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Eletricidade Básica SENAI CIMATEC Salvador, Bahia

Eletricicade Basica - 2010 - Revisada II

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Apresentao_05

SENAI CIMATECLeitura e Interpretao de Desenho Mecnico

Eletricidade Bsica

SENAI CIMATEC

Salvador, Bahia

Copyright (2008 por SENAI DR BA. Todos os direitos reservados

rea Tecnolgica de AutomaoElaborao Paulo de Tarso do NascimentoReviso Luiz Argeu de Oliveira CostaReviso Greta MoreiraNormalizao

Catalogao na fonte (NIT Ncleo de Informao Tecnolgica)

______________________________________________________

SENAI- DR BA. Eletricidade: Salvador, 2008. 60 p. il..

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SENAI CIMATEC

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Salvador Bahia Brasil

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Tel. (71) 3462-9500

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APRESENTAO

Com o objetivo de apoiar e proporcionar a melhoria contnua do padro de qualidade e produtividade da indstria, o SENAI BA desenvolve programas de educao profissional e superior, alm de prestar servios tcnicos e tecnolgicos. Essas atividades, com contedos tecnolgicos, so direcionadas para indstrias nos diversos segmentos, atravs de programas de educao profissional, consultorias e informao tecnolgica, para profissionais da rea industrial ou para pessoas que desejam profissionalizar-se visando inserir-se no mercado de trabalho.

Este material didtico foi preparado para funcionar como instrumento de consulta. Possui informaes que so aplicveis de forma prtica no dia-a-dia do profissional, e apresenta uma linguagem simples e de fcil assimilao. um meio que possibilita, de forma eficiente, o aperfeioamento do aluno atravs do estudo do contedo apresentado no mdulo.

NDICE 81.Gerao

91.1 Subestaes elevadoras

91.2 Transmisso

91.3 Distribuio

101.4 Subestaes Abaixadoras

101.5 Fornecimentos em Tenso Primria

101.6 Fornecimentos em Baixa Tenso

122.Natureza da Eletricidade

122.1 Estruturas do tomo

132.2 tomo

142.3 Condutores e Isolantes

152.4 Cargas Eltricas

152.5 Energia

152.6 Energias Potenciais

163.Formas de produo de eletricidade

163.1 Atrito

163.2 Eletroqumica

173.4 Piezeletricidade

173.5 Termoeletricidade

173.6 Fotos eletricidade

183.7 Indues eltricas

194.Grandezas eltricas fundamentais

194.1 Tenses Eltricas

204.2 Fontes

214.3. Corrente Eltrica

214.4. Resistncia Eltrica

235.Resistividade eltrica

245.1 Fatores que Determinam a Resistncia

245.1.1 Tipo de Material

245.1.2 Comprimento do condutor

255.1.3 rea da seo reta (Bitola)

255.1.4 Temperatura

266.Lei de Ohm

276.1 Potncias Eltricas

276.2 Exemplos

287.Associao de resistores

287.1 Associaes de Resistores em Srie

287.2 Exemplo

297.3 Associaes de Resistores em Paralelo

297.4 Exemplo

307.5 Associaes Mistas

317.6 Exemplo

338.Medio de grandezas eltricas

338.1 Ampermetro

338.2 Voltmetro

338.3 Ohmmetro

348.4 Multmetro

348.5 Alicates ampermetro

359.Capacitncia

369.1 Associaes de Capacitores em Srie

369.2 Associaes de Capacitores em Paralelo

379.3 Caractersticas de capacitores

3810.Indutores

3810.1 Indutores em srie

3910.2 Indutores em paralelo

3910.3 Exemplos

3910.4. Caractersticas das bobinas

4010.5 Reatncias indutivas

4111.Introduo a Lei de Kirchhoff

4111.1 Leis da Corrente de Kirchhoff (LCK)

4211.1.1. Exemplo 1

4211.1.2. Exemplo 2

4211.2 Leis da tenso de Kirchhoff (LKT)

4311.2.1 Exemplo 1

4512.Magnetismo

4713.Eletromagnetismo

4713.1 Eletroms

4713.2 Indues eletromagnticas

4813.4 Foras Eletromotrizes

4813.3 Auto-Induo

4914.Princpios da corrente alternada

4914.1 Geradores Elementares

5014.2 Freqncia e perodo

5115 Circuitos monofsicos

5216. Circuitos trifsicos

5316.1Tenses de fase e linha

5416.2 Potncias em CA

5416.3 Fatores de potncia

5617 Transformadores

5717.1 Perdas no Transformador

5818.Referncias

Gerao1

1. GeraoA gerao de energia eltrica o inicio desse caminho. Para conseguir isso necessrio que se tenha fora mecnica suficiente para movimentar um gerador, o Brasil vem utilizando, em larga escala, as guas dos rios. O represando suas guas. Onde so construdas grandes barragens que detm todo esse poderio energtico de gerao.

Figura 1 Barragem (Coelba,1999)Pelas tubulaes foradas a gua cai com presso suficiente para produzir energia hidrulica capaz de movimentar as turbinas. Estas, unidas por um eixo ao gerador, produzem em movimento giratrio a energia eltrica que pode sair em tenso de 2,2 e 6,9 kV.

Figura 2 - Tubulaes Foradas (Coelba,1999)Na poca das chuvas, o nvel de gua sobe, e para evitar que ultrapasse o nvel da barragem, so abertas as comportas, que so estruturas metlicas. Estas so movimentadas eletricamente, liberando a gua represada pelo vertedouro e conseqentemente para o leito do rio.

Figura 3 Vertedouro (Coelba,1999)1.1 Subestaes elevadorasA tenso gerada na usina relativamente baixa, sua transmisso para os centros urbanos, indstrias ou comerciais situados a grandes distncias seria impossvel sem a elevao da tenso. Esta elevao se d na subestao elevadora situada logo na sada da usina.

Figura 4 - Subestao elevadora (Coelba,1999)Nela, existe um transformador elevador, cuja funo aumentar a tenso a valores desejveis, reduzindo com isto, na mesma proporo, a corrente fornecida, permitindo, assim, a transmisso de altas potncias, em condutores com sees relativamente pequenas.1.2 TransmissoOs condutores eltricos, sustentados por torres de transmisso, saem das subestaes elevadoras em tenses de 69, 138, 230 ou 500 kV e vo at as cidades, campos e centros consumidores. Para dar proteo linha de transmisso contra descargas atmosfricas, existem os chamados Cabos-terra, interligados malha de terra de uma subestao, malha de terra de outra subestao, interligando as torres de transmisso.

Figura 5 - Rede de transmisso (Coelba,1999)1.3 DistribuioAo chegar s cidades, campos e centros consumidores, a distribuio de energia eltrica pode ser em alta ou baixa tenso, e sempre ir depender da carga instalada, ou seja, da soma das potncias dos aparelhos, equipamentos e motores da unidade consumidora.

Figura 6 Consumo (Coelba,1999)1.4 Subestaes AbaixadorasPara abaixar a tenso de subtrans-misso para nveis primrios, necessria uma subestao abaixadora. Estas podem ser com diferentes nveis de tenso, isto depende do objetivo.

Figura 7 - Subestao abaixadora (Coelba,1999)1.5 Fornecimentos em Tenso PrimriaConsumidores com cargas instaladas acima de 75 kW e demanda at 2.500 kW recebero energia em tenso primria de 11,9 ou 13,8 kV.

Existem vrios tipos de unidades consumidoras, logo um transformador abaixador de distribuio, permitir que a tenso seja baixada para nveis que atendam capacidade de seus motores, mquinas e equipamentos.

Figura 8 - Fornecimento em tenso primria (Coelba,1999)1.6 Fornecimentos em Baixa TensoAs grandes maiorias das unidades consumidoras recebem energia em baixa tenso ou tenso secundria, isto porque suas cargas instaladas correspondem a valores inferiores a 75 kW.

Figura 9 - Fornecimento em baixa tenso (Coelba,1999)Tais consumidores podero receber energia em 3 fases e 1 neutro (fornecimento trifsico), 2 fases e 1 neutro (fornecimento bifsico) e 1 fase e 1 neutro (fornecimento monofsico), formando a rede secundria de distribuio.

Em vrios pontos da rede sero encontrados os transformadores abaixadores de distribuio. Sua funo abaixar a tenso vindas de subestaes, espalhadas pelas cidades, em 13,8 ou 11,9 kV para 220/127 V ou 380/220 No fornecimento em baixa tenso a residncias, comrcio, escolas, hospitais e avenidas.

Figura 10 - Rede distribuio primria (Coelba,1999)Existem ainda instaladas em postes das ruas e praas pblicas as luminrias, que so ligadas em 220 V (entre fase e fase) ou 127 V (entre fase e neutro), na maior parte da rede das cidades. Essas luminrias entram em funcionamento atravs de rels fotos-sensveis, isto , que se ativam no contato com a luz natural.

