Biossegurança
Risco ocupacional HIV e hepatite B (HBV) e C (HCV)
• Exposição percutânea: instrumento perfurante e cortante
(agulhas, bisturi, vidrarias);
• Exposição em mucosa: respingos na face envolvendo olho,
nariz, boca ou genitália;
• Exposição cutânea (pele não-íntegra): contato com pele
com dermatite ou feridas abertas;
• Mordeduras humanas: envolve presença de sangue;
avaliar indivíduo que provocou lesão e exposto.
Biossegurança
CUIDADOS IMEDIATOS COM A ÁREA DE EXPOSIÇÃO
- Como 1º conduta recomenda-se = lavagem exaustiva do
local exposto com água e sabão nas exposições
percutâneas ou cutâneas; exposições de mucosas lavar
exaustivamente com água ou solução salina fisiológica.
- Procedimentos que aumentam a área exposta (cortes,
injeções locais) e utilização de soluções irritantes (éter,
hipoclorito ou glutaraldeído) são contra-indicados.
Biossegurança
Quimioprofilaxia pós-exposição ocupacional (PEP) = HIV
- Indicação ou não de PEP requer avaliação do risco da
exposição:
• A definição do tipo de material biológico envolvido;
• A gravidade e o tipo da exposição;
• Identificação ou não do paciente-fonte e sua condição
sorológica anti-HIV;
• Condições clínicas, imunológicas e laboratoriais do
paciente-fonte identificado como infectado pelo HIV/aids.
Biossegurança
- Acidentes mais graves envolvem: > volume de sangue
(lesões profundas por material perfurocortante e agulhas
de grosso calibre); > inóculo viral (pacientes-fonte com
infecção em estágio avançado ou infecção aguda).
- A quimioprofilaxia deve ser recomendada aos
profissionais com exposições de risco significativo para
contaminação HIV.
- Quando indicada, a PEP deve ser iniciada o mais rápido
possível. A duração da quimioprofilaxia é de 28 dias.
Biossegurança
QUIMIOPROFILAXIA BÁSICA = AZT + 3TC Indicada em
exposições com risco conhecido de transmissão pelo HIV.
QUIMIOPROFILAXIA EXPANDIDA = AZT + 3TC + IP
(nelfinavir ou indinavir/r) Indicada em exposições com
risco elevado de transmissão pelo HIV.
Dúvida sobre tipo de acidente = iniciar profilaxia e depois
reavaliar manutenção ou mudança do tratamento.
Biossegurança
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/04manual_acidentes.pdf acessado em 31/10/2015 as 12:15h.
Biossegurança
QUIMIOPROFILAXIA PARA O HBV
- Vacinação pré-exposição contra hepatite B é a principal
medida de prevenção;
- Esquema vacinal = 3 doses (0, 1 e 6 meses); anti-HBs
realizado para confirmar resposta vacinal (>10 mUI/ml).
- Esquema interrompido = não recomeçá-lo.
- Não recomenda sorologia pré-vacinal para definir a
vacinação exclusiva de profissionais não-imunes;
Biossegurança
- Caso ocorra exposição a materiais biológicos com risco
conhecido ou provável de infecção pelo HBV o profissional
sem imunidade deve utilizar a imunoglobulina contra
hepatite B.
- Existe maior eficácia na profilaxia pós-exposição quando
a imunoglobulina é utilizada dentro das primeiras 24 a 48
horas após o acidente.
Biossegurança
QUIMIOPROFILAXIA PARA O HCV
- Não existe medida específica eficaz para redução do risco
de transmissão da hepatite C após exposição ocupacional.
- Estudos não comprovaram benefício profilático do uso de
imunoglobulina; Dados sugerem que o interferon só atua
efetivamente quando a infecção pelo HCV está
estabelecida = não atuam como profilaxia pós-exposição.
A ÚNICA MEDIDA EFICAZ PARA ELIMINAÇÃO DO RISCO É A
PREVENÇÃO DA OCORRÊNCIA DO ACIDENTE.
Biossegurança
Paciente-fonte
Avaliar no momento do acidente a infecção (HIV, hep B e C).
- conhecido: sem sorologia prévia, orientar importância de
realização dos exames; comunicar resultado ao paciente.
- não conhecido ou não pode ser testado: avaliar
probabilidade clínica e epidemiológica; considerar
prevalência da infecção, origem do material (alto risco =
emergência, centro cirúrgico, diálise) e gravidade do
acidente.
Biossegurança
- Acompanhamento clínico-laboratorial realizado para
todos profissionais acidentados (expostos a pacientes-
fonte desconhecidos ou com infecção HIV e/ou hep B e
C), independente de quimioprofilaxias ou imunização.
- Exames sorológicos sempre colhidos em dois momentos:
a) no momento do acidente (descartar infecções anteriores
do profissional acidentado);
b) durante todo o acompanhamento após exposições
(pacientes-fonte infectados ou desconhecido).
Biossegurança
Lembrar:
- ações preventivas realizadas pela Comissão de
Controle de Infecção e que estas influenciam no cotidiano
da enfermagem = prevenção de acidentes.
- corresponsabilidade do profissional quanto ao uso dos
equipamentos de proteção individual é fundamental
para que a possibilidade de um risco gerar um dano à
saúde do profissional possa ser reduzida.
Biossegurança
- As instituições de saúde devem buscar estratégias
capazes de contribuir com a prevenção dos acidentes
ocupacionais e a promoção de saúde do trabalhador.
- Tais ações devem envolver e fortalecer as comissões
internas de prevenção de acidentes e as demais
estruturas corporativas encarregadas de educação
sanitária e vigilância de saúde;