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SANTA EDWIGES JORNAL www.santuariosantaedwiges.com.br - Padres e Irmãos Oblatos de São José - Arquidiocese de São Paulo - Publicação Mensal * Ano XX * Nº 239 *Setembro de 2010 Comunidade Vocações N. Sa. Aparecida Santa Edwiges Notícias Pág.09 Mês da Bíblia será celebrado com estudo do Livro de Jonas Dízimo - O que é? 2º Acampamigo Adolescentes e Jovens Bom Prato oferece cardápio variado por R$ 1,00 Notícias Formação Jesus tem compaixão Durante esse três dias, os jovens e adolescentes ti- veram um encontro consigo mesmo, vencendo desa- fios e medos Está é uma indicação feita há dois anos pelo Vereador Dissei que atendeu as solicitações da própria comunidade Conheça a história da Comunidade Nossa Senhora Aparecida localizada no Heliópolis, pertencente ao Santuário Santa Edwiges. A comunidade nossa senhora Aparecida em Heliópolis teve inicio em xxxx Psicologia e Saúde A insatisfação que sentimos, ao perceber que o outro está em melhores condições Pág. 09 Pág. 09 Pág. 11 Pág. 10 Pág. 09 Pág. 14 Pág. 08 51ª Festa de Sta. Edwiges Inveja

Ediçao de Setembro

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edicao setembro

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Setembro de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 1

Santa EdwigESJornal

www.santuariosantaedwiges.com.br - Padres e Irmãos Oblatos de São José - Arquidiocese de São Paulo - Publicação Mensal * Ano XX * Nº 239 *Setembro de 2010

Comunidade Vocações

N. Sa. Aparecida

Santa Edwiges

Notícias

Pág.09

Mês da Bíblia será celebrado com estudo do Livro de Jonas

Dízimo - O que é?2º AcampamigoAdolescentes e Jovens

Bom Prato oferece cardápio variado por R$ 1,00

Notícias

Formação

Jesus tem compaixãoDurante esse três dias, os jovens e adolescentes ti-veram um encontro consigo mesmo, vencendo desa-fios e medos

Está é uma indicação feita há dois anos pelo Vereador Dissei que atendeu as solicitações da própria comunidade

Conheça a história da Comunidade Nossa Senhora Aparecida localizada no Heliópolis, pertencente ao Santuário Santa Edwiges.

A comunidade nossa senhora Aparecida em Heliópolis teve inicio em xxxx

Psicologia e Saúde

A insatisfação que sentimos, ao perceber que o outro está em melhores condições

Pág. 09

Pág. 09

Pág. 11

Pág. 10

Pág. 09

Pág. 14

Pág. 08

51ª Festa de Sta. Edwiges

Inveja

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2 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Setembro de 2010

Editorial Nossa Santa

Paróquia Santuário Santa EdwigesArquidiocese de São PauloRegião Episcopal IpirangaCongregação dos Oblatos de São JoséProvíncia Nossa Senhora do RocioPároco: Pe. Paulo Siebeneichler, OSJ

ExpEdiEntE

9º dia da NovenaO CUIDADO COM A VIDA ESPIRITUAL

Responsável e Editora: Juliana Sales Colaboração:Pe. Mauro Negro, OSJ Diagramador: Victor Hugo de SouzaEquipe: Aparecida Y. Bonater; Eliana Tamara Carneiro; Guiomar Cor-reia do Nascimento; João A. Dias; José A. de Melo Neto; Martinho V. de Souza; Marcelo R. Ocanha e Pe. Alexandre A dos Anjos Filho.

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 20/08/2010 Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 5.000 exemplare.Distribuição gratuita

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111

Juliana [email protected]

Estamos nos aproximan-do do mês da nossa padro-eira Santa Edwiges. Junto a esta data (16/10) tão impor-tante para nós paroquianos, fiéis e devotos, temos primei-ramente o mês de setembro, onde toda Igreja celebra o mês da Bíblia, do Dízimo e onde todo o Brasil se prepara para as eleições. Com tantas datas importantes, o Jornal Santa Edwiges traz até você, querido leitor, algumas refle-xões, textos e mensagens sobre estes temas, para que assim, você possa ter opções para se nortear diante de tan-tas ocasiões.

Também permanecemos com nossas páginas já co-nhecidas, e não menos im-portante como a Encíclica do Santo Padre, o Espaço do Devoto, a página do Jubileu do Santuário, Pe. Calvi, notí-cias do Santuário, do nosso bairro, entrevistas e muitas informações e formações.

Destaco também neste mês, o artigo dedicado à Co-munidade Nossa Senhora Aparecida, pertencente ao Santuário. Conheça a belíssi-ma história desta comunidade!

Não deixe de participar das atividades, celebrações e mo-mentos recorrentes a 51ª Fes-ta de Santa Edwiges. Consulte a programação no Jornal e em nosso site: www.santuariosan-taedwiges.com.br.

Que Santa Edwiges, Nossa Senhora Aparecida possam interceder por todos nós e que a exemplo do Pro-feta Jonas (lembrado neste mês da Bíblia) possamos ser evangelizadores destemidos.

MeditaçãoMuitas pessoas, intei-

ramente dominadas pelo desejo de fazer o bem aos outros, chegam a negligen-ciar os próprios interesses espirituais. Nosso Senhor disse que de nada vale-ria ao homem conquistar o mundo inteiro se não con-seguisse salvar sua alma (Lucas 9,25)?

A caridade bem ordena-da começa por si mesmo. Para converter outras pes-soas é indispensável que nos tenhamos convertido a nós mesmos. Ninguém dá o que não possui. “De que adianta querermos tirar o cisco do olho de nosso ir-mão, se temos uma trave em nossos próprios olhos” (Mt 7, 3-4)?

Os antigos já diziam: “Médico, cura-te a ti mes-mo”. Fazer o bem aos ou-tros é indispensável, mas sem prejuízo de nossa pró-pria santificação. Assim, o problema da melhoria do mundo é antes o problema da maioria de nós mesmos.

ExemploQuando assistia ao Divi-

no Ofício, Edwiges não ad-mitia nem de longe que al-guém pudesse conversar na igreja. Via em tais manifes-tações um desrespeito para com a majestade divina. En-tregava-se o mais que podia à meditação, e para isso procurava os lugares ermos do castelo ou sombrias ala-

medas dos pátios externos. Mesmo doente, não que-

ria faltar às orações comu-nitárias. Fazia questão de ouvir diariamente a Santa Missa. Mandava celebrá-la na capela distante do pa-lácio, pois queria assistir à mesma em companhia dos filhos e parentes, forman-do um verdadeiro cortejo, e dando assim um belo exem-plo aos que presenciavam tal espetáculo.

Entrava na igreja exta-siada, pensando no sacri-fício do Calvário que se ia repetir ali, embora de modo incruento. Quando começa-va a Consagração, proster-nava-se, quase deitando-se nas lajes do templo. E não se limitava a rezar na Mis-sa, fazia questão de rezar a Missa acompanhando o sa-cerdote na leitura do Missal.

Quinta-feira 07/1019 horas TEMA: O cristão e a riqueza.Referencial: Texto base da CF 2010, número 25-26 (pá-ginas 20-21); números 43-45 (páginas 27-29); números 69-73 (páginas 47-49).

Sexta-feira 08/1019 horasTEMA: Saber sofrer.Referencial: Documento de Aparecida, números 406 a 430.

Sábado 09/1016 horasTEMA: Sorrir sempre.Referencial: Documento de Aparecida, números 28-29.

Domingo 10/1018h30 TEMA: A generosidade cristã.Referencial: Texto base da CF 2010, números 87-91 (páginas 55-57); números 98-107 (páginas 63-65).

Segunda-feira 11/1019 horasTEMA: Saber falar e saber calar.Referencial: Documento de Aparecida, números 129-153.

Terça-feira 12/1019 horasTEMA: Confiança em Deus.Referencial: Documento de Aparecida, números 240-257.

Quarta-feira 13/1019 horasTEMA: As pequenas coisas.Referencial: Documento de Aparecida, números 431-446.

Quinta-feira 14/1019 horasTEMA: Saber lutar.Referencial: Documento de Aparecida, números 301-313.

Sexta-feira 15/1019 horasTEMA: O cuidado com a vida espiritual. Referencial: Documento de Aparecida, números 276-285.

NOVENA DE SANTA EDWIGES 2010

Programação da novena

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Especial

Desde o Concílio Vati-cano II, convocado em de-zembro de 1961, pelo Papa João XXIII, a Bíblia ocupou espaço privilegiado na fa-mília, nos círculos bíblicos, na catequese, nos grupos de reflexão, nas comuni-dades eclesiais. O mês de setembro se tornou o mês referência para o estudo, a vivência e o testemunho da Palavra de Deus. Tor-nando-se o Mês da Bíblia. Este ano, 2010, será o 39º ano que a Igreja celebra o Mês da Bíblia. A celebração surgiu em 1971, por ocasião do cinquentenário da Arqui-diocese de Belo Horizonte (MG), e logo em seguida, a proposta foi lançada e acei-ta por toda a Igreja no Brasil.

A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com o Grupo de Reflexão Bíblica Nacio-nal (GREBIN), dando con-tinuidade à 12ª Assem-bleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (2008), propôs para o Mês da Bí-blia deste ano o estudo do livro de Jonas, com desta-que para a evangelização e a missão na cidade.

