldo Arruda, Lúcia Helena Rangel, Roberto Gambini e Betty Mindlin.

PUC em Notícias apre-senta, nesta edição, alguns trechos dessas declarações. Leia no texto e no quadro abaixo.

Mais informações sobre o documentário podem ser obtidas pelo e-mail [email protected].

“Eu fiz a Escola de Sociolo-gia e Política. Mas na ESP, a rigor, eu me interessava por política. Um acidente, qua-se, me fez desviar a aten-ção para a Antropologia. O professor, Fernando Altenfel-der Silva, distribuía leituras, para os alunos, de etnologia brasileira, e tinha um livro que ninguém queria pegar, porque era em inglês. E eu, como sabia mais ou menos inglês, peguei o livro. Foi uma coincidência danada, porque esse livro era sobre o Alto Xingu, a região que eu trabalho até hoje. Comecei a achar interessante, aquele negócio, intrigante, aquela sociedade, todo mundo sem roupa, sem governadores... O Eduardo Galvão, grande antropólogo, me aconse-lhou... “Por que você não vai para os kamaiurá?”.

As primeiras viagens são as mais complicadas, por-que você quer levar tudo e não usa nada. Mas, fui. En-trei na aldeia, parecia um sonho, aquele pátio enor-me, circular, aquelas casas majestosas, em volta do círculo, criança brincando... Aí o tratorista põe suas ma-las no chão e vai embora. E você ali, no meio da aldeia, olhando... Então chegou um rapaz, e falei: ‘Não sei se o Orlando (Villas-Bôas, antro-pólogo brasileiro) avisou,

eu vim fazer pesquisa aqui’ Ele falou: ‘Ah, espera um pouquinho, você vai ficar na casa do chefe, que é o tacu-mã, e ele está chegando’. Eu continuei lá, esperando... é muito desajeitado, você fica sem-graça. Daí a pouquinho chegou o tacumã. Fui pra casa dele, a esposa me re-cebeu muito bem, montaram minha rede... Eu falei, bem, estou no céu, isso aqui não é na Terra, é aquilo pelo qual eu lutei a vida toda. Olhava, todo mundo igual, porque todo mundo sem roupa, com a mesma cara, mes-mo cabelo, mesma cor de olhos... Não havia grandes gargalhadas, havia silêncio e penumbra nas casas, se ouvia mais a algazarra das crianças. Fui ficando cada vez mais certa de que aquilo era uma grande família har-moniosa...

Em 1978, eu e a Betty (Min-dlin), grande amiga, resolve-mos conhecer outros povos. Escolhi os cinta-larga, lá de Serra Morena, noroeste de Mato Grosso. Os kamaiurá são um povo contido. Gar-galhadas, crises de tristeza, isso tudo não era permitido, se devia fazer na sua rede, quieto. Nos cinta-larga, era exatamente o contrário. Como sou muito alegre, barulhenta, me identifiquei mais com os cinta-larga.

Gostaria realmente de transformar toda a minha observação da economia, do sistema de poder, da mi-tologia, enfim, da vida social e simbólica deles... Escrevo para que, daqui a algum tempo, tenham sua história registrada, porque já estão esquecendo certas coisas. Às vezes sou eu que tenho que relatar um mito que já não se lembram mais. Acho im-portante registrar tudo isso, os desenhos, as pinturas, e as práticas, principalmen-te o jogo do poder, que me interessa mais. Quer dizer, aquela disciplina que eu tinha virado as costas, na graduação, me pegou pe-las costas, de novo. A idéia de analisar o poder aca-bou me mostrando que, em qualquer circunstância, as pessoas disputam, mesmo que o poder seja mínimo e que não haja privilégio material. O poder não é só privilégio material, tem um fascínio, uma sedução. Acho que mais nada, na vida so-cial, tem tamanha sedução do que o poder... Cheguei à conclusão que todos os modelos são defeituosos, mas que tem uma coisa que prevalece, e é o poder, e é sobre ele que nós temos que trabalhar muito. Essa é a mi-nha Antropologia, e eu estou satisfeita com ela.”

