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 Edulcorantes (Adoçantes dietéticos) Os edulcorantes (ou adoçantes dietéticos) são substâncias capazes de substituir o açúcar de mesa, ou seja , adoçar determinado alimento sem provocar no organismo ef ei tos indesejáveis como obesidade, cárie dental e elevação da taxa de glicose no sangue daqueles que são diabéticos (glicemia).Os adoçantes se popularizaram nos Estados Unidos na década de 60, e eram na altura classificados como produtos farmacéuticos e só poderiam ser comercializados sob orientação médica. Inclusive, eram encarados pela população como para uso exlusivo de diabéticos. Com o tempo, ainda no final da década de 80, com as mudanças na legislação, houve uma reformulação na classificação dos adoçantes e estes passaram a ser comercializados nas prateleiras dos supermercados, onde toda população tem acesso. Então o que antes era visto como produto de diabético passou a fazer parte da alimentação de vários tipos de pessoas. Classificação dos Edulcorantes Os adoçantes dietéticos podem ser divididos em dois grupos distintos: Não nutritivos (sacarina, ciclamato, ac es su lf ame-k, su cr alose, esteviosídeo) - fornecem doçura acentuada, não contêm calorias e são utilizados em quantidades muitos pequenas; Nutritivos (frutose, sorbitol, aspartame) - fornecem energia e textura aos alimentos, geralmente contêm valor calórico semelhante ao açúcar e são utilizados em quantidades maiores em relação aos não nutritivos. Os edulcorantes tambem podem ser classificados quanto a sua origem em: edulcorantes artificiais (produzidos sinteticamente) e naturais (encontrados na natureza). Os adoçantes artificiais ou sintéticos como a sacarina sódica, ciclamatos, etc., não apresentam valores calóricos, e os naturais como a frutose, o sorbitol etc, possuem menos calorias que a glicose presente na sacarose. Estudos indicam que os adoçantes artificiais são, em muitos casos, nocivos à saúde mesmo em concentrações preconizadas por órgãos de saúde. Em excesso, os adoçantes podem agir como substâncias tóxicas no corpo. Além disso, os produtos adoçados artificialmente contêm conservantes, corantes e outros adictivos que podem gerar alergias alimentares e até obesidade, pois quem está com o organismo sobrecarregado de toxinas tem mais facilidade para acumular gordura. Pesquisas também mostram que os adoçantes 1

Edulcorantes

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Edulcorantes (Adoçantes dietéticos)

Os edulcorantes (ou adoçantes dietéticos) são substâncias capazes de substituir o açúcar de

mesa, ou seja, adoçar determinado alimento sem provocar no organismo efeitos

indesejáveis como obesidade, cárie dental e elevação da taxa de glicose no sangue daquelesque são diabéticos (glicemia).Os adoçantes se popularizaram nos Estados Unidos na década

de 60, e eram na altura classificados como produtos farmacéuticos e só poderiam ser

comercializados sob orientação médica. Inclusive, eram encarados pela população como

para uso exlusivo de diabéticos. Com o tempo, ainda no final da década de 80, com as

mudanças na legislação, houve uma reformulação na classificação dos adoçantes e estes

passaram a ser comercializados nas prateleiras dos supermercados, onde toda população

tem acesso. Então o que antes era visto como produto de diabético passou a fazer parte da

alimentação de vários tipos de pessoas.

Classificação dos Edulcorantes

Os adoçantes dietéticos podem ser divididos em dois grupos distintos:

• Não nutritivos (sacarina, ciclamato, acessulfame-k, sucralose,

esteviosídeo) - fornecem doçura acentuada, não contêm calorias e são utilizados

em quantidades muitos pequenas;

• Nutritivos (frutose, sorbitol, aspartame) - fornecem energia e textura aos

alimentos, geralmente contêm valor calórico semelhante ao açúcar e são utilizados

em quantidades maiores em relação aos não nutritivos.

Os edulcorantes tambem podem ser classificados quanto a sua origem em: edulcorantes

artificiais (produzidos sinteticamente) e naturais (encontrados na natureza).

Os adoçantes artificiais ou sintéticos como a sacarina sódica, ciclamatos, etc., nãoapresentam valores calóricos, e os naturais como a frutose, o sorbitol etc, possuem menoscalorias que a glicose presente na sacarose.

