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Energia sem limites · Outubro | Novembro * 2010 Nº19 ENTREVISTA ANTÓNIO GUTERRES “Estou muito satisfeito com o esforço da EDP” PROJECTO EDP NUM DOS MAIORES CAMPOS DE REFUGIADOS DO MUNDO DOW JONES SUSTAINABILITY SPOTLIGHT Saiba tudo sobre a reestruturação da EDP Soluções Comerciais Kakuma Já somos a empresa líder no Índice de Sustentabilidade

EDP ON 19 - Kakuma

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Energia sem limites · Outubro | Novembro* 2010 Nº19

ENTREVISTA ANTÓNIO GUTERRES“Estou muito satisfeito com o esforço da EDP”

PROJECTO EDP NUM DOS MAIORES CAMPOS DE REFUGIADOS DO MUNDO

DOW JONESSUSTAINABILITY

SPOTLIGHTSaiba tudo sobre areestruturação da EDPSoluções Comerciais

Kakuma

Já somos a empresa líder no Índice de Sustentabilidade

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o n 3

editorial

qui, uma lâmpada é apenas uma lâmpada; em Kakuma, umalâmpada pode significar a diferença de uma vida. Para umapessoa que vive em condições de pobreza extrema e quesofre por ter sido deslocalizada da sua terra, o simples factode ter luz melhora a sua vida do ponto de vista da seguran-ça, da saúde, da educação. E dá motivos de esperança às no-vas gerações para que o futuro não seja uma fatalidade semretorno.

Foi esta a missão que, durante mais de um ano, a EDPlevou a um dos maior campos de refugiados do planeta. Atra-vés de uma experiência piloto revolucionária, nunca antes

testada no terreno, mudámos o mundo de milhares de pessoas. Não nos limitámos a montaras estruturas, a financiar um projecto, a levar a caridade ao campo. Envolvemos as popula-ções, transmitimos o conhecimento, demos as ferramentas, acompanhámos a sua evolução.

Pusemos um ponto final a uma vida na escuridão. Os alunos podem estudar à noite, asmulheres podem circular no campo correndo menos riscos de serem violadas, as planta-ções podem ser constantemente irrigadas, os alimentos já podem ser cozinhados em fornosa energia solar. Tudo com energia limpa, renovável, sustentável, utilizando as tecnologiasmais inovadoras a nível mundial.

É impossível não ficar orgulhoso com os resultados: há dois anos a EDP conseguiu en-trar no exigente Índice Dow Jones Sustainability; este ano, subiu mais um degrau, e alcan-çou o primeiro lugar. Podemos ir mais longe? Claro que sim. O triple bottom line – econo-mia, ambiente e social - é fundamental porque cria uma empresa mais ágil para a mudança.E num mercado competitivo como é o das utilities, temos de continuar sempre um passo àfrente. No bom caminho.

Já um grande sucesso é a nova campanha da EDP. O objectivo foi tornar a marca maishumana e próxima das pessoas, simultaneamente porta-voz do optimismo e da responsabi-lidade ambiental, da alegria de viver e da inovação social, da ética e da transparência.

O timingnão podia ser mais indicado. O projecto em Kakuma e o primeiro lugar no Índi-ce Dow Jones Sustainability são apenas alguns exemplos desta simples ideia: mais do queenergia, a EDP é vida!

Através de uma experiência piloto revolucionária, nunca antes testada no terreno, mudámos o mundo de milhares de pessoas

Mais do queenergia, é vida

on

Paulo Campos CostaDirector de Marca e Comunicação A

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On é uma edição bimestral

Proprietário EDP – Energias de Portugal, SAPraça Marquês de Pombal, 12, 1250-162 Lisboa Tel: 210 012 680 Fax: 210 012 910 [email protected] Director Paulo Campos Costa

Editora Península Press SLRua dos Correeiros 120, 4º esq , 1100-168 LisboaAdministrador executivo Stella Klauhs [email protected] Redacção Eduardo Marino (editor), Joana Peres (redactora), Arte Marta Conceição, André Noivo e Nuno Teixeira Fotografia Hugo Gamboa, José Reis, Miguel Baltazar, Antony Njunguna e Adelino Oliveira,iStockphoto, SXC Revisão Ana Godinho Coordenação EDP Margarida GlóriaDistribuição gratuita Portugal – 23.000 exemplares; Espanha – 2.000 exemplares; Brasil – 2.500 exemplares; América – 500 exemplaresHeska Indústrias Tipográficas Campo Raso, 2710-139 Sintra – Portugal. Telf. +351 21 929 89 58 (Geral); Fax. +351 923 89 51

Isenta de registo na E.R.C., ao abrigo do decreto regulamentar 8/6, artigo 12º nº1-a

4 o n

índice Outubro | Novembro

A EDP realizou uma visita ao campo de refugiados de Kakuma,entre 7 e 8 de Setembro, com a intenção de apresentar osresultados do seu projecto ao longo do último ano. Conheçatodos os pormenores nesta edição

Energia sem limites · Outubro | Novembro* 2010 Nº19

ENTREVISTA ANTÓNIO GUTERRES“Estou muito satisfeito com o esforço da EDP”

PROJECTO EDP NUM DOS MAIORES CAMPOS DE REFUGIADOS DO MUNDO

DOW JONESSUSTAINABILITY

SPOTLIGHTSaiba tudo sobre areestruturação da EDPSoluções Comerciais

Já somos a empresa líder no Índice de Sustentabilidade

Os refugiados docampo de Kakumareceberam em festaos responsáveis da EDP. Um projectosocial que tem sidoum exemplo para o mundo

26

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índice

o n 5

6 fórumPerguntámos aos colaboradores EDP, quais os principais meios de locomoção parachegarem ao local de trabalho

7 bolsa8/15 cultura edpProjecto Lince, Identidade Única e oPrograma Sou+EDP são alguns dos temasem destaque

16/18mercado20/22 causas

Dentistas do Bem é um projecto socialadoptado em Portugal, depois de fazersucesso no Brasil

24/25 inovação26/33 em focoTudo sobre o projecto de Kakuma, que vailevar ao campo de refugiados formas deenergia sustentável com o patrocínio da EDP

40/41 em debateA que desafios da EDP pode a tecnologia darresposta, é o tema em discussão

42/45 a nossa energiaAs notícias que ligam os centros produtores às comunidades envolventes

64 em destaqueVanda Martins, directora da EDP Sucursal deEspaña/Projecto Sharedp

52

LÍDER MUNDIAL no

Dow JonesSustainability

A EDP atingiu a liderança mundial nosíndices Dow Jones de Sustentabilidade,no sector das Utilities. Um feito inédito,que acontece pela primeira vez comuma empresa portuguesa

Ensaio Fotográfico: Festivais de Verão

Quem é quem? AntónioGuterres, alto comissáriodas Nações Unidas paraos refugiados

36

Entrevista a ManuelaSilva e João MatosFernandes, doConselho deAdministração daEDP SoluçõesComerciais

46

54

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44,0%

37,0%

13,0%

0,5%0,4% 0,2%

0,9%

4,0%

fórum*PARTILHAR CONHECIMENTO · A On pergunta

6 o n

• Veículo automóvel: 559 (44%)• Transportes Públicos: 466 (37%)• A pé: 166 (13%)• Outro: 51 (4%)• Bicicleta: 12 (0,9%)• Veículo Eléctrico: 7 (0,5%)• Veículo Híbrido: 5 (0,4%)• Boleias EDP*: 3 (0,2%)

MOBILIDADE DOS COLABORADORESTodos os dias utilizamos transportes para chegar, a horas, ao trabalho e aos nossos compromissos. Mas nem todos usamos osmesmos meios de deslocação. O sector dos transportes é o que mais contribui para as emissões de Gases com Efeito de Estufa -GEE (em especial o CO2). E cabe a cada um de nós adoptarmos pequenas mudanças de comportamento para revertermos estasituação. Por isso, gostaríamos de saber quais os meios de transporte mais utilizados pelos colaboradores da EDP.

PERGUNTÁMOS AOS COLABORADORES – BRASIL, ESPANHA E PORTUGAL – PELA INTRANET E RECEBEMOS 1.269 RESPOSTAS

(*) Boleias edp – esta ferramenta, disponível na intranet, em Portugal,foi criada com o objectivo de promover uma gestão mais eficiente damobilidade. O Boleias EDP é um site de partilha de viagens e percursos,para uso exclusivo de colaboradores. Para saber maishttp://boleias.edp.pt/

“Venho para o trabalho de bike desde03/05/2010 e como coloqueivelocímetro na minha bicicleta possoinformar que já pedalei mais de 1.800Km. Sou embaixadora do Econnoscoe sempre busco um meio de dar oexemplo para os colegas.” BRASIL

“A ferramenta Boleias edp não está aser devidamente utilizada. É umaóptima ideia, que todos nóscolaboradores da EDP deveríamosagarrar, mas até agora todas asvezes que peço uma boleia, nãoconsigo. Lá tenho que ir de comboiopara Lisboa, Coimbra... É pena nãosermos solidários e tentarmosconstruir um mundo cada vezmelhor e sustentável.” PORTUGAL

“Es importante tener el centro detrabajo ubicado en zonas con muybuenos accesos de transporte pararealizar estas buenas prácticas.En Naturgas la oficina está en el

centro de Bilbao con lo cual es muyfácil el acceso a pie o en transportepúblico.” ESPANHA

“Infelizmente, ainda utilizamos muitoveículos movidos a gasolina/diesel,mas a necessidade (se não mudar-mos, afundamos) nos faz pensar einvestir em combustíveis limpos(hidrogêncio e eletricidade).” BRASIL

“Se todos prescindirmos de 10% dascomodidades diárias, de certeza queteremos um MUNDO melhor, querpara a geração actual, quer para asseguintes.” PORTUGAL

“Sugestão: Protocolo com a rede detransportes públicos (CP, Metro eCarris) mais utilizados, no sentido deobter melhores tarifas com vista atornar-se mais económico e prático asua utilização.” PORTUGAL

“Na maioria das vezes vou trabalhar

de bicicleta para me manter emforma e também para contribuir coma natureza. Um carro na garagem émenos co2 sendo lançado no ar sejaconciente.” BRASIL

“O Boleias edp parece-me ser umaferramenta de extrema utilidade ecom enormes vantagens. Além depromover a socialização doscolaboradores EDP, é um motor dearranque na mudança dementalidades - é mais económico ebeneficia o meio ambiente.”PORTUGAL

“Embora tenha a sorte de morar acerca de 30 minutos a pé do meulocal de trabalho, vou de carro. Deviater vergonha e juízo, a bem da minhasaúde e não só...” PORTUGAL

“Usar os transportes públicos écómodo, é barato, permite-nos unsinstantes de leitura e... como vocês

muito bem informam ‘cuidamos doambiente’." PORTUGAL

“Optei por alugar casa nasproximidades do meu local habitualde trabalho, precisamente para ter apossibilidadae de me deslocar a pé.”PORTUGAL

"Devido à localização da EDP emLisboa ser no centro da cidade, todosos colaboradores deveriam adoptaruma postura proactiva peloambiente. Vir de transportespúblicos é a melhor opção, semdúvida, até porque sou utilizadorados mesmos e testemunho o seubom funcionamente das linhas quepassam no Marquês de Pombal. Étambém uma boa forma de nosexercitarmos e para quebrar a rotinadiária de estar ’sentado’. Deixo umamensagem de incentivo: Faça istopor si, o ambiente merece eagradece!!" PORTUGAL

COMENTÁRIOS

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EDP PORTUGAL 1 Julho 2010 a 20 Setembro 2010

2,6

2,5

2,4

2,4 2,3

3,0 4,0

5,0

os cordões da bolsa

o n 7

34,0

35,0

36,0

37,0

EDP BRASIL1 Julho 2010 a 20 de Setembro

EDP RENOVÁVEIS 1 Julho 2010 a 20 Setembro 2010

PREÇO-ALVO DATA

HSBC

Citigroup

BoA – Merrill Lynch

BES

Goldman Sachs

UBS

Nomura

BNP Paribas

N+1

BBVA

Morgan Stanley

Deutsche Bank

Millennium BCP

As recomendaçõesdos analistas financeiros

3,00

2,70

2,90

3,60

3,50

3,55

2,90

3,00

2,70

3,40

3,20

2,90

3,05

Overweight

Hold

Buy

Buy

Buy

Buy

Reduce

Outperform

Neutral

Outperform

Equalweight

Hold

Buy

27-09-2010

22-09-2010

02-09-2010

17-09-2010

8-09-2010

8-09-2010

06-09-2010

02-09-2010

01-09-2010

01-09-2010

12-08-2010

30-07-2010

20-07-2010

RECOMENDAÇÃOANALISTA

Valor em Euros

Valor em Reais

Valor em Euros

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8 o n

cultura edpProjecto Lince: uma nova cultura

Os métodos mais eficientes e os valores que servem de exemplo

O Projecto Lince insere-se no Sharedp(um dos cinco projectos do EDP Way)e tem por objectivo implementar pro-

cessos uniformes e integrados em todo oGrupo, baseados nas melhores práticas demercado apoiado nos standardsSAP (softwa-re de gestão de negócios), sobre uma arqui-tectura de sistemas SAP multigeografiasrobusta e alinhada com a estratégia de servi-ços partilhados do Grupo EDP. O ProjectoLince representa um passo fundamental naevolução da EDP, de Grupo internacional deempresas para um verdadeiro Grupo multi-nacional, forte e competitivo. Desta forma, osprocessos de suporte ao negócio irão estaralinhados com as melhores práticas e serãoidênticos nas diversas empresas e geografias,

permitindo elevados níveis de produtividadee eficácia, características indispensáveis parauma presença relevante no competitivo mer-cado global.Esta transformação é, também, muito po-

sitiva para os colaboradores da EDP, que verãoas suas competências reforçadas. Além disso,a uniformização de processos aumenta aspossibilidades de mobilidade entre diferentesempresas e geografias do Grupo, abrindo aoscolaboradores da EDP um vasto leque denovas experiências pessoais e profissionais. O âmbito do Projecto Lince abrange os

processos das áreas Plano & Orçamento,Económico-Financeira e Recursos Huma-nos, que foram definidos, nos meses deJunho e Julho, por cerca de 200 colaboradores

EDP de 16 unidades de negócio e três países(Portugal, Espanha e EUA). Este trabalho foiuma demonstração da grande capacidade doGrupo. As melhores práticas do mercado ede cada uma das empresas foram utilizadaspelos participantes, com o apoio de consul-tores especializados, para definir os proces-sos que vão agora ser implementados, deforma uniforme, em todas as empresas doGrupo, até 2012.Estamos perante uma grande transforma-

ção da cultura do Grupo EDP, que o colocaráao nível das grandes multinacionais, e propor-cionará aos seus colaboradores todas as van-tagens de mobilidade e valorização pessoal eprofissional que só uma empresa global podeproporcionar.

PARA A EDP:• Processos e sistemas alinhados com as melhores práticas mundiais;

• Aumento de competitividade da EDP num mercado globalcada vez mais exigente;

• Cultura forte e multinacional.

PARA OS COLABORADORES:• Trabalho com processos e sistemas alinhados com asmelhores práticas ao nível mundial;

• Maior possibilidade de mobilidade entre as diferentesempresas e diferentes geografias do Grupo EDP;

• Desenvolvimento de competências pessoais e profissionais.

Benefícios do Lince

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Actualmente, o processo de gestão de acessosé composto por muitas interações, a maioriadelas manuais e orientadas a funções de siste-ma sem relacionamento com funções organi-zacionais tipificadas pelo que é difícil adequar aevolução do colaborador na organização com ainformação e sistemas a que tem acesso, acu-mulando-se ‘’lixo histórico’’ que contribui parasituações de não conformidade nomeadamen-te face aos requisitos do Sistema de ControloInterno para Reporte Financeiro - SCIRF. Com o Projecto Identidade Única a gestão deacessos ficará integrada numa plataforma deGestão de Identidades (IAM) que interagirácom os diversos sistemas, traduzindo funçõesorganizacionais em funções técnicas própriaspara cada sistema.

