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Editorial PREMIAÇÕES PREMIAÇÕES PREMIAÇÕES O médico não deve permitir que seu nome seja incluído em concursos ou similares, cuja finalidade seja escolher “o médico do ano”, “destaque”, “melhor médico” ou outras denominações que visam ao objetivo promocional ou de propaganda, individual ou coletivo. INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 91 - JANEIRO/FEVEREIRO DE 2012 Impresso Especial 9912258304/2010-DR/CE CREMEC Pág. 2 Relatório das atividades do Setor de Fiscalização do CREMEC - 2011 Pág. 3 Págs. 4 e 5 Pág. 6 Pág. 7 Pág.8 PARA USO DOS CORREIOS MUDOU-SE DESCONHECIDO RECUSADO ENDEREÇO INSUFICIENTE NÃO EXISTE O NÚMERO INDICADO FALECIDO AUSENTE NÃO PROCURADO INFORMAÇÃO ESCRITA PELO PORTEIRO OU SINDICO REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL EM____/___/___ ___________________ Artigo: Médico: Robô ou Saco de Pancada Artigo: Cifras Atividade Judicante do CREMEC – Ano 2011 CXII Fórum de Ética Médica do Interior Entrega do Prêmio de Monografias Jan/Fev 2012 Fechando a edição Nos primeiros dias do ano em curso, dezenas de médicos com atuação no Estado do Ceará receberam correspondência com a informação de que eles iriam receber o 13° Prêmio Brasil, categoria medicina, passando a integrar a lista dos profissionais altamente qualificados como “Os Mais Admirados e Prestigiados do País”. Cautelosos, muitos desses médicos se dirigiram ao Conselho Regional de Medicina, em busca de esclarecimento. Queriam saber a pertinência de receberem tal prêmio, qual a representatividade da entidade promotora do evento e se não havia alguma impropriedade ética na participação de médico em semelhante premiação. Alguns até se sentiram lisonjeados com a distinção. Afinal, não é de estranhar que quem trabalhou, por anos e anos, com zelo, dedicação e competência, dando o melhor de si em benefício da saúde dos doentes, entenda que faz jus ao respectivo reconhecimento. Outros chegaram a comentar que não sabiam o que tinham feito além do comum a muitos outros médicos, ou seja, buscar sempre atender bem os pacientes. O que, é certo, lhes assegurava a gratidão e o respeito de numerosos enfermos e respectivas famílias. Não obstante isto, porém, lhes parecia inusual o teor da missiva recebida, originária, ademais, de uma fonte que não conheciam. Assim, não atinavam com as verdadeiras razões de serem considerados merecedores de galardão do porte do que lhes fora anunciado, ainda mais partindo de instituição sediada a muitos quilômetros de distância dos verdes e bravios mares alencarinos. Tomando conhecimento de que fato semelhante ocorrera em muitos outros Estados da Federação, este Conselho diligenciou junto ao Conselho Federal de Medicina no sentido de obter segura orientação. Em resposta, aquela autarquia encaminhou ao CREMEC a Circular CFM n° 30/2012 – PRESI, na qual é informado que “o CFM se posiciona contrariamente a esse tipo de premiação, uma vez que ela viola a Resolução CFM n° 1.974/2011, que estabelece os critérios norteadores da propaganda em Medicina. A citada Resolução diz em seu artigo 12 que “O médico não deve permitir que seu nome seja incluído em concursos ou similares, cuja finalidade seja escolher “o médico do ano”, “destaque”, “melhor médico” ou outras denominações que visam ao objetivo promocional ou de propaganda, individual ou coletivo”. Para os Conselhos de Medicina, portanto, persiste a compreensão de que o trabalho médico tem seu ápice e maior realização no contexto da relação médico- paciente, cenário em que são vivenciadas as maiores satisfações profissionais, e se constrói e se reafirma o prestígio e o bom conceito da Medicina, hoje e sempre. É neste âmbito que ocorre a mais autêntica premiação, concretizada nas palavras de agradecimento dos pacientes e dos seus familiares. Dr. Ivan de Araújo Moura Fé Presidente do CREMEC

Editorial PREMIAÇÕES PREMIAÇÕES PREMIAÇÕES · na cidade de Fortaleza e nos Municípios do ... os da Bolívia, em especial da Escola que se intitula Privada Abierta e de outra,

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Editorial

PREMIAÇÕESPREMIAÇÕES PREMIAÇÕES

O médico não deve permitir

que seu nome seja incluído

em concursos ou similares, cuja

fi nalidade seja escolher “o médico

do ano”, “destaque”, “melhor

médico” ou outras denominações

que visam ao objetivo

promocional ou de propaganda,

individual ou coletivo.

INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 91 - JANEIRO/FEVEREIRO DE 2012

ImpressoEspecial

9912258304/2010-DR/CECREMEC

Pág. 2

Relatório das atividades do Setor de Fiscalização do CREMEC - 2011

Pág. 3

Págs. 4 e 5

Pág. 6

Pág. 7

Pág.8

PARA USO DOS CORREIOS

MUDOU-SEDESCONHECIDORECUSADOENDEREÇO INSUFICIENTENÃO EXISTE O NÚMERO INDICADO

FALECIDOAUSENTENÃO PROCURADOINFORMAÇÃO ESCRITA PELO PORTEIRO OU SINDICO

REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL

EM____/___/___ ___________________

Artigo: Médico: Robô ou Saco de Pancada

Artigo: Cifras

Atividade Judicante do CREMEC – Ano 2011

CXII Fórum de Ética Médica do Interior

Entrega do Prêmio de Monografi as

Jan/Fev 2012Fechando a edição

Nos primeiros dias do ano em curso, dezenas de médicos com atuação no Estado do Ceará receberam correspondência com a informação de que eles iriam receber o 13° Prêmio Brasil, categoria medicina, passando a integrar a lista dos profi ssionais altamente qualifi cados como “Os Mais Admirados e Prestigiados do País”. Cautelosos, muitos desses médicos se dirigiram ao Conselho Regional de Medicina, em busca de esclarecimento. Queriam saber a pertinência de receberem tal prêmio, qual a representatividade da entidade promotora do evento e se não havia alguma impropriedade ética na participação de médico em semelhante premiação. Alguns até se sentiram lisonjeados com a distinção. Afi nal, não é de estranhar que quem trabalhou, por anos e anos, com zelo, dedicação e competência, dando o melhor de si em benefício da saúde dos doentes, entenda que faz jus ao respectivo reconhecimento. Outros chegaram a comentar que não sabiam o que tinham feito além do comum a muitos outros médicos, ou seja, buscar sempre atender bem os pacientes. O que, é certo, lhes assegurava a gratidão e o respeito de numerosos enfermos e

respectivas famílias. Não obstante isto, porém, lhes parecia inusual o teor da missiva recebida, originária, ademais, de uma fonte que não conheciam. Assim, não atinavam com as verdadeiras razões de serem considerados merecedores de galardão do porte do que lhes fora anunciado, ainda mais partindo de instituição sediada a muitos quilômetros de distância dos verdes e bravios mares alencarinos.

Tomando conhecimento de que fato semelhante ocorrera em muitos outros Estados da Federação, este Conselho diligenciou junto ao Conselho Federal de Medicina no sentido de obter segura orientação. Em resposta, aquela autarquia encaminhou ao CREMEC a Circular CFM n° 30/2012 – PRESI,

na qual é informado que “o CFM se posiciona contrariamente a esse tipo de premiação, uma vez que ela viola a Resolução CFM n° 1.974/2011, que estabelece os critérios norteadores da propaganda em Medicina. A citada Resolução diz em seu artigo 12 que “O médico não deve permitir que seu nome seja incluído em concursos ou similares, cuja fi nalidade seja escolher “o médico do ano”, “destaque”, “melhor médico” ou outras denominações que visam ao objetivo promocional ou de propaganda, individual ou coletivo”.

Para os Conselhos de Medicina, portanto, persiste a compreensão de que o trabalho médico tem seu ápice e maior realização no contexto da relação médico-paciente, cenário em que são vivenciadas as maiores satisfações profi ssionais, e se constrói e se reafi rma o prestígio e o bom conceito da Medicina, hoje e sempre. É neste âmbito que ocorre a mais autêntica premiação, concretizada nas palavras de agradecimento dos pacientes e dos seus familiares.

Dr. Ivan de Araújo Moura FéPresidente do CREMEC

[email protected] Jornal Conselho

No ano de 2011, a Comissão de Fiscalização do CREMEC realizou vistorias reativas e programáticas em Hospitais de níveis primário, secundário e terciário, Unidades Básicas de Saúde da Estratégia de Saúde da Família e em outras instituições de saúde, localizadas na cidade de Fortaleza e nos Municípios do interior do Estado do Ceará.