Carmen fala sobre suas pesquisas

“A Carmen é uma mulher pequena, frágil, mas quando entra no ambiente, está pre-sente. Entrando, sempre, de forma desabrida e firme, ela também cria inimigos. Além disso, Carmen tem uma pos-tura guerreira, é guerreira.”

Rinaldo Arruda, prof. do Depto. Antropologia e coor-denador do Núcleo de Estu-dos de Etnologia Indígena, Meio Ambiente e Populações Tradicionais da PUC-SP

“Conheci a Carmen como estudante. Fui sua aluna na graduação (1970). De pro-fessora, ela se tornou minha orientadora no mestrado, em 1974, e de orientadora se tornou minha amiga. Passei a freqüentar a casa da Car-men, a filha dela, a Verinha, ficou muito minha amiga, o Carlinhos ainda era peque-no, e o Abel, que na época era marido dela, e ficamos todos muito amigos.

Carmen é uma pessoa que seduz, encanta, até hoje. Es-colhi fazer Antropologia por causa dela. A gente acredi-tava que as mudanças da sociedade seriam benéficas para os povos indígenas do Brasil e de toda a América. É esse horizonte, de uma Antropologia engajada, de uma Antropologia politizada, da produção de um conhe-cimento que fizesse sentido

Pesquisadores falam sobreCarmen

histórico e político... Acho que essa é a maior lição da Carmen.”

Lúcia Helena Rangel, profa. do Depto. Antropolo-gia e diretora-adjunta da Fa-culdade de Ciências Sociais

“Carmen tinha uma quali-dade que superava a dos seus colegas da geração, porque era capaz de aliar o amor pela reflexão, e o interesse pelas idéias, com a alegria de viver, busca de liberdade, carinho, uísques deliciosos, comidas maravilhosas, muita risada... E assim eu comecei a ouvir falar de Antropologia de uma maneira nova, que eu nunca tinha ouvido falar no meu curso na Universi-dade de São Paulo. Porque a Carmen sempre falava de Antropologia, sempre falava de índio. Ela produziu uma obra que não é extensa, quantitativamente falando, mas é uma obra muito boa e

muito importante porque foi se decantando com o tem-po. A Carmen cada vez mais precisa de menos palavras.”

Roberto Gambini, soció-logo e analista

“A Carmen foi um rio que passou em minha vida. É impossível ficar triste perto dela, é um sol que aparece na vida da gente.

Nunca ela deixou de ser importante na política indi-genista brasileira, ela sem-pre foi um marco, um farol, e isso, também, acho que não está devidamente docu-mentado.

Ela está no período de maior maturidade literária, está escrevendo que é uma beleza, como uma grande escritora. Os índios dizem que nunca viram uma pro-fessora tão boa.”

Betty Mindlin, antropó-loga e doutora em Ciências Sociais pela PUC-SP

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Carmen, Darcy Ribeiro e Orlando Villas Boas, no Tuca

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3ª Feira do Livro PUC-SP 2010

Campus Perdizes

Lúcia Santaella - “A escrita como antídoto ao esquecimento”

• Pela primeira vez, a professora fala sobre o conjunto de sua obra, internacionalmente reconhecida, sua vida e carreira. • 13/9, 19h30 - Auditório Joel Martins (P-65, 1º andar, prédio velho)

Christine Greiner, Marcelo Evelin e Gícia Amorim - “Sobre presuntos, luto e memória”

• Uma conversa sobre a partida de grandes mestres da dança e o corpo em estado de crise na arte e na vida. A palestra aborda a obra de Kazuo Ono, Pina Bausch e Merce Cunningham e é realizada em parceria com o Aberto Desdobrado e o ciclo Encontros de Dança. • 13/9, 13h30 - Auditório Paulo Freire (andar superior, Tuca)

Pollyana Ferrari - “As eleições nas mídias sociais”