Passa-se assim de uma visão por sistemapara uma visão orientada ao indivíduo basea-da em funções organizacionais.Uma Função Organizacional consiste noagrupamento lógico de Funções de Sistemaou de outras Funções Organizacionais. Temcomo objectivo representar uma funçãodesempenhada por um grupo de pessoas naorganização com as mesmas responsabilida-des, ou pessoas associadas a uma localiza-ção geográfica ou outro elemento organiza-cional.Além da tipificação por funções organizacio-nais, a plataforma estará integrada com o sis-tema de recursos humanos (SAP HR) queservirá de trigger para despoletar avisos e /ou criação e eliminação de acessos de forma

automática em situações predefinidas nome-adamente quando um colaborador novo che-ga ao Grupo, quando muda de empresa/geo-grafia e quando o colaborador sai do Grupo.Este projecto, dada a sua abrangência e com-plexidade, desenvolve-se em várias fases aolongo do tempo prevendo-se que as entradasem produção se concretizem em três vagas:final de Outubro de 2010, Final de Dezembrode 2010 e final de Março de 2011.

o n 9

DSI Promove Gestão Integrada de AcessosO Projecto Identidade Única é uma das peças que compõe o Plano Estratégicode Segurança de Informação do Grupo EDP e tem como objectivo disponibilizaruma plataforma que automatize e simplifique a atribuição, alteração e eliminaçãodos acessos dos colaboradores às diferentes aplicações informáticas do Grupo EDP.

“Maior rapidez no acesso aos sistemas de informação, redução da complexidade e maior controlona concessão de acessos a informação crítica é o que se pretende com o Projecto Identidade Única”Vergílio Rocha, Director Corporativo da DSI

o n 9

cultura edp

António Mexiaem destaqueOs leitores do Economico.pt foram convidadosa escolher os CEO das empresas do PSI 20 quemais se destacaram no ano 2009. As votaçõesdecorreram entre os dias 15 de Dezembro e 15de Janeiro, tendo sido o mais votado AntónioMexia. O CEO da EDP conseguiu mais de 18 milvotos e o pódio em todas as categorias emvotação: liderança; visão/estratégia; responsa-bilidade social; comunicação; energia/dinâmicae resultados.

A entrega do prémio realizou-se num encon-tro/debate, que decorreu no final de Julho,onde os 50 melhores alunos dos cursos deEconomia e Gestão de universidades portugue-sas marcaram presença. A iniciativa do DiárioEconómico e da Heidrick & Struggles tevecomo objectivo revelar a forma como o CEO daEDP desenvolveu a carreira, os segredos doseu sucesso e aquilo que considera maisimportante para a atribuição desta distinção.

Pedido de acesso

Utilizador Final Responsávelde pedidos de acesso

1

Regista Pedidos2

ITG

IAM

BD GestãoAcessos

Service Desk

Notifica3 Aprova pedido

Donos de Recurso /Donos de Processo de Suporte

Técnico Recurso Recursos

4

Tarefa deExecuçãodo Pedido

5 Executapedido8

Consultaregistos de acesso7

Registaacesso

6

Service Desk

Pedidode acesso

1 RegistaPedido

RecursosFisicos

Provisioningdo acesso(automático)

Donos de Recurso /Donos de Processo de Suporte

Recursonão Fisicos

2

Notifica3 AprovaPedido

4

Pedidode Acesso

5

PROCESSO ACTUAL PROCESSO FUTURO

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10 o n

cultura edp

Novo sistema optimiza actividade comercial

Adinâmica dos mercados faz com queos fabricantes de SW (software)te-nham como principal preocupa-

ção a resposta, por parte das suas aplicações,aos novos requisitos dos seus clientes. A SAPnão é excepção. Em resultado da evolução deversões do SAP ISU (Sistema Comercial), aDSI iniciou o upgradedo sistema SEP (Siste-ma para Mercado Regulado), em Fevereirodeste ano, para a última versão disponibiliza-da pela SAP.Esta actualização de versão teve como

objectivo preparar o caminho para a evolu-ção do sistema, para garantir um suportecada vez mais adequado e abrangente àsequipas do negócio. Tendo sido um upgradetécnico, garantiu que a EDP disponha deum sistema com um potencial elevado deevolução em termos de suporte a novosprocessos de negócio, ao mesmo tempo quesegue as melhores práticas existentes nosmercados de TI (Tecnologias de Informa-ção).Sendo este sistema fundamental no

suporte à actividade comercial da EDP nomercado regulado da electricidade, esteveenvolvida uma equipa muito abrangente derecursos internos e externos para garantiro sucesso deste projecto. A implementaçãoficou a cargo da Logica, parceiro de há longadata na área de sistemas de informação,

Muitos pontos, uma só rede que os une. Se o seu computador portátil já se encontra no "domínio EDP" ereconhece a rede wirelessON, então pode ligar-se àrede interna, nos edifícios EDP, sem precisar de fios.Global, ágil e segura, esta forma de acesso, agora dispo-nível em Portugal (e no futuro, acessível em todas asgeografias), não necessita de qualquer configuração ouinstalação de software. Se o seu portátil a reconhecer, awirelessON ficará automaticamente ligada.

A rede sem fios EDP (wirelessON) foi desenhada paralocais onde existe a necessidade de ligação à rede inter-na EDP sem recorrer aos pontos físicos de ligação queapresentam melhor qualidade e performance de aces-sos, mas que limitam a mobilidade e estão reduzidos àscondições físicas disponibilizadas. Por ser uma rede deuso limitado, mas que potencia a mobilidade, os locaiscandidatos a este serviço são as salas de reuniõese auditórios.

com equipas das áreas de Projectos, Manu-tenção Aplicacional, Centro de Processa-mento de Dados, entre outras. Este projecto teve um trabalho piloto na

área de Certificação de Testes de Aceitação,

no qual a Novabase foi parceiro. Garantiu--se uma maior fluidez e simplificação doprocesso de teste, tendo sido criado umrepositório de cenários reutilizável paraprocessos idênticos.A DSI garantiu a Gestão do Projecto e um

suporte fundamental à equipa do negócioatravés dos Analistas Funcionais no que res-peita a validações e testes do sistema.Por fim, foi essencial para toda a validação

da aplicação, na sua nova versão, uma equipaextensa de Donos de Processo e UtilizadoresChave tanto das Soluções Comerciais, comodas várias áreas de negócio com as quais asSoluções Comerciais interagem.

A EDP já pode contar com um sistema com potencialelevado de evolução em termos de suporte a novos processos de negócio

A Direcção de Sistemas deInformação iniciou o upgradedo sistema para mercadoregulado, fundamental nosuporte à actividade comercialda EDP

Ligue-se à rede sem fios

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o n 11

Integrado no projecto Lean II doProgram Office EDP Way, foramlançadas três novas equipas LeanSoluções Comerciais – organização do trabalho, refacturação ecorrespondência não entregue, o querepresenta mais um contributo para acriação de valor para o cliente.A maturidade, profundidade dasanálises e conhecimentos sobre ametodologia pelos colaboradores faz

com que a metodologia Lean se vá integrando no quotidiano da organização, com adesão natural, consequência dos resultados obtidos na solução dos problemas do quotidiano de forma participativa e estruturada. Como manifestação da maiormaturidade do projecto, refira-se a criação de duas equipas de iniciativadepartamental (Incidências de Leitura

e Leituras Forçadas); a formainovadora como os líderes dasequipas desenvolveram e definiram os alvos do trabalho; e a temática de abordagem dos problemas do quotidiano das pessoas –Organização do Trabalho.Com este importante passo, a EDPSoluções Comerciais aproxima-secada vez mais do lema: "O Lean faz parte do nosso ADN".

cultura edp

A Auto-Certificação dos processos e contro-los do SCIRF – Sistema de Controlo Internodo Relato Financeiro, lançado pela primeiravez na geografia de Portugal, no primeirosemestre de 2010, constituiu um marco fun-damental na consolidação e auto-confiançadas Unidades de Negócio, na qualidade dainformação financeira colocada à disposição

dos stakeholders. O número significativo decertificados recepcionados na DAI Corpora-tiva evidenciam bem a dimensão que oSCIRF tem em Portugal. É intenção da EDP,num futuro próximo, estender e aplicar esteprocedimento nas restantes empresas queestão abrangidas pelo SCIRF, nomeada-mente EDP Renováveis, Naturgas e Brasil.

Mais Lean nas Soluções Comerciais

Auto-certificação do SCIRF em Portugal

Page 12: EDP ON 19 - Kakuma

“As nossas Pessoas são a nossa maior fonte deenergia!”. Esta é uma máxima do Grupo e um dosprincípios que norteia o Sou+EDP - um dos cin-co vértices do Programa EDP Way - com o qualse pretende potenciar a actuação dos colabora-dores como fonte de vantagem competitivapara a empresa.O Projecto Sou+EDP agrega quatro conceitosestratégicos para o Grupo EDP, nomeadamen-te a Sustentabilidade Social, a Mobilidade, aAtractividade e a Comunicação/Mobilização, eassenta num conjunto de acções que visam o

aumento da mobilização dos colaboradores e dodesenvolvimento de condições que permitam asua mobilidade interna, entre diferentes negó-cios e geografias.O envolvimento dos recursos humanos nos vá-rios projectos da empresa é uma estratégia e acomunicação aparece assim como um dos seusgrandes eixos. É preciso dinamizar, integrar, tro-car ideias e fazer comuns as metas e a missão doGrupo. Importa dar a conhecer o que de melhorse faz na EDP para que cada acção seja sentidacomo pertença e uma conquista de todos.

12 o n

cultura edp edp way

“Conquistas do Sou+EDP”revelam dinâmica dos colaboradores INVESTIR NO ESFORÇO

DE EXECUÇÃO

Atendendo à importância de consolidar os negócios, criar valor e aumentar a execução no novociclo previsto pelo Plano Estratégico 2009-2012, a EDP lançou o Programa EDP Way, no qual seinclui o Sou+EDP. Saiba mais sobre este projecto, integrado no novo modelo de gestão deRecursos Humanos, que é composto por vinte grandes temas

“As conquistas do Sou+EDP reflectemo esforço de execução em que temosinvestido, nas diferentes áreas em queos centros de competências da DRH,em colaboração com todas as equi-pas de Recursos Humanos do GrupoEDP, trabalham diariamente e sãosintomáticos do caminho que se querpercorrer”.

Maria João MartinsResponsável do Projecto Sou+EDP

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Comunicaçãoe a Mobilização

A comunicação e a mobilização dos colabora-dores do Grupo EDP é um dos grandes objec-tivos estratégicos do ciclo 2009-12. Pretende--se que os colaboradores apropriem as men-sagens da empresa e, é precisamente, comesse objectivo que foi preparado um calendá-rio de acções comunicacionais de RH, paraRH. Destaque para a acção de learning-map‘sou+edp’, que pretende desenvolver umanova vaga de mobilização, promovendo o alin-hamento de todos os colaboradores em tornodos pilares estratégicos e facilitar a apropria-ção da cultura e valores essenciais ao suces-so do novo ciclo. Esta iniciativa abrangeu oscolaboradores de todas as empresas de Por-tugal, Espanha e EUA, tendo-se realizado maisde 1.500 sessões de learning-map, apoiadaspor cerca de 250 energizadores.

o n 13

edp way cultura edp

Valorizara Experiência

Precisamos do seuconhecimento

sou+edpLearning Maps

EDP TEAMAs nossas Pessoas são a nossamaior fonte de energia!

Relatório SocialUma evidência para Dow Jones…

EDPessoaAlavancar os Processos RH,uniformizando e mantendo a diversidade

Gestão do ClimaAuscultar para melhorar!

v

v

v

v

v

v

Page 14: EDP ON 19 - Kakuma

14 o n

cultura edp edp way

On TopConquistar potencial pa-ra reforçar a Equipa EDP

e garantir o futuro!

v

SMSSaiba Mais Sobre… v

Centro Novas OportunidadesCertificar para motivar e crescer

vRotas com EnergiaMostramos quem Somose o que Fazemos

v

Tomada de Decisão

v

Mobilidade

De forma a promover a partilha de conheci-mento e experiência no Grupo, a EDP assumecomo uma das suas principais prioridades adinamização e incentivo à mobilidade funcio-nal e geográfica no Grupo. Está-se, nestafase, a analisar as várias possibilidades de pro-grama que, podendo promover várias tipolo-gias e formatos de mobilidade, visa, sobretu-do, dinamizar a troca de conhecimentos eriquezas culturais, criar sinergias e posicionara EDP como uma empresa multinacional.

Page 15: EDP ON 19 - Kakuma

cultura edp

o n 15

Gestão da Sucessão…Preparando os Futuros Líderes

v

Mobilidade Internae InternacionalEnergia para novascompetências

v

Modelo deGovernance DRHProximidadeSimplificaçãoSinergiaDiálogo

v

Guia do Líder EDPOrientar para liderar!

v

Plano de Formaçãoe Regulamento deFormação AvançadaDesenvolver rumoà competitividade

v

Atractividade

O Grupo EDP, no âmbito da sua política de recrutamento e selec-ção, considera essencial posicionar a sua imagem no mercadocomo employer of first choice. Neste sentido, foi desenvolvido o pro-grama "ON TOP - EDP recruitment program", uma iniciativa quevisa atrair e captar jovens com potencial de crescimento para oGrupo, nos estabelecimentos de ensino que constituem as nossasprincipais fontes de recrutamento, aproximando desta forma a EDPdo mundo escolar/académico. A aposta na atracção e captação de jovens com potencial constituium factor essencial para o desenvolvimento futuro do Grupo EDP.

Page 16: EDP ON 19 - Kakuma

mercado

16 o n

Negócios da EDP

OEBITDA consolidado do Grupo EDPcresceu 14% (+€220M) para 1.831milhões de euros no primeiro semestre

deste ano. Um valor impulsionado pelas opera-ções da EDP no Brasil (+€105M), pela activida-de da EDP Renováveis (+€72M) e pelasredes reguladas (+€55M). Segundo AntónioMexia, “ o forte crescimento dos resultados deve-se à melhoria, mais uma vez, do ratiode eficiên-cia”. E acrescenta: “Se virmos o OPEX sobre amargem bruta, atingimos um valor que desceu,dos 28 por cento no ano passado, para 27 por cen-to, o que constitui o melhor índice ao nível da in-dústria, em especial no mercado ibérico”.

Quanto ao EBITDA o CEO fez uma análisehistórica dos últimos cinco anos: “Verificámosum crescimento de 89 por cento em cinco anosnos resultados operacionais da companhia,para o qual contribui uma percentagem de 55por cento do negócio fora de Portugal”.

Relativamente ao nível de liquidez (4,2 milmilhões de euros), considera o valor suficien-te para assegurar todos os projectos até aopróximo ano.

Tanto o EBITDA como os lucros líquidosficaram acima das estimativas dos analistas, queestimavam 1.803 milhões de euros de EBITDAe 526 milhões de euros de lucros líquidos.

Estas foram as palavras de António Mexia na apresentação de resultados do 1.º semestredo Grupo, no passado dia 29 de Julho. Um crescimento no lucro de 19% suportado pelasactividades de internacionalização

“Melhor semestre de sempre”

Evolução do EBITDA no Grupo1.º SEMESTRE 2010

(VALORES EMMILHÕES DE EUROS)

1.º SEMESTRE 2009(VALORES EM

MILHÕES DE EUROS)

648,6

23,5

270,8

330,4

121,9

235,9

1.610,5

Produção Ibérica

Comercialização Ibérica

EDP Renováveis

Distribuição Ibérica

Gás Ibérico

Energias do Brasil

Grupo EDP

669,6

1,5

342,9

353,2

142,3

341,2

1.830,8

ÁREAS DE NEGÓCIO

+ 19% Resultado líquido (lucro)

Aumento de 14% nos resultados operacionais

Crescimento de 12% ao ano, do EBITDA desde 2005

EBITDA (cash-flow operacional) 1.831 milhões de euros

Nível de liquidez nos 4,2 mil milhões de euros

Dívida líquida de 16,1 mil milhões de euros

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mercado

o n 17

Diferenciação de Imagem nas Lojas EDPNo segundo semestre de 2009, a Enti-dade Reguladora dos Serviços Energé-ticos (ERSE) formulou à EDP umconjunto de recomendações. A EDPcumpriu e as lojas já têm nova cara.A rede de Lojas acrescenta valor aoGrupo EDP pelas sinergias inerentes àrealização, numa mesma plataformacomercial, do atendimento presencialdos clientes das diversas empresas do

Grupo, sejam de electricidade ou degás, do segmento regulado ou do libe-ralizado. Para evidenciar de forma ainda maissignificativa a própria liberalização domercado a EDP seguiu as recomenda-ções da ERSE em todas as Lojas dopaís. Como? Utilizando a marca EDPcomo base, operou uma diferenciaçãode imagem que transmite aos clientes,

de forma inequívoca, que ali podem tra-tar assuntos do âmbito da EDP Distri-buição, EDP Serviço Universal, EDPComercial e EDP Gás.Com o novo layout, a diferenciação deimagem é de imediato perceptível nãosó nos directórios das lojas mas tam-bém nos espaços de organização dosfolhetos que apresentam conteúdo egrafismo específicos de cada empresa.