Foram fi scalizados 74 hospitais situados em 42 municípios do Estado do Ceará, incluindo o de Fortaleza. Destes, apenas 04 não tinham diretor técnico nomeado, responsável pelo funcionamento técnico da instituição e pelas questões éticas perante o Conselho de Medicina.

No interior do Estado, foram visitados 38 municípios e vistoriados 214 Postos e Centro de Saúde da Família, nos quais atuavam 304 Equipes da Estratégia de Saúde da Família, estando 64 delas incompletas pela ausência do médico (21%).

Na capital, foram vistoriados 21 Centros de Saúde da Família (CSF), também com um percentual razoável de equipes incompletas, sem a presença do médico, distribuídas nas

06 Secretarias Regionais de Saúde, incluindo os CAPS.

Outras vistorias foram efetivadas, por solicitação do Ministério Público, Comissões do CREMEC (CODAME, CAP, PEP e ASSEJUR), Presidência do CREMEC e categorias médicas, com o objetivo de verificação, in loco, de algumas situações específicas como: propaganda médica imoderada, funcionamento de instituições de saúde com pendências no Setor Jurídico, subsidiar Sindicâncias e Processos em fase de instrução, além da presença do Conselho em situações críticas emergenciais.

Membros da Comissão de Fiscalização participaram de reuniões no Conselho Federal de Medicina (CFM), na elaboração dos novos roteiros de vistorias para hospitais, postos de saúde, centro de saúde, consultórios especializados e outros. Na elaboração deste documento, o CREMEC está representado pelo Conselheiro Lino Antonio Cavalcanti.

Após fi scalização, elabora-se um relatório descritivo, no qual são registradas as condições de infraestrutura operacional da instituição,

com foco nos recursos humanos existentes, equipamentos e materiais, estrutura física e aspectos éticos. Tais relatórios são encaminhados para o Ministério Público, Secretaria Municipal de Saúde, Diretoria Técnica da Instituição, Secretaria de Saúde do Estado, e em casos específi cos para o Ministério do Trabalho.

Por fim, destacamos o componente pedagógico, por ocasião da vistoria, no sentido de correção das distorções verificadas e a atuação do médico, preservando os preceitos do Código de Ética Médica e da boa relação médico-paciente- sociedade.

Fortaleza, 07 de fevereiro de 2012

Membros da Comissão de Fiscalização: Maria Neodan Tavares Rodrigues, José Málbio Oliveira Rolim, Lino Antonio Cavalcanti Holanda, Regina Lúcia Portela Diniz, José Ajax Nogueira Queiroz, Renato Evando Moreira Filho e José Gerardo Araújo Paiva. Apoio Técnico: Perlla Menezes Trigueiro e Diego Cesar Moreira .

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DO SETOR DEFISCALIZAÇÃO DO CREMEC

janeiro – dezembro de 2011

José Málbio Oliveira RolimMembro da Comissão de FiscalizaçãoMaria Neodan Tavares RodriguesMembro da Comissão de Fiscalização

Tabelas e números descriminados no site do Jornal Eletrônico do CREMEC

O cons. Menezes imaginava que o número de inscrições de médicos no Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceara, no ano que passou, montaria a 666. Referia-se ao número da besta do Apocalipse, mas aí vem um colega, a perguntar-lhe se o apelido cons. Menezes inspira-se no conselheiro Acácio, do Primo Basílio, de Eça de Queiroz, e a resposta veio, contundente, por favor, não; prefe-riria fosse molde José da Costa Marcondes Aires, o conselheiro Aires, de Machado de Assis, mas onde o talento? recrimina-se ele. Enquanto isso, constata que, de fato, entre 3 de janeiro e 30 de dezembro do ano fi nado, registraram-se 679 médicos (seiscentos e setenta e nove) no CREMEC.

Mulheres somaram 324 - revoada de tre-zentos e vinte e quatro -, homens, 355 (trezentos e cinqüenta e cinco). A ter em conta a tendência nacional, já expressada nas estatísticas, com o contributo de duas novas escolas que formarão a

primeira turma ao meio do ano em curso, é pro-vável que o número de mulheres inscritas exceda o de homens.

Número de baixas de inscrição, por faleci-mento, 13, fazendo lembrar de novo o conselheiro Aires, antes de relatar o bilhete que recebeu da mana (dele) o convidando ao Cemitério São João Batista, em 9 de janeiro de 1888: “durante os meus trinta e tantos anos”... de conselho, nunca um registro tão elevado de decesso, por ano. Na verdade, já tem o CREMEC 50 e tantos anos. Demais, hou-ve 31 cancelamentos de inscrição; estes são parte de migrações internas, parte ao exterior, Estados Unidos e Europa.

