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Agrupamento
de Escolas Sá
Sá de Miranda
Educação Especial
Guia orientador de procedimentos
Módulo I
Aprovado no Conselho Pedagógico de 19 de maio de 2016
Módulo I Glossário ......................................................................................................................................................1
Nota introdutória .........................................................................................................................................2
1. Conceitos..............................................................................................................................................3
2. Da referenciação à elaboração do PEI .................................................................................................4
a) Referenciação ..................................................................................................................................4
b) Avaliação especializada ....................................................................................................................5
c) Programa Educativo Individual (PEI) ................................................................................................6
3. Cronograma das ações a desenvolver ao longo do ano ......................................................................7
a) Preparação do ano letivo (junho/julho ano letivo anterior) ............................................................7
b) Início do ano letivo ...........................................................................................................................7
c) Ao longo do ano ...............................................................................................................................8
d) Final do ano letivo ............................................................................................................................8
4. Dossier da criança/jovem com NEE .....................................................................................................8
5. Especificação das tarefas pelos intervenientes ...................................................................................9
a) Educador/Professor do 1.º CEB/Diretor de Turma* ........................................................................9
b) Educadores/Professores ..................................................................................................................9
c) Equipa da Educação Especial ...........................................................................................................9
d) Conselho Pedagógico .................................................................................................................... 10
e) Diretora ......................................................................................................................................... 10
6. Respostas educativas ........................................................................................................................ 11
a) Apoio pedagógico personalizado (APP) ........................................................................................ 11
b) Adequações curriculares individuais (ACI) .................................................................................... 12
c) Adequações no processo de matrícula ......................................................................................... 13
d) Adequações no processo de avaliação ......................................................................................... 13
e) Currículo específico individual (CEI) .............................................................................................. 14
f) Tecnologias de apoio .................................................................................................................... 14
7. Currículo Específico Individual (CEI) .................................................................................................. 15
a) Plano Individual de Transição (PIT) ............................................................................................... 15
Módulo II – Documentos-modelo e de referência ................................................................................... 16
1
Glossário
AESM – Agrupamento de Escolas Sá de Miranda
AD – Área Disciplinar
CEB – Ciclo do Ensino Básico
CEI – Currículo Específico Individual
CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade
CIF-CJ – Classificação Internacional de Funcionalidade para Crianças e Jovens
CP – Conselho Pedagógico
CRI – Centro de Recursos para a Inclusão
CT – Conselho de Turma
DT – Diretor de Turma
Ed.E – Educação Especial
EE – Encarregado(a) de Educação
ES – Ensino Secundário
ETG - Educador Titular de grupo (educação pré-escolar)
NEE – Necessidades Educativas Especiais
PEI – Programa Educativo Individual
PIA – Processo Individual do Aluno
PIT – Plano Individual de Transição
PTT - Professor Titular de Turma (1.º CEB)
2
Nota introdutória
“Promover uma política educativa de inclusão na escola e na sociedade, nomeadamente dos alunos com
necessidades educativas especiais” é um dos objetivos estratégicos estabelecidos no Projeto Educativo do
Agrupamento de Escolas Sá de Miranda (AESM). Para isso estabelece como objetivos: “diversificar estraté-
gias de apoio aos alunos com NEE de caráter permanente, adequando as respostas às necessidades espe-
cíficas de cada caso” e “valorizar e responsabilizar os docentes da turma na implementação de respostas
educativas diferenciadas adaptadas ao ritmo de aprendizagem dos alunos com NEE”.
Para a concretização destes intentos, interessa internamente nortear a ação educativa no sentido de ade-
quar as respostas educativas à diversidade de necessidades de todas as crianças e jovens facilitando-lhes a
aprendizagem e a participação. Nesse sentido, todos os procedimentos e decisões, no âmbito do trabalho
com os alunos com necessidades educativas especiais (NEE) de caráter permanente, têm de estar
alicerçados numa perspetiva colaborativa e de trabalho em equipa, implicando diretamente um conjunto
alargado de pessoas: educador/professor turma do 1.º ciclo/diretor de turma e conselho de turma dos 2.º
e 3.º ciclos do ensino básico e ensino secundário, equipa da direção, docentes da educação especial (Ed.E),
psicóloga, pais e encarregados de educação, técnicos de especialidade que acompanham a criança/jovem
(terapeutas da fala, ...).
É neste quadro que se inscreve este Guia. Pretende-se explicitar e orientar os docentes nos procedimentos
e ações a desenvolver para as crianças e jovens com NEE de caráter permanente, quer no processo da
referenciação, quer na avaliação e implementação das medidas educativas especiais previstas no Decreto-
Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro (com as alterações introduzidas pela Lei n.º 21/2008, de 12 de Maio), tendo
em vista o aperfeiçoamento da funcionalidade dos apoios educativos e da adequação das respostas
educativas a proporcionar a estas crianças e jovens.
