40
1 17 ANOS ANO 18 Nº 205 R$ 7,00 SÃO PAULO, MAIO DE 2010 DIREITO PENAL Luziânia: o sistema em xeque caso do pedófilo de Luziânia (GO), que ma- tou seis jovens e depois “apareceu” morto na cela, colocou novamente em xeque o sistema pe- nal brasileiro. Afinal, o pedreiro Ademar Jesus da Silva havia sido preso anterior- mente por estuprar dois adolescentes, fora condenado a 14 de anos de prisão, mas teve a pena transformada em regi- me semi-aberto apoiada em laudos psi- quiátricos. Como mostra Percival Percival Percival Percival Percival de de de de de Souza Souza Souza Souza Souza, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado já havia votado e aprovado um projeto de reformulação do Código Penal (que depende agora da aprovação do próprio Senado e da Câ- mara), abolindo o sistema “inquisitório”, transformando-o em “acusatório”, que permite ao próprio réu produzir provas. O juiz, chamado de “magistrado de ga- rantias”, teria uma função mais de “julgador”. De acordo com os críticos, isso iria transformar os processos em uma disputa entre acusação e defesa. Quanto à posição do magistrado, como se recorda, o juiz-auxiliar Luís Carlos de Miranda, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, disse haver “cum- prido exatamente a lei” ao libertar o pedreiro, lembrando que “não poderia imaginar que, em liberdade, o acusado cometesse os assassinatos em sé- rie”. E ao ler sobre o que havia acon- tecido após a liberdade, disse que a única coisa que poderia fazer era “re- zar para dar consolo às famílias” (dos menores assassinados). Págs 2, 20 e 21 Págs 2, 20 e 21 Págs 2, 20 e 21 Págs 2, 20 e 21 Págs 2, 20 e 21 CADERNO DE LIVROS ANTONIO CARLOS ANTONIO CARLOS ANTONIO CARLOS ANTONIO CARLOS ANTONIO CARLOS RODRIGUES DO AMARAL RODRIGUES DO AMARAL RODRIGUES DO AMARAL RODRIGUES DO AMARAL RODRIGUES DO AMARAL E A DEFESA DO E A DEFESA DO E A DEFESA DO E A DEFESA DO E A DEFESA DO LOBBY LOBBY LOBBY LOBBY LOBBY EXAME DE ORDEM TURISMO JAPÃO JAPÃO JAPÃO JAPÃO JAPÃO Página 26 Página 26 Página 26 Página 26 Página 26 Segunda fase com Segunda fase com Segunda fase com Segunda fase com Segunda fase com constrangimento constrangimento constrangimento constrangimento constrangimento Página 19 Página 19 Página 19 Página 19 Página 19 Divulgação Augusto Canuto Augusto Canuto COMUNICAÇÕES O “Tribuna”, ano 18 “Tribuna do Direito” come- mora este mês a maioridade: está entrando no 18° ano de publi- cação ininterrupta, desde que Mil- ton Rondas, Moacyr Castanho e Mauro Mello, no hoje longínquo 1993, decidiram lançar um jornal que fosse “fiel à causa de aprimo- ramento da Justiça”. Mesmo en- frentando percalços dos mais vari- ados matizes, o jornal continua sua hercúlea luta para manter-se entre as principais publicações do seg- mento jurídico do País, podendo hoje, sem falsa modéstia, incluir-se entre as principais. Como dizia o editorial do primeiro número, em maio de 1993 e que teve como manchete “Justiça do Trabalho en- frenta crise”, “o Brasil jamais vive- rá uma democracia se não possuir um Judiciário forte, autônomo e eficiente”. É para isso que o jornal abre suas páginas todos os meses há mais de uma década e meia. Como dizíamos no editorial de maio de 2009, o “Tribuna do Direito dos sonhos de Milton Rondas, Moacyr Castanho e Mauro Mello, que de- ram origem à Editora Jurídica MMM Ltda., continua mais vivo do que nunca”. E, para comemorar a “maioridade”, a direção do jornal resolveu investir, também, na reformulação da linguagem eletrô- nica, e reformulou o site no endere- ço www.tribunadodireito.com.br (p ágina 15) ágina 15) ágina 15) ágina 15) ágina 15), que já está “no ar”. O

Edição Maio 2010 - nº 205

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1MAIO DE 2010 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

17ANOS

ANO 18Nº 205

R$ 7,00SÃO PAULO, MAIO DE 2010

DIREITO PENAL

Luziânia: o sistema em xequecaso do pedófilo deLuziânia (GO), que ma-tou seis jovens e depois“apareceu” morto nacela, colocou novamenteem xeque o sistema pe-

nal brasileiro. Afinal, o pedreiro AdemarJesus da Silva havia sido preso anterior-mente por estuprar dois adolescentes,fora condenado a 14 de anos de prisão,mas teve a pena transformada em regi-me semi-aberto apoiada em laudos psi-quiátricos. Como mostra PercivalPercivalPercivalPercivalPercival dedededede

SouzaSouzaSouzaSouzaSouza, a Comissão de Constituição eJustiça do Senado já havia votado eaprovado um projeto de reformulaçãodo Código Penal (que depende agora daaprovação do próprio Senado e da Câ-mara), abolindo o sistema “inquisitório”,transformando-o em “acusatório”, quepermite ao próprio réu produzir provas.O juiz, chamado de “magistrado de ga-rantias”, teria uma função mais de“julgador”. De acordo com os críticos,isso iria transformar os processos emuma disputa entre acusação e defesa.

Quanto à posição do magistrado, comose recorda, o juiz-auxiliar Luís Carlos deMiranda, da Vara de Execuções Penaisdo Distrito Federal, disse haver “cum-prido exatamente a lei” ao libertar opedreiro, lembrando que “não poderiaimaginar que, em liberdade, o acusadocometesse os assassinatos em sé-rie”. E ao ler sobre o que havia acon-tecido após a liberdade, disse que aúnica coisa que poderia fazer era “re-zar para dar consolo às famílias”(dos menores assassinados).

Págs 2, 20 e 21Págs 2, 20 e 21Págs 2, 20 e 21Págs 2, 20 e 21Págs 2, 20 e 21

CADERNO DE LIVROS

ANTONIO CARLOSANTONIO CARLOSANTONIO CARLOSANTONIO CARLOSANTONIO CARLOSRODRIGUES DO AMARALRODRIGUES DO AMARALRODRIGUES DO AMARALRODRIGUES DO AMARALRODRIGUES DO AMARAL

E A DEFESA DO E A DEFESA DO E A DEFESA DO E A DEFESA DO E A DEFESA DO LOBBYLOBBYLOBBYLOBBYLOBBY

EXAME DE ORDEM

TURISMO

JAPÃOJAPÃOJAPÃOJAPÃOJAPÃOPágina 26Página 26Página 26Página 26Página 26

Segunda fase comSegunda fase comSegunda fase comSegunda fase comSegunda fase comconstrangimentoconstrangimentoconstrangimentoconstrangimentoconstrangimento

Página 19Página 19Página 19Página 19Página 19

Divulgação

Augusto Canuto

Augusto Canuto

COMUNICAÇÕES

O

“Tribuna”,ano 18“Tribuna do Direito” come-

mora este mês a maioridade:

está entrando no 18° ano de publi-

cação ininterrupta, desde que Mil-

ton Rondas, Moacyr Castanho e

Mauro Mello, no hoje longínquo

1993, decidiram lançar um jornal

que fosse “fiel à causa de aprimo-

ramento da Justiça”. Mesmo en-

frentando percalços dos mais vari-

ados matizes, o jornal continua sua

hercúlea luta para manter-se entre

as principais publicações do seg-

mento jurídico do País, podendo

hoje, sem falsa modéstia, incluir-se

entre as principais. Como dizia o

editorial do primeiro número, em

maio de 1993 e que teve como

manchete “Justiça do Trabalho en-

frenta crise”, “o Brasil jamais vive-

rá uma democracia se não possuir

um Judiciário forte, autônomo e

eficiente”. É para isso que o jornal

abre suas páginas todos os meses

há mais de uma década e meia.

Como dizíamos no editorial de maio

de 2009, o “Tribuna do Direito dos

sonhos de Milton Rondas, Moacyr

Castanho e Mauro Mello, que de-

ram origem à Editora Jurídica

MMM Ltda., continua mais vivo do

que nunca”. E, para comemorar a

“maioridade”, a direção do jornal

resolveu investir, também, na

reformulação da linguagem eletrô-

nica, e reformulou o site no endere-

ço www.tribunadodireito.com.br

(página 15)ágina 15)ágina 15)ágina 15)ágina 15), que já está “no ar”.

O

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2 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO MAIO DE 2010

TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

Diretor-responsávelMilton Rondas (MTb - 9.179)

[email protected]

Editor-chefeFran Augusti - [email protected]

Diretor de MarketingMoacyr Castanho - [email protected]

Editoração Eletrônica, Composição e ArteEditora Jurídica MMM Ltda.

[email protected]ão

FolhaGráficaTiragem: 35.000

PUBLICAÇÃO MENSAL DAEDITORA JURÍDICA MMM LTDA.

Rua Maracá, 669

Vila Guarani – CEP 04313-210São Paulo – SP

Tel./fax: (0xx11) 5011-22615011-4545 / 5011-7071 5011-8052 / 5011-8118

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AS MATÉRIAS ASSINADAS SÃO DE EXCLUSIVARESPONSABILIDADE DOS AUTORES

DOS LEITORES DA REDAÇÃO

Horizontais Verticais

1) Autoridade; 2) Lira; Reféns; 3) Soco;CO; 4) Gema; Narrar; 5) Apátrida; RT: 6)Dó; Aar; EE; 7) Óculo; Aça; 8) Anátema;ER; 9) Era; Ator. B

1) Alegado: 2) Ui; Época; 3) Trama; UNE;4) OA; Atilar; 5) Ota; 6) Ironia; 70 Década;MA; 8) Aforar; At; 9) De; 10) Encarecer; 11)Sortear.

Soluções das Cruzadas

Latim —“Como leitor, es-tranhei que esse jornal nãotenha procurado esclarecer

de vez o que é certo na frase latina:’Quousquetandem Catilina patientia nostra’; a questão in-teressa a muitos advogados.”Alberto de JesusPereira, advogado, São Paulo.

N.da R. Como ”leitor” o senhor develembrar-se de que a primeira abordagem so-bre o assunto, do advogado Adalberto LuizFederighi,foi em maio de 2007 (‘Tribuna’n° 169), que explicava que se atribuía a Cí-cero a frase que significa ‘Até quando abusade nossa paciência, oh Catilina’. A propósito,o senhor esqueceu de um termo da frase:‘abutere’, entre ‘tandem’ e ‘Catilina’. A frasecompleta é ‘Quosque tandem abutere Catili-na patientia nostra’. A partir daí ‘virou’ uma‘troca’ de correspondência entre dois opera-dores do Direito, utilizando as páginas dojornal. E o jornal decidiu que não deveriaentrar na discussão semântica.

Agradecimento—“Senti-me honrado com a publica-ção do artigo nesta última

edição deste prestigioso periódico. (N.da R.‘Precursor falece’, página 14, ‘Tribuna’ n°204, abril de 2010). Expresso meus sincerosagradecimentos pela publicação e pela impar-cialidade do jornal. Espero ter contribuído.”Desembargador Sebastião Alves Junqueira.

+++++Eletrônica —“Sou assi-nante do ‘Tribuna do Di-reito’ há muitos anos. Soli-

cito informações sobre a existência ou não deum banco de dados das decisões citadas nojornal, para acesso dos assinantes. Solicito,também, informações sobre como procederpara acessar a edição on-line, visto que nãoconsegui identificar o que escrever nos espa-ços destinados a usuário e senha.” MarcoAntônio Ewald.

N.da R. O assinante recebeu a respostaeletronicamente, e ela vale para todos osleitores e assinantes: o jornal não possuibanco de dados com livre acesso. Quanto aonovo site, os assinantes receberam um logine uma senha para acessá-lo.

“Recado para Advoca-cia” —“Parabéns pelooportuno ‘Recado’, inser-

to no ‘Tribuna’, de abril (N.da R. Página2). Notável, direcionado àqueles que desco-nhecem ética e prerrogativas. Oportuno, re-pito. Corajoso, acrescento. Disse o que mui-tos de nós, militantes há muitos anos, nun-ca vimos, em verbo ou escrito. O nosso ‘Tri-buna’ tem bons e fortes timoneiros, entreeles o ilustre diretor-chefe (N.da R. MiltonRondas). Novamente parabéns.” OduvaldoDonnini, advogado e jornalista da “Gazetade Pinheiros”.B

+++++

+++++

+++++

demar Jesus da Silva,o pedreiro de Luziânia (GO),réu confes-so da morte de seis pessoas entre 13 e 19 anos, foi encontra-do morto na cela onde estava detido. Pronto. Está morto.Agora acabou, dirão alguns. O pedreiro, que havia sido presopor estuprar dois adolescentes, foi condenado a 14 anos deprisão, mas teve a pena transformada em regime semi-aber-

to depois de quatro anos de detenção. Encastelado em um laudo de avaliaçãopsicossocial, os responsáveis pelo sistema penitenciário brasileiro decidirampela mudança da pena. Depois da reincidência, desta vez mais grave,o Tribunalde Justiça do Distrito Federal contentou-se em soltar uma nota, lavando asmãos,como mostra Percival de SouzaPercival de SouzaPercival de SouzaPercival de SouzaPercival de Souza na coluna “Hic et Nunc” na página 12página 12página 12página 12página 12.Percival, aliás, revela todas as nuances do caso nas páginas 20 e 21. páginas 20 e 21. páginas 20 e 21. páginas 20 e 21. páginas 20 e 21. Segun-do especialistas, havia necessidade de internação em manicômio judiciário, jáque Ademar seria um psicopata e teria de ser excluído do convívio social.

O ministro da Justiça que substituiu Tarso Genro, Luiz Paulo Barreto, disseque os sistemas penal e criminal falharam e que era preciso apurar responsa-bilidades. Alguém acredita que elas serão apuradas e que se chegue a respon-sáveis? Que desculpa darão aos familiares das seis novas vítimas? Fatalidade?Parece-nos que é mais um absurdo que vai ser empurrado com a barriga atécair no esquecimento. Culpados? Nem pensar.! Como diriam outros diante dedesse quadro, “há algo de podre no reino da Dinamarca”. Só para lembrar, afrase é originária da peça teatral Hamlet, de Shakespeare, e atribuída ao prín-cipe Hamlet, filho do rei da Dinamarca, querendo se referir a traições e assas-sinatos que teriam ocorrido na Dinamarca e que ele teria descoberto ao inves-tigar o assassinato do próprio pai. Bem, não estamos na Dinamarca, nemestamos insinuando a existência de qualquer complô no Planalto Central. Masque o “algo podre” pode significar “incompetência”, “inflexibilidade”, “inépcia”,“insensibilidade” e outros “ins” a gosto do freguês, isso ninguém duvida.B

Fran Augusti

“Dinamarca”A

AASP 4

Advocacia 5

À Margem da Lei 27

Comunicações 15

Cruzadas 27

Cursos/Seminários/Conferências 12

Da Redação 2

Danos Morais 7

Direito de Família 3 e 8

Direito Imobiliário 6

Dos Leitores 2

Ementas 18

Gente do Direito 22

Hic et Nunc 12

Lazer 25 a 27

Legislação 16

Literatura 25

Notas 17

Paulo Bomfim 27

Poesias 27

Seguros 11

Trabalho 23 e 24

Mais os Cadernos Exame de Ordem, Jurisprudência e de Livros

28 páginas

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3MAIO DE 2010 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

DIREITO DE FAMÍLIA - 1

oncubina não tem direito àindenização por trabalhosdomésticos, após o fim dorelacionamento com cônju-ge adúltero. A decisão é daQuarta Turma do STJ que,

por unanimidade, negou indenização a LMO,que manteve relacionamento por dois anoscom um homem casado. Os ministros enten-deram que a compensação financeira “ele-varia o concubinato ao nível de proteção maissofisticado que o existente no próprio casa-mento e na união estável”. LMO ajuizou

Concubina não tem direito àindenização por trabalhos domésticos

ação contra AD pedindo indenização de R$48 mil, alegando que manteve relaciona-mento com ele durante dois anos, e que pa-rou de trabalhar por determinação do com-panheiro, deixando de ter a renda mensalde R$ 1 mil, o que justificaria o pedido dereparação.

A 3ª Vara Cível de Dourados (MS) re-jeitou o pedido por entender não ter havi-do provas suficientes de uma relação con-cubinária e estável. Na apelação, a sen-tença foi reformada e a indenização fixadaem R$ 24 mil.

AD recorreu ao STJ. O relator, ministroLuis Felipe Salomão, constatou que no tempoem que os dois permaneceram juntos, ADsustentou LMO, ajudando-a, inclusive, no fi-nanciamento da casa, mas que a relação en-tre a autora e o réu não era sólida, tendoem vista que ele sequer pernoitava na casade LMO, e que ela “fazia sexo com o reque-rido em motéis ou quando viajava com ele”.

O relator citou vários julgados do STJ,entre eles o da ministra Nancy Andrighi, se-gundo o qual a indenização à concubina reco-nheceria, em tese, uma dupla meação:

C“uma devida à viúva, reconhecida e devida-mente amparada em lei; outra, criada emtribunais, como um ‘monstro’ juris-prudenci-al, a assombrar os casamentos existentes efazer avançar as uniões concubinárias”.

A Turma, além de negar provimento aopedido de indenização, condenou a mulher apagar as custas processuais e os honoráriosadvocatícios de R$ 1 mil. Para o relator,conceder a indenização seria “um atalhopara se atingir os bens da família legítima,providência rechaçada por doutrina e juris-prudência”. (RESP 988090)B

Terceira Turma do STJ concedeu ao ma-rido o direito de receber 50% do aluguel

do imóvel (não objeto de partilha), ocupado pelaex-esposa e filhos. Os ministros, no entanto, en-tenderam que ele deve arcar com a metade dasdespesas de conservação e dos encargos corres-pondentes ao período posterior à separação.

O pedido de arbitramento de aluguel foi negadoem primeiro grau. O mesmo ocorreu na apelação.O STJ reformou a decisão. A ministra Nancy An-drighi reconheceu o direito do ex-marido à inde-

Ex-cônjuge indeniza o que saiunização, por não usufruir do bem comum. Eladestacou que o imóvel não é regularizado e nãotem o habite-se. De acordo com a ex-mulher, oex-esposo havia se comprometido em regulari-zar o imóvel para viabilizar a venda e a partilha.

Para a relatora, perdura sobre os dois aobrigação de contribuir para as despesas ine-rentes à manutenção do imóvel, o que inclui osgastos para a regularização do imóvel, impos-tos, taxas, além da obrigação de promover avenda. (Processo em segredo de Justiça)B

aior de 25 anos não pode receber inde-nização por morte da mãe. O entendi-

mento é da Terceira Turma do STJ, que mante-ve entendimento do TJ-MG excluindo a indeni-zação por dano moral pleiteada por três filhosde uma mulher morta aos 72 anos, em acidentede trânsito. Os ministros rejeitaram o argumen-to de que os três filhos dependiam financeira-mente da mãe. O TJ-MG entendeu não ter fi-cado comprovada a dependência econômicados filhos, que na época do acidente tinham,

Maior de 25 anos não recebe indenizaçãoem média, 50 anos. O STJ manteve a indeniza-ção de R$ 15 mil por dano moral para cada umdos filhos, porque não foi discutida no recurso.

Quanto ao dano material, a Turma entendeuque a lei permite o recebimento desse tipo de in-denização quando o filho, maior de 25 anos, temtotal dependência econômica do pai (ou da mãe),ou por estar cursando faculdade que lhe impeçatrabalhar; ou de enfermidade, especialmentea mental e situações análogas. (RESP970640)B

A M

Page 4: Edição Maio 2010 - nº 205

4 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO MAIO DE 2010

AASP

AASP, sempre conec-tada ao dia a dia dosadvogados e empe-nhada em facilitar opleno exercício pro-fissional, continua

oferecendo aos associados o kit deCertificação Digital (Certificado DigitalICP-Brasil tipo A3, com validade detrês anos + cartão inteligente + leito-ra de cartão) por R$ 99,00. No merca-do, o mesmo kit não custa menos doque R$ 360,00.

O Certificado Digital está sendo cadavez mais exigido pelos tribunais, princi-palmente os superiores, e é um docu-mento fundamental para petições ele-trônicas. Além de contar com importan-tes informações sobre o certificado nosite da entidade (www.aasp.org.br), osinteressados em conhecer mais sobrepeticionamento eletrônico podem fazerum dos diversos cursos, teóricos e prá-ticos, que têm sido promovidos peloDepartamento Cultural da associação.Alguns desses cursos também estão dis-poníveis na videoteca da entidade.

Informações sobre os procedimen-tos para aquisição do certificado oucomo participar dos cursos promovi-dos pela AASP pelo telefone (0xx11)3291-9200.B

Certificado Digital por R$ 99,00O Departamento Cultural da AASP pro-

move, nos dias 17 e 18, curso sobre “Di-reito Eleitoral – Eleições 2010”. O exposi-tor será Ricardo Corazza Cury, com pales-tras sobre “Panorama do Direito Eleitorale problemas recorrentes” e ”Eleições2010 (novos marcos jurídicos: Lei nº12.034/09 e Resoluções do TSE de2010)”. O curso será realizado na sede daAASP(Rua Álvares Penteado, 151, cen-tro) e terá início às 19 horas, com transmis-são ao vivo pela internet e por satélitepara diversas cidades do País. Informaçõespelo telefone (0xx11) 3291-9200 ou emwww.aasp.org.br.

ACursosCursosCursosCursosCursos

Cursos sobre as alterações na Lei deLocação estão disponíveis na videoteca daAASP. As aulas podem ser acessadas navideoteca virtual ou os DVDs retiradospessoalmente na sede da entidade (RuaÁlvares Penteado, 151, 1º andar, SãoPaulo). O investimento na modalidade vir-tual é de R$ 11,00 para associados e R$26,00 para não-associados. Os DVDs reti-rados pessoalmente custam R$ 5,00 (so-mente associados).Informações pelo tele-fone (0xx11) 3291-9200.

Eleições 2010

A jurisprudência do STJ e o Direito Am-biental serão temas de palestra que a AASPpromove no dia 10, com o expositor JoséRubens Morato Leite. O evento, com início às19 horas, será realizado na sede da entida-de (Rua Álvares Penteado, 151, São Paulo),com transmissão ao vivo pela internet e porsatélite para diversas cidades do País. Infor-mações pelo telefone (0xx11) 3291-9200ou em www.aasp.org.br.

Lei de Locação

Com as vagas presenciais esgotadas e umgrande número de interessados participandoao vivo pela internet, teve início no dia 5 ocurso “Iniciação Profissional em Direito”,resultado da parceria AASP e CIEE, firma-da em 2009. O curso, que tem por objetivopreparar estagiários e recém-formados paraos desafios da carreira, será realizado estemês, em junho e em julho. Entre os temas, osparticipantes receberão informações sobre“Estrutura do Poder Judiciário”; “Comuni-cação escrita e redação forense”; “Orató-ria, prática processual e informática”. Emvirtude do sucesso da iniciativa, a AASP e oCIEE já estão programando novas edições.

Direito Ambiental

CIEE

Com o objetivo de capacitar os profissio-nais do Direito para atender à demanda dadiversidade sexual, trazer os fundamentosconstitucionais e legais do Direito Homoa-fetivo para a construção de um novo ramodo Direito, debater a homoparentalidadena adoção e na reprodução humana assis-tida, entre outros, a AASP realizará, nosdias 10 e 11 de junho, o III Curso de Di-reito Homoafetivo. O evento será coorde-nado pela advogada Maria Berenice Dias erealizado na sede da associação, comtransmissão ao vivo pela internet e por sa-télite para diversas cidades do País. Infor-mações pelo telefone (0xx11) 3291-9200 ou em www.aasp.org.br.B

Direito Homoafetivo

AASP reiterou os ofícios encami-nhados ao corregedor-geral da

Justiça do Estado de São Paulo, emdezembro de 2009 e fevereiro de 2010,solicitando que seja regulamentada adisponibilização de cálculos, laudos pe-riciais e certidões aos jurisdicionadospor meio da internet, nos moldes doque tem sido feito pelo juiz da 6ª Varada Fazenda Pública de São Paulo. Omagistrado disponibiliza as informa-ções, na íntegra, no sistema de infor-mática do Tribunal de Justiça do Esta-do de São Paulo, permitindo que aspartes tenham acesso aos documen-tos, além de solicitar que as memóriasde cálculos sejam entregues em CD-ROM, juntadas aos autos e tambémdisponibilizadas no sistema.

Para a associação, o método evita odeslocamento de advogado ou estagiá-rio ao cartório, reduz o fluxo de pesso-as no balcão de atendimento, libera osservidores para outras atividades eagiliza o andamento processual.B

Andamentoprocessual

AASP, como faz há 45 anos,promoverá, no dia 19, missa

em homenagem ao patrono dos advo-gados, Santo Ivo. Todos os associadosestão convidados. A celebração seráàs 19 horas, na Igreja de Santo Ivo(Largo da Batalha, 99, Ibirapuera, SãoPaulo). Participarão também da orga-nização do evento a OAB-SP e o Insti-tuto dos Advogados de São Paulo.

Nas atas e arquivos da associação,são identificáveis as assinaturas deElcio Silva, Waldemar Mariz de Olivei-ra Junior, Diwaldo Azevedo Sampaio,Roger de Carvalho Mange e RaimundoPascoal Barbosa como contribuintespara a primeira missa em homenagem

A

Missa de Santo Ivo

a Santo Ivo, realizada em 1965. Oevento era organizado e coordenadopelo diretor do Departamento Social,Alcyr de Toledo Leite.B

associação tem recebido reiteradasreclamações de advogados com res-

peito à excessiva morosidade apresentadano Setor de Contadoria Judicial do FórumJoão Mendes Júnior, em especial para aconclusão de cálculos. Há cerca de umano, a associação enviou ofício à presidên-cia do Tribunal de Justiça, solicitando aadoção de providências. Embora o tribunaltenha prestado esclarecimentos, e apesardos esforços despendidos, os problemaspersistem.

Por considerar que a demora exageradana elaboração dos cálculos acarreta inúmerosproblemas aos jurisdicionados em geral e aosadvogados em particular, a entidade encami-nhou novo ofício ao presidente do TJ-SP,reiterando o pedido de aprimoramento doserviço prestado pela Contadoria.B

A

Cálculos

A

Divulgação

Internet

presidente da AASP, Fábio Ferreira deOliveira, e o vice, Arystóbulo de Oliveira

Freitas, reuniram-se com o superintendente deGoverno e com os gerentes da Agência PoderJudiciário do Banco do Brasil. Em pauta, asvárias reclamações de advogados recebidaspela entidade, após a incorporação do BancoNossa Caixa pelo Banco do Brasil. Durante oencontro foram tratados diversos assuntos,entre os quais a ausência de atendimento pre-ferencial para advogados; as filas e o horáriode funcionamento dos PABs; as dificuldadesno levantamento de valores; a impossibilidadedo recolhimento de Guia (Oficial de Justiça)pela Internet. Ao final da reunião, os repre-sentantes da instituição financeira propuseramà associação a realização de encontros men-sais para acompanhamento da evolução dosprocessos de melhoramento solicitados.B

BB e Nossa Caixa

O

Page 5: Edição Maio 2010 - nº 205

5MAIO DE 2010 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

ADVOCACIA

OAB Federal aindanão elaborou a listasêxtupla de candida-tos para ocupar asvagas da Advocaciano STJ. Ao contrário

do que esperava o presidente nacionalda OAB, Ophir Cavalcante, os conse-lheiros, que se reuniram no dia 12 deabril, limitaram-se a criar uma comis-são para definir as diretrizes para anova lista. De acordo com o presiden-te da OAB, não há previsão de quandoa lista será apresentada, pois a co-missão deve reunir-se dias 17 e 18para discutir o tema, já que esta é umasituação inusitada e atípica.

Inusitada, porque pela primeira vezuma lista da OAB foi rejeitada pelo

OAB não definelista para o STJ

STJ. Atípica porque agora são trêsvagas destinadas à Advocacia: a pri-meira para o lugar do ministro Anto-nio Pádua Ribeiro, que se aposentouem 2007; a segunda pela aposenta-doria do ministro Humberto Gomesde Barros, em 2008; e a terceirapela recente aposentadoria do mi-nistro Nilson Naves.

Enquanto isso, o STJ usa soluçõespaliativas, convocando desembar-gadores para analisar os processos.Eles estão dando, em média, 8.800decisões por mês. O STJ é compostopor 33 ministros: 1/3 juízes dos TRFs;1/3 desembargadores dos TJs, e o res-tante advogados e membros do Minis-tério Público. Todos são nomeadospelo presidente da República.B

Presidente disse que não há previsãoPresidente disse que não há previsãoPresidente disse que não há previsãoPresidente disse que não há previsãoPresidente disse que não há previsão

A Advocacia agora tem três vagas para preencher

Jorge Campos/ACS/STJ

Cópias de documentosprecisam de autenticação

Seção II, Especializada em DissídiosIndividuais, extinguiu, sem análise

do mérito, um recurso ordinário em açãorescisória da Vale do Rio Novo ConstruçõesLtda. contra decisão do TRT-15 (Campinas-SP), que a declarou responsável-subsidiáriapelo pagamento de verbas trabalhistas a umex-empregado. A empresa alegou ter havidofraude processual com conluio entre advoga-dos, prova falsa e dolo da parte vencedora.

Segundo o relator, ministro Barros Leve-nhagen, faltava autenticação em peças pro-cessuais importantes para fundamentar as

alegações da empresa. Para o ministro, ofato de o TRT-15 não ter verificado a irre-gularidade não impediria que o relator o fi-zesse em fase recursal, até porque a auten-ticação dos documentos que instruem a peti-ção inicial são requisitos necessários paraadmissão do recurso. A empresa alegou,sem sucesso, que o artigo 544 do CPCreconhece a autenticação de documentoscom a simples declaração de autenticidadepor parte do advogado em recurso deagravo de instrumento. (ROAR-186700-72-2005.5.15.0000)B

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6 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO MAIO DE 2010

DIREITO IMOBILIÁRIO

NELSON KOJRANSKI*

ituação inédita foienfrentada e resolvi-da pela colenda 3ªTurma do STJ, noRESP n° 1.120.140-MG, relatado pelo

ministro Massami Uyeda. Tratou-se desaber da viabilidade legal, após a reali-zação de assembleia geral, de comple-mentação posterior do quórum previstono artigo 1.342 do Código Civil, queexige a aprovação de 2/3 dos votos decondôminos para execução de obras emáreas comuns. Diante desse cenário,examinou-se a eficácia legal de ratifica-ção da decisão assemblear mediante aadesão posterior de condôminos, para ofim de suprir a falta do quórum não atin-gido pela assembleia realizada.

Concluiu-se que “a exegese que maisse coaduna com o ordenamento jurídi-co em vigor é no sentido de que o quó-rum previsto no artigo 1.342 do CódigoCivil” não admite “para a complemen-tação do mínimo legal, a posterior rati-ficação”. A decisão do STJ é impecá-vel, na medida em que “assembleia” sig-nifica a reunião de membros do mesmogrupo para o fim de deliberar sobre temaprevisto na ordem do dia. Releva enfa-tizar que a deliberação se verifica naassembleia. Nem antes, nem depois,

Os votos inválidos na assembleia geral de condomínionem fora dela. E, quando se trata decondomínio edilício, sua natureza espe-cial cria regras específicas que se amol-dam às suas peculiaridades. Na assem-bleia condominial, observada a exigên-cia do artigo 1.354 CC, a deliberaçãoresulta da discussão que se trava entreos condôminos. É a prática do contra-ditório extrajudicial. É, como anota oacórdão: “Sob os influxos das pondera-ções dos condôminos é que se chegaàquela deliberação que melhor reflete avontade geral e, nesta extensão, orien-ta com mais propriedade as escolhas davida condominial.”

Exatamente por isso, não é considera-do o voto “por correspondência”, umavez que a antecipação de seu pronunci-amento não resulta do “filtro do contradi-tório e da ampla defesa”. Nada impede,porém, que o condômino, impossibilitadode comparecer, como sugere Nascimen-to Franco (Condomínio, “RT” 2ª edição,página 104), envie ao presidente da as-sembleia suas ponderações relativas àmatéria a ser discutida, para serem lidasna reunião. Mas, fica nisso: o condôminoausente pode ponderar, sugerir, exempli-ficar, mas não pode votar.

Se a assembleia condominial é o pal-co apropriado ao debate oral da matériaarrolada na ordem do dia, mostra-se in-

compatível a adoção do “voto secreto”.A manifestação das opiniões, em alto ebom som, é necessariamente traduzidaem voto explícito, de todo indispensá-vel à aferição do quórum legal exigido.O “voto secreto” não é computável. Daí,pela mesma razão, não se mostra ad-missível aceitar, como neutro, o pedidode “abstenção”, que equivale a “votoem branco”, como alerta NascimentoFranco. Seja qual for o nome que se dêà falta ostensiva de voto, como “votosecreto”, “abstenção” ou “voto em bran-co”, todos são filhos gerados pela mãe“silêncio”.

Na área condominial, contudo, o“silêncio” tem significação específica,a partir da exegese que se empresta aoartigo 1.324, CC: “O condômino queadministrar sem oposição dos outros pre-sume-se representante comum.” Tra-zendo este conceito para o âmago deuma assembleia geral, onde a delibera-ção eficaz depende de ser alcançado oquórum especial, não há como deixarde aplaudir o entendimento de Pontesde Miranda, ao recomendar: “O silên-cio opera quando o comuneiro sabia queo seu silêncio se contaria como tal de-claração, ou comunicação de vontade,ou que a sua ausência não influiria nadecisão tomada para invalidá-la.” (Tra-

tado de Direito Privado, volume 12, pá-gina 392).

Ora, se a realização de obras empartes comuns depende da aprovaçãode 2/3 dos votos dos condôminos, comoé exigido pelo artigo 1.342 CC, enten-de-se que a “manifestação” silenciosade condôminos outorga mandato tácitoà tese majoritária pronunciada pelosdemais condôminos. Os votos silencio-sos serão acrescidos à corrente condo-minial que autorizou, ou não autorizou,a realização de obras em partes comuns.Se forem adicionados esses “votos si-lenciosos” à corrente da maioria con-dominial para atingir o patamar legal, oresultado será válido e eficaz. Nestecaso, o silêncio é interpretado comoautêntica manifestação de vontade, pormeio do qual o condômino mudo, taci-tamente, endossa a tese da maioriacondominial.

Em suma, na assembleia de condômi-nos, o voto computável deve ser claro,sonoro, aberto, sendo inválidos os pronun-ciamentos sigilosos, indecisos, indefinidos,ausentes, hesitantes, temerosos. Vale di-zer, desprovidos de responsabilidade.B

S

*Advogado e ex-presidente do Instituto dos Advo-gados de São Paulo (Iasp).