Feitas 72 (setenta e duas) inscrições secun-dárias e 107(cento e sete) foram inscritos por transferência,

Desse conjunto, pela tabuada - as quatro ope-rações - entre adições, subtrações, multiplicações

e divisões, 500 (quinhentos) são recém formados. Formados fora do Brasil, 25 (vinte e cinco), di-

vididos nomeadamente entre os que vêm de Cuba, Escuela Latino Americana de Medicina (ELAM) , e os da Bolívia, em especial da Escola que se intitula Privada Abierta e de outra, também Privada, porém Del Valle.

Não lhe esquece, ao cons. Menezes, que o conselheiro Aires é personagem também de Esaú & Jacó, romance em que os gêmeos Paulo e Pedro, um vai ser médico e outro advogado (isso será um anacoluto?). Para consignar que um número vul-toso de advogados deve também ter se formado este ano que passou, muito maior que de médicos. E que o CREMEC julgou 23 (vinte e três) processos em 2011.

Os números deitados nesta página foram garimpados pelo Sr. Manoel Brito Júnior, a quem o cons. Menezes agradece.

CIFRASDalgimar B. Menezes

Jornal Conselho [email protected]

COMISSÃO EDITORIALDalgimar Beserra de Menezes

Urico GadelhaFrancisco Alequy de Vasconcelos Filho

(Suplente)CREMEC

Rua Floriano Peixoto, 2021 - José BonifácioCEP: 60.025-131

Telefone: (85) 3230.3080 Fax: (85) 3221.6929www.cremec.com.br

E-mail: [email protected] responsável: Fred Miranda

Projeto Gráfi co: WironEditoração Eletrônica: Júlio Amadeu

Impressão: Gráfi ca Ronda

CONSELHEIROSAldaíza Marcos Ribeiro

Alessandro Ernani Oliveira LimaDagoberto César da Silva

Dalgimar Beserra de MenezesErika Ferreira Gomes

Eugênio de Moura CamposFernando Queiroz Monte

Francisco Alequy de Vasconcelos FilhoFrancisco das Chagas Dias Monteiro

Francisco de Assis ClementeFrancisco Dias de Paiva

Francisco Flávio Leitão de Carvalho FilhoHelena Serra Azul Monteiro

Helly Pinheiro ElleryHelvécio Neves Feitosa

Ivan de Araújo Moura FéJosé Ajax Nogueira Queiroz

José Albertino SouzaJosé Fernandes Dantas

José Gerardo Araújo PaivaJosé Málbio Oliveira Rolim

José Roosevelt Norões LunaLino Antonio Cavalcanti Holanda

Lucio Flávio Gonzaga SilvaLuiz Gonzaga Porto Pinheiro

Maria Neodan Tavares RodriguesOrmando Rodrigues Campos Junior

Rafael Dias Marques NogueiraRegina Lúcia Portela Diniz

Régis Moreira ConradoRenato Evando Moreira Filho

Roberto César Pontes IbiapinaRoberto da Justa Pires Neto

Roberto Wagner Bezerra de AraújoRômulo César Costa BarbosaSylvio Ideburque Leal Filho

Tales Coelho SampaioUrico Gadelha de Oliveira NetoValéria Góes Ferreira Pinheiro

REPRESENTANTES DO CREMEC NO INTERIOR DO ESTADO

SECCIONAL DA ZONA NORTEArthur Guimarães Filho

Francisco Carlos Nogueira ArcanjoFrancisco José Fontenele de AzevedoFrancisco José Mont´Alverne Silva

José Ricardo Cunha NevesRaimundo Tadeu Dias Xerez

End.: Rua Oriano Mendes - 113 - CentroCEP: 62.010-370 - Sobral - Ceará

SECCIONAL DO CARIRICláudio Gleidiston Lima da SilvaGeraldo Welilvan Lucena Landim

João Ananias Machado FilhoJoão Bosco Soares SampaioJosé Flávio Pinheiro VieiraJosé Marcos Alves Nunes