O presente Guia encontra-se estruturado em dois módulos estruturantes. No primeiro, apresentam-se os
conceitos base associados à educação especial, caracterizam-se as fases de referenciação, de avaliação es-
pecializada e de construção dos programas educativos individuais das crianças e dos jovens, orienta-se
temporalmente as ações que são necessárias a desenvolver ao longo do ano letivo. O segundo módulo,
também disponível em formato editável, é constituído por um conjunto de documentos-modelo e de refe-
rência que servem de suporte a todos os procedimentos da Ed.E.
3
1. Conceitos
Educação Especial (Ed.E)
É uma área de conhecimento e um campo de atuação profissional que
colabora e atua na organização e implementação de uma educação
específica para atender exclusivamente a alunos com necessidades
educativas especiais de caráter permanente.
Princípios da Ed.E
Necessidades educativas
especiais
Criança ou jovem com problemas sensoriais, físicos e de saúde,
intelectuais e emocionais e, também, com dificuldades de
aprendizagem específicas (problemas no processamento de
informação) derivadas de fatores orgânicos ou ambientais.
Justiça, solidariedade social, não discriminação, combate à exclusão
social, igualdade de oportunidades no acesso e sucesso educativo,
participação dos pais e confidencialidade.
A inclusão educativa e social, o acesso e sucesso educativo, a autono-
mia, a estabilidade emocional, a promoção da igualdade de oportuni-
dades, a preparação para o prosseguimento de estudos ou a adequada
preparação para a vida profissional e a transição da escola para o em-
prego dos jovens com necessidades educativas especiais.
Abrangência dos serviços
da Ed.E
NEE de caráter permanente
Serviços da Ed.E
Aquele que apresenta limitações significativas ao nível da atividade e da
participação, num ou vários domínios da vida, decorrentes de alterações
funcionais e estruturais de caráter permanente.
São o conjunto de recursos que prestam serviços de apoio
especializado, do foro académico, terapêutico, psicológico e social
destinados a responder às necessidades especiais do aluno com base
nas suas caraterísticas e com o fim de maximizar o seu potencial.
Domínios das NEE de
caráter permanente
As limitações ou incapacidades ao nível das funções ou das estruturas
do corpo, resultantes de perda ou anomalia, congénita ou adquirida,
nos domínios da:
Audição;
Visão;
Cognitivo/mental;
Emocional;
Comunicação, linguagem e a fala;
Motor (neuromusculoesquelético);
Saúde física.
Propósitos da Ed.E
Os serviços da Ed.E destinam-se aos alunos com necessidades educativas
especiais de caráter permanente.
4
2. Da referenciação à elaboração do PEI
Para a identificação das crianças/jovens que apresentam NEE de caráter permanente, é necessário que o
educador/professor, para além do conhecimento das fases de desenvolvimento infantil, da informação
transmitida pelos encarregados de educação, eventualmente complementada por relatórios médicos ou
de técnicos de especialidade, e dos sinais de alerta Ed.E-01, Ed.E-15A,B,C e Ed.E-16A,B que vá identificando ao longo
do processo educativo, realize uma avaliação diagnóstica abrangente e fundamentada baseada na
observação da criança/jovem e na recolha de informação relevante.
a) Referenciação
Consiste na comunicação/formalização, o mais precocemente possível, de situações que indiciam a exis-
tência de NEE de caráter permanente.
Entrega de formulário de referenciação e anexos nos Serviços Administrativos
Identificada uma criança/jovem que demonstra
sinais de necessitar de apoio especializado
Possíveis documentos de suporte:
Relatórios médicos;
Relatórios psicológicos;
Relatórios pedagógicos;
Outros relatórios de especialidade;
Preocupações do professor sobre o de-sempenho escolar;
Evidencias que sustentem a referenciação;
Ações já implementadas pelo professor para melhorar a aprendizagem;
...
REFERENCIAÇÃO Ed.E-02
Concordância dos pais/EE Ed.E-03
Diretora
Solicita parecer à Equipa da Ed.E
Analisa a informação do processo
Encaminhamento da criança/jovem para a
avaliação especializada
A equipa multidisciplinar dispõe de 60 dias para elaborar o relatório técnico-pedagógico e, se
decidir pela elegibilidade para a Ed.E, elaborar o programa educativo individual.
Decide, fundamentadamente, não necessitar de avaliação especializada
São identificadas as medidas e apoios mais adequados à criança/jovem
se considerar:
Processo pode ser desencadeado por:
Professor(es);
Pais / encarregados de educação;
Serviços de intervenção precoce;
Técnicos de serviços sociais, de saúde,..
Despacho
Emite parecer fundamentado sobre o encaminha-mento para a avaliação especializada
Observação de sinais de
alerta Ed.E-01, 15 e 16
Nomeação da Equipa Multidisciplinar para a avaliação especializada
5
Avaliação com referência à CIF-CJ Ed.E-05
São identificadas as medidas e apoios mais adequados à
criança/jovem
Não elegível
Elaboração do Programa Educativo Individual (PEI)
Descrição do nível de funcionalidade:
Funções e estruturas do corpo
Atividade e participação
Fatores contextuais (ambientais e pessoais)
Resu ltados da aval iação especia l izada
Planificação da avaliação Ed.E-04
O que tem de se avaliar?
Quem vai avaliar?
Como se vai avaliar?
Que instrumentos vão ser utlizados?