Quarta Turma do STJ ratificou deci-são do TJ-RJ anulando a venda de

um terreno adquirido pela filha da dona doimóvel, uma senhora de 92 anos. Os ministrosconcordaram com o acórdão do TJ-RJ, que sebaseou na informação dos filhos da autora deque não foi dada autorização para a venda.

A proprietária do imóvel ajuizou ação pe-dindo anulação da venda e reintegração deposse do terreno, localizado no bairro deNova Aliança, em Rio das Ostras (RJ). Três

Anulada venda de terrenofilhos da proprietária ingressaram na ação,como assistentes da mãe. Alegaram que aoperação de compra e venda para uma outrafilha foi uma fraude com intuito de burlar aproibição de venda de ascendente a descen-dente, como prevê o CC.

A mãe afirmou não ter autorizado atransferência do terreno ou das duas casasnele construídas, mas que a filha, proprietá-ria de um lote vizinho, adquiriu parte doterreno por instrumento público de cessão

de posse outorgado por terceiro, que teriafigurado de “forma simulada” como com-prador, já que quatro meses depois a filhaadquiriu o imóvel do comprador e ergueu ummuro entre as duas casas.

O juízo de Rio das Ostras entendeu não terhavido dolo na operação. O TJ-RJ reformou adecisão e anulou a operação de compra evenda. Determinou, ainda, que o muro fossedemolido. O suposto comprador recorreu aoSTJ, sem sucesso. (RESP 695627)B

protesto judicial pode ser averbadona matrícula do imóvel. O entendi-

mento é da Segunda Seção do STJ, que aco-lheu embargos de divergências da V. Santos& Cia Ltda. contra acórdão da Terceira Tur-ma, que havia proferido decisão oposta.

O ministro e relator, Luis Felipe Salomão,ressaltou que o poder geral de cautela do juiz,disciplinado no CPC, é a base para permitir aaverbação no registro de imóveis do protestode alienação de bens,(ERESP 185645)B

Protesto judicial

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7MAIO DE 2010 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

DANOS MORAIS

Cia. Brasileira deDistribuição, dona deuma rede de super-mercados, deverápagar indenizaçãopor danos morais

superior a R$ 1 milhão, mais R$ 300mil por danos materiais, a uma em-pregada que sofreu queimaduras em50% do corpo, além de ser responsá-vel pelo pagamento das despesas de-correntes do tratamento e lucroscessantes até o fim da convalescença.A decisão é da Segunda Turma doTST, que aumentou o valor da indeni-zação por dano moral arbitrado peloTRT-6 (PE) em R$ 500 mil para R$ 1milhão, já que o tribunal não havia le-vado em consideração a condição fi-nanceira, o grau de culpa e o sofri-mento físico da trabalhadora.

A funcionária, que trabalhava comooperadora de supermercado, foi trans-ferida para uma lanchonete, no bairro daBoa Viagem, no Recife (PE). No estabele-cimento era servido almoço e, após as16 horas, sopas. A temperatura do ali-

Indenização milionária para trabalhadoramento era mantida por meio de umréchaud, aceso com álcool gel. De acordocom a empregada, a chefia, por medidade economia, determinou a troca do pro-duto mais seguro pelo álcool anidro com-bustível. No dia 8/4/2005 ocorreu umaexplosão em um dos réchauds, no mo-mento em que a funcionária esquentavauma das sopas. O acidente provocouqueimaduras de segundo e terceiro grausem 50% do corpo dela.

Depois de sair da UTI, a trabalhadorafoi submetida a diversas cirurgias e a tra-tamentos complexos, custeados pelaempresa. Desfigurada, teve de passarpor uma equipe multidisciplinar formadapor psiquiatra, fisioterapeuta e cirurgião.Em seguida, ajuizou ação pleiteando in-denização por danos moral-estético, emateriais imediatos. O juiz de primeirograu determinou o pagamento de indeni-zação de R$ 1 milhão para custear trata-mentos futuros. A empresa recorreu e oTRT-6 fixou a indenização por danos ma-teriais em R$ 300 mil, e morais em R$500 mil, esta última alterada pelo TST.(RR-131/2006.020.06.00.2)B

A

Terceira Turma do STJ restabeleceusentença obrigando a empresa de

previdência complementar Geap Fundaçãode Seguridade Social a pagar indenizaçãode R$ 4 mil a uma criança de três anos, porincompetência e recusa na realização deexame radiológico. Os ministros entenderamque o fato de a ofendida ser menor de idadenão interfere na concessão da reparação.

A Geap e a Clínica Radiológica Dr. Lauro

Criança de três anos tem direitoCoutinho Ltda. (conveniada) negaram-se arealizar o exame radiológico da menor LC. Afamília acionou a Justiça. O juízo de primeirograu condenou as empresas a pagar indeniza-ção de R$ 4 mil por dano moral. Na apela-ção, o TJ-RJ cancelou a condenação por en-tender que “criança de três anos não é capazde sofrer dano moral”.

A famíl ia recorreu ao STJ, comêxito.(RESP 1037759)B

Internet

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8 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO MAIO DE 2010

DIREITO DE FAMÍLIA - 2

O fim de um procedimento burocrático

GLADYS MALUF CHAMMA*

Seguindo a tendênciados legisladores emcriar projetos de leicom o objetivo de“desburocratizar”todas as formas de ju-

risdição voluntária, que são aquelas ondepartes consensualmente estipulam di-reitos e obrigações entre si, o senadorAluísio Mercadante (PT-SP) propôs

novo projeto, para que a habilitação docasamento passe ser feita diretamentepelos interessados através da internet esem a intervenção de qualquer órgão pú-blico, especialmente nos Cartórios deRegistro Civil das Pessoas Naturais, quesão os responsáveis pela tramitação doprocesso e pelo registro de casamento.

Hoje, para dar início ao processo dehabilitação de casamento, os interes-sados ainda precisam, de acordo com oque dispõe o artigo 1.525 do CódigoCivil, preencher e assinar requerimentoinformativo com os dados pessoais. Issoporque é necessário constatar se aspartes possuem idade para se casar,caso contrário, há que ter a autorizaçãodos responsáveis , e se o casal quer ma-nifestar a intenção de acrescer ou nãoo sobrenome do outro, ou ainda se pre-tende estipular o regime de bens daunião, que deve ser precedido de escri-tura pública de pacto antenupcial lavra-

da em Cartório de Notas.De acordo com o que também deter-

mina o artigo 1.526 do Código Civil, osinteressados têm que apresentar decla-ração de duas testemunhas que ates-tem que as partes não têm qualquer im-pedimento para a união, dentre outrosrequisitos legais exigidos.

Todos esses atos devem ser efetu-ados junto ao Cartório de Registro Ci-vil das Pessoas Naturais, no endere-ço residencial de um dos nubentes,para que o oficial de registro civil pro-ceda a análise. Apresentados todos osdocumentos e autuado o pedido dehabilitação de casamento, estes de-verão permanecer por 15 dias afixa-dos em local ostensivo de sua serven-tia, de acordo com o artigo 1.527 doCódigo Civil.

Tem ainda o oficial de registro civil,a responsabilidade de esclarecer osnubentes a respeito dos fatos que po-dem ocasionar a invalidade do casa-mento (artigo 1.528 do Código Civil).

Durante o processo da habilitaçãode casamento, decorrido o prazo deedital de proclamas, o oficial do regis-tro civil deverá certificar nos autos aregularidade de todos os papéis e do-cumentos, antes da remessa ao Minis-tério Público, para o parecer favorávela ser encaminhado para o juiz quehomologará o processo de habilitaçãode casamento, caso este entenda quetodas as formalidades estão preenchi-das no processo.

Por fim, resta dizer que a eficácia dahabilitação de casamento será de 90dias, a contar da data em que foi extra-ído o certificado (artigo 1.532 do Có-digo Civil Brasileiro).

Através do novo projeto de “desbu-rocracratização” da habilitação de ca-samento, apresentado pelo senadorMercadante, os nubentes interessadosnão perderão dias ou horas com os pro-cedimentos exigidos para serem habi-

litados para o casamento. A possibili-dade de utilização da internet, a ferra-menta tecnológica mais rápida e efi-caz dos dias de hoje, permitirá aosnoivos que a comunicação e os proce-dimentos sejam efetuados diretamenteao Cartório de Registro Civil e dasPessoas Naturais competente.

É certo que os Cartórios de RegistroCivil e das Pessoas Naturais terão decriar e disponibilizar em seus sites umsoftware específico para tal projeto,facilitando aos nubentes interessadoso devido acesso para realização dosprocedimentos legais, desde o preen-chimento dos requerimentos, até o en-caminhamento direto das declaraçõesdas testemunhas, criando, inclusive,acesso público e especial com as in-formações das publicações dos editais.

Todo o procedimento para a habili-tação de casamento via internet, semdúvida, deverá ser acompanhado decódigo de segurança e/ou senha, des-de seu início até sua expedição, a fimde evitar eventuais atos ilícitos. E, poroutro lado, para garantir a segurançado procedimento da habilitação de ca-samento pela internet, os Cartórios deRegistro Civil e das Pessoas Naturaiscriarão links para informação de da-dos dos demais cartórios; com outrosórgãos, como a Imprensa Oficial, Car-tório No-tarial, Receita Federal, den-tre outros.

Todo o projeto incentiva e colaboracom a inclusão definitiva do cidadãobrasileiro na era digital, na qual a cer-tificação eletrônica que autentica a as-sinatura digital já tem sido cada vez maisutilizada. Coloca fim a mais um proce-dimento burocrático desnecessário,qual seja, a obrigatoriedade das já ar-caicas assinaturas com firmas reconhe-cidas manualmente pelos cartórios.B

*Advogada, especializada em Direito de Família.

Habilitação de casamento pela internet

EUCLIDES DE OLIVEIRA*

casamento exige nãoapenas o amor que uneas pessoas para um pro-jeto de vida a dois. An-tes do “sim”, declara-do com ênfase na hora

da celebração, é preciso que se cumprauma série de formalidades burocráticaspara comprovar que os noivos têm ca-

pacidade e que não existem impedimen-tos para a sua união legal.

É a fase de habilitação para o casamen-to, realizada perante o oficial do RegistroCivil do domicílio de um dos noivos, medi-ante requerimento, apresentação de do-cumentos e duas testemunhas. Segue-sea publicação de editais, também chama-dos de proclamas. Só depois, não haven-do impugnação, é que as pessoas estarãoprontas para o tão sonhado casamento civil.

Essa ida ao cartório poderá ser evi-tada, facilitando os trâmites burocráti-cos, mediante o requerimento da habi-litação pela internet. É o que visa oProjeto de Lei n° 386/2009, aprovadona Comissão de Constituição e Justiçado Senado e que ainda depende deaprovação na Câmara. A proposta é de

inclusão de parágrafo único no artigo 1.525do Código Civil, para permitir essa formade procedimento menos burocrático, evi-tando a perda de tempo do compareci-mento pessoal dos noivos ao cartório.

Trata-se de valorizar o instrumento dainternet, de largo uso na via judicial parapetições, recursos e outros atos, nostermos da Lei Federal n° 11.419, de 19/12/2006, por meio de assinatura eletrô-nica e o necessário cadastro perante osórgãos de administração da Justiça.

Na mesma linha de simplificação nosprocedimentos, a recente Lei n° 12.133,de 17/12/2009, alterou a redação doartigo 1.526 do Código Civil, ao afastara regra de que a habilitação para ocasamento tinha que ser submetida àhomologação judicial. Com o novo tex-

to, que restaura o sistema adotado noantigo Código Civil, a habilitação ne-cessita apenas de visto do MinistérioPúblico, somente indo à decisão do juizcorregedor do Registro Civil nos casosem que haja impugnação ao pedido porparte do oficial, do promotor ou de terceiro.

Estamos em plena era digital — novostempos, de maior rapidez, eficiência e con-forto para o cumprimento dos atos na vidafamiliar e social. A medida agora em discus-são no Congresso visa incrementar o usodos modernos meios de comunicação pelarede de computadores, para facilitar a vidadas pessoas e diminuir a montanha de pa-péis no difícil mundo da burocraciaoficial.B

O*Advogado em São Paulo.

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9MAIO DE 2010 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

INFORME PUBLICITÁRIO

O jurista Ives Gandra Martins defen-deu o presidente da OAB SP, Luiz FlávioBorges D´Urso, de críticas expressaspela União dos Advogados Públicos doBrasil (Unafe) em Nota Pública. Segun-do Gandra, as declarações de D’Ursosobre o Projeto de Lei 5080/09 são per-tinentes. De acordo com Ives Gandra,afastar juízes para acelerar execuçõesprévias é dizer que o Judiciário benefi-

A OAB SP e a Caasp firmaram no dia9 de abril convênio com a Aliança France-sa para oferecer aos advogados na cida-de de São Paulo descontos em cursosregulares (25%) e em cursos que serãopromovidos dentro da própria seccional.

“Inegavelmente essa nova iniciati-va da Ordem e da Caixa trará be-nefícios financeiros aos advogados,uma vez que poderão aprender ouaperfeiçoar essa língua que é impor-tante para o exercício da Advocaciajunto à empresas francesas numa ex-celente escola, a Aliança Francesa,tradicional, em condições muito favo-ráveis, com descontos expressivos”,ressalta o presidente Luiz Flávio Bor-ges D´Urso.

Pelo convênio, a Aliança Francesapode se associar também à OAB SPpara outras atividades, disponibilizan-do sua infraestrutura, como teatros eauditórios e seus meios de comunica-ção. “Acertamos com o ConsuladoFrancês e a Aliança Francesa a reali-zação de uma Mostra permanente nas

Ives Gandra rIves Gandra rIves Gandra rIves Gandra rIves Gandra rebate nota da Unafeebate nota da Unafeebate nota da Unafeebate nota da Unafeebate nota da Unafecia presumíveis grandes devedores daFazenda, delegando aos procuradoresfunções judicantes.

“Nada mais lógico que a OAB SP, quedeve preservar a Advocacia, alerte osprocuradores de que devem combatero PL. Em nome do Conselho Superior deDireito da Fecomércio, dou ao presiden-te da OAB SP o apoio dos advogadosdo Estado”, ressaltou Ives.

O presidente da OAB SP, Luiz Flá-vio Borges D’Urso, questionou, emnota pública, o Projeto de Lei 217/09, em tramitação na AssembleiaLegislativa, que muda de três paraquase cinco salários mínimos o limi-te para assistência jurídica gratuita.

Segundo D´Urso, a mudança irásobrecarregar a assistência jurídi-ca aos carentes. “Atenderemos aquem não necessita, à custa de im-postos que financiam o serviço aosreais necessitados, seja da Defen-soria Pública ou do Convênio de As-sistência Judiciária, celebrado coma OAB SP”, enfatizou.

FFFFFrancês com descontorancês com descontorancês com descontorancês com descontorancês com descontoO convênio OAB SP/Caasp/Aliança Francesa permitirá descontos de 25%.

Mais de 600 advogados participarãocomo mesários voluntários em presídios doEstado, cumprindo Resolução nº 23.219,do Tribunal Superior Eleitoral, que prevê ovoto do preso provisório no Estado.

“A iniciativa do TSE é muito bené-fica para o resgate da cidadania dosdetentos, além de ser um direito de-les. O voto dos presos provisórios,sem condenação definitiva, está pre-visto na Constituição Federal. Portan-to, essa resolução do Tribunal é bem-

Mudança no critério de carenteMudança no critério de carenteMudança no critério de carenteMudança no critério de carenteMudança no critério de carenteO critério atual para atendimento

são R$ 1.530,00 mensais, que certa-mente não são indignos. A FGV clas-sifica como classe média domicílioscom renda acima de R$ 1.064,00 e aretomada do crescimento econômicoaumentará a classe média.

“Ainda assim, o PL prevê limitede R$ 2.325,00 para a assistência,a ser ajustado pela variação do sa-lário mínimo, acumulando ganhosacima da inflação. Com o projeto, oEstado irá patrocinar uma distorçãoe gerar uma demanda inexequível deacesso à Justiça”, adverte o presi-dente da OAB SP.

VVVVVoto do proto do proto do proto do proto do preso preso preso preso preso provisórioovisórioovisórioovisórioovisóriovinda e a OAB SP vai colaborar paraviabilizar este voto inédito em SãoPaulo”, afirmou o presidente da OABSP, Luiz Flávio Borges D’Urso.

O processo de voluntariado dentro daOrdem paulista vem sendo coordenadopelo conselheiro seccional Marcelo Sam-paio Soares, presidente da Comissão deImplantação pelo Voto do Preso Provisó-rio. Nesse sentido, a OAB SP assinoucom o TRE-SP um Termo de Convênio deCooperação Técnica e Parceria.

Divulgação

unidades da Aliança das campanhasque a OAB SP promove voltadas paraa cidadania. São passos que vão seaperfeiçoando nessa relação que seestreita, dia a dia”, ressalta o presi-dente da OAB SP.

Estágio Estágio Estágio Estágio EstágioA OAB SP, de acordo com a Con-

venção de Cooperação com a Ordemdos Advogados de Paris e a Embai-xada Francesa, abriu de 19 a 30 deabril inscrições para o exame de sele-ção de dois advogados que estagia-rão na Ordem dos Advogados de Pa-ris. O curso acontecerá entre 1 deoutubro e 26 de novembro. Em suaprimeira fase, o estágio acontecerá naÉcole de Formation du Burreau, Es-cola de Formação da Ordem dos Ad-vogados de Paris, e será focado naprática de procedimentos de DireitoCivil, Penal e Comercial. Numa segun-da etapa, os advogados farão está-gio em um escritório de advocaciafrancês.

Ordem defende diálogo contra greveOrdem defende diálogo contra greveOrdem defende diálogo contra greveOrdem defende diálogo contra greveOrdem defende diálogo contra greveA OAB SP divulgou Nota Ofi-

cial defendendo um diálogo entreo Tribunal de Justiça de São Pau-lo e as entidades de serventuári-os para evitar a paralisação doJudiciário, mesmo que parcial-mente. Para a Ordem, a greve trazdanos à cidadania e à Advocacia.

Na nota, a OAB SP apóia asreivindicações dos serventuáriosda Justiça paulista, mas classi-fica como lamentável a decisão dos servidores do Judiciário deSão Paulo de iniciar uma parali-sação por tempo indeterminadoe apela para que as entidadesrepresentativas dos funcionários,o Tribunal de Justiça de São Pau-lo, os parlamentares e o governo doEstado unam forças na buscade alternativas que evitem essagreve, mesmo que parcial, da Justi-ça paulista.

Segundo a nota, as reivindica-

ções dos servidores da Justiçapor reposição salarial e melhorescondições de trabalho são justas,bem como a luta para a aprova-ção do projeto de Lei Comple-mentar 43/2005, que institui umplano de cargos e carreiras, plei-tos que a OAB SP encampa eapóia, mas a Ordem dos Advo-gados paulista é contra a parali-sação.

Na nota, a Ordem relembraque episódios anteriores atestamque a greve não é uma alterna-tiva viável porque gera danosquase irreparáveis para os cida-dãos e para todos os operado-res do Direito, com o adiamentoda apreciação judicial das de-mandas dos cidadãos, com asuspensão dos prazos, audiênci-as e julgamentos e em prejuízode inúmeras medidas judiciais,muitas delas urgentes.

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10 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO MAIO DE 2010

INFORME PUBLICITÁRIO

A pedido da OAB SP, o ConselhoFederal da OAB ingressou no Supre-mo Tribunal Federal (STF) com AçãoDireta de Inconstitucionalidade (Adin),questionando os artigos 10, parágra-fos 1º e 3º, e 28, da Lei 10705/00, eo artigo 23, inciso I, do Decreto46655/02, do Estado de São Paulo,que regulamentam a cobrança no Es-tado do Imposto sobre TransmissãoCausa Mortis e de Doação de Quais-quer Bens ou Direitos (ITCMD).

Na ação, cujo relator é o ministroJoaquim Barbosa, a Ordem argumen-ta que as normas violam os artigos22, inciso I, e 24, parágrafo 4º, daConstituição Federal, que definemcomo de competência privativa daUnião legislar sobre processo civil.Além disso, as normas paulistas teri-am imposto graves entraves burocrá-ticos, principalmente aos advogados,inserindo a figura do procurador doEstado nos processos de arrolamen-to e inventário.

OOOOOAB ingrAB ingrAB ingrAB ingrAB ingressa com ADIN contra criação deessa com ADIN contra criação deessa com ADIN contra criação deessa com ADIN contra criação deessa com ADIN contra criação deimpostos em primpostos em primpostos em primpostos em primpostos em processos de inventário em SPocessos de inventário em SPocessos de inventário em SPocessos de inventário em SPocessos de inventário em SP

O prédio da Rua Tabatinguera abriga cerca de 800 advogados e instituições jurídicas

Divulgação

A seccional e a subsecção de Santo Amaro se empe-nharam pela aprovação na Assembléia Legislativa doProjeto de Lei Complementar 21/09, que cria os forosdistritais da Capela do Socorro e do M´Boi Mirim. “Foiuma vitória da Advocacia, dos demais operadores doDireito e do jurisdicionado”, comemorou o presidente aOAB SP, Luiz Flávio Borges D´Urso.

São Paulo possui 12 foros distritais, sendo queSanto Amaro concentra 43% dos processos em trami-tação na Capital, abrangendo uma população de maisde 3 milhões de habitantes. “Vimos desde o ano pas-sado, juntamente com a subsecção de Santo Amaro,

A OAB SP assinou no dia 20 deabril Termo de Cooperação com oConselho Nacional de Justiça parainstalação de Casas de Justiça e Ci-dadania no Estado de São Paulo, quevão oferecer capacitação profissionale assistência judiciária gratuitas. Par-ticiparam do acordo o Tribunal de Jus-tiça de São Paulo, Tribunal Regionalda 2ª Região, Tribunal Regional do Tra-balho da 15ª região (Campinas), Tri-bunal Regional Eleitoral, Ministério Pú-blico e Defensoria Pública. A OAB SPfoi representada pelo vice-presiden-te Marcos da Costa.

Cooperação com o CNJCooperação com o CNJCooperação com o CNJCooperação com o CNJCooperação com o CNJ

Os transtornos causados nos fó-runs do Estado pela transferênciadas operações da Nossa Caixa parao Banco do Brasil (BB) levaram aOAB SP e o BB a criar um Grupo deTrabalho para analisar o caso. A OABSP pediu estudos sobre viabilidadede pagamentos por código de barrae internet, e sobre a instalação depostos bancários nos fóruns deAguaí, Guaíra, Monte Azul Paulista,Pitangueiras e Pindamonhangaba.Segundo o BB, os transtornos sedevem à transição não só da marca,mas de cultura, sistema, processo esegurança.

Grupo de TGrupo de TGrupo de TGrupo de TGrupo de Trabalhorabalhorabalhorabalhorabalho

FFFFForororororos distritais de Capela do Socorros distritais de Capela do Socorros distritais de Capela do Socorros distritais de Capela do Socorros distritais de Capela do Socorro e M’Boi Mirimo e M’Boi Mirimo e M’Boi Mirimo e M’Boi Mirimo e M’Boi Mirimfazendo um trabalho no sentido de sensibilizar o Legis-lativo estadual sobre a necessidade premente da cria-ção desses dois novos foros regionais”, ressalta Mar-cos da Costa.

Para Cláudio Schefer, presidente da subsecção de San-to Amaro, os números falam por si só. “Enquanto temos11 foros para tratar de 57% dos processos em tramita-ção na Capital, temos um único foro (Santo Amaro) con-centrando 43% dos processos. “Com a divisão teremosCapela do Socorro com 13 Varas para atender uma po-pulação de 800 mil pessoas e do M´Boi Mirim com 9Varas para atender 600 mil pessoas”, afirmou.

A atuação da OAB SP foi funda-mental para que o Tribunal de Justi-ça do Estado de São Paulo (TJ-SP)desistisse do pedido de desapropria-ção do edifício situado à Rua Taba-tinguera, 140, que abriga cerca de800 advogados e instituições jurídi-cas, para instalar seus setores de

TJ-SP desiste de desapropriar prédioTJ-SP desiste de desapropriar prédioTJ-SP desiste de desapropriar prédioTJ-SP desiste de desapropriar prédioTJ-SP desiste de desapropriar prédiorecursos humanos e de administra-ção. A avaliação é do conselheiroseccional, Darmy Mendonça, presi-dente da Comissão do Advogado Assalariado da OAB SP, que organi-zou as reuniões entre a diretoria daOrdem e os advogados do prédio.

Para o presidente da OAB SP, Luiz

Flávio Borges D´Urso, a cúpula doTJ-SP foi sensível aos apelos daAdvocacia para buscar outro imóvel,uma vez que a desapropriação do edi-fício traria um impacto enorme sobreo exercício profissional de centenasde advogados, alguns com mais de30 anos naquele endereço.

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11MAIO DE 2010 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

Antonio PenteadoMendonça*

recente aprovaçãoda nova lei de saúdepelo Congresso dosEstados Unidos ofe-rece diferentes leitu-ras, envolvendo dife-

rentes aspectos técnicos e políticos.Além delas, oferece material para a dis-cussão do futuro da saúde pública, combase nos modelos implantados pelasnações mais engajadas na qualidadede vida de suas populações, numacomparação com o Brasil, e outrospaíses onde a qualidade dos serviçossociais ainda não é tão elevada.

Como o que nos interessa é a realida-de brasileira e, dentro dela, os cenáriospossíveis para o setor público e para ainiciativa privada, nos ateremos a sali-entar as principais diferenças entre osdois sistemas, sem emitir juízo de valor,porque, seja ele qual for, não exprimiráuma verdade absoluta, na medida em queé impossível a quantificação qualitativados modelos empregados por nações comrealidades sociais e legais diferentes.

Os dois maiores desafios de qual-quer sociedade organizada são conse-quência do aumento da expectativa devida de suas populações. Na medidaem que longevidade significa mais gen-te consumindo recursos por mais tem-po, aposentadoria e saúde pública sãoas duas áreas sociais mais afetadaspelo fenômeno e, portanto, as que re-querem mais atenção por parte dos go-vernos. Como os recursos nacionaissão limitados e não crescem na mes-ma velocidade dos custos com saúdee manutenção da qualidade de vidamédia das populações, a capacidade deinvestimento do poder público tem sidoquestionada como a melhor solução paratratar estes problemas, inclusive em na-ções com forte viés social, caso de bomnúmero de países europeus que repen-sa sua Previdência Social, através dainclusão da iniciativa privada na equa-ção e as vantagens da divisão destasresponsabilidades com ela.

O modelo de saúde norte-america-no, ainda que custando dois trilhões dedólares anuais, deixava quase 50 mi-lhões de cidadãos à margem de qual-quer custeio de suas necessidades desaúde, tanto pelo setor público, quan-to pela iniciativa privada.

A nova lei veio corrigir esta distor-ção e obriga todo cidadão, num prazode quatro anos, a ter um plano de saú-de, seja público ou privado. Por outrolado, na medida em que a saúde públi-ca pode ser suportada pelo governo oupela iniciativa privada, a lei veda apossibilidade das seguradoras recusa-rem casos de pré-existência, sendo

Comparação necessáriaobrigadas a segurarem todos os queas procurem para contratar seu planode saúde. A contrapartida é que o pre-ço do seguro é livre e cada companhiapode tarifar seus riscos da forma maisconveniente para ela.

O desenho constitucional brasileiroé completamente diferente. E, com basenele, todo cidadão tem direito a assis-tência à saúde, de forma integral e ili-mitadamente, que deve ser provida pelopoder público, cabendo à iniciativa pri-vada atuar suplementarmente a ele.

Quer dizer, enquanto nos EstadosUnidos poder público e iniciativa pri-vada são parceiros com as mesmas res-ponsabilidades, no Brasil isto não ocor-re. Aqui, cabe ao governo prover inte-gralmente as necessidades de saúdeda população, o que é feito através doSUS; e à iniciativa privada, atuar com-plementarmente a ele, o que é feitoatravés dos planos de saúde privadose de uma extensa rede de organiza-ções filantrópicas.

Este desenho acaba de ser reforça-do por importante decisão do Supre-mo Tribunal Federal, que determinouque o Estado não pode se furtar defornecer qualquer tipo de tratamento,com a justificativa de que não está norol dos procedimentos cobertos.

É uma decisão com profundas con-sequências para o aumento do custoda manutenção da saúde pública, masabsolutamente inserida no espírito dotexto constitucional brasileiro, que, aocontrário da legislação britânica sobrea matéria, não limita o atendimentopúblico à saúde a um rol de procedi-mentos pré-estabelecidos.

No Brasil, a questão que se colocaé até onde as operadoras privadas têmcondições de suportar a pressão para oaumento de suas responsabilidades emfunção das limitações orçamentárias dopoder público. Atualmente, o País dis-põe de algo próximo a 120 bilhões dereais anuais para serem gastos com saú-de. 60% deste total já é gerado pelasoperadoras privadas, que, todavia,atendem parcialmente apenas algo pró-ximo a um quarto da população.

Se for para o setor privado atendertodas as necessidades de saúde deseus segurados, é indispensável aadoção de algumas medidas essenci-ais para o novo desenho funcionar. Aprimeira é a alteração da Constituição.E a segunda, a liberação do preço dosplanos privados para fazerem frente auma realidade muito mais cara.B

*Advogado, sócio de Penteado Mendonça Ad-vocacia, professor da FIA-FEA/USP e do PEC daFundação Getúlio Vargas.

A

SEGUROS

Terceira Turma doSTJ deu provimentoao recurso da MitsuiMarine e Kyoei FireSeguros S.A. e deter-minou que um estaci-

onamento pague à companhia indeniza-ção por dano material, devido ao roubode um automóvel. A ministra e relatora,Nancy Andrighi, disse que o estaciona-mento deve ser visto como causador dodano, ainda que indireto.

A Mitsui e Kyoei ajuizou ação con-tra Antonio José S. S. Almeida, pro-prietário do estacionamento, pedin-do indenização por dano material.Sustentou ter pago o valor do auto-móvel à segurada e pediu para serressarcida pelo estacionamento,“por ele ser causador do dano”. De-

Estacionamento deveindenizar seguradora

nunciou à lide a Real Previdência eSeguros, com quem firmou contratocom “cobertura de responsabilidadecivil garagista”.

O juízo de primeiro grau condenou aReal a pagar à Mitsui e Kyoei o valordo carro (R$ 42.570,00) mais correçãomonetária. Na apelação, o TJ-SP re-formou a decisão por entender que“roubo do veículo no interior do esta-cionamento encerra caso fortuito quedetermina a não incidência da respon-sabilidade civil”.

A Mitsui e Kyoei recorreu ao STJ,com sucesso. Segundo a relatora, oestacionamento é responsável pelaguarda e conservação dos veículos,devendo, por isso, “dotar o local desistema de vigilância adequado”.(RESP 976531)B

A

Terceira Turma do STJ consi-derou válida a limitação da

cobertura do seguro do contrato fir-mado entre a Sul América Cia. Naci-onal de Seguros e o Varejão SãoPaulo Frutas e Legumes Ltda..

No seguro contratado pelo Varejãofoi estipulado o limite da indenizaçãoem R$ 30 mil, em caso de “roubo dedinheiro e cheque”, mas no parágrafo“condições gerais” consta a rubricaque determina que quando o chequeestiver “em poder de portadores” ovalor é de R$ 2 mil. Considerando queos valores roubados estavam em po-der de portador, a seguradora aplicouo disposto nas “condições gerais”.

Contrato pode limitar coberturaO segurado impetrou ação, jul-

gada procedente pelo Tribunal de Al-çada do Estado de Minas Gerais (TJ-MG), que entendeu que se existisseoutro fator que reduzisse o teto deR$ 30 mil, este deveria estar regis-trado na apólice e não em “condi-ções gerais”.

A Sul América recorreu ao STJ,com sucesso. De acordo com odesembargador convocado e relator,Vasco Della Giustina, a apólice não écontrato, mas instrumento que evi-dencia o contrato, motivo pelo qual acláusula restritiva de cobertura deveser levada em consideração. (RESP595089)B

A

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12 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO MAIO DE 2010

HIC ET NUNC

PERCIVAL DE SOUZA*

*Especial para o “Tribuna”.

Libertado para matar

RASÍLIA – A periculosidade é um conceito sócio-criminal vinculado ao de perigo,que pode ser definido como probabilidade de dano pessoal ou social. Um estado

biológico com repercussões legais. Mas explicar o inexplicável fica impossível, no lamen-tável episódio em que um pedreiro de Luziânia atacou, sistematicamente, seis pessoas —entre 13 e 19 anos — para estuprá-las e matá-las a golpes de pau. Ele já havia sido pre-so por estuprar dois adolescentes. Condenado a 14 anos de prisão, cumpriu quatro e foicolocado em regime semiaberto em dezembro. Imediatamente, voltou a agir. Diante dareação estupefata da população, o TJ-DF apressou-se em divulgar uma nota oficial, la-vando as mãos diante da soltura, porque pífios relatórios de psicólogos informavam queo pedreiro mostrava “polidez” e “coerência de pensamento” ao ser entrevistado, sendoaprovado em avaliação psicossocial. Os dois simplórios argumentos para uma avaliaçãoque deveria ser psiquiátrica e não psicológica mostram o grau de burocracia e de auto-matismo que funcionam como um “abre-te sézamo” nos presídios. Ao contrário dessecritério irresponsavelmente tosco, a polícia investigou casos anteriores de abusos sexu-ais na região e chegou ao nome do recém-libertado, que por sinal presenteava familiarescom objetos roubados das vítimas. Foi o fio da meada com provas insofismáveis. É la-mentável o sistema penitenciário e a Justiça brasileira engolirem esse absurdo em formade “laudo” e “decisão judicial”. Não há critério científico algum. Se o sistema estivessecerto, não seria necessária a figura do juiz: bastaria um robô sendo alimentado por umaplanilha fazendo contas para determinar quem “tem direito” a progressão de pena.Como de praxe, ninguém vai pedir perdão às famílias das vítimas. “Infelizmente, não hácomo antever que certos condenados irão cometer atos graves”, escreveu o Pilatos deplantão na Vara de Execuções Penais. Mas a responsabilidade do Estado é direta, irre-versível. O pedreiro matou seis. Mas com ajudas complacentes.

STF invadidoPouca gente ficou sabendo, mas um ho-

mem invadiu sessão plenária do SupremoTribunal Federal e começou a berrar, ocu-pando a tribuna reservada aos advogados,dizendo que pretendia “fazer uma denún-cia”. Naquele momento, o ministro MarcoAurélio Melo pronunciava seu voto, quandoseguranças da Corte arrastaram o homempara fora, provocando a interrupção da ses-são. “Fico sem saber se a denúncia seriacontra mim ou não”, brincou o ministro. Jádo lado de fora, o invasor dizia que se for-mou em Direito em 2004, mas não conse-guia trabalho porque os escritórios de Ad-vocacia teriam preferência por parentes deministros. “Bando de safados! Nepotis-tas!”, gritava.

