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ENFERMAGEM Profª. Tatiane da Silva Campos BIOSSEGURANÇA Parte 10

ENFERMAGEM · 2015-12-03 · local exposto com água e sabão nas exposições ... Biossegurança Lembrar: -ações preventivas realizadas pela Comissão de ... da enfermagem = prevenção

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ENFERMAGEM

Profª. Tatiane da Silva Campos

BIOSSEGURANÇA

Parte 10

Biossegurança

Risco ocupacional HIV e hepatite B (HBV) e C (HCV)

• Exposição percutânea: instrumento perfurante e cortante

(agulhas, bisturi, vidrarias);

• Exposição em mucosa: respingos na face envolvendo olho,

nariz, boca ou genitália;

• Exposição cutânea (pele não-íntegra): contato com pele

com dermatite ou feridas abertas;

• Mordeduras humanas: envolve presença de sangue;

avaliar indivíduo que provocou lesão e exposto.

Biossegurança

CUIDADOS IMEDIATOS COM A ÁREA DE EXPOSIÇÃO

- Como 1º conduta recomenda-se = lavagem exaustiva do

local exposto com água e sabão nas exposições

percutâneas ou cutâneas; exposições de mucosas lavar

exaustivamente com água ou solução salina fisiológica.

- Procedimentos que aumentam a área exposta (cortes,

injeções locais) e utilização de soluções irritantes (éter,

hipoclorito ou glutaraldeído) são contra-indicados.

Biossegurança

Quimioprofilaxia pós-exposição ocupacional (PEP) = HIV

- Indicação ou não de PEP requer avaliação do risco da

exposição:

• A definição do tipo de material biológico envolvido;

• A gravidade e o tipo da exposição;

• Identificação ou não do paciente-fonte e sua condição

sorológica anti-HIV;

• Condições clínicas, imunológicas e laboratoriais do

paciente-fonte identificado como infectado pelo HIV/aids.

Biossegurança

- Acidentes mais graves envolvem: > volume de sangue

(lesões profundas por material perfurocortante e agulhas

de grosso calibre); > inóculo viral (pacientes-fonte com

infecção em estágio avançado ou infecção aguda).

- A quimioprofilaxia deve ser recomendada aos

profissionais com exposições de risco significativo para

contaminação HIV.

- Quando indicada, a PEP deve ser iniciada o mais rápido

possível. A duração da quimioprofilaxia é de 28 dias.

Biossegurança

QUIMIOPROFILAXIA BÁSICA = AZT + 3TC Indicada em

exposições com risco conhecido de transmissão pelo HIV.

QUIMIOPROFILAXIA EXPANDIDA = AZT + 3TC + IP

(nelfinavir ou indinavir/r) Indicada em exposições com

risco elevado de transmissão pelo HIV.

Dúvida sobre tipo de acidente = iniciar profilaxia e depois

reavaliar manutenção ou mudança do tratamento.

Biossegurança

Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/04manual_acidentes.pdf acessado em 31/10/2015 as 12:15h.

Biossegurança

QUIMIOPROFILAXIA PARA O HBV

- Vacinação pré-exposição contra hepatite B é a principal

medida de prevenção;

- Esquema vacinal = 3 doses (0, 1 e 6 meses); anti-HBs

realizado para confirmar resposta vacinal (>10 mUI/ml).

- Esquema interrompido = não recomeçá-lo.

- Não recomenda sorologia pré-vacinal para definir a

vacinação exclusiva de profissionais não-imunes;

Biossegurança

- Caso ocorra exposição a materiais biológicos com risco

conhecido ou provável de infecção pelo HBV o profissional

sem imunidade deve utilizar a imunoglobulina contra

hepatite B.

- Existe maior eficácia na profilaxia pós-exposição quando

a imunoglobulina é utilizada dentro das primeiras 24 a 48

horas após o acidente.

Biossegurança

QUIMIOPROFILAXIA PARA O HCV

- Não existe medida específica eficaz para redução do risco

de transmissão da hepatite C após exposição ocupacional.

- Estudos não comprovaram benefício profilático do uso de

imunoglobulina; Dados sugerem que o interferon só atua

efetivamente quando a infecção pelo HCV está

estabelecida = não atuam como profilaxia pós-exposição.

A ÚNICA MEDIDA EFICAZ PARA ELIMINAÇÃO DO RISCO É A

PREVENÇÃO DA OCORRÊNCIA DO ACIDENTE.

Biossegurança

Paciente-fonte

Avaliar no momento do acidente a infecção (HIV, hep B e C).

- conhecido: sem sorologia prévia, orientar importância de

realização dos exames; comunicar resultado ao paciente.

- não conhecido ou não pode ser testado: avaliar

probabilidade clínica e epidemiológica; considerar

prevalência da infecção, origem do material (alto risco =

emergência, centro cirúrgico, diálise) e gravidade do

acidente.

Biossegurança

- Acompanhamento clínico-laboratorial realizado para

todos profissionais acidentados (expostos a pacientes-

fonte desconhecidos ou com infecção HIV e/ou hep B e

C), independente de quimioprofilaxias ou imunização.

- Exames sorológicos sempre colhidos em dois momentos:

a) no momento do acidente (descartar infecções anteriores

do profissional acidentado);

b) durante todo o acompanhamento após exposições

(pacientes-fonte infectados ou desconhecido).

Biossegurança

Lembrar:

- ações preventivas realizadas pela Comissão de

Controle de Infecção e que estas influenciam no cotidiano

da enfermagem = prevenção de acidentes.

- corresponsabilidade do profissional quanto ao uso dos

equipamentos de proteção individual é fundamental

para que a possibilidade de um risco gerar um dano à

saúde do profissional possa ser reduzida.

Biossegurança

- As instituições de saúde devem buscar estratégias

capazes de contribuir com a prevenção dos acidentes

ocupacionais e a promoção de saúde do trabalhador.

- Tais ações devem envolver e fortalecer as comissões

internas de prevenção de acidentes e as demais

estruturas corporativas encarregadas de educação

sanitária e vigilância de saúde;