Elegível
RELATÓRIO TÉCNICO-PEDAGÓGICO Ed.E-06
AVALIAÇÃO ESPECIALIZADA Ed.E-04
Equipa multidisciplinar constituída por: Docentes da AD da Ed.E
Psicóloga
Outros técnicos intervenientes: (CRI, serviços de saúde, família, ETG/PTT/DT)
Instrumentos de suporte à avaliação especializada: Relatórios existentes
Testes realizados
Checklist com referência à CIF Ed.E-05
Relatórios de técnicos de especialidade que acompanham a criança/jovem.
Outros relatórios especializados, que se solicitem
Tomada de decisão fundamentada sobre a elegibilidade para a Ed.E
Homologado pela Diretora
Analisa a informação disponível
b) Avaliação especializada
Proposta de medidas edu-cativas e de apoios especi-
alizados implementar
6
Elaborado conjuntamente por:
Educador/Professor do 1.º ciclo /DT
Docente da Ed.E
Encarregado de Educação
Outros, se necessário
Final do ano letivo:
Identificação do aluno
Resumo da história escolar e outros antecEd.Entes relevantes
Nível de participação do aluno nas atividades educativas da escola
Adequações no processo de aprendizagem - medidas educativas a implementar
Perfil de funcionalidade do aluno por referência à CIF-CJ (atividade e participação, funções e estruturas do corpo e fatores ambientais-facilitadores e barreiras)
Responsáveis pelas respostas educativas (identificação dos intervenientes)
Definição dos recursos humanos e materiais a utilizar
Discriminação dos conteúdos, dos objetivos gerais e específicos a atingir
Distribuição horária das diferentes atividades previstas
Aprovação, pelo Conselho Pedagógico
Autorizado pelo Enc. de Educação
Homologado pela Diretora
Avaliação das medidas educativas inscritas no PEI: Em cada momento de avaliação sumativa interna
Revisão do PEI Ed.E-08
No final de cada nível/ciclo de educação e ensino
Sempre que se revele necessário alterar as medidas educativas do PEI.
Informação a constar no PEI:
PROGRAMA EDUCATIVO INDIVIDUAL Ed.E-07
RELATÓRIO Ed.E-09
CIRCUNSTANCIADO Avaliação dos resultados obtidos pela criança/jovem
Explicitação da necessidade (ou não) de continuar a beneficiar
das adequações no processo de aprendizagem
c) Programa Educativo Individual (PEI)
Este documento descreve o perfil de funcionalidade por referência à CIF da criança/jovem com NEE, fixa as
respostas educativas promotoras da aprendizagem e da participação, determina as respetivas formas de
avaliação das medidas implementadas e fundamenta a alocação dos recursos necessários. É um documento
dinâmico uma vez que deve ser revisto e reformulado, sempre que necessário.
7
3. Cronograma das ações a desenvolver ao longo do ano
A concretização das ações será realizada ao longo do ano, de acordo com o calendário que a seguir se indica.
Podendo em situações específicas ter de haver reajustes, esta planificação permite orientar temporalmente
os diversos intervenientes nas ações a desenvolver no processo educativo das crianças e jovens com NEE.
a) Preparação do ano letivo (junho/julho ano letivo anterior)
Ações a desenvolver Responsáveis
Elaboração pela equipa da Ed.E, em conjunto com educadores/professo-res do 1.º CEB/DT e CT e pais/EE (antecedido de uma reavaliação especializada simplificada, realizada pela equipa da Ed.E):
o Revisão do PEIEd.E-08 das crianças/jovens que transitam de nível/ciclo.
o Se necessário, propostas de revisão dos PEI das crianças/jovens que es-tão em ano intermédio de ciclo.
Aprovação em Conselho Pedagógico: o Revisão dos PEI propostos por educadores/professores do 1.º CEB/DT o Documentos orientadores para o funcionamento da Ed.E no AESM. o Matrizes curriculares propostas pela AD da Ed.E para os alunos CEI, de
acordo com os diferentes níveis de funcionalidade.
Identificação (e caraterização sumária) das crianças/jovens com NEE que se matriculam pela primeira vez no AESM.
Distribuição de serviço docente para apoio a alunos NEE.
Educadores ou professores do 1.º CEB ou DT/CT, equipa da Ed.E e encarregado de educação
Conselho Pedagógico
Proposta da AD da Ed.E.
AD da Ed.E junto de outras escolas
Diretora / articulação com AD Ed.E
b) Início do ano letivo
Ações a desenvolver Responsáveis
Reunião com os educadores/professores do 1.º CEB dos grupos/turma com crianças com NEE.
Reunião com os Diretores de Turma das turmas com alunos com NEE, na Escola Sá de Miranda e Escola de Palmeira.
Sessão(ões) de esclarecimento/formação a docentes sobre Ed.E.
Reunião de conselhos de turma (2.º e 3.º CEB e ES): o Análise do “histórico” dos alunos com NEE o Reflexão sobre o PEI dos alunos – medidas educativas previstas o Metodologias e estratégias a implementar
o Adequação ao aluno das matrizes aprovadas para os alunos CEI Ed.E-12
Planificação das atividades de reforço e desenvolvimento de competên-
cias específicas, para os casos em que está previsto no PEI Ed.E-11.