Figura 11 - Rede distribuio secundria

(Coelba,1999)NATUREZA DA ELETRICIDADE2

2. Natureza da Eletricidade2.1 Estruturas do tomoNo mundo fsico, todas as substncias so formadas por partculas fortemente ligadas entre si. Para visualizar estas partculas, imaginemos um fio de cobre sendo dividido, utilizando-se um alicate. Ao se fazer o primeiro corte, o fio se dividir em dois, e cada parte continuar sendo de cobre. Continuamos a dividir, at chegar ao menor pedao de cobre possvel.

Figura 12 - Fio de CobreA esse pequeno pedao possvel, que representa a menor parte que ainda conserva as mesmas caractersticas fsicas e qumica do cobre. Chamado de molcula. Continuando a dividir, teremos partculas exageradamente pequenas chamadas de tomos.

Figura 13 - Diviso do cobre (CNSP, 2005)O tomo a menor partcula de um elemento que conserva todas as propriedades desse elemento. As molculas so formadas de tomos. Elementos so substncias que no podem ser decompostas em outras substncias.

Hoje, se conhece mais de 100 elementos. O tomo composto de partculas, mas para este estudo nos interessa as menores, chamadas: Prtons, eltrons e nutrons. A estrutura do tomo muito parecida com a do sistema solar, sendo que, os prtons e os nutrons compem o ncleo enquanto os eltrons giram em torno deste em orbitais formando a eletrosfera. Figura 14 - Sistema solar (CNSP, 2005)Onde o ncleo semelhante ao sol e os eltrons, aos planetas.

Figura 15 tomo (CNSP, 2005)2.2 tomoAplicando a um tomo a quantidade apropriada de energia sob a forma de calor, luz, presso, etc., ele poder liberar ou capturar partculas eltricas. Os elementos diferenciam- se uns dos outros pela quantidade de eltrons em rbita e pelo nmero de prtons e nutrons no ncleo. Os tomos normais tm o mesmo nmero de eltrons e de prtons.

Figura 16 - tomos de Cobre e Prata (CNSP, 2005)Os eltrons no se movem todos na mesma direo em torno do ncleo, mas em diferentes rbitas. Existe grande nmero de rbitas, relativamente prximas, que so chamadas de camadas.

Figura 17 Eletrosfera (Adaptado de CNSP, 2005)Quando a rbita mais externa no est completamente preenchida, o elemento (tomo) tem a capacidade de libertar eltrons livres que forem submetidos tenso.

Neste caso, o tomo no exerce grande fora de atrao sobre os eltrons da ltima camada, permitindo que o eltron que esteja sobrando, se desprenda e passe para outro tomo que esteja com falta de eltrons.

Figura 18 - Eltron livre Alguns tomos tm todas as camadas completamente cheias. Esses elementos so chamados de inertes, porque so incapazes de ceder um eltron ou de receb-lo de outros tomos. O tomo e Nenio um exemplo.

O seu nmero atmico 10, e possui 10 eltrons e 10 prtons; a ltima camada contm 8 eltrons, portanto est completa.

Por outro lado, o tomo de Flor tem apenas 7 eltrons na ltima camada, por isso o flor um elemento ativo; e no inerte.

Figura 19 - tomos 1(Adaptado de CNSP, 2005)O on Aplicando uma energia suficiente ao tomo poder retirar dele ou acrescentar um ou dois eltrons. Se isso acontecer, o tomo ficar com um excesso de carga eltrica (nmero desigual de prtons e eltrons). Este equilbrio far com que o tomo fique com uma carga positiva ou negativa quando um tomo est carregado (positiva ou negativamente) ele chamado de on.

Um tomo carregado positivamente chamado de on positivo (exemplo do sdio), e um tomo carregado negativamente chamado de on negativo (exemplo do cloro).

Figura 20 tomos 2 (Adaptado de CNSP, 2005)Cada tomo est certamente tentando roubar eltron do outro tomo, de modo a completar a ltima camada de eltrons. Isto resulta na produo de dois ons um positivo e outro negativo. Os dois tomos ficam unidos devido atrao de cargas de sinais opostos.2.3 Condutores e IsolantesCondutores so materiais capazes de cederem eltrons livres que servem como caminho para a corrente eltrica. Os meios materiais que oferecem grande liberdade de movimento a eletricidade so chamados de bons condutores ou condutores.

Figura 21 - Condutor 1Os condutores no retm as cargas que possuem. As cargas eltricas podem movimentar-se na forma de eltrons (condutores eletrnicos) ou na forma de ons (condutores inicos).Exemplo de condutores eletrnicos: metais em geral (prata, ouro, cobre alumnio, etc.). De condutores inicos: cidos, bases e sais em estado de fuso ou em soluo aquosa. Em certas condies, os gases so bons condutores inicos.

Isolantes so materiais em que a corrente eltrica encontra dificuldade para atravessar e so chamados de isolantes ou dieltricos.

Figura 22 - Condutor 2Os isolantes retm as cargas que possuem, apresentando uma quantidade de eltrons livre bem pequena. O fato de seus tomos terem a ltima camada quase completa dificulta a transferncia de cargas eltricas de um local para outro.

Exemplo de isolantes: papel, ar seco, vidro, cermica, borracha, plstico, etc.

Figura 23 - Condutores e isolantes (Van Walkquenburg, 1972) Observao: No existe isolante perfeito, ele pode ser transformado em condutor se for submetido a um forte campo eltrico.2.4 Cargas EltricasO estudo das cargas eltricas se baseia em um principio fundamental da Eletricidade.O eltron considerado uma partcula negativa e o prton considerado uma partcula positiva. Nessas duas partculas se baseiam as outras expresses de carga eltrica.

O on um exemplo de carga eltrica positiva ou negativa, sendo que a polaridade do on depende do nmero de eltrons e de prtons existentesQuando dois corpos contm cargas idnticas, isto , ambas positivas ou ambas negativas, e com a mesma intensidade, diz-se que os corpos tm cargas iguais. Quando outros dois corpos contm cargas diferentes, isto , um corpo positivo enquanto o outro negativo, diz-se que eles apresentam cargas opostas.A lei das cargas eltricas pode ser enunciada da seguinte forma:

Cargas iguais se repelem, cargas opostas se atraem.

Figura 24 - Cargas eltricasA propriedade existente nas cargas que produz esse fenmeno chamada Fora Eletrosttica. A unidade de carga eltrica e o Coulomb.Coulomb = 6,28 x 1018 eltrons.

2.5 Energia a capacidade que um corpo tem em realizar trabalho. Existem vrias formas de energia: potencial, mecnica, qumica, eletromagntica, trmica e eltrica, entre outras. Essas energias so indestrutveis elas se transformam em outras. Assim, por exemplo. A energia potencial da gua represada numa barragem, pode se transformar em energia eltrica, pela passagem da mesma por turbinas e geradores. A energia eltrica diz respeito aos fenmenos em que esto envolvidas cargas eltricas.

2.6 Energias Potenciais a que possui capacidade de armazenar energia, e, em virtude de sua posio ou estado, pode realizar trabalho. Numa usina hidroeltrica a energia potencial da gua armazenada em represa utilizada para girar turbinas que geram energia eltrica.

Figura 25 - Energia potencial (Feira de Cincias, 2009)FORMAS DE SE PRODUZIR ELETRICIDADE3

3. Formas de produo de eletricidade3.1 Atrito Dois corpos de materiais diferentes, inicialmente neutros, a frico entre eles a maneira de fazer com que eles se aproximem bastante para que os tomos de um possam interagir com os tomos do outro. Portanto perder eltrons o tomo que exercer menor fora sobre eles. Assim os dois corpos ficam eletrizados com carga de mesmo valor absoluto e sinais opostos (um com carga negativa e outro com carga positiva): diferentes materiais possuem diferentes afinidades por eltrons.

Um exemplo mais comum entre o vidro e a seda. A seda tem maior afinidade por eltrons do que o vidro, assim quando se esfrega um pedao de seda num basto de vidro, ambos inicialmente neutros, a seda rouba eltrons do basto ficando com excesso de eltrons e com carga negativa (eletrizado negativamente), j o vidro fica com falta de eltrons, ou em outra viso, fica com excesso de prtons, ou seja, com carga positiva (eletrizado positivamente)

Figura 26 - Atrito3.2 Eletroqumica Bastante utilizada nos dias atuais, por exemplo, quando utilizamos uma pilha.As reaes qumicas geram elementos qumicos em desequilbrio e assim teremos na reao elementos com excesso de eltrons e elementos com falta de eltrons, a estes elementos do o nome de ons.