• Experiente jornalista de internet e autora do recém-lançado A força da mídia social, a professora fala sobre os candidatos e o uso das mídias sociais. • 15/9, 19h30 - Auditório Joel Martins (P-65, 1º andar, prédio velho)

José Luiz Goldfarb - “Livro: papel ou digital? O que importa é ler”

• Responsável pelo twitter @puc_sp e curador do Prêmio Jabuti, o professor fala sobre a chegada do livro digital ao Brasil. 20/9, 19h30 - Auditório Joel Martins (P-65, 1º andar, prédio velho)

13 a 18 de setembro e 20 a 25 de setembro

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A PUC-SP não utilizará o resultado do Enem. A primeira chamada será divulgada em 21/12, não havendo tempo para utilizar o Enem, cujo resultado sairá em janeiro de 2011.

Enem

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Feira do Livro

Evento também terá debates com outros professoresDe 13 a 25/9, o campus

Perdizes é sede da 3ª Fei-ra do Livro da PUC-SP, quereúne mais de 40 editoras. Para participar, todas têm de oferecer descontos de, pelo menos, 20% em suas publica-ções. Aberto a toda a comu-nidade e também ao público externo, o evento ocorre de segunda a sexta-feira, das 9 às 22h, e aos sábados, das 9 às 17h. A Feira do Livro conta ainda com uma programação cultural que reúne nomes na-cional e internacionalmente reconhecidos para discutirem suas obras junto ao público: veja programação na pág. 6.

A globalização é um fenô-meno social inelutável, e é preciso aproveitar tal conjun-tura para globalizar também os direitos e princípios fun-damentais. Este foi o eixo em torno do qual o professor José de Faria Costa (catedrático de Direito Penal da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Portugal, e presi-dente do grupo português da Associação Internacional de Direito Penal) discorreu o tema Direito Penal e globalização, em conferência na manhã de 25/8, na sala “Prof. Joel Mar-tins” (sala P-65, prédio sede).

Antes de efetuar a relação entre o Direito Público propria-mente dito e a globalização, Costa apresentou algumas características fundamentais da contemporaneidade. “É impensável parar a globali-zação, trata-se de um desses fenômenos que se impõem a nós. No entanto, precisamos filtrá-la em termos críticos e conceituais”, defendeu.

A principal crítica do profes-sor partiu de uma análise so-bre a contraposição existente entre a uniformização de bens e serviços e a do pensamen-to. “A globalização pretende nos dar bem-estar, por meio da circulação de bens. Estes se transacionam, tornam as coisas mais fáceis. Mas, ao lado disso, há custos. Em Bei-

VI Colóquio Luso-Brasileiro

José de Faria Costa defendeu a necessidade de universalizar os direitos e princípios fundamentais

Thiago Pacheco jing, São Paulo, pelo mundo, vestimos as mesmas roupas e comemos as mesmas comi-das, mas também vemos as mesmas notícias filtradas pela CNN”, alertou. “Recebemos tudo empacotado, em termos monolíticos, inclusive o pensa-mento. É como se dissessem: ‘Dou bem-estar, em contra-partida, não pensem’. Os in-telectuais devem lutar contra essa situação”.

Para Costa, um dos cami-nhos é refletir sobre o que mais a globalização pode tra-zer: por exemplo, o fenômeno da universalização dos prin-cípios e direitos fundamen-tais ao Estado democrático. Segundo o jurista, a própria idéia de estado-nação está se diluindo na Europa (embora, observe, nos países emergen-tes, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul aconte-ça exatamente o oposto: o re-forço da identidade). “A matriz do estado-nação se apóia em três aspectos: cunhar moedas, fazer a guerra e administrar a Justiça. Na Europa de hoje, nenhum país mais faz moeda, temos o euro; não temos mais Exército; apenas a administra-ção da Justiça se mantém, e mesmo aí há mudanças”, ar-gumentou.