Sessão de esclarecimento/formação aos AO’s das escolas sobre as carate-rísticas funcionais dos alunos com NEE e estratégias de atuação.
Receção aos pais/enc. de educação dos alunos CEI novos na Escola: o Conhecimento das instalações o Esclarecimento sobre os apoios e estratégias a desenvolver
Aprovação em CP de orientações para avaliação dos CEI (início de setembro)
Planificação e entrega ao DT das adequações curriculares individuais das
disciplinas Ed.E-10, nos casos previstos no PEI (até final de setembro).
Para os alunos com a medida CEI Ed.E-12, elaboração das planificações do
seu currículo Ed.E-13 (até final de setembro).
Elaboração dos PEI Ed.E-07 dos alunos que se matricularam pela primeira
vez no AESM (até às reuniões intercalares).
Elaboração dos PIT Ed.E-14 para os alunos CEI maiores de 15 anos e estabe-
lecimento de protocolos com entidades para implementação dos PIT.
AD da Ed.E/educadores/profes-sores do 1.º CEB
AD da Ed.E e Diretores de Turma
AD Ed.E e docentes
DT/CT/Professor da Ed.E. que acompanha a criança/jovem
Professores das disciplinas ou da Ed.E que acompanha o aluno
Professores da Ed.E e assistentes operacionais
Professores da Ed.E /DT/Pais e Encarregados de Educação
CP, por proposta da AD Ed.E
Professores das disciplinas
AD da Ed.E e docentes das discipli-nas da formação académica
Docentes da Ed.E /DT/pais e EE
Docentes da Ed.E
8
c) Ao longo do ano
Ações a desenvolver Responsáveis
Sempre que se revele imprescindível: o Reformulação/revisão dos PEI de crianças/jovens o Referenciação/avaliação especializada/elaboração de PEI de crianças
ou jovens a quem foram identificadas NEE de caráter permanente
No final de cada período letivo: o Monitorização dos PEI de cada criança/jovem – avaliação da adequação
das medidas educativas e das estratégias implementadas. o Avaliação dos alunos com a medida CEI, de acordo com os critérios
estabelecidos. o Avaliação das medidas educativas implementadas. o Análise dos resultados escolares alcançados pelos alunos com NEE.
CT em articulação com professor da Ed.E que acompanha a criança/ jovem
Conselho de Turma/docente Ed.E
Docentes da Ed.E do aluno
Professores/DT/CT Equipa avaliação interna
d) Final do ano letivo
Ações a desenvolver Responsáveis
Em conselho de turma: o Avaliação da adequação das medidas educativas implementadas ao
aluno. o Recolha de informação para elaboração do relatório circunstanciado. o Levantamento de sugestões a consagrar na revisão do PEI dos alunos
que vão iniciar novo nível/ciclo de educação e ensino. o Registo de recomendações para distribuição de serviço docente para
acompanhamento dos alunos NEE.
Aprovação dos relatórios circunstanciados em Conselho Pedagógico Ed.E-09.
Avaliação do PIT dos alunos CEI maiores de 15 anos.
CT e docente da Ed.E que acompa-nha a criança/jovem
Conselho Pedagógico
Docentes da Ed.E
4. Dossier da criança/jovem com NEE
Como parte integrante do Processo Individual (PIA) da criança/jovem com NEE, deve ser constituído um
dossier próprio com todas as matérias relativas à Ed.E, organizado por anos letivos, contendo:
Programa Educativo Individual ou revisão, com todos os seus anexos.
Relatório(s) circunstanciado(s).
Relatório técnico-pedagógico
Documentos que suportaram a(s) avaliação(ões) especializada(s): relatórios médicos ou de técnicos
especializados, testes realizados, checklist com referência à CIF-CJ, planificação da avaliação,…
Este dossier é organizado conjuntamente pelo DT/professor do 1.º CEB/ educador e professor da Ed.E que
acompanha a criança/jovem, devendo garantir-se que os documentos mais recentes e/ou imprescindíveis
para caraterização da sua problemática mais recente são os de mais fácil consulta.
9
5. Especificação das tarefas pelos intervenientes
As tarefas de cada um dos intervenientes foram já referidas nos pontos anteriores. Contudo, como meio
de sistematização elencam-se novamente, agora organizada por “grupos de interesse”.
a) Educador/Professor do 1.º CEB/Diretor de Turma*
* Em concertação com o Conselho de Turma
Sempre que se justifique, com base em informação documental recolhida (internamente Ed.E-01, 15 e 16
ou de relatórios externos de especialistas na área da saúde, psicologia ou outros), elaboração do
documento de referenciação Ed.E-02, quando há suspeita da existência de uma criança/jovem com NEE
de caráter permanente.
Interagir com a família (pais e encarregados de educação) da criança/jovem no sentido desta:
o Colaborar com o AESM na identificação precoce e na caraterização de situações de crian-
ças/jovens que indiciam necessitar de apoios no âmbito da Ed.E.
o Autorizar a realização da avaliação especializada Ed.E-03.
o Concordar com a implementação das medidas educativas constantes no PEI.
o Colaborar com os docentes e envolver-se ativamente na implementação das medidas educa-
tivas facilitadoras do desenvolvimento da criança/jovem.