Estudos indicam que os adoçantes artificiais são, em muitos casos, nocivos à saúde mesmoem concentrações preconizadas por órgãos de saúde. Em excesso, os adoçantes podem agircomo substâncias tóxicas no corpo. Além disso, os produtos adoçados artificialmentecontêm conservantes, corantes e outros adictivos que podem gerar alergias alimentares eaté obesidade, pois quem está com o organismo sobrecarregado de toxinas tem maisfacilidade para acumular gordura. Pesquisas também mostram que os adoçantes

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atrapalham o corpo a identificar a sensação de saciedade, ou seja, a pessoa, mesmo dedieta, acaba comendo mais.

Conhecendo as propriedades dos adoçantes dietéticos, é possível ter mais facilidade

em escolher o que apresenta mais vantagens. No entanto, temos que ter em mente que o

mais importante é a utilização consciente do produto, não como um agente isolado em

busca de um resultado milagroso e sim, como integrante de uma alimentação balanceada

que contribua para a saúde.

Adoçantes Calólicos (Nutritivos)

Sacarose

A sacarose (C12H22O11), também conhecida como açúcar de mesa ou açúcar comercial

comum, é um tipo de glícido formado pela união de uma molécula de glicose e uma defrutose, quando a planta realiza a fotossíntese. Encontra-se em abundância na cana-de-açucar, frutas e beterraba.

É normalmente encontrado no estado sólido e cristalino. É usado para alterar (adoçar) o

gosto de bebidas e alimentos. É produzido comercialmente a partir de cana-de-açúcar ou de

beterraba.

Frutose

• É um adoçante natural e encontrado nas frutas e no mel;

• Contém 4 kcal por grama;

• Causa cárie;

• Inicialmente seu metabolismo não depende da insulina. Estudos recentes

comprovam que a frutose, quando ingerida junto das refeições não altera a glicemia;

• Poder adoçante é 170 vezes maior que a sacarose (açúcar de mesa);

• Seu alto poder adoçante torna a frutose um adoçante pouco calórico, uma vez que

são necessárias dosagens pequenas para atingirmos um sabor adocicado;

• Quando submetida ao calor a frutose derrete, porém mantém o seu sabor;

• Sabor é semelhante ao açúcar;

• Apresentação em pó;

• Uso industrial: gelatinas, pudins, geléias;

• Consumo máx/dia: Não há limite.

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Observações:

Estudos recentes mostram que a frutose ingerida juntamente com as refeições não altera a

glicemia. Pode ser consumida com moderação por diabéticos. O consumo excessivo pode

causar aumento de triglicéridos.

Xylitol, Sorbitol e Manitol

São álcoois de açúcar obtidos pela redução da glicose (sorbitol) e frutose (manitol).

Xylitol

• É obtido pela hidrogenação da xilose;

Contêm 4 kcal por grama;• Não causa cárie e por isso é largamento utilizados na produção de goma de mascar

(pastilha);

Sorbitol

• Origem natural;

• Encontrado em frutas e algas marinhas;

• Poder adoçante: metade do poder do açúcar (0,5 a 0,7);

• Valor Calórico: 4 kilocal/g;

• Sabor levemente refrescante;

• Favorece a formação de cáries;

• Estável em altas temperaturas;

• Apresentação: líquido, sempre associado a outros edulcorantes;

• Uso industrial: bebidas, biscoitos, gomas de mascar, balas, chocolates.

Observações:

Doses acima de 10-70 mg produzem efeito diurético e laxante. Podem ser consumidos pordiabéticos.

Manitol

• Origem natural.

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• Encontrado em frutas e algas marinhas;

• Poder adoçante: metade do poder do açúcar (0,45);

• Valor Calórico: 2,4 kilocal/g;

• Sabor levemente refrescante;

• Não favorece a formação de cárie;

• Estável em altas temperaturas;

• Apresentação: somente para uso industrial, geralmente associado ao sorbitol;

• Uso industrial: bebidas, biscoitos, gomas de mascar, balas, chocolates;

• Consumo máx/dia: 50 a 150 mg/kg de peso.

Observações:

Consumo em excesso tem efeito laxante.

Adoçantes Não Calóricos (Não Nutritivos)

Acessulfame-K

• Origem artificial;

• Descoberto em 1967 e aprovado pela FDA em 1988;

• É um sal de potássio;

• Poder adoçante: 180 - 200 vezes maior que o açúcar;

• Não fornece calorias;

• Doçura de rápida percepção, sem sabor residual;

• Não favorece a formação de cáries;

• Estável em altas temperaturas;

• Apresentação: em pó ou líquido, geralmente associado a outros edulcorantes;

• Uso industrial: bebidas, chocolates, geléias, produtos lácteos, gomas de mascar

panificação;

• Consumo máx/dia: 9,0 mg/Kg de peso;

Observações:

Não é metabolizado pelo organismo, sendo eliminado tal como foi absorvido. Pessoas com

restrição severa de potássio devem observar a quantidade consumida de acessulfame-k.