“Ele [livro de Jonas] tem como objetivo princi-pal ajudar o povo a cumprir o anseio do último Sínodo (2008) que destacou o man-dato missionário de todo cristão como consequência do Batismo. Acrescenta-se a isso o fato do documento de Aparecida também des-tacar o valor do mandato missionário. Outras moti-vações contribuíram para a escolha do livro de Jonas: a Campanha da Fraternidade Ecumênica e o Ano Paulino, que refletiram sobre a evan-

Mês da Bíblia será celebrado com estudo

do Livro de Jonas

gelização do mundo urbano. Através do livro de Jonas, Deus faz o mesmo apelo aos cristãos de hoje: ‘Le-vanta-te e vai à grande cida-de’ (Jn 1,2) para denunciar as injustiças e proclamar a sua misericórdia”, destacou o bispo da Comissão Epis-copal Pastoral para a Ani-mação Bíblico-catequética, Dom Jacinto Bergmann. Para a assessora da Co-missão Bíblico-catequética, Maria Cecília Rover, res-ponsável pela parte bíbli-ca da Comissão, o Docu-mento de Aparecida trata o caminho de formação dos discípulos missionários, principalmente apontando para o texto escolhido para o Mês da Bíblia 2010. “O Documento de Aparecida nos alerta para as muitas formas de nos aproximar-mos da Sagrada Escritura, e destaco a Leitura Orante como a maneira privilegia-

da. No Livro de Jonas, ele nos ensina a não temermos os grandes desafios, levan-do o Evangelho a todas as direções que seguirmos.

Este é o grande auxí-lio que vejo com o Mês da Bíblia, ele mobiliza a so-ciedade em torno de um tema específico, fortale-cendo a comunhão social e despertando o ardor mis-sionário de cada cristão”. Este ano, a novidade fica por conta do livreto, em for-ma de leitura orante, con-feccionado pelo GREBIN, e nele consta quatro leitu-ras sobre o livro de Jonas. Além do livro, há o cartaz e o texto-base. Os materiais podem ser adquiridos pelas Edições CNBB, no endere-ço www.edicoescnbb.com.br e o texto-base está dispo-nível gratuitamente na pági-na da Comissão.

Fonte: CNBB

No dia 24 de Julho tive-mos a graça de celebrar no Santuário Santa Edwiges nossas Bodas de Prata.

Celebrar 25 anos de vida matrimonial é muito mais emocionante e gratificante que a festa do casamento em si. Ao olhar para todo esse tempo surgem muitas recordações. Casamo-nos na Paróquia Nossa Senhora de Fátima no bairro Sapo-pemba. E oito anos depois viemos fazer parte da co-munidade Santa Edwiges. Ao chegar aqui enfrentamos tempos difíceis em que até comida faltava em casa.

As dificuldades eram muitas, seja de ordem eco-nômica, de saúde, emotiva e até espiritual. Chegamos ao fundo do buraco, mas graças a Deus, tivemos auxílio da comunidade, es-pecialmente dos padres e freis.

Certa vez, ao conversar com o Pe. Ilton, ele disse que não passaríamos fome e nos ajudou com seu pró-prio dinheiro. Quando Tico começou a trabalhar, com alegria vim dizer que não precisava mais da ajuda, mesmo assim ele continuou dando assistência.

Trabalhei na Igreja de voluntária (lavando túnicas, alfaias e outros serviços)

e nunca foi um peso para mim. Passamos ainda por outros grandes desafios e vencemos 25 anos juntos, contando com o amor de Deus por nós e com a reci-procidade do nosso amor.

O Santuário nos ensinou a caminhar e a construir muitas coisas. A estrutura da família cristã e o apoio da comunidade nos forta-leceu, mas principalmente nos ensinou a encontrar Je-sus! Foi aqui que sentimos a forte presença de Deus em nossas vidas e também aprendemos a amar este Deus, que no oculto opera em nossas vidas.

Escolhemos o Santuá-rio para celebramos nossas Bodas de Prata junto à co-munidade, pois aqui edifica-mos nosso amor e encon-tramos a presença de Cristo em nossas vidas.

A fiel esposa Santa Edwiges foi exemplo de perseverança e fé em nos-sa vida matrimonial, a con-fiança em Deus e a atenção às pequenas coisas foram exemplo de Santa Edwiges que transformaram nossas vidas.

Somos muito gratos a Deus pelo Santuário pela nossa família e vida matri-monial e pela nossa comu-nidade cristã.

JOSEFA E CECÍLIO (GINA E TICO)

Espaço do DevotoTestemunho

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Encíclica do Papa Bento 16Caritas in veritate: A verdade na caridade

Nesta edição continuamos a transcrever a Encíclica do Santo Padre.Partimos para o quinto capítulo: A colaboração da Família Humana

57. O diálogo fecundo entre fé e razão não pode deixar de tornar mais eficaz a ação da caridade na socie-dade, e constitui o quadro mais apropriado para incen-tivar a colaboração fraterna entre crentes e não crentes na perspectiva comum de trabalhar pela justiça e a paz da humanidade. Na consti-tuição pastoral Gaudium et spes, os Padres conciliares afirmavam: “Tudo quanto existe sobre a terra deve ser ordenado em função do homem, como seu centro e seu termo: neste ponto exis-te um acordo quase geral entre crentes e não crentes”. Segundo os crentes, o mun-do não é fruto do acaso nem da necessidade, mas de um projeto de Deus. Daqui nas-ce o dever que os crentes têm de unir os seus esforços com todos os homens e mu-lheres de boa vontade de ou-tras religiões ou não crentes, para que este nosso mundo corresponda efectivamente ao projeto divino: viver como uma família, sob o olhar do seu Criador. Particular mani-festação da caridade e crité-rio orientador para a colabo-ração fraterna de crentes e não crentes é, sem dúvida, o princípio de subsidiarieda-de, expressão da inalienável liberdade humana. A subsi-diariedade é, antes de mais nada, uma ajuda à pessoa, na autonomia dos corpos intermédios. Tal ajuda é ofe-recida quando a pessoa e os sujeitos sociais não con-seguem operar por si sós, e implica sempre finalidades emancipativas, porque favo-rece a liberdade e a partici-pação enquanto assunção de responsabilidades. A sub-sidiariedade respeita a digni-dade da pessoa, na qual vê um sujeito sempre capaz de dar algo aos outros. Ao re-conhecer na reciprocidade a constituição íntima do ser humano, a subsidiariedade é o antídoto mais eficaz con-tra toda a forma de assisten-cialismo paternalista. Pode motivar tanto a múltipla arti-culação dos vários níveis e consequentemente a plura-lidade dos sujeitos, como a sua coordenação. Trata-se, pois, de um princípio par-ticularmente idóneo para governar a globalização e

orientá-la para um verdadei-ro desenvolvimento huma-no. Para não se gerar um perigoso poder universal de tipo monocrático, o governo da globalização deve ser de tipo subsidiário, articulado segundo vários e diferencia-dos níveis que colaborem reciprocamente. A globa-lização tem necessidade, sem dúvida, de autoridade, enquanto põe o problema de um bem comum global a alcançar; mas tal autoridade deverá ser organizada de modo subsidiário e poliár-quico, seja para não lesar a liberdade, seja para resultar concretamente eficaz.

58. O princípio de subsi-diariedade há-de ser manti-do estritamente ligado com o princípio de solidariedade e vice-versa, porque, se a subsidiariedade sem a soli-dariedade decai no particu-larismo social, a solidarie-dade sem a subsidiariedade decai no assistencialismo que humilha o sujeito ne-cessitado. Esta regra de ca-ráter geral deve ser tida em grande consideração tam-bém quando se enfrentam as temáticas referentes às ajudas internacionais desti-nadas ao desenvolvimento. Estas, independentemente das intenções dos doadores, podem por vezes manter um povo num estado de depen-dência e até favorecer situa-ções de sujeição local e de exploração dentro do país ajudado. Para serem verda-deiramente tais, as ajudas econômicas não devem vi-sar segundos fins. Hão-de ser concedidas envolven-do não só os governos dos países interessados, mas também os agentes econô-micos locais e os sujeitos da sociedade civil portadores de cultura, incluindo as Igre-jas locais. Os programas de ajuda devem assumir sem-pre mais as características de programas integrados e participados a partir de bai-xo. A verdade é que o maior recurso a valorizar nos paí-ses que são assistidos no desenvolvimento é o recurso humano: este é o autêntico capital que se há de fazer crescer para assegurar aos países mais pobres um ver-dadeiro futuro autônomo. Há que recordar também

que, no campo econômico, a principal ajuda de que têm necessidade os países em vias de desenvolvimento é a de permitir e favorecer a pro-gressiva inserção dos seus produtos nos mercados in-ternacionais, tornando pos-sível assim a sua plena par-ticipação na vida econômica internacional. Muitas vezes, no passado, as ajudas ser-viram apenas para criar mercados marginais para os produtos destes países. Isto, frequentemente, fica a dever-se à falta de uma verdadeira procura destes produtos; por isso, é ne-cessário ajudar tais países a melhorar os seus produ-tos e a adaptá-los melhor à procura. Além disso, alguns temem a concorrência das importações de produtos, normalmente agrícolas, pro-venientes dos países econo-micamente pobres; contudo devem-se recordar que, para estes países, a possibilidade de comercializar tais produ-tos significa muitas vezes garantir a sua sobrevivência a breve e longo prazo. Um comércio internacional justo e equilibrado no campo agrí-cola pode trazer benefícios a todos, quer do lado da oferta quer do lado da procura. Por este motivo, é preciso não só orientar comercialmente estas produções, mas tam-bém estabelecer regras co-merciais internacionais que as apoiem e reforçar o finan-ciamento ao desenvolvimen-to para tornar mais produti-vas estas economias.

