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No seu quintal produtivo, Socorro e Arlindo plantam diversidade e colhem segurança alimentar Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Ano 8 • nº 1815 Teixeira-PB Quem visita o quintal dos agricultores Maria do Socorro e Arlindo, na comunidade Catolé da Pista, em Teixeira-PB, encanta-se com a diversidade de hortaliças cultivadas. As plantações de pimenta de cheiro, quiabo, pimentão, alface, coentro e batata doce, encantam visitantes e garantem uma alimentação saudável para a família durante todo o ano. A agricultora divide com o esposo, o trabalho diário de cuidar das hortas e das criações de aves, caprinos e suínos. Ela relata que devido ao trabalho que já desenvolvia na propriedade, não queria investir em hortas, mas depois de acompanhar a produção de sua vizinha, Edileide, sentiu-se motivada. “Eu mesma não estava nem pensando em plantar, mas depois que Edileide iniciou, começou a me incentivar. Ela plantou primeiro, depois eu comecei a me motivar. Aí pronto, comecei a plantar e hoje acho bom demais”, relata. Arlindo orgulha-se do seu quintal produtivo e relata a mudança de vida da sua família. “Essa foi a melhor coisa que já nos aconteceu, nossa vida melhorou muito. É muito bom saber que temos alimentos saudáveis em casa e como não consumimos tudo, o que sobra podemos vender”, relata Arlindo. Agosto/2014

Em seu quintal produtivo, Socorro e Arlindo cultivam diversidade e colhem segurança alimentar

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Boletim de sistematização da experiência dos agricultores Socorro e Arlindo, na comunidade Catolé da Pista, em Teixeira-PB. Em seu quintal produtivo, eles cultivam grande diversidade de legumes e hortaliças e colhem segurança alimentar e soberania.

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No seu quintal produtivo, Socorro e Arlindo plantam diversidade e colhem segurança alimentar

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 8 • nº 1815

Teixeira-PB

Quem visita o quintal dos agricultores Maria do Socorro e Arlindo, na comunidade Catolé da Pista, em Teixeira-PB, encanta-se com a diversidade de hortaliças cultivadas. As plantações de pimenta de cheiro, quiabo, pimentão, alface, coentro e batata doce, encantam visitantes e garantem uma alimentação saudável para a família durante todo o ano.

A agricultora divide com o esposo, o trabalho diário de cuidar das hortas e das criações de aves, caprinos e suínos. Ela relata que devido ao trabalho que já desenvolvia na propriedade, não queria investir em hortas, mas depois de acompanhar a produção de sua vizinha, Edileide, sentiu-se motivada. “Eu mesma não estava nem pensando em plantar, mas depois que Edileide iniciou, começou a me incentivar. Ela plantou primeiro, depois eu comecei a me motivar. Aí pronto, comecei a plantar e hoje acho bom demais”, relata.

Arlindo orgulha-se do seu quintal produtivo e relata a mudança de vida da sua família. “Essa foi a melhor coisa que já nos aconteceu, nossa vida melhorou muito. É muito bom saber que temos alimentos saudáveis em casa e como não consumimos tudo, o que sobra podemos vender”, relata Arlindo.

Agosto/2014

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Paraíba

A união entre as famílias é uma característica marcante da comunidade Catolé da Pista. Socorro trabalha em parceria com Edileide, elas compartilham sementes e também mudas, assim, podem manter as hortas sempre produzindo e com uma grande diversidade de legumes e verduras. Além disso, costumam juntar o excedente do que produzem nos canteiros, para ser comercializado em feiras nas cidades de Desterro e Teixeira, ambas na Paraíba.

A venda nas feiras proporciona uma renda extra para essa unida equipe de agricultores.“Nós temos um alimento mais saudável, que não tem o veneno. A mulher leva um pouquinho meu, um pouquinho de Edileide, e com o que ganhamos, a gente compra uma carne ou um outro tipo de fruta. E é muito bom, muito bom mesmo!”, comemora Socorro.

Como a própria agricultora ressalta, todas as hortaliças são cultivadas sem o uso de agrotóxico e são consumidas diariamente pelas famílias. Ela exibe com orgulho os canteiros de alface e coentro, e também o plantio de pimentões para os visitantes que chegam a sua propriedade.

A cisterna-calçadão do P1+2 foi conquistada em um período de estiagem na região e o casal precisou esperar um pouco para começar a produzir, já que não havia água suficiente. Depois das chuvas, e já com a cisterna cheia, os canteiros puderam ser cultivados com maior facilidade. A água em abundância possibilitou que os agricultores sonhassem ainda mais, eles planejam cultivar um campo de cenouras.

Muito do que utilizam em suas hortas e na criação de animais, os agricultores aprendem através do trabalho diário e da troca de experiências com os vizinhos. As visitas de intercâmbio e as capacitações, realizadas pelo Centro de Educação Popular e Formação Social (CEPFS), entidade executora do programa, também contribuíram para que esses agricultores pudessem buscar alternativas de convivência com o semiárido.

O cuidado com a preservação do solo é uma das orientações que Socorro e Arlindo fazem questão de seguir. Existem vários canteiros, e as hortaliças são cultivadas em um processo de revezamento; enquanto alguns canteiros estão em uso, os demais são preservados, dando ao solo um tempo para a recuperação dos seus nutrientes. O resultado é uma produção de legumes e vegetais mais saudáveis e vistosos.

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