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Aspartame

• Origem artificial;

• Descoberto em 1965;

• Produzido a partir dos aminoácidos fenilalanina e ácido aspártico;

• Poder adoçante: 180 - 220 vezes maior que o açúcar;

• Valor Calórico: 4 kilocal/g;

• Sabor semelhante ao açúcar;

• Não favorece a formação de cárie;

• Instável em altas temperaturas;

• Deve ser acrescido às preparações depois de retiradas do fogo;

• Apresentação: em pó branco ou líquido branco, associado ou não a outros

edulcorantes;

• Uso industrial: Bebidas, sorvetes, produtos lácteos, biscoitos, pudins, gelatinas,

balas;

• Consumo máx/dia: 40 mg/kg de peso;

Observações:

Não é indicado para portadores de fenilcetonúria (incapacidade do organismo de

metabolizar a fenilalanina), geralmente diagnósticada ao nascimento. Por prevenção,recomenda-se que gestantes não devem consumir aspartame de forma alguma, já que a

substância pode atrapalhar o desenvolvimento cognitivo dos bebês . O aspartame nunca

pode ser aquecido acima dos 30 graus, pois, a partir dessa temperatura, se converte em

ácido fórmico, mesma susbtância usada para matar formigas e tóxica ao nosso organismo.

Ciclamato

• Origem articifial;

• Descoberto em 1940;

• Produzido a partir de um derivado do petróleo;

• Poder adoçante: 30 - 50 vezes maior que o açúcar;

• Não fornece calorias;

• Sabor residual amargo;

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• Não favorece a formação de cárie;

• Estável em altas temperaturas;

• Apresentação: Em pó ou líquido, sempre associado à sacarina ou outros

edulcorantes;

• Uso industrial: bebidas, produtos lácteos, pudins, gelatinas;

• Consumo máx/dia: 11 mg/kg de peso;

Observações:

É um dos mais baratos no mercado. Pessoas com hipertensão e insuficiência renal devem

consumilo com restrição, devido ao sódio na composição.

Sacarina

• Origem Artificial;

• Descoberto em 1870 e utilizado desde 1900;

• Produzido a partir de um derivado do petróleo;

• Poder adoçante: 200 - 700 vezes maior que o açúcar;

• Não fornece calorias;

• Sabor residual amargo metálico;

• Não favorece a formação de cárie;

Estável em altas temperaturas;• Apresentação: em pó ou líquido, sempre associado ao ciclamato ou outros

edulcorantes;

• Uso industrial: bebidas, produtos lácteos, pudins, gelatinas;

• Consumo máx/dia: 5,0 mg/kg;

Observações:

Pessoas com hipertensão e insuficiência renal devem consumilo com restrição, devido ao

sódio na composição.

Stévia

• Origem natural;

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• Extraído da Stevia rebaudiana, planta originária da fronteira do Brasil e Paraguai; Em

1887, já havia relatos de seu uso pelos nativos, mas foi industrializado a partir de

1970, no Japão;

• Poder adoçante: 300 vezes maior que o açúcar;

• Não fornece calorias;

• Leve sabor residual;

• Não favorece a formação de cárie;

• Estável em altas temperaturas;

• Apresentação: em pó ou líquido, geralmente associado a outros edulcorantes;

• Uso industrial: achocolatados;

• Consumo máx/dia: 5,5 mg/kg.

Observações:

Em 1995, o FDA liberou a importação da stévia como suplemento alimentar.

Sucralose

• Origem articifial;

• Resultado da troca de 3 átomos de cloro por 3 grupos de hidrogênio-oxigênio

namolécula de sacarose;

Desenvolvida em 1976 e aprovada pelo FDA em 1998;• Poder adoçante: 600 vezes maior que o açúcar;

• Não fornece calorias;

• Doçura de rápida percepção, sem sabor residual;

• Não favorece a formação de cáries;

• Estável em altas temperaturas;

• Apresentação: em pó ou líquido, associado ou não a outros edulcorantes;

• Uso industrial: bebidas, produtos lácteos, pudins, gelatinas, gomas de mascar,

misturas para bolos, geléias, coberturas;• Consumo máx/dia: 5,0 mg/kg.

Observações:

Não é metabolizado, sendo eliminado tal como ingerida. Pode ser consumido por diabéticos.

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