Elaboração do PEI da criança/jovem Ed.E-07 com NEE de caráter permanente, em articulação com os
docentes da Ed.E.
Implementação ao longo do ano, avaliação em cada período e, se for o caso, revisão do PEI Ed.E-08, em
articulação com os docentes da Ed.E que acompanham a criança/jovem.
Monitorização e avaliação, no final do ano, do PEI em articulação com os docentes da Ed.E que
acompanham a criança/jovem, da criança/jovem e apreciação da adequação das medidas educativas
e estratégias implementadas – eventual revisão do PEI.
Elaboração do relatório circunstanciado Ed.E-09, em articulação com o docente da Ed.E.
Indicação de propostas de atuação a implementar no próximo ano para a criança/jovem NEE.
b) Educadores/Professores
Preenchimento de grelhas de avaliação informal Ed.E-01, 15 e 16, para auxílio na deteção de situações que
indiciem a necessidade de resposta no âmbito da Ed.E, depois de avaliada a ineficácia das estratégias
de diferenciação pedagógica, e, se for o caso, apresentação da referenciação Ed.E-02.
Planificação, se estiver previsto no PEI, e entrega ao DT das adequações curriculares individuais das
disciplinas Ed.E-10 ou das medidas de reforço e desenvolvimento de competências específicas Ed.E-11.
Elaboração, pelos professores que trabalharão diretamente com os alunos com a medida CEI, das
planificações das disciplinas ou Áreas Ed.E-13.
c) Equipa da Educação Especial
Sessões de formação/esclarecimento a docentes e assistentes operacionais sobre Ed.E.
Receção aos pais dos novos alunos com medida CEI.
Apoio, aos diversos intervenientes no processo educativo, na deteção de situações de alunos que
indiciem ter NEE de caráter permanente.
Realização da avaliação especializada às crianças/jovens referenciados:
10
o Elaboração da planificação da avaliação especializada Ed.E-04;
o Avaliação da criança/jovem tendo por referência a CIF-CJ Ed.E-05;
o Elaboração do relatório técnico-pedagógico Ed.E-06, onde está descrito o perfil de funcionalidade
e a decisão fundamentada de elegibilidade para a Ed.E.
o Propostas de medidas educativas a implementar e de apoios especializados.
Reavaliação simplificada das crianças/jovens com NEE, em mudança de nível/ciclo ou quando se con-
sidere necessário.
Elaboração do PEI Ed.E-07/revisão do PEI Ed.E-08, em articulação com os docentes que acompanham a
criança/jovem.
Elaboração dos relatórios circunstanciados Ed.E-09, em articulação com o Educador/Professor do 1.º
CEB/DT.
Planificação, e entrega ao educador/professor do 1.º CEB/DT das medidas de reforço e
desenvolvimento de competências específicas Ed.E-11.
Elaboração das propostas de currículo dos alunos com medida CEI Ed.E-12.
Elaboração, em conjunto com os restantes técnicos especializados que trabalham com o aluno, dos
PIT Ed.E-14 dos alunos maiores de 15 anos que têm a medida CEI.
Colaboração na identificação de empresas e instituições onde os alunos podem realizar experiências
de formação/estágios, tendo em vista a celebração de protocolos.
d) Conselho Pedagógico
Aprovação dos documentos orientadores para a Ed.E.
Aprovação das orientações para avaliação dos alunos com medida CEI.
Aprovação das matrizes curriculares e das orientações para a avaliação dos alunos com a medida CEI.
Aprovação dos PEI de crianças/jovens com NEE de caráter permanente.
Aprovação das revisões dos PEI.
Aprovação dos relatórios circunstanciados.
No fim do ano, análise dos resultados alcançados pelas crianças/jovens com NEE de caráter perma-
nente.
e) Diretora
Afetação de recursos humanos e físicos para implementação de medidas propostas no âmbito da
Ed.E e da implementação dos PEI.
Análise dos processos de referenciação recebidos e encaminhamento para a avaliação especializada,
se for o caso, constituindo a equipa multidisciplinar.
Homologação dos relatórios técnicos-pedagógicos.
Homologação dos PEI e das revisões de PEI.
Distribuição criteriosa do serviço letivo para acompanhamento das crianças/jovens com NEE de ca-
ráter permanente, nomeadamente com CEI, tendo em consideração o perfil funcional de cada um.
Estabelecimento de protocolos com empresas e instituições para as experiências de formação ou
estágios profissionais previstos nos PIT dos alunos com NEE maiores de 15 anos.
Elaboração de documentos de registo de assiduidade e de registo das atividades desenvolvidas para
os técnicos externos que colaboram diretamente com o AESM (terapeutas e psicólogas do CRI,…).