A Telecor, empresa de serviços de telecomunicações do grupoEl Corte Inglés, e a HC Energía iniciaram a comercialização deelectricidade, gás e serviços de valor acrescentado. Uma ini-ciativa que já funciona em 17 centros comerciais entre León,Burgos, Valladolid, La Rioja, Navarra e Valência. “Uma nova fórmula de expansão do negócio, uma experiênciapiloto, a primeira com estas características em Espanha”,assim descreveu a imprensa espanhola o acordo entre a cadeiade lojas de serviços, telecomunicações e energia do El CorteInglés (Telecor) e a HC Energía através do qual os clientes po-dem contratar electricidade, gás e serviços energéticos.

Os clientes têm a possibilidade de realizar todo o tipo de ges-tão comercial nestas lojas: alteração de dados pessoais,mudança da domiciliação bancária, adesão à factura electróni-ca, contratação de serviços de abastecimento, alterações de ta-rifa/potência ou reclamações. Esta é uma forma da HC Energía estabelecer um novo canal devenda, mais acessível e próximo dos clientes. A oferta é dirigidaa clientes domésticos e pequenos negócios consistentes naFórmula Gas + Luz e serviços. Telecor é o novo canal de venda para levar a oferta do GrupoEDP em Espanha a milhões de casas!

ESPANHA: Energia já se podecomprar no supermercado

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mercado

18 o n

Serviço de aumento de nível de tensão

A Neoplástica S.A., empresa de produção de filme plásticopara o sector alimentar, decidiu concentrar numa novaunidade de produção em Portugal, no concelho de Santo Tirso,as fábricas de Virte (Holanda), de Porriño (Espanha) assimcomo a de Chamistães, também na zona de Santo Tirso. A EDP Corporate foi consultada para a vertente de venda deenergia em mercado livre, e através da EDP Serviços e dasua oferta complementar de serviços energéticos, foramacompanhadas várias áreas do projecto. Para além do serviço energético de Aumento do Nível deTensão, os trabalhos prestados incluíram ainda adesmontagem, transporte e remontagem de equipamentosindustriais, com o auxílio de mais de 30 camiões vindos daHolanda e outros 15 vindos de Espanha.O projecto, cujo investimento rondou os 1,5 milhões deeuros, consistiu no fornecimento e montagem de umasubestação de 10MVA com o respectivo painel de comando,e uma linha aérea de 60KV com aproximadamente 6 Kms deextensão, para que a unidade industrial pudesse receberelectricidade com uma tensão de 60KV/15KV. Refira-se que o payback do investimento foi de cerca de 3,5anos, tendo a Neoplástica alcançado, através daimplementação deste projecto, uma poupança de cerca de300 mil euros/ano.

Pingo Doce quer pouparCom a integração das lojas PLUS, na cadeia Pingo Doce, doGrupo Jerónimo Martins, foi detectada pelo Gestor de Clienteda EDP Corporate a necessidade de aumentar o nível detensão em 70 lojas. A cadeia PLUS era composta por 77estabelecimentos dos quais sete tinham postos detransformação (PT) próprios, sendo os restantes 70abastecidos em baixa tensão (BT). O objectivo foi proceder aoaumento do nível de tensão das instalações abastecidas emBT e aumentar a potência nas restantes.A mudança de tarifário e poupança estimada daí decorrente,foram os principais motivos desta operação, passando, assim,a quase totalidade das lojas recentemente adquiridas, donível de BT para média tensão (MT) com cerca de 250 kVA,instalando-se para o efeito PT com Posto de Seccionamento(PS) incorporado.As adjudicações tiveram início em 2008, tendo o volume deobra já adjudicada ultrapassado o valor de 3,2 milhões deeuros, respeitantes a 52 instalações dos supermercadospertencentes à antiga cadeia PLUS, prevendo-se a conclusãodesta fase até ao final de 2010.Com esta solução as novas lojas Pingo Doce passam aconseguir, ao tarifário actual, uma poupança anual entre 20%a 25% (aproximadamente 1,7 milhões de euros/ano),estimando-se que a recuperação do investimento total decerca de 4 milhões de euros ocorra em cerca de 2,5 anos.

Neoplástica: concentração da produção em Portugal

Onível de tensão de fornecimento a umcliente nem sempre é o mais apropriado...nesse sentido, o serviço de Aumento do

Nível de Tensão disponibilizado pela EDPServiços permite melhorar não só a qualidadedo serviço como reduzir os custos de forneci-mento de energia eléctrica.

É um serviço particularmente vantajoso paraclientes que devido ao crescimento da sua pro-dução tenham aumentado o seu consumo ener-

gético, mantendo a tensão a que eram alimenta-dos inicialmente. Desta forma, os clientespodem instalar o nível de tensão mais adequadoaos seus consumos, usufruindo de um tarifáriomais competitivo.

Assim, as principais vantagens deste serviçosão:

• Aumento da qualidade de serviço, atravésdo aumento de nível de tensão do forneci-mento;

• Redução de custos de energia, decorrentede uma menor utilização da tarifa de aces-so às redes de distribuição;

• Um único prestador de serviço “chave-na-mão”.

As soluções de aumento de tensão podem serrealizadas quer em novos Pontos de Consumo,quer em qualquer cliente que deseje passar deBaixa Tensão (BT) para Média Tensão (MT) oude Média Tensão (MT) para Alta Tensão (AT).

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20 o n

causasedpFundação EDP traz Dentista do Bem

Capacidade económica e empenho social

A s doenças orais, como a cárie, a gen-givite ou os problemas ortodônticos,são uma grande preocupação na área

da saúde pública. Dados estatísticos indi-cam que 90% da população portuguesaapresenta cárie e outras patologias bucais.Aproximadamente, aos 60% dos jovens até14 anos nunca foram ao dentista. E, comapenas 12 anos de idade, os jovens têm, emmédia, 50% dos dentes já comprometidos,apresentando problemas dentários gravescomo sintomas de infecção, dor ou sensibi-lidade…

Ciente deste desafio, a Fundação EDPlançou em Junho, no Museu da Electrici-dade, o projecto Dentista do Bem, da ONG(Organização Não Governamental) Turmado Bem, idealizado pelo dentista brasileiroFábio Bibancos. Esta iniciativa (que contacom o patrocínio da EDP Brasil desde2008), já conta com mais de 7.500 dentis-

tas no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai,Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezue-la e México. Em Portugal já são, actualmen-te, mais de 120.

Em 2010, estes Dentistas do Bem aten-derão mais de 15.000 crianças em todo omundo. A selecção será realizada nas esco-las e nos projectos do Terceiro Sector (cons-tituído por organizações criadas por inicia-tiva de cidadãos com o objectivo de prestarserviços ao público, sem fins lucrativos),através de um critério que dá prioridade àscrianças com os piores problemas, as maisvelhas e as que realmente não podem pa-

gar pelo atendimento. O atendimento é gra-tuito e cada dentista é responsável pelo seudoente até completar 18 anos.

Mais do que um projecto de saúde oral,o Dentista do Bem gera impactos socio-eco-nómicos significativos e transforma milha-res de vidas. Não só das crianças e suas fa-mílias, mas também dos dentistas voluntá-rios, que são valorizados e reconhecidos portoda a sociedade. E todos podem ajudar: napróxima consulta, fale com seu dentista. Eletambém pode melhorar a vida de muitascrianças!

No Dentista do Bem o atendimento é gratuito e cada profissional é responsávelpelo seu doente até completar18 anos

Murilo Casagrande, Turma do Bem Portugal

Avenida Brasília - Central Tejo, 1300-598 - Lisboa

Tel: + 351 21 002 8125, Tm: + 351 92 620 8751

www.turmadobem.org.br

Mais informações:

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o n 21

causas

A Fundação EDP alargou a Amarante oProjecto Orquestra Geração. No dia 26 deJunho, entregou os instrumentos musicais(10 violinos, quatro violas d’arco, quatrovioloncelos e dois contrabaixos) aosprimeiros 20 jovens músicos da localidade. Os jovens, com idades entre os 10 e 12anos, são alunos do agrupamento deescolas Amadeo de Souza-Cardoso, que começaram a ensaiar a 15 de Maio, e surpreenderam a plateia com umapequena exibição.A “Orquestra Geração” é um projecto de inclusão social que junta, no gosto pela música, crianças de extractos sociaisdesfavorecidos. A ideia é inspirada nummodelo nascido na Venezuela há 38 anos

e que já mudou por completo a forma de viver de milhares de crianças: alunoscom elevados níveis de insucesso escolarsão, deste modo, incentivados a desenvolvervalores como a disciplina, a pontualidade, a persistência e o trabalho em grupo, entre outros. Em Portugal, o projecto arrancou em 2007com acções desenvolvidas no Casal daBoba, na Amadora, e tem vindo a seralargado a outras localidades. A FundaçãoEDP, a Fundação Calouste Gulbenkian, oMinistério da Educação, a Escola de Músicado Conservatório Nacional e as CâmarasMunicipais das cidades envolvidas têm sidoas entidades impulsionadoras e de suporteà implementação do programa.

Orquestra Geração em Amarante

Guia de Boas Práticas AmbientaisA EDP Gás editou o Guia de Boas Práticas Ambientais, uma ferramenta dirigida atodos os que trabalham na própria empresa, ou em seu nome, que visa assegurara correcta gestão dos aspectos ambientais associados à actividade da empresa.Estruturado em quatro áreas temáticas - gestão de consumos, resíduos, descargase emissões, e impacto das actividades nos serviços prestados - este guia apresentaregras, técnicas de gestão e métodos de trabalho destinados a controlar o impactoda empresa sobre o ambiente. O Guia de Boas Práticas Ambientais assume-se,assim, como um instrumento de formação e sensibilização ambiental.

A edição deste ano do Porto Bike Tour teve uma novidade: uma provatotalmente dedicada aos mais novos,dos 4 aos 11 anos. O EDP Gás KidsBike Tour realizou-se na marginal de Matosinhos, na véspera do eventoprincipal, e teve a participação de 200 crianças. Numa lógica deinclusão social, a maior parte dascrianças (150) eram provenientes de instituições sociais: Obra do FreiGil, Porto; Cáritas, Braga; pelouro de Acção Social da Câmara Municipal de Viana do Castelo. Estas crianças tiveram aoportunidade de usufruir de um dia diferente, tendo recebido todo o material usado na prova, incluindo a bicicleta. O grupo de participantesfoi completado por filhos decolaboradores da EDP Gás.

200 criançasem Bike Tour

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22 o n

causas

A EDP Renováveis celebrou, no passado dia15 de Junho mais um Dia do Vento, esteano marcado pela visita de um grupo dealunos da Fundación Síndrome de Down deMadrid a um dos seus Parque Eólicos.Mais de vinte alunos da Fundaçãoestiveram nos Altos de Voltoya e puderamdescobrir o interior de uma das 80 turbinasque constituem este Parque Eólicolocalizado a cerca de 1.500 metros dealtitude, e assim aprender como setransforma o vento na energia que chega

diariamente a nossas casas. Dandocontinuação a uma relação que se temvindo a estabeler por meio de outrasactividades e acções, desta vez, a EDPRenováveis quis dar a conhecer a estascrianças espec iais o modo comofuncionam os seus parques eólicos e osbenefícios que trazem ao ambiente e paraa criação de energia limpa. Para além dacomponente pedagógica, o objectivo foisobretudo a integração social e apromoção de um contacto eficaz com o

exterior e com uma realidade muito actual. O Dia do Vento resulta de uma parceriaentre a EWEA (European Union WindEnergy Association) e a espanhola AEE(Associación Empresarial Eólica), e foiinstituído no sentido de criaroportunidades para que qualquer cidadãodescubra em detalhe a energia renovávelproveniente do vento e os seus benefícios,bem como apoiar todas as iniciativas quepermitam dar voz ao debate das energiasrenováveis.

Fundación Síndrome de Down de Madrid visita Parque Eólico

A Corrida Festas da Cidade voltou a juntaruma multidão no Porto, em Junho, tendocontado, uma vez mais, com o patrocínio daEDP Gás. Este evento desportivo tem comoprova principal a corrida de 15 quilómetros,na qual participam atletas nacionais e inter-nacionais de topo, incluindo ainda umacaminhada de cinco quilómetros dirigida àsfamílias, e a corrida mini-campeões EDPGás, dirigida aos mais novos. Na edição deste ano, a EDP Gás marcou pre-sença com o lema ‘Andar é 100% natural’,lançando o paralelismo com o Gás Natural,energia limpa, 100% natural, que distribuie comercializa. Prosseguindo um dos pilares estratégicos

da empresa e do Grupo, a responsabilidadesocial, parte das receitas (0,50¤ por cadainscrição) reverteu a favor de crianças, ido-sos e deficientes desprotegidos socialmen-te. A EDP Gás associou-se nesta iniciativa àAjudaris e à Provedoria Metropolitana dosCidadãos com Deficiência neste objectivo,que visa assinalar o ‘Ano da Luta contra aPobreza e Exclusão Social’. A Corrida Festas da Cidade do Porto reali-za-se anualmente em honra de São João,padroeiro da cidade, e mobiliza, em cadaedição, cerca de dez mil participantes. Estacorrida é patrocinada há 11 anos peloGrupo EDP, estando associada à marca EDPGás desde 2008.

EDP Gás apoia corrida no Porto

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24 o n

inovação*No âmbito das smartgrids estão em curso diversos projectoseuropeus co-financiados pela Comissão Europeia. Um deles,o OpenNode, conta com a participação da EDP Inovação

Projecto comunitário OpenNodeA EDP participa no projecto comunitário OpenNode (Open Architec-ture for Secondary Nodes of the Electricity SmartGrid), co-financia-do pela Comissão Europeia no âmbito do FP7 (Seventh FrameworkProgramme), e que tem como objectivo estudar e desenvolver nósde rede inteligentes a instalar nos PT (Postos de Transformação)das redes Inteligentes, segundo especificações abertas e normali-záveis no futuro. O projecto envolve um financiamento da ordem dos 2,5 milhões deeuros, sendo de 250 mil euros a parcela referente ao trabalho adesenvolver pela EDP Inovação, com a colaboração da EDP Distri-buição. Este projecto teve início em Janeiro de 2010 e tem uma du-ração prevista de 30 meses.

O OpenNode associa dois aspectos principais das futuras smart-grids. Por um lado, considera as comunicações com os contadoresnos clientes, qualquer que seja o respectivo fabricante:• Consumos de energia e relatórios de qualidade de serviço;• Falhas de serviço;• Operação remota dos contadores inteligentes;• Gestão remota dos contratos (potência, tarifas, etc.)Por outro lado, a infraestrutura de contagem acompanha a auto-mação da rede de distribuição de acordo com o paradigma dassmartgrids.O OpenNode tem vindo a ser executado por um consórcio constituí-do por nove empresas.