59. A cooperação no de-senvolvimento não deve limitar-se apenas à dimen-são econômica, mas há de tornar-se uma grande oca-sião de encontro cultural e humano. Se os sujeitos da cooperação dos países eco-nomicamente desenvolvidos não têm em conta — como às vezes sucede — a iden-tidade cultural, própria e alheia, feita de valores hu-manos, não podem instaurar algum diálogo profundo com os cidadãos dos países po-bres. Se estes, por sua vez, se abrem indiferentemente e sem discernimento a qual-quer proposta cultural, ficam sem condições para assumir a responsabilidade do seu autêntico desenvolvimen-

to. As sociedades tecnolo-gicamente avançadas não devem confundir o próprio desenvolvimento tecnológi-co com uma suposta supe-rioridade cultural, mas hão de descobrir em si próprias virtudes, por vezes esqueci-das, que as fizeram flores-cer ao longo da história. As sociedades em crescimento devem permanecer fiéis a tudo o que há de verdadei-ramente humano nas suas tradições, evitando de lhe sobrepor automaticamente os mecanismos da civiliza-ção tecnológica globalizada. Existem, em todas as cul-turas, singulares e variadas convergências éticas, ex-pressão de uma mesma na-tureza humana querida pelo Criador e que a sabedoria ética da humanidade chama lei natural. Esta lei moral uni-versal é um fundamento fir-me de todo o diálogo cultural, religioso e político e permite que o multiforme pluralismo das várias culturas não se desvie da busca comum da verdade, do bem e de Deus. Por isso, a adesão a esta lei escrita nos corações é o pressuposto de qualquer co-laboração social construtiva. Em todas as culturas exis-tem pesos de que libertar-se, sombras a que subtrair-se. A fé cristã, que se encarna nas culturas transcendendo-as, pode ajudá-las a crescer na fraternização e solidarieda-de universais com benefício para o desenvolvimento co-munitário e mundial.

60. Quando se procura-rem soluções para a crise econômica atual, a ajuda ao desenvolvimento dos países pobres deve ser considerada como verdadeiro instrumento de criação de riqueza para todos. Que projeto de ajuda pode abrir perspectivas tão significativas de mais va-lia — mesmo da economia

mundial — como o apoio a populações que se encon-tram ainda numa fase inicial ou pouco avançada do seu processo de desenvolvimen-to econômico? Nesta linha, os Estados economicamente mais desenvolvidos hão de fazer o possível por destinar quotas maiores do seu pro-duto interno bruto para as ajudas ao desenvolvimento, respeitando os compromis-sos que, sobre este ponto, foram tomados a nível de co-munidade internacional. Po-derão fazê-lo inclusivamente revendo as políticas internas de assistência e de solidarie-dade social, aplicando-lhes o princípio de subsidiarieda-de e criando sistemas mais integrativos de previdência social, com a participação ativa dos sujeitos privados e da sociedade civil. Deste modo, pode-se até melhorar os serviços sociais e de as-sistência e simultaneamente poupar recursos, eliminando desperdícios e subvenções abusivas, para destinar à solidariedade internacional. Um sistema de solidarieda-de social melhor compartici-pado e organizado, menos burocrático sem ficar menos coordenado, permitiria valo-rizar muitas energias, hoje adormecidas, em benefício também da solidariedade en-tre os povos.

Uma possibilidade de aju-da para o desenvolvimento poderia derivar da aplicação eficaz da chamada subsidia-riedade fiscal, que permitiria aos cidadãos decidirem a destinação de quotas dos seus impostos versados ao Estado. Evitando degene-rações particularistas, isso pode servir de incentivo para formas de solidariedade so-cial a partir de baixo, com óbvios benefícios também na vertente da solidariedade para o desenvolvimento.

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Jubileu de 50 anos

Jubileu da promoção humanaSeguindo os passos de nossa padroeira, a Obra Social Santa Edwiges,

é servidora de todos num exemplo constante de humildade.

Na comemoração jubilar dos cinquenta anos de nos-sa comunidade paroquial, não podemos esquecer de forma alguma da Obra So-cial Santa Edwiges (OSSE), que por muitos anos se de-dica à promoção humana dos filhos e filhas carentes do bairro do Heliópolis, do Sacomã e até do vizinho bairro de São João Clímaco. Neste artigo prestamos tam-bém a nossa homenagem ao espaço da caridade cris-tã de nossa paróquia.

A instância da caridade cristã desenvolvida pela nos-sa paróquia remonta à sua história de cinquenta anos. A OSSE no seu desenvolvi-mento tem um pouco mais de quarenta. Muitos podem conhecê-la apenas como o lugar que a nossa paróquia distribui cestas básicas, re-médios, leite para as crian-ças carentes, roupas usadas e semi-novas pela prática do bazar beneficente, dentre outras coisas. Muito era co-mum se ouvir das pessoas simples, que necessitavam e ainda necessitam de nos-sa caridade: “Vai lá na Santa Edwiges, que eles vão te dar alguma coisa!”

Ora, é importante res-saltar que a caridade é uma marca indelével do trabalho

pastoral de nossa comuni-dade, sempre atenta às ne-cessidades mais urgentes dos pobres e endividados, porém, a OSSE e suas ativi-dades vão muito mais além do que a distribuição dos bens que acima citamos. Como nossa padroeira, a instituição que leva o seu nome é responsável, ain-da hoje, por ser solícita no atendimento do povo sim-ples e privado de necessida-des primordiais de sustento, socorro e auxílio imediato.

Quem pôde participar da brilhante experiência que é trabalhar internamente seja como funcionário ativo e colaborador-voluntário da OSSE, com certeza sentiu-se útil na promoção humana dos diversos necessitados que ali passaram. Sim, mui-tas famílias de nossa co-munidade paroquial foram atendidas de alguma manei-ra pelos trabalhos da nossa inestimável entidade social. Muitos profissionais, de di-versos seguimentos, tam-bém dedicaram parte de seu tempo ao empenho genero-so da OSSE em favor dos humildes e simples. Foram advogados, dentistas, psicó-logos, professores e muitos outros que queriam sentir-se úteis pelo exercício da cari-

dade cristã pelo voluntariado.A nossa obra social tam-

bém é conhecida por outras duas grandes frentes: O Lar Sagrada Família e a Casa da Criança Santa Ângela. O primeiro tem como funda-mento a acolhida e cuidado de senhoras idosas que há muito foram “colocadas” ali por suas famílias, sabe-se lá o motivo. Não queremos julgar! Longe disso. Nes-ta instância uma equipe de dedicadas funcionárias e também voluntárias dão àquelas senhoras um lar, um apoio e uma atmosfera agradável para a fase senil da vida, que é muito com-plicada. Depois, a Casa da Criança Santa Ângela, como o seu próprio lema diz é o “investimento no presen-te por acreditar no futuro” educando e valorizando as crianças e adolescentes de 6 até 14 anos que ali alimen-tam-se, fazem um número considerável de recreações, praticam esportes e podem ser melhor acompanhadas em seus estudos.

Sabemos muito bem que nominar pessoas é arrisca-do, pois, beneficiamos al-guns e esquecemos muitos outros, porém, vou arriscar nestas linhas a fazê-lo: às senhoras Tereza Mara (Ad-

m in i s t r ado ra Geral), Oracília Oc-taviani (por muito tempo Assistente Social), Rita (do Projeto Esperança), a leiga consagrada italiana Angélica Chiavacci fundadora da Casa da Criança Santa Ângela e Célia Furlan, atual e sem-pre presente diretora geral da mesma casa; e os de saudosa me-mória senhores Faus-to Ferreira e Edgard Manoel o nosso muito obrigado! Obrigado por entender que “a caridade é o vínculo da unidade” (cf. São José Marello) e por fazer da Obra Social Santa Edwiges seus braços, suas pernas, suas forças na pro-moção e valorização da vida, bem como no resgate da cidadania de muitas crianças, jovens, adultos e ido-sos, filhos preciosos de Deus, irmãos de Jesus Cristo, amados e valorizados fieis de Santa Edwiges, nossa estimada padroeira.

Deo gratias!

Martinho [email protected]

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6 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Setembro de 2010

Palavra do Pároco O servo de Deus

Pe. Paulo Siebeneichler - [email protected]

Mês da Bíblia!Caros Irmãos e Caríssimas

Irmãs, leitores deste Jornal e devotos que frequentam o Santuário. É grande a alegria nesta edição de me comunicar com vocês. Estamos celebran-do neste tempo na Igreja o mês dedicado a Palavra de Deus, esta que revelada aos homens que nos guardaram, horas de forma oral, posteriormente em louças, pergaminhos, couros e por fim com toda a técnica em livros, cada vez mais finos, elaborados, e agora nos meios digitais com o advento da in-formatização, pois, encontra-mos a Bíblia digitalizada nos meios eletrônicos.

A Igreja nos convida a olharmos para o profeta Jo-nas, o que nos convoca a uma atitude grande de acreditar no mandato do Senhor, e mes-mo que a cidade pareça toda perdida e destruída, devemos nos colocar a caminho toman-do para si o desafio que se impunha a si.

Jonas que vê a cidade ten-ta fugir e é tomado de imprevis-to, deve se colocar novamente, onde vê toda a cidade acolhen-do o seu anúncio e caminhan-do para a conversão, o que nos propõe a nossa realidade hoje, e a pergunta que nós podemos desenvolver, será que a nossa cidade não está esperando o nosso anúncio para caminhar à conversão?

Podemos-nos duvidar de nós mesmos? Olhando para Jo-nas somos convidados a ouvir o Senhor e fazer o que Ele nos mandar. Certamente que olhan-do para Jonas vamos cuidar di-ferente das dimensões do Rei-no de Deus, que são superiores às nossas medidas humanas.