Importante definir que h geradores eletroqumicos recarregveis e h os que no so recarregveis.

Os no recarregveis sofrem uma reao interna onde os elementos no voltam ao seu estado inicial numa carga;ex.: "pilhas de zinco".

Vamos dar uma olhada nos acumuladores recarregveis de chumbo-cido (bateria de automvel).

Figura 27 Acumulador (Feira de Cincas, 2009)Compostos de placas de chumbo imersas em soluo de gua com cido sulfrico tornam-se simples e eficientes.

3.4 Piezeletricidade uma polarizao eltrica produzida por certos materiais, como algumas molculas de cristais, quando submetidos a uma deformao mecnica.

o efeito que alguns cristais ou substancias tem de transformar energia eltrica em cintica e vice-versa. O cristal de quartzo, por exemplo, quando submetido presso, gera uma minscula corrente eltrica, do mesmo modo se aplicada uma corrente eltrica nele, ocorre uma vibrao. Alis, esse o principio do relgio de quartzo, conhecido por sua preciso.

Figura 28 - Piezeletricidade3.5 Termoeletricidade processo em que os tomos do metal que esto em contato com a fonte trmica recebem calor desta fonte e aumentam sua agitao trmica. Devido a isto, colidem com os tomos vizinhos, transmitindo-lhes agitao trmica. Assim, de partcula para partcula a energia trmica flui ao longo da barra, aquecendo-a por inteiro.

Figura 29 - Termoeletricidade 1

Figura 30 Termoeletricidade 23.6 Fotos eletricidade Funciona na realidade no interior da clula, onde dispositivo bimetlico que o verdadeiro responsvel pelo acionamento da carga, que por sua vez, sofre a influncia de uma clula foto-eltrica (dai o nome do dispositivo) que, na presena da luz, deixa passar uma pequena corrente pelo bimetlico, corrente esta suficientemente forte para provocar o aquecimento da lmina e, conseqentemente, flexion-la.

Figura 31- Foto eletricidade

3.7 Indues eltricas demonstrada quando um pedao de fio condutor cortado por linhas de fora de um im, uma corrente eltrica circular no condutor. Quanto maior for o pedao de fio que cortar estas linhas de fora, maior ser a corrente eltrica atravs do fio. Quanto mais velocidade termos ao movimento de cortar as linhas de fora, maior ser a corrente eltrica.

Figura 32 - InduoAgora que voc sabe que havendo um movimento entre o condutor e o im aparece uma corrente eltrica. Logo o princpio de funcionamento de geradores obtido desta forma conforme mostrado pela figura abaixo:

Figura 33 - Gerador elementar.

GRANDEZAS ELTRICAS FUNDAMENTAIS4

4. Grandezas eltricas fundamentais4.1 Tenses Eltricas Quando entre dois pontos de um condutor, existe uma diferena entre as concentraes de eltrons, existe uma tenso ou diferena de potencial (D.D.P). Logo se pode definir como a fora que age nos eltrons.

Figura 34 Tenso (Adaptado Manual FIAT)Neste caso se estabelece entre os dois plos uma diferena de potencial (ddp), fazendo com que as cargas negativas (eltrons) se desloquem do plo negativo para o plo positivo. A tenso eltrica medida em volts(v) e seu aparelho de medida o voltmetro. A grandeza eltrica representada pelas letras U e E. A letra U representa a tenso entre dois pontos de um circuito onde passa a corrente, e a letra E representa a tenso gerada nos terminais do gerador.

O escoamento de cargas descrito anteriormente causado por uma - presso externa ligada energia que as cargas possuem em virtude de suas posies. A esta presso d-se o nome de Energia Potencial Eltrica. No interior de uma bateria, reaes qumicas fazem com que cargas negativas (eltrons) se acumulem em um dos terminais, enquanto as cargas positivas (ons) se acumulam no outro, ficando estabelecida desta maneira uma diferena de potencial eltrico entre os terminais.

Unidades SI:Trabalho:Joule (J) Carga: Coulomb (C) Tenso:Volt (V)

Cargas podem ser levadas a um nvel de potencial mais alto atravs de uma fonte externa que realize trabalho sobre elas, ou podem perder energia potencial quando se deslocam em um circuito eltrico. Em qualquer destes dois casos, pode-se dizer por definio que: Existe uma diferena de potencial de 1 volt (V) entre dois pontos se acontece uma troca de energia de 1 joule (J) quando se desloca uma carga de 1 Coulomb (C) entre estes dois pontos, ou seja, quando for necessrio gastar uma quantidade de energia igual a 1 joule para deslocar uma carga de 1 Coulomb de uma posio x para uma posio y qualquer, a diferena de potencial, ou tenso, entre estes dois pontos de 1 volt. A diferena de potencial entre dois pontos de um circuito portanto um indicador da quantidade de energia necessria para deslocar uma carga entre dois pontos. De um modo mais geral a diferena de potencial entre dois pontos definida por:

Equao 1 - Volt4.2 Fontes So dispositivos que fornecem energia a um sistema, em nosso caso um circuito eltrico. Denomina-se uma fonte como sendo Fonte de Corrente Contnua (CC) quando o fluxo das cargas unidirecional e constante para um perodo de tempo considerado. J quando as cargas fluem ora num sentido, ora noutro, repetindo este ciclo com uma freqncia definida denomina-se a esta fonte de Fonte de Corrente Alternada (CA).

Figura 35 Fonte CC e CADenomina-se Fonte Ideal uma fonte que fornece uma tenso ou corrente a uma carga independentemente do valor da carga a ela conectada. Uma Fonte de Tenso Ideal um dispositivo que apresenta uma tenso constante em seus terminais independente da corrente solicitada por uma carga a ela conectada.

Uma Fonte de Corrente Ideal um dispositivo que quando tem uma carga conectada a seus terminais mantm uma corrente constante, mesmo que ocorram variaes de diferena de potencial entre os terminais causados pela carga a ela conectada.

Na realidade no existem fontes ideais. Entretanto, em muitos casos, o modelo ideal suficientemente representativo para ser utilizado. Quando no se pode utilizar uma fonte ideal, a fonte representada atravs de uma fonte ideal modificada.

Em circuitos o smbolo E, utilizado para a representao da diferena de potencial (tenso) entre dois pontos, algumas vezes acompanhado de subscritos para designar especificamente entre quais pontos a diferena de potencial est estabelecida. Assim:

E = 10 V Eab = 10 V EAB = 10 V

Exemplo 1:Em (a) o terminal A +5 v sobre o terminal B ou o terminal A tem um potencial de 5V acima do potencial do terminal

Em (b) o terminal B est -5 v acima do terminal A, ou seja, o terminal A continua com um potencial de 5 v acima do potencial do ponto B.

Como a polaridade do terminal deve ser levada em considerao, em (b) tem-se: EBA = - 5 V.

Figura 35- Circuito abertoComo EBA = - EABTem-se:- EAB = - 5 VQue conduz a: EAB = 5 V4.3. Corrente Eltrica Quando em um condutor o deslocamento de eltrons livres mais intenso em um determinado sentido, diz-se que existe uma corrente eltrica ou um fluxo de eltrons no condutor. A intensidade da corrente eltrica caracterizada pela quantidade de eltrons que atravessa um condutor na unidade de tempo. A unidade de medida da corrente eltrica o Ampre (A), e o aparelho de medida o ampermetro.

Figura 36 - Corrente Eltrica (Adaptado Manual FIAT)A proposio bsica de um circuito eltrico a de mover ou transferir cargas atravs de um percurso especificado. A este movimento de cargas d-se o nome de Corrente Eltrica.

Quando 6,242x1018 eltrons atravessam em um segundo, com velocidade uniforme, uma seo reta de um condutor qualquer, diz-se que este escoamento de carga corresponde a 1 Ampre. A unidade de corrente o Ampre (A). Formalmente pode-se definir Corrente Eltrica como a taxa de variao no tempo da carga, ou seja:

Equao 2 - Corrente eltricaNa teoria de circuitos a corrente geralmente imaginada como movimento de cargas positivas. Esta conveno foi estabelecida por Benjamin Franklin que imaginou que a corrente trafegava do positivo para o negativo. Sabe-se atualmente que a corrente num condutor metlico representa o movimento de eltrons que se desprendem das rbitas dos tomos do metal. Desta forma deve-se distinguir a corrente convencional usada na teoria de redes eltricas, dada pelo movimento de cargas positivas, da corrente eletrnica dada pelo movimento de eltrons.