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o n 25

inovação

Encontro Smart EnergyA EDP Inovação patrocinou eco-organizou o primeiro evento “SmartEnergy Brainstorms”, em parceria comos programas CMU (Carnegie MellonUniversity) - Portugal e MIT(Massachusetts Institute ofTechnology) - Portugal. O encontro dopassado dia 15 de Junho foi a 1ª ediçãode sete eventos dedicados aos novosdesafios relacionados com “SmartEnergy Grids”. A iniciativa decorreu no CentroCientífico e Cultural de Macau e foidedicada ao tema "R&D for the Futureof Smart Energy Grids: fostering pilotexperiences in Portugal", associandoassim o debate aos projectos InovGride Mobi-E. A sessão incluiu quatro "brainstorms",subordinados aos seguintes temas:Learning from pilot experiences ofsmart grids in Portugal; Key

technological challenges with smartgrids; Consumer interaction, publicpolicies and interaction with otherservices and technologies; ResearchNeeds.Ao apresentar a perspectiva do GrupoEDP sobre os principais desafios dosector eléctrico em termos de redesinteligentes, bem como as iniciativasque já estão a decorrer em Portugal,António Vidigal abriu a sessão que foiseguida por um debate sobre cada umdos tópicos em análise. Além disso,também foram apresentados osprojectos e perspectivas de cada umdos restantes participantes para estanova área tecnológica. O encontro foi bastante participado epermitiu a identificação de algunspontos-chave a aprofundar para umdesenvolvimento de sucesso das redesinteligentes em Portugal.

v

EWEBREPORT@IGUAL A EFICIÊNCIA O EWebReport@ é um sistema de gestãode consumos, disponibilizado pela EDPServiços, que promove a eficiênciaenergética nas instalações dos clientesda EDP contribuindo de forma muitoclara para uma redução significativa decustos.Este serviço proporciona uma interacçãopermanente entre o cliente e a EDP viaportal dedicado, e-mails automáticos dealarmes ou relatórios pré-configurados,assim como por visitas regulares deGestores de Energia que ajudam naidentificação de ineficiências nosequipamentos ou procedimentos.Um concentrador EDP recolhelocalmente os consumos totais eparciais de electricidade, água e gás,enviando-os em tempo real via GPRSpara uma base de dados acessível emqualquer parte via Web. É então geradoum conjunto de relatórios que ficaacessível ao cliente ou é enviado via e-mailmediante certas condições.O EWebReport@ alia, assim, as maismodernas tecnologias de comunicação a um serviço personalizado, dirigido àsnecessidades específicas dos clientes.

A EDP Inovação lançou mais uma iniciativa inédita - a "Semana comInovação". Com esta acção, que associa a mobilidade e a comuni-cação interna à partilha de conhecimento, pretende-se reforçar ainteracção entre empresas e contribuir para a promoção da inova-ção no Grupo. Através deste programa, a EDP Inovação convida as áreas de comu-nicação interna, das outras empresas do Grupo, a passar umasemana nas suas instalações e partilhar do seu dia-a-dia. Destaforma, aquela empresa pretende dar-se a conhecer, partilhar o que

faz e estabelecer pontes para futuras actividades conjuntas.A primeira "Semana com Inovação" ocorreu em Junho, com aparticipação da EDP Comercial/EDP Serviços. A responsável pelaComunicação Interna, Isabel Botelho, aceitou o desafio e mudou--se para a sede da EDP Inovação, durante uma semana. Ainda emJunho, foi a vez da EDP Valor. Gonçalo Carvalhas, da área de Comu-nicação Interna, participou num programa similar. Prevê-se que ainiciativa termine em Novembro. Até lá, vários colegas terão a opor-tunidade de viver uma semana de trabalho diferente.

Semana com Inovação

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2 6 o n

em foco

A EDP aliou-se ao ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) para levar energia renovável e soluções ambientaissustentáveis ao campo de refugiados de Kakuma. Um projecto inédito, aplaudido à escala mundial

KakumaUma luz de esperança

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o n 2 7

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V iver em Kakuma como refugiado é umaexperiência árdua. Não são apenas as tem-pestades de areia, as altas temperaturas,

as cobras, aranhas e escorpiões venenosos quedevastam o território. Desnutrição, surtos dedoenças transmissíveis e malária fazem os maio-res estragos. O apoio às populações tem decresci-do, por conta de outros conflitos, noutras partesdo mundo. Muitos dos refugiados continuam ater a esperança de deixar Kakuma para recome-çarem as suas vidas na Europa ou nos EUA.Kakuma é a palavra suaíli para "lugar nenhum",

fazendo jus ao isolamento da área. O campo exis-te desde 1992 e serve mais de 70.000 refugiadosque fugiram de guerras nos países vizinhos. Oacampamento é uma pequena cidade de cabanas

com telhado de junco, tendas e moradias de bar-ro. Viver dentro do campo é como estar preso eexilado. Uma vez admitidos, os refugiados não têmliberdade para se movimentar no país. São obri-gados a obter passes de movimento do AltoComissariado das Nações Unidas para os Refu-giados (ACNUR) e do governo queniano. Não po-dem procurar educação ou de emprego fora dasimediações. Dentro desta pequena cidade à beirado deserto, a esperança vai dando lugar à resigna-ção. Os refugiados levam, afinal de contas, vidade reféns. Foi perante este cenário que a EDP se decidiu

aliar ao ACNUR para levar energia renovável esoluções ambientais sustentáveis ao campo derefugiados de Kakuma. Um projecto inédito à

em foco

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2 8 o n

em foco

escala mundial que foi apresentado na 5.ª con-ferência anual da Clinton Global Initiative (CGI),em Nova Iorque, em Setembro de 2009. Umaideia simples que irá revolucionar a vida de maisde 50 mil pessoas.Este projecto piloto tem por objectivo

desenvolver um conjunto padronizadode soluções energéticas ambientalmente sus-tentáveis e renováveis, que irá aumentar oacesso às energias renováveis, reforçar a ca-pacidade local e incentivar o empreendedo-rismo social em Kakuma. A EDP e o ACNUResperam conseguir estimular novas activi-dades económicas no campo, através desteprojecto piloto, com o objectivo maior de oreproduzir em outros campos de refugiadose comunidades rurais ao redor do mundo. Sefor bem sucedido e escalável, a EDP preten-de contribuir para quebrar ciclos de pobrezae dinamizar o desenvolvimento sustentáveldas comunidades, capacitando as populações

v

Pedro Paes“A fase piloto do projecto, que está agora aterminar, é apenas uma ‘semente’, umpequeno contributo para a mudança dascondições de vida (subsistência) dosrefugiados. A abordagem da EDP, aoconceber o projecto ‘com’ e não ‘para’ osrefugiados e envolvendo um conjunto deparceiros locais, pretende justamentegarantir a sustentabilidade das soluções alongo prazo, promovendo a capacitaçãolocal e o empreendedorismo social”.

Sérgio Figueiredo “É impossível mesmo através da imagempassar as emoções, a sensação que étocar a vida das pessoas. Isto é umacoisa que nós, obviamente, temos aobrigação de ser porta-voz dentro danossa empresa para testemunhar juntodos nossos colegas a intervenção doGrupo EDP na vida deste campo. Asempresas são isto: são emoções, sãopessoas porque aí também está onegócio”.

Guilherme Collares Pereira “A presença do Alto-comissário, Eng.º António Guterres, e do CEO da nossa Empresa, Dr. António Mexia, bem como dos restantes convidados,confirmava o êxito da iniciativa e aconclusão com sucesso da 1ª etapa de transformação de vidas de dezenas de milhares de Refugiados. Acudir à causados Refugiados de forma verdadeiramenteinovadora e disruptiva, só se conseguenuma empresa como a nossa, comandadapor pessoas com visão e com coragempara assumir riscos”.

João Maciel “O mais importante é que ‘ensinámos a pescar’ e não oferecemos o ‘peixe’.Todos os projectos foram desenvolvidoscom total envolvimento local. Temos hoje,por exemplo, ‘engenheiros solares’ que asseguram a instalação, gestão e manutenção dos sistemas de energiafotovoltaica. E assim diminui a exclusãosocial – um dos principais problemasdestas pessoas, e garantimos a sustentabilidade de toda a abordagem e soluções desenvolvidas. E em cerca de um ano, a visão e os planostransformaram-se em realidade. E existe,já hoje, energia EDP que leva mais vida ao campo de refugiados de Kakuma! Que vivam a nossa energia!”

vulneráveis e cobrindo as suas necessidadesbásicas de energia.“Toda esta questão da responsabilidade não

pode ser conversa, tem que ser material, conse-quente, tem que se traduzir em actos e não ape-nas em um trabalho de consciência tranquila”,sublinhou António Mexia, presidente doConselho de Administração Executivo (CAE)da EDP, na visita que efectuou ao campo de re-fugiados de Kakuma. “Entregámos um projec-to que tem a energia no coração no centro masque tem a ver com saúde, educação, alimenta-ção, com a parte agrícola e são essas vertentesque vimos hoje aqui mostram como podem al-terar a vida de 70 mil pessoas”.Até Outubro de 2010, terão sido instalados em

12 edifícios cerca de 47 kW de energia eólica esistemas solares fotovoltaicos, com mais de 1.500lâmpadas de baixo consumo. As estruturas me-tálicas de suporte foram construídas localmen-te, bem como as salas técnicas para os equipa-

• 30 fornos solares • 4.000 lanternas solares paraestudantes de cerca de 20 escolas.

• Instalação de 31 candeeiros solares de rua.

• Instalação de três sistemas debombagem para exploraçõesagrícolas de pequena dimensão ereflorestação.

• Acções de formação técnica para cerca de 100 refugiados.

• O impacto ambiental e social de todo o projecto piloto será monitorizado e avaliado com o apoio de doisparceiros externos especializados.

• Estudo detalhado dos custosincorridos pelos refugiados e pelacomunidade local (de acolhimento)com a iluminação e consumo de energia.

Projecto Kakuma

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mentos eléctricos. Foram distribuídos 30 for-nos solares de alta qualidade, tendo sido dadauma sessão de formação sobre a sua utilização.Em cerca de vinte escolas estão a ser distribuí-dos 4.500 lampiões solares para os estudantes,mediante a celebração de um acordo escritoentre os pais (ou encarregados de educação), osalunos-utilizadores e as escolas respectivas. Estão a ser instalados 31 postes solares de ilu-

minação pública e três sistemas solares de bom-beamento de água para agricultura familiar ereflorestação. Todas estas actividades foramcomplementadas com sessões de formação téc-nica para cerca de 100 refugiados, que decorre-

ram de forma entusiástica por parte dos refu-giados que os frequentaram.“Quero testemunhar o meu enorme apreço

pela solidariedade demonstrada pela EDP”, referiu António Guterres, Alto-Comissário daACNUR, durante a visita ao campo de Kakuma.“A parceria com o sector privado, com a EDP nes-te caso, é um estimulo essencial para nos fazer, anós, ACNUR, sair da rotina, e para introduzir,neste caso, formas extremamente inovadoras deutilizar energia, inteiramente verde, ao serviçodo bem-estar de populações altamente caren-ciadas e criando capacidade nessas populaçõespara enfrentar os desafios do desenvolvimento”.

Graças ao mérito e ao carácter inovador des-te projecto, a EDP tornou-se um dos parceirosoficiais da “Campanha Europeia de EnergiaSustentável”, tendo sido seleccionada para osprémios “Sustainable Energy Europe AwardsCompetition 2011”.

“A EDP é uma companhia global, se não fos-se não estaríamos aqui hoje (Kakuma). Estamosem mais de 12 países, é a maior multinacionalportuguesa, é o maior investidor em Portugal,mas é também o maior investidor português noestrangeiro”, concluiu António Mexia. “Temosuma ambição global e temos uma responsabili-dade global”.

Graças ao mérito e ao carácter inovador deste projecto, a EDPtornou-se um dos parceiros oficiais da “Campanha Europeia de Energia Sustentável”, tendo sido seleccionada para os prémios “Sustainable Energy Europe Awards Competition 2011”

em focoem foco

“Sendo hoje uma empresa global, a EDP tem também uma responsabilidade global. Estamos numa das áreas do mundo que mais sofre com as alterações climáticas, a fazer com que as pessoastenham uma vida diferente, para melhor. Pessoas que não tiveram a oportunidade que nós temos.”

ANTÓNIO MEXIA

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3 0 o n

em foco

Escola Primária PolatakaHospital dos Refugiados Escola Our LadyServiços centraisCidade KakumaEscritório ACNUREstrada Lodwar-Lokichogio

Projecto em curso

Uma luz para o futuro

Energiarenovável parafornecimento de água

Iluminação paratodos e estudantes Empresariado

social

Purificador de água

Agriculturadoméstica

Ambientesustentável

Iluminação nas ruaspara as famílias

Energia sustentável nos edifícios (escolas,hospitais e outros)

Fornos a energia solar

Iluminação eficiente nosedifícios

O campo de refugiados de Kakuma fica a mil quilómetros de Nairobi, no Quénia. É um dos maiores da África oriental e éadministrado pelas Nações Unidas. Trata-se de um campo de refugiados provisório há cerca de 20 anos. Situa-se perto dasfronteiras do Sudão e Uganda e recebe ainda pessoas do Burundi, Congo, Etiópia, Ruanda e Somália.

Desafio aos clientesA EDP quer convidar todos os seus clientes, em Portugal,Espanha e Brasil, a participar, voluntariamente, numacampanha de recolha de fundos de apoio a campos derefugiados. Esta acção foi anunciada por António Mexia,Presidente Executivo da EDP, numa conferência deimprensa, durante a Iniciativa Global Clinton, em NovaIorque. O desafio pretende envolver os parceiros eclientes da empresa que queiram, voluntariamente, levarmelhores condições de vida aos milhares de refugiadosque hoje vivem em situação de extrema pobreza.“Queremos multiplicar este efeito através dos nossosparceiros e dos nossos clientes. Vamos lançar o desafiopara que, com verbas relativamente simbólicas, cerca dequatro euros por ano ou 30 cêntimos por mês,consigamos mais fundos para intervir nos campos derefugiados”, anunciou António Mexia.Os pormenores desta iniciativa estão a ser finalizados,uma vez que ainda é preciso esperar pelos pareceres dasrespectivas entidades reguladoras de mercado nas váriasgeografias onde a EDP está presente.

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o n 3 1

em foco

Como surgiu a ideia de vir para Kakuma? A empresa procurava alguém que encaixasseneste perfil, e depois das entrevistas que fizacharam que eu era essa pessoa.

O que trouxe na bagagem? Pouca coisa: uma série de t-shirts e calções.Só trouxe uma mala. Quando regresso aPortugal ela vai quase sempre vazia.

E qual era a expectativa? Tinha a ideia de fazer algo inovador e dediferente. Ser parte de algo completamentenovo. Este é um projecto pioneiro, único aonível mundial. É a primeira vez que a empresafaz isto. Por isso, toda a gente está a aprenderao mesmo tempo. Vim com muita expectativae agora que estamos próximos do final,quando se vê a obra no terreno e a alegria daspessoas, é quando se começa a tergratificação e a sentir, realmente, que temosquase a missão cumprida.

Tem uma história de vida ligada aintervenção social. O que move uma pessoapara se dedicar a estas causas? Normalmente as pessoas não falam muito dasua fé, mas eu sou uma pessoa de fé. Tentovivê-la no meu dia-a-dia. E vim pelas 70 milpessoas que estão aqui. Este é um projectoúnico que podia mudar a vida das pessoas docampo e de muitas pessoas mais no futuro.Eu acho que a felicidade vem principalmentede três coisas: sabermos qual o sentido danossa vida, estar próximos das nossas raízes(família, amigos, etc.), e encontrar o lugaronde somos mais úteis.

O que recebeu aqui em Kakuma? Recebi duas coisas muito importantes. Emprimeiro lugar, os sorrisos das crianças.Deram-me muita força. Outra coisa, foi ver aobra feita e ter percebido que, todos juntos,conseguimos fazer coisas impensáveis, como,por exemplo, o primeiro poste do mundo deiluminação feito por refugiados. “Partimosmuita pedra”, fomos pioneiros.

E o que significa o primeiro poste, ao nívelmundial, feito por refugiados?É sempre difícil falar do que os outrossentem. Eles são todos muito novos e eu

aproveitei para lhes dizer que estavamperante uma oportunidade única, quenenhum campo de refugiados tinha tido e, porisso, tínhamos de trabalhar todos em equipa.Desde o início que trabalhámos muito a parteda motivação e fiz questão de os apresentarao Dr. Mexia, dizendo que eles eram osresponsáveis pelos postes de iluminaçãopública. Era visível a alegria na cara deles deterem feito algo único e com um potencial tãogrande. Com todo este processo, que puxoutanto por toda a gente, eles passaram a serlíderes e cresceram como pessoas etrabalhadores.

Acha que este projecto trouxe aos refugiadoso sentimento de pertença?Isso já é mais difícil analisar, até porque elesjá têm um sentido de pertença a este lugar.Funcionámos muito juntos, trabalhámoscomo equipa, uns com os outros. Por isso éque o projecto funcionou tão bem. Demostudo o que tínhamos.