11
6. Respostas educativas
As adequações no âmbito da Ed.E integram medidas educativas que visam promover a aprendizagem e a
participação social e à vida autónoma das crianças e jovens com NEE. Para isso a abordagem assenta na
diferenciação pedagógica e na flexibilização do currículo, ao nível de:
Áreas curriculares e disciplinas;
Objetivos e competências;
Conteúdos;
Metodologias;
Modalidades de avaliação;
Elementos de acesso ao currículo:
o Organização do espaço e tempo;
o Recursos humanos, materiais e financeiros.
As medidas educativas previstas constam no ponto 2 do artigo 16.º do DL 3/2008. Essas medidas educativas
explicitam-se a seguir com a identificação de algumas sugestões de operacionalização.
a) Apoio pedagógico personalizado (APP)
Esta medida é assegurada, por norma, pelos docentes do grupo/turma. Contudo, pode intervir o docente
da Ed.E quando houver necessidade de realizar atividades que se destinem ao reforço e o desenvolvimento
de competências específicas, nomeadamente, as que se desenvolvem no âmbito da aprendizagem do
Braille, orientação e mobilidade, treino da visão, leitura e escrita para alunos surdos, comunicação
aumentativa e alternativa, desenvolvimento de competências de autonomia pessoal e social (atividades de
cariz funcional, aprendizagens da vida real…). Operacionaliza-se através de:
Reforço das estratégias utilizadas no grupo ou turma aos níveis da organização, do espaço e das
atividades. Sugestões / hipóteses para operacionalizar, ao nível:
Da organização:
O aluno deve ser integrado numa turma reduzida para que lhe seja efetivamente proporcionado
um apoio pedagógico personalizado, condição para alcançar o sucesso escolar desejado.
Do espaço:
Na sala de aula o aluno deve ocupar um lugar que lhe permita boa audição e visualização do qua-
dro facilitador da atenção/concentração (exemplos: primeira fila e/ou próximo do professor e/ou
longe da janela).
Ao nível das atividades - Pedagogia diferenciada na sala de aula:
Elaboração de materiais específicos que ajudem a superar as suas dificuldades;
Adequação das atividades ao ritmo/estilo de aprendizagem;
Organização de diferentes modalidades de trabalho (individual, pequeno grupo, pares);
Maior frequência das interações verbais;
Valorização do espírito de iniciativa;
Valorização da participação empenhada na realização das tarefas propostas nas aulas;
Valorização do incentivo ao trabalho de casa;
Reforço positivo;
Esclarecimento de dúvidas;
Acompanhamento/apoio individualizado na realização de testes;
Estabelecimento dos critérios e objetivos dos trabalhos, verificando se o aluno compreendeu e se
não existem dúvidas.
12
Estímulo e reforço das competências e aptidões envolvidas na aprendizagem. Sugestões / hipóteses para operacionalizar:
Tempo de apoio educativo individualizado ou em pequenos grupos;
Realização de atividades extra-aula;
Realização de atividades de escrita variada;
Controle da organização do caderno diário;
Realização de exercícios de estimulação da atenção/ concentração e da memória.
Antecipação e reforço da aprendizagem de conteúdos lecionados no seio do grupo ou da turma. Este item pode ser trabalhado:
Aulas de Estudo Acompanhado/ Apoio ao Estudo, incidindo nas disciplinas em que o aluno revele
maiores dificuldades;
Aulas de apoio individualizado ou em pequenos grupos.
Reforço e desenvolvimento de competências específicas (pode ser assegurado pelos docentes ti-
tulares/de disciplina ou pelo docentes da Ed.E, de acordo com a gravidade da situação e a
especificidade das competências a desenvolver). Ed.E-11
Sugestões / hipóteses de competências específicas a desenvolver:
Promoção cognitiva;
Desenvolvimento psicomotor (ex.: lateralidade, organização temporal e espacial,…);
Motricidade (global e fina);
Leitura e escrita;
Linguagem / comunicação (ex.: sistema alternativo/ aumentativo de comunicação,…);
Socialização e interação pessoal (ex.: competências de relação interpessoal, identificação e gestão
das emoções);
Independência pessoal / autonomia (alimentação, higiene, vestuário, vida diária);
Métodos de estudo (ex: gestão do tempo de estudo, estruturação e memorização dos conteúdos).
Atenção / concentração.
b) Adequações curriculares individuais (ACI)
São adequações de âmbito curricular que não põem em causa o currículo comum (ensino básico e secun-
dário) ou as orientações curriculares (educação pré-escolar). Deve ter-se sempre em conta a aquisição das
competências terminais de final de ciclo (ensino básico) ou das competências das disciplinas (ensino secun-
dário). Para isso, é necessário selecionar estratégias/ atividades diversificadas, selecionar material pedagó-
gico adequado e diferenciar tempos de aprendizagem Ed.E-10. Os docentes da Ed.E colaboram com os
docentes da criança/jovem na definição dos conteúdos e competências específicas e na adequação do
currículo (extensão e profundidade). Esta medida operacionaliza-se através de:
Introdução de objetivos e conteúdos intermédios em função das competências terminais de ciclo Este item pode ser aplicado de duas formas:
Introdução de conteúdos e objetivos de anos anteriores que sirvam como pré-requisitos para os
conteúdos/objetivos atuais, e que ainda não tenham sido adquiridos;
Subdividir um objetivo ou conteúdo, de modo a fasear a aprendizagem.