Figura 37 - Sentido convencional

Figura 38 - Sentido real4.4. Resistncia Eltrica Existe uma fora de atrao entre os eltrons e os respectivos ncleos atmicos, que resiste liberao dos mesmos para o estabelecimento da corrente eltrica. Abreviadamente, designa-se essa oposio passagem da corrente de resistncia. Os materiais que deixam esse fluxo de corrente circular mais facilmente so ditos condutores, como exemplo: temos o ouro, a prata, o cobre, o alumnio, etc. Os materiais que dificultam a passagem da corrente chamam-se isolantes, como o vidro, a cermica, o plstico, a baquelite, etc. A unidade de medida da resistncia eltrica ohm (). O aparelho para fazer a sua medio o ohmmetro. Para medies de resistncia de alto valor, utiliza - se o megmetro.

Figura 39 - Resistncia 1 (Adaptado Manual FIAT)

Figura 40 - ResistnciaRESISTIVIDADE ELTRICA5

5. Resistividade eltricaMovimentao de cargas atravs de qualquer material existe uma fora de oposio em muitos aspectos semelhante ao atrito mecnico. Esta oposio, resultado das colises entre eltrons e entre eltrons e tomos do material, que acaba convergindo energia eltrica em calor e chamada resistncia especfica do material, ou seja, a Resistncia a propriedade dos materiais de se opor ou resistir ao movimento dos eltrons. Assim, para que eltrons possam passar atravs de um material necessria a aplicao de uma tenso para fazer passar a corrente. A unidade de medida da resistncia o ohm (). Na teoria de circuitos, o elemento que implementa o conceito de resistncia apresentado acima denominado Resistor.

O smbolo utilizado para a representao do resistor pode ser visto abaixo.

Equao 3 - Resistncia especficaNum condutor eltrico, a resistncia varia com a rea da seo transversal (S) e com o comprimento do condutor (l), ou seja:

Bons condutores possuem uma resistividade prxima a 8.m. so denominados isolantes os materiais cuja resistividade maior que 10 .m. Os materiais com resistividade e entre 4 e 7 .m so denominados semicondutores. A tabela abaixo apresenta a resistividade de alguns materiais a 20C.

A resistncia varia com a temperatura:

Aumentando-se a temperatura, aumenta-se a resistividade do material. Nos semicondutores (Ex.: silcio e germnio), as resistncias diminuem com os aumentos de temperaturas.

O inverso da resistncia denominado Condutncia (G) e a unidade utilizada para a condutncia no SI so denominadas Siemens. Matematicamente tem-se que:

Equao 4 Condutncia5.1 Fatores que Determinam a ResistnciaMesmo os melhores condutores apresentam alguma resistncia que limita o fluxo de corrente eltrica em seu interior. A resistncia de qualquer objeto, como por exemplo, o fio condutor depende de quatro fatores: o material de que feito; do comprimento; da rea de sua seo e temperatura.

Figura 41 Isoladores (Vann Walkenburg, 1972)5.1.1 Tipo de MaterialO grau de facilidade com que certos materiais libertam seus eltrons um fator muito importante na determinao da resistncia de um objeto. Se dispuser de quatro fios com o mesmo cumprimento e a mesma bitola, mas feito de substncias diferentes como a prata, cobre, alumnio e ferro, poder verificar que cada apresentar resistncias diferentes, portanto se colocarmos uma pilha as extremidades dos condutores estes produziram correntes diferentes. A prata melhor condutor seguido do cobre e depois do alumnio.

Figura 42 - Tipo de material5.1.2 Comprimento do condutorA resistncia tambm pode ser afetada pelo seu tamanho, quanto maior seu comprimento maior ser sua resistncia, e quanto menor for o condutor menor ser sua resistncia.

Suponha ter ligado um fio de cobre de 10 cm de comprimento e 0,25mm de dimetro, em srie com ampermetro. No momento em que este ligada a uma pilha certa quantidade de corrente comea a circular. Se colocarmos uma pilha perceber que a corrente ser maior no fio de menor comprimento.

Figura 43 - Comprimento do material5.1.3 rea da seo reta (Bitola)

Outro fator que afeta a resistncia a rea de sua seo circular, vamos supor um corte em duas partes de um fio. A rea do corte se denomina rea da seo reta. Quanto maior esta rea, menor ser a resistncia do fio, e quanto menor for rea maior ser a resistncia do fio.

Figura 44 - Seco do condutorPara observarmos isso basta ligar um fio a uma pilha e observar a corrente que circular neste circuito. E depois substituir este fio por um pedao de mesmo comprimento mais com seo maior, veremos que a corrente agora ser menor.

5.1.4 TemperaturaNa maioria das substncias, quanto mais elevada temperatura maior ser a resistncia oferecida passagem de corrente eltrica e, inversamente, quanto menor a temperatura, menor ser a resistncia. Este efeito se baseia no fato de variao de temperatura mudar o grau de facilidade de liberao dos eltrons.

Figura 45 - Temperatura do condutorLEI DE OHM6

6. Lei de OhmA Primeira Lei de Ohm, assim designada em homenagem ao seu formulador Georg Simon Ohm, indica que a diferena de potencial (V) entre dois pontos de um condutor proporcional corrente eltrica (I) que o percorre:

Figura 46 - Primeira Lei de Ohmonde:

V a diferena de potencial eltrico (ou tenso, ou "voltagem") medida em Volts.

R a resistncia eltrica do circuito medida em Ohms.

I a intensidade da corrente eltrica medida em Ampres.

Porm, nem sempre essa lei vlida, dependendo do material usado para fazer o resistor (ou 'resistncia'). Quando essa lei verdadeira num determinado material, o resistor em questo denomina-se resistor hmico ou linear. Conhecendo-se duas das grandezas envolvidas na Lei de Ohm, fcil calcular a terceira:

Figura 47-FrmulasExemplos:No circuito representado a seguir, o resistor limita a corrente do circuito em 5 A quando ligado a uma fonte de tenso de 10 V. Determine sua resistncia.

Soluo:Como V e I so dados, para encontrar R, deve-se cobri-lo no circulo da lei de Ohm.

O valor da resistncia do circuito de 26.1 Potncias EltricasA potncia eltrica o trabalho realizado pela tenso e pela corrente na unidade de tempo. uma grandeza utilizada com freqncia na especificao dos equipamentos eltricos. Ela determina basicamente o quanto uma lmpada capaz de emitir luz, o quanto um chuveiro capaz de aquecer a gua, o quanto um motor eltrico capaz de produzir trabalho, etc. Todos os equipamentos eltricos so concebidos para desenvolver ou dissipar certa potncia. Resumidamente s h potncia se houver corrente e tenso.

Figura 48 - PotnciaPotncia uma grandeza que mede quanto trabalho (converso de energia de uma forma em outra) pode ser realizado em certo perodo de tempo. Como exemplo pode-se citar um grande motor eltrico que por ter uma potncia maior que a de um pequeno motor eltrico consegue converter mais rapidamente uma mesma quantidade de energia eltrica em energia mecnica.

Como a energia, no sistema internacional, medida em Joules (J) e o tempo em segundos (s), a unidade da potncia joules/segundo (J/s). Esta unidade em sistemas eltricos e eletrnicos recebeu o nome de watt (W), ou seja: 1 watt = 1 joule/segundo (J/s). A definio de potncia mdia pode ser expressa da seguinte maneira:

Equao 5 - Potncia

A unidade de potncia eltrica o Watt (W). Assim como as outras grandezas estudadas, a potncia tambm utiliza mltipla e submltiplos. 6.2 Exemplos:1. Um chuveiro eltrico indica na plaqueta 3000 W e 220 V. Quais os valores da corrente que ele absorve e da resistncia o mesmo?

2. A corrente atravs de um resistor de 100 a ser usado num circuito de 0,20 A. Calcule a especificao da potncia do resistor.

ASSOCIAO DE RESISTORES

7

7. Associao de resistores Em algumas aplicaes, existe a necessidade de se obter um valor de resistncia diferente do valor fornecido por um nico resistor. Nesses casos pode ser feita uma associao de resistores.

Existem trs maneiras de se associar resistores: em srie, em paralelo ou misto.

Em qualquer tipo de associao de resistores, denomina-se resistncia equivalente o valor de resistncia que deve possuir um nico resistor que faa o mesmo trabalho da associao. Este chamado de resistor equivalente.

7.1 Associaes de Resistores em SrieOs resistores esto associados em srie quando so ligados um aps o outro, formando um caminho nico por onde a corrente pode passar. Podemos concluir que, numa associao em srie, a corrente a mesma em todos os resistores.

Figura 49 - Resistores em srieA resistncia equivalente de uma associao indicada pelo valor desse resistor, calculada pela seguinte relao:

Equao 6 - Resistncia em srie

Figura 51 - Resistor equivalenteEm uma associao de resistores em srie, a resistncia equivalente igual soma das resistncias associadas. A queda de tenso total entre as extremidades da associao igual soma das quedas de tenso de cada resistor associado.7.2 Exemplo:Num circuito em srie, obtm-se 6 v nos terminais de 1R , 30V nos terminais de R2 e 54V nos terminais de R3 . Determine a tenso total entre os terminais do circuito.