End.: Rua da Conceição - 536, Sala 309Ed. Shopping Alvorada - Centro

Fone: 511.3648 - Cep.: 63010-220Juazeiro do Norte - Ceará

SECCIONAL CENTRO SULAntonio Nogueira Vieira

Ariosto Bezerra ValeLeila Guedes Machado

Jorge Félix Madrigal AzcuyFrancisco Gildivan Oliveira Barreto

Givaldo ArraesEnd.: Rua Professor João Coelho, 66 - Sl. 28

Cep: 63.500-000 - Iguatu/CearáLIMOEIRO DO NORTE

Efetivo: Dr. Michayllon Franklin BezerraSuplente: Dr. Ricardo Hélio Chaves Maia

CANINDÉEfetivo: Dr. Francisco Thadeu Lima Chaves

Suplente: Dr. Antônio Valdeci Gomes FreireARACATI

Efetivo: Dr. Francisco Frota Pinto JúniorSuplente: Dr. Abelardo Cavalcante Porto

CRATEÚSEfetivo: Dr. José Wellington Rodrigues

Suplente: Dr. Antônio Newton Soares TimbóQUIXADÁ

Efetivo: Dr. Maximiliano LudemannSuplente: Dr. Marcos Antônio de Oliveira

ITAPIPOCAEfetivo: Dr. Francisco Deoclécio Pinheiro

Suplente: Dr. Nilton Pinheiro GuerraTAUÁ

Efetivo: Dr. João Antônio da LuzSuplente: Waltersá Coelho Lima

Causa perplexidade a indiferença ou apatia de nossos órgãos de classe quando se trata de defender seus associados contra as acusações

injustas ou as medidas irracionais com que a mídia e órgãos governamentais, com crescente frequência, nos incomodam.

Recentemente uma revista semanal de circulação na-cional publicou matéria de capa sob o título “Consultas a Jato”, verberando a rapidez do atendimento de certos médicos. Opinaram a dvogados e outros profi ssionais, sugerindo a exigência de documento indicativo da du-ração da consulta ou – pior ainda- recomendando o não pagamento da mesma quando o paciente – por qualquer razão- não gostasse do atendimento. Não consegui ver nas semanas seguintes nenhuma manifestação de qualquer dos inúmeros órgãos de classe -sempre tão expeditos na emissão de boletos- mostrando a péssima remuneração e as con-dições aviltantes em que a maioria dos médicos trabalha. Unicamente uma carta assinada por este que aqui escreve foi publicada e, assim mesmo, incompleta. Essas medi-das draconianas somente fariam sentido se estendidas ao conjunto de todas as atividades. Ou seja: só compraríamos ingresso se contentes com o espetáculo; passagens seriam pagas exclusivamente após viagens proporcionadas com segurança, conforto e pontualidade plenas e o pagamento de honorários advocatícios seria condicionado à vitória rápida e tranquila e a custo justo nas demandas.

Decidi já ser época de pagar apenas anuidade de en-tidade médica obrigatória por lei (CRM). Recuso-me a patrocinar grêmios recreativos. Será uma boa economia.

A Agência Nacional de Saúde (ANS), por sua vez re-solveu atazanar, como é regra entre burocratas, o juízo dos médicos. Decidiu estabelecer prazos pré-determinados para atendimento de convênios (no máximo sete ou quatorze dias úteis, conforme a especialidade). Não levou em con-sideração a prerrogativa do médico, como autônomo, de decidir quantas horas pode ou deve trabalhar por semana. Tem que atender, e pronto! Mais uma medida atabalhoada e pirotécnica, indicadora da provável ausência de cérebros por lá. E nossos órgãos de classe... caladinhos!

Nossa própria Cooperativa de Trabalho Médico (Uni-med) apressou-se em divulgar tal resolução, sem analisar a

impossibilidade de ampliar as 24 horas do dia ou melhorar a disposição e saúde de profi ssionais (principalmente os mais idosos) para obedecer, sem titubear, a decisão estapafúrdia. As prioridades individuais dos médicos (exemplos: dedica-ção preferencial à cirurgia ou à prática de procedimentos diagnósticos) foram também postas completamente de escanteio.

O direito a férias, ao lazer, ao tempo de descanso e os afazeres familiares naturalmente parecem inexistir para médicos. Sem falar no compromisso para com os pacien-tes de outros convênios e com a própria clientela privada, minguante mas também sofredora e necessitada de atendi-mento. Não atendê-los não seria, por acaso, discriminá-los?