Setembro, mês nove, nono dia e mês de nossa no-vena de Santa Edwiges, e o tema é sugestivo, Cuidado com a Vida Espiritual, e ai me coloca olhando para Jonas o profeta de Nínive. A medi-tação da novena nos coloca que para chamar outros a conversão preciso eu estar tomado desta consciência e vivencia que as palavras po-derão comover os outros, e se tomadas de um testemu-nho irão dar uma ilustração viva de onde e como seguir o que se faz anunciado e mo-ve-lo a uma nova dimensão.

Deste cuidado com a vida espiritual surgem as grandes consolações, pois mais dóceis a ouvir, viver e sentir vamos

nos adequando ao chamado e as moções de Deus em nos-sas vidas. Os grandes santos que realizaram obras até hoje valiosas, só as fizeram por sentirem estas moções a par-tir de uma grande experiência viva de Deus em suas vidas. Só um grande amor é capaz de entender as necessidades de seu amado, entendimento que não necessita de pala-vras, códigos, e sim da pre-sença que se sente e faz-se acalorada, confortadora e cor-respondida ao amado.

O cuidado de uma jóia preciosa deve-se a vida espi-ritual, que se colocada em um local de plena consciência, de muito zelo, terá sempre, e com o valor adequado ao tempo, ainda que com o pas-sar dos dias possa parecer normal conviver com tama-nho valor que até se facilita o cuidado, mais que solicitado a sua valia, esta aparece de forma inusitada e mais, sur-preendendo até quem a pos-sui por tanta que ela possui em si escondida.

Cuidemos caríssimos, olhando para o Profeta Jo-nas e para a nossa Padroeira, como receberam de Deus e como se colocaram e cami-nhemos com passos lentos, mais, sobretudo atentos para não deixar de sermos dignos filhos e responsáveis pela ta-refa que Dele recebemos.

O cuidado com a vida espi-ritual vai nos dar o verdadeiro endereço onde nós devemos fazer o convite a conversão, já atentos que somos os primei-ros a se colocar na vivencia desta em nossas vidas, e ver como é possível chegarmos a outros que precisam de uma ajuda em suas vidas.

Obrigada de sua presença nestes nove meses conosco, e convido-vos para estar em Outubro 2010 celebrando o grande dia da nossa Padro-eira nesta Paróquia Santuário Santa Edwiges, pedindo pela sua intercessão as graças ne-cessárias para sua vida e para os que você sentir necessário a sua prece e por eles oração.

Que a Palavra de Deus nos ilumine e os exemplos do Profeta Jonas e de Santa Edwiges nos inspirem neste tempo para anunciar a nós e aos outros a conversão.

Calvi nasceu no dia pri-meiro de maio de 1901. Até os 13 anos de idade, viveu com os pais em Cortemilia, uma bela cidade conhecida pelo bom vinho e os saboro-sos cogumelos, trufas e no-zes. Em 1914, Calvi realiza-va o sonho que acalentava desde a mais tenra idade:

havia recebido a declaração de boa conduta, necessária naquela época para ingres-sas no seminário.

Assim, José Calvi partia para a preparação rumo ao sacerdote na Congregação dos Oblatos de São José em Asti, cidade localizada a cem quilômetros de distân-cia de Cortemilia.

Em uma manhã de agos-to, Calvi apresenta-se no seminário trazendo consigo apenas um pacote de rou-pas de baixo do braço. Na casa de formação, é recebi-do pelo Irmão Pedro Cuffini, que no futuro voltaria a en-contrar em sua viagem ao Brasil, nos primeiros anos da missão Josefina.

Assim como era desde pequeno, Calvi mostrou-se dedicado e responsável na sua vida de seminarista.

Destacava-se dos demais pela bondade, piedade e reverência aos ritos e ob-jetos sacros.

- Adentrei ao seminário sempre com o desejo de ser bom, de me preparar seria-mente para ser um sacer-dote santo – disse Calvi, já padre, muitos anos depois, no Paraná.

O jovem Calvi conquista-va os colegas de seminário com seu carisma. Eles viam naquele adolescente frágil, vítima de problemas respira-tórios congênitos, sinais cla-ros de um espírito devotado e, por isso, o respeitavam:

- Víamos nele algo de superior, porque a sua bon-dade se impunha – reconhe-ceu em uma oportunidade José Binello, colega de se-minário de Calvi.

(Continua)

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Setembro de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 7

BatismoBatismo em 29 de Agosto de 2010

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

Sophya Holanda Erick Araujo Giovana Edwirges Grazielle Oliveira

João Vitor Kauan Oliveira Nathalie Sophia Ricardo Cicarello

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8 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Setembro de 2010

Comunidade

Irene e Frei Edenilson, OSJ

Comunidade Nossa Senhora AparecidaA Comunidade Nossa Se-

nhora Aparecida fez parte de um conjunto de cinco comuni-dades eclesiais de base inseri-das no complexo habitacional Heliópolis. Ela é fruto do traba-lho da Igreja que se organiza e promove atividades pastorais desde a primeira ocupação em 1971. Destaca-se a Pas-toral de Favelas (1976-1897), a Pastoral da Moradia (1988- 1990), área Pastoral Heli-ópolis (1991-2002). Estas pastorais e todos as demais atividades realizadas nesta área eram assistidas pela Paróquia São João Clímaco e Paróquia Santa Edwiges, hoje Santuário, atual respon-sável pela comunidade.

No período de gestação o povo reunia-se nas casas para refletir a Palavra de Deus, rezar o terço e realizar as novenas. Com o passar do tempo, os grupos cresceram e surgiu a necessidade de um lugar fixo e maior para o encontro da comunidade que nascia no Heliópolis. Pos-teriormente teve escolhida como padroeira Nossa Se-nhora Aparecida. Este local foi o Centro Comunitário da Rua Coronel Castro, nº 58.

Em 1991, iniciou a jorna-da de fundamentação e cons-trução da primeira Capela no Heliópolis, que contou com o apoio do Pe. Pedro, da Con-gregação dos Oblatos de Ma-ria Imaculada, Sacerdote que o povo recorda com carinho.

A construção da capela não passou da primeira fase, pois até a atualidade o primei-ro piso não esta concluído por carências financeiras e já ne-cessita de um espaço maior, o já construído se encontra em situação precária e não com-porta o número de fieis, tanto para as celebrações como para a realização das ativida-des pastorais.

Este processo de evan-gelização junto ao povo do Heliópolis de maneira es-pecial à comunidade aqui tratada contou com parceria do povo e Congregação dos Missionários Xaverianos, dos Oblatos de Maria Imaculada e seminaristas Carmelianos, Missionários da Consolata, Ir-mãzinhas da Imaculada Con-ceição e Irmãs Franciscanas Angelinas. Hoje a responsabi-lidade está com a Congrega-ção dos Oblatos de São José.

O fator determinante no trabalho de evangelização é o valor religioso, que o povo migrante trás de suas raí-zes, principalmente o povo do Nordeste.

Neste processo de evan-gelização a comunidade conta hoje com o auxilio da Pastoral Catequética, do Ba-tismo, do Dízimo, do Canto, da Acolhida, Liturgia, RCC e Terço; e projeto para este mês a Pastoral da Juventude e posteriormente adolescen-tes (e demais atividades).

“Ó Maria fazei todo vosso para que eu seja todo de Jesus” (São José Marello)

Missa e Novena 28 de setembro a 6 de Outubro Às 19h30

“Sob o olhar da Senhora Apare-cida caminhamos com Jesus”

1ª Dia - Maria: Olhar que Desperta!2ª Dia – Maria: Olhar que ilumina!3ª Dia – Maria: Olhar que liberta!4ª Dia–Maria: Olhar que transforma!5ª Dia – Maria: Olhar que Salva!6ª Dia – Maria: Olhar que Cura!7ª Dia – Maria: Olhar que intercede!8ª Dia – Maria: Olhar que evangeliza!9ª Dia – Maria: Olhar que protege!

12 de Outubro – Nossa Senhora AparecidaMissa solene às 15h

“Venha rezar conosco, e em comunidade elevemos nos-sos agradecimentos e pre-ces a Deus”!

Comunidade N. Sra. AparecidaRua Coronel Silva Castro, 135Heliópolis – São Paulo

FESTIVIDADE DEN. Sa. Aparecida

PADROEIRA DO BRASIL.

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Notícias2º Acampamigo dos Adolescentes e Jovens

Nos dias 30, 31/07 e 01/08 aconteceu o 2º Acampamigo, acampamento da Comuni-dade Juvenil do Santuário Santa Edwiges. Esse bonito encontro aconteceu na cidade de Salesópolis/SP. A acampa-mento reuniu quase 50 jovens entre acampantes e monitores e também algumas mães que acompanharam o encontro.

Durante esse três dias, os jovens e adolescentes ti-veram um encontro consigo mesmo, vencendo desafios e medos de uma maneira indivi-dual, através de um circuito de provas. Tiveram um encontro com os outros através de pro-

vas que eles realizaram nas suas tribos (grupos), nas quais eles discutiram temas como, sexualidade, amizade, etc. Outro encontro importante foi o tão esperado encontro com Deus através da pista fio, onde todos foram guiados na mata apenas por um fio, sendo esse o fio da confiança em Deus. O 2º Acampamigo terminou com uma bonita celebração presi-dida pelo Pe. Paulo.

Agradecemos a todos que colaboraram para que esse momento maravilhoso pudes-se acontecer.