Figura 52 - Resistores em srie 1Soluo:V T = V1 + V 2 + V 3V T = 6 +30 + 54V T = 90 VPortanto, a tenso total entre os terminais da associao de 90 v.

Figura 53 - Circuito Srie7.3 Associaes de Resistores em ParaleloOs resistores esto associados em paralelo quando so ligado um ao outro pelos dois terminais, de modo a ficarem submetidos a uma mesma tenso. Assim, cada resistor ser percorrido por uma corrente diferente.

Figura 54 - Resistores em paraleloPela lei de Ohm, a corrente de cada ramo igual tenso aplicada dividida pela resistncia entre os dois pontos. Com a mesma tenso aplicada, um ramo que possua menor resistncia permite a passagem de uma corrente maior, enquanto num ramo de maior resistncia, a corrente ser menor.

A corrente total desta associao equivalente soma das correntes individuais nos resistores.7.4 Exemplo:Duas lmpadas, que so percorridas, cada uma, por uma corrente de 2 A mais uma terceira lmpada que percorrida por 1 A esto ligadas em paralelo a uma fonte de tenso de 110V . Qual a corrente total deste circuito?

Figura 55 - Lmpadas em paraleloSoluo:A corrente total igual soma das correntes nos ramos:2 + 2 + 1I T = 5 APortanto, a corrente total de 5 ampres.

O mtodo para o clculo da resistncia equivalente de um circuito em paralelo leva em considerao o fato de que os produtos das resistncias eltricas em cada ramo, pelas respectivas intensidades de corrente, resultam num valor constante, pois a tenso a mesma em todos os resistores.

Manipulando esta relao, obtm-se:

Sendo a corrente total equivalente soma das correntes nos ramos, pode-se afirmar que:

A corrente total pode ser calculada com base na tenso e na resistncia equivalente pela lei de Ohm.

Substituindo este resultado na equao anterior, obtm-se:

O inverso da resistncia equivalente dado pela soma dos inversos das resistncias.

Esta relao vlida para qualquer quantidade de resistores em paralelo.

Regras prticas para um circuito em paraleloQuando so apenas dois resistores em paralelo pode-se calcular a resistncia equivalente da seguinte forma:

Quando so n resistores de igual valor ligados em paralelo temos:

Onde R a resistncia, igual em todos os resistores da associao.

7.5 Associaes MistasAssociao mista e composta de resistores dispostos em srie e em paralelo.

A) R1 em srie com a combinao paralela de R2 com R3

(a) Circuito bsico

(b) Inicialmente resolvemos a combinao paralela

(c) A seguir efetuamos a combinao srie.

B) R3 em paralelo com a combinao srie de R1 com R2.

(a) Circuito bsico

(b) Inicialmente resolvemos a combinao srie

(c) A seguir efetuamos a combinao paralela.

7.6 Exemplo:Determine a resistncia da associao da figura.

Soluo:1) Inicialmente reduzimos a associao em paralelo dos resistores de 20 e 30 .

2) Em seguida reduzimos a associao em srie dos resistores de 12 e 28 .

R = 28 + 12 = 40

3) Neste estado reduzimos a associao em paralelo dos resistores de 60 e 40 .

4) Segue-se imediatamente o esquema:

R = 6 + 24 = 30

Finalmente:

Portanto,

Logo:

R=12A resistncia total equivalente ser RTMEDIO DE GRANDEZAS ELTRICAS8

8. Medio de grandezas eltricasAs grandezas precisam ser medidas e comparadas, para saber se o que foi definido teoricamente est dentro dos padres aceitveis. sempre bom ler o manual de instrues para se ter um entendimento e um rendimento maior do aparelho e utiliz-lo da melhor maneira possvel, para no haver distores na medida e nem danificar o aparelho.

Os aparelhos mais usuais em instalaes eltricas so:

8.1 Ampermetro Mede corrente eltrica. ligado em srie com o circuito;

Figura 56 - Ampermetro8.2 Voltmetro Mede tenso eltrica. ligado em paralelo com o circuito;

Figura 57 - Voltmetro8.3 Ohmmetro Aparelho destinado a medies de resistncia eltrica.

Figura 58 OhmmetroOBS: A escala do instrumento irregular.

Figura 59 - Escala do ohmmetro (Vann Walkenburg, 1972) 8.4 Multmetro Renem em um s aparelho medies das principais grandezas utilizadas em instalaes eltricas. De um modo geral, mais apropriado para o trabalho em laboratrio. Com alguns de seus modelos pode-se, tambm, testar componentes eletrnicos, e at mesmo medir outros tipos de grandezas. A figura que segue, ilustra um modelo de multmetro digital e um modelo de volt-ampermetro alicate digital.

Figura 60 - Multmetro 1

Figura 61 - Multmetros analgico e digital (Manual FIAT)8.5 Alicates ampermetro Assim como o multmetro, que rene em um s aparelho as principais medies, o alicate ampermetro, tambm tem a mesma funo, sendo, porm, mais indicado para o trabalho de campo. Para a medio de tenso e resistncia com o volt-ampermetro alicate, devem-se seguir os mesmos procedimentos empregados na utilizao do multmetro.

Na medio de corrente eltrica, o manuseio do volt-ampermetro alicate difere do manuseio do multmetro, pois com ele no necessrio interromper o circuito para coloc-lo em srie, basta abraar o condutor a ser medido com a garra do alicate.

O volt-ampermetro alicate indispensvel em instalaes industriais para medies da corrente eltrica de motores, transformadores e cabos alimentadores de painis. Antes de utilizar qualquer instrumento de medida, necessrio que se consulte o manual do instrumento, no qual so descritas particularidades e formas de utilizao, pois de um instrumento para outro ocorrem diferenas significativas.

Figura 62 - Alicate ampermetroCAPACITNCIA9

9. CapacitnciaO capacitor ou condensador um dispositivo eltrico constitudo de duas placas ou lminas de material condutor, chamadas armaduras, separadas por um material isolante chamado dieltrico e cuja funo armazenar cargas. Para reduzir o volume do componente, j que as armaduras devem possuir grandes dimenses, usa-se enrolar uma armadura sobre a outra, tendo entre elas o dieltrico.

Figura 63 Capacitor (Gussov,1997)

Figura 64 - Partes do capacitor (Gussov,1997))As duas placas do capacitor so eletricamente neutras, uma vez que, em cada uma delas, os nmeros de prtons e eltrons so iguais. O capacitor neste estado encontra-se descarregado.

Figura 65 Capacitor Quando os terminais do capacitor so ligados a uma fonte de tenso contnua, por exemplo, ocorre um movimento de cargas. Os eltrons presentes na placa A so atrados para o plo positivo da fonte de tenso enquanto a placa B recebe mais eltrons provenientes do plo negativo da fonte, atrados pelo campo eletrosttico que surge na placa A.

Figura 66 - Simbologia do capacitor (Gussov,1997)Este movimento de cargas continua at que a tenso entre os terminais do capacitor seja a mesma que entre os plos da fonte de tenso. Se neste instante, desligarmos o capacitor do circuito, a carga continuar acumulada. Neste estado, o capacitor encontra- se carregado, funcionando como uma fonte de tenso. Para que ocorra a descarga, basta que exista um circuito ou um condutor interligando eletricamente os terminais do capacitor.

Figura 67 - Capacitor carregado (Gussov,1997)Pode-se definir a capacitncia como a quantidade de carga que pode ser armazenada por unidade de tenso aplicada a um dispositivo. A unidade de medida de capacitncia o Farad, representada pela letra F.

Figura 68 - Capacitor descarregando (Gussov,1997)9.1 Associaes de Capacitores em Srie possvel calcular o valor de um capacitor equivalente que torne os trechos de circuito eletricamente iguais.

Figura 69 - Capacitor em srie (Gussov,1997)

Figura 70 - Capacitor equivalente (Gussov,1997)Numa associao em srie, o clculo da capacitncia equivalente feito conforme a seguinte relao:

Equao 7 - CapacitnciaUma associao de capacitores em srie apresenta as seguintes caractersticas:

Todos os capacitores apresentam a mesma carga.

A tenso total igual soma das tenses parciais.9.2 Associaes de Capacitores em ParaleloTambm na associao em paralelo possvel calcular o valor para o capacitor equivalente.

Figura 71 - Capacitor paralelo (Gussov,1997)Numa associao em srie, o clculo da capacitncia equivalente feito conforme a seguinte relao:

Equao 8 Capacitncia Uma associao de capacitores em paralelo apresenta as seguintes caractersticas:

Todos os capacitores apresentam a mesma tenso.