O que foi mais difícil na sua relação com osrefugiados?A cultura deles não tem nada que ver com anossa. As pessoas não estão habituadas a ser

parte da solução. Eles ficam muito à esperaque sejam as outras pessoas a resolver osproblemas deles.

Quais são as características que uma pessoadeve ter para vir para Kakuma?Costumo brincar e dizer que para vir para cáé preciso trazer fio para os dentes, porqueaqui na região nós comemos muita carne decabra (e, às vezes, camelo), e por vezesprende-se aos dentes. Fora de brincadeiras,eu acho que é crucial uma série decaracterísticas. É crucial que as pessoasvenham com uma abertura de espíritoenorme e uma robustez interior, que venhamnum espírito de conciliação e de motivartodas as pessoas para um fim.

Tem alguma história mais marcante?Assim de repente, entre muitas histórias, emtermos positivos a mais marcante, além daalegria do Eng.º António Guterres com osresultados, foi quando chegámos uns diasantes da visita e fizemos uma ronda para verse estava tudo bem. Estávamos dentro do jipee vimos cinco crianças pequenas que vierampara perto do carro, começaram a abanar asmãos e a dizer juntas: "Thank you! Thankyou!". Dos mais negativos, foi o momento emque fui preso. Não foi fácil aterrar, ainda nemter chegado ao campo, e já receber ordem deprisão, porque um senhor achou ilegal eu tertirado uma fotografia e queria levar-me atribunal. Mas depois tudo acabou em bem.

Os locais não gostam de ser filmados porquedizem que lhes roubam um pedaço da alma.E como está a sua alma?Eu diria que sai mais reforçada daqui. Saimaior no sentido em que foi preciso muitoentrega. Houve muita coisa da minha vida queeu tive de fechar para vir para cá. Não foi fácil,mas no fim acho que a minha alma sai maisreforçada, porque também sai maisretemperada. Trabalhar cá exige sempre quetenhamos um plano B, um plano C, e às vezesaté um Z.

Consegue definir Kakuma numa frase?Diria que é uma missão e um sentido. Missão,porque trabalhamos em equipa. E sentido,pelas pessoas que estão em Kakuma.

Jorge Mayer

“SAIO DAQUI COM A ALMA MAIS REFORÇADA”O engenheiro da EDP Produção geriu em permanência as operações no campo de refugiados.Um período intenso, tão difícil quanto gratificante. No final, não esconde o seu orgulho por tervivido num ambiente que não é fácil para um "Mzungu" ("homem branco", na língua local)

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em foco

Os rostos de Kakuma

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em foco

A EDP levou a esperança a milhares de vidas no campo de refugiadosde Kakuma. Estas são algumas imagens que não se esquecem

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em foco

1. 07 de Setembro de 2010. Meio Dia. Quase 40 graus. AntónioGuterres, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refu-giados, e António Mexia, Presidente Executivo EDP, aterramem Kakuma. São recebidos pelos Turkana, habitantes ancestrais desta zona quase desértica do Norte do Quénia.

2. Centro de distribuição de comida. As grades e corredoressão aqui formas de organização da multidão. O ambiente écarregado e os conflitos surgem facilmente. Joga-se aqui,o mínimo para a sobrevivência.

3. Garantir comida continua a ser tarefa feminina.

4. A EDP levou para Kakuma fornos solares eficientes e robustos. Tenta-se substituir o consumo de lenha, um combustível cada vez mais raro. A deflorestação não pára de crescer em torno do campo.

5. O refúgio provisório tende a tornar-se definitivo. Tenta-se reconstruir um quotidiano perdido.

6. Em Kakuma, a comida é distribuída pelas Nações Unidas. Asfilas são inevitáveis. A distribuição é feita duas vezes por mês.

7. A água é tirada de um poço pouco profundo através de uma bomba solar instalada pela EDP. Daqui a uns meses haverá verduras para algumas das famílias de Kakuma.

8. As lanternas são carregadas nos painéis solares instalados nas escolas. Ter uma lanterna solar implica terde ir a escola. Reduz-se o abandono escolar, consegue-se poupanças evitando o uso de querosene e aumenta-se o rendimento escolar. A EDP distribui 4.500lanternas solares.

9. Vidas difíceis não eliminam a generosidade. Milhares de pessoas agradeceram à EDP e ao ACNUR.

10. Como tudo o resto, a água é um bem escasso em Kakuma. As Nações Unidas abrem furos para abastecimento. A EDP traz agora uma novidade. Bombasmovidas a energia solar para criar pequenas hortas.

11. Há uma única escola secundária em Kakuma. Servepouco mais de 800 estudantes numa população de 75 milpessoas.

12. Uma lanterna pode mudar vidas. Passar no exame final pode significar conseguir uma das poucas bolsasde estudo oferecidas por ONGs.

13. As mulheres: são poucas as que chegam à escola secundária. Ficam amarradas às tarefas domésticas. O programa de distribuição de lanternas solares da EDP procura privilegiar as raparigas.

14. É o primeiro poste feito em Kakuma. A saia de palha é apenas um dos componentes produzidos localmente. O objectivo é garantir o máximo de integração e soluções locais.

15. As baterias carregadas durante o dia sob o sol tórridoiluminam, horas depois, a noite da cidade de Kakuma. A segurança é um problema por aqui. No campo, espera-se que a instalação de postes de iluminação reduza o número de incidentes, roubos ou violações.

16. Mogadisho Street, a avenida mais movimentada do campo. Os somalis, mais dados ao comércio, dominam a zona.

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Levar energia aos refugiados pode melho-rar significativamente as suas condiçõesde vida. António Guterres quer mais

exemplos como o da EDP em Kakuma: empre-sas que contribuam com o seu know-howpara aprotecção dos Direitos Humanos.

Como tem sido a sua experiênciacomo Alto Comissário das NaçõesUnidas para os Refugiados?Acima de tudo, devo reconhecer que é um

extraordinário privilégio poder dedicar aminha vida a uma causa tão nobre, e que dizrespeito à situação daqueles que estarãocom maior vulnerabilidade no mundo dehoje. Durante este período, fizemos umgrande esforço, não só no sentido de melho-rar as condições de protecção aos refugia-

dos, mas, sobretudo, de encontrar soluçõespara eles. O nosso objectivo principal édiminuir o número de pessoas que vivemem condições tão dramáticas. Embora,infelizmente, cada vez que encontramossoluções para um, logo surgem dois novosrefugiados, com o agravamento dos proble-mas que ocorrem em tantas crises a nívelmundial.

Que diferenças regista no mundodesde que tomou posse, em 2005?No início, estava a verificar-se uma redu-

ção significativa do número de refugiadosgraças à resolução de um conjunto de con-flitos como o de Angola, Libéria ou da Ser-ra Leoa. Hoje, estamos a lutar com enormesdificuldades, nomeadamente, procurandoajudar os refugiados a regressar em condi-ções de dignidade e de segurança aos seus

países de origem. No último ano, o númerode repatriamento de voluntários para o Afe-ganistão, para a República do Congo e parao sul do Sudão, os três maiores movimentosque estávamos a concretizar, reduziu-sedrasticamente pelo agravamento das con-dições de insegurança nesses países. Vive-mos, hoje, num arco de crise que começa noPaquistão, que se prolonga pelo Afeganis-tão, pelo Iraque, com os países limítrofesque acolhem os refugiados, o Médio Orien-te, o Sudão e, depois, o Congo de África eIémen. Um arco de crise do qual provém 2/3dos refugiados ao nível mundial, em que assituações estão cada vez mais interligadas.Todas elas têm implicações ao nível dasegurança mundial, pois, de alguma forma,

está em causa o conjunto de relações entreo chamado mundo ocidental e o chamadomundo islâmico.

De que forma é que a ACNUR pode fazer a diferença nesse cenário tão dramático?

Infelizmente, nós não podemos resolvero problema. Não há uma solução humani-tária. A solução é sempre política e as coi-sas não têm evoluído positivamente na ge-neralidade destas situações. O que nós po-demos fazer, e estamos a fazer, é minorar ascondições de sofrimento das pessoas quesão atingidas por estas catástrofes humani-tárias.

Como é o dia-a-dia de um altocomissário da ACNUR?Como sempre foi. Trabalhando o mais que

posso para que a missão que tenho possa ser

quem é quem Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados

Há um realismo duro no discurso do Alto Comissário da ONU para os Refugiados, que não deixa grandesdúvidas quanto ao futuro: os problemas vão agravar-se para os milhões de pessoas deslocadas das suasterras. Mas apesar de todas as dificuldades de quem lida com este drama humanitário, António Guterresacredita que exemplos inovadores, como o de Kakuma, podem abrir novas portas à esperança

ANTÓNIOGUTERRES

“Estou muito satisfeito com o esforço da EDP”

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cumprida da maneira mais eficaz possível.Mas vai para o “terreno”?Mais de metade do tempo é passado no ter-

reno. Essa é, aliás, a parte mais interessantedo trabalho que faço, porque nós desenvolve-mos ao longo dos últimos anos um conjuntode reformas importantes no ACNUR que per-

mitem uma acção mais eficaz, de forma a gas-tar o mínimo possível com a organização,para que o máximo possa ser dedicado às pes-soas pelas quais trabalhamos. Conseguimospassar de uma actividade de 1,1 mil milhões pa-ra 1,8 mil milhões de dólares, em quatro anos,sem aumentar o pessoal ao nível mundial e re-

duzindo 300 pessoas em Genebra. As despe-sas da sede passaram de 14% para 9.5% da nos-sa despesa global. Tudo isto se traduziu no au-mento de eficácia da Organização, mas não éisso que me dá gosto fazer: o que me dá gostoé o trabalho directo no terreno. Sobretudo, ocontacto com os refugiados, procurando, pela

Ciência Portuguesa Quem é Quem

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acção directa, melhorar a nossa actividade pa-ra que ela possa ser mais eficaz na resoluçãodos problemas das pessoas com que contac-tamos.

Quais foram as situações maisdramáticas a que assistiu?Os casos de sofrimento mais horríveis

que pude constatar foram, seguramente, demulheres vítimas de violência sexual noleste da República Democrática do Congo.Será, porventura, uma catástrofe humani-tária pouco lembrada ao nível internacio-nal, mas é a que tem o maior impacto de so-frimento humano.

E qual a situação mais gratificante que registou?Conseguimos, recentemente, que a Tanzânia

outorgasse a nacionalidade tanzaniana a 160 milrefugiados do Burundi, que viviam na Tanzâniahá mais de 30 anos. Não pode calcular a alegria

Quem é Quem Ciência Portuguesa

v

PERFIL DO ALTO COMISSÁRIO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA OS REFUGIADOS

António Guterres foi recentemente eleito pela Assembleia Geral das Nações Unidas para o seusegundo mandato, de cinco anos, como Alto Comissário para os Refugiados. Iniciou as suasfunções no dia 15 de Junho de 2005, sucedendo ao holandês Ruud Lubbers, tornando-se no10º Alto Comissário do ACNUR. Encabeça uma das principais agências humanitárias ao nívelmundial, que conta com mais de 6.000 colaboradores repartidos em cerca de 115 países, nosquais dão protecção e ajuda humanitária a cerca de 17 milhões de refugiados. António Guterres foi primeiro-ministro de Portugal entre 1996 e 2002. Durante o seu mandato,encabeçou o esforço internacional contra as graves violações dos Direitos Humanos em TimorLeste. Como presidente do Conselho Europeu, em 2000, co-presidiu à primeira cimeira África-União Europeia. Fundou o Conselho de Refugiados português em 1991 e integrou o Conselhode Estado de 1991 a 2002. Entre 1981 e 1983, foi membro da Assembleia Parlamentar do Con-selho da Europa, exercendo o cargo de presidente do Comité de Demografia, Migrações e Refu-giados. Foi presidente da Internacional Socialista em 1999, até ingressar na ACNUR. Engenheiro eletrotécnico de formação, nasceu em Lisboa a 30 de Abril de 1949 e estudou noInstituto Superior Técnico. É casado e tem dois filhos.

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com que toda aquela gente que vivia em acam-pamentos, concentrados numa zona muito re-duzida do território tanzaniano, recebeu esta no-tícia. Agora têm a possibilidade de usufruir de to-dos os direitos da cidadania tanzaniana.

Já agora, também em relação às soluções, pas-sámos, em 2006, de 60 mil propostas de reinsta-lação de países do terceiro mundo para países de-senvolvidos de refugiados em situações de me-nor vulnerabilidade, para 128 mil, em 2009.Como pode calcular, isto traduz-se no ofereceroportunidades de vida muitíssimo mais favorá-veis a um número muito significativo de pessoasque vivem em circunstâncias muito dramáticas.

O que podem fazer as grandesempresas mundiais perante o dramados refugiados?As empresas podem, sobretudo, dar-nos o

contributo do seu know-howe da sua capacida-

de. Naturalmente que contamos também como seu apoio financeiro. Mas mais importante doque isso, queremos empresas, como é o caso daEDP, que nos tragam aquilo que sabem fazer eque utilizem esse know-how em benefício,obviamente, com custos para a sua organização,das pessoas que vivem em situações de grandevulnerabilidade.

O facto de a EDP disponibilizar em Kakumaenergia àquela população, ainda por cima em ter-mos de sustentabilidade assegurada com ener-gias renováveis, traduz-se, não apenas numa me-lhoria substancial das suas condições de vida,como em forma de aumento da sua protecçãoem matéria de Direitos Humanos. Por exemplo,a iluminação pública diminui imenso os ataquesa pessoas e, em particular, contribui muito paraa protecção das mulheres em relação à violên-cia sexual.

Já esteve no campo de refugiadosde Kakuma?Sim, mais do que uma vez, e estou particu-

larmente satisfeito pelo esforço de investimen-to que a EDP está a realizar neste momento. Só

a instalação com energia solar de iluminaçãopública num campo de Bangladesh, emsituação muito menos eficaz do que aquela queestá a ser desenvolvida em Kakuma, onde exis-te um projecto muito mais abrangente, tradu-ziu-se numa redução espectacular do númerode casos de violência contra mulheres. Isto dáuma ideia da importância do projecto que nes-te momento está a ser desenvolvido no Quénia.

Acha importante estender este tipode projectos a outros campos?Não tenho dúvidas nenhumas que, se se pu-

desse generalizar este tipo de utilizações deenergia renovável, não apenas a campos derefugiados, mas a muitas populações carencia-das em zonas tão problemáticas como aquelasem que trabalhamos, isso traduzir-se-ia numenorme benefício.

Como é o dia-a-dia dos refugiados?

A situação mais dramática em Kakumadecorre do facto de os refugiados no Quénia,embora usando a protecção das autoridadesquenianas, não poderem deslocar-se livremen-te no país. Um campo de refugiados é tambémuma grande prisão. E essa é, talvez, a maisdramática das situações relacionadas com oexílio. Depois há todo um conjunto de carên-cias. Por muito que nós façamos em termos deapoio alimentar, abrigo, em assistência médi-ca ou em apoio escolar, estamos sempre em ní-veis que não são comparáveis com aqueles quetemos no mundo desenvolvido.

Estamos neste momento num cenário decrise económica, de degradação ambiental,de catástrofes naturais constantes. Que res-postas inovadoras é que podem ser dadas?

Penso que é evidente que o conceito tradi-cional de refugiado, vítima de perseguição oude conflito, está, neste momento, a dar origema um conceito muito mais amplo de pessoasforçadas a abandonar os seus bairros, as suascomunidades, por um conjunto diferente derazões: pela inter-relação entre as alterações

climáticas, a extrema pobreza e também o con-flito. Tudo isso faz com que, cada vez mais, as-sistamos a um fluxo enorme de gente que dei-xou de ter condições de continuar a viver nassuas comunidades de origem.

Pensa que as populações do mundoocidental estão sensibilizadas para estas questões?