DIREITO PENAL – Segun-do o professor, o Direito Penal é o “último reduto” do estado-nação: “Com facilidade os países abrem mão do Direito

Civil, do Direito de Família, em nome de acordos inter-nacionais. Apenas recente-mente, porém, iniciaram esse movimento em relação ao Di-reito Penal”, declarou. Como exemplos dessa “erosão da administração e execução penal”, citou o mandado de detenção europeu – que pode ser emitido pelo Ministério Público Europeu em qualquer país da comunidade – e o Tri-bunal Penal Internacional.

Costa reiterou as dificulda-des quanto à globalização desta disciplina jurídica, pelo menos em relação à Europa. Para ele, não há uma matriz comum européia, mas situa-ções específicas: “O furto na Dinamarca é diferente do fur-to em Portugal, possuem valo-res distintos. Por isso, é muito difícil criar um só Código Penal para todos os países”. No entanto, apesar dessa di-ficuldade, o professor exortou a necessidade de os profissio-nais do Direito manterem-se vigilantes em relação aos di-reitos fundamentais: segundo ele, há valores que já são considerados universais, mas ainda são afrontados (como exemplo, citou situações de escravidão trabalhista na Eu-ropa). “O crime faz parte de nossa natureza, é um dado antropológico que nunca será erradicado. De forma que o Direito Penal sempre se fará necessário, como regulação, e também como instrumento

da luta pela globalização dos princípios e direitos funda-mentais do homem”.

TRANSFORMAÇÃO – Par-ticiparam da conferência os professores Marco Antonio Marques da Silva (vice-coor-denador do Pós em Direito e coordenador do Grupo de Pesquisa Dignidade Humana e Estado Democrático de Di-reito), Ricardo Hasson Sayeg (cordenador do Núcleo de Pesquisa do Capitalismo Hu-manista), Roberto Baptista Dias da Silva (coordenador do curso de Direito, represen-tando a direção da Faculda-de de Direito) e o advogado Nelson Faria de Oliveira (se-cretário-geral administrativo da Comunidade de Juristas

de Língua Portuguesa, CJLP). Na platéia, além de docentes, estiveram presentes alunos de graduação e pós-graduação.

Os integrantes da mesa também teceram algumas considerações sobre o tema do evento. Para o professor Marques da Silva, a globa-lização trouxe avanços, mas também “globalizou as an-gústias”: “O Direito deve inter-vir, atuar pela transformação social e por um mundo mais justo, em que a dignidade humana seja uma constante”. Já o professor Sayeg afirmou que a palestra de Costa teve o efeito de “tirar-nos do discurso de alienação em que vivemos, apesar de nos mantermos o tempo todo conectados”. Se-gundo ele, uma das tarefas de

seu grupo de estudos é “en-tender as outras dimensões da globalização, abandonan-do essa alienação em rela-ção aos detentores do poder econômico, que estabelecem nossa conduta, e pior, nossa dominação”.

Em nome da CJLP (entida-de que reúne juristas dos oito países de língua portuguesa, com sede em Lisboa), Oliveira enfatizou a força que os pro-fissionais da área do Direito possuem para mudar o mun-do e diminuir as diferenças de classe, raça, gênero. “Há 30 anos, estávamos onde estão hoje, e esperamos que no futuro estejam aqui. Portanto, só com vocês cumpriremos o objetivo da transformação social”.

Professor português discute globalização e Direito Penal

Jurista português afirmou, em palestra, que Direito Penal é o “último reduto” do estado-nação

Lucia Santaella discute sua obraHistória

Comunidade se reuniu na capela do campus PerdizesOs 64 anos da PUC-SP,

comemorados em 22/8, fo-ram celebrados no último dia 25/8, com uma missa na ca-pela do campus Perdizes.

Conduzida por Dom Edmar Peron, Bispo Auxiliar da Arqui-diocese de São Paulo, respon-sável pela presença da Igreja nas Universidades, juntamen-te com o pe. Vando Valentini, coordenador da Pastoral Uni-versitária e do pe. Valeriano Costa, diretor da Faculdade de Teologia, a missa contou com a presença dos gestores da Universidade e integrantes de todos os segmentos da co-munidade.