Jânio está vivoJânio Quadros era prefeito de São Paulo

em 1987 quando promoveu um show no es-tádio do Pacaembu com a cantora TinaTurner. O fato resultou numa ação por im-probidade administrativa. O prefeito distri-buiu ingressos além da conta e a prefeiturateve de pagar a diferença. Em 2001,nagestão Marta Suplicy, a prefeitura tentoucobrar a dívida do espólio do ex-presidenteda República. O defensor do espólio é o ad-vogado Edson Vidigal, ex-presidente doSTJ: “Ele morreu na pobreza. Gastou tudoo que tinha no tratamento de câncer da es-posa.” A prefeitura não recuou: “As açõespara ressarcimento do Erário são impres-critíveis.” A relatora do processo, ministraEliana Calmon, do STJ, disse que a ação é“um absurdo, uma bobagem, uma loucu-ra”. Segundo a ministra, “trata-se de meraação de cobrança”. A ação foi ajuizada 14anos após o show. Apesar de tudo, a prefei-

B

tura de São Paulo recorreu. O ministroHerman Benjamin pediu vista.

Ministros ausentesMinistros ausentesMinistros ausentesMinistros ausentesMinistros ausentesAo longo de 2009, o Supremo Tri-

bunal Federal realizou 77 sessões. Em26 delas, todos os ministros estavampresentes. Nas outras, pelo menos umestava ausente. Estão excluídos doscálculos os faltosos por licença médica.Quórum completo, apenas em 53,8%das sessões, conforme se pode consta-tar nas atas do plenário publicadas no“Diário da Justiça”. Os únicos que es-tavam em todas as sessões foram Cár-men Lúcia e Marco Aurélio Mello. Oregimento interno da Corte exige apresença de pelo menos oito ministrosquando os temas de julgamento sãoconstitucionais.

Pobre mulheresGente humilde nem sabe o que quer di-

zer “representação”. Nem tem dinheiropara pagar defensor. Assim, fornadas depizza foram acesas diante das lesões cor-porais de natureza leve que vitimam mu-lheres no ambiente doméstico. A Lei Ma-ria da Penha se transforma parcialmenteem lei de suaves intenções: a 3ª Seção doSuperior Tribunal de Justiça decidiu que énecessária a representação para que sejaproposta ação penal nessas circunstâncias.O parecer do relator, Napoleão NunesMaia Filho, não foi acolhido ao sustentarque não há incompatibilidade em se adotaração penal pública incondicionada sem au-torização da parte interessada. B

CURSOS SEMINÁRIOSAAAAADVOGADOSDVOGADOSDVOGADOSDVOGADOSDVOGADOS — — — — — O Rio de Janeiro será sede

da XLVI Conferência da Federação Interame-ricana de Advogados (FIA), e que terá comotema “A visão do Direito sobre a economiamundial e as implicações nas economias regio-nais”, de 15 a 19 de junho, das 9 às 18h30,no Hotel Sheraton (Avenida Niemayer, 121,Leblon). Informações pelos telefones (0xx21)2509-5399; 8111-1097 e 8181-4459.

CCCCCAPACITAÇÃOAPACITAÇÃOAPACITAÇÃOAPACITAÇÃOAPACITAÇÃO J J J J JURÍDICAURÍDICAURÍDICAURÍDICAURÍDICA — — — — — O Curso JurisNewsletter oferece até julho aulas de “Ca-pacitação Jurídica e Pós-Graduação”pela internet, ao vivo e grátis. As aulas de se-gunda a sexta-feira, das 19 às 22h15. Ofe-rece, também, curso presencial a partir dodia 3. Informações pelo telefone (0xx62)3942-0038 ou www.cursojuris.com.br

CCCCCORREIOORREIOORREIOORREIOORREIO E E E E ELETRÔNICOLETRÔNICOLETRÔNICOLETRÔNICOLETRÔNICO — — — — — O Canal Executivo(Rua Adolfo Tabacow, 144, Itaim, São Pau-lo) realiza dia 5 o treinamento “O uso doCorreio eletrônico no Ambiente de Trabalhoe as últimas decisões do TST”. Informaçõespelo telefone (0xx11) 3513-9600.

DDDDDIREITOIREITOIREITOIREITOIREITO GV— GV— GV— GV— GV— A Escola de Direito da Fun-dação Getúlio Vargas Rio aceita até dia 12inscrições para o segundo semestre de 2010.A prova será realizada no dia 6 de junho. In-formações pelo telefone 0800 770 0423.

DDDDDIREITOIREITOIREITOIREITOIREITO EEEEE G G G G GESTÃOESTÃOESTÃOESTÃOESTÃO T T T T TRIBUTÁRIARIBUTÁRIARIBUTÁRIARIBUTÁRIARIBUTÁRIA — — — — — O Instituto Naci-onal de Pós Graduação está oferecendo cursos depós-graduação em Direito e Gestão Tributária emAraraquara, Campinas, Limeira e Piracicaba. Ocurso, em 18 meses, é de 386 horas/aula . Infor-mações e inscrições pelos telefones (0xx16)3331-2323 ou [email protected],(0xx19) 2102-5656 ou [email protected],(0xx19) 3452-2686 ou [email protected] e(0xx19) 3402-2644 ou [email protected].

DDDDDIREITOIREITOIREITOIREITOIREITO DODODODODO T T T T TRABALHORABALHORABALHORABALHORABALHO — — — — — A A A A A Academia de De-senvolvimento Profissional e Organizacional(ADPO), promove dia promove dia promove dia promove dia promove dia 5 , evento sobre Direitodo Trabalho, com apresentações em São Pau-lo sobre monitoramento de e-mail no ambientede trabalho, CLT flex, ponto eletrônico e aterceirização. Informações e inscrições emwww.adpo.com.br., ou (0xx11) 3031-6777.

GGGGGESTÃOESTÃOESTÃOESTÃOESTÃO — A FGV realiza dia 21, das8h30 às 18 horas, no Blue Tree Towers(Morumbi, São Paulo) o I Congresso do Fó-rum de Departamentos Jurídicos (Fdjur)com o tema “Sistemas Gerenciais para De-

partamentos Jurídicos”, com a participaçãode representantes da FGV-Eaesp, GrupoPepsico, Urfj/Coppe, Nextel, Whirlpool eEditora Abril. Informações em (0xx11)3683-7017.

JJJJJORNADAORNADAORNADAORNADAORNADA DEDEDEDEDE T T T T TRABALHORABALHORABALHORABALHORABALHO — — — — — A Academia Nacio-nal de Direito do Trabalho (Andt) promove dia14, das 9 às 12 horas, no salão nobre da Fa-culdade de Direito da USP (Largo São Fran-cisco, 95, São Paulo), o seminário “ Reduçãoda Jornada de Trabalho: Impactos Jurídicos eEconômicos”. Informações em (Oxx11)3392-4996.

JJJJJUSTIÇAUSTIÇAUSTIÇAUSTIÇAUSTIÇA – – – – – O TJ - SP e a Academia Paulis-ta de Magistrados realizam de 13 a 15, das9 às 17 horas, o “Fórum Internacional deJustiça 2010” (FORJVS 2010), na Federa-ção das Indústrias do Estado de São Paulo(Fiesp) (Avenida Paulista, 1313, São Pau-lo). Informações em (0xx11) 3032-6590.

JJJJJUVENTUDEUVENTUDEUVENTUDEUVENTUDEUVENTUDE — — — — — A Associação Brasileira deMagistrados, Promotores de Justiça e De-fensores Públicos da Infância e Juventude(Abmp), com apoio do Instituto C&A, pro-move de 5 a 7, no Centro de ConvençõesUlysses Guimarães (Eixo Monumental, Bra-sília), o 23° Congresso da Abpm. Informa-ções em (0xx11) 3147-7406/7421 e 7912.

OUVIDORIA MUNICIPAL — A Diálogo Público pro-move, dia 5, das 9 às 18 horas, no auditório Fipe(Alameda Casa Branca, 35, 4°, São Paulo) o trei-namento “Ouvidoria municipal, os quatros desafiospara o sucesso”. Informações em (0xx11) 2281-9643 ou www.dialogopublico.com.br.

“P“P“P“P“PACOTEACOTEACOTEACOTEACOTE C C C C CAMBIALAMBIALAMBIALAMBIALAMBIAL” — A Spot Training promovedia 17, das 9 às 18 horas, no Império Eventos(Avenida Brigadeiro Luis Antônio 2.482, 3°, cj.32,São Paulo) o treinamento “Atualização de Câmbio,Importação, Exportação e Remessas Financeiras”.Informações em (0xx11) 2672-4301, 2674-6464/9082 ou [email protected]

TRABALHO — “Direitos Fundamentais nasRelações de Trabalho” é o tema do debate aser realizado dia 17, às 18h30, na sede doInstituto Brasileiro de Direito Social Cesari-no Junior (Avenida Paulista, 726, 1° andar,cjto. 102), com a participação dos professoresArion Sayão Romita, Marly A. Cardone e Re-nato Rua de Almeida. Inscrições gratuitaspelo site www.institutocesarinojunior.org.br.Número limitado de vagas.B

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13MAIO DE 2010 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

A Associação Comercial deSão Paulo, o Clube de DiretoresLojistas do Rio de Janeiro, a Con-federação Nacional dos DirigentesLojistas, a Equifax do Brasil e aSerasa Experian anunciaram hoje,em São Paulo, a criação da Associ-ação Nacional dos Birôs de Crédito(ANBC), uma associação civil dedireito privado, sem fins lucrativos,cujo objetivo é o de contribuir parao desenvolvimento sustentável docrédito no Brasil.

Para isso, a ANBC pretenderealizar estudos e ações que aju-dem a promover a gestão eficaz docrédito e dos negócios no Brasil,apoiando, por exemplo, iniciativasde educação financeira. Poderá,também, desenvolver ação deapoio a autoridades governamen-tais, associações e órgãos diver-sos com vistas a assegurar um am-biente propício para o desenvol-vimento do crédito, como ferra-menta de desenvolvimento econô-mico do País. Como exemplo daimportância do tema, destacam-seos cerca de 400 projetos de lei,que existem, hoje, nos âmbitosfederal e estadual, sobre informa-ções para crédito, e a ANBC podecontribuir com a experiência na-cional e internacional das associ-adas para o aprimoramento da le-gislação.

O presidente da Serasa Ex-perian, Ricardo Loureiro, ressal-ta a importância da criação daANBC no atual momento da eco-

nomia brasileira. “O fato de tercada vez mais pessoas usufruindodo crédito é muito positivo, por-que se traduz em melhor qualida-de de vida, aquisição da casa pró-pria, educação e realização pes-soal e familiar. Torna o Brasil o sé-timo principal mercado consumi-dor do planeta, com a perspectivade, em breve, ser o quinto. Para aeconomia, o crédito promove um

Birôs de crédito criam associação parapromoção e desenvolvimento do crédito no Brasil

SERASA EXPERIAN LEGALBOLETIM JURÍDICO ANO 9 - N° 103

SERASA EXPERIAN LEGAL

A partir da esquerda, Silvânio Covas, presidente do conselho diretor da ANBC; Aldo Gonçalves, do CDL-RJ; RicardoLoureiro, da Serasa Experian; Marco Antonio Alvarez, da Equifax; Alencar Burti, da ACSP; e Nival Martins Junior, do SPC

Brasil, presidentes das associadas fundadoras.

Foto: Felipe Lampe

Iniciativa beneficia todas as partes envolvidas no mercado de créditocírculo virtuoso, que começa no fi-nanciamento do consumo e daípara a produção, gerando empre-gos, ampliando a renda, com dis-ponibilidade para a poupança e,novamente, para o consumo, re-sultando no crescimento econômi-co. No entanto, essa dinâmica docrédito só é possível com o riscodimensionado e bem gerenciado,fator que promove a qualidade do

crédito e a inclusão de novos con-sumidores neste mercado. A pro-posta da associação é discutir efornecer conhecimento para asse-gurar o contínuo desenvolvimentodo mercado brasileiro”, afirmaLoureiro.

Silvânio Covas, diretor jurídi-co da Serasa Experian e presidentedo Conselho Diretor da ANBC,destaca que “a Associação congre

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14 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO MAIO DE 2010

SERASA EXPERIAN LEGAL

Ao comparar o primeiro trimes-tre de 2010 com o mesmo período de2009, o Indicador Serasa Experian deFalências e Recuperações mostrouuma queda de 50,2% nas recupera-ções judiciais requeridas e de 4,2% nasfalências requeridas. Estes recuos de-correm da comparação entre duasconjunturas econômicas opostas: nosprimeiros três meses deste ano, o paíspassa por forte crescimento, enquan-to que no mesmo período de 2009, aeconomia experimentava o momentomais crítico da crise financeira global.

Vale ressaltar que, com relação àsfalências requeridas, a queda foi maisacentuada entre as micro, pequenas emédias empresas. Nas grandes empre-sas, registrou-se um aumento de 6,9%no número de falências requeridas, refe-rente às companhias exportadoras queencontram dificuldades em gerar recei-tas devido ao fraco crescimento da eco-nomia global e ao real valorizado.

As dificuldades das empresasexportadoras também aparecem nacomparação entre as falências decre-

Micro e pequenas empresas lideram queda nospedidos de falência, afirma Serasa Experian

tadas durante os três primeiros me-ses de 2010 e de 2009. As médiasempresas são as únicas que apresen-tam evolução, dados os entraves paraexportar e também em obter crédito,já que os recursos para pessoas ju-rídicas ainda não retornaram aospatamares pré-crise

Na composição mensal, marçode 2010 comparado a fevereiro domesmo ano, há crescimento na maiorparte dos indicadores, por conta domaior número de dias úteis no terceiromês do ano (23), contra 18 em feve-reiro.

É importante notar que, em mar-ço de 2010, foi registrado o menorvolume de falências requeridas e de-cretadas para o terceiro mês do anodesde a entrada em vigor da Nova Leide Falências em 2005, confirmandoassim que a economia está a todo va-por, com as empresas na mesma dire-ção.

Confira ao lado tabela completacom os números de falências e recu-perações:

gará os bancos de dados de prote-ção ao crédito que atuam no territó-rio brasileiro com a finalidade depromover estudos, pesquisas e oacompanhamento dos processos le-gislativos, objetivando o contínuoaperfeiçoamento do setor”.

O presidente da AssociaçãoComercial de São Paulo, AlencarBurti, aponta que “a criação daANBC é muito importante para osistema de informação como gran-de instrumento de concessão decrédito. Toda organização desse

processo contribuirá para que, cadavez mais, as informações de crédi-to se tornem ainda mais confiáveis.Além disso ajudará na aprovaçãodo cadastro positivo.”

Para a Equifax, a criação daAssociação Nacional dos Birôs deCrédito (ANBC) é uma oportuni-dade ímpar para consolidar os es-forços das empresas e das entida-des que atuam no setor de informa-ções de crédito no Brasil. “AANBC defenderá os interesses co-muns de seus integrantes, o que

permitirá maior difusão da contri-buição do setor para a realização denegócios e, por conseqüência, paraa economia. Por meio da Associa-ção, será possível também formar umfórum de discussão que beneficiaránão apenas as associadas e os usu-ários de seus serviços, mas especi-almente os consumidores brasilei-ros”, afirma Marco Antonio Alvarez,presidente da Equifax do Brasil.

O presidente do Clube de Di-retores Lojistas do Rio de Janeiro,Aldo Carlos de Moura Gonçalves,

afirma que “o CDL-Rio semprepromoveu e participou ativamentedo intercâmbio de idéias e coope-ração com outras instituições nadefesa dos interesses do comércio,da livre iniciativa e da sociedadecomo um todo. Por isso vê comobastante oportuna a criação da As-sociação Nacional dos Birôs deCredito. O CDL-Rio acredita queela desempenhará papel fundamen-tal na defesa dos interesses dosnegócios relacionados à gestão docrédito.”

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LIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROS ANO 16 - Nº 181

MAIO DE 2010

ANTONIO CARLOS RODRIGUES DO AMARAL

TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

EUNICE NUNES, especial para o "Tribuna"

Pela regulamentação do lobbyPela regulamentação do lobbytimista e apaixonado pelo que faz,o advogado e professor da Univer-sidade Mackenzie, Antonio CarlosRodrigues do Amaral, costuma en-volver-se até à medula em todasas atividades que desenvolve, acre-ditando que a diferença que cadaum faz no mundo está no detalhe,não no geral.

Autor de várias obras, entre elasÉtica Social e Governamental: Ad-vocacy and Lobby, defende a re-gulamentação do lobby, “porquetemos de saber quem é que estáapresentando as ideias”. E expli-ca: “No sentido da defesa das idei-as, o lobby é inerente à democra-cia, que surge exatamente do con-fronto das ideias, da dialética dasideias. Quando se dissemina a ideiade que os políticos são desones-tos e os honestos não são políti-cos, isso interessa ao ladrão, aobandido, porque afasta as pesso-as de bem, que não querem fazerparte daquilo para não serem con-taminadas. Na formulação das po-líticas públicas, na aplicação dajustiça distributiva, as pesso-as de bem devem se a-proximar do poder. E éaí que está a importân-cia do lobby, justa-mente para que sesaiba quem estádefendendo o quê.Os grupos de pres-são têm de serreconhecidos, asONGs têm de estarpresentes, a socie-dade tem de estarpresente. É uma le-gítima pressão queleva os anseios dasociedade ao Con-gresso Nacional.” O lobby é inerente à democracia, que surge exatamente do confronto das ideias

Coordenador do livro Direito doComércio Internacional – AspectosFundamentais, elaborado quandopresidia a Comissão de ComércioExterior e Relações Internacionaisda OAB-SP e que está na segundaedição, pela LEX Editora, diz que,em tempos de globalização, é fun-damental que o advogado invistana formação e no aprimoramentoda cultura jurídica na área inter-nacional, de forma a munir-se doinstrumental legal necessário àdefesa dos direi-tos e interessesdos clientes,tanto na or-dem inter-na quan-to na in-ternacio-nal.

Atual-m e n t e ,Rodriguesdo Amaral

preside a Comissão de Direito Tri-butário da entidade e integra umaComissão Especial do ConselhoFederal da OAB encarregada deanalisar os projetos de lei que ins-tituem a penhora administrativa,inclusive on-line. Informa que aComissão concluiu pela rejeiçãointegral do Projeto de Lei Comple-mentar (PLP) 469 e dos Projetosde Lei (PL) 5.080, 5.081 e 5.082,todos de 2009, assim como dequaisquer outros a eles apensados,com proposições de natureza se-

melhante. “Esse parecer já foiencaminhado a todos os par-lamentares e já fomos con-versar com alguns deputa-dos, entre eles, João PauloCunha, que é relator dessesprojetos, e com os integran-tes da Comissão Especial daCâmara dos Deputados à qual

eles foram submetidos paraapreciação, para mostrar os ab-surdos que essas propostas en-

cerram”, declara.

Fotos AugustoCanuto

OO

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MAIO DE 20102TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

LIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROS

Tribuna do Direito — Como oTribuna do Direito — Como oTribuna do Direito — Como oTribuna do Direito — Como oTribuna do Direito — Como osr. avalia os projetos de lei quesr. avalia os projetos de lei quesr. avalia os projetos de lei quesr. avalia os projetos de lei quesr. avalia os projetos de lei quecriam a penhora administrativa,criam a penhora administrativa,criam a penhora administrativa,criam a penhora administrativa,criam a penhora administrativa,tirando do Poder Judiciário partetirando do Poder Judiciário partetirando do Poder Judiciário partetirando do Poder Judiciário partetirando do Poder Judiciário partedo processo de execução fiscal?do processo de execução fiscal?do processo de execução fiscal?do processo de execução fiscal?do processo de execução fiscal?

Antonio Carlos Rodrigues doAntonio Carlos Rodrigues doAntonio Carlos Rodrigues doAntonio Carlos Rodrigues doAntonio Carlos Rodrigues doAmaral —Amaral —Amaral —Amaral —Amaral — Esses projetos implantamum verdadeiro terror fiscal. O Fisco,que é o credor da obrigação, passarátambém a julgar o devedor. Isso é umaaberração e é absolutamente inconsti-tucional. Até mesmo com a possibili-dade de interposição de exceção depré-executividade relativa a uma cer-tidão de dívida ativa nula (algo queocorre em várias execuções fiscais dedívidas prescritas, por exemplo), nãose pode afastar o crivo independentee imparcial do Poder Judiciário, que éuma das vigas mestras do Estado deDireito. Além disso, esses projetos delei criam uma co-responsabilidade tri-butária de todos os administradorespelas dívidas tributárias das empresas,se não provarem ao Fisco que agiramcom “diligência” no recolhimento dostributos.

TD — E o que significa exata-TD — E o que significa exata-TD — E o que significa exata-TD — E o que significa exata-TD — E o que significa exata-mente agir com diligência?mente agir com diligência?mente agir com diligência?mente agir com diligência?mente agir com diligência?

Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos —Na visão do Fis-co, significa que o administrador é obri-gado a pagar os impostos (federais, es-taduais e municipais) “em detrimentode qualquer outra despesa ou débitoda empresa”, salvo os salários. Ou seja,se pagar fornecedores de insumos es-senciais à atividade empresarial, con-cessionárias públicas, etc. e porventu-ra tiver deixado de recolher algum tri-buto — e a empresa não tiver patri-mônio suficiente para responder por ele— o administrador responderá com opatrimônio pessoal. Ninguém mais vaiquerer ser administrador ou empresá-rio. Só um desavisado. E mais: os pro-jetos criam um dever geral de delação,coisa absolutamente típica de regimesautoritários.

TD — Tem-se a obrigação deTD — Tem-se a obrigação deTD — Tem-se a obrigação deTD — Tem-se a obrigação deTD — Tem-se a obrigação de“dedurar” quando achar que al-“dedurar” quando achar que al-“dedurar” quando achar que al-“dedurar” quando achar que al-“dedurar” quando achar que al-guém não pagou impostos?guém não pagou impostos?guém não pagou impostos?guém não pagou impostos?guém não pagou impostos?

Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos — Está no PL 469/2009 que “responde subsidiariamentepelo crédito tributário, quem dolosa-mente omitir, retardar ou prestar fal-samente informações requisitadas pelaFazenda Pública”. A pretensão subja-cente desse dever de delatar, sob penade tornar o não-delator um co-deve-dor do terceiro, não é apenas inconsti-tucional e ilegal, mas atenta contra amoralidade administrativa e seriamen-te constrange a consciência ética daspessoas de bem. Com tal dispositivonão se privilegia uma Nação moral, masenaltece-se um falso moralismo. Os

cidadãos estarão constantemente ame-açados pela cobrança de tributos su-postamente devidos por terceiros, con-forme seja menor ou maior a criativi-dade — ou mesmo a arbitrariedade,dependendo da elasticidade moral —dos agentes fiscais federais, estaduaise municipais. O cidadão torna-se umalonga manus da burocracia fiscal. Seintimado pelo Fisco de qualquer juris-dição (federal, estadual ou municipal)a prestar informações sobre um ter-ceiro e não o fizer (ou se demorar afazê-lo, na opinião do Fisco), será co-responsável pela dívida daquele quepossa ter praticado um ilícito tributá-rio. É surrealista. Se o Fisco, por exe-mplo, pedir para quem tem um buffeta lista de todas as pessoas que con-trataram os serviços da empresa nosúltimos três anos, como pagaram, oque consumiram, se trouxeram bebi-das, que bebidas foram, etc. Demo-rou para responder? Não tem as in-

formações solicitadas? Dolo. Respon-de-se pelo crédito tributário. O con-tribuinte vai ficar totalmente à mercêda opinião do fiscal. Não é só umaquestão de inconstitucionalidade e ile-galidade. Essa disposição é de umaimoralidade patente.

TD — E o Sistema NacionalTD — E o Sistema NacionalTD — E o Sistema NacionalTD — E o Sistema NacionalTD — E o Sistema Nacionalde Informações Patrimoniais dode Informações Patrimoniais dode Informações Patrimoniais dode Informações Patrimoniais dode Informações Patrimoniais doContribuinte, que vem sendo cha-Contribuinte, que vem sendo cha-Contribuinte, que vem sendo cha-Contribuinte, que vem sendo cha-Contribuinte, que vem sendo cha-mado de SNI Fiscal?mado de SNI Fiscal?mado de SNI Fiscal?mado de SNI Fiscal?mado de SNI Fiscal?

Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos — É outra vio-lência. O SNI Fiscal visa colocar em umaúnica base de dados, de livre acesso àUnião, Estados e aos mais de 5.500municípios, todas as informações so-bre todos os rendimentos e patrimô-nio de cada cidadão e de cada empre-sa brasileira. Será instituída uma de-vassa na vida privada do cidadão e ainsegurança será instaurada. E se estabase de dados for eventualmente ma-nipulada com finalidades políticas? Em

um município, por exemplo, isso não énada improvável. O que se terá com oSNI Fiscal será quase uma KGB sovié-tica. Nem a KGB, nem os nazistas, ti-veram esse controle sobre a vida doscidadãos, porque, naquela época, nãoestavam disponíveis os meios eletrô-nicos de hoje. Tampouco o governodos Estados Unidos concentra todosesses dados em uma única base de in-formações acessível a todos os entesda administração pública, para a pró-pria segurança de seus cidadãos. O quenão dizer, então, do risco de tal basede dados ser acessada por organiza-ções criminosas, por meio de um agen-te público de apenas um dos milharesde municípios brasileiros?

TD — Com isso tudo, para o Fis-TD — Com isso tudo, para o Fis-TD — Com isso tudo, para o Fis-TD — Com isso tudo, para o Fis-TD — Com isso tudo, para o Fis-co, todos são desonestos, todosco, todos são desonestos, todosco, todos são desonestos, todosco, todos são desonestos, todosco, todos são desonestos, todossão sonegadores.são sonegadores.são sonegadores.são sonegadores.são sonegadores.

Antonio Carlos — Antonio Carlos — Antonio Carlos — Antonio Carlos — Antonio Carlos — Exatamente.O governo propõe a inversão total doprincípio da presunção de inocência, dapresunção de honestidade do cidadão.Os projetos tratam todos os cidadãoscomo fraudadores e sonegadores empotencial. Não são só os projetos emsi. O que se percebe é uma tendênciagrande de implosão dos direitos do con-tribuinte. Isso tem sido um processosistemático nos últimos anos, que co-meçou no governo Fernando Henriquee se aprofundou muito no governo Lula.Esse processo, que vem diminuindosubstancialmente a esfera do direito dedefesa do contribuinte, está agora ca-minhando para a execução administra-tiva, que é levar para as próprias Pro-curadorias (federal, estaduais e muni-cipais) uma parte do processo de exe-cução fiscal, que seria a fase da pe-nhora e a fase de avaliação de bens. Afase da penhora e a fase de avaliaçãode bens representam o início do pro-cesso de expropriação. Se é o iníciodo processo de expropriação não podeser levado só a posteriori para o Po-der Judiciário. Ele, necessariamente,tem de ter o controle prévio do PoderJudiciário. É óbvio que o próprio cre-dor não pode iniciar o processo de ex-propriação. Pode-se estudar formasde modernização do processo de exe-cução fiscal, mas sem diminuir os me-canismos de defesa do cidadão. Atépor que esse tipo de medida que ogoverno vem querendo instituir inibeo espírito empreendedor. E isso já sepercebe nas universidades, onde umnúmero substancial de estudantes al-meja um emprego público. Está seconstruindo um País onde as pessoasquerem ser funcionários públicos. Éuma distorção, porque, a longo pra-zo, vai tirar a capacidade do Brasilgerar empregos.

O SNI Fiscal será quase uma KGB soviética

“O administrador é obrigado a pagar os“O administrador é obrigado a pagar os“O administrador é obrigado a pagar os“O administrador é obrigado a pagar os“O administrador é obrigado a pagar osimpostos...se por ventura tiver deixado deimpostos...se por ventura tiver deixado deimpostos...se por ventura tiver deixado deimpostos...se por ventura tiver deixado deimpostos...se por ventura tiver deixado derecolher algum tributo, responderá comrecolher algum tributo, responderá comrecolher algum tributo, responderá comrecolher algum tributo, responderá comrecolher algum tributo, responderá com

patrimônio pessoal”patrimônio pessoal”patrimônio pessoal”patrimônio pessoal”patrimônio pessoal”

“O administrador é obrigado a pagar os“O administrador é obrigado a pagar os“O administrador é obrigado a pagar os“O administrador é obrigado a pagar os“O administrador é obrigado a pagar osimpostos...se por ventura tiver deixado deimpostos...se por ventura tiver deixado deimpostos...se por ventura tiver deixado deimpostos...se por ventura tiver deixado deimpostos...se por ventura tiver deixado derecolher algum tributo, responderá comrecolher algum tributo, responderá comrecolher algum tributo, responderá comrecolher algum tributo, responderá comrecolher algum tributo, responderá com

patrimônio pessoal”patrimônio pessoal”patrimônio pessoal”patrimônio pessoal”patrimônio pessoal”

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3MAIO DE 2010

LIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

TD — Diante desse quadro,TD — Diante desse quadro,TD — Diante desse quadro,TD — Diante desse quadro,TD — Diante desse quadro,não é importante voltar a discu-não é importante voltar a discu-não é importante voltar a discu-não é importante voltar a discu-não é importante voltar a discu-tir um estatuto do contribuinte?tir um estatuto do contribuinte?tir um estatuto do contribuinte?tir um estatuto do contribuinte?tir um estatuto do contribuinte?

Antonio Carlos — Antonio Carlos — Antonio Carlos — Antonio Carlos — Antonio Carlos — Totalmente.A sociedade tem de formar um movi-mento nacional em torno de um esta-tuto do contribuinte, tem de mobilizar-se para que se tenha uma lei comple-mentar que proteja efetivamente o ci-dadão desses ataques. Porque são ata-ques sistemáticos contra a cidadaniae, em última análise, contra o País. Oestatuto do contribuinte delinearia umaestrutura básica de direitos fundamen-tais do contribuinte, direitos básicos dadefesa, de acesso ao processo admi-nistrativo, estabelecer critérios detransparência na relação Fisco/contri-buinte, direito de atendimento nas re-partições fiscais, direito de não ser no-tificado no período de férias de fim-de-ano, porque é muito comum o Fisco no-tificar justamente no período de fé-rias coletivas da empresa, fazendo comque muitas vezes se perca o prazo dedefesa, quer dizer, notificar pode, masnão poderia contar prazo. Enfim, esta-belecer elementos básicos que nortei-em as relações entre o Fisco e o con-tribuinte.

TD — E a reforma tributária?TD — E a reforma tributária?TD — E a reforma tributária?TD — E a reforma tributária?TD — E a reforma tributária?Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos — Há uma im-

possibilidade prática para fazer a re-forma tributária, por que há um des-compasso entre o discurso da socie-dade e o do governo que nunca vai serresolvido. Há uma incompatibilidadeinsuperável. De um lado, os governossó admitem uma reforma que não im-plique em redução da arrecadação e,do outro lado, há a expectativa imu-tável da sociedade de que a reformareduza a carga tributária. Portanto,são discursos inconciliáveis. A refor-ma tributária é necessária. Ela é pos-sível? Não. Isso não me impede, comocidadão, de participar. Pode-se pro-mover melhorias no sistema tributá-rio fazendo reformas infraconstitucio-nais.

TD — O sr. tem atuado na CorteTD — O sr. tem atuado na CorteTD — O sr. tem atuado na CorteTD — O sr. tem atuado na CorteTD — O sr. tem atuado na Cortede Nova York. Por quê?de Nova York. Por quê?de Nova York. Por quê?de Nova York. Por quê?de Nova York. Por quê?

Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos — Nas negocia-ções internacionais, nos contratos in-ternacionais, por tradição, é aplicávela legislação de Nova York, que tem sidoconsiderada mais adequada para osnegócios internacionais. Tenho traba-lhado muito na interpretação dessa le-gislação, de modo a proteger melhoras partes brasileiras nessas transações.Os foros de litígio comercial em NovaYork são mais interessantes até, emalguns aspectos, do que os foros de

arbitragem. E essa experiência tem mepermitido adequar melhor os contra-tos internacionais envolvendo empre-sas brasileiras. O foro de Nova York éuma praça interessante até pela dife-rença de horário, que na maior partedo ano é de apenas uma hora.

TD — Efeitos também da glo-TD — Efeitos também da glo-TD — Efeitos também da glo-TD — Efeitos também da glo-TD — Efeitos também da glo-balização econômica...balização econômica...balização econômica...balização econômica...balização econômica...

Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos —Antonio Carlos — Sim, porqueem nenhuma outra época da civiliza-ção humana o mundo foi tão peque-no e tão sujeito a profundas e contí-nuas alterações nos meios de orga-nização, comunicação, produção e dis-tribuição. Tendo em vista que essastransformações têm acontecidonuma velocidade vertiginosa e pro-duzem grandes transformações nocotidiano dos povos, ao jurista com-pete interpretar, sob a ótica do Di-reito e da Justiça, a nova e com-plexa realidade. Os advogados sãochamados a participar dessa cons-trução. O advogado é um consultore conselheiro natural do cliente.Hoje, ele precisa conhecer a dinâ-mica dos mercados, as normas docomércio internacional, as novas ca-tegorias jurídicas e o instrumentallegal necessário à preservação daboa ordem nas relações domésticase internacionais, tendo sempre emvista a preservação dos direitos egarantias fundamentais do cidadãoe dos negócios dele.

Há uma impossibilidade prática para fazer a reforma tributária

“““““A sociedade tem deA sociedade tem deA sociedade tem deA sociedade tem deA sociedade tem deformar um movimentoformar um movimentoformar um movimentoformar um movimentoformar um movimento

nacional em torno de umnacional em torno de umnacional em torno de umnacional em torno de umnacional em torno de umestatuto do contribuinte”estatuto do contribuinte”estatuto do contribuinte”estatuto do contribuinte”estatuto do contribuinte”

“““““A sociedade tem deA sociedade tem deA sociedade tem deA sociedade tem deA sociedade tem deformar um movimentoformar um movimentoformar um movimentoformar um movimentoformar um movimento

nacional em torno de umnacional em torno de umnacional em torno de umnacional em torno de umnacional em torno de umestatuto do contribuinte”estatuto do contribuinte”estatuto do contribuinte”estatuto do contribuinte”estatuto do contribuinte”

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MAIO DE 20104TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

LIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROS

Processo CautelarProcesso CautelarProcesso CautelarProcesso CautelarProcesso Cautelar

Humberto Theodoro JúniorHumberto Theodoro JúniorHumberto Theodoro JúniorHumberto Theodoro JúniorHumberto Theodoro Júnior

Duplo Grau Civil deDuplo Grau Civil deDuplo Grau Civil deDuplo Grau Civil deDuplo Grau Civil deJurisdição — FacultativoJurisdição — FacultativoJurisdição — FacultativoJurisdição — FacultativoJurisdição — Facultativoe Obrigatórioe Obrigatórioe Obrigatórioe Obrigatórioe Obrigatório

Sílvio Ernane MouraSílvio Ernane MouraSílvio Ernane MouraSílvio Ernane MouraSílvio Ernane Mourade Sousade Sousade Sousade Sousade Sousa

Uma visão crítica e atual do artigo475 do CPC à luz do tratamento pa-ritário das partes no processo e da efe-tividade jurisdicional. Em sua parteprimeira, contém as abordagens teó-rica e jurisprudencial do duplo graude jurisdição, facultativo e compul-sório (com ênfase neste), da igualdadeconstitucional e das implicações jurí-dicas desta face ao reexame obriga-tório; na segunda, adendos, contendoproposta e redação de lei ordinária,projetos de leis concernentes ao duplograu de jurisdição.