Frei José A. de Melo Neto, OSJ

O Restaurante Bom Prato Heliópolis, inaugurado no iní-cio do mês de agosto, já é um sucesso na região. A unidade oferece refeições de quali-dade pelo preço de R$ 1,00 e menores de seis anos de idade não pagam. Está é uma indicação feita há dois anos pelo Vereador Domingos Dis-sei que atendeu as solicita-ções da própria comunidade para beneficiar os moradores do bairro.

O Bom Prato visa ofere-cer segurança alimentar a

população de baixa renda, com refeições balanceadas, através de um cardápio va-riado. As refeições totalizam 1600 calorias e são compos-tas de arroz, feijão, carne, farinha de mandioca, salada, acompanhamento, suco, so-bremesas e pão.

A unidade em Heliópolis conta com mezanino, cozi-nha, áreas de estoque, la-vagem, preparo de carnes e saladas, cocção, distribui-ção, recebimento, refeitório, vestiários, banheiros para

Governador Alberto Goldman, Prefeito Gilberto Kassab, Vereador Domingos Dissei durante a inauguração do Bom Prato Heliópolis no dia 2 de agosto

Restaurante Bom Prato oferece cardápio variado por R$ 1,00

funcionários e usuários (há um banheiro para pesso-as com necessidades es-peciais e uma rampa para acesso ao restaurante). Estão disponibilizadas 120 mesas e 240 cadeiras.

Serviço: O Bom Prato He-liópolis está localizado na Av. Estrada das Lágrimas, 2.608, esquina com Estrada São João Clímaco. Funciona de segunda a sexta-feira, a partir das 11h45, até o término das refeições (disponível para 1.500 pessoas diariamente).

Dias 09 e 10, 16 e 17, 23 e 24 de OutubroDia de Santa Edwiges 16 de Outubro

Missas às 7h, 9h, 11h, 13h, 15h, 18h e 19h30

Procissão

24 de outubro às 14h

51ª Festa de Santa Edwiges Quermesse

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10 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Setembro de 2010

Dízimo

1. O que é o Dízimo?O Dízimo é uma expressão de Fé em Deus e

na Igreja. 2. O Dízimo é uma contribuição voluntária para a Igreja?

Não! Isto é uma oferta. A oferta se dá quando é possível ou quando achamos importante.

O Dízimo é um modo de expressar a Fé, de se identificar como Corpo de Cristo, parte da Igreja.3. Então o Dízimo é uma obrigação?

Também não! O Dízimo não é uma obrigação, mas um ato de Fé, como dissemos até agora.4. Como o Dízimo pode ser um ato de Fé?

Se eu acredito em Deus, dou o Dízimo.Jesus Cristo revelou Deus Pai. O Espírito Santo

que Jesus e o Pai mandam para a Igreja faz com que ela exista. Nós somos a Igreja. Devemos isto a Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. E nos com-prometemos a demonstrar isto através de testemu-nhos. Um destes testemunhos é o Dízimo.5. Mas se eu desejar não preciso pagar o Dízimo?

Em primeiro lugar o Dízimo não se paga! Ele não é taxa, não é imposto e não é obrigado. Ele é Fé. Demonstração de Fé.

O Dízimo é uma devolução a Deus de algo que não é nosso. E assim passa a ser um ato de Fé. Uma obra ou uma ação motivada pela Fé.6. Se não pagamos o Dízimo, o que fazemos?

Damos ou melhor ainda, devolvemos o Dízimo. Pois aquilo já é do Senhor. Deve voltar a Ele.7. E por que damos ou devolvemos o Dízimo na Igreja?

Porque é um ato de Fé pessoal, de cada um. Mas é dirigido à Comunidade, à Igreja. Nós cre-mos na Igreja!8. Nós cremos na Igreja?

Sim. Quando dizemos na Profissão de Fé: Creio na Santa Igreja Católica! Estamos dizendo que cre-mos na Igreja que é o Corpo de Cristo, a ação de Deus na terra. Mesmo com os pecados de cada um de nós, as fraquezas e as falhas que temos, somos o Povo de Deus, o Corpo de Cristo. E por isso cremos neste Mistério. O Mistério da presença de Deus em nós.9. O que se faz com o Dízimo?

O serviço econômico da Igreja. Desde as coi-sas mais básicas, como despesas de água e luz, compra de material de limpeza e escritório até o pagamento de salários e as benfeitorias materiais. E o compromisso comunitário10. O que é isto?

Se alguém está com necessidades na Comuni-dade, na nossa Comunidade, o Dízimo deve servir para isto também. Deve ser usado no auxílio dos necessitados, dos pobres e doentes. Até dos de-sempregados.11. Isto acontece?

Infelizmente ainda não. Não como deveria. Nem se ajuda o necessitado como se deve e nem se cobre às despesas necessárias?12. Por que? O Dízimo é pouco?

Sim. É pouco. Não passa de dez por cento do que a Comunidade poderia oferecer.

13. Isto é um erro?Sim. Mas se compreende este erro.

14. Como?Durante muitos e muitos anos as pessoas fo-

ram convidadas e exortadas para “ajudar a Igreja”. Isto dava a entender que a Igreja era algo fora de-las. Elas não eram a Igreja. E por isso ajudavam a Igreja, como ajudavam os outros. 15. E isto é o problema?

Se não é o problema principal, ainda é um dos problemas. Enquanto não percebermos que o Dízi-mo é um ato de Fé, uma demonstração de compro-misso com a Igreja, as coisas não vão caminhar.16. Isto pode mudar?

Sim. Pode. Se todos crermos em Deus e na Igreja. E nos comprometermos com o Dízimo e ou-tros momentos da Igreja.17. Como mudar então?

Deixando de achar que a Igreja são os outros. Eu sou a Igreja. Você é a Igreja. E nós não pode-mos abrir mão disto!18. Então, devolver o Dízimo ou dar o Dízimo é ser Igreja?

Ah! Sim. Claro. 19. E não será mais necessário nada?

Não sabemos. Talvez para fazer algo maior, um investimento mais caro, como uma construção, seja necessário uma promoção, uma arrecadação.

Mas é certo que se cada pessoa da Igreja des-se o seu Dízimo, começando do Padre, as coisas seriam diferentes.20. O Padre também deve dar o Dízimo?

Mas é claro! Se ele trabalha e ganha, deve dar o seu Dízimo. É o seu compromisso, o seu ato de Fé na Igreja. 21. Os líderes também?

Sim! Todos os Catequistas, os coordenadores de Pastorais, os Ministros Extraordinários da Co-munhão Eucarística, os músicos, os cantores, os Leitores, os jovens e até mesmo as crianças.22. Como as crianças?

A educação começa no berço. A Fé aprende-se em casa. Pelo menos deveria ser assim.

O compromisso pode ser o de uma moeda, mas é um sinal.23. O Dízimo são dez por cento do quê?

Dez por cento do que tenho ou recebo.24. Certinho os dez por cento?

Bem, cada um veja como chegar a estes dez por cento. Algumas pessoas vêem os dez por cen-to de tudo o que entra. Outros do que fica dos seus compromissos.

Alguns dão dez por cento mesmo. Ganham quatrocentos reais e dão quarenta. Outros dão me-nos de dez por cento. Outros dão mais.

Isto é a decisão pessoal. Cada um faz do seu jeito. É como a Fé. Ela existe, mas cada um aceita e a vida de um modo. Porém, é claro que existe uma Fé adulta e uma Fé infantil, fraca. Assim tam-bém, na prática do Dízimo, existe um compromisso claro e outro não tanto.25. A quantia que se dá mostra se o compromis-so é claro e adulto ou imaturo?

Não! Isto é julgamento. Não podemos fazer isto. A quantia é uma questão de cada um. Cada um consigo mesmo. Vendo o que deve ou não ser fei-to. E como deve fazer.26. Se eu der o Dízimo não vou ter proble-mas financeiros?

Este é o pensamento que mostra como quere-mos tirar vantagem de tudo. Até de Deus, que deve ser amado e não explorado. Até da Igreja que deve ser seguida e não sugada. Se procuro dar o Dízimo para não ter problemas de dinheiro, como muitas vezes se fala, estou tirando vantagem e não de-monstrando amor.27. Mas muitos dizem isto. Dizem que dando o Dízimo nunca tiveram dificuldades financeiras. Já antes de dar o Dízimo tinham. Louvado seja Deus por isto!

Mas não é esta a motivação para o Dízimo. E sim a Fé. Fé em Deus e Fé na Igreja, o Corpo de Cristo. Se depois de dar o Dízimo as coisas me-lhoram é sinal de que depois de seguir a Deus e a Igreja as coisas passam a ser mais claras.

É Graça. É Dom. É presença do Senhor na nos-sa vida. Nem sempre estamos felizes, mas esta-mos no caminho da felicidade. 28. Quando dar o Dízimo?

Mensalmente, semanalmente, a cada seis me-ses… Como você achar melhor.29. Vão fazer coisas boas com o meu Dízimo?

O Dízimo não é seu. É do Senhor. E deverão fazer coisas boas sim. Mas não se esqueça: este não é um imposto. Este é um ato de Fé.

Você ora, não ora? E Deus, o que faz com sua oração? Certamente algo bom. Com o Dízimo tam-bém. Claro que a oração é Deus quem recebe e o Dízimo é a Igreja. Ele é feita de seres humanos que podem errar. Mas devemos esperar que serão feita coisas boas.30. Agora já sabemos tudo de Dízimo!

Bem, lamento dizer, mas ainda estamos no co-meço. Acho que chegamos lá um dia.

Dízimo - O que é?

Pe. Alexandre Alves Dos Anjos Filho, OSJ

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Setembro de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 11

Entrevista

O Congresso de Leigos na Arquidiocese de São Paulo é uma realidade cuja meta é promo-ver uma reflexão ampla sobre a vida e a missão dos leigos na Igreja e no mundo. É a ação de muitas mulheres e homens que em seu dia-a-dia dão testemunho sendo Sal da terra e Luz do mundo (Mt 5,13.14).