Por um lado estão sensibilizadas, mas, poroutro, estão a ser alvo de campanhas muitointensas, quer por razões de populismopolítico, quer por razões de sensacionalismomediático, que levam a uma atitude de rejei-ção aos estrangeiros, em geral, e aos emigran-tes, em particular. É preciso promover a tole-rância, fazer compreender às pessoas, quetodas as sociedades se estão a transformar emmulti-étnicas, multi-religiosas, multi-cultu-rais , e que a imigração é uma componente

indispensável à própria sobrevivência dassociedades que têm índices de fertilidade mui-to baixas. É preciso fazer compreender àspessoas que importa combater a xenofobia. Éalgo absolutamente essencial para nós, paraque o apoio aos refugiados possa também sermantido.

Como vê o futuro?Temos neste momento 16 milhões de refugia-

dos, 27 milhões de pessoas deslocadas interna-mente por causa de conflitos no mundo e, infe-lizmente, penso que os problemas tender-se-ãoa agravar-se. Assistimos a uma redução do espa-ço humanitário pelo aumento da insegurança.Pelas atitudes de alguns governos que, invocan-do a soberania nacional, limitam mais e mais oacesso às acções humanitárias às suas própriaspopulações. E, finalmente, por uma confusão porvezes difícil de evitar entre a presença militar e apresença civil, tudo junto, criando condições quedificultam o trabalho humanitário e que agravama situação, não apenas dos refugiados, mas detodos aqueles que são vítimas dos conflitos àescala mundial.

o n 39

Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados quem é quem

Um campo de refugiados é também uma grande prisão. Depois há todo um conjunto de carências. Por muito quenós façamos em termos de apoio alimentar, abrigo, em assistência médica ou em apoio escolar, estamos sempreem níveis que não são comparáveis com aqueles que temos no mundo desenvolvido

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Sistemas de InformaçãoA que desafios da EDP pode a tecnologiadar resposta? É verdade que os sistemas informáticos são a soluçãopara muitos problemas. Mas até que ponto podemos contar com eles?

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Como todas as áreas de forte especializa-ção, sujeitas a um significativo jargão téc-nico e forte mediatização, os Sistemas deInformação sofrem hoje de um númerosignificativo de equívocos. Exemplos:

• Tenho um problema de eficiência ouorganizacional. Compro um sistemainformático, logo o problema ficaresolvido. ERRADO, a informática sópor si não resolve nenhum problema!

• Preciso de investir em Inovação. Com-pro um sistema Informático inovadore já está. ERRADO, a informática sópor si não é inovação.

Os Sistemas Informáticos podem ser asolução para o problema organizativo,podem ser inovação, podem facilitar, liber-tar e estimular, mas tão só se soubermos oque pretendemos deles, se os integrarmosna solução, se formarmos as pessoas na sua

utilização, se os soubermos fazer evoluir eadaptar à evolução da realidade envolven-te. São tecnologia e portanto são o que fi-zermos deles. São necessários, mas não sãosuficientes; são consequência e ponto departida; são a base de um mundo novo depossibilidades, mas não são só por si qual-quer novo mundo; são o gadget e o bigbrother.

Uma inserção correcta das tecnologiasda informação no tecido empresarial daEDP exige:

• Formação e cultura tecnológica atodos os níveis;

• Automatizar apenas aquilo de que seconhece o processo e os entregáveisesperados

• Especificar bem. Não avançar para acompra de tecnologia antes de ter acerteza do que queremos.

A informática, só por si,não é inovação, nemresolve nenhumproblema sozinha

VERGÍLIO ROCHA · Director da DSI (Direcção de Sistemas de Informação)

em debate

Page 41: EDP ON 19 - Kakuma

o n 4 1

As opiniões de diferentes personalidades

+ +

Qualquer solução organizacionaldos sistemas de informação é,como todos sabemos, uma peçachave do triângulo pessoas –processos - sistemas. Osprofissionais dos sistemas deinformação são, actualmente,muito mais do que técnicos porde trás dos computadores. Sãoprofissionais a quem se requeruma compreensão dasorganizações, da suaadministração, da tecnologiaassociada ao negócio e suasnecessidades em matéria deinformação. Se em qualquer contexto denegócio os sistemas deinformação são umacomponente chave, os serviçosenergéticos são um claroexemplo dessa realidade. Osclientes, hoje, pedem-nossoluções diferentes em matériaenergética que só mediante umaatitude de mudança, suportadapelos sistemas de informação,podemos ofereceradequadamente. Portanto, os desafios dossistemas de informação nonosso sector são múltiplos. Alémde contribuir e dar suporte aesta nova realidade de produtose serviços sob o qual supõe umaalteração de mentalidade, ossistemas de informação devemfornecer soluções que permitamuma adequada tomada dedecisões de negócio parapossibilitar a visualização detemas complexos e a criação denovos produtos.

No século XXI os SistemasInformáticos cederamdefinitivamente o seu lugar àsTecnologias de Informação e deComunicação (TIC): do seufuncionamento 24h sobre 24h,passamos à sua presença emqualquer lugar, integrando umaperspectiva multimédia e multi-canal que permite, àsorganizações e às pessoas, oacesso à informação, a partilha deconhecimento e uma superiorcapacidade de intervenção e deprodutividade; mas informação econhecimento significam tambémmaior responsabilidade.E se as TIC se constituem comoalavanca de eficiência dasorganizações, na EDP, pela suadimensão, por uma dispersãogeográfica e pela transversalidadeda sua actuação, o seu grandedesafio passa pela sua capacidadede entendimento do negócio e dassuas necessidades, e pela suacapacidade de constantereinterpretação do seu contributode forma a assegurar soluçõesadequadas e geradoras devantagens competitivas: destemodo a inovação tecnológicalibertará o seu potencial comoalavanca de diferenciação daempresa num mercadocompetitivo e instável.As TIC terão cada vez mais deassegurar o entendimento donegócio como factor de inspiraçãoe fundador da sua actividade e doseu papel; será destacumplicidade entre as TIC e onegócio que a inovação seconstituirá como alavanca decriação de valor assegurando umarentabilidade sustentável.

Aurélio ManuelBlanquet· EDP Distribuição

Hoje em dia, é difícil imaginarque qualquer processo denegócio não seja suportado porum sistema de informação ecomunicação, por mais simplesque o mesmo (processo) seja.O Grupo EDP, dentro do sectorda energia, irá enfrentar, umconjunto de alterações quemodificará (num prazo mais oumenos longo), a forma com queas empresas e os clientes serelacionam. O ponto onde os sistemaspodem contribuir mais, é naeficiência e no controlo. O graude rigor aumenta, os erros sãoreduzidos e a velocidade deprocessamento permite analisarmaior quantidade de dados,cruzar informações e tomardecisões e medidas queconduzam a resultados maiseficazes. É, contudo, importantefrisar que a inteligência vem dequem analisa e conclui, não dosistema em si.Mas não basta colocar umsistema novo para podemosconcluir que vamos ser maiseficientes. É necessário, diriamesmo, fundamental modificaros processos subjacentes etambém os hábitos de trabalho eadaptarmo-nos às exigênciasque as mudanças colocam. O aspeto central, que consideroimportante reforçar, é que ossistemas de informação sãoparte das soluções, não são assoluções em si. São parte dainovação mas não trazem ainovação, por si, só. A inovaçãovem das pessoas, que idealizam,pensam e implementam assoluções de novos modelos.

Miguel Amaro· Energias do Brasil

Vergílio Rocha é, desdeJulho, o director da DSI- Direcção de Sistemas

de Informação, doCentro Corporativo.Apesar de só agoraestar formalmente

vinculado à EDP, tem 10anos de uma relaçãomuito próxima com o

Grupo, primeiro naEdinfor, na EID e na

Oniway e, mais tarde,na Logica, o que lhe dá

um acervo deexperiência e

conhecimento da EDPque, com certeza, se irá

revelar muito útil. Deuma direcção mais

vocacionada para asempresas que se

localizam junto à sede,tornou-se numa

organização orientadapara uma Direcção

Corporativa, comresponsabilidadesalargadas sobre acondução das TIC

(Tecnologias daInformação e

Comunicações) doGrupo EDP. Os desafiosmantêm-se e é a esses

que a DSI vai darcontinuidade.

Carlos Luengos· HC Energía

em debate

Os sistemas deinformação são

necessários, mas nãosuficientes. Servem o

negócio da EDP masnão são o negócio da

EDP.

Page 42: EDP ON 19 - Kakuma

Por proposta do departamento de comunicação da EDP Produção desenvolveu-se o pro-jecto “Dia da Central Aberta” nos Centros de Produção Ribatejo e Sines. Dezenas de pes-soas aproveitaram o desafio e foram conhecer as instalações, eliminando assim receios epreconceitos que por vezes têm sobre as centrais térmicas.Esta atitude de “Portas Abertas” foi muito elogiada e todos os participantes ficaram comuma ideia mais concreta da complexidade do processo de “fabrico” da energia eléctrica.Por outro lado, tiveram a oportunidade de verificar todos os cuidados colocados relativos àsegurança e à minimização dos impactos ambientais.

a nossaenergia*

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Ribatejo e Sines

em festa

O Centro de Produção foi homenageadopela forma como tem vindo a contribuirpara o enriquecimento da Freguesia doCarregado e, consequentemente, para o

Concelho de Alenquer. Nas várias interven-ções foi elogiado o importante contributo daEDP para a comunidade, numa expressãode grande sentido de responsabilidade so-cial e ambiental, em mais de quatro déca-das de serviço da Central Termoeléctrica

do Carregado.

CENTRO DE PRODUÇÃO CARREGADO HOMENAGEADO

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Page 43: EDP ON 19 - Kakuma

a nossa energia

o n 43

Homenagem à Central do Barreiro

No dia 1 de Julho realizou-se umahomenagem a todos quantos

passaram pela mítica instalação. A Central do Barreiro, durante 31anos (1978 – 2009), cumpriu comelevada qualidade as solicitações

dos seus clientes. O Conselho de Administração da

EDP Produção fez questão deacarinhar este evento de uma formaparticular. “Temos que olhar para o

futuro. Mas o futuro só existe sesoubermos respeitar o passado. E este, foram as pessoas que o

fizeram”, afirmou João Manso Neto.

No dia 18 de Junho, a Ministra da Energiae Águas de Angola visitou a central deciclo combinado de Lares onde foi rece-bida por Jorge Cruz de Morais e AntónioFerreira da Costa. Uma visita que serviu,fundamentalmente, para dar a conheceras performances e características destetipo de centrais, bem como aspectos re-lacionados com a sua construção, já queexiste a possibilidade de a EDP participarnum projecto semelhante em territórioangolano.

Ministra de Angolavisita Lares

EDP Produção na Feira da Sertã A EDP Produção marcou presença na FAFIC -Feira Agrícola, Florestal, Industrial e Comercialda Sertã, este ano dedicada ao tema dasEnergias Renováveis. José Farinha Nunes,Presidente da Câmara Municipal, destacou aaposta do executivo em “divulgar o concelho daSertã, quer promovendo de forma eficaz asexcelentes condições que possuímos para aprodução de energias amigas do ambiente,quer divulgando todo o nosso património sócio-económico”. O director do Centro de ProduçãoTejo-Mondego, Carlos Rosário, participou naconferência com a comunicação “O ParqueHidroeléctrico EDP – contributos para umsistema eléctrico mais sustentável”.

Page 44: EDP ON 19 - Kakuma

O “Dia da Central em Família” visa abrir as portas das nossas Centraisaos familiares dos colaboradores dando-lhes a conhecer as instalaçõese o trabalho desenvolvido. Esta iniciativa teve início no passado dia 19 de

Junho na Central do Ribatejo e vários colaboradores aproveitaram odesafio para viver um dia diferente com as suas famílias. Depois de uma

breve apresentação em sala, houve uma visita à central seguida demomentos lúdicos, desde jogos tradicionais a actividades radicais para

os mais destemidos. No final do almoço todos os colaboradores recebe-ram uma fotografia de família para mais tarde recordar! As centrais da

EDP vão continuar a abrir portas aos colaboradores e seus familiares.Esteja atento à intranet e acompanhe estes dias!

Central em família

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a nossa energia

Page 45: EDP ON 19 - Kakuma

a nossa energia

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o n 45

Aquasemana em PortalegreA EDP Produção participou no dia 20 de Maio na Aquasemana,evento organizado pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão

do Instituto Politécnico de Portalegre, onde, durante 3 dias, maisde 40 oradores debateram temas relacionados com a água.

Convidados para o painel sobre a energia, os oradores da EDPProdução foram Carlos Rosário, da Direcção de Produção

Hidráulica, que apresentou o tema “Parque Produtor HídricoEDP”, com especial destaque do Tejo-Mondego, e EduardoGuedes, da Direcção de Desenvolvimento de Negócio, que

conferenciou sobre o tema “Novas Barragens”, com enfoque noAproveitamento do Alvito, área onde desenvolve a sua actividade.

Festa da Cereja em Alfandega da Fé

Realizou-se entre 10 e 13 deJunho em Alfandega da Fé aFesta da Cereja, na qual a EDPProdução se fez representaratravés de um stand centrado noAproveitamento Hidroeléctricodo Baixo Sabor. O stand foi con-cebido para dar a conhecer à po-pulação o projecto, através deantevisões, fotografias das obras

em curso e outros elementosgráficos relativos à albufeira e àsobras complementares.Entrando no espírito da feira, aEDP Produção adquiriu àCooperativa de Alfândega da Fé250 quilos de cerejas, que foramdistribuídas aos trabalhadoresdo estaleiro do Baixo Sabor. Es-tando a iniciar-se a 2ª fase do

processo de aquisição dos terre-nos para a albufeira e obrascomplementares, que tem umagrande incidência no Concelhode Alfândega da Fé, aproveitou-se também a presença na Festada Cereja para divulgar este pro-cesso, o que mereceu grandeaceitação junto da populaçãointeressada.

Integrado no programa " Dia da CentralAberta ", iniciativa conjunta das áreas deRecursos Humanos e Comunicação da EDPProdução, tiveram lugar nos passados dias 18e 22 de Junho, duas visitas, respectivamenteao Aproveitamento Hidroeléctrico do Alquevae ao Centro de Produção do Ribatejo.No dia 18, um grupo de 28 colaboradores daEDP Produção partiu de Lisboa, rumo aoAlqueva, onde foi recebida pelo Director doCentro de Produção Tejo-Mondego, CarlosRosário, anfitrião do grupo.Por sua vez, no dia 22 de Junho, terça-feira,outro grupo rumou do Porto ao Ribatejo, ondeera esperado pelo responsável pelaManutenção, Carvalho Rodrigues.

Visitas ao Alqueva e ao Ribatejo

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MANUELASILVA

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spotlight À conversa com...

O Conselho de Administração da EDP Soluções Comerciaisexplica a reorganização profunda de que foi alvo a plataformade serviços comerciais do Grupo. Um corte profundo com opassado que tem como objectivo preparar a empresa para osnovos desafios que se avizinham

EDP SOLUÇÕES COMERCIAIS

Preparada para o Futuro

FERNANDESJOÃO MATOS

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Como é que nasceu a EDP SoluçõesComerciais?A EDPSC é uma plataforma de serviços

comerciais que foi criada em 2005, numa al-tura em que a legislação do sector eléctricopreconizou a separação entre a distribuição ea comercialização de electricidade. Pensou-se, então, que faria sentido ter uma platafor-ma partilhada que pudesse assegurar a pres-tação de serviços comerciais às várias empre-sas do Grupo EDP. E foi assim que a SC nas-ceu. Nos primeiros dois anos a empresa man-teve-se, no essencial, com as característicasdaquilo que foi a área comercial da EDP Dis-tribuição, das pessoas aos métodos de traba-lho. A verdade é que nesses anos sabíamos quea EDP estava sozinha no mercado e a questãoda concorrência não era um problema… em-bora se soubesse que essa situação ia mudare que havia que preparar a empresa para no-vos desafios. Nesses tempos, no entanto, man-tiveram-se um conjunto de práticas em rela-ção aos serviços comerciais que eram bastan-te tradicionais.