Sucessão Hereditária —Sucessão Hereditária —Sucessão Hereditária —Sucessão Hereditária —Sucessão Hereditária —Prática do InventárioPrática do InventárioPrática do InventárioPrática do InventárioPrática do Inventárioe Partilhae Partilhae Partilhae Partilhae Partilha

Eduardo Machado RochaEduardo Machado RochaEduardo Machado RochaEduardo Machado RochaEduardo Machado Rocha

Medicina Legal —Medicina Legal —Medicina Legal —Medicina Legal —Medicina Legal —Fundamentos FilosóficosFundamentos FilosóficosFundamentos FilosóficosFundamentos FilosóficosFundamentos Filosóficos

José Jozefran Berto FreireJosé Jozefran Berto FreireJosé Jozefran Berto FreireJosé Jozefran Berto FreireJosé Jozefran Berto Freire

Apresenta quatro capítulos: sucintopainel histórico das obras produzi-das em Medicina Legal — 1525/2008;considerações sobre a doutrina (Me-dicina Legal como ciência de umaclasse (no sentido lógico do termo) e nãocomo ciência do indivíduo, a Medici-na Legal entre o acidental, o frequen-te aristotélico e o necessário lógico-matemático, etc.); sobre o método:reflexão e proposta (a justificativada escolha dos autores, o Método emDescartes — as regras para a direçãodo espírito, etc.); conclusão.

2ª edição, revisada e ampliada. Temasabordados: das sucessões (sucessão,da sucessão hereditária, da herançajacente e herança vacante, da petiçãode herança, dos sucessores, da ausên-cia, da sucessão testamentária); prá-tica do inventário e partilha (generali-dades no processo de inventário, do ar-rolamento, do processo de inventárioe partilha, da partilha, da anulação erescisão da partilha, das medidas cau-telares no processo de inventário); se-paração judicial e extrajudicial — in-ventário e partilha na separação judicial.

25ª edição, revista e atualizada. Al-guns temas abordados: noções fun-damentais: jurisdição, processo e ação;processo cautelar; características doprocesso cautelar; ação cautelar; oprocesso cautelar no direito positivobrasileiro; procedimentos cautelaresespecíficos (arresto, o crédito que au-toriza o arresto, objeto do arresto, le-gitimação, competência e procedi-mento para o arresto, execução do ar-resto, efeitos do arresto, sequestro,caução, busca e apreensão, exibição,etc.); antecipação de tutela.

EDITORA PILLARES

Direito Internacional doDireito Internacional doDireito Internacional doDireito Internacional doDireito Internacional doDesenvolvimento SustentávelDesenvolvimento SustentávelDesenvolvimento SustentávelDesenvolvimento SustentávelDesenvolvimento Sustentávele os Códigos de Conduta dee os Códigos de Conduta dee os Códigos de Conduta dee os Códigos de Conduta dee os Códigos de Conduta deResponsabilidade SocialResponsabilidade SocialResponsabilidade SocialResponsabilidade SocialResponsabilidade Social

Ligia Maura CostaLigia Maura CostaLigia Maura CostaLigia Maura CostaLigia Maura Costa

Apresenta duas partes: os códigos deconduta de responsabilidade social dasempresas multinacionais da indústriado gás e do petróleo (a conformidade doscódigos de conduta de responsabilidadesocial: a indústria do gás e do petróleo,a falta de conformidade dos códigos deconduta de responsabilidade social: aindústria do gás e do petróleo); o direitointernacional do desenvolvimento sus-tentável aplicado aos códigos de con-duta de responsabilidade social das em-presas multinacionais da indústria dogás e do petróleo.

LEUD JURUÁ EDITORA

LANÇAMENTOLANÇAMENTO LANÇAMENTO

ntonio CarlosRodrigues doAmaral nun-ca teve dúvi-das quantoao que queria

ser na vida: “Meu pai, Eubis doAmaral, era professor de Direi-to Penal da São Francisco (USP)e montou um estágio supervisi-onado em que levava os alunospara aulas práticas na Casa deDetenção. Desde criança, ia jun-to, participava. Fiquei fascinadopelo Direito.”

Conheceu a mulher, Deni-se, quando ambos eram cole-giais: ela do Colégio São Luiz eele, do Objetivo. Ela fez Comu-nicação e, depois, Direito. Ele,só Direito. Ambos se formaramna Universidade Mackenzie. Ca-saram-se em 1987, três mesesdepois de Antonio Carlos tercolado grau. O casal tem cincofilhos: Artur (19 anos e já estu-dante de Direito do Mackenzie),Andréia (17 ), Alberto (15),Amanda (13 ) e Anabel (11 ).

Na faculdade, Antonio Car-los começou a estagiar logo no

primeiro ano: numa imobiliária.Depois, no Banco Itaú, onde fi-cou mais de dois anos. No quin-to ano, sentindo que precisavaarrumar um estágio em escritó-rio de Advocacia, comentou oassunto com um colega, que sedispôs a levar um currículo parao escritório do pai. Entretanto,Antonio Carlos ganhou uma bol-sa para um curso de dois mesesem Denver (EUA). De volta aoBrasil, resolveu dar uma passa-da no escritório do pai do amigopara saber se tinha vaga paraestagiário. E foi, sem avisar. “Na-quele tempo, não havia necessi-dade de se identificar na porta-ria do prédio. Chegando lá, per-guntaram-me se tinha hora mar-cada. Foi quando o pai do meuamigo apareceu, provavelmentevoltando do almoço. Apresentei-me, disse que estava voltandodos Estados Unidos e precisavamuito de um estágio. Ele disseque deveria ter uma vaga no se-gundo semestre. Propus quedeixasse estagiar de graça e,quando abrisse a vaga, já esta-ria treinado. Se por acaso não

abrisse a vaga, sairia e ficaria gra-to pela oportunidade. Era maio,seriam apenas dois meses. Ele meolhou espantado, mas acho queele gostou do meu jeito e topou.Naquele momento, minha vidamudou, porque depois trabalheinove anos com ele”, recorda. Opai do amigo era o professor IvesGandra da Silva Martins.

Foi um estágio movimenta-do. O então ministro das Comu-nicações, Antonio Carlos Maga-lhães, baixou uma portaria, emagosto de 1986, proibindo atransferência de telefones, que,na época, representavam um in-vestimento. E o estagiário Anto-nio Carlos, que estava para secasar e ganharia uma linha tele-fônica de presente do avô, ficoutão chateado com a proibiçãoque resolveu estudar o assuntoe escreveu um artigo dizendoque a portaria do Ministério dasComunicações era inconstituci-onal. “Consegui publicá-lo numjornal. Saiu de manhã e, à tarde,ligou um senhor para o escritó-rio querendo falar comigo sobreo assunto. Ele se identificoucomo presidente de uma gran-de empresa de compra e vendade telefones, dizendo que tinha

gostado do artigo e que queriamarcar uma reunião urgente co-migo. Perguntei para uma advo-gada, ela disse que o escritórionão atendia aquele tipo de pro-blema, mas o senhor insistiutanto, que me autorizaram amarcar uma hora com ele, para“despachá-lo”. Ele veio. Um se-nhor alto, muito educado, expli-cou-me que a empresa estavaparada há 15 dias, que precisa-va contratar o escritório e que-ria saber quais eram os hono-rários. Fui falar com o dr. Ives.Ele não queria pegar o caso. Dis-se-lhe que o cliente estava in-sistindo e ele fixou um valor alto,daqueles que é para desistir. Sóque o cliente aceitou. E fiquei en-carregado de desenvolver a tesecontra a portaria. Cheguei à con-clusão de que deveria entrarcom um mandado de segurança.Fui despachar com o presidentedo TFR. No dia seguinte, saiu aliminar, que foi a primeira doBrasil. Deu uma enorme reper-cussão. Fui contratado pelo es-critório”, conta.

Desde 1987, ele exerce ativi-dade docente. Atualmente, leci-ona Direito Constitucional e Éti-ca Profissional na Universidade

Mackenzie. “Dar aula, para mim,é participar da vida política dasociedade no sentido mais no-bre da expressão.”

Em 1993, foi para Harvard(EUA), onde fez mestrado emDireito e um curso de tributa-ção internacional. Acompa-nharam-no Denise e os doisfilhos mais velhos. O terceironasceu lá. Cumpridos os doisprogramas acadêmicos, co-meçou a trabalhar na ErnestYoung, em Nova York, onde foidiretor da área internacional.Foi convidado para ficar, masvoltou ao Brasil, em 1995. Em1996, Antonio Carlos abriu opróprio escritório de Advoca-cia. Em 1997, associou-se aoescritório inglês Richard Butler,associação que durou até 2007,quando optou por dedicar-sea uma Advocacia mais espe-cializada, com menos clientes,mas mais focada em proble-mas complexos, contratos,arbitragem e contencioso in-ternacionais, em especial naCorte de Nova York. “Hoje,vou ao menos uma vez pormês para Nova York, onde te-nho um escritório associado”,informa.(EN)

Um obstinado

A

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ANO 16 - Nº 181

MAIO DE 2010

TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

*Advogado em São Paulo e mestre em Direito pela PUC-SP;jurisdrops.blogspot.com

CLITO FORNACIARI JÚNIOR*

processo civil modernosempre buscou não ser umreles sistema de formalida-des, no qual o uso da pa-lavra errada fosse definitivasenha para o malogro dapostulação deduzida emjuízo. Assim, de longa data,

apresenta uma teoria de nulidades que renega aforma pela forma, protege a finalidade dos atos,preservando-os sempre que essa seja alcançada,consagra a preclusão e, por fim, restringe a nuli-dade aos casos de existência efetiva de prejuízo.

Apesar dessa sistemática, alguns aspectos pro-cessuais têm proclamação expressa de nulidade outermos que transparecem a tanto conduzir, crian-do no leitor mais apressado a ideia de que, relati-vamente a essas, os princípios de desprestígio daforma, enquanto apenas forma, não seriam apli-cáveis, e o vício, diante de qualquer circunstância,teria de ser declarado, afetando todos os atos pro-cessuais que se lhe seguiram. Nessa linha, muitoscolocam, por exemplo, a nulidade por falta de in-tervenção do Ministério Público (artigo 246 doCPC), em que pese o sistema não a referende,sempre que, por exemplo, a situação que reclama-va a intervenção do representante do MinistérioPúblico saiu do processo protegida.

Relativamente à sentença, duas disposições in-serem-se nessa mesma problemática. O parágra-fo único do artigo 459 afirma que, “quando oautor tiver formulado pedido certo, é vedado aojuiz proferir sentença ilíquida”. Por sua vez, oparágrafo único do artigo 460 reza que “a sen-tença deve ser certa, ainda quando decida rela-ção jurídica condicional”. Consequência dodescumprimento desses preceitos seria a nulida-de da sentença, por falta de correlação entre odecidido e o pedido. Será, porém, que a declara-ção da nulidade sempre se impõe?

Afirmativamente entendeu a 32ª Câmara de Di-reito Privado do TJ-SP, em acórdão relatado porWalter César Exner (Apelação n° 992.07.010440-8, julgado em 1/10/2009). Cuidava-se de açãovoltada ao cumprimento de obrigação de fazer, naqual a sentença de primeiro grau houve por bemrescindir o contrato de que decorria a obrigação,condenando a obrigada a devolver o quanto re-cebera e a pagar perdas e danos, inclusive lucroscessantes. Firmou o julgado que se “protraiu paraa fase de liquidação de sentença a apuração doslucros cessantes, estes que, eventualmente, po-deriam se mostrar inexistentes”. Aduziu ser a sen-tença mais do que ilíquida: condicional, afirman-do que “a sentença pode assumir caráter condici-onal quando o evento futuro é inerente ao direitomaterial, não sendo autorizado ao julgadorcondicionar a eficácia da sentença a evento futuroe incerto por ela mesma criado”. Viu, nessediapasão, nulidade da sentença, de modo que

determinou o retorno do processo à primeira ins-tância.

As regras consideradas não ensejam solução tãodrástica, parecendo estamparem, no CPC, umadireção ao julgador, sem que o seu desrespeitopossa colocar a perder toda a atividade jurisdicionaldesenvolvida. Evidente que um pedido certo deveconduzir a uma sentença líquida, apreciando se háo direito reclamado. Da mesma forma, a preten-são que não diga respeito a uma relação jurídicacondicional deve conduzir também a uma decisãocerta, devendo o magistrado atinar ao proferi-lapara o implemento da condição, definindo, a par-tir disso, a relação jurídica que se lhe apresenta.

Não se pode, porém, sacrificar a atividadejurisdicional, fazendo retroceder a marcha do pro-cesso, se, diante de um pedido certo, o senten-ciante não conseguiu chegar a um resultado igual-mente certo. Diz, corretamente, Antonio Carlos deAraújo Cintra que “é claro que se no momentoprocessual adequado para proferir a sentença o juiznão encontrar elementos para acolher o pedido talcomo formulado, inclusive no tocante ao seu ob-jeto mediato, deve julgar a causa ainda que pormeio de sentença ilíquida” (Comentários ao Có-digo de Processo Civil, Forense, 2000, n° 251,página 280).

Essa mesma contemporização se faz de rigor di-ante de decisão que desrespeitou o direciona-mento do preceito. Para tanto, o primeiro passo éatinar para quem é o interessado na disposiçãolegal, surgindo, de modo evidente, exclusivamen-te, a figura do autor. De outro lado, seu interesseem recorrer coloca-se apenas quando existiremelementos nos autos que permitiriam fosseprolatada a sentença líquida. Do contrário, ele

estaria buscando um milagre, que não se fazpossível, pois não teria como, sem elementos,exigir sentença líquida. Portanto, o interesse doautor cinge-se a buscar a decisão líquida em se-gundo grau e não simplesmente postular suaanulação, com a volta dos autos ao primeirograu. A amplitude maior conferida aos efeitos daapelação pelos parágrafos do artigo 515 podeabrigar também esse quadro, embora sem pre-visão específica sobre o assunto.

O recurso do réu seria evidente contrassenso:pedir a anulação seria usar a forma pelo simplesgosto da forma, o que soa deslealdade; reclamar,desde logo, a decisão líquida, seria oferecer-se emholocausto. O réu não teria, portanto, o que pos-tular em sede recursal, daí a ponderada coloca-ção trazida em Theotonio Negrão e outros (Có-digo de Processo Civil, 2010, 42ª edição, nota 13ao artigo 459), dizendo que “se somente o réuapelar, o tribunal, desde que tenha a ação porprocedente, manterá a sentença que determinouulterior liquidação (RT 498/115, RF 256/299, JTA43/108)”, até mesmo por ser essa a situação aele menos ruinosa.

De qualquer modo, “postergar a definição dasperdas e danos para a fase de liquidação”,notadamente quando a sentença já foi proferida,não é nenhuma monstruosidade. Por primeiro, nãopõe a perder toda a atividade jurisdicional desen-volvida pelas partes e pela Justiça durante o cursodo processo. Não se retira o pleno direito do con-denado ao contraditório, pois participará da liqui-dação, com direito a discutir, produzir provas quan-to à questão que resta em aberto, e até mesmorecorrer da decisão que relativamente a essa fasevenha a ser proferida. Ademais, não se faz letramorta dos procedimentos de liquidação regradosno código e que sempre prestigiam a defesa, como que se deixa claro que a necessidade de liquida-ção não é algo tão anômalo assim. Submeter acondenação ao procedimento de liquidação, porfim, não representa a inexorável derrota do con-denado, pois, nessa etapa, como ensinam NelsonNery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery, podechegar-se a apuração de resultado zero ou até ne-gativo para o quantum da condenação (Código deProcesso Civil Comentado, 2001, 5ª edição, nota2 ao antigo artigo 610), o que atesta não ser umvício insuprível, nem prejudicial ao devedor, haverdecisão ilíquida, mesmo diante de pedido certo.

Portanto, a linha sustentada pelo julgado co-mentado não se desenha correta, pois a razão deser da regra foi desrespeitada, dado que “se o pro-blema era a iliquidez”, dever-se-ia não anular o quefora feito, mas proferir, diante do pedido certo,acórdão líquido, só com o que cumpriria o pará-grafo único do artigo 459. A simples anulação édesperdício de atividade processual, que é artigode luxo, a não merecer esse descarte.

ODa validade da sentença líquida

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TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO JURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIA

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HC 98081/RJ — Relator(a): min. RicardoLewandowski. Julgamento: 24/11/2009. Ór-gão julgador: Primeira Turma. Publicação:DJE-027. Divulg.: 11/2/2010. Public.: 12/2/2010. Ement.: vol-02389-02, pp-00369Ementa: Processual penal. Habeas corpus.Crime de tráfico de entorpecentes. Prisão pre-ventiva. Alegação de ausência de fundamen-tação. Inexistência. Decisão lastreada na ga-rantia da ordem pública e na conveniência dainstrução criminal. Pressupostos do artigo 312do Código de Processo Penal. Demonstração.Liberdade provisória. Vedação. Ordem denegada.Jurisprudência do STF. I - Presentes os requisi-tos autorizadores da prisão cautelar previstosno artigo 312 do Código de Processo Penal,em especial o da garantia da ordem pública eo da conveniência da instrução criminal, exis-tindo sólidas evidências da participação dapaciente em quadrilha envolvida no gravís-simo delito de tráfico internacional de drogas,à qual se irroga, inclusive, a prática de outroscrimes graves dentre os quais o de homicídio.II - Ademais, a atual jurisprudência desta Cor-te é firme no sentido da proibição de liberda-de provisória nos crimes de tráfico ilícito deentorpecentes, que decorre da inafian-çabilidade imposta pelo artigo 5º, XLIII, daConstituição Federal e da vedação legal im-posta pelo artigo 44 da Lei 11.343/06. Prece-dentes. III - Ordem denegada. Decisão: pormaioria de votos, a Turma indeferiu o pedidode habeas corpus, nos termos do voto dorelator; vencido o ministro Marco Aurélio. Pre-sidência do ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Tur-ma, 24/11/2009.

HC 100980/RS — Relator(a): min. ErosGrau. Ju lgamento: 1/12/2009. Órgãojulgador: Segunda Turma. Publicação: DJE-027. Divulg.: 11/2/2010. Public.: 12/2/2010.Ement.: Vol.: 02389-03, pp-00562. Emen-ta: Habeas corpus. Penal e processual pe-nal. Homicídio triplamente qualificado. Con-curso de pessoas. Prisão preventiva. Garan-tia da aplicação da lei penal. Intenção defuga comprovada. Conveniência da instru-ção criminal. Preservação das testemunhas.Necessidade da segregação. Circunstânciaspessoais favoráveis. Irrelevância. 1. Crime dehomicídio triplamente qualificado, pratica-do em concurso de pessoas. 2. Prisão pre-ventiva decretada com a finalidade de ga-rantia da aplicação da lei penal e por con-veniência da instrução criminal. Intenção defuga demonstrada em prova testemunhal edocumental, além da circunstância de o pa-ciente ter procurado a advogada do co-réupara ajustar as versões do fato. Necessida-de da medida extrema de cerceio da liber-dade, não cabendo, nesse contexto, argu-mentar que a prisão cautelar deixou de ser

necessária por conveniência da instrução cri-minal porque esta fora encerrada. Pronun-ciado o paciente, as testemunhas ainda se-rão interrogadas na sessão do Tribunal doJúri. 3. Primariedade, bons antecedentes,residência e emprego fixos não asseguramo direito à liberdade provisória quando háfundamentação idônea à decretação da pri-são preventiva. Ordem denegada. Decisão:A Turma, à unanimidade, indeferiu o pedidode habeas corpus, nos termos do voto dorelator. Falou, pelo paciente, o dr. AlexandreBastian Hennig e, pelo Ministério Público Fe-deral, o dr. Mário José Gisi. Ausente, justifi-cadamente, neste julgamento, o senhor mi-nistro Celso de Mello. 2ª Turma, 1/12/2009.

REsp 665701/PI — Recurso Especial:2004/0056730-2. Relator(a): ministro Arnal-do Esteves Lima. Órgão julgador: QuintaTurma. Data do julgamento: 19/11/2009.Data da publicação/fonte: DJE: 14/12/2009.Ementa: Processual penal. Recurso especi-al. Crimes do Decreto-Lei 201/67. Omissão.Rejeição da denúncia. Exceção. Desneces-sidade de produção de provas. Recurso par-cialmente conhecido e, nessa extensão,não-provido. 1. Não há falar em omissãoquando o tribunal se manifesta acerca damatéria impugnada. 2. A rejeição prematu-ra da peça inicial só pode ser feita se restarevidente a improcedência da denúncia, nostermos dos artigos 43 do CPP e 6º da Lei8.038/90. Do contrário, deve a exordialacusatória ser recebida, com base no princí-pio do in dubio pro societate. 3. Recursoparcialmente conhecido e, nessa extensão,não-provido. Acórdão: Vistos, relatados ediscutidos os autos em que são partes asacima indicadas, acordam os ministros daQuinta Turma do Superior Tribunal de Justi-ça, por unanimidade, conhecer parcialmen-te do recurso e, nessa parte, negar-lhe pro-vimento. Os srs. ministros Jorge Mussi, FelixFischer e Laurita Vaz votaram com o sr. mi-nistro-relator. Ausente, justificadamente, osr. ministro Napoleão Nunes Maia Filho. Pre-sidiu o julgamento o sr. ministro Jorge Mussi.

REsp 669010/RJ — Recurso Especial:2004/0076011-8. Relator(a): ministro Arnal-do Esteves Lima. Órgão julgador: QuintaTurma. Data do julgamento: 19/11/2009.Data da publicação/fonte: DJE: 14/12/2009.Ementa: Processual penal. Recurso especi-al. Procedimento investigatório. Habeascorpus. Trancamento. Ministério Público.Investigação. Possibilidade. Recurso provido.1. "Na esteira de precedentes desta Corte,malgrado seja defeso ao Ministério Públicopresidir o inquérito policial propriamente dito,não lhe é vedado, como titular da ação pe-

nal, proceder a investigações. A ordem jurí-dica, aliás, confere explicitamente poderesde investigação ao Ministério Público — ar-tigo 8º, incisos II e IV, e § 2º, da Lei Com-plementar nº 75/1993." (REsp 665.997/GO,rel. min. Felix Fischer, Quinta Turma, DJ: 30/5/05), a fim de viabilizar o cumprimento desua função de promover, privativamente, aação penal pública. 2. O inquérito policial,por ser peça meramente informativa, decor-rente de atividade administrativa inqui-sitorial, não é pressuposto para o ofereci-mento de denúncia, que pode estar funda-da em outros elementos que demonstrema existência de crime e indícios de autoria,inclusive colhidos pelo titular da ação penalpública. 3. Inviável é a utilização do habeascorpus, ação de índole constitucional, mar-cado por cognição sumária e rito célere, quetem como escopo resguardar a liberdade delocomoção contra ilegalidade ou abuso depoder, para se trancar procedimento inves-tigatório realizado pelo Ministério Público. 4.Recurso provido para determinar o prosse-guimento do procedimento investigatório,bem como declarar lícitos os elementos jácolhidos. Acórdão: Vistos, relatados e discu-tidos os autos em que são partes as acimaindicadas, acordam os ministros da QuintaTurma do Superior Tribunal de Justiça, porunanimidade, conhecer do recurso e lhe darprovimento, nos termos do voto do sr. mi-nistro-relator. Os srs. ministros NapoleãoNunes Maia Filho, Jorge Mussi e Felix Fischervotaram com o sr. ministro-relator. Ausente,justificadamente, a sra. ministra Laurita Vaz.

REsp 1001961/AM — Recurso Espe-cial: 2007/0254585-7. Relator(a): ministroArnaldo Esteves Lima. Órgão julgador:Quinta Turma. Data do julgamento: 19/11/2009. Data da publicação/fonte: DJE:14/12/2009. Ementa: Penal e processualpenal. Recurso especial. Habeas corpusconcessivo. Ausência de justa causa. Mi-nistério Público. Titular da ação penal. Le-gitimidade para interposição de recurso es-pecial contra acórdão concessivo de ordemde habeas corpus. Artigo 29 do CP. Ausên-cia de prequestionamento. Inépcia da de-núncia. Não-ocorrência. Suficiência dadescrição das condutas imputadas. De-núncia lastreada com base em indíciosapurados no inquérito policial e escuta te-lefônica. Pleno exercício da ampla defesa.Trancamento da ação penal por meio dehabeas corpus. Medida de exceção. Recur-so parcialmente conhecido e, nessa exten-são, provido. 1. O Ministério Público, comotitular da ação penal, tem legitimidadepara interpor recurso especial de acórdãoconcessivo de habeas corpus que implique

trancamento de ação penal. 2. A ine-x istência do necessár io prequest iona-mento de matéria supostamente violadaconstitui obstáculo intransponível à se-quência recursal, nos termos das Súmulas282 e 356 do Supremo Tribunal. 3. A de-núncia que descreve de forma suficiente ascondutas imputadas atende aos requisitosdo artigo 41 do CPP, permitindo, destarte,o pleno exercício da ampla defesa. 4. Otrancamento da ação penal por meio dehabeas corpus é medida de exceção, sen-do admissível apenas quando atípica aconduta, extinta a punibi-lidade ou ilegí-tima, de forma manifesta, a parte. 5. Re-curso parcialmente conhecido e, nessa ex-tensão, provido para dar prosseguimentoà ação penal. Acórdão: Vistos, relatados ediscutidos os autos em que são partes asacima indicadas, acordam os ministros daQuinta Turma do Superior Tribunal de Jus-tiça, por unanimidade, conhecer parcial-mente do recurso e, nessa parte, dar-lheprovimento, nos termos do voto do sr. mi-nist ro-re lator . Os srs . minist ros JorgeMussi, Felix Fischer e Laurita Vaz votaramcom o sr. ministro-relator. Ausente, jus-tif icadamente, o sr. ministro NapoleãoNunes Maia Filho. Presidiu o julgamento osr. ministro Jorge Mussi.

REsp 1122937/MG — Recurso Especi-al: 2009/0101358-1. Relator(a): ministroArnaldo Esteves Lima. Órgão julgador: Quin-ta Turma. Data do julgamento: 19/11/2009.Data da publicação/fonte: DJE: 14/12/2009.Ementa: Processual penal. Recurso especi-al. Suspensão condicional do processo.Descumprimento das condições impostas.Possibilidade. Artigo 89, § 5º, da Lei 9.099/95. Revogação. Declaração posterior. Pos-sibilidade. Recurso provido. 1. A revogaçãodo benefício independe de declaração ex-pressa no curso do prazo de suspensão,bastando, para que seja implementada, aocorrência de fato impeditivo da extinçãoda punibilidade naquele período. Prece-dentes do STJ. 2. Recurso provido paracassar a decisão de declaração da extinçãoda punibi l idade e o acórdão recorr ido.Acórdão: Vistos, relatados e discutidos osautos em que são partes as acima in-dicadas, acordam os ministros da QuintaTurma do Superior Tribunal de Justiça, porunanimidade, conhecer do recurso e lhedar provimento, nos termos do voto do sr.ministro-relator. Os srs. ministros JorgeMussi, Felix Fischer e Laurita Vaz votaramcom o sr. ministro-relator. Ausente, jus-tif icadamente, o sr. ministro NapoleãoNunes Maia Filho. Presidiu o julgamento osr. ministro Jorge Mussi.

STF e STJ

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TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO JURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIA

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TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO JURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIA

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STJ

HC 151002/SP — Habeas Corpus:2009/0204696-3. Relator(a): ministro Arnal-do Esteves Lima. Órgão julgador: QuintaTurma. Data do julgamento: 17/11/2009.Data da publicação/fonte: DJE: 7/12/2009.Ementa: Execução penal. Habeas corpus.Indulto. Decreto 5.620/05. Tráfico ilícito deentorpecentes. Vedação expressa. Cons-trangimento ilegal não-configurado. Ordemdenegada. 1. Não é possível a concessão deindulto a condenados pela prática de tráficoilícito de entorpecentes, crime equiparado ahediondo. Inteligência dos artigos 2°, I, daLei 8.072/90 e 8°, I, do Decreto 5.620/05.2. Enquanto perdurarem as penas relativasaos delitos hediondos ou a eles equiparados,não tem o apenado direito ao benefício deindulto ou comutação de pena. 3. Ordemdenegada. Acórdão: Vistos, relatados e dis-cutidos os autos em que são partes as aci-ma indicadas, acordam os ministros da Quin-ta Turma do Superior Tribunal de Justiça, porunanimidade, denegar a ordem. Os srs. mi-nistros Jorge Mussi e Laurita Vaz votaramcom o sr. ministro-relator. Ausentes, justifi-cadamente, os srs. ministros Felix Fischer eNapoleão Nunes Maia Filho. Presidiu o jul-gamento o sr. ministro Jorge Mussi.

REsp 737824/CE —Recurso Especial:2005/0034186-5. Relator(a): ministra Lauri-ta Vaz. Órgão julgador: Quinta Turma. Datado julgamento: 19/11/2009. Data da publi-cação/fonte: DJE: 15/12/2009. Ementa:Recurso especial. Penal e processual penal.Homicídio qualif icado. Divergência nãocomprovada. Tribunal do júri. Plenitude dedefesa. Artigo 482 do Código de ProcessoPenal. Réu não apresentou tese de legítimadefesa. Nulidade. Inexistência. Irregularida-de na quesitação. Momento oportuno apósas explicitações do juiz-presidente. Preclu-são. 1. A sugerida divergência não foi de-monstrada na forma preconizada nos arti-gos 541, parágrafo único, do Código de Pro-cesso Civil e 255, §§ 1° e 2°, do RegimentoInterno do Superior Tribunal de Justiça. 2. Odireito à plenitude de defesa é garantido aosréus submetidos ao Tribunal do Júri, caben-do ao magistrado incluir no questionário teselevantada pelo réu no momento de seu in-terrogatório, ainda que não apresentadapela defesa técnica, sob pena de nulidade,nos termos do artigo 484, inciso III, do Có-digo de Processo Penal (com redação ante-rior à vigência da Lei n° 11.689/2008) e porforça do artigo 482, parágrafo único, do re-ferido estatuto. 3. No entanto, no caso emcomento, não se observa do interrogatório

do réu qualquer tese relativa à legítima de-fesa, o que afasta a impugnação de nulida-de por ausência de quesito obrigatório. 4.Hipótese em que as demais alegações rela-tivas à formulação dos quesitos constituiri-am mera irregularidade sem aparente pre-juízo para a defesa e, como não foram sus-citadas no momento oportuno, tornaram-se preclusas. 5. Recurso parcialmente conhe-cido e, nessa parte, desprovido. Acórdão:Vistos, relatados e discutidos estes autos,acordam os ministros da Quinta Turma doSuperior Tribunal de Justiça, na conformida-de dos votos e das notas taquigráficas a seguir,por unanimidade, conhecer parcialmente dorecurso e, nessa parte, negar-lhe provimen-to. Os srs. ministros Arnaldo Esteves Lima,Jorge Mussi e Felix Fischer votaram com asra. ministra-relatora. Ausente, just i f i-cadamente, o sr. ministro Napoleão NunesMaia Filho. Presidiu o julgamento o sr. mi-nistro Jorge Mussi.

HC 101703/SP — Habeas Corpus:2008/0052469-2. Re lator (a ) : min is t roNapoleão Nunes Maia Filho. Órgão jul-gador: Quinta Turma. Data do julgamen-to: 19/11/2009. Data da publicação/fon-te: DJE: 15/12/2009. Ementa: Habeascorpus. Atentado violento ao pudor. Au-sência de intimação pessoal do defensordativo da pauta de julgamento do recursode apelação. Nulidade suscitada mais de1 ano após a intimação pessoal do resul-tado do acórdão. Preclusão. A ausência deinterposição de recurso excepcional nãoconfigura cerceamento de defesa. Aplica-ção do princípio da voluntariedade dos re-cursos. Precedente do STJ. Parecer do MPFpela denegação do writ. Ordem dene-gada. 1. Não se desconhece que, a teordos artigos 5°, § 5°, da Lei 1.060/50 (acres-cido pela Lei 7.871/89), 370, § 4° do CPPe 128 da LC 80/94, é prer rogat iva daDefensoria Pública, ou de quem lhe façaas vezes, a intimação pessoal para todosos atos do processo, sob pena de nulidadepor cerceamento de defesa. 2. Todavia,consoante jurisprudência pacífica deste STJe do Pretório Excelso, considera-se conva-lidada a nulidade pelo instituto da pre-clusão, quando o defensor dativo silencia-se por mais de 1 ano acerca da ausênciade intimação pessoal da pauta de julga-mento. 3. A não interposição de recursosna esfera extraordinár ia pelo defensordativo não configura cerceamento de de-fesa, mormente quando já assegurado,como na hipótese, o duplo grau de jurisdi-

ção. Apl icação do pr incípio da volun-tar iedade dos recursos. Precedente. 4.Ordem denegada, em conformidade como parecer inisterial. Acórdão: Vistos, rela-tados e discutidos estes autos, acordam osministros da Quinta Turma do Superior Tri-bunal de Justiça, na conformidade dosvotos e das notas taquigráficas a seguir, porunanimidade, denegar a ordem. Os srs.ministros Jorge Mussi e Arnaldo EstevesLima votaram com o sr. ministro-relator.Ausentes, justificadamente, os srs. minis-tros Felix Fischer e Laurita Vaz.

HC 87156/SP — Habeas Corpus:2007/0166743-1. Relator(a): ministra Ma-ria Thereza de Assis Moura. Órgão jul-gador: Sexta Turma. Data do julgamento:11/12/2009. Data da publicação/fonte:DJE: 1/2/2010. Ementa: Habeas corpus.Execução penal. Progressão de regime.Pedido indeferido. Fundamentação con-creta. Cometimento de onze faltas disci-plinares. Fugas e diversas faltas graves.Decisão baseada nos dados da execução.Ordem Denegada. 1. De acordo com asalterações trazidas pela Lei 10.792/03, oexame criminológico deixou de ser requi-sito obrigatório para a progressão de regi-me, podendo, todavia, ser determinado demaneira fundamentada pelo juiz da exe-cução, de acordo com as peculiaridadesdo caso concreto, a partir de fatos ocorri-dos no curso da execução penal. 2. É cer-to que a gravidade dos crimes cometidose a quantidade de pena imposta não sãofundamentos hábeis para indeferir a pro-gressão de regime, conforme pacífica ju-risprudência deste Superior Tribunal deJustiça. Contudo, a existência de faltas dis-ciplinares demonstra exatamente o com-portamento do condenado durante a exe-cução da pena, servindo, por certo, paranegar o pedido e justificar a realização deexame criminológico.3. Fundando-se oacórdão atacado nas onze faltas discipli-nares cometidas pelo paciente (incluindoplano de fuga, evasões, tentativas de fu-gas e rebelião com reféns), não há cons-trangimento ilegal no indeferimento dopedido de progressão de regime e na de-terminação de que seja realizado examecriminológico. 4. Habeas corpus denegado.Acórdão: Vistos, relatados e discutidos osautos em que são partes as acima indi-cadas, acordam os ministros da Sexta Tur-ma do Superior Tribunal de Justiça: "A Tur-ma, por unanimidade, denegou a ordemde habeas corpus, nos termos do voto da

sra. ministra-relatora." Os srs. ministros OgFernandes, Celso L imongi (desembar-gador-convocado do TJ-SP) , Haro ldoRodrigues (desembargador-convocado doTJ-CE) e Nilson Naves votaram com a sra.ministra-relatora. Presidiu o julgamento osr. ministro Nilson Naves.