A carga total igual soma das cargas individuais.9.3 Caractersticas de capacitoresOs capacitores comerciais so denominados de acordo com seu dieltrico. Os mais comuns so de ar mica, papel e cermica, alm dos tipos eletrolticos. A maioria dos capacitores pode ser ligada sem preocupao com a polaridade.A reatncia capacitiva a oposio ao fluxo de corrente CA devido a capacitncia do circuito. A unidade de reatncia capacitiva o ohm. Pode-se calcular a reatncia capacitiva atravs da frmula:

Equao 9 - Reatncia capacitivaOnde:

a Reatncia capacitiva,

a freqncia da rede, Hz

a Capacitncia, F INDUTORES10

6. IndutoresSe os indutores forem dispostos suficientemente afastados um do outro de modo que no interajam eletromagneticamente entre si, os seus valores podem ser associados exatamente como se associam resistores.10.1 Indutores em srieSe certo nmero de indutores forem ligados em srie indutncia total ser a soma das indutncias individuais, ou seja,

Equao 10 Indutncia

Figura 72 Indutores em srie (Gussov,1997)Se duas bobinas ligadas em srie forem colocadas muito prxima uma da outra de tal forma que suas linhas de campo magntico se interliguem, sua indutncia mutua produzir um efeito no circuito. Neste caso, a indutncia total ser

Equao 11 - IndutnciaO sinal (+) ser usado quando as bobinas estiverem dispostas em srie e seus campos se somarem.

Figura 73 - Srie aditiva (Gussov,1997)O sinal (-) quando estiverem em srie de forma que seus campos se subtraem.

Figura 74 - Srie subtrativa (Gussov,1997)Os pontos pretos indicados na parte superior das bobinas indicam suas polaridades.Se os indutores forem colocados suficientemente afastados um do outro, de modo que sua indutncia mutua sejam desprezveis , as regras para associao de indutores sero as mesmas que para os resistores.10.2 Indutores em paraleloSe certo nmero de resistores forem ligados em paralelo sua indutncia ser:

Equao 12 - Indutncia

Figura 75 - Indutores em paralelo10.3 ExemplosExemplo 1 Duas bobinas de choque de 10 12H, usadas para limitar a corrente num circuito, esto em srie. Inicialmente elas esto bem afastadas uma da outra. Qual a indutncia total?

Exemplo 2 As duas bobinas de choque do exemplo anterior so agora dispostas bem prximas de modo a haver uma indutncia mutua de 7H. Qual o valor da indutncia total se (a) estiverem no mesmo sentido e (b) sentidos opostos?Srie aditiva

a)

Serie subtrativab)

Exemplo 3 Qual a indutncia total de dois indutores em paralelo com valores de 8 e 12H?

10.4. Caractersticas das bobinas

Quando uma corrente num condutor ou numa bobina varia, esse fluxo varivel pode interceptar qualquer outro condutor ou bobina localizada nas vizinhanas, induzindo assim tenso em ambos.

Figura 76 - Caracterstica da bobinaA indutncia de uma bobina depende de como ela enrolada, do material do ncleo em torno do qual enrolado e do nmero de espiras que formam o enrolamento.10.5 Reatncias indutivasA reatncia indutiva a oposio a corrente CA devida a indutncia do circuito. A unidade de reatncia indutiva o Ohm. A frmula de reatncia indutiva :

Equao 13 - Reatncia indutiva

LEI DE KIRCHHOFF10

7. Introduo a Lei de KirchhoffEm 1854, Gustav Robert Kirchhoff, fsico alemo nascido na Rssia, publicou um trabalho sobre circuitos eltricos cujas concluses passaram a serem conhecidas como Leis de Kirchhoff. Estas facilitam a resoluo de circuitos que contenham associao mista de resistores. Antes de se utilizar, se faz necessrios conhecer alguns conceitos bsicos.Nos circuitos de distribuio formados por malhas e ns sempre possvel determinar as tenses e as correntes no circuito com a simples aplicao da lei de ohm, nesse caso recorre-se a leis de Kirchhoff.

Figura 77 - Circuito misto de resistores

Considerando o circuito da figura 69.

N qualquer ponto do circuito no qual correspondem mais de trs condutores. No circuito existem dois (b, e).

Ramo - qualquer trecho do circuito compreendido entre dois ns consecutivos. No circuito exemplificado h trs ramos (b-e, b-c-d-e, b-a-f-e).Malha - qualquer circuito fechado, formado por ramos. No circuito considerado, h trs malhas. (a-b-e-f-a, a-b-c-d-e-f-a, b-c-d-e-b)

11.1 Leis da Corrente de Kirchhoff (LCK)A primeira lei de Kirchhoff, ou lei dos ns, ou lei das correntes, esta afirma que:

A soma das correntes que chegam a um n igual soma das correntes que saem deste n.

Figura 78 - 1 lei de KirchhoffA corrente convencional, partindo da fonte e se dividindo pelos ns, polariza com o sinal positivo lado do resistor por onde ela entra. Desta maneira, estabelecem-se as polaridades das tenses nos resistores.

Figura 79 - Polarizao das tenses11.1.1. Exemplo 1Calcule as correntes desconhecidas dos circuitos apresentados:

Figura 80 - Exemplo 1Resoluo:

11.1.2. Exemplo 2

Figura 81 - Exemplo 2Resoluo:

Obs.: O sinal negativo de significa que o sentido adotado est incorreto, portanto, a corrente est saindo do ponto P.11.2 Leis da tenso de Kirchhoff (LKT)A 2 Lei de Kirchhoff, ou Lei das malhas, diz o seguinte:

Percorrendo-se uma malha, em um mesmo sentido, a soma das tenses nos elementos de circuito encontrado e igual a zero.

Para aplicar a segunda lei de Kirchhoff, considera-se, para cada tenso, o primeiro sinal encontrado no sentido do percurso. No circuito desenhado arbitra-se para a malha a-b-e-f-a o percurso no sentido horrio. As equaes resultantes so:

Figura 82 - Lei das malhasPara as malhas a-b-c-d-e e b-c-d-e-b, respectivamente:

A resoluo de circuito contendo associaes mistas de resistores no tem uma regra padro. Em geral, h mais de uma maneira de visualizar o problema e encontrar a soluo. Pode demonstrar como exemplo uma seqncia.1. Identificar os ns e as malhas do circuito

2. Atribuir a cada ramo do circuito um sentido para as correntes e as polaridades das tenses.

3. Escrever as equaes de correntes para cada n e as equaes de tenso para cada malha.4. Utilizar sempre que necessrio as propriedades de associao de resistores e a Lei Ohm para determinar as tenses e as correntes desconhecidas.5. Escolher, as equaes convenientes dentre aquelas obtidas na etapa anterior; cada equao s permite determinar apenas uma incgnita, no sendo til aquela que aps a substituio dos valores conhecidos apresentarem mais de um termo a ser determinado.

11.2.1 Exemplo 1Dados , , , e . Calcule todas as correntes das malhas e as quedas de tenso no circuito.

Figura 83 - Determinao das correntes das malhasPasso 1- Escolha as duas malhas conforme a indicao da figura. Mostre a corrente da malha no sentido horrio. Indique as polaridades atravs de cada resistor.

Passo2 Aplique V = 0 malha 1 e malha 2 e percorra a malha no sentido da corrente desta.Malha 1, a-b-c-d-a:

Malha 2 a-d-e-f-a:

Observe que as correntes das malhas , passam atravs de , comum as duas malhas.

Passo 3 Calcule , resolvendo as equaes 1 e 2 simultaneamente.

Multiplicando a Eq.(1) por 5 a Eq. (2) por 3, obtm-se as equaes (1) e (2 a) e a seguir subtrai-se Eq.(2a) da Eq.(1a).

Substituindo na Eq.(1), obtm-se .A corrente do ramo d-a :

Neste caso o sentido adotado para a corrente da malha estava correto, porque os valores das correntes so positivos. Se os valores fossem negativos o sentido verdadeiro seria oposto ao sentido adotado para a corrente.Passo 4 Calcule todas as quedas de tenso.

Passo 5 Verifique a soluo obtida para a corrente da malha percorrendo o lao a-b-c-d-e-f-a.

MAGNETISMO

12

8. MagnetismoO mtodo mais usual de produo de eletricidade em larga escala atravs do magnetismo, pois as outras formas de produo de eletricidade no conseguem manter cargas suficientes para fornecer potencia.

Quando se desloca um condutor em torno de um im ou um im em torno de um condutor, produz eletricidade no condutor devido ao magnetismo do im.