Introdução de áreas curriculares específicas que não façam parte da estrutura curricular comum
Introdução de áreas curriculares específicas que não façam parte da estrutura curricular comum,
nomeadamente leitura e escrita em Braille, orientação e mobilidade; treino de visão e a atividade
motora adaptada, entre outras.
A adequação do currículo dos alunos surdos com ensino bilingue
Introdução de áreas curriculares específicas para a 1.ª língua (L1), segunda (L2) e terceira (L3):
- A língua gestual portuguesa (L1), do pré-escolar ao ensino secundário;
13
- O português segunda língua (L2) do pré-escolar ao ensino secundário;
- A introdução de uma língua estrangeira escrita (L3) do 3.º ciclo ou ensino secundário.
Dispensa das atividades que se revelem de difícil execução em função da incapacidade do aluno
(se o recurso a tecnologias de apoio não for suficiente para colmatar as necessidades educativas).
c) Adequações no processo de matrícula
As crianças e jovens com NEE podem ter condições especiais de matrícula, nomeadamente:
Adiamento da matrícula no 1.º ano de escolaridade obrigatória, por um ano, não renovável e
desde que autorizado superiormente;
Matrícula por disciplinas, desde que assegurada a sequencialidade do regime educativo comum,
nos 2.º e 3.º ciclos e no ensino secundário;
Para os alunos surdos, cegos ou com baixa visão, com perturbações do espectro do autismo e com
multideficiência: matrícula em escolas com unidades especializadas de referência, independente-
mente da sua área de residência.
d) Adequações no processo de avaliação
Podem ser feitas adequações de no processo de avaliação ao nível:
Alteração do tipo de prova Sugestões / hipóteses para operacionalizar:
Realização de fichas/testes diferenciados, adequados ao nível de competências do aluno;
Redução do número de questões ou simplificação da terminologia ou conceitos;
Alterações na tipologia das questões: incidência em questões de resposta curta e/ou de escolha
múltipla e/ou exercícios de correspondência e/ou exercícios de preenchimento de lacunas;
As questões formuladas sejam de estrutura familiar ao aluno, por terem sido anteriormente tra-
balhadas nas aulas e utilizadas nas fichas formativas.
Alteração dos instrumentos de avaliação e certificação Sugestões / hipóteses para operacionalizar:
Modificação da graduação de avaliação ou avaliação segundo outros parâmetros.
Maior peso da avaliação prática em detrimento da avaliação escrita (ex.: o aluno pode não realizar
fichas/ testes escritos).
Maior peso da avaliação formativa, realçando as aquisições efetuadas (ex.: valorização das com-
petências que o aluno vai adquirindo);
Se for portador de perturbação específica da linguagem (dislexia, disortografia, disgrafia), não pe-
nalização dos erros ortográficos, de construção frásica e sintática, de pontuação;
Se for portador de perturbação específica da linguagem (discalculia), não penalização dos erros
de procedimentos matemáticos (troca de sinais, algarismos…);
Privilegiar a evolução do seu comportamento adaptativo escolar.
Alteração à forma e meio de comunicação Sugestões / hipóteses para operacionalizar:
Valorização da oralidade;
Ênfase a atividades de desenvolvimento da linguagem oral e escrita;
Oportunidade da criança/jovem ler previamente o teste/ficha;
Simplificação das orientações escritas, reduzindo as palavras e numerando os passos da tarefa;
Supervisionamento pelo professor da compreensão das questões por parte do aluno;
Utilização do reforço positivo e estímulo para a realização de trabalho autónomo.
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Alteração à periodicidade, duração e local das provas Sugestões / hipóteses para operacionalizar:
Maior periodicidade na recolha de elementos de avaliação;
Permitir que realize as fichas/testes num grupo reduzido ou noutro local (sala de apoio);
Permitir que realize as fichas/testes por um período mais longo de tempo;
Permitir que repita a realização da mesma ficha, dando a oportunidade de melhorar os resultados;
Permitir mais tempo para a conclusão das tarefas.
e) Currículo específico individual (CEI)
Substitui as competências definidas para cada nível de educação e de ensino. Assenta numa perspetiva
curricular funcional que assegura e facilita o desenvolvimento de competências pessoais, sociais e de auto-
nomia tendo em vista a participação do aluno dos diferentes contextos da vida. O currículo funcional pres-
supõe:
Alterações significativas no currículo comum de acordo com a funcionalidade do aluno e que se
podem traduzir em:
Priorização de áreas curriculares em detrimento de outras;
Priorização de determinados conteúdos curriculares em detrimento de outros;
Eliminação ou introdução de objetivos e conteúdos;
Eliminação de áreas curriculares.
A inclusão de conteúdos conducentes à autonomia pessoal e social do aluno.
Dar prioridade ao desenvolvimento de atividades de cariz funcional centradas nos contextos de
vida à comunicação e à organização do processo de transição para a vida pós-escolar.