Estas considerações são escritas com serenidade. Não exerço medicina “a jato”, prática totalmente condenável. Atendo pacientes de convênios dedicando-lhes o mesmo tempo, atenção e cuidados que aos privados. Todavia, não me conformo com interferências indevidas, quando me ne-gam autorização para a realização de exame complementar necessário à boa prática (ou – pior- quando autorizam mas glosam). Tal conduta desrespeita nosso Código de Ética no tocante à autonomia profi ssional e aos direitos do paciente e visa tão somente a resguardar o caixa do plano de saúde, de modo a tornar ainda mais ricos seus proprietários (al-guns deles ex-médicos, como um que fez fortuna “a mil”, assumindo descaradamente ter descoberto valioso fi lão econômico: a exploração do trabalho dos ex-colegas).

Em suma: quando conveniente, os convênios (descul-pem a redundância) recorrem ao Código de Ética (capítulos dos DEVERES) ou às resoluções de agências burocráticas, onde talvez inexistam MÉDICOS que algum dia tenham exercido a profi ssão.

Uma pena a inércia e acomodação de “nossas” entidades de classe.

Será nosso destino virar também robôs? Porque saco de pancada já somos há muito tempo.

Nota do editor: Com setenta anos completos e dentro de 70 anos, pela resolução 1979/2011 do CFM, médico só pagará anuidade nas calendas gregas...

MÉDICO: ROBÔ OU SACO DE PANCADA?Valter Justa

(Oftalmologista. Membro da Academia Cearense de Medicina)

As denúncias apresen-tadas e recebidas pelos Conselhos Regionais de Medicina, de fatos ocor-

ridos no exercício da profi ssão médica, decalcadas como possível infração ao Código de Ética Médica, geram sin-dicâncias para apuração de indícios e autoria de possíveis irregularidades que após apreciação por uma Comissão de Avaliação Preliminar (Câmara de Jul-gamento de Sindicâncias - constituída

de 09 membros) (*01), podem resultar em arquivamento ou dar origem a um Processo Ético Profi ssional (PEP) cujos autos serão julgados pelo Pleno do corpo de conselheiros.

No ano de 2011, foram protocoli-zadas no Conselho Regional de Medi-cina do Estado Ceará (CREMEC) um total de 226 denúncias em desfavor de médicos e consequentemente foram ins-tauradas 189 sindicâncias para apuração dos fatos relatados (*02).

A Câmara de Julgamento de Sindi-câncias, apreciou um total de 179 sindi-câncias (*03). Desse total, 148 (82,7%) foram arquivadas por não terem sido encontrados indícios de infração ao Código de Ética Médica e 31 (17,3%) geraram Processos Ético Profi ssionais (PEP) (*04).

Das decisões de arquivamento de sindicâncias, em 9% destas, a parte de-nunciante interpôs recurso ao Conselho Federal de Medicina (CFM), devendo

ATIVIDADE JUDICANTE D

01

05 06

02

4 Jornal Conselho [email protected]

DO CREMEC – ANO 2011ainda serem apreciadas por uma das Câ-maras do Tribunal Superior de Ética Mé-dica, que podem manter ou reformar a decisão proferida pelo CREMEC. Neste ano, ocorreu reforma pelo CFM de duas decisões de arquivamento de sindicâncias determinando a instauração de PEP.

Comparando com o ano de 2010, ocorreu um aumento na quantidade de denúncias e consequentemente na quantidade de sindicâncias e PEPs ins-taurados (*05 a *06).

As penalidades previstas no art. 22 da Lei 3268/57 instituidora dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina são: a - advertência confi-dencial em aviso reservado; b - cen-sura confidencial em aviso reservado; c - censura pública em publicação oficial; d - suspensão do exercício profissional até 30 (trinta) dias; e - cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de Medicina.

Em 2011, o Pleno do CREMEC julgou 25 médicos que respondiam a Processos Ético Profi ssionais, sendo que 48% foram apenados e 52% fo-ram absolvidos (*07). As penas “b” e “a” foram as mais aplicadas, 32% e 8% do total respectivamente. As penas “c” e “e” foram aplicadas em 4% dos julgados e não houve a aplicação de nenhuma pena de suspensão do exer-cício profi ssional prevista na alínea “d” (*07 e *08)

07 08

03

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[email protected] Jornal Conselho 5

Cons. José Albertino Souza

CXII FÓRUM DE ÉTICA MÉDICA DO INTERIORAuditório do LACEN (Laboratório Central de Tauá - Ceará)

26 de janeiro de 2012

Dr. João Antonio da Luz, Representante do CREMEC em Tauá e o presidente Ivan Moura Fé

abrem o Fórum

O conselheiro José Málbio Rolim explica, detalhando, o tema Relação entre Médicos

O conselheiro presidente Ivan Moura Fé, ouve com atenção as ponderações do Dr. Valtersá Coelho

Lima sobre Segredo Médico e Atestados Médicos

Lourival Rodrigues de Sousa, Secretário de Saúde de Tauá fala sobre A Situação da Saúde do

Município.