Os gregos na antiguidade descobriram que certo tipo de rocha encontrada na cidade de Magnsia, tinha o poder de atrair pedaos de ferro. A rocha encontrada na verdade era um tipo de ferro, chamado magnetita por isso o poder de atrao foi chamado de magnetismo. Estas rochas so chamadas de im natural.

Figura 84 - Im natural (Vann Walkenburg, 1972)Usando-se ims naturais, verifica-se que um pedao de ferro atritado por um deles se magnetiza e forma um im artificial. Os ims artificiais tambm podem ser produzidos eletricamente, logo outras substncias podero ser usadas e produzir ims muito fortes.

Figura 85 - Fora magntica (Vann Walkenburg, 1972)O magnetismo de um im se concentra em dois pontos normalmente nas extremidades, onde so chamados de plos. Estes plos so chamados de plo norte e plo sul.

O magnetismo uma fora invisvel, que se pode apreciar pelos efeitos que produz igual ao vento onde sabemos que existe, mas no podemos ver.

Figura 86 - Fluxo magntico ( Adaptado Vann Walkenburg, 1972)O campo magntico ao redor de um im pode ser explicado sob a forma de linhas de fora invisveis, que deixam im em um ponto, e entram em outro. Estas linhas de campo constituem o fluxo magntico que so compostos de linhas de fora. Os dois pontos em que as linhas de fora saem e entram no im so chamados de plos.

Figura 87 - Campo magnticoAo aproximar dois ims de modo que seus plos sejam iguais haver uma repulso, e plos diferentes eles se atrairo. Esta atrao ou repulso so devido ao campo magntico que envolve o im. No existem isolantes para linhas magnticas, no entanto estas linhas caminham em determinadas substancias mais facilmente que em outras. Este fator possibilita a concentrao de linhas de fora onde se deseja utiliz-las ou o seu desvio de uma rea ou instrumento.

Figura 88 PolaridadeELETROMAGNETISMO

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9. EletromagnetismoComo vimos anteriormente a cor-rente eltrica pode ser produzida pelo movimento de uma bobina em um campo magntico, fato este da maior importncia em eletricidade.

Figura 89 Eletromagnetismo (Vann Walkenburg, 1972)Um campo eletromagntico um campo magntico produzido pela passagem de corrente eltrica num condutor. Toda vez em que uma corrente eltrica circula num condutor este cria ao redor um campo magntico.

Para obtermos um campo eletro-magntico maior basta formar espiras com o condutor, de modo a obter uma bobina de muitas espiras. Formando assim um intenso campo magntico no interior e na parte externa da bobina.

13.1 EletromsAcrescentando mais espiras bobina, aumentar a corrente, logo tambm aumentar o campo eletromagntico, tornando-se um im poderoso. Pode-se aumentar tambm o campo eletromagntico colocando um ncleo na bobina.

Figura 90 Eletroms (Vann Walkenburg, 1972)13.2 Indues eletromagnticasPara relacionarmos a energia que o gerador fornece aos ons com a carga eltrica que atravessa uma seco transversal (bitola do condutor) do circuito definimos uma grandeza caracterstica do gerador, chamada fora eletromotriz.

Figura 91 - Fora eletromotriz (Vann Walkenburg, 1972)A energia que o gerador fornece aos ons ou aos eltrons na prtica chama energia fornecida ao circuito.

Fonte de energia que faz os eltrons se mover em um circuito eltrico, ou seja, a quantidade de energia recebida por unidade de carga denominada fonte de fora eletromotriz (fem).

Figura 92 - Fora eletromotriz (Vann Walkenburg, 1972)13.4 Foras Eletromotrizes

usada da mesma maneira que qualquer tipo de fora. Portanto equipamentos e utenslios eltricos trabalharo melhor quando estiverem com a corrente apropriada a eles. A escolha correta da tenso produzir a corrente exata para o equipamento. Uma tenso elevada produzir uma corrente muito intensa, enquanto uma tenso menor no produzir corrente suficiente.

Figura 93 - Fora eletromotriz (Vann Walkenburg, 1972)13.3 Auto-InduoUma corrente eltrica percorrendo uma bobina origina um fluxo magntico. No momento em que se inicia a passagem da corrente, esta, induz o surgimento de uma fem. Como se trata de uma fem induzida por uma corrente na prpria bobina, diz-se que esta fem auto-induzida. Portanto, tem-se uma auto-induo, que deve satisfazer de variao do fluxo em funo do tempo.

Figura 94 - Auto induo (Vann Walkenburg, 1972) atravs da auto-induo que possvel existncia de vrios equipamentos eltricos como, por exemplo: motores, transformadores, compressores, geradores e etc. CORRENTE ALTERNADA14

10. Princpios da corrente alternadaUma tenso CA aquela cujo mdulo varia continuamente e a polaridade invertida periodicamente. O eixo zero uma linha horizontal que passa pelo centro. As variaes verticais na onda de tenso mostram as variaes do mdulo. As tenses acima do eixo horizontal tm polaridade positiva, enquanto as tenses abaixo do eixo horizontal tm polaridade negativa.

Figura 95 - Tenso alternadaUma tenso CA pode ser produzida por um gerador simplificado conforma apresentado na figura. A espira condutora gira atravs do campo magntica e intercepta linhas de fora para gerar uma tenso CA induzida atravs de seus terminais.

Figura 96 Gerao (CNSP, 2005)14.1 Geradores ElementaresPara se produzir eletricidade basta dispor de um fio condutor em forma de espira de forma adequada no campo magntico de im permanente. Sendo necessrio conectar a espira a um circuito externo, em que precisar de anis coletores.

Figura 97 - Gerao F.E.M. posio 0-I (CNSP, 2005)

Figura 98 Gerao F.E.M. posio I-II (CNSP, 2005)Assim que a espira ultrapassa a posio 180, seus condutores vero um campo magntico invertido em relao quele da primeira meia volta: o lado preto da espira agora se desloca para cima, e lado branco para baixo. Uma fora eletromotriz ser induzida entre as posies II, III e 0 que mesmo modo que a primeira metade da rotao, porm ter sentido invertido. O comportamento da f.e.m. induzida e da corrente, para uma rotao completa do gerador elementar. A tenso e a corrente obtidas nesse gerador elementar so chamadas de alternadas.

Figura 99 - Tenso ou corrente gerada com rotao completa (CNSP, 2005)14.2 Freqncia e perodoO nmero de ciclos por segundo chamado de freqncia, que representada pelo smbolo (f) e dada em Hertz. Um ciclo por segundo igual a 1 Hertz.

O intervalo de tempo para que um ciclo se complete chamado de perodo. representado pelo smbolo (T) e expresso em segundos. A freqncia recproca de perodo.

Figura 100 - Perodo e Freqncia (CNSP, 2005)O ngulo de 360 representa o tempo para 1 ciclo, ou perodo T. Portanto, podemos agora representar o eixo horizontal de uma onda senoidal em unidades de graus eltricos ou em segundo

Figura 101 - graus eltricos e tempo (CNSP, 2005)CIRCUITOS MONOFSICOS

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15 Circuitos monofsicosEm circuitos monofsicos suas cargas possuem caractersticas diferentes das comentadas anteriormente, pois, estas podem ser compostas de indutores, capacitores ou resistores, tanto dispostos em srie, paralelo ou misto.Sua gerao pode ser conseguida por geradores, alternadores ou transformadores, que geram apenas uma fase.J foi visto que as grandezas tenso (ou voltagem) e corrente (amperagem) so representadas de forma a verificar suas variaes ao longo do tempo.A corrente num circuito contendo resistncias e reatncias tanto indutivas quanto capacitiva, determinada pela impedncia total da associao, podendo sua disposio fsica se encontrar em srie ou paralelo. Para calcular tanto a corrente quanto a tenso seguimos a lei Ohm.

Figura 102 - Circuito RLC - Srie

Figura 103 Circuito RLC - paraleloUm gerador monofsico possui apenas um enrolamento, que submetido a uma ao de um campo magntico produz apenas uma fase.

Figura 104 - Gerador monofsico

Figura 105 - Gerao monofsica (CNSP, 2005)CIRCUITOS TRIFSICOS

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16. Circuitos trifsicosUm sistema trifsico uma combinao de trs sistemas monofsicos. Num sistema balanceado a potncia fornecida por um gerador CA que produz trs tenses iguais.

Figura 106 - Gerador Trifsico (CNSP, 2005)Os grandes geradores ou transformadores so quase sempre trifsicos, pois, para uma mesma potencia, os circuitos trifsicos so mais econmicos.

As trs fases so geradas pelos enrolamentos do gerador e atingem os mximos e mnimos em tempos diferentes; dizemos ento que esto defasadas 120. Podemos tambm representar por um grfico.