Quando começou a ser visível umamudança mais profunda?Com a mudança do Conselho de Adminis-

tração da EDP em meados de 2006, foi to-mando corpo a ideia de que era preciso pre-parar as empresas do Grupo para enfrenta-rem um mercado mais competitivo que se começava a desenhar e esse desafio foi feitotambém à SC, que é quem, na prática, faz ofront-end com os 6 milhões de clientes deenergia. A equipa de gestão da SC foi renova-da em Janeiro de 2007 e na segunda metadedo ano a empresa fazia a sua primeira reor-ganização. O triénio 2007-2009 foi, assim, umtempo em que se fizeram algumas transfor-mações em matéria de customer servicequesobretudo visaram aproximar as empresasdo Grupo dos seus clientes finais. Foi tambémo início de um novo foco da actividade comer-cial em vendas, tendo a SC sido a entidade quemais concorreu para a angariação de clien-tes da EDP Comercial, nomeadamente atra-vés da rede de lojas. Ainda em 2009, a SC iniciou os serviços comerciais para o sectordo gás, o que constituiu também importantedesafio organizativo.

Que aspectos destacam nareorganização efectuadarecentemente?Os efeitos da liberalização do mercado de

energia começam agora a ser mais fortes,logo, por um lado, a concorrência passou a seruma realidade e, por outro, as exigênciasregulatórias tornam-se mais intensas (fenó-meno este que não é apenas nacional). Estesdois factos obrigam uma plataforma como a

spotlight

MANUELA SILVA

Manuela Silva, 55 anos, casada, é administradora da EDP Soluções Comerciais desde 2007. Licen-ciada em Economia pela Universidade Técnica de Lisboa em 1978, está no Grupo EDP desde 2001,ano em que iniciou a actividade na Edinfor como membro da administração da IT-LOG, Logística eGestão de TI, empresa que ajudou a criar e desenvolver. De 2004 a 2006 foi membro da administra-ção da EDP Valor. Desenvolveu a sua vida profissional no sector empresarial, tendo passado pordiversas áreas de actividade, do turismo à energia, passando pela indústria transformadora. Noano de 1996 foi adjunta do Ministro da Economia do governo de então. Ocupa os seus tempos livresa ler e a viajar e tem na família o centro do seu equilíbrio emocional. Tem um interesse especialpela área social e procura intervir construtivamente em iniciativas de ajuda à comunidade.

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SC: a tornar-se absolutamente eficiente, para queos custos do serviço comercial sejam mais com-petitivos; a assegurar a fidelização dos clientes,através de um serviço inovador e de qualidade quecada vez mais os satisfaça, mantendo-os no cen-tro das suas atenções; a garantir que todos os pro-cedimentos determinados pelo Regulador sãocumpridos sem qualquer falha. Estes três aspec-tos foram determinantes para a nossa necessida-de de reorganizar, e a nova estrutura procura res-ponder-lhes da melhor forma. E qual é essa for-ma? Procurámos criar uma organização mais“achatada”, com a qual a equipa de gestão intera-ge mais facilmente – na SC, cada pequeno proble-ma de um cliente é uma grande preocupação quea Administração quer acompanhar e garantir quese resolve a contento. Por outro lado, foi nossaintenção criar uma estrutura segmentada pormercados residencial, empresarial e redes dedistribuição o que permite um actuação integra-da sobre o ciclo comercial desses clientes e, dessaforma, concorrer melhor para a sua satisfação. Poroutro lado ainda, a SC tem um corpo de quadroscom idade e antiguidade médias elevadas, o queaconselha a proporcionar uma evolução de

carreira a quadros mais jovens, que devem poderbeneficiar da transição do conhecimento dos maisvelhos e conhecedores; procurámos criar essasoportunidades.

Esta reorganização levou quase umsemestre a preparar. Porquê?Porque fizemos um corte muito grande com o

passado e esses passos devem ser dados com pru-dência. Criámos direcções completamente no-vas e mais “leves”, que separaram as actividadesreguladas das não-reguladas. Há um númerointeressante, que tem que ver com a mobilidadeque o nosso CAE preconiza, e que explica a dimen-são que esta reorganização teve: 40 por cento daspessoas com responsabilidade de chefia muda-ram de funções. Tal significa que quase metade

das pessoas, no conjunto dos trabalhadores da SC(660), mudou de chefias. Ao mudarmos a ma-croestrutura, as pessoas vêem-se confrontadascom novos líderes, com novas formas de fazer,com outras maneiras de estar. Promovemos algumas pessoas jovens que nos últimos anos têmfeito um caminho consistente de trabalho. Criá-mos, também, responsabilidades de transição: háum período de transição a decorrer até final deOutubro, com os respectivos “gestores”. Afinal,estamos a falar de 200 milhões de operaçõesanuais, de 6 milhões de clientes, e todos os diasestão a acontecer milhares de coisas de norte a suldo país. Que não podem correr mal!

Quais são os clientes da EDP SC no GrupoEDP?Este é o que designamos por mercado core.Temos um cliente fundamental, a EDP Distri-

buição, operador de rede de distribuição de elec-tricidade, que foi, aliás, a empresa que deu origemà SC. Depois, temos as empresas comercializado-ras de electricidade do Grupo. A EDP Serviço Uni-versal, que resultou ela própria de um spin-off daEDP Distribuição, que tem contrato com os cer-ca de 6 milhões de clientes regulados de electrici-

dade do Grupo EDP. A EDP Comercial, que comuma maior liberalização do mercado e uma maiordinâmica no mercado livre, tem vindo a assumirum papel crescente no sector da energia. Temostambém as empresas do gás, uma realidade maisrecente, que hoje, em termos de operações, estácrescentemente integrada na EDP SC: EDP GásDistribuição, operador de rede da distribuição degás no Grande Porto; EDP Gás SU, que tem clien-tes regulados; EDP Gás GPL; e EDP Gas.com, comclientes livres do segmento empresarial. E a pró-pria EDP Valor: quando, por exemplo, um cola-borador pretende contactar a área de RH, esseatendimento é feito no contact centerque é geri-do pela SC. Temos planeado, até ao final do ano,prestar serviços à HC e à Naturgas, na medida em

que teremos um contact center ibérico. Podere-mos atender no site de Odivelas clientes espa-nhóis, com chamadas transferidas para Portugal.

Que serviços são prestados?Os serviços que prestamos cobrem todo o

ciclo comercial. Desde a contratação até à leitura,facturação, cobrança, gestão da dívida e respostaa contactos. E todo o atendimento, que é trans-versal. Do ponto de vista do contacto com o clien-te, ele é feito sobretudo em front-officeatravés dosnossos canais de atendimento. Gerimos umarede de 45 lojas, maioritariamente operadas porcolaboradores da EDP SC embora haja já algu-mas em outsoursing. Gerimos também uma redecom 370 agentes, com um diferente leque de ser-viços. Mas o canal que acaba por responder pelamaior parte dos atendimentos é o contact center.Este canal e a internet estão disponíveis 24/24 ho-ras. O contact centercomeçou por ser em Odive-las. Há cerca de dois anos, criou-se um segundoem Seia e agora, com a integração ibérica, passa-mos a ter quatro sitesde contact centerpara a Pe-nínsula Ibérica. Acreditamos que a Internet vaiser o canal do futuro e nele estamos a apostar se-riamente (designadamente, na recente reorgani-

zação criámos um departamento específico quevai gerir os “canais digitais”). Hoje em dia, estemeio já permite a realização de um leque muitoalargado de operações, e sendo incontornável efundamental a crescente “webização” da relaçãocom o cliente, esta área é crítica para nós nospróximos anos.

Outra área em que os nossos serviços são rele-vantes é a da gestão dos sistemas comerciais, quesão a base indispensável para a prestação dos ser-viços em larga escala que 6 milhões de clientesobrigam: a maior parte destes sistemas, com des-taque para o SAP ISU, são activos da SC, pelo quetodas as actualizações dos mesmos são concebi-das, em termos funcionais, e posteriormente tes-tadas, pela SC.

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Leituras efectuadas 26,4 milhõesFacturas (documentos) 41,8 milhõesCobranças 80,6 milhõesValor Cobranças 7,403 milhões de eurosAtendimentos Presenciais 2,3 milhõesOperações Internet 5,3 milhõesChamadas no Contact Center 11,7 milhões

Dados de 2009

Colaboradores 660Lojas 45Agentes 370Clientes 6.326.532

EDP SUEDP CEDP Gás

Nº Clientes com Factura Electrónica 533.566Junho de 2010

5.842.797259.575224.160

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Existem também os clientes do designadomercado ‘não core’. Que tipo de serviçosprestam neste âmbito?Os clientes são empresas de águas e de gás, no

essencial. A elas prestamos serviços na área da co-brança, aproveitando o nosso know-how e a es-trutura e sistemas próprios; e serviços de siste-mas de informação e de finishing, que são presta-dos no âmbito do consórcio que temos com a Lo-gica e que foi herdado da antiga Edinfor. Atravésdeste negócio, servimos mais 2 milhões de clien-tes que concorrem, para uma base de economiasde escala na negociação dos serviços de cobran-ças, a qual beneficia, igualmente, os custos do mer-cado core. Assim, a importância deste negócio égrande para a EDP, uma vez que, além das men-cionadas economias de escala, esta actividade édesenvolvida com margens calculadas em fun-ção da situação do mercado para este tipo de ser-viços. Também se insere neste âmbito a cobran-ça da Contribuição para o Audiovisual, e a respec-tiva transferência para a RTP, que realizamos pa-ra a EDP Serviço Universal e EDP Comercial.

Qual é a importância dos colaboradoresem todo este processo?Costumamos dizer que a SC é uma empresa

que tem três pilares essenciais: os processos, os

sistemas e as pessoas. É um triângulo que temmesmo de ser equilátero. As pessoas na SC são ab-solutamente fundamentais. Há competênciasconsolidadas ao longo dos anos, que têm não sóque ver com competências hardmas também comcompetências soft, em que se destaca o sentidode orientação ao cliente. Em qualquer incidenteque ocorra na SC, em que seja preciso intervir nu-ma relação com o cliente, é muito frequenterecorrermos a qualquer trabalhador, indistinta-mente, porque sabemos que está completamen-te disponível e aberto para resolver o problemadaquele cliente. O foco no cliente é uma realida-de da SC, desde sempre. Além desta competên-cia, as pessoas têm também um sentido de com-promisso fortíssimo: o Grupo EDP é, para a maio-ria delas, uma grande referência de vida.

Quais são as maiores preocupações com este conjunto de 660 pessoas?Temos alguns pontos fracos que têm que ver

com a história da empresa. Como incorporámospessoas que já estavam há muito tempo na EDP,na SC a idade média é de 50 anos e a antiguidademédia de cerca de 28 anos. Temos apenas 1,5% detrabalhadores com menos de 30 anos. De 2007 a2009 admitimos muito poucas pessoas novas.

Agora estamos a procurar fazer alguma renova-ção dos quadros. Antes de mais há que garantir atransmissão do conhecimento. Existem muitaspessoas próximas da sua reforma e é preciso as-segurar que todo esse conhecimento seja trans-mitido aos mais novos. Que incorporem essa cul-tura, que possam ser os seus seguidores.

Além dos colaboradores directos, contamostambém com os serviços de muitas pessoas quenão são do quadro da EDP. No contact center tra-balham 1.000 pessoas entre Odivelas e Seia, deempresas de subcontratação de pessoal, e utili-zamos ainda 600 pessoas que trabalham para osnossos prestadores de serviços de leituras. No con-junto, estamos a falar num universo de mais deduas mil pessoas em torno da SC. Realmente es-te lado do triângulo é fundamental, mas é umlado que nos dá preocupações sobre o futuro.

Um dos outros lados do triângulo são os Sistemas de Informação. Qual é a sua importância na SC?Com estes milhões de operações anuais, de

atendimentos, de facturas, leituras, nós tínhamosque ter sistemas poderosos. Hoje temos dois gran-des sistemas de gestão comercial que são o SAPISU e um novo sistema de suporte a toda a activi-dade do mercado empresarial livre (CC&B) que

vai assumir uma importância crescente com aprogressão da liberalização, uma vez que permi-te a gestão do cliente de “A a Z”.

Além de prestarmos o serviço comercial direc-tamente aos nossos clientes institucionais, asse-guramos, como há pouco foi referido, a consistên-cia de todo o suporte informático, que tem que serpoderoso, das cerca de 200 milhões de operações.E voltando às pessoas, para além de terem desaber fazer contratos, facturas, cobranças, etc., são,em geral, pessoas com boa formação tecnológica.São muito completas. O papel delas aqui, paraalém do coração e da alma, é um papel em que ascompetências hardtambém são fundamentais.

Como se gere uma quantidade tão significativa de informação?Quando falamos de uma realidade cada vez

mais complexa, que é a que nos espera, a infor-mação é fundamental, e nós temos que a organi-zar, analisar e disponibilizar aos nossos clientes.Mas só podemos assumir esta responsabilidadese os sistemas em que apoiamos a nossa activida-de possuírem uma grande robustez e capacidadepara sistematizar e produzir a informação neces-sária. Neste ponto de vista há um projecto inicia-do em 2009 – o SIG (Sistema de Informação de

Gestão) – que pretende disponibilizar uma pla-taforma fiável e muito dinâmica para a obtençãoda informação comercial dos vários sistemas queoperamos. Além desta informação comercial, hátambém um papel muito importante desempe-nhado pela SC: quando se fazem os encerramen-tos contabilísticos do Grupo, toda a informaçãorelativa a vendas e a facturação tem de ser asse-gurada por nós; existem então aqui ciclos curtosde produção e de validação desta informação, quesão cruciais para que o serviço que estamos a pres-tar aos nossos clientes seja bem prestado.

Quais são os maiores desafios para o futuro?No que diz respeito aos clientes finais, diría-

mos que a EDP vai atravessar, nos próximos tem-pos, desafios diversos. Quer porque a liberaliza-ção é hoje uma realidade, quer porque outros fac-tores vão mudar por completo a relação das em-presas de energia com os seus clientes, como é ocaso da possibilidade de haver contadores inteli-gentes (área de inovação onde a SC também é umparceiro). Toda a conjuntura económico-socialnos próximos tempos vai fazer com que natural-mente, quer empresas, quer particulares, procu-rem as soluções mais eficientes de energia. Ao ní-vel dos clientes finais, os desafios são totais. Va-

mos procurar as soluções mais avançadas paraque as empresas do Grupo fidelizem os seus clien-tes. Vamos lançar a curto prazo, em parceria coma DRE e a DSI, um projecto que se chama e-Cus-tomer, no qual participam também várias outrasentidades do Grupo e cujo objectivo principal érepensar toda a relação com o cliente e privilegiaras relações através da Internet, da utilização dotelemóvel, etc. Todo o ciclo comercial tem de serrepensado e desmaterializado e a cultura e-busi-ness tem que ser uma realidade na EDP a curtoprazo. E a SC quer ter neste desafio um papelsignificativo.

Que planos há para os colaboradores?Queremos continuar a fortalecer as compe-

tências e a motivação do corpo de colaboradoresda EDP SC. Para tal, é fundamental que prossiga-mos, como até aqui, políticas de formação e dedesenvolvimento das pessoas ajustadas às neces-sidades da SC, e delas próprias, e que as consiga-mos envolver nos objectivos da empresa de ummodo cada vez mais consciente e participativo.Desejamos que as “nossas” pessoas sejam líderesnas boas práticas: seja na disponibilidade para amobilidade funcional, como forma de aprendermais, seja na vontade de participar em projectos

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Um caso de sucesso é o da factura electrónica: em Portugal, a EDP é o Grupo que tem mais clientes comfactura electrónica. Ultrapassámos a barreira dos 500 mil clientes agora em 2010. É uma forma diferentede prestar o serviço e potencia objectivos de maiores poupanças e sustentabilidade para o Grupo

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“indutores de felicidade” pessoal, como é o ca-so do programa corporativo Mais Conciliar.Pela nossa parte, tudo faremos para que to-dos trabalhem bem, sentindo-se bem. É o nos-so compromisso.

E relativamente aos accionistas?Quanto aos accionistas, o desafio da con-

vergência ibérica dos serviços comerciais - deque o contact centerde que falámos é um pri-meiro passo – está na ordem do dia, respei-tando naturalmente o andamento da conver-gência prioritária em Espanha (HC e Natur-gas). Manteremos o estudo cuidado das me-lhores soluções para o Grupo nesta matéria.

Por outro lado, há importantes contribu-tos para o Projecto OPEX II, que passam pelaoperacionalização de iniciativas que tradu-zem melhor gestão de fornecedores e auto-matização de tarefas.