Missa marca aniversário da PUC-SP

Pesquisadora realiza palestra dia 13/9, às 19h30

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Celebração foi conduzida por Dom Edmar Peron

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O Tuca comemora 45 anos, dia 11/9, reveren-ciando sua memória. O que não quer dizer que o teatro esteja parado, viven-do do passado. Pelo contrá-rio. A intensa programação do Tuca tem mantido até cinco peças em cartaz, si-multaneamente, cursos de teatro, eventos acadêmicos e locação de espaço para empresas realizarem ações corporativas. Em agosto, o teatro também foi palco de dois debates que ajudam a definir os rumos do país: os candidatos com maior intenção de voto para a presidência do país e para o governo do Estado discuti-ram seus projetos no Tuca, a convite da Folha de S.Paulo e do UOL.

Thaís Polato

Teatro consegue patrocínio para estrutura, digitalização e captação de material histórico

Novo centro de memória marca 45 anos do TucaComemoração

A memória, portanto, não tem sentido de saudosismo para o Tuca, em sua chega-da aos 45, mas de conquis-ta. Afinal, de depois de anos de trabalho e tentativas, dois projetos importantes acabam de ser aprovados para o teatro. Formam, jun-tos, um presente de aniver-sário para o Tuca, mas tam-bém para a sociedade que ajuda a construir a história deste teatro, um marco da democracia e da cultura no país (leia texto abaixo).

A novidade é que, este mês, começa a estrutura-ção completa do Centro de Documentação e Memória do Tuca, o CDM. Aprovada pela Lei Rouanet e com re-cursos cedidos pelo Banco Safra, a obra inclui reforma do espaço onde hoje já fun-ciona o CDM (em uma sala na lateral do Tuca), instala-

ção de mobiliário adequa-do e de ar-condicionado, entre outras coisas. Inclui ainda a assessoria de uma consultora na área e de um estagiário, também previs-tos no orçamento do patro-cínio já conseguido.

O que torna o presente ainda mais especial, no en-tanto, é que ao, mesmo tem-po que este patrocínio era conseguido para a reforma, o teatro foi beneficiado por uma outra parceria, desta vez com a Imprensa Oficial. O órgão irá digitalizar e oficializar toda a massa do-cumental (leia box) do Tuca, sem qualquer ônus para a PUC-SP.

Todo o trabalho de rees-truturação física e de digi-talização do acervo deve durar, no máximo, até fe-vereiro de 2011. Segundo a superintendente do Tuca,

Estão abertas, até 25/10, as inscrições para o 3º Festival PUC-SP de Criação e Desenvolvimento de Games. Acesse www.pucsp.br para saber mais.

Games

professora Ana Salles Ma-riano, durante este período o acervo continuará acessí-vel, para consulta, a pesqui-sadores e interessados em geral.

ORALIDADE – Junto ao processo de reestruturação do Centro de Documen-tação e Memória, o Tuca inicia uma campanha para captar material e depoimen-tos orais sobre a história do teatro, junto à sociedade em geral. “Com a nova estru-tura teremos condições de receber, digitalizar e arma-zenar as coisas relativas ao Tuca que as pessoas quei-ram doar ou emprestar e, assim, ampliar ainda mais o acesso à história do teatro. Para a captação e edição dos depoimentos, fechamos parceria com a TV PUC”, afirma a superintendente.

O Centro de Documen-tação e Memória do Tuca existe desde 2006 como um acervo organizado e disponível para consulta da comunidade interna e ex-terna. “Mesmo sem ter uma estrutura adequada, rece-bemos muita gente nestes anos. Quem costuma nos procurar são jornalistas, arquitetos, estudantes e até mesmo fãs”, conta Luiza No-vaes (foto), citando a recente visita de uma admiradora do cantor Pedro Mariano. A moça esteve no CDM para ter acesso ao material de um show realizado em home-nagem a Elis Regina, com participação dos filhos Pedro e João Marcelo, dez anos após a morte da cantora.