Dra. Dulce Feitosa, Gerente da Micro-Região e representante da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, discorre sobre Perspectivas da Área de Saúde da 14ª CERES, ladeada pela conselheiro

Lino Antonio.

Assistência do Fórum

Realizado em Tauá, o primeiro Fó-rum de Ética Médica do Interior deste ano, na verdade o CXII de mesma na-tureza; tratados os seguintes assuntos: A Situação da Saúde do Município, pelo Dr. Lourival Rodrigues de Sousa, Secre-tário de Saúde de Tauá o qual, dentre outras coisas disse que todas as equipes do PSF do município, no momento, dispõem de médicos; na programação, o tema Perspectivas da Área de Saúde

da 14ª CERES foi abordado pela Dra. Dulce Feitosa, Gerente da Microrre-gional, representando o Secretário de Saúde do Estado, Dr. Raimundo José de Arruda Bastos; a qual discorreu sobre o funcionamento de unidade de saúde recém inaugurada (Policlinica), sobre o Cartão SUS, recém lançado e outros temas instigantes; de resto, o programa foi preenchido pelos temas: Relação entre Médicos - Relator: Cons. José Málbio Oliveira

Rolim - (Presidente: Dra. Francisca Marga-lene Moreira de Freitas); Segredo Médico e Atestados Médicos - Relator: Cons. Ivan de Araújo Moura Fé - (Presidente: Dr. Valtersá Coelho Lima); Direção Técnica, Comissão de Ética, PSF - Relator: Cons. Lino Antonio Cavalcanti Holanda - (Presidente: Dr. José Neuton Benevides de Lima); Responsabili-dade Profi ssional - Relator: Cons. Dalgimar Beserra de Menezes - (Presidente: Dr. José Ney Leal Petrola).

6 Jornal Conselho [email protected]

ENTREGA DO PRÊMIO DE MONOGRAFIAS

Da esq. para a dir.: Edmilson de Almeida Barros Júnior, Russen Moreira Conrado, Marcelo Gurgel Carlos da Silva e

Ivan de Araújo Moura Fé

Da esq. para a dir.: Russen Moreira Conrado,Edmilson de Almeida Barros Júnior, Roberta Larissa Xavier Santos, Hilmara Almeida Gomes, Marcelo Gurgel Carlos da Silva, Glaúcia Posso Lima (Coord. do Curso de Medicina da UECE), Danilo Falcão Menezes Brilhante e Davi Falcão Menezes Brilhante.

Ocorreu em 30 de janeiro, do ano corrente, no plenário do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará a premiação da quinta edição do Prêmio de Monogafi as Prof. Dalgimar Beserra de Menezes. Presentes, conselheiros, premiados, pais e convidados dos agraciados.

O conselheiro presidente, Ivan de Araújo Moura Fé iniciou a atividade da premiação agradecendo a presença de todos e falando da importância do prêmio na vida acadêmica dos participantes, com a publicação do livro com as teses, premiadas ou não. O presidente

Ivan concedeu a palavra aos presentes no que foi prontamente atendido pelo prof. Marcelo Gurgel Carlos da Silva, agraciado com o 1º lugar na categoria médico, que lovou o prêmio e disse de sua felicidade pela a editoração de livro contendo todos os trabalhos concorrentes.

Falou ainda em nome dos conselheiros presentes, o conselheiro Régis Moreira Conrado que fez comentários sobre o prêmio e o novo Código de Ética. Após a entrega dos respectivos valores monetários aos premiados, o presidente Ivan Moura Fé convidou todos para uma sessão de fotos, visando o arquivo histórico da

entidade, bem como publicação na próxima edição do jornal Conselho.

Além do prof. Marcelo Gurgel, estiveram presentes Edmilson de Almeida Barros Júnior (2º lugar na categoria médico), os irmãos Davi Falcão Menezes Brilhante e Danilo Falcão Menezes Brilhante, e Roberta Larissa Xavier Santos (1º lugar na categoria estudante), Russen Moreira Conrado (2º lugar na categoria médico) e Hilmara Almeida Gomes (2º lugar na categoria estudante).