Sobre a vida e atuação do leigo conversa-mos com alguns membros engajados em pas-torais da Paróquia-Santuário Santa Edwiges para melhor destacar a riqueza dos dons que Deus infunde na vida daqueles e daquelas que a Ele se propõem.

EDUARDO ALFREDO DE OLIVEIRA, 43 anos, casado há 20 anos, pai de dois filhos, meta-lúrgico, batizado nesta paróquia em 1967. Por algum tempo atuou na pastoral da catequese, na liturgia, e hoje é ministro da eucaristia e co-ordenador do CPP (Conselho de Pastoral Pa-roquial).

JSE: Que frutos você pode destacar em sua vida desta vivência em comunidade as-sumindo a vocação laical?

Esse trabalho é fundamental na minha vida pessoal, pois na Igreja eu tenho exemplos de vida nos quais posso espelhar e adaptar o meu dia a dia. Isso na prática de pai, marido e profis-sional, porque as pessoas que estão aqui bus-cam a Deus e sempre tem o melhor de si para oferecer. É um ambiente de comunhão com as pessoas e isso me faz sempre procurar o me-lhor de mim, para oferecer as pessoas. Em ou-tro lugar, sem essas características positivas, que exemplo alguém pode se espelhar?

JSE: O que é para você SER Igreja?É um compromisso de amor muito gratifi-

cante. Percebo que muitas vezes que nossa atuação faz as pessoas se sentirem melhor com alguma palavra de conforto, algum gesto de boa vontade, ouvir e falar de Deus para as pessoas nos ajudam a sermos melhores. Além do mais, a caminhada junto à comunidade nos torna mais pacientes justos, pessoas centradas no que somos: chamados (as) por Deus a re-alizar uma missão! O atendimento às pessoas mais necessitadas, também é muito bom, quan-do estamos no trabalho, no lazer ou mesmo na comunidade somos reconhecidos e nossa ima-gem é logo vinculada à paróquia, isso nos dá muita alegria e força para continuar esse cami-nho voluntário, vale a pena!

JSE: Você já foi vítima de uma crítica ou sarcasmo por ser um leigo engajado na Pa-róquia?

As críticas estão sempre presentes, quan-

do as pessoas não conhecem ou ainda pior, se escondem atrás das mesmas, porque não se dispõem a trabalhar para Deus e ficam sempre te questionando. Quando isso acontece sem-pre soube agir com tranqüilidade, pois os ques-tionadores não frequentam lugares sadios, por isso fazem piadas e críticas, mas o mais impor-tante é que faço esse trabalho com todo apoio da minha família e isso me dá muita força para continuar essa caminhada.

MARIA JOSÉ DE OLIVEIRA, natural de Mantena (Minas Gerais) residente no bairro He-liópolis a trinta anos, viúva, mãe dois filhos: Ale-xandre e Wilson, trabalha na creche do hospital Heliópolis a 29 anos. Atua como Ministra Extra-ordinária da Eucaristia, é também coordenado-ra da Comunidade Nossa Senhora Aparecida.

JSE: Muitas vezes as pessoas reclamam da falta de tempo quando interrogamos se frequentam a Igreja. Você consegue arranjar tempo para trabalho, casa e Igreja?

Quando vim morar aqui a paróquia Santa Edwiges era uma capelinha. Eu participava às vezes, aos domingos a missa. Depois que eu fiz a catequese de adultos em 2002 comecei a freqüentar a comunidade Nossa Senhora Aparecida, me tornei catequista de crianças e hoje estou como coordenadora da comunidade. Conciliar meu serviço pastoral na comunidade

com o meu trabalho e dona de casa, não é difí-cil, pois faço tudo com amor e carinho pedindo sempre sabedoria e muita coragem a Deus.

JSE: Você está participando do Congres-so de Leigos da Arquidiocese? O que está achando disso?

Participar do Congresso de Leigos na paró-quia São Judas e de algumas reuniões na paró-quia Santa Edwiges tem sido muito importante para mim. Eu sinto que nossa Igreja na pessoa de D. Odilo está fazendo algo belo com o laica-to. É uma maneira de mostrar a preocupação com os problemas da cidade de São Paulo e acordando muitos católicos que ainda dormem. É uma iniciativa que nos valoriza, pois muitos pensam que católicos só rezam, mas na verda-de a Igreja se preocupa com os problemas e a vida do leigo também fora da Igreja.

“Somos sal da terra e luz do mundo, pela graça do batismo, abismo de amor! Somos o fermento que a massa santifica e, como povo, tem novo sabor! Discípulos do Reino, de Cristo missionários, Santa Igreja do Senhor!” (Refrão do Hino do 1º Congresso de Leigos da Arquidio-cese de São Paulo)

Eduardo de Oliveira e Maria José

Frei Marcelo Ocanha, [email protected]

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12 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Setembro de 201012 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Setembro de 2010

São José Especial

O nosso país está em pleno período de recense-amento, tempo de contar a população, mas também de averiguar outras situa-ções importantes para tentar construir do melhor modo possível o retrato do Brasil e do Brasileiro. O resultado não é apenas ilustrativo e demonstrativo, mas se confi-gura como um banco de da-dos, colocado a disposição de todos, que se constitui em matéria prima para tra-çar rumos para o futuro da nação, procurando sempre melhor servir a população.

Na tentativa de delinear o perfil do brasileiro, o Censo 2010, como de costume, faz ao cidadão a pergunta sobre sua religião: “qual é a sua religião?”. Nosso Cardeal Arcebispo, Dom Odilo Pe-dro Scherer, esclarece, em carta pastoral destinada a todos os fiéis católicos, que no atual modelo de pesquisa usado para este recense-amento “a pergunta que se refere à religião pode gerar confusão, perplexidade e distorção dos dados da rea-lidade.” Por isso, é preciso estar atento.

“De fato, quem responder ‘sou católico’, ou “minha reli-gião é a católica’, será colo-cado diante de uma lista de nada menos que 27 opções de ‘católicos’ ou de ‘religiões católicas’ supostamente dife-rentes.” Algumas alternativas designam a mesma Igreja, apenas com rito diverso; ou-

CENSO 2010

Nós poderíamos nos perguntar o porquê meditar sobre este título do grande patriarca São José. Parece-nos tão óbvio o “o que é ser prudente”. Mas neste Santo a prudência vem a ser a vir-tude magma que sustenta todas as demais.

A prudência é a guia de todas as outras virtudes, digamos numa linguagem figurada que ela é o tronco das demais virtudes.

Mas o que é esta virtude? Ela é o princípio de ação: como fazer (agir) diante das circunstâncias; as reflexões e conselhos em direção ao fim que se quer alcançar. Ela é a adequada motivação que temos para realizar algo, tendo em vista uma meta. Ela é virtude prática que se estende às demais e indica o meio termo sem ir a um ex-tremo ou outro, também indi-ca por onde é lícito conduzir-se, com temperança.

Em São José esta virtu-de era presente em vista da grande meta de sua vida que é o temor a Deus. Por este temor ele era justo, fiel, obe-diente e casto.

Ele desejava cumprir o que Deus ordenou “crescei e multiplicai-vos” (cf. Gn 1,28) e para tanto desejava cons-tituir uma família e escolheu

HOMEM PRUDENTE

Maria para ser sua esposa. Mas algo de grandioso

aconteceu. Algo que lhe fugia à razão, algo de divino que no momento não conseguia compreender. Assim que-rendo preservar Maria, acha prudente deixá-la em segredo assumindo dessa forma, toda a culpa para si.

Após confrontar-se com a vontade de Deus, retorna prudentemente da sua crise e abraça o plano que Deus ti-nha para toda a humanidade. Deixou seus planos pessoais e abraçou os planos do altís-simo (cf. Mt 1,18-25).

A prudência faz parte das virtudes cardeais, que nos são infundidas no batismo e nos impele à salvação. Ela sustenta as outras: a justiça, a fortaleza, a temperança. São José foi forte nos momentos de dúvidas e dores, foi justo em sua vida e foi sempre si-lencioso e sereno porque pos-suía essas virtudes em si.

Imaginemos se São José fosse imprudente! O que se-ria do menino Deus na fuga para o Egito? Se São José fi-casse alarmando a todos que o seu filho era Divino? Se não vivesse a castidade, se não fosse fiel... Imaginemos se é que conseguimos pensar es-sas coisas.

A prudência é necessária

a todas as pessoas para ele-gerem o que é bom e o que é melhor. Isto vale quando dizem respeito para si e mui-to mais quando se tem que custodiar, guiar, educar ou-tros, como foi o caso de José. Não era apenas o seu filho e de Maria, mas o filho daquele que o criou: Deus.

Santo Tomás dizia: “Si sanctus oret, si doctus doceat, si prudens regat.” (se és san-to, reza por nós, se és douto, instrui-nos, se és prudente, governa-nos) Como chefe da Sagrada Família, São José ti-nha que ter uma perspicácia, uma prudência incomum, pois disso dependia a redenção da humanidade, o cumprimento da missão de Jesus, o Cristo.

No pai virginal de Jesus destacamos algumas atitudes que nos fazem assegurar com toda a tranqüilidade que ele era prudentíssimo, pois ele examinava com maturidade, resolvia com critérios e exe-cutava com prontidão, sem vacilar nem tardar.