Formada em Ciências So-ciais, Luiza atualmente cursa mestrado em História (PUC-SP) e especialização em Ges-tão de Bens Culturais (FGV). Começou no CDM como estagiária, em 2005, e há cerca de dois anos se tornou documentalista júnior. Sob a orientação do prof. Antonio Rago Filho, finaliza a disser-tação Produção cultural do Tuca, da década de 60 até os dias atuais.

Luiza trabalha ao lado do

Acervo inclui documentos, fotos e cartazes dos espetáculos

O Tuca é um dos maiores patrimônios culturais da ci-dade. Inaugurado em 1965, transformou-se num marco da história das artes cênicas no Brasil desde a sua estréia, com a encenação da peça Morte e Vida Severina. Base-ada em um poema de João Cabral de Melo Neto, mu-sicado por Chico Buarque e dirigido por Roberto Freire, o espetáculo foi encenado por um grupo de jovens atores, aplaudidos na estréia por mais de dez minutos. No ano seguinte, a peça venceu o Fes-tival Mundial de Teatro Univer-sitário, em Nancy (França).

O Tuca se colocou como um dos espaços de resistên-cia político-cultural ao regime militar. Importantes nomes da cultura passaram pelos seus palcos: Caetano Veloso, Gil-berto Gil, Os Mutantes, Gal Costa, Vinícius de Moraes, To-quinho, Mercedes Sosa, Ma-ria Betânia, Elis Regina, Astor Piazzolla, Sarah Vaughan, Nara leão, Chico Buarque, Milton Nascimento...

Foi no Tuca, em 1979, que os brasileiros receberam o educador Paulo Freire, em sua volta do exílio. O teatro

História do Tuca se mistura à do país também viu de-bates, eventos acadêmicos e manifestações com a presen-ça de inúmeros intelectuais e políticos, como Alceu Amoroso de Lima, Dom Hélder Câma-ra, Celso Furta-do, Edgar Mo-rin e Orlando Villas-Bôas.

Em 1977, o Tuca recebeu atividades da Sociedade Bra-sileira para o Progresso da Ciência (SBPC), um dos fatores que levaram à invasão da PUC-SP por tropas da PM, em setembro. Não foi a única tentativa de intimidar o Tuca e a PUC-SP: em 1984, dois incêndios arrasaram o teatro. O primeiro foi considerado criminoso pela Justiça.

Após os incêndios, o Tuca voltou a funcionar com a mo-bilização da sociedade civil. Em 2003, uma reforma mo-dernizou o teatro, mantendo,

no entanto, referências à sua história.

Hoje, a programação do teatro é variada e inclui peças, shows, exposições e outras atividades acadêmicas e cul-turais. Por meio de seu Centro de Artes Cênicas, o Tuca tam-bém oferece cursos de teatro (profissionalizante e para ini-ciantes). A programação atu-alizada pode ser conferida em www.teatrotuca.com.br.

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estagiário Rafael Monteiro Ro-mão, terceiranista de História, ambos sob a coordenação da professora Ana Salles Maria-no, superintendente do Tuca.

MATERIAL – O acervo abrange correspondências, contratos, cessão de uso do auditório, aprovação da cen-sura (exercida durante a Di-tadura), alvarás de exibição, roteiros de espetáculo, pro-gramação, balanços finan-ceiros da bilheteria, recortes jornalísticos e materiais de di-vulgação dos espetáculos rea-lizados no Tuca e clipping de reportagens e anúncios, além

de fotografias e gravações audiovisuais.

Vale ressaltar que a docu-mentação aberta ao público está organizada em dossiês de espetáculos, contendo diferentes tipologias refe-rentes às etapas de produ-ção e pós-produção desses eventos, sejam espetáculos teatrais, musicais ou acadê-micos. O CDM conta com o apoio técnico do Centro de Documentação e Infor-mação Científica “Prof. Ca-semiro dos Reis Filho”, da PUC-SP, que também está participando do processo de reestruturação do CDM.

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