Na elaboração do CEI do aluno Ed.E-12, pelos docentes da Ed.E e do CT, deve ter-se em conta:
A idade cronológica e os interesses do aluno;
A dimensão funcional (atividades úteis para a vida presente e futura do aluno);
O critério para a seleção e desenvolvimento de competências deve ter como referencial a sua
aplicabilidade e utilidade nos diferentes contextos da vida do aluno;
A aprendizagem de competências deve tento quanto possível realizar-se em contextos reais (para
ter significado).
f) Tecnologias de apoio
Disponibilização de dispositivos facilitadores (adaptados ou não) que se destinam a melhorar a funcionali-
dade e a reduzir a incapacidade, nomeadamente:
Manuais/livros materiais impressos;
Cadeira de rodas;
Software didático;
Equipamento informático/máquina de escrever;
Aparelho auditivo/óculos/lupa;
Sistema alternativo e aumentativo de comunicação.
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7. Currículo Específico Individual (CEI)
O nível de funcionalidade determina o tipo de modificações a realizar no currículo dos alunos com a medida
CEI. A matriz curricular é distinta, no todo ou em parte, da dos alunos com currículo comum Ed.E-12:
Para os alunos com menos de 15 anos é da responsabilidade do AESM, proposta pelos professores
que acompanham o aluno e aprovada em conselho pedagógico.
Para os alunos com 15 ou mais anos de idade a matriz curricular é estabelecida de acordo com o
definido na matriz orientadora constante na portaria n.º 201-C/2015, de 10 de julho. Incluem dis-
ciplinas da formação académica e as atividades de promoção da capacitação.
A avaliação dos alunos com currículos específicos individuais não está abrangida pelo regime de avaliação
do currículo comum e pelas normas de transição/retenção. Obedece a critérios específicos estabelecidos
no PEI, de acordo com as orientações definidas em conselho pedagógico. Deve ser feita de forma contínua
e sistematizada, atendendo aos seguintes fatores:
Assiduidade e pontualidade;
Envolvência no decurso das atividades;
Relacionamento interpessoal;
Desenvolvimento cognitivo, afetivo e psi-
comotor;
Curiosidade e gosto pelo trabalho e estudo;
Criatividade e trabalhos realizados;
Processo dinâmico de capacitação para in-
serção comunitária.
A avaliação expressa-se pela atribuição de uma menção qualitativa de Muito bom, Bom, Suficiente e Insufi-
ciente, acompanhada de uma apreciação descritiva sobre a evolução do aluno.
a) Plano Individual de Transição (PIT)
O Plano Individual de Transição (PIT) Ed.E-14 é um documento integrante do PEI para os alunos com 15 ou
mais anos de idade com a medida CEI, que se destina a promover a transição para a vida pós-escolar e,
sempre que possível, para o exercício de uma atividade profissional com adequada inserção social, familiar
ou numa instituição de carater ocupacional. É elaborado pela equipa responsável pelo PEI, pelo aluno e por
outros profissionais dos serviços da comunidade. A sua implementação pode ter o contributo dos CRI, dos
serviços existentes na comunidade e da escola.
O PIT, porque projeta um conjunto de atividades de natureza social, pré-profissional, profissional ou ocu-
pacional, alarga o campo educacional do aluno devendo focalizar-se na identificação de atividades ocupa-
cionais adequadas aos interesses e capacidades do aluno. Para isso, pode/deve incluir treino laboral no
local de trabalho, esquemas de emprego apoiado, atividades de vida autónoma e de participação na comu-
nidade. Após o levantamento das necessidades e das oportunidades de formação, deve assegurar-se a re-
alização de experiências laborais em empresas ou instituições.
O PIT tem de conter:
Identificação do aluno;
Identificação da área;
Identificação do local e/ou instituição onde
o plano será desenvolvido;
Discriminação das competências/objetivos
a desenvolver;
Distribuição horária das atividades previs-
tas.
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Módulo II – Documentos-modelo e de referência
Ed.E – 01 – Ficha diagnóstica / sinais de alerta
Ed.E – 02 – Referenciação
Ed.E – 03 – Autorização dos pais/EE para a avaliação especializada
Ed.E – 04 – Planificação da avaliação especializada
Ed.E – 05 – Checklist com referência à CIF-CJ
Ed.E – 06 – Relatório técnico-pedagógico
Ed.E – 07 – Programa educativo individual (PEI)
Ed.E – 08 – Revisão do programa educativo individual (PEI)
Ed.E – 09 – Relatório circunstanciado
Ed.E – 10 – Planificação das adequações curriculares individuais
Ed.E – 11 – Planificação das atividades de reforço de desenvolvimento de competências específicas
Ed.E – 12 – Planificação do CEI do aluno
Ed.E – 13 – Planificação das disciplinas / áreas do currículo educativo do aluno CEI
Ed.E – 14 – Plano individual de transição (PIT)
Ed.E – 15-A – Ficha diagnóstica para a educação pré-escolar – 3 anos
Ed.E – 15-B – Ficha diagnóstica para a educação pré-escolar – 4 anos
Ed.E – 15-C – Ficha diagnóstica para a educação pré-escolar – 5 anos
Ed.E – 16-A – Ficha diagnóstica para o 1.º ciclo - Escrita
Ed.E – 16-B – Ficha diagnóstica para o 1.º ciclo - Leitura