A entidade ressalta que os médicos devem desconfi ar de empresas que usam o nome do CFM na divulgação dos prêmios.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) faz mais um alerta aos médicos e à sociedade sobre as implicações éticas relacionadas ao recebimento de prêmios de medicina. Médicos brasileiros têm sido abordados por "comitês gestores" deste tipo de iniciativa (quase sempre vinculadas ao setor privado), solicitando que confirmem seu nome em lista de homenageados. Além de violar preceitos éticos de medicina, esses médicos são submetidos a condições para a concessão do prêmio, especificamente pagamentos e compras de ingressos e mesas para dispendiosas cerimônias de premiação.

Uma dessas premiações destaca em sua página que os homenageados pertencem a um seleto grupo de médicos que fazem a diferença com o comprometimento e a certeza de estarem fazendo o melhor. Segundo o tesoureiro do CFM, José Hiran Gallo, a maioria dos médicos de Rondônia recebeu a carta avisando sobre a homenagem. “Eles encaminham para todos os médicos demonstrando ser uma premiação mercantilista. Quem pagar o prêmio é homenageado”, alerta.

A Resolução 1.974/11, que estabelece os critérios norteadores da propaganda em Medicina, conceituando os anúncios, a divulgação de assuntos médicos, o sensacionalismo, a autopromoção e proibições relacionadas, estabelece, em seu artigo 12,

que: "O médico não deve permitir que seu nome seja incluído em concursos ou similares, cuja finalidade seja escolher o “médico do ano”, “destaque”, “melhor médico” ou outras denominações que visam ao objetivo promocional ou de propaganda, individual ou coletivo”.

Entende-se por autopromoção a utilização de entrevistas, informações ao público e publicações de artigos com forma ou intenção de angariar clientela, fazer concorrência desleal, pleitear exclusividade de métodos diagnósticos e terapêuticos, auferir lucros de qualquer espécie e permitir a divulgação de endereço e telefone de consultório, clínica ou serviço.

30 de Janeiro de 2012

CONSELHO FEDERAL FAZ ALERTA SOBRE IMPLICAÇÕES ÉTICAS DE PRÊMIOS DE MEDICINA

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Nos meses de novembro e dezembro de 2011, a Câmara Técnica de Medicina do Trabalho fez divulgação, através de palestras, por vários órgãos, da Resolução CREMEC n- 43\2011, publicada no D.O.U de 06\10\2011, que cria o registro de Coordenador do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Operacional) de empresas, dispõe sobre as atribuições do médico do trabalho e do coordenador do PCMSO e dá outros procedimentos. Os membros da Câmara Técnica de Medicina do Trabalho; Dr. Carlos Henrique V. de Pontes Medeiros e Dr. Áttila Nogueira Queiroz, estiveram divulgando a resolução nos seguintes locais: no SESMT do HGF em 23\11\2011, pela manhã, no

SESI em 23\11\2011, à tarde, na Clínica CLIMEG em 01\12\2011, na SRT-MTE em 14\12\2011, á tarde e no CREMEC, para os médicos da ACEMT (Associação Cearense de Medicina do Trabalho) no dia 14\12\2011, á noite. A resolução encontra-se em vigor desde a publicação, e na opinião de todos signifi cou um passo importante para o sucesso da Medicina do Trabalho no Estado do Ceará, dando um fortalecimento aos profi ssionais dessa especialidade.

*Dr. Carlos Henrique P. Medeiros, Coordenador da Câmara Técnica de Medicina

do Trabalho

*Câmara Técnica de Medicina

do Trabalho (CTMT)

importante

Dr. Carlos Henrique P. Medeiros no auditório do SESI

Dr. Carlos Henrique P. Medeiros, discorre sobre Medicina do Trabalho na SRT (Superintendência Regional do Trabalho), antiga DRT.

A Resolução CFM 1974/ 2011 que estabelece as novas re-gras para a publicidade médica no país, entrou em vigor em 15 de fe-vereiro último. Do seu postulado, fazem parte orientações que de-vem ser observados por médicos, estabelecimentos e instituições vinculadas as atividades médicas (públicas e privadas) devem obser-var quanto da elaboração de peças publicitárias relacionadas a seus serviços. Informações detalhadas sobre a Resolução nos seguintes endereços:

http://portal.cfm.org.br/publicidademedica/

index.html

http://www.fl ickr.com/photos/cfmimprensa

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Fechando a Edição - janeiro/fevereiro de 2012