Sua fé em Deus alimen-tava a prudência e fazia com que ele realizasse sempre a vontade do Eterno Pai com prontidão. Foi assim na via-gem a Belém: ele ponderou o recenseamento de César e resolveu ir a Belém, fazendo assim que se cumprisse a Es-critura que o Messias deveria nascer na terra de Davi e não em Nazaré (cf. Mt 2,1-6).

Da mesma maneira, com a mesma prontidão, aceitou e recebeu Maria: ele soube da maternidade da sua noiva e recebeu conselhos do anjo e após ponderar com prontidão, agiu (cf. Mt 1,24).

Não foi diferente em outras situações como a fuga e o re-torno do Egito e durante toda sua existência em Nazaré.

São esses e outros muitos motivos que a Igreja dá este título glorioso ao nosso pro-tetor e modelo. José pruden-tíssimo! Imitemo-lo em todas as virtudes, especialmente naquelas que nos aproximam da vontade de Deus, como a prudência alimentada pela fé.

tras, identificam movimentos ou associações dentro da própria Igreja; outras ainda, identificam grupos religiosos que não são e não têm nada a ver com a Igreja Católica Apostólica Romana.

“Fica a pergunta sobre os reais motivos dessa formula-ção da questão, quando boa parte das alternativas dizem respeito à mesma Igreja/religião Católica Apostólica Romana. Nossos católicos poderão ser levados a indi-car uma opção equivocada, que não corresponda à sua/nossa Igreja/religião: Cató-lica Apostólica Romana”. O elenco das possibilidades de resposta, tal como está colo-cado, manifesta desconheci-mento da Igreja, ou esconde o desejo de falsear os dados a serem coletados.

Por isso, à pergunta do Censo 2010: “Qual a sua reli-gião?”, os “fiéis católicos são chamados a responder: ‘sou católico apostólico romano’, ou ‘minha religião é a Ca-tólica Apostólica Romana’.” Este cuidado na resposta é imprescindível para que os dados a serem coletados sejam reveladores da situa-ção de fato e não produzam uma visão equivocada ou distorcida da realidade que possa estar respondendo a interesses escusos ou não manifestos de algum grupo da sociedade brasileira.

O Censo 2010 já está acontecendo. Por isso, caro leitor católico, conto não só com a sua compreensão, mas também peço que es-clareça as pessoas próximas a você usando de todos os meios possíveis: nas conver-sas, no trabalho, na escola, enviando e-mail, ao telefone, nos jornais e revistas, rádio e tv e outros meios à sua dis-posição. É preciso uma união de forças para esclarecer o maior número possível de pessoas. É hora de coope-rarmos com a verdade!

+ Tomé Ferreira da SilvaBispo Auxiliar de São Paulo

Frei Marcelo Ocanha, [email protected]

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Setembro de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 13Setembro de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 13

Santo do Mês

O Papa Gregório I rece-beu dos pósteros o título de Magno e é considerado um dos quatro grandes douto-res da Igreja no Ocidente, junto com Santo Agostinho, Santo Ambrósio e São Jerô-nimo.

Nascido em Roma por volta do ano 540, de família senatorial, ocupou cargos de grande importância na magistratura, até ser pre-feito de Roma. Com a mor-te do pai, herdou uma das maiores fortunas de Roma. Contudo, Gregório colocava sua confiança não nos bens terrenos, mas em Deus a quem procurava com amor. Quis ser radical na vivência do Evangelho que diz: “Se quiseres ser perfeito, vai, vende o que tens dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; depois vem e se-gue-me”.

Gregório usou de sua vasta fortuna para construir sete mosteiros para os mon-ges beneditinos, a fim de que fossem faróis de evan-gelização em diversas par-tes da Itália, invadida pelos bárbaros. Transformou sua casa num convento bem no centro de Roma, deu o res-to para os pobres e abraçou

São Gregório Magno

a vida contemplativa dos monges beneditinos.

Mas a Providência o ti-rou da solidão; o papa en-carregou-o de uma missão delicada: a de ser represen-tante na corte de Constanti-nopla. Lá ficou alguns anos, que lhe seriam de larga ex-periência no relacionamen-to com a Igreja Oriental. Depois voltou ao refúgio do seu mosteiro.

Vindo a falecer o Papa Pelágio II, o clero e o povo romano proclamaram Gre-gório sucessor. Em vão procurou ocultar-se, pois o povo descobriu seu escon-derijo e o forçou a aceitar a pesada carga. O dia 3 de setembro (590) ficou sendo a data de sua festa.

Gregório foi o homem certo, posto no momento certo na Catedral de São Pedro. O Império Roma-no estava em derrocada e invasões de bárbaros por toda parte provocavam a formação de um novo tipo de sociedade. Gregório é um marco na história da Igreja e da própria Europa e assinala o ponto de par-tida de uma nova época, a do tempo de transição do mundo romano para o novo

mundo medieval que ia fun-dir as antigas culturas gre-ga e romana, com as novas culturas germânica e esla-va.

Como papa, Gregório relacionou-se com as vá-rias Igrejas de sua época e com os poderes públicos da Europa, mediante ativa correspondência. Querendo conquistar para o Cristia-nismo os anglo-saxões, en-viou para a Inglaterra Santo Agostinho com vários mon-ges que conseguiram bas-tante êxito. Providenciou o abastecimento de víveres na cidade de Roma, em mo-mento difícil de carestia e peste. Mitigou os estragos das invasões de bárbaros.

Visando o afervoramen-to do clero, escreveu para ele a Regra Pastoral que pode ser lida com edifica-ção também hoje em dia. A fim de incentivar a piedade e o amor á santidade, re-digiu o Livro dos Diálogos, para edificação dos fiéis. Foi um orador inflamado e escritor fecundo de comen-tários sobre a Bíblia.

“Ficaria incompleta a fi-sionomia de São Gregório, se considerássemos unica-mente sua face externa, o homem de ação prodigiosa. Ele foi também o homem de grande contemplação, de intensa vida espiritual. Ele próprio fez seu retrato es-piritual, descrevendo o ‘ide-al do pastor’. O verdadeiro pastor de almas é puro em seu pensamento, irrepreen-sível nas suas obras, sábio no silêncio, útil sempre na palavra. Sabe aproximar-se de todos, com verdadeira caridade. Eleva-se acima de todos com todos os que trabalham pelo bem das al-mas mas levanta-se com anseios de justiça contra os vícios dos pecadores.”

Gregório passou seus úl-timos anos doente, acama-do mas continuando a dirigir com prudência e lucidez os destinos da Igreja. Faleceu em 604, com 65 de idade.

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14 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Setembro de 2010

Psicologia e Saúde

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

Mensagem especial

Pode soar estranho o ter-mo “Juventudes” já que sem-pre escutamos “juventude”. Mas o termo mudou, pois o tempo mudou…

Se olharmos à nossa volta perceberemos nitidamente a diversidade juvenil. É o grupo dos “emos”, os jovens do mo-vimento hip hop, góticos, os que preferem uma vida alter-nativa, sem falar em dezenas de outras chamadas “tribos” juvenis existente em nossa sociedade. São expressões hoje, mais do que nunca plu-rais, algo que para os mais tradicionais soa até com estra-nheza ou mesmo esquisitice.

Devemos nos atentar cada vez mais a esta nova situa-ção juvenil que está em nossa frente: o jovem mudou! Com a mudança juvenil veio também a mudança de termo. Não é possível mais falarmos ape-nas de JUVENTUDE, o que seria empobrecer essa par-cela imensa da sociedade. Por isso falamos de JUVEN-TUDES tendo em vista essa diversidade tão grande.

É assim que toda a pers-pectiva juvenil muda. Os sonhos mudaram E as prio-ridades também, bem como a visão de mundo. Definiti-vamente os jovens não são mais como há 20 anos. Não esperemos uma juventude que lute, como outrora ou-tros fizeram, pintando a cara, levantando suas opiniões e suas vontades de forma muito mais contundente.

Os jovens de hoje são fi-lhos e filhas daqueles jovens dos anos 80, mas também “filhos” de uma geração cria-da nos mundos cibernéticos e virtuais, que valorizam dema-siadamente a subjetividade de sua vontade. A luta deles hoje é para vencer seus medos, receios e “monstros” criados a partir de uma cultura adul-ta que julga e na maioria das vezes, condena esses jovens de forma superficial somente pelo seu modo de ser.

Juventude: Espaços, Escuta e Acolhida

São raros aqueles que abrem espaços autênticos de juventudes, onde a mo-çada possa extrapolar seus talentos, seja num grafite que expresse uma opinião, seja numa dança que libere todo seu ímpeto de mudança de uma realidade que massa-cra, seja em uma música não muito agradável aos ouvidos de muitos, mas que expressa tudo aquilo que é o mundo de-les.

Poucos são os que aco-lhem os jovens da maneira que eles são (não da forma que nós queremos que eles sejam) com suas roupas es-tranhas, com seus penteados esquisitos, com seus adere-ços um tanto quanto exóticos. O Jovem precisa ser acolhido à sua maneira, sem julgamen-tos ou preconceitos, mas aco-lhidos com amor. A pergunta que sempre vem à minha mente é essa: Como será que Jesus acolheria esses jovens de hoje?

Se pensarmos que ele aco-lheu a mulher adúltera, comeu na casa de pecador, acolheu crianças (classe recriminada na época), chego à conclusão que ele acolheria todas as ju-ventudes com a totalidade do

amor que cabe dentro dele. Agora vem a segunda pergun-ta… E nós? Essa deixa a ex-pectativa no ar…

Escutar… este é um dom que poucos têm. Muita gente ouve, mas poucas escutam, ou seja, guardam no coração. Os jovens gritam, falam alto, mas pouca gente quer escutá-los de fato. Escutar suas an-gustia, suas dúvidas que os assolam e os deixam perple-xos diante de um mundo que passa como um rolo compres-sor sobre cada um deles, haja visto os dados da mortalidade juvenil no nosso pais. Por isso escutemos mais os jovens para que assim possamos nós também gritar: “Chega do extermínio das juventudes!!!” Chega de tantos jovens que morrem sem pode contar com os espaços abertos, com a acolhida amorosa e a escuta sincera de cada um de nós.