HC 127338/DF — Habeas Corpus:2009/0017146-5. Re lator (a ) : min is t roArnaldo Esteves Lima. Órgão julgador:Quinta Turma. Data do julgamento: 17/11/2009. Data da publicação/fonte: DJE:7/12/2009. Ementa: Processual penal.Habeas corpus. Formação de quadrilha ecorrupção passiva. Interceptação telefôni-ca. Lei 9.296/96. Inexistência de vício. Pos-sibilidade de apuração dos delitos por ou-tros meios de prova. Dilação probatória.Impossibilidade. Transcrição integral dosdiálogos interceptados. Desnecessidade.Constrangimento ilegal não-configurado.Ordem denegada.1. É lícita a quebra desigilo telefônico baseada em fatos apura-dos em investigação prévia e em diálogosde corréus interceptados regularmente. 2.Não é cabível, na via estreita do habeascorpus, o exame da possibilidade de de-monstração dos ilícitos por meios de pro-vas diversos da interceptação telefônica,por demandar revolvimento da matériafática. 3. Não é necessária a transcriçãointegral dos diálogos gravados durante aquebra do sigilo telefônico, sendo suficien-te o auto circunstanciado do apurado (Ar-tigo 6°, § 2°, da Lei 9.296/96). 4. Ordemdenegada. Acórdão:Vistos, relatados e dis-cutidos os autos em que são partes as aci-ma indicadas, acordam os ministros daQuinta Turma do Superior Tribunal de Jus-tiça, por unanimidade, denegar a ordem.Os srs. ministros Jorge Mussi e Laurita Vazvotaram com o sr. ministro-relator. Ausen-tes, justificadamente, os srs. ministros FelixFischer e Napoleão Nunes Maia Filho. Pre-sidiu o julgamento o sr. ministro Jorge Mussi.

Jurisprudência extraída do Boletim deJurisprudência da Procuradoria de JustiçaCriminal do Ministério Público do Estado deSão Paulo, coordenada pelos procuradoresde Justiça Júlio César de Toledo Piza (secre-tário executivo), Fernando José Marques(vice-secretário executivo) e pelos promo-tores de Justiça Antonio Ozório Leme deBarros e José Roberto Sígolo.

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TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROS

GZ EDITORA

Comentários à Lei deComentários à Lei deComentários à Lei deComentários à Lei deComentários à Lei deLicitações e ContratosLicitações e ContratosLicitações e ContratosLicitações e ContratosLicitações e ContratosAdministrativosAdministrativosAdministrativosAdministrativosAdministrativos

Marçal Justen FilhoMarçal Justen FilhoMarçal Justen FilhoMarçal Justen FilhoMarçal Justen Filho

14ª edição. Examina os institutos re-lativos a licitações e contratos admi-nistrativos, propondo soluções paraos problemas mais complexos e trazen-do a jurisprudência mais recente doSTF, do STJ e do TCU. Analisa todos osartigos da Lei 8.666/93, com as altera-ções promovidas pelas Leis 8.883/94 e9.648/98. A Lei 8.666/93 regulamentao artigo 37, inciso XXI, da ConstituiçãoFederal, institui normas para licitaçõese contratos da Administração Públicae dá outras providências. O autor émestre e doutor em Direito pela PUC-SP.

Direito AdministrativoDireito AdministrativoDireito AdministrativoDireito AdministrativoDireito AdministrativoConstitucionalConstitucionalConstitucionalConstitucionalConstitucional

Edson AguiarEdson AguiarEdson AguiarEdson AguiarEdson Aguiarde Vasconcelosde Vasconcelosde Vasconcelosde Vasconcelosde Vasconcelos

Apresenta quatro partes: paradig-mas de pré-compreensão do fenô-meno administrativo (em busca doDireito Administrativo perdido oucrise existencial de uma disciplinajurídica, etc.); ordem e evolução daadministração pública brasileira (ges-tação e nascimento da administra-ção pública brasileira, etc.); perfilconstitucional da administração pú-blica brasileira; contenção do poderpúblico e proteção dos cidadãos naórbita das Convenções Americana eEuropeia dos Direitos do Homem.

Filosofia do DireitoFilosofia do DireitoFilosofia do DireitoFilosofia do DireitoFilosofia do Direito

João Baptista HerkenhoffJoão Baptista HerkenhoffJoão Baptista HerkenhoffJoão Baptista HerkenhoffJoão Baptista Herkenhoff

Apresenta 18 capítulos: o que é Fi-losofia; divisão da Filosofia; divisãoda Filosofia do Direito; Filosofia doDireito e disciplinas vizinhas — o Di-reito sob o olhar de múltiplos saberes;normas controladoras da conduta— o Direito e a Moral; o conceito deDireito — fatores do Direito; direitonatural, debate ainda atual?; ética eDireito — uma pauta ética para o la-bor do jurista; segurança, ordem,justiça; sujeitos do Direito à luz daFilosofia; humanismo, Filosofia eDireito; etc.

Mandado de SegurançaMandado de SegurançaMandado de SegurançaMandado de SegurançaMandado de Segurança

Mantovanni Colares CavalcanteMantovanni Colares CavalcanteMantovanni Colares CavalcanteMantovanni Colares CavalcanteMantovanni Colares Cavalcante

2ª edição, revista, ampliada e atua-lizada, de acordo com a Lei 12.016/09. O mandado de segurança é abor-dado em todas as suas fases pro-cessuais, desde a postulação até oreexame necessário, passando pelasfases do juízo de admissibilidade, daantecipação parcial ou total da tutela(liminar), do desenvolvimento daação, do julgamento, da execução edo reexame das decisões interlocutó-rias e do julgamento (reexame neces-sário e recursos). O autor é juiz do Es-tado do Ceará.

LANÇAMENTO

Mandado de SegurançaMandado de SegurançaMandado de SegurançaMandado de SegurançaMandado de Segurança

Eduardo Arruda AlvimEduardo Arruda AlvimEduardo Arruda AlvimEduardo Arruda AlvimEduardo Arruda Alvim

2ª edição, reformulada e atualizada daobra Mandado de Segurança no Di-reito Tributário. De acordo com a Lei12.016/09. Alguns temas abordados:mandado de segurança — noçõespropedêuticas; mandado de segurança— parte histórica; sujeitos no manda-do de segurança; sujeito passivo emmandado de segurança — autoridadecoatora; direito líquido e certo — con-ceito; prazo decadencial de impetração(120 dias); mandado de segurançapreven-tivo — mandado de segurançacontra lei em tese; etc.

LANÇAMENTO

EDITORA VERBATIM

Compensação FinanceiraCompensação FinanceiraCompensação FinanceiraCompensação FinanceiraCompensação Financeirapela Exploração depela Exploração depela Exploração depela Exploração depela Exploração deRecursos MineraisRecursos MineraisRecursos MineraisRecursos MineraisRecursos MineraisPaulo Roberto CoimbraPaulo Roberto CoimbraPaulo Roberto CoimbraPaulo Roberto CoimbraPaulo Roberto CoimbraSilva (coordenação)Silva (coordenação)Silva (coordenação)Silva (coordenação)Silva (coordenação)

Direito FinanceiroDireito FinanceiroDireito FinanceiroDireito FinanceiroDireito Financeiro

Ivana Mussi GabrielIvana Mussi GabrielIvana Mussi GabrielIvana Mussi GabrielIvana Mussi Gabriel

Da Coleção Concursos Públicos. Apre-senta sete capítulos: introdução aoDireito Financeiro (legislação sobrefinanças públicas, competência le-gislativa sobre Direito Financeiro eorçamentos, etc.); orçamento público(natureza jurídica do orçamento, con-trole de constitucionalidade do or-çamento, etc.); receitas públicas; des-pesas públicas; crédito público; Ban-co Central; balanços. No final de ca-da capítulo foram incluídas questõesde variados concursos, acompanhadasdas respectivas respostas.

LANÇAMENTO

Lei de Licitações e ContratosLei de Licitações e ContratosLei de Licitações e ContratosLei de Licitações e ContratosLei de Licitações e Contratosda Administraçãoda Administraçãoda Administraçãoda Administraçãoda AdministraçãoPública ComentadaPública ComentadaPública ComentadaPública ComentadaPública ComentadaEvelise Pedroso TeixeiraEvelise Pedroso TeixeiraEvelise Pedroso TeixeiraEvelise Pedroso TeixeiraEvelise Pedroso TeixeiraPrado VieiraPrado VieiraPrado VieiraPrado VieiraPrado Vieira

Planos de Saúde naPlanos de Saúde naPlanos de Saúde naPlanos de Saúde naPlanos de Saúde naVisão do STJ e do STFVisão do STJ e do STFVisão do STJ e do STFVisão do STJ e do STFVisão do STJ e do STF

Daniela Batalha TrettelDaniela Batalha TrettelDaniela Batalha TrettelDaniela Batalha TrettelDaniela Batalha Trettel

Apresenta duas partes: contextualiza-ção do setor de planos de saúde e legis-lação aplicável (denominações e clas-sificações adotadas, histórico de forma-ção e configuração atual, aspectos con-tratuais dos planos de saúde: a legis-lação infraconstitucional); posicio-namentos dos tribunais superiores naanálise dos conflitos entre usuários eoperadoras de planos de saúde (planosde saúde na justiça: o direito à saúdeestá sendo efetivado?, jurisprudênciado Superior Tribunal de Justiça emplanos de saúde).

LANÇAMENTO

A partir da Constituição Federal de1988, o ordenamento jurídico foi in-tegrado por mecanismos mais efi-cientes de controle dos gastos pú-blicos. Por isto, o Poder Judiciáriovem sendo, cada vez mais, chamadoa decidir sobre demandas cujo objetoé a boa aplicação do dinheiro público,que deve ser destinado a custear osserviços indispensáveis para a sa-tisfação das necessidades sociais epara a concretização da cidadania.Traz anotações sobre as interpretaçõesdadas a cada dispositivo legal.

DIALÉTICA

Manual de Direitos DifusosManual de Direitos DifusosManual de Direitos DifusosManual de Direitos DifusosManual de Direitos Difusos

Vidal Serrano NunesVidal Serrano NunesVidal Serrano NunesVidal Serrano NunesVidal Serrano Nunes(coordenador)(coordenador)(coordenador)(coordenador)(coordenador)

Foram abordadas, de maneira sis-temática, todas as matérias que cos-tumam ser agrupadas nesta deno-minação: Direito Ambiental, Direitoda Educação, etc. Segundo o coorde-nador, “houve uma preocupação coma padronização das formas, com oobjetivo de fazer com que cada temapudesse, de um lado, ser isoladamen-te estudado, mas sem que houvesseperda da noção do conjunto, em re-lação àqueles que pretendam umestudo minucioso e sistemático damatéria”.

LANÇAMENTO

QUARTIER LATIN

Reúne artigos escritos pelos advogadosdo escritório Tostes & Coimbra Advo-gados e apresenta uma visão abran-gente sobre os principais aspectos daatividade de extração mineral no Bra-sil, apontando dados históricos e asdiversas questões jurídicas que en-volvem a CFEM no País. “A obra giraem torno da necessidade de maioresreflexões a respeito da caracterizaçãodo regime jurídico aplicável à CFEM,tendo em vista o papel empreendedore gerador de riquezas inerentes à ati-vidade minerária”, afirma Coimbra.

LANÇAMENTO LANÇAMENTO

Page 24: Edição Maio 2010 - nº 205

MAIO DE 20106LIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROS

TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

MALHEIROS EDITORES

Direito Civil 2 — ObrigaçõesDireito Civil 2 — ObrigaçõesDireito Civil 2 — ObrigaçõesDireito Civil 2 — ObrigaçõesDireito Civil 2 — Obrigações

Sílvio Luís Ferreira da RochaSílvio Luís Ferreira da RochaSílvio Luís Ferreira da RochaSílvio Luís Ferreira da RochaSílvio Luís Ferreira da Rocha

Temas abordados: Direito das Obri-gações; princípios aplicáveis ao Di-reito das Obrigações; elementos epressupostos da obrigação; fontesda obrigação; classificação das obri-gações; obrigações de dar, de fazer ede não fazer; obrigações cumulati-vas, alternativas, facultativas, divisí-veis, indivisíveis e solidárias; trans-missão das obrigações; pagamentoou cumprimento; pagamentos espe-ciais; extinção das obrigações empagamento: novação, compensação,confusão e remissão; mora; etc.

Direito Civil 3 — DireitosDireito Civil 3 — DireitosDireito Civil 3 — DireitosDireito Civil 3 — DireitosDireito Civil 3 — DireitosReaisReaisReaisReaisReais

Sílvio Luís Ferreira da RochaSílvio Luís Ferreira da RochaSílvio Luís Ferreira da RochaSílvio Luís Ferreira da RochaSílvio Luís Ferreira da Rocha

Apresenta 24 capítulos: Direito dasCoisas; posse; classificação da posse;aquisição, conservação, transmissãoe perda da posse; efeitos da posse;propriedade; condomínio; aquisiçãoda propriedade; usucapião; perda dapropriedade imóvel; aquisição e perdada propriedade móvel; direitos devizinhança; direitos reais sobre coisasalheias; enfiteuse; superfície; servi-dões; usufruto; uso e habitação; con-cessão de direito real de uso — conces-são de uso especial para fins de mo-radia; penhor; hipoteca; etc.

Curso de DireitoCurso de DireitoCurso de DireitoCurso de DireitoCurso de DireitoConstitucional TributárioConstitucional TributárioConstitucional TributárioConstitucional TributárioConstitucional Tributário

Roque Antonio CarrazzaRoque Antonio CarrazzaRoque Antonio CarrazzaRoque Antonio CarrazzaRoque Antonio Carrazza

26ª edição. Partindo dos princípiosconstitucionais gerais e, em parti-cular, dos princípios constitucionaistributários, o autor examina o siste-ma tributário do Brasil, implantadocom a Constituição de 1988. A partirdesses fundamentos estuda, em pro-fundidade, as competências tributá-rias, conceitos, características e clas-sificação dos tributos, discrimina-ção de rendas tributárias, isenções,etc., bem como as grandes linhas quedevem informar a legislação infra-constitucional.

Elementos de DireitoElementos de DireitoElementos de DireitoElementos de DireitoElementos de DireitoConstitucionalConstitucionalConstitucionalConstitucionalConstitucional

Michel TemerMichel TemerMichel TemerMichel TemerMichel Temer

23ª edição, revista e atualizada. Alémde apresentar os conceitos básicosde Estado, Soberania, Constituição,da tripartição dos Poderes, controleda constitucionalidade, etc., estudaa distribuição do Poder pelos seusdesdobramentos espaciais (União,Estados-membros, Distrito Federal,municípios e, eventualmente, Terri-tórios) e orgânicos (Legislativo, Exe-cutivo e Judiciário). Analisa todos osinstrumentos assecuratórios dos di-reitos e garantias individuais e cole-tivos.

Resumo de DireitoResumo de DireitoResumo de DireitoResumo de DireitoResumo de DireitoComercial (Empresarial)Comercial (Empresarial)Comercial (Empresarial)Comercial (Empresarial)Comercial (Empresarial)

Maximilianus CláudioMaximilianus CláudioMaximilianus CláudioMaximilianus CláudioMaximilianus CláudioAmérico FührerAmérico FührerAmérico FührerAmérico FührerAmérico Führer

40ª edição. Volume 1 da Coleção Re-sumos. Apresenta seis capítulos: Par-te Geral (esboço histórico, conceitode comércio, Direito Comercial e Di-reito Empresarial, etc.); propriedadeindustrial (a propriedade intelectual,a propriedade industrial, legislaçãoaplicável, etc.); sociedades empre-sariais; títulos de crédito; DireitoBancário (características do DireitoBancário, etc.); falências, concor-datas e recuperações (Lei atual –11.101/05, Lei anterior — 7.661/45,falências e concordatas.

Resumo de Processo PenalResumo de Processo PenalResumo de Processo PenalResumo de Processo PenalResumo de Processo Penal

Maximiliano Roberto ErnestoMaximiliano Roberto ErnestoMaximiliano Roberto ErnestoMaximiliano Roberto ErnestoMaximiliano Roberto ErnestoFührer e MaximilianusFührer e MaximilianusFührer e MaximilianusFührer e MaximilianusFührer e MaximilianusCláudio Américo FührerCláudio Américo FührerCláudio Américo FührerCláudio Américo FührerCláudio Américo Führer

25ª edição, atualizada. Volume 6 daColeção Resumos. Apresenta cincocapítulos: Parte Geral (direito proces-sual penal, leis processuais brasilei-ras, sistemas processuais, interpre-tação da lei processual, etc.); proce-dimentos do Código de Processo Penal(processo e procedimento, espéciesde procedimento, procedimento or-dinário comum, etc.); procedimen-tos de leis especiais (drogas, esquemado procedimento da Lei de Drogas,etc.); o Juizado Especial Criminal; oprocesso eletrônico (Lei 11.419/06).

Direito Civil 1 — Parte GeralDireito Civil 1 — Parte GeralDireito Civil 1 — Parte GeralDireito Civil 1 — Parte GeralDireito Civil 1 — Parte Geral

Sílvio Luís Ferreira da RochaSílvio Luís Ferreira da RochaSílvio Luís Ferreira da RochaSílvio Luís Ferreira da RochaSílvio Luís Ferreira da Rocha

Apresenta 12 capítulos: pessoas na-turais; pessoa jurídica; domicílio;bens; fatos jurídicos, negócio jurídico— disposições gerais; representação;elementos acidentais dos negóciosjurídicos; defeitos do negócio jurídico;invalidade do negócio jurídico; daprescrição e da decadência; prova. Oautor é mestre e doutor em DireitoCivil e doutor em Direito Adminis-trativo pela Faculdade de Direito daPontifícia Universidade Católica deSão Paulo (PUC-SP), onde é professorassistente doutor. É juiz federal.

Resumo de DireitoResumo de DireitoResumo de DireitoResumo de DireitoResumo de DireitoAdministrativoAdministrativoAdministrativoAdministrativoAdministrativoMaximiliano R. ErnestoMaximiliano R. ErnestoMaximiliano R. ErnestoMaximiliano R. ErnestoMaximiliano R. ErnestoFührer e MaximilianusFührer e MaximilianusFührer e MaximilianusFührer e MaximilianusFührer e MaximilianusCláudio Américo FührerCláudio Américo FührerCláudio Américo FührerCláudio Américo FührerCláudio Américo Führer

24ª edição, atualizada. Volume 7 daColeção Resumos. Apresenta trêspartes: Direito Administrativo (princí-pios da administração pública, enti-dades e órgãos públicos, agentes pú-blicos, improbidade administrativa,prisão administrativa, administraçãodireta e indireta, poderes administra-tivos, controle da Administração, atosadministrativos, processo administra-tivo, licitações, contratos administrati-vos, serviços públicos, etc.); do manda-do de segurança e outras ações; admi-nistração orçamentária.

Dicionário Jurídico (MatériaDicionário Jurídico (MatériaDicionário Jurídico (MatériaDicionário Jurídico (MatériaDicionário Jurídico (Matériapor Matéria)por Matéria)por Matéria)por Matéria)por Matéria)Maximiliano R.ErnestoMaximiliano R.ErnestoMaximiliano R.ErnestoMaximiliano R.ErnestoMaximiliano R.ErnestoFührer e MaximilianusFührer e MaximilianusFührer e MaximilianusFührer e MaximilianusFührer e MaximilianusCláudio Américo FührerCláudio Américo FührerCláudio Américo FührerCláudio Américo FührerCláudio Américo Führer

3ª edição. Volume 12 da ColeçãoResumos. Traz os verbetes organiza-dos por setor ou ramo. É um superre-sumo para as ocasiões de emergênciainadiável, tão comuns na melhor épocada vida acadêmica. Aborda o DireitoConstitucional, Direito Civil, DireitoComercial, Processo Civil, Direito Penal,Processo Penal, Direito do Trabalho,Direito Administrativo e Direito Tri-butário. Traz expressões latinas e índicealfabético geral, com a indicação decada uma das matérias onde deter-minado verbete foi inserido.

Direito UrbanísticoDireito UrbanísticoDireito UrbanísticoDireito UrbanísticoDireito UrbanísticoBrasileiroBrasileiroBrasileiroBrasileiroBrasileiro

José Afonso da SilvaJosé Afonso da SilvaJosé Afonso da SilvaJosé Afonso da SilvaJosé Afonso da Silva

6ª edição, revista e atualizada.Apresenta cinco partes: dos funda-mentos do Direito Urbanístico (doregime jurídico da atividade urbanís-tica, do conceito de “Direito Urbanís-tico”, do Direito Urbanístico no Bra-sil, etc.); do planejamento urbanístico(do regime jurídico do planejamentourbanístico, do planejamento urba-nístico no Brasil, etc.); da ordenaçãojurídico-urbanística do solo; da or-denação de áreas de interesse urba-nístico especial; dos instrumentosde intervenção urbanística.

LANÇAMENTO LANÇAMENTOLANÇAMENTO

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7MAIO DE 2010

TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROS

EDITORA SARAIVA

Coleção de LegislaçãoA Editora Saraiva lançou novas edições de oito obras da Coleção Saraiva de Le-

gislação. São elas: Estatuto da Criança e do Adolescente (17ª edição), Código deProteção e Defesa do Consumidor (19ª edição), Títulos de Crédito (11ª edição),Constituição da República Federativa do Brasil (44ª edição), Legislação Adminis-trativa (6ª edição), Legislação de Direitos Difusos e Coletivos (6ª edição), Legisla-ção de Direito Internacional (3ª edição), Legislação de Direito Ambiental (3ª edi-ção), além da 1ª edição da Legislação Militar. A Coleção Saraiva de Legislação écomposta por obras de temas variados, atuais e de oportunidade. Trata-se de legis-lação seca, sem anotações doutrinárias, o que permite seu uso em provas e con-cursos públicos. A Coleção divide-se em títulos que apresentam uma norma prin-cipal, acompanhada da legislação complementar pertinente (ex. Estatuto da Criançae do Adolescente, Código do Consumidor, Estatuto da Terra, Código Eleitoral), ouconstituem verdadeiras compilações de determinada área do Direito, divididas portemas (ex. Legislação de Direito Ambiental, Legislação Administrativa, Legislaçãode Direito Internacional). O leitor conta, ainda, com súmulas, notas explicativas eremissivas, além de índices facilitadores de consulta. Todas obras coletivas de au-toria da Editora Saraiva, com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Már-cia Cristina Vaz dos Santos Windt e Livia Céspedes.

Constituição da República Federativa doBrasil – 44ª edição. Atualizada até a EmendaConstitucional 62/09, que dispõe sobreprecatórios, com novas notas remissivas,íntegra das emendas constitucionais, adendoespecial com o texto original dos artigosalterados pelas sucessivas emendas cons-titucionais e índices sistemático e alfabético-remissivo.

Código de Proteção e Defesa do Consumidor –19ª edição, ampliada e atualizada reúne toda amatéria consumerista, inclusive temascontroversos e discutidos na mídia, como Serviçode Atendimento ao Consumidor (SAC), porta-bilidade dos planos de saúde e divulgaçãocomercial de medicamentos. Destaques: açãocvil pública, CADE, cláusulas abusivas, crimescontra as relações de consumo, Estatuto doTorcedor, Defensoria Pública, dispositivos daConstituição Federal e súmulas STJ e vinculantes.

Legislação Militar – 1ª edição. Esta obra conjuga:Constituição Federal, Código Penal Militar, Códigode Processo Penal Militar e Legislação Com-plementar. Destaques: Estatuto dos Militares,Estatuto do Desarmamento, Lei de Organizaçãodas Forças Armadas, Lei de Organização JudiciáriaMilitar, Lei do Serviço Militar, Lei Orgânica daMagistratura Nacional, do Ministério Público daUnião e da Defensoria Pública, Regime Jurídicodos Servidores Públicos, Lei de Licitações, Lei dePensões Militares, Regimento Interno do STM,súmulas STF, vinculantes, STJ e STM.

Títulos de Crédito – 11ª edição,atualizada e reformulada. Cheques,duplicatas, falência e recuperaçãojudicial, letras de câmbio e notaspromissórias, microempresa, protestode títulos, dispositivos do Código Civil, doCódigo de Processo Civil e do CódigoPenal, além de súmulas do STF e STJ,índices e notas.

Legislação Administrativa – 6ª edição. Obraorganizada por matéria e acompanhada deConstituição Federal na íntegra, súmulas, notase índices. Constam deste volume: Lei Orgânicada Advocacia-Geral da União, Organização daPresidência da República e dos Ministérios,Agências Executivas e Agências Reguladoras,Regime Jurídico dos Servidores Públicos e muitomais. Destaques: agentes públicos, precatórios,declaração de quitação anual de débitos,mandado de segurança, Juizados Especiais daFazenda Pública, Súmulas STJ e vinculantes.

Legislação de Direito Internacional – 3ª edição.Obra subdividida em Direito Internacional Públicoe Privado, organizada em 18 temas, atualizaçãosemanal e gratuita pela internet com aviso por e-mail e SMS. Destaques: novo Estatuto da Con-ferência da Haia de Direito Internacional Privado,novo Acordo de Cooperação e Assistência Juris-dicional em Matéria Civil, Comercial, Trabalhista eAdministrativa (Mercosul), Acordo sobre o Benefícioda Justiça Gratuita e Assistência Jurídica Gratuita(Mercosul), Convenção de Viena sobre Direto dosTratados, Tratado de Cooperação Jurídica em MatériaPenal (Brasil e Suíça) e muito mais.

Legislação de Direitos Difusos e Coletivos – 6ªedição, reformulada e organizada por temas comdispositivos da Constituição Federal, dos CódigosCivil e Penal, índices e notas. Destaques: biodiver-sidade, biossegurança, cláusulas abusivas, consu-midor, criança e adolescente, Defensoria Pública,idoso, Lei da Ação Popular, Lei de Ação Civil Pública,Lei Maria da Penha, meio ambiente, Política Nacionalde Turismo, Lei Nacional da Adoção, mandado desegurança, portadores de deficiência, Serviço deAtendimento ao Consumidor (SAC), súmulas doSTF, vinculantes e do STJ.

Estatuto da Criança e do Adolescente– 17ª edição. Dispositivos daConstituição Federal, dos CódigosCivil, de Processo Civil, Penal, deProcesso Penal, CLT, súmulas doSTF e STJ, além de índices e notas.Destaques: Lei de Diretrizes e Basesda Educação , da Adoção, exploraçãoe tráfico de menores, alimentosgravídicos e pedofilia na internet.

Legislação de Direito Ambiental – 3ª edição.Organizada por tema, contendo: Código de Água,de Pesca, de Mineração, Florestal e de Caça,Regulamento de Infrações e Sanções Adminis-trativas, Estatuto do Garimpeiro, Protocolo deQuioto, Lei de Crimes Ambientais, ResoluçãoCONAMA, dispositivos da Constituição Federalsobre a matéria, índices, notas. Atualização semanale gratuita pela internet com aviso por e-mail e SMS.Destaques: Política Nacional de DesenvolvimentoSustentável da Aquicultura e da Pesca, PolíticaNacional sobre Mudança de Clima – PNMC, e Controlede Inspeção de Poluição Veicular.

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MAIO DE 20108LIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROS

TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

EDITORA SARAIVA

Tudo o que Você PrecisaTudo o que Você PrecisaTudo o que Você PrecisaTudo o que Você PrecisaTudo o que Você PrecisaOuvir Sobre Abertura deOuvir Sobre Abertura deOuvir Sobre Abertura deOuvir Sobre Abertura deOuvir Sobre Abertura deEmpresa — AspectosEmpresa — AspectosEmpresa — AspectosEmpresa — AspectosEmpresa — AspectosJurídicosJurídicosJurídicosJurídicosJurídicosMariana Guilardi GrandessoMariana Guilardi GrandessoMariana Guilardi GrandessoMariana Guilardi GrandessoMariana Guilardi Grandessodos Santosdos Santosdos Santosdos Santosdos Santos

Nova Lei do InquilinatoNova Lei do InquilinatoNova Lei do InquilinatoNova Lei do InquilinatoNova Lei do Inquilinato

Bruno Pandori Giancoli eBruno Pandori Giancoli eBruno Pandori Giancoli eBruno Pandori Giancoli eBruno Pandori Giancoli eFábio Vieira FigueiredoFábio Vieira FigueiredoFábio Vieira FigueiredoFábio Vieira FigueiredoFábio Vieira Figueiredo

Análise crítica das alterações intro-duzidas pela Lei n° 12.112/09. A Lei doInquilinato é, sem dúvida, um dosprincipais diplomas do Direito Civilbrasileiro, tendo em vista que as re-lações locatícias, sem seus mais va-riados matizes, representam uma im-portante relação jurídica de nossa so-ciedade. Este livro tem por objetivoidentificar as modificações operadas,comparando-as com a atual posiçãoda doutrina e da jurisprudência sobreo tema. Dessa forma, o leitor terá umavisão geral e sistemática do assunto.

Hermenêutica eHermenêutica eHermenêutica eHermenêutica eHermenêutica eInterpretação JurídicaInterpretação JurídicaInterpretação JurídicaInterpretação JurídicaInterpretação Jurídica

Ricardo MaurícioRicardo MaurícioRicardo MaurícioRicardo MaurícioRicardo MaurícioFreire SoaresFreire SoaresFreire SoaresFreire SoaresFreire Soares

Direitos HumanosDireitos HumanosDireitos HumanosDireitos HumanosDireitos Humanos

Ricardo CastilhoRicardo CastilhoRicardo CastilhoRicardo CastilhoRicardo Castilho

A civilização é o resultado concreto daorganização dos grupos dentro de umaordem regulatória de deveres e de direitos.Não há como falar em direitos sem falarem liberdade. Por isso o autor orientousua pesquisa fazendo-a apoiar-se, aolongo de todo o texto, sobre os conceitose as noções de liberdade.Trata-se deobra que enfatiza a ocorrência da ma-téria em concursos, tais como DefensoriaPública, Procuradoria do Estado e InstitutoRio Branco. Vale ressaltar que recente-mente a disciplina foi inserida no pro-grama do Exame da OAB.

Após apresentar os conceitos fundamen-tais da hermenêutica, o autor descreveos caracteres, os modelos e os métodosde interpretação do direito. Examinaainda o uso da principiologia, a tópica,a lógica do razoável e a retórica jurídica.Discute temas como as cláusulas gerais,as má-ximas de experiência, os conceitosjurí-dicos indeterminados e o paradigmaneoconstitucionalista. Traz uma seleçãode casos extraídos da jurisprudência doSTF. O autor é doutorando em DireitoPúblico pela Universidade Federal daBahia.

Ao decidir pela constituição de umaempresa, o futuro empresário ver-se-á diante de inúmeras possibili-dades e escolhas. Deverá cercar-se detodas as informações inerentes aoramo de negócio escolhido, dispor decapital para dar início ao negócio e,principalmente, preocupar-se emeleger um sócio, caso não pretendaabrir a empresa sozinho. Esse au-diolivro irá ajudá-lo a entender me-lhor os principais aspectos que envol-vem a abertura de uma empresapara ter sucesso no seu novo negócio.

LANÇAMENTOLANÇAMENTO LANÇAMENTO LANÇAMENTO

Eleições Digitais — A NovaEleições Digitais — A NovaEleições Digitais — A NovaEleições Digitais — A NovaEleições Digitais — A NovaLei Eleitoral na InternetLei Eleitoral na InternetLei Eleitoral na InternetLei Eleitoral na InternetLei Eleitoral na Internet

Patricia Peck Pinheiro ePatricia Peck Pinheiro ePatricia Peck Pinheiro ePatricia Peck Pinheiro ePatricia Peck Pinheiro eLeandro BissoliLeandro BissoliLeandro BissoliLeandro BissoliLeandro Bissoli

Audiolivro. Alguns temas analisa-dos: o cidadão digital; o efeito Oba-ma; a legislação brasileira; principaisalterações quanto ao uso da internetna campanha eleitoral; a propagandaeleitoral antecipada; permanênciada propaganda na internet; emissãode opinião ou propaganda eleitoral;censura prévia; debates na internet;cadastros eletrônicos; mensagenseletrônicas; propaganda paga nainternet; ofensa, indenização e di-reito de resposta; responsabilidadedos provedores; etc.

LANÇAMENTO

Tratados InternacionaisTratados InternacionaisTratados InternacionaisTratados InternacionaisTratados Internacionaisde Direitos Humanosde Direitos Humanosde Direitos Humanosde Direitos Humanosde Direitos Humanose Direito Internoe Direito Internoe Direito Internoe Direito Internoe Direito Interno

ValValValValValeeeeerio de Oliveira Mazzuolirio de Oliveira Mazzuolirio de Oliveira Mazzuolirio de Oliveira Mazzuolirio de Oliveira Mazzuoli

O autor sustenta que os critérios tra-dicionais de solução de antinomias(critério hierárquico, da especialidadee cronológico) não são suficientes pa-ra resolver os conflitos entre o direitointernacional dos direitos humanose o direito interno num contexto pós-moderno. Deve-se, conforme expõe,buscar método dialógico para a reso-lução de tais antinomias, que dê pre-valência à coexistência das normasde proteção em vez da exclusão deuma pela outra. Busca-se viabilizaro direito mais benéfico ao ser humano.

Mandado de SegurançaMandado de SegurançaMandado de SegurançaMandado de SegurançaMandado de Segurançano Direito Tributáriono Direito Tributáriono Direito Tributáriono Direito Tributáriono Direito Tributário

Gabriel Sant’AnnaGabriel Sant’AnnaGabriel Sant’AnnaGabriel Sant’AnnaGabriel Sant’AnnaQuintanilha e FelipeQuintanilha e FelipeQuintanilha e FelipeQuintanilha e FelipeQuintanilha e FelipeCarvalho PereiraCarvalho PereiraCarvalho PereiraCarvalho PereiraCarvalho Pereira

Os autores abordam de maneira clarae objetiva a nova Lei do Mandado deSegurança (Lei n° 12.016/2009) e seusefeitos no Direito Tributário. A obraconta com uma seleção de posiciona-mentos doutrinários, jurisprudênciase súmulas dos tribunais superiores so-bre o assunto, e ainda oferece aos lei-tores um quadro comparativo entre alei atual e a anterior, sendo ideal paraprofissionais e estudantes dos examesda Ordem dos Advogados do Brasil ede concursos públicos. Os autores sãoadvogados e professores.