Figura 107 - Gerao trifsica (CNSP, 2005)

Figura 108 Defasagem (CNSP, 2005)A utilizao do sistema trifsico se justifica pela facilidade e flexibilidade necessrios nas instalaes de distribuio e transmisso. Alm disso, permite equipamentos com dimenses bem menores e, portanto, instalaes mais leves, melhorando tanto para a manuteno quanto a instalao.Se os trs terminais comuns de cada fase forem ligados juntos num terminal comum indicado por N que representa o neutro, e os outros trs terminais forem ligados a uma linha trifsica, o sistema ser ligado em estrela (Y).

Figura 109 - Ligao estrela (CNSP, 2005)Se as trs fases forem ligadas em srie para formar um circuito fechado, o sistema ligado em tringulo ().

Figura 110 - Ligao tringulo (CNSP, 2005)16.1Tenses de fase e linhaE um circuito trifsico encontramos 2 tipos de tenso:

a) Tenso fase (VL)

b) Tenso linha (VF)

A tenso simples encontrada entre fase e neutro (tenso de uma fase).

A tenso composta encontrada entre duas fases (tenso fase-fase).

Figura 111 - Ligaes trifsicas (CNSP, 2005) A tenso composta 1,73 vezes maior que a tenso simples

Figura 112 - Tringulo das tensesDizemos que um circuito est ligado em estrela, quando as cargas esto ligadas entre fase e neutro e um circuito trifsico.

Figura 113 - Cargas ligadas em estrela (CNSP, 2005)Dizemos que um circuito est ligado em tringulo quando as cargas esto ligadas entre fase e fase, em um circuito trifsico.

Figura 114 - Cargas ligadas em tringulo (CNSP, 2005)16.2 Potncias em CANo caso de resistncias, quanto maior a tenso da rede, maior ser a corrente e mais depressa a resistncia ir se aquecer. Isto quer dizer que a potncia eltrica ser maior.

Quando se tem um circuito resistivo, a potncia eltrica absorvida da rede calculada multiplicando-se a tenso da rede pela corrente.

Se a resistncia (carga), for monofsica, temos

Equao 14 - PotnciaNo sistema trifsico a potncia em cada fase ser Pf = If x Uf . Como num sistema monofsico independente. A potncia total ser a soma das potncias das trs fases, ou seja:

Quando um sistema trifsico ligado em estrela ou em tringulo, tm-se as seguintes relaes:Ligao em estrela:

Equao 15 - Ligao estrelaLigao em tringulo:

Equao 16 - Ligao tringuloAssim, para ambas as ligaes a potncia total ser:

Equao 17 - PotnciaEsta relao vlida somente para circuitos com cargas resistivas.

Quando o circuito a ser analisado possuir cargas reativas (que apresentem indutncias ou capacitncias), deve ser levado em considerao o fator de potncia.16.3 Fatores de potncia

O fator de potncia, indicado por cos, onde o ngulo de defasagem da tenso em relao corrente, a relao entre a potncia real (ativa) P e a potncia aparente S.

Figura 115 - Tringulo de potnciaOnde:

Q = Potncia reativaS = Potncia Aparente

P = Potncia real

Cos = Fator de potncia

Potncia aparente (S) o resultado da multiplicao da tenso pela corrente (para sistemas monofsicos e para sistemas trifsicos).Corresponde a potncia real ou potncia ativa que existiria se no houvesse defasagem da corrente, ou seja, se a carga fosse formada apenas por resistncia. Portanto:

Equao 18 - Potncia aparentePara as cargas resistivas, cos( = 1 e a potncia ativa se confundem com a potncia aparente. A unidade de medidas para potncia aparente o volt-ampre (VA) ou seu mltiplo, o quilovolt-ampre (kVA).

Potncia ativa (P) a parcela da potncia aparente que realiza trabalho.

Ou

Equao 19 - Potncia ativa

Potncia reativa (Q) a parcela da potncia aparente que no realiza trabalho. Apenas transferida e armazenada nos elementos passivos como capacitores e indutores (bobinas).

Equao 20 - Potncia reativaA unidade utilizada para expressar a potncia reativa o volt-ampre reativo (VAR).

CIRCUITOS TRIFSICOS

17

17 TransformadoresA energia eltrica produzida nas usinas hidreltricas levada, mediante condutores de eletricidade, aos lugares mais adequados para o seu aproveitamento. Ela iluminar cidades, movimentar mquinas e motores, proporcionando muitas comodidades.

Para o transporte da energia at os pontos de utilizao, no bastam fios e postes. Toda a rede de distribuio depende estreitamente dos transformadores, que elevam a tenso, ora a rebaixam. Antes de qualquer coisa os geradores que produzem energia precisam alimentar a rede de transmisso e distribuio com um valor de tenso adequado, tendo em vista seu melhor rendimento. Esse valor depende das caractersticas do prprio gerador, enquanto a tenso que alimenta os aparelhos consumidores, por razes de construo e, sobretudo de segurana, tem valor baixo, nos limites de algumas centenas de volts (em geral, 110 ou 220).

Figura 116 - Sistema eltrico (CNSP, 2005)O princpio bsico de funcionamento de um transformador o fenmeno conhecido como induo eletromagntica: quando um circuito submetido a um campo magntico varivel, aparece nele uma corrente eltrica cuja intensidade proporcional s variaes do fluxo magntico. Os transformadores, na sua forma mais simples, consistem de dois enrolamentos de fio (o primrio e o secundrio), que geralmente envolvem os braos de um quadro metlico (o ncleo). Uma corrente alternada aplicada ao primrio produz um campo magntico proporcional intensidade dessa corrente e ao nmero de espiras do enrolamento (nmero de voltas do fio em torno do brao metlico). Atravs do metal, o fluxo magntico quase no encontra resistncia e, assim, concentra-se no ncleo, em grande parte, e chega ao enrolamento secundrio com um mnimo de perdas. Ocorre, ento, a induo eletromagntica: no secundrio surge uma corrente eltrica, que varia de acordo com a corrente do primrio e com a razo entre os nmeros de espiras dos dois enrolamentos.

Figura 117 Transformador (CNSP, 2005)A relao entre as voltagens no primrio e no secundrio, bem como entre as correntes nesses enrolamentos, pode ser facilmente obtida: se o primrio tem Np espiras e o secundrio Ns, a voltagem no primrio (Vp) est relacionada voltagem no secundrio (Vs) por Vp/Vs = Np/Ns, e as correntes por Ip/Is = Ns/Np. Desse modo um transformador ideal (que no dissipa energia), com cem espiras no primrio e cinqenta no secundrio, percorrido por uma corrente de 1 ampre, sob 110 volts, fornece no secundrio, uma corrente de 2 ampres sob 55 volts.

17.1 Perdas no Transformador

Graas s tcnicas com que so fabricados, os transformadores modernos apresentam grande eficincia, permitindo transferir ao secundrio cerca de 98% da energia aplicada no primrio. As perdas - transformao de energia eltrica em calor - so devidas principalmente histerese, s correntes parasitas e perdas no cobre.

Figura 118 - Transformador de poste1. Perdas no cobre. Resultam da resistncia dos fios de cobre nas espiras primrias e secundrias. As perdas pela resistncia do cobre so perdas sob a forma de calor e no podem ser evitadas.

2. Perdas por histerese. Energia transformada em calor na reverso da polaridade magntica do ncleo transformador.

3. Perdas por correntes parasitas. Quando uma massa de metal condutor se desloca num campo magntico, ou sujeita a um fluxo magntico mvel, circulam nela correntes induzidas. Essas correntes produzem calor devido s perdas na resistncia do ferro.11. RefernciasCoelba, Manual de eletricidade bsica, Coelba 1999. Gussov, Milton, Eletricidade Bsica, 2 Ed ver e ampl, So Paulo, Makron Book, 1997.SENAI, Apostila eletricidade bsica, SENAI- Bahia, 2000.Van Valkenburg, Nooges & Neville Eletricidade Bsica V 1 , 2, 3, 4, 5 Rio de Janeiro Livraria Freitas Bastos Edio 1972 384PCreder, Hlio, Instalaes eltricas, 11 edio Livros Tcnicos e Cientficos, 1991.SENAI, Apostila eletricidade, SENAI - So Paulo, 2005.Magaldi, Miguel, Eletrotcnica bsica, Ed. Guanabara, 1980.SENAI, Eletricidade, SENAI - Esprito Santo, 2004.Apostila Eletricidade bsica FIAT,

COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELTRICO NO ESTADO DE SO PAULO - CNPSP, Eletricidade Bsica, Ed Fundao Coge, 2006.Silva, Matheus Teodora Filho Fundamentos da eletricidade, Ed. LTC, 2007.SITES

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Transformador elevador

Figura SEQ Figura \* ARABIC 50 - Resistor equivalente

EMBED Equation.3

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402

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