Portanto queridos amigos e amigas: Vejamos e avalie-mos como está a nossa con-duta perante essa importante parcela da nossa sociedade. Eles gritam, pedem, clamam. Qual é a nossa resposta?

Frei José Alves de Melo Neto, OSJ

O mal estar, o despra-zer, a insatisfação que sentimos, ao perceber que o outro está em melhores condições que as nos-sas, sejam lá quais forem, mostra-nos a desigualda-de da vida em relação aos homens. Ressentimentos, angústias, dissabores, de-sejos de que seja nosso o que de melhor o outro tem, passam a ser nossos com-panheiros inseparáveis. Deixamos de lado nossa vida para cuidar da vida do outro que pretendemos seja nossa.

O sentimento de infe-rioridade vem à tona, fa-zendo com que nós nos coloquemos contra o outro e ao mesmo tempo, que ele se coloque contra nós, por nossos atos e atitudes. É uma via de duas mãos. O sucesso do outro nos incomoda a tal ponto, que se torna difícil a aceitação. Então o agredimos, sen-tindo-nos agredidos, como se ele fosse o culpado por nossos problemas.

Ao nos compararmos com o outro, procuramos mostrar a nós mesmos que somos melhores. Aí então nos enaltecemos, para abrandar nosso sentimen-to de menos valia. Passa-mos a falar, procurando diminuí-lo com nossas críticas, burlando assim nossas angústias. O saber da vida do outro é um des-prazer que alimenta nossa auto- aversão.

Inveja

Esse sentimento nega-tivo, com o qual não sabe-mos lidar e que tanto nos aflige, impede que nos co-nheçamos, que vejamos o quão errado há em nós e em nossos comporta-mentos. É imperceptível a nós, seres humanos, que não a percebendo, não a sentimos como nossa e que não nos traz felicidade, pois não con-seguimos usufruir do ob-jeto de nosso desejo.

Esse sentimento é a inveja, que é a repressão à consciência, um des-contentamento em rela-ção à felicidade, à beleza, à bondade, às posses, a tudo de bom que há no ou-tro e que queremos nosso. É um misto de raiva e tris-teza, é sentir alegria pelo que de mal acontece ao outro. É o não sentir capaz de ser grande, de não sa-ber lutar pelo que se quer e daí querer o que o outro conquistou. É a supervalo-rização de conquistas que se deseja. A inveja induz ao consumo pelo consu-mo, por melhor aparência e conquista de status. Ela sempre faz como vítimas, o invejado e o invejoso, que sofre por seu senti-mento maligno. Tem como função estruturante o de-sejar as coisas alheias.

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Formação

Cf. Mt 8,2-4 Lc 5,12-16).Aproximou-se de Jesus um homem acometido

por lepra e suplicando-lhe de joelhos dizendo: “Se-nhor, se queres, podes curar-me” ou seja, curar de todas as impurezas”.

Compreendemos que não era dado aos leprosos achegarem-se às pessoas sadias: “todo o homem atin-gido de lepra terá suas vestes rasgadas e a cabeça descoberta; cobrirá a barba e clamará: Impuro! Impuro! Enquanto durar o seu mal, ele será impuro. É impuro; ha-bitará só, e a sua habitação será fora do acampamento. (Cf.Lv13,45-46)”.

Esse, porém, supera todas as barreiras, para apro-ximar-se do Senhor, de quem ouviu falar. Jesus não tem “dó”, mas tem compaixão do homem acometido pela lepra Jesus compadeceu-se dele, ou comoveu-se pela sua tamanha fé.

Era proibido, portanto, ao judeu tocar em pessoas acometidas por lepra. Pois estas eram considerada im-pura, e, quem os tocassem violaria a lei. Ninguém, por motivo algum, devia ficar segregado, “separado,” do con-vívio humano, social, e hoje em pleno século XXI, vemos tantas leis que oprimem e desumanizam as pessoas, en-tão Jesus está para acolher, amar e perdoar.

E lhe Disse: Eu quero, sê curado” (Mc1,41) Jesus tem autoridade. Sua ordem é executada. Portanto, ime-diatamente, a lepra desaparece do homem. Jesus ad-moestou, “lembrou” e despediu o Homem, pedindo para que não contassem o milagre a ninguém. (Cf. Mt 9,1-8 e (Lc 5,17-26). Jesus estava adentrando em Cafarnaum, o povo vai ao seu encontro para pedir cura, atenção e carinho.

Então, em volto a Jesus, reuniu-se uma grande mul-tidão, que não tinha como se locomover de um lugar para o outro. Trouxeram-lhe um paralítico, carregado por quatro homens. Jesus estendeu a mão, manifestando o poder de que nela estava, tocou-o, como para comuni-car uma peculiar energia diferentemente do que consta-tamos nos dias atuais, quando se fala em religião logo pensamos em promessas, realizações, poder, riqueza, privilégios, e até pensamos que é tudo mágica e realiza-ções para meu auto promover-se, mas esquecemos de

Jesus tem compaixão

que é preciso ter a consciência de que não é mágica que Jesus fazia, e a Igreja vem fazendo. É preciso assumir nosso compromisso de cristão, com a convicção de que para seguir Jesus temos que pegar sua cruz.

Bem sabemos que, por ser um doente, logicamen-te era marginalizado pelos que se consideravam justos, puros, e intocáveis. Portanto, quem era acometido por doenças, sofrimentos, pobreza e outros problemas mais, eram considerados como fruto do pecado: (Cf. Jo 9,1-2).

Como não pudessem apresentar-lho por causa da multidão, descobriram o teto por cima do lugar onde Je-sus se achava e, por uma abertura, desceram o leito em que jazia o paralítico.

Além do mais, as casas eram construídas de pe-dras cobertas de barro, provavelmente, colocado sobre galhos de árvores justapostos; por conta disso, foi fácil remover a parte superior do teto, abrindo um vão no te-lhado. Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralitico: “Filho, perdoados te são os pecados”. (Cf. Mt 9,2).

O ato amoroso dos quatro carregadores é identifica-do com a fé pelo Senhor. A fé acontece quando existe o amor que se transforma em serviço. Mais de uma vez, ele atende a súplicas feitas em benefício de um terceiro, sem que este manifeste a sua fé.

A resposta do mestre ao pedido silencioso, mais cla-ro dos carregadores, seguramente os decepcionou, da mesma maneira como escandalizou os estudiosos da lei. Afinal, ninguém pedia o perdão dos pecados. Ouvindo isto, alguns escribas murmuraram entre si: “Este homem blasfema.” (Mt 9,3).

Eram precisamente essas interrogações que Jesus queria colocar nos corações de todos: Quem era ele? Era apenas um homem? Que mais dominava e oprimia o paralítico: a doença ou o pecado? Qual era o maior e o verdadeiro problema que o doente e todas as pessoas por ele representadas enfrentavam? Jesus, penetrando-lhes os pensamentos, perguntou-lhes: “por que pensais mal em vossos corações? (Mt 9,4).

Essa leitura que o mestre fez, penetrando o íntimo daqueles pensamentos, foi um primeiro sinal, para que refletissem e compreendessem: estavam ante alguém extraordinário. Mas isso não era tudo nem o principal.

Então, continua contestando a fé acomodada e exterior que os animava.

Que é mais fácil dizer: teus pecados te são perdoa-dos, ou: Levanta-te e anda? (Mt 9 5).

Jesus não esperou resposta, ou seus adversários não tiveram coragem de responder à questão. Levantou-se aquele homem e foi para a sua casa. (Mt 9,7).

Jesus foi o mestre silencioso e ativo em suas ações, partindo dali, Ele entrou na sinagoga. Encontrava-se lá um homem que tinha a mão sêca.

Alguém perguntou a Jesus: ”É permitido curar no dia de Sábado?”. Isto, para poder acusá-lo. (Mt 12, 9-10). Se Jesus era admirado e venerado por uns, outros o olhavam com suspeita, indiferença, eram mal intencio-nados. Certamente, percebeu ele a hostilidade de uns, a arrogância de outros e a curiosidade dos demais e a esperança do enfermo.

Disse, então, àquele homem: “Estende mão.” Ele a estendeu e ela tornou-se sã como a outra. (Mt 12,13). Uma vez o homem confiando destacava-se a realidade de um duro problema: uma pessoa sofrida, oprimida por uma enfermidade. Jesus, curando, estava fazendo o bem, vivendo o espírito do repouso sabático, ao passo que seus adversários só se preocupavam com a letra da lei e estavam fechados a viver o amor, a caridade, e a unidade em comum, não deixando fazer o bem no dia de Sábado.

Então, Jesus olha para a multidão; era como se con-firmasse: o sábado foi feito para o homem e não o ho-mem para o sábado. Portanto, toda a prática religiosa que não leve ao bem e exclui deixa de ser religiosa. (Cf. Mc 2, 27-28).

O nosso jeito de praticar a religião nem sempre é maduro, isso porque muito facilmente acreditamos que Deus resolverá todos os nossos problemas. Insis-timos em acreditar que Ele nos livrará de todas as con-seqüências de nossas escolhas erradas, e que uma vida em Deus é uma vida sem problema”.(Fabio de Melo). Fique atento!

Frei João Andrade Dias, OSJ

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