LANÇAMENTOLANÇAMENTO

Manual de Direito TributárioEduardo SabbagEduardo SabbagEduardo SabbagEduardo SabbagEduardo Sabbag

2ª edição. 1.126 páginas. Incluia nova Lei 12.016/09 que alterao mandado de segurança. Con-tém questões comentadas deconcursos mais recentes e sele-ção de testes das principais ban-cas examinadoras. Projeto grá-fico diferenciado com destaquescoloridos. Contém 32 capí-tulos:introdução; princípio da legali-dade tributária; princípio daanterioridade tributária; prin-cípio da isonomia tributária;princípio da irretroatividadetributária; princípio da veda-ção ao confisco; princípio danão limitação ao tráfego de pes-soas e bens e a ressalva do pe-dágio; outros princípios cons-titucionais tributários; imuni-dades gerais e recíproca; imuni-dade dos templos religiosos; imu-nidades não autoaplicáveis;imunidade de imprensa; Siste-ma Tributário Nacional; espé-cies de tributos e impostos; taxa;contribuição de melhoria;

empréstimo compulsório; contri-buições; fontes do Direito Tribu-tário; vigência, aplicação, inter-pretação e integração da legisla-ção tributária; relação jurídico-tributária; responsabilidade tri-butária; crédito tributário; sus-pensão do crédito tributário;extinção do crédito tributário;

exclusão do crédito tributário;administração tributária edisposições finais do CTN; ga-rantias e privilégios do créditotributário; impostos munici-pais; impostos estaduais; im-postos federais; o processo ju-dicial tributário. O livro temcomo particularidade e diferen-cial a sua inovadora diagra-mação. A cada página, o leitorserá conduzido, por meio dehiperlinks, a aspectos que jáforam objeto de concursos pú-blicos, o que enriquece substan-cialmente o entendimento damatéria sem a necessidade deinterromper a leitura à procuradas páginas reservadas às ques-tões. O autor é advogado, douto-rando em Direito Tributário naPUC-SP, mestre em Direito Pú-blico e Evolução Social pelaUNESA-RJ, professor de DireitoTributário e Redação Forense noCurso LFG, preparatório paraconcursos públicos.

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15MAIO DE 2010 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

COMUNICAÇÕES

novo site eletrônicodo “Tribuna do Direi-to” que “entrou no ar”em abril, um mês an-tes de o jornal iniciar o17° ano de existência

(www.tribunadodireito.com.br)atingiu as expectativas de assinan-tes, leitores e anunciantes e públi-co em geral.

Com uma linguagem clean , con-teúdo aberto e recursos modernosde navegação, o novo site é frutode um trabalho de seis meses de-senvolvido por Moacyr e BrunoCastanho, sob coordenação daAlôtodos, empresa especializadana confecção e administração dewebsites. Os assinantes da versãoimpressa do “Tribuna”, por exem-plo, têm acesso também à edição

Novo site atende às expectativaseletrônica, mediante a utilizaçãode senha especialmente designada.A direção do jornal estuda a possi-bilidade de criar assinaturas “ape-nas eletrônicas”, com preços dife-renciados, o que permitiria a ope-radores do Direito ter acesso àspáginas do jornal no formato PDF(protocol document format), en-quanto os demais teriam acessotanto ao jornal tradicional (em pa-pel) como eletrônico.

Obviamente, como todo produ-to “novo”, muitos detalhes da ope-ração serão atualizadas e reformu-ladas continuamente, permitindoque o site tenha o caráter dinâmi-co que norteou sua criação.

Este mês, o jornal, na versãoimpressa, está entrando no 18ºano de publicação ininterrupta.B

O

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16 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO MAIO DE 2010

JUAREZ DE OLIVEIRA Advogado em São Paulo.

AAAAACORDOSCORDOSCORDOSCORDOSCORDOS/C/C/C/C/CONVENÇÕESONVENÇÕESONVENÇÕESONVENÇÕESONVENÇÕES/T/T/T/T/TRATADOSRATADOSRATADOSRATADOSRATADOS — — — — — Decreto n°6.943, de 20/8/2009 (“DOU” de 21/8/2009), dispõe sobre a execução do 15° Proto-colo Adicional ao Acordo Regional de Aberturade Mercados em favor da Bolívia (15º PA-AR.AM nº 1), assinado entre o governo daRepública Federativa do Brasil e o governo doEstado Plurinacional da Bolívia, de 2/6/2009.

Decreto n° 6.949, de 25/8/2009 (“DOU”de 26/8/2009), promulga a Convenção In-ternacional sobre os Direitos das Pessoascom Deficiência e seu protocolo facultativo,assinados em Nova York, em 30/3/2007.

AAAAADMINISTRAÇÃODMINISTRAÇÃODMINISTRAÇÃODMINISTRAÇÃODMINISTRAÇÃO F F F F FEDERALEDERALEDERALEDERALEDERAL — — — — — Decreto n°6.941, de 18/8/2009 (“DOU” de 19/8/2009), aprova a bandeira-Insígnia do minis-tro de Estado da Defesa.

Decreto n° 6.940, de 18/8/2009 (“DOU” de19/8/2009), dá nova redação ao caput do artigo 6ºdo estatuto social do Banco Nacional de Desenvol-vimento Econômico e Social (Bndes), aprovadopelo Decreto nº 4.418, de 11/10/2002.

Decreto n° 6.944, de 21/8/2009 (“DOU”de 24/8/2009), estabelece medidas organi-zacionais para o aprimoramento da adminis-tração pública federal direta, autárquica efundacional, dispõe sobre normas gerais re-lativas a concursos públicos, organiza sob aforma de sistema as atividades de organiza-ção e inovação institucional do governo fede-ral, e dá outras providências.

PPPPPROGRAMAROGRAMAROGRAMAROGRAMAROGRAMA DEDEDEDEDE A A A A AQUISIÇÃOQUISIÇÃOQUISIÇÃOQUISIÇÃOQUISIÇÃO DEDEDEDEDE A A A A ALIMENTOSLIMENTOSLIMENTOSLIMENTOSLIMENTOS — — — — — Decreto n° 6.959, de 15/9/2009 (“DOU” de 16/9/2009), dá nova redação aos artigos 3º, 4º e 5º do Decreto nº 6.447, de 7/5/2008, queregulamenta o artigo 19 da Lei nº 10.696, de 2/7/2003, que institui o Programa de Aqui-sição de Alimentos.

Decreto n° 6.950, de 26/8/2009 (“DOU”de 27/8/2009), dispõe sobre a composição,estrutura, competências e funcionamento doConselho Nacional de Segurança Pública(Conasp), e dá outras providências.

CCCCCANAANAANAANAANA-----DEDEDEDEDE-A-A-A-A-AÇÚCARÇÚCARÇÚCARÇÚCARÇÚCAR — — — — — Decreto n° 6.961, de

17/9/2009 (“DOU” de 18/9/2009), aprovao zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar e determina ao Conselho MonetárioNacional o estabelecimento de normas paraas operações de financiamento ao setor su-croalcooleiro, nos termos do zoneamento.

DDDDDEPÓSITOSEPÓSITOSEPÓSITOSEPÓSITOSEPÓSITOS J J J J JUDICIAISUDICIAISUDICIAISUDICIAISUDICIAIS EEEEE E E E E EXTRAJUDICIAISXTRAJUDICIAISXTRAJUDICIAISXTRAJUDICIAISXTRAJUDICIAIS DEDEDEDEDE T T T T TRIBURIBURIBURIBURIBU-----TOSTOSTOSTOSTOS — — — — — Medida Provisória n° 468, de 31/7/2009 (“DOU” de 31/8/2009, edição extra),dispõe sobre a transferência de depósitos judici-ais e extrajudiciais de tributos e contribuiçõesfederais para a Caixa Econômica Federal.

EEEEEDUCAÇÃODUCAÇÃODUCAÇÃODUCAÇÃODUCAÇÃO — — — — — Lei n° 12.020, de 27/8/2009(“DOU” de 28/8/2009), dá nova redação aoinciso II do caput do artigo 20 da Lei nº 9.394,de 20/12/1996, que estabelece as diretrizes ebases da educação nacional, para modificar o rolde instituições de ensino comunitárias.

FFFFFUNDOUNDOUNDOUNDOUNDO DEDEDEDEDE D D D D DESENVOLVIMENTOESENVOLVIMENTOESENVOLVIMENTOESENVOLVIMENTOESENVOLVIMENTO DODODODODO N N N N NORDESTEORDESTEORDESTEORDESTEORDESTE

(((((FNDEFNDEFNDEFNDEFNDE) —) —) —) —) — Decreto n° 6.952, de 2/9/2009(“DOU” de 3/9/2009), aprova o regula-mento do Fundo de Desenvolvimento doNordeste (Fnde), e dá outras providências.

PPPPPERÍCIASERÍCIASERÍCIASERÍCIASERÍCIAS O O O O OFICIAISFICIAISFICIAISFICIAISFICIAIS————— Lei n° 12.030, de 17/9/2009 (“DOU” de 18/9/2009), dispõe sobreas perícias oficiais e dá outras providências.

PPPPPREVIDÊNCIAREVIDÊNCIAREVIDÊNCIAREVIDÊNCIAREVIDÊNCIA S S S S SOCIALOCIALOCIALOCIALOCIAL — — — — — Decreto n° 6.939,de 18/8/2009 (“DOU” de 19/8/2009), alte-ra dispositivos do regulamento da Previdên-cia Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048,de 6/5/1999.

Decreto n° 6.945, de 21/8/2009 (“DOU”de 24/8/2009), altera o regulamento daPrevidência Social, aprovado pelo Decreto nº3.048, de 6/5/1999, em conformidade com odisposto no artigo 14 da Lei nº 11.774, de17/9/2008, que trata da redução das alíquo-tas da contribuição previdenciária referidasnos incisos I e III do caput do artigo 22 daLei nº 8.212, de 24/7/1991, em relação àsempresas que prestam serviços de Tecnolo-gia da Informação (TI) e de Tecnologia daInformação e Comunicação (TIC).

Decreto n° 6.957, de 9/9/2009 (“DOU”de 10/9/2009), altera o regulamento daPrevidência Social, aprovado pelo Decretonº 3.048, de 6/5/1999, no tocante à aplica-ção, acompanhamento e avaliação do FatorAcidentário de Prevenção (FAP).

PPPPPROGRAMAROGRAMAROGRAMAROGRAMAROGRAMA M M M M MINHAINHAINHAINHAINHA C C C C CASAASAASAASAASA, M, M, M, M, MINHAINHAINHAINHAINHA V V V V VIDAIDAIDAIDAIDA — — — — — Lein° 12.024, de 27/8/2009 (“DOU” de 28/8/2009), dá nova redação aos artigos 4º, 5º e8º da Lei nº 10.931, de 2/8/2004, que tra-tam de patrimônio de afetação de incorpo-rações imobiliárias; dispõe sobre o trata-mento tributário a ser dado às receitas men-sais auferidas pelas empresas construtorasnos contratos de construção de moradiasfirmados dentro do Programa Minha Casa,Minha Vida (Pmcmv), atribui à Agência Na-cional de Telecomunicações (Anatel) as atri-buições de apurar, constituir, fiscalizar e ar-recadar a contribuição para o fomento daRadiodifusão Pública; altera as Leis nºs.11.196, de 21/11/2005, 11.652, de 7/4/2008, 10.833, de 29/12/2003, 9.826, de23/8/1999, 6.099, de 12/9/1974, 11.079,de 30/12/2004, 8.668, de 25/6/1993,8.745, de 9/12/1993, 10.865, de 30/4/2004, 8.989, de 24/2/1995, e 11.941, de27/5/2009; e dá outras providências.

Decreto n° 6.962, de 17/9/2009(“DOU” de 18/9/2009), regulamenta asseções I, II, III e IV do capítulo I e o capí-tulo II da Lei nº 11.977, de 7/7/2009, quedispõe sobre o Programa Minha Casa, Mi-nha Vida (Pmcmv), e dá outras providências.

SSSSSUPERIORUPERIORUPERIORUPERIORUPERIOR T T T T TRIBUNALRIBUNALRIBUNALRIBUNALRIBUNAL DEDEDEDEDE J J J J JUSTIÇAUSTIÇAUSTIÇAUSTIÇAUSTIÇA – A – A – A – A – AÇÕESÇÕESÇÕESÇÕESÇÕES P P P P PEEEEE-----NAISNAISNAISNAISNAIS — — — — — Lei n° 12.019, de 21/8/2009(“DOU” de 24/8/2009), insere inciso IIIno artigo 3º da Lei nº 8.038, de 28/5/1990,para prever a possibilidade de o relator deações penais de competência originária doSuperior Tribunal de Justiça e do SupremoTribunal Federal convocar desembargadorou juiz para a realização de interrogatório eoutros atos de instrução.

TTTTTRABALHORABALHORABALHORABALHORABALHO A A A A AVULSOVULSOVULSOVULSOVULSO — — — — — Lei n° 12.023, de 27/8/2009 (“DOU” de 28/8/2009), dispõe sobreas atividades de movimentação de mercadori-as em geral e sobre o trabalho avulso.B

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17MAIO DE 2010 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

NOTAS

Assistência jurídica gratuitaA Universidade São Judas, deSão Paulo, oferece atendimentogratuito na área Civel e na de Fa-milia e Sucessões, das 14 às 17

horas, de segunda a sexta-feira, no escritó-rio de assistência judiciária “Prof. AlbertoMesquita de Camargo” (Rua Marcial, 91,São Paulo). Informações pelos telefones(0xx11) 2799-1982/1993.

ConciliaçãoO TRT-15 promove de 10 a 14 asemana de conciliação. É a tercei-ra vez que a iniciativa é realizadae tem como objetivo estimular a

“cultura do acordo”. Informações no site dotribunal (www.trt15.jus.br).

IAB IForam empossados os novosmembros do Instituto dos Advoga-dos Brasileiros: Breno CostaMelaragno, César Vergara de Al-

meida Martins Costa, Elian Pereira Araújo,Felipe Machado Caldeira, Lucy Castilho daSilva, Nicola Manna Piraino , Nilson Ferrei-ra Vieira de Mello Júnior (efetivos), Aurorade Oliveira Coentro, Denis Sampaio Andra-de Júnior, Fernando Botelho Neto, FirlyNascimento Filho e Leonardo Dias Borges(honorários).

IAB IIO criminalista Fernando Frago-Fernando Frago-Fernando Frago-Fernando Frago-Fernando Frago-sososososo foi eleito presidente do IAB(Instituto dos Advogados Brasi-leiros). Concorreu com o ex-pre-

sidente da OAB, Cezar Britto.

In memoriamFaleceram, dia 3 de abril, aos 87anos, o professor Aloysio FerrazPereira e o juiz aposentado Her-melindo Introcaso Pascoal; dia 7,

o jurista Aldo Lins e Silva; dia 8, o desem-bargador aposentado Marcílio João da SilvaMedeiros do TJ-SC.; e, aos 73anos, em Vi-radouro (SP), o advogado Fred Martinho deLacerda Pontes Gestal; dia 11, aos 79 anos,o advogado José de Arimathéa Almeida Pai-va; dia 13, em Mato Grosso do Sul, aos 80anos, o desembargador aposentado NelsonMendes Fontoura; dia 14, aos 86 anos, ojuiz Monir Bussamra; dia 17, aos 80 anos, oadvogado aposentado, Victor Fasano; dia18, aos 74 anos, o desembargador PauloFernando Franco; dia 19, aos 79 anos, oadvogado Eduardo Saadi; dia 21, em Paráde Minas (MG), o professor e advogadoPaulo Edson de Souza; dia 22, os 70 anos,o advogado Carlos de Figueiredo Forbes;

aos 65 anos, o advogado Noriaki NelsonSuguimoto; aos 80 anos, em Vila Velha(ES), o advogado aposentado Geraldo Mar-ques; no Ceará, o desembargador aposenta-do Raimundo Danúsio Studart Gurgel; e emSão Paulo, aos 61 anos, a desembargadoraEuza Maria Naice de Vasconcellos; dia 23,aos 48 anos, o advogado Carlos AugustoCoelho; dia 25, o ex-delegado Ivan Nasci-mento Baptista; dia 27, em Itapecerica daSerra (SP), aos 81 anos, o advogado Rodol-pho Vieira dos Santos; em Salvador, a juízaJucy Sá Santiago e, também, aos 81 anos,oadvogado Luiz de Souza Santos

Garcia, Angrisani, BezerraEm nova filial em Vinhedo, na Ave-nida Independência nº 5.155, Jar-dim Alba, CEP13280-000, telefo-ne: (0xx19) 3836-3101.

Lobo & RizzoO Lobo & Rizzo Advogados figu-rou pela terceira vez no guia dosprincipais escritórios de Advoca-cia da América Latina (Latin La-

wyer 250)

Machado MeyerO escritório Machado, Meyer,Sendacz e Opice Advogados re-formulou a marca e a identidadevisual. O objetivo é reforçar o

nome de maneira clara e objetiva; o escritó-rio passa a adotar a expressão pela qual é

conhecido por clientes, parceiros e agentes:Machado Meyer.

MonografiaA Comissão Ibero-Americana deÉtica Judicial recebe até 1° desetembro inscrições para o con-curso internacional de monografi-

as sobre o “Princípio da Motivação”. A mo-nografia deverá ser enviada, sem identifica-ção do autor, para o gabinete do vice-presi-dente do STJ , Ari Pargendler (SAFS, Qua-dra 6, Lote 1, Trecho III, STJ, Prédio Mi-nistros II, 6°, CEP 70095-900, Brasília,DF). Informações em www.cidej.org

ParceriaOs escritórios Cerdeira, Chohfi Ad-Os escritórios Cerdeira, Chohfi Ad-Os escritórios Cerdeira, Chohfi Ad-Os escritórios Cerdeira, Chohfi Ad-Os escritórios Cerdeira, Chohfi Ad-vogados e Consultores Legaisvogados e Consultores Legaisvogados e Consultores Legaisvogados e Consultores Legaisvogados e Consultores Legais(www.cerdeiraeadvogados.com.br),de São Paulo, e Furtado, Furtado, Furtado, Furtado, Furtado, Pragmá-Pragmá-Pragmá-Pragmá-Pragmá-

cio cio cio cio cio Filho Filho Filho Filho Filho (www.furtadopragmacio.com.br), deFortaleza (CE), estabeleceram parceria paraatuar nas áreas de Direito do Trabalho e Em-presarial.

STJO STJ instalou um terminal de“peticionamento eletrônico” nasede do Conselho Federal daOAB, em Brasília. Com ele, os ad-

vogados podem ter acesso aos processos emtramitação, acompanhar o andamento pro-cessual e encaminhar petições eletronica-mente, mediante o uso de uma senha e da

certificação digital.A Escola de Magistratura do Paraná

(Emap) recebeu o “Prêmio Selo Enfam”,pelo grau de excelência no processo de ensi-no e aprendizagem de magistrados.

Os ministros Nilson Naves e FernandoGonçalves deixaram o STJ em decorrênciada aposentadoria compulsória.

TribunaisOs ministros Ricardo Lewando-wski e Cezar Peluso asumiram aspresidências, respectivamente, doTSE e do STF.

Varas federaisO Conselho de Justiça Federaldefiniu os municípios onde serãoinstaladas as 230 novas varas fe-derais (serão instaladas 46 por

ano). Quatro delas serão destinadas a assun-tos agrários e ambientais e serão instaladasem Manaus (AM), Porto Velho (RO), Be-lém (PA) e São Luiz (MA). 71% das no-vas varas serão instaladas no interiordos Estados e 29% nas capitais. Juntocom a criação das varas federais, foramcriados 230 cargos de juiz federal, 230cargos de juiz federal-substituto, 2.070de analistas judiciários, 2.530 de técni-cos judiciários, além de centenas decargos e funções comissionadas. Esteano deverão ser instaladas 19 varas na1ª Região, 5 na 2ª, 9 na 3ª, 3 na 4ª e10 na 5ª.B

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18 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO MAIO DE 2010

EMENTAS

HHHHHONORÁRIOSONORÁRIOSONORÁRIOSONORÁRIOSONORÁRIOS. C. C. C. C. CONTRATAÇÃOONTRATAÇÃOONTRATAÇÃOONTRATAÇÃOONTRATAÇÃO AAAAA

“““““PREÇOPREÇOPREÇOPREÇOPREÇO FECHADOFECHADOFECHADOFECHADOFECHADO”. O”. O”. O”. O”. OCORRÊNCIACORRÊNCIACORRÊNCIACORRÊNCIACORRÊNCIA

DEDEDEDEDE INCIDENTEINCIDENTEINCIDENTEINCIDENTEINCIDENTE PROCESSUALPROCESSUALPROCESSUALPROCESSUALPROCESSUAL. E. E. E. E. EMBARMBARMBARMBARMBAR-----GOSGOSGOSGOSGOS DEDEDEDEDE TERCEIRTERCEIRTERCEIRTERCEIRTERCEIRo — o — o — o — o — A ocorrên-

cia de incidentes processuais significará ounão a possibilidade de contratação de novoshonorários em função da atuação processualdo credor–exequente, da qual resulte aconstrição a ser conhecida nos embargos deterceiro. Todavia, a contratação de honorá-rios a “preço fechado”, apesar de não pre-vista como modalidade de contratação, deveser entendida como a hipótese em que o ad-vogado compromete-se a atender e prestarao contratante-constituinte todas as medi-das necessárias ou solicitadas, incidentaisou não, diretas ou indiretas, decorrentes dacausa, considerando-se, ainda, que o advo-gado deve conhecer e levar em conta, paraa contratação de honorários, situações pos-síveis de ocorrência, delimitando, então, osserviços contratados. Proc. E-3.797/2009,v.u., em 12/11/2009, do parecer e ementado rel. dr. Jairo Haber, rev. dr. BeneditoÉdison Trama, presidente em exercício dr.Fábio Kalil Vilela Leite.

IIIIINELEGIBILIDADENELEGIBILIDADENELEGIBILIDADENELEGIBILIDADENELEGIBILIDADE — — — — — O exercíciode cargo em comissão, de as-sistente parlamentar em Câ-mara de Vereadores, torna o

advogado inelegível para disputar eleiçãono órgão de classe, em razão da possibili-dade de exoneração ad nutum. Contrarie-dade ao artigo 63 da Lei nº 8.906/94 e aoRegulamento Geral, mais especificamenteo artigo 131. Pareceres do Conselho Fe-deral da OAB. Ementa 015/2004/TCA eConsulta 0009/2006/OEP. A elegibilidadeserá possível se, e apenas se, o interessadoexonerar-se do cargo em comissão, antesdo registro da referida chapa. Este pré-requisito se justifica para preservar a in-dependência do candidato no exercício deseu múnus à frente da classe. Proc. E-3.818/2009, v.u., em 12/11/2009, do pa-recer e ementa da relª drª Beatriz Mes-quita de Arruda Camargo Kestener, rev.dr. Cláudio Felippe Zalaf, presidente emexercício dr. Fábio Kalil Vilela Leite.

EEEEEXERCÍCIOXERCÍCIOXERCÍCIOXERCÍCIOXERCÍCIO PROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONAL. L. L. L. L. LEVANEVANEVANEVANEVAN-----TAMENTOTAMENTOTAMENTOTAMENTOTAMENTO DEDEDEDEDE INFORMAÇÕESINFORMAÇÕESINFORMAÇÕESINFORMAÇÕESINFORMAÇÕES EMEMEMEMEM PROPROPROPROPRO-----CESSOSCESSOSCESSOSCESSOSCESSOS T T T T TRABALHISTASRABALHISTASRABALHISTASRABALHISTASRABALHISTAS ARQUIVADOSARQUIVADOSARQUIVADOSARQUIVADOSARQUIVADOS

EEEEE EMEMEMEMEM ANDAMENTOANDAMENTOANDAMENTOANDAMENTOANDAMENTO. A. A. A. A. AUDITORIAUDITORIAUDITORIAUDITORIAUDITORIA J J J J JUUUUU-----RÍDICARÍDICARÍDICARÍDICARÍDICA. R. R. R. R. RESPONSABILIDADEESPONSABILIDADEESPONSABILIDADEESPONSABILIDADEESPONSABILIDADE C C C C CIVILIVILIVILIVILIVIL, , , , , CRIMINALCRIMINALCRIMINALCRIMINALCRIMINAL EEEEE ÉTIÉTIÉTIÉTIÉTI-----CACACACACA PELASPELASPELASPELASPELAS INFORMAÇÕESINFORMAÇÕESINFORMAÇÕESINFORMAÇÕESINFORMAÇÕES. R. R. R. R. RELAÇÃOELAÇÃOELAÇÃOELAÇÃOELAÇÃO COMCOMCOMCOMCOM OSOSOSOSOS ADVOGAADVOGAADVOGAADVOGAADVOGA-----

DOSDOSDOSDOSDOS CONSTITUÍDOSCONSTITUÍDOSCONSTITUÍDOSCONSTITUÍDOSCONSTITUÍDOS — — — — — Embora não seja ne-cessário ser advogado para consultar pro-cessos trabalhistas em andamento, ou ar-quivados, o trabalho de coleta de informa-ções, quando feito por advogado contrata-do para este fim, faz parte da auditoria ju-rídica. O advogado auditor jurídico nãopode ser confundido com um mero censor,por não limitar seu trabalho ao exame deprocessos judiciais. Sua função não é fisca-lizar o advogado da causa. Recomenda-seque o advogado auditor oriente o cliente acomunicar, ao advogado da causa, a con-tratação do advogado auditor, a quemdeve fornecer as informações necessáriasque o mesmo precisar, resguardado o sigi-lo profissional. O advogado auditor deveagir com urbanidade e com lealdade pe-rante os colegas, exigindo igual tratamen-to e, concluindo sua análise, deve emitirparecer vinculante com um diagnóstico doque encontrou, apresentando soluções le-gais e mesmo financeiras aos problemaseventualmente encontrados, uma vez queresponde civil, criminal e eticamente pelasinformações fornecidas, em face da obser-vância contida nos artigos 3º, 4º, parte fi-nal do 13º, 22, 44 e 45 CED, e mais osartigos 31, 32, 33 e 34 do EOAB. Prece-dente E-3.244/2008. Proc. E-3.821/2009 ,v.u., em 12/11/2009, do parecer eementa do rel. dr. Luiz Antonio Gambelli,rev. dr. Cláudio Felippe Zalaf, presidenteem exercício dr. Fábio Kalil Vilela Leite.

HHHHHONORÁRIOSONORÁRIOSONORÁRIOSONORÁRIOSONORÁRIOS A A A A ADVOCATÍCIOSDVOCATÍCIOSDVOCATÍCIOSDVOCATÍCIOSDVOCATÍCIOS. C. C. C. C. CONONONONON-----TRATOTRATOTRATOTRATOTRATO ESCRITOESCRITOESCRITOESCRITOESCRITO. . . . . PAGAMENTOPAGAMENTOPAGAMENTOPAGAMENTOPAGAMENTO DOSDOSDOSDOSDOS

HONORÁRIOSHONORÁRIOSHONORÁRIOSHONORÁRIOSHONORÁRIOS CONDICIONADOCONDICIONADOCONDICIONADOCONDICIONADOCONDICIONADO AOAOAOAOAO TÉRTÉRTÉRTÉRTÉR-----MINOMINOMINOMINOMINO DODODODODO PROCESSOPROCESSOPROCESSOPROCESSOPROCESSO. P. P. P. P. POSSIBILIDADEOSSIBILIDADEOSSIBILIDADEOSSIBILIDADEOSSIBILIDADE.....

RRRRRESSALVAESSALVAESSALVAESSALVAESSALVA QUANTOQUANTOQUANTOQUANTOQUANTO AOSAOSAOSAOSAOS PROCEDIMENTOSPROCEDIMENTOSPROCEDIMENTOSPROCEDIMENTOSPROCEDIMENTOS EXECUTÓRIEXECUTÓRIEXECUTÓRIEXECUTÓRIEXECUTÓRI-----OSOSOSOSOS. H. H. H. H. HIPÓTESEIPÓTESEIPÓTESEIPÓTESEIPÓTESE EMEMEMEMEM QUEQUEQUEQUEQUE OSOSOSOSOS HONORÁRIOSHONORÁRIOSHONORÁRIOSHONORÁRIOSHONORÁRIOS ADVOCATÍCIOSADVOCATÍCIOSADVOCATÍCIOSADVOCATÍCIOSADVOCATÍCIOS

PODERÃOPODERÃOPODERÃOPODERÃOPODERÃO SERSERSERSERSER COBRADOSCOBRADOSCOBRADOSCOBRADOSCOBRADOS QUANDOQUANDOQUANDOQUANDOQUANDO SESESESESE VERIFICARVERIFICARVERIFICARVERIFICARVERIFICAR AAAAAEXAUSTÃOEXAUSTÃOEXAUSTÃOEXAUSTÃOEXAUSTÃO DASDASDASDASDAS MEDIDASMEDIDASMEDIDASMEDIDASMEDIDAS JUDICIAISJUDICIAISJUDICIAISJUDICIAISJUDICIAIS CABÍVEISCABÍVEISCABÍVEISCABÍVEISCABÍVEIS ÀÀÀÀÀ DEFESADEFESADEFESADEFESADEFESA

DOSDOSDOSDOSDOS INTERESSESINTERESSESINTERESSESINTERESSESINTERESSES DODODODODO CLIENTECLIENTECLIENTECLIENTECLIENTE OUOUOUOUOU CONSTITUINTECONSTITUINTECONSTITUINTECONSTITUINTECONSTITUINTE.....PPPPPRINCÍPIORINCÍPIORINCÍPIORINCÍPIORINCÍPIO DADADADADA RAZOABILIDADERAZOABILIDADERAZOABILIDADERAZOABILIDADERAZOABILIDADE – – – – – artigo 37 doartigo 37 doartigo 37 doartigo 37 doartigo 37 doCEDCEDCEDCEDCED — — — — —Não se mostra razoável sujeitar oadvogado, no caso de contratação de servi-ços advocatícios vinculados ao término doprocesso, à imprevisibilidade da demandaexecutória. Nesses casos, acredita-se que opagamento dos honorários deve se darquando restar comprovado, de acordo com ocaso concreto, que o advogado tomou todasas medidas necessárias à satisfação do direi-to do cliente, dentro de um critério de razo-abilidade, não podendo sofrer as consequên-cias da frustração do procedimento judicial,

ressalvadas as contratações ad exitum que,diferentemente da contratação por términodo processo, está íntima e exclusivamente re-lacionada ao recebimento de valores e/ou be-nefícios advindos do processo. Proc. E-3.823/2009, v.u., em 12/11/2009, do parecer eementa do rel. dr. Fábio Plantulli, rev. dr.Guilherme Florindo Figueiredo, presidenteem exercício dr. Fábio Kalil Vilela Leite.

MMMMMANDATOANDATOANDATOANDATOANDATO. R. R. R. R. REVOGAÇÃOEVOGAÇÃOEVOGAÇÃOEVOGAÇÃOEVOGAÇÃO PELOPELOPELOPELOPELO

MANDANTEMANDANTEMANDANTEMANDANTEMANDANTE COMCOMCOMCOMCOM SOLICITAÇÃOSOLICITAÇÃOSOLICITAÇÃOSOLICITAÇÃOSOLICITAÇÃO DEDEDEDEDE

SUBSTABELECIMENTOSUBSTABELECIMENTOSUBSTABELECIMENTOSUBSTABELECIMENTOSUBSTABELECIMENTO PARAPARAPARAPARAPARA NOVONOVONOVONOVONOVO

ADVOGADOADVOGADOADVOGADOADVOGADOADVOGADO. P. P. P. P. POSSIBILIDADEOSSIBILIDADEOSSIBILIDADEOSSIBILIDADEOSSIBILIDADE DEDEDEDEDE OOOOOPRÓPRIOPRÓPRIOPRÓPRIOPRÓPRIOPRÓPRIO SUBSTABELECENTESUBSTABELECENTESUBSTABELECENTESUBSTABELECENTESUBSTABELECENTE JUNTARJUNTARJUNTARJUNTARJUNTAR AOSAOSAOSAOSAOS AUTOSAUTOSAUTOSAUTOSAUTOS

CÓPIACÓPIACÓPIACÓPIACÓPIA DADADADADA REVOGAÇÃOREVOGAÇÃOREVOGAÇÃOREVOGAÇÃOREVOGAÇÃO DODODODODO MANDATOMANDATOMANDATOMANDATOMANDATO EEEEE OOOOO SUBSTABESUBSTABESUBSTABESUBSTABESUBSTABE-----LECIMENTOLECIMENTOLECIMENTOLECIMENTOLECIMENTO. H. H. H. H. HONORÁRIOSONORÁRIOSONORÁRIOSONORÁRIOSONORÁRIOS. F. F. F. F. FALTAALTAALTAALTAALTA DEDEDEDEDE ACORDOACORDOACORDOACORDOACORDO ENENENENEN-----TRETRETRETRETRE OOOOO SUBSTABELECENTESUBSTABELECENTESUBSTABELECENTESUBSTABELECENTESUBSTABELECENTE EEEEE OOOOO SUBSTABELECIDOSUBSTABELECIDOSUBSTABELECIDOSUBSTABELECIDOSUBSTABELECIDO.....AAAAAPLICAÇÃOPLICAÇÃOPLICAÇÃOPLICAÇÃOPLICAÇÃO DODODODODO ARTIGOARTIGOARTIGOARTIGOARTIGO 51, 51, 51, 51, 51, INCISOINCISOINCISOINCISOINCISO IVIVIVIVIV, , , , , ALÍNEAALÍNEAALÍNEAALÍNEAALÍNEA

“““““BBBBB”””””,,,,,DODODODODO CÓDIGOCÓDIGOCÓDIGOCÓDIGOCÓDIGO DEDEDEDEDE ÉTICAÉTICAÉTICAÉTICAÉTICA EEEEE DISCIPLINADISCIPLINADISCIPLINADISCIPLINADISCIPLINA DADADADADA OABOABOABOABOAB.....NNNNNÃOÃOÃOÃOÃO OBTENDOOBTENDOOBTENDOOBTENDOOBTENDO ÊXITOÊXITOÊXITOÊXITOÊXITO NESSANESSANESSANESSANESSA MEDIAÇÃOMEDIAÇÃOMEDIAÇÃOMEDIAÇÃOMEDIAÇÃO, , , , , OOOOO CAMICAMICAMICAMICAMI-----NHONHONHONHONHO SERÁSERÁSERÁSERÁSERÁ AAAAA AÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO DEDEDEDEDE ARBITRAMENTOARBITRAMENTOARBITRAMENTOARBITRAMENTOARBITRAMENTO DEDEDEDEDE HONORÁHONORÁHONORÁHONORÁHONORÁ-----RIOSRIOSRIOSRIOSRIOS. Q. Q. Q. Q. QUESTÕESUESTÕESUESTÕESUESTÕESUESTÕES SOBRESOBRESOBRESOBRESOBRE DIREITODIREITODIREITODIREITODIREITO MATERIALMATERIALMATERIALMATERIALMATERIAL EEEEE PROPROPROPROPRO-----CESSUALCESSUALCESSUALCESSUALCESSUAL. I. I. I. I. INCOMPETÊNCIANCOMPETÊNCIANCOMPETÊNCIANCOMPETÊNCIANCOMPETÊNCIA DADADADADA TURMATURMATURMATURMATURMA DEONTOLÓDEONTOLÓDEONTOLÓDEONTOLÓDEONTOLÓ-----GICAGICAGICAGICAGICA DODODODODO TRIBUNALTRIBUNALTRIBUNALTRIBUNALTRIBUNAL DEDEDEDEDE ÉTICAÉTICAÉTICAÉTICAÉTICA EEEEE DIDIDIDIDIsciplina —sciplina —sciplina —sciplina —sciplina —Tendo o cliente revogado expressamenteo mandato e determinado o substabeleci-mento para um advogado específico, nãonecessita o antigo advogado esperar queo novo junte o substabelecimento aos au-tos. Para encerrar suas obrigações noprocesso, pode juntar diretamente nele,por petição, cópia do documento de revo-gação do mandato e o substabelecimentopara o advogado indicado pelo ex-clienteno documento de revogação. Se não che-gar a acordo com o advogado substabele-cido sobre a partilha dos honorários su-cumbenciais decorrentes das ações cujopatrocínio foi transferido, o substabele-cente deve buscar a mediação do Tribunalde Ética e Disciplina, na forma do artigo50, inciso IV, aliena “b”, do Código deÉtica e Disciplina da OAB. Não obtendoêxito na mediação dos honorários propor-cionais junto ao TED, o caminho indicadoserá o uso da ação de arbitramento de ho-norários, no momento oportuno. As ques-tões sobre direito material ou processualescapam da competência desta TurmaDeontológica, devendo ser solucionadaspelo próprio consulente com seus conhe-cimentos jurídicos. Proc. E-3.826/2009,v.u., em 12/11/2009, do parecer e emen-ta do rel. dr. Zanon de Paula Barros, rev.dr. Luiz Antônio Gambelli, presidente emexercício dr. Fábio Kalil Vilela Leite.