Também em termos de cultura Lean o con-tributo da SC é importante para o Grupo. Des-de 2007 que a SC tem tido sucessivas “vagas”organizadas de intervenção a este nível eestamos já numa fase em que espontanea-mente, nalgumas áreas da empresa, surgeminiciativas deste tipo; com estes movimentostem sido possível semear a cultura de melho-ria contínua e de combate ao desperdício, deum modo muito significativo.

Qual será a abordagem para osclientes directos?Ao nível dos nossos clientes directos, exis-

te o tema do relacionamento. É necessárioincrementar a nossa capacidade de articula-ção com eles. No âmbito da reorganização,reforçámos inclusivamente a função de “ges-tor de contrato”, um desafio que lançámos adois quadros muito experientes da SC. Poroutro lado, temos de ter em atenção toda aquestão regulatória e assegurar que somos ogarante do cumprimento desses desafios.E há ainda a questão de reforçar a nossa capa-cidade de venda. Num cenário de mercadoliberalizado e concorrencial, somos obriga-dos a ter uma boa capacidade de venda,desde logo, na nossa rede de lojas, mas acre-ditamos que do lado dos agentes será tambémpossível potenciar essa actividade. E tambématravés do contact center. A actual quota demercado da EDP Comercial no mercadoresidencial foi construída com o forte contri-buto da SC; temos que manter e desenvolveressa boa performanceem matéria de vendas.

Um caso de sucesso é o da factura electró-nica: em Portugal, a EDP é o Grupo que temmais clientes com factura electrónica. Ultra-passámos a barreira dos 500 mil clientes ago-ra em 2010. É uma forma diferente de prestaro serviço e potencia objectivos de maiorespoupanças e sustentabilidade para o Grupo.

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JOÃO MATOS FERNANDES

Nascido no Porto, João Matos Fernandes, 36 anos, é casado e tem dois filhos. Licenciado em Econo-mia pela Faculdade de Economia do Porto, iniciou a sua carreira em 1997 como analista no researchde acções do Banco Português de Investimento. Em 1999, foi assessor do Secretário de Estado doTesouro e Finanças, tendo regressado ao BPI no ano 2000 como responsável pela originação de ope-rações de mercado primário de acções. Entre 2001 e 2006 integrou a equipa de Análise de Negócios/ M&A da EDP, tendo participado em operações de aquisição e desinvestimento em diversas geo-grafias e áreas de negócio. Entre 2006 e 2009 foi director de Planeamento e Controlo de Gestão daEDP Distribuição. É, desde Janeiro de 2010, administrador da EDP Soluções Comerciais.

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A EDP atingiu a liderança mundial nosíndices Dow Jones de Sustentabilidade,no sector das Utilities. Um feito inéditoque acontece pela primeira vez comuma empresa portuguesa

H á três anos consecutivos que a EDPintegra, quer o Dow Jones Sustainabi-lity World Index (DJSI World), quer o

European Dow Jones Sustainability EuropeIndex (DJSI Europe). E, em cada ano, tem vin-do a ganhar terreno neste rigoroso índice queintegra empresas de todo o mundo, 318 em-presas no World e 157 ao nível europeu .

Se em 2009, a EDP tinha já atingido a lide-rança na Europa, agora, passou a estar, também,na liderança ao nível mundial no sector das Uti-lities. Num conjunto de 22 critérios, a EDP é"Best in class” em 10 critérios, distinguindo-seem seis por ter a pontuação máxima.

António Mexia recebeu a notícia assim quechegou do Quénia, onde esteve de visita ao

campo de refugiados de Kakuma, apoiadopela EDP, e partilhou de imediato com os co-laboradores da EDP a sua satisfação pelos re-sultados alcançados. "É uma distinção que noscoloca como a empresa, no nosso sector e aonível mundial, com o melhor desempenho nasquestões ligadas à transparência e sustenta-bilidade, mostrando excelência na gestão eco-nómica, ambiental e social", referiu o presi-dente do CAE. "O projecto em Kakuma e anossa posição de liderança mundial nos índi-ces Dow Jones são os dois mais recentes exem-plos de sucesso. A ambas as equipas, os meusparabéns e obrigado. São um motivo deorgulho para os mais de 12.000 colaboradoresda EDP presentes em 12 países".

sustentabilidadeResponsabil idade pelo meio ambiente

Este ano, a EDP manteve uma posição destacada de liderança das práticas de DesenvolvimentoSustentável e é, pela primeira vez,“Best in Class” na Dimensão Social. Quanto à dimensão económica, a EDP continua a ser uma das melhores empresas do sector.De salientar a manutenção da pontuação máxima nos critériosPrice Risk Management e Score-cards and Measurement Systems e, pela primeira vez, a posição de“Best in Class”, no critério Codes of Conduct/Compliance/Corrup-tion&Bribery.O posicionamento da empresa naDimensão Ambiental corresponde auma melhoria do alinhamento comas práticas médias do sector e é oresultado dos esforços que têm sidodesenvolvidos, quer na área da biodiversidade e da gestão ambien-tal, quer na estratégia relativamente a alterações climáticas. Destaca-sea pontuação máxima no critério Biodiversidade.A presença nos índices Dow Jones de Sustentabilidade é conseguidaatravés de um rigoroso processo deavaliação realizado pelo SAM Groupque incorpora um questionário com113 questões e onde são apreciados,e evidenciados os aspectos fundamentais das três dimensões do Desenvolvimento Sustentável – aEconómica, a Ambiental e a Social.Uma distinção que reflecte o trabalho de um grupo exemplar e o reconhecimento do compromissoassumido para com o desenvolvi-mento sustentável. Parabéns a todos!

RAZÕES PARA SER A MELHOR

LÍDER MUNDIAL no Dow Jones

Sustainability

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fundação*“Os Carros dos Presidentes - o Motor da República” é a exposição que a On recomenda nesta edição. Pode ser visitada no espaço exterior do Museu daElectricidade, até dia 17 de Outubro

Carros com muito Poder

Os carros dos Presidentes saíram dosmuseus e garagens onde estavam guar-dados e reuniram-se para contar, entre

28 de Julho e 17 de Outubro, as histórias queprotagonizaram ao serviço da instituição pre-sidencial. O local escolhido para esta reuniãofoi o espaço exterior do Museu da Electricida-de, numa iniciativa conjunta entre Museu daPresidência da República e a Fundação EDP.Dos hipomóveis aos Cadillac e Rolls Royce,aparatosos carros antigos (objecto de curiosi-dade e colecção), aos modelos mais recentesainda hoje em funções, esta exposição é umencontro de veículos e um encontro com a His-tória. Através do automóvel, dos seus usos erepresentações, o visitante percorre os 100

anos da República Portuguesa.A exposição é composta por quatro núcleos:“Do Hipomóvel aos Pioneiros”; “O Estado No-vo e as Viaturas de Aparato”; “A Democratiza-ção das Viaturas Presidenciais” e “O Presiden-te da República e as Forças de Segurança”. Com textos, fotografias e filmes de enquadra-mento, a exposição “Os Carros dos Presiden-tes – O Motor da República” apresenta, não sóum valioso conjunto de automóveis que fazemo gosto de apreciadores e conhecedores destemeio de transporte, como constitui uma opor-tunidade, para os curiosos da História, derelembrar os 18 Presidentes da República e osseus mandatos, através dos veículos em queviajaram.

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fundação edp

Instituto EDP abraça novas instituições

Com objetivo de manter o compromisso da responsabilidadesocial, o Instituto EDP, por meio do EDP Solidária, realizou nodia 21 de Junho, em São Paulo, o “Diálogos EDP Solidária”, umevento que promoveu debates e anunciou os 14 programas quereceberão o apoio do Instituto em 2010. António Pita de Abreu,

presidente da EDP no Brasil, lembrou que a educação é osuporte da sustentabilidade: “Só com a educação é possíveltornar o mundo mais sustentável.” Em quatro anos, mais de 70projetos com um investimento de 5 milhões de reais já forambeneficiados.

Portugal Arte 2010 - EDPLisboa, Grândola, Portimão e Vila Real de Santo António, recebe-ram, entre 16 de Julho e 15 de Agosto, a 1ª. Bienal Portugal Arte2010 – EDP, uma mostra internacional de arte contemporânea quereuniu 246 artistas de 14 países (entre eles duas dezenas de portu-gueses), alguns consagrados, outros jovens revelações. No âmbito desta iniciativa, a Fundação EDP lançou, já em Setem-bro, o Prémio Internacional de Arte Pública, um galardão dirigido aartistas nacionais e internacionais, dedicado às obras de arte dedimensão pública - produzidas em Portugal e com materiais portu-gueses - por artistas consagrados e emergentes.

Trienal de Arquitectura de Lisboa

CONFIRA AS ENTIDADES:São Paulo - Associação Amigos do Projeto Guri, Centro Integrado deEstudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável, Grupo de Assistên-cia à Criança com Câncer;

Espírito Santo - Associação Ambiental Voz da Natureza, Associação doscatadores de materiais recicláveis de Guarapari, Associação de Pais eAmigos dos Excepcionais de Vitória, Bem Brasil - Instituto de Desenvolvi-mento Social, Sociedade dos Amigos do Vale do Castelo, Serviço de Enga-jamento Comunitário, Associação Comunitária;

Mato Grosso do Sul - Girassolidário - Agência em Defesa da Infânciae Adolescência;

Tocantins - Associação de Arteducação e Meio Ambiente Casa da Árvore,Instituto Crescer para a Cidadania (Lajeado e Peixe)

Tendo como objectivo a selecção da melhorproposta para concepção de uma unidadefamiliar em Luanda, a Trienal de Arquitectu-ra de Lisboa lançou o concurso “A Housein Luanda: Patio and Pavilion”.

O concurso, destinado a promover na capitalangolana a habitação de custos controlados,foi feito em parceria com a Trienal de Luandae foi o mais participado de sempre em Portu-gal. Foram recebidas 599 propostas e aceites588. Destas, o júri (constituído por Álvaro Siza,Carrilho da Graça, Fernando Mello Franco,Barry Bergdoll e Ângela Mingas) seleccionou30. Concorreram arquitectos de 44 países. Oscinco vencedores serão anunciados no decur-so da exposição, que terá lugar no Museu daElectricidade, entre 28 de Outubro de 2010 e16 de Janeiro de 2011.

Por essa altura, estará também em exposi-ção no Museu da Electricidade o resultadode um repto lançado pela Trienal às esco-las de arquitectura e de arquitectura paisa-gista. O desafio era trabalharem respostaspara uma pergunta: como é possível a ar-quitectura contribuir para melhorar, emconcreto, as condições de vida das pessoasdo bairro da Cova da Moura, realidade com-plexa em termos sociais e culturais, oriun-da de circunstâncias históricas peculiares ecom um percurso atípico? Uma exposição anão perder!

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ensaio fotográfico

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Festivais mais sustentáveis

Pelo quarto ano consecutivo, a EDP marcou presença nosprincipais festivais de Verão. O objectivo foi aproximar aspessoas das temáticas da sustentabilidade e do usoeficiente da energia. A animação foi uma constante. Ficam alguns dos melhores momentos...

Verão ao ritmo EDP

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ensaio fotográfico

Xxxx

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ensaio fotográfico

Jamiroquai - Sudoeste TMN

Optimus Alive

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ensaio fotográfico

Florence and the Machine - Optimus Alive

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ensaio fotográfico

Diana Krall - Cool Jazz

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Salomon Burke e Joss Stone - Cool Jazz

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ensaio fotográfico

La Roux - Optimus Alive

Mike Patton

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ensaio fotográfico

Super Bock Su

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Em que ano começou a trabalharno Grupo? Trabalho no Grupo EDP desde2000. Comecei o meu percurso naEDP Comercial, onde participei noarranque da liberalização domercado eléctrico português, queconsidero uma experiência muitointeressante. Os desafios são umaconstante quando se participa nacriação de uma empresa. O quemais me fascinou foi podertrabalhar com uma equipa jovem,talentosa e ambiciosa, quedesejava fazer sempre mais emelhor. Cresci muito, como pessoae profissional.

Qual foi o maior desafio?Em 2006, aceitei o convite para irtrabalhar para a Naturgas e iniciei,assim, o maior desafio profissionalaté ao momento. Mudei de país, deempresa, de área e passei a viverem Bilbau. Foi, claramente, umagrande mudança. É umaexperiência que recomendovivamente apesar de ter sido muitoexigente. Mas é nas situações maisintensas que nos descobrimosmelhor e evoluímos como um todo,nas várias facetas da nossa vida. Omercado energético em Espanhatem um dinamismo que exige umarápida resposta dos vários players,tendo sido um dos atractivos daminha função de Directora doSuporte Comercial.

Quais são as grandes diferençasentre a EDP e outrasmultinacionais?Ressalto os aspectos culturaiscomo um factor diferenciador daEDP enquanto multinacional e quepode ser potenciado através damobilidade. Na minha opinião, amobilidade é um agente decrescimento, enriquecimentoprofissional e pessoal. É essencialexistir no Grupo EDP o espíritopara a adaptação à mudança, umaconstante dos nossos dias.

Como é estar envolvida num dosprojectos mais ambiciosos do Grupo? Voltei em 2009 para embarcar emmais um desafio, que acredito sertransformacional para o Grupo EDP – oMacro-Projecto Sharedp. É ambicioso,enfocado nas pessoas, nos sistemas, nosprocessos e alinhado com o espírito EDPWay. É um projecto de partilha e junçãode conhecimentos para criar uma novaorganização de serviços multi-geográficos, que venha dar o apoionecessário aos próximos ciclos do Planode Negócios do Grupo EDP.

O que lhe trouxeram as experiênciasvividas até hoje?Reconfirmam o que os “bonsprofessores”, com quem tive a sorte deme cruzar, foram demonstrando: aspessoas são o factor diferenciador dasgrandes organizações.

Tem algum lema de vida? Qual?Adopto como um dos meus lemas de vidauma frase de Mahatma Gandhi – “Aalegria está na luta, na tentativa, nosofrimento envolvido. Não na vitóriapropriamente dita”.

em destaque“As pessoas são o factordiferenciador das grandesorganizações”

VANDA MARTINS Directora da EDP Sucursal de España/Projecto Sharedp

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Renewable Energy FairA primeira Feira de Energias Renováveis arealizar-se na Andaluzia, pretende informare sensibilizar sobre a necessidade de actuarperante as alterações climáticas.

Universidade EDP:Configuration WorkshopsWorkshops temáticos com interlocutoresresponsáveis pelas várias áreas daUniversidade EDP.

Concerto da BiodiversidadeConcerto de encerramento do AnoInternacional da Biodiversidade, organizadopela Faculdade de Ciência de Lisboa epatrocinado pela EDP. Local: Aula Magna, emLisboa.

Dia da InovaçãoO Grupo EDP vai apresentar, no Pavilhão dePortugal, a todos os stakeholders, osúltimos projectos de inovação da empresa.

University ChallengeA EDP lança a 4ª edição do projecto "EDPUniversity Challenge 10". O projectodestinado a alunos universitários é tambémlançado em Espanha, através da EDPRenováveis.

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Expo Energia 2010Energia Inteligente - Energia Eficiente é otema da Expo Energia 2010, que se realizano Centro Cultural de Belém, e que secentra na eficiência energética e na gestãointeligente da energia.

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Apresentação de Resultados3º TrimestreA EDP Renováveis apresenta, em Madrid, osresultados alcançados de Junho a Setembrodeste ano.

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Portugal e o Mar, a Nossa Aposta noSéculo XXIConferência que contará com a presença doPresidente da República, Aníbal Cavaco Silva.Jorge Cruz Morais, administrador da EDP,abordará o tema energia offshore.

Inauguração do gasodutoBergara-Irún O gasoduto Bergara-Irún constitui a segundafase do Euskadour, infra-estrutura queassegurará o abastecimento energético donorte de Espanha e do sudoeste francês.

Uma Cortina de FumoMármore e Vidro A dupla André Romão e Pedro NevesMarques transpõe a encenação e cenografiado oráculo para a teatralidade. Até 21 deNovembro, no Museu de Electricidade.

Exposição Helena Vieira da SilvaPromovida em parceria entre a FundaçãoGulbenkian, a Fundação ArpadSzenes/Vieira da Silva e o Instituto TomieOhtake, esta exposição visa promover acultura portuguesa no Brasil.

University ChallengeEntrega de prémios, em Madrid, aos alunosque apresentaram projectos mais criativosrelacionados com energias renováveis.

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