PPPPPATROCÍNIOATROCÍNIOATROCÍNIOATROCÍNIOATROCÍNIO CONTRACONTRACONTRACONTRACONTRA EXEXEXEXEX-----CLIENCLIENCLIENCLIENCLIEN-----TETETETETE. C. C. C. C. CONCLUSÃOONCLUSÃOONCLUSÃOONCLUSÃOONCLUSÃO DODODODODO MANDATOMANDATOMANDATOMANDATOMANDATO HÁHÁHÁHÁHÁ

MAISMAISMAISMAISMAIS DEDEDEDEDE DOISDOISDOISDOISDOIS ANOSANOSANOSANOSANOS. I. I. I. I. INEXISTÊNNEXISTÊNNEXISTÊNNEXISTÊNNEXISTÊN-----CIACIACIACIACIA DEDEDEDEDE CONFLITOCONFLITOCONFLITOCONFLITOCONFLITO DEDEDEDEDE INTERESINTERESINTERESINTERESINTERES-----

SESSESSESSESSES. C. C. C. C. CASOASOASOASOASO ANALISADOANALISADOANALISADOANALISADOANALISADO EMEMEMEMEM QUEQUEQUEQUEQUE AAAAA MERAMERAMERAMERAMERA CONSUCONSUCONSUCONSUCONSU-----MAÇÃOMAÇÃOMAÇÃOMAÇÃOMAÇÃO DODODODODO INTERREGNOINTERREGNOINTERREGNOINTERREGNOINTERREGNO DEDEDEDEDE DOISDOISDOISDOISDOIS ANOSANOSANOSANOSANOS NÃONÃONÃONÃONÃO LIBELIBELIBELIBELIBE-----RARARARARA OOOOO ADVOGADOADVOGADOADVOGADOADVOGADOADVOGADO DEDEDEDEDE POSTULARPOSTULARPOSTULARPOSTULARPOSTULAR CONTRACONTRACONTRACONTRACONTRA OOOOO EXEXEXEXEX-----CLICLICLICLICLI-----ENTEENTEENTEENTEENTE PORQUEPORQUEPORQUEPORQUEPORQUE OOOOO MANDATOMANDATOMANDATOMANDATOMANDATO EMEMEMEMEM PERSPECTIVAPERSPECTIVAPERSPECTIVAPERSPECTIVAPERSPECTIVA SERÁSERÁSERÁSERÁSERÁ

EXERCIDOEXERCIDOEXERCIDOEXERCIDOEXERCIDO CONTRACONTRACONTRACONTRACONTRA OOOOO DIREITODIREITODIREITODIREITODIREITO SUCESSÓRIOSUCESSÓRIOSUCESSÓRIOSUCESSÓRIOSUCESSÓRIO QUEQUEQUEQUEQUE OOOOOADVOGADOADVOGADOADVOGADOADVOGADOADVOGADO FEZFEZFEZFEZFEZ PREVALECERPREVALECERPREVALECERPREVALECERPREVALECER. N. N. N. N. NEGATIVAEGATIVAEGATIVAEGATIVAEGATIVA QUEQUEQUEQUEQUE ENENENENEN-----CONTRACONTRACONTRACONTRACONTRA RESPALDORESPALDORESPALDORESPALDORESPALDO NONONONONO ARTIGOARTIGOARTIGOARTIGOARTIGO 20 20 20 20 20 DODODODODO CEDCEDCEDCEDCED EEEEE QUEQUEQUEQUEQUE,,,,,POTENCIALMENTEPOTENCIALMENTEPOTENCIALMENTEPOTENCIALMENTEPOTENCIALMENTE, , , , , TAMBÉMTAMBÉMTAMBÉMTAMBÉMTAMBÉM PODEPODEPODEPODEPODE FERIRFERIRFERIRFERIRFERIR OOOOO SIGILOSIGILOSIGILOSIGILOSIGILO

PROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONAL DISPOSTODISPOSTODISPOSTODISPOSTODISPOSTO NONONONONO ARTARTARTARTARTIGOIGOIGOIGOIGO 19 19 19 19 19 DODODODODO CEDCEDCEDCEDCED————— Advogado que atuou no reconheci-mento do direito sucessório da viúva,deve nos termos do artigo 20 do CED,abster-se de patrocinar causa que im-plique na negativa ou limitação do direi-to que já defendeu. A atuação do advo-gado no segundo mandato comprometea dignidade da profissão. Ao impedi-mento supra soma-se o resultante dosegredo profissional, segundo o qual, deacordo com entendimento já firmadopor este Egrégio Tribunal de Ética eD i sc ip l i na (E-1818 /99; 2357 /01;2.442/01; 2608/02; 2630/02; 3237/05 etc.) é eterno.Proc. E-3.827/2009,v .m. , em 12/11/2009, do parecer eementa da relª drª Mary Grün, rev. dr.Benedito Édison Trama, presidente dr.Carlos Roberto Fornes Mateucci.

EEEEESCRITÓRIOSCRITÓRIOSCRITÓRIOSCRITÓRIOSCRITÓRIO DEDEDEDEDE ADVOCACIAADVOCACIAADVOCACIAADVOCACIAADVOCACIA OUOUOUOUOU ADVOADVOADVOADVOADVO-----GADOGADOGADOGADOGADO UNIPESSOALUNIPESSOALUNIPESSOALUNIPESSOALUNIPESSOAL PODEPODEPODEPODEPODE DIVULGARDIVULGARDIVULGARDIVULGARDIVULGAR

SITESITESITESITESITE PELAPELAPELAPELAPELA INTERNETINTERNETINTERNETINTERNETINTERNET, , , , , DESDEDESDEDESDEDESDEDESDE QUEQUEQUEQUEQUE

RESPEITERESPEITERESPEITERESPEITERESPEITE OSOSOSOSOS TERMOSTERMOSTERMOSTERMOSTERMOS DOSDOSDOSDOSDOS ARTIGOSARTIGOSARTIGOSARTIGOSARTIGOS

28 28 28 28 28 EEEEE 29, §§ 1º 29, §§ 1º 29, §§ 1º 29, §§ 1º 29, §§ 1º EEEEE 2º 2º 2º 2º 2º DODODODODO CEDCEDCEDCEDCED EEEEE PROVIMENTOPROVIMENTOPROVIMENTOPROVIMENTOPROVIMENTO 94/ 94/ 94/ 94/ 94/2000 2000 2000 2000 2000 DODODODODO CONSELHOCONSELHOCONSELHOCONSELHOCONSELHO FEDERALFEDERALFEDERALFEDERALFEDERAL DADADADADA OABOABOABOABOAB————— Podeinformar a especialidade do Direito noanúncio, mas está vedada a redação deanúncio que possa apresentar uma conota-ção facilitadora de procedimentos, sobpena de configurar inculcação ou captaçãode clientela aos leitores leigos. Os parâme-tros para publicidade, inclusive na internet,estão estabelecidos no Provimento 94/2000 do Conselho Federal da OAB e nosartigos 28 a 31 do Código de Ética e Disci-plina. Devem seguir os mesmos parâmetrosdos anúncios em jornais e revistas, previs-tos na Resolução 02/92 deste sodalício,com moderação e discrição, de modo a evi-tar a banalização e principalmente a capta-ção de clientela. Proc. E-3.828/2009, v.u.,em 12/11/2009, do parecer e ementa dorel. dr. Armando Luiz Rovai, rev. dr. Cláu-dio Felippe Zalaf, presidente em exercíciodr. Fábio Kalil Vilela Leite.B

Ementas do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-SP.

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19MAIO DE 2010 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

EXAME DE ORDEM

segunda prova dasegunda fase doExame de Ordem2009.3 (equivalenteao 140 da OAB-SP),em São Paulo ocor-

reu em clima nada amistoso. Os can-didatos de todo o País prestaramnovo Exame no dia 18, em decorrênciado vazamento das respostas de Direi-to Penal, flagradas com um bacharelque prestava Exame em Osasco no dia28 de fevereiro.

O descontrole emocional do pessoaldo Centro de Seleção e de Promoçãode Eventos da Universidade de Brasília- Cespe-Unb, (responsável pela elabo-ração do Exame), em nome da segu-rança era visível. Pela primeira vez, aequipe do “Tribuna do Direito” se viuacuada e quase impedida de trabalhar.Na entrada da Universidade Paulista-Unip (que abrigou os candidatos daCapital), a repórter e o fotógrafo do“Tribuna” foram abordados por um ho-mem que disse ser segurança doCespe. Ele os obrigou a segui-lo até auma sala no quarto andar, onde estavamfuncionários do Cespe e da Polícia Fede-ral. Lá, uma senhora que se identificoucomo “coordenadora”, tentou impedirque os repórteres se aproximassem dosmembros da Comissão de Estágio eExame de Ordem da OAB-SP, entre eleso presidente Edson Cosac Bortolai.

Acalmados os ânimos, os repórteresjuntaram-se à comissão da OAB e fo-ram para o nono andar, onde, anterior-mente, reuniam-se os advogados-exa-minadores para os últimos acertos an-tes do início das provas. O presidenteda comissão explicou que a OABpaulista estava contra a conduta doCespe que impediu os advogados de fis-calizar a prova. Segundo ele, em fun-ção de peculiaridades, como o númeroelevado de candidatos e tamanho dosprédios usados para o Exame, SãoPaulo era o único Estado da Federaçãoonde as provas tinham a presença deadvogados-examinadores nas salas.

De acordo com Edson Bortolai, oCespe exigiu, como medida de segu-

Cespe tenta constranger a ImprensaRAQUEL SANTOS

Lista de aprovados deve ser divulgada dia 7. Próximo Exame não está definidoLista de aprovados deve ser divulgada dia 7. Próximo Exame não está definidoLista de aprovados deve ser divulgada dia 7. Próximo Exame não está definidoLista de aprovados deve ser divulgada dia 7. Próximo Exame não está definidoLista de aprovados deve ser divulgada dia 7. Próximo Exame não está definido

rança, que os advogados-examinado-res da OAB-SP analisassem os livrosou códigos levados pelos candidatosaté às 14 horas, e que, quando as pro-vas fossem iniciadas, se retirassemdas salas. “A secional paulista sentiu-se ofendida. Afinal, quem descobriu afraude no exame anterior foram osadvogados e não os fiscais do Cespe.O presidente da OAB-SP, Luiz FlávioBorges D´Urso, orientou os coordena-dores para que não indicassem advo-gados para o trabalho de verificaçãode material entre as 12 e 14 horas”,argumentou Edson Bortolai.

O Exame de Ordem Unificado2009.3 teve 83.282 inscritos em todoo País, dos quais 18.720 foram habi-litados para a segunda fase. O Esta-do de São Paulo teve 23.208 inscri-ções e 4.779 aprovados, sendo 1.818na Capital. Em Osasco, local dafraude, foram inscritos 1.029 candi-datos e apenas 152 bacharéis passa-ram para a segunda fase. De acordocom a assessoria de imprensa doCespe, a divulgação da lista dosaprovados está prevista para o dia 7.A data do próximo Exame ainda nãoestá definida.B

AO que o stress tem a ver com isso?

ue no mundo atual ostress e a ansiedade es-tão cada vez mais pre-sentes no cotidiano daspessoas, ninguém pare-ce duvidar. A impressão

comum é que a tecnologia que nos cer-ca, ao mesmo tempo em que facilitanossa vida, parece nos deixar em esta-do de alerta por muito mais tempo.

Se quase ninguém escapa ileso dasconsequências nocivas que alteradosníveis de stress e ansiedade acarretamà saúde e ao desempenho produtivo doser humano, quem se vê diante de ummercado de trabalho tão competitivocomo o encontrado nos dias atuais ficaainda mais exposto a tais distúrbios. Acobrança cada vez maior para que se-jamos "os melhores entre os bons", aliaessa cobrança externa a uma cobrançainterna, às vezes, até mais cruel.

Mas, o quanto esse fenômeno realmen-te atinge nossos trabalhadores, das maisdiversas categorias e especializações?Estaria, de fato, nosso material humano,povoando um supercompetitivo mercadode trabalho, seriamente afetado por aqui-lo que chamamos de "mal da modernida-de" ? E, finalmente, estariam profissionaisde determinada área de atuação maispropensos a terem suas performancescomprometidas, em razão das peculiari-dades de sua atividade, do que outros?

Algumas pesquisas começam a ava-liar esse intrigante cenário. Dentre elas,merece atenção um cuidadoso e inédito

RENATO FROELICH*

estudo da psicóloga Tânia Loricchio, daUnifesp, que avaliou 237 bacharéis emDireito matriculados em cursos preparató-rios para o Exame da Ordem dos Advoga-dos do Brasil. Como se sabe, a OAB repro-va, invariavelmente, cerca de 80% dosmilhares de bacharéis que anualmentetentam conseguir a licença para poderemse tornar advogados. Assim que concluisua graduação, o recém-formado em Di-reito já debuta em um desafio que dá bem anoção daquilo que virá pela frente: uma pro-fissão de extrema competição e altíssimo ní-vel de cobrança. A família, os colegas queconseguem a aprovação, tudo parece contri-buir de forma importante para que a pressãono candidato aumente. Ao contrário de outrasprofissões, o bacharel em Direito fica bastan-te restrito em sua área de atuação caso nãoconsiga passar no Exame, isso numa forma-ção que possibilita um leque de opções deatividades dos mais extensos e procurados.

São três, às vezes quatro oportunidadespor ano de se prestar o Exame, que é cons-tituído de duas fases. Na medida em que osinsucessos acontecem, o medo, a falta deconfiança e até incertezas profissionaiscomeçam a aparecer, e nem sempre sãodevidamente administrados. O candidato sevê sozinho, aflito, com um diploma na mãoque acaba não lhe servindo para tudo aqui-lo que ele queria e esperava.

A pesquisa, ainda em fase de avali-ação dos dados coletados, já começa atraçar um panorama de um assunto paramuitos bastante familiar, mas ao mes-mo tempo ignorado em sua real dimen-são. E se tudo que é desconhecido causacerta apreensão, teremos, a partir daconclusão do trabalho da dra. TâniaLoricchio, uma boa notícia, independen-te de seu resultado. Afinal de contas, ochamado "mal da modernidade" deixaráde ser, em breve, um mistério. Pelomenos, para os bacharéis em Direito.B

Q

Augusto Canuto

A íntegra da prova e respostas estão em www.tribunadodireito.com.brA íntegra da prova e respostas estão em www.tribunadodireito.com.brA íntegra da prova e respostas estão em www.tribunadodireito.com.brA íntegra da prova e respostas estão em www.tribunadodireito.com.brA íntegra da prova e respostas estão em www.tribunadodireito.com.br

*Advogado.

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20 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO MAIO DE 2010

DIREITO PENAL

RASÍLIA — Diantedo clamor geradona sociedade e tam-bém entre autorida-des e juristas, apósa decisão judicial

que colocou em liberdade um homemque matou seis jovens na região deLuziânia(GO), o juiz-auxiliar da Varadas Execuções Penais do Distrito Fe-deral, Luís Carlos de Miranda, conce-deu uma entrevista coletiva com obje-tivo de tentar explicar os fundamen-tos da decisão controversa, na difícilmissão de tentar convencer que podehaver crime sem suficiente castigo. Omagistrado disse que havia cumprido“estritamente” a lei. Que havia levadoem consideração o conteúdo dos au-

tos. Que não mudaria sequer “uma vír-gula” da decisão (ververververver Hic et Nunc napágina 12)página 12)página 12)página 12)página 12). Que as autoridades que oestão criticando deveriam portar-se“com distância” em relação aos fatos.Que ele “não poderia imaginar” que,em liberdade, o acusado cometesse osassassinatos em série. O matador teriase suicidado após ser recapturado.Mas o assunto não foi sepultado.

A Comissão de Constituição e Justiça(CCJ) do Senado realizou audiência públicapara discutir a questão.Traumatizados,familiares das vítimas estiveram nasessão e receberam vários cumpri-mentos, entre eles do ministro da Jus-tiça, Luiz Paulo Barreto, que criticouabertamente a libertação do serialkiller: “Neste tipo de crime, no qual há

questões de psicopatia, a progressãode regime não deve acontecer de ma-neira automática”. O ministro decla-rou-se a favor da utilização de pul-seiras ou tornozeleiras, como formasde monitoramento eletrônico paracontrolar presos colocados em regi-me aberto ou semiaberto e benefici-ados com autorização para saídastemporárias. Essa medida tambémfoi defendida pelo ministro GilmarMendes, do Supremo Tribunal Fede-ral, e endossada pelo Conselho Naci-onal de Justiça.

Na entrevista concedida pelo magis-trado, não se mencionou o fato de apromotora Maria José Miranda, nosautos de execução da pena imposta(14 anos de prisão), ter assinalado, de

próprio punho, que “não existe ex-pedófilo”, requerendo medidas cau-telares que seriam indeferidas pelojuiz. A promotora fez questão de divul-gar a posição que havia assumido emnome do Ministério Público.

O presidente da CCJ do Senado,Demóstenes Torres (DEM-GO), deci-diu enviar uma representação aoConselho Nacional de Justiça (CNJ)para apuração dos fatos. E comen-tou: “Dizem que cadeias não recupe-ram. É verdade. E as ruas, recupe-ram? É melhor ter um delinqüentena cadeia ou nas ruas?”

O caso do pedófilo de Luziânia pôs no-vamente em xeque o angustiante e porvezes mortal desafio: como corrigir falhastão gritantes do sistema penal?

“Caso Luziânia” revela falhas do sistema

B

RASÍLIA RASÍLIA RASÍLIA RASÍLIA RASÍLIA – Os membros da Comis-são de Constituição e Justiça do Se-

nado , que assistiram o pranto das inconfor-madas famílias dos jovens de Luziânia, jáhaviam votado e aprovado, no mês anterior,o Projeto de Lei nº 156, que introduz subs-tanciais modificações no Código de ProcessoPenal. Agora, falta o crivo do plenário doSenado e da Câmara Federal.

Sempre que um caso de maior repercus-são comove a sociedade aparecem projetosque refletem essa tensão, divididos em cor-rentes doutrinárias, algumas concretas, ou-tras utópicas. Um lado pretende o chamado“endurecimento” daquilo que entendem re-presentar maior rigor penal. O outro acredi-ta na expectativa em torno de uma transfor-mação de reintegração social do condenado,o que permitiria reservar a prisão apenaspara os casos considerados mais graves.

O novo CPP em pauta tem sua origem em2008, quando uma comissão de juristas ela-borou uma proposta de lei que tem a pre-tensão de se transformar no modelo a serimplantado no País. Em termos doutrinári-os, ficaria de lado o atual sistema, definidocomo “inquisitório”, abrindo espaço paraum novo modelo, chamado de “acusatório”,o que resultaria na alteração das regras

“inquisitório” x “acusatório”atuais do intrincado jogo penal. A ideia éimportar algumas das políticas adotadas naFrança e na Itália, modificando o critério in-quisitivo, que confere ao magistrado maio-res poderes na condução do processo, paraum modelo acusatório, que permite ao pró-prio réu a possibilidade de produzir provas.Nesse caso, pretende-se dar ao juiz mais ocaráter de julgador do que trabalhar na pro-dução de provas, que pode atualmente re-sultar na sentença de pronúncia.

Segundo os debates de especialistas noSenado, o modelo “acusatório” permitiria amelhor concessão de garantias constitucio-nais, através da aparição do que se chamaria“magistrado de garantias”, que representa-ria uma espécie de nova instância, responsá-vel pela preservação de medidas tomadas du-rante as investigações criminais, entre elas odecreto de prisões preventivas e temporárias,expedição de mandados de busca e apreen-são, e também quebras de sigilo telefônico,fiscal e bancário. O “magistrado de garanti-as” conduziria esta fase. O julgamento doprocesso seria feito por outro juiz.

O projeto esbarra na realidade brasileira.Sabe-se que mais da metade das comarcas emtodo o País possuem apenas um magistrado.Pelo projeto 156, seriam necessários

B

PERCIVAL DE SOUZA, especial para o "Tribuna"

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21MAIO DE 2010 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

DIREITO PENAL

RASÍLIA – O juiz do Distrito Fede-ral, Luís Carlos de Miranda, disse

na entrevista que ao ler a notícia sobreo matador de Luziânia quis saber quemtinha sido o juiz que o libertara: “Infeliz-mente, fui eu. A única coisa que possofazer é rezar para dar consolo a essasfamílias.” No 12º Congresso sobre Pre-venção ao Crime e Justiça Criminal, pro-movido pela Organização das Nações Uni-das (ONU) em Salvador (BA), o novo pre-sidente do Supremo Tribunal Federal, mi-nistro Cezar Peluzo, disse que os casosque têm como cenário o sistema prisional“envergonham o País” e configuram “cri-mes do Estado contra o povo”. Era umaalusão direta ao caso de Luziânia. O diretor do Depen (DepartamentoPenitenciário Nacional), Airton Michels,procurou reduzir o impacto das afirma-ções do ministro dizendo que “a realida-de é dura”, mas que “vamos sair des-sa crise”. A realidade dura a queMichels se refere aponta para os 473,6mil presos brasileiros, dos quais 12% —equivalentes a 56, 5 mil — estão irre-gularmente em delegacias e não em es-tabelecimentos penais minimamenteadequados. A média de crescimento dapopulação carcerária é de 7,11% aoano. O déficit, de 167 mil vagas, mas osnovos recursos para investimentos naconstrução de presídios não atinge a 3%das necessidades. A marca registrada éa reincidência, que no Brasil chega a70%, conforme os dados do ConselhoNacional de Política Criminal, vincula-do ao Ministério da Justiça. Na Euro-pa e nos Estados Unidos, os índicesestão na faixa de 16%. Perto do Bra-sil, a reincidência em países como Chi-le, Uruguai e Argentina fica em pata-mares inferiores a 25%.

Para muitos presos, não existe outrapalavra para resumir a situação em quevivem a não ser “suplício”. E há quemdiga que índices preocupantes de vio-lência afastam o assunto dos debates

“Crimes do Estado contra o povo”políticos, a ponto de ele não funcionareleitoralmente. Após os assassinatosde Luziânia, 2010 está sendo conside-rado pela cúpula do Judiciário como“Ano da Justiça Criminal”. O ConselhoNacional de Justiça elaborou uma Es-tratégia Nacional de Justiça e Seguran-ça Pública, que pretende estabeleceruma colaboração entre Judiciário, Exe-cutivo e Ministério Público. Citando da-dos obtidos pelo CNJ, o ministro GilmarMendes revela que embora a Lei deExecuções Penais (editada em 1984)determine que os presos trabalhem etenham acesso ao ensino fundamental,“pesquisas revelam que a média depresos sem trabalho é de 76% e que só7,3% estudam”. Ele informa, também,que entre os presos que trabalham areincidência se reduz para 48% e entreos que estudam cai para 39%. Destacaque “os presídios no Brasil não são ca-sas correcionais socializadoras, mas de-pósitos de seres humanos”.

O CNJ deu sinal verde para um pla-no de gestão nas Varas de Execuçõese Varas Criminais, tornando possível adecretação de uma prisão preventivalogo após sentença de primeira instân-cia, sem esperar julgamento de recur-sos. O plano foi elaborado por um gru-po de trabalho chefiado pelo conselhei-ro Walter Nunes da Silva Junior.

Diante dos casos de repercussãomovimentam-se os canais que podemproduzir mudanças legislativas penais,sempre criticadas por agir no “calorda hora”. Na “Torre de Babel” jurídi-ca, circulam, à exaustão, expressõesdesprovidas de significado, como ser“escravo da lei”, ou mantras que per-mitem impunidades generalizadas.Leis fora da realidade e realidade au-sente das leis produzem muitos gritose raros ecos, principalmente quando ex-pressam o mais pesados dos silêncios —o silêncio dos inocentes trucidados pela bar-bárie desafiadora e triunfante. (PS)(PS)(PS)(PS)(PS)B

B

“Magistrado de garantias” pelo menos dois. Além disso, há quem

diga que a criação do “magistrado de garan-tias” resumiria o processo a uma disputaacirrada entre acusação e defesa. “É umamudança profunda no processo penal queprecisa ser mais discutida”, acredita o presi-dente da Associação dos Juízes Federais doBrasil, Fernando Mattos. O Conselho Fede-ral da Ordem dos Advogados do Brasil pro-põe adotar o que chamou de “paridade dearmas” em textos sugeridos ao relator doprojeto, senador Renato Casagrande (PSB-ES). O Conselho sugere a criação de um“Ministério Público de garantias”, partidodo princípio que o Parquet deixaria de serapenas um órgão de acusação para se trans-formar numa instituição que passaria a exi-gir isonomia em relação à Magistratura esuas novas funções. Para o presidente doConselho Federal da OAB, Ophir Cavalcante,no sistema atual se revela “uma tendênciade o juiz admitir as provas produzidas peloMinistério Público”. O presidente da Associ-ação dos Magistrados Brasileiros, MozartValadares, vai além, dizendo querer saber“quem foi o gênio que chegou à conclusão deque uma ação penal deve ter dois, e nãoapenas um juiz”. Segundo ele, “essa refor-ma cria mais obstáculos ao bom funciona-mento da Justiça”. O senador Renato Casa-grande se defende, alegando ser “fácil criti-car de fora”, argumentando que se alguémtiver uma sugestão que as dê.”O projeto foipreparado por uma comissão de notáveis e oobjetivo é reduzir a impunidade.”

Longe de ser uma questão que envolveapenas teorias do Direito, a exposição dasteses reflete um embate por vezes duro en-tre acusação e defesa, a ponto de o artigo54 do projeto de lei prever eventual afasta-mento de juízes, nítida consequência de al-guns processos resultantes de investigaçõesrealizadas pela Polícia Federal. Mútuas idi-ossincrasias convertidas em lobby jurídicocriaram, no projeto, a circunstância de umaespécie de “investigação defensiva”, atravésda identificação de fontes de prova. Buscarprovas passa a ser função das partes, não seconcentrando apenas no acusador. No casode processos contra autoridades, o projetoprevê o foro privilegiado também para quemresponder a processo conjuntamente comautoridades denunciadas.

Outra novidade seria a possibilidade defirmar acordo nos casos em que a pena máxi-

ma for de oito anos de reclusão. Se o acusa-do confessar culpa até o momento da audi-ência, poderia ser feito acordo com a Promo-toria para que a pena mínima fosse reduzi-da. O projeto 156 possui 702 artigos, queestão recebendo reparos. Os integrantes daEnccla – Estratégia Nacional de Combate àCorrupção e Lavagem de Dinheiro – fizeram19 propostas de alteração , entendendo queo “juiz de garantias” poderia atuar supleti-vamente em favor da defesa, mas não daacusação. Argumento: “Se o promotor co-meter um erro, ao deixar de apresentar ourequerer uma prova relevante, o juiz ficaráimpedido de atuar e a sociedade deixará deser representada.” Também a Secretariade Assuntos Legislativos do Ministério daJustiça criticou a “investigação defensiva”,por entender não existir um vácuo entreadequações sobre o que poderia constar doprocesso penal, diante da possibilidade de adefesa do réu sair em busca de provas.

Tentando agradar a gregos e troianos, oprojeto prevê 16 possibilidades (entre elas,a prisão domiciliar) de evitar-se que o con-denado seja confinado e fortalece o Ministé-rio Público na condução das investigações,aspecto que poderia suscitar futuros confli-tos constitucionais no STF. Por outro lado,cria os direitos das vítimas, que passariam,inclusive, a ser informadas sobre o trâmitede investigações e de um processo, e a nãoficar no mesmo dia e hora com acusados (oque atualmente gera grandes constrangi-mentos) durante audiências. A prisão pre-ventiva seria de, no máximo, 540 dias paracrimes com menos de 12 anos de prisão e720 dias para penas superiores. (PS)(PS)(PS)(PS)(PS)

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22 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO MAIO DE 2010

GENTE DO DIREITOLuiz Ayrão,

compositor, advogado,cantor, escritor

Luiz Ayrão nasceu em 1942, no bairrode Lins de Vasconcelos, no Rio deJaneiro, em uma família de músicos.Aos 11 anos escreveu a primeiracanção “Nunca te esquecerei”.Eclético, trabalhou como engraxate,guia de cego, vendedor e bancário, e,entre uma folga e outra, não perdia achance de criar uma nova música,sempre exibida na roda de amigos.Por volta de 1956/57, chegou a Linsde Vasconcelos um rapaz deCachoeiro do Itapemirim (ES). EraRoberto Carlos, convidado por CarlosImperial para gravar um disco.Depois de serem apresentados ojovem capixaba perguntou a LuizAyrão se ele teria “alguma coisa noestilo Paul Anka ou Elvis”. Ocompositor disse que tinha. Mentira.Passou a noite escrevendo e, no diaseguinte, apareceu com seis baladas.Roberto Carlos escolheu e gravou“Só por Amor”. Mais tarde, jáconsagrado como “Rei da JovemGuarda”, gravaria outras músicascomo “Nossa Canção” (1967) e“Ciúme de Você” (1970).A primeira experiência de Luiz Ayrãocomo cantor ocorreu em 1968, nofestival “O Brasil canta no Rio”, daextinta TV Excelsior, onde defendeu“Liberdade, Liberdade”, de suaautoria, gravada no ano seguinte.Estava em vigor o AI-5. A canção foicensurada e proibida. Envolvido com a música, Luiz Ayrão

formou-se em Direito em 1969, naUniversidade Cândido Mendes. Foiaprovado no concurso paraprocurador do Banco do Estado daGuanabara, onde trabalhou até1974. No ano anterior, gravou umcompacto simples (“Porta Aberta”),homenagem à escola de sambaPortela. No ano seguinte, aEmi-Odeon produziu o primeirolong-play de Luiz Ayrão, tendo emuma das faixas a música “No Silêncioda Madrugada”, hit parade daépoca. Aos 33 anos, o então“consagrado” cantor deixou oescritório de Advocacia e ficouapenas com música. Já casado,mudou-se para São Paulo onde viveuaté 1982, ano em que retornou aoRio de Janeiro, onde morou até2003, para novamente instalar-seem São Paulo. Além de letrista,compositor e cantor, Luiz Ayrãotambém é escritor. Lançou, em2007, o livro Meus Ídolos e Eu(Editora Artífice) e, em 2008, O Paísdos Meus Anjos pela EditoraRecord-Nova Era. Atualmente, fazshows por todo o País esemanalmente, participa do “corpo dejurados” do “Programa Raul Gil” na “TVBandeirantes”. Casado há 39 anos comMercedes, a quem define como “musa,sócia, amiga e namorada”, Luiz Ayrãotem duas filhas, um filho (tambémadvogado) e dois netos.B

Raquel Santos

LA Produções

Aldir Passarinho Junior...E Hamilton Carvalhido, ministros do STJ,

e Marco Aurélio Mello, ministro do STF, fo-ram eleitos para o TSE.

Antoninho LopesJuiz da 1ª Vara de Precatórios do DF, foi

empossado como desembargador do TJ-DF.

Arnaldo Hossepian S. LimaArnaldo Hossepian S. LimaArnaldo Hossepian S. LimaArnaldo Hossepian S. LimaArnaldo Hossepian S. Lima JúniorJúniorJúniorJúniorJúniorProcurador de Justiça, é o novo secretário ad-

junto da Secretaria da Segurança Pública de SP.

Cassia Nakano HiraiÉ a nova coordenadora adjunta de práti-

ca jurídica e atividades complementares daDireito GV.

Daniela Sollberger CembranelliÉ a nova Defensora Pública-Geral do Esta-

do de São Paulo. Daniela, que é a segundamulher a ocupar o cargo, ficou em primeirolugar na votação de 410 defensores públicos.Na lista tríplice, ela teve75% dos votos.

Denise Martins ArrudaQuarta mulher a ocupar uma cadeira de

ministra do STJ, em 2003, foi aposentadacompulsoriamente em 6 de abril (a previsãoera fevereiro de 2011).

Flávio Cascaes de Barros Barreto......Francisco Ribeiro Gago, José Ricardo

dos Santos Luz Júnior, Rodrigo ScalamandréDuarte Garcia e Verônica Sprangim são osnovos sócios do Duarte Garcia, Caselli Gui-marães e Terra Advogados.

Laura Louzada JacottetÉ nova desembargadora do TJ-RS.

Laura Mendes BumacharÉ a nova sócia do Tauil & Chequer.

Luiz Fux...E Castro Meira, ministros do STJ, foram

eleitos para o Conselho da Justiça Federal.

Marco Antonio RochaJuiz federal, foi empossado como desem-

bargador do TRF-4, em Porto Alegre.

Romeu Tuma JuniorSecretário Nacional de Justiça, foi

empossado como novo presidente doConselho Nacional de Combate à Pirata-ria e Delitos contra a Propriedade Inte-lectual (Cncp).

Silmara Juny de Abreu ChinellatoTomou posse como professora titular

do Departamento de Direito Civil da Fa-culdade de Direito da Universidade deSão Paulo.B

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23MAIO DE 2010 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

TRABALHO

Sexta Turma do STJnegou provimentoao recurso da Bras-kem S.A. contradecisão do TRT-19(AL) obrigando-a a

pagar como hora extra o tempodespendido pelos funcionários em pa-lestras e cursos promovidos pelaempresa fora do horário de trabalho.

Os ministros rejeitaram o argumen-to de violação ao artigo 4º da CLT, aoconstatar, por meio de provas, que anão participação nos cursos traria pre-juízo aos empregados, como reduçãona participação nos lucros e resulta-dos e preterição em promoções.

Cursos e palestras configuram horas extrasO Sindicato Unificado dos Trabalha-

dores Petroleiros e das Indústrias Quí-micas, Petroquímicas e Similares deAlagoas e Sergipe (Sindipetro-AL/SE)requereu o pagamento das horas ex-traordinárias para os empregados daBraskem que participaram de cursos epalestras fora do horário de trabalho.A Justiça Trabalhista alagoana acolheuo pedido. A empresa recorreu ao TST,sem sucesso.

Para o relator, ministro AloysioCorrêa da Veiga, a decisão do TRT-19deve ser mantida, já que foi baseadano conjunto de provas. Revê-las seriaimpossível, pois contraria a Súmula126. (RR-1500-66.2005.5.19.0004)B

A

Revista íntimaA Transportadora Ourique Ltda. (antiga

Transpev Transportadora de Valores e Se-gurança Ltda.), de Minas Gerais, foi conde-nada pela Sétima Turma do TST a indenizarum auxiliar de tesouraria por obrigá-lo, du-rante dois anos, a ficar nu diariamente dian-

InsalubridadeComissária em aeronave durante

abastecimento de combustível deavião não recebe adicional de peri-culosidade. Com essa decisão, favo-rável à Varig, a Seção Especializadaem Dissídios Individuais (SDI-1) doTST reformou acórdão da TerceiraTurma, que determinava o pagamen-to de adicional a uma funcionária daempresa, pela possibilidade, aindaque remota, de haver incêndio naaeronave em caso de vazamento decombustível. Para a SDI-1, corre ris-co o trabalhador que fica no espaçofísico do abastecimento, ou que neletransita, o que não é o caso da auto-ra da ação. (E-ED-RR-67/2000-052-01-00.6)

te de um vigia, no começo e final do expedi-ente, “a fim de evitar furtos”. Em 2004,após ser demitido, ele entrou com ação na31ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte,que lhe concedeu uma indenização de R$ 8mil. O TRT-3 (MG) julgou improcedente o pedi-do. O empregado recorreu ao TST, que refor-

mou a sentença. (RR-870/2005-110-03-40.5)

Justa causa IA Cia. Agrícola e Pecuária Lincoln Junquei-

ra, de Presidente Prudente (SP), foi condena-da a pagar verbas rescisórias a um cortador decana dispensado por justa causa depois de par-

ticipar de uma paralisação por melhores salári-os. Com a decisão, a Terceira Turma do TSTmanteve acórdão do TRT-15 (Campinas-SP),que entendeu não ter havido insubordinaçãoou indisciplina dos empregados por não acata-rem a ordem de retorno ao trabalho no mesmodia. (RR – 261/2002-115-15-00.5)B

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24 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO MAIO DE 2010

TRABALHO

empregador não podedescontar dos saláriosvalores relativos à assis-tência médica e odon-tológica sem autorizaçãodo empregado. A deter-

minação é da Seção I, Especializada emDissídios Individuais (SDI-1), que rejeitouos embargos da Brasil Telecom contradecisão da Terceira Turma do TST obri-gando-a a restituir os valores desconta-dos de um ex-funcionário.

O TRT-4 havia considerado legal osdescontos em função de acordos cole-tivos firmados entre empresa e osempregados. O trabalhador recorreuao TST, com sucesso. O relator daSDI-1, ministro Lélio Bentes Correa,disse que, recentemente, a Seção de-cidiu que a simples adesão do empre-gado ao seguro não autoriza a empre-sa a fazer os descontos nos salários. Aquestão é regulamentada pelo artigo462 da CLT e pela Súmula 342 do TST.(RR-115300-59.2000.5.04.0103)B

Assistência médica: desconto deve ser devolvido

O

Sexta Turma do TST rejeitou recur-so de um trabalhador que pedia inde-

nização por dano moral após ter o nome, ocargo e o salário divulgados na internet pelaempresa Administração dos Portos de Para-naguá e Antonina (Appa). Os ministros, noentanto, entenderam que a atitude da em-presa não atingiu o empregado, por não terhavido conduta ilícita.

O pedido já havia sido rejeitado pelo TRT-9 (PR) sob o fundamento de que a Constitui-ção do Estado do Paraná determina aostrês Poderes a publicação anual dos valoresdo subsídio e da remuneração dos cargos eempregos públicos. Para o tribunal, com a

Salário pode serdivulgado na internet

divulgação dos nomes e salários dos empre-gados, a empresa estaria apenas cumprindoa lei. O TST teve entendimento idêntico.(RR-352800-08.2008.5.09.0411)B

A In itinereEletricista aposentado que trabalhou

durante 21 anos na Gerdau Açominasdeve receber o valor relativo aos 20 mi-nutos diários que permanecia dentro ôni-bus da empresa, no percurso entre aportaria e o local de trabalho e vice-ver-sa, segundo determinação da Quarta Tur-ma do TST. O TRT-3 (MG) havia dadoprovimento ao recurso ordinário da em-presa quanto as horas in itinere (horasde percurso) excluindo o pagamento ejulgando improcedente a ação. (RR –259/2008-088-03-00.9)

DomésticasA Terceira Turma TST rejeitou recurso

contra decisão da Justiça do Trabalho doRio de Janeiro que reconheceu a relaçãode emprego de duas empregadas domésti-cas. Por mais de dois anos elas cuidaramde uma pessoa, exercendo inclusive funçãode enfermeiras. Após a demissão, ambasajuizaram ação pedindo reconhecimentode vínculo empregatício e recebimento dasverbas. A empregadora recorreu ao TRT-1 (RJ) contestando o pagamento das féri-as proporcionais, sem sucesso. O TST rei-terou o entendimento do tribunal regionalde que empregados domésticos têm direitoa férias remuneradas. (RR - 1959/2003-049-01-00.4)

SegurançaA Ondrepsb Serviço de Guarda e Vigi-

lância Ltda. deve indenizar um segurançaque trabalhava na Penitenciária de Flori-anópolis (SC) quando foi feito refém pe-los prisioneiros amotinados em dezembrode 2000. A sentença proferida pelo TRT-12 (SC), foi confirmada pela Sétima Tur-ma do TST, ao rejeitar agravo de instru-mento em que a empresa pedia a reduçãoda indenização de R$ 49.850,00, consi-derada abusiva. (AIRR – 9239/2005-014-12-40.0)

Justa causa IIA Ford não pagará indenização a ex-

empregado demitido sem justa causa,após investigação por suposto assédio se-xual. A decisão é da Oitava Turma doTST, que manteve decisão do TRT-10(DF). O funcionário foi demitido depoisde sofrer uma sindicância e ser inocenta-do da acusação de tentar abusar sexual-mente de uma empregada. Na 14ª Varado Trabalho de Brasília alegou que aFord não manteve o sigilo na investigaçãopermitindo o “vazamento” do caso paraoutros funcionários. A empresa foi conde-nada a pagar indenização equivalente a50 vezes o maior salário do empregado. OTRT reformou a sentença. O trabalhadorrecorreu, sem sucesso. (AIRR – 799/2003-014-10-41.0)

Dirigente sindicalA Sétima Turma do TST manteve senten-

ça da Justiça do Trabalho do Espírito Santonegando pedido de reintegração de um diri-gente sindical demitido da Viação FlechaBranca Ltda., de Cachoeiro do Itapemirim. Ofuncionário, eleito em dezembro de 2000 edispensado em 2001, insistia no direito à es-tabilidade, mas o TRT-17 verificou que a Ter-ceira Vara Cível havia determinado o fecha-mento do Sindicato dos Motoristas, Ajudan-tes, Cobradores e Operadores de MáquinasSobre Pneus do Sul do Estado do EspíritoSanto e decretado a constituição da entidadenula. (AIRR – 1719/2003-131-17-40.7)

HomologaçãoA Terceira Turma do TST reconheceu

acordo firmado entre um funcionário e aTracomal - Terraplanagem e ConstruçõesMachado Ltda. em julho de 1997, pelo qualele recebeu R$ 1.600,00 referente a recla-mação trabalhista dele e de mais cinco cole-gas. A Vara do Trabalho não havia aceitadoo acordo, mas não explicou o motivo. A em-presa recorreu ao TRT-17 (ES) pedindo ahomologação, sem sucesso. No TST, a Tra-comal alegou, entre outras coisas, que “é lí-cito às partes celebrar acordo que ponhatermo ao processo, ainda que encerrada afase de conciliação”. A Turma, acatou o ar-gumento, extinguiu o processo e homologouo acordo. (RR – 948/1995-001-17-00.9)

TerceirizaçãoA Seção Especializada em Dissídios Indi-

viduais (SD1), do TST, rejeitou o embargodo MPT contra decisão que reconheceu aregularidade da terceirização de mão-de-obra na Telemar Norte-Leste (atual Oi) doRio Grande do Norte. A maioria dos minis-tros considerou que o e recurso não poderiaser examinado por falta de citação corretade decisões divergentes. O TRT-RN admitiua terceirização, baseado na Lei Geral de Te-lecomunicações, que prevê a possibilidadede “contratar com terceiros o desenvolvi-mento de atividades inerentes, acessórias oucomplementares ao serviço”. A Quarta Turmado TST já havia rejeitado o primeiro recurso doMPT. (E-RR-4661/2002-921-21-00.4)B

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25MAIO DE 2010 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

LAZER

GLADSTON MAMEDE*

Picadinho de carne em carménère paras de carne po-dem ser usadas paraum picadinho sim-ples e gostoso. In-gredientes: 500 gra-mas de aparas de

carne,em pequenos pedaços; umacolher de sopa de bacon em pedaçospequenos; um copo de vinho tinto dauva carménère; azeite; uma cebolamédia; dois dentes de alho; salsinha ecebolinha; sal e pimenta-do-reino.Modo de fazer: Esquentar uma caça-rola, colocar um fio de azeite e refogaro bacon em fogo médio. No processa-dor, colocar a cebola e o alho; acres-centar ao bacon, quando esteve esti-ver dourado, na mesma panela. Mexerbem, acrescentando-se duas ou trêscolheres de azeite e, após cinco minutos,colocar a carne, misturando tudo. Tem-perar com sal e pimenta-do-reino. Quan-do a carne ficar morena, acrescentar ovinho. Cozinhar em fogo brando, por cercade dez minutos. Desligar, acrescentar ce-bolinha e salsinha, a gosto.

A guarnição pode ser arroz, risoto, massaou, até, pão. Acompanha vinho tinto:

Dom Abel, merlot, premium, 2005,14% de álcool, Rio Grande do Sul,Brasil (R$ 30,00). Violeta escuro,parece sem graça, logo apósaberto. O contato com a atmosfe-ra faz surgir aromas de chocolate,pó de café, pimentão e groselha.O sabor evolui positivamente:aveluda-se, ganha equilíbrio e re-

duz-se a percepção do álcool. Corpomédio, com um amargor persistente aofundo. Notas de ervas, chá preto e cou-ro. Vendido pela Confraria Vale do Vi-nho ([email protected]).

La Vendimia, 2005, 13,5%de álcool, Rioja, Espanha(R$ 51,00). Quando aber-to, apresenta um cheiro me-talizado e um pouco azedo.

ACom uma hora de decanter, os aromas seequilibram: capuccino, óleos minerais, cou-ro tratado, damascos secos e ameixas emconserva. Encorpado, cremoso e rascan-te. Notas herbáceas, achocolatadas e fru-tas vermelhas. O álcool é perceptível. Per-sistência curta, mas gostosa. Vendido pelaVinci Vinhos ([email protected]).

Crasto, 2007, 13,5% de álcool, Dou-ro, Portugal (R$ 60,00). Rubi, comreflexos azuis, translúcido, com aro-mas de frutas vermelhas, pimentão,violetas e um discreto chocolate.Corpo leve, harmônico e elegante.Bom final de boca. Vendido pela Qua-limpor ([email protected]).Santa Carolina, merlot, gran re-serva, 2006, 14,5% de álcool,Vale do Maipo, Chile (R$ 66,00).Rubi violáceo, com aromas de er-vas, cereja, framboesa, couro, em-butidos, tostados e chocolate. En-corpado, bem frutado, com taninosmarcantes e boa estrutura, embo-

ra sem complexidade. Notas de pimen-tão, tutti-fruti e café amargo. Aveludadoe fácil de beber. Vale o preço. Vendidoem supermercados.B

*Advogado em Belo Horizonte (MG)[email protected]

DICADICADICADICADICA: Diluindo-se 1 colher de: Diluindo-se 1 colher de: Diluindo-se 1 colher de: Diluindo-se 1 colher de: Diluindo-se 1 colher dechá de amido de milho (maizena)chá de amido de milho (maizena)chá de amido de milho (maizena)chá de amido de milho (maizena)chá de amido de milho (maizena)em um pouco de vinho e adicio-em um pouco de vinho e adicio-em um pouco de vinho e adicio-em um pouco de vinho e adicio-em um pouco de vinho e adicio-nando-se ao molho, o caldo danando-se ao molho, o caldo danando-se ao molho, o caldo danando-se ao molho, o caldo danando-se ao molho, o caldo dacarne se transforma em creme.carne se transforma em creme.carne se transforma em creme.carne se transforma em creme.carne se transforma em creme.

Gladston Mamede

LITERATURA

Temas de Seguro, Anto-nio Penteado Mendonça,Roncarati Editora—Segun-da edição, também baseadaem artigos publicados nosjornais “O Estado deS.Paulo” e “Tribuna do Di-reito”, permite que os tex-tos possam ser lidos isola-damente. Com prefácio dodesembargador José Renato Nalini, a edi-ção, com 271 páginas, aborda desde os con-ceitos do que é seguro, passando pelo con-trato e pela contratação, pelo caráter social,pela posição diante do Judiciário, além decapítulos sobre resseguros, sinistros, corre-tor, garantias, multirrisco, previdência pri-vada, responsabilidade civil, saúde, trans-portes e vida e acidentes pessoais. SegundoAntonio Penteado Mendonça, advogado eprofessor,“o conceito básico que norteiatoda e qualquer operação de seguro é a re-partição de determinados prejuízos econômi-cos que afetam alguns membros de uma de-terminada sociedade por todos os seus inte-grantes”.

O que a Vida me Ensi-nou, Reinaldo Polito, Edito-ras Saraiva e Versar —“Todo mundo sabe dizerquem são os mais importan-tes palestrantes, publicitári-os, médicos, professores,artistas ou empresáriosbrasileiros — mas poucagente conhece os obstácu-los, dilemas e medos que essas pessoas en-frentaram para se tornarem o que são hoje.

Há quem diga que o que determina a vida deuma pessoa não é necessariamente o queacontece com ela — mas sim como essapessoa reage e age diante do que acontece.O que a Vida me Ensinou é uma coleção dife-rente que mistura pequenas biografias comgrandes lições de vida. Sem fórmulas de su-cesso ou ilusões parecidas, seu objetivo érevelar as principais experiências, os episó-dios mais marcantes, os maiores desafios, ascertezas e as dúvidas, os valores e os princí-pios que nortearam a vida de profissionaisde destaque em suas áreas. Mais do queuma série de livros de memórias ou de ori-entações, é uma coleção de reflexões, inspi-rações e referências.”

Dicionário Jurídico Bilín-gue Português/Inglês/In-glês/Português, MarinaBevilacqua de La Toulou-bre, Editora Saraiva — Ovocabulário técnico faz par-te da linguagem jurídicacomo meio de comunicaçãodos profissionais do Direitoe da tradução no meio internacional, entreos quais se incluem advogados, consultores,linguistas, tradutores e professores. Traba-lhar com dois idiomas diferentes em âmbitojurídico exige o conhecimento da cultura edo ordenamento jurídico a que pertencemos idiomas. Nesse contexto, a obra é degrande valia para o profissional do Direitoque pretende adquirir um importante dife-rencial ante o mercado de trabalho. Apre-senta os termos mais usados nas áreas doDireito Societário, das Finanças, do Proces-so Civil e dos Contratos.B

VALE A PENAInternet

O Pantanal é uma grande planícieinundável de 140.000 Km2, integranteda Bacia do Alto Paraguai. 80% dessaplanície situa-se em terras brasileiras,em MT e MS, e o restante distribuídoentre o Paraguai e a Bolívia. O RioParaguai é a espinha dorsal do panta-nal e os seus principais formadores seencontram na Serra de Araporé e naSerra do Pari.

Uma das cidades do pantanal mato-grossense tive a oportunidade de visitardiversas vezes é Corumbá, tambémconhecida como Cidade Branca pela corclara de suas terras e principal cidadedo pantanal sul matogroessense. Foi fun-dada pelos colonizadores portuguesesem 1778, às margens do Rio Paraguai.Atualmente através do turismo e da pes-ca, da pecuária e da exploração mine-ral, a região está retomando suas ativi-dades econômicas. Os atrativos turísti-cos além da pesca e passeios de barcosão o Casario do Porto, Forte Coimbra,Forte Junqueira, Igreja Nossa Senhorada Candelária, Morro Urucum, safárisfotográficos entre outras. Ainda, e pelofato de situar-se na fronteira com aBolívia, há a possibilidade de se conhe-cer as cidades de Puerto Aguirre e Pu-erto Quijarro, que contam com áreas deZona Franca para compra de produtosimportados e de artesanato boliviano.B Paulo Sérgio Cury, Paulo Sérgio Cury, Paulo Sérgio Cury, Paulo Sérgio Cury, Paulo Sérgio Cury, advogado.

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26 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO MAIO DE 2010

LAZER

TURISMOTURISMO ROTEIROS E INDICAÇÕES DE MARIA MAZZA

Starfish Resort Ilha de Santa Luzia,na Barra dos Coqueiros, em frente à

praia da Costa, a 3 quilômetros de Araca-ju, é a nova opção de hospedagem no Nor-

O

Starfish Resort

erejeiras (sakurá) em flor, imensos arranhas céus, templos religiosos, culturamilenar, samurais, gueixas, gastronomia natural e exótica, ética, educação,paciência. Esse é o Japão que todos conhecem, pelo menos de leituras e fil-mes. Tóquio, por exemplo, é uma capital de grandes contrastes, que misturaa calma dos templos com o intenso cheiro de incenso, mas também com trân-sito caótico e superpopulação.

Quem for ao Japão não pode deixar de ver na capital, o Santuário Meiji, dedicado ao impe-rador Meiji e à imperatriz Shoken; o templo Asakusa Kannon, um dos mais antigos da capitaljaponesa; visitar a rua Nakamise-dori, com inúmeras lojas de comida e souvernirs. O OrientalBazaar, a mais famosa loja de presentes de Tóquio, a Harajuku,que reúne as melhores grifes domundo, o zoológico do Parque Ueno, com ursos panda, o mercado de Peixes Tsukiji, o bairro deGinza, um dos mais elegantes da cidade e a estação de metrô Shinjuku, com mais de 80 saídas.

Além disso, conhecer Halone, uma estância termal e hidromineral na costa do Pacífico; fazerum passeio pelo teleférico do Monte Komagate até o vale de Owakudani; viajar de trem bala atéQuioto e ali apreciar o Castelo do Nijo, o templo xintoísta Heian, o Pavilhão Dourado (Kinkajui),a cidade de Nara, que abriga o templo Todaiji, com o Grande Buda de Bronze de 16 metros dealtura e 120 quilos de ouro; o Parque dos Cervos Sagrados e o santuário Kasuga. Ainda com otrem-bala deve-se ir até Hiroshima conhecer o Parque Memorial da Paz, obviamente referênciaa bomba, e o templo xintoísta Itsukushima (Construído sobre pilatis e reconhecido como patri-mônio cultural da humanidade), a ilha de Miyajima; e também ir a Osaka, que tem o Umeda AerialGardem, um observatório suspenso entre dois prédios; o Osaka Castle Park e a Dotonbori Stre-et, rua dos restaurantes, teatros e comercio de eletrônicos.

O JAPÃO MODERNO E DAS CEREJEIRAS

C

deste. Com 183 suítes e 25 bangalôs,equipados com ar condicionado, telefone,tv a cabo, frigobar, conta ainda com facili-dades como secador de cabelo, cofre, rá-dio relógio e cafeteira. O resort possuitrês restaurantes e cinco bares, alem deárea de lazer com piscina, quadras de tê-nis, campo de futebol (de grama e deareia), vôlei de praia, fitness center, jacuz-zi, clube para crianças e salão de jogos.

As diárias custam R$ 430,00 por pes-soa, no sistema “all inclusive”. Opcional-mente, pode-se fazer tour por Maceió; visi-tar a praia do Mangue Seco, onde foi gra-vada a novela “Tieta do Agreste”, que in-clui travessia de lancha pelos rios Piauitingae Real; e conhecer a foz do São Francisco.

Informações e reservas pelos telefones(0xx79) 2104-8500 e 0800-704-3210.B

Divulgação

GastronomiaA culinária é famosa pelos ingredi-entes frescos, exóticos e coloridos.Existe até um “mercado de comi-da” para apreciar os pratos japo-neses, embora possa se achar tudona grande variedade de restauran-

tes, que apresentam os pratos em fotografi-as coloridas, ou nas lojas de departamento.Quem não quiser “ousar” e arriscar umsashimi, um kaiseri-ryori (vegetais com pei-xe, algas marinhas, cogumelos e condimen-tos locais), um tonkatsu (carne de porco àmilanesa com pão ralado), ou um soba eudon (macarrão japonês), acompanhados desaquê, pode ficar com a grande variedade de

pratos ocidentais italianos, franceses, ameri-canos e latino-americanos.

CostumesCostumesCostumesCostumesCostumesO cumprimento com reverência(abaixando-se a coluna na posiçãodiagonal) é obrigatório, principal-mente para as pessoas mais idosas.Nos transportes públicos deve-seevitar o uso de celular ou viajar com

mochilas nas costas (devem ficar nas prate-leiras ou entre as pernas), nas escadas ro-lantes deve-se ficar sempre à esquerda, dei-xando o lado direito para os “mais apressa-dos”; separar o lixo orgânico do inflamávele amassar latas antes de descartá-las.

O roteiro sugerido é de 12 dias. Moedas estrangeiras são aceitas apenas em alguns hotéis e restaurantes. O um pouco dinheiro nacional é o iene (circulam moedas de 1, 5, 10, 50,100 e 500 e cédulas de 2,5 e 10 mil). Pode fazer câmbio em agências e locais especializados (inclusive nos aeroportos de Tóquio e Osaka). Preços por pessoa da passagem aéreapela Air Canadá com conexão em Toronto: US$ 1.880,00 mais taxas de embarque e da parte terrestre com hospedagem em apartamento duplo: a partir de US$ 3.835,00 e incluihospedagem em apartamento standard, ingressos e traslados para os passeios, café da manhã, cinco almoços e um jantar. Documentação: passaporte com validade mínima de seismeses além do término da viagem; vistos válidos para o Canadá (trânsito) e Japão (turismo), certificado internacional de vacinação contra a febre amarela.

O idioma nacional é o japonês, embora nas principais cidades fale-se o Inglês (as informações públicas são apresentadas em Japonês e Inglês). Como souvenir, não deixar de ad-quirir o “gatinho da sorte” (maneki neko), quimonos e sedas, além, também obviamente, de câmaras fotográficas e artigos óticos e eletrônicos. Informações com a Princess Opera-dora, telefone (0xx11) 3388-5288.B

Divulgação

Roteiro, moedas, documentos...

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27MAIO DE 2010 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO

LAZER

PAULO BOMFIM

FragmentosEstatísticas nos apontam como consumidores, eleitores, números que sereproduzem, algarismos que envelhecem.

* * ** * ** * ** * ** * *Horrível dever favor às máquinas. Acabam sempre nos manietando a suasengrenagens.

***************

Nunca serei pastor. Discordo da filosofia dos rebanhos.

*** *** *** *** ***O exílio do tempo foi criado porque a eternidade necessita de tréguas.

*** *** *** *** ***Uma fada me diz que os deuses se disfarçam de esperança.

*** *** *** *** ***Sentimos que ainda é véspera de existir.

*** *** *** *** ***Falar sozinho é ter assunto.B

POESIAS

Passos lineares da aurora de umtempo,

Sobre a sombra de pensamentosdaquela paixão

Me dá agora um som alto esublimado,

Um estalo grandíloco queacende o coração;

Em meus pensamentossonorizo um canto

E temo pelo recomeço daquele

Eduardo Manga Jacob( Advogado)

Talvez, mil vezes não

amor proibido. A boa vista de espírito do pouco santo Gloriado fado deste expurgado Dão a este cidadão a sua vez de opor Cansoa a pálida paixão de seu esplendor As vestes polidas de invisível distinção Jamais estará perdoada pelo irmão. B

u tudo? Depende dos olhos dequem vê.

E enquanto continuares a correrassim,

...por si só, nada terás, nadaverás, minha querida...nada!

Não espere que seja tarde demais para perceber que somos

um só, ...composto de muitos, muitos

Karime Akl(Advogada)

Nada! que andaram ao teu lado, e seus anseios a fizeram deixá-los para trás.

Nós, eu, sempre correrei com você - seja ao teu lado enquanto deixares ...seja logo atrás - mesmo que não seja capaz de ver, eu estou aqui ...logo aqui do teu lado hoje, agora, amanhã...pra sempre!B

O

C R U Z A D A S

M. AMY

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11HorizontaisHorizontaisHorizontaisHorizontaisHorizontais

1-1-1-1-1- (Ciênc.(Ciênc.(Ciênc.(Ciênc.(Ciênc. Pol.) Capaci-Pol.) Capaci-Pol.) Capaci-Pol.) Capaci-Pol.) Capaci-dade do poder de mandar.dade do poder de mandar.dade do poder de mandar.dade do poder de mandar.dade do poder de mandar.

2-2-2-2-2- (Dir.(Dir.(Dir.(Dir.(Dir. Comp.) UnidadeComp.) UnidadeComp.) UnidadeComp.) UnidadeComp.) Unidademonetária da Itália e do Va-monetária da Itália e do Va-monetária da Itália e do Va-monetária da Itália e do Va-monetária da Itália e do Va-ticano; (Dir.ticano; (Dir.ticano; (Dir.ticano; (Dir.ticano; (Dir. Pen.) AquelesPen.) AquelesPen.) AquelesPen.) AquelesPen.) Aquelesque ficam em poder do cri-que ficam em poder do cri-que ficam em poder do cri-que ficam em poder do cri-que ficam em poder do cri-minoso como garantia.minoso como garantia.minoso como garantia.minoso como garantia.minoso como garantia.

3- (M3- (M3- (M3- (M3- (Meeeeed.d.d.d.d. Leg.) PancadaLeg.) PancadaLeg.) PancadaLeg.) PancadaLeg.) Pancadacom a mão fechada, pode pro-com a mão fechada, pode pro-com a mão fechada, pode pro-com a mão fechada, pode pro-com a mão fechada, pode pro-vocar morte por inibiçãovocar morte por inibiçãovocar morte por inibiçãovocar morte por inibiçãovocar morte por inibição;;;;; Sigla Sigla Sigla Sigla Siglaautomobilística da Colômbia.automobilística da Colômbia.automobilística da Colômbia.automobilística da Colômbia.automobilística da Colômbia.

4-4-4-4-4- (Dir.(Dir.(Dir.(Dir.(Dir. Const.) Pedra preciosa; Na lin-Const.) Pedra preciosa; Na lin-Const.) Pedra preciosa; Na lin-Const.) Pedra preciosa; Na lin-Const.) Pedra preciosa; Na lin-guagem jurídica, “contar”, “relatar”.guagem jurídica, “contar”, “relatar”.guagem jurídica, “contar”, “relatar”.guagem jurídica, “contar”, “relatar”.guagem jurídica, “contar”, “relatar”.

5-5-5-5-5- (Dir.(Dir.(Dir.(Dir.(Dir. Int.Int.Int.Int.Int. Priv.) Pessoa sem pátria ouPriv.) Pessoa sem pátria ouPriv.) Pessoa sem pátria ouPriv.) Pessoa sem pátria ouPriv.) Pessoa sem pátria ounacionalidade; Consoantes de “rato”.nacionalidade; Consoantes de “rato”.nacionalidade; Consoantes de “rato”.nacionalidade; Consoantes de “rato”.nacionalidade; Consoantes de “rato”.

6- 6- 6- 6- 6- A primeira nota da escala musical; Ba-A primeira nota da escala musical; Ba-A primeira nota da escala musical; Ba-A primeira nota da escala musical; Ba-A primeira nota da escala musical; Ba-nha Berna; Editores (Abrev.)nha Berna; Editores (Abrev.)nha Berna; Editores (Abrev.)nha Berna; Editores (Abrev.)nha Berna; Editores (Abrev.).....

7-7-7-7-7- (Dir.(Dir.(Dir.(Dir.(Dir. Civ.) Abertura redonda na paredeCiv.) Abertura redonda na paredeCiv.) Abertura redonda na paredeCiv.) Abertura redonda na paredeCiv.) Abertura redonda na paredepara passagem de ar ou de luz; Aguardentepara passagem de ar ou de luz; Aguardentepara passagem de ar ou de luz; Aguardentepara passagem de ar ou de luz; Aguardentepara passagem de ar ou de luz; Aguardente.....

8-8-8-8-8- (Dir.(Dir.(Dir.(Dir.(Dir. CanCanCanCanCanôôôôôn.) Excomunhão; A segundan.) Excomunhão; A segundan.) Excomunhão; A segundan.) Excomunhão; A segundan.) Excomunhão; A segundadesinência verbal.desinência verbal.desinência verbal.desinência verbal.desinência verbal.

9-9-9-9-9- Período de séculos muito extenso;Período de séculos muito extenso;Período de séculos muito extenso;Período de séculos muito extenso;Período de séculos muito extenso;(Dir.Civ.) Aquele que representa em teatro,(Dir.Civ.) Aquele que representa em teatro,(Dir.Civ.) Aquele que representa em teatro,(Dir.Civ.) Aquele que representa em teatro,(Dir.Civ.) Aquele que representa em teatro,cinema, televisão, etc.cinema, televisão, etc.cinema, televisão, etc.cinema, televisão, etc.cinema, televisão, etc.

VerticaisVerticaisVerticaisVerticaisVerticais

11111----- (Dir. (Dir. (Dir. (Dir. (Dir. Proces.) Aquilo que foi mencio-Proces.) Aquilo que foi mencio-Proces.) Aquilo que foi mencio-Proces.) Aquilo que foi mencio-Proces.) Aquilo que foi mencio-nado nos autos.nado nos autos.nado nos autos.nado nos autos.nado nos autos.

2- Exclamação de espanto; Período de tempo.2- Exclamação de espanto; Período de tempo.2- Exclamação de espanto; Período de tempo.2- Exclamação de espanto; Período de tempo.2- Exclamação de espanto; Período de tempo.

3- Na linguagem jurídica, “conspiração”,3- Na linguagem jurídica, “conspiração”,3- Na linguagem jurídica, “conspiração”,3- Na linguagem jurídica, “conspiração”,3- Na linguagem jurídica, “conspiração”,

“ardil”; União Nacional dos Estudantes (Sigla).“ardil”; União Nacional dos Estudantes (Sigla).“ardil”; União Nacional dos Estudantes (Sigla).“ardil”; União Nacional dos Estudantes (Sigla).“ardil”; União Nacional dos Estudantes (Sigla).

44444----- Oceano Oceano Oceano Oceano Oceano ÁÁÁÁÁrticrticrticrticrticooooo (Sigla); Executar com (Sigla); Executar com (Sigla); Executar com (Sigla); Executar com (Sigla); Executar comcuidado e atenção.cuidado e atenção.cuidado e atenção.cuidado e atenção.cuidado e atenção.

55555----- (Interj.) Alegria. (Interj.) Alegria. (Interj.) Alegria. (Interj.) Alegria. (Interj.) Alegria.

6- (Retórica Juríd.) Intuito de censurar6- (Retórica Juríd.) Intuito de censurar6- (Retórica Juríd.) Intuito de censurar6- (Retórica Juríd.) Intuito de censurar6- (Retórica Juríd.) Intuito de censurarou zombar.ou zombar.ou zombar.ou zombar.ou zombar.

77777----- Na linguagem jurídica, “espaço de dez Na linguagem jurídica, “espaço de dez Na linguagem jurídica, “espaço de dez Na linguagem jurídica, “espaço de dez Na linguagem jurídica, “espaço de dezdias” ou “período de dez anos”; Ministériodias” ou “período de dez anos”; Ministériodias” ou “período de dez anos”; Ministériodias” ou “período de dez anos”; Ministériodias” ou “período de dez anos”; Ministérioda Agricultura (Sigla).da Agricultura (Sigla).da Agricultura (Sigla).da Agricultura (Sigla).da Agricultura (Sigla).

88888----- (Dir. (Dir. (Dir. (Dir. (Dir. Proc.Proc.Proc.Proc.Proc. Civ.) Levar a causa a juízo;Civ.) Levar a causa a juízo;Civ.) Levar a causa a juízo;Civ.) Levar a causa a juízo;Civ.) Levar a causa a juízo;Uma objeção latina.Uma objeção latina.Uma objeção latina.Uma objeção latina.Uma objeção latina.

99999----- Preposição contrátil. Preposição contrátil. Preposição contrátil. Preposição contrátil. Preposição contrátil.

1010101010----- (Dir. (Dir. (Dir. (Dir. (Dir. Comerc.) Aumentar o preço daComerc.) Aumentar o preço daComerc.) Aumentar o preço daComerc.) Aumentar o preço daComerc.) Aumentar o preço damercadoria.mercadoria.mercadoria.mercadoria.mercadoria.

1111111111----- (Dir. (Dir. (Dir. (Dir. (Dir. Civ.Civ.Civ.Civ.Civ. ) Rifar, Aquinhoar.) Rifar, Aquinhoar.) Rifar, Aquinhoar.) Rifar, Aquinhoar.) Rifar, Aquinhoar.B

Soluções na página 2Soluções na página 2Soluções na página 2Soluções na página 2Soluções na página 2

À MARGEM DA LEIO escrivão,o advogado ea tecnologia*

om o avanço tecnoló-gico, muitos órgãos daJustiça já utilizam pro-cessos virtuais, comoé o caso do JuizadoEspecial de Cacoalro.Essa modernização,

muitas vezes, acaba gerando situações en-graçadas. No Juizado Especial acima ci-tado, por exemplo, um advogado mineiroestufou o peito e, com sua carteira da OABnas mãos, não pensou duas vezes e disseao escrivão:

- Por favor, quero carga dos autos.O escrivão, então, tentou esclarecer que

o órgão já utilizava processos virtuais, po-rém o advogado, sem perder a pose, disse:

C- Então quero carga do processo virtual !!!Depois de muita risada a situação foi

esclarecida.B*Extraído do site boletimjuridico.com.br/humor,baseado em colaboração de Pedro Henrique BicalhoCarvalho, de Uberaba (MG)

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28 TRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITOTRIBUNA DO DIREITO